Sucessooestá em suasmãos
Rodrigo CardosoAutor do best-seller Faça Diferente, Faça a Diferença
Sumário
Introdução
1. O primeiro passo
2. O poder da crença
3. O voo livre
4. O inesperado
5. O poder da gratidão
6. O que você realmente quer?
7. É só colocar no papel e agir!
8. A lei da atração
9. Medos
4
5
12
15
18
22
27
30
33
40
2
46
52
57
63
65
69
72
76
81
Sumário10. Ser, fazer e ter
11. Segurança ou liberdade financeira?
12. Escreva suas metas
13. Agora, ação!
14. A energia para realizar as metas
15. Paradigmas
16. O controle emocional
17. O software do sucesso
18. O sucesso está em suas mãs
3
Meu nome é Rodrigo Ubiratan Cardoso e convido você a
ler este livro até o fim, para que encontre as respostas
que tem procurado, a fim de se tornar uma pessoa mais
feliz e mais realizada. E preciso alertar você de uma
verdade muito importante antes de começarmos:
“Sua felicidade está no caminho percorrido para realizar
seus sonhos.”
No entanto, para percorrer esse caminho, é preciso que
você tenha seus sonhos bem claros e definidos. Você
precisa realmente saber responder a pergunta:
“O que você realmente deseja em sua vida?”.
Para chegar a essa resposta, reflita com estas perguntas:
Você gostaria de ter liberdade financeira?
Gostaria de ser próspero o suficiente para que a falta de
dinheiro não fosse um inconveniente em sua vida?
O que faria se dinheiro e tempo não fossem problemas
para você?
Se você não tivesse dívida alguma, como seria sua vida?
A que horas você acordaria, se pudesse escolher?
Seria com o despertador ou na hora em que seus olhos
abrissem?
Que viagens faria?
Que lugares do Brasil e do mundo gostaria de conhecer?
Onde você iria morar?
No campo, na praia, em um apartamento de cobertura
ou numa casa?
Quem você ajudaria?
Alguém de sua família precisa que você tome uma
decisão definitiva em sua vida?
O caminho começa com o primeiro passo.
E chegou a hora de você dar esse passo!
Então, vamos juntos dar este passo, nos próximos
capítulos desse e-book…
Introdução
4
Primeiro passoNão existem fracassos.O que existem são resultados.
5
Você certamente conhece um provérbio que começa
assim: “Diga-me com quem andas e...”.
Aposto que completou a frase com “te direi quem és”,
não foi? Pois é, mas, para mim, o
provérbio deveria ser: “Diga-me com quem andas e te
direi para onde vais em sua vida!”.
Ele traduz a importância que as crenças, as quais nor-
malmente compartilhamos com as pessoas mais próxi-
mas, têm sobre nossa vida. As crenças que desenvolve-
mos, sobretudo no começo da vida, são decisivas para
sermos ou não bem-sucedidos.
Agora, somos nós que escolhemos em quem acreditar.
Cabe a nós a decisão sobre o que queremos ser. Nisso
consiste o primeiro passo.
Li certa vez uma reportagem de jornal sobre a vida de
dois irmãos gêmeos, na época com 35 anos de idade. Um
era usuário de drogas, praticava roubos e acabara de ser
preso.
O outro era empresário, tinha vida estável e bem-suce-
dida.
Em comum, além de serem irmãos gêmeos, os dois
tiveram a infância marcada pelo pai, que era alcoólatra,
violento, batia na mulher e terminou a vida em uma
prisão. Agora, veja que interessante: um dos irmãos
escolheu seguir o mesmo exemplo do pai (diga-me com
quem andas...), enquanto que o outro escolheu um
caminho bem diferente, de certo porque levar uma vida
como a do pai era tudo o que não queria para si.
Essa história ilustra o fato de que não importam as difi-
culdades que você teve no passado, tampouco o ambi-
ente em que vive: o que conta é sua decisão sobre a reali-
dade que quer viver.
As lembranças de minha vida me levam de volta ao
tempo em que eu tinha sete anos. Algumas são impor-
tantes, outras eu mesmo decidi que não significam nada,
porque não deixei que influenciassem na escolha do
caminho que segui.
Precisamos deixar para trás certos aspectos do passado,
experiências negativas ou indesejáveis que não nos
ajudarão em nada. Já as vivências positivas, que nos
fortalecem, essas, sim, valem a pena serem guardadas
como bons exemplos a seguir.
Minha mãe era uma mulher incrível, cheia de energia e
garra. Dedicou sua vida a proporcionar o melhor para
todos, sempre com criatividade e empreendedorismo.
Meu pai biológico é uma pessoa de coração muito espe-
cial, com quem estou tendo a felicidade de conviver
agora, após praticamente trinta anos de afastamento
pela distância e por circunstâncias da vida. Já minha avó
paterna era o tipo de pessoa positiva, perseverante, que
se coloca mais a serviço dos outros do que de si mesma. 6
Ela exerceu uma influência muito forte sobre minha
infância e me ajudou a acreditar que eu poderia ser um
vencedor. Não é por menos que é a ela que dedico este
livro.
Nasci em São Paulo. Quando ainda era bem pequeno,
meus pais se separaram. Minha mãe casou-se pela
segunda vez com um engenheiro e nos levou (a mim e a
minha irmã) para Gurupi, em uma região onde hoje é o
Estado do Tocantins. Gurupi era um município tão
pequeno que tinha uma só rua asfaltada e um único
semáforo. Morávamos em uma casa enorme e estávamos
muito bem de vida. Meu “outro pai” tinha várias fazen-
das, onde me diverti muito. Até os 10 anos, tive o que se
pode chamar de uma excelente infância em uma cidade
do interior. Mas, a partir daí, tudo mudou. O marido de
minha mãe começou a beber e se afundou no vício, a
ponto de tomar um litro de uísque por dia. Para resumir
a história, ele acabou morrendo. Minha mãe, minha irmã
e eu voltamos para São Paulo com uma situação finan-
ceira muito difícil. Vi meu padrão de vida mudar drasti-
camente. Saí de uma casa com o tamanho de um quar-
teirão inteiro para morar de favor na casa de meus avós
maternos. Passava semanas sem ver minha mãe, pois ela
se casou novamente, foi morar com o novo marido e
trabalhar incansavelmente para nos sustentar. Foi uma
fase de mudanças muito dramáticas, e nesse momento
da vida escolhi que faria uma faculdade, teria um bom
emprego e não deixaria minha família passar por situ-
ações difíceis. Essa decisão estava muito clara e bem
definida para mim.
Lembro-me de como foi difícil enfrentar minha primeira
nota zero. Em Gurupi, havia sido sempre bom aluno, mas
em São Paulo estava com muita dificuldade para acom-
panhar os estudos e ainda por cima era humilhado pelos
“queridos coleguinhas” que me chamavam de “caipira
boca mole”, pois falava com um forte sotaque do Norte.
Lembro-me que, quando telefonei para minha mãe para
contar do meu zero, eu esperava levar uma tremenda
bronca.
Para minha surpresa, ela só respondeu: “Tudo bem,
filhão, sei que você vai se recuperar. Acredito em você!”.
Foi então que entendi que o destino de minha vida
dependiaapenas de minhas decisões e ações. Adquiri
minha primeira crença fortalecedora e estabeleci a
primeira meta de minha vida, mesmo sem saber o que
isso significava: eu seria um engenheiro!
Assim minha mãe contava sobre mim, na infância:
Era um domingo frio de junho. A garoa caía fina e eu
corria com minha filha Giselle, com quatro anos de
idade, pela Avenida Lins de Vasconcelos. Tinha pressa
para não perder o ônibus e chegar em casa, no bairro de 7
Indianópolis, a tempo de assistir ao jogo do Brasil, afinal
era a Copa do Mundo de 1970.
Grávida de nove meses, eu mostrava ao mundo minha
felicidade incrível, um absoluto orgulho pela gestação
tranquila, embora trabalhasse dezoito horas por dia ven-
dendo roupas de porta em porta. Era uma autêntica
“sacoleira” da década de 1970.
Eu sabia que esperava um menino e que ele seria um
doutor da eletricidade, famoso por sua energia positiva.
Foi o que havia previsto uma velha senhora.
O Brasil venceu a Inglaterra por 1 a 0 e eu fui para a
maternidade São Paulo. Ali, na madrugada de segun-
da-feira, dia 8 de junho, meu filho nasceu com a ajuda do
Dr. Eduardo Martins Passos.
O destino se cumpria. Rodrigo Ubiratan Cardoso foi um
menino lindo, simpático e de uma alegria contagiante.
Por ter crescido no interior de Goiás, ele se sentia inse-
guro na Grande São Paulo, para onde retornou aos 12
anos. Seu intenso medo de se perder na multidão me
preocupava.
“Vamos vencer este medo”, pensava eu. Só não sabia
como. Mas a oportunidade apareceu certa tarde, quando
passávamos ao lado de uma estação do metrô. Naquele
dia, Rodrigo me perguntou:
— Mãe, se eu tomar o metrô aqui, chego na casa da vovó
Y?
— Com certeza. Se eu deixar você aqui na estação SãoJu-
das, você compra um bilhete, toma o trem na direção de
Santana e desce na estação Vila Mariana. Estarei lá espe-
rando por você. Quer ir?
— Quero — respondeu Rodrigo.
E eu pensei: vencemos o medo!
Abri a porta do carro e o deixei na estação de metrô. Meu
coração estava apertado e eu, tentando demonstrar uma
segurança que estava longe de sentir, disse apenas:
— Vai!
Voei para a estação Vila Mariana, encostei o carro e
aguardei sete eternos minutos. Ele saiu da estação
dançando e dizendo:
— Mãe, consegui! Não foi tão difícil quanto pensei que
seria!
Com o coração em festa, eu o beijei e respondi:
— Você pode tudo. Basta querer, meu filho!
*
Essa experiência gerou dentro de mim uma crença de
que eu era capaz, o que me fortaleceu e me ajudou muito
nos estudos.
Curioso como sempre fui, queria entender as “mágicas”
da eletricidade. Tornei-me o melhor aluno da classe.
Sabe como?
Andando com o melhor aluno da sala! “Diga-me com 8
quem andas, que eu te direi para onde vais...”, lembra?
Cursei um excelente colégio em São Paulo. Atravessei o
segundo grau com uma das melhores médias da escola,
mas sempre pensando na faculdade, e não na prova de
amanhã.
Tinha um sonho, tinha uma meta e estava focalizado
nela.
Não posso deixar de dizer que a pessoa a quem dedico
este livro foi uma grande responsável por minha
ascendência na escola. Embora eu fosse bom aluno em
Goiás, na época meu nível de estudo deixava muito a
desejar, especialmente quando comparado com o de São
Paulo.
Paciente, minha avó estudava comigo e com os meus
amigos da escola, fazendo teatro, resumos diagramados
e tudo o mais. Como já mencionei, foi uma grande men-
tora em minha vida. Minha querida vovó Cy costumava
dizer:
Vocês podem imaginar como incentivar adolescentes a
estudar sem se valer de música, esportes ou passeios de
carro?
Só mesmo quando eu lhes transmitia minhas experiên-
cias anteriores e apelava para o teatro é que conseguia
efetivamente ensiná-los. Apelei para encenações de
tragédias gregas, resumos diagramados e sinopses de
trechos literários.
E deu certo!
Em minha opinião, Rodrigo herdou de sua bisavó (minha
mãe) a vontade de vencer. Apesar de ter começado a vida
como empregada doméstica, tornou-se a primeira
mulher a trabalhar com corretagem de imóveis no
estado de São Paulo.
Isso me deu a oportunidade de ter uma educação apri-
morada e uma estabilidade financeira com a qual
poderei contar até o fim da vida.
*
Passei no vestibular da Universidade de São Paulo e
entrei na Escola Politécnica, mas não no curso que real-
mente desejava fazer. Desde os 12 anos de idade, queria
ser engenheiro eletricista. Porém, minha média no
vestibular só me permitiu niciar a Faculdade de Engen-
haria Civil. A única possibilidade de mudar para Eletrici-
dade era se tivesse as melhores notas no primeiro seme-
stre.
Esforcei-me ao máximo naqueles primeiros seis meses.
Quando chegou o dia de buscar os resultados de minha
avaliação, do qual me lembro até hoje, fui à secretaria da
faculdade e lá recebi a notícia: eu seria um Engenheiro
Eletricista! 9
Na verdade, essa foi a minha interpretação, porque tudo
o que eu havia conseguido até aquele momento era a
transferência para o curso que eu realmente queria
fazer, o de engenharia elétrica. Daí a me tornar um
engenheiro eletricista de fato, teria de fazer muitas
outras escolhas.
Por isso, gostaria de interromper minha narrativa neste
ponto e pedir a você, meu amigo leitor, que volte ao pas-
sado e procure se lembrar de suas pequenas vitórias na
vida. Você se lembra daquele seu trabalho sobre germi-
nação, do pezinho de feijão crescendo dentro de um
copo com algodão molhado, que fazíamos na escola
primária, ou ensino fundamental, como é chamado
atualmente? Da apresentação da feira de ciências, de
teatro ou do festival de música? Lembre-se agora da
vitória no futebol ou no vôlei, da promoção no trabalho,
da aprovação em um concurso ou processo de seleção
de uma empresa. Tente, por um momento, lembrar-se
de todas as vitórias que você já experimentou na vida,
por menores que tenham sido. Utilize o espaço abaixo
para listar todas elas.
Se você não puder se disponibilizar para esse importante
exercício agora, peço que se planeje para fazê-lo o mais
brevemente possível. Isso é muito importante, pois a
ntenção do livro é proporcionar a você, leitor, resultados
reais em sua vida — e isso só será possível se existir ação.
Então, vamos lá! Pegue uma caneta e escreva!Após
escrever, leia com atenção suas vitórias passadase
comece, a partir de agora, a criar novas crenças que o
ortalecerão para o sucesso, tais como:
• Se eu consegui uma única vez, posso repetir.
• Eu sou uma pessoa vencedora.
• Posso realizar qualquer meta a que me propuser, se
essameta não ferir minha integridade nem prejudicar
alguém.
• Para tudo há solução, menos para a morte.
• A demora de Deus não é uma negativa.
• Nunca passarei por um desafio que não seja capaz de
vencer ou, no mínimo, com o qual possa aprender.
• Nada acontece por acaso, e todo acontecimento tem
propósito de crescimento pessoal.
• Aconteça o que acontecer, temos de assumir a
responsabilidade por nossas escolhas. Quem aprende a
fazer isso, ganha uma força essencial; enquanto quem
não aprende, torna-se enfraquecido para as próximas
batalhas. Diga: “sou responsável e cuidarei disso”.
• Não é necessário entender de tudo para que se possa
ter capacidade de usar tudo.
• Trabalho é prazer.
• As pessoas são nossos maiores recursos.
• Tenho muito que aprender e muito a crescer. 10
• Não existem fracassos; o que existem são resultados.
Você pode e deve escolher as crenças que o fortalecerão
em sua vida! E talvez você esteja com vontade de me
perguntar: “Mas, afinal, o que é crença e qual é sua
origem?”. Pois bem, o que chamo de crença é uma regra
que adotamos para a vida, com base em valores pessoais.
Ela pode ser originada pelos seguintes fatores:
1. Influências do ambiente em que fomos criados.
2. Experiências positivas ou negativas do passado.
3. Pequenos ou grandes acontecimentos da vida.
4. O conhecimento adquirido por meio de estudos.
5. E o melhor: a criação de uma experiência futura em
sua mente.
Sim! Temos o poder de criar experiências fortalecedoras
por cmeio de exercícios específicos de visualização. O
momento presente é o que existe de fato — é o exato
momento em que você lê esta linha. Passado e futuro são
apenas imagens em nosso cérebro. Você tem total con-
trole sobre essas imagens.
Portanto, se criar uma imagem de seu futuro e pensar
nela como se fosse algo que já aconteceu, será como se
já tivesse vivido a experiência.
Esteja pronto para criar um futuro de prosperidade e
felicidade, estabelecendo para si mesmo um novo con-
junto de crenças.
11
O poder da crençaSe você acredita que pode, você está certo. Se acredita que não pode, também está certo!
- Henry Ford
12
Da mesma forma que aquilo em que acreditamos com
grande intensidade pode destruir nossa vida, também
pode salvá-la. E vice-versa. Certa vez, li uma história
muito interessante no livro do Dr. Lair Ribeiro. Era sobre
um mendigo nos Estados Unidos chamado Charles
Harris. Numa tarde de sexta-feira, Charles procurava um
lugar para se abrigar durante a noite. Encontrou, em
uma estação ferroviária, um vagão aberto e entrou. Ao
fechar a porta, deu-se conta de que havia entrado numa
fria, literalmente, pois ali era um vagão frigorífico!
Tentou abrir a porta, mas não tinha como fazê-lo pelo
lado interno do vagão. Começou a sentir frio, encontrou
uma caneta pilot no chão, dessas para marcar a carne, e
começou a descrever suas sensações na parede do
vagão.
Sentia suas mãos congelando, os dentes rangiam de frio
e começou a imaginar como seria na segunda-feira,
quando encontrassem seu corpo sem vida. Estava exper-
imentando os efeitos do congelamento gradativo do seu
corpo. Foi quando, sem forças para continuar, desfale-
ceu no local. Porém, nesta história tem um detalhe fun-
damental: o vagão estava em manutenção naquele fim de
semana, isto é, estava desligado! Em nenhum momento,
a temperatura baixou para menos de 10° C.
Com esse exemplo, espero ter dado a você, leitor, uma
pequena amostra do poder da crença. Esse poder é a
explicação para o que aconteceu em minha vida, pois aos
poucos fui estabelecendo um sistema de crenças que
direcionou meus pensamentos. Pensamento gera com-
portamento, que gera ação consistente, que gera hábitos
positivos, que geram resultados, que geram novas cren-
ças, gerando, assim, novos pensamentos...
Eis o ciclo do sucesso! Coloque seu foco nisso.
Se você acha que é um vencedor, deve pensar como um
vencedor e então se comportará como tal. Como resul-
tado, suas ações e atitudes serão vencedoras, gerando o
resultado positivo que o fará acreditar que é realmente
um vencedor, e assim pensará como vencedor com
muito mais intensidade, e então...
Percebe onde isso vai parar?
Da mesma forma que aquilo em que acreditamos com
grande intensidade pode destruir nossa vida, também
pode salvá-la.
E vice-versa.
Existem dois ótimos filmes que demonstram o poder da
crença: O Segredo, que fala sobre a Lei da Atração (dis-
cutiremos isso mais adiante), e Quem Somos Nós?, base-
ado nos princípios da Física Quântica, com depoimentos
e explicações de cientistas.
Se você ainda não os assistiu e tem interesse em saber 13
mais sobre o poder da crença, recomendo-os.
Em O Segredo, por exemplo, é contada a história de
Morris Goodman, conhecido como “Homem Milagre”.
Seu depoimento é fantástico e vale a pena toma-lo como
inspiração:
“Minha história começa em 10 de março de 1981, o dia
que mudou toda a minha vida e do qual jamais esquec-
erei.
O avião em que estava viajando caiu e acabei no hospital
completamente paralisado. Minha espinha dorsal foi
quebrada, perdi a capacidade de engolir, não podia beber
ou comer, não podia respirar sozinho. Tudo o que podia
fazer era piscar os olhos. Os médicos me informaram
que eu viveria como um vegetal pelo resto da vida.
Foi o que disseram, mas isso não importava. O que
importava era o que eu pensava. Eu me imaginei uma
pessoa normal de novo, saindo daquele hospital andan-
do. A única coisa que eu tinha de trabalhar durante a
internação era a minha mente. E, uma vez que você
tenha domínio sobre sua mente, você pode colocar as
coisas no lugar.
Eu respirava por intermédio de um aparelho. Os médicos
diziam que eu jamais respiraria sozinho de novo, pois o
meu diafragma fora destruído.
Quando voltei a respirar por mim mesmo, eles não con-
seguiam explicar ou compreender como isso tinha sido
possível. Eu não podia deixar que nada me distraísse de
minha meta e minha visão. Estabeleci o objetivo de sair
do hospital no dia de Natal, e assim foi! Saí andando
sobre minhas próprias pernas, a despeito daquela sen-
tença terrível que os médicos haviam me dado. Esse é
um dia do qual jamais esquecerei. Para as pessoas que
estão assistindo a esse filme agora, se uma frase pudesse
resumir minha vida e o que as pessoas são capazes de
fazer, seria: “O homem se torna aquilo em que ele
pensa”.”
Impressionante essa história, não é? O impossível pode
ser apenas uma crença que você nutre. Mas você ainda
não viu tudo. Fazia pouco tempo que eu havia tomado
conhecimento dessa história e acabava de transcrevê-la
para o livro, quando algo mágico e muito especial acon-
teceu comigo. Permita-me agora compartilhar com
você, caro leitor, a experiência que tive, pois tenho
certeza de que não ocorreu por acaso.
14
O voo livreEstava muito entusiasmado com a ideia de buscar as correntes térmicas e ex-perimentar um voo “de verdade”.
15
Eu estava na cidade de Governador Valadares, em Minas
Gerais, e escrevia este livro. Tinha ido para lá porque é
um dos melhores lugares do Brasil para a prática
de voo livre, onde se pode contemplar uma bela decola-
gem a partir do pico de Ibituruna.
Ser piloto de parapente foi uma das metas que defini
anos atrás, pois sempre fui apaixonado
pela sensação de liberdade proporcionada pelos
esportes aéreos. Era dezembro de 2006, e eu havia
tirado alguns dias para me dedicar unicamente ao voo
livre e à redação deste livro.
Era dia 19 de dezembro e eu acabara de transcrever o
trecho do Homem Milagre. Faria um voo e, em seguida,
entraria no avião de volta para São Paulo. Pela primeira
vez, eu usaria um aparelho chamado variômetro, que
emite um sinal sonoro para avisar que estamos subindo
com uma corrente de ar. Estava muito entusiasmado
com a ideia de buscar as correntes térmicas e experi-
mentar um voo “de verdade”; segundo os praticantes do
esporte, este é um voo em que você ganha as alturas.
Meu professor havia me orientado a ficar muito atento
à vela (nome dado à “asa” que sustenta o piloto no ar)
enquanto estivesse em uma térmica, e lá fui eu. Depois
de uma bela decolagem, procurei voar próximo a um
bando de urubus para encontrar uma corrente ascen-
dente. De repente, fui apanhado por uma delas, o que fez
meu aparelho apitar, e aí cometi meu primeiro erro:
olhar para a vela apenas no momento em que o
variômetro soou. O segundo erro foi não perceber que
ultrapassei a corrente ascendente e entrei em uma
descendente.
Estava girando como os pássaros planadores, mas, em
vez de subir, eu descia. E muito mais depressa do que o
normal. O aparelho soava de um modo diferente,
enquanto eu descia rápido. Teria de fazer um pouso de
emergência, pois já estava muito baixo, e precisava
decidir rapidamente onde aterrissar. Não seria possível
chegar à pista principal, que ficava perto do centro da
cidade, a apenas vinte minutos do hotel. Pensei em
descer até a pista de emergência, para onde os alunos
novatos eram levados, já que lá se podia fazer um pouso
mais fácil.
O problema, pensei eu inocentemente, era que de lá até
o hotel levaria duas horas de caminhada com o equipa-
mento nas costas, o que me faria perder o avião para São
Paulo.
Tudo isso me passava pela cabeça em frações de segun-
dos. Foi então que avistei o Clube Minas e decidi pousar
em seu campo de futebol. De lá, seria fácil pegar um táxi
de volta ao hotel e, assim, eu não perderia o avião. Já
havia pensado em pousar lá um dia, mas infelizmente não 16
tivera a oportunidade de compartilhar a ideia com meu
professor ou com os colegas. Se tivesse feito isso, eles teriam
me desencorajado imediatamente, pois era perigoso. Ao
decidir fazer o pouso ali, eu cometi meu terceiro, último e pior
erro.
Iniciei o procedimento de pouso e... surpresa! O extenso
campo que eu avistara lá de cima era, na verdade, dois
campos separados por um alto e gigantesco alambrado,
rodeados por enormes árvores. De repente, o espaço que eu
tinha para o pouso havia sido dividido pela metade, e a
situação estava ficando realmente séria. Como eu correria
risco de morte se batesse contra a cerca divisória, decidi
cruzá-la e tentar a descida no segundo campo.
Quando me aproximava do chão, fui pego por uma corrente
ascendente e ganhei altura. Aquilo era tudo o que não podia
acontecer em um espaço de pouso tão limitado! Precisava
agir rápido ou cruzaria o campo e bateria contra as árvores,
ou talvez caísse no rio que corria adiante do campo.
Fiz uma curva brusca para a esquerda, com o intuito de
perder altura. Porém, com a manobra, minha velocidade
aumentou e me colocou em rota de colisão contra as árvores.
Fiz nova curva, dessa vez para a direita, para corrigir meu
pouso.
Tarde demais.
17
O InesperadoEu, que me sentia chateado por estar longe da família, vi que existem pessoas dispostas a deixar de lado seus interesses pessoais para alegrar um pouco a vida dos outros, mesmo que desconhecidos.
18
Caí com forte impacto no solo e
bati violentamente as costas. Os pilotos de parapente
são treinados para virar as costas para o chão em situ-
ações como essa, pois nosso equipamento tem uma
espécie de airbag dorsal que protege a coluna. Na hora
do choque, vi estrelas, literalmente. Minha primeira
reação foi movimentar os dedos do pé, e me senti alivia-
do ao constatar que podia senti-los. Fiquei estendido no
chão, imóvel, até porque era impossível movimentar o
corpo com a dor intensa que latejava
em cada célula. Apenas gritei por socorro.
Então começaram a aparecer
o que chamo de “os anjos em minha vida”. A solidariedade
incondicional que não pede nada OvOOem troca, a von-
tade de ajudar, tudo isso mostra que existem pessoas
boas de verdade neste mundo.
O nome dos primeiros anjos eu nunca vou saber, apenas
me lembro deles. A criança de 9 ou 10 anos que me deu
água para beber, enquanto eu esperava o resgate chegar.
As pessoas que incansavelmente ligavam de seus celu-
lares para cobrar mais rapidez da ambulância. COs
homens que me resgataram.
Depois de quase cinquenta minutos, eu dava entrada no
hospital, esperançoso de que os médicos viessem me
esclarecer que tudo não passara de uma pancada forte,
receitassem algum analgésico e me liberassem para
pegar o avião de volta para São Paulo.
Fiz alguns exames, mas ninguém me comunicou o que eu
tinha. O tempo passava rápido e tive de me conformar
com a perda do voo. Comecei a ficar ansioso para saber
meu diagnóstico, e isso só aconteceu horas depois do
acidente, quando enfim um médico me passou a “sen-
tença”:
— O quadro é sério. Você fraturou a coluna vertebral e
tem muita sorte de ainda poder se movimentar. Não
sabemos ao certo se lesionou a medula ou não, precisa-
mos de uma tomografia. Você ficará internado e,
provavelmente, precisará de uma cirurgia.
A notícia me deixou atordoado. Estava sozinho naquela
cidade, sem ninguém da família por perto. Foi então que
apareceu mais um anjo de quem nunca esquecerei:
Ariene, a moça da farmácia. Não tenho palavras para
expressar como foi importante receber seu auxílio
naquele momento e nos longos dias que ainda passaria
naquele hospital. Ariene se aproximou de mim para
saber se eu precisava de alguma ajuda, e me emprestou
seu celular. Telefonei para os meus familiares e para o
escritório.
Depois, fui levado para uma enfermaria, onde fiquei com
outros três pacientes. Todos eram mais velhos, mas eu
era o único imobilizado. Foi ali que conheci outro anjo, 19
alguém que ajuda as pessoas por amor. Seu nome é Zez-
inho, e ele estava internado havia quase um mês à espera
de um laudo médico que viria de Belo Horizonte, sobre a
necessidade de realizar uma angioplastia.
Zezinho é o tipo de pessoa que está sempre sorrindo.
Alegrava a todos daquele quarto, oferecia suas frutas,
emprestou-me um ventilador de mão para que eu
pudesse aliviar um pouco o calor que sentia.
A única vez que percebi lágrimas em seus olhos foi
quando lhe perguntei sobre sua história. Ele me contou
que quatro horas depois de ter dado entrada no hospital
com problemas cardíacos, sua esposa, que o acompan-
hava, teve um ataque fulminante e faleceu. Não houve
nada que os médicos pudessem fazer.
Que força de espírito tinha aquele homem! Eu, que me
sentia chateado por estar longe da família, vi que existem
pessoas dispostas a deixar de lado seus interesses pes-
soais para alegrar um pouco a vida dos outros, mesmo
que desconhecidos.
No segundo dia de internação, comecei a tratar de minha
transferência para o hospital de São Paulo, no qual tenho
assistência, a Beneficiência Portuguesa. Mais uma vez,
recebi o auxílio de Ariene, que me ajudou a providenciar
um meio de transporte. Em São Paulo, um exército de
amigos e parentes também se mobilizava para a trans-
ferência.
Era impraticável viajar de avião, pois eu tinha de me
manter imóvel e em posição horizontal. Além disso, a
pressão no interior da aeronave poderia agravar minha
situação. Depois de muitos contatos e providências —
inclusive a confecção em tempo recorde de um colete
rígido para eu vestir — deixei o hospital de Governador
Valadares às 5 horas da manhã do terceiro dia após o
acidente. Foram 18 horas de viagem a bordo de uma
ambulância, em companhia de mais dois anjos: o motor-
ista e a bondosa enfermeira Seudina, que me trataram
com delicadeza e paciência.
*
Os momentos que passei no hospital me fizeram perce-
ber como eu era abençoado, e passei a agradecer por
tudo o que tinha. A possibilidade de voltar a andar, poder
respirar, poder ver; a oportunidade de me reaproximar
de meu pai; a ajuda que tive de minha mãe; a atenção
recebida do pessoal do hospital... Entre os enfermeiros,
minha gratidão especial é por André, pelas situações em
que demonstrou extraordinário valor como profissional
e ser humano.
Recebi meu presente de Natal (aliás, o melhor presente
de minha vida) no dia 26 de dezembro, quando o Dr.
Montanaro entrou no quarto, sentou-se na beirada da
cama e me revelou: 20
— Não sei de que altura você caiu, mas teve muita sorte.
Sua vértebra T12 está esmagada e, por muito pouco, a
medula não foi atingida. Graças a isso, poderemos fazer
um procedimento cirúrgico ainda muito novo no Brasil.
O procedimento se chama cifoplastia e o Dr. Montanaro
era um dos poucos médicos brasileiros, na época, capac-
itados a fazê-lo. A cirurgia é pouco invasiva, proporciona
rápida recuperação e vida normal. Se eu fosse tratado do
modo tradicional, ficaria pelo menos seis meses em
recuperação, teria uma enorme cicatriz nas costas e não
poderia fazer alguns movimentos, como abaixar e levan-
tar a coluna.
A notícia me fez chorar. Fiquei muito emocionado pela
dádiva, pelo presente, pelo milagre que Deus estava me
proporcionando.
Tinha consciência de estar recebendo uma nova chance
na vida e decidi não desperdiçá-la. Nisso você pode apo-
star! Fui operado no dia 28 de dezembro. Correu tudo
bem, e o médico enfatizou que a recuperação depender-
ia só de mim.
Por volta das cinco horas da tarde daquele mesmo dia,
dei os primeiros passos depois de ter permanecido
quase dez dias deitado na mesma posição. Lembra-
va-me, a todo instante, do trecho que havia transcrito no
livro, sobre o Homem Milagre.
Curiosamente, até então eu não tinha assistido ao filme “O
Segredo”, apenas lido um texto sobre o filme recebido por
e-mail. Foi durante minha estada no hospital que o vi pela
primeira vez, depois que meu querido amigo Roney o
trouxe de presente para mim.
Uma semana depois da cirurgia, eu já caminhava sem o
colete e até dirigia meu carro. Não havia ficado com nen-
huma sequela. Meu andar era um pouco duro, um “andar
de robô”, mas isso melhoraria com o tempo. Afinal, tinham
se passado apenas sete dias de recuperação!
21
O poder da gratidãoSe você tem o hábito de reclamar e focalizar a atenção naquilo que não quer, tenho uma péssima notícia: você acaba atraindo ainda mais situações que não quer.
22
Depois de passar pela experiência do acidente, aprendi a
importância de agradecermos cada pequeno aconteci-
mento ou detalhe de nossa vida. E descobri que uma das
chaves do sucesso está ligada à energia que geramos e ao
modo como nos sentimos na maior parte do tempo.
Muitas pessoas têm o hábito de reclamar. Reclamam do
trânsito, do chefe, do trabalho, das dívidas, do tempo
chuvoso ou do calor. Se você tem o hábito de reclamar e
focalizar sua atenção naquilo que não quer, tenho uma
péssima notícia: você acaba atraindo ainda mais situ-
ações que não quer. “Você atrai aquilo que teme”, declara
Rhonda Byrne, autora do livro O Segredo. É isso mesmo.
Faça uma breve retrospectiva de sua vida e veja como
isso é verdadeiro.
Com base nessa afirmação, você poderia me perguntar,
por exemplo: “Quer dizer então, Rodrigo, que você atraiu
seu acidente?”. Pois é com muito pesar que eu lhe
respondo: sim, eu atraí meu acidente. E esse foi outro
grande aprendizado que tive com a experiência. Toda
vez que eu voava, tinha o pensamento de que eu não
poderia sofrer um acidente de jeito nenhum, pois precis-
ava trabalhar e fazia isso com muita satisfação, ajudando
várias pessoas. Esta era minha grande preocupação: não
sofrer um acidente. E o que aconteceu? Acabei atraindo
o que eu mais temia, como você já sabe. Depois disso,
passei a vigiar meus pensamentos e, principalmente,
minhas emoções.
O fato de estar lendo esse livro é um ponto a favor de
mudanças positivas em sua vida, pois você atraiu essa
leitura, buscou por isso. Permita-se, a partir de agora,
vigiar seus pensamentos e emoções. Fazer isso é mais
simples do que parece.
Já reparou que, nos dias em que você acorda de mau-hu-
mor, parece que nada acontece como gostaria? No
entanto, há dias em que tudo dá certo, certamente
porque você está feliz e acaba atraindo oportunidades,
pessoas e situações maravilhosas.
Pois aí está o segredo: SINTA-SE BEM!
Verifique como estão suas emoções neste exato momen-
to. Basicamente, só existem dois tipos de emoções: as
boas e as ruins. E quer saber da boa notícia? É você quem
escolhe como se sentir. Quanto mais criar o hábito de
estar feliz, grato pelas pequenas coisas da vida e focado
naquilo que quer (e não naquilo que teme), mais rapida-
mente atrairá o sucesso para você.
Persista nessa prática, ela realmente traz resultados. Bob
Proctor, discípulo de Napoleon Hill e autor do best seller
internacional You Were Born Rich, afirmou: “Por que
você acha que 1% da população ganha cerca de 96% de
todo o dinheiro que circula? Você acha que isso acontece
por acaso? Não, é tudo planejado. Esse 1% entende algo.
Eles entendem o segredo. Essas pessoas sabem de 23
alguma coisa que agora você também sabe. Elas escol-
hem o que querem, focam no que desejam e decidem se
sentir bem diariamente. Lembre-se disso sempre que
você reclamar. Talvez uma voz interna esteja contestan-
do o que você lê neste momento, argumentando com
algum pensamento do tipo: “Ele não diria essas coisas se
conhecesse meus problemas...”.
Tenha cuidado! Nada é tão ruim que não possa piorar
ainda mais. Se você reclama que o seu trabalho é ruim,
reconheça que há muitos desempregados. Se reclama
que tem dívidas, saiba que há pessoas ainda mais endivi-
dadas. Se reclama da saúde, pense nas pessoas em
estado muito mais grave.
Qual é, então, o segredo para sentir-se bem todos
os dias? A resposta é: AGRADECER! Isso mesmo!
Agradeça por aquilo que você já tem, agradeça pelas pes-
soas que estão à sua volta, agradeça por tudo o que con-
seguiu até hoje na vida. Esse é o caminho mais
curto para que você obtenha muito mais! O estado de
graça faz você se tornar um ímã de coisas boas e tudo
começa a dar certo em sua vida. As pessoas ao seu redor
não conseguem entender como isso é possível, mas
para você não há mais mistério, pois descobriu como é
importante manter-se em estado de gratidão.
Há quem possa estar pensando agora: “Ah, Rodrigo, mas
você não conhece as pessoas que convivem comigo, não
imagina como é difícil lidar com elas...”! Posso imaginar,
sim; a maioria de nós tem algum relacionamento difícil
na vida. A dica para esses casos é focalizar a atenção nas
qualidades da pessoa. Faça uma lista de seus pontos pos-
itivos, porque com certeza ela os tem, e comece a olhá-la
pelo que tem de bom. Se persistir nisso, com o tempo
sua atitude em relação a esta pessoa mudará — e, como
num espelho, a dela com relação a você também.
Que tal colocar em prática essa dica? Escreva o nome de
uma ou mais pessoas com quem seu relacionamento não
esteja muito bom. Depois, ao lado do nome de cada uma,
relacione as qualidades ou características que você
admira ou gosta nelas. Vamos, faça uma forcinha. Se não
conseguir pensar em nenhuma qualidade, pergunte a si
mesmo: se existisse algo de bom nessa pessoa, o que
seria?
Talvez seja uma pessoa disciplinada, persistente, batal-
hadora. Talvez tenha muitos defeitos, talvez ame você
apenas do jeito que sabe amar e não do jeito que você
gostaria de ser amado. Pode ser que alguma vez ela
tenha feito algo que o agradou, mesmo que seja algo
pouco importante. Ou quem sabe seja uma pessoa que
nas horas difíceis muda de atitude e fica ao seu lado.
Pense um pouco e escreva. Faça isso agora, se puder.
Ou, se preferir, existe outra lista que pode ajudá-lo a
cuidar de si mesmo e a criar o hábito de sentir-se bem 24
diariamente: a lista sobre as coisas pelas quais hoje você
é grato.
Imagino que você tenha seus problemas, certo? Mas
quem não tem? Talvez tenha tido uma infância compli-
cada ou uma juventude difícil, mas isso é passado. O que
importa é sua vida daqui para a frente: como você quer
que ela seja? Saiba que ela não precisa, nem deve, ser
uma repetição do passado. O ex-primeiro ministro da
Inglaterra, Winston Churchill, declarou certa vez: “Não
sou quem eu gostaria de ser; não sou quem eu poderia
ser; ainda não sou quem eu deveria ser. Mas, graças a
Deus, não sou mais quem eu era!”.
25
Portanto, reconheça o que há de bom em sua vida e agradeça. Agradeça por sua saúde, seu tra-balho, as pessoas de sua vida, as conquistas que realizou, por menores que tenham sido. Decida sentir-se bem! Faça sua lista e leia-a todas as manhãs, não como quem cumpre um ritual rotineiro e mecânico, mas sim como quem verdadeiramente vive tudo aquilo. Este livro pode ser mágico em sua vida se você realizar os exercícios. Uma coisa é apenas ler, outra é praticar. A diferença entre os bem-sucedidos e os que apenas querem o sucesso é que os pri-meiros partem para a ação. Escol-ha o melhor momento para você escrever e entre em ação!
___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Garanto que esse estado de felicidade e reconhecimento pelas coisas boas sobre
a sua vida e sobre as pessoas que você ama lhe fará maravilhas a partir de agora.
Fique atento e verá que as coisas começarão a melhorar. Mas seja persistente: se
você deixar de agradecer e voltar a reclamar, estragará tudo.
Lembre-se: leia a sua lista diariamente, deixando que o sentimento de gratidão
tome conta de você todas as manhãs. E por que todas as manhãs? Porque nosso
estado emocional nos primeiros momentos do dia tem forte influência sobre
como será o resto do dia, determinando se você atrairá oportunidades e momen-
tos felizes, ou situações difíceis e desagradáveis.26
O que vocêrealmente quer?As pessoas não planejam fracassar. Fracassam por falta de planejamento!
27
Imagine que você está chegando ao aeroporto e se dirige
à moça no balcão da companhia aérea, solicitando:
— Por favor, senhorita, poderia me vender uma pas-
sagem?
O que você acha que ela vai perguntar logo em seguida?
Certamente, algo parecido com:
— Para onde o senhor deseja viajar?
É claro! Afinal, pedir a passagem não basta! Você tem de
informar para onde quer ir. Existem situações ainda
piores, como a daquele senhor que, ao entrar no eleva-
dor, ouviu do ascensorista a pergunta:
— Para que andar o senhor deseja ir?
E ele respondeu:
— Para qualquer um, já estou no prédio errado mesmo!
Pode até parecer maluquice, mas pense: quantas pessoas
você conhece que vivem dessa forma, somente indo, sem
saber exatamente para onde?
Se você não sabe para onde está indo, qualquer lugar
serve. Mas talvez não seja essa a sua situação. Imagino
que o fato de estar procurando por conhecimento
significa que tem pelo menos uma ideia de onde quer
chegar. Existe uma chama em você!
Agora, uma pergunta muito importante: você tem suas
metas claras, definidas e, principalmente, expressas por
escrito?
Vou contar um caso que ilustra como isso é importante:
Em 1953, foi feita uma pesquisa com estudantes de uma
universidade americana a respeito de metas. Pergun-
tou-se quantos tinham metas claramente definidas, e o
resultado foi o seguinte: 87% não sabiam o que fariam
após terminar a faculdade: 10% tinham uma ideia do que
queriam fazer, como montar seu próprio negócio,
trabalhar em uma grande corporação, voltar para a
cidade em que nasceram, trabalhar com o pai, prestar
um concurso;
3% tinham metas claramente definidas e por escrito.
Passados 20 anos, os pesquisadores procuraram os
entrevistados para saber como estavam suas vidas. E
constataram que a soma da renda daqueles 3% que
definiram suas metas era maior que a soma da renda dos
97% restantes.
Coincidência? Pode apostar que não! Os estudantes que
haviam escrito suas metas sabiam muito bem para onde
estavam indo. As pessoas não planejam fracassar, mas
fracassam por falta de planejamento!
Não estou insinuando que basta ter metas escritas para
tudo acontecer como que por encanto. É claro que apa-
recerão obstáculos e surgirão “pedras no caminho”. Mas
devemos ser gratos até pelas pedras, porque com as
adversidades aprendemos a ser fortes: muitas vezes, elas
nos ensinam e nos dão experiência.
A propósito, a experiência muitas vezes é o resultado de 28
maus julgamentos. Bons julgamentos são resultados da
experiência. E o sucesso é o resultado de bons julgamen-
tos!
Pense em duas pessoas. A primeira tem metas definidas,
enquanto que a outra não tem. Imagine que elas estão
indo para o mesmo lugar, como se seus trajetos fossem
duas linhas paralelas. A pessoa que não tem metas está
apenas vivendo um dia após o outro, enquanto que a que
tem metas claras está entusiasmada com a vida. Tem um
comportamento altruísta e coerente com o que quer
para sua vida. Um bom exemplo de comportamento das
pessoas que sabem onde querem chegar é o fato de que
leem um livro durante pelo menos 15 minutos por dia, a
fim de ser um pouquinho melhores hoje do que foram
ontem.
Embora pareçam, as trajetórias das duas pessoas não
estão paralelas. Há um pequeno ângulo entre elas, quase
imperceptível a curto prazo. Porém, depois de alguns
anos, a distância entre elas se torna gigantesca. Bastam
uns poucos graus de diferença na rota de um avião para
levá-lo a Tóquio em vez de para Nova Iorque.
É como diz Anthony Robbins no livro Poder Sem Limites:
“Que diferença faz uma década na vida de uma pessoa
que tem metas traçadas, definidas e por escrito!” Ele
conta que, quando esse pensamento lhe passou pela
cabeça, cruzava o estado americano da Califórnia em seu
helicóptero a jato, indo de Los Angeles para Orange
Country, onde daria um de seus seminários. Ao
sobrevoar a cidade de Glendale, reconheceu um prédio
grande. Observou-o melhor e percebeu que era o lugar
onde trabalhara como zelador apenas 12 anos antes!
Naquele tempo, sua maior preocupação era que seu
Volkswagen 1960 não se desmanchasse no percurso de
trinta minutos de casa até o trabalho. Hoje, ele é um
homem que faz diferença na vida de milhares de pessoas
por todo o mundo, aconselhando desde esportistas con-
sagrados, como Andre Agassi, até presidentes de
grandes países.
Tenho muita admiração por Anthony Robbins, que foi um
de meus mentores. Estive com ele em Orlando, na Flóri-
da, e também na Austrália, participando de seu programa
de treinamento conhecido como Date With Destiny (En-
contro com o Destino).
Sua vida é mais uma prova da diferença que faz uma
década na vida de uma pessoa com metas!
29
É só colocar nopapel e agirNão se preocupe se outras pes-soas acharem graça de seus objetivos. Isso é bom, é sinal de que suas metas são grandiosas.
30
Eu era uma daquelas pessoas para quem você olha e diz:
“Hum, essa aí não vai dar em nada”. Era um jovem tímido,
inseguro, de baixa autoestima. Lembro que, em 1993,
quando estava terminando a faculdade, morava em uma
casa que era do tamanho da cozinha de onde moro hoje.
Trabalhava numa construtora e não tinha metas, muito
menos consciência da importância de tê-las.
O que eu tinha era apenas uma sensação de desconforto
quando olhava para o meu chefe e percebia que não
queria ter aquele mesmo estilo de vida ao chegar à idade
dele. Não queria estar dirigindo um carro como o dele
após vinte anos de trabalho. Não queria acordar à mesma
hora que ele acordava todos os dias. Não queria nem
mesmo ser tratado por meu chefe como ele era tratado
pelo dele.
Assim era eu, muitos anos atrás, tendo uma leve noção
do que eu não queria ser, mas sem ter a mínima ideia de
quais eram meus planos e meus sonhos. Nunca havia
escrito metas. Devo confessar que só comecei
a fazer isso porque me falaram que era importante.
Sinceramente, eu não imaginava que traçar metas era
tão poderoso assim!
Você já teve a experiência de escrever na agenda uma
lista de tarefas a fazer e ir riscando-as à medida que ia
terminando? Percebeu a energia que você gera quando
risca uma atividade concluída? Não dá uma sensação de
“missão cumprida”?
Pois então, a energia é muito mais intensa quando você
risca uma meta conquistada. É difícil expressar com
palavras a sensação de realizar algo que você pos no
papel um dia, quando aquilo parecia impossível.
Isso fortalece a crença de que você pode ir muito
mais longe. Você começa a registrar metas maiores. A
possibilidade de realizar seus sonhos está ali, mostran-
do- se materializável.
Foi exatamente o que aconteceu comigo. Comecei a
fazer listas de metas, gostei da brincadeira e passei a por
no papel até os desejos que, na época, pareciam impos-
síveis, como:
Saltar de quatro mil metros de altura, acima das nuvens,
vendo o mar e a praia, “voar” por cinquenta segundos em
queda livre.
Mergulhar com tartarugas, tubarões, ver o namoro de
um casal de golfinhos em um dos lugares mais lindos do
mundo: Fernando de Noronha.
Acordar em uma escuna com o reflexo ofuscante do
nascer do sol na superfície do oceano, ouvindo os gritos
dos pássaros famintos anunciando sua pescaria; sentir o
balanço do barco entre as ilhas, em alto-mar; contem-
plar a esplêndida paisagem selvagem de um dos lugares
mais privilegiados do Brasil: o arquipélago de Abrolhos. 31
E me empolgava cada vez mais: voar de asa delta, para-
pente e ultraleve, conhecer a terra do Mickey, aprender
kite-surf, fazer um curso de dança; abrir meu próprio
negócio, ministra palestras em todo o Brasil e em todo o
mundo; ter o carro dos meus sonhos, com bancos de
couro, ar-condicionado e câmbio automático; ser dono
do meu tempo e... adivinhe? Escrever um livro!
O que posso dizer é que se passaram uns poucos anos e
já alcancei todas essas metas — e você está participando
comigo de uma delas ao ler este livro.
Por isso, quando você escrever as suas, não se censure.
Sonhe alto. Visualize que está vivendo a situação, isso é
muito importante. Pense grande! Não se preocupe se
outras pessoas acharem graça de seus objetivos; isso é
bom, é sinal de que suas metas são grandiosas. Infeliz-
mente, a maioria das pessoas tem condicionamentos e
crenças limitadas que as impedem de pensar grande.
Isso me faz lembrar pulgas adestradas. Sabe como se
adestram pulgas? Elas são colocadas em um recipiente
de vidro transparente com uma tampa. Começam a
pular, mas batem na tampa. Pulam e batem na tampa
repetidamente, até que desistem de pular. Quando isso
acontece, pode-se tirar a tampa do vidro porque elas não
mais tentarão sair, nunca mais pularão alto. Nascem seus
filhotes e eles também não saem do vidro, porque seus
modelos, os pais, não pulam alto.
Quantos de nós acalentamos crenças enfraquecedoras,
acreditando que não somos capazes de “pular alto”
porque as pessoas que consideramos modelos não são
capazes? Será que isso acontece com você? Pense
grande! Onde você quer estar daqui a cinco anos?
Escreva suas metas com o coração, com paixão, como se
o “gênio da lâmpada” estivesse à sua disposição com
muito mais do que apenas “três pedidos”.
E, por falar nisso, recomendo o livro A mágica de pensar
grande, de David Schwartz. Um livro extraordinário!
32
A lei da atraçãoNão olhe para os desafios que surgem no caminho, olhe para o resultado que deseja conquistar!
33
Se você continuar fazendo as mesmas coisas, obterá
sempre os mesmos resultados. E para obter resultados
diferentes, precisa usar a Lei da Atração, uma lei simples,
mas extremamente poderosa, segundo a qual atraímos
tudo o que mais queremos e também o que mais temem-
os. Falamos um pouco sobre isso no capítulo em que
contei sobre meu acidente, lembra? Por isso, você preci-
sa vigiar, ou melhor, observar constantemente seus
pensamentos e emoções. São as suas emoções que vão
revelar se você está atraindo coisas boas ou ruins.
Tudo é vibração, tudo é energia. Então, se no momento
em que está lendo essas linhas, você está se sentindo
bem, com esperança no futuro, motivado, pode apostar
que está atraindo coisas boas, oportunidades e fatos que
irão ajudá-lo a cumprir suas metas. E pode apostar: a
vida se encarregará de ajudá-lo! É muito importante
saber lidar com a Lei da Atração para que você possa
conquistar e manter tudo o que deseja de bom na vida,
como bons relacionamentos, liberdade financeira, vida
saudável e carreira próspera. Para tanto, o primeiro
passo é se lembrar sempre de que quando traçamos
nossas metas, não devemos nos preocupar com o “como”
vamos consegui-las, pelo menos não no início.
Se você traça uma meta e já conhece o plano de ação,
provavelmente é porque se trata de uma meta pequena
ou
de curto prazo. Já no caso das grandes metas, as de
longo prazo, é muito difícil saber como iremos atingi-las
logo que as traçamos. Mas não importa: todo e qualquer
sonho que você tiver, coloque-o no papel e não se
preocupe com o “como” chegará lá.
Não importa onde você está hoje, não importa se você é
uma pessoa tímida, ou talvez esteja com a autoestima
baixa. O que importa é aonde você quer chegar! É a sua
capacidade de acreditar em seus sonhos e trans-
formá-los em metas a serem alcançadas. O que importa
é o seu potencial para fazer a vida acontecer.
Não olhe para os desafios que surgem no caminho, olhe
para o resultado que deseja conquistar! Você só precisa
ter a energia suficiente para lutar por seus sonhos,
porque a esperança no futuro gera energia no presente.
Em última instância, suas metas e objetivos de vida
geram motivação. O que é motivação? A etimologia
dessa palavra é clara: é um motivo para entrar em ação.
que motivação nada tem a ver com felicidade. Motivação
te faz pular da cama mais cedo. Motivação faz seu
sangue ferver nas veias. Motivação faz seus olhos brilha-
rem. Por outro lado, felicidade tem a ver com aceitação,
com agradecer o que você já tem e parar de reclamar do
que você ainda não tem. Esse é o caminho mais eficiente
para conseguir aquilo que quer em sua vida. Eu chamaria 34
essa atitude de “um poderoso atalho emocional para
realização das suas metas”.
A Lei da Atração diz: Peça, Acredite e Receba.
Meu amigo Aldo Novak, escritor e palestrante e o único
brasileiro autorizado formalmente a abordar e represen-
tar o “The Secret” (O Segredo) em nosso país, fez uma
analogia fenomenal em sua palestra para que não só pos-
samos aprender melhor o significado e a abrangência
dessas três palavras, como também usá-las com maior
eficácia em nosso favor.
Pedir, segundo ele, significa pensar com consistência.
Todas as vezes que você visualiza o que deseja em sua
vida com a fé inabalável de que você é merecedor de
receber o seu desejo, todas as vezes que você fala sobre
o que quer, todas as vezes que você pensa em seu objeti-
vo, então de fato você está pedindo. Portanto, pedir é
pensar. Mas apenas pensar não basta para que sua meta
e objetivo se concretizem;
é necessário acreditar. Nesse ponto, muitas pessoas se
perdem. Elas imaginam que acreditar superficialmente é
o suficiente. Não, não é. É preciso ter força em sua
crença. É preciso ter alma em sua crença. A partir de
então, por tão verdadeiramente acreditar, você começa a
sentir aquilo que pensa e deseja.
Ou seja, é preciso sentir-se merecedor de verdade,
sentir que seu sonho e objetivo são realizáveis e que você
os merece. Sentir como se já os tivesse hoje. Sentir-se
positivo e feliz, independente de ainda não ter realizado
tudo o que deseja. Sentir que você pode e que, mesmo
sem usufruir ainda dessa meta, você é capaz de agrade-
cer por todas as outras conquistas que já fez em sua vida
e pelas dádivas naturais que você já possui. Só assim os
sentimentos de felicidade e gratidão o acompanharão,
facilitando ainda mais a sensação desse desejo específi-
co.
Por fim, e talvez a mais importante das compreensões do
poder da Lei da Atração, esteja na última faceta desta
eficaz trilogia:
o significado da ordem “receber”. Receber não significa
ficar sentado esperando seu desejo cair do céu. Muitas
pessoas entenderam de forma equivocada esse ponto da
Lei.
Imaginaram que se pedissem acreditando fortemente,
iriam receber seus sonhos realizados no colo, sem pre-
cisar empregar nenhum tipo de esforço para isso. No
entanto, não há resultado sem atitudes coerentes, sem
escolhas que estejam em sintonia com o que você
pensou e sentiu. Receber significa, portanto, agir!
Sem ação não existe resultado. É necessário que você
saia da zona de conforto, que você se mova, que faça
acontecer. A boa notícia é que se essa busca estiver alin- 35
hada com o seu pensamento e com o seu sentimento,
isto é, com o “pedir e acreditar”, é muito provável que
você não fique patinando e nem batendo em tantas
portas erradas, como a maioria das pessoas que age sem
acreditar de verdade que merece receber o que pediu,
achando que o universo é escasso e que se alguns já con-
seguiram, nada sobrou para ela.
Certa vez, sentindo-me repleto por esse sentimento de
abundância e gratidão, recebi um telefona de Aldo Novak
convidando-me para fazer parte de um documentário
que seria lançado no Brasil com o título “O Código da
Atração”.
Durante a filmagem, ao ar livre, no Parque Ibirapuera,
conheci uma jornalista e escritora, autora do livro “O
Poder da Gentileza”, que também faria parte do docu-
mentário. Trocamos olhares, cumprimentos e terminei
descobrindo que ela conduzia um programa de entrevis-
tas.
Descrevo esse episódio em minha vida como uma
demonstração da força que existe na Lei da Atração.
Pouco depois, fui convidado para participar do programa
de entrevistas de Rosana Braga, aquela escritora que
havia conhecido no Parque. Uma mulher linda, simpáti-
ca, extremamente inteligente e dotada de um talento
único para escrever. Uma habilidade nata e ainda mais
refinada com o próprio tempo e vida dessa escritora
surpreendente.
Não tardou para que ficássemos amigos. Descobrimos
muitas afinidades, entre elas, a prática da meditação.
“Coincidentemente” ela havia estudado esta prática na
mesma escola que eu acabara de fazer o curso. E numa
noite eu a convidei para irmos praticar na referida
escola. Após algumas horas de meditação, saímos para
jantar e, naquele dia, começamos um namoro arquiteta-
do pelo universo.
Após alguns meses, e por indicação da Rosana, participei
daquela que seria uma das maiores experiências de
minha vida. Um curso de autoconhecimento chamado
Processo Hoffman da Quadrinidade. Já estudei muito em
minha vida e fiz vários cursos, mas nada parecido com
que vivenciei naquela semana. Recomendo fortemente
ao leitor que busca profundas e reais transformações em
sua essência. Assim que puder, faça-o.
Ao voltar deste curso, com uma sensação indescritível
de luz, consciência e amor pela vida, fui recebido por ela
e minha família em uma inesquecível festa de aniversário
surpresa.
No dia 12 de junho de 2009, convidei a Rosana para pas-
sarmos o dia dos namorados em Campos de Jordão.
Naquela noite, eu a pedi em casamento. Quero passar o
resto de minha vida ao lado desta maravilhosa mulher. 36
No dia 12 de junho de 2010 nos casamos em São Paulo
e fomos viver em Florianópolis, num lugar paradisíaco,
a 70 metros do mar, como eu sempre sonhei. Meu amor,
Rosana Braga, chegou para completar a felicidade em
minha vida. Hoje, quanto mais o tempo passa, mais nos
amamos. É maravilhoso encontrar uma pessoa com
quem você pode compartilhar sua vida com sinceridade,
lealdade, honestidade e principalmente, com quem pode
viver o agora, juntos.
Rosana também é autora do livro “Faça o Amor
Valer a Pena”! Quando penso na “sorte” que tenho
por ser casado com uma das maiores especialistas em
relacionamento do Brasil, e sei que ela faz o que ensina,
já que sou testemunha diária deste fato, acredito com
todas as células do meu corpo que a Lei da Atração é real,
que você pode e merece o melhor dessa vida e que você
atrai, a cada segundo, aquilo que transmite. A abundân-
cia existe e você merece vivenciá-la!
O universo é extremamente abundante e saiba, sobretu-
do, que a fonte de toda abundância não está fora de você
e sim em seu interior. Ela é parte de quem você é. Pro-
cure viver em estado de graça, atento aos menores
detalhes, compreendendo que a vida é resultado da
soma de todos eles. Permita-se sentir o calor do sol
sobre sua pele, observar as flores com suas magníficas
formas e cores, olhar para o céu de vez em quando para
contemplar os pássaros voando, ouvi-los quando estiver
caminhando próximo às árvores, sentir o sabor de uma
fruta suculenta.
A plenitude da vida está presente a cada passo, a cada
instante. Ao se dar conta disso, você inicia o processo de
despertar a abundância interior em sua vida. Fica claro
que você já tem tudo o que precisa para ser feliz e, assim,
torna- se alguém disposto a doar.
A partir daí, a vida lhe devolverá tudo de bom numa
velocidade espantosa. Você doa com amor, com com-
paixão e com o coração e não como uma técnica para
que possa receber seus desejos o mais rapidamente pos-
sível.
Um sorriso para um estranho, um bom dia animado, uma
gentileza de deixar alguém passar à sua frente, entre
outras pequenas atitudes alinhadas com o melhor que
existe em você, já promovem um ciclo de energia positi-
va para a abundância do universo.
E o mais incrível é que, ao se perguntar “como posso
fazer uma diferença na vida das pessoas? Como posso
dar, neste caso? Como posso prestar um serviço, nesta
situação?”
você descobre que não precisa ser dono de nada para ter
a verdadeira abundância. Se conseguir sentir com toda a
sua sabedoria, que já a possui, é praticamente certo que 37
as coisas comecem a acontecer em sua vida. A abundân-
cia só chega para aqueles que já sentem que a têm.
Como diz Eckhart Tolle, autor do livro O Poder do Agora:
“Parece um tanto injusto, mas é claro que não é. É uma
lei universal. Tanto a fartura como a escassez são esta-
dos interiores que se manifestam como nossa realidade”.
Essa fartura a que ele se refere tem a ver com a aceitação
de cada momento em sua vida, exatamente da maneira
com que esse momento se apresenta, buscando a ação
consciente e intuitiva para as mudanças que forem
necessárias; não por achar que o que está acontecendo
não deveria ser assim, mas pela consciência de que tudo
é exatamente como tem de ser e se não está acontecen-
do como você gostaria, então – sem criticar, sem recla-
mar – mude e comece a agir de maneira consciente.
Imagine, por exemplo, que você esteja esperando para
ser atendido por um cliente. É a sua oportunidade de
fechar um grande negócio que faz parte de seus objeti-
vos. Faz mais de quarenta minutos que você está sentado
na sala de espera para uma importante reunião e
ninguém veio chamá-lo ainda. Você tem três opções:
1. Ir embora, pois afinal de contas é uma enorme falta de
respeito fazê-lo esperar por tanto tempo.
2. Ficar, porém totalmente nervoso e sem paciência pela
circunstância; e muito provavelmente esse sentimento
irá refletir em sua reunião de forma negativa. Ou:
3. Aceitar a situação como ela se apresenta naquele
exato instante e compreender que, na hora certa, se
tiver de ser, você conseguirá falar com o seu cliente.
No início de minha carreira como engenheiro, passei por
uma situação bem semelhante. Estava esperando há
muito tempo para entrar numa sala de reunião com o
dono de tornar um importante cliente. Eu tinha todos os
motivos para perder a paciência, afinal de contas, o que
eu tinha para apresentar também era vantajoso para ele
e tive de esperar por quase uma hora antes de ser
chamado.
Escolhi, intuitivamente, a terceira opção. Fiz algo para
mudar sim: abri um livro, que na época era o clássico de
Napoleon Hill “Pensa e Enriqueça”, e aproveitei positiva-
mente aquele atraso. Aceitei a situação como ela se
apresentava. Não de maneira passiva, mas apenas optei
por não resistir àquele momento presente, por não des-
perdiçar o meu tempo lutando contra o que a vida apre-
sentava a mim.
Transformei-o na melhor forma possível que encontrei,
conscientemente, com a leitura de mais algumas páginas
daquele fabuloso livro até que, finalmente, o cliente me
chamou à sua sala.
Eu estava calmo e paciente e ele, surpreso com minha
serenidade, pediu mil desculpas, justificou seu atraso 38
devido a uma importante ligação internacional. Senti que,
diante da minha reação pacífica, ele demonstrava um
desconfortável sentimento de culpa e sentia-se na
obrigação de me ressarcir de alguma forma. Fechou um
contrato comigo e tornou-se um dos meus melhores clien-
tes por muitos anos.
Será que valeu a pena aceitar o que o fluxo da vida me apre-
sentava naquele momento? Pode apostar que sim! Aliás,
pode apostar que sempre vale, mesmo quando o resultado
não é, naquele instante, o melhor que você esperava.
Se pensarmos bem, todos nós temos razões o bastante
para nos sentirmos mal e nos lamentarmos. A decisão de se
sentir bem, agradecer pelo que tem e sonhar com suas
metas precisa ser uma escolha consciente, porque ela pode
– e muito provavelmente vai! – mudar a sua vida.
Já sabe o que você tem de fazer, não é? Pense grande, colo-
que suas metas no papel e leia-as todos os dias. Observe
seus pensamentos e sentimentos e foque no positivo, no
agora, para atrair coisas boas. Por fim, parta para a ação.
Porém, como muitas vezes nossas atitudes são freadas e
dominadas pelos medos, barreiras e inseguranças que
sentimos, precisamos urgentemente vencê-los, como
verdadeiros guerreiros, para que possamos finalmente
vivenciar o máximo possível de emoções, sentimentos e
especialmente resultados positivos.
E para que possamos pensar, sentir e agir de modo coer-
ente e sincronizado, deixando-nos conduzir harmoniosa-
mente em direção à realização de nossos sonhos, basta nos
mantermos entregues e confiantes.
Foi assim que os grandes mestres e os maiores ícones de
coragem de todos os tempos alcançaram seus objetivos.
Que possamos aprender com eles para que percebamos,
extasiados, o quanto podemos atrair tudo de bom, simples-
mente porque é isso que temos transmitido!
39
MedosNossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o bem que sempre poderíamos ganhar, por medo de tentar.
- Willian Shakespeare
40
Não acredite em fracassos, acredite em resultados.
Thomas Edison havia tentado fazer a lâmpada elétrica
acender quase dez mil vezes, sem sucesso. Então lhe
perguntaram: “Sr. Edison, como o senhor se sente tendo
fracassado dez mil vezes?”. E ele sabiamente respondeu:
“Meu
caro amigo, eu não fracassei dez mil vezes: eu aprendi
dez mil maneiras de como não se acende a lâmpada
elétrica!”.
Para as outras pessoas, parecia incrível que Edison con-
tinuasse tentando fazer dar certo um experimento no
qual havia fracassado tantas vezes. Quantos de nós não
faríamos nem dez tentativas antes de desistir?
Um ou outro talvez insistisse algumas dezenas de vezes,
mas será que conseguiria fazer mais de cem tentativas?
Imagine então fazer dez mil: haja persistência!
Para os vencedores, porém, tal comportamento não
surpreende, pois na sua visão o fracasso não é o fim. Na
verdade, eles consideram que o fracasso não existe: o
que existe são resultados de suas ações presentes, refle-
tidos no futuro.
Se há algo que possa ser chamado de “fracasso” é a inér-
cia, a escolha por ficar parado, estático, não mudar nem
tomar decisões. Em outras palavras, o fracasso não é
aquilo que acontece quando você cai, mas sim quando
você desiste de se levantar pelo menos mais uma vez!
Nos treinamentos que ministro Brasil afora, de acordo
com a necessidade da empresa, passo um trecho do
filme Fernão Capelo Gaivota, baseado no livro homôni-
mo de Richard Bach. Não sei se você conhece essa
história, mas por via das dúvidas vou lhe contar do que
se trata. Fernão foi uma gaivota que sempre quis voar
diferente; sabia que poderia dar mergulhos pelo céu em
alta velocidade e caçar seus próprios peixes, sem ficar
brigando com seus irmãos por restos de comida em um
lixão.
Ao colocar em prática seu plano de voar diferente,
Fernão se atrapalhou em um mergulho arriscado e quase
se deu mal. Depois do susto, debruçado em um pedaço
de madeira que flutuava no oceano, ele começou a se
questionar: “Será que eu realmente nasci para voar
diferente? Deveria aceitar-me do jeito que sou, porque
se tivesse nascido para voar rápido, teria asas de falcão,
comeria ratos e não peixes... Acho que
a partir de hoje vou ser como todas as outras gaivotas.
Não vale a pena tanto esforço para tentar ser mais!”.
Pensamentos como o de Fernão são muito comuns em
nossa vida, você não acha? Quantas vezes achamos
melhor nos contentar com o que somos, tentando evitar
a dor da frustração e da mudança? Isso já aconteceu com
você? 41
No entanto, se você tem uma inquietude interior, uma
chama que arde em seu peito, uma inexplicável sensação
que vibra em seu corpo e garante que você nasceu para
mais, acaba reagindo a esses momentos de frustração,
aprende com eles, encontra uma solução e descobre o
caminho.
Foi o que aconteceu a Fernão naquele momento. Ele
reagiu e exclamou: “Não! Eu não nasci para morrer neste
mar! Posso escolher morrer aqui sozinho ou me forçar a
voltar para casa. Está em mim! ESTÁ EM MIM!”!
Então ele se ergue e inicia uma difícil decolagem em
pleno mar aberto. Essa é uma passagem muito emocio-
nante do filme, sempre aplaudida entusiasticamente
pela plateia.
Na vida real é assim que funciona: quando reage rápido,
você cria novos resultados, não passa mais pela vida
como vítima e sim como alguém atuante e responsável
por sua própria história!
Portanto, leitor, não acredite em fracassos, acredite em
resultados.
Voltando agora à história de Thomas Edison, num outro
momento lhe perguntaram o que faria se não tivesse
conseguido fazer a lâmpada funcionar. Ele respondeu:
“Não estaria conversando com você agora. Estaria lá,
tentando uma nova maneira de conseguir!”.
Entendeu o recado? Se você ainda não alcançou os
resultados desejados, é porque existe um aprendizado
pela frente. Assim, agradeça à adversidade, pois ela o
torna mais forte, mais experiente e preparado para o
sucesso.
Isso me faz lembrar uma parábola bastante interessante
que li certa vez. Havia um médico muito religioso que
vivia na Suíça, em uma região de frio rigoroso, bem
afastada do vilarejo local. Sua mulher falecera havia dois
anos e ele morava em uma casa de madeira com seu
único filho. Certo dia, um senhor bateu em sua porta
pedindo-lhe que fosse correndo até o vilarejo, pois havia
uma criança com febre alta, correndo risco de morte.
O médico não tinha com quem deixar seu filho; então,
pediu a Deus que tomasse conta do menino e foi direto
ao vilarejo com seu trenó puxado por cachorros, o mais
rápido possível.
Chegando lá, correu para dentro do quarto em que
estava a criança febril e conseguiu diagnosticar a tempo
sua doença e fazer a febre baixar.
Quando voltava para casa, resolveu cortar caminho por
dentro de uma floresta, pois estava ficando tarde e ele
estava preocupado com o filho sozinho em casa.
Ao adentrar a floresta, escutou ameaçadores uivos de
lobos selvagens e acelerou o trenó. Dois lobos aparece-
ram por detrás de uma árvore e começaram a segui-lo. 42
Ele gritou com os cachorros, para que fossem ainda mais
rápido, porém mais lobos apareceram. O médico
começou a se lamentar: “Meu Deus, por que estás man-
dando esses lobos atrás de mim? Acabei de salvar uma
criança, sempre fiz tudo de bom, por que me acontece
isso? Não entendo!”.
O médico fez os cães correrem a toda velocidade e con-
seguiu sair da floresta, escapando dos lobos. Foi vela
havia caído próximo à cortina e o fogo rapidamente se
espalhara. Foi
o tempo de entrar e salvar o menino, e a casa veio abaixo.
Deus havia mandado os lobos para que o médico corres-
se e chegasse a tempo de salvar seu filho.
Quantas vezes, em nossa vida, temos “lobos” atrás de nós
e não entendemos o porquê. Praguejamos, falamos de
azar, reclamamos sem parar! Você mesmo pode estar
com problemas que o atordoam ou mudanças inespera-
das que o obrigam a tomar uma atitude, e não percebe
que esses acontecimentos são positivos e até mesmo
necessários, principalmente na época em que vivemos.
Não tenha medo da mudança, ela é uma certeza con-
stante em sua vida!
Não falo isso só da boca para fora, pois tive de mudar
também. Tive de abandonar um emprego “estável” para
me aventurar numa pequena empresa de um amigo. Mas,
por favor, não me interprete mal: não estou insinuando
que você abandone seu emprego. Minha intenção é
encorajá-lo a encarar as mudanças sem medo. Você
pode muito bem desenvolver seus talentos como um
executivo de uma ótima empresa, pode ser um profis-
sional de sucesso em qualquer área que quiser e pela
qual tenha paixão. De uma coisa você pode ter certeza,
repito: se continuar fazendo o que sempre fez, continu-
ará obtendo sempre os mesmos resultados ou até resul-
tados piores.
A ideia não é parar o que está fazendo hoje, mas fazer
algo a mais, ou mesmo fazer o que faz de maneira
extraordinária! Você deve gostar do que faz, ter paixão
por sua atividade!
Se a atividade que desempenha hoje é algo que não lhe
traz entusiasmo, você deve mudar, sem receio, e procu-
rar algo que lhe dê energia, que o apaixone — seja em
outro departamento de sua empresa atual, num negócio
próprio ou mesmo em um novo empreendimento. É
importante você ter o mínimo de autoconhecimento,
entender sua personalidade, seus limites, sua capaci-
dade de lidar com a insegurança. Nem todas as pessoas
têm perfil de empreendedor, por exemplo, nem todos
convivem bem com a ideia de ter custos fixos e receita
variável, se é que me entende. Há quem se assuste com a
ideia de acordar “desempregado” todos os dias e ter de 43
“caçar um leão por dia”, já que “não existe leão na jaula”.
Se for o seu caso, você poderá correr sérios riscos, pois
na vida de um empreendedor eventualmente não entra a
receita — mas nem por isso os custos deixam de existir.
Por isso, se você for um profissional que faz carreira
como colaborador ou executivo de uma empresa, peço
que considere a ideia de ser o melhor naquilo que faz.
Este é o seu desafio: perceber o que pode fazer melhor
hoje do que fez ontem. Seja um profissional extraor-
dinário, pois essa é a maior garantia que há para a
evolução de sua carreira. Seu chefe não vai querer per-
dê-lo!
Entenda que ser extraordinário não significa ser um
“super- homem” ou uma “mulher maravilha”. É mais sim-
ples do que parece. Você precisa vencer uma única
batalha: aquela contra você mesmo! E, principalmente,
ser melhor no que faz a cada dia. Buscar a melhoria con-
stante e incessante. Para sempre! No entanto, é
necessário ter entusiasmo, paixão, vontade.
E como fazer isso? É simples. considerar ótimo em seu
trabalho hoje? O que você tem a agradecer (e o que em
outro lugar não teria)? Faça uma lista dos pontos positi-
vos de sua empresa.
Segundo: tornar claros os seus motivos! Sim, suas metas,
seus sonhos. Unir o fato de ser o melhor no que você faz
com um pouco de disciplina financeira pode transformar
sua vida!
Walt Disney declarou certa vez: “A melhor maneira de
realizar seus sonhos é por intermédio do seu trabalho”.
Com um espírito empreendedor, aprendi a ver oportuni-
dades em tudo o que aparece na minha frente. Para isso,
procure ver as coisas de maneira abrangente: avalie se
existem pessoas que precisam de seu produto, ideia,
serviço ou conhecimento. Avalie se você pode ajudá-las.
Fazendo essa análise, você certamente enxergará a
oportunidade. É simples!
O próximo passo é responder à seguinte pergunta: como
essas pessoas saberão que você pode ajudá-las? Como
você chegará até elas ou elas chegarão até você?
O segredo é fazer as perguntas certas. Mesmo que você
não obtenha a resposta imediatamente, o fato de formu-
lar a pergunta lançará um propósito para o seu cérebro e
ele ficará à procura da resposta, dia e noite.
Tenha sempre em mente a ideia de ajudar as pessoas.
Não pense somente em você, mas em como passar por
este mundo e ser lembrado como alguém que fez
diferença, que deixou sua contribuição.
Como afirmou o escritor americano Zig Ziglar: “A única
forma de se conquistar o que se quer é ajudando um
número suficiente de pessoas a conquistarem o que elas
querem também”. 44
Se você se tornar alguém que faz diferença na vida dos
outros, ficará impressionado com as maravilhas que
começarão a acontecer rapidamente em sua vida.
Para ajudar as pessoas, você não precisa mudar o
mundo. Eu mesmo tinha a crença enfraquecedora de que
seria muito difícil fazer diferença e que, se não fosse de
maneira grandiosa, nem tentaria me esforçar. Mas, certa
vez, mudei de ideia, e a fábula que escutei, e que vou lhe
contar agora, foi decisiva. Ela é um pouco antiga e talvez
você já a conheça, mas, mesmo assim, vale a pena ler de
novo.
É a história de um velhinho que andava pela praia logo
cedo, apanhava cada estrela-do-mar que encontrava em
seu caminho e jogava-a de volta para o mar. Havia cente-
nas de estrelas na orla, o sol começava a ficar cada vez
mais forte e o velhinho apanhava uma a uma, sem parar,
na tentativa de salvá-las de morrerem esturricadas pelo
sol.
Foi então que um garoto apareceu e perguntou:
— Vovô, o que o senhor está fazendo?
— Estou salvando as estrelinhas-do-mar, meu filho.
— O senhor está maluco? Olhe quantas existem. Daqui a
pouco o sol vai subir e matar todas elas. Que diferença o
senhor acha que está fazendo?
O velhinho fitou o menino, olhou para a próxima
estrelinha, abaixou, pegou-a e a lançou de volta para a
água. Depois, vapontando para o local em que ela havia
caído, virou-se para o garoto e respondeu:
— Para aquela ali eu fiz toda a diferença do mundo!
Ou seja, meu caro amigo leitor, saiba que vale a pena
ajudar, contribuir para o bem de pelo menos uma pessoa.
Não se preocupe em mudar o mundo. Mude primeiro a
você mesmo. Acorde amanhã com a intenção de ser
alguém um pouco melhor do que foi no dia de hoje.
Dificilmente existirá um sucesso solitário. Você o com-
partilhará com várias pessoas, e isso é muito gratificante.
Trace suas metas e desfrute do caminho. Conheça a
verdadeira paixão pela vida!
Você talvez esteja ansioso para definir suas metas e
esteja se perguntando quando o fará. Realmente esse
momento está chegando, mas antes é preciso entender
como o nosso cérebro funciona para que essas
definições tenham um efeito real. Aprenderemos no
próximo capítulo a diferença entre as metas de ser, fazer
e ter.
45
Ser, fazer e terQuando você determina um prazo para a realização da meta, suas chances de concretizá-la são grandes. Porém, se isso não acontecer, simplesmente substitua a data por outra. Tenha a certeza de que estará muito mais perto de conseguir o que quer!
46
Antes de escrever suas metas, há uma coisa muito
importante
que você deve saber sobre o seu cérebro: ele “funciona”
muito melhor com imagens do que com ideias abstratas.
Digamos que você tenha como meta SER o melhor
médico do Brasil. Então você coloca isso com toda clare-
za no papel, mas talvez não baste. Para que seu cérebro
“entenda” de forma muito mais clara a sua meta,
vocêpode criar imagens de fatos, eventos e situações do
que seria sua vida como o melhor médico do Brasil e
vivenciá-las com toda intensidade, como se estivesse
de fato experimentando cada sensação, cada situação
que deseja ardentemente. Não basta só pensar, é
necessário sentir, lembra?
Já sobre as metas relacionadas a TER, você fará algo
ainda mais interessante. Volte ao exemplo anterior e
imagine que você é o melhor médico do Brasil,
bem-sucedido, daqueles que só têm horário na agenda
para daqui a vários meses, com um consultório bem
localizado e vários funcionários. Um médico que faz a
diferença na vida de muitas pessoas e não tem prob-
lemas financeiros.
Agora, uma pergunta: se você fosse essa pessoa, qual
seria o seu carro? Pense por um momento. Vamos lá, é
importante. Qual seria? Um carro popular, importado,
esportivo, uma Mercedes ou uma BMW?
Agora, veja que interessante: falei para você pensar em
um carro, mas não pedi para pensar na cor dele, nem
para você vê-lo por dentro ou por fora, de lado ou de
frente. Não perguntei se ele estava com o motor ligado
ou desligado. Mas você já tem todas essas respostas
porque viu o carro em sua mente.
Quando faço esse exercício com as pessoas, algumas o
vêem de frente, outras de lado. Algumas estão dentro
dele. Algumas vêem essa imagem como se fosse uma
cena de filme, com o barulho do carro e tudo; outras
vêem como uma fotografia parada.
Vamos brincar um pouco com isso agora. Qual é a cor do
carro que você viu? Vamos lá, se ainda não sabe, dê-lhe
uma cor! Qual seria essa cor? Se viu o carro de fora,
entre nele. Imagine-se abrindo a porta, talvez você possa
até imaginar o cheirinho de couro do banco, sentar-se
confortavelmente atrás do volante, fechar a porta, virar a
chave e escutar o barulho do motor. Muito bem, agora
engate a primeira marcha ou coloque no drive (afinal,
seu carro pode ser automático), pise no acelerador e
divirta-se!
Que tal a sensação? Percebe onde quero chegar?
Observe como o cérebro cria imagens com característi-
cas auditivas, visuais e cinestésicas. São as característi-
cas necessárias para as metas de TER. 47
Você pode achar que tudo isso parece uma brincadeira
de criança, mas o fato é que realmente funciona. E não
pare por aí. Faça um test drive com o carro dos seus
sonhos para senti-lo realmente e depois recriar
a sensação em seu cérebro. Recorte uma foto dele e
coloque-a no mural de seu escritório ou na porta da
geladeira da sua casa.
Melhor ainda será se conseguir que alguém tire uma foto
de você dentro desse carro, para a imagem ficar bem
clara e nítida em seu cérebro. Vale também fazer uma
montagem com a foto do carro e uma foto sua. Use esses
recursos para tudo o que você deseja TER. Para a casa
de seus sonhos, por exemplo. Onde ela seria? Na cidade,
na praia ou no campo? Como seria a entrada principal?
Procure visualizá-la o mais nitidamente possível.
Para as metas de FAZER não é diferente. Qual o curso
que deseja fazer em sua vida? Que idiomas deseja domi-
nar? Quais esportes ou hobbies você deseja praticar? E
as viagens? Qual é a viagem dos seu sonhos? Vá em uma
agência de turismo e haja como se já tivesse o dinheiro
para viajar hoje. Peça todas as informações, não se
esqueça de pegar fotos do local onde vai ficar.
Lembre-se de que as crenças se originam de imagens
que você cria em sua mente. Você precisa agir hoje como
se já tivesse alcançado suas metas, precisa ser hoje a
pessoa que será quando já tiver obtido os resultados.
Não estou falando para gastar o dinheiro hoje, mas sim
para ter hoje as atitudes, as crenças, os pensamentos
vencedores.
Mesmo que todos os seres humanos um dia passem a
viver com o coração e a almejar o que querem, nem
todos buscarão as mesmas coisas. Nem todos querem
uma BMW, nem todos querem a mesma pessoa nem as
mesmas experiências, nem as mesmas roupas. Há o sufi-
ciente para todos! Se você acreditar nisso, se puder ver e
agir, isso lhe será mostrado, pois é a verdade.
Transcrevo, a seguir, mais um trecho do filme O Segredo,
que muito me emocionou:
“Em 1995, comecei a criar um negócio que chamei de
Quadro da Visão, onde colocava figuras de coisas que
gostaria de conquistar ou atrair, como um carro, um
relógio ou a alma gêmea dos meus sonhos. Todos os dias
ficava em meu escritório olhando para o quadro e criava
a sensação de que eu já tinha conquistado cada um
daqueles desejos. Algum tempo depois, fiz uma mudança
e o quadro ficou guardado em uma caixa. Nos cinco anos
seguintes, passei por três mudanças de endereço e
acabei indo morar na Califórnia, onde comprei uma casa
que havia passado por um ano de reformas. Então levei
todas as minhas caixas de mudança para a nova casa, até
as caixas de cinco anos antes. Certo dia, às 7h30 da 48
manhã, meu filho entrou em meu escritório e começou a
mexer em uma daquelas caixas, que estava ao lado da
porta. Ele batia os pés nela, e eu pedi que parasse com
aquele barulho, pois eu estava tentando trabalhar. Meu
filho então perguntou o que havia na caixa. Respondi que
eram os meus Quadros de Visão e expliquei para que
serviam. Ele não entendeu, pois tinha apenas cinco anos
e meio de idade, e assim decidi mostrar os quadros, para
que pudesse entender melhor. Abri a caixa e retirei um
dos quadros, no qual havia a foto de uma casa que eu
usava em minhas visualizações cinco anos antes. Fiquei
chocado, pois nós estávamos morando naquela casa. Não
era uma casa similar, mas igual à da foto. Eu havia com-
prado a casa dos meus sonhos e não sabia. Comecei a
chorar, pois estava abismado. Meu filho me perguntou
por que eu chorava e eu lhe disse que finalmente enten-
dia a Lei da Atração, o poder da visualização, tudo o que
eu tinha lido e seguido minha vida inteira.
Definir suas metas e visualizá-las como se já as estivesse
vivendo. Esse é o segredo!
Mas, se você criar esses resultados para sua vida, não
se esqueça de algo muito importante: coloque data nas
metas! As datas nos dão um sentido de urgência. Preste
atenção nisto: sonho sem data é uma ilusão; sonho com
data é uma meta.
Não basta dizer “um dia eu vou conhecer a Disney com
meus filhos”. Esse dia será sempre postergado, e é
provável que não faça coisa alguma para atingir essa
meta. Agora, se você disser algo como “em dezembro do
ano x, passarei o Natal com minha família na Disney”,
muda tudo!
Se você definir uma meta com data, amanhã cedo fará
alguma coisa, por menor que seja, para conquistá-la.
Talvez você leia um livro de mensagens positivas por
quinze minutos todo dia, talvez leve um DVD de trein-
amento para assistir em casa, talvez procure sites de
viagens na internet — enfim, você terá energia para agir,
ou o que você quer não acontecerá na data planejada.
Agora, é preciso ter senso de realidade. Não adianta
escrever que fará a viagem amanhã se isso for completa-
mente impossível nas atuais circunstâncias de sua vida.
Seja razoável consigo mesmo!
Metas que você não faz ideia de “como” atingirá geral-
mente se concretizam a médio ou longo prazo. Mesmo
assim, comece a agir: mude suas atitudes no trabalho ou
nos relacionamentos para que, em breve,
de alguma maneira, o “como” apareça em sua vida, seja
na forma de uma oportunidade de crescimento em sua
empresa, de um novo nicho de mercado para atuação ou
talvez de uma ideia que aumente consideravelmente os
lucros de seu trabalho! 49
Quando tracei a meta de conhecer Fernando de
Noronha, em 1995, não tinha dinheiro nem a mínima
ideia de como conseguiria. É mais caro ir para lá do que
para Miami, nos Estados Unidos! Escrevi que faria a
viagem em setembro de 1997, e na verdade foi em out-
ubro do mesmo ano. Você acha que fiquei frustrado? É
obvio que não!
As metas não devem ser escritas para frustrá-lo, e sim
para estimulá-lo a agir. Com certeza, se eu não tivesse
escrito a meta e colocado data, conhecer aquela ilha
ainda seria um sonho; ou melhor: uma ilusão.
Quando você determina um prazo para a realização da
meta, suas chances de concretizá-la são grandes; porém,
se isso não acontecer, simplesmente substitua a data por
outra. Tenha a certeza de que estará muito mais perto de
conseguir o que quer!
Lembre-se também do que afirmei no começo deste
livro: a felicidade está no caminho, e não no destino em
si. Só existe um lugar e um momento para você ser feliz:
o agora! Pois o momento presente é o único que existe
realmente em nossa vida.
Será que agora confundi sua cabeça? Você pode estar
questionando: se só o que existe é o agora, por que então
precisamos de metas? É simples: para lhe dar uma
direção, um motivo para entrar em ação, ou seja:
motivação!
Você pode traçar metas para qualquer área da vida:
profissional, familiar, financeira, intelectual, social,
espiritual e de saúde. Você pode, por exemplo, tornar-
se melhor marido ou esposa, pai ou mãe; desenvolver o
hábito de escutar seu cônjuge ou ser mais paciente com
as pessoas em geral. Pode perder peso, melhorar a saúde
ou arrumar um hobby.
Eu mesmo emagreci oito quilos em cerca de 45 dias.
Havia estabelecido essa meta e fixado uma data para
concretizá- la. Lembro-me, como se fosse ontem, da
instrutora da academia de ginástica me explicando que,
para pesar o que eu queria, seria necessário um período
de quatro meses de exercícios físicos regulares e uma
mudança em meus hábitos alimentares. Respondi que o
prazo para alcançar minha meta era muito menor do que
quatro meses, mas ela parecia não acreditar que aquilo
fosse possível. Porém, eu insisti: “Você precisa conhecer
o poder de uma meta clara, definida e por escrito.
Quando você escreve uma meta e já sabe como alca-
nçá-la, só precisa definir o plano de ação”.
Daquele dia em diante comecei a correr de cinco a oito
quilômetros diariamente e mudei meus hábitos alimen-
tares, passando a comer apenas frutas pela manhã e
muitas verduras e legumes nas refeições. Com a elimi-
nação de alimentos nocivos ao meu organismo, não só 50
consegui alcançar a meta como a ultrapassei.
Não importa se você é gordinho, magrinho, alto, baixo,
com ou sem cabelo, o que importa é gostar de si mesmo.
Se não está satisfeito com algum aspecto físico seu, faz
sentido mudar. Mas, se está feliz com a saúde ou a forma
física, seja você! Curta-se, goste-se, ame-se... E seja feliz!
Você pode, ainda, ter como meta garantir um futuro
tranquilo, em que talvez nem mais precise trabalhar...
Para isso, será preciso saber lidar com dinheiro, um
assunto tão importante que resolvi abordá-lo à parte,
como você verá no próximo capítulo.
51
Segurança ouliberdadefinanceiraSe você guardar 10% do seu salário por mês, poderá gastar praticamente um salário por ano naquilo que lhe dá prazer!
52
Se a realização das metas de
SER depende de sua atitude e comportamento, e a real-
ização das metas de FAZER, de sua motivação e entusias-
mo, a concretização das metas de TER depende de
dinheiro, é claro!
Você, com certeza, deseja ter a
casa dos seus sonhos, um bom automóvel e alguns con-
fortos materiais, e para isso precisará usar a Lei da
Atração para trazer dinheiro à sua vida. Mas saiba que
atrair cifrões para sua conta bancária ainda não é tudo: é
preciso ter inteligência para administrá-los e, assim,
manter um bom padrão de vida.
E aqui entram dois conceitos importantes: segurança
financeira e liberdade financeira. Segurança financeira é
ter uma reserva de dinheiro capaz de sustentá- lo por
alguns meses, no caso de ficar impossibilitado de
trabalhar ou sem fonte de renda. Por sua vez, liberdade
financeira é ter dinheiro investido gerando uma renda
capaz de sustentá-lo sem que precise trabalhar, pelo
resto da vida.
Já pensou em ser livre para viver como quiser, podendo
escolher se quer continuar trabalhando ou não, e mesmo
assim mantendo um padrão de vida confortável para
você e sua família? Isso é liberdade financeira! Essa é a
grande meta de minha vida, embora eu não tenha a
menor intenção de parar de trabalhar porque amo o que
faço. Aliás, melhor ainda se eu continuar trabalhando,
pois poderei continuar investindo e aumentando meu
“pé-de-meia”.
E você, que tal incluir em suas metas a segurança ou a
liberdade financeira? Bem, para realizá-las você precis-
ará fazer mais do que apenas colocá-las no papel. Precis-
ará conhecer os fundamentos de finanças pessoais, um
assunto muito valorizado hoje em dia e sobre o qual há
ótimos livros, como os do americano Robert Kiyosaki,
autor do famoso “Pai rico, pai pobre”, Donald Trump e os
de meu grande amigo Gustavo Cerbasi, autor de “Din-
heiro, os segredos de quem tem” e “Casais inteligentes
enriquecem juntos”. Recomendo os livros do Gustavo.
Para ter dinheiro, é necessário estudar. A ignorância
financeira pode custar muito caro.
Achei conveniente abordar os conceitos mais básicos
das finanças pessoais, pois poderão ser muito úteis tanto
para a definição como para a conquista de suas metas.
Para começar, vamos falar de ativos e passivos. Ativo é
tudo o que gera renda, como seu salário, um imóvel
alugado ou um investimento. Passivo é tudo o que gera
despesa, como a casa em que você mora, suas dívidas,
seu carro.
Pois bem, se você tiver como meta a segurança ou a
liberdade financeira, terá de administrar seus ativos e 53
passivos de modo que possa ter uma sobra de dinheiro
para investir. Esse investimento então se torna um ativo
que gera renda sem que você precise trabalhar.
Houve uma época em que eu tinha carro importado e
casa na praia (que, aliás, foram metas que realizei), bens
que geravam uma enorme despesa para serem mantidos.
Com meu amadurecimento e, especialmente, a partir da
convivência com Gustavo Cerbasi, comecei a rever algu-
mas decisões. Cheguei à conclusão de que era mais
interessante, por exemplo, não ter carro importado, cujo
seguro e o IPVA são altíssimos, e aplicar o dinheiro que
eu gastaria com ele. Na verdade, hoje tenho um carro
confortável, econômico, seguro e com baixa
manutenção. Finalmente entendi o que o Gustavo me
ensinou sobre ativos e passivos.
Escolhas desse tipo dependem muito da fase da vida e do
perfil de cada um, é claro. Ao longo dos anos, nossos
valores pessoais mudam. Os meus mudaram. Acredito
que isso seja um reflexo de inúmeros livros e cursos que
fiz sobre finanças pessoais. No livro “Casais inteligentes
enriquecem juntos”, Cerbasi descreve cinco perfis difer-
entes, o que nos ajuda a identificar nossos pontos fortes
e fracos e a saber como lidar com eles.
Os poupadores, por exemplo, têm muita disciplina e
pensam no futuro, mas conformam-se com um padrão
de vida modesto e são conservadores, não se permitem
novas experiências.
Os gastadores são mais abertos para novas experiências
e têm facilidade em mudar seus hábitos, mas são
extremamente dependentes de uma fonte de renda e
têm insegurança em relação ao futuro.
Os desligados têm folgas financeiras e espaços para
reduzir custos se necessário, mas não têm muito con-
trole e resistem a tudo que implique disciplina.
Os descontrolados... bem, nesses é até difícil achar um
ponto forte. Descontrole financeiro é algo que costuma
sair muito caro!
Por fim, há os financistas, que controlam seu dinheiro
com rigor, têm facilidade e satisfação em empregar bem
seus recursos. O problema deles é que, muitas vezes, são
incompreendidos pela família, considerados chatos e até
mesquinhos.
Agora eu pergunto: e você, leitor, com que perfil mais se
identifica? Independentemente de qual seja, a boa notí-
cia é que você pode maximizar seus pontos fortes e min-
imizar os fracos. Vou lhe dar umas dicas que podem
ajudar.
A primeira teoricamente é óbvia, mas nem sempre fácil
de colocar em prática: ser capaz de viver com menos do
que se ganha. E aí há duas opções: ganhar mais ou gastar
menos. 54
Isso funciona de maneiras diferentes, conforme o tipo de
atividade de cada um. Quem é empregado e recebe
salário tem uma receita fixa, enquanto quem é autôno-
mo, vendedor ou empreendedor, normalmente tem
receitas variáveis.
Acredito que a situação mais confortável é a de alguns
profissionais que prosperam em suas carreiras, como-
que são promovidos constantemente, ou profissionais
autônomos, vendedores, investidores ou empreende-
dores que conseguem garantir uma receita muitas vezes
crescente. Vendedores de seguro e/ou previdência com
carteiras de clientes que geram renda residual, por
exemplo, têm sua receita aumentada a cada novo cliente.
Um caso interessante é o da minha agência de publici-
dade. Leandro Correia, dono da Ideal Propaganda, é um
rapaz ainda muito jovem, porém extremamente talento-
so e abençoado com uma inteligência incrível nas
questões de posicionamento de mercado, propaganda e
marketing, podendo trabalhar em qualquer lugar onde
possa conectar seu computador à internet. Tanto faz
para ele morar na praia, no interior, perto ou longe dos
clientes. Não precisa nem mesmo ter escritório! Ele tem
uma receita mensal fixa e garantida por seus clientes,
que aumenta a cada novo contrato. Atualmente, a tecno-
logia permite uma ótima qualidade de vida para quem
estiver atento a isso.
Agora veja o meu caso. Em minha atividade como escri-
tor e palestrante, em que as receitas são absolutamente
variáveis, tento viver com 70% do que ganho; os demais
30% distribuo em três “baldes”. Um deles é o balde do
lazer, uma reserva de dinheiro para gastar com
diversões, viagens, passeios de final de semana, restau-
rantes, teatro etc. Se você guardar 10% do salário por
mês, poderá gastar praticamente um salário por ano
naquilo que lhe dá prazer! Essa é uma boa estratégia para
poder usufruir do seu dinheiro sem culpa, especialmente
se tiver um perfil mais gastador.
O segundo é o balde da contribuição. Nele você coloca o
dinheiro com o qual poderá ajudar pessoas da família,
instituições de caridade, pessoas carentes ou sua igreja,
dependendo de sua religião. Acho importante ter o
balde da contribuição, porque com isso exercitamos a
generosidade e o desapego. Se você tem o que doar e
doa cada vez mais, é porque também está ganhando cada
vez mais! Você se torna um ímã que atrai dinheiro.
O terceiro balde é o da segurança e liberdade financei-
ras. Você começa a colocar dinheiro nesse balde para ter
uma reserva capaz de sustentá-lo por seis meses, caso
tenha de ficar sem trabalhar ou receber. Mantendo o
hábito de poupar, com o passar dos anos você passa a ter
o balde da liberdade financeira, que lhe garantirá um 55
futuro tranquilo.
Segundo Gustavo Cerbasi, se uma pessoa começar a
poupar e investir 10% de seu salário com 18 anos, poderá
ter algo em torno de um milhão de reais quando chegar
aos 60 anos!
Agora, para que isso realmente aconteça, você tem de
saber como investir bem, tirando o melhor proveito dos
três fatores dos investimentos:
• Liquidez • Rentabilidade • Risco
O investimento em imóveis, por exemplo, tem baixíssimo
risco, pode até ter uma boa rentabilidade, mas é de baixa
liquidez — você não consegue sacar rapidamente o
dinheiro investido, caso precise dele. Já o investimento
em ações tem liquidez imediata e pode dar ótima rentab-
ilidade, mas tem alto risco, por isso recomenda-se inve-
stir em ações apenas aquele dinheiro que você puder
deixar aplicado
por vários anos. Enfim, são várias as modalidades de
investimentos, e é preciso entender como eles funcio-
nam.
Uma coisa importante sobre seus baldes é que está em
suas mãos definir o tamanho que eles terão, conforme
seu momento de vida e prioridades. Eu mesmo tive uma
fase em que guardava 30% de meus ganhos no balde da
segurança financeira, pois estava formando uma reserva
capaz de me sustentar, caso ficasse seis meses sem ser
contratado para dar palestras. Felizmente, nunca preci-
sei usar o conteúdo desse balde, e hoje minha agenda
vive lotada, tenho compromisso de trabalho pratica-
mente todos os dias. Meu balde da segurança financeira
transformou-se no da liberdade financeira, e continuo
colocando dinheiro lá.
Meu conselho para você é que viva o momento presente,
mas pense também no futuro. Ser indisciplinado ou
desligado com suas finanças hoje, pode custar caro lá na
frente. É melhor fazer um sacrifício temporário agora
para ter uma recompensa duradoura amanhã do que ter
uma recompensa temporária hoje e fazer um sacrifício
duradouro amanhã... Pense nisso.
Bem, está chegando o momento de você traçar suas
metas.
É o que fará no próximo capítulo, e é importante que o
leia em um lugar tranquilo, onde possa estar sozinho e
não seja interrompido, pois fará reflexões, exercícios de
relaxamente visualizações. Você precisará de lápis e
papel. Se possível, escolha um local em que possa ouvir
uma música que você considera relaxante. Seu momento
pode ser daqui a 30 segundos, pode ser amanhã ou
depois, semana que vem, não importa: o que importa é
que você esteja consciente do quanto ele é especial para
sua vida e não deixe de fazê-lo. Vamos lá! 56
Escreva suas metasA diferença entre ler e sentir é como a que existe entre estar no campo, no jogo, e sentado na arquibancada.
57
Para que você tenha metas reais, que lhe trarão energia
para agir, é importante que possua um sentimento de
urgência. Com o exercício de relaxamento e visualização
que proponho a seguir, você poderá alcançar esse senti-
mento.
Coloque a música que
você escolheu. Inspire o ar calmamente, contando de 1 a
5, devagar. Segure a respiração contando até cinco. Solte
vagarosamente o ar, de novo contando até cinco.
Mantenha essa respiração ritmada, sinta-se calmo e
relaxado. Feche os olhos por alguns instantes, silencian-
do seus pensamentos, sempre com a atenção voltada à
sua respiração.
Isso, muito bem; ao voltar à leitura, enquanto respira,
observe seus pensamentos sem julgá-los, apenas
tentando aos poucos diminuir o volume de sua voz inter-
na e silenciá- la, como se tivesse um controle remoto em
sua mão. Diminua o volume de seus pensamentos.
Você visualizará uma situação que se passa daqui a cinco
anos. Você caminha sozinho, tranquilo, em paz, num
dia ensolarado. Imagine que está em um grande campo
gramado, sem nenhuma nuvem no céu.
Talvez você possa sentir uma leve brisa em seu rosto,
escutar os passarinhos cantarem, sentir-se em paz,
muita paz. Então, enxerga um grupo de pessoas reuni-
das. Elas estão um pouco distantes e você só consegue
ver suas silhuetas. Fica curioso e começa a se aproximar
do grupo.
Ao chegar mais perto, percebe que são rostos familiares.
São seus pais, sua esposa ou seu marido, seus filhos, até
seu vizinho... Olhe! Seu amigo do trabalho ou da escola...
Seu melhor amigo ou sua melhor amiga... Aquele profes-
sor de quem você gostava muito... você olha com muita
atenção, procurando se lembrar de cada rosto. E se
sente cada vez mais curioso para saber por que estão
todos juntos ali.
E de repente você nota que, estranhamente, ninguém
percebe sua presença. É como se você estivesse invisível.
Até que, finalmente, você se dá conta de que se trata de
um velório. Então chega próximo ao caixão para desco-
brir quem morreu e percebe que foi você. Ali está acon-
tecendo o seu próprio velório.
Você agora está no meio do grupo, ao lado do professor
de quem mais gostava. Quem é ele? Lembre-se do rosto
dele. Escute o que ele diz. Seu professor está falando de
você, de suas qualidades como aluno, de situações posi-
tivas que viveram juntos. Ele conta dos trabalhos que
você fez, talvez esteja falando sobre as boas notas que
tirou nas provas, dos elogios que recebeu. Escute-o
atentamente.
Agora você se aproxima de seu melhor amigo (ou amiga). 58
Ele está contando às outras pessoas sobre a falta que
você faz, a saudade que está sentindo de você. Está
descrevendo como você era, contando um fato que
marcou sua amizade. Feche os olhos por alguns instan-
tes e imagine o que seu melhor amigo diz a seu respeito.
Como você agia quando lhe pediam um favor? Você
estava sempre disposto a ajudar ou só queria ser ajuda-
do, mas na sua vez, terminava arranjando desculpas?
Como você era para guardar um segredo? Seus amigos
podiam confiar em você? Ou você não se continha e con-
tava o segredo para outra pessoa na primeira oportuni-
dade? Reflita por um momento: que tipo de amigo você
era?
Agora, peço que visualize a pessoa mais importante de
sua vida. Talvez existam várias, porém peço que escolha
uma delas, aquela que mais precisa de suas mudanças,
aquela que realmente é importante para você.
Imagine que ela esteja conversando com outras que
também são muito importantes para você. Quem são
elas? Seu marido ou esposa? Seu filho ou filha? Sua mãe
ou pai? Quem está neste grupo de pessoas?
Quem é a pessoa mais importante na sua vida, que fala
sobre você agora? Imagine que ela esteja falando das
saudades que sente de você, mas seu semblante está
feliz, pois sabe, mais do que ninguém, de tudo o que você
construiu nos últimos cinco anos de sua vida.
A pessoa mais importante de sua vida conta como você
era quando entrava em casa. Você estava sempre feliz ou
vivia reclamando da vida? Reflita sobre isso...
Você jantava com a família ou sempre sozinho e com
pressa?
Perdia a calma facilmente ou mantinha-se positivo na
maior parte do tempo, sempre com algo bom a dizer?
Você apreciava o momento presente, os pequenos detal-
hes da vida?
Lembre-se de como a pessoa mais importante de sua
vida o ajudou a realizar suas metas. Aquelas metas que
você escreveu que alcançaria e alcançou de fato!
Como foi ter alcançado seus sonhos e encontrado o que
tanto buscou? Como foi viver sabendo aproveitar suas
realizações e conquistas? Muito bem...
Imagine agora que essa pessoa está falando da viagem
que vocês fizeram. Para onde vocês foram? Viajaram de
avião, de navio, de trem, de carro... como foi? E quando
você chegou lá, qual foi a sensação? O que você viu?
O que escutou?
Como foram seus dias nessa viagem? Imagine tudo em
detalhes. O almoço, o jantar. Os passeios. Como foi a
volta para casa?
Alguém daquele grupo pergunta o que mais você real-
izou após ter escrito as metas. Quantas pessoas você 59
ajudou? Ou qual foi a pessoa para quem você fez
diferença de verdade? Por que essa pessoa ficará eterna-
mente grata por você ter existido na vida dela?
Pense por um momento: como foi sua vida nos últimos
cinco anos? O que você realizou logo depois de ter escri-
to as metas, de seis a doze meses depois? O que conse-
guiu ser, fazer e ter após um a dois anos? E o que conse-
guiu ser, fazer e ter após dois a cinco anos?
Pare por um instante a leitura, segure o livro entre suas
mãos e reflita como foi a vida dos seus sonhos. Como foi
poder contribuir com alguém. Como foi poder experi-
mentar, viver, sentir o que sempre quis e sonhou. Como
foi viver cada momento, apreciando
e agradecendo.
Se você simplesmente leu o exercício de visualização
que acabamos de fazer, procure reler essa passagem
calmamente, sentindo cada palavra, visualizando as
respostas, visualizando a sua história, o seu futuro.
Caso tenha optado apenas por ler, sem SENTIR o que foi
lido, saiba que, quando quiser, poderá fazer o exercício
completo. A diferença entre ler e sentir é como a que
existe entre estar em campo, no jogo,
e sentado na arquibancada.
Meu caro amigo leitor, esse exercício não foi feito para
ser divertido, e sim para proporcionar-lhe o sentimento
de urgência!
Por acaso, você vive “apagando incêndios” em sua vida?
Vive correndo atrás de resolver situações de emergên-
cia? Esquece coisas importantes como o tempo para a
família?
Se você só tivesse mais seis meses de vida, o que faria?
Talvez daria um abraço de amor na pessoa que está
ao seu lado em casa. Talvez pararia numa floricultura
agora e levaria flores para seu cônjuge ou alguém da
família. Talvez iniciaria aquele curso que você estava
postergando. Não sei o que poderia ser, mas lhe digo:
decida agora fazer algo que seja importante! Quantas
pessoas passam uma vida inteira sobrevivendo de mês
em mês e depois olham para trás e se arrependem do
que poderiam ter feito?
Lembre-se de que você primeiro precisa ser, tendo as
atitudes e os pensamentos da pessoa que deseja se
tornar. Depois precisa fazer, realizando as ações
necessárias e buscando as oportunidades. Daí, sim,
então, você poderá ter as coisas boas que merece nesta
vida!
Pegue sua caneta agora para escrever as metas de curto
prazo (6 a 12 meses), médio prazo (1 a 2 anos) e longo
prazo (2 a 5 anos). Se você já fez esse exercício antes e
conhece o poder das metas, então poderá traçar algu-
mas para realizar em um período de dez a vinte anos. 60
Tudo depende do alcance de sua visão.
Em um primeiro momento, não se preocupe com o
“como”, apenas escreva as ideias, como se você pudesse
escolher o seu destino. Aproveite e seja generoso consi-
go mesmo. Pense grande. Você merece!
Vamos ver algumas possibilidades de metas para sua
vida:
METAS PROFISSIONAISQue cargo você quer alcançar em sua empresa? Que
empreendimento quer realizar? Em que atividade profis-
sional deseja investir seu tempo? O que o motiva profis-
sionalmente? Vamos lá, escreva agora! Talvez,
se você não fizer isso agora, não fará mais... e estará per-
dendo uma oportunidade incrível em sua vida!
METAS FINANCEIRASQuanto você quer estar ganhando no próximo ano? E no
outro? E daqui a cinco anos? Quanto dinheiro quer ter
em investimentos? Em que tipo de investimento? Pense
nisso. Escreva isso!
METAS ESPIRITUAISQuer ter um relacionamento mais próximo de Deus,
independentemente da religião que você professa? Quer
fortalecer sua fé e buscar mais serenidade? Esteja pre-
sente. Viva a sua única verdade: o agora. Para isso, o que
precisa ser feito? Talvez focar naquilo que você faz da
melhor maneira possível. Escreva ações específicas para
voltar a acreditar de verdade em seus sonhos.
METAS SOCIAISSe você participa de algum clube, associação beneficen-
te, grupo de solidariedade ou igreja, o que quer fazer no
futuro? Se não participa, deseja participar? Quais são as
ações que devem ser realizadas no presente para que, no
futuro, você faça diferença na vida das pessoas?
METAS DE SAÚDEQue esporte ou exercício deseja fazer? Com que
frequência? Onde? Que tipo de hábitos alimentares
gostaria de ter? Como você quer estar fisicamente no
futuro? Com que peso? Vestindo roupas de que número?
Que condição física deseja alcançar?
METAS FILANTRÓPICASQuem você gostaria de ajudar? Crianças abandonadas,
pessoas idosas, portadores de necessidades especiais,
instituições de ensino? Vamos lá! Escreva.
61
METAS DE LAZERQue tipo de lazer ou hobby gostaria de praticar? Com
que frequência? Onde? Que viagens gostaria de fazer?
Com quem? Por quanto tempo?
METAS DE DESENVOLVIMENTO PESSOALQue cursos gostaria de fazer: faculdade, MBA, pós- grad-
uação, idiomas? De que treinamentos gostaria
de participar? Que habilidades gostaria de adquirir?
Escreva também a quantas palestras pretende assistir
por ano, quantos livros lerá, a quantos DVDs de trein-
amento assistirá. Você pode, ainda, incluir em suas
metas bens materiais como casa ou carro, objetivos para
os seus relacionamentos com as pessoas, metas
de qualidade de vida e outros. As metas são suas, peça o
que quiser!
Agora que você já tem alguma ideia do que realmente
quer em cada área de sua vida, procure distribuir as
metas ao longo do tempo, usando o bom senso. Use as
categorias de tempo abaixo, elas irão ajudá-lo. Você
também pode definir metas para prazos ainda maiores,
como dez, quinze ou vinte anos. Para as de longo prazo,
pergunte-se: “Como gostaria que minha vida fosse em X
anos?”.
Curto prazo – de 6 a 12 meses
Médio prazo – de 1 a 2 anos
Longo prazo – de 2 a 5 anos (ou mais)
62
Agora, AÇÃO!A ação cura o medo. Se ficar pensando muito, “vou ou não vou, faço ou não faço”, você ali-menta o medo. Se a ação é coer-ente com suas metas, então aja!
63
De nada adianta você ter metas e não entrar em ação. Se
você definiu que quer fazer um curso, por exemplo,
comece a procurá-lo. Informe-se sobre as instituições que
o oferecem, verifique horários, preços, o início da próxima
turma. Coloque em prática o plano de ação para realizar
suas metas. Vamos lá, você já sabe o que tem de fazer!
Ou será que não sabe?
Você talvez esteja se perguntando: “Mas não tenho a
menor ideia de por onde começar”. O melhor começo é ler
suas metas todos os dias. E procurar ser melhor a cada
dia, a cada manhã, quando acordar.
A partir do momento em que você decide o que quer, o
Universo começa a conspirar a seu favor e as oportuni-
dades batem à sua porta. Esteja preparado para elas!
Talvez elas venham como se fosse um trem, que pára e
abre as portas diante de você. E você decide se vai ou não
entrar.
Oportunidades surgem todos os dias e talvez você não
tenha percebido muitas das que já apareceram. Mas agora
que já sabe para qual “estação” está indo, fica mais fácil
reconhecer as oportunidades e agarrá-las.
Também pode ser que a oportunidade se apresente sob a
forma de uma ideia que surge em sua mente. Não tenha
medo, coloque-a em prática, acredite em sua intuição!
Quantos profissionais são promovidos, tornam-se direto-
res, vice-presidentes, presidentes das organizações
porque exerceram seus talentos, tiveram coragem de
ousar e, consequentemente, realizaram seus objetivos?
Tenha certeza de uma coisa: a ação cura o medo. Se ficar
pensando muito, “vou ou não vou, faço ou não faço”, você
alimenta o medo. Se a ação é coerente com suas metas,
então aja!
E se a ação não der em nada, não surtir efeito? Mude a
estratégia e faça uma nova tentativa. Persista! Faça ajustes
e aprenda com a experiência, mas não desista. Nunca.
Parece simples, não? E é.
Lembre-se de onde você quer chegar e inicie o plano. Seja
uma pessoa de ação! Seja aquele que coloca as ideias em
prática e não tenha medo de errar. Como disse Walt
Disney: “Você erra 100% dos chutes que não dá”. Meu
caro, portanto, comece a chutar o quanto antes!
64
A energia pararealizar metasTodos nós somos muito mais fortes do que imaginamos, tanto psicológica quanto fisicamente.
65
Para tudo o que fazemos na vida, precisamos de energia.
A energia provém de sua alimentação, dos seus hábitos,
de sua fisiologia e, principalmente, dos seus sonhos!
Você pode alcançar um estado de máxima energia que o
impulsionará para todas as conquistas. É um estado que
eu ensino a atingir em treinamentos corporativos com
mais de oito horas. Chama-se peak state (estado de alta
performance), o mesmo estado em que Ayrton Senna
ficava quando fazia uma ultrapassagem em alta velocid-
ade na Fórmula 1 ou quando segurava nossa bandeira
para todo o mundo admirar nosso Brasil. É o que sente
um paraquedista no momento em que abre a porta do
avião.
O mesmo estado pulsante que toma conta do artilheiro
do seu time em uma decisão de campeonato, quando
passa pelo último zagueiro e tem, a sua frente, apenas o
goleiro e o gol.
É o estado em que os torcedores pulam e gritam:
GOOOLLLL!!!
Mais adiante, ensinarei uma prática diária para atingir
esse ESTADO. Você ficará impressionado ao se deparar
com a pessoa que verdadeiramente é quando se dispuser
a ser o melhor em tudo o que faz, dia após dia.
Depois de participar de meus treinamentos longos, as
pessoas decidem, por exemplo, mudar os hábitos
alimentares e emagrecem cinco, dez, quinze quilos ou
até mais, de acordo com suas necessidades. Uma de
minhas ex-alunas decidiu emagrecer quarenta quilos e,
no primeiro mês, eliminou sete, simplesmente pratican-
do uma alimentação mais saudável e caminhando todas
as manhãs. Ela disse que nunca havia se sentido tão bem
e que, após inúmeras tentativas frustradas de emagreci-
mento, estava, finalmente, realizando um sonho, quilo a
quilo – para menos, é claro!
Lembro-me de outra ex-aluna que passava por uma fase
muito difícil e estava com a autoestima abalada. Depois
do falecimento de sua irmã, vinha ajudando a cuidar
dos sobrinhos e estava sem trabalhar havia dois anos.
Duas semanas depois de ter feito o curso, participou do
processo de seleção em uma empresa de São Paulo com
56 candidatos para três vagas, e foi a número 1!
E o melhor é que, antes de iniciarem as dinâmicas seleti-
vas, ela já sabia que a vaga seria dela, pois, como ela
própria dizia, ninguém ali estava tão determinado
quanto ela, ninguém merecia tanto!
O QUE ACONTECEU COM ELA?Uma verdadeira mudança em sua autoestima. O fato é
que ela sempre poderia ter sido assim, uma pessoa
vencedora, mas foi preciso um gatilho externo para
fazê-la acreditar nisso. 66
Muitas vezes, uma palestra pode fazer isso por você, um
livro, um treinamento de dois dias, uma frase, um
momento.
Nas palestras, utilizo também uma ponderosa dinâmica
de quebra da madeira para simbolizar a superação dos
medos que nos bloqueiam, liberando energia para as
realizações. As pessoas conseguem atingir resultados
incríveis depois que se permitem vivenciar essa
experiência: aumentam significativamente seus númer-
os em vendas, conseguem promoção no trabalho,
superam o medo de altura, de água, de dirigir. Todos nós
somos muito mais fortes do que imaginamos, tanto
psicológica quanto fisicamente.
Você já ouviu falar de pessoas que realizaram feitos
sobrehumanos em situações extremas, como erguer um
carro sozinhas para salvar alguém que estava ali
embaixo? Foi algo assim que aconteceu com Hélio Janny
Teixeira e sua esposa. Em 1996, eles passeavam pelo
parque Everglades, na Flórida, quando seu filho Alexan-
dre, de apenas 7 anos, caiu em um pântano e foi atacado
por um crocodilo. Os pais atiraram-se no pântano e, em
um ato de extrema força e coragem, conseguiram tirar o
filho de dentro da boca do animal. Alexandre foi salvo
apresentando apenas ferimentos leves.
Acontecimentos como esses são possíveis porque,
diante de uma ameaça, nosso sistema neurológico tem o
poder de mobilizar toda a musculatura, criando uma
força descomunal por frações de segundo. É essa força
incrível que as pessoas encontram ao passar pela
experiência de quebrar um pedaço de madeira de uma
polegada de espessura, no qual escrevem todos os
medos e as crenças que os limitam. Já vi pessoas de todas
as idades quebrarem a madeira, porque fazer isso não
está ligado à força física: está ligado ao peak state, àquele
estado de extrema energia mobilizada que citei antes.
Ela é criada a partir de uma força emocional, motivada
pela vontade de livrar-se definitivamente de medos e
barreiras que limitam nosso sucesso. Quebram a madei-
ra como guerreiros, como quem não aguenta mais as
coisas escritas ali como, por exemplo, ansiedade exces-
siva, preocupação, medo de errar, medo de não dar certo
novamente.
Essa é uma poderosa metáfora que os ajuda a destruir
defintivamente seus medos e barreiras.
Essa energia que nos faz entrar em movimento e agir me
fez lembrar a anedota do rapaz que parou em um posto
de gasolina na beira da estrada. Enquanto estava parado,
abastecendo o carro, reparou que havia ali perto um
cachorro ganindo baixinho. Perguntou, então, ao dono
do posto, por que o cachorro gemia.
— É que ele está deitado em cima de um prego — respon- 67
deu o homem.
— Ora, e por que ele não sai dali? — replicou o rapaz.
— Porque não deve estar doendo tanto assim!
Meu caro amigo, pare de se conformar com dores
desnecessárias e saia do prego. Algumas pessoas não
conseguem quebrar a madeira porque, embora vivam
situações que incomodam, conformam-se e argumen-
tam para si mesmas que “não dói tanto assim”. Só de
olhar nos olhos de quem se prepara para quebrar a
madeira, sou capaz de dizer se elas conseguirão ou não,
pois é visível se têm essa energia que emana da vontade
de vencer.
Quando você utiliza somente a força física, a mão fica
vermelha e pode até doer. Mas, quando utiliza a energia
que vem de dentro, de quem realmente não aguenta
mais levar uma vidinha mais ou menos, o estado de peak
state vem à tona e a madeira parece um pedaço de papel,
um isopor: fica muito fácil quebrá-la. De uma forma ou
de outra, nunca permito que um participante dessa
metáfora saia do treinamento com a madeira inteira:
sempre encontramos um jeito de quebrá-la!
Quando a pessoa acredita que não vai conseguir e con-
segue, acontece uma quebra de paradigma pessoal. Elas
pensam: “se eu fui capaz de realizar algo que parecia
impossível, quantas outras coisas em minha vida que eu
acreditava serem impossíveis são, na verdade, apenas
impossibilidades mentais?”.
A experiência de quebrar a madeira também se relaciona
com mudanças — com a quebra dos paradigmas, comov-
eremos a seguir.
68
ParadigmasPenso que o desemprego, difer-entemente do que dizem, não é uma crise, e sim uma tendência do mundo moderno.
69
Há muitos anos, acreditava-se que a Terra era o centro do
universo e que o Sol girava em torno dela. Imagine-se
vivendo naquela época. Imagine que você acordava pela
manhã e via o Sol nascendo de um lado. Durante o dia, o
astro percorria todo o céu e punha-se do lado oposto ao
que havia nascido.
Então, de repente, surge um “maluco” dizendo que o
fenômeno que você viu se repetir por toda sua vida era uma
grande mentira. Que não era o Sol que girava, e sim a Terra.
Sob esse ponto de vista, dá até para entender por que Gali-
leu quase foi condenado à morte. Suas ideias representa-
vam a quebra de um paradigma universal.
Existem inúmeros exemplos de quebras de paradigmas na
história da humanidade. Isaac Newton, por exemplo, atirou
dois objetos do alto de uma torre para provar aos alunos da
universidade que corpos de massas diferentes caem à
mesma velocidade. Ainda assim, por muito tempo continu-
ou-se ensinando que corpos mais pesados caem a velocid-
ades maiores.
Mas nem é preciso retroceder muito na história. Se há
alguns anos eu escrevesse neste livro que havia descoberto
uma forma de mandar uma carta para o Japão em menos de
trinta segundos, você, amigo leitor, fecharia o livro e diria:
“Esse Rodrigo é doido!”. Um dia inventaram o aparelho de
fax, que em pouco tempo foi sendo substituído pelo envio
de documentos digitalizados via e-mail.
Na Era Agrícola, o volume de informações dobrava
a cada vinte anos. Na Era Industrial, o volume de infor-
mações dobrava a cada dez anos. Já na Era da Informação,
começamos a perceber o intenso ritmo das mudanças em
nossa vida. Mudanças significativas, que antes aconteciam
de vinte em vinte anos, passaram a ocorrer em intervalos
de um ano e meio. Estamos agora no que alguns chamam
de Era do Conhecimento, outros de Era da Comunicação,
em que as mudanças estão acontecendo a cada três meses.
A maioria dos equipamentos e eletrodomésticos que tere-
mos em casa nos próximos anos não foi inventada ainda.
Devemos estar preparados para mudanças que ainda virão.
Em nenhuma outra época da evolução da humanidade
existiram tantas oportunidades.
Há um século, um homem iniciava um negócio, seu filho
dava continuidade e seu neto, se fosse muito alinhado com
as metas do pai e do avô, poderia enriquecer. Hoje pode-se
conquistar liberdade econômica e financeira sem a neces-
sidade de trabalhar de trinta a quarenta anos na vida, nem
depender de aposentadoria.
Penso que o desemprego, diferentemente do que
dizem, não é uma crise, e sim uma tendência do mundo
moderno. Cada vez mais pessoas abrirão seu próprio
negócio ou serão empreendedoras da própria carreira,
sendo disputadas por diversas organizações, podendo ter 70
uma qualidade de vida muito melhor do que em qualquer
outro momento de nossa história.
Ter metas e saber onde se quer chegar, sem dúvida, é
fundamental para ajustar-se a essa nova realidade e a
qualquer outra que surgir. Mas também é muito impor-
tante ter habilidades para se comunicar bem, já que esta-
mos em plena Era da Comunicação.
Vamos compreender um pouco melhor como a comuni-
cação pode fazer maravilhas para a realização de nossas
metas e para o alcance da felicidade que tanto almejamos.
71
O controle emocionalTer o domínio de suas emoções faz grande diferença em sua vida. Melhora o humor, seus resultados financeiros, profissionais, o rela-cionamento familiar e até mesmo a saúde.
72
Para que você tenha metas reais, que lhe trarão energia
para agir, é importante que possua um sentimento de
urgência. Com o exercício de relaxamento e visualização
que proponho a seguir, você poderá alcançar esse senti-
mento.
Coloque a música que
você escolheu. Inspire o ar calmamente, contando de 1 a
5, devagar. Segure a respiração contando até cinco. Solte
vagarosamente o ar, de novo contando até cinco.
Mantenha essa respiração ritmada, sinta-se calmo e
relaxado. Feche os olhos por alguns instantes, silencian-
do seus pensamentos, sempre com a atenção voltada à
sua respiração.
Isso, muito bem; ao voltar à leitura, enquanto respira,
observe seus pensamentos sem julgá-los, apenas
tentando aos poucos diminuir o volume de sua voz inter-
na e silenciá- la, como se tivesse um controle remoto em
sua mão. Diminua o volume de seus pensamentos.
Você visualizará uma situação que se passa daqui a cinco
anos. Você caminha sozinho, tranquilo, em paz, num
dia ensolarado. Imagine que está em um grande campo
gramado, sem nenhuma nuvem no céu.
Talvez você possa sentir uma leve brisa em seu rosto,
escutar os passarinhos cantarem, sentir-se em paz,
muita paz. Então, enxerga um grupo de pessoas reuni-
das. Elas estão um pouco distantes e você só consegue
ver suas silhuetas. Fica curioso e começa a se aproximar
do grupo.
Ao chegar mais perto, percebe que são rostos familiares.
São seus pais, sua esposa ou seu marido, seus filhos, até
seu vizinho... Olhe! Seu amigo do trabalho ou da escola...
Seu melhor amigo ou sua melhor amiga... Aquele profes-
sor de quem você gostava muito... você olha com muita
atenção, procurando se lembrar de cada rosto. E se
sente cada vez mais curioso para saber por que estão
todos juntos ali.
E de repente você nota que, estranhamente, ninguém
percebe sua presença. É como se você estivesse invisível.
Até que, finalmente, você se dá conta de que se trata de
um velório. Então chega próximo ao caixão para desco-
brir quem morreu e percebe que foi você. Ali está acon-
tecendo o seu próprio velório.
Você agora está no meio do grupo, ao lado do professor
de quem mais gostava. Quem é ele? Lembre-se do rosto
dele. Escute o que ele diz. Seu professor está falando de
você, de suas qualidades como aluno, de situações posi-
tivas que viveram juntos. Ele conta dos trabalhos que
você fez, talvez esteja falando sobre as boas notas que
tirou nas provas, dos elogios que recebeu. Escute-o
atentamente.
Agora você se aproxima de seu melhor amigo (ou amiga). 73
Ele está contando às outras pessoas sobre a falta que
você faz, a saudade que está sentindo de você. Está
descrevendo como você era, contando um fato que
marcou sua amizade. Feche os olhos por alguns instan-
tes e imagine o que seu melhor amigo diz a seu respeito.
Como você agia quando lhe pediam um favor? Você
estava sempre disposto a ajudar ou só queria ser ajuda-
do, mas na sua vez, terminava arranjando desculpas?
Como você era para guardar um segredo? Seus amigos
podiam confiar em você? Ou você não se continha e con-
tava o segredo para outra pessoa na primeira oportuni-
dade? Reflita por um momento: que tipo de amigo você
era?
Agora, peço que visualize a pessoa mais importante de
sua vida. Talvez existam várias, porém peço que escolha
uma delas, aquela que mais precisa de suas mudanças,
aquela que realmente é importante para você.
Imagine que ela esteja conversando com outras que
também são muito importantes para você. Quem são
elas? Seu marido ou esposa? Seu filho ou filha? Sua mãe
ou pai? Quem está neste grupo de pessoas?
Quem é a pessoa mais importante na sua vida, que fala
sobre você agora? Imagine que ela esteja falando das
saudades que sente de você, mas seu semblante está
feliz, pois sabe, mais do que ninguém, de tudo o que você
construiu nos últimos cinco anos de sua vida.
A pessoa mais importante de sua vida conta como você
era quando entrava em casa. Você estava sempre feliz ou
vivia reclamando da vida? Reflita sobre isso...
Você jantava com a família ou sempre sozinho e com
pressa?
Perdia a calma facilmente ou mantinha-se positivo na
maior parte do tempo, sempre com algo bom a dizer?
Você apreciava o momento presente, os pequenos detal-
hes da vida?
Lembre-se de como a pessoa mais importante de sua
vida o ajudou a realizar suas metas. Aquelas metas que
você escreveu que alcançaria e alcançou de fato!
Como foi ter alcançado seus sonhos e encontrado o que
tanto buscou? Como foi viver sabendo aproveitar suas
realizações e conquistas? Muito bem...
Imagine agora que essa pessoa está falando da viagem
que vocês fizeram. Para onde vocês foram? Viajaram de
avião, de navio, de trem, de carro... como foi? E quando
você chegou lá, qual foi a sensação? O que você viu?
O que escutou?
Como foram seus dias nessa viagem? Imagine tudo em
detalhes. O almoço, o jantar. Os passeios. Como foi a
volta para casa?
Alguém daquele grupo pergunta o que mais você real-
izou após ter escrito as metas. Quantas pessoas você 74
ajudou? Ou qual foi a pessoa para quem você fez
diferença de verdade? Por que essa pessoa ficará eterna-
mente grata por você ter existido na vida dela?
Pense por um momento: como foi sua vida nos últimos
cinco anos? O que você realizou logo depois de ter escri-
to as metas, de seis a doze meses depois? O que conse-
guiu ser, fazer e ter após um a dois anos? E o que conse-
guiu ser, fazer e ter após dois a cinco anos?
Pare por um instante a leitura, segure o livro entre suas
mãos e reflita como foi a vida dos seus sonhos. Como foi
poder contribuir com alguém. Como foi poder experi-
mentar, viver, sentir o que sempre quis e sonhou. Como
foi viver cada momento, apreciando
e agradecendo.
Se você simplesmente leu o exercício de visualização
que acabamos de fazer, procure reler essa passagem
calmamente, sentindo cada palavra, visualizando as
respostas, visualizando a sua história, o seu futuro.
Caso tenha optado apenas por ler, sem SENTIR o que foi
lido, saiba que, quando quiser, poderá fazer o exercício
completo. A diferença entre ler e sentir é como a que
existe entre estar em campo, no jogo,
e sentado na arquibancada.
Meu caro amigo leitor, esse exercício não foi feito para
ser divertido, e sim para proporcionar-lhe o sentimento
de urgência!
Por acaso, você vive “apagando incêndios” em sua vida?
Vive correndo atrás de resolver situações de emergên-
cia? Esquece coisas importantes como o tempo para a
família?
Se você só tivesse mais seis meses de vida, o que faria?
Talvez daria um abraço de amor na pessoa que está
ao seu lado em casa. Talvez pararia numa floricultura
agora e levaria flores para seu cônjuge ou alguém da
família. Talvez iniciaria aquele curso que você estava
postergando. Não sei o que poderia ser, mas lhe digo:
decida agora fazer algo que seja importante! Quantas
pessoas passam uma vida inteira sobrevivendo de mês
em mês e depois olham para trás e se arrependem do
que poderiam ter feito?
Lembre-se de que você primeiro precisa ser, tendo as
atitudes e os pensamentos da pessoa que deseja se
tornar. Depois precisa fazer, realizando as ações
necessárias e buscando as oportunidades. Daí, sim,
então, você poderá ter as coisas boas que merece nesta
vida!
Pegue sua caneta agora para escrever as metas de curto
prazo (6 a 12 meses), médio prazo (1 a 2 anos) e longo
prazo (2 a 5 anos). Se você já fez esse exercício antes e
conhece o poder das metas, então poderá traçar algu-
mas para realizar em um período de dez a vinte anos. 75
O software do SucessoProcure perceber se as pessoas com quem você se relaciona têm hábitos, gostos e atitudes compatíveis com os seus. Então reflita: elas o estão levando para mais perto da realização de suas metas?
76
Ébem conhecida a analogia entre cérebro e computador,
o que, aliás, eu acho muito apropriado. É bem verdade
que, mesmo no atual estágio de desenvolvimento da
tecnologia, não existe computador que chegue perto da
capacidade de processamento e funções do cérebro
humano. De qualquer forma, o cérebro funciona
de modo semelhante a um computador e também preci-
sa de uma “programação”.
Vou lhe passar as instruções do “programa” que venho
utilizando há alguns anos e que me ajudou muito no
aprendizado sobre como plantar sementes para o futuro.
É uma programação simples, mas poderosa, que poderá
lhe fazer maravilhas. Eu a chamo de Software do Suces-
so, e ela tem três elementos:
1. Associação com as pessoas certas.
2. Leitura e eventos para desenvolvimento pessoal. 3.
Uso consciente do poder da palavra.
ASSOCIAÇÃOLembra-se do ditado que citei no começo do livro: “diga-
me com quem andas e eu te direi para onde vais”? Agora,
imagine que seu filho começasse a sair com colegas que
bebem e usam drogas ilícitas. Ainda que confie plena-
mente nele e na educação que lhe deu, você gostaria que
ele andasse com essas pessoas? Se a resposta é “não”, é
porque você entende a importância da associação.
A questão é: se nos preocupamos tanto com nossos filhos,
por que esquecemos que o mesmo vale para nós? Procure
perceber se as pessoas com quem você se relaciona têm
hábitos, gostos e atitudes compatíveis com os seus. Então
reflita: elas o estão levando para mais perto da realização
de suas metas? Se não, mude de companhia!
Devo encorajá-lo a se aproximar de pessoas positivas,
que estão indo para algum lugar, com quem você possa
aprender. Aproxime-se daqueles que estão onde você
gostaria de estar ou estão indo para o mesmo lugar que
você. Procure aprender com eles! Não se preocupe com
a possibilidade de o rejeitarem, pois isso não acontecerá.
Se hoje você tivesse muito sucesso e alguém batesse à
sua porta para saber como chegou lá, você se negaria a
onversar com a pessoa? Pode apostar que não, porque,
se há alguma coisa de que todo mundo gosta, é de falar
sobre si mesmo!
Pois, então, procure descobrir em cada pessoa que
encontrar o que ela faz melhor do que você. Pergunte,
escute e aprenda! Fazendo isso, você conquistará muitos
amigos e ganhará experiência em alta velocidade.
Se eu tiver o privilégio de conhecê-lo pessoalmente,
meu amigo leitor, tenha a certeza de que ficarei muito
feliz em aprender alguma habilidade ou conhecimento
que você possui e eu ainda não. 77
Compartilhe suas experiências, suas vitórias, erros
e acertos, eles podem ajudar muitas pessoas. Então, lem-
bre-se: associe-se com pessoas positivas, tenha as
mesmas atitudes que elas têm, aja como elas agem e
pense como elas pensam! E prepare-se para obter os
mesmos resultados.
LEITURA E EVENTOSVi certa vez, mas não me lembro onde, uma frase que
dizia: “Cada livro significa uma vida de experiência com-
pilada em páginas”. Daí a importância da
leitura para sua vida: você pode aprender com as
experiências de outras pessoas sem ter de passar pelas
mesmas dificuldades que elas passaram para solidificar
seu aprendizado.
Você merece os parabéns, pois ao ler este livro já está
carregando seu “computador”. A leitura pode ser um
bom programa, mas cuidado: dependendo do que você
ler, pode pegar um tremendo vírus! É o caso dos jornais
populares, aqueles que só noticiam desgraças.
Leituras desse tipo nos fazem estacionar numa zona
de conforto, levando-nos a pensar que a vida lá fora
é horrível e que, se temos uma casa para morar e um
emprego, estamos seguros. Comparar nossa vida com
a de pessoas que estão em situação difícil é válido, pois
nos faz constatar que a nossa situação não está assim tão
ruim como parecem. Mas é bom ir parando por aí, pois
nada impede que tenhamos uma vida magnífica, se assim
quisermos. O preço do sucesso é mais barato que o do
fracasso!
A leitura fez enorme diferença em minha vida. Não me
esqueço do primeiro livro na linha de autoajuda que
li: Como fazer amigos e influenciar pessoas, de Dale Car-
negie, já recomendado por mim anteriormente.
Esse livro deveria ser obrigatório nas escolas e nas
universidades. Trata-se de um manual de relacionamen-
to humano, com regras simples como não criticar nem
condenar os outros, não se queixar... foi nesse livro que
li: “Se não tiver algo de bom para falar dos outros, então
não fale nada.”
Em seguida, li A mágica de pensar grande, de David J.
Schwartz; Pense e enriqueça, de Napoleon Hill; Poder
sem limites, de Anthony Robbins; Além do topo, de Zig
Ziglar... E não parei mais de ler! Esses livros, aliás, são
muito bons para aqueles que querem realizar algo gran-
dioso na vida.
Se você é uma pessoa que não gosta muito de ler, perde
a concentração depois das primeiras páginas, sente sono
ou tem de reler trechos inteiros porque se distraiu, faça
um curso de leitura veloz e eficaz (eu também era assim
e fiz). Ajuda muito. Com isso, você conseguirá ler com 78
cerca de 120 páginas em menos de uma hora! E com
compreensão total.
Cheguei a ler uma média de quatro livros por mês.
Parece muito, mas não é nada se comparado a Anthony
Robbins, que leu oitocentos livros em dez anos e proferiu
a frase que mencionei páginas atrás: “Que diferença faz
dez anos na vida de uma pessoa com metas?”.
Ele, que era zelador de um prédio e, passados dez anos,
tornou-se proprietário de um helicóptero a jato, mora-
dor de um castelo de quatro milhões de dólares à beira
da praia, conselheiro de presidentes — inclusive dos
Estados Unidos — e patrocinador da distribuição de
alimentos para milhares de famílias carentes no dia de
Ação de Graças. E adivinhe? Ele é um leitor dinâmico.
Quando o adquirimos, o hábito da leitura se torna praze-
roso, como se estivéssemos assistindo a um filme. Mas o
principal benefício é adquirir, em pouco tempo, a
experiência de anos e anos da vida de outras pessoas.
Quanto aos eventos, que são outra parte importante do
Software do Sucesso, procure sempre participar de
seminários, cursos de desenvolvimento pessoal e profis-
sional, palestras promovidas em sua cidade ou em sua
empresa.
Conheça as produções em vídeo de pessoas bem- suce-
didas. Colecione gravações em áudio para ouvir no carro,
trocando o tempo improdutivo dos congestionamentos
por um tempo produtivo de aprendizado.
E por falar em tempo, você pode estar questionando se
terá tempo para ler, participar de eventos e assistir a
programas de desenvolvimento pessoal, já que sua vida
parece suficientemente ocupada. Eu também tive esse
problema e procurei me informar sobre gerenciamento
do tempo.
Esse é um assunto tão vasto que daria para escrever
outro livro. Mas, para encurtar a história, conheci
o maior especialista no Brasil nessa área, Christian Bar-
bosa, um grande profissional e amigo querido. Apliquei
os conceitos de sua criação — A Tríade
do Tempo — alinhada com a busca da realização de
minhas metas. E deu certo! Passei a diferenciar as tarefas
importantes das urgentes e circunstanciais. Muitas pes-
soas vivem ocupadas fazendo as coisas urgentes e deix-
ando as importantes para depois. Experimente priorizar
o que é importante e avalie os resultados.
O PODER DA PALAVRAVocê pode fazer tudo certo: estar associado às pessoas
certas, ler os melhores livros, assistir a bons programas,
participar de cursos, seminários e palestras... E, ainda
assim, o que você deseja pode não acontecer como você
imagina. Por que será? 79
Provavelmente, o motivo é o que você fala: palavras que
geram dúvidas, frases incongruentes. Guarde bem isso: a
palavra falada tem poder! Fale apenas o que você quer,
nunca o que não quer.
Vamos supor que você esteja envolvido em um projeto
novo e, em vez de falar dos excelentes resultados
que ele proporcionará à sua vida, você fala sobre as con-
sequências de uma eventual falha. Comentários do tipo
“e se eu fracassar de novo?” ou “e se eu não conseguir a
verba?”...
Perguntas como essas lançam dúvidas em seu “com-
putador”, em sua mente, enquanto tudo de que você mais
precisa é da certeza de que vai dar certo!
Não há nada de errado em ter um plano de contingência,
um plano B, estar preparado para o pior. Uma vez traça-
do esse plano, trabalhe com o entusiasmo de quem tem
a convicção de que receberá o melhor! É nesse momento
que deve evitar que imagens de eventos negativos em
seu cérebro ponham tudo a perder.
Caso apareçam, é simples: diminua as imagens de
tamanho, deixe-as em preto-e-branco, faça-as perder a
força de alguma maneira. E, principalmente, pare de
falar sobre elas! Não deixe os pensamentos se cristaliza-
rem no verbo, na palavra falada! Isso é muito importante.
O problema não é ter dúvidas, que são legítimas e com-
preensíveis. O problema é verbalizá-las, dando a elas um
peso de obstáculo, de fracasso. Portanto, não fale!
Lembre-se de que o que gera dúvidas são os medos. E do
que você precisa para manter-se firme na palavra falada
é de fé. Isso mesmo, fé. Sabia que fé e medo são dois
lados da mesma moeda? Ambos podem ser definidos da
mesma maneira:
“VISUALIZAR ALGO QUE AINDA NÃO ACONTECEU.”Porém, para o medo, essa visualização é negativa, e para
a fé, essa visualização é positiva!
Tenha fé. Fale com convicção! E não se esqueça de que a
palavra, o tom de voz e a fisiologia (expressão corporal)
devem ser congruentes.
Agora você já tem o Software do Sucesso para o seu
“computador”. Está pronto para realizar seus sonhos e
experimentar o prazer de riscar, uma a uma, as metas
que escreveu. Pode apostar nisso!
Os conhecimentos que compartilhei com você foram
adquiridos ao longo de minha vida e eu os testei todos,
um por um. Em nenhum momento escrevo sobre teorias,
mas sobre fatos, com conhecimento de causa. Não estar-
ia sendo íntegro em relação a você, meu amigo, se
estivesse lhe ensinando algo que eu próprio ainda não
tivesse aprendido, vivenciado, experimentado. E agora,
vou te contar como aprendi. 80
O Sucesso estáem suas Mãos“... meu minimercado foi totalmente destruí-do por um incêndio, e fiquei literalmente sem chão, financeiramente arruinado...”
81
Em 21 de junho de 2007, recebi o seguinte e-mail de Robson
Zinder, de Santa Catarina:
Caro Rodrigo, estive em sua palestra na Exposuper, em Flo-
rianópolis. Parabéns! Mais do que uma palestra, você deu
uma lição de vida, passa sinceridade ao falar, passa credibi-
lidade. Quero dizer que sempre escrevi minhas metas e
sempre deu certo, porém fui pego de surpresa em fevereiro
deste ano: meu minimercado foi destruído por um incên-
dio e fiquei literalmente sem chão, com as finanças arruin-
adas.
Foi difícil, nessa hora, não ser pessimista, não andar com
uma nuvem negra sobre mim. Sempre tive uma condição
financeira estável, mas ao final de sua palestra, fiquei
chateado por não ter dinheiro nem para comprar seu DVD.
Eu me senti como você, no início: um jovem sem coragem,
tímido e com medo de começar. Parabéns por seu sucesso.
Respondi:
Amigo Robson, tenha a certeza de que o “inverno” sempre
passa. Sei que você me mandará um e-mail, talvez mais
breve do que pensa, para me dizer que o inverno passou e
que está tudo bem.
E, na verdade, está tudo ótimo, não está?
Você está com saúde? Tem muita gente que não está. Você
tem uma família? Muitos não têm! Lembre-se, meu amigo,
de que nada na vida é tão ruim que não possa ficar pior.
Assim, AGRADEÇA por sua vida como ela está. Leia os
livros, assista aos DVDs, veja o filme O Segredo, urgente!
Conheça a Lei da Atração e ACREDITE: você já está vivendo
essa lei!
Você pode realizar tudo o que quiser e pensar, apenas
precisa reunir suas forças e provar que nada pode lhe
abalar! E precisa de paciência também, para entender que
a demora de Deus não significa um N-Ã-O.
A partir de hoje, acorde todos os dias agradecendo, leia
suas metas, diga sim para a vida, aceite o presente e dê o
melhor de você para o seu futuro.
E fique em paz; afinal de contas, qual é o seu problema
agora?
Quando digo agora, digo AGORA MESMO, no momento em
que você lê estas linhas! Qual é o seu problema AGORA?
Agora, agora... você não está com problema nenhum, não
é?
Então AGRADEÇA, tenha fé e saiba que será apenas uma
história de vida, um exemplo para contar aos seus filhos e
netos, para que eles nunca desistam.
Super abraço, Rodrigo
Agora vou lhe contar, amigo leitor, como termina essa
história. Com o apoio da família, um esforço surpreendente
e, sobretudo por um motivo muito forte — seus filhos —
Robson “queimou a ponte”, como costumo dizer. Ou seja,
seguiu em frente, já que era impossível recuar. Ele não 82
tinha outra opção a não ser colocar todo
o seu foco em reconstruir o armazém destruído por com-
pleto pelo fogo. Se você visse as fotos que ele enviou no
e-mail, também ficaria impressionado com o estado em
que o estabelecimento ficou. Sem poder contar com
a indenização de um seguro, nem com recursos próprios,
Robson foi pedir ajuda para reabrir seu negócio. Procurou
vários donos de supermercado de sua cidade, mas eles
disseram que não poderiam ajudá-lo. Ouviu várias negati-
vas, até que um empresário, dono de uma rede de super-
mercados, o Sr. Lúcio José Matos, sensibilizou-se com a
situação e cedeu as instalações de um pequeno mercadin-
ho que estava para ser desativado para que Robson
reabrisse o armazém.
E assim, apenas três meses depois daquele e-mail, ele inau-
gurava uma nova loja, muito melhor e mais bonita, e me
mandava novas fotos, que você também pode ver em meu
site, na seção Depoimentos.
Não é incrível? Hoje, em seu novo armazém, Robson exibe
orgulhosamente duas placas que mandou fazer em
reconhecimento a pessoas que o ajudaram e a quem é eter-
namente grato. As placas dizem:
Homenagem da Família ZinderA esperança é algo que entra em nossa vida através das
portas que não sabíamos que existiam.
Ao Sr. Lúcio José MatosHomenagem da Família Zinder
Amigo não é aquele que diz “vá em frente”, mas aquele que
diz “vou contigo”.
À Sra. Herileni Back Bonatti
Em nosso último contato, Robson me escreveu:
Rodrigo, você, sem dúvida, é um homem de bem, que con-
segue conciliar sua profissão com a mais importante quali-
dade que um ser humano pode ter: bondade. Bondade é
conseguir se colocar no lugar do outro. Seus ensinamentos
podem mudar a vida de qualquer um, basta acreditar. O
carinho e o respeito que teve comigo e minha família em
um momento tão difícil jamais serão esquecidos. Estamos
no “verão” novamente.
Obrigado, amigo.
Caro leitor, como você se sentiria se estivesse em meu
lugar lendo esse e-mail? Para mim, esta é a maior real-
ização que posso ter: saber que alguém que colocou em
prática os ensinamentos universais deste livro realmente
transformou sua vida. Digo “universais” porque existem
inúmeros exemplos de pessoas que conseguem superar
adversidades e alcançar a realização. Quando você elimina 83
as desculpas de seu dicionário pessoal, torna-se capaz de
resultados surpreendentes.
Desculpas perpetuam resultados medíocres; assim, se você
deseja resultados extraordinários em sua vida, deverá elim-
inar as desculpas que dá para si mesmo e para os outros!
Lembro-me de João Ramos que, após escrever suas metas
em um de meus treinamentos, entrou em ação e mudou
sua vida.
João dirigia um carro popular, trabalhava com vendas. Em
apenas um ano e dois meses após escrever suas metas, ele
me enviou um e-mail com uma foto do carro importado
que acabara de comprar. Detalhe: estava cerca de dezoito
quilos mais magro, de terno e gravata na foto, feliz da vida
pelo sucesso que estava tendo como vendedor.
Só essa história bastaria para ilustrar que o sucesso está em
suas mãos. Ele conseguiu o carro dos seus sonhos em
muito menos tempo do que eu. Poderia parar aqui. Mas o
que vem agora, em minha opinião, é ainda mais poderoso
como exemplo de sucesso e superação.
A empresa em que o João trabalhava acabou fechando as
portas e ele teve que vender seu único patrimônio - o carro
importado.
No entanto, ele me mandou um e-mail contanto que não
estava triste, não. Após ler o meu livro Ganhando Mais, que
escrevi em coautoria com o neozelandês Ian Brooks, um
livro que fala muito sobre vendas e como encantar o
cliente, o João teve uma ideia. Deciciu comprar um táxi.
Quem conhece o Rio de Janeiro sabe que lá existem
milhares de táxis. Porém, o João, que mora na cidade mara-
vilhosa, disse no e-mail que iria usar algumas ideias do livro
e que seria o melhor taxisista que o Rio de Janeiro já havia
visto. Eu confesso que achei que ele estava exagerando,
mas qual não foi a minha surpresa em receber, tempo
depois, outro e-mail com um anexo do Jornal “O Globo” e
uma foto de meia página do João Ramos em seu táxi. A
chamada dizia: “Taxista investe no bem-estar do cliente e
consegue faturar acima da média diária”.
Ele realmente se destacou como um dos melhores taxistas
daquela cidade, criou uma espécie de serviço de bordo
para os passageiros, inovou e estava construindo nova-
mente sua vida. A jornalista perguntou para ele:
- Seu táxi é especial?
E, humildemente, ele respondeu: - Não, especial é o meu
cliente!
Hoje, somos amigos. Uma vez indo ao Rio, pedi ao João para
ir me buscar, mas ele estava com a agenda lotada. Frutos
colhidos de sua determinação, inovação, entusiasmo e
alegria de viver.
Já Patricia L.* estava sem alegria de viver. Sentada na última
fileira da plateia de um dos meus cursos de final de semana
conhecido como Ultrapassando Limites** ela chorava 84
copiosamente em algumas partes que costumam emocio-
nar as pessoas. No entando, chorando como ela estava eu
nunca tinha visto.
Fui conversar com ela e Patricia me contou que tinha
ficado grávida de gêmeos, dois meninos, e assim que
nasceram foram para UTI infantil. O primeiro bebê faleceu
com vinte dias de vida e o segundo, com setenta e um dias.
Você consegue imaginar a dor de uma mãe indo todos os
dias ao hospital, esperando que seus filhinhos voltassem
para casa?
* o nome foi alterado para preservar a privacidade dela ** veja www.ultrapassandolimites.com.br
Era compreensível que Pati estivesse em depressão
profunda e tomasse medicamento tarja preta. Psicóloga
clínica de profissão, ela estava cerca de vinte quilos acima
de seu peso habitual, sem nenhum paciente, sem vontade
de trabalhar e só estava naquele treinamento porque seu
marido a havia “colocado” lá.
Após aquele curso, ela decidiu retomar as rédeas de sua
vida. Mesmo sem entender por que o destino tinha sido tão
cruel, a Pati percebeu que deveria seguir em frente. A
primeira ação foi se inscrever num outro treimanento que
eu ministrava conhecido como Corpo Novo, Vida Nova. Era
uma competição entre quinhentas pessoas para avaliar
quem tivesse a mais incrível transformação corporal e a
melhor história de superação. A duração foi de apenas
noventa dias! Impressionante! Noventa dias depois ela foi a
vencedora. Havia emagrecido os vinte quilos, sem nenhum
tipo de quimíca, parou com todos os remédios, comprova-
do por exames antes do final da competição, apenas com
mudança de hábito alimentar e exercícios físicos aeróbicos
e anaeróbicos. Ela ia à academia diariamente e alcançou
seu objetivo. Voltou a trabalhar e, como prêmio, ela ganhou
uma esteira e três anos na academia Runner, sem custo
algum. Porém, o maior ganho foi a decisão de retomar sua
vida.
Contei para você que o João perdeu seu carro, não foi?
Bem, a Pati voltou a engordar... Dizem que emagrecer é
fácil e que o difícil é manter, não é verdade?
Adivinhe? Ela engravidou novamente. Teve coragem de
tentar mais uma vez. E tem gente que não acredita em
Deus. Dou uma chance para você acertar o que aconteceu!
Ela engravidou de gêmeos, só que dessa vez foram duas
meninas!
Quando fiquei sabendo, liguei no hospital e ela já estava em
casa. Tinha dado tudo certo. Como surpresa, pesquisei o
endereço dela e lá fui eu. Cheguei ao condomínio e toquei
o interfone. Ela atendeu e perguntou:
- Quem é?
Eu respondi: 85
- É o Rodrigo!
Para minha decepção, ela disse:
- Rodrigo... Rodrigo... que Rodrigo?
- O Rodrigo Cardoso!
- Ah, que Rodrigo Cardoso o quê?! Quem está falando??
Ela achou que era trote! Quando descobriu que era eu
mesmo, começou uma gritaria com o marido:
- Amor, amor o Rodrigo está aqui! Que surpresa! Sobe,
disse ela abrindo o portão.
Descobri que devemos avisar antes de fazer uma visita. Ela
não estava esperando... disse que foi o tempo de passar um
batonzinho... E lá cheguei para aquela que seria uma das
tardes mais emocionantes da minha vida. O dia em que
abracei as pequenininhas e as peguei no colo. Eu nunca
imaginaria que ela teria uma foto em que eu abraçava ela de
um lado e seu marido de outro, num porta retrato ao lado
de fotos da família. Nunca pensei que ela tivesse esse carin-
ho tão grande pelo fato de meu trabalho ter feito uma
diferença em sua vida. Em meu coração, estava apenas
retribuindo o que eu recebi um dia.
Histórias como essas é que me fazem seguir em frente.
Acredito que você pode, sim, mudar sua vida e realizar seus
sonhos.
Tenho muito carinho por uma empresa que dou trein-
amentos há mais de uma década – a Nipponflex. Essa
empresa dá oportunidade para as pessoas terem seus
próprios negócios sem nenhum tipo de descriminação
quanto à idade ou currículo. A única exigência é vontade de
mudar de vida.
Conheço centenas de pessoas que realmente alcançaram
uma extraordinária qualidade de vida como distribuidores
da Nipponflex. No entanto, um dos mais surpreendentes
relatos de superação foi esse e-mail que recebi e que
reproduzo aqui com autorização da autora:
Olá Rodrigo, tudo bem?
Meu nome é Elizene, sou distribuidora junto com meu
esposo Cláudio. Hoje estou aqui para contar a minha
história.
Rodrigo, eu era uma pessoa sem sonhos e sem projetos de
vida, tive depressão e sofri muito, passei muita necessi-
dade, teve dias que eu não tinha nem leite para dar para dar
aos meus filhos. Fui abençoada com 4 lindos filhos, 2 meni-
nas e 2 meninos, mas com a crise financeira e meu esposo
desempregado, passamos uma etapa bem difícil, cheguei a
vender paçoquinha na rua, onde ficava o dia todo e voltava
pra casa com apenas dez reais no bolso. Imagina a minha
situação, pois tinha que pagar aluguel, luz, água e tudo
mais.
Imagine amigo leitor, o dia inteiro trabalhando para voltar
para casa com apenas 10 reais?!
Foi então que fui convidada para trabalhar com a Nippon- 86
flex e participar do Curso em Serra – ES, em junho de 2010.
Nossa! Voltei totalmente transformada, pois você é um
excelente palestrante e tem um Dom de Deus maravilhoso,
pois me fez enxergar coisas que eu não via. Me senti
gigante quebrando a tábua – (ela participou da metáfora da
quebra da madeira, uma dinâmica que realizo em algumas
de minhas palestras) - vi que eu não era mais a mesma
pessoa de antes, vi que era capaz de qualquer coisa, foi
então ao escrever minhas metas, fiz com uma energia
incrível!!
Imagine uma pessoa que não tinha leite para dar para os
filhos, fazendo meta? Mas como o papel aceita tudo colo-
quei lá:
*Dar o melhor para os meus filhos.
*Comprar muitos brinquedos.
*Colocar internet e tv a cabo em casa.
*Colocar meu filho Miguel numa escola particular. *Colo-
car minha filha Ana para fazer inglês.
*Dar a Habilitação de presente para minha filha Marrara.
- Perceba que até aqui as metas não eram para ela direta-
mente!
*Pagar minhas dívidas.
*AJUDAR uma instituição de caridade.
Que coração lindo, naquela situação pensava que se fosse
próspera, iria ajudar!
*AJUDAR MINHA FAMÍLIA.
*Comprar meu carro (usado).
*Comprar meu carro Zero...
E assim seguia a lista rsrs...
Hoje, dia 28 de outubro de 2011, ...- perceba amigo leitor,
apenas 1 ano e 4 meses após do curso - ...posso dizer que
sou uma pessoa muito feliz, mudei a minha VIDA, realizei
todas essas metas, todas!!
A maior delas, que para mim era quase que impossível, é
que fui na concessionária buscar o meu carro Zero.
Engraçado que fiz a meta e não coloquei o nome do carro,
mas acreditei no meu sonho. Meu carro hoje é um chevro-
let Cruze LT, branco zero.
Agora sei que é só acreditar e trabalhar e sei também que a
FELICIDADE ESTÁ NO CAMINHO!
Um grande Abraço! Elizene.
Um e-mail como esse não tem preço! Sinto-me honrado
por poder exercer a minha missão de vida, por ter essa
chance. Mas saiba que “Até as águias precisam de um
empurrão” (este é o título do livro de David McNally. Não fui
eu que mudei a vida dela, foi ela mesma! Eu só dei o “em-
purrão”. Tem pessoas que trabalham a vida toda e não con-
seguem comprar um carro como esse e ela saiu de um
estado crítico para essa conquista em apenas um ano e
quatro meses. Mérito dela, mérito da Nipponflex que
oferece às pessoas uma oportunidade como essa. 87
Você é uma “águia” e espero que este livro tenha dado o
“empurrão” que faltava!
Finalizo com uma surpreendente história. Não de alguém
que esteve em meu curso, não de alguém que teve ajuda
externa, mas de alguém que decidiu que faria de sua vida,
uma vida extraordinária.
É a história do camelô carioca David Portes, hoje mais con-
hecido como David, the Camelot, com quem já tive o priv-
ilégio, inclusive, de dividir o palco. Você talvez conheça a
história dele. Talvez conheça a fama de sua banca de doces
no centro do Rio, a “banca do David”.
Tempos atrás, despejados da favela da Rocinha por não
conseguir pagar o aluguel, David e sua esposa, Fátima, que
estava grávida, foram morar nas ruas do centro do Rio de
Janeiro. David catava latas para vender e conseguia uma
quantia que mal dava para a comida. Muitas vezes, ele e a
mulher passaram fome. David via sua esposa dormir na rua,
sem conforto, sentindo fortes dores e precisando de um
remédio que ele não tinha como comprar. Havia chegado
ao seu limite, “ao fundo do poço”, como ele mesmo diz.
Desesperado, olhava à sua volta e não via como resolver a
situação em que se encontrava. Estava desempregado, com
várias dívidas e sem nenhum tostão. Foi então que o
porteiro de um prédio, comovido com a história,
emprestou-lhe os famosos “doze reais”, com os quais David
mudou sua vida para sempre.
Ele pensou: “Viver essa vida de não ter dinheiro para
comer, não ter dinheiro nem para comprar um remédio,
sem um teto na cabeça, sem uma visão de futuro, isso não
dá dignidade a ninguém. Se eu gastar esse dinheiro em
remédio, vou ficar sem nada. Sempre pedindo e sempre
devendo”.
“Foi nesse momento que tomei uma decisão”, conta David.
E “é num momento de decisão”, como afirma Anthony Rob-
bins, “que seu destino muda para sempre”.
David foi a um depósito de doces e gastou os doze reais em
mercadorias para vender no sinal de trânsito. Ofereceu os
doces de carro em carro. Ouviu muitos “nãos”, mas apesar
disso agradecia pela atenção das pessoas com um sorriso
nos lábios e nos olhos, pois entendia que elas nada tinham
a ver com seu problema e não eram obrigadas a prar. Pois,
com seu sorriso e sua simpatia, apesar da urgência de com-
prar o remédio, David dobrou o capital investido. Vendeu
24 reais em doces! Com a metade do dinheiro, comprou o
remédio. Com a outra metade, comprou mais balas.
E assim começou seu negócio de venda de doces, que lhe
traria fortuna. Devolveu o dinheiro ao porteiro, construiu a
história de um homem iluminado, que não desistiu dos
seus sonhos. Hoje, David é conhecido no mundo inteiro.
Thiago, o filho que estava para nascer naquela época, é o
diretor de suas empresas. David ainda tem a banca. 88
No momento em que finalizo este livro, estou em contato
com a natureza, no litoral norte de São Paulo, ouvindo o
som dos pássaros e respirando o ar puro com um leve
cheiro de mato. Acabo de falar com David pelo celular.
Mesmo com vários prêmios em seu currículo, como The
Bizz Awards, conquistado em 2006 e 2007, considerado
pela World Confederation of Business como o melhor
palestrante do mundo em marketing e vendas e reconheci-
do pelo “papa do marketing”, Philip Kotler, David não
perdeu a humildade.
E me conta sobre seu novo projeto de franquias: a Banca
do David Café. Tenho certeza de que, com sua alegria, cria-
tividade e o foco em encantar o cliente, cruzará fronteiras
e inovará mais uma vez. Durante o telefonema, confirmei a
David que, se ele chegou lá, quem tiver forças e fé também
poderá chegar. E ele acrescentou, antes de desligarmos:
“Sim, Rodrigo, basta ter atitude!”.
Essas histórias são belas lições de vida, você não acha? Elas
mostram, sobretudo, que nada é impossível quando somos
impulsionados por um motivo. Um motivo que nos coloca
em ação — ou seja, uma motivação!
Robson Zinder recuperou seu armazém, João e a Pati
deram a volta por cima, David tornou-se um comerciante
próspero e palestrante reconhecido internacionalmente.
Ambos superaram todo tipo de dificuldades e chegaram lá
porque tinham um motivo que os movia. No caso de
Robson, era sua filha e sua esposa Lilian; no de David, a
esposa e seu filho Thiago. Seus motivos eram pessoas
muito amadas de suas famílias.
“Um homem que tem família sólida tem tudo na vida”,
declara David.
E quanto a você, meu caro leitor: qual é o seu motivo? O
que o move?
Se chegou até aqui comigo, com certeza você tem um
motivo suficientemente poderoso para ir muito mais longe!
Agora, tenha em mente que, muito mais do que conquistas
materiais ou sucesso profissional, o grande êxito de um ser
humano é assumir o controle de sua vida.
Pode ser que seu conceito de sucesso seja ter muito
dinheiro. Seja tornar-se um executivo de sucesso ou presi-
dente de uma organização. Ou, quem sabe, ter uma família
feliz e harmoniosa. Pode ser que você queira apenas viver
em uma praia, sem compromisso com nada. Ou talvez
deseje dirigir uma grande e próspera empresa. Indepen-
dentemente do que deseja para sua vida, de uma coisa você
pode ter certeza: o sucesso está em suas mãos!
FIM
89