"palavrinventada"®
Poetas da Nova Ordem da Poesia
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2
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Impresso no Brasil
Printed in Brazil
2013
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3
"palavrinventada"®
Ana Maria Marques
André Fernandes
Bento Calaça
Juleni Andrade
Márcia Poesia de Sá
Marisa Schmidt
Rogério Germani
Tim Soares
Wasil Sacharuk
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4
Coisas da Vida...
No mercado eles compraram vinhos finos
azeitonas e queijos e outros petiscos
pra alegrar os estômagos que ariscos
se deixam iludir por esses mimos
No fim da feira , hora da xepa- estranho nome!
ela compra as frutas que já perderam o viço
mas que ainda dão conta do serviço
de alimentar as crias cheias de fome
Enquanto os magros ricos esbanjam,
as magras pobres, solaranjam...
Marisa Schmidt
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5
Meditação Pentencional
Eu que nunca houvera de ter um Deus
Fui um homem sem oração.
No espiritual há tempos decretará falência
Como nunca é tarde para religião
Por esses dias o movimento pentencional
Me fisgou como um peixe
Em suas águas profundas, cristais e filosofais.
Poesia, paz e reclusão
Degraus para formar um feixe de pentencionais.
Assim mergulhei no hino da meditação;
Com os olhos d'alma um rio se abriu para mim
E meus irmãos em fé
Vieram me receber com a paz do voo das gaivotas
Com incensos da infância.
O canto dos pássaros nas árvores de cor azul colibri
E o olhar de Deus em meu olhar
vai me descascando é o renascer de cachoeiras imortais
Descendo caudalosas para o mar
A alegria de saber que alma não morre é festa de trovão
Em relâmpagos de eras
Resta ao vento semear partículas de mim na primavera.
Bento Calaça
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6
Casbachula
no sertão, não há terra pr'os fracos
nem milagres para quem foge à luta
fome se mata com cactos
curtição é no lombo das putas
urubu é rei do espaço
carcaça de bêbado é entulho
guerreiros são chamados de homens
covardes, por toda parte, morrem cabaschulas.
Rogério Germani
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7
Trestiro
Saiu pela culatra...
Coisa que às vezes acontece;
coisa que depois não se esquece,
mesmo que a vida dura embruteça
até os ossos do cabra.
A parte traseira da vida,
forjada a dente de arado,
é arma... boca de fogo;
queima na cabeça
que insiste no coice.
Três vezes, três erros...
Lamentos de nada adiantam,
atrasam para novas partidas.
Juleni Andrade
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8
Eleitoranças
São tantas “anças” eleitorais
Que nossos “amados” disputam
Tanta fartura e pujança
Com o dinheiro alheio
Que dá uma gorda poupança
São tantas “anças”...
Que ao pobre só lhe resta
Esperança.
André Fernandes
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9
Chuvistagem
Ainda há um poemeto engasgado no papel,
um céu e o mormaço infernizando seu sorriso.
Se preciso for, faço verso melancólico.
Talvez, de amor. Talvez, de dó.
A membrana impermeável da hora triste,
Insiste em não deixar rolar a calma.
Entreaberta, a porta chama por mim...
Se não flertar com o alívio, vou embora.
E não demora o céu ruir e florescer o tédio.
No assédio da tristeza crescerá a aspereza.
Então, desamarra esse burro e venha...
sentir o vento que soletra a palavra mansa.
E não demora o inferno abrir-se despudorado
e a gente nem enxergar o verso mágico,
a chuvistagem de esperanças num breve
retorno da entrelinha entrelaçada.
Ainda há algum suspiro desenhado na memória.
Juleni Andrade
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10
Babosentamente
Batraqueei bobagens
babosentamente
bimbei beliscagens
biometricamente
babei...
babei babando
brutamente
babei botando bocados
balancei bunda
belamente
belisquei beiços
bucetais
Botei
botei bicho
botei bolas
brinquei
brinquei brincando
bestialidades
banais.
Wasil Sacharuk
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11
Isoporado
Não doutor, não tenho medo
das doenças mal faladas
e nem das tisanas indicadas
que o pajé prepara em segredo
Não ligo pra picada de cobra
que isso se cura sozinha
nem pra tripa que não obra
e que se resolve na cozinha
Conheço espinhela caída
bucho virado, unheiro
barriga d'água cerzida
e os males de marinheiro
Mas uma coisa dá susto
e digo sem nem por lustro
que de hospital eu fujo correndo
Tenho medo é de ser cortado
ficar por dentro todo isoporado
e pedaço meu em outro ser ir vivendo!
Marisa Schmidt
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12
Impostos nas alturas
Em tempos de assalto
dispenso carros
ônibus
trens barulhentos
e até mesmo garupa em mulas
& jumentos
caminho vivo ou morto
vou à pé
pois sei que até no CENTRODOSSEL
é um absurdo a taxa dos pedágios.
Rogério Germani
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13
O poiso dos meus colibrios
Beijar tuas flores sem bris
foi isso que sempre eu quis
assim fiz fraquejar calafrios
e poisar sobre ti os colibrios
Beber do teu néctar no céu
com margaridas e flordemel
vermelhas, rosadas, cordelis
desamores incolores e anis
Na secura de um galho senil
espinhei meu poema sombrio
a esperar os teus versos gentis
De seiva e de tronco e de fel
e de pólen espargido em papel
me fizeste deixar de ser gris.
Wasil Sacharuk
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14
Bestagem de Namorado
És quase uma utopia
descendo na noite fria
causando estranho alvoroço
Qual menino à beira do poço
deixando o coração na mão
do pai, da mãe, do irmão...
És uma história mal contada
de fantasmas à margem da estrada
em pleno sol de verão
Escutando o mudo fazendo um sermão
és o ouvido pasmo do apaixonado
despertando do sonho empianado...
Marisa Schmidt
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15
Assim...
Sinto-me pelado
De pequenas ideias
Desnudo
Calado!
Sinto-me cozendo
Fuxicos de outros
Lendo o alimento de uns
E morrendo de fome
Sinto-me assim...
Uma costureira no fim
Uma costura puindo
Um poeta ruindo
Sinto-me assim
Casquetenso escrever.
André Fernandes
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16
Pedra no brejo
pedregosicalado
me faço ponto de encontro
aos casais de sapos
atento
ouço seus coaxos
românticos
suas juras
& moscas compartilhadas
suspiro com os olhares anfíbios
as canções aquáticas
( conversa mole dos rios)
e só durmo
quando o último dos namorados
retira meus musgos
ao cair desmaiado
por tanto sexo selvagem.
Rogério Germani
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17
Breguesso
Nem adianta tentar
me dar o céu e o mar
dizer que sou sua amada
Eu tenho a alma algemada
em tenebroso breguesso
deste romance sem nexo
Faço agora a meia volta
levando a saudade de escolta...
Marisa Schmidt
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18
Requetreque
É uma batida?
Sem dúvida pode ser...
Reque no treque
Ou poesia pra ler
Não sei do que se trata
É uma música?
Xote ou pancadão
Ou é verso na lata?
Bum, bum, bum...
É o treque no reque
Rimando com, “hummm”.
Feito cadência moleque
É uma palavra sim!
Sem qualquer definição
Pode ser estepe o que falta
De nossa fugaz inspiração.
André Fernandes
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19
Filhos de Cândido
(roubeleição)
de quatro em quatro anos,
roubeleição ( a grande
peça secreta)
virava e vira engrenagem principal
na máquina de votos
e os tolos eleitores
- de quatro, eternos -
além de acreditar em fadas
lavam as mãos calejadas
nos sujos respingos
da "velha fábrica de promessas".
Rogério Germani
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20
Doidamô
Tava com aquela loqueira da peste
Virada no Jiraya, cuspindo vespa ninja
Palavreou coisisses infaláveis
matou o resto daquela velha pinga
Saiu descabelada e desmaqueada
Andou no mei da rua e pros carros nem olhou
quase foi espatifada e ficou igual panqueca
foi-se embora embravecida ouvindo: doidamô?
Tim Soares
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21
Malandreios
E ele chegou assim de mansinho
falando de flor e passarinho
contando coisas de outras paragens
Se acomodou na mesa e na cama
me serviu sorvete, me tomou por dama
e só dei por mim quando ele seguiu viagem
E agora espero notícias pelos correios
Do moço cheio de verbos e de malandreios...
Marisa Schmidt
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22
Perpendicularmentalmente ao meridiano dos eus mesmices
Aprumado pensar em lembranças amarelas,
é um acostumar com as regras
enquanto surfa no tabuleiro xadrez
e aposta fichas em sorrisos fartos.
As abelhas surgem logo no café da manhã.
A gente não quer outra vida...
o som, o sol e o dia inteiro
a pasmar-se com o óbvio.
Remar na vertical, sem nesgas com o destino.
Até à ponta do punhal é fixa,
a simbaíba trata o couro e apronta
a casca para revestir o senso.
As abelhas surgem logo no café da manhã.
A gente não quer outra vida...
o som, o sol e o dia inteiro
a pasmar-se com o óbvio.
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23
O nirvana é logo ali no pé
o nirvana é logo ali no pé,
o nirvana é logo ali de jabuticaba...
ao lado do canteiro de cravos.
A festa fica por conta das costelas
de Adão e das lagartinhas que trafegam
pela espada de São Jorge.
As abelhas surgem logo no café da manhã.
As abelhas surgem logo no café da manhã.
A gente não quer outra vida...
o som, o sol e o dia inteiro
a pasmar-se com o óbvio.
O nirvana é logo ali no pé
o nirvana é logo ali no pé,
o nirvana é logo ali de jabuticaba...
ao lado do canteiro de cravos.
Juleni Andrade
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24
Coisamô
Coisamô de bom é amor agarradinho
de muito beijo e abraço no escurinho
com o coração palpitando na boca...
Coisamô de bom é romance de cinema
com muito suspiro e algum dilema
que deixa uma saudade louca...
Coisamô de bom é transformar em poesia
a ilusão que morreu numa cama vazia...
Marisa Schmidt
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25
O Mugangueirador
Estudei de janeiro a janeiro
para ser o melhor mugangueiro
me formei com class & honor
de tanto estudar com amor
passei a ensinar mugangueiro
e logo virei professor
aquele que instrui mugangueiro
a cuidar do mugando inteiro
se chama mugangueirador.
Wasil Sacharuk
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26
Deus da Periferia
Se ele passa apressado
pra pegar o trem das sete
meu coração estremece
e bate descompassado
Se ele faz corpo mole
no boteco tomando a gelada
eu chego desavergonhada
e vou logo pedindo um gole
Desfraldando toda bandeira
eu me ofereço inteira
a esse deus da periferia
E os lombrigolhos assanhados
piscam vesgos e desdentados
seja de noite ou de dia...
Marisa Schmidt
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27
Coisículas
Um tanto de pequenice agigantada
esbugalhada em olhos de vidro
e na aura...só sons moucos
Um tanto de farpas espalhadas
uma garganta arranhada
um sopro tão comum
São coisículas desta vida
que em forma de vírgula vomita!
Não me fere, nem acelere...
desconecte-se de vez
Tosco olhar famigerado
de uma alma sem nitidez
Márcia Poesia de Sá
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28
Lamourmaço
Na França,
em qualquer canto
um sentimento aquece o peito
apaixonados dançam soltos
nas camas
afrouxam-se roupas
e, em meio a tantos "Je taimes" e abraços
evapora dos corpos
cascatas de lamourmaço.
Rogério Germani
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29
Coidiloko
Coidiloko corria maidemetro
na baratinha de fórmula um
ultrapassou o sinal amarelo
atropelou o burrinho rabiquelo
é o campeão das carreiras
o seu auto decola paracacetes
um montão de cavalos da mercedes
que até parece brincadeira
e cantarola enquanto guia
até mesmo escreve poesia
para colar no capacete
até pintou na carroceria
"eu te ailoviu minha guria"
ele não é um nelson piquete
e sequer como o fitipalde
mas o povo lhe aplaude
joga confete e serpentina
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30
Coidiloko só se entristece
no lordo da curva do esse
quando o rabo do auto empina
com meia guampa de gasolina
e um nãoseiquê de saudade
a bandeirada da realidade
desperta o relógio e chama:
acorde, guri, sai da cama
pois tu sonhas paracaralho
e toca achar um trabalho
um dia cai a ficha, Coidiloko
que quem dirige a nave da vida
é astronauta maluco e não piloto
nem toda vida é uma corrida
e nem todo piloto é bocomoco.
Wasil Sacharuk
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31
Empoetação
Menino de dedo fino
vivia apontando unicórnios e fadas
onde ninguém mais via
em febre alta, contava estrelas embaixo da cama
dava nó em pingos d'água colorida
e, de quando em quando, dançava com árvores aladas
ao som de um sol tenor,
discutia política com os bichos e jogava bafo com as flores
e , por tanta vida imaginária a mãe do menino, preocupada
levou seu filho para uma consulta com o padre:
- Não é nada. - disse o homem sábio. Apenas empoetação...
desde então o menino de dedo fino ganhou asas
e o mundo, um poeta de alma e coração.
Rogério Germani
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32
Lombariga
Não era lombriga
e nem lombalgia
não inchava barriga
nem trancava as vias
mas era uma briga
sem nenhum contexto
me matava de tédio
e o único remédio
era escrever algum texto
Sempre doía
e causava enguiço
a cruel lombariga
não havia feitiço
pagar bruxaria
e nem fazer figa
que parasse esse vício
de inventar artifício
para escrever poesia.
Wasil Sacharuk
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33
Enfresquecimento
Nestes tempos de destrambelho climático
onde iceberg anda de sunga de crochê
e pinguim dá show em Santos sem cachê
nada mais normal que um urubu asmático
A terra, pelo uso das sacolinhas plásticas,
sofre agora um surto de enfresquecimento
que causa calafrios, febre, entupimento
estando a exigir de todos medidas drásticas
Assim, por medida provisória, o climatempo
resolveu que chuva com desmoronamento
só pode onde exista barraco dependurado
enchentes nas avenidas das grandes cidades
e as tevês só mostrem as cenas de calamidades
se o prefeito garantir que o caos está organizado.
Marisa Schmidt
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34
Os Doçulábios
Não conseguia
pobre menina
cerrar seus duçulábios
e ninguém entendia
a sua formigação
de sonhar todo dia
com duplapenetração
o melhor do tesão
era viver baixaria
tipo algo diferente
um pedeporco na frente
um cacetete no rabo
banana, cenoura, nabo
nada disso servia
achava tudo nojento
queria comer o sargento
também pagava o cabo
e seus doçulábios
que já foram doces
jamais foram sábios
ganharam sabor de fel
hoje engolem o soldado
e amanhã o quartel.
Wasil Sacharuk
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35
A Pescaria de Cartadume
Desde cedo aprendi
nas terras do além mar
escutar as barbatanas
do peixe cartadume
batendo palmas no ar
Chega a hora da ação
não tem mais afobação
balanço o corpo nas ondas
os ouvidos bem atentos
nuvens de peixes ao vento
xeque mate dou a cartada
destampo de pressa cachaça
tomo uns coles na garrafa
escuto sons do cardume
na queda livre da tarrafa
Bento Calaça
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36
Tafuio
Passei o dia meio truco-retruco
maio maluco
completamente desluio
desagravei um conluio
almocei qualquer treco
com arroz pescosseco
alvorotei um sucesso
esqueci o circunflexo
que define o sexo
passei o dia mais louco
num sol bocomoco
com pensamento tafuio.
Wasil Sacharuk
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37
Andermaiskin
Pra inglês ver...
Depois de um tempo de matutação
descobri que sem saber inglês
o meu futuro era sem expansão
...muito difícil acompanhar o freguês
já que os gringos gostam do gingado
mas falam de um jeito enrolado
e me enrolavam no acerto do programa
-muito my love e pouca grana...
Resolvi o meu problema lingual
tendo aulas com a Marilyn
garota mega profissional
que ensinou logo pra mim
que não precisa de muita falação
é só please, money e o resto é função...
Mas como diz o Juvenal
o esforço é que faz o diferencial
Assim, vi muito filme estrangeiro
dei desconto a um marinheiro
e aprendi a falar que é uma beleza
Na verdade, me sinto uma inglesa
vendo o gringo sorrindo pra mim
quando digo "goodbay andermaiskin"...
Marisa Schmidt
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38
Sesquesabi
Se o buraco é mais embaixo,
se a deu nó na condução,
se a cabeça já ferveu...
mandem um torrão de palavrão.
Ou podem, então, ralar peito.
ou podem tentar cozer no frio;
ou façam ouvido de cobra verde...
sesquesabi, mermão!
Juleni Andrade
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39
Pendegoso
na vida, só bravata
ganha tudo no grito
não leva desaforo pra casa
quem pisa no calo
leva soco
dentada
dedo no olho
tapa na cara; nasceu pendengoso,
criatura macabra.
Rogério Germani
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40
Semancol
No planeta terra
temos que tomar de vez em quando
Um chá de "Semancol"
para suportar
quando não for possível
modificar
o que o corpo
e alma sente
num país
que parece
não ser independente .
Ana Maria Marques
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41
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