Download - Parâmetros Curriculares para a Educação Básica do Estado de Pernambuco - Língua Portuguesa
Parâmetros para aEducação Básica do
Estado de Pernambuco
Parâmetros para aEducação Básica do
Estado de Pernambuco
Parâmetros Curriculares de Língua Portuguesa
Educação de Jovens e Adultos1
1 É importante pontuar que, para todos os fins, este documento considera a educação de idosos como parte integrante da EJA. Apenas não se agrega a palavra Idosos à Educação de Jovens e Adultos porque a legislação vigente ainda não contempla essa demanda que, no entanto, conta com o apoio dos educadores e estudantes da EJA.
2012
Eduardo CamposGovernador do Estado
João Lyra NetoVice–Governador
Anderson GomesSecretário de Educação
Ana SelvaSecretária Executiva de Desenvolvimento da Educação
Margareth ZaponiSecretária Executiva de Gestão de Rede
Paulo DutraSecretário Executivo de Educação Profi ssional
Undime | PEM ª do Socorro MaiaPresidente Estadual
Reitor da Universidade Federal de Juiz de ForaHenrique Duque de Miranda Chaves Filho
Coordenação Geral do CAEdLina Kátia Mesquita Oliveira
Coordenação Técnica do ProjetoManuel Fernando Palácios da Cunha Melo
Coordenação de Análises e PublicaçõesWagner Silveira Rezende
Coordenação de Produção VisualHamilton Ferreira
EQUIPE TÉCNICA
Coordenação Pedagógica GeralMaria José Vieira Féres
Coordenação de Planejamento e LogísticaGilson Bretas
OrganizaçãoMaria Umbelina Caiafa Salgado
Assessoria PedagógicaAna Lúcia Amaral
Assessoria PedagógicaMaria Adélia Nunes Figueiredo
DiagramaçãoLuiza Sarrapio
Responsável pelo Projeto Gráfi coRômulo Oliveira de Farias
CapaEdna Rezende S. de Alcântara
RevisãoAdriana de Lourdes Ferreira de Andrade
Aline Gruppi LaniniCarolina Pires Araújo
Luciana Netto de Sales
Especialistas em Língua Portuguesa/EJAAdriana Lenira Fornari de Souza
Begma Tavares BarbosaHilda Micarello
Janayna CavalcanteMarilda Clareth Bispo de Oliveira
Tânia MagalhãesZélia Granja Porto
GERÊNCIAS DA SEDE
Shirley MaltaGerente de Políticas Educacionais de Educação Infantil e Ensino Fundamental
Marta LimaGerente de Políticas Educacionais em Direitos Humanos, Diversidade e Cidadania
Raquel QueirozGerente de Políticas Educacionais do Ensino Médio
Cláudia AbreuGerente de Educação de Jovens e Adultos
Cláudia GomesGerente Geral de Correçãode Fluxo Escolar
Vicência TorresGerente de Normatizaçãodo Ensino
Albanize Gomes Gerente de Políticas Educacionais de Educação Especial
Epifânia ValençaGerente de Avaliação e Monitoramento
GERÊNCIAS REGIONAIS DE EDUCAÇÃO
Antonio Fernando Santos SilvaGestor GRE Agreste Centro Norte – Caruaru
Paulo Manoel LinsGestor GRE Agreste Meridional – Garanhuns
Sinésio Monteiro de Melo FilhoGestor GRE Metropolitana Norte
Maria Cleide Gualter Alencar ArraesGestora GRE Sertão do Araripe – Araripina
Cecília Maria PatriotaGestora GRE Sertão do Alto Pajeú Afogados da Ingazeira
Anete Ferraz de Lima FreireGestora GRE Sertão Médio São Francisco
Ana Maria Xavier de Melo SantosGestora GRE Mata Centro – Vitória de Santo Antão
Luciana Anacleto SilvaGestora GRE Mata Norte – Nazaré da Mata
Sandra Valéria CavalcantiGestora GRE Mata Sul – Palmares
Gilvani PiléGestora GRE Recife Norte
Marta Maria de LiraGestora GRE Recife Sul
Danielle de Freitas Bezerra FernandesGestora GRE Metropolitana Sul
Elma dos Santos RodriguesGestora GRE Sertão do Moxotó Ipanema – Arcoverde
Mª Dilma Marques Torres Novaes GoianaGestora GRE Sertão do Submédio São Fran-cisco – Floresta
Edjane Ribeiro dos SantosGestora GRE Vale do Capibaribe – Limoeiro
Waldemar Alves da Silva JúniorGestor GRE Sertão Central – Salgueiro
Jorge de Lima BeltrãoGestor GRE Litoral Sul – Barreiros
CONSULTORES EM LÍNGUA PORTUGUESA
Ana Karine Pereira de Holanda BastosAna Maria Morais RosaArtur Gomes de MoraisClarice Inês Madureira Grangeiro Danielle da Mota BastosDayse Cabral de MouraGustavo César Barros AmaralGustavo Henrique da Silva LimaJanaína Ângela da Silva
Joana D’Arc Lopes BrandãoLuciano Carlos Mendes de Freitas FilhoMaria Clara Catanho CavalcantiMaria do Rosário da Silva Albuquerque BarbosaMaria Irandé Costa Morais AntunesMaria José de Matos LunaNeuza Maria Pontes de MendonçaZélia Granja Porto
Reitor da Universidade Federal de Juiz de ForaHenrique Duque de Miranda Chaves Filho
Coordenação Geral do CAEdLina Kátia Mesquita Oliveira
Coordenação Técnica do ProjetoManuel Fernando Palácios da Cunha Melo
Coordenação de Análises e PublicaçõesWagner Silveira Rezende
Coordenação de Produção VisualHamilton Ferreira
EQUIPE TÉCNICA
Coordenação Pedagógica GeralMaria José Vieira Féres
Coordenação de Planejamento e LogísticaGilson Bretas
OrganizaçãoMaria Umbelina Caiafa Salgado
Assessoria PedagógicaAna Lúcia Amaral
Assessoria PedagógicaMaria Adélia Nunes Figueiredo
DiagramaçãoLuiza Sarrapio
Responsável pelo Projeto Gráfi coRômulo Oliveira de Farias
CapaEdna Rezende S. de Alcântara
RevisãoAdriana de Lourdes Ferreira de Andrade
Aline Gruppi LaniniCarolina Pires Araújo
Luciana Netto de Sales
Especialistas em Língua Portuguesa/EJAAdriana Lenira Fornari de Souza
Begma Tavares BarbosaHilda Micarello
Janayna CavalcanteMarilda Clareth Bispo de Oliveira
Tânia MagalhãesZélia Granja Porto
SUMÁRIO
Introdução ......................................................................................................... 13
Eixo 1 – Apropriação do Sistema Alfabético ..................................................... 15
Eixo 2 – (Vertical) – Análise Linguística ..............................................................19
Eixo 3 – oralidade .................................................................................................. 26
Eixo 4 – Leitura.........................................................................................................32
Eixo 5 – Literatura, Estéticas Literárias e seus Contextos Sócio-Históricos ....51
Eixo 6 – Escrita ........................................................................................................ 58
rEfErênCIAS .......................................................................................................... 68
CoLAborAdorES ................................................................................................. 71
13PARÂMETROS CURRICULARES DE LíngUA PORTUgUESA
13
IntROdUçãO
Este documento, denominado Parâmetros Curriculares de Língua
Portuguesa para o Ensino fundamental e Médio – Educação de
Jovens e Adultos, do Estado de Pernambuco, traz uma proposta
de trabalho escolar com a Língua Portuguesa baseada em uma
concepção de linguagem como interação. Com base nessa
concepção, acreditamos que o aprendizado da língua vai muito
além do domínio de estruturas gramaticais e textuais. Ele envolve
o desenvolvimento das capacidades de ler, escrever, falar, ouvir,
além da capacidade de analisar a língua. Ademais, por sua natureza
social, o aprendizado da língua envolve um saber agir no mundo,
via linguagem. nesse sentido, a apropriação da modalidade culta
da língua é compreendida como condição para o exercício de
uma cidadania ativa. Isso significa que o fim último do aprendizado
da língua escrita é o uso proficiente da mesma, como falante,
leitor e escritor, bem como a criação de possibilidades cada vez
mais efetivas de participação dos sujeitos nos diferentes contextos
sociais, exercendo sua cidadania plenamente. usar a língua,
na modalidade oral ou escrita, requer considerar o contexto
discursivo, que envolve os interlocutores, seus objetivos, um local
e momento determinados.
Para materializarmos tal concepção em parâmetros para o ensino
da língua, retomamos autores como bakthin (1997), Geraldi (1984),
travaglia (2000), Koch (2006), Antunes (2003; 2007; 2009), Moraes
(2002; 2003), Marcuschi (2001; 2008), dentre outros. Para esses
autores, a língua é vista pelos interlocutores como recurso para
realizar ações. A interação comunicativa permite a negociação de
PARÂMETROS PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA DO ESTADO DE PERNAMBUCO
14 sentidos entre os interagentes, envolvendo, como consequência,
uma concepção de texto em que o leitor (KoCH, 2006) é ativo
no processo de compreensão. nessa perspectiva, a linguagem
envolve aspectos pragmáticos que, em propostas tradicionais
de ensino da língua, não eram considerados como interferentes
na compreensão do texto. A concepção de linguagem adotada
nos presentes parâmetros percebe o texto (oral e escrito) como
o próprio “lugar” de interação entre sujeitos que, dialogicamente,
nele se constroem e são construídos. Como consequência, essa
concepção percebe a língua como um feixe de variedades.
A partir dessas concepções, propõe-se um modelo de ensino que
envolve o desenvolvimento de capacidades, que aqui organizamos
em expectativas de aprendizagem, para compreender e usar o
conjunto de variedades que constitui a língua. nesse modelo, a
teoria dos gêneros textuais significa, para além de um modismo,
a possibilidade de desenvolver um trabalho escolar com a Língua
Portuguesa mais relevante. Por isso a tomamos, neste documento,
como uma categoria organizadora das práticas de linguagem.
o documento está dividido em seis eixos, cada um deles
acompanhado de textos introdutórios que apresentam uma
síntese dos pressupostos teórico-metodológicos – alinhados às
orientações nacionais – que devem sustentar a prática pedagógica.
Em seguida, apresentam-se quadros que listam expectativas
de aprendizagem para a Educação de Jovens e Adultos (Ensino
fundamental e Ensino Médio), que dizem respeito à formação do
leitor e do escritor e à educação linguística dos estudantes. São
eixos estruturadores destes parâmetros:
15PARÂMETROS CURRICULARES DE LíngUA PORTUgUESA
15EIXo 1 – AProPrIAção do SIStEMA ALfAbÉtICo
EIX
o 2
V
Er
tIC
AL
An
ÁLI
SE
LIn
Gu
ÍSt
ICA
EIXo 3 – orALIdAdE
EIXo 4 – LEIturA
EIXo 5 – LItErAturA, EStÉtICAS LItErÁrIAS E SEuS ContEXtoS SoCIoHIStÓrICoS
EIXo 6 – ESCrItA
Com o intuito de indicar em quais etapas do processo de
escolarização devem acontecer a abordagem, sistematização e
consolidação das expectativas de aprendizagem (EAs) relacionadas
nos Parâmetros Curriculares de Língua Portuguesa, em todos os
eixos que compõem o documento é utilizado um sistema de
cores. A legenda abaixo esclarece o sentido de cada uma das
cores utilizadas.
• A cor branca indica que, naquele período (ano, fase, módulo), a expectativa de aprendizagem não é focalizada.
• A cor azul claro indica que os estudantes devem começar a trabalhar a EA, de modo a familiarizar-se com os conhecimentos que terão de desenvolver. Assim, no(s) período(s) marcados com azul claro, a EA deve ser tratada de modo introdutório.
• A cor azul celeste indica o(s) ano(s) durante o(s) qual(is) uma expectativa de aprendizagem necessita ser objeto de sistematização pelas práticas de ensino; significa sedimentar conceitos e temas.
• O azul escuro indica que a EA deve ser consolidada no ano, fase ou módulo em que essa cor aparece pela primeira vez. o processo de consolidação pode estender-se, por outros períodos, para aprofundar conceitos e temas e expandi-los para novas aprendizagens.
Esperamos, com este documento, oferecer subsídios que orientem
o ensino de Língua Portuguesa e suas metodologias e contribuir
com a escola como espaço de construção e difusão do saber, de
formação humana e circulação de valores.
Eixo 1 –APRoPRiAÇÃo Do SiSTEMA ALFABÉTiCo
A opção por abordar os processos de ensino e aprendizagem da
língua escrita num eixo específico se deve ao fato de a alfabetização
ainda constituir um desafio a ser enfrentado pelos sistemas de
ensino, requerendo um tratamento específico.
PARÂMETROS PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA DO ESTADO DE PERNAMBUCO
16 durante décadas, os debates acerca da alfabetização no brasil
estiveram restritos às questões metodológicas, numa contraposição
entre abordagens analíticas e sintéticas que enfatizavam os
processos de ensino da língua escrita em detrimento dos
processos de aprendizagem vivenciados pelos alfabetizandos. A
partir da divulgação dos resultados de estudos de Emília ferreiro
e Ana teberosky (1991) sobre a aprendizagem da língua escrita,
alicerçados numa perspectiva psicogenética, o papel ativo do
alfabetizando passa a ser valorizado, havendo um deslocamento
dos debates sobre a alfabetização dos processos de ensino para
os processos de aprendizagem. tal deslocamento, entretanto, não
se fez acompanhar por propostas metodológicas, em parte por
uma negação da ênfase anteriormente colocada nos métodos
de alfabetização, em parte por se acreditar que o alfabetizando
se apropriaria da língua escrita apenas pelo envolvimento em
situações nas quais este objeto cultural estivesse presente. o
resultado foi aquilo que Soares (2004) denomina a “desinvenção
da alfabetização” e que se traduziria numa negação do fato de que
a aprendizagem da língua escrita requer sistematização e escolhas
metodológicas para sua promoção.
Considerando o exposto, no eixo Apropriação do Sistema
Alfabético, estão reunidas expectativas de aprendizagem que
concorrem para que os estudantes se apropriem das regras que
organizam o sistema de escrita em Língua Portuguesa e façam uso
das mesmas em situações de interação mediadas pela presença
de textos escritos. tais expectativas de aprendizagem dizem
respeito às modalidades oral e escrita de realização da língua,
visto que uma decorrência da concepção da língua como forma
de interação, que orienta a elaboração destes parâmetros, é a
abordagem da alfabetização como processo discursivo, no qual
oralidade e escrita se apresentam como um continuum de práticas
PARÂMETROS PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA DO ESTADO DE PERNAMBUCO
17 de linguagem a partir das quais ocorre a inserção dos sujeitos na
cultura de seu grupo social.
dessa forma, o termo alfabetização é utilizado, neste documento,
num sentido lato, que se estende para além do domínio do código
alfabético, até o uso competente desse sistema notacional para
a inserção dos sujeitos no universo letrado, valorizando a cultura
escrita, exercitando práticas letradas e participando de eventos de
letramento – “[...] situações em que a escrita constitui parte essencial
para fazer sentido da situação, tanto em relação à interação entre
os participantes como em relação aos processos e estratégias
interpretativas.” (KLEIMAn, 1995, p. 40). Isso significa que, ao
definirmos o eixo de Apropriação do Sistema Alfabético, estamos
assumindo que alfabetização e letramento são processos distintos
do ponto de vista conceitual, porém indissociáveis do ponto de
vista das práticas de ensino.
A inserção dos estudantes no universo da cultura escrita é um
processo multimendimensional, vivido pelo sujeito aprendiz
dentro e fora da escola. Mesmo antes de ingressar no Ensino
fundamental, quando tem início a escolaridade obrigatória e o
ensino sistemático da leitura e da escrita, os estudantes já estão
envolvidos em eventos de letramento. Exercitam e observam outras
pessoas exercitarem práticas culturais mediadas pela presença do
texto escrito, seja na modalidade oral ou na escrita. Ao observar
bancas de jornal e placas de sinalização, ao ouvir a leitura de jornais
e revistas, as notícias dos telejornais, ao ver outros organizando
listas com finalidades diversas, trocando bilhetes, dentre outras
atividades possíveis, os estudantes começam a questionar-se
sobre as finalidades da escrita e seus modos de organização,
formulando hipóteses pessoais sobre essas questões. Entretanto
cabe à escola a introdução dos estudantes nesse universo letrado
de forma sistemática, mesmo porque há uma grande disparidade
entre as experiências com a língua escrita vividas por pessoas
PARÂMETROS PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA DO ESTADO DE PERNAMBUCO
18 de diferentes inserções sociais. Assim, a despeito da diversidade de
experiências que os estudantes trazem para a escola com relação
à leitura e à escrita, é tarefa dessa instituição promover, de forma
sistemática, experiências que concorram para que eles se tornem
usuários competentes da Língua Portuguesa, tanto no que se refere
à alfabetização – apropriação da leitura e da escrita –, quanto no que
diz respeito ao letramento – usos sociais da leitura e da escrita. Para
isso, é necessário definir metas e expectativas de aprendizagem cuja
realização seria esperada ao término de cada etapa do processo de
escolarização e que, portanto, devam ser objeto de um investimento
sistemático por parte dos sistemas de ensino e dos professores.
Coerente com essa perspectiva, o tratamento dado ao processo
de alfabetização no eixo Apropriação do Sistema Alfabético é o de
concebê-la, reafirmamos, como processo discursivo, como meio de
inserção dos sujeitos num fluxo de interações que se dão na e pela
mediação das modalidades oral e escrita da língua, das quais os sujeitos
se apropriam como condição para participar, de forma competente,
dessas interações. Embora a escrita não seja uma transcrição da fala,
pois existem diferenças entre os modos de falar e de escrever, ela
é uma forma de representação da fala cuja aprendizagem requer
reflexão sobre as convenções que organizam esse sistema.
o processo de aprendizagem da leitura e da escrita, como já dito
anteriormente, é multimendimensional. Envolve aspectos afetivos,
que dizem respeito ao desejo do sujeito de aprender a ler e escrever,
à valorização dessas capacidades pelo sujeito e também por seu
grupo social de referência, aos conhecimentos e informações que o
alfabetizando já possui acerca do funcionamento da língua escrita, ao
domínio que ele tem dos processos de codificação e decodificação,
ao seu envolvimento em situações nas quais a leitura e a escrita são
utilizadas, dentre outros aspectos. Algumas dessas dimensões podem
ser contempladas apenas parcialmente na definição de um currículo,
pois dizem respeito às experiências dos alfabetizandos com a leitura e
19PARÂMETROS CURRICULARES DE LíngUA PORTUgUESA
19a escrita, que são diversas e dependentes de suas experiências prévias
com esses objetos culturais. outras são objetos, especificamente,
da atuação da escola, cabendo, no processo de construção de um
currículo, a proposição de formas de sistematização das mesmas.
o eixo Apropriação do Sistema Alfabético está organizado a partir de
expectativas de aprendizagem relacionadas aos tópicos: Propriedades
e convenções do sistema alfabético, Leitura e Escrita. As expectativas
de aprendizagem relacionadas ao tópico Propriedades e convenções
do sistema alfabético dizem respeito às primeiras aproximações dos
alfabetizandos ao fato de que a escrita é um sistema de representação
regido por algumas convenções elementares de organização do
texto na página e de utilização de letras do alfabeto.
o tópico Leitura reúne aquelas expectativas de aprendizagem que se
referem ao estabelecimento de relações entre os sons da fala e os
sinais gráficos utilizados para representá-la na perspectiva do leitor,
assim como à valorização dos objetos e situações envolvidos na
cultura escrita.
no tópico Escrita, estão listadas as expectativas de aprendizagem
relacionadas à apropriação do sistema alfabético na perspectiva do
escritor e que decorrem da elaboração de hipóteses, pelo aprendiz,
acerca de como a escrita e a oralidade se relacionam.
Além das expectativas de aprendizagem relacionadas ao eixo
Apropriação do Sistema Alfabético, encontram-se descritas as
expectativas de aprendizagem relacionadas ao eixo vertical Análise
Linguística, apresentado abaixo.
Eixo 2 – (VERTiCAL) – ANÁLiSE LiNGUÍSTiCA
A opção por abordar a análise linguística como um eixo vertical
justifica-se pelo fato de a reflexão sobre a língua fazer sentido apenas
a partir de seus usos, em situações de interação oral, de leitura ou
PARÂMETROS PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA DO ESTADO DE PERNAMBUCO
20 escrita. Ao mesmo tempo, a análise linguística é fundamental para
a formação de um usuário da língua capaz de uma atitude criativa,
e não apenas reprodutiva, frente à mesma. desse modo, algumas
expectativas de aprendizagem relativas à análise linguística que
aparecem verticalmente a expectativas de aprendizagem de leitura
podem ser igualmente verticais a expectativas de aprendizagem de
escrita, por exemplo. também coerente com essa perspectiva, não
se observará uma correspondência biunívoca entre expectativas de
aprendizagem de leitura ou escrita e de análise linguística, pois uma
mesma habilidade de análise linguística pode estar relacionada a
diferentes expectativas de aprendizagem de leitura e vice-versa. Essa
mesma perspectiva é adotada em todos os eixos que compõem a
presente proposta curricular.
o eixo vertical Análise Linguística aqui proposto diz respeito ao trabalho
com a gramática reflexiva. A análise linguística – também denominada
reflexão sobre a língua, reflexão linguística ou reflexão gramatical,
análise da língua ou análise gramatical (MEndonçA, 2006) – constitui
o ensino de gramática numa perspectiva reflexiva, ou seja, significa
deslocar o que se chama de ensino metalinguístico, centrado no
reconhecimento e na classificação dos elementos da língua, para
um ensino epilinguístico, centrado na análise da funcionalidade dos
elementos linguísticos em vista do discurso.
Isso significa basear o ensino numa concepção interacionista de
linguagem, já referida anteriormente no presente documento,
que abarca uma gama de manifestações linguísticas diretamente
relacionadas aos seus usuários e aos contextos de uso da língua.
Com base nessa concepção, o ensino de Língua Portuguesa enfoca
o desenvolvimento da competência discursiva, envolvendo o domínio
da norma culta em comparação com outras variedades. Como
consequência, espera-se que o estudante conheça uma gama maior
de variedades linguísticas, apropriando-se delas e refletindo sobre
elas para, em sua vida social, lançar mão da variedade que seja mais
21PARÂMETROS CURRICULARES DE LíngUA PORTUgUESA
21adequada à situação em que se encontra. Para além de identificação
e classificação, almeja-se o desenvolvimento do raciocínio científico
sobre as manifestações de linguagem numa perspectiva pragmática.
nessa proposta de abordagem da análise linguística pelas práticas
pedagógicas, acreditamos que seja possível superar as graves
deficiências de leitura e escrita que os estudantes de Ensino
fundamental e Médio carregam ao longo dos anos, facilmente
identificadas no nosso cotidiano escolar. o ensino de gramática,
num viés prescritivista, que tem constituído o centro das aulas de
Língua Portuguesa no país ao longo de muitos anos, tem resultado
em problemas no que se refere à formação desses estudantes como
leitores. os resultados das avaliações nacionais e estaduais em larga
escala têm, inclusive, apontado para esses problemas, já que o foco
de tais avaliações está na leitura. Ao contrário de uma perspectiva
normativa, a análise linguística objetiva aliar oralidade, leitura, escrita
e unidades linguísticas, considerando seus aspectos discursivos e
funcionais. desse modo, para além da abordagem tradicional da
fonética e da morfossintaxe, pretende-se, segundo diversos autores,
trazer para a escola a centralidade do texto e do discurso, nas
modalidades oral e escrita.
Segundo Mendonça (2006), o fluxo de trabalho deveria estar
organizado de forma contrária ao que se tem feito: devemos partir
do discurso, para perpassar o texto e chegar às unidades menores,
ou seja, da macro para a microestrutura textual dos gêneros adotados
nas diversas etapas do ensino. Assim sendo, permite-se, na escola,
uma reflexão sobre os usos de elementos linguísticos existentes nos
textos, para que o estudante perceba seus efeitos de sentido. nesse
movimento, o estudo da gramática no texto está em função de um
melhor desempenho na leitura, na oralidade e na escrita, já que o
foco é a reflexão a partir dos usos sociais da linguagem.
PARÂMETROS PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA DO ESTADO DE PERNAMBUCO
22Q
uad
ro E
IXo
1 –
AP
ro
Pr
IAç
ão
do
SIS
tE
MA
ALf
Ab
Ét
ICo
– E
JA
PR
OP
RIE
DA
DE
S E
CO
NV
EN
ÇÕ
ES
DO
SIS
TE
MA
ALF
AB
ÉT
ICO
Fase
I E
FFa
seII
EF
Fase
II
I EF
Fase
IV
EF
M I
EM
M II
EM
M II
IE
MA
NÁ
LISE
LIN
GU
ÍST
ICA
Fase
I E
FFa
seII
EF
Fase
II
I EF
Fase
IV
EF
M I
EM
M II
EM
M II
IE
M
EA
1- r
eco
nh
ecer
as c
on
ven
çõ
es
qu
e o
rgan
izam
o u
so d
a p
ágin
a esc
rita
em
LP
: d
ireçõ
es
da
esc
rita
, alin
ham
en
to d
a esc
rita
, se
gm
en
tação
en
tre p
alav
ras
no
te
xto
.
EA
1- C
om
pre
en
der
a fin
alid
ade e
o
sen
tido
de p
lacas
de s
inal
izaç
ão,
nú
mero
s, b
and
eir
as e
ou
tras
fo
rmas
d
e s
imb
oliz
ação
.
EA
2-
dife
ren
cia
r le
tras
de o
utr
os
sin
ais
grá
fico
s, c
om
o r
abis
co
s,
dese
nh
os,
nú
mero
s e s
inai
s d
e p
on
tuaç
ão.
EA
2-
Co
mp
reen
der
os
mo
do
s d
e f
un
cio
nam
en
to d
e d
ifere
nte
s si
stem
as n
ota
cio
nai
s.
EA
3-
Co
mp
arar
a e
xten
são
de
pal
avra
s d
e u
so f
req
uen
te.
EA
4-
Co
nta
r le
tras
de u
ma
pal
avra
.
PARÂMETROS CURRICULARES DE LíngUA PORTUgUESA
23P
RO
PR
IED
AD
ES
E C
ON
VE
NÇ
ÕE
S D
O S
IST
EM
A A
LFA
BÉ
TIC
OFa
se
I EF
Fase
II E
FFa
se
III E
FFa
se
IV E
FM
I E
MM
IIE
MM
III
EM
AN
ÁLI
SE L
ING
UÍS
TIC
AFa
se
I EF
Fase
II E
FFa
se
III E
FFa
se
IV E
FM
IE
MM
IIE
MM
III
EM
EA
3-
Co
mp
reen
der
pro
pri
ed
ades
e
co
nve
nçõ
es
do
sis
tem
a al
fab
étic
o.
EA
5-
Co
mp
arar
as
letr
as d
e
dife
ren
tes
pal
avra
s, n
os
asp
ecto
s q
uan
titat
ivo
e q
ual
itativ
o (so
ns
qu
e
um
a m
esm
a le
tra
po
de r
ep
rese
nta
r em
dife
ren
tes
co
nte
xto
s, p
or
exe
mp
lo).
EA
6-
Iden
tificar
e n
om
ear
letr
as
do
alfa
beto
.
EA
7- r
eco
nh
ecer
e n
om
ear
a
pri
meir
a le
tra
do
pró
pri
o n
om
e e
d
os
no
mes
de c
ole
gas
da
turm
a e/
ou
de o
utr
as p
alav
ras.
EA
8-
reco
nh
ecer
e e
scre
ver
pal
avra
s d
e u
so f
req
uen
te (o
p
róp
rio
no
me, l
og
om
arcas
, no
mes
de o
bje
tos
da
sala
de a
ula
) p
ela
m
em
ori
zação
de s
ua
form
a g
lob
al.
EA
9-
Co
mp
arar
pal
avra
s: le
tra
inic
ial,
final
, ext
en
são
, pad
rão
g
ráfic
o (tip
o d
e le
tra)
.
EA
10-
Iden
tificar
a p
rese
nça
da
mesm
a p
alav
ra (su
a fo
rma
grá
fica)
em
dife
ren
tes
co
nte
xto
s.
EA
11-
Est
abele
cer
rela
ções
en
tre a
pau
ta s
on
ora
e a
esc
rita
d
as p
alav
ras,
iden
tifican
do
se
melh
anças
nas
fo
rmas
ora
is e
esc
rita
s d
e p
alav
ras
qu
e r
imam
e/
ou
qu
e a
pre
sen
tem
alit
era
çõ
es/
asso
nân
cia
s.
PARÂMETROS PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA DO ESTADO DE PERNAMBUCO
24SI
STE
MA
ALF
AB
ÉT
ICO
- L
EIT
UR
AFa
se
I EF
Fase
II E
FFa
se
III E
FFa
se
IV E
FM
IE
MM
IIE
MM
III
EM
AN
ÁLI
SE L
ING
UÍS
TIC
AFa
se
I EF
Fase
II E
FFa
se
III E
FFa
se
IV E
FM
IE
MM
IIE
MM
III
EM
EA
4-
util
izar
e v
alo
riza
r o
bje
tos
da
cu
ltu
ra e
scri
ta.
EA
12-
Co
mp
arar
text
os
esc
rito
s em
d
ifere
nte
s p
adrõ
es
grá
fico
s.
EA
5-
reco
nh
ecer
um
a m
esm
a p
alav
ra e
scri
ta e
m d
ifere
nte
s p
adrõ
es
grá
fico
s.
EA
13-
An
alis
ar a
s re
laçõ
es
en
tre
fon
em
as e
gra
fem
as e
m p
alav
ras
co
m d
ifere
nte
s est
rutu
ras
silá
bic
as.
EA
6-
Ler
pal
avra
s co
mp
ost
as p
or
síla
bas
no
pad
rão
co
nso
ante
/vo
gal
e/o
u p
or
ou
tro
s p
adrõ
es
silá
bic
os,
co
mo
vo
gal
; co
nso
ante
, co
nso
ante
vo
gal
; co
nso
ante
, vo
gal
, vo
gal
.E
A14
- A
sso
cia
r te
xto
s fo
rmad
os
po
r u
ma
ún
ica
fras
e a
imag
en
s q
ue
os
rep
rese
nte
m.
EA
7- L
er
e c
om
pre
en
der
men
sag
en
s ve
icu
lad
as e
m t
ext
os
form
ado
s p
or
um
a ú
nic
a fr
ase.
SIST
EM
A A
LFA
BÉ
TIC
O -
ESC
RIT
AFa
se
I EF
Fase
II E
FFa
se
III E
FFa
se
IV E
FM
IE
MM
IIE
MM
III
EM
AN
ÁLI
SE L
ING
UÍS
TIC
AFa
se
I EF
Fase
II E
FFa
se
III E
FFa
se
IV E
FM
IE
MM
IIE
MM
III
EM
EA
8-
Esc
reve
r as
letr
as d
o a
lfab
eto
, m
aiú
scu
las
e m
inú
scu
las,
em
d
ifere
nte
s p
adrõ
es
grá
fico
s.E
A15
- o
bse
rvar
e c
om
par
ar a
fo
rma
das
letr
as d
o a
lfab
eto
.
EA
9-
reco
nh
ecer
qu
e a
esc
rita
não
é u
ma
tran
scri
ção
da
fala
.
PARÂMETROS CURRICULARES DE LíngUA PORTUgUESA
25SI
STE
MA
ALF
AB
ÉT
ICO
- E
SCR
ITA
Fase
I E
FFa
seII
EF
Fase
II
I EF
Fase
IV
EF
M I
EM
M II
EM
M II
IE
MA
NÁ
LISE
LIN
GU
ÍST
ICA
Fase
I E
FFa
seII
EF
Fase
II
I EF
Fase
IV
EF
M I
EM
M II
EM
M II
IE
M
EA
10-
Esc
reve
r p
alav
ras
co
mp
ost
as
po
r sí
lab
as n
o p
adrã
o c
on
soan
te/
vog
al e
/ou
po
r o
utr
os
pad
rões
silá
bic
os,
co
mo
vo
gal
; co
nso
ante
, co
nso
ante
vo
gal
; co
nso
ante
, vo
gal
, vo
gal
.
EA
16-
An
alis
ar a
s re
laçõ
es
en
tre
fon
em
as e
gra
fem
as a
par
tir
de p
alav
ras
co
m d
ifere
nte
s est
rutu
ras
silá
bic
as.
EA
17-
util
izar
, na
esc
rita
, letr
as c
om
se
us
valo
res
son
oro
s co
nve
ncio
nai
s q
ue a
ssu
mem
no
po
rtu
gu
ês.
EA
18-
Co
mp
reen
der
e e
mp
reg
ar
as r
ela
çõ
es
som
-gra
fia
reg
ula
res
direta
s.
EA
11-
Ap
rop
riar
-se d
as r
eg
ula
rid
ades
direta
s d
a o
rto
gra
fia (P,
b,t
,d,f
,V,M
in
icia
l) n
a esc
rita
de p
alav
ras.
EA
19-
Co
mp
reen
der
e e
mp
reg
ar
as r
ela
çõ
es
som
-gra
fia
reg
ula
res
co
nte
xtu
ais.
EA
12-
Ap
rop
riar
-se d
as
reg
ula
rid
ades
co
nte
xtu
ais
da
ort
og
rafia
(C
ou
Qu
, G o
u G
u, r
ou
r
r, M
ou
n e
m fi
nal
de s
ílab
a etc
.) n
a esc
rita
de p
alav
ras.
EA
20
- C
om
pre
en
de
r e
em
pre
ga
r a
s re
laç
õe
s so
m-g
rafi
a re
gu
lare
s m
orf
oló
gic
as.
EA
13-
Ap
rop
riar
-se d
as
reg
ula
rid
ades
mo
rfo
lóg
icas
da
ort
og
rafia
(r
no
infin
itivo
, SSE
no
im
perf
eito
do
su
bju
ntiv
o, n
do
do
g
erú
nd
io, A
M o
u ã
o, u
no
pre
téri
to
perf
eito
e s
ufix
os
usa
do
s n
a d
eri
vação
lexi
cal
co
mo
EZ
A, ê
S, A
L,
ICE
) n
a esc
rita
de p
alav
ras.
EA
21-
Lo
cal
izar
pal
avra
s n
o
dic
ion
ário
usa
nd
o a
ord
em
al
fab
étic
a e a
info
rmaç
ão.
EA
14-
Ap
rop
riar
-se d
as
irre
gu
lari
dad
es
mo
rfo
lóg
icas
da
ort
og
rafia
(X
ou
CH
, H in
icia
l, J
ou
G
, S/S
S/ç
/XC
/Sç
etc
.) n
a esc
rita
d
e p
alav
ras.
PARÂMETROS PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA DO ESTADO DE PERNAMBUCO
26 Eixo 3 – oRALiDADE
As práticas de oralidade na escola foram, por muito tempo,
tratadas como secundárias, quando existiam. o foco do ensino de
Língua Portuguesa, como já adiantamos, são a leitura e a escrita.
Contudo, a oralidade letrada, conforme alguns autores afirmam,
também deve ser abordada no ensino, uma vez que a vida social
requer certos conhecimentos para que o cidadão atue em uma
diversidade de situações intra e extraescolares permeadas pela
linguagem, via modalidade oral.
o senso comum considera que praticar a oralidade na escola
significa conversar livremente, fazer perguntas aos professores,
exercitar a fala em atividades em grupo independente do tema,
resolver exercícios oralmente ou ler um texto em voz alta para os
colegas ouvirem. nessas atividades, fica claro que o foco não é a
fala, nem o aprendizado dos gêneros orais e das habilidades típicas
dessa modalidade.
o tratamento da oralidade, na escola, deve considerar uma
concepção de linguagem interacionista, conforme já explicitado,
enfocando uso e análise linguística tanto na modalidade falada
quanto na escrita. Essa abordagem permite romper com a
perspectiva da dicotomia – em que fala e escrita são opostas
e com características bastante diferentes – que evidencia a
supremacia da escrita, diretamente relacionada à língua padrão.
de forma diferente, devemos romper com uma visão estanque
e adotar uma perspectiva de contínuo e de heterogeneidade,
em que fala e escrita têm a mesma importância, sendo usadas
quando requisitadas. nesse viés, preocupa-se com a construção
de sentidos, a partir de situações de produção oral, concretizadas
por meio dos gêneros orais.
27PARÂMETROS CURRICULARES DE LíngUA PORTUgUESA
27Ensinar a oralidade envolve, então, a proposição de situações
organizadas e sistematizadas de inserção do estudante em
exercícios com gêneros textuais orais. neles, aprende-se a preparar
e monitorar a própria fala, considerando as situações discursivas
propostas e as características do gênero em questão. Para além
de realizar seminários – o gênero oral mais comum nas escolas –,
os estudantes precisam estar em contato com uma diversidade de
gêneros, seja na produção ou na escuta, como entrevistas, mesas-
redondas, debates, palestras, notícias de rádio e tV, programas
de rádio, propagandas, depoimentos, recados, avisos, poemas e
narrativas em geral, piadas, advinhas, jogos teatrais etc. Por isso,
Marcuschi (1997, p. 47) afirma que o que está posto nas escolas,
em geral, trata-se de uma oralização da escrita, e não de oralidade,
uma vez que a maioria das atividades parte de textos escritos para
fazer reflexão sobre a língua falada, ou proporciona ao estudante
apenas se expressar oralmente, ler em voz alta, corrigir um
exercício, conversar ou discutir com os colegas sobre algum tema
etc. ou seja, não são atividades que trazem uma reflexão sobre a
modalidade falada nem suas relações com a escrita nem mesmo
constituem gêneros orais.
As produções orais envolvem a preparação e produção, que serão
ouvidas no momento da apresentação ou posteriormente (quando
gravadas), para que se proceda à análise linguística do texto oral.
Essa atividade proporciona construir conhecimentos sobre o
contínuo oral-escrito, sobre os papéis sociais representados pelos
participantes envolvidos nas interações discursivas, bem como a
inserção do estudante em atividades de oralidade. A modalidade
falada fica em foco, tanto no uso quanto na reflexão e não é
apenas usada para conversação espontânea e/ou avaliação.
nas fases iniciais, as práticas de oralidade já são comuns nos relatos
do cotidiano, na contação de causos etc. o uso da modalidade
falada é o foco. deve-se, pois, ter o cuidado para que, após a
PARÂMETROS PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA DO ESTADO DE PERNAMBUCO
28 alfabetização inicial, não se deixem de lado as práticas de oralidade
com foco no aprendizado dos gêneros orais.
Para além de apenas vivência, nas etapas seguintes, em que, em
geral, “abandonam-se” as práticas de oralidade em função de um
foco na escrita, podem ser introduzidos gêneros como seminário,
entrevista, debate regrado, de forma mais sistematizada. nos
estudos de oralidade, são abordados temas de variação linguística
essenciais à compreensão da linguagem em sua plenitude: são
abordados aspectos do estilo, dos dialetos, bem como introduzidas
discussões em torno da noção de erro em linguagem, perpassando
o viés da pluralidade da linguagem e da adequação ao contexto.
Já no Ensino Médio, as atividades que abrangem a modalidade
falada compreendem a consolidação daquelas introduzidas no
Ensino fundamental, dando cada vez mais espaço aos gêneros
já apresentados (como o debate, a entrevista, o seminário), mas
aliando essas práticas às atividades de retextualização e análise
linguística mais aprofundadas.
PARÂMETROS CURRICULARES DE LíngUA PORTUgUESA
29Q
uad
ro E
IXo
3 –
or
ALI
dA
dE
PR
OD
UÇ
ÃO
OR
AL
Fase
IE
FFa
se
IIE
FFa
seII
IEF
Fase
IV
EF
M I
EM
M II
E
MM
III
EM
AN
ÁLI
SE L
ING
UÍS
TIC
AFa
se
IEF
Fase
II
EF
Fase
IIIE
FFa
se
IVE
FM
I E
MM
II
EM
M II
I E
M
EA
1- P
rod
uzi
r te
xto
s o
rais
co
nsi
dera
nd
o o
s ele
men
tos
da
situ
ação
dis
cu
rsiv
a, t
ais
co
mo
, po
r exe
mp
lo, i
nte
rlo
cu
tore
s, o
bje
tivo
co
mu
nic
ativ
o, e
specifi
cid
ades
do
g
ên
ero
, can
ais
de t
ran
smis
são
.
EA
1- P
lan
eja
r p
revi
amen
te o
g
ên
ero
ora
l co
nsi
dera
nd
o a
si
tuaç
ão d
iscu
rsiv
a.
EA
2-
Pro
du
zir
text
os
nar
rativ
os
ora
is (
pia
das
, co
rdel,
peças
teat
rais
, le
nd
as, c
on
tos
e n
arra
tivas
em
gera
l –
de a
ven
tura
, de f
ada
– q
uad
rin
has
, p
arle
nd
as, t
rava
-lín
gu
a).
EA
2-
Esc
olh
er
a va
ried
ade
ling
uís
tica
e o
reg
istr
o a
deq
uad
os
à si
tuaç
ão d
iscu
rsiv
a.
EA
3-
Pro
du
zir
rela
tos
ora
is (re
lato
s d
e e
xperi
ên
cia
, dep
oim
en
tos,
n
otíc
ias,
rep
ort
agen
s).
EA
3-
Ela
bo
rar
pla
no
s d
e t
rab
alh
o
par
a p
rod
ução
ora
l, n
ecess
ário
s ao
mo
men
to d
a p
rod
ução
(co
mo
p
or
exe
mp
lo p
erg
un
tas
de u
ma
en
trevi
sta,
ro
teiro
s d
e s
em
inár
ios,
p
erg
un
tas
par
a u
ma
pal
est
ra).
EA
4-
Pro
du
zir
text
os
exp
osi
tivo
s o
rais
(se
min
ário
, pal
est
ra,
apre
sen
tação
de li
vro
s lid
os,
en
trevi
stas
).
EA
4-
Pro
mo
ver
a ar
ticu
lação
en
tre a
s p
arte
s d
o t
ext
o p
or
meio
d
e d
ifere
nte
s re
cu
rso
s co
esi
vos,
p
ara
asse
gu
rar
a co
ntin
uid
ade e
a
un
idad
e s
em
ântic
a d
o t
ext
o o
ral.
EA
5-
Pro
du
zir
text
os
inst
rucio
nai
s o
rais
(re
gra
s d
e jo
go
s e b
rin
cad
eir
as,
inst
ruçõ
es
de u
so d
e o
bje
tos,
ap
arelh
os)
.
EA
5-
Ad
eq
uar
exp
ress
ões
co
rpo
rais
e f
acia
is a
co
nte
úd
os
de f
ala
e/o
u
situ
açõ
es
dis
cu
rsiv
as e
specífi
cas
.
EA
6-
Pro
du
zir
text
os
arg
um
en
tativ
os
ora
is (
deb
ates,
pro
pag
and
as,
resp
ost
as a
qu
est
ões,
just
ificat
ivas
, d
efe
sa d
e p
on
to d
e v
ista
).
EA
6-
Iden
tificar
os
efe
itos
de s
en
tido
d
eco
rren
tes
do
uso
de r
ecu
rso
s le
xicai
s e m
orf
oss
intá
tico
s n
a p
rod
ução
de t
ext
os
ora
is (co
mo
in
vers
ão n
a o
rdem
do
s te
rmo
s, u
so
de c
ert
os
dim
inu
tivo
s).
PARÂMETROS PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA DO ESTADO DE PERNAMBUCO
30E
SCU
TA
Fase
IE
FFa
se
IIE
FFa
seII
IEF
Fase
IV
EF
M I
EM
M II
E
MM
III
EM
AN
ÁLI
SE L
ING
UÍS
TIC
AFa
se
IEF
Fase
II
EF
Fase
IIIE
FFa
se
IVE
FM
I E
MM
II
EM
M II
I E
M
EA
7 -
ori
en
tar-
se a
par
tir d
e
co
man
do
s e in
stru
çõ
es
ora
is
em
gera
l.
EA
7- r
ela
cio
nar
a v
arie
dad
e
ling
uís
tica
util
izad
a ao
co
nte
xto
.
EA
8-
reco
nh
ecer
os
gên
ero
s esp
ecífi
co
s d
a fa
la (d
eb
ates,
p
alest
ras,
ap
rese
nta
çõ
es
ora
is
de t
rab
alh
os,
sem
inár
ios,
avi
sos,
en
trevi
stas
, mesa
s-re
do
nd
as).
EA
9-
ob
serv
ar a
s n
orm
as d
e
fun
cio
nam
en
to q
ue r
eg
em
a
par
ticip
ação
do
s in
terl
ocu
tore
s d
e u
ma
pro
du
ção
text
ual
ora
l, re
speita
nd
o o
s in
terv
alo
s d
a fa
la e
d
a esc
rita
.
EA
8-
An
alis
ar o
efe
ito d
e s
en
tido
de
ele
men
tos
típic
os
da
mo
dal
idad
e
fala
da
(co
mo
pau
sa, e
nto
naç
ão,
ritm
o, h
esi
taçõ
es)
.
EA
10-
reg
istr
ar in
form
açõ
es
(to
mar
n
ota
) a
par
tir d
a esc
uta
de t
ext
os
ora
is (
em
ro
teiro
s p
revi
amen
te
pre
par
ado
s o
u n
ão).
EA
11-
reco
nh
ecer
os
efe
itos
de
sen
tido
em
deco
rrên
cia
do
uso
d
e d
ifere
nte
s re
cu
rso
s co
esi
vos
na
pro
du
ção
de t
ext
os
ora
is.
EA
12-
An
alis
ar a
co
erê
ncia
nu
ma
pro
du
ção
ora
l, co
nsi
dera
nd
o a
si
tuaç
ão d
iscu
rsiv
a.
PARÂMETROS CURRICULARES DE LíngUA PORTUgUESA
31R
EL
AÇ
ÕE
S O
RA
L/E
SCR
ITO
Fase
IE
FFa
se
IIE
FFa
seII
IEF
Fase
IV
EF
M I
EM
M II
E
MM
III
EM
AN
ÁLI
SE L
ING
UÍS
TIC
AFa
se
IEF
Fase
II
EF
Fase
IIIE
FFa
se
IVE
FM
I E
MM
II
EM
M II
I E
M
EA
13-
ora
lizar
text
os
esc
rito
s, o
u
seja
, ler
em
vo
z al
ta, u
tiliz
and
o
ritm
o e
en
ton
ação
ad
eq
uad
os
às
situ
açõ
es
dis
cu
rsiv
as (le
r u
m t
rech
o
nu
ma
apre
sen
tação
de s
em
inár
io).
EA
9-
rela
cio
nar
mar
cas
esp
ecífi
cas
da
ora
lidad
e à
s m
arcas
co
rresp
on
den
tes
na
esc
rita
.E
A14
- d
ecla
mar
po
em
as e
d
ram
atiz
ar t
ext
os
teat
rais
.
EA
15-
rete
xtu
aliz
ar t
ext
o o
ral p
ara
esc
rito
, co
nsi
dera
nd
o a
situ
ação
d
iscu
rsiv
a.
PARÂMETROS PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA DO ESTADO DE PERNAMBUCO
32 Eixo 4 – LEiTURA
A leitura é o eixo central desta proposta curricular. os estudos
de linguagem na escola devem convergir para ensinar a ler e
escrever, ouvir e falar. Isso significa dizer que os conhecimentos
sobre a linguagem – que durante muitas décadas estiveram no
centro das aulas de Português – e sobre o funcionamento dos
textos que circulam entre nós apenas fazem sentido na medida em
que tornarão os estudantes leitores, ouvintes, falantes e escritores
mais competentes.
Mas o que significa “ensinar a ler”? Como organizar um programa
sistemático para o ensino da leitura? Segundo Kleiman (1993,
p. 49), a tentativa de ensinar a ler não seria incoerente com a
natureza subjetiva da leitura, “[...] se o ensino da leitura for entendido
como o ensino de estratégias de leitura, por uma parte, e como o
desenvolvimento das habilidades linguísticas que são características
do bom leitor, por outra.”
Para a construção de um programa sistemático de formação
de leitores, é necessário que se assuma, primeiramente, uma
concepção de leitura. A que aqui apresentamos assenta-se em
algumas premissas fundamentais:
a) a leitura é uma construção subjetiva de sujeitos leitores que
atuam sobre o texto a partir de um vasto e complexo conjunto de
conhecimentos acumulados e estruturados a partir da vivência em
uma determinada cultura;
b) o texto não porta um sentido, ou seja, o “significado” não está
no texto; este nos oferece um conjunto de pistas que guiam o
leitor na tarefa de construção de sentido que é a leitura;
33PARÂMETROS CURRICULARES DE LíngUA PORTUgUESA
33c) além de atividade sociocognitiva, a leitura é também
empreendimento interativo mediado pelo texto, que implica
diálogo e negociação entre os interlocutores.
Pesquisas sobre a natureza sociocognitiva e interacional da
linguagem e da leitura, a partir da investigação dos procedimentos
ativados por leitores proficientes, indicam bons caminhos para o
ensino/aprendizado da leitura na escola. Práticas de formação de
leitores devem propor o exercício cotidiano daquilo que faz um
leitor proficiente quando lê: o exercício investigar o contexto de
produção do texto, sua “agenda comunicativa” (quem escreve?,
em que suporte?, com que objetivo? etc.); o de selecionar pistas
interpretativas relevantes (imagens, a formatação do texto, títulos
e subtítulos, recorrências lexicais etc.); o de levantar hipóteses de
leitura e checá-las; o de confirmar ou descartar hipóteses iniciais;
o de retornar a partes dos textos ou mesmo relê-lo para refinar
a compreensão; o exercício de inferir o significado de termos
desconhecidos em atenção ao contexto local ou à morfologia da
palavra etc.
A concepção da leitura como “atividade subjetiva de construção
de sentido” não implica assumir que qualquer leitura produzida a
partir da interação com um determinado texto seja “autorizável”.
Há, certamente, leituras que os textos não permitem fazer, ou
seja, aquelas que não encontram fundamentação suficiente nas
pistas textuais ou contextuais. um rico exercício escolar de leitura,
a propósito, é o de solicitar que os estudantes fundamentem as
leituras feitas. Em alguns casos, o resultado desse exercício será
o descarte, pelo estudante, de sua construção inicial. Em outros
casos, porém, o professor poderá perceber uma possibilidade
de leitura ainda não cogitada por ele, professor, ou mesmo
uma contribuição coerente com o processo de maturação de
determinado leitor ainda em formação.
PARÂMETROS PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA DO ESTADO DE PERNAMBUCO
34 Essa compreensão da leitura que estamos assumindo tem, ainda,
implicações relativas ao arranjo do espaço interativo onde se
produzirão as leituras que pretendem formar leitores. A sala de aula
deverá constituir-se num espaço de interação em que os textos
circulem e sejam objeto de leitura compartilhada. os estudantes
partilham suas leituras entre si e com o professor. Este, no entanto,
tem um papel definido no ensino da leitura: o de mediar os
processos de construção de sentido, de modo a “guiar” o leitor
em formação em seu percurso de aprendiz. Através de exercícios
sistemáticos (como o de localizar informações, o de levantar
hipóteses e confirmá-las, o de produzir inferências, o de relacionar
informações, o de refletir sobre recursos linguísticos mobilizados
por determinados gêneros, o de comparar textos etc.), o professor
vai modelando estratégias e exercitando procedimentos que
auxiliam a abordagem do texto, ou seja, vai possibilitando que
o leitor em formação aprenda a proceder como os leitores
mais experientes.
os Parâmetros para o aprendizado da leitura que aqui propomos
organiza-se a partir de um conjunto de expectativas de
aprendizagem a serem consideradas no exercício cotidiano da
leitura. A organização desse conjunto deve considerar os vários
discursos (narrativo, argumentativo, injuntivo etc.), critério que auxilia
o reconhecimento e a consideração das especificidades estruturais
e linguístico-discursivas dos gêneros textuais. os quadros abaixo
apresentam expectativas de aprendizagem de leitura que devem
ser desenvolvidas/consolidadas nas séries do Ensino fundamental
e Médio. Esse conjunto de competências e expectativas de
aprendizagem está organizado em tópicos estruturantes:
1) GÊNEROS TEXTUAIS E FUNÇÕES COMUNICATIVAS e 2)
PROCEDIMENTOS DE LEITURA EM DIFERENTES DISCURSOS
– dizem respeito à competência do leitor em avaliar elementos
da agenda comunicativa do texto para produzir sentido. nesse
35PARÂMETROS CURRICULARES DE LíngUA PORTUgUESA
35domínio, listam-se expectativas de aprendizagem complexas,
associadas à compreensão global dos textos. Listam-se, também,
procedimentos gerais de leitura, constitutivos dos processos
de produção de sentido, como a localização de informações,
os procedimentos de inferenciação e a capacidade de acionar
conhecimentos sobre a linguagem (formalizados ou não), como
o valor expressivo dos sinais de pontuação ou o efeito decorrente
de escolhas no nível morfossintático e semântico, para melhor
compreender os textos.
3) ORGANIZAÇÃO TEMÁTICA – distingue expectativas de
aprendizagem relativas à organização temática do texto. A
competência de “reconhecer aspectos de tematização” é bastante
complexa, pois exige o estabelecimento de relações entre partes
do texto, a identificação de tópicos de parágrafos e a depreensão
da disposição/sequenciação desses tópicos na estrutura textual,
para que se chegue ao conteúdo global do texto.
4) DISCURSOS – considerando que a atividade de leitura está
ancorada em conhecimentos sobre a organização estrutural de
textos e sobre os recursos linguístico-discursivos implicados em
sua construção, o quadro se organiza a partir de tipologia de textos
– narrativo, argumentativo, descritivo, expositivo, instrucional/
injuntivo, de relato e poético – e lista um conjunto de expectativas
de aprendizagem de leitura que devem ser desenvolvidas através de
práticas de leitura, que serão complementadas por reflexões sobre
a linguagem voltadas para a ampliação das capacidades leitoras.
o aprendizado da leitura tem de ser programado sistematicamente,
de modo a garantir que leitores em formação tornem-se leitores
proficientes, autônomos, ou seja, avancem em seu processo
formativo. o quadro a seguir descreve expectativas de aprendizagem
que devem ser exercitadas durante todo o processo de formação
dos leitores. Isso está indicado pelo preenchimento, em azul, das
PARÂMETROS PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA DO ESTADO DE PERNAMBUCO
36 etapas do Ensino fundamental e do Ensino Médio. A gradação de
cores – do mais claro ao mais escuro – quer sinalizar que, embora
as expectativas de aprendizagem descritas devam ser consideradas
durante todo o processo, as atividades de leitura devem impor
novos desafios, na medida em que os textos se complexificam ou
novos gêneros são apresentados aos estudantes. nesse sentido, a
escolha dos textos a serem trabalhados em cada etapa de ensino
deve considerar critérios como: o tamanho do texto; o seu grau
de “novidade” (quanto mais demandar conhecimento novo, mais
difícil será o texto); a seleção lexical (se próxima ou distante do
domínio vocabular dos estudantes); a estrutura sintática; o próprio
tema (temas que se distanciem da realidade dos leitores podem
oferecer mais dificuldades interpretativas) etc.
Considerando os vários discursos, os gêneros textuais devem
ser selecionados também em função de sua complexidade.
Consideremos, por exemplo, a leitura de narrativas nas séries
finais do Ensino fundamental. o trabalho pode partir da leitura
de crônicas, textos cujo vínculo com o cotidiano pode facilitar
a leitura, ou pode partir de contos curtos e contemporâneos,
seguindo para a seleção de contos clássicos, mais longos e com
estruturação e estratégias de narrar mais complexas, como a
multiplicidade de vozes narrativas ou o uso do discurso indireto
livre. outro exemplo, agora relativo à categoria “argumentar”, é
selecionar argumentações de macroestrutura canônica, com tese
e argumento, com clara marcação tópica, partindo para textos
mais complexos, que envolvam o diálogo entre vozes discordantes,
com a exposição de tese, argumentos e contra-argumentos.
Para além da leitura de textos de recepção pragmática, a leitura
literária ocupa lugar de destaque na formação de um leitor
proficiente. o leitor de literatura é alguém que escolhe ler porque
descobriu o prazer de ler. Mas, além do despertar do gosto, a
formação para a literatura faz-se a partir do desenvolvimento de
37PARÂMETROS CURRICULARES DE LíngUA PORTUgUESA
37capacidades que auxiliam os leitores em formação a abordar o
texto literário, dando conta de suas especificidades e das estratégias
e recursos que fazem a sua literariedade. Portanto, ao listarmos no
quadro abaixo expectativas de aprendizagem de leitura, estamos
contemplando, particularmente nos discursos narrativo e poético,
a formação do leitor de literatura. Entretanto, há especificidades
metodológicas que devem ser consideradas na leitura do texto
literário, para que as práticas não prejudiquem a experiência de
fruição que deve caracterizar o contato com a literatura. A interação
com os textos literários não deve, por exemplo, ser desenvolvida
por exercícios ou fichas de leitura que anulem o contato subjetivo
com o texto, limitando a experiência literária.
Além disso, o trabalho com a literatura envolve o desenvolvimento
de outras capacidades e atitudes que elencamos no eixo 5, nomeado
Literatura, estéticas literárias e seus contextos sócio-históricos.
Cabe ressaltar, portanto, que os eixos 4 e 5 atuam conjuntamente
na promoção do “Letramento Literário dos estudantes” (PAuLIno,
2001, p. 56).
PARÂMETROS PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA DO ESTADO DE PERNAMBUCO
38Q
uA
dr
o E
IXo
4 –
LE
Itu
rA
GÊ
NE
RO
S T
EX
TU
AIS
E F
UN
ÇÕ
ES
CO
MU
NIC
AT
IVA
SFa
se
IEF
Fase
II
EF
Fase
IIIE
FFa
se
IVE
FM
I E
MM
II
EM
M II
I E
MA
NÁ
LISE
LIN
GU
ÍST
ICA
Fase
IE
FFa
se
IIE
FFa
seII
IEF
Fase
IV
EF
M I
EM
M II
E
MM
III
EM
EA
1- S
ele
cio
nar
text
os/
sup
ort
es
aten
den
do
ao
s o
bje
tivo
s d
e le
itura
.
EA
1- Id
en
tificar
ele
men
tos
est
rutu
rais
de t
ext
os
– r
ecu
rso
s le
xicai
s, m
orf
oss
intá
tico
s, r
ecu
rso
s q
ue m
arcam
var
ied
ades
ling
uís
ticas
-
den
tre o
utr
os
ele
men
tos
, ten
do
em
vi
sta
os
dife
ren
tes
sup
ort
es
text
uai
s.
EA
2-
Iden
tificar
as
esp
ecifi
cid
ades
do
gên
ero
de u
m t
ext
o:
seu
ob
jetiv
o
co
mu
nic
ativ
o (
pro
pó
sito
), se
us
inte
rlo
cu
tore
s p
revi
sto
s e s
uas
co
nd
içõ
es
de p
rod
ução
.
EA
3-
Iden
tificar
o g
ên
ero
de
um
text
o, c
on
sid
era
nd
o a
si
tuaç
ão d
iscu
rsiv
a.
EA
4-
An
alis
ar t
ext
os
de a
mb
ien
tes
virt
uai
s re
co
nh
ecen
do
mar
cad
ore
s,
est
raté
gia
s e r
ecu
rso
s d
iscu
rsiv
os
pert
inen
tes
aos
gên
ero
s d
igita
is.
EA
5-
Est
abele
cer
rela
çõ
es
en
tre d
ife-
ren
tes
gên
ero
s co
nsi
dera
nd
o s
uas
esp
ecifi
cid
ades:
co
nte
xto
de p
rod
u-
ção
, org
aniz
ação
co
mp
osi
cio
nal
, g
ráfic
a, m
arcas
lin
gu
ístic
as
e e
nu
ncia
tivas
.
EA
6-
Co
mp
arar
um
a m
esm
a in
form
ação
div
ulg
ada
em
d
ifere
nte
s g
ên
ero
s e/o
u m
eio
s d
e c
om
un
icaç
ão.
EA
7- r
eco
nh
ecer
sup
ort
es
text
uai
s (c
om
o jo
rnai
s, r
evi
stas
, blo
gs,
p
ort
ais)
qu
e c
ircu
lam
em
esf
era
s so
cia
is d
ivers
as.
39PARÂMETROS CURRICULARES DE LíngUA PORTUgUESA
39P
RO
CE
DIM
EN
TO
S D
E L
EIT
UR
A E
M
DIF
ER
EN
TE
S D
ISC
UR
SOS
Fase
IE
FFa
se
IIE
FFa
seII
IEF
Fase
IV
EF
M I
EM
M II
E
MM
III
EM
AN
ÁLI
SE L
ING
UÍS
TIC
AFa
se
IEF
Fase
II
EF
Fase
IIIE
FFa
se
IVE
FM
I E
MM
II
EM
M II
I E
M
EA
8-
Local
izar
info
rmaç
ões
exp
lícita
s em
text
os
de
dife
ren
tes
gên
ero
s.
EA
2-
Iden
tificar
sin
ôn
imo
s,
antô
nim
os,
rela
çõ
es
de
hip
ero
ním
ia, h
ipo
ním
ia e
ou
tras
re
laçõ
es
sem
ântic
as.
EA
9-
Infe
rir
o s
en
tido
de u
ma
pal
avra
o
u e
xpre
ssão
.
EA
10-
Infe
rir
info
rmaç
ão im
plíc
ita
em
text
os
não
verb
ais,
verb
ais
e/o
u q
ue c
on
jug
uem
am
bas
as
lin
gu
agen
s.
EA
11-
Infe
rir
sen
tido
s p
rovo
cad
os
pela
am
big
uid
ade e
m u
m t
ext
o.
EA
12-
Iden
tificar
efe
itos
de h
um
or
ou
iro
nia
em
dife
ren
tes
gên
ero
s te
xtu
ais.
EA
13-
reco
nh
ecer
efe
itos
de s
en
tido
p
rod
uzi
do
s p
or
recu
rso
s le
xicai
s,
recu
rso
s d
a lin
gu
agem
fig
ura
da
e
recu
rso
s m
orf
oss
intá
tico
s.
EA
14-
reco
nh
ecer
efe
itos
de s
en
tido
d
eco
rren
tes
do
uso
da
po
ntu
ação
, d
e o
utr
as n
ota
çõ
es
e d
e r
ecu
rso
s g
ráfic
os
e/o
u o
rto
grá
fico
s (a
spas
, itá
lico
, neg
rito
, letr
as m
aiú
scu
las,
su
blin
had
os,
den
tre o
utr
os)
.
EA
15-
reco
nh
ecer
efe
itos
de
sen
tido
deco
rren
te d
e e
sco
lha
do
vo
cab
ulá
rio
.
EA
16-
rela
cio
nar
recu
rso
s ve
rbai
s e
não
verb
ais
(fig
ura
s, m
apas
, grá
fico
s,
tab
ela
s, d
en
tre o
utr
os)
na
pro
du
ção
d
e s
en
tido
do
text
o.
PARÂMETROS PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA DO ESTADO DE PERNAMBUCO
40O
RG
AN
IZA
ÇÃ
O T
EM
ÁT
ICA
Fase
I E
FFa
seII
EF
Fase
II
I EF
Fase
IV
EF
M I
EM
M II
EM
M II
IE
MA
NÁ
LISE
LIN
GU
ÍST
ICA
Fase
I E
FFa
seII
EF
Fase
II
I EF
Fase
IV
EF
M I
EM
M II
EM
M II
IE
M
EA
17-
An
alis
ar e
lem
en
tos
da
cap
a e
co
ntr
acap
a d
e u
m li
vro
.
EA
3-
reco
nh
ecer
os
recu
rso
s lin
gu
ístic
os
qu
e o
pera
m a
p
rog
ress
ão t
em
átic
a e a
s re
laçõ
es
de s
en
tido
em
um
text
o:
advé
rbio
s e e
xpre
ssõ
es
adve
rbia
is
(pri
meir
amen
te;
em
seg
un
do
lu
gar
), co
necto
res
(po
rtan
to, a
lém
d
isso
) etc
.
EA
18-
Iden
tificar
os
tóp
ico
s e
sub
tóp
ico
s (id
eia
s cen
trai
s e
secu
nd
ária
s) d
os
par
ágra
fos.
EA
19-
dis
ting
uir
tó
pic
os
e
sub
tóp
ico
s (id
eia
s cen
trai
s d
e
secu
nd
ária
s) d
e t
ext
os/
par
ágra
fos.
EA
20
- r
eco
nh
ecer
a fu
nção
d
iscu
rsiv
a (p
rop
ósi
to) p
red
om
inan
te
em
cad
a p
arág
rafo
.
EA
21-
Iden
tificar
as
rela
çõ
es
de
sen
tido
(esp
ecifi
caç
ão, o
po
sição
, cau
sa, c
on
seq
uên
cia
, fin
alid
ade
den
tre o
utr
as)
en
tre p
arág
rafo
s.
EA
22
- Id
en
tificar
o t
em
a d
e
um
text
o.
EA
23
- In
feri
r o
sen
tido
glo
bal
ou
id
eia
cen
tral
em
dete
rmin
ado
s g
ên
ero
s .
EA
24-
rela
cio
nar
o s
en
tido
glo
bal
d
e u
m t
ext
o a
o s
eu
títu
lo.
EA
25-
Iden
tificar
as
voze
s q
ue s
e
man
ifest
am n
os
div
ers
os
gên
ero
s te
xtu
ais
literá
rio
s e n
ão li
terá
rio
s.
EA
26
- r
ela
cio
nar
títu
lo e
su
btít
ulo
.
EA
27-
reco
nh
ecer
as e
stra
tég
ias
qu
e p
rom
ove
m a
pro
gre
ssão
te
mát
ica
do
text
o.
PARÂMETROS CURRICULARES DE LíngUA PORTUgUESA
41D
ISC
UR
SO P
OÉ
TIC
OFa
se
I EF
Fase
II E
FFa
se
III E
FFa
se
IV E
FM
IE
MM
IIE
MM
III
EM
AN
ÁLI
SE L
ING
UÍS
TIC
AFa
se
I EF
Fase
II E
FFa
se
III E
FFa
se
IV E
FM
IE
MM
IIE
MM
III
EM
EA
4-
reco
nh
ecer
recu
rso
s so
no
ros
no
text
o p
oétic
o:
rim
a, m
étr
ica,
as
son
ância
s, a
litera
çõ
es,
rep
etiç
ões,
p
ausa
s etc
.
EA
28
- Id
en
tificar
ele
men
tos
qu
e
car
acte
riza
m o
dis
cu
rso
po
étic
o
qu
anto
à f
orm
a e c
on
teú
do
(ve
rso
s,
est
rofe
s, r
imas
, ritm
o, a
litera
çõ
es,
as
son
ância
s, fi
gu
ras
de li
ng
uag
em
etc
.).
EA
5-
Iden
tificar
, an
alis
ar e
d
istin
gu
ir p
rocess
os
figu
rativ
os
da
ling
uag
em
: m
etá
fora
, meto
ním
ia,
pers
on
ificaç
ão, h
ipérb
ole
, si
nest
esi
a, d
en
tre o
utr
os.
EA
29
- r
eco
nh
ecer
e f
azer
a d
istin
ção
en
tre e
u lí
rico
e p
oeta
em
te
xto
s p
oétic
os.
EA
30
- r
eco
nh
ecer
as p
oss
íveis
in
ten
çõ
es
do
eu
líri
co
su
bja
cen
tes
ao t
ext
o p
oétic
o.
EA
31-
Iden
tificar
/an
alis
ar im
agen
s p
oétic
as q
ue c
on
trib
uem
par
a a
co
nst
rução
de s
en
tido
s n
o t
ext
o.
EA
32
- P
erc
eb
er
a so
no
rid
ade d
e
rim
as, a
litera
çõ
es
e o
utr
os
recu
rso
s g
ráfic
os
ling
uís
tico
s/est
ilíst
ico
s u
tiliz
ado
s em
po
em
as.
EA
33
- r
eco
nh
ecer
os
efe
itos
de
sen
tido
de r
ecu
rso
s d
e s
ign
ificaç
ão
da
ling
uag
em
fig
ura
da:
metá
fora
, m
eto
ním
ia, p
ers
on
ificaç
ão,
hip
érb
ole
etc
.
EA
34
- r
eco
nh
ecer
dife
ren
tes
form
as d
e o
rgan
izaç
ão d
iscu
rsiv
a d
o t
ext
o p
oétic
o:
po
em
a n
arra
tivo
, ar
gu
men
tativ
o, d
esc
ritiv
o.
EA
35-
reco
nh
ecer
a fu
nção
p
oétic
a d
a lin
gu
agem
em
text
os
esc
rito
s em
pro
sa.
PARÂMETROS PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA DO ESTADO DE PERNAMBUCO
42D
ISC
UR
SO N
AR
RA
TIV
OFa
se
IEF
Fase
II
EF
Fase
IIIE
FFa
se
IVE
FM
I E
MM
II
EM
M II
I E
MA
NÁ
LISE
LIN
GU
ÍST
ICA
Fase
IE
FFa
se
IIE
FFa
seII
IEF
Fase
IV
EF
M I
EM
M II
E
MM
III
EM
EA
36
- r
eco
nh
ecer
e a
nal
isar
d
ifere
nte
s fo
rmas
de o
rgan
izaç
ão d
o
dis
cu
rso
no
text
o n
arra
tivo
: d
iscu
rso
d
ireto
, in
direto
e in
direto
livr
e.
EA
6-
reco
nh
ecer
a p
on
tuaç
ão
esp
ecífi
ca
de c
ada
dis
cu
rso
(u
so
de a
spas
, tra
vess
ão, p
arên
tese
s,
den
tre o
utr
os)
e s
ua
fun
ção
no
te
xto
nar
rativ
o.
EA
37-
reco
nh
ecer
po
ssív
eis
in
ten
çõ
es
do
au
tor
na
esc
olh
a d
o d
iscu
rso
direto
ou
ind
ireto
(o
bje
tivid
ade/s
ub
jetiv
idad
e/
leg
itim
idad
e, d
en
tre o
utr
as).
EA
38
- Id
en
tificar
ele
men
tos
da
nar
rativ
a e s
eu
pap
el n
a co
nst
rução
d
e s
en
tido
s p
ara
o t
ext
o:
foco
n
arra
tivo
, esp
aço
, tem
po
, en
red
o.
EA
39
- r
eco
nh
ecer
recu
rso
s q
ue
co
nco
rrem
par
a a
co
nst
rução
do
te
mp
o, d
o e
spaç
o e
do
perfi
l do
s p
ers
on
agen
s n
um
text
o n
arra
tivo
.E
A7-
reco
nh
ecer
form
as v
erb
ais
de p
reté
rito
(p
erf
eito
, im
perf
eito
, m
ais
qu
e p
erf
eito
) e p
rese
nte
e s
ua
fun
ção
na
nar
rativ
a.
EA
40
- r
eco
nh
ecer
as p
arte
s est
rutu
ran
tes
de u
ma
nar
rativ
a (o
rien
tação
, co
mp
licaç
ão, d
esf
ech
o)
e s
ua
fun
ção
.
EA
41-
Iden
tificar
o c
on
flito
gera
do
r d
e u
ma
nar
rativ
a.E
A8
- r
eco
nh
ecer
recu
rso
s lin
gu
ístic
os
de c
on
stru
ção
/o
rden
ação
do
tem
po
na
nar
rativ
a (a
dvé
rbio
s, c
on
jun
çõ
es
etc
.).
EA
42
- r
eco
nh
ecer
pro
ced
imen
tos
desc
ritiv
os
e s
ua
fun
ção
em
gên
ero
s d
o n
arra
r.
EA
43
- Id
en
tificar
o t
em
po
de u
ma
nar
rativ
a (q
uan
do
oco
rrem
os
fato
s,
tem
po
de d
ura
ção
de u
ma
nar
rativ
a).
EA
9-
reco
nh
ecer
a ad
jetiv
ação
(a
dje
tivo
s, lo
cu
çõ
es
e a
dju
nto
s ad
no
min
ais)
e s
eu
val
or
exp
ress
ivo
n
a d
esc
rição
de c
en
ário
s e n
a car
acte
riza
ção
de p
ers
on
agen
s.
EA
44
- r
eco
nh
ecer
est
raté
gia
s d
iscu
rsiv
as d
e o
rgan
izaç
ão t
em
po
ral
em
um
text
o o
u s
eq
uên
cia
nar
rativ
a.
EA
45-
Iden
tificar
efe
itos
de s
en
tido
d
o u
so d
e m
ecan
ism
os
de c
oesã
o
text
ual
em
pre
gad
os
em
um
text
o o
u
seq
uên
cia
nar
rativ
a.
EA
10-
An
alis
ar r
ecu
rso
s d
e
co
esã
o r
efe
ren
cia
l e le
xical
na
co
nst
rução
do
text
o n
arra
tivo
: si
nô
nim
os,
hip
erô
nim
os,
rep
etiç
ão
e r
eite
ração
.
PARÂMETROS CURRICULARES DE LíngUA PORTUgUESA
43D
ISC
UR
SO N
AR
RA
TIV
OFa
se
IEF
Fase
II
EF
Fase
IIIE
FFa
se
IVE
FM
I E
MM
II
EM
M II
I E
MA
NÁ
LISE
LIN
GU
ÍST
ICA
Fase
IE
FFa
se
IIE
FFa
seII
IEF
Fase
IV
EF
M I
EM
M II
E
MM
III
EM
EA
46
- r
eco
nh
ecer
as p
ers
on
agen
s en
volv
idas
na
nar
rativ
a: p
rin
cip
al,
secu
nd
ária
, an
tag
on
ista
e o
“h
eró
i”.
EA
11-
Iden
tificar
e a
nal
isar
os
dife
ren
tes
tipo
s d
e c
on
ecto
res
qu
e e
stab
ele
cem
rela
çõ
es
en
tre
ora
çõ
es,
perí
od
os,
par
ágra
fos,
p
rom
ove
nd
o a
pro
gre
ssão
do
text
o
(pro
no
mes,
co
nju
nção
, ad
vérb
ios,
p
rep
osi
çõ
es
e lo
cu
çõ
es)
.
EA
47-
Iden
tificar
o f
oco
nar
rativ
o d
o
text
o, d
istin
gu
ind
o n
arra
do
r em
1ª
pess
oa
e n
arra
do
r em
3ª
pess
oa.
EA
48
- r
eco
nh
ecer
e d
istin
gu
ir
nar
rad
or
on
iscie
nte
e
nar
rad
or
ob
serv
ado
r.
EA
12-
reco
nh
ecer
verb
os
de
elo
cu
ção
(re
spo
nd
er, f
alar
, p
erg
un
tar)
e id
en
tificar
su
a au
sên
cia
e s
ua
fun
ção
.
EA
49
- Id
en
tificar
var
ian
tes
do
n
arra
do
r em
3ª
pess
oa:
nar
rad
or
par
cia
l; im
par
cia
l; in
tru
so.
EA
13-
Co
mp
reen
der
a va
riaç
ão
ling
uís
tica
co
mo
fo
rma
de
real
izaç
ão d
a lín
gu
a em
d
ifere
nte
s co
nte
xto
s.E
A50
- r
eco
nh
ecer
o e
feito
d
iscu
rsiv
o d
eco
rren
te d
a esc
olh
a d
e
dete
rmin
ado
fo
co
nar
rativ
o.
EA
51-
reco
nh
ecer
a d
istin
ção
en
tre
auto
r e n
arra
do
r.
EA
52
- d
istin
gu
ir a
vo
z d
o n
arra
do
r d
as v
oze
s d
as p
ers
on
agen
s e d
e
ou
tras
vo
zes.
EA
53
- r
eco
nh
ecer
pro
ced
imen
tos
qu
e p
rom
ova
m a
co
ntin
uid
ade
refe
ren
cia
l do
text
o.
PARÂMETROS PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA DO ESTADO DE PERNAMBUCO
44D
ISC
UR
SO A
RG
UM
EN
TA
TIV
OFa
se
IEF
Fase
II
EF
Fase
IIIE
FFa
se
IVE
FM
I E
MM
II
EM
M II
I E
MA
NÁ
LISE
LIN
GU
ÍST
ICA
Fase
IE
FFa
se
IIE
FFa
seII
IEF
Fase
IV
EF
M I
EM
M II
E
MM
III
EM
EA
54
- r
eco
nh
ecer
a d
efe
sa d
e
po
nto
s d
e v
ista
em
text
os
da
ord
em
d
o a
rgu
men
tar, c
om
o p
rop
agan
das
e c
arta
zes
de p
ub
licid
ade.
EA
14-
reco
nh
ecer
as e
stra
tég
ias
de
po
sicio
nam
en
to d
o in
terl
ocu
tor
a p
artir
do
uso
de v
erb
os
atitu
din
ais
tais
co
mo
pen
so, a
ch
o, a
cre
dito
.
EA
55-
reco
nh
ecer
em
dife
ren
tes
text
os
arg
um
en
tativ
os
(art
igo
de
op
iniã
o, c
arta
do
leito
r, c
arta
de
recla
maç
ão, e
dito
rial
, pro
pag
and
a,
cam
pan
has
pu
blic
itári
as):
tese
, h
ipó
tese
, arg
um
en
tos,
co
nclu
são
.
EA
56
- E
stab
ele
cer
rela
ção
en
tre a
te
se e
os
arg
um
en
tos
ofe
recid
os
par
a su
sten
tá-l
a.
EA
57-
Iden
tificar
co
ntr
a-ar
gu
men
tos
de u
ma
tese
.
EA
58
- d
istin
gu
ir u
m f
ato
da
op
iniã
o
rela
tiva
a ess
e f
ato
.
EA
59
- r
eco
nh
ecer
po
siçõ
es
dis
tinta
s en
tre d
uas
ou
mai
s o
pin
iões
rela
tivas
ao
mesm
o f
ato
ou
mesm
o t
em
a.
EA
60
- Id
en
tificar
efe
itos
de s
en
tido
d
o u
so d
e m
ecan
ism
os
de c
oesã
o
text
ual
em
pre
gad
os
em
um
text
o o
u
seq
uên
cia
arg
um
en
tativ
a.
EA
15-
reco
nh
ecer
os
co
necto
res
(rela
çõ
es
lóg
ico
-dis
cu
rsiv
as)
qu
e o
pera
m n
a co
nst
rução
do
te
xto
arg
um
en
tativ
o.
EA
61-
Iden
tificar
tip
os
de
arg
um
en
tos
em
text
os
arg
um
en
tativ
os
EA
62
- r
eco
nh
ecer
dife
ren
tes
est
raté
gia
s d
e c
on
stru
ção
do
s ar
gu
men
tos
em
text
o:
rela
to
de f
ato
s, e
xem
plifi
caç
ão, d
ado
s est
atís
tico
s, t
est
em
un
ho
s,
arg
um
en
tação
de a
uto
rid
ade.
EA
16-
reco
nh
ecer
as e
stra
tég
ias
de p
olid
ez
pre
sen
tes
nu
m t
ext
o
arg
um
en
tativ
o:
uso
do
fu
turo
do
p
reté
rito
, pre
sen
te d
o s
ub
jun
tivo
, ad
vérb
ios
(tal
vez,
po
ssiv
elm
en
te) etc
.
PARÂMETROS CURRICULARES DE LíngUA PORTUgUESA
45D
ISC
UR
SO A
RG
UM
EN
TA
TIV
OFa
se
IEF
Fase
II
EF
Fase
IIIE
FFa
se
IVE
FM
I E
MM
II
EM
M II
I E
MA
NÁ
LISE
LIN
GU
ÍST
ICA
Fase
IE
FFa
se
IIE
FFa
seII
IEF
Fase
IV
EF
M I
EM
M II
E
MM
III
EM
EA
63
- r
eco
nh
ecer
po
sicio
nam
en
tos
dis
tinto
s (e
xplíc
itos
ou
imp
lícito
s)
rela
tivo
s a
um
mesm
o t
em
a em
te
xto
s co
ntr
a-ar
gu
men
tativ
os.
EA
17-
reco
nh
ecer
est
raté
gia
s d
e im
pess
oal
izaç
ão n
um
text
o
arg
um
en
tativ
o:
uso
da
pas
siva
, da
terc
eir
a p
ess
oa
do
plu
ral e
tc.
EA
64
- r
eco
nh
ecer
recu
rso
s d
e o
rgan
izaç
ão t
óp
ica
e
do
s ar
gu
men
tos
em
um
te
xto
arg
um
en
tativ
o.
EA
18-
reco
nh
ecer
form
as v
erb
ais
de p
rese
nte
, fu
turo
do
pre
sen
te e
fu
turo
do
pre
téri
to, r
efle
tind
o s
ob
re
seu
uso
em
text
os
arg
um
en
tativ
os.
EA
65-
reco
nh
ecer
a fu
nção
do
s te
mp
os
verb
ais
(pre
sen
te, f
utu
ro
do
pre
sen
te, f
utu
ro d
e p
reté
rito
, p
rese
nte
do
su
bju
ntiv
o) em
te
xto
s ar
gu
men
tativ
os.
EA
66
- r
eco
nh
ecer
est
raté
gia
s d
e m
od
aliz
ação
no
te
xto
arg
um
en
tativ
o.
EA
19-
reco
nh
ecer
a fu
nção
d
e o
utr
os
tem
po
s ve
rbai
s (t
em
po
s d
o p
reté
rito
, fu
turo
do
p
reté
rito
, pre
sen
te d
o s
ub
jun
tivo
) em
arg
um
en
taçõ
es.
PARÂMETROS PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA DO ESTADO DE PERNAMBUCO
46D
ISC
UR
SO E
XP
OSI
TIV
OFa
se
IEF
Fase
II
EF
Fase
IIIE
FFa
se
IVE
FM
I E
MM
II
EM
M II
I E
MA
NÁ
LISE
LIN
GU
ÍST
ICA
Fase
IE
FFa
se
IIE
FFa
seII
IEF
Fase
IVE
FM
I E
MM
II
EM
M II
I E
M
EA
67-
Ap
rop
riar
-se d
e
co
nh
ecim
en
tos
a p
artir
da
leitu
ra d
e
gên
ero
s d
a o
rdem
da
co
nst
rução
e d
a tr
ansm
issã
o d
e s
abere
s, t
ais
co
mo
de c
uri
osi
dad
es
cie
ntífi
cas
e
text
os
did
átic
os.
EA
20
- A
nal
isar
os
efe
itos
de
sen
tido
deco
rren
tes
da
pre
sen
ça
de c
on
ecto
res,
verb
os,
sin
ais
de
po
ntu
ação
e d
a n
om
inal
izaç
ão e
m
text
os
ou
seq
uên
cia
s exp
osi
tivas
.
EA
68
- r
eco
nh
ecer
a exe
mp
lificaç
ão, a
co
mp
araç
ão, a
d
esc
rição
, a d
efin
ição
, a p
erg
un
ta
ori
gin
ária
co
mo
co
nst
itutiv
os
do
te
xto
exp
osi
tivo
(ve
rbete
, text
o
de d
ivu
lgaç
ão c
ien
tífica,
text
os
did
átic
os)
.
EA
21-
reco
nh
ecer
a fu
nção
do
s ele
men
tos
de c
oesã
o c
om
o
sin
ôn
imo
s, h
iperô
nim
os,
rep
etiç
ão,
reite
ração
, co
necto
res,
pro
no
mes.
EA
69
- Id
en
tificar
efe
itos
de s
en
tido
d
o u
so d
e m
ecan
ism
os
de c
oesã
o
text
ual
em
pre
gad
os
em
um
text
o o
u
seq
uên
cia
exp
osi
tiva.
EA
22
- r
eco
nh
ecer
recu
rso
s lin
gu
ístic
os
de e
stru
tura
ção
de
en
un
cia
do
s exp
osi
tivo
s: e
sco
lha
lexi
cal
(u
so d
e t
erm
os
técn
ico
s),
est
rutu
ração
sin
tátic
a.
EA
70-
reco
nh
ecer
mecan
ism
os
de
text
ual
izaç
ão d
e d
iscu
rso
s cita
do
s o
u r
ela
tad
os
em
um
text
o o
u
seq
uên
cia
exp
osi
tiva.
EA
23
- r
eco
nh
ecer
a fu
nção
do
s ve
rbo
s d
e e
locu
ção
no
dis
cu
rso
exp
osi
tivo
: afi
rmar
, resp
on
der, f
alar
etc
.
EA
71-
reco
nh
ecer
a fu
nção
da
cita
ção
de e
specia
lista
s co
mo
fat
or
de c
red
ibili
dad
e n
o t
ext
o e
xpo
sitiv
o.
EA
24-
Iden
tificar
fo
rmas
verb
ais
qu
e in
tro
du
zem
ou
tras
vo
zes
em
se
qu
ên
cia
s exp
osi
tivas
(ve
rbo
s d
e
diz
er:
diz
er, f
alar
, afir
mar
, en
fatiz
ar,
adve
rtir,
po
nd
era
r, c
on
fiden
cia
r),
aval
ian
do
as
esc
olh
as d
ess
as
form
as v
erb
ais.
PARÂMETROS CURRICULARES DE LíngUA PORTUgUESA
47D
ISC
UR
SO E
XP
OSI
TIV
OFa
se
IEF
Fase
II
EF
Fase
IIIE
FFa
se
IVE
FM
I E
MM
II
EM
M II
I E
MA
NÁ
LISE
LIN
GU
ÍST
ICA
Fase
IE
FFa
se
IIE
FFa
seII
IEF
Fase
IVE
FM
I E
MM
II
EM
M II
I E
M
EA
72-
reco
nh
ecer
em
text
os
de
nat
ure
za e
xpo
sitiv
a: e
xpo
sição
d
o t
em
a, d
ese
nvo
lvim
en
to d
e
tóp
ico
s, c
on
clu
são
.
EA
25-
reco
nh
ecer
a fu
nção
da
pre
do
min
ância
do
tem
po
pre
sen
te
no
dis
cu
rso
exp
osi
tivo
.
EA
73-
reco
nh
ecer
a o
rdem
das
in
form
açõ
es
em
text
os
exp
osi
tivo
s:
ord
en
ar d
o g
era
l par
a o
par
ticu
lar,
do
peq
uen
o p
ara
o g
ran
de e
tc.
EA
74-
Iden
tificar
e a
nal
isar
esp
ecifi
cid
ades
do
text
o
exp
osi
tivo
, tai
s co
mo
: re
cu
rso
s lin
gu
ístic
os
de im
pess
oal
izaç
ão,
co
nst
ruçõ
es
pas
siva
s, e
stra
tég
ias
de
ind
ete
rmin
ação
do
su
jeito
, verb
o n
a 3
ª p
ess
oa
do
sin
gu
lar
e 1
ª p
ess
oa
do
p
lura
l e v
ocab
ulá
rio
técn
ico
.
EA
75-
dis
ting
uir
a v
oz
do
au
tor
de
ou
tras
vo
zes
cita
das
, alu
did
as n
o
text
o e
xpo
sitiv
o.
EA
76-
reco
nh
ecer
em
text
os
exp
osi
tivo
s re
cu
rso
s d
e
apre
sen
tação
de in
form
açõ
es
adic
ion
ais,
co
mo
: n
ota
s d
e r
od
apé,
ep
ígra
fes,
bo
xes
exp
licat
ivo
s etc
.
EA
77-
Iden
tificar
po
sicio
nam
en
tos
do
au
tor
em
rela
ção
ao
fat
o o
u
tem
a exp
ost
o c
om
bas
e e
m m
arcas
lin
gu
ístic
as o
u g
ráfic
as e
xpre
ssas
.
PARÂMETROS PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA DO ESTADO DE PERNAMBUCO
48D
ISC
UR
SO IN
JUN
TIV
O/
INST
RU
CIO
NA
LFa
se
IEF
Fase
II
EF
Fase
IIIE
FFa
se
IVE
FM
I E
MM
II
EM
M II
I E
MA
NÁ
LISE
LIN
GU
ÍST
ICA
Fase
I E
FFa
seII
EF
Fase
II
I EF
Fase
IV
EF
M I
EM
M II
EM
M II
IE
M
EA
78-
Iden
tificar
ele
men
tos
qu
e c
arac
teri
zam
o t
ext
o c
om
o
inst
rucio
nal
, tam
bém
ch
amad
o
inju
ntiv
o (
a p
rese
nça
de r
eg
ras,
co
man
do
s, c
on
selh
os,
pre
scri
çõ
es,
p
ed
ido
s, ju
stifi
cat
iva,
exp
licaç
ões,
en
um
era
çõ
es)
.
EA
26
- r
eco
nh
ecer
o in
finiti
vo e
o
imp
era
tivo
co
mo
fo
rmas
verb
ais
pre
fere
ncia
is d
as s
eq
uên
cia
s in
stru
cio
nai
s/in
jun
tivas
.
EA
79-
reco
nh
ecer
os
po
ssív
eis
in
terl
ocu
tore
s e a
s est
raté
gia
s te
xtu
ais
de p
olid
ez
co
mo
fo
rma
de m
inim
izar
o a
to d
e o
rdem
de
co
man
do
em
text
os
inju
ntiv
os
(órg
ãos
go
vern
amen
tais
, esp
ecia
lista
s, e
mp
resa
s, p
rofe
sso
r-est
ud
ante
, pai
s e fi
lho
s, e
tc.).
EA
27-
reco
nh
ecer
a im
po
rtân
cia
do
vo
cat
ivo
no
s te
xto
s in
stru
cio
nai
s/in
jun
tivo
s.
EA
80
- Id
en
tificar
efe
itos
de s
en
tido
d
o u
so d
e m
ecan
ism
os
de c
oesã
o
text
ual
em
pre
gad
os
em
um
a se
qu
ên
cia
inst
rucio
nal
/in
jun
tiva.
EA
28
- r
eco
nh
ecer
os
efe
itos
de
sen
tido
pro
vocad
os
po
r u
so d
e
form
as e
pro
no
mes
de t
rata
men
to
div
ers
os.
EA
29
- r
eco
nh
ecer
o u
so d
e
co
necto
res
em
text
os
ou
seq
uên
cia
s in
stru
cio
nai
s/in
jun
tivas
.
EA
81-
reco
nh
ecer
recu
rso
s d
e
est
rutu
ração
de e
nu
ncia
do
s (m
arcas
g
ráfic
o-v
isu
ais,
par
alelis
mo
sin
tátic
o)
em
um
text
o o
u s
eq
uên
cia
inju
ntiv
a,
co
m a
ten
ção
par
a o
s te
xto
s em
qu
e
o u
so d
ess
es
recu
rso
s p
red
om
ina
(text
os
pu
blic
itári
os)
.
EA
30
- Id
en
tificar
par
alelis
mo
nas
fo
rmas
verb
ais
em
text
os
inju
ntiv
os/
inst
rucio
nai
s.
EA
31-
reco
nh
ecer
co
nst
ruçõ
es
sin
tátic
as c
on
stitu
tivas
de s
eq
uên
cia
s in
stru
cio
nai
s/in
jun
tivas
.
49PARÂMETROS CURRICULARES DE LíngUA PORTUgUESA
49D
ISC
UR
SO D
ESC
RIT
IVO
Fase
I E
FFa
seII
EF
Fase
II
I EF
Fase
IV
EF
M I
EM
M II
EM
M II
IE
MA
NÁ
LISE
LIN
GU
ÍST
ICA
Fase
I E
FFa
seII
EF
Fase
II
I EF
Fase
IV
EF
M I
EM
M II
EM
M II
IE
M
EA
82
- Id
en
tificar
no
text
o
ele
men
tos
qu
e c
arac
teri
zam
um
a se
qu
ên
cia
desc
ritiv
a.
EA
32
- r
eco
nh
ecer
a fu
nção
do
s ad
jetiv
os
nas
seq
uên
cia
s d
esc
ritiv
as.
EA
83
- r
eco
nh
ecer
traç
os
de
sub
jetiv
idad
e e
julg
amen
tos
nas
se
qu
ên
cia
s d
esc
ritiv
as.
EA
33
- r
eco
nh
ecer
as e
stra
tég
ias
de
po
sicio
nam
en
to d
o in
terl
ocu
tor
a p
artir
do
uso
de v
erb
os
atitu
din
ais
(pen
so, a
ch
o, a
cre
dito
).
EA
84
- Id
en
tificar
efe
itos
de s
en
tido
d
o u
so d
e m
ecan
ism
os
de c
oesã
o
verb
al e
mp
reg
ado
s em
um
text
o o
u
seq
uên
cia
desc
ritiv
a.
EA
34
- r
eco
nh
ecer
a fu
nção
d
iscu
rsiv
a d
os
verb
os
no
pre
sen
te
do
ind
icat
ivo
e p
reté
rito
imp
erf
eito
n
o d
iscu
rso
/seq
uên
cia
inju
ntiv
a.
EA
85 -
Iden
tificar
efe
itos
de s
en
tido
d
o u
so d
e m
ecan
ism
os
de c
oesã
o
no
min
al e
mp
reg
ado
s em
um
text
o
ou
seq
uên
cia
desc
ritiv
a.
EA
35-
reco
nh
ecer
a fu
nção
d
a co
esã
o r
efe
ren
cia
l e
lexi
cal
: si
nô
nim
os,
hip
ôn
imo
s,
hip
erô
nim
os,
rep
etiç
ão, r
eite
ração
.
EA
86
- r
eco
nh
ecer
recu
rso
s lin
gu
ístic
os
de e
stru
tura
ção
de
en
un
cia
do
s d
esc
ritiv
os
(esc
olh
a le
xical
, est
rutu
ração
sin
tátic
a).
EA
36
- r
eco
nh
ecer
a au
sên
cia
d
e p
rog
ress
ão t
em
po
ral n
o t
ext
o
desc
ritiv
o
PARÂMETROS PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA DO ESTADO DE PERNAMBUCO
50D
ISC
UR
SO D
E R
EL
AT
OFa
se
I EF
Fase
II E
FFa
se
III E
FFa
se
IV E
FM
IE
MM
IIE
MM
III
EM
AN
ÁLI
SE L
ING
UÍS
TIC
AFa
se
I EF
Fase
II E
FFa
se
III E
FFa
se
IV E
FM
IE
MM
IIE
MM
III
EM
EA
87
- r
eco
nh
ecer
esp
ecifi
cid
ades
co
mp
osi
cio
nai
s d
e g
ên
ero
s d
o
rela
tar
(títu
lo, s
ub
títu
lo, l
ide, c
orp
o
do
text
o, c
on
clu
são
).
EA
37
- r
eco
nh
ecer
o u
so d
os
recu
rso
s lin
gu
ístic
os
na
co
nst
rução
d
o t
em
po
no
rela
to.
EA
88
- d
istin
gu
ir f
ato
de fi
cção
.E
A3
8 -
reco
nh
ecer
os
co
necto
res
co
mo
recu
rso
de c
on
stru
ção
do
te
mp
o e
m s
eq
uên
cia
de r
ela
to.
EA
89
- Id
en
tificar
o f
ato
ou
eve
nto
p
rin
cip
al d
e u
m r
ela
to.
EA
39
- Id
en
tificar
ord
em
cro
no
lóg
ica
do
s eve
nto
s em
fu
nção
do
s co
necto
res.
EA
90
- r
eco
nh
ecer
mecan
ism
os
de
text
ual
izaç
ão d
e d
iscu
rso
s cita
do
s o
u r
ela
tad
os
den
tro
de u
m t
ext
o o
u
seq
uên
cia
de r
ela
to.
EA
40
- Id
en
tificar
o u
so d
as a
spas
co
mo
um
recu
rso
de c
itação
d
o d
iscu
rso
rep
ort
ado
no
text
o
de r
ela
to.
EA
91-
Iden
tificar
efe
itos
de s
en
tido
d
o u
so d
e m
ecan
ism
os
de c
oesã
o
text
ual
verb
al e
mp
reg
ado
s em
um
te
xto
ou
seq
uên
cia
de r
ela
to.
EA
41
- Id
en
tificar
a f
un
ção
do
s ve
rbo
s d
e e
locu
ção
no
text
o
de r
ela
to.
EA
92
- r
eco
nh
ecer
recu
rso
s lin
gu
ístic
os
e g
ráfic
os
de
est
rutu
ração
de e
nu
ncia
do
s d
e
rela
to (
esc
olh
a le
xical
, est
rutu
ração
si
ntá
tica)
.
EA
42
- r
eco
nh
ecer
a im
po
rtân
cia
d
os
tem
po
s ve
rbai
s (p
rese
nte
, p
reté
rito
perf
eito
e im
perf
eito
) n
a co
nst
rução
do
rela
to.
EA
93
- r
eco
nh
ecer
est
raté
gia
s d
iscu
rsiv
as d
e e
xpo
sição
de o
pin
ião
re
lativ
a ao
fat
o r
ela
tad
o.
EA
43
- r
eco
nh
ecer
os
recu
rso
s d
e c
oesã
o r
efe
ren
cia
l e le
xical
: si
nô
nim
os,
hip
erô
nim
os,
h
ipô
nim
os,
rep
etiç
ão, r
eite
ração
.
51PARÂMETROS CURRICULARES DE LíngUA PORTUgUESA
51Eixo 5 – LiTERATURA, ESTÉTiCAS LiTERÁRiAS E SEUS
CoNTExToS SóCio-HiSTóRiCoS
Abordar a literatura como um eixo estruturante destes
Parâmetros justifica-se pela centralidade que a leitura literária
ocupa na formação de um leitor proficiente. As expectativas de
aprendizagem listadas no eixo da Leitura, nos discursos poético
e narrativo, têm um papel fundamental nessa formação, já que,
para se promover a aproximação dos estudantes com a literatura,
é necessário que eles se tornem leitores competentes do texto
literário, um tipo de texto que costuma exigir muito de seus leitores.
desse modo, em atividades de mediação adequadas à natureza
do literário, o professor vai contribuir para a formação de leitores
capazes de interpretar metáforas poéticas, de reconhecer escolhas
estratégicas (como o narrador, o tempo verbal, a organização do
enredo etc.) utilizadas na construção do jogo narrativo, de refletir
sobre o efeito estético dessas escolhas etc. nestes parâmetros,
portanto, o trabalho voltado para letramento literário está também
contemplado no eixo da Leitura.
Entretanto, além daquelas expectativas de aprendizagem, faz-se
necessário explicitar, neste eixo específico, outras expectativas
de aprendizagem que igualmente dizem respeito à apropriação
da literatura pelos estudantes, particularmente aquelas associadas
ao desenvolvimento de capacidades necessárias à apreciação e
fruição desses textos e à descoberta da literatura como objeto
cultural e estético. todos esses aspectos envolvidos no letramento
literário devem ser objeto de um trabalho intencional desde os
anos iniciais da escolarização.
o termo “Letramento Literário” (PAuLIno, 2001, p. 56) diz respeito
a práticas que possibilitem aos leitores em formação apropriarem-
se da literatura pela vivência de experiências estéticas que lhes
revelem o valor da arte. tais experiências podem ter início em idades
PARÂMETROS PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA DO ESTADO DE PERNAMBUCO
52 muito precoces, quando as crianças ouvem histórias, manipulam
livros e outros materiais de leitura e observam adultos manipulando
esses mesmos materiais. Essas experiências têm uma dimensão
formadora do gosto, estimulam a curiosidade e motivam a busca
por outros textos. Entretanto, em nossa sociedade, o acesso
aos bens culturais não é igualmente distribuído pela população,
razão pela qual muitos dos estudantes travam seus contatos mais
sistemáticos com textos literários apenas quando ingressam no
ambiente escolar. daí a importância de que a escola invista, desde
o início da escolarização, na formação do leitor literário, de modo
a desenvolver sua capacidade de apreciação do texto, considerado
em sua dimensão estética.
no Ensino fundamental, muitas vezes, o texto literário é tomado
como pretexto para o trabalho com tópicos de análise linguística
ou, ainda, utilizado com o intuito de transmitir ensinamentos
morais, hábitos ou normas de conduta. Esse tipo de abordagem é
bastante prejudicial, na medida em que destitui o texto literário de
sua dimensão estética, enfraquecendo seu papel formativo, que se
exerce pela gratuidade das ações que sua apropriação proporciona.
boas práticas de letramento literário, portanto, devem ocupar-
se primordialmente do desenvolvimento do gosto pela leitura,
abrindo espaço para diálogos particularmente subjetivos com o
texto, promovendo, enfim, experiências literárias.
tendo em vista essa proposta de formação do leitor de literatura,
para além das expectativas de aprendizagem de leitura envolvidas
na apropriação do texto literário, o letramento literário requer o
desenvolvimento de atitudes que tornem possível a interação com
textos em prosa e poesia, e, para que tal interação aconteça, tais
atitudes e posturas devem ser, também, ensinadas e aprendidas.
Por essa razão, transversalmente às expectativas de aprendizagem
do letramento literário, propomos, para o Ensino fundamental,
EAs transversais que descrevem “conteúdos atitudinais”. tais
53PARÂMETROS CURRICULARES DE LíngUA PORTUgUESA
53conteúdos sinalizam aos professores orientações acerca do tipo
de situação que devem proporcionar aos estudantes para que os
mesmos possam desenvolver habilidades envolvidas na formação
do leitor literário.
no Ensino Médio, a formação do leitor de literatura distingue-se por
envolver conhecimentos sobre a literatura – tais como metáforas,
jogos de palavras, rimas, sonoridade, estilística, estética –, mas o
ensino não pode se resumir a esses conhecimentos, como o que
hoje vem acontecendo. A esse respeito, sinalizam as orientações
Curriculares para o Ensino Médio:
Para cumprir com esses objetivos (da literatura no Ensino Médio), não
se deve sobrecarregar o aluno com informações sobre épocas, estilos,
características de escolas literárias etc., como até hoje tem ocorrido, apesar
de os PCn, principalmente o PCn+, alertarem para o caráter secundário de
tais conteúdos: “Para além da memorização mecânica de regras gramaticais
ou das características de determinado movimento literário, o aluno deve ter
meios para ampliar e articular conhecimento se competências[...]” (PCn+,
2002, p. 55). trata-se, prioritariamente, de formar o leitor literário, melhor
ainda, de “letrar” literariamente o aluno, fazendo-o apropriar-se daquilo a que
tem direito. (brASIL/MEC, 2006, p. 54)
desse modo, os conhecimentos sobre a história da literatura e
sobre os movimentos ou estéticas literárias devem subsidiar as
práticas de leitura do literário em sala de aula, possibilitando aos
jovens leitores apropriarem-se da literatura pelo reconhecimento
de seu valor como objeto cultural e identitário, mas, sobretudo,
pela vivência de experiências estéticas que lhes revelem o valor
da arte.
tradicionalmente, no Ensino Médio, as aulas de literatura têm
se resumido a aulas de historiografia, que chegam a abandonar
a leitura dos textos, apelando para resumos e adaptações que
simulam o contato com o literário, que precisa ser recuperado.
nesse sentido, o trabalho com a literatura no Ensino Médio,
reafirmamos, é indissociável do trabalho com a leitura e deve ser
PARÂMETROS PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA DO ESTADO DE PERNAMBUCO
54 garantido a partir de práticas comprometidas com a formação de
leitores que saibam ler literatura e gostem de ler literatura.
o eixo Literatura, Estéticas Literárias e seus Contextos Sócio-
Históricos complementa essa formação, indicando a importância
de se considerar o momento histórico de produção dos textos,
reconhecendo a literatura como elemento da cultura, da história
e da identidade brasileira. o trabalho mais relevante, no entanto,
a ser feito para a promoção do letramento literário de jovens e
adultos é o de proporcionar a eles uma experiência de leitura que
permita descobrir o prazer do contato com uma obra de arte e
também a descoberta da atualidade da literatura e de sua condição
de nos revelar conhecimentos sobre o humano, fundamentais à
formação dos jovens.
PARÂMETROS CURRICULARES DE LíngUA PORTUgUESA
55Q
uA
dr
o E
IXo
5 –
LIt
Er
At
ur
A, E
StÉ
tIC
AS
LIt
Er
Ár
IAS
E C
on
tE
Xt
o S
ÓC
Io-H
ISt
Ór
ICo
EX
PE
CT
AT
IVA
S D
E A
PR
EN
DIZ
AG
EM
Fase
I E
FFa
seII
EF
Fase
II
I EF
Fase
IV
EF
M I
EM
M II
EM
M II
IE
MC
ON
TE
ÚD
OS
AT
ITU
DIN
AIS
Fase
I E
FFa
seII
EF
Fase
II
I EF
Fase
IV
EF
M I
EM
M II
EM
M II
IE
M
EA
1- In
tera
gir
co
m n
arra
tivas
ou
vid
as
e li
das
(fá
bu
las,
po
em
as c
on
tos
de
fad
as, c
on
tos
po
pu
lare
s, c
on
tos
mar
avilh
oso
s), c
om
en
tan
do
-as.
EA
1- f
req
uen
tar
esp
aço
s d
e
leitu
ra n
a esc
ola
(b
iblio
teca
de
sala
, bib
liote
ca
da
esc
ola
).
EA
2-
reco
nh
ecer
car
acte
ríst
icas
do
te
xto
ficcio
nal
.
EA
2-
freq
uen
tar
esp
aço
s p
úb
lico
s d
e le
itura
(b
iblio
tecas
pú
blic
as,
ban
cas
de jo
rnai
s e r
evi
stas
).
EA
3-
Ap
recia
r a
son
ori
dad
e d
e
rim
as, a
litera
çõ
es
e o
utr
os
recu
rso
s lin
gu
ístic
os/
est
ilíst
ico
s u
tiliz
ado
s em
po
em
as.
EA
3-
bu
scar
ou
tras
ob
ras
de u
m
mesm
o a
uto
r.
EA
4-
Est
abele
cer
rela
çõ
es
de
inte
rtext
ual
idad
e e
ntr
e t
ext
os
literá
rio
s lid
os
e/o
u o
uvi
do
s.
EA
4-
bu
scar
dife
ren
tes
auto
res
qu
e t
rata
m d
e u
m m
esm
o t
em
a.
EA
5-
Ap
recia
r ele
men
tos
de c
apa
e
co
ntr
acap
a d
e li
vro
s d
e li
tera
tura
. E
A5-
bu
scar
mat
eri
ais
de le
itura
d
e f
orm
a au
tôn
om
a.
EA
6-
Ap
recia
r im
agen
s e il
ust
raçõ
es
de t
ext
os
literá
rio
s, in
teg
ran
do
-as
ao
text
o v
erb
al.
EA
7- r
eco
nta
r o
ralm
en
te n
arra
tivas
o
uvi
das
em
pro
sa o
u e
m v
ers
os.
EA
8-
recita
r p
oesi
as c
om
en
ton
ação
e e
mo
tivid
ade.
EA
9-
Co
mp
reen
der
os
ele
men
tos
ling
uís
tico
-text
uai
s q
ue c
arac
teri
zam
o
text
o li
terá
rio
.
EA
10-
reco
nh
ecer
gên
ero
s te
xtu
ais
da
litera
tura
: ro
man
ce, c
rôn
ica,
co
nto
, p
oem
a, t
ext
o d
ram
átic
o, f
ábu
la e
tc.
EA
11-
Iden
tificar
dife
ren
tes
form
as
de r
ep
rese
nta
ção
de g
rup
os
ob
jeto
d
e d
iscri
min
ação
, tai
s co
mo
o ín
dio
, a
mu
lher, o
neg
ro, o
imig
ran
te, o
h
om
oss
exu
al, o
ido
so, o
po
bre
, em
co
nte
xto
s h
istó
rico
s e li
terá
rio
s.
PARÂMETROS PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA DO ESTADO DE PERNAMBUCO
56E
XP
EC
TA
TIV
AS
DE
AP
RE
ND
IZA
GE
MFa
se
I EF
Fase
II E
FFa
se
III E
FFa
se
IVE
FM
IE
MM
IIE
MM
III
EM
CO
NT
EÚ
DO
S A
TIT
UD
INA
ISFa
se
I EF
Fase
II E
FFa
se
III E
FFa
se
IVE
FM
IE
MM
IIE
MM
III
EM
EA
12-
reco
nh
ecer
dis
cu
rso
s co
mb
ativ
os
em
rela
ção
à c
on
diç
ão
de g
rup
os
ob
jeto
de d
iscri
min
ação
, ta
is c
om
o o
índ
io, a
mu
lher, o
neg
ro,
o im
igra
nte
, o h
om
oss
exu
al, o
ido
so,
o p
ob
re, e
m c
on
text
os
his
tóri
co
s e li
terá
rio
s.
EA
13-
Co
nh
ecer
e v
alo
riza
r o
bra
s re
pre
sen
tativ
as d
a lit
era
tura
afr
ican
a,
ind
ígen
a e la
tino
-am
eri
can
a, t
rad
uzi
do
s p
ara
a Lí
ng
ua
Po
rtu
gu
esa
ou
esc
rito
s o
rig
inal
men
te n
ess
a lín
gu
a.
EA
14-
reco
nh
ecer
a re
levâ
ncia
da
litera
tura
po
rtu
gu
esa
e a
fric
ana
co
mo
p
arte
co
nst
itutiv
a d
o p
atri
mô
nio
cu
ltu
ral b
rasi
leiro
.
EA
15-
reco
nh
ecer
a co
ntr
ibu
ição
d
os
pri
ncip
ais
auto
res
da
his
tóri
a d
a lit
era
tura
nac
ion
al.
EA
16-
reco
nh
ecer
a im
po
rtân
cia
d
e o
bra
s lit
erá
rias
nac
ion
ais
par
a a
form
ação
da
co
nsc
iên
cia
e d
a id
en
tidad
e d
o p
ovo
bra
sile
iro
.
EA
17-
rela
cio
nar
um
a o
bra
de fi
cção
, p
oesi
a o
u p
eça
teat
ral a
o m
om
en
to
co
nte
mp
orâ
neo
, reco
nh
ecen
do
a
atu
alid
ade d
a lit
era
tura
.
EA18
- Es
tabel
ecer
rel
açõ
es
inte
rtex
tuai
s en
tre
text
os
liter
ário
s da
con
tem
po
ran
eidad
e e
man
ifest
açõ
es
liter
ária
s e
cultu
rais
de
dife
ren
tes
épo
cas.
EA
19-
An
alis
ar f
orm
as d
e a
pro
pri
ação
d
o t
ext
o li
terá
rio
em
ou
tras
míd
ias:
fil
mes,
tele
no
vela
s, p
rop
agan
das
, art
es
plá
stic
as, m
úsi
cas
.
57PARÂMETROS CURRICULARES DE LíngUA PORTUgUESA
57E
XP
EC
TA
TIV
AS
DE
AP
RE
ND
IZA
GE
MFa
se
I EF
Fase
II E
FFa
se
III E
FFa
se
IVE
FM
IE
MM
IIE
MM
III
EM
CO
NT
EÚ
DO
S A
TIT
UD
INA
ISFa
se
I EF
Fase
II E
FFa
se
III E
FFa
se
IVE
FM
IE
MM
IIE
MM
III
EM
EA
20
- r
eco
nh
ece
r m
anife
staç
ões
da
litera
tura
po
pu
lar
com
o
par
te c
on
stitu
tiva
da
exp
ress
ão
literá
ria n
acio
nal
.
EA
21-
Est
abele
cer
rela
çõ
es
en
tre o
te
xto
lite
rári
o e
o c
on
text
o s
ocia
l e
po
lític
o d
e s
ua
pro
du
ção
.
EA
22
- u
tiliz
ar o
s co
nh
ecim
en
tos
sob
re
as e
stétic
as li
terá
rias
par
a re
finar
a
co
mp
reen
são
do
s te
xto
s.
EA
23
- r
ela
cio
nar
, na
leitu
ra d
e t
ext
os
literá
rio
s, a
co
nst
rução
dess
es
text
os
co
m a
s d
ifere
nte
s est
étic
as li
terá
rias
.
EA
24-
reco
nh
ecer
dife
ren
tes
form
as
de t
rata
r u
m m
esm
o t
em
a em
text
os
qu
e s
e v
incu
lam
a d
ifere
nte
s est
étic
as.
EA25
- Id
entifi
car
elem
ento
s da
trad
ição
euro
pei
a n
a co
nst
ruçã
o d
a n
oss
a lit
erat
ura
.
EA
26
- Id
en
tificar
ele
men
tos
de r
ep
rese
nta
ção
do
bra
sil e
d
os
bra
sile
iro
s em
ob
ras
da
litera
tura
nac
ion
al.
EA27
- A
nal
isar
a te
nsã
o e
ntr
e o
lo
cal e
o u
niv
ersa
l na
con
stru
ção
de
no
ssa
liter
atura
.
EA
28
- r
eco
nh
ecer
ele
men
tos
de
co
ntin
uid
ade e
ru
ptu
ra n
a fo
rmaç
ão d
a lit
era
tura
bra
sile
ira.
EA
29
- r
eco
nh
ecer
ino
vaçõ
es
tem
átic
as e
fo
rmai
s em
text
os
e
auto
res
co
nte
mp
orâ
neo
s.
PARÂMETROS PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA DO ESTADO DE PERNAMBUCO
58 Eixo 6 – ESCRiTA
A concepção que orienta a organização do eixo Escrita é a de
linguagem como forma de interação. A escrita é tomada, assim
como a leitura, em sua dimensão discursiva, como forma de
representação da linguagem oral, estruturada a partir de situações
comunicativas reais e contextualizadas. desse modo, as propostas
de escrita se organizam tendo como referência os gêneros
textuais, orientação convergente com os Parâmetros Curriculares
nacionais de Língua Portuguesa.
A noção de gênero do discurso é desenvolvida por Mikhail bakhtin
que afirma que “cada esfera de utilização da língua elabora seus tipos
relativamente estáveis de enunciados, sendo isso que denominamos
gêneros do discurso.” (1997, p. 279). os gêneros do discurso se
materializam na forma de textos, orais ou escritos.
Abordar a escrita, na perspectiva dos gêneros textuais, requer a
criação, no espaço de sala de aula, de situações comunicativas
reais, nas quais a linguagem escrita se constitua numa forma
de interação entre os sujeitos. Assim, o que se espera não é
meramente uma reflexão sobre a estrutura dos gêneros, mas uma
apropriação dos mesmos pelos estudantes, tendo como referência
o seu funcionamento em situações reais de comunicação. tal
apropriação ocorre pelo reconhecimento da especificidade da
situação comunicativa que dá origem ao gênero. os interlocutores
que participam da situação, a intenção comunicativa, o tema a ser
abordado, o suporte no qual se espera que o texto circule são fatores
determinantes da forma de organização do gênero.
o cotidiano da escola, de modo geral, e da sala de aula, em particular,
é rico em situações nas quais a linguagem escrita se faz presente
de forma significativa; a transmissão de avisos e comunicados,
o registro de rotinas, a troca de informações, dentre outras, são
59PARÂMETROS CURRICULARES DE LíngUA PORTUgUESA
59situações que dão origem e sentido à circulação de bilhetes, placas
de sinalização, além de textos literários, informativos, didáticos.
Além das situações internas ao contexto escolar, é desejável que
se criem outras que promovam a comunicação entre a escola
e o espaço extraescolar, trazendo os temas que circulam em
diferentes mídias e que despertam curiosidade e interesse dos
estudantes para serem conhecidos e discutidos, possibilitando-
lhes uma efetiva inserção nos diferentes contextos sociais onde a
leitura e a escrita se fazem presentes e, portanto, permitindo-lhes
o exercício de uma cidadania plena.
A apropriação dos gêneros textuais e a possibilidade de produção
dos mesmos se dá à medida que os estudantes vivenciam situações
mediadas pelo texto escrito e são levados a refletir sobre a
especificidade dessas situações e a correspondente especificidade
da estrutura dos textos nelas produzidos. tais especificidades
determinam as escolhas sintáticas e lexicais mais adequadas e
estão condicionadas ao domínio de um repertório de gêneros
pelos estudantes, sendo tarefa da escola a progressiva ampliação
desse repertório. nos anos iniciais do Ensino fundamental, a
produção escrita deve estar vinculada àquelas situações ligadas
às esferas da vida social mais próximas ao estudante, nas quais o
grau de formalidade é pequeno. Progressivamente, esse repertório
deve ir se ampliando àquelas esferas mais distantes das situações
cotidianas e nas quais há, também, maior nível de formalidade.
Quando chegam à escola, os jovens e adultos já dominam
vários gêneros na modalidade oral, sua estrutura e função
comunicativa. É a partir desse repertório inicial que têm início as
primeiras produções escritas, mas, para que as mesmas possam
ser aprimoradas, é necessário que os estudantes circulem por
outras esferas de produção da língua, nas quais estejam em jogo
diferentes modos de dizer ou atitudes enunciativas. Esses modos
de dizer se materializam em sequências enunciativas, a que
PARÂMETROS PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA DO ESTADO DE PERNAMBUCO
60 chamamos tipos, que compõem os diferentes gêneros textuais.
Ao contrário dos gêneros, que são tantos quantas são as diferentes
esferas da vida social que dão origem a enunciados orais ou
escritos, os tipos se apresentam em número reduzido: narrativo,
expositivo, argumentativo, descritivo, instrucional ou injuntivo,
relato. Cada um dos tipos tem uma estrutura linguística peculiar
e é graças a essa estrutura que os objetivos comunicativos dos
diferentes gêneros podem ser alcançados. Por essa razão, na
presente proposta curricular, o eixo Escrita se organiza a partir do
tópico Procedimentos de Escrita em diferentes discursos e dos
discursos narrativo, argumentativo, expositivo, de relato, descritivo
e instrucional/injuntivo.
o tópico Procedimentos de Escrita reúne expectativas de
aprendizagem necessárias à produção de textos considerando
a situação comunicativa, os interlocutores e o tema em pauta.
São descritas, ainda, as expectativas de aprendizagem relativas
ao desenvolvimento de habilidades que permitem ao escritor
estabelecer, de forma adequada, as relações internas ao texto,
entre as partes que o constituem.
PARÂMETROS CURRICULARES DE LíngUA PORTUgUESA
61Q
uad
ro E
IXo
6 –
ESC
rIt
AP
roce
dim
ento
s d
e es
crit
a em
d
ifer
ente
s d
iscu
rso
sFa
se
I EF
Fase
IIE
FFa
se
IIIE
FFa
se
IVE
F M
I E
MM
II
EM
M II
I E
MA
NÁ
LISE
LIN
GU
ÍST
ICA
Fase
I E
FFa
seII
EF
Fase
II
IEF
Fase
IV
EF
M I
EM
M II
E
MM
III
EM
EA
1- P
rod
uzi
r te
xto
s q
ue c
ircu
lam
n
as d
ifere
nte
s esf
era
s d
a vi
da
socia
l, co
nsi
dera
nd
o o
s in
terl
ocu
tore
s,
o g
ên
ero
text
ual
, o s
up
ort
e e
os
ob
jetiv
os
co
mu
nic
ativ
os
(list
as,
slo
ga
ns,
leg
en
das
, avi
sos,
bilh
ete
s,
receita
s, a
no
taçõ
es
em
ag
en
das
, car
tas,
no
tícia
s, r
ep
ort
agen
s, r
ela
tos
bio
grá
fico
s, in
stru
çõ
es,
text
os
ficcio
nai
s, g
ên
ero
s d
igita
is, d
en
tre
ou
tro
s).
EA
1- u
tiliz
ar le
tras
mai
úsc
ula
s n
o in
ício
d
e f
rase
s q
uan
do
ad
eq
uad
o.
EA
2-
ord
en
ar, d
e f
orm
a ad
eq
uad
a, o
s ele
men
tos
de u
ma
fras
e.
EA
3 -
Sele
cio
nar
sin
ais
de p
on
tuaç
ão
par
a p
rod
uzi
r efe
itos
de s
en
tido
d
ese
jad
os
ao t
ext
o (h
esi
tação
, in
term
itên
cia
, dú
vid
a).
EA
2-
usa
r re
cu
rso
s d
e c
on
stru
ção
d
o t
ext
o a
deq
uad
os
à si
tuaç
ão
de in
tera
ção
, ao
su
po
rte n
o q
ual
o
text
o c
ircu
lará
e a
o d
est
inat
ário
p
revi
sto
par
a o
text
o.
EA
4-
real
izar
esc
olh
as le
xicai
s ad
eq
uad
as a
os
ob
jetiv
os
co
mu
nic
ativ
os
de u
m t
ext
o, i
nclu
ind
o o
em
pre
go
de
figu
ras
de li
ng
uag
em
.
EA
3-
Est
abele
cer
rela
çõ
es
en
tre
par
tes
de u
m t
ext
o p
elo
uso
ad
eq
uad
o d
e e
lem
en
tos
de c
oesã
o
(po
ntu
ação
, co
necto
res,
recu
rso
s d
e
refe
ren
cia
ção
).
EA
5-
util
izar
recu
rso
s g
ráfic
os
(neg
rito
, le
tras
mai
úsc
ula
s), o
rto
grá
fico
s (e
rro
s p
rop
osi
tais
) o
u m
orf
oss
intá
tico
s (n
eo
log
ism
o) p
ara
co
nfe
rir
ao
text
o e
feito
s d
e s
en
tido
dese
jad
os
pelo
esc
rito
r.
EA
4-
Pro
du
zir
text
os
a p
artir
da
pro
po
sição
de u
m t
em
a.
EA
6-
Inte
gra
r re
cu
rso
s ve
rbai
s e n
ão
verb
ais
na
pro
du
ção
de t
ext
os
de
dife
ren
tes
gên
ero
s.
PARÂMETROS PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA DO ESTADO DE PERNAMBUCO
62P
roce
dim
ento
s d
e es
crit
a em
d
ifer
ente
s d
iscu
rso
sFa
se
I EF
Fase
IIE
FFa
se
IIIE
FFa
se
IVE
F M
I E
MM
II
EM
M II
I E
MA
NÁ
LISE
LIN
GU
ÍST
ICA
Fase
I E
FFa
seII
EF
Fase
II
IEF
Fase
IV
EF
M I
EM
M II
E
MM
III
EM
EA
5-
Pro
du
zir
efe
itos
de s
en
tido
d
ese
jad
os
a te
xto
s d
e d
ifere
nte
s g
ên
ero
s p
elo
uso
de s
inai
s d
e p
on
tuaç
ão.
EA
7- r
eco
nh
ecer
rela
çõ
es
de
co
nco
rdân
cia
en
tre o
verb
o e
o s
uje
ito
de u
ma
ora
ção
, refle
tind
o s
ob
re o
fu
ncio
nam
en
to s
intá
tico
da
líng
ua.
EA
8-
Em
pre
gar
reg
ras
de c
on
co
rdân
cia
ve
rbal
, do
s g
ên
ero
s d
a esf
era
pú
blic
a n
a p
rod
ução
de t
ext
os
esc
rito
s.
EA
9-
reco
nh
ecer
rela
çõ
es
de
sub
ord
inaç
ão e
ntr
e o
su
bst
antiv
o e
se
us
dete
rmin
ante
s (a
rtig
o, p
ron
om
e,
nu
mera
l, ad
jetiv
o, l
ocu
ção
ad
jetiv
a),
refle
tind
o s
ob
re o
fu
ncio
nam
en
to
sin
tátic
o d
a lín
gu
a.
EA
10-
Em
pre
gar
reg
ras
de
co
nco
rdân
cia
no
min
al, d
os
gên
ero
s d
a esf
era
pú
blic
a n
a p
rod
ução
de
text
os
esc
rito
s.
EA
6-
Co
nst
ruir
p
arág
rafo
s q
ue
apre
sen
tem
u
nid
ades
de
sen
tido
d
e
aco
rdo
co
m
as
esp
ecifi
cid
ades
do
gên
ero
.
EA
11-
reco
nh
ecer
a re
lação
en
tre
verb
o/n
om
e
e
seu
s co
mp
lem
en
tos
(tra
nsi
tivid
ade v
erb
al e
no
min
al).
EA
12-
Em
pre
gar
re
gra
s d
e
reg
ên
cia
ve
rbal
e n
om
inal
, d
os
gên
ero
s d
a esf
era
p
úb
lica,
na
pro
du
ção
de t
ext
os
esc
rito
s.
EA
7-
Art
icu
lar
na
co
nst
rução
d
e
text
os
de d
ifere
nte
s g
ên
ero
s id
eia
s cen
trai
s e s
ecu
nd
ária
s.
EA
13-
Em
pre
gar
re
gra
s d
e
co
locaç
ão
pro
no
min
al,
do
s g
ên
ero
s d
a esf
era
p
úb
lica,
na
pro
du
ção
de t
ext
os
esc
rito
s.
EA
8-
Ela
bo
rar
títu
los
adeq
uad
os
às
esp
ecifi
cid
ades
do
gên
ero
. E
A14
- Se
lecio
nar
si
nai
s d
e
po
ntu
ação
p
ara
est
abele
cer
a co
esã
o t
ext
ual
.
EA
9-
revi
sar
e
reesc
reve
r te
xto
s co
nsi
dera
nd
o
cri
téri
os
dis
cu
rsiv
os,
lin
gu
ístic
os
e g
ram
atic
ais.
EA
15-
Em
pre
gar
o
re
gis
tro
lin
gu
ístic
o
(to
m m
ais
ou
men
os
form
al)
adeq
uad
o
a d
ete
rmin
ada
situ
ação
co
mu
nic
ativ
a.
PARÂMETROS CURRICULARES DE LíngUA PORTUgUESA
63P
roce
dim
ento
s d
e es
crit
a em
d
ifer
ente
s d
iscu
rso
sFa
se
I EF
Fase
IIE
FFa
se
IIIE
FFa
se
IVE
F M
I E
MM
II
EM
M II
I E
MA
NÁ
LISE
LIN
GU
ÍST
ICA
Fase
I E
FFa
seII
EF
Fase
II
IEF
Fase
IV
EF
M I
EM
M II
E
MM
III
EM
EA
10-
Pro
du
zir
text
o,
na
mo
dal
idad
e
esc
rita
, p
or
meio
de r
ete
xtu
aliz
ação
em
div
ers
os
gên
ero
s.
EA
16
- E
mp
reg
ar
adeq
uad
amen
te
co
nju
nçõ
es
(ad
ição
, o
po
sição
, cau
sa,
final
idad
e),
pro
no
mes
rela
tivo
s e d
em
ais
recu
rso
s lin
gu
ístic
os
qu
e
artic
ula
m
en
un
cia
do
s d
o t
ext
o.
EA
11-
util
izar
, d
e
form
a ad
eq
uad
a,
os
dis
cu
rso
s d
ireto
e
ind
ireto
n
a p
rod
ução
d
e
text
os
de
dife
ren
tes
gên
ero
s.
EA
17-
util
izar
as
reg
ras
de o
rto
gra
fia e
ac
en
tuaç
ão g
ráfic
a o
ficia
is.
EA
12-
Ela
bo
rar
text
os
con
sid
era
nd
o
os
seg
uin
tes
crité
rios
de
coerê
nci
a:
un
idad
e
tem
átic
a,
rele
vân
cia
info
rmat
iva,
p
rog
ress
ão,
não
co
ntr
adiç
ão.
PARÂMETROS PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA DO ESTADO DE PERNAMBUCO
64D
ISC
UR
SO N
AR
RA
TIV
OFa
seIE
FFa
seII
EF
Fase
IIIE
FFa
seIV
EF
M I
EM
M II
E
MM
III
EM
AN
ÁLI
SE L
ING
UÍS
TIC
AFa
se
IEF
Fase
II
EF
Fase
II
IEF
Fase
IV
EF
M I
EM
M II
E
MM
III
EM
EA
13-
util
izar
o d
iscu
rso
direto
em
se
qu
ên
cia
s n
arra
tivas
par
a in
tro
du
zir
a fa
la d
e p
ers
on
agen
s.
EA
18-
Em
pre
gar
ad
eq
uad
amen
te
ele
men
tos
ling
uís
tico
s d
e t
em
po
e
esp
aço
qu
e m
ateri
aliz
am o
en
red
o
em
nar
rativ
as (ve
rbo
s, a
dvé
rbio
s,
adju
nto
s ad
verb
iais
, ora
çõ
es
sub
ord
inad
as a
dve
rbia
is).
EA
14-
Co
nst
ruir
de f
orm
a ad
eq
uad
a o
s ele
men
tos
da
nar
rativ
a –
pers
on
agem
, tip
o
de n
arra
do
r, e
spaç
o, t
em
po
, en
red
o –
na
pro
du
ção
de g
ên
ero
s te
xtu
ais
tais
co
mo
co
nto
s, t
ext
os
ficcio
nai
s d
ivers
os.
EA
15-
Co
nst
ruir
de f
orm
a ad
eq
uad
a o
s ele
men
tos
da
nar
rativ
a –
p
ers
on
agem
, tip
o d
e n
arra
do
r,
esp
aço
, tem
po
, en
red
o –
na
pro
du
ção
de c
rôn
icas
.
EA
16-
Pro
du
zir
text
os
nar
rativ
os
de
gên
ero
s d
ivers
os
qu
e a
pre
sen
tem
as
par
tes
est
rutu
ran
tes
do
en
red
o:
intr
od
ução
, co
mp
licaç
ão, d
esf
ech
o.
DIS
CU
RSO
AR
GU
ME
NT
AT
IVO
Fase
IE
FFa
se
IIE
Fase
II
IEF
Fase
IV
EF
M I
EM
M II
E
MM
III
EM
AN
ÁLI
SE L
ING
UÍS
TIC
AFa
se
IEF
Fase
II
EF
Fase
II
IEF
Fase
IV
EF
M I
EM
M II
E
MM
III
EM
EA
17-
Exp
ress
ar o
pin
ião
na
pro
du
ção
de g
ên
ero
s te
xtu
ais
qu
e
req
ueir
am o
uso
de e
stra
tég
ias
de c
on
ven
cim
en
to d
o le
itor
(pro
pag
and
as, r
ese
nh
as, c
arta
s d
e
leito
r, e
dito
rial
, art
igo
de o
pin
ião
, d
eb
ate).
EA
19-
util
izar
ele
men
tos
mo
dal
izad
ore
s, v
erb
os
intr
od
uto
res
de o
pin
ião
na
pro
du
ção
de
seq
uên
cia
s ar
gu
men
tativ
as.
EA
18-
defe
nd
er
um
po
nto
de
vist
a u
tiliz
and
o d
ivers
os
tipo
s d
e
arg
um
en
tos
(evi
dên
cia
s d
a re
alid
ade,
dad
os
est
atís
tico
s, a
rgu
men
to
de a
uto
rid
ade, e
xem
plifi
caç
ão,
alu
são
his
tóri
ca)
EA
20
- u
tiliz
ar 1
ª o
u 3
ª p
ess
oa
dep
en
den
do
do
ob
jetiv
o a
lmeja
do
n
a ar
gu
men
tação
.
PARÂMETROS CURRICULARES DE LíngUA PORTUgUESA
65D
ISC
UR
SO A
RG
UM
EN
TA
TIV
OFa
se
IEF
Fase
II
EFa
se
IIIE
FFa
se
IVE
F M
I E
MM
II
EM
M II
I E
MA
NÁ
LISE
LIN
GU
ÍST
ICA
Fase
IE
FFa
se
IIE
FFa
se
IIIE
FFa
se
IVE
F M
I E
MM
II
EM
M II
I E
M
EA
19-
Ela
bo
rar
text
os
da
ord
em
d
o a
rgu
men
tar
em
qu
e s
eja
m
apre
sen
tad
os
tese
e a
rgu
men
tos;
p
osi
cio
nam
en
to, p
on
to d
e v
ista
e
resp
ectiv
as ju
stifi
cat
ivas
.
EA
21-
Iden
tificar
e r
eco
nh
ecer
a fu
nção
de r
ecu
rso
s d
e m
od
aliz
ação
n
o t
ext
o a
rgu
men
tativ
o:
uso
do
fu
turo
do
pre
téri
to, e
xpre
ssõ
es
adve
rbia
is, v
oz
pas
siva
do
verb
o,
pre
sen
te d
o s
ub
jun
tivo
etc
.
EA
20
- u
tiliz
ar d
ifere
nte
s est
raté
gia
s ar
gu
men
tativ
as:
inte
rtext
ual
idad
e
(cita
ção
, ep
ígra
fe e
tc.);
exe
mp
lificaç
ão, r
ela
tos
etc
.
EA
21-
Ela
bo
rar, a
par
tir d
e u
m
po
sicio
nam
en
to e
xpre
sso
em
ou
tro
te
xto
, um
a co
ntr
a-ar
gu
men
tação
.
EA
22
- u
tiliz
ar d
ifere
nte
s fo
rmas
d
e c
om
po
sição
de p
arág
rafo
s:
ord
en
ação
po
r en
um
era
ção
, p
or
co
ntr
aste
, po
r cau
sa-
co
nse
qu
ên
cia
etc
.
EA
23
- u
tiliz
ar m
arcad
ore
s d
iscu
rsiv
os
de o
rgan
izaç
ão t
óp
ica
de
cad
a p
arág
rafo
do
text
o.
EA
24-
util
izar
léxi
co
ad
eq
uan
do
qu
e
gar
anta
exp
licitu
de e
exp
ress
ivid
ade
à ar
gu
men
tação
.
PARÂMETROS PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA DO ESTADO DE PERNAMBUCO
66D
ISC
UR
SO E
XP
OSI
TIV
OFa
se
IEF
Fase
II
EF
Fase
II
IEF
Fase
IV
EF
M I
EM
M II
E
MM
III
EM
AN
ÁLI
SE L
ING
UÍS
TIC
AFa
se
IEF
Fase
II
EF
Fase
II
IEF
Fase
IV
EF
M I
EM
M II
E
MM
III
EM
EA
25-
An
alis
ar c
on
ceito
s e/o
u
ideia
s n
a p
rod
ução
de t
ext
os
ou
se
qu
ên
cia
s exp
osi
tivas
. (ve
rbete
, ar
tigo
s d
e d
ivu
lgaç
ão c
ien
tífica,
text
o
de li
vro
did
átic
o, r
ela
tóri
o, r
esu
mo
, si
no
pse
, fo
lder, c
om
un
icad
o
esc
ola
r).
EA
22
- u
tiliz
ar a
s est
raté
gia
s d
e
imp
ess
oal
izaç
ão (p
ron
om
es
de
3ª.
pess
oa,
verb
os
no
pre
sen
te)
pert
inen
tes
ao t
ext
o e
xpo
sitiv
o.
EA
26
- Si
nte
tizar
co
nceito
s e/o
u
ideia
s n
a p
rod
ução
de t
ext
os
ou
se
qu
ên
cia
s exp
osi
tivas
. (ve
rbete
, ar
tigo
s d
e d
ivu
lgaç
ão c
ien
tífica,
text
o
de li
vro
did
átic
o, r
ela
tóri
o, r
esu
mo
, si
no
pse
, fô
lder, c
om
un
icad
o
esc
ola
r).
EA
27-
org
aniz
ar a
deq
uad
amen
te
os
tóp
ico
s e s
ub
tóp
ico
s ao
pro
du
zir
text
os
ou
seq
uên
cia
s exp
osi
tivas
.
EA
28
- E
lab
ora
r re
sum
os
e e
squ
em
as
de a
rtig
os
de d
ivu
lgaç
ão c
ien
tífica,
te
xto
s d
idát
ico
s etc
.
DIS
CU
RSO
INJU
NT
IVO
/IN
STR
UC
ION
AL
Fase
IE
FFa
se
IIE
FFa
se
IIIE
FFa
se
IVE
F M
I E
MM
II
EM
M II
I E
MA
NÁ
LISE
LIN
GU
ÍST
ICA
Fase
IE
FFa
se
IIE
FFa
se
IIIE
FFa
se
IVE
F M
I E
MM
II
EM
M II
I E
M
EA
29
- o
rden
ar s
eq
uen
cia
lmen
te
pre
scri
çõ
es
de c
om
po
rtam
en
tos
ou
açõ
es
na
pro
du
ção
de t
ext
os
ou
se
qu
ên
cia
s in
jun
tivo
/in
stru
cio
nai
s (r
eg
ras
em
gera
l, ac
ord
os
did
átic
os,
“c
om
bin
ado
s”, r
eg
ras
de jo
go
, m
anu
ais
de in
stru
ção
, receita
s cu
linár
ias,
reg
ula
men
tos)
.
EA
23
- Se
lecio
nar
verb
os
no
im
pera
tivo
infin
itivo
ou
fu
turo
d
o p
rese
nte
.
EA
24-
util
izar
art
icu
lad
ore
s ad
eq
uad
os
(to
pic
aliz
ação
, en
um
era
ção
, hie
rarq
uiz
ação
) ao
en
cad
eam
en
to d
e p
resc
riçõ
es.
EA
25-
util
izar
ele
men
tos
mo
dal
izad
ore
s (“
cas
o q
ueir
a”, “
se
necess
ário
”, “s
e p
oss
ível”)
par
a m
inim
izar
o t
om
imp
osi
tivo
de
text
os
inju
ntiv
os
de a
co
rdo
co
m a
in
ten
ção
co
mu
nic
ativ
a.
PARÂMETROS CURRICULARES DE LíngUA PORTUgUESA
67D
ISC
UR
SO D
ESC
RIT
IVO
Fase
IE
FFa
se
IIE
FFa
se
IIIE
FFa
se
IVE
F M
I E
MM
II
EM
M II
I E
MA
NÁ
LISE
LIN
GU
ÍST
ICA
Fase
IE
FFa
se
IIE
FFa
se
IIIE
FFa
se
IVE
F M
I E
MM
II
EM
M II
I E
M
EA
30
- A
pre
sen
tar
pro
pri
ed
ades,
q
ual
idad
es,
ele
men
tos
co
mp
on
en
tes
de p
ers
on
agen
s,
esp
aço
s, e
m s
eq
uên
cia
s d
esc
ritiv
as
de g
ên
ero
s co
mo
: co
nto
s, f
ábu
las,
le
nd
as, n
arra
tivas
div
ers
as, b
iog
rafia
, b
iog
rafia
ro
man
cead
a, n
otíc
ia,
rep
ort
agem
, ró
tulo
s, c
urr
ícu
lo, fi
ch
as
de in
scri
ção
, fo
rmu
lári
os.
EA
26
- u
tiliz
ar a
deq
uad
amen
te
verb
os
de e
stad
o o
u s
ituaç
ão e
aq
uele
s q
ue in
dic
am p
rop
ried
ades,
q
ual
idad
es,
atit
ud
es
no
s te
mp
os
pre
sen
te (co
men
tári
o) o
u im
perf
eito
(r
ela
to) e a
rtic
ula
do
res
de e
spaç
o e
si
tuaç
ão.
EA
27-
util
izar
ad
jetiv
ação
n
as d
esc
riçõ
es.
DIS
CU
RSO
DE
RE
LA
TO
Fase
I E
FFa
seII
EF
Fase
II
IEF
Fase
IV
EF
M I
EM
M II
E
MM
III
EM
AN
ÁLI
SE L
ING
UÍS
TIC
AFa
se
IEF
Fase
II
EF
Fase
II
IEF
Fase
II
VE
FM
I E
MM
II
EM
M II
I E
M
EA
31-
Pro
du
zir
text
os
co
m
ob
jetiv
idad
e, r
ela
tan
do
fat
os
ou
aco
nte
cim
en
tos
vivi
do
s o
u
oco
rrid
os
em
dete
rmin
ado
tem
po
e/
ou
lug
ar e
m g
ên
ero
s co
mo
: re
lato
d
e v
iag
em
, rela
to d
e e
xperi
ên
cia
, cas
o, n
otíc
ia, r
ep
ort
agem
, bio
gra
fia,
dep
oim
en
to, r
ela
tóri
o.
EA
28
- u
tiliz
ar a
deq
uad
amen
te
verb
os
de a
ção
no
s te
mp
os
do
m
od
o in
dic
ativ
o e
mar
cad
ore
s te
mp
ora
is, t
ais
co
mo
“m
ais
tard
e”,
“dep
ois
”, “a
pó
s”, d
en
tre o
utr
os,
na
co
nst
rução
de s
eq
uên
cia
s d
e r
ela
to.
DIS
CU
RSO
PO
ÉT
ICO
Fase
I E
FFa
se
II E
FFa
se
IIIE
FFa
se
IVE
F M
I E
MM
II
EM
M II
I E
MA
NÁ
LISE
LIN
GU
ÍST
ICA
Fase
IE
FFa
se
IIE
FFa
se
IIIE
FFa
se
IVE
FM
I E
MM
II
EM
M II
I E
M
EA
32
- E
xpre
ssar
sen
timen
tos,
em
oçõ
es,
vis
ões
de m
un
do
a p
artir
d
a co
nst
rução
de p
oem
as (p
oesi
a p
op
ula
r, m
eia
qu
adra
, qu
adri
nh
as,
par
len
das
, acró
stic
os)
e p
oem
as d
e
vers
o li
vre.
EA
29
- u
tiliz
ar, q
uan
do
dese
jad
o,
a ve
rsifi
caç
ão, r
imas
, alit
era
çõ
es,
fig
ura
s d
e li
ng
uag
em
co
mo
m
etá
fora
s n
a co
nst
rução
do
te
xto
po
étic
o.
EA
30
- u
tiliz
ar, q
uan
do
dese
jad
o,
recu
rso
s g
ráfic
os
e d
e d
isp
osi
ção
do
te
xto
em
dife
ren
tes
sup
ort
es.
PARÂMETROS PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA DO ESTADO DE PERNAMBUCO
68
REfERêncIaS
AntunES, I. Aula de português. Encontro e interação. São Paulo: Parábola Editorial, 2003.
AntunES, I. Muito além da gramática: por um ensino de línguas sem pedras no caminho. São Paulo: Parábola Editorial, 2007.
AntunES, I. Língua, texto e ensino: outra escola possível. São Paulo: Parábola Editorial, 2009.
AntunES, I. Análise de textos: fundamentos e práticas. São Paulo: Parábola Editorial, 2010.
bAGno, M. Preconceito Linguístico: o que é, como se faz. 7. ed. São Paulo: Loyola,1999.
bAKHtIn, M. os gêneros do discurso. In: Estética da criação verbal. 2 ed. São Paulo: Martins fontes, 1997.
bortonI-rICArdo, S. M. Educação em Língua Materna: A sociolingüística na sala de aula. São Paulo: Parábola, 2004.
brAndão, S. f.; VIEIrA, S. r. (orgs). Ensino de gramática: descrição e uso. São Paulo: Contexto, 2007.
brAndão, H. n. (coord.). Gêneros do discurso na escola: mito, conto, cordel, divulgação científica. 4. ed. São Paulo: Cortez: 2003.
brASIL/MEC. Secretaria de Educação fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: primeiro e segundo ciclos do Ensino Fundamental: Língua Portuguesa/Secretaria de Educação fundamental. brasília: MEC/SEf, 1997.
brASIL/MEC. Secretaria de Educação fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: terceiro e quarto ciclos do Ensino Fundamental: Língua Portuguesa/Secretaria de Educação fundamental. brasília: MEC/SEf, 1998.
brASIL/MEC. Secretaria de Educação fundamental. Linguagens, códigos e suas tecnologias / Secretaria de Educação básica. – brasília: Ministério da Educação, 2006. (orientações curriculares para o Ensino Médio; vol. 1)
brASIL/MEC. Ministério da Educação, Secretaria de Educação Média e tecnológica (Semtec). PCN + Ensino Médio: orientações educacionais
69PARÂMETROS CURRICULARES DE LíngUA PORTUgUESA
69complementares aos Parâmetros Curriculares nacionais. brasília: MEC/Semtec, 2002.
CAStILHo. A. t. A língua falada no ensino de português. 2 ed. São Paulo: Contexto, 2000.
CoSSon, r. Letramento literário: teoria e prática. São Paulo: Contexto, 2007.
dIonÍSIo, A. P. ; MACHAdo, A. r. ; bEZErrA, M. A. Gêneros textuais e ensino. 2 ed. rio de Janeiro: Lucerna, 2003.
EVAnGELIStA, A. A. M. et al. (org.) A escolarização da leitura literária. o jogo do livro infantil e juvenil. 2 ed. belo Horizonte: Autêntica, 2006.
fÁVEro, L. L.; AndrAdE, M. L. C. V. o.; AQuIno, Z. G. o. Oralidade e escrita: perspectivas para o ensino de língua materna. 5 ed. São Paulo: Cortez, 2005.
fErrEIro, E.; tEbEroSKY, A. Psicogênese da língua escrita. Porto Alegre: Artes Médicas, 1991.
GErALdI, J. V. O texto na sala de aula: leitura e produção. 2 ed. Cascavel: Assoeste, 1984.
KLEIMAn, A. b. Oficina de leitura. teoria e Prática. São Paulo: Pontes, 1992.
KLEIMAn, A. b. (org). Os significados do letramento. Campinas: Mercado de Letras, 1995.
KLEIMAn, A. b. Texto e leitor: aspectos cognitivos da leitura. 10 ed. São Paulo: Pontes, 2007.
KLEIMAn, A. b. ; MorAES, S. E. Leitura e interdisciplinaridade: tecendo redes nos projetos da escola. Campinas, Mercado de Letras, 1999. (Coleção ideias sobre a linguagem)
KoCH, I. V. A inter-ação pela linguagem. São Paulo: Contexto, 1992.
KoCH, I. V.; ELIAS, V. M. Ler e compreender: os sentidos do texto. São Paulo: Contexto, 2006.
MArCuSCHI, L. A. A língua falada e o ensino de português. 6º Congresso de Língua Portuguesa – PuC-SP, 1996. (mimeo).
MArCuSCHI, L. A. Concepção de língua falada nos manuais de português de 1º e 2º graus: uma visão crítica. 49ª rEunIão AnuAL dA SbPC. belo Horizonte, julho de 1997.
MArCuSCHI, L. A. Da fala para a escrita. Atividades de retextualização. São Paulo: Cortez, 2001.
PARÂMETROS PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA DO ESTADO DE PERNAMBUCO
70 MArCuSCHI, L. A. oralidade e ensino de língua: uma questão pouco “falada”. In: dIonÍSIo, A. P. ; bEZErrA, M. A. O livro didático de português: múltiplos olhares. 2 ed. rio de Janeiro: Lucerna, 2003.
MArCuSCHI, L. A. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo: Parábola Editorial, 2008.
MEndonçA, M. Análise linguística no Ensino Médio: um novo olhar, um outro objeto. In: bunZEn, C.; MEndonçA, M. (org.) Português no Ensino Médio e formação do professor. São Paulo: Parábola Editorial, 2006.
MEurEr, J. L.; bonInI, A.; MottA-rotH, d. Gêneros: teorias, métodos, debates. São Paulo: Parábola Editorial, 2005.
MorAES, A. G. Ortografia: ensinar e aprender. 4 ed. São Paulo: Ática, 2002.
MorAES, A. G. (org). O aprendizado da ortografia. 3 ed. belo Horizonte: Autêntica, 2003.
nEVES, M. H. M. Que gramática estudar na escola? São Paulo: Contexto, 2003.
PAuLIno, M. G. r. Letramento literário: por vielas e alamedas. Revista da FACED/UFBA, Salvador, n.5, 2001.
PErInI, M. A. objetivos do estudo da gramática. In: Gramática descritiva do português. São Paulo: Ática, 1995.
roJo, r. (org). A prática de linguagem em sala de aula: praticando os PCns. São Paulo: EduC; Campinas: Mercado de Letras, 2000.
roJo, roxane. Letramentos múltiplos, escola e inclusão social. São Paulo: Parábola, 2009.
SCHnEuWLY, b. e doLZ, J. (tradução e organização roxane rojo e Glaís Sales Cordeiro). Gêneros orais e escritos na escola. Campinas: Mercado de Letras, 2004.
SIGnorInI, I. (org). Investigando a relação oral/escrito e as teorias do letramento. Campinas: Mercado de Letras, 2001.
SoArES, M. Letramento e alfabetização: as muitas facetas. In: Revista Brasileira de Educação. jan/abr, 2004. p.5-17.
SoArES, M. Letramento: um tema em três gêneros. 2 ed. belo Horizonte: Autêntica, 2001.
SoArES, M. Alfabetização e letramento. São Paulo: Contexto, 2003.
trAVAGLIA, L. C. Gramática e interação: uma proposta para o ensino de gramática no 1º e 2º graus. 5. ed. São Paulo: Cortez, 2000.
71PARÂMETROS CURRICULARES DE LíngUA PORTUgUESA
71
cOlaBORadORES
Contribuíram significativamente para a elaboração dos Parâmetros
Curriculares de Língua Portuguesa EJA os professores, monitores
e representantes das Gerências regionais de Educação listados a
seguir, merecedores de grande reconhecimento.
PROFESSORES:
Adaivam Sousa LucasAdna Maria rodriguesAdriana Alvim VazAldemir Pereira de Paiva MarinhoAldenize Maria Silva de barrosAline oliveira MarquesAlmeri freitas de SouzaAna Celia de SouzaAna debora Menezes Lima de oliveiraAna Virginia Soares CavalcantiAndrea Spinelli da Silva SousaAndreia Magna Cavalcanti de SiqueiraAngela Maria ferreira de SouzaAnna Elizabeth Gomes da SilvaAntonia de Sousa Lima oliveiraAvanyr Maria Velozobeatriz de Cassia da SilvaCarla Alexsandra Sena SouzaCarlinda Maria da SilvaCicero batista da SilvaCirzirnande ferreira de AraujoClaudia ramos de AndradeClotilde Soares de CastroCristiane Alves de AlmeidaCristiane Valeria de oliveira Lira de Limadacymar thome da rochadaiana Zenilda Moreiradamiana Gletsan furtado de Araujodiana Gomes ferreiradionice Josefa Soares de MouraEdigilson ferreira de AlbuquerqueEdiva de LimaEdjane Amara SilveiraEdson Gomes de QueirozEdvan Gomes de oliveiraElenilda Maria Silva de oliveiraEliane de Araujo Soares
Elisa Solange Vasconcelos MarquesEnilda Araujo ramos de AlbuquerqueEster Coelho AlvesEster da Silva JuremaEvaneide Almeida Alves dinizEvaneide ferreira de Almeida barrosflavia Luiza da Silva batistafrancicleide Gomes Antunesfrancisca romana braga fernandesfrancisca Salvani ramosfrancleide Maria da SilvaGeraldo barros batistaGilvany Maria de MeloGilvete Lima feitozaHelaine de fatima Leite MachadoIvaneide Paula da SilvaIvonete Alves MatiasJaciara Gomes barbosa de MeloJacqueline de LimaJasiel tavares da SilvaJose Aparecido de SouzaJose Jorge da SilvaJose osmar da Silva brandaoJose ricardo Lins MedeirosJoseane Ana bezerraJoselito nogueira LopesJoselma Maria Alves de SouzaJucileide Maria de SouzaJussicle felix dos SantosLadjane ferreira MacielLaeiguea bezerra de SouzaLeandro Peixoto da PazLeide Chelly diniz PereiraLeide Lourdes de Moraes MeloLenilda Leal da Silva LimaLindaci Maria Vieira de AlmeidaLindomarcos Pacheco ramos
os nomes listados nestas páginas não apresentam sinais diacríticos, como cedilha e acentuação gráfica, porque foram digitados em sistema informatizado cuja base de dados não contempla tais sinais.
PARÂMETROS PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA DO ESTADO DE PERNAMBUCO
72 Lucia bernadete de Araujo LyraLucinda Maria CordeiroLucineide Maria da SilvaLuiz Carlos Carvalho de CastroLuiz damiao da SilvaLuliana Silva SantosMarcia Maria AndradeMaria da Conceicao Lino britoMaria da Conceicao Viana ZobyMaria da Paz tabosa SilvaMaria das Gracas AndradeMaria das Gracas Silva MeloMaria de fatima dos Santos LimaMaria de Lourdes bezerraMaria de Lourdes ferreira MonteiroMaria do Carmo SilvaMaria do Socorro diniz SilvaMaria do Socorro ferreira da SilvaMaria francisca de Siqueira MartinsMaria Geusinha nunes SobreiraMaria Ijaci Gomes CorreiaMaria Isabel Pessoa da SilvaMaria Luci de LiraMaria Lucia de AlbuquerqueMaria Lucilene dos SantosMaria Luzinete Marques PereiraMaria tania Goncalves netoMaria Zenilda da CruzMarina Mariano da Silva
Marta barbosa travassosMarta de betania MalaquiasMirian Leite Gomesnadja Maria Luciane da Silvaolegaria Maria de oliveira SilvaPalloma Carla da Silva MangabeiraPatricia barbosa Marques de SouzaPatricia Kalline ferreira PatriotaPatricia Marta rosa dantasPedro neto rodriguesrita de Cassia nascimento Correiarita de Cassia Silvestre Guerrarosely Maria de Lima Azevedorosilene Maria de Moraes Silvarosilma barros do nascimentorosimar fernandes de Sarosimere Costa Pereiraroza Maria Gomes Silva de LucenaSimone Lima Alves PequenoSueli Cristina de Araujo fragosoteresinha de deus LimaValdeir Vieira MartinsVandeleia Pereira delmondes CordeiroVera Lucia Siqueira da SilvaVeronica Maria toscano de MeloViviane da Silva GomesWilian oliveira SantosWilliams Siqueira da SilvaZilmar ferreira da Silva
MONITORES:
Adalva Maria nascimento Silva de AlmeidaAdeilda Moura de Araujo barbosa VieiraAdriano Sobral da SilvaAna Lucia oliveiraAna Paula bezerra da SilvaAndreza Pereira da SilvaAndrezza Pessoa Affonso ferreira CorreiaAngela Chrystiane oliveira fernandesbetania Pinto da SilvaCarlos George Costa da SilvaCelita Vieira rochaCicera roseana Alves falcaoClara Maria de Lima CostaClaudia Costa dos SantosClaudines de Carvalho MendesCleiton de Almeida SilvaCristiane Marcia das Chagasdaniella Cavalcante Silvadebora Maria de oliveiradeborah Gwendolyne Callender francadiana Lucia Pereira de Liradiego Santos Marinhodulcineia Alves ribeiro tavaresEmmanuelle Amaral MarquesGenecy ramos de brito e LimaGilmar Herculano da SilvaGilvany rodrigues MarquesIsa Coelho PereiraIvan Alexandrino AlvesIvone Soares Leandro de Carvalho
Jadilson ramos de AlmeidaJeane de Santana tenorio LimaJoana Santos PereiraJoice nascimento da HoraJose Joaldo Pereira SilvaJose Pereira de Assis filhoJoselma Pereira CanejoKacilandia Cesario Gomes PedrozaKennya de Lima AlmeidaLeci Maria de SouzaLeila regina Siqueira de oliveira brancoLucia de fatima barbosa da SilvaLuciana da nobrega MangabeiraLuciano franca de LimaLuciara Siqueira de QueirozLusinete Alves da SilvaLyedja Symea ferreira barrosMagaly Morgana ferreira de MeloManuela Maria de Goes barretoMaria do Socorro de Espindola GoncalvesMaria do Socorro SantosMaria Elianete dos Santos LimaMaria Gildete dos SantosMaria Jose do nascimentoMaria Jose SilvaMaria Joseilda da SilvaMaria neuma da Ponte AlmeidaMaria Valeria Sabino rodriguesMarinalva ferreira de LimaMarineis Maria de Moura
73PARÂMETROS CURRICULARES DE LíngUA PORTUgUESA
73Mary Angela Carvalho CoelhoMonica dias do nascimentoMonica Maria de Araujo batistarandyson fernando de Souza freirerejane Maria Guimaraes de fariasroberto Carlos novais de Carvalhorosa Maria de Souza Leal Santos
Silvana Angelina farias de LimaSilvia Karla de Souza SilvaSueli domingos da Silva SoaresSuely Maris SaldanhaVanessa de fatima Silva MouraVeronica rejane Lima teixeiraZelia Almeida da Silva
REPRESENTANTES DAS GERÊNCIAS REGIONAIS DE EDUCAÇÃO:
Soraya Monica de omena Silva ..................................Agreste Centro Norte (Caruaru)Adelma Elias da Silva......................................................Agreste Meridional (Garanhuns)Ana Maria ferreira da Silva ...........................................Litoral Sul (Barreiros)Auzenita Maria de Souza ..............................................Mata Centro (Vitória)Edson Wander Apolinario do nascimento ..............Mata Norte (Nazaré da Mata)Maria do rosario Alves barbosa .................................Mata Sul (Palmares)Cristiane rodrigues de Abreu ......................................Metropolitana NorteMizia batista de Lima Silveira .......................................Metropolitana Sulrosa Maria Aires de Aguiar oliveira ...........................Recife NorteElizabeth braz Lemos farias ........................................Recife SulMaria Solani Pereira de Carvalho Pessoa .................Sertão Central (Salgueiro)Jackson do Amaral Alves ................................................Sertão do Alto Pajeú (Afogados da Ingazeira)Maria Cleide Gualter A Arraes .....................................Sertão do Araripe (Araripina)Maria Aurea Sampaio .....................................................Sertão do Moxotó Ipanema (Arcoverde)Silma diniz bezerra ...........................................................Sertão do Submédio São Francisco (Floresta)Maria Aparecida Alves da Silva ....................................Sertão do Médio São Francisco (Petrolina)Edjane ribeiro dos Santos ...........................................Vale do Capibaribe (Limoeiro)