1922-2014IPHAN - Brasil
Parque HistóricoNacional das Missões
Rio Grande do Sul
São Miguel Arcanjo foi um dos 30 aldeamentos fundados nos séculos XVII eXVIII, por religiosos da Companhia de Jesus e indígenas, num extensoterritório – denominado de Província Jesuítica do Paraguai - que hoje faz partedo Paraguai, da Argentina, do Uruguai e do Brasil. A criação dos aldeamentos,conhecidos como Reduções, foi a principal estratégia empregada pelasautoridades coloniais e pelos jesuítas para a evangelização de povos nativos,com objetivo de viabilizar a colonização dos territórios conquistados pelaCoroa espanhola, que se encontrava ameaçada pelo aumento de rebeliõesindígenas, por consequência da adoção da encomienda.
INTRODUÇÃO
Província Jesuítica doParaguai
Foto: Luiz A.Catafesto de Souza
Experiências anteriores de criação dealdeamentos reducionais nas regiõesdo Guairá, entre 1610 e 1628, doItatim e do Tape, entre 1631 e 1633,haviam sido frustradas pelos ataquespromovidos por bandeirantes,associados à colonização portuguesa, epor membros da população colonial,interessados em aprisionar osindígenas e utilizá-los como mão-de-obra. Somente após a formação demilícias indígenas e a derrota dosbandeirantes na batalha de Mbororé(1640) tornou-se possível a expansãodo sistema missioneiro, embora suaexistência tenha sido semprepermeada de tensões com a populaçãolocal, com alguns grupos indígenas, ecom os portuguêses.
Localização da RepúblicaJesuítica do Paraguai
Os 30 Povos : Argentina – Brasil –Paragaui e Uruguai
Fonte: Imagem Satélite INPE
No atual território riograndense foram fundados 7 povoados:
1 - São Francisco de Borja – fundada em 1682
2 - São Nicolau – fundada em 1626. Instalação definitiva em 1687
3 - São Luiz Gonzaga – fundada em 1687
4 - São Miguel Arcanjo - fundada em 1632. Instalação definitiva em1687.
5 - São Lourenço Mártir – fundada em 1690.
6 - São João Batista – fundada em 1697.
7 - Santo Ângelo Custódio – fundada em 1706
O barroco europeu influenciou aarquitetura e o urbanismo, aescultura, a pintura, o teatro e amúsica.Os jesuítas juntamente com osíndios criaram obras em um estiloque ficou conhecido como barrocomissioneiro.
AS CONSTRUÇÕES NAS REDUÇÕES
Fonte MissioneiraFoto: Vladimir Stello São João Batista – Arquivo de Simancas
Foto: Luiz A. Ctafesto de Souza
Projeto da igreja de São Miguel foi realizado pelo irmão arquitetoGian Battista Primoli, tecnologicamente a mais avançadas dasmissões.
São Miguel - Cabrer - 1780Foto: Luiz A. Catafesto deSouza
Diversos autores pressupõem que a construção da Igreja de SãoMiguel tenha iniciado em 1735 e concluído entre 1744 e 1747.Alguns citam o ano de 1729. Em um capitel da torre encontra-seuma inscrição “1739 AÑOS”
Capitel da torreFoto: Vladimir Stello
A igreja foi executada em pedra arenito, branqueada com tabatinga(argila clara), com sistema construtivo de paredes portantes. Nocolégio e nas Oficinas utilizaram estruturas em madeira comfechamento em pedra arenito e itacuru (pedra cupim). As habitaçõesindígenas eram em adobe.
Vista aérea das Ruínas de São MiguelFoto: Vladimir Stello
O sistema missioneiro entraria em colapso quando as nações ibéricas articularam oTratado de Madri (1750), a fim de definir com precisão suas possessões na Américameridional. Esse acordo estabelecia a troca da Colônia do Sacramento, que era dedomínio português, pelos territórios dos chamados Sete Povos das Missões, localizadosna margem esquerda do rio Uruguai, que eram de domínio espanhol (SEVERAL, 1998,p.118). Os habitantes dos aldeamentos, estimados em cerca de 30 mil indígenas,deveriam entregar suas terras, lavouras, ervais, vacarias, estâncias, algodoais, templos eoficinas aos portugueses, que haviam sido, por décadas, seus piores inimigos.Recusando-se a aceitar tal determinação, os indígenas de seis dos Sete Povos e algunsreligiosos lutaram contra um exército formado por portugueses e espanhóis. Osconfrontos que integraram a Guerra Guaranítica (1753-1756), resultariam no massacrede grandes contingentes indígenas e a efetivação da troca estipulada no tratado.
Tratado de Madri - 1750 Tratado de Santo Ildefonso - 1777
O FIM DO SISTEMA MISSIONEIRO
Demersay - 1846
1759 – expulsão dos Jesuítas das colôniasDe acordo com depoimentos de viajantes que passaram pela região
das antigas Missões ao longo do século XIX, a presença indígena “ao redorou no interior das ruínas” (BAPTISTA, 2009, p. 140) se manteve, ainda queem pequena proporção:
“Os índios estão em toda parte. Nos arredores dos povoados, ao longode todo o século XIX cabanas esparsas são encontradas habitadas por eles.Também se nota sua recorrente mobilidade, saindo de um lado para o outroa todo tempo.
Diversas estratégias foramempregadas pelos indígenas parapermanecerem nos aldeamentos ou emseus arredores. No entanto, com o passardo tempo, os conflitos com aadministração portuguesa – motivados,sobretudo, pelo regime de trabalho queos novos administradores tentaramimpor, ignorando o sistema comunalanterior – causaram o banimento daspopulações indígenas, acelerando seuretorno à vida nas matas, o que, contudo,não foi garantia de segurança para elas.As levas de imigrantes conduzidas para aregião missioneira em meados do séculoXIX iriam disputar os territórios com osindígenas, por meio de conflitosarmados, que resultariam em“verdadeiras chacinas” conduzidas porambos os lados (BAPTISTA, 2009, p.153).
SÃO MIGUEL DAS MISSÕES
OS TRABALHOS DE CONSERVAÇÃO
Em 1922, o governo do estado do Rio Grande do Sul declarou São MiguelArcanjo um ‘lugar histórico’ e realizou obras de estabilização das ruínas dasestruturas edificadas, que se encontravam sob risco de desabamento, através daDiretoria de Terras da Secretaria do Estado e Obras Públicas.
1922
A primeira obra de conservação, executadas pelo Governo doEstado do Rio Grande do Sul, foram: limpeza geral,escoramento das vergas das portas e arcos com trilho metálicose escoramento da torre.
São Miguel - década de 1920Fotos: Arquivo SDO
1925
-192
7
O reconhecimento realizado peloIPHAN, em 1938, baseou-se naatribuição de valor artístico aosremanescentes daquele sítio,inscrevendo-os no Livro do Tombo dasBelas Artes, conforme sugerido peloarquiteto Lucio Costa, no relatório devistoria que elaborou após visitar “asruínas dos chamados Sete Povos daprovíncia jesuítica espanhola, queficaram encravados do lado de cá”(COSTA apud MEIRA: 2007:83). Nomesmo relatório, recomendou medidasde preservação, as quais se tornaramreferência para a ação técnica doIPHAN quanto às intervenções físicasno patrimônio arquitetônico (LYRA,apud MEIRA: 2007:83)
Visita às missões em 1937(Lucio Costa, D.Leleta e Augusto Meyer)
1938
1938
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1938 - Construção do Museu das Missões, segundo projeto doarquiteto Lúcio Costa.
Museu das MissõesSão Miguel
Desenho de LúcioCosta
Arquivo do IPHAN
Colégio de São Luís Gonzaga
1938
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1938
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1938
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O acervo de imagens sacras, classificadas como obras de arterepresentativas do ‘barroco missioneiro’, foi reunido no Museu dasMissões, cuja atual exposição data da década de 1980.
Obras executadas pela DPHAN, sob responsabilidade do arquitetoMaurício Dias da Silva.
Liberação dos pisos criação de unidade do museu na nave da igreja.
São Miguel - década de 1950Foto: Arquivo IPHAN
1954
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5
1954
-195
5
Criação de unidade do museu na nave da igreja
Obras executadas pela DPHAN, com coordenação técnica doarquiteto Luiz Saia.
Obras de caráter estrutural.
São Miguel - década de 1960Fotos: arquivo IPHAN
1967
-197
0
São Miguel - capeamento das paredes,Foto: arquivo IPHAN
São Miguel - Cobertura da SacristiaFotos: arquivo IPHAN
1967
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1978
Em 1978, foi inaugurado um espetáculo de som e luz, de perfilmarcadamente romântico, que até hoje é apresentado no sítio de SãoMiguel Arcanjo.
1983
Em 1983, a UNESCO declarou o sítio de São Miguel Arcanjopatrimônio da humanidade, ressaltando o valor arquitetônico deseus remanescentes.
1983
Critérios:
Critério: encontrar-se entre os mais característicos exemplos deum tipo de estrutura, representativo de um importantedesenvolvimento cultural, social, artístico, científico, tecnológico ouindustrial. (1977)
As ruínas da igreja de São Miguel são as mais íntegras ecompletas estruturas remanescentes deste período histórico, noconjunto dos bens reconhecidos. Os valores culturais intrínsecosestão no desenvolvimento de tecnologias baseadas nos recursosmateriais e humanos locais; na interação dos mútuos saberes dosatores: os missionários da Ordem e os indígenas, que produziramexpressões arquitetônicas, tecnológicas e artísticas mestiças, capazesde refletir as influências barrocas reelaboradas localmente ereconhecido como barroco missioneiro.
1983
Critérios:
Critério: representar um exemplo excepcional de um tipo deestrutura que ilustre um período significativo da história. (1980)
Os remanescentes do antigo povoado de São Miguelrepresentam em seu conjunto de estruturas arquitetônicas earqueológicas importantes testemunhos da ocupação colonialhispânica, em especial da Companhia de Jesus no processo deevangelização dos povos nativos da América do Sul. Seguindo asregras básicas de ordenamento espacial estabelecidas nas Leis dasÍndias, em que as variações do modelo estavam condicionadas àadaptação ao terreno e as condições locais.
Declaração de integridade
Por ser um sítio composto por elementos arqueológicos e remanescentes deestruturas arquitetônicas – na condição de ruínas – e por estas características,não se apresenta em sua totalidade de integridade. No entanto, os vestígiosmateriais existentes, corpo principal da igreja, campanário e sacristia, partes dasconstruções conventuais, fundações e bases das habitações indígenas, praça,horto, canalizações pluviais, objetos sacros, em conjunto, permitem expressar oValor Excepcional Universal deste singular modelo de ocupação territorialpermeado pela interação e troca cultural, relações econômicas e sociais entre ospovos nativos e os missionários europeus. Considerando as características de umsítio desta natureza, em que o critério de integridade deve ser compreendidoentre os elementos que ali estão incompletos. A ampliação dos limites territoriaisdo sítio deve fazer parte de um processo contínuo de avaliação, permitindoenglobar elementos que contribuam na compreensão do sistema, e que estãofora dos limites inicialmente propostos. Os bens integrantes do conjuntodeclarado não se encontram ameaçados, sendo preservados pela atuação diretado governo federal brasileiro, através do trabalho contínuo do Instituto doPatrimônio Histórico e Artístico Nacional.
1983
d. Declaração de autenticidade
A excepcionalidade do sítio se manifesta na articulação de duas tipologias: de um lado a conventualeuropeia, com a igreja - principal edificação; residência e colégio - o chamado núcleo monumental,composto por todas as atividades espirituais e educativas, além das habitações dos sacerdotes queadministravam a missão; por outro, a criação de um setor destinado principalmente a população indígena,ocupado pelos espaços adjacentes dos três lados restantes da praça. Também integravam a área urbanaestruturas e construções de menor volume, destinadas a atividades de apoio às funções básicas do povoado;todos estes elementos estavam vinculados a um território produtivo, com distintos potenciais e de carátercomplementar entre os diferentes povoados e as outras províncias jesuíticas da região. Os vestígiosmateriais das estruturas arquitetônicas que conformavam a redução integram um conjunto de elementospétreos de trechos de paredes das edificações, muros do claustro, oficinas, colégio, e igreja - composta porcorpo principal, átrio e campanário, pisos cerâmicos, elementos arqueológicos e estruturas das fundaçõesdas habitações indígenas, todos estes elementos encontram-se distribuídos ao redor da praça central. Atrásda igreja está o horto, local em que eram cultivadas espécies frutíferas e hortaliças. A legibilidade e oentendimento da configuração espacial, capaz de expressar o cotidiano da redução de São Miguel Arcanjo,podem ser atestados por documentos que descrevem sua implantação e organização, contidos nas cartasânuas - correspondências dos inacianos, bem como, nos mapas e plantas elaborados pelos topógrafosdemarcadores de Portugal e Espanha - pós tratado de Madrid, nas descrições e desenhos dos viajanteseuropeus do século XIX, como August de Saint´Hilaire. A autenticidade física é assegurada pelos materiaise técnicas construtivas originais existentes, as intervenções ocorridas ao longo dos anos datadas deste aépoca de funcionamento da redução, objetivaram manter a estabilidade estrutural do bem, estandoidentificadas e mapeadas. As mais significativas podem ser pontuadas como: obras de consolidação entre1926-1928; diretrizes de conservação e intervenção elaboradas e orientadas por Lúcio Costa em 1937,juntamente com o projeto e construção do Museu das Missões inserido em um dos vértices da Praça, aproposta de implantação sugerida propiciou a percepção da escala do conjunto original fazendo referência alinguagem e tipologia das habitações; as obras da década de 1970; conservação pautada em processo deanálise técnico-cinetífica realizado entre 1980-1982, com a parceria de consultores da UNESCO.
1983
Obras executadas pela SPHAN/FNPM, sob coordenação técnica doarquiteto Fernando Machado Leal. Responsáveis técnicos: Ana Meira(1981); Odair de Almeida (1981-1986); Maturino da Luz (1986-1987).
São Miguel - levantamento CadastralArquivo IPHAN
São Miguel - consolidaçõesArquivo IPHAN
1981
-198
7
Retirada dos trilhos de ferro e complementações na estabilização datorre
São Miguel- arcada daigrejaFotos: Maturino Luz
São Miguel - estabilização daTorreFotos: arquivo IPHAN
1981
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7
Obras executadas pelo IPHAN. Responsáveis técnicos:
Maturino da Luz (1987-1988); Débora da Costa (1988-1989);Vladimir Stello (1987-2002); Matilde Villegas (2002-2007)
São Miguel – restauração da SacristiaFotos: Vladimir Stello
São Miguel - consolidação de vergasFotos: Vladimir Stello
1987
-200
4
Restauração da Fonte Missioneira
1987
-200
4
São Miguel – revitalização QuintaFotos: Vladimir Stello
Revitalização da Quinta Missioneira19
87-2
004
Consolidação das Estruturas da nave da igreja
São MiguelFotos: Vladimir Stello
1987
-200
4
Acompanhamento arqueológico e reforço nas fundações dos arcos da nave
São Miguel Fotos: Vladimir Stello
1987
-200
4
Restauração da Casa do Zelador
São MiguelFotos: Vladimir Stello
1987
-200
4
Consolidação das estruturas periféricas
1987
-200
4
Consolidação muros da casa dos padres
São MiguelFotos: Matilde Villegas
1987
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4
Consolidação dos pisos da casa dos padres
São MiguelFotos: Matilde Villegas
1987
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4
Limpeza do material pétreo talhado
São MiguelFotos: Matilde Villegas
1987
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4
Restauração da Casa da Quinta
São MiguelFoto: Matilde Villegas
1987
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4
PRESERVAÇÃO DO ENTORNODesocupação do Sítio Arqueológico
São Miguel
Fotos: Vladimir Stello
1987
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4
Desocupação do Sítio Arqueológico
São Miguel
Fotos: Vladimir Stello
1987
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4
Aquisição dos imóveis situados sobre o sítio arqueológicode São Miguel das Missões – antiga Igreja e casa paroquial2007
1987
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4
Diretrizes de Entorno
1987
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4
Diretrizes de Entorno
São Miguel Foto: Aloisio Antes
1987
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4
Proteção contra descargas atmosféricas
2005
Convênio com Unisinos – computação gráfica
Inventário da Imaginária Missioneira e dos elementos de pedra
Restauração da cobertura doMuseu das Missões
VALORR$ 31.097,61
2006
Fotos: Vladimir StelloAldeia Guarani
Durante esse período, os Guarani-Mbyáestiveram presentes na região em que seencontram os sítios missioneiros: na décadade 1940, havia uma aldeia na mata SãoLourenço; nas décadas seguintes, houveacampamentos nas proximidades de SãoMiguel Arcanjo. O trânsito persistiu, discretoe quase despercebido. (INRC ComunidadeMbyá-Guarani, 2005, ficha de localidade).
Na década de 1990, os Guarani voltariama formar uma aldeia em São Miguel dasMissões em uma área remanescente de mata,nas proximidades de uma Fonte Missioneira,hoje ponto turístico do município.
Em 1996 constituíram a Tekoa Koenju(Aldeia Alvorecer), na Reserva Indígena doInhacapetum, distante cerca de 27 km dasruínas.
Em 2005, após intensa negociação como IPHAN e prefeitura, foi construída uma‘casa de passagem’, localizada após a antigaquinta dos padres.
Inventário Nacional de Referências Culturais juntoao povo Mbyá-Guarani de São Miguel das Missões
2004
-200
8Foi nesse contexto que se iniciou a execução do ‘INRC da Comunidade Mbyá-Guarani em São Miguel Arcanjo’, realizada por equipe de pesquisadores daUniversidade Federal do Rio Grande do Sul, com recursos e supervisão doIPHAN-RS.
• O Inventário possibilitou a identificação de práticas e saberes consideradospelos Guarani como fundamentais para experenciarem seu nhande rekó (o bommodo de viver), muitos dos quais não são vivenciados como deveriam, emrazão do acesso limitado às matas e à terra.
2004
-200
8
Esse estudo permitiu conhecer o valor simbólico atribuído ao bemcultural. Para os Guarani-Mbyá, o valor dos ruínas é vivenciado no presentee, ao mesmo tempo, referenciado no tempo vivido pelos ‘primeiros Mbyá’.Eles se referem a elas como Tava (casa de pedra). A importância de umaTava está no fato de conter os marcas dos corpos de seus antepassados, osquais se transformaram em imortais, e, por isso, ser o local ideal para seaprimorar a condição humana até ser possível a metamorfose em imortal.Além disso, por meio da Tava, os Mbyá interpretam o evento histórico – oadvento das Missões Jesuíticas dos Guarani – o qual incorporaram a suasnarrativas cosmológicas. Tais sentidos dados à Tava permite acionarsentimentos de pertencimento e identidade.
2004
-200
8
I e II Encontros “Patrimônio Cultural e Povos Indígenas: os Mbyá-Guarani e as Missões” – 2006 - 2007
‘Natureza livre’
‘Territorialidade livre’
‘Respeito à dimensão do segredo’
2004
-200
8Três princípios reinvindicados
Vídeo nas Aldeias:“Duas Aldeias, uma caminhada”
2007
-200
8No ano seguinte, utilizando recursos próprios, o IPHAN contratou aOrganização Não-Governamental Vídeo nas Aldeias para a realização deoficinas de formação audiovisual, que resultaram na capacitação de seisjovens Guarani, residentes nas aldeias Tekoa Koenju e Tekoa Anhenteguá. Asoficinas foram ministradas por Ernesto de Carvalho e Tiago Campos Torressob coordenação de Vincent Carelli.
Filme Tava - premiado no ForumDoc de 2009
Requalificação do Museu das Missões (rede elétrica, exposição,implantação do escritório)
2005
-200
8
Implantação do laboratório de arqueologiaApoio do IILA e IBAMA
2006
-200
8
SÃO LOURENÇO MÁRTIR
Tombamento do Sítio de São Lourenço Mártir apartir do seu valor histórico
Aquisição das propriedades pelo IPHAN
1970
Consolidação das estruturas de pedra
2004
-200
7
2004
-200
7
2004
-200
7
2004
-200
7
2004
-200
7
Pesquisa arqueológica e histórica
SÃO JOÃO BATISTA
Tombamento do Sítio de São João Batista apartir do seu valor histórico
Aquisição das propriedades pelo IPHAN
1970
Consolidação das estruturas de pedra
2004
-200
7
2004
-200
7
2004
-200
7
VALORR$ 630.034,89
Pesquisa arqueológica e histórica
2004
-200
7
2004
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7
2004
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7
2004
-200
7
2004
-200
7
Acessibilidade Universal nas Guaritas de São João e São Lourenço
2004
SÃO NICOLAU
Tombamento do Sítio de São Nicolau a partirdo seu valor histórico
Aquisição das propriedades pelo IPHAN
1970
VALORR$ 94.583,00
Execução da cobertura sobre a antiga adegalocalizada no Sítio Arqueológico de São Nicolau.
Consolidação básica das estruturas em pedra dasruínas da Igreja e cabildo do Sítio Arqueológico deSão Nicolau.
2007
Execução de Passarelas em São João Batista, SãoNicolau e São Lourenço Mártir
2003
-200
7
Continuidade de implantação dasplacas de sinalização2003/2005/2008
2003
-200
8
GUIA DA PAISAGEM CULTURAL PARA AGESTÃO DO DESENVOLVIMENTO
SUSTENTÁVEL DO TERRITÓRIO DAS MISSÕESJESUÍTICO-GUARANI NO BRASIL
A PARTIR DO CONVÊNIO IPHAN – InstitutoAndaluz do Patrimônio Histórico - IAPH
1. Intervenções Arqueológicas – Prospecções Geofísicas mediante sondagens
2. Estudo da Coleção do Museu das Missões
3. Desenvolvimento dos estudos sobre a paisagem cultural missioneira
4. Inventário das Referencias Culturais do Mundo Guaraní (com AECID)
2006
-200
8
Contratação da URI
Levantamento de elementos do patrimônioturístico-cultural, arquitetônico e imaterialda região missioneira
Levantamento de elementos do patrimônionatural dos 26 municípios que compõem aassociação dos municípios das missões.
2006
-200
8
Guia da Paisagem
Levantamento planialtimétrico
2006
-200
8
Prospecções magnéticas nos sítios arqueológicos
Termo de Cooperação entreIPHAN e Instituto Andaluz
do Patrimônio Histórico
2006
-200
8
Museu das Missões - Projeto de estudo das coleçõesescultóricas das Missões
2006
-200
8
Implantação de sistema de proteção contra descargasatmosféricas nas Ruínas de São Miguel
2006
-200
8
AÇÕES DO PAC CIDADES HISTÓRICAS
Implantação do Complexo Cultural Sinos de São Miguel
2006
-200
8
Requalificação urbanística do entorno do Sítio Histórico deSão Miguel Arcanjo
2006
-200
8
São Miguel Arcanjo São Nicolau
São João Batista São Lourenço Mártir
Sítios Arqueológicos – Patrimônio Nacional
2003
-201
4
Missões no Brasil20
09-2
014
Não se deve considerar São Miguel como um sítioavulso, mas como parte indissociável de umcontexto muito mais amplo que é todo o territóriodas Missões.
... a unidade territorial deve ter prevalência sobre oconceito de sítio. O conceito de paisagem écomumente confundido com o de sítio. Sítio é umlugar, paisagem um sistema.
Carlos Fernando de Moura Delphim - IPHAN
2009
-201
4
Área de abrangência doTerritório de Missões
2009
-201
4
Os 30 Povos
2009
-201
4
Fotos : Acervo IPHAN
Guia da Paisagem Cultural das Missões
2009
-201
4
2009
-201
4
CURRAIS e TAIPAS
2009
-201
4
2009
-201
4
INVENTÁRIO DOSRECURSOS
ARQUITETÔNICOS20
09-2
014
ARQUITETURA LUSO - BRASILEIRA
Distrito de São Lourenço
Bossoroca2009
-201
4
Roque Gonzales
Salvador das Missões
2009
-201
4
2009
-201
4
São Borja
Santo Ângelo
2003
-201
4
São Pedro do Butiá
2009
-201
4
2009
-201
4
2009
-201
4
PARQUE HISTÓRICONACIONAL DAS MISSÕESProjeto IPHAN/UNESCO
Conceito:• Abordagem do território como Paisagem Cultural, buscando umainteração entre os processos culturais e o meio ambiente.
• Valorização dos sítios protegidos, pela compreensão do“Sistema” reducional,
Propõe-se a criação do Parque Histórico Nacional dasMissões numa perspectiva de tornar o seu patrimônio umativo para apoiar o desenvolvimento sócio-cultural eeconômico da região, projetando e estabelecendoperspectivas para o seu desenvolvimento, construindo umaponte entre passado, presente e futuro.
2014
-201
5
Instrumentos• É necessário ampliar o alcance dos instrumentos de
proteção e de valorização do patrimônio culturalbrasileiro. Particularmente em relação ao patrimôniomissioneiro, busca-se evoluir na aplicação dosinstrumentais técnico-jurídicos e das políticaspúblicas voltadas à preservação, por meio de açõesamplas, desenvolvidas a partir do conceito de território,relacionando o fato histórico com seu espaçogeográfico, seu contexto natural/paisagístico e sócio-cultural.
2014
-201
5
Estratégias• Contratação de consultores de diferentes especialidades
para levantamento de informações e de documentaçãoreferente ao patrimônio do território do antigo Sistemamissional.
• Delimitação de poligonal de do PHNM incluindotodos os elementos considerados significativos
• Elaborar um Sistema de gestão integrada entreGoverno Federal (IPHAN), Estado e Municípios
• Estabelecer projetos estratégicos visando a recuperaçãodo patrimônio integrada ao desenvolvimentoeconômico regional.
2014
-201
5
Área inicial da proposta do PHNM
2014
-201
5
Cooperação Técnica
- Oficinas WMF: conservação e gestão dos Sítios MissioneirosBrasil/Argentina e Paraguai - 2003/2004 e 2005
- Convênio Espanha – IAPH desde 2005-Convênio Universidades: URI e UFRGS- CRESPIAL – apartir do INRC M`bya guarani no RS-Cooperação Técnica – IAPH20
14-2
015
Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico NacionalSuperintendência do Estado do Rio Grande do Sul
Avenida Independência, 867 – Bairro IndependênciaPorto Alegre/RS – CEP.: 90035-076Fone: (51) 3311 11 88/ 3311 93 51