Download - Parque tecnologico de Anápolis
Parque Tecnológico de Anápolis – Estratégia de Desenvolvimento
Sustentável do Estado de Goiás
Autor - Fabrízio de Almeida Ribeiro1
Co-autor - Olira Saraiva Rodrigues2
Resumo
Este artigo tem como objetivo apresentar as vantagens competitivas do Eixo Brasília-
Anápolis-Goiânia na implantação e consolidação do Parque Tecnológico. Um estudo da
Prefeitura de Anápolis, por meio da Secretaria Municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação,
que será apresentado em três fases: A primeira descreve um panorama sobre as características
e particularidades constitutivas dos habitats de inovação; na segunda são apresentadas as
características de Anápolis como centro de influência regional em vários aspectos e por
último, as ações de criação do Parque Tecnológico de Anápolis. As evidências analisadas
foram baseadas em apresentações de dados e pesquisas, de Instituições de Ciência e
Tecnologia, além de autores para fundamentação teórico-metodológica, como: Chesbrough
(2012); Suzigan (2011); Etzkowitz (2009); dentre outros.
Palavras-chave: Parque Tecnológico, Anápolis, Inovação, Polo Farmacêutico
1 Mestre em História – UFG. Secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação – SEMCT&I da Prefeitura Municipal
de Anápolis e Diretor da Rede Goiana de Inovação. Rua Professor Roberto Mange, 152 - Vila Santana –
Anápolis - GO. (62) 39021016. [email protected]. 2 Mestre em Educação – PUC/GO. Coordenadora do Núcleo de Divulgação e Popularização da Ciência da
Secretaria Municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação – SEMCT&I de Anápolis-GO. Rua Professor Roberto
Mange, 152 - Vila Santana – Anápolis - GO. (62) 39021016. [email protected].
Anápolis Technology Park - Sustainable Development Strategy of the State
of Goiás
Author - Fabrízio de Almeida Ribeiro3
Co-author - Olira Saraiva Rodrigues4
Abstract
This article aims to present the competitive advantages of Axis Brasília-Anápolis-Goiânia in
the deployment and consolidation of the Technology Park. A study of the City of Anápolis,
through the Municipal Science, Technology and Innovation, which will be presented in three
phases: The first provides an overview of the features and particularities that constitute the
habitats of innovation, the second shows the features of Anápolis as a center for regional
influence in various aspects and finally the creation of the actions of the Anápolis Technology
Park. The evidence analyzed were based on data presentations and research Institutions of
Science and Technology, and authors for theoretical-methodological, as Chesbrough (2012);
Suzigan (2011); Etzkowitz (2009); among others.
Keywords: Technology Park; Anápolis; Innovation; Pharmaceutical Polo.
3 Master in History - UFG. Secretary of Science, Technology and Innovation - SEMCT&I of the City of
Anápolis and Director of Network Innovation Goiás. Street Professor Roberto Mange, 152 - Vila Santana -
Anápolis - GO. (62) 39021016. [email protected].
4 Master in Education - PUC / GO. Coordinator of Dissemination and Popularization of Science of Secretary of
Science, Technology and Innovation – SEMC&T Anápolis -GO. Street Professor Roberto Mange, 152 - Vila
Santana - Anápolis - GO. (62) 39021016. [email protected].
Introdução
O presente artigo é fruto do estudo da Prefeitura de Anápolis, por meio da
Secretaria Municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação, sobre a implantação do Parque
Tecnológico de Anápolis.
Mediante uma pesquisa bibliográfica e documental quantitativa, o trabalho tem a
finalidade de apresentar as vantagens competitivas do Eixo Brasília-Anápolis-Goiânia na
implantação e consolidação do Parque Tecnológico. O estudo contemplará três momentos.
O primeiro descreverá um panorama sobre as características e particularidades
constitutivas dos habitats de inovação. O crescente reconhecimento de que ciência, tecnologia
e inovação (CT&I) é considerado fator decisivo na contribuição do desenvolvimento
econômico, social e cultural da sociedade.
Os parques tecnológicos oferecem o ambiente adequado para a adoção, o
desenvolvimento e a promoção da inovação, uma vez que permite a estruturação de uma
complexa rede (universidade, empresas, instituições de P&D, órgãos governamentais, entre
outros), que buscam o intercâmbio de conhecimento e tecnologia entre as diversas
organizações do parque.
Por isso, é necessário compreender a dimensão dos desafios e oportunidades para
consolidar os Parques Tecnológicos como instrumentos relevantes de desenvolvimento
econômico, social e tecnológico.
Neste capítulo, o artigo se fundamentará nos autores: Chesbrough (2012); Suzigan
(2011); Etzkowitz (2009); dentre outros.
No segundo momento, serão apresentadas as características de Anápolis, como
centro de influência regional com o maior parque industrial do Estado de Goiás, Distrito
AgroIndustrial de Anápolis (DAIA), pois além da localização no Eixo Brasília-Anápolis-
Goiânia, cuja área de influência ultrapassa as fronteiras do Estado, constituindo-se o 3º
aglomerado urbano do país, a cidade é um ponto nodal dos principais vetores estruturantes do
Estado.
Além disso, o município possui a presença do Porto Seco (Estação Aduaneira
Interior), um Polo de comércio atacadista, um Aeroporto de Cargas em construção, um
projeto estruturante da Plataforma Logística Multimodal, maior Polo Farmacêutico de
Genéricos da América Latina, um Polo Universitário, com sede da Universidade Estadual de
Goiás (UEG), além de ser o marco zero da Ferrovia Norte-Sul (SEPLAN, 2009).
E por último, as ações de criação do Parque Tecnológico de Anápolis. O
empreendimento do parque, com 117 alqueires, terá um cenário inovador, além do
crescimento econômico, permitirá a integração de universidades com potencial científico e
tecnológico, incentivando estudantes a desenvolverem pesquisas.
Enfim, sua implantação e consolidação farão o Estado de Goiás adentrar no mapa
internacional de pesquisa e desenvolvimento, pelo número de empregos gerados, pelo
faturamento das empresas instaladas, pelo transbordamento das atividades do parque por meio
da proliferação de novos fornecedores ao longo da cadeia produtiva, pela diminuição da
necessidade de importação de insumos para as indústrias instaladas, pela geração de novos
negócios baseados em inovação tecnológica na região e pela contribuição para a atração de
novos empreendimentos que identifique vantagem competitiva em estar próximo a um
ambiente de inovação estruturado.
1. Habitat de Inovação
O conceito de tecnologia tem passado por restrições, porém, de forma abrangente,
seu sentido inclui ao seu significado o conhecimento científico.
Nessa perspectiva, a atividade tecnológica envolve um conjunto de conhecimentos
organizados e sistematizados que não sejam fragmentos. Para Gama, “tecnologia não é o
fazer, mas sim o estudo do fazer, é o conhecimento sistematizado, é o raciocínio
racionalmente organizado sobre a técnica” (1994, p. 21). Uma visão ampla de tecnologia, com
foco em pesquisa e desenvolvimento científico, considerada pelo aspecto humano e social.
Com essa concepção é que são definidos os Parques Tecnológicos, como
ambientes de inovação.
De acordo com a Associação Nacional de Entidades Promotoras de
Empreendimentos Inovadores - ANPROTEC,
trata-se de um empreendimento promotor da cultura da inovação, da
competitividade, do aumento da capacitação empresarial, fundamentado na
transferência de conhecimento e tecnologia, com o objetivo de incrementar a
produção de riqueza de uma região. (ANPROTEC)
Conhecidos também por Tecnopolos, os parques são considerados vanguarda do
conhecimento tecnológico, fenômenos de interação empresa-universidade e desenvolvimento
tecnológico, com propósito de abrigar empresas de tecnologia avançada.
O Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação, atribui aos Parques Tecnológicos
conceitos de
complexos de desenvolvimento econômico e tecnológico que visam fomentar e
promover sinergias nas atividades de pesquisas científica, tecnológica e de inovação
entre as empresas e instituições científicas e tecnológicas, públicas e privadas, com
forte apoio institucional e financeiro entre os governos federal, estadual e municipal,
comunidade local e setor privado. (MCTI)
O Programa Nacional de Apoio às Incubadoras de Empresas e Parques
Tecnológicos – PNI, do Plano de Ação em Ciência, Tecnologia e Inovação (2007-2010) –
MCTI, buscou fortalecer os esforços institucionais e financeiros de suporte a
empreendimentos residentes nas incubadoras de empresas e parques tecnológicos.
Diante do exposto, os parques são responsáveis por constituir a integração entre as
universidades, instituições de pesquisa e as empresas ali instaladas, num aglomerado de
conhecimentos tecnológicos, a fim de estabelecer condições favoráveis à formação de ideias
inovadoras.
De acordo com o Programa Goiano de Parques Tecnológicos – PGTec, a
implantação do parque tecnológico deverá atender aos requisitos e objetivos estabelecidos
pelo Decreto Estadual n° 7.371, de 17 de junho de 2011, que institui o PGTec, a saber:
“(...)I - promover a cultura da inovação, competitividade e capacitação empresarial,
com vista ao incremento da geração de riqueza;
II - agregar empresas de base tecnológica e instituições de pesquisa e
desenvolvimento, de natureza pública ou privada, com ou sem vínculo entre si;
III - incentivar a interação entre as empresas de base tecnológica, as instituições de
ensino, pesquisa e desenvolvimento e as incubadoras de empresas com atividades
intensivas em ciência, tecnologia e inovação;
IV - apoiar as atividades de pesquisa científica e tecnológica nas atividades
produtivas;
V - propiciar o desenvolvimento do Estado de Goiás, por meio da atração de
investimentos em atividades intensivas em ciência, tecnologia e inovação.
Art. 4º Os Parques Tecnológicos integrantes do PGTec poderão ser constituídos por
entidades que se enquadrem na seguinte classificação:
I - de apoio:
a) instituições de ensino e pesquisa públicas e privadas e de intercâmbio com o setor
produtivo;
b) laboratórios de ensaios;
c) organismos de certificação e laboratórios acreditados para certificação de
produtos e processos;
d) prestadoras de serviços complementares para o funcionamento do Parque;
e) órgão ou instituição pública ou privada de fomento e financiamento à inovação e
ao desenvolvimento econômico;
II - incubadoras de empresas de base tecnológica;
III - empresas de base tecnológica:
a) que possuam centro estruturado de pesquisa, desenvolvimento e inovação,
laboratórios de desenvolvimento, ou unidade de intercâmbio com instituições de
ensino e pesquisa;
b) graduadas nas incubadoras sediadas em Parques Tecnológicos ou integrantes da
Rede Goiana de Inovação ou de outra Rede de fomento à incubação de empresas que
mantenham atividades de desenvolvimento;
c) que sejam microempresas e empresas de pequeno porte definidas pela Lei
Complementar federal nº 123, de 14 de dezembro de 2006, e mantenham convênios
de pesquisa, desenvolvimento e inovação com instituições de ensino e pesquisa
instaladas em Parques integrantes do PGTec;
d) consideradas adequadas pela entidade gestora do Parque(...)”
(Decreto Estadual N° 7.371/2011- PGTec)
O objetivo é promover atividades inovadoras para o desenvolvimento econômico,
social e ambiental da região.
Tais atividades visam o fortalecimento do sistema regional de inovação e
lançamento de bases para economia do futuro, baseada em atividades intensivas em
conhecimento, além da criação de condições para projeção nacional e internacional, com
demanda qualificada.
A sensibilização de jovens para desenvolvimento de carreiras científicas e o
incentivo à formação em áreas estratégicas, alinhadas aos desafios regionais, ocasionam na
geração de emprego e renda de elevado padrão, com efeito na dinamização da economia.
Uma mudança no paradigma tecnológico, no qual os parques tecnológicos passam
a acomodar incubadoras tecnológicas, centros tecnológicos e empresas não incubadas de base
tecnológica e/ou inovadoras.
No Brasil, a ANPROTEC catalogou, além dos 25 parques tecnológicos em
operação, 17 em implantação e 32 na fase de projeto. Os parques em operação abrigam cerca
de 500 empresas, gerando em 2010 uma receita de R$ 1,68 bilhão.
Figura 1: Parques Tecnológicos por região no país
Fonte: Portfolio de Parques Tecnológicos no Brasil (AnproTec)
De acordo com a figura acima, pode-se observar uma concentração maior nas
regiões Sudeste e Sul, provavelmente devido à concentração da produção técnico-científica
destas regiões.
Tal resultado suscita um estudo para novas possibilidades de ambientes de
implantação, a fim de aumentar a riqueza de outras regiões pela promoção da cultura da
inovação e da competitividade de suas empresas associadas e instituições baseadas em
conhecimento. Ou seja, a criação de um Parque Tecnológico, com base em experiências
nacionais e internacionais, mostra um novo vetor de crescimento, um estímulo ao fluxo de
conhecimento e tecnologia entre universidades, instituições de pesquisa e desenvolvimento,
empresas e mercados.
2. Anápolis – Polo de Desenvolvimento Econômico
Anápolis é conceituada como a principal cidade industrial e centro logístico do
Centro-Oeste. O município é o terceiro do Estado de Goiás em população, segundo o Censo
do IBGE 2012, sua população é de 342.347 habitantes.
O município é o segundo no ranking de competitividade e desenvolvimento por
estar no centro da região mais desenvolvida do Centro-Oeste brasileiro, conhecida como o
Eixo Brasília-Anápolis-Goiânia. O eixo possui um Produto Interno Bruto (PIB) estimado em
R$230 bilhões, representando 6% do PIB brasileira e quase 70% do PIB da região Centro-
Oeste.
Figura 2: Visão aérea do município de Anápolis
Fonte: SECOM – Prefeitura de Anápolis (2012)
Anápolis também se encontra num estado que apresenta como política consistente
os incentivos financeiros e fiscais. De acordo com o jornal Tribuna de Anápolis, na matéria
exibida em abril de 2013 no caderno Política/Cidade, tais incentivos são mecanismos de
eficiência no que tange o desenvolvimento, imprescindível à produção de riqueza, renda e
emprego, além, é claro, do empreendedorismo. (2013, p. 6).
A Base Aérea, a Estação Aduaneira Interior (EADI), a implantação da Plataforma
Logística Multimodal, o Polo Farmacêutico e o Polo Universitário têm resultado em um
desenvolvimento social, científico e tecnológico acelerado na região.
Em busca de inovação da base tecnológica da economia local e regional e sem
deixar de considerar a possibilidade do salto qualitativo nos paradigmas do desenvolvimento,
a criação do parque tecnológico passa a ser peça fundamental no processo de atrair empresas
de base tecnológica, no incremento da pesquisa nas universidades locais e na geração de
inovação mediante a interação Universidade-Empresa.
Enfim, uma demanda agregada, pela concentração industrial já instalada no
município aliada a todos os demais fatores apresentados, como dinamismo econômico,
localização e infraestrutura adequadas, o que torna a região uma mola propulsora de
desenvolvimento competitivo no cenário nacional e internacional, tornando-se o primeiro
município no ranking de competitividade e desenvolvimento recém divulgado pela Secretaria
Estadual de Planejamento do Estado de Goiás.
2.1 Polo Educacional
No que tange a área educacional, Anápolis consolida-se como Polo Educacional
por funcionar diversas instituições de educação superior, incluindo uma unidade com cursos
tecnológicos.
São cerca de 50 cursos diferentes em 12 Instituições de Ensino Superior5. Há
modernos centros de formação tecnológica no SENAI e SENAC, priorizando mão de obra
especializada para os setores da indústria, comércio e serviços.
De acordo com Castro (2009), “a presença do polo educacional fortalece a ideia
de condições favoráveis ao aparecimento de novos empresários, empreendimentos e
qualificação de mão-de-obra” (p. 37). Dessa forma, percebe-se que o município está, no
momento, propenso a inovações, com avanços científicos e tecnológicos.
5 Centro Universitário de Anápolis – UniEvangélica; Faculdade Católica de Anápolis – FAFISMA; Faculdade
Raízes – SER; Fundação do Instituto do Brasil – FIBRA; Faculdade de Tecnologia Roberto Mange – SENAI;
Universidade Estadual de Goiás – UEG; Faculdade Anhanguera de Anápolis; Instituto Brasil de Ciência e
Tecnologia; Universidade Vale do Acaraú – UVA; Instituto de Ensino Superior de Londrina – INESUL;
UNIPAR e Instituto Federal de Goiás – IFG.
Em 2010, foi criado o Instituto Federal de Goiás – IFG em Anápolis, com
finalidade de formar e qualificar profissionais para os diversos setores, bem como realizar
pesquisas e promover o desenvolvimento tecnológico, em estreita articulação com os setores
produtivos e com a sociedade.
De acordo com a administração do IFG, o campus de Anápolis oferece 3 cursos
superiores: licenciatura em Ciências Sociais e em Química e Tecnologia em Logística; 3
cursos técnicos integrados em Comércio Exterior, Edificações e Química; e dois cursos
técnicos integrados na modalidade de educação de jovens e adultos (Proeja): Secretaria
Escolar e Técnico em Transporte de Carga.
Anápolis também já apresenta dois modelos de incubadoras de empresas,
ambientes que estimulam a criação e protegem o desenvolvimento de novas empresas. Tais
exemplos estão instalados nas duas maiores Instituições de Ensino Superior do município, a
UEG e a UniEvangélica.
A UEG criou em 2011 o PROIN - Programa de Incubadoras da Universidade
Estadual de Goiás, com foco em empresas de base tecnológica. De acordo com Vieira, et al,
(2012), o objetivo da criação foi “fortalecer o setor produtivo e contribuir para o sucesso
empresarial dos futuros empreendedores do Estado” (p. 51).
Na UniEvangélica, o Núcleo de Apoio à Pesquisa e Inovação Tecnológica –
NUPTEC criou a UniIncubadora – Incubadora de Empresas. Segundo a instituição, “o
principal objetivo é oferecer a capacitação necessária para auxiliar os empreendedores no
desenvolvimento dos seus projetos.” (UniEvangélica).
A referida instituição apresentou recentemente, por meio da Pró-Reitoria de Pós-
Graduação, Pesquisa, Extensão e Ação Comunitária, a proposta de criação de um Centro de
Inovação Tecnológica, com propósito de promover ações que envolvam o desenvolvimento
da pesquisa, da tecnologia e relacionadas à difusão de cultura de inovação e do
empreendedorismo no âmbito das atividades acadêmicas. De acordo com o projeto da criação,
o centro será desenvolvido com base nos quatro pilares da inovação tecnológica:
infraestrutura de alta tecnologia, ideias criativas, cultura empreendedora e investimentos de
capital de risco (p. 02).
A cidade já possui diversos cursos de Mestrado, tais como: Ciências Moleculares
(UEG); Engenharia Agrícola (UEG); Produção Vegetal (UEG); Recursos Naturais do Cerrado
(UEG); Territórios: Expressões culturais do cerrado (UEG); Educação, Linguagem e
Tecnologia (UEG); Sociedade, Tecnologia e Meio Ambiente (UniEvangélica); Educação
(UniEvangélica) e de Gestão, Pesquisa e Desenvolvimento de Tecnologia Farmacêutica
(UniEvangélica).
Não há como não mencionar a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de
Goiás (FAPEG), criada desde 2005 para financiar projetos de pesquisa científica e
tecnológica, por meio de bolsas em diversos níveis de formação em parcerias com órgãos
federais de fomento à pesquisa (CNPq, FINEP, CAPES, entre outros) e na indução de
programas especiais de pesquisa e inovação.
Em 2010, de acordo com o Diretório de Grupos de Pesquisa no Brasil do CNPq6,
as Instituições de Ensino Superior (IES) e Instituições de Ciência e Tecnologia (ICTs) de
Goiás que apresentaram Grupos de Pesquisa do CNPq foram: ALFA, Embrapa, FESURV,
IFG, IFGoiano, PUC GOIÁS, UEG, UFG, ULBRA, UniEvangélica e Universo, totalizando
3.736 pesquisadores.
De acordo com o diretório, no mesmo ano, houve 78 Grupos de Pesquisas do
CNPq que se relacionaram com empresas em 7 instituições, abrangendo 144 empresas.
Diante da 4ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação para o
Desenvolvimento Sustentável, em seu Livro Azul, a qualificação profissional é mencionada
“tanto para as atividades acadêmicas e de pesquisa como para o atendimento das necessidades
do setor empresarial, com ênfase nos esforços de inovação” (p. 101). Com o aumento no
número de mestres e doutores envolvidos em P&D nas empresas, o grande desafio é a
formação de profissionais rigorosamente qualificados.
Wilson Suzigan, da Unicamp, em seu livro “Em busca da Inovação: Interação
Universidade-Empresa no Brasil (2011)” avalia o atual estágio de construção do sistema
brasileiro de inovação. Uma polêmica, por haver uma corrente contrária à interação
universidade e empresas, acreditando que a universidade deveria se dedicar somente à
pesquisa pura, sem aplicabilidade.
Para o autor, o estudo permitiu o levantamento de relações entre áreas de
conhecimento científico e setores de atividade produtiva, extremamente relevante para a
formação de políticas de inovação.
2.2 Polo Logístico
6 Fonte: Diretório de Grupos de Pesquisa no Brasil do CNPq. Superintendência Desenvolvimento Tecnológico,
Inovação e Fomento à Tecnologia da Informação (SECTEC), 2011.
Anápolis a 54 km de Goiânia, capital do estado de Goiás, e 150 km de Brasília,
capital do país, está interligada por três rodovias federais: as BRs 060, 153 e 414, formando
juntamente com as ferrovias o que pode ser chamado de Eixo Brasília-Anápolis-Goiânia.
O Produto Interno Bruto (PIB) desse Eixo poderia triplicar até 2030 caso
houvesse investimento no desenvolvimento industrial na região, mediante estudo feito pelo
Conselho Federal de Economia (CONFECON, 2012).
E de acordo com a pesquisa do conselho, “mantidas as atuais estruturas
produtivas, a perspectivas é de que o Eixo Brasília-Anápolis-Goiânia saltará dos atuais 6,3
milhões de habitantes para 8.1 milhões em 2030”. (CONFECON, 2012)
Tal estudo conclui que o perfil econômico, demográfico e social do DF
(acrescenta-se, neste artigo, do Eixo Brasília-Anápolis-Goiânia e do Centro-Oeste) para 2030
é totalmente impreciso, devido às ações que serão tomadas nos próximos anos.
O que seria então tal projeção para o desenvolvimento do mesmo Eixo em número
populacional e desenvolvimento econômico com a criação de um ambiente que estimulasse
instituições de pesquisa e desenvolvimento (P&D) a realizar prospecção de projetos
empresariais e arranjos cooperativos para inovação, além de um ambiente favorável à
formação e retenção de recursos humanos especializados?
Conforme a Secretaria de Planejamento do Estado de Goiás, a pretensão do
Estado é que a promissora Plataforma Logística Multimodal de Goiás tenha total integração
com o Porto Seco. A ideia é que os três modais de transporte rodoviário, ferroviário e
aeroviário, por meio das rodovias federais e estaduais por passam por Anápolis, pela
Transatlântica e Norte-Sul e pelo Aeroporto de Cargas de Anápolis – em construção, tenham
integração entre si e com o Porto Seco, com abrangência nacional e internacional.
De acordo com matéria publicada no Jornal Contexto, em abril de 2013, entre as
principais vantagens da plataforma ativada estão “o ganho de tempo na distribuição de
mercadorias e a redução do custo do frete pelo ordenamento do transbordo e classificação de
cargas”, proporcionando uma melhoria na competitividade dos produtos de Goiás.
O Aeroporto de Cargas, depois de construído, será o primeiro terminal do Centro-
Oeste, localizado próximo ao Porto Seco, ao DAIA e a montadora Hyundai/CAOA, ao lado
da ferrovia Centro-Atlântica e Norte-Sul e das rodovias BR-060 e BR-153, a Belém-Brasília.
Figura 3: Plataforma Logística Modal de Goiás
Fonte: SEPLAN (2003)
Atualmente, a experiência de operação de Plataformas Logísticas tem fortalecido
as organizações locais e a chegada de novas, dispostas a aumentar o capital de giro da região,
o que garante a viabilidade do negócio. Tal empreendimento garante aos fabricantes de
produtos que se utilizam dessa tecnologia a certeza de uma entrega rápida, seguro e com
valores capazes de definir um preço final da mercadoria mais competitivo no mercado.
Figura 4: Plataforma Logística Modal de Goiás e suas regiões de influência no Estado de Goiás
Fonte: SEPLAN (2003)
O Porto Seco Centro Oeste é considerado a âncora da Plataforma Logística
Multimodal de Anápolis. Uma Estação Aduaneira Interior (EADI) com estruturação para o
atendimento a situações de importação e exportação de produtos.
Responsável por 35% das importações em Goiás, o Porto Seco é o terceiro do país
em movimentação. São mais de 150 países exportando produtos pela cidade.
Figura 5: Vetor de Crescimento do Porto Seco de Anápolis
Fonte: Porto Seco Centro Oeste S/A (GUIMARÃES, 2009)
Diante do quadro acima, pode-se mensurar sua movimentação expressiva de
importações e exportações, oferecendo vantagens competitivas para as empresas que buscam
viabilizar a armazenagem e a movimentação de suas cargas com total segurança e
confiabilidade. A EADI abrange uma área que cobre todo o Estado de Goiás, além do Distrito
Federal, parte do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Palmas-TO, Norte de Minas Gerais, Pará
e Maranhão.
Desde sua consolidação, tem agregado competitividade às indústrias da região,
inserindo Anápolis na rota do Mercado Internacional.
2.3 Polo Industrial – DAIA
Diante de uma localização privilegiada, o município encontra-se em vantagem
competitiva no que se refere à logística. Por isso, Anápolis tem sido destaque no setor
industrial de Goiás, por abrigar indústrias de grande porte no Distrito Agroindustrial de
Anápolis (DAIA), o que resulta na atração de novos investimentos.
O DAIA está localizado em uma área de 1700 hectares e, de acordo com a sua
administração, conta com 151 empresas de médio e grande porte em pleno funcionamento,
gera dezenove mil empregos diretos e apresenta perspectivas de novas instalações nos
próximos anos.
De acordo com Santos (2010, p. 106), três fatores influenciaram o fortalecimento
do DAIA: benefícios fiscais e programas de incentivos – Fomentar, 1984, Produzir, 2000 e o
Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO), além da infraestrutura e da
localização estratégica.
Conforme o estudo percentual da referida autora, 39% dos Laboratórios
Farmacêuticos são motivados por incentivos fiscais a virem e permanecerem no Polo Goiano;
33% pela localização e incentivos; 22% de infraestrutura e incentivos e 6% de outros.
Junto à Estação Aduaneira do Interior (EADI) e a um terminal ferroviário, o
DAIA dispõe de infraestrutura necessária, como estação de tratamento de água e esgoto,
sistema de energia elétrica, central telefônica, agência bancária e correio, o que permite uma
instalação adequada para um bom funcionamento das empresas.
Setor de Atividade do DAIA – farmacêuticos e químicos; montadora de veículos;
alimentícios; vestuário, higiene e cuidados pessoais; adubos e fertilizantes; geração
de energia elétrica; formulação de combustíveis; artefatos para indústria da
construção; plástico, papel e papelão; artefatos de madeira e mobiliário; indústria
mineral. (Goiás Industrial, 2013)
Diante de tantas atividades, o distrito é considerado um dos maiores polos
industriais do interior brasileiro, com destaque para a indústria farmacêutica de alta tecnologia
na produção de genéricos.
Entretanto, Santos (2010) destaca em seu trabalho “O contexto institucional do
Polo Farmacêutico em Goiás: cooperação e competição” a pouca interação da indústria
farmacêutica em Goiás com a universidade e vice-versa.
Segundo ela, duas instituições que possuem o curso de Farmácia foram referidas
apenas como fornecedoras de mão-de-obra em sua pesquisa. “A Universidade de Goiás –
UEG – e a UniEvangélica de Anápolis foram citadas mais como fornecedoras de mão-de-
obra” (SANTOS, 2010). O desafio é que tais instituições cooperem com conhecimento.
Diante do documento do Mapa Estratégico da Indústria Goiana da FIEG, Goiás
busca “uma indústria dinâmica, atualizada, que opere com alta agregação de valor e, dessa
forma, seja competitiva globalmente e sustentável” (2010, p. 16). Esforços de todos, desde
governo, empresas, educadores, pesquisadores e formuladores de políticas públicas.
2.4 Polo Farmoquímico
Atualmente, o Distrito é a sede do Polo Farmacêutico Goiano, com mais de 20
empresas, entre elas, pode-se citar os Laboratórios Teuto Brasileiro, Neoquímica (da
Hypermarcas), Greenpharma, Geolab, Champion, Kinder, Vitapan, Novafarma, Genoma, AB
Farmoquímica, FBM, Melcon (com participação de 40% do Laboratório Aché), Pharma
Nostra e muitos outros, que juntos, empregam mais de dez mil pessoas.
Em 2010, o Teuto vendeu 40% de suas ações para a norte-americana Pfizer. A
empresa comercializa produtos Teuto e a indústria brasileira, por sua vez, vende produtos
Pfizer.
O grupo Hypermarcas após investimento em Anápolis, adquirindo 60% da Neo
Química, fica com uma capacidade de produção de cerca de 6 bilhões de comprimidos/ano.
De acordo com a FENAFAR (Federação Nacional de Farmacêuticos), a
ABRASILAN (Associação Brasileira de Laboratórios Nacionais) afirma que a consolidação
dos laboratórios nacionais de fabricação de genéricos em Anápolis acabou por atrair a atenção
de várias multinacionais.
A FIEG lançou em agosto de 2010 o Mapa Estratégico da Indústria Goiana,
dentro do Programa Goiás 2020. Este contempla o objetivo de que, nos próximos dez anos, o
Polo Farmacêutico se tornará um polo avançado em pesquisa.
Atualmente o Polo Farmoquímico necessita de um ambiente colaborativo e
estimulador da interação universidade-empresa.
Suzigan (2011) aponta em seus estudos que a indústria farmacêutica brasileira não
se destaca em produção científica. Não há interação entre a indústria farmacêutica e a
medicina, ou a veterinária. Há falta desse elemento estratégico fundamental, o conhecimento
científico agregado ao produto, um fator que garante competitividade.
3. Criação do Parque Tecnológico de Anápolis
O Brasil é um país que despertou tardiamente para a inovação tecnológica. Apesar
de possuir uma boa capacidade de gerar conhecimento, não foi capaz de produzir,
concomitantemente, uma política eficaz de uso do conhecimento. No estado de Goiás esse
descompasso é mais notório.
A criação do primeiro polo tecnológico do Centro-Oeste em Anápolis reforçará as
suas vocações industriais, logísticas e universitárias. Empreendimento que tornará a economia
do município e região mais competitiva no cenário nacional e internacional, além de gerar
empregos de qualidade, bem-estar social e aumento na arrecadação municipal e estadual.
Sendo que, sua implantação atende a uma agenda estratégica de desenvolvimento
local e regional, servindo de instrumento para dinamizar a economia, agregando-lhes
conteúdo de conhecimento. Destarte, o projeto do empreendimento baseou-se em diagnósticos
que apontaram, para um conjunto de empresas ligadas a Fármaco, Biotecnologia, Tecnologia
da Informação e Alimento da região, as demandas e os gargalos em sua base tecnológica
externa e interna. Um esforço de criação em ambiente colaborativo e competitivo.
De acordo com Cunha (2008),
as universidades devem garantir o apoio ao desenvolvimento de competências
essenciais, o setor produtivo tem o papel de assegurar que as inovações sejam
transformadas em produto, e o governo possui a missão de garantir a infra-estrutura,
compondo, desse modo, a figura da hélice tripla. (Ibidem, p. 100)
Veja o quadro a seguir, uma tradução dos atores dessa Tríplice-hélice no modelo
do Parque Tecnológico de Anápolis:
Figura 6: Estratégia Interativa do Parque Tecnológico de Anápolis
Fonte: Elaborada pelos autores
Segundo Santos (2010), há uma “reivindicação dos empresários do setor, sobre a
ausência de uma política industrial clara e específica para a indústria farmacêutica no Brasil”
(p. 112).
Acredita-se, portanto, que a criação do Parque Tecnológico fortalecerá o DAIA e
será um passo importante no processo de educar, estimular e ensinar indústria e academia a
trabalharem juntos.
Os parques, considerados ambientes de inovação, são suplantados com padrões
ambientalmente equilibrados, respeitando o tripé da sustentabilidade, com, inclusive,
empresas de baixo impacto ambiental. Isto é, economicamente viável e ambientalmente
saudável.
Convém ressaltar as diferenciações do futuro Parque Tecnológico com o Distrito
Agro Industrial já existente em Anápolis, cuja proximidade geográfica é crucial para a
transformação de pesquisa científica em novos produtos e processos, tecnologicamente
inovadores. As relações formais com universidades e/ou centros de pesquisa; bem como a
formação e desenvolvimento de empresas localizadas no parque, cujos produtos dependam de
conhecimento científico e a função gerencial engajada na transferência de tecnologia e na
capacitação empresarial para as firmas estabelecidas no parque são fatores estabelecidos na
conceituação dos parques que firmam seu diferencial.
O Parque Tecnológico não constituirá apenas numa área física delimitada onde
inúmeras empresas possam ser instaladas, mas num ambiente de forte ligação entre
instituições de pesquisa e empresas ali instaladas, com interação e transferência de tecnologia
das instituições de pesquisa para as empresas.
O movimento da implantação e consolidação do Parque Tecnológico de Anápolis
apresentará uma considerável abrangência geográfica, com a liderança das universidades e
com a presença importante da prefeitura de Anápolis, por meio da Secretaria Municipal de
Ciência, Tecnologia e Inovação.
Figura 7: Desenho do Parque Tecnológico de Anápolis
Fonte: ML4 Empreendimentos, Participações e Locações Ltda (2013)
A criação do Parque Tecnológico de Anápolis extrapola os limites municipais e
tem que ser analisado a partir do Eixo Brasília-Anápolis-Goiânia.
Quadro 1 – Fatores de Sucesso para Parques Tecnológicos
Categoria Fator de Sucesso Ponto-chave
Localização Existência de uma eminente
universidade de engenharia.
Bom ambiente para viver;
Acessibilidade a rodovia,
aeroporto e porto;
Acesso a fibra ótica.
Existência de uma
eminente universidade
de engenharia.
Fonte: Adaptado Kang (2004, p. 207)
Sua implantação atenderá a uma agenda estratégica de desenvolvimento local e
regional, servindo de instrumento para dinamizar a economia, agregando-lhes conteúdo de
conhecimento.
Diante da localização estratégica e de determinados fatores de sucesso, o
município apresenta-se apto a receber tal empreendimento, sendo que universidades com
cursos de Engenharia, citadas como ponto-chave, estão concentradas no eixo, com instituições
como: UNB, UFG, UEG e PUC-DF e PUC-GO.
Destarte, o projeto do empreendimento baseou-se em diagnósticos que apontaram
para um conjunto de empresas ligadas ao Fármaco (Biossimilares), à Biotecnologia, à
Tecnologia da Informação, Metalmecânico e Alimento da região, às demandas e aos gargalos
em sua base tecnológica externa e interna.
O Parque Tecnológico de Anápolis será administrado por duas Entidades
Gestoras. A Gestora Imobiliária: ML4 Empreendimentos, Participações e Locações Ltda.
Diretor e a Gestora de Ciência e Tecnologia: Fundação para Pesquisa e Desenvolvimento da
Administração, Contabilidade e Economia – FUNDACE. É uma instituição sem fins
lucrativos criada em 1995 pelos docentes da FEA-RP/USP para facilitar o processo de
integração entre universidade e comunidade.
O valor estimado do investimento inicial é de R$ 40.000.000,00 (quarenta milhões
e reais), que implica na implantação da infraestrutura urbanística, a construção da Unidade de
Instituição de Ensino e Pesquisa, do Edifício da Administração do Parque Tecnológico e do
Centro Empresarial.
3.1 Área de implantação
Quadro 2: Área total do Parque Tecnológico
Fonte: ML4 Empreendimentos, Participações e Locações Ltda (2013)
Quadro 3: Área das três fases iniciais
Fonte: ML4 Empreendimentos, Participações e Locações Ltda (2013)
3.2 Execução da Obra7
Quadro 4: Cronograma de Execução
Fonte: ML4 Empreendimentos, Participações e Locações Ltda (2013)
Quadro 5: Lotes disponíveis em cada fase do projeto
7 Considera-se como mês 1 aquele imediatamente após o início da implantação da via de acesso ao empreendimento, o
que dará condições para início da implantação da infraestrutura urbanística do parque.
Lotes (unidade) Porte Área (m²)
Fase
1
32 Pequenos 32.000,00
4 Médios 20.000,00
1 Grandes 10.000,00
Fase
2
58 Pequenos 58.000,00
21 Médios 105.000,0
0
0 Grandes -
Fase
3
77 Pequenos 77.000,00
7 Médios 35.000,00
1 Grandes 10.000,00
Total
167 Pequenos 167.000,0
0
32 Médios 160.000,0
0
Fonte: ML4 Empreendimentos, Participações e Locações Ltda (2013)
Aaquisição da área do empreendimento, o credenciamento provisório no
Programa Goiano de Parques Tecnológicos (PGTec) e a inclusão da alteração do perímetro
urbano do Município para que seja possível a implantação da infraestrutura básica
(urbanística e edifícios) estão prontos.
O projeto prevê, na primeira etapa, um centro administrativo, um centro
empresarial e uma unidade de pesquisa e incubadora de empresas.
A finalidade do Parque Tecnológico é atrair empresas que agregam tecnologia e
inovação. Um fortalecimento na cadeia produtiva de diversos setores da economia, com
geração de empregos de alto desempenho.
Figura 8: Lotes disponíveis em cada fase do projeto
Fonte: ML4 Empreendimentos, Participações e Locações Ltda (2013)
O Parque Tecnológico já apresenta um apoio formal da Associação Comercial e
Industrial da Anápolis – ACIA e Fórum Comercial; Associação Comercial, Industrial e de
Serviços do Estado de Goiás – ACIEG; Federação das Indústrias do Estado de Goiás- FIEG;
2 Grandes 20.000,00
201 347.000,0
0
Fundação de Desenvolvimento Tecnológico de Goiás - FUNTEC; Sindicato das Empresas de
Informática, Telecomunicações e Similares do Estado de Goiás - SINDINFORMÁTICA;
Rede Goiana de Inovação – RGI; Instituto de Ciências Farmacêuticas – ICF; Porto Seco
Centro-Oeste S/A; Comunidade Tecnológica de Goiás – COMTEC; Universidade Federal de
Goiás; - UFG; Universidade Estadual de Goiás – UEG e Centro Universitário de Anápolis -
UniEvangélica.
REFLETINDO...
O crescente reconhecimento de que ciência, tecnologia e inovação (CT&I) é
considerado fator decisivo na contribuição do desenvolvimento econômico, social e cultural
da sociedade. Portanto, políticas públicas de CT&I é de suma relevância para o cenário de
inovação.
O Parque Tecnológico, cenário totalmente inovador, será pioneiro na região
Centro-Oeste, dando a cidade visibilidade nacional e internacional. Um empreendimento,
atualmente, concentrado nas regiões Sul e Sudeste. Além do crescimento econômico,
permitirá a integração de universidades com potencial científico e tecnológico, incentivando
estudantes a desenvolverem pesquisas.
Por isso, é necessário compreender a dimensão dos desafios e oportunidades para
consolidar os Parques Tecnológicos como instrumentos relevantes de desenvolvimento
econômico, social e tecnológico. Sendo que sua implantação trará relevância regional e sua
maturação, uma relevância tanto nacional, quanto internacional.
É notório que Anápolis apresenta vantagens competitivas, pois além da
localização no eixo entre duas capitais, cuja área de influência ultrapassa as fronteiras do
Estado, constituindo-se o 3º aglomerado urbano do país, a cidade é um ponto nodal dos
principais vetores estruturantes do Estado.
Um centro de influência regional, com o maior parque industrial do Estado de
Goiás, assentado no Distrito AgroIndustrial de Anápolis (DAIA) já consolidado.
Além disso, o município possui a presença do Porto Seco (Estação Aduaneira
Interior), um Polo de comércio atacadista, um futuro Aeroporto de Cargas, uma futura
Plataforma Logística Multimodal, a principal concentração do Polo Farmacêutico Goiano, um
Polo Universitário, com sede da Universidade Estadual de Goiás (UEG), além de ser o marco
zero da Ferrovia Norte-Sul.
No entanto, Goiás precisa avançar no quesito inovação e interatividade com
universidade-empresa. Para Suzigan (orgs.) (2011), essas debilidades estão vivenciadas a
própria especialização regional que é baseada em “produtos de baixo valor agregado, cujas
inovações se originam em outros setores (a montante ou a jusante), fato que não incentiva a
demanda empresarial por pesquisas em universidades e institutos de pesquisa” (p. 427).
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