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PESQUISA ↔ AÇÃO
Adriana Truccolo
2012 1
Tópicos
1) Conceituação
2) Origem
3) Objetivos
4) Campos de aplicação
5) Características
6) Fases
7) Plano de Ação
8) Coleta de Dados
9) Limitações 2
1. Conceituação
Método de pesquisa social na
qual o pesquisador desempenha um
papel ativo na resolução do
problema detectado, e no
acompanhamento e avaliação da ação
desencadeada, sendo a participação
dos investigados absolutamente
necessária.
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Segundo THIOLLENT
um tipo de pesquisa social
com base empírica
é concebida e realizada em estreita associação com uma ação ou com a resolução de um problema coletivo
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• no qual os pesquisadores e os participantes representativos da situação ou do problema
• estão envolvidos de modo cooperativo ou participativo.
Pesquisa ação (PA) ≠ Pesquisa Participante (PP)
Toda a pesquisa-ação é
participante
Mas nem toda pesquisa
participante é pesquisa
ação.
O grupo estudado não é mobilizado em torno de objetivos específicos
O grupo estudado continua realizando suas atividades comuns.
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• Na PP o pesquisador estabelece comunicação com
o grupo estudado para ser melhor aceito.
2. Origem
Psicólogo alemão Kurt Lewin 1946
Abordagem experimental, de campo
Governo norte americano
Mudanças de hábitos alimentares da população
e de atitudes dos americanos frente aos grupos étnicos minoritários.
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Pautava-se por um conjunto de valores
como:
a construção de relações democráticas;
a participação dos sujeitos;
o reconhecimento de direitos individuais, culturais e
étnicos das minorias;
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a ação é mais eficaz que o discurso para induzir modificações de certos comportamentos humanos;
a tolerância a opiniões divergentes;
a consideração de que os sujeitos mudam mais
facilmente quando impelidos por decisões grupais.
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Pautava-se por um conjunto de valores
como:
Brasil
início dos anos 60
começa um intenso
movimento de
valorização da cultura
popular, que visava o
processo de
participação do povo
na criação da cultura. 9
Paulo Freire,
protagonista deste
movimento
convocava a comunidade
pesquisada a participar,
tanto da pesquisa quanto
dos trabalhos de
educação popular a que os
dados serviam .
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A partir da década de 1980 a pesquisa-ação de abordagem
experimental modifica-se, estruturalmente, e absorve a
perspectiva dialética, como finalidade a melhoria da prática
educativa docente.
A pesquisa-ação educacional é utilizada por professores com
intuito de utilizar os resultados no aprimoramento do ensino
e, em decorrência, do aprendizado de seus alunos.
Freire inaugura o caráter político-emancipatório com
que a pesquisa-ação em educação passa a ser
utilizada em outros países
Planeja-se,
Implementa-se,
Descreve-se
Avalia-se
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uma mudança para a melhora de sua prática, aprendendo mais, no correr do processo, tanto a respeito da Prática quanto da própria investigação.
3. Objetivos
Resolver ou esclarecer os problemas da situação observada
3. Objetivos
- objetivo prático: a busca de transformação é solicitada
pelo grupo de referência à equipe de pesquisadores.
O pesquisador assume os objetivos e orienta a investigação em
função dos meios disponíveis. Colaborativa. Ex: associação.
- objetivo de conhecimento: obter informações que seriam de
difícil acesso por meio de outros procedimentos, aumentar o
conhecimento de determinada situação.
Ex: Reivindicações, representações, capacidade de
mobilização....
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4. Campos de Aplicação
Desde um professor em uma pequena escola numa região
afastada dos centros urbanos,
Até um estudo sofisticado de mudança organizacional com
uma grande equipe de pesquisadores financiado por
importantes organizações.
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Educação
Comunicação Social
Serviço Social
Organizações
Tecnologia ( em particular no meio rural)
Práticas políticas e sindicais;
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4. Campos de Aplicação
5 Características da pesquisa-ação
Pesquisa-ação Pesquisa científica
inovadora Original / financiada
contínua Ocasional
Pro-ativa estrategicamente Metodologicamente conduzida
participativa Colaborativa / colegiada
intervencionista Experimental
problematizada Contratual (negociada)
deliberada Discutida
documentada Revisada pelos pares
compreendida Explicada / teorizada
Generalizada
disseminada publicada
F
a
s
e
s
Exploratória
Principal – de Planejamento
Ação
Avaliação
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6
Fase
Exploratória
Diagnóstico Técnicas
utilizadas Importância
Clareza e
Consenso
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Fase exploratória: consiste na identificação inicial
dos problemas ou situações
problemáticas (diagnóstico inicial),
identificando-se também as pessoas
interessadas em participar da
pesquisa.
Destina-se também ao esclarecimento:
- dos objetivos da pesquisa,
- conhecimento das expectativas dos participantes,
- discussão sobre a metodologia da mesma,
- divisão de tarefas.
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O número de pessoas envolvidas depende do tipo de
pesquisa proposta
A discussão de propostas pode ser em:
reuniões de professores, de pais, com o conselho
escolar, com o grêmio, dependendo do foco do projeto.
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Fase Principal
Seminários
Funções 21
Seminário: trata-se do trabalho grupal de discussão que
acompanha todo o processo de pesquisa desde sua
elaboração inicial (planejamento) até sua execução e
avaliação.
Reúne os principais envolvidos na pesquisa.
É o espaço para redefinição, realinhamento dos objetivos,
“correção de rumos”, interpretação de dados, debates
teóricos, entre outros.
É, ainda, o espaço coletivo de direção da pesquisa.
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Fase de Ação
Medidas
práticas Implementação
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Fase de
Avaliação
Observação
Avaliação
do
aprendizado
Objetivos
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- Aclarar e diagnosticar
uma situação prática ou
um problema prático que
se quer melhorar ou
resolver;
- Formular estratégias de ação;
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Processo que se modifica continuamente em espirais
de reflexão e ação, onde cada espiral inclui:
Elliot , 1997
Processo que se modifica continuamente em espirais
de reflexão e ação, onde cada espiral inclui:
Desenvolver essas
estratégias e avaliar sua
eficiência;
Ampliar a compreensão
da nova situação;
Proceder aos mesmos
passos para a nova
situação prática. 26 Elliot , 1997
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•Para atingir seus objetivos, a pesquisa-ação deve seguir
uma forma de ação planejada;
•A elaboração do plano de ação consiste em definir com
precisão:
a) Quem são os atores ou unidades de intervenção?
b) Como se relacionam os atores e as instituições:
convergências, atritos, conflito aberto?
c) Quem toma as decisões?
7. Plano de ação
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d) Quais são os objetivos (ou metas) tangíveis da ação e os
critérios de sua avaliação?
e) Como dar continuidade à ação, apesar das dificuldades?
f) Como assegurar a participação da população e incorporar
suas sugestões?
g) Como controlar o conjunto do processo e avaliar os
resultados?
7. Plano de ação
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A ação corresponde ao que precisa ser feito (ou transformado) para realizar a solução de um determinado problema; •Dependendo do campo de atuação e da problemática adotada, existem vários tipos de ação, cuja tônica pode ser educativa, comunicativa, técnica, política, cultural entre outros; •As implicação das ações aos níveis individuais e coletivos podem ser explicados e avaliados em termos realistas, evitando a criação de expectativas entre os participantes no que diz respeito ao problema global.
7. Plano de ação
8. Coleta de Dados
•Realizada por grupos de observação e pesquisadores sob
controle de um seminário central;
•As principais técnicas utilizadas são:
- entrevista coletiva nos locais de moradia ou de trabalho
- entrevista individual aplicada de modo aprofundado;
•Alguns pesquisadores fazem uso de técnicas antropológicas
como:
Observação participante, diários de campo, histórias de vida
•
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8. Coleta de Dados
•Técnicas de grupo: sociodrama (reprodução de certas
situações sociais que vivem os participantes);
• As informações coletadas são transferidas pelos diversos
grupos e pesquisadores de campo ao seminário central, onde
são discutidas, analisadas e interpretadas.
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9. Limitações
Especificidade;
Não pode ser generalizada;
Restrita.
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Boa Noite
Bons Sonhos
Adriana
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