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ESTADO DO RIO DE JANEIRO
PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES
PROJETO DE GESTÃO INTEGRADA DA ORLA MARÍTIMA
PROJETO ORLA
PLANO DE INTERVENÇÃO NA ORLA DO MUNICÍPIO DE CAMPOS DOS
GOYTACAZES
Fonte: Daniela Pinaud Cunha
FEVEREIRO, 2015/
CAMPOS DOS GOYTACAZES
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PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES
PROJETO DE GESTÃO INTEGRADA DA ORLA MARÍTIMA
PROJETO ORLA
PLANO DE INTERVENÇÃO NA ORLA DO MUNICÍPIO DE CAMPOS DOS
GOYTACAZES
Prefeita
Rosângela Barros Assed Matheus de Oliveira
Secretário
Zacarias Albuquerque Oliveira Secretário Municipal de Meio Ambiente
Elaboração do Plano de Intervenção da Orla
Equipe Técnica:
Prefeitura
Izaura da Silva Arêas Mota
Coordenadora do Projeto Orla
Luís André Sanches Rangel
Responsável Técnico
Marcela Conceição de Araújo
Comunicação
Rachel Viana Siqueira
Assessora Técnica
Geane Lima de Farias
Estagiária de Geografia
Juliana Bastos Sanguêdo
Estagiária de Geografia
Tatiane Cardoso Tavares
Estagiária de Geografia
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Sociedade Civil
Equipe Técnica de Apoio
Eduardo Bulhões
Departamento Geografia Universidade Federal Fluminense
Carolina Almeida dos Santos Cidade
Graduanda. Departamento de Geografia Universidade Federal Fluminense
Maytê Gomes Ribeiro
Graduanda. Departamento de Geografia Universidade Federal Fluminense
Eduardo Arêas Lisboa Mota Filho
Técnico em Edificações / Bacharel em Relações Internacionais – Universidade Cândido
Mendes
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Projeto de Gestão Integrada da Orla Marítima
Projeto Orla
Presidente da República
Dilma Vana Rousseff
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão - MP
Nelson Barbosa
Ministra de Estado
Dyogo Henrique Oliveira
Secretário Executivo
Guilherme Estrada Rodrigues
Secretário Executivo-Adjunto
Secretaria do Patrimônio da União - SPU
Patrick Araújo Carvalho
Secretário Adjunto
Luciano Ricardo Azevedo Roda
Diretor do Departamento de Destinação do Patrimonial
André Luiz Pereira Nunes
Coordenador Geral de Apoio ao Desenvolvimento Local
Equipe Técnica
Reinaldo Redorat
Renata Português de Souza Braga
Maria Nelsina Mattos
Eliane Hirai
Diretora do Departamento de Caracterização do Patrimônio
Superintendência do Patrimônio da União no Estado do
Rio de Janeiro – SPU/RJ
Eduardo Fonseca de Moraes
Superintendente
Antônio Carlos Ferreira da Costa
Superintendente Adjunto
Antonio Carlos Ferreira da Costa
Coordenador de Destinação Patrimonial /RJ
Maria Rosa Esteves
Coordenadora do Projeto Orla
Ministério do Meio Ambiente - MMA
Izabella Mônica Vieira Teixeira
Ministra de Estado
Francisco Gaetani
Secretário-Executivo
Secretaria de Extrativismo e Desenvolvimento Rural
Sustentável – SEDR
Paulo Guilherme Francisco Cabral
Secretário
Adalberto Sigismundo-Eberhard
Diretor do Departamento de Zoneamento Territorial
Márcia Regina Lima de Oliveira
Gerência Costeira
Equipe Técnica
Márcia Regina Lima de Oliveira
Bruno Siqueira Abe Saber Miguel
Nazaré Lima Soares
Instituto Estadual do Ambiente - INEA
Marco Aurélio Porto
Presidenta
Rosa Formiga
Diretora de Gestão das Águas e do Território
Guilherme Rodrigues França dos Anjos
Gerente de Instrumentos de Gestão do Território
Ricardo Voivodic
Chefe do Serviço de Gerenciamento Costeiro
Coordenador do Projeto Orla – INEA-RJ
Equipe Técnica
Daniela Pinaud Cunha
Bióloga
Vania Kirzner
Instrutora / Moderadora das Oficinas
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Créditos
Colaboradores Especiais
Humberto Samyn Nobre Oliveira
Fabiano Jorge Lisbôa da Silva
Jony Marcos Gonzaga Narciso
Orávio de Campos
Prefeitura
Centro de Informações e Dados de Campos – CIDAC
Guarda Civil Municipal
Postura Municipal
Secretaria Municipal de Pesca e Aquicultura
Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo
Secretaria Municipal de Obras e Urbanismo
Sociedade Civil
Associação de Hotéis, Pousadas, Comércio e Similares do Farol - ASHCOM
Associação de Moradores e Amigos do Farol
Associação de Moradores do Xexé
Colônia de Pescadores Z-19
Projeto TAMAR – ICMBio – Base Bacia de Campos
Universidade Federal Fluminense – Campos/RJ
Universidade Federal Rural do Estado do Rio de Janeiro – Campos/RJ
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DEDICATÓRIA
O presente trabalho do Projeto Orla contou com muitos colaboradores que se
esforçaram e se dedicaram para que este pudesse ser realizado e posto em prática de forma
bem sucedida. Este trabalho exigiu muito esforço, atenção, e se fez necessário que por muitas
vezes fossem dedicadas horas além da carga horária, uma vez que o projeto contava com uma
equipe reduzida, dificuldades para fazer com que este ocorresse. No entanto, mesmo com
todas as dificuldades foi obtido o sucesso na aplicação do projeto.
Com estes acontecimentos e inúmeras dificuldades, pelo apoio e compreensão,
amizade, presença e grande esforço empenhado para a realização deste trabalho dedicamos ao
Sr. Humberto Samyn Nobre Oliveira, pois sem ele o projeto não teria sido iniciado e nem
seria obtido o sucesso em sua aplicação.
Para que a realização deste projeto fosse possível contamos com uma pessoa que foi
maravilhosa, que esteve sempre presente, participou, auxiliou, acompanhou, dedicou-se. Sem
a colaboração dela este trabalho não seria possível, não teria de forma alguma esta qualidade.
Esta pessoa especial, prestativa, que trabalhou muito merece todo o carinho e com toda
certeza não poderia deixar de ser dedicada a Maria Rosa Esteves, este é apenas um pequeno
agradecimento que de forma alguma poderia alcançar a grandiosidade do seu trabalho.
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ÍNDICE
1. BREVE HISTÓRICO DO MUNICÍPIO DE CAMPOS DOS GOYTACAZES 14
2. OCUPAÇÃO DA REGIÃO DO FAROL DE SÃO THOMÉ 18
3. HISTÓRICO DAS REUNIÕES 21
4. OBJETIVO 27
4.1 Objetivo Geral 27
4.2 Objetivos Específicos 27
5. LOCALIZAÇÃO DA ÁREA DE INTERVENÇÃO 27
5.1 Aspectos Ambientais 27
5.2 Limites do Projeto Orla 34
5.3 Compartimentação da Orla do Município 42
5.4 Unidade 01 - Da divisa da Barra do Açu à Vila do Sol 42
5.5 Unidade 02 - Da Vila do Sol ao Camping 44
5.6 Unidade 03 - Do Camping à divisa da Barra do Furado 45
6. ÁREA DE INTERVENÇÃO DAS UNIDADES DE PAISAGEM POR TRECHOS 46
6.1 UNIDADE 01- DA DIVISA DE BARRA DO AÇU À VILA DO SOL 46
6.1.1 Trecho 1- Da divisa da Barra do Açu até a curva da praia Maria da Rosa (Lagoa do
Açu) 46
6.1.2 Trecho 2 - Do mangue Maria da Rosa (Lagoa do Açu) até a curva do Cabo de São
Thomé 47
6.1.3 Trecho 3 - Da curva do Cabo de São Thomé até a Rua Larga (Regente Feijó) 48
6.1.4 Trecho 4 - Da Rua Larga (Regente Feijó) até o início da restinga do Xéxé 49
6.1.5 Trecho 5 - Do início da Restinga do Xéxé ao início da Vila do Sol 50
6.2 UNIDADE 02 - DA VILA DO SOL AO CAMPING 51
6.2.1 Trecho 1- Da Vila do Sol ao Náutico 51
6.2.2 Trecho 2 - Do Náutico às piscinas 52
6.2.3 Trecho 3 - Das piscinas à Marinha (Porto) 53
6.2.4 Trecho 4 - Da Marinha (Porto) ao Camping 54
6.3 UNIDADE 03 - DO CAMPING AO CANAL DAS FLECHAS 55
6.3.1 Trecho 1 - Do Camping ao Lagamar 55
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6.3.2 Trecho 2 - Do Lagamar as Gaivotas 55
6.3.3 Trecho 3 - Das Gaivotas ao Clube do Biscoito 56
6.3.4 Trecho 4 - Do Clube do Biscoito ao 1° Píer 57
6.3.5 Trecho 5 - Do 1° Píer ao Canal das Flechas 58
7. ÁREAS DESTINADAS A REALIZAÇÃO DE EVENTOS NA ORLA 58
8. ZONEAMENTO ECOLÓGICO ECONÔMICO COSTEIRO – ZEE 66
9. SÍNTESE DO DIAGNÓSTICO/ CLASSIFICAÇÃO 69
9.1 Atributos Naturais e paisagísticos 69
9.2 Identificação das atividades geradoras do problema e dos atores envolvidos 70
9.3 Problemas de uso e ocupação e impactos na orla 73
10. CENÁRIO DE USOS DESEJADOS PARA A ORLA 77
11. AÇÕES E MEDIDAS ESTRATÉGICAS 98
11.1 Intervenções necessárias levantadas durante as oficinas do Projeto Orla 101
12. SUBSÍDIOS E MEIOS EXISTENTES 103
12.1 Bases Legais Previstas para as Ações Normativas: 103
12.1.1 Nível Federal 103
12.1.2 Nível Estadual 104
12.1.3 Nível Municipal (com instrumentos gerenciais e normativos locais). 104
12.2 Base Institucional Local para Executar as Ações Previstas: 105
12.3 Fóruns de Decisão Existentes no Município. 105
12.4 Instrumentos Gerenciais e Normativos Locais Existentes 106
13. CRONOGRAMA GERAL 107
14. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 108
ANEXOS 111
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LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Caracterização da orla .............................................................................................. 21
Figura 2 - I Oficina do Projeto Orla ......................................................................................... 21
Figura 3 - Preparação dos quadros sínteses .............................................................................. 22
Figura 4 - Reunião local ........................................................................................................... 22
Figura 5 - Mini Oficina ............................................................................................................. 23
Figura 6 - Apresentação dos Grupos ........................................................................................ 23
Figura 7 - Trabalho dos Grupos ................................................................................................ 24
Figura 8 - Finalização da II Oficina.......................................................................................... 24
Figura 9 - Reunião no Farol de São Thomé ............................................................................. 24
Figura 10 - Reunião na sede da Secretaria de Meio Ambiente ................................................ 24
Figura 11 - Reunião no Farol de São Thomé............................................................................ 25
Figura 12 - Reunião na sede da Secretaria de Meio Ambiente ................................................ 25
Figura 13 - Reunião na Colônia Z-19 ....................................................................................... 26
Figura 14 - Reunião na pedra dos pescadores .......................................................................... 26
Figura 15 - Palestra Marinha do Brasil ..................................................................................... 26
Figura 16 - Capacitação em Farol de São Thomé .................................................................... 26
Figura 18. Limites propostos para delimitação da Orla. (MMA,2006) .................................... 37
Figura 19 - Área de restinga no Parque Estadual da Lagoa do Açu ......................................... 47
Figura 20 - Restinga na Unidade de conservação..................................................................... 47
Figura 21 - Vegetação de mangue branco ................................................................................ 48
Figura 22 - Corpo hídrico - Canal Quitingute .......................................................................... 48
Figura 23 - Vegetação exótica (Casuarina) .............................................................................. 49
Figura 24 - Farol movido à energia solar ................................................................................. 49
Figura 25 - Grupo de residências no trecho 4 ........................................................................... 50
Figura 26 - Inicio da restinga do Xéxé ..................................................................................... 50
Figura 27 - Restinga do Xexé ................................................................................................... 51
Figura 28 - Expansão do processo de urbanização ................................................................... 52
Figura 29 - Final de faixa de praia, início da avenida .............................................................. 52
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Figura 30 - Berçário do projeto TAMAR ................................................................................. 53
Figura 31 - Estrutura urbana consolidada ................................................................................. 53
Figura 32 - Estacionamento de embarcação ............................................................................. 54
Figura 33- Estrutura urbana consolidada .................................................................................. 54
Figura 34 - Área de praia .......................................................................................................... 54
Figura 35 - Estrutura urbana consolidada ................................................................................. 54
Figura 36 - APA do Lagamar ................................................................................................... 55
Figura 37 - Avenida Atlântica com vista da faixa de praia ...................................................... 55
Figura 38 - Área em expansão .................................................................................................. 56
Figura 39 - Área de praia .......................................................................................................... 56
Figura 40 - Área do trecho 3 da unidade 3 ............................................................................... 57
Figura 41 - Área em expansão .................................................................................................. 57
Figura 42 - Área de praia e Píer ................................................................................................ 57
Figura 43 - Área de praia .......................................................................................................... 58
Figura 44 - Mangue da Carapeba ............................................................................................. 58
Figura 45 - Imagem representativa da área do 1º Píer .............................................................. 59
Figura 46 - Imagem representativa da área do Bosque das Casuarinas.................................... 60
Figura 47 - Imagem representativa da área das ruas Castelo Branco à Projeto Goytacazes .... 60
Figura 48 - Imagem representativa da área das ruas José Custódio de Almeida à Dom
Bonifácio .................................................................................................................................. 61
Figura 49 - Imagem representativa da área das ruas Piau à Tainha ......................................... 61
Figura 50 - Imagem representativa do Lagamar ....................................................................... 62
Figura 51 - Imagem representativa da área das ruas Nelson Pedra à Irineu Parente ................ 63
Figura 52 - Imagem representativa da área das ruas Manoel Pinto Quintanilha à Thomé de
Souza ........................................................................................................................................ 63
Figura 53 - Imagem representativa da área das ruas Independência à Dom Bonifácio ............ 64
Figura 54 - Imagem representativa da área das ruas Crisando Riscado à Ludgero Arêas ....... 65
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LISTA DE MAPAS
Mapa 1. Orla do Município de Campos dos Goytacazes e subdivisões conforme o Projeto Orla
do Município. Mapa Cidade e Bulhões (2011).........................................................................29
Mapa 2. Mapa geológico do Norte Fluminense, Projeto Atafona (2006).................................30
Mapa 3. Clima de Ondas e Ventos ao largo da Zona Costeira de Campos dos Goytacazes e
São João da Barra. Souza e Bulhões, 2011...............................................................................32
Mapa 4. Malha Urbana do Município e Limite Marítimo do Projeto Orla. Mapa Eduardo
Bulhões......................................................................................................................................36
Mapa 5. Mangue da Maria Rosa e os Limites do Projeto Orla. Mapa Eduardo Bulhões.........38
Mapa 6. Restinga do Xexé e Limite do Projeto Orla. Mapa Eduardo Bulhões........................39
Mapa 7. Área Urbanizada da Orla Costeira do Município de Campos dos Goytacazes. Mapa
Eduardo Bulhões.......................................................................................................................40
Mapa 8. Transição entre Área Urbanizada e Área em Processo Erosivo. Mapa Eduardo
Bulhões......................................................................................................................................41
Mapa 9. Da Vila do Sol à Barra do Açú. Mapa Eduardo Bulhões............................................43
Mapa 10. Do Camping à Vila do Sol. Mapa Eduardo Bulhões................................................44
Mapa 11. Da Barra do Furado ao Camping. Mapa Eduardo Bulhões.......................................46
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LISTA DE TABELAS
Tabela 01: Quantitativo dos trabalhadores aptos a receberem o seguro defeso........................19
Tabela 02: Produção em Kg ...................................................................................................20
Tabela 03: Quantitativo geral dos trabalhadores informais na cadeia produtiva da pesca.......20
Tabela 04. Estatística Básica. Altura Significativa das Ondas (m)...........................................33
Tabela 05. Estatística Básica. Direção Média (graus N) de Ondas...........................................33
Tabela 06. Estatística Básica. Intensidade do Vento (m/s) à 10m da Superfície......................34
Tabela 07. Estatística Básica. Direção Média (graus N) dos Ventos........................................34
Tabela 08: Áreas destinadas ao surf na faixa de areia..............................................................59
Tabela 09: Áreas destinadas a eventos culturais e esportivos fora da faixa de areia................62
Tabela 10: Áreas destinadas a eventos culturais e esportivos na faixa de areia........................64
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APRESENTAÇÃO
O Projeto de Gestão Integrada da Orla Marítima – Projeto Orla, surge como uma ação
inovadora com o envolvimento das esferas, Federal, Estadual e Municipal. No âmbito Federal
é conduzida pelo Ministério do Meio Ambiente, por meio da Secretaria de Extrativismo e
Desenvolvimento Rural Sustentável, e pela Secretaria do Patrimônio da União do Ministério
do Planejamento, Orçamento e Gestão (MP/SPU), buscando implementar uma política
nacional que harmonize e articule as práticas patrimoniais e ambientais com o planejamento
de uso e ocupação desse espaço que constitui a sustentação natural e econômica da Zona
Costeira; no Estadual é coordenado pelo Órgão Ambiental competente - o INEA; o
Município, por sua vez, adere ao Projeto de forma articuladora e participativa juntamente com
a Sociedade Civil Organizada.
Nessa concepção encontra-se o desafio de lidar com a diversidade de situações
representadas pela extensão costeira brasileira, que atinge 8.500 km e aproximadamente 300
municípios litorâneos. Subjacente aos aspectos de territorialidade encontra-se a crescente
geração de conflitos quanto à destinação de terrenos e demais bens de domínio da União, com
reflexos nos espaços de convivência e lazer, especialmente as praias, bem de uso comum do
povo.
Em Campos dos Goytacazes, o projeto possibilitará promover a gestão sustentável da
orla marítima, com o objetivo de cumprir o Decreto 5.300/2004 que regulamenta a Lei n°
7.661/98, desenvolver e implementar gradativamente ações para assegurar de forma
duradoura a preservação ambiental e o ordenamento de utilização de sua faixa litorânea, com
uma extensão de praia de aproximadamente 28 km, formando uma única praia, Farol de São
Thomé, sendo o mesmo dividido pelo 3º Distrito - Santo Amaro e o 5º Distrito - Mussurepe,
com características morfológicas distintas, apresentando áreas bem preservadas com
remanescente de vegetação de restinga e mangue, lagoas e lagunas, bem como áreas
urbanizadas e em processo de urbanização.
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1. BREVE HISTÓRICO DO MUNICÍPIO DE CAMPOS DOS GOYTACAZES
Campos dos Goytacazes teve a sua fundação em 1677, contudo, nesta data era classificada na
categoria de vila, a Vila São Salvador e se tornou cidade em 1835. A consolidação das atividades
agropecuárias deu inicio ao núcleo populacional, e posteriormente a produção de açúcar se incorporou às
atividades exercidas.
Freguesia criada com denominação de São Salvador dos Campos, por alvará de 1674, deliberação
estadual de 10-08-1891 e Decreto n° 8.223, de 06-05-1801, bem assim por decretos estaduais Número 1,
de 08-05-1892 e 1-A, de 03-06-1892, respectivamente. Elevado à categoria de vila com a denominação
de São Salvador dos Campos, em 28 de Maio 1677.
Sua colonização foi iniciada por Miguel Aires Maldonado, um dos Sete Capitães, na primeira
metade do século XVII. Durante a segunda metade do século XVII e a primeira do século XVIII, a região
foi sacudida por violentos conflitos pela posse da terra, entre os herdeiros das sesmarias. Os atores
principais dessas lutas foram Benta Pereira e sua filha Mariana Barreto, que venceram o que a história
denominou de Quatro Jornadas.
Sobre o início da ocupação que se deu a partir da planície aluvial, no século XVII, com o
pastoreio extensivo e com extração de madeira, aborda Vianna:
Nos primórdios, o cultivo da cana era ainda incipiente. É a partir do século
XVIII que a economia se diversifica, com o crescimento da
agromanufatura açucareira e alcooleira e com o cultivo de mandioca,
arroz, algodão, milho e feijão, principalmente. Os alimentos para a
subsistência e para o mercado local, em sua maior parte, foram produzidos
na própria região, durante os séculos XVIII e XIX. Os produtos para
exportação visavam não à metrópole portuguesa ou ao mercado europeu,
mas aos mercados do Rio de Janeiro e de Salvador (VIANNA, 2006, p. 41
apud SOFFIATI, 1997).
A ocupação das margens do Rio Paraíba do Sul ocorreu, primeiramente, na região central de
Campos dos Goytacazes. Os motivos que fizeram que ocorresse a ocupação foram os mesmos das antigas
civilizações: facilidade para a obtenção de água e transporte de pessoas e de mercadorias, o rio cumpre
também função de hidrovia.
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A cidade de Campos dos Goytacazes teve como a sua primeira atividade econômica, a pecuária,
que se encontrava diretamente ligada ao inicio do povoamento de Campos em 1632, não somente de
Campos, mas também de toda região.
De povoado, passou pra vila e, para ser vila, precisava de uma Câmara de vereadores, câmara essa
que na época exercia poder executivo e legislativo; a estrutura física da câmara foi implantada no centro
da cidade, próximo onde hoje é a Praça São Salvador. A região central marca o inicio da cidade.
A história da região Norte Fluminense adquire projeção nacional através do cultivo de alguns
produtos como: a pecuária, a cana de açúcar, o café e o leite, de acordo com Vianna. O que justifica o
fato de Campos ter sido a primeira cidade do Brasil a ter energia elétrica.
Também na segunda metade do século XVII tem-se inicio a produção da cana-de-açúcar em
Campos, e no século XVIII esta se torna a principal atividade. (SOFFIATI, 1997: 3).
A cultura da Cana ganhava força e acabou por se consolidar na região. Tratava-se de uma
monocultura. Podemos diagnosticar a expansão da agroindústria açucareira no início do século XIX e,
acompanhando esse processo, verifica-se a introdução de maquinários nos processos de extração e
produção de mercadorias relacionadas à cana.
A monocultura da cana impôs um ritmo sazonal ao mercado de trabalho regional; isso fazia com
que as lavouras ficassem suscetíveis a mudanças drásticas no clima, como chuvas torrenciais que
acarretavam em cheias, afetando todo processo de produção. E, por não haver uma diversificação na
economia da cidade, a mesma era frágil.
Com isso, observa-se, na segunda metade do século XVIII, certo declínio na produção de cana-
de-açúcar na região, enquanto em São Paulo, essa atividade se consolidava cada vez mais intensamente.
Neste caso, não tendo outros produtos para manter a economia, a cidade passava por problemas.
Contudo, no final da década de 70, do século XX, descobriu-se reservas de petróleo na bacia de
Campos, e a partir daí, ocorreu à implantação da empresa Petrobrás, no município vizinho, Macaé. Desde
então Campos e os municípios ao seu redor vêm sofrendo mudanças significativas em diversos setores
como o imobiliário, comércio, serviços e etc.
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Com a economia petrolífera de Macaé, parte da população de Campos foi trabalhar nas empresas
extrativistas, ocasionando, desta forma um aumento da circulação de pessoas e capital entre as duas
cidades. Os royalties do petróleo foram extremamente essenciais para que a cidade de Campos obtivesse
a estrutura atual, em questões de meios de transporte, vias de transporte e sua pavimentação, hospitais,
tratamento de água e esgoto, escolas, locais destinados ao lazer, infraestrutura de modo geral.
A cidade de Campos dos Goytacazes é um município do estado do Rio de Janeiro com a maior
extensão territorial do estado. Com as obras do Super Porto do Açu, Complexo Logístico e Industrial
Barra do Furado e do Terminal Pesqueiro Público entre o Farol de São Tomé e a Barra do Furado,
calcula-se que o número de habitantes esteja na casa dos 500 mil habitantes, isso considerando, também,
o registro de carros automotivos em torno de 170 mil, somente no município. Sua área total é de
4.026,7km2.
Existem várias formas de se chegar ao município, a saber:
BR-101: A BR-101 dá acesso a duas capitais do Brasil. Ao Rio de Janeiro-RJ (sentido sul) e a
Vitória-ES (sentido norte). A rodovia também dá acesso a importantes regiões do sudeste, como
parte do Norte Fluminense. Já no sentido norte da rodovia, dá acesso a cidades no Espírito Santo
como Atílio Vivacqua, Cachoeiro de Itapemirim, Marataízes, Guarapari, Vila Velha. A rodovia
também é o principal acesso aos estados do Nordeste e Região Sul do Brasil. A Rodovia é o
principal acesso da cidade.
BR 356: A Rodovia dá acesso ao litoral do Norte Fluminense, por sua vez à cidade de São João
da Barra. Dá também acesso às cidades de Cardoso Moreira, Italva, Itaperuna e outras cidades da
Região do Norte e Noroeste Fluminense, região da Mata Mineira, além de dar acesso à Capital
Mineira (Belo Horizonte). A rodovia encontra-se em um estado novíssimo, pois acabou de passar
uma reforma geral.
RJ-224: Em perfeitas condições, a Rodovia estadual dá acesso à cidade vizinha de São Francisco
de Itabapoana e também a cidades como Presidente Kennedy no Espírito Santo, e cidades do
litoral sul capixaba. (Rodovia do Sol, no estado do Espírito Santo)
RJ-158: A Rodovia dá acesso às cidades de São Fidélis, Cambuci e outras.
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O Farol de São Thomé tem o nome da própria capitania oriundo das chamadas Capitanias
Hereditárias, que pela sua história, narrada por muitos escritores, mostra o quanto os antigos donatários
tiveram que lutar, contra os índios e contra a natureza, para transformar o ecossistema até chegar ao
cenário desenhado pelo avir do próprio tempo.
A importância do Farol dá-se pela segurança que presta aos navegantes amadores e profissionais,
por sinalizar a existência de elevações rochosas e extensas que ficam cobertas pela superfície d’água,
como corais e bancos de areia e que só podem ser observados bem de perto.
Na praia do Farol há uma UBS (Unidade Básica de Saúde) 24 horas e outra UBS 12 horas no
Lagamar; um centro de fisioterapia, uma casa de vacina e uma casa de apoio para o verão. No verão o
atendimento é triplicado, havendo o aumento no número de atendimentos e, consequentemente, aumenta
o número de médicos, equipe de enfermagem e ambulâncias, para que toda a população local e veranistas
sejam atendidos. Quanto ao comércio podemos encontrar uma quantidade razoável de pousadas e hotéis,
e restaurantes. Na área da educação existem duas escolas particulares, uma escola estadual, quatro
escolas municipais e duas creches municipais, tendo aproximadamente 2000 mil alunos de ensino regular
e 250 alunos nas creches. O ensino nas escolas particulares vai até o 5º ano do ensino fundamental e nas
unidades municipais vai do ensino infantil ao segundo segmento do fundamental (9º ano), tendo turmas
do EJA (Ensino de Jovens e Adultos). A escola estadual trabalha o ensino médio e o EJA, tendo aulas em
turnos diferenciados, pois trabalham atividades extracurriculares.
Farol de São Thomé localiza-se na faixa Tropical Atlântica e se classifica como planície costeira
de formação holocênica construída sobre o Grupo Barreiras por depósitos arenosos marinhos e argilosos
do rio Paraíba do Sul. Pode-se perceber que a atividade pesqueira possui uma grande importância
econômica, logo que esta é uma importante fonte de renda e trabalho dos residentes. A pesca é voltada
em sua maioria para o abastecimento de outros estados, sendo que a quantidade que fica para consumo
no município é pequena. A organização deste trabalho ocorre com pescadores formais, mas a cadeia
produtiva é informal. Nos anos 60 as embarcações que eram utilizadas mediam até 5m de comprimento e
eram denominadas de bateiras ou canoas. Por volta dos anos 70/80 estas embarcações foram substituídas
por embarcações de maior porte motorizadas, sendo embarcações de 6m a 9m de comprimento.
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O ambiente pesqueiro é de mar aberto tendo como limites ao norte o manguezal de Maria Rosa e
ao sul o da Carapeba, este último bastante degradado por obras de saneamento e construção do dique-
estrada para dar acesso ao Canal das Flechas. Pode-se encontrar uma quantidade significativa de barcos
de pesca, frigoríficos, fábricas de gelo, possibilitando que haja uma cadeia da pesca.
2. OCUPAÇÃO DA REGIÃO DO FAROL DE SÃO THOMÉ
A ocupação na região do Farol de São Thomé se dá de forma regular desde o século passado com
a construção do monumento com 45 metros de altura e 216 degraus que hoje dá nome à localidade. O
Farol, que é de propriedade da União, serve como ponto de referência para os navegantes da região.
Assim, a ocupação por grupos de pescadores realizou-se de forma primeira, até princípios dos anos 60,
com canoas e barcos pequenos. A pesca artesanal era feita por essas embarcações que lançavam as redes
no mar e retornavam para a praia com uma corda amarrada em cada ponteira da rede e puxada até a beira
mar sendo capturados camarões e peixes.
Na década de 90 até a década atual, os pescadores continuaram por aumentar o tamanho de suas
embarcações que variam de 10 a 12 metros e aumentaram a potência dos motores (até 90 HP). Com esse
aumento as embarcações passaram a arrastar mais pescado aumentando a produção. Porém, o
planejamento para infraestrutura não acompanhou essa evolução. As barras que são necessárias para
atracar as embarcações em condições de mar aberto (que representa a praia de Farol de São Tomé) não
existem e os barcos são obrigados a serem puxados por tratores. Essa iniciativa é extremamente
degradante ao ecossistema costeiro.
Foi a partir da atividade pesqueira que a região foi se desenvolvendo e aumentando seu
contingente populacional. A pesca foi, então, de extrema importância para a ocupação e desenvolvimento
da região.
Os peixes são um importante constituinte da dieta humana, já que são fontes de componentes com
significativo valor nutricional. A produção de peixe e camarão na localidade de Farol de São Thomé é
totalmente artesanal mantendo a cultura e a tradição. O camarão ainda é o crustáceo mais comercializado
e a base econômica local, sendo sua produção em escala durante o ano, ressalvando o período de defeso
do camarão por três meses (março, abril e maio).
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O pescado compreende os peixes, crustáceos, moluscos, anfíbios, quelônios e mamíferos de água
doce ou salgada utilizados na alimentação humana. Porém, esses alimentos são altamente perecíveis,
exigem cuidados especiais na manipulação, armazenamento, conservação, transporte e comercialização.
Da produção descriminada, 80% (oitenta por cento) são comercializados para outros Estados e
Municípios e 20% (vinte por cento) ficam no Município. Foi constatado que a produção é escoada por 4
(quatro) empresas: (Pioneira, Natubrás, Costa Sul e Leardini) deixando o comércio local aquecido no
mesmo período de maior produção e comercialização.
Foram identificadas 3 (três) fábricas de gelo, as quais empregam cerca de 7 (sete) trabalhadores.
As 3 (três) fábricas de gelo identificadas, apresentaram capacidade máxima de produção de 23.500kg/dia,
referente à alta temporada de comercialização do pescado, não se deixando restrita apenas à atividade de
pesca, mas também pela presença de veranistas, empresas transportadoras de pescado e outros, forçando
o aumento do consumo de gelo pelo comércio local. Por outro lado, o comércio sofre um declínio fora da
temporada, ficando restrito somente entre os donos de barcos e comerciantes locais.
Encontramos, ainda, cerca de 44 (quarenta e quatro) frigoríficos onde se incluem os “fundos de
quintal”, essa atividade emprega diretamente 541 (quinhentos e quarenta e um) trabalhadores. Essa
atividade refere-se a muitas mulheres e alguns homens que realizam o descasque do camarão em fundos
de quintal, ação que torna-se insalubre a partir do momento que é realizado em pouca sombra e sem as
devidas proteções. Entre peixarias, foram encontrados 10 pontos que empregam diretamente 40
(quarenta) trabalhadores, não contando com os empregos que são gerados indiretamente pela atividade.
Tabela 01: Quantitativo dos trabalhadores aptos a receberem o seguro defeso.
Área do trabalhador que recebeu o benefício do
defeso municipal – 2013 Nº trabalhadores
Torradores 46
Colônia 76
Frigorífico 194
Fundo de quintal 347
Peixaria 40
Defumador 6
Total 709 Fonte: Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes. 2013
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As embarcações no Farol de São Tomé chegam ao número aproximado de 103 (cento e três).
Segundo informações da Colônia de Pescadores Z-19, 102 (cento e dois) são cadastrados no Ministério
da Pesca e na Capitânia dos Portos – Marinha do Brasil para pesca de arrasto. Sendo assim, estão aptos a
receber o seguro no defeso o pescador artesanal e todos que fazem parte da cadeia produtiva da pesca,
que estejam devidamente cadastrados. Estes somam cerca de 709 (setecentos e nove) trabalhadores. A
produção de embarcações no Estaleiro de Farol de São Thomé tem o quantitativo anual de cerca de 23
(vinte e três) embarcações sendo essas para uso no trabalho pesqueiro e para o turismo que são vendido
para uso em outros municípios.
Toda a produção das embarcações chega aos valores apresentados na tabela a seguir:
Tabela 02: Produção em Kg
Meses
Produção/dia Camarão Peixes Total
Junho a Agosto 36.000 kg 9.000 kg 45.000 kg
Setembro à Outubro 60.000 kg 15.000kg 75.000 kg
Novembro à Fevereiro 120.000kg 30.000kg 150.000kg
Fonte: Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes. 2013
Apresenta-se na tabela a seguir todo o quantitativo dos trabalhadores informais envolvidos na
indústria da pesca no Farol de São Tomé de forma direta não entrando nesse quantitativo os empregos
gerados de forma indireta pela cadeia.
Tabela 03: Quantitativo geral dos trabalhadores informais na cadeia produtiva da pesca.
Atividade Número de Trabalhadores
Estaleiro 39 Trabalhadores
Peixaria 57 Trabalhadores
Fábrica de Gelo 07 Trabalhadores
Frigorífico 352 Trabalhadores
Torradores/ Defumadores 24 Trabalhadores
Total 638 Trabalhadores
Fonte: Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes. 2013
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3. HISTÓRICO DAS REUNIÕES
As atividades do Projeto Orla de Campos dos Goytacazes já estão em andamento, sendo
coordenadas pela Secretaria Municipal de meio Ambiente. Iniciaram os trabalhos com a I Oficina que foi
realizada entre os dias 26/07/2010 a 30/07/2010, na Biblioteca Cultural no Farol de São Thomé.
As oficinas são os trabalhos de capacitação dos gestores municipais, que reúnem os
representantes do município e os representantes dos segmentos da sociedade organizada, em especial
aqueles diretamente relacionados à orla e ao uso de seus espaços.
Elas servem para que os próprios moradores locais compreendam aquilo que está certo e que está errado,
capacita-os com relação às leis patrimoniais e ambientais e os orienta na elaboração de um Plano que
levará a orla do Farol de São Thomé aos usos permitidos e ao desenvolvimento sócioeconômico aliado à
preservação ambiental.
A I Oficina contou com a participação da Coordenação Federal e Estadual do Projeto, bem como
dos representantes das Secretarias e Fundações municipais, Câmara Municipal, associações de
moradores, pescadores, universidades, Marinha do Brasil, entre outras.
Figura 1 - Caracterização da orla Figura 2 - I Oficina do Projeto Orla
Desde então, foram realizadas reuniões locais com os grupos de trabalho para levantar e discutir
soluções sobre a orla do Farol de São Thomé, em locais e dias separados para cada grupo.
Grupo I – Composto por representantes da Associação de Moradores do Xexé, o Projeto
TAMAR, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro – UFRRJ/Campos, a Guarda Civil Municipal,
Secretaria Municipal de Agricultura e Pesca. As reuniões foram realizadas nos dias 07/08/2010,
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15/08/2010 e 27/11/2010 no Salão Comunitário do Xexé na Praça de Santo Amaro no Xexé e Associação
de Moradores do Xexé.
Grupo II – Composto por representantes da Associação de Moradores e Amigos do Farol
(AMAFROL), quiosqueiros, barqueiros e trabalhadoras da pesca, Colônia de Pescadores Z-19, Guarda
Civil Municipal e Postura Municipal. As reuniões foram realizadas nos dias 11/08/2010, 18/08/2010 e
26/11/2010 na Colônia de Pescadores Z-19.
Grupo III – Composto por representantes da Secretaria Municipal de Desenvolvimento
Econômico e Petróleo - SEDEP, Defesa Civil Municipal, Companhia de Desenvolvimento do Município
de Campos (CODEMCA), AMAFROL, Guarda Civil Municipal, Universidade Federal Rural do Rio de
Janeiro (UFRRJ/Campos), Instituto Estadual do Ambiente (INEA), Associação de Hotéis, Pousadas,
Comércio e Similares do Farol (ASHCOM). As reuniões foram realizadas nos dias 13/08/2010,
19/08/2010 e 05/11/2010 no Stand da Secretaria de Meio Ambiente no Farol.
Figura 3 - Preparação dos quadros sínteses Figura 4 - Reunião local
Nos dias 26/08/2010 e 27/08/2010, ocorreu na colônia de Férias da Terceira Idade uma
minioficina com a presença dos grupos de trabalho e aberta a sociedade civil, para o levantamento das
questões que eram abordadas no projeto.
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Figura 5 - Mini Oficina Figura 6 - Apresentação dos Grupos
Entre os dias 10/01/2011 e 13/01/2011, foi realizada na Escola Municipal Claudia Almeida Pinto
de Araújo a II Oficina do Projeto Orla onde tivemos a presença de vários órgãos, bem como:
Superintendência do Patrimônio da União (SPU), INEA, Secretarias Municipais de Campos, São João da
Barra e Quissamã, universidades e sociedade civil organizada.
Foram traçadas ações e medidas estratégicas para a orla do Farol. Ao final da Oficina foi formado
o Pré Comitê Gestor do Projeto Orla Campos sendo o grupo paritário entre órgãos municipais e
sociedade civil organizada.
O Pré Comitê Gestor é formado pelas seguintes órgãos: Secretarias Municipais: Meio Ambiente,
Obras e Urbanismo, Agricultura e Pesca, Desenvolvimento Econômico e Petróleo. A Postura Municipal,
Guarda Civil Municipal, Centro de Informações e Dados de Campos (CIDAC), Colônia de Pescadores Z-
19, Associação de Moradores do Xexé, AMAFROL, Associação de hotéis, pousadas, ASHCOM, Projeto
Tamar – ICMBio – Base Bacia de Campos, Universidade Federal Fluminense (UFF/Campos),
UFRRJ/Campos.
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Figura 7 - Trabalho dos Grupos Figura 8 - Finalização da II Oficina
O Pré-Comitê Gestor reuniu-se nos dias 20/01/2011, 04/02/2011, 11/02/2011, 27/04/2011,
30/06/2011, 28/09/2011, 11/04/2012, 04/06/2012, 13/06/2012, 29/06/2012, 17/07/2012 e 30/08/2012 no
stand da Secretaria Municipal de Meio Ambiente no Farol de São Thomé e na sede em Campos para
tomar as devidas providências em relação à orla, ordenamento, adequações e intervenções durante o
verão, discussões com relação ao PGI, preparação de material, produção de quadros e configuração da
orla com perspectivas nos desenhos e projeto físico da orla.
No dia 21/02/2011, foi realizado o I Seminário do Projeto de Gestão Integrada da Orla Marítima
de Campos dos Goytacazes – Projeto Orla, na Tenda Cultural localizada na Avenida Atlântica, s/nº -
Farol de São Thomé.
Figura 9 - Reunião no Farol de São Thomé Figura 10 - Reunião na sede da Secretaria de Meio
Ambiente
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Foram realizadas várias reuniões com representantes das secretarias e fundações municipais nos
dias 13/09/2010, 05/01/2012, 11/01/2012, 30/05/2012, 11/06/2012, 21/06/2012, 19/07/2012, 26/07/2012,
02/08/2012, 09/08/2012, 20/09/2012 e 23/10/2012, com objetivo de haver interação entre a Coordenação
Municipal do Projeto Orla, Pré Comitê Gestor e demais Secretarias. A participação dos Secretários ou
representantes dos mesmos foi necessária visto que o ordenamento da orla é compromisso de vários
órgãos, não somente dos que estão representados no Pré Comitê. Todas as demandas das reuniões e
vistorias eram passadas para os Secretários e os seus representantes para tomarem as providências
cabíveis em parceria.
Figura 11 - Reunião no Farol de São Thomé Figura 12 - Reunião na sede da Secretaria de Meio
Ambiente
A equipe do Projeto realizou uma série de palestras: no dia 10/08/2010 no Núcleo de Voluntários
de Defesa Civil (NUDEC) na 1ª Igreja Batista de Goytacazes; dia 03/09/2010 para os representantes dos
órgãos do município na sede da secretaria Municipal de Meio Ambiente; dia 20/09/2010 para os
funcionários da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, entre os dias 30/05/2011 à 03/06/2011 a
Coordenação Municipal do Projeto Orla realizou palestras na III Semana Integrada do Projeto Pólen na
APIC para comunidade do Terminal Pesqueiro de Farol de São Tomé e em São Francisco do Itabapoana
e no dia 24/11/2011 participou da saída de campo “Do manguezal de Carapeba em Campos dos
Goytacazes à Foz do Canal das Flechas em Barra do Furado – Quissamã”, realizada pelo Projeto Pólen.
Foram realizadas reuniões com os pescadores, trabalhadoras da pesca e demais segmentos da área
do pescado (frigoríficos, fábrica de gelo, estaleiros, defumadores/torradores, peixarias e “donos de
portos”) nos dias 17/08/2010, 21/06/2012, 11/07/2012, 24/07/2012 e 30/10/2012, na área de
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desembarque do pescado, Colônia de Pescadores Z-19 e no stand da Secretaria de Meio ambiente no
Farol de São Thomé. Realizadas reuniões com comerciantes nos dias 07/12/2010, 24/04/2012 e
08/11/2012.
Figura 13 - Reunião na Colônia Z-19 Figura 14 - Reunião na pedra dos pescadores
Devido à demanda do Pré Comitê Gestor foi ministrado o curso de capacitação com relação ao
trânsito de veículos na faixa de areia com representantes de todos os órgãos que utilizam a faixa de areia
durante o verão. O curso teve a participação da Marinha do Brasil, Secretarias Municipais, Corpo de
Bombeiros, Polícia Militar, Guarda Civil Municipal, Projeto Tamar, Empresa de Monitoramento de
animais marinhos, entre outros. As capacitações foram realizadas nos dias 08/02/2012 e 09/01/2013.
Figura 15 - Palestra Marinha do Brasil Figura 16 - Capacitação em Farol de São Thomé
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O Pré Comitê Gestor desde a sua formação sempre esteve ativo quanto às demandas da orla
municipal, buscando a participação da comunidade para fazer o uso adequado e o ordenamento da
mesma, sempre buscando fazer o uso aliado à preservação.
4. OBJETIVO
4.1 Objetivo Geral
Definir orientações para o uso adequado e o ordenamento da orla, reduzindo os impactos da
ocupação e uso, associando e compatibilizando as políticas ambiental e patrimonial de forma a promover
o desenvolvimento sustentável.
4.2 Objetivos Específicos
Fortalecer a capacidade de atuação e articulação de diferentes atores do setor público e privado na
gestão integrada da orla.
Desenvolver mecanismos de participação e controle social para sua gestão integrada.
Otimizar o acesso de pedestres às áreas de uso comum do povo na orla.
Realizar o ordenamento paisagístico ambiental do uso e da ocupação da orla, compatibilizando o
meio ambiente urbano ao natural, protegendo os ecossistemas existentes na área de intervenção, visando
o ordenamento das estruturas que se encontram na orla.
5. LOCALIZAÇÃO DA ÁREA DE INTERVENÇÃO
5.1 Aspectos Ambientais
A zona costeira do município de Campos dos Goytacazes (Mapa 1) insere-se no macro
compartimento da Bacia de Campos, no Litoral Oriental (ou leste) brasileiro de acordo com o proposto
por Muehe (1998). A principal feição que marca este compartimento da zona costeira fluminense é
justamente a planície costeira aonde se desenvolveu o delta do Rio Paraíba do Sul, uma feição sedimentar
protuberante mar adentro, que tem sua história geológica entendida a partir das duas últimas grandes
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elevações (e posteriores regressões) do nível do oceano e também associada aos depósitos fluviais ao
longo dos últimos 123.000 anos.
O delta do Paraíba do Sul, considerado um clássico exemplo de delta dominado por ondas,
apresenta sequências evolutivas morfológicas fortemente impressas em sua paisagem costeira. A atual
desembocadura se desenvolve sobre feições mais recentes construídas desde aproximadamente 5.500
anos antes do presente enquanto formações associadas a idades bem mais antigas (cerca de 123.000 anos)
são predominantes do Cabo de São Tomé em direção ao sul (Dias, 1981; Dominguez et al. 1981). Desde
a década de 80, ou mesmo antes como em Lamego (1945), diversas referências podem ser citadas para o
tema evolução geológica do litoral Norte Fluminense, como: Dias e Gorini (1980); Dominguez et al.
(1981); Martin et al. (1984); Silva (1987); Bastos (1997). Para uma excelente síntese destas discussões e
caracterizações ver Kjerfve e Dias (2009) ou Rocha (2009).
A partir do Cabo de São Tomé em direção ao sul, observa-se que as barreiras arenosas
posicionadas mais próximas ao oceano sofrem com processos de transposição de ondas promovendo a
migração desta feição em direção ao continente. Por outro lado ao norte do Cabo de São Tomé, as
barreiras arenosas apresentam características tipicamente regressivas, já diretamente influenciadas pela
atual sedimentação do Paraíba do Sul. Assim o Cabo de São Tomé marca uma posição limítrofe de
características morfológicas distintas, que se refletem também em condições de transporte litorâneo
convergente (Cassar e Neves, 1993 (figura 17); Machado, 2009) e marca a inflexão desta porção do
litoral Norte Fluminense onde uma porção volta-se para Sudeste e a outra se volta para Nordeste, o que é
significativo em termos de exposição à ondas de tempestade, transporte de sedimentos e características
dinâmicas da praia.
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Mapa 1 - Orla do Município de Campos dos Goytacazes e subdivisões conforme o Projeto Orla do
Município.
Mapa Eduardo Bulhões (2015).
De acordo com o mapa geológico adaptado de Dias (1981) (Mapa 2) a planície costeira associada
à progradação da foz do Rio Paraíba do Sul pode ser subcompartimentada pela porção norte e porção sul
da foz. Na primeira os depósitos são mais recentes, associados à regressão do nível do mar nos últimos
5.500 anos. Já ao Sul da Foz (entre São João da Barra e Macaé), destacam-se os depósitos mais antigos,
pleistocênicos, associados à regressão do nível do mar ocorrida entre 123 e 18 mil anos antes do presente,
sobre os quais está posicionada a zona costeira do município de Campos dos Goytacazes, justamente na
protuberante feição do antigo delta, que expõe a zona costeira fluminense para sua posição mais a leste.
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Mapa 2 - Mapa geológico do Norte Fluminense, Projeto Atafona (2006).
As características sedimentares desta porção do litoral encontram-se sob influência da
sedimentação fluvial promovida pelo rio Paraíba do Sul que deposita sedimentos junto ao oceano,
sobretudo pelo predomínio do vento Nordeste e das ondas (vagas) geradas, há o transporte das areias
majoritariamente para sul, sendo estas as fontes das areias médias e grossas que recobrem a faixa costeira
do município e as lamas (compostas por siltes e argilas) que recobrem a porção submarina adjacente.
Adicionalmente há uma inversão do transporte litorâneo na porção sul do litoral do município, por
ocorrência de ondas fortes do quadrante Sul e Sudeste que acabam por convergir os fluxos (figura 17)
para justamente a zona mais protuberante do litoral, formando o chamado Cabo de São Tomé.
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Figura 17. Resultado do transporte litorâneo para a planície costeira do Paraíba do Sul. Adaptado de Cassar & Neves
(1991). Extraído de Muehe (2006).
A linha de costa do município de Campos dos Goytacazes está subdividida entre os distritos Santo
Amaro de Campos e Mussurepe, respectivamente nas localidades de Farol de São Tomé e Xexé. Estende-
se ao longo de aproximados 28 quilômetros entre o limite sul, na borda norte do Canal das Flechas (com
o município de Quissamã) e o limite norte (fronteira com o município de São João da Barra) na
localidade de Barra do Açú, localidade que marca a posição da barra lagunar da Lagoa Salgada.
Levantamentos recentes mostram que a largura média da praia é de 145,22 m com um padrão
tendendo a mais largo nas extremidades do arco praial e mais estreito na porção central. Já a altura média
da barreira arenosa frontal é de 4,0 metros, com a tendência de ocorrerem dunas frontais incipientes
(pouco desenvolvidas) em direção à porção norte da linha de costa.
Sob o ponto de vista morfodinâmico, a orla costeira de Campos dos Goytacazes é um ambiente
exposto às ondas oceânicas, composto por areias siliciclásticas de granulometria média e grossas e perfis
de praia que variam entre o refletivo (ao sul) e ao dissipativo ao norte. Tal mudança nas características
morfodinâmicas ao longo desta linha de costa se faz em função da mudança na orientação da linha de
costa (Mapa 1 e 2) e consequentemente no padrão de incidência das ondas.
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Quanto às características meteoceanográficas predominam ventos do quadrante Nordeste, com
intensidades entre 4,0 e 8,0 m/s que não raro atingem picos acima de 12 m/s. Já as ondulações incidem
com maior frequência de Su-Sudeste e de Leste-Nordeste. As ondas de Sul e Sudeste podem chegar com
alturas significativas de 3,0 m, porém o padrão mais frequente são de ondas entre 1,0 e 2,0 metros. Já
para ondas de Leste Nordeste a maior frequência de alturas é com valores entre 0,5 e 1,0 metro. (Mapa 3)
Mapa 3 - Clima de Ondas e Ventos ao largo da Zona Costeira de Campos dos Goytacazes e São João da
Barra. Souza e Bulhões, 2011.
As tabelas 03 a 06, a seguir, mostram a estatística básica relacionada ao clima de ondas e ventos
que atingem esta porção do litoral.
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Tabela 04. Estatística Básica. Altura Significativa das Ondas (m)
Quantidade Quantidade acumulada
Porcentagem Porcentagem acumulada
0,00 < x <= 0,50 71 71 3,36 3,36
0,50 < x <= 1,00 1256 1327 59,39 62,74
1,00 < x <= 1,50 641 1968 30,31 93,05
1,50 < x <= 2,00 125 2093 5,91 98,96
2,00 < x <= 2,50 17 2110 0,80 99,76
2,50 < x <= 3,00 5 2115 0,24 100
Média Mínimo Máximo Desvio padrão
Alt. Sig. Ondas 0,97 0,14 2,91 0,33
Fonte: INPE. Modelo Wave Watch III.
Os resultados da tabela 04 acima mostram que aproximadamente 59% das ondas que atingem o
litoral de Campos dos Goytacazes ocorrem com alturas entre 0,5 e 1,0 metros e quase 90% das ondas
ocorrem até 1,5 metros. Já a tabela 05 abaixo mostra que as direções preferenciais de entradas de ondas
ocorrem entre Nordeste e Leste (33%), Leste e Sudeste (30%) e entre Sudeste e Sul (33%).
Tabela 05. Estatística Básica. Direção Média (graus N) de Ondas.
Quantidade Quantidade acumulada
Porcentagem Porcentagem acumulada
0,0 < x <= 50,0 40 40 1,89 1,89
50,0 < x <= 100,0 717 757 33,90 35,79
100,0 < x <= 150,0 645 1402 30,50 66,29
150,0 < x <= 200,0 696 2098 32,91 99,20
200,0 < x <= 250,0 12 2110 0,57 99,76
250,0 < x <= 300,0 2 2112 0,09 99,86
300,0 < x <= 350,0 2 2114 0,09 99,95
350,0 < x <= 360,0 1 2115 0,05 100
Média Mínimo Máximo Desvio padrão
Dir. Onda 121,78 10,30 350,20 44,36
Fonte: INPE. Modelo Wave Watch III.
Quanto à ação dos ventos estes sopram majoritariamente com intensidades entre 4,0 e 6,0 m/s, ou
seja, entre aproximadamente 12,0 e 19,0 km/h (tabela 06). A direção preferencial de entrada destes
ventos ocorre entre Norte e Nordeste (45%) seguido das direções Nordeste e Leste (20%) conforme a
tabela 07.
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Tabela 06. Estatística Básica. Intensidade do Vento (m/s) à 10m da Superfície.
Quantidade Quantidade acumulada
Porcentagem Porcentagem acumulada
0,00 < x <= 2,00 112 119 5,30 5,63
2,00 < x <= 4,00 504 623 23,83 29,46
4,00 < x <= 6,00 840 1463 39,72 69,17
6,00 < x <= 8,00 516 1979 24,40 93,57
8,00 < x <= 10,00 121 2100 5,72 99,29
10,0 < x <= 12,00 14 2114 0,66 99,95
12,0 < x <= 14,00 1 2115 0,05 100
Média Mínimo Máximo Desvio padrão
Int. Vento 5,04 0,00 12,91 1,94
Fonte: INPE. Modelo Wave Watch III.
Tabela 07. Estatística Básica. Direção Média (graus N) dos Ventos.
Quantidade Quantidade acumulada
Porcentagem Porcentagem acumulada
0,0 < x <= 50,0 970 970 45,86 45,86
50,0 < x <= 100,0 433 1403 20,47 66,34
100,0 < x <= 150,0 230 1633 10,87 77,21
150,0 < x <= 200,0 284 1917 13,43 90,64
200,0 < x <= 250,0 122 2039 5,77 96,41
250,0 < x <= 300,0 17 2056 0,80 97,21
300,0 < x <= 350,0 35 2091 1,65 98,87
350,0 < x <= 360,0 24 2115 1,13 100
Média Mínimo Máximo Desvio padrão
Dir. Vento 90,03 0,60 359,60 77,05
Fonte: INPE. Modelo Wave Watch III.
5.2 Limites do Projeto Orla
O Projeto de Gestão Integrada da Orla Marítima - Projeto Orla surge como uma iniciativa do
Governo Federal, a partir da associação com o Grupo de Integração de Gerenciamento Costeiro (GI –
GERCO) da Comissão Interministerial de Recursos do Mar (CIRM), tendo como coordenadores, pelo
Ministério do Meio Ambiente, inicialmente, a Secretaria de Qualidade Ambiental nos Assentamentos
Humanos do Ministério do Meio Ambiente (SQA – MMA), passando a competência posteriormente à
Secretaria de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável (SEDR) e a Secretaria do Patrimônio da
União do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (SPU/MP), com o objetivo inovador na busca
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de programar uma política nacional de articulação e harmonização do Patrimônio e dos Condicionantes
Ambientais, com o objetivo de planejar o uso e ocupação da zona costeira (MMA, 2006).
De acordo com as diretrizes do Projeto Orla (MMA, 2006) a orla marítima pode ser definida
como unidade geográfica inserida na zona costeira delimitada pelo contato entre a terra firme e o mar.
Este ambiente se define pelo equilíbrio morfodinâmico aonde são atuantes processos continentais e
marinhos. A tipologia de feições, especificamente na zona costeira do município de Campos dos
Goytacazes, são as praias arenosas e os manguezais. Tipologias diferentes de orla geram usos diferentes e
então também são diferentes as necessidades de intervenção. Neste sentido as praias arenosas são as
áreas prioritárias de regulamentação e ordenamento dos usos e atividades já que estas recebem o maior
adensamento de uso por parte da população e pelo poder público.
Os limites genéricos estabelecidos pelo Projeto Orla para a determinação da orla costeira dos
municípios incorporam um limite marinho e um limite continental. O limite marinho é a isóbata (linha de
mesma profundidade) de 10 metros, que foi facilmente delimitável através de rotinas de digitalização e
interpolação de dados de Cartas Náuticas (CN1403) disponibilizadas pela Marinha do Brasil. O Mapa 4
ilustra o limite marítimo.
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Mapa 4 - Malha Urbana do Município e Limite Marítimo do Projeto Orla. Mapa Eduardo
Bulhões.
Já o limite continental ocorre no contato entre a terra e o mar (neste caso na praia) e a partir deste
são definidos uma faixa de 50 metros para áreas urbanizadas e 200 metros para áreas não urbanizadas.
Neste ponto algumas ressalvas devem ser feitas quanto ao limite continental. A linha que é
utilizada pela SPU (Secretaria de Patrimônio de União) define em 33 metros desta em direção ao
continente os chamados Terrenos de Marinha. Estes, em conjunto com seus acrescidos, foram definidos
com base legal no Decreto Lei 9760/46, onde consta, nos artigos 2º e 3º.
"Art. 2º - São terrenos de marinha, em uma profundidade de 33 (trinta e três) metros,
medidos horizontalmente, para a parte da terra, da posição da linha do preamar médio de 1831:
a) os situados no continente, na costa marítima e nas margens dos rios e lagoas, até onde se
faça sentir a influência das marés;
b) os que contornam as ilhas situadas em zonas onde se faça sentir a influência das marés.
Parágrafo único. Para os efeitos deste artigo a influência das marés é caracterizada pela
oscilação periódica de 5 (cinco) centímetros pelo menos do nível das águas, que ocorra em
qualquer época do ano.
Art. 3º - São terrenos acrescidos de marinha os que se tiverem formado, natural ou
artificialmente, para o lado do mar ou dos rios e lagoas, em seguimento aos terrenos de marinha."
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A linha que define os limites para o Projeto Orla (MMA, 2006) deve ser demarcada a partir da
linha de preamar máxima (LPM) ou do limite final de ecossistemas tais como as caracterizadas por
feições de praias, dunas, áreas de escarpa, falésias, costões rochosos e etc (Figura 18).
Figura 18. Limites propostos para delimitação da Orla. (MMA,2006)
Em termos práticos, para o município aqui analisado, a linha pôde ser projetada a partir do
contato entre as areias de praia e à retroterra (onde houve alguma mudança verificável da vegetação ou
do ambiente geomorfológico), adicionalmente quando da presença de dunas frontais, o reverso destas foi
utilizado como a linha de delimitação. Já no caso das áreas de mangue os limites foram determinados a
partir das margens deste.
Especificamente no município de Campos dos Goytacazes, toda a zona costeira está sobreposta
em área de restinga e adjacente a áreas de manguezais, o que por si só já garantiria área de proteção
permanente pela Lei Federal 4.771/65 (revogada pela Lei 12.651/12). Todavia, a presença de áreas de
mangue ao norte (Maria Rosa) e ao sul (Carapeba) faz com que os limites para o Projeto Orla sejam
projetados para as margens voltadas para o continente destes corpos hídricos já que a margem voltada
para o oceano é de fato a praia. A partir destas margens voltadas para o continente seriam então
projetados 200 metros já que estas áreas não são urbanizadas. O Mapa 5 abaixo ilustra o exemplo na área
adjacente ao mangue Maria Rosa, porção norte do litoral do município.
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Mapa 5 - Mangue da Maria Rosa e os Limites do Projeto Orla. Mapa Eduardo Bulhões.
Também existem fragmentos de restinga em áreas ainda não urbanizadas que podem e devem ser
protegidos, de acordo com a demanda surgida nas oficinas do Pré-Comitê Gestor. Neste caso, trata-se da
área conhecida como Restinga do Xexé que teria então o delineamento de uma faixa de 200 metros a
partir da linha base traçada no contato da praia com o asfaltamento da avenida. O Mapa 6 ilustra este
exemplo.
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Mapa 6 - Restinga do Xexé e Limite do Projeto Orla. Mapa Eduardo Bulhões.
Na área onde a praia está urbanizada a linha foi delimitada no contato da areia da praia com o
calçadão ou com o asfaltamento e daí foi delineada a faixa de 50 metros como o limite do Projeto Orla
para as áreas urbanizadas (Mapa 7).
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Mapa 7 - Área Urbanizada da Orla Costeira do Município de Campos dos Goytacazes. Mapa Eduardo
Bulhões.
Existe ainda um pequeno segmento de linha de costa, urbanizado, sujeito a severos efeitos de
erosão, sobretudo por impacto de ondas de tempestade, o que, de acordo com o Projeto Orla (MMA,
2006) podem ser inseridos limites mais restritivos quanto a faixa de delimitação, neste caso então são
projetados 200 metros a partir da linha de contato entre a praia e o asfaltamento. Cabe ressaltar que estes
limites em áreas onde ocorre erosão costeira podem ser reprojetados para mais ou para menos, desde que
haja estudos que justifiquem esta alteração. O Mapa 8 mostra a transição de uma área estável para uma
área sujeita a erosão por ondas de tempestade.
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Mapa 8 - Transição entre Área Urbanizada e Área em Processo Erosivo. Mapa Eduardo Bulhões.
O meio ideal para a delimitação destes limites continentais é obviamente o levantamento de
precisão em campo com equipamentos de precisão subcentimétrica, como o DGPS. Outra possibilidade é
a utilização de imagens de satélite de alta resolução (< 5 m) cobrindo toda a faixa costeira do município.
Em ambos os casos, rotinas de gabinete com profissionais treinados para tal são necessárias para que a
precisão e a acuidade cartográfica sejam mantidas.
Como demanda identificada nas oficinas realizadas do Projeto Orla do município são necessários
estudos sobre o avanço do mar e dos possíveis impactos que a orla costeira do município pode vir a
sofrer, sobretudo numa perspectiva de mudanças climáticas. São necessários também estudos para que
seja delimitada precisamente a linha base do Projeto Orla, conforme os exemplos iniciais aqui
apresentados, para que a partir de então sejam delineados os limites, sejam de 50 ou 200 metros, para a
orla costeira do município, sendo esta então a faixa de atuação do Projeto Orla.
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5.3 Compartimentação da Orla do Município
Quanto à sub compartimentação do litoral do município foram definidas três unidades (Mapa 1)
de paisagem para fins de planejamento e gestão da zona costeira. A primeira unidade estende-se desde o
limite com o município de São João da Barra, localidade de Barra do Açu, até a Vila do Sol. O segundo
compartimento estende-se entre a Vila do Sol e o Camping e a terceira unidade estende-se entre o
Camping e o Canal das Flechas, limite com o município de Quissamã. As características básicas destas
unidades são descritas a seguir.
5.4 Unidade 01 - Da divisa da Barra do Açu à Vila do Sol
Esta unidade estende-se por aproximadamente 15,4 km desde o limite norte da orla do município
de Campos dos Goytacazes com o município de São João da Barra até a localidade conhecida como Vila
do Sol, ao sul. Trata-se de uma extensa área de restinga onde existe o contato da Lagoa (laguna) Salgada
com o mar. Este contato se dá permanentemente via água subterrânea e episodicamente via abertura da
barra da laguna por ação das ondas ou em períodos de cheia pluviométrica. Este contato permite a
existência de vegetação de mangue bem desenvolvido ao longo das margens da laguna. A barra da Lagoa
Salgada é formada por praia arenosa, voltada para leste, aonde existem dunas frontais pouco
desenvolvidas. Predominam os processos de acumulação de sedimentos nesta porção da costa em função
da convergência de fluxos de sedimentos provenientes de norte e de sul. É uma área não urbanizada e que
deve ser protegida através de criação de unidade de conservação. O Mapa 9 ilustra a extensão e a
fisiografia desta área.
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Mapa 9 - Da Vila do Sol à Barra do Açu. Mapa Eduardo Bulhões.
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5.5 Unidade 02 - Da Vila do Sol ao Camping
O compartimento que se estende por aproximadamente 6,2 km entre a localidade Vila do Sol e o
Camping está ilustrado no Mapa 10, a seguir, e é a área urbanizada da orla costeira do município de
Campos dos Goytacazes, que engloba os principais núcleos urbanos, sendo estes o Farol de São Tomé e
Xexé. As características da praia arenosa remontam a praias urbanizadas onde a extensão da faixa de
areia é interrompida pelo calçadão da orla. Há presença de vegetação de restinga e pequenas dunas
frontais, além de duas bermas elevadas. Morfologicamente é uma área aonde há o predomínio de
transporte de sedimentos, na maior parte do ano para o Sul e é também sujeita a eventos episódicos de
ondas de tempestade que podem ultrapassar os limites da praia.
Mapa 10 - Da Vila do Sol ao Camping. Mapa Eduardo Bulhões.
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5.6 Unidade 03 - Do Camping à divisa da Barra do Furado
A terceira unidade, que se estende por aproximadamente 7,1 km do Camping à divisa da Barra do
Furado marca o contato, ao sul, da orla do município de Campos dos Goytacazes com o canal das
Flechas, limítrofe ao município de Quissamã. Nesta área, mais ao sul, existe no reverso da barreira
arenosa (praia) uma área de mangue conhecido como Mangue da Carapeba. Desde que o guia corrente
foi instalado para a fixação das margens do Canal das Flechas existe uma tendência de recuo da linha de
costa através de processos de impedimento da chegada de sedimentos vindos de sul, portanto, erosão.
Existe também um pequeno segmento da linha de costa que está exposto a ondas fortes vindas de Sul e
de Sudeste que responde com erosão, sobretudo pela falta de estoque de areias na praia. As evidências
disto são claras e remontam à destruição da avenida que beira a orla e do solapamento de algumas
construções residenciais (já abandonadas) junto à praia. A largura da praia nesta área é a menor de toda a
orla do município, basicamente em função do déficit sedimentar e adicionalmente, a ausência de dunas
frontais, gerando um ambiente favorável a eventos episódicos de erosão costeira. O Mapa 11 ilustra esta
área e revela a fragilidade do cordão arenoso frontal.
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Mapa 11 - Do Camping ao Canal das Flechas. Mapa Eduardo Bulhões.
Por fim, este breve diagnóstico mostrou três áreas distintas do litoral do município de Campos dos
Goytacazes, sendo a porção norte predominantemente cumulativa e estável, a porção central tendo o
predomínio de processos de transporte de sedimentos e episodicamente atingida por ondas de tempestade
e a porção ao sul apresentando-se instável sob o ponto de vista morfológico com áreas potenciais de
erosão costeira forte.
6. ÁREA DE INTERVENÇÃO DAS UNIDADES DE PAISAGEM POR TRECHOS
6.1 UNIDADE 01- DA DIVISA DE BARRA DO AÇU À VILA DO SOL
6.1.1 Trecho 1- Da divisa da Barra do Açu até a curva da praia Maria da Rosa (Lagoa do Açu)
Coordenadas UTM de início 295077,256 S e 7575643,452 W - coordenadas UTM de Fim
295269,018 S e 7569324,396 W - comprimento 7,89 km.
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A área em questão está situada dentro de uma unidade de conservação de proteção integral, o
Parque Estadual da Lagoa do Açu. A unidade foi criada com o intuito de proteger importantes
remanescentes da Mata Atlântica existentes no trecho, como dunas, manguezais, lagunas, vegetação de
restinga rasteira e em outros trechos bem desenvolvida. Abriga ainda uma extensa faixa de praia, local de
desova de tartarugas marinhas in situ É importante destacar a existência de espécies, endêmicas e
ameaçadas de extinção da flora e da fauna.
Figura 19 - Área de restinga no Parque Estadual da Lagoa do Açu
Figura 20 - Restinga na Unidade de conservação
6.1.2 Trecho 2 - Do mangue Maria da Rosa (Lagoa do Açu) até a curva do Cabo de São Thomé
Coordenadas UTM de início 295269,018 S e 7569324,396 W - coordenadas UTM de Fim
295803,713 S e 7568812,796 W - comprimento 0,74 km.
Nesse trecho há a presença do ecossistema de manguezal em bom estado de conservação, que
também faz parte do Parque Estadual da Lagoa do Açu. Esse ecossistema faz parte do bioma Mata
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Atlântica e tem como característica principal o seu desenvolvimento em áreas de influência
fluviomarinha. Está em local semi abrigado da ação das marés onde a confluência de água doce é salgada
é possível para sustentar o frágil equilíbrio imprescindível para manter suas características constantes.
O manguezal Maria Rosa é composto por vegetação de Mangue Branco que se encontra mais
longe do mar, preferindo locais com influência maior das águas doces. Seu solo é bastante rico em
nutrientes e matéria orgânica com características lodosas e composto por raízes e material vegetal
parcialmente decomposto. Além do mangue existe vegetação de restinga com foco de desmatamento para
a criação de pastoreio. A área é utilizada para recreação e banho em determinadas épocas do ano e para a
prática de pesca artesanal na margem da lagoa do Açu.
Figura 21 - Vegetação de mangue branco Figura 22 - Corpo hídrico - Canal Quitingute
6.1.3 Trecho 3 - Da curva do Cabo de São Thomé até a Rua Larga (Regente Feijó)
Coordenadas UTM de início 295269,018 S e 7569324,396 W - coordenadas UTM de fim
293576,051 S e 7564120,22 W - comprimento 5,37 km.
A área do trecho 3 (três), em parte, também está dentro dos limites do Parque Estadual da Lagoa
do Açu. A área do Parque se estende pela faixa de praia e pelo bolsão de água natural que se encontra na
parte de trás das poucas habitações que existem no local que se encontram em faixa de amortecimento.
Por isso, para construir qualquer edificação no local é necessário entrar em contato com as autoridades
pertinentes.
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Crescimento desordenado de espécie exótica que já foi incorporada a paisagem da região, a
casuarina, mas que acaba impedindo o desenvolvimento de plantas nativas da restinga. Existe no trecho
um farol de menores proporções para o auxílio de embarcações que funciona com energia solar.
Figura 23 - Vegetação exótica (Casuarina) Figura 24 - Farol movido à energia solar
6.1.4 Trecho 4 - Da Rua Larga (Regente Feijó) até o início da restinga do Xéxé
Coordenadas UTM de início 293576,051 S e 7564120,22 W - coordenadas UTM de fim
292561,251 S e 7563384,665 W - comprimento 1,25 km.
A urbanização no trecho 4 (quatro) já é consolidada. Possui um significativo número de casas,
maior infraestrutura urbana de calçamento nas ruas, presença de quiosques e passarelas de acesso ao mar.
Apesar de ser área protegida, existe a criação de animais de pastoreio na extensão de restinga.
Esse fato é causador do pisoteamento das espécies nativas rasteiras, além do descarte irregular de animais
de grande e pequeno porte e de lixo que podem causar danos ao solo.
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Figura 25 - Grupo de residências no trecho 4 Figura 26 - Inicio da restinga do Xéxé
6.1.5 Trecho 5 - Do início da Restinga do Xéxé ao início da Vila do Sol
Coordenadas UTM de início 292561,251 S e 7563384,665 W - coordenadas UTM de fim
291279,103 S e 7562554,628 W - comprimento 1,53 km.
O trecho 5 (cinco) é um importante remanescente do ecossistema de restinga com a presença de
vegetação nativa preservada. É inegável a grande importância da área para a preservação de espécies da
fauna e da flora ameaçadas de extinção. Toda área pertence ao Parque Estadual da Lagoa do Açu – Pelag.
Por boa parte da vegetação é rasteira, seguida de arbustiva, sendo propensa sua utilização para
pastagem, descarte irregular de resíduos orgânicos e inorgânicos, pescados e de construção civil. O
despejo de esgoto irregular pelos moradores de áreas adjacentes e de resíduos podem levar a
contaminação do solo e do lençol freático.
A área é preservada e fiscalizada pelos Guardas-Parques do Pelag, que fazem um trabalho diário
nas áreas pertencentes ao Parque. Eles desenvolvem um trabalho educativo com a população que reside
ao entorno que estão dentro da área de amortecimento, para que eventual degradação não mais ocorra na
área.
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Figura 27 - Restinga do Xexé
6.2 UNIDADE 02 - DA VILA DO SOL AO CAMPING
6.2.1 Trecho 1- Da Vila do Sol ao Náutico
Coordenadas UTM de início 291279,103 S e 7562554,628 W - coordenadas UTM de fim
289523,86 S e 7561611,439 W - comprimento 1,99 km.
O trecho 1 (um) é caracterizado por um processo de urbanização em expansão. Possui
infraestrutura urbana bem consolidada e equipamentos públicos como um pequeno bosque de espécies
diversas com cerca de contenção.
A faixa de praia é bem preservada. Possui cobertura vegetal parcial de espécies rasteiras, além da
espécie exótica (Casuarina) que permanece em quase toda orla. Início de arborização nas proximidades
da pista de veículos.
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Figura 28 - Expansão do processo de urbanização Figura 29 - Final de faixa de praia, início da avenida
6.2.2 Trecho 2 - Do Náutico às piscinas
Coordenadas UTM de início 289523,86 S e 7561611,439 W - coordenadas UTM de fim
288905,552 S e 7561281,461 W - comprimento 0,69 km.
O trecho 2 (dois) tem o processo de urbanização consolidado, com estrutura do setor de serviços
bem desenvolvida para atender a demanda de veranistas da alta temporada, com maior número de hotéis,
quiosques e comércios em geral.
A faixa de praia nesse trecho já passou por intensos processos de transformação. Possui
construções na faixa de areia, estrutura de berçário do projeto TAMAR, miniestação aeroclimatólogica,
estande de madeira da Secretaria Municipal de Meio Ambiente- SMMA, piscinas com deque de madeira,
quiosques e uma pequena praça com cobertura de telhas de cerâmica. Devido ao maior fluxo de pessoas e
a todos os outros processos há baixa cobertura vegetal na faixa de praia além da presença de casuarinas
(espécie exótica).
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Figura 30 - Berçário do projeto TAMAR Figura 31 - Estrutura urbana consolidada
6.2.3 Trecho 3 - Das piscinas à Marinha (Porto)
Coordenadas UTM de início 288905,552 S e 7561281,461 W - coordenadas UTM de fim
288450,631 S e 7561025,167 W - comprimento 0,52 km.
No trecho 3 (três) existe um fator complexante e que o diferencia dos demais, que é a existência
de um “porto pesqueiro” que não é legalizado, conhecido com desembarque pesqueiro. Este local é usado
para esta atividade há décadas. A faixa de areia é constantemente revolvida por ação de movimentação de
barcos e tratores que são utilizados para empurrar e puxar as embarcações para entrada e saída do mar.
Os pescadores dizem que a área foi escolhida para o devido uso, pois é uma área mais abrigada, por ser
mar aberto. A faixa de praia é utilizada ainda como estacionamento desordenado das embarcações,
havendo a presença de outras estruturas como o de container para depósito de gelo (e outras
funcionalidades), borracharia, auto elétrica, casa de máquinas e vários boxes de alvenaria com cobertura
de telhas de cerâmica que funcionam como peixarias de atendimento ao público consumidor. Câmeras de
estocagem de pescados, quiosques, galpão (conhecido como telhado) para a recepção e pesagem de
pescados com piso de concreto e cobertura de telhas de cerâmica, conjunto de postes de iluminação
pública e presença de fossas responsáveis pela coleta de todo efluente do pescado também compõem essa
faixa de praia.
A urbanização na área já está consolidada e iniciando um processo de verticalização. A
arborização é da espécie exótica (Casuarina) que permanece em quase toda orla.
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Figura 32 - Estacionamento de embarcação Figura 33- Estrutura urbana consolidada
6.2.4 Trecho 4 - Da Marinha (Porto) ao Camping
Coordenadas UTM de início 288450,631 S e 7561025,167 W - coordenadas UTM de fim
286790.891 S e 7560080.993 W - comprimento 1,90 km.
A urbanização no último trecho da unidade 2 (dois) está em processo de expansão, e já é uma área
consolidada. Existe toda infraestrutura para a alta temporada: vários quiosques na praia e campos para
prática esportiva, pequena praça com cobertura de telha de cerâmica estande das secretarias do
município. As escassas áreas verdes remanescentes da restinga são cercadas para evitar o pisoteio das
espécies rasteiras pelos usuários da orla.
Figura 34 - Área de praia Figura 35 - Estrutura urbana consolidada
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6.3 UNIDADE 03 - DO CAMPING AO CANAL DAS FLECHAS
6.3.1 Trecho 1 - Do Camping ao Lagamar
Coordenadas UTM de início 286790.891 S e 7560080.993 W - coordenadas UTM de fim
285087,593 S e 7559025,181 W - 2,00 km.
A partir do trecho 1 (um) da unidade 03 (três) algumas importantes características modificam-se:
a área é afetada pelo processo de erosão costeira, a partir disso, pelo avanço do mar há arrasamento
natural da vegetação de restinga que não suporta os constantes adventos da maré. Devido a isso, a faixa
de praia é mais curta e não possui as mesmas características de infraestrutura à beira mar dos trechos da
unidade 02 (dois). No trecho, existe a presença de estruturas na faixa de areia, tais como: raia (corrida de
cavalos), trailers, pequeno campo de futebol.
A densidade de moradias na área é reduzida, e se estende por aproximadamente 3 (três)
quarteirões, posteriormente se transformando em área de pasto e área de expansão da malha urbana.
Figura 36 - APA do Lagamar Figura 37 - Avenida Atlântica com vista da faixa de
praia
6.3.2 Trecho 2 - Do Lagamar as Gaivotas
Coordenadas UTM de início 285087.593 S e 7559025.181 W - coordenadas UTM de fim
283462,46 S e 7557938,648 W - comprimento 1,95 km.
Incluso no trecho 2 (dois) está a APA do Lagamar, uma unidade de conservação criada em 1993.
A lagoa do Lagamar é classificada como uma lagoa costeira, que possui ligação com o mar via subsolo e
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anteriormente por um cordão que a ligava ao mar, esse cordão foi interrompido pela construção da
estrada, porém, é constante a passagem de água para a lagoa na maré alta. Devido a isso, a lagoa possui
água salobra, que abriga grande variedade de peixes e aves. Ao redor da lagoa há um considerável
número de residências irregulares que despejam os resíduos domésticos in natura na área. Existe ainda
ao longo do trecho 2 (dois) a existência de espécie exótica (Casuarina).
Figura 38 - Área em expansão Figura 39 - Área de praia
6.3.3 Trecho 3 - Das Gaivotas ao Clube do Biscoito
Coordenadas UTM de início 283462.46 S e 7557938.648 W - coordenadas UTM de fim
282746,142 S e 7557683,543 W - comprimento 0,84 km.
No trecho 3 (três) a estrada foi destruída em diversos pontos pela transgressão marinha, que leva a
erosão da costa. Existem poucos trechos de restinga e ocorre vegetação exótica (Casuarina). É uma área
em processo de loteamento onde algumas residências foram comprometidas (destruídos em parte) pela
erosão da costa. Isso torna a área perigosa para a construção.
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Figura 40 - Área do trecho 3 da unidade 3
6.3.4 Trecho 4 - Do Clube do Biscoito ao 1° Píer
Coordenadas UTM de início 282746.142 S e 7557683.543 W - coordenadas UTM de fim
281451,558 S e 7556728,84 W - comprimento 1,61 km.
A partir do trecho 4 (quatro), a erosão da praia sucumbiu a estrada e é preciso desviar o caminho
por outra rota por trás da antiga estrada, algumas casas já foram destruídas pelo avanço e estão em
abandono. É uma área pouco urbanizada onde a restinga foi devastada para a criação de gado. Alguns
pescadores deixam detritos de pesca em alguns locais pontuais. Há ocorrência de expansão de loteamento
ilegal, pois não possuem as devidas licenças para a construção das residências. O local não tem água
encanada nem rede elétrica ativa para as residências.
Figura 41 - Área em expansão Figura 42 - Área de praia e Píer
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6.3.5 Trecho 5 - Do 1° Píer ao Canal das Flechas
Coordenadas UTM de início 281451.558 S e 7556728.84 W - coordenadas UTM de fim
279722,983 S e 7555402,757 W - comprimento 2,25 km.
O último trecho da unidade 03 (três) é uma área de extrema importância ecológica e que está
passando por diversas mudanças socioecômicas com a construção do Complexo Logístico e Industrial do
Farol/Barra do Furado.
Nesse trecho existe um dos últimos remanescentes do ecossistema de manguezal na região, o da
Ilha da Carapeba. Este se encontra na zona estuarina formada pelo encontro do Canal da Carapeba e
Canal do Viegas, sendo que estes corpos d'água unem-se em uma única calha para desaguar no Canal das
Flechas que é onde os novos empreendimentos estão sendo construídos. É de interesse por parte do
município transformar a área em uma unidade de conservação para atenuar os futuros impactos advindos
do Complexo e protegê-lo de outras ameaças como a caça predatória de animais silvestres e do descarte
irregular de resíduos (pesca e doméstico). O mangue também é afetado pelo processo de transgressão
marinha, onde o mar alastrar-se em condições de maré alta.
Figura 43 - Área de praia Figura 44 - Mangue da Carapeba
7. ÁREAS DESTINADAS A REALIZAÇÃO DE EVENTOS NA ORLA
As áreas destinas aos eventos de surf localizados na faixa de areia ficarão distribuídos em 5
(cinco) pontos distintos na orla, são eles: na direção do 1º Píer com uma área de ação de 100 metros de
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raio a partir do 1º Píer, no Bosque das Casuarinas, entre as ruas 89 e 88, entre as ruas Castelo Branco e
Projetada Goytacazes, José Custódio de Almeida e Dom Bonifácio, e Piau e Tainha.
Tabela 08: Áreas destinadas ao surf na faixa de areia.
LOCAL LATITUDE LONGITUDE
1º Píer -22 04 51.48059 -41 07 04.13461
Bosque das Casuarinas 1 (rua 89) -22 04 05.94138 -41 05 43.29910
Bosque das Casuarinas 2 (rua 88) -22 04 13.00062 -41 05 55.62881
Rua Castelo Branco -22 02 28.62481 -41 02 45.97231
Rua Projetada Goytacazes -22 2 25.573 -41 2 39.239
Rua José Custódio de Almeida -22 02 14.39606 -41 02 17.58260
Rua Dom Bonifácio -22 2 10.777 -41 2 13.735
Rua Piau -22 01 52.331 -41 01 34.161
Rua Tainha -22 01 50.421 -41 01 30.056
Figura 45- Imagem representativa da área do 1º Píer
Fonte: Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes. Aerofotogrametria Digital para Gestão do Cadastro Técnico
Multifinalitário, realizada em setembro de 2013. Acervo do Centro de Informações e Dados de Campos - CIDAC.
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Figura 46- Imagem representativa da área do Bosque das Casuarinas
Fonte: Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes. Aerofotogrametria Digital para Gestão do Cadastro Técnico
Multifinalitário, realizada em setembro de 2013. Acervo do Centro de Informações e Dados de Campos - CIDAC.
Figura 47- Imagem representativa da área das ruas Castelo Branco à Projeto Goytacazes
Fonte: Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes. Aerofotogrametria Digital para Gestão do Cadastro Técnico
Multifinalitário, realizada em setembro de 2013. Acervo do Centro de Informações e Dados de Campos - CIDAC.
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Figura 48- Imagem representativa da área das ruas José Custódio de Almeida à Dom Bonifácio
Fonte: Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes. Aerofotogrametria Digital para Gestão do Cadastro Técnico
Multifinalitário, realizada em setembro de 2013. Acervo do Centro de Informações e Dados de Campos - CIDAC.
Figura 49- Imagem representativa da área das ruas Piau à Tainha
Fonte: Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes. Aerofotogrametria Digital para Gestão do Cadastro Técnico
Multifinalitário, realizada em setembro de 2013. Acervo do Centro de Informações e Dados de Campos - CIDAC.
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As áreas destinadas aos eventos culturais e esportivos fora da faixa de areia ficarão
compreendidas entre as ruas Nelson Pedra e Irineu Parente, Manoel Pinto Quintanilha e Thomé de Souza,
Independência e Dom Bonifácio, assim com a área do Lagamar.
Tabela 09: Áreas destinadas a eventos culturais e esportivos fora da faixa de areia.
LOCAL LATITUDE LONGITUDE
Lagamar -22 03 35.49787 -41 05 05.99464
Rua Nelson Pedra -22 2 50.464 -41 3 32.438
Rua Irineu Parente -22 02 33.219 -41 02 58.787
Rua Manoel Pinto Quintanilha -22 02 27.975 -41 02 48.420
Rua Thomé de Souza -22 02 22.100 -41 02 36.699
Rua Independência -22 2 18.697 -41 2 29.958
Rua Dom Bonifácio -22 2 10.777 -41 2 13.735
Figura 50- Imagem representativa do Lagamar
Fonte: Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes. Aerofotogrametria Digital para Gestão do Cadastro Técnico
Multifinalitário, realizada em setembro de 2013. Acervo do Centro de Informações e Dados de Campos - CIDAC.
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Figura 51- Imagem representativa da área das ruas Nelson Pedra à Irineu Parente
Fonte: Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes. Aerofotogrametria Digital para Gestão do Cadastro Técnico
Multifinalitário, realizada em setembro de 2013. Acervo do Centro de Informações e Dados de Campos - CIDAC.
Figura 52- Imagem representativa da área das ruas Manoel Pinto Quintanilha à Thomé de Souza
Fonte: Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes. Aerofotogrametria Digital para Gestão do Cadastro Técnico
Multifinalitário, realizada em setembro de 2013. Acervo do Centro de Informações e Dados de Campos - CIDAC.
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Figura 53- Imagem representativa da área das ruas Independência à Dom Bonifácio
Fonte: Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes. Aerofotogrametria Digital para Gestão do Cadastro Técnico
Multifinalitário, realizada em setembro de 2013. Acervo do Centro de Informações e Dados de Campos - CIDAC.
As áreas destinadas aos eventos Culturais e Esportivos na faixa de areia ficarão compreendidas
entre as ruas Crisando Riscado e Ludgero Arêas.
Tabela 10: Áreas destinadas a eventos culturais e esportivos na faixa de areia.
LOCAL LATITUDE LONGITUDE
Crisando Riscado -22 2 48.600 -41 3 25.750
Ludgero Arêas -22 2 40.542 -41 3 8.924
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Figura 54- Imagem representativa da área das ruas Crisando Riscado à Ludgero Arêas
Fonte: Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes. Aerofotogrametria Digital para Gestão do Cadastro Técnico
Multifinalitário, realizada em setembro de 2013. Acervo do Centro de Informações e Dados de Campos - CIDAC.
Todas as áreas aqui destinadas aos eventos Culturais e Esportivos não exime os realizadores dos
eventos as autorizações dos órgãos competentes para que possam instalar estruturas temporárias na faixa
de areia ou fora dela, que estejam dentro dos limites do Projeto Orla.
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8. ZONEAMENTO ECOLÓGICO ECONÔMICO COSTEIRO – ZEE
UNID. 1 - Da divisa da Barra do Açu à Vila do Sol
UNIDADE TRECHO ZONA METAS AMBIENTAIS CLASSE TIPOLOGIA ESTRATÉGIAS DE INTERVENÇÃO
PREDOMINANTE
I -
Da
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1 -
Da
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).
1
Manutenção da integridade e da biodiversidade dos ecossistemas.
Manejo ambiental da fauna e flora.
Atividades educativas.
A
Orla exposta não urbanizada. Preventiva
2 -
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Lag
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Açu
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3
Manutenção das principais funções do ecossistema.
Saneamento e drenagem simplificados.
Reciclagem de resíduos.
Educação ambiental.
Recuperação induzida para controle da erosão manejo integrado de bacias hidrográficas.
Zoneamento urbano, turístico e pesqueiro.
B Orla exposta em processo de
urbanização. Controle
4 -
Da
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o
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exé.
5
Saneamento ambiental e recuperação da qualidade de vida urbana, com reintrodução de
componentes ambientais compatíveis.
Controle de efluentes.
Educação ambiental.
Regulamentação de intervenção (reciclagem de resíduos) na linha costeira (diques, molhes,
píers, etc).
Zoneamento urbano/industrial.
Proteção de mananciais.
C Orla exposta com
urbanização consolidada. Corretiva
5 -
Do
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Res
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l.
1
Manutenção da integridade e da biodiversidade dos ecossistemas.
Manejo ambiental da fauna e flora.
Atividades educativas.
A Orla exposta não urbanizada. Preventiva
67
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UNID. 2 - Da Vila do Sol ao Camping
UNIDADE TRECHO ZONA METAS AMBIENTAIS CLASSE TIPOLOGIA ESTRATÉGIAS DE INTERVENÇÃO
PREDOMINANTE
II -
Da
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1 -
Da
Vil
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3
Manutenção das principais funções do ecossistema.
Saneamento e drenagem simplificados.
Reciclagem de resíduos.
Educação ambiental.
Recuperação induzida para controle da erosão manejo integrado de bacias hidrográficas.
Zoneamento urbano, turístico e pesqueiro.
B Orla exposta em processo de
urbanização. Controle
2 -
Do
Náu
tico
às
Pis
cin
as.
4
Recuperação das principais funções do ecossistema/ monitoramento da qualidade das águas.
Conservação ou recuperação do patrimônio paisagístico.
Zoneamento urbano, industrial, turístico e pesqueiro.
Saneamento ambiental localizado.
B Orla exposta em processo de
urbanização. Controle
3 -
Das
Pis
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Mar
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).
5
Saneamento ambiental e recuperação da qualidade de vida urbana, com reintrodução de
componentes ambientais compatíveis.
Controle de efluentes.
Educação ambiental.
Regulamentação de intervenção (reciclagem de resíduos) na linha costeira (diques, molhes,
píers, etc).
Zoneamento urbano/industrial.
Proteção de mananciais.
C
Orla exposta com
urbanização consolidada. Corretiva
4 -
Da
Mar
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5 C
68
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UNID. 3 - Do Camping ao Canal das Flechas
UNIDADE TRECHO ZONA METAS AMBIENTAIS CLASSE TIPOLOGIA ESTRATÉGIAS DE INTERVENÇÃO
PREDOMINANTE
III
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1 -
Do
Cam
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5
Saneamento ambiental e recuperação da qualidade de vida urbana, com reintrodução de
componentes ambientais compatíveis.
Controle de efluentes.
Educação ambiental.
Regulamentação de intervenção (reciclagem de resíduos) na linha costeira (diques, molhes,
píers, etc).
Zoneamento urbano/industrial.
Proteção de mananciais.
C Orla exposta com
urbanização consolidada. Corretiva
2 -
Do
Lag
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3 Manutenção das principais funções do ecossistema.
Saneamento e drenagem simplificados.
Reciclagem de resíduos.
Educação ambiental.
Recuperação induzida para controle da erosão manejo integrado de bacias hidrográficas.
Zoneamento urbano, turístico e pesqueiro.
B
Orla exposta em processo de
urbanização. Controle
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2
Manutenção funcional dos ecossistemas e proteção aos recursos hídricos para o
abastecimento e para a produtividade primária, por meio de planejamento do uso, de
conservação do solo e saneamento simplificado.
Recuperação natural.
Preservação do patrimônio paisagístico.
Reciclagem de resíduos.
Educação ambiental.
A Orla exposta não urbanizada. Preventiva
5 -
Do
1º
Píe
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Can
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1
Manutenção da integridade e da biodiversidade dos ecossistemas.
Manejo ambiental da fauna e flora.
Atividades educativas.
A Orla exposta não urbanizada. Preventiva
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9. SÍNTESE DO DIAGNÓSTICO/ CLASSIFICAÇÃO
9.1 Atributos Naturais e paisagísticos
O município de Campos dos Goytacazes possui 28 quilômetros de orla marítima, exposta, com
trechos urbanizados e em processo de urbanização. Seu relevo é formado por terrenos baixos, onde
ocorrem restingas, mangues, áreas periodicamente alagadas, lagoas e rios.
Nas planícies ocorrem remanescentes de vegetação de restinga bem preservados, sobre cordões
arenosos, destacando o fragmento da Restinga do Xexé, e as áreas prioritárias para Unidade de
Conservação.
Na extremidade ao norte da orla, ocorre o mangue denominado Maria Rosa às margens do rio
Quitingute e ao sul o Mangue denominado Carapeba às margens do Canal das Flechas.
Manguezal da Carapeba:
O Manguezal da Carapeba está situado na zona estuarina formada pelo encontro do Canal da
Carapeba e Canal do Veigas, sendo que estes corpos d’água unem-se em uma única calha para desaguar
no Canal das Flechas, localizado nas fronteiras dos municípios de Campos dos Goytacazes e Quissamã,
entre as praias de Boa Vista e Barra do Furado.
A área do Manguezal da Carapeba é um dos últimos remanescentes deste ecossistema no
município, sendo considerada como área de preservação natural, e proposta de macro zoneamento do
Plano Diretor do Município de Campos dos Goytacazes, o manguezal da Carapeba, torna-se altamente
relevante à preservação desta área para garantir o equilíbrio ecológico da região litorânea sobre sua
influência direta, bem como para manutenção econômica das comunidades adjacentes de pescadores e
coletores de crustáceos.
Restinga do Xexé:
A Restinga do Xexé que é uma área representa o último remanescente de Mata de Restinga no
litoral do município de Campos dos Goytacazes. Segundo IGESA (KRISTOSCH e ABREU, 2008) esse
70
ESTADO DO RIO DE JANEIRO
PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES
ecossistema é um dos mais ameaçados do Brasil, ocupa uma região de intensa especulação imobiliária,
isto é, a região imediatamente costeira, sendo foco de uma série de ações conflitantes no que diz respeito
ao seu uso.
Uma das principais importâncias ecológicas desse ecossistema é o de servir de refúgio para
espécies ameaçadas de extinção, como por exemplo, o sabiá da praia (Mimus gilvus) e a preguiça de
coleira (Bradypus torquatus). A região possui ainda uma importância sócio-ambiental e econômica, uma
vez que se encontra ali uma grande quantidade de indivíduos da espécie Schinus terebinthifolius
(aroeira), espécie essa cujos frutos possuem valores altos no mercado externo e podem ser uma
alternativa de desenvolvimento sustentável para a população local se for bem orientado seu extrativismo.
Além disso, a área de praia que compõe a Restinga do Xexé é área de desova de tartaruga marinha
cabeçuda (Caretta caretta).
Área de Proteção Ambiental (APA) do Lagamar:
Em 29 de Abril de 1993, através da Lei Municipal nº 5.418, foi instituída a Área de Proteção
Ambiental - APA do Lagamar do município de Campos dos Goytacazes, uma pequena lagoa, entre a
faixa da praia e a planície aluvial, denominada Lagamar. A APA tem o objetivo de proteger um
ecossistema de lagunas do município e de ecossistemas representativos associados a ele, bem como o
intuito de impedir que o crescimento urbano degrade o ecossistema permitindo sua recuperação. A APA
abrange o espelho d’água do ecossistema lagunar, suas margens numa faixa de até 30m, os
remanescentes de vegetação localizados em suas margens e os leitos e margens dos cursos d’água que
afluem para a laguna, numa extensão de 500 m a contar da foz ou da nascente dos mesmos.
9.2 Identificação das atividades geradoras do problema e dos atores envolvidos
Comércio:
Notadamente pelas atividades praticadas nos quiosques, aquelas associadas ao turismo que se
produzem de forma desordenada, como comércio ambulante, feiras e eventos e as praticadas no porto
pesqueiro como: o mercado de peixe e crustáceos que se encontra deficiente quanto aos padrões
sanitários.
71
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Pesca:
Pescadores responsáveis pela pesca artesanal atuam na orla em detrimento da integridade da
biodiversidade da faixa marinha, utilizando a faixa de areia para algumas atividades como:
estacionamento, construção e abandono de embarcações, oficinas mecânicas e elétricas, borracharia,
impedindo o livre acesso à praia e causando poluição.
Diversas embarcações de pesca que utilizam redes de arrasto para a prática de pesca predatória de
camarão, na área da orla marítima do município, não existindo qualquer procedimento de fiscalização
ambiental que vise coibir tal prática.
Veranista e Turista:
Contribuem para o aumento na demanda de infraestrutura temporárias, bem como para o aumento
expressivo na geração de resíduos.
Trânsito irregular de veículos na faixa de areia, causando degradação ambiental, colocando em
risco a vida dos banhistas e comprometendo a área de desova de tartarugas marinhas.
Especialmente responsável por pressões associadas à sazonalidade e a necessidade de um
planejamento visando sua sustentabilidade.
Construção Civil:
Atividades vinculadas ao processo de urbanização contribuem para formas de uso inadequado de
área de preservação, que vem sendo degradada e pouco valorizada como elemento paisagístico de
equilíbrio ecológico, em conflito com a necessidade de valorização e conhecimento dos espaços naturais
protegidos.
72
ESTADO DO RIO DE JANEIRO
PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES
Nos quadros apresentados a seguir, elaborados durante a realização das oficinas que ensejaram
este documento, constam apresentadas por Unidades de Paisagem (subdivididas em trechos), informações
resumidas sobre a orla campista, para cuja classificação, configuração, potencialidades e outros,
tomaram-se por base os principais problemas de uso, ocupação e impactos, identificados pelos
participantes das Oficinas realizadas pela equipe
73
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9.3 Problemas de uso e ocupação e impactos na orla
UNID. 1 - Da divisa da Barra do Açu à Vila do Sol
UNIDADE TRECHO CLASSE CONFIGURAÇÃO LOCAL E USOS POTENCIALIDADES PROBLEMAS ATIVIDADES GERADORAS EFEITOS E IMPACTOS ASSOCIADOS
AOS PROBLEMAS
I -
Da
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1-
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A
Orla exposta.
Área deserta (sem construções).
Ambiente bem preservado.
Área de desova de tartarugas marinhas
in situ as desovas são mantidas no local
original de postura escolhido pela
tartaruga, sem nenhuma interferência.
Estudos para criação de uma
Unidade de Conservação com
utilização restrita.
Presença de animais (boi e cabrito)
pastando, descarte de ossada.
Comércio.
Dispersão de odores desagradáveis.
Degradação do solo.
2 -
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A Recreação e Pesca Artesanal.
Paisagem com grande diversidade
ambiental e valor cênico.
Existência de barracas irregulares.
Falta de serviços urbanos.
Turismo e comércio.
Prejuízo a qualidade ambiental, pela
disposição inadequada de resíduos sólidos,
efluentes sanitários e desmatamento.
3 -
Da
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B
Orla exposta com urbanização em
processo de consolidação horizontal.
Área de desova de tartarugas marinhas
in situ as desovas são mantidas no local
original de postura escolhido pela
tartaruga, sem nenhuma interferência.
Instalação de estruturas turístico-
ecológicas.
Expansão imobiliária desordenada.
Fluxo turístico concentrado em curto
período do ano.
Inexistência de infra-estrutura,
equipamentos e serviços urbanos.
Prática de eventos em área de
preservação.
Veículos transitando na faixa de areia.
Invasão de espécies exóticas
(casuarina).
Turismo, comércio e veraneio.
Poluição e degradação ambiental em área
de preservação.
Redução e descaracterização da qualidade
da paisagem.
4 -
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B
Orla exposta com urbanização
consolidada.
Área de desova de tartarugas marinhas
in situ as desovas são mantidas no local
original de postura escolhido pela
tartaruga, sem nenhuma interferência.
5 -
Do
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A
Orla exposta.
Representa o último remanescente de
Mata de Restinga do litoral. Refúgio
para espécies ameaçadas de extinção.
Área de desova de tartarugas marinhas
in situ as desovas são mantidas no local
original de postura escolhido pela
tartaruga, sem nenhuma interferência.
Ambiente propício para criação de
uma Unidade de Conservação.
Manejo e extração de produtos
naturais.
Pesquisa Científica.
Projeto de Educação Ambiental.
Descarte de resíduos orgânicos e
inorgânico, principalmente de pescado.
Presença de animais.
Ausência de iluminação.
Veículos transitando na faixa de areia.
Extração irregular de areia.
Atividade de pesca e
construção civil.
Comprometimento da qualidade da
paisagem.
Degradação Ambiental.
74
ESTADO DO RIO DE JANEIRO
PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES
UNID. 2 - Da Vila do Sol ao Camping
UNIDADE TRECHO CLASSE CONFIGURAÇÃO LOCAL E USOS POTENCIALIDADES PROBLEMAS ATIVIDADES GERADORAS EFEITOS E IMPACTOS ASSOCIADOS
AOS PROBLEMAS
II -
Da
Vil
a do S
ol
ao C
ampin
g.
1-
Da
Vil
a d
o S
ol
ao N
áuti
co.
B
Orla exposta com urbanização em
processo de expansão com construções
horizontais.
Áreas de praia ainda bem preservada.
Paisagem livre formada por
vegetação rasteira de valor cênico.
Potencial para construções verticais.
Instalações de áreas de conservação
pública.
Sucatas de postes.
Resíduos urbanos.
Extração irregular de areia.
Animais e excrementos dos mesmos na
faixa arenosa.
Turismo e comércio
imobiliário.
Degradação do Meio Ambiente.
Possibilidade do avanço do mar com a
extração de areia.
2 -
Do N
áuti
co à
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Pis
cin
as.
B
Orla exposta com urbanização em
processo de consolidação.
Construções na faixa de areia.
Presença do Projeto Tamar e de mini-
estação aeroclimatológica.
Área propícia à utilização como
recreação e lazer, bem como para as
atividades do Projeto Tamar.
Acessibilidade ao mar.
Regularização e padronização dos
quiosques e calçadão.
Utilização da faixa de areia com bancos
fixos nos quiosques, presença de
sanitários, fossas, palco, chuveiros,
praças, postes de iluminação pública e
toldos.
Trânsito de veículos na faixa de areia.
Animais soltos contaminando com
fezes.
Turismo e comércio.
Comprometimento do lençol freático.
Agressão à composição botânica natural da
faixa arenosa e revolvimento da areia.
3 -
Das
Pis
cinas
à M
arin
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(Port
o).
B
Orla exposta com urbanização
consolidada em processo de
verticalização.
Utilização da faixa de areia como
espaço comercial privado com prédio
para limpeza e comercialização de
pescados, estaleiros para reforma e
construção de barcos a céu aberto,
container de depósito de gelo e outros.
Pátio para caminhões que transitam
sobre a areia para o transporte de
pescados.
Tratores para arrasto das embarcações.
Equipamentos institucionais, piscinas
infantis, campos de futebol, postes de
iluminação pública, tendas e quiosques.
Orla propicia para lazer e atividades
turísticas, bem como: prática de
esportes náuticos.
Por suas condições naturais, a área
torna-se propícia para manutenção
de porto de saída e chegada das
embarcações pesqueiras, isto até que
se encontre uma melhor solução
para este.
Degradação Ambiental ocasionada pelo
uso indevido da faixa de areia tais
como: peixaria, depósito de peixe e
gelo, quiosques, fossas, borracharias,
oficinas, cemitério de barcos, moradias,
estaleiros para embarcações, tratores
para puxada das embarcações.
Resíduos diversos.
Presença de animais (fezes), tendas,
estande da Secretaria Municipal de
Meio Ambiente, campo de futebol
(areia), postes de iluminação pública.
Turismo e comércio.
Ocupação irregular da área de preservação
permanente.
Poluição e degradação ambiental.
Comprometimento da qualidade ambiental.
Perda da qualidade da paisagem.
4 -
Da
Mar
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a
(Po
rto
) ao
Cam
pin
g.
B
Orla exposta com urbanização
horizontal em processo de expansão.
Utilização da faixa de areia com
ocupações de unidades municipais,
quiosques, guarda sol de alvenaria para
uso público.
Orla propicia para lazer e atividades
turísticas, bem como: prática de
esportes náuticos.
Acessibilidade ao mar.
Animais e excrementos dos mesmos na
faixa arenosa.
Fossas inadequadas nos quiosques.
Resíduos diversos.
Postes de iluminação pública fixos na
faixa de areia.
Turismo e comércio.
Comprometimento do lençol freático.
Agressão à composição botânica natural da
faixa arenosa.
Perda da qualidade ambiental.
75
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PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES
UNID. 3 - Do Camping ao Canal das Flechas
UNIDADE TRECHO CLASSE CONFIGURAÇÃO LOCAL E USOS POTENCIALIDADES PROBLEMAS ATIVIDADES GERADORAS EFEITOS E IMPACTOS ASSOCIADOS
AOS PROBLEMAS
III
- D
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ampin
g a
o C
anal
das
Fle
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.
1-
Do
Cam
pin
g a
o
Lag
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.
B Orla exposta urbanizada.
Paisagem com valor cênico.
Vegetação de restinga e
balneabilidade.
Utilização da faixa de areia com raia;
quiosques; trailers; campos para prática
de esportes e construção de estradas.
Existência de plantas exóticas.
Erosão da praia.
Descarte irregular de resíduos.
Turismo, comércio,
construção civil e atividade
imobiliária.
Perda da qualidade da paisagem.
Poluição e degradação ambiental.
Prejuízo ambiental pela disposição
inadequada de resíduos sólidos e efluentes
sanitários.
2 -
Do L
agam
ar a
s G
aiv
ota
s.
B Orla exposta em processo de
urbanização.
Paisagem com valor cênico,
Vegetação de restinga.
Adversidade ambiental.
Área de Proteção Ambiental
Municipal do Lagamar criada em
1993 (APA) e balneabilidade.
Erosão da praia.
Presença de plantas exóticas.
Área utilizada para descarte irregular
de resíduos.
Construção de estradas.
Realização de eventos.
Construções irregulares despejando
esgoto direto na lagoa.
Postes de iluminação pública na faixa
arenosa.
Rebaixamento de greide (declividade).
Comércio, construção civil e
atividade imobiliária.
3 -
Das
Gai
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s ao
Clu
b d
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ito.
A Orla exposta pouco urbanizada.
Paisagem com valor cênico,
vegetação de restinga e mangue
Contaminação do lençol freático.
Presença de plantas exóticas.
Erosão da praia.
Descarte irregular de resíduos.
Perturbação do mangue.
Construção de estrada.
Redução da qualidade ambiental.
Descaracterização da paisagem.
Comprometimento do lençol freático.
4 -
Do
Clu
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Bis
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º
Píe
r.
A Orla exposta pouco urbanizada.
Praia virgem com vegetação de
restinga.
Paisagem com valor cênico.
Construção de estrada.
Existência de pastagem.
Erosão da praia.
Perturbação do mangue.
Descarte irregular de resíduos.
Presença de plantas exóticas.
Pecuária e comércio.
5 -
Do
1º
Píe
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Can
al
das
Fle
chas
.
A Orla exposta não urbanizada.
Atividades extrativistas no estuário.
Paisagem com grande diversidade
ambiental e valor cênico.
Praia virgem com vegetação de
mangue e restinga.
Criação de uma APA (Área de
Proteção Ambiental Municipal
prevista no Plano Diretor do
Município).
Erosão da praia.
Circulação de água comprometida no
mangue.
Presença de plantas exóticas e pasto.
Descarte irregular de resíduos de
pescado entre outros.
Construções abandonadas.
Pecuária e pesca.
76
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PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES
Os quadros e desenhos apresentados a seguir, elaborados durante a realização das oficinas que
ensejaram este documento, constam apresentadas em unidades de paisagem e suas subdivisões em
trechos, as informações resumidas e os cenários atual, tendência e desejado para orla.
77
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10. CENÁRIO DE USOS DESEJADOS PARA A ORLA
UNID. 1 - Da divisa da Barra do Açu à Vila do Sol
UNIDADE TRECHO ATUAL TENDÊNCIA DESEJADO
I –
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Açu
).
Área loteada.
Existência de dunas, manguezais, lagunas, vegetação de restinga
rasteira.
Criação de gado.
Surgimento de construções desordenadas para moradias.
Aumento da área de pasto para criação de gado.
Extinção de toda fauna e flora.
Perda da qualidade de paisagem.
Garantir a preservação de toda área de restinga e mangue.
* Criação de Unidade de Conservação voltada para visitação e pesquisa científica.
1- Eliminação da área de pastagem, com cercamento das áreas em recuperação.
2 -
Do
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Existência de vegetação de restinga com foco de desmatamento,
animais pastando.
Prática de pesca artesanal.
Construção comercial rústica (palha) na margem da lagoa do
Açu (ponte Maria Rosa).
Mangue ainda preservado.
Diminuição de vegetação.
Aumento do descarte irregular de resíduos.
Aumento da área de pastagem.
Redução de pescado.
Construção de quiosques de alvenaria.
Assoreamento da lagoa do Açu (ponte Maria Rosa).
Extinção do mangue existente.
1- Eliminação da área de pastagem, com cercamento das áreas em recuperação.
* Recuperação da vegetação típica do manguezal.
Controle e restrição de uso da área de forma a evitar o despejo irregular de resíduos no
leito da lagoa do Açu.
Preservar e garantir o seu potencial de pesca.
Área limitada destinada a alimentação, sendo realizado pelo comércio ambulante, com
os seguintes suportes: banheiro químico, guarda-vidas, ambulância e policiamento.
2- Construção de calçadão e ciclovia.
Iluminação adequada de vias (estradas) que permita segurança aos moradores e
visitantes sem comprometer a desova das tartarugas.
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Poucas habitações.
Crescimento desordenado de planta exótica (casuarina)
impedindo o desenvolvimento das plantas nativas.
Pequeno bolsão d’água natural.
Aumento desordenado de habitações e do descarte irregular de
resíduos domésticos.
Contaminação do lençol freático.
Ocupação de toda área pelas casuarinas dificultando a sinalização
do farolzinho e o crescimento de vegetação nativa.
Construções ordenadas de residências e comércios
Saneamento básico.
Controle do crescimento das casuarinas.
Construção limitada de quiosques e posto de observação de guarda vidas.
Pavimentação da estrada e das ruas dando condições de tráfego aos veículos
particulares, bem como de serviços (policiamento, ambulância, entre outros).
2- Construção de calçadão e ciclovia.
Iluminação adequada de vias (estradas) que permita segurança aos moradores e
visitantes sem comprometer a desova das tartarugas.
4 -
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Construção ordenada.
Presença de quiosques e passarelas de acesso ao mar.
Descarte irregular de resíduos e animais de grande e pequeno
porte.
Construções desordenadas de quiosques.
Usos inadequados das passarelas de acesso ao mar.
Aumento da área de criação de animais e de descarte irregular de
resíduos.
3- Construções ordenadas e limitadas de quiosques formando uma área de alimentação
com sistema de esgotamento sanitário.
Garantir acessibilidade ao mar aos portadores de modalidade reduzida.
Posto de observação de guarda vidas.
UBS com ambulância, PPC (posto de policiamento comunitário).
2- Construção de calçadão e ciclovia.
4 - Iluminação pública adequada de vias (estradas) que permita segurança aos
moradores e visitantes sem comprometer a desova das tartarugas.
5 -
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do
So
l. Presença de vegetação nativa preservada.
Fauna ameaçada de extinção.
Pequena área de pastagem.
Descarte irregular de resíduos de orgânicos e inorgânicos,
pescados e de construção civil.
Contaminação do solo e do lençol freático.
Falta de acostamento e iluminação pública.
Sinalização da via inadequada, trecho com alto índice de
acidentes.
Aumento da área de pastagem.
Área transformada em lixão.
Solo totalmente contaminado.
Extinção de toda fauna e flora.
Aumento de acidentes com morte.
Área para preservação da desova das tartarugas marinhas na orla.
Passarela de acesso ao mar para os portadores de mobilidade reduzida.
2- Ciclovia/ciclo faixa para caminhada e ciclismo.
Área destinada para passeios ecológicos/ trilhas/ estudos ecológicos, com estrutura
adequada.
Unidade do Projeto Tamar.
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* Foi criado por meio do Decreto Estadual Nº 43.522 /2012 o Parque Estadual da Lagoa
do Açu - PELAG. Dentro dos limites do Parque, somente serão permitidos os usos autorizado pelo
Decreto e/ou Plano de Manejo.
O Parque Estadual da Lagoa do Açu foi criado em parceria com o Pré Comitê Gestor do
Projeto Orla, que participou de várias reuniões com INEA (Instituto Estadual do Ambiente), onde
conseguiu incluir no Parque as áreas do mangue Maria Rosa e a restinga do Xexé que eram uma das
prioridades para criação de unidade de conservação levantadas pela comunidade nas oficinas e reuniões
locais.
As atividades previstas para ocorrerem dentro dos limites de Unidades de Conservação (UC)
deverão observar as normas previstas nos seus respectivos Decretos de Criação, assim como: instalação
de passarelas, ciclovias, estruturas destinadas ao turismo ecológico e de uma Unidade do Projeto
TAMAR, deverão ser verificadas a necessidade e a viabilidade para instalação dos equipamentos de uso
público com os respectivos Conselhos das UC.
1- O controle dos animais e das áreas de pastagem deverá ficar a cargo da administração
do Parque Estadual da Lagoa do Açu.
2- A construção de calçadão e ciclovia em todos os trechos deverá ser feito um projeto
técnico pela Secretaria responsável pelas obras do Município, possibilitando a manutenção do equilíbrio
dos ecossistemas de restinga, tendo que considerar que em várias áreas atualmente não possuem calçadão
e algumas áreas estão dentro da área do Pelag, compatibilizando a necessidade de construção desses
equipamentos comunitários com a preservação e recuperação da vegetação típica de restinga.
3- O tratamento de efluentes sanitários gerados nos quiosques será dado dentro do
processo de licenciamento ambiental, compatibilizando a necessidade de construção desses equipamentos
comunitários com a preservação e recuperação da vegetação típica de restinga.
4- Trata-se de fontes de iluminação que objetivam reduzir o impacto sobre o êxito do
aninhamento das populações de tartarugas, conforme a portaria nº11, de 30 de janeiro de 1995.
79
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UNID. 2 - Da Vila do Sol ao Camping
TRECHO ATUAL TENDÊNCIA DESEJADO
II -
Da
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1-
Da
Vil
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So
l ao
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tico
. Urbanização em processo de expansão.
Faixa de areia bem preservada com cobertura parcial de espécies vegetais.
Início de arborização nas proximidades da pista de veículos.
Pequeno bosque de espécies diversas com cerca de contenção.
Posto de observação de guarda-vidas.
Ocorrência de extração irregular de areia.
Construções de residências verticais.
Aumento de efluentes e contaminação do lençol freático.
Extração irregular de areia.
*Construção de ciclovia e calçadão.
Garantir acessibilidade ao mar aos portadores de modalidade
reduzida.
Saneamento básico.
Reestruturação do bosque das áreas verdes.
2 -
Do N
áuti
co à
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Pis
cin
as.
Urbanização em processo de consolidação.
Construções na faixa de areia, bem como: estrutura do Projeto TAMAR,
mini-estação aeroclimatológica, estande de madeira da Secretaria
Municipal de Meio Ambiente – SMMA, piscinas com deque de madeira,
quiosques, pequena praça com cobertura de telhas de cerâmica, quiosques.
Presença de casuarinas e baixo índice de cobertura vegetal na faixa arenosa.
Aumento desordenado do número e do espaço sobre a areia
ocupado pelos quiosques.
Aumento de evidência da língua negra.
Perda de composição botânica.
Recomposição da vegetação fixadora de areia.
Mudança dos quiosques do primeiro para o segundo calçadão
(padronizado).
*Construção de ciclovia, calçadão e área de lazer.
Garantir acessibilidade ao mar aos portadores de modalidade
reduzida.
Saneamento básico.
3 -
Das
Pis
cinas
à M
arin
ha
(Port
o).
Urbanização consolidada em processo de verticalização.
Arborização com presença de casuarinas.
Faixa de areia fortemente revolvida por ação de movimentações de barcos
e tratores.
Utilização da faixa de areia como estacionamento desordenado de
embarcações, presença de container de depósito de gelo e outros,
borracharia para atender aos tratores, auto-elétrica para manutenção de
embarcações e tratores, vários boxes de alvenaria com cobertura de telhas
de cerâmica que funcionam como peixarias de atendimento ao público
consumidor, câmaras de estocagem de pescados, quiosques, galpão para
recepção e pesagens de pescados com piso de concreto e cobertura de telhas
de cerâmica, conjunto de postes de iluminação pública e presença de fossas
responsáveis pela coleta de todo efluente do pescado.
Degradação ambiental em razão das fossas sumidouras,
resíduos em geral.
Ocupação progressiva por residências.
Expansão da área na faixa de areia ocupada por embarcações e
pontos comerciais.
Contaminação acentuada do lençol freático e línguas negras
que contaminam as águas do mar.
Ausência total de vegetação ciliar nas proximidades da
arrebentação da pista no entorno do estacionamento dos barcos.
Avanço do mar.
Ordenamento do Porto com delimitação da área restrita para as
embarcações pesqueiras até que se tenha uma solução técnica
adequada.
Construção de Terminal Pesqueiro com toda estrutura adequada
para o desenvolvimento da pesca artesanal (Projeto técnico
Viável).
Construção de quiosques padronizados sobre o 2º calçadão e
área de lazer.
Definição de área adequada para peixarias, feira da roça e
outros.
Recuperação da área de cobertura vegetal ciliar na parte
quartzosa da orla.
Saneamento básico para toda a comunidade.
Garantir acessibilidade ao mar aos portadores de modalidade
reduzida.
Presença efetiva da Secretaria Municipal de Meio Ambiente -
SMMA, Postura e Defesa Civil.
*Construção de ciclovia e calçadão.
4 -
Da
Mar
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Cam
pin
g.
Urbanização em processo de expansão.
Ocupação da faixa de areia com pequena praça com cobertura de telha de
cerâmica, estande das secretarias do município e quiosques.
Elevado número de barracas no camping (alta temporada)
tendo como conseqüência o aumento de línguas negras.
Aumento desordenado de pontos comerciais.
Degradação do meio ambiente.
Ocupação progressiva e desordenada por residências.
Afastamento de quiosques para 2º calçadão, saneamento básico,
área de lazer, construção de ciclovia e calçadão, estrutura
delimitada para realização de eventos, construção de quiosques
padronizados em toda a orla em número e distância previamente
definidos. Acessibilidade ao mar.
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* A construção de calçadão e ciclovia em todos os trechos deverá ser feito um projeto
técnico pela Secretaria responsável pelas obras do Município, possibilitando a manutenção do
equilíbrio dos ecossistemas de restinga, tendo que considerar que em várias áreas atualmente não
possuem calçadão e algumas áreas estão dentro da área do Pelag, compatibilizando a necessidade
de construção desses equipamentos comunitários com a preservação e recuperação da vegetação
típica de restinga.
As estruturas deverão ser construídas em local adequado e destinado a esta função,
sendo proibida a construção de estrutura sobre a faixa de areia da praia.
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UNID. 3 - Do Camping ao Canal da Flechas
UNIDADE TRECHO ATUAL TENDÊNCIA DESEJADO
III-
Do C
ampin
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o C
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das
Fle
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.
1-
Do
Cam
pin
g a
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agam
ar.
Presença de estruturas na faixa de areia, tais como: raia (corrida de
cavalos), trailers, campo de futebol, estruturas de alvenarias com
estacionamento, calçadas e quiosques.
Erosão da praia.
Degradação da restinga.
Efluentes a céu aberto (despejo direto na lagoa) – LAGAMAR.
Residências irregulares.
Passagem constante da água do mar para a lagoa na maré alta e mar
bravo.
Extinção de restingas
Erosão da praia, avanço do mar e união do mar com a lagoa
(Lagamar).
Crescimento desordenado de construções irregulares, tais
como: quiosques, trailers, comércios em geral e residências.
Retirada das estruturas de alvenarias, campo de futebol e trailers.
Garantir acessibilidade ao mar aos portadores de modalidade
reduzida.
Recuperação da vegetação de restinga.
Plantio de árvores no entorno do Lagamar.
Construção de uma Estação de Tratamento de Efluentes (ETE)
para atender a sociedade.
Buscar local adequado para a raia (corrida de cavalos).
*Construção de calçadão e ciclovia.
2-
Do L
agam
ar
as G
aivota
s.
Erosão da praia.
Existência de resíduos domésticos.
Degradação da restinga.
Existência de vegetação exótica.
Aumento do processo erosivo com o consequente avanço do
mar.
Destruição de novos trechos da estrada, casas e árvores.
Extinção de faixa de areia e da restinga. Recuperação de restinga.
**Pavimentação da estrada.
Estudo técnico integrado ao da Barra do Furado para minimizar
os impactos relativos ao avanço do mar.
Garantir acessibilidade ao mar aos portadores de modalidade
reduzida.
Fiscalização Ambiental permanente.
3-
Das
Gai
vota
s ao
Clu
b
do B
isco
ito.
Existência de estrada (destruída por duas vezes).
Loteamentos e casas comprometidos (destruídos, em parte).
Erosão da praia.
Existência de resíduos domésticos.
Degradação da restinga.
Existência de vegetação exótica
Erosão da praia e avanço do mar.
Destruição da estrada, loteamentos, casas e árvores.
Extinção de faixa de areia e da restinga.
4-
Do
Clu
b d
o
Bis
coit
o a
o 1
º
Píe
r.
Erosão da praia.
Existência de estrada (destruída) e loteamentos.
Detritos de pesca.
Resíduos domésticos.
Degradação de restinga.
Erosão da praia pelo avanço do mar.
Salinização das terras.
Destruição da estrada e loteamentos.
Extinção de toda restinga.
Recuperação de restinga.
**Pavimentação da estrada.
Fiscalização Ambiental permanente.
5-
Do
1º
Píe
r ao
Can
al
das
Fle
chas
.
Invasão do mar para o mangue quando a maré sobe.
Existência de canal assoreado.
Descarte irregular de resíduos (pesca e doméstico).
Mangue salinizado.
Existência de 1 píer (molhe de pedras) onde algumas pedras se salientam
ou afloram a superfície da água nas proximidades de Barra do Furado.
Degradação de restinga e do mangue da Carapeba.
Alagamento do mangue.
Destruição da restinga.
Perda de qualidade da paisagem.
Parte da área transformada em depósito irregular de resíduos.
Assoreamento do canal.
Estudo técnico para verificar a situação da barra, abertura do
canal e retirada do molhe de pedras, se necessário.
Recuperação de restinga.
Delimitação de área de pastagem com introdução de árvores na
mesma.
Fiscalização Ambiental permanente.
Criar uma Unidade de Conservação no Mangue da Carapeba.
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* A construção de calçadão e ciclovia, bem como a pavimentação da estrada em todos os
trechos deverá ser feito um projeto técnico pela Secretaria responsável pelas obras do Município,
possibilitando a manutenção do equilíbrio dos ecossistemas de restinga, tendo que considerar que em
várias áreas atualmente não possuem calçadão e algumas áreas estão dentro da área do Pelag,
compatibilizando a necessidade de construção desses equipamentos comunitários com a preservação e
recuperação da vegetação típica de restinga.
* Unidade 3, Pavimentação da estrada – A parte da Orla trabalhada nesta unidade apresenta
alto dinamismo, estando sujeita a processos erosivos. Deve-se pensar em soluções alternativas junto ao
Município durante o processo de licenciamento das atividades, evitando assim um comprometimento das
vias públicas pelo avanço do mar durante eventos de tempestade. Nesse processo deverão ser
consideradas as soluções de recuperação da vegetação de restinga, bem como a viabilidade do recuo da
estrada para o interior do continente (afastando a pista do avanço do mar). Conforme proposição do
Projeto Orla, a identificação de limites terrestres visa delimitar uma possível linha de segurança da costa,
o que se torna fundamental em áreas de grande dinamismo geomorfológico, com singular manifestação
de processos erosivos ou de sedimentação (regressão ou transgressão marinhas), salvaguardando trechos
com equilíbrio instável em termos de processos morfogenéticos e hidrodinâmicos. Ressalta-se ainda que
a engorda artificial de praias é adotada apenas durante situações emergenciais.
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Os quadros apresentados a seguir, elaborados durante a realização das oficinas que ensejaram este
documento, constam as ações e medidas estratégicas de todas as unidades de paisagem e de algumas
subdivisões de trechos identificados pelas participantes das oficinas.
98
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11. AÇÕES E MEDIDAS ESTRATÉGICAS
UNID. 1 - Da divisa da Barra do Açu à Vila do Sol
TRECHO AÇÕES E MEDIDAS FINALIDADE DURAÇÃO / Após aprovação do
PGI RESPONSÁVEL
*1-
Mar
ia
Ro
sa.
* - Criar ou incluir Unidade de Conservação.
- Regulação da utilização.
- Garantir a preservação do mangue pelo zoneamento e
demarcação das Áreas de Preservação Permanente
(APPs) e Faixa Marginal de Proteção (FMPs).
- Controlar a ocupação local.
- Redução das pastagens.
- Decreto de criação.
- Zoneamento 6 meses.
- Plano de manejo 1 ano.
- PMCG
- INEA
- SPU
2-
Da
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abo à
Ru
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Lar
ga
(Reg
ente
Fei
jó).
- Pavimentação - Modelo Estrada – Parque.
- Restrição à construção de Quiosques.
- Elaborar Plano de Expansão do Saneamento do Farol.
- Construção de calçadão, ciclovia / ciclo faixa.
- Ampliação da acessibilidade, garantindo a qualidade
ambiental.
- Controle da expansão dos quiosques.
- Expansão da rede de saneamento para todo o Farol.
- 1 Ano
- Início Imediato.
- 5 Anos
- 1 Ano
- PMCG / INEA / Programa Nacional de Desenvolvimento do
Turismo (PRODETUR)
- PMCG (SMMA / POSTURAS / OBRAS)
- PMCG / Empresa Municipal de Habitação, Urbanização e
Saneamento (EHMAB)
- SEA (Pacto pelo Saneamento)
- Governo Federal (CAIXA)
- SPU
3-
Da
Rua
Lar
ga
(Reg
ente
Fei
jó)
ao
iníc
io d
a R
esti
nga
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exé.
- Pavimentação – Modelo Estrada – Parque.
- Construção de calçadão, ciclovia / ciclo faixa.
- Formular Projeto de Infraestrutura e Urbanismo.
- Construção de quiosques adequados.
- Instalar iluminação pública adequada de vias (estradas).
- Garantir acessibilidade ao mar aos portadores de
modalidade reduzida.
- Garantir a acessibilidade e a utilização adequada da
Orla.
- Segurança.
- Ampliação das áreas de lazer de forma adequada.
- 1 Ano
- 1 Ano
- 1 Ano
- 1 Ano
- 1Ano
- PMCG / PRODETUR
- AMPLA / PMCG
- PPP / SPU / PMCG / INEA
4-
Res
ting
a
do
Xex
é. * - Criar ou incluir Unidade de Conservação (UC) em
área contemplativa do remanescente de Restinga.
- Instalar uma Base do TAMAR na UC.
- Construção de calçadão, ciclovia / ciclo faixa.
- Garantir a preservação da Restinga.
- Proteção da área de desova das tartarugas.
- Ter uma área de lazer ecológico.
- Início Imediato.
- 1 Ano
- PPP (Parcerias Público Privadas)
- SPU
* Foi criado por meio do Decreto Estadual Nº 43.522 /2012 o Parque Estadual da Lagoa do Açu - PELAG.
99
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UNID. 2 - Da Vila do Sol ao Camping
AÇÕES E MEDIDAS FINALIDADE DURAÇÃO / Após aprovação do PGI RESPONSÁVEL
- Elaborar Plano de Expansão do Saneamento do Farol.
- Saneamento Ambiental.
- Escoamento das águas pluviais.
- Tratamento de Esgoto.
- Recuperação / Preservação do Meio Ambiente /
Garantia de Saúde da População.
- 5 Anos
- PMCG / INEA / SPU
- Formular Projeto de Infraestrutura e Urbanismo.
- Acessibilidade ao mar.
- Construção de calçadão, ciclovia / ciclo faixa.
- Dotar a comunidade de condições efetivas de
acesso à qualidade de vida.
- 1 Ano
- PMCG / INEA / SPU
- Regularização de Uso e Ocupação dos Espaços Públicos da União pelos
quiosques e pelas estruturas Municipais.
- Obediência à legislação patrimonial e ao Projeto
Urbanístico Municipal.
- Início imediato.
- PMCG / INEA / SPU
- Retirar construções existentes na faixa de areia.
- Obediência à legislação pertinente.
- Segurança.
- 1 Ano
- PMCG ou Particular
- Adequação e ordenamento da área ocupada pelo Porto pesqueiro
(estacionamento de embarcações), de forma a torná-lo menos prejudicial ao
meio ambiente e a paisagem local, até que se tenha uma solução técnica
viável.
- Adequar à utilização transitória do espaço físico da
área ocupada como porto pesqueiro, enquanto se
processar sua transferência para um local mais
adequado.
- Início Imediato.
- PMCG / INEA / SPU
*- Construção de um Terminal Pesqueiro para atracar as embarcações
pesqueiras.
- Obediência à legislação pertinente.
- Desenvolvimento da pesca artesanal.
- 6 Meses após a conclusão das obras de
acessibilidade ao Canal das Flechas do
Complexo Logístico Industrial Barra do Furado
(guias correntes, dragagem e sistema Sand by
pass.
- PMCG / INEA / SPU
- Adequação da iluminação em toda à orla.
- Obediência à legislação pertinente.
- Preservação das tartarugas marinhas.
- Início Imediato.
- PMCG
* 6 Meses após a conclusão das obras de acessibilidade ao Canal das Flechas do Complexo Logístico Industrial Barra do Furado (guias correntes, dragagem e sistema Sand by pass).
100
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UNID. 3 - Do Camping ao Canal das Flechas
AÇÕES E MEDIDAS FINALIDADE DURAÇÃO / Após aprovação do PGI RESPONSÁVEL
*- Elaborar um estudo técnico do estuário do Canal das Flechas e
monitorar.
- Contribuir para a diminuição da erosão do local.
- 1 Ano
- PMCG / Quissamã
- Criar uma Unidade de Conservação (UC) no Mangue da
Carapeba.
- Estudo dos usos
** - Criar Conselho Consultivo da UC
- Preservar a área.
- 1 Ano
- PMCG / SPU / INEA
- Restringir as ocupações na faixa de 200m a partir da linha de
preamar no Portal das Gaivotas. - Evitar construções irregulares.
- Início Imediato.
- PMCG
**- Criar Conselho Consultivo da APA do Lagamar. - Elaborar o plano de manejo da Área de Proteção
Ambiental (APA).
- 1 Ano
- PMCG
- Elaborar Plano de Expansão do Saneamento do Farol.
- Propiciar qualidade de vida à população local e
aos turistas.
- 5 Anos
- PMCG
- Buscar local adequado para a raia de cavalos. - Manter a tradição local. - 1 Ano
- PMCG / SPU / INEA
- Restaurar a vegetação psalmófila (areia). - Equilibrar o ecossistema. - Início Imediato.
- PMCG / INEA
- Retirar comércio existente na faixa de areia.
- Obediência à legislação pertinente.
- Segurança.
- 1 Ano
- PMCG ou Particular
- Construção de calçadão, ciclovia / ciclo faixa
- Garantir acessibilidade ao mar aos portadores de modalidade
reduzida.
- Dotar a comunidade de condições efetivas de
acesso à qualidade de vida
- 1 Ano
- 1 Ano
- PMCG / INEA
* Estudo Técnico já realizado pelo Complexo Logístico Industrial Barra do Furado.
** O Comitê Gestor do Projeto Orla atuará como Conselho Consultivo das Unidades de Conservação (UC) do Lagamar e do Mangue da Carapeba.
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Obs: Sob o aspecto patrimonial, as construções como quaisquer outros equipamentos que venham ocupar
as áreas da União Federal, mesmo que temporariamente, deverão requerer autorização da SPU.
Sob o aspecto ambiental, ressalta-se que todas as construções propostas estão sujeitas
à exigência de Licenciamento Ambiental pelo órgão ambiental competente para casa atividade, uma vez
que a elaboração do PGI não dispensa a Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes do
licenciamento das atividades previstas para a orla do município. São objetos de licenciamento ambiental:
as construções de vias, calçadões, ciclovias, quiosques e áreas de lazer; bem como projetos da iluminação
pública, entre outros.
No Estado do Rio de janeiro, o licenciamento ambiental deverá obedecer também a
Resolução CONAMA nº 10, de 24 de outubro de 1996, a qual regulamenta o licenciamento ambiental em
praias onde ocorre a desova de tartarugas marinhas.
11.1 Intervenções necessárias levantadas durante as oficinas do Projeto Orla
* Verificar a viabilidade e tempo de implementação das ações e projetos propostos.
Ordenamento da utilização das estruturas fixas existentes na faixa de areia.
- quiosques
- comércios
- estruturas municipais
Ordenamento do Porto Pesqueiro (Estacionamento de barcos).
- Delimitação da área ocupada
- Limpeza e conservação
- Adequação do suporte para a coleta de resíduos
- Tratamento e esgotamento das fossas da “pedra” do desembarque pesqueiro
- Local delimitado para pequenos reparos nas embarcações
- Normas a serem seguidas para o bom uso da orla
Áreas prioritárias para preservação (Unidade de Conservação).
- Maria Rosa e Restinga do Xexé (Parque Estadual da Lagoa do Açu)
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- Mangue da Carapeba
Projeto de recuperação da vegetação típica de restinga e mangue.
Construção das estruturas fixas.
- Quiosques - área a ser utilizada
- localização
- tamanho
- quantidade
- estrutura de saneamento
- Quais estruturas além dos quiosques
Pavimentação da estrada até o Xexé.
Calçadão.
Ciclovia/Ciclo faixa.
Plano de expansão do Saneamento do Farol.
Iluminação adequada de vias (estradas) em toda orla de acordo com a legislação pertinente.
Delimitação da orla
- uso exclusivo para banhistas
- entrada e saída de embarcações pesqueira
- prática de esporte na faixa de areia
- prática de esportes ou atividades náuticas
- área especifica para prática de atividades com moto-aquática e a estrutura para
suporte de entrada e saída
- áreas destinadas à exploração de dispositivos flutuantes
Obs: Os espaços que poderão ser utilizados para prática de esportes seja ela na faixa de areia ou na água
deverão verificar a o Plano Municipal de Gerenciamento Costeiro, bem como, as demais legislações
pertinentes, sendo necessários obter as autorizações necessárias para realização de eventos.
Tendo os espaços delimitados ao uso específico para cada atividade devendo ser
sinalizadas de acordo com a NORMAM da Marinha do Brasil.
103
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12. SUBSÍDIOS E MEIOS EXISTENTES
12.1 Bases Legais Previstas para as Ações Normativas:
12.1.1 Nível Federal
. Constituição Federal/ 1988- art. 20, Dispõe sobre os bens da União, art. 225, § 4º- Define a Zona
Costeira e art. 23, 30,182, 215 e 216, Dispõe sobre o Patrimônio Cultural;
. Lei nº 5.197/1967- Lei de Proteção à Fauna;
. Lei nº 6.766/79 - Parcelamento do Solo Urbano;
. Lei nº 6.902/1981 - Dispõe sobre as estações ecológicas e áreas de proteção ambiental;
. Lei nº 6.938/81 - Política Nacional de Meio Ambiente;
. Lei nº 7.661/88 - Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro;
. Lei nº 9.605/ 1998 - Crimes Ambientais;
. Lei nº 9.636/98 e - Patrimônio da União;
. Lei nº 9.795/1999- Dispõe sobre a educação ambiental;
. Lei nº 9.985/2000 - Sistema Nacional de Unidade de Conservação – SNUC;
. Lei nº 11.428/2006 - Dispõe sobre a utilização e proteção de vegetação nativa do Bioma de Mata
Atlântica;
. Lei n° 12.651/2012 - Dispõe sobre o Código Florestal;
. Decreto 3.725/2001 - Regulamenta a Lei nº 9636/98;
. Decreto nº 4.281/2002 - Regulamenta a lei 9.795/1999;
. Decreto nº 5.300/2004 - Regulamenta a Lei nº 7.661/1988;
. Decreto nº 6.040/2007 – Institui a Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e
Comunidades Tradicionais;
. Resolução nº 005, de 03/12/1997 - Aprova o Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro II (PNGC II);
. Resolução CONAMA nº 10/88 - Dispõe sobre as Áreas de Proteção Ambiental - APA'S;
. Resolução CONAMA nº 10/96 – Regulamenta o Licenciamento Ambiental em praias onde ocorre a
desova de tartarugas marinhas;
. Resolução CONAMA nº 303/2002 - Dispõe sobre parâmetros e definições de Áreas de Preservação
Permanente;
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. Portaria IBAMA nº 10/95 - Proibir o trânsito de qualquer veículo na faixa de praia compreendida entre
a linha de maior baixa-mar até 50m (cinqüenta metros) acima da linha de maior pré-a-mar do ano (maré
sizígia);
. Portaria IBAMA nº 11/95 - Proibir fonte de iluminação que ocasione intensidade luminosa superior a
zero LUX, numa faixa de praia compreendida entre a linha de maior baixa-mar até 50m (cinqüenta
metros) acima da linha de maior pré-a-mar do ano (maré sizígia);
. Portaria SPU nº 01/14 - Estabelece normas e procedimentos para a autorização da utilização das áreas
de domínio da União;
. Convenção para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial Paris, 17 de outubro de 2003.
12.1.2 Nível Estadual
. Lei nº 3.325/1999- Dispõe sobre Educação Ambiental;
. Lei nº 3.430/2000 - Constituição do Estado do Rio de Janeiro;
. Lei nº 43.522/2012 - Cria o Parque Estadual da Lagoa do Açu.
12.1.3 Nível Municipal (com instrumentos gerenciais e normativos locais).
. Lei Orgânica do Município de Campos dos Goytacazes;
. Lei Municipal nº 5.418/1993 - Criação da APA do Lagamar;
. Lei nº 5.507/1993 - Código Municipal de Vigilância Sanitária;
. Lei nº 6.692/1998 - Código Municipal de Obras;
. Lei nº 7.972/2008 - Plano Diretor Municipal;
. Lei nº 7.973/2008 - Perímetros Urbanos Municipal;
. Lei nº 7.974/2008 - Uso e Ocupação do Solo Municipal;
. Lei nº 7.975/2008 - Parcelamento do Solo Urbano Municipal;
. Lei nº 8.061/2008 - Código Municipal de Posturas;
. Lei nº 8.335/2013 - Plano Municipal de Gerenciamento Costeiro;
. Decreto nº 145/2013 - Declara de Utilidade Pública, para fins de desapropriação, parte do imóvel
localizado em Barra do Furado, Santo Amaro 3º distrito do município de Campos dos Goytacazes e dá
outras providências.
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12.2 Base Institucional Local para Executar as Ações Previstas:
. Centro de Informação e Dados de Campos (CIDAC);
. Companhia de Desenvolvimento do Município de Campos (CODEMCA);
. Companhia de Iluminação Pública (Campos Luz);
. Empresa Municipal de Habitação, Saneamento e Urbanismo (EMHAB);
. Fundação Municipal de Esportes;
. Fundação Municipal Jornalista Osvaldo Lima;
. Gabinete da Prefeita (o);
. Guarda Civil Municipal;
. Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) – Escritório
Regional;
. Instituto Estadual do Ambiente (INEA) – SUPBAP;
. Postura Municipal;
. Projeto Tamar – ICMBio – Base Bacia de Campos;
. Secretaria Municipal de Aquicultura e Pesca;
. Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo
. Secretaria Municipal de Meio Ambiente;
. Secretaria Municipal de Obras, Urbanismo e Infraestrutura;
. Secretaria Municipal de Limpeza Pública, Praças e Jardins;
. Vigilância Sanitária.
12.3 Fóruns de Decisão Existentes no Município.
. Câmara Municipal de Campos dos Goytacazes;
. Comitê da Bacia Hidrográfica do Baixo Paraíba do Sul;
. Conselho Comunitário de Segurança – CCS;
. Conselho Consultivo do Parque Estadual da Lagoa do Açu – PELAG;
. Conselho Municipal de Assistência Social – CMAS;
. Conselho Municipal de Educação – CME;
. Conselho Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo – CMMAU;
. Conselho Municipal de Saúde – CMS;
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. Conselho Municipal de Turismo – COMTUR;
. Conselho Municipal para o Desenvolvimento Sustentável – COMUDES;
. Comitê Gestor do Projeto Orla (a ser legitimado na audiência de aprovação do PGI).
12.4 Instrumentos Gerenciais e Normativos Locais Existentes
. Código Municipal de Obras;
. Código Municipal de Posturas;
. Código Municipal de Vigilância Sanitária;
. Legislação Ambiental Municipal;
. Lei de Criação da APA do Lagamar;
. Lei de Uso e Ocupação do Solo Municipal;
. Lei Municipal de Parcelamento do Solo Urbano;
. Lei Municipal de Perímetros Urbanos;
. Lei Orgânica do Município;
. Plano Diretor Municipal.
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13. CRONOGRAMA GERAL
AÇÕES
DURAÇÃO / Após aprovação do PGI
INÍCIO
IMEDIATO
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1 1 - Criar ou incluir Unidade de Conservação (Maria da Rosa)
- Regulação da utilização.
2 - Pavimentação - Modelo Estrada – Parque.
3 - Restrição à construção de Quiosques, existindo hoje o número de 42 quiosques.
4
- Elaborar Plano de Expansão do Saneamento do Farol.
- Saneamento Ambiental.
- Escoamento das águas pluviais.
- Tratamento de Esgoto.
5 - Construção de calçadão, ciclovia / ciclo faixa em toda orla.
6
- Formular Projeto de Infraestrutura e Urbanismo.
- Construção de quiosques adequados na forma do Projeto de ordenamento elaborada pela Prefeitura e aprovado pelos órgãos competentes
reduzindo o quantitativo existente.
7 - Instalar iluminação pública adequada em toda orla.
8 - Acessibilidade ao mar. Os locais que receberão as rampas deverão ser planejados no Projeto Técnico da Orla, sendo especificada a
quantidade e a justificativa da necessidade nos locais planejados.
9 1 - Criar ou incluir Unidade de Conservação (UC) em área contemplativa do remanescente de Restinga (Xexé).
10 - Instalar uma Base do TAMAR na UC.
11
- Regularização do Uso e Ocupação dos Espaços Públicos da União pelos quiosques e pelas estruturas Municipais, em conformidade com as
diretrizes de ordenamento da Orla, contidas neste PGI, consubstanciadas em projeto (s) de ordenamento que deverá (ao) ser submetido (s) à
SPU pela municipalidade, com o aval do Comitê Gestor do Projeto Orla.
12
- Retirar construções existentes na faixa de areia. Todas as construções existentes hoje na orla poderão ser retiradas, seguindo as demandas.
Com base no art. 11 da Lei nº 8.335 todas as estruturas de apoio à pesca que se encontram na faixa de areia deverão ser removidas 60 dias
após a inauguração do TPP.
13
- Adequação e ordenamento da área ocupada pelo “Porto Pesqueiro” (estacionamento de embarcações), de forma a torná-lo menos
prejudicial ao meio ambiente e a paisagem local, até que construa o Terminal Pesqueiro Público.
Trata-se de uma ação de previsão continua, necessitando de constante manutenção e vigilância até a transferência total para o Terminal
Pesqueiro Público – TPP
14 2-Construção de um Terminal Pesqueiro Público – TPP, para atracar as embarcações pesqueiras.
15 - Adequação da iluminação em toda à orla.
16 3- Elaborar um estudo técnico do estuário do Canal das Flechas e monitorar.
17
- Criar uma Unidade de Conservação (UC) no Mangue da Carapeba.
- Estudo dos usos
4- Criar Conselho Consultivo da UC
18 - Restringir as ocupações na faixa de 200m a partir da linha de preamar no Portal das Gaivotas, sendo uma restrição contínua, uma vez que
necessita de constante manutenção e vigilância.
19 4 - Criar Conselho Consultivo da APA do Lagamar.
20 - Buscar local adequado para a raia de cavalos.
21 - Restaurar a vegetação psalmófila (areia) nas áreas que se fizerem necessárias por meio de estudo técnico e verificando sua viabilidade.
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PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES
14. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Planejamento, Orçamento e Gestão. – Brasília: MMA, 2006. 2ª reimpressão/2009.
111
ESTADO DO RIO DE JANEIRO
PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES
ANEXOS
112
ESTADO DO RIO DE JANEIRO
PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES
LEI Nº 8.335, DE 26 DE ABRIL DE 2013.
Institui o Plano Municipal de Gerenciamento Costeiro (PMGC) do Município de Campos
dos Goytacazes/RJ e dá outras providências.
A CÂMARA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES DECRETA E EU SANCIONO A
SEGUINTE LEI:
R E S O L V E:
Art. 1º - Fica instituído o Plano Municipal de Gerenciamento Costeiro do Município de Campos dos
Goytacazes, com fundamento na Política Nacional de Gerenciamento Costeiro instituído pela Lei Federal
nº 7661 de 16 de maio de 1988, regulamentado pelo Decreto nº 5.300, de 07 de dezembro de 2004, e,
também, a Lei Federal nº 9.636, de
15 de maio de 1998.
Art. 2º - O Plano Municipal de Gerenciamento Costeiro visa prioritariamente regulamentar a utilização
municipal dos recursos na Zona Costeira, de forma a contribuir para garantir e elevar a qualidade da vida
de sua população e a proteção do seu patrimônio natural, histórico, étnico e cultural.
Parágrafo Único - Para os efeitos desta Lei, considera-se Zona Costeira o espaço geográfico de
interação do ar, do mar e da terra, incluindo seus recursos, renováveis ou não, abrangendo uma faixa
marítima e outra terrestre, que pode ser definida da seguinte forma: a linha de costa do Município de
Campos dos Goytacazes está subdividida entre os distritos Santo Amaro de Campos e Mussurepe, com
características morfológicas distintas, apresentando áreas bem preservadas com remanescente de
vegetação de restinga e mangue, lagoas e lagunas, bem como áreas urbanizadas e em processo de
urbanização; respectivamente nas localidades de Farol de São Tomé e Xexé.
Estende-se ao longo de aproximados 28 quilômetros entre o limite sul, na borda norte do Canal das
Flechas na divisa com o Município de Quissamã e o limite norte na divisa com o Município de São João
da Barra na localidade de Barra do Açú, que marca a posição da barra lagunar da Lagoa Salgada.
Art. 3º - A determinação dos limites da orla costeira do Município de Campos dos Goytacazes para o
Plano Municipal de Gerenciamento Costeiro serão considerados com a descrição a seguir:
I - O Limite Marinho será a isóbata, ou seja, linha que une os pontos que apresentam a mesma
profundidade subaquática, de 10 metros a ser delimitada através de rotinas de digitalização e interpolação
de dados de Cartas Náuticas da Marinha do Brasil;
113
ESTADO DO RIO DE JANEIRO
PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES
II - O Limite Continental, ou seja, contato entre a terra e o mar – linha de preamar máxima, será definido
uma área de 50 metros para áreas urbanizadas, ou do final da duna de limite praial e de 200 metros para
áreas não urbanizadas, ambas já considerando os 33 metros chamados Terrenos da Marinha assim
descritos no Decreto Lei nº 9.760 de 05 de setembro de 1946. Ficando o Zoneamento Ecológico-
Econômico
Costeiro - ZEEC responsável por possíveis alterações neste limite em função de especificidades pontuais
a serem apontadas em estudos posteriores.
Art. 4º - O Plano Municipal de Gerenciamento Costeiro será regulamentado por Decreto do Poder
Executivo Municipal no prazo máximo de 90 (noventa) dias após a publicação desta Lei devendo prever
o Zoneamento Ecológico-Econômico Costeiro - ZEEC, instrumento básico de planejamento que
estabeleça as condições de sustentabilidade ambiental do desenvolvimento da zona costeira, as normas de
uso e ocupação do solo e de manejo dos recursos naturais em zonas específicas, definidas a partir das
análises de suas características ecológicas e socioeconômicas, bem como prever ações diretas e indiretas
para preservação dos atributos naturais e paisagísticos da zona costeira, tais como: manguezal da
Carapeba, restinga do Xexé, APA do Lagamar e outros.
Parágrafo Único - O Zoneamento Ecológico-Econômico Costeiro tem por objetivo identificar as
unidades territoriais que por suas características físicas, biológicas e socioeconômicas, bem como, por
sua dinâmica e contrastes internos, devem ser objeto de disciplina especial, com vistas ao
desenvolvimento de ações capazes de conduzir ao
aproveitamento, a manutenção ou a recuperação de sua qualidade ambiental e do seu potencial produtivo.
O Zoneamento definirá normas e metas ambientais e socioeconômicas, rurais, urbanas e aquáticas a
serem alcançadas por meio de programas de gestão sócioeconômico- ambiental.
Art. 5º - O Plano Municipal de Gerenciamento Costeiro deverá ser revisto obrigatoriamente no prazo
máximo de cada 10 (dez) anos, por um Grupo de Coordenação, dirigido preferencialmente, pela
Secretaria Municipal de Meio Ambiente, cuja composição e forma de atuação serão definidas em Decreto
do Poder Executivo.
Art. 6º - O Plano Municipal de Gerenciamento Costeiro será elaborado e executado observando normas,
critérios e padrões relativos ao controle e à manutenção da qualidade do meio ambiente, estabelecidos
por todos os diplomas legais em vigor respeitada a competência de cada Lei, reservando ao município a
prerrogativa de decisão sobre os casos omissos, estabelecendo a política de manejo da orla do município
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com destaque para a definição de ações e regramentos para atividades potencialmente degradadoras do
meio ambiente à orla da Praia do Farol de São Tomé, principalmente sobre a faixa de areia, bem como
responsabilizando e punindo direta e indiretamente seus atores:
§ 1º. Dentre as atividades potencialmente degradadoras do meio ambiente destacam-se:
I- Das atividades de Comércio:
a) Quiosques (saneamento e estrutura extra);
b) Ambulantes;
c) Feiras;
d) Eventos (diversos);
e) Mercado de Peixes.
II- Das atividades de Pesca:
a) Estacionamento de Barcos;
b) Construção de Barcos;
c) Abandono de Barcos;
d) Oficinas (mecânica e elétrica);
e) Borracharia;
f) Descarte de óleo na areia;
g) Descarte de resíduos da pesca.
III- Das atividades de Veranistas e de Turismo:
a) Infraestrutura temporária;
b) Aumento de resíduos sólidos;
c) Trânsito irregular de veículos na faixa de areia;
d) Áreas específicas para prática de esportes.
IV- Das atividades de Construção Civil
a) Fiscalização precária das áreas de preservação e no processo de expansão urbana.
§ 2º - As forças de responsabilização e punição direta ou indireta de ações consideradas lesivas à Orla do
município deverão constar do Decreto regulamentador desta Lei.
Art. 7º - O Plano Municipal de Gerenciamento Costeiro estabelece a criação de um Grupo Executivo
para implementar o Plano de Gestão Integrada da Orla do Município (PGI), construído de forma
participativa nas Oficinas do Projeto Orla, de acordo com as diretrizes do Decreto Lei no 5.300/2004,
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onde o mesmo servirá como norteador dos projetos e ações para a utilização regular e sustentável da orla
marítima do Município, além de acompanhar a elaboração dos estudos para a criação de Unidade de
Conservação no Manguezal da Carapeba, incluindo a regulamentação de sua utilização.
§1º- O grupo executivo priorizará as ações de recomposição da vegetação nativa e a recuperação
ambiental das áreas de mangue e restinga; de regramento de todas as atividades esportivas e culturais
desenvolvidas na orla da Praia do Farol de São Tomé e de mitigação de possíveis impactos negativos
oriundos de atividades socioeconômicas desenvolvidas no entorno da área da orla da Praia do Farol de
São Tomé.
§2º - O Plano de Gestão Integrada da Orla do Município (PGI) será revisado a cada 05 (cinco) anos,
sempre obedecendo à metodologia participativa que caracteriza o Projeto Orla.
§3º - O Comitê Gestor do Projeto Orla, formado paritariamente por representantes do Poder Público
Municipal e por representantes da sociedade Civil Organizada, obedecerá a regulamento próprio também
a ser regrado por Decreto no prazo máximo de 90 (noventa) dias após a publicação da presente Lei.
§4º - Compete ao Executivo Municipal convocar as reuniões do Comitê Gestor do Projeto Orla e
viabilizar as condições materiais para a realização das mesmas.
Art. 8º - O Plano Municipal de Gerenciamento Costeiro reconhece todas as políticas de inclusão e
promoção do indivíduo na forma da legislação em vigor.
Art. 9º - O Plano Municipal de Gerenciamento Costeiro, em cumprimento a Portaria No 10 de 30 de
janeiro de 1995 (IBAMA) proíbe o trânsito de qualquer veículo na faixa de praia compreendida entre a
linha de maior baixa-mar até 50m (cinquenta metros) acima da linha de maior preamar do ano, também
chamada de maré sizígia, cabendo ao poder Executivo Municipal através de Decreto, regulamentar o uso
de veículos motorizados na faixa de areia da orla da Praia do Farol de São Tomé de serviços de utilidade
pública que possuem atribuições e prerrogativas específicas.
Art. 10 - O Plano Municipal de Gerenciamento Costeiro estabelece o prazo de 12 (doze) meses a partir
de sua entrada em vigor, para elaboração e publicação da regulamentação de quiosques, atuais e
eventuais futuros, na orla da Praia do Farol de São Tomé, padronizando seus espaços para atendimento,
sua estrutura de saneamento,
disposição dos resíduos sólidos e todas as atividades correlacionadas aos usuários dos mesmos.
Art. 11 - O Plano Municipal de Gerenciamento Costeiro estabelece a migração da frota pesqueira
historicamente alojada na orla da Praia do Farol de São Tomé, para o espaço próprio previsto no
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Complexo Logístico e Industrial Farol-Barra do Furado, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias após a
conclusão e entrega das obras de implantação do citado empreendimento.
Art. 12 - O Plano Municipal de Gerenciamento Costeiro estabelece em seu Anexo I e II a imediata
regulamentação à utilização da Orla da Praia do Farol de São Tomé para as seguintes ações:
I - uso exclusivo para banhistas;
II - entrada e saída de embarcações pesqueiras;
III - prática de esportes na faixa de areia;
IV - prática de esportes ou atividades náuticas, incluindo as atividades com moto-aquática e demais
dispositivos flutuantes, bem como a estrutura para suporte de entrada e saída;
V - área destinada à pratica de pesca esportiva;
VI - quaisquer outras ações de natureza antrópica que se fizerem necessárias.
§ 1º. Os espaços que poderão ser utilizados para prática de esportes seja ela na faixa de areia ou na água
deverão ter as localizações especificadas e a descrição de quais estruturas poderão ser utilizadas neste
perímetro; após a delimitação dos espaços destinados ao uso específico de cada atividade deverá constar
a sinalização dos mesmos
de acordo com a NORMA da Marinha do Brasil.
§ 2º. O estabelecido no Anexo I e II poderá ser revisto no Decreto do Poder Executivo Municipal,
conforme previsto no Art.4º desta Lei.
Art. 13 - Esta Lei entra em vigor na data da publicação
TABELA DE COORDENADAS GEOGRÁFICAS
CÓDIGO LOCAL WGS 1984 UTM Zone 24 S
Latitude Longitude
1 Rua Irineu Parente -22 02 34.91938 -41 02 58.48148
2 Rua Francisco Soares de Souza -22 02 30.53299 -41 02 50.20692
3 Rua Direma Quintanilha -22 02 18.30710 -41 02 25.73974
4 Rua Domingos Peixoto -22 02 17.38504 -41 02 23.64050
5 Rua Tomé de Souza -22 02 24.08363 -41 02 36.34912
6 Rua Cel. Antonio P. Batista -22 02 27.10180 -41 02 42.57362
7 Rua Afonso Rangel -22 02 47.30107 -41 03 24.75122
8 Rua José Pereira Gomes -22 02 49.18902 -41 03 28.51700
9 Rua Horácio de Souza -22 03 04.70506 -41 03 57.51918
10 Rua Francisco Neto -22 03 02.01834 -41 03 52.31318
11 Rua José Prudêncio -22 02 25.81202 -41 02 39.85350
12 Rua Castelo Branco -22 02 28.62481 -41 02 45.97231
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13 Deck de Acesso Lagamar -22 03 35.49787 -41 05 05.99464
14 Bosque Casuarinas 1 (Rua 89) -22 04 05.94138 -41 05 43.29910
15 Bosque das Casuarinas 2 (Rua 88) -22 04 13.00062 -41 05 55.62881
16 1º Pier -22 04 51.48059 -41 07 04.13461
17 Rua Lugero Arêas -22 02 40.23298 -41 03 09.62971
18 Rua 60 -22 03 41.92326 -41 05 03.46697
19 Rua São Brás -22 03 33.86045 -41 04 50.67394
20 Rua Custódio de Almeida -22 02 14.39606 -41 02 17.58260
21 Rua Atum -22 02 09.10345 -41 02 06.79798
22 Rua Piau -22 01 53.60452 -41 01 33.88685
23 Rua Tainha -22 01 51.74724 -41 01 29.85028
24 Rua Manduca Quintanilha -22 02 29.37581 -41 02 48.29219
ANEXO I
Da Regulamentação à utilização da orla da Praia do Farol de São Tomé:
I - O uso exclusivo para banhistas será compreendido entre as Ruas: Francisco Neto e Ludgero Arêas;
Francisco Soares de Souza e Castro Branco; Tomé de Souza e Direma Quintanilha; Domingues Peixoto e
Bom Repouso.
Parágrafo único - Toda a orla da Praia do Farol de São Tomé poderá ser utilizada pelos banhistas, ficando
as áreas determinadas pelas ruas discriminadas acima de uso exclusivo para este determinado fim, e as
demais áreas de uso misto de acordo com as seguintes atividades: prática de esportes terrestres; prática de
esportes ou atividades náuticas; prática de pesca esportiva e área para entrada e saída de embarcações
pesqueiras.
II - Da entrada e saída de embarcações pesqueiras: será entre as Ruas: Irineu Parente (1) e Francisco
Soares de Souza (2), até que seja cumprido do prazo do artigo 11 desta Lei.
Parágrafo Único: fica estabelecido como área máxima para utilização como “estacionamento” das
embarcações a área demarcada entre a Rua Irineu Parente (1) (início do muro da marinha, em frente ao
numero 9) e a Rua Manduca Quintanilha (24) , até que seja cumprido do prazo do artigo 11 desta Lei.
III - Da prática de esportes na faixa de areia:
a) Prática de Vôlei de Areia, Futevôlei e Frescobol localizado na orla da Praia do Farol de São Tomé
entre as Ruas: Direma Quintanilha (3) e Domingos Peixoto (4);
b) Prática de Beach Soccer, Vôlei de Areia, Futevôlei e Frescobol localizado na orla da Praia do Farol de
São Tomé entre as Ruas: Thomé de Souza (5) e Cel. Antônio P. Batista (6);
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c) Prática de Beach Soccer, Vôlei de Areia, Futevôlei e Frescobol localizado na orla da Praia do Farol de
São Tomé entre as Ruas: Afonso Rangel (7) e José Pereira Gomes (8);
d) Prática de Beach Soccer, Vôlei de Areia, Futevôlei e Frescobol localizado na orla da Praia do Farol de
São Tomé entre as Ruas: Horácio de Souza (9) e Francisco Neto (10);
IV - Da prática de esportes ou atividades náuticas, incluindo as atividades com moto-aquática e demais
dispositivos flutuantes, bem como a estrutura para suporte de entrada e saída; sendo que todas as
atividades de WindSurf, Vela, Kite Surf e Motonáutica terão que respeitar o limite mínimo de 200
metros, a contar da arrebentação para a sua prática;
e) Prática de Bodyboard, Surf e entrada no mar para a prática das seguintes atividades: WindSurf, Vela,
Kite Surf e Motonáutica localizado na orla da Praia do Farol de São Tomé na direção do 1º Pier (16),
com área de ação de 100 metros de raio a partir do 1º Pier;
f) Prática de Bodyboard, Surf e entrada no mar para a prática das seguintes atividades: WindSurf, Vela,
Kite Surf e Motonáutica localizado na orla da Praia do Farol de São Tomé entre as Ruas: 89 (14) e 88
(15) , respectivamente, na direção do antigo Portal das Gaivotas (atualmente chamado de Bosque das
Casuarinas);
g) Prática de WindSurf, Vela, Kite Surf, Motonáutica, Banana-Boat e Remo localizado no Lagamar com
utilização a partir de 50 metros da beira da Lagoa, sendo que, a entrada das referidas embarcações se dará
no Deck (13) , localizado a esquerda a cerca de 30 metros do ultimo quiosque;
h) Prática de Bodyboard, Surf e entrada no mar para a prática das seguintes atividades: WindSurf, Vela,
Kite Surf e Motonáutica localizado na orla da Praia do Farol de São Tomé entre as Ruas: Tomé de Souza
(5) e Castelo Branco (12);
i) Prática de Bodyboard, Surf e entrada no mar para a prática das seguintes atividades: WindSurf, Vela,
Kite Surf e Motonáutica localizado na orla da Praia do Farol de São Tomé entre as Ruas: José Custódio
de Almeida (20) e Rua Atum (21);
j) Prática de Bodyboard, Surf e entrada no mar para a prática das seguintes atividades: WindSurf, Vela,
Kite Surf e Motonáutica localizado na orla da Praia do Farol de São Tomé entre as Ruas: Piau (22) e
Tainha (23);
V - Das áreas destinadas à prática de pesca esportiva:
l) Prática de Pesca Esportiva localizada na orla da Praia do Farol de São Tomé em frente ao Portal do
Lagamar, entre as Ruas: 60 (18) e São Brás (19), respectivamente.
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Prática de Pesca Esportiva localizada na orla da Praia do Farol de São Tomé localizada em frente ao
Farol da Marinha, entre as Ruas: Irineu Parente (1) e Ludgero Arêas (17);
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LEI Nº 5.418, DE 29 ABRIL DE 1993.
Cria Área de Proteção Ambiental - APA do Lagamar, com base no Art. 225,§ 1º, inc.III,
da constituição da República; no Art.8º, da Lei Federal nº/6.902, de 27/03/81; no Art.9º, inc.VI, da Lei
Federal nº 6.938, de 31/08//81; no Art.1º inc.II, do Decreto Federal nº 99.274, de 06/06/90; no Art. 258,
inc.III, da Constituição do Estado; e no Art. 243, inc.V, da Lei Orgânica do Município.
A CÂMARA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES DECRETA E EU SANCIONO Á
SEGUINTE LEI:
Art.1º- Fica criada a área de Proteção Ambiental- APA do Lagamar, situada em Santo Amaro, 3º Distrito
de Campos dos Goytacazes, com objetivo de proteger um ecossistema de laguna de nossa região e de
ecossistemas representativos a ele associados, bem como controlar atividades que ameacem a sua
integridade.
Art.2º- A APA do Lagamar abrange:
I – O espelho d’água do ecossistema lagunar, em todo o seu perímetro, considerando os seu leito maior;
II- As margens da laguna, numa faixa de 30 metros (trinta) metros, medidos horizontalmente, a partir de
nível mais alto das águas;
III- Os remanescentes de vegetação nativa que se encontram em suas margens;
IV- Os leitos e margens dos cursos d’água afluem da laguna, numa extensão de 500 (quinhentos) metros
a contar da foz ou da nascente dos mesmos.
Art.3º- Para efetivação da APA do lagamar, o Governo Municipal de Campos dos Goytacazes
providenciará:
I- O alinhamento da orla da laguna, definindo seu leito menor e maior sazonal;
II- A demarcação de sua faixa marginal de proteção, mediante marcos afixados no terreno;
III- A retirada de obstáculos colocados por pessoas físicas ou jurídicas, no interior da APA;
IV- A transferência de moradores instalados nos domínios da APA, nos termos do que perceitua o Art.
244 e seus incisos, da Lei Orgânica;
V- A demolição de edificações privadas construídas no âmbito da APA ou de qualquer outra que esteja
em desacordo com os fins que justificaram sua criação;
VI- A reconstituição e restauração da vegetação nativa na faixa marginal de proteção da laguna e dos
cursos d´água que nela tem nascente e foz, no trecho integrante da APA;
121
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VII- A remoção de aterros e o fechamento de canais efetuados por pessoas físicas ou jurídicas no âmbito
da APA;
VIII- A formulação de um projeto de educação ambiental que habilite os segmentos sociais dependentes
dos ou interessados nos ecossistemas integrantes da APA a respeitá-los e deles fazer uso ecologicamente
sustentado;
IX- A elaboração de um projeto de repovoamento faunístico dos ecossistemas integrantes da APA,
respeitando suas características originais;
X- A construção de uma galeria de cintura que impeça o afluxo de efluentes para os corpos d’água da
APA.
§ 1º - As providências arroladas neste artigo, serão detalhadas no Plano Diretor da APA do Lagamar, a
ser eleborado no prazo máximo de 06 (seis) meses, a partir da data da publicação da presente Lei.
§ 2º - As disposições previstas nos incisos deste artigo deverão ser cumpridas no prazo máximo de 12
(doze) meses, a partir da data da publicação da presente Lei.
§ 3º - O Governo municipal recorrerá a ações administrativas ou judiciais para promover a retirada de
pessoas comprovadamente detentoras de bens que não justifiquem a ocupação de áreas situadas nos
domínios da APA, examinando caso por caso os pedidos de indenização, na forma da Lei.
Art.4º- Na APA do Lagamar, são expressamente proibidos:
I- Práticas de lazer que comprometam, potencial ou efetivamente, os ecossistemas que integram a APA;
II- Atividades extrativistas, agropecuárias e industriais que causem impacto ambiental, potencial ou
efetivamente, aos ecossistemas integrantes da APA, na vertente que inflete para a laguna e cursos D’água
que nela têm nascente e foz;
III- Obras de terraplanagem e de abertura retificação de canais sem estudo e relatório de impacto
ambiental;
IV- Lançamento de esgoto, “in natura”, e de resíduos sólidos ecossistemas que constituem a APA;
V- Atividades que ameacem afugentar ou extinguir espécies nativas que têm seu habitat nos ecossistemas
da APA;
VI- Atividades capazes de provocar erosão, assoreamento e eutrofização;
VII- Pesca predatória.
Art. 5º A reparação dos danos causados aos ecossistemas componentes da APA do Lagamar e previstos
na legislação em vigor correrá às expensas das pessoas físicas ou jurídicas que os cometerem.
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Art. 6º O Plano Diretor estabelecerá normas para a área urbana situada no entorno da APA do Lagamar,
bem como fixará a classe das águas dos ecossistemas situados em seu interior.
Art.7º O Conselho Municipal do Meio Ambiente participará de todas as fases de estudo, implementação
e gerenciamento da APA do lagamar.
Parágrafo único – A APA do Lagamar será administrada pelo Órgão Municipal do Meio Ambiente,
podendo, também, firmar convênio com órgão e entidades públicas ou privadas, para a proteção e
conservação da APA.
Art. 8º - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
DECRETO Nº 43.522 DE 20 DE MARÇO DE 2012
CRIA O PARQUE ESTADUAL DA LAGOA DO AÇU E DÁ OUTRAS
PROVIDÊNCIAS.
O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, no uso de suas atribuições constitucionais
e legais, tendo em vista o que consta do processo E-07/502044/2010,
CONSIDERANDO:
- que é dever do Poder Público e da coletividade defender e preservar o meio ambiente ecologicamente
equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida;
- que na área costeira dos municípios de São João da Barra e Campos dos Goytacazes há lagoas, lagunas
e banhados em bom estado de preservação, e ainda importantes testemunhos de outros que, no passado,
foram drenados ou aterrados no norte e noroeste fluminense para expansão das atividades agropecuária;
- que a Mata Atlântica constitui patrimônio nacional, conforme o disposto no §4° do artigo 225 da
Constituição da República Federativa do Brasil;
- que incumbe ao Poder Público definir espaços territoriais a serem especialmente protegidos, conforme o
disposto no artigo 225 da Constituição da República Federativa do Brasil e no artigo 261 da Constituição
do Estado do Rio de Janeiro;
- que parques são unidades de conservação de proteção integral que têm como objetivo a preservação de
ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e beleza cênica, conforme o disposto na Lei Federal
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nº 9.985, de 18 de julho de 2000, que instituiu o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da
Natureza - SNUC;
- que parques são espaços públicos fundamentais para o desenvolvimento da região onde estão inseridos,
mediante o estímulo ao desenvolvimento dos diversos segmentos do turismo, em especial do ecoturismo,
e que assegurem um espaço público para o lazer, a recreação e a manutenção da biodiversidade para as
atuais e futuras gerações;
- que a vegetação de restinga na área costeira dos municípios de São João da Barra e Campos dos
Goytacazes constitui a segunda restinga mais ameaçada do país;
- que a restinga existente na área costeira dos municípios de São João da Barra e Campos dos Goytacazes
abriga todas as tipologias de restinga, definidos no Decreto Estadual n° 41.612, de 23/12/08;
- a necessidade de serem mantidas intactas para o conhecimento e desfrute das futuras gerações porções
de praias do litoral norte fluminense;
- que as áreas que abriguem espécies raras, vulneráveis ou ameaçadas de extinção e áreas de interesse
arqueológico, histórico, científico, paisagístico e cultural são consideradas áreas de preservação
permanente, conforme o disposto no artigo 268 da Constituição do Estado do Rio de Janeiro; e
a importância dos serviços ambientais proporcionados pelas florestas e demais formas de vegetação
nativa para a vida humana.
DECRETA:
Art. 1º - Fica criado o Parque Estadual da Lagoa do Açu, com área total aproximada de 8.251,45
hectares, abrangendo terras dos municípios de Campos dos Goytacazes e São João da Barra.
§1º O memorial descritivo dos limites do parque consta do Anexo I do presente Decreto.
§2º O mapa de situação do parque consta do Anexo II do presente Decreto.
§3º O mapa original do parque, com a delimitação por pontos e correspondentes coordenadas UTM,
acha-se arquivado no Instituto Estadual do Ambiente - INEA/RJ e deverá ser disponibilizado no sítio na
rede mundial de computadores do Instituto.
Art. 2º - A criação do Parque Estadual da Lagoa do Açu tem por objetivos:
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I- assegurar a preservação de parte de um dos mais ricos e bem preservados remanescentes de vegetação
de restinga do Estado do Rio de Janeiro, bem como recuperar as áreas degradadas ali existentes;
II - assegurar a preservação de áreas úmidas remanescentes no litoral norte fluminense, especialmente da
Lagoa do Açu e o banhado da Boa Vista;
III - manter populações de animais e plantas nativas e oferecer refúgio para espécies raras, vulneráveis,
endêmicas e ameaçadas de extinção da fauna e flora nativas;
IV- estimular o ecoturismo, como alternativa sustentável de geração de emprego e renda;
V- assegurar a continuidade da prestação dos serviços ambientais proporcionados pela biodiversidade e
pelos corpos hídricos locais;
VI - oferecer oportunidades de visitação, recreação, aprendizagem, interpretação, educação, pesquisa
científica e relaxamento;
VII - resguardar de ocupação amostras representativas das praias do litoral norte fluminense.
Art. 3 - Fica estabelecida como de utilidade pública, para fins de desapropriação e implantação do
parque, a área delimitada por este Decreto, sendo vedados empreendimentos, obras e quaisquer
atividades que afetem sua substância ou destinação sem autorização do INEA. Art. 4º - No prazo de 180
(cento e oitenta) dias contados da publicação deste decreto, o INEA cadastrará os pescadores artesanais
da Região Norte Fluminense que dependem, para sua subsistência, da pesca nos limites do Parque
Estadual da Lagoa do Açu.
§1º - Para efetuar este cadastramento, o INEA estabelecerá parceria com as colônias e associações de
pescadores da Região Norte Fluminense.
§2º - Para ser cadastrado, o pescador artesanal deverá comprovar ser residente e domiciliado em
município da Região Norte Fluminense.
Art. 5º - Concluído o cadastramento previsto no artigo anterior, o INEA celebrará termo de compromisso
com cada pescador cadastrado, e emitirá autorização pessoal e intransferível para pesca artesanal nos
limites do parque.
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§1º O Termo de Compromisso previsto no caput deste artigo especificará os direitos e obrigações dos
compromissados, estando vinculado à expedição de autorização para a pesca artesanal, com caráter
precário, condicionada sua validade à fiel observância das obrigações especificadas no Termo.
§2 º O descumprimento das obrigações constantes no Termo de Compromisso, ou a prática, por parte dos
compromissados, de qualquer infração ou crime ambiental no interior do Parque Estadual da Lagoa do
Açu, ensejará a denúncia do Termo e a anulação da autorização para pesca artesanal.
Art. 6° - O parque será regido pela Lei Federal nº 9.985, de 18 de julho de 2000, que instituiu o Sistema
Nacional de Unidades de Conservação da Natureza e pela legislação estadual pertinente.
Art. 7º - Fica assegurada, se necessária, a recuperação, ampliação e pavimentação das estradas já
existentes nos limites do parque e que sejam indispensáveis ao acesso de distritos e povoados,
observados os dispositivos do Decreto Estadual n° 40.979, de 15 de outubro de 2007.
Art. 8º - Fica estabelecido o prazo máximo de 05 (cinco) anos, a partir da data de publicação deste
Decreto, para a elaboração do Plano de Manejo do Parque Estadual da Lagoa do Açu.
Art. 9º - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
Rio de Janeiro, 20 de março de 2012
SÉRGIO CABRAL
ANEXO I
O Parque Estadual da Lagoa do Açu localiza-se no litoral da Região Norte do Estado do Rio de Janeiro,
com área total aproximada de 8.251,45 hectares, nos municípios de Campos dos Goytacazes e São João
da Barra, apresentando a seguinte delimitação por pontos e correspondentes coordenadas aproximadas
conforme a projeção Universal Transversa de Mercator (UTM), fuso 24, datum horizontal SAD 69, com
base em imagem do satélite Ikonos e dados de campo.
Inicia-se no ponto 01 (293867,15 E / 7574971,91 N) e daí segue em linha reta no sentido sudeste por
cerca de 245 m até o ponto 02 (293952,22 E / 7574742,1 N) ; daí segue em linha reta no sentido sudeste
por cerca de 153 m até o ponto 03 (294099,37 E / 7574699,14 N) ; daí segue em linha reta no sentido sul
por cerca de 72 m até o ponto 04 (294100,35 E / 7574626,15 N) ; daí segue em linha reta no sentido leste
por cerca de 348 m até o ponto 05 (294448,88 E / 7574611,84 N) ; daí segue em linha reta no sentido
sudeste por cerca de 94 m até o ponto 06 (294531,06 E / 7574567,02 N) ; daí segue em linha reta no
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sentido sul por cerca de 340 m até o ponto 07 (294510,76 E / 7574226,72 N) ; daí segue em linha reta no
sentido sudoeste por cerca de 146 m até o ponto 08 (294370,85 E / 7574184,41 N) ; daí segue em linha
reta no sentido sudeste por cerca de 84 m até o ponto 09 (294385,3 E / 7574102,93 N) ; daí segue em
linha reta no sentido leste por cerca de 127 m até encontrar a margem leste da estrada da Azeitona, no
ponto10 (294507,35 E / 7574139,02 N) ; daí segue pela mesma margem desta estrada no sentido nordeste
até o ponto 11 (294627,81 E / 7574500,43 N) ; daí segue em linha reta no sentido leste por cerca de 398
m até o ponto 12 (295026,16 E / 7574514,32 N) , localizado a 100 m da lagoa do Açu; daí segue em
linha reta até encontrar o limite da faixa de afastamento de 100 m da lagoa do Açu no ponto 13
(295030,99 E / 7574799,68 N); daí segue por este limite no sentido norte, passando pelos pontos 14
(295051,03 E / 7574880,84 N) e 15 (295044,98 E / 7575078,56 N) até atingir o ponto 16 (295076,43 E /
7575177,31 N) ; daí segue em linha reta no sentido noroeste por cerca de 245 m até o
ponto 17 (295086,97 E / 7575423,79 N) ; daí segue em linha reta no sentido noroeste por cerca de 386 m
até encontrar novamente a margem leste da estrada da Azeitona, no ponto18 (294981,08 E /
7575796,29 N) ; daí segue em linha reta no sentido nordeste por cerca de 315 m até encontrar a linha de
costa, no ponto 19 (295282,02 E / 7575888,75 N) ; daí segue pela linha de costa no sentido
sudeste/sul/sudoeste, passando pelos pontos 20 (295461,12 E / 7575252,96 N), 21 (295780,52 E /
7573862,88 N), 22 (296131,48 E / 7571227,11 N), 23 (295943,03 E / 7568397,39 N), 24 (295161,51 E /
7565850,07 N), 25 (294812,34 E / 7565051,37 N) e 26 (294327,88 E / 7564553,14 N) até atingir o
ponto 27 (291479,54 E / 7562464,6 N) ; daí segue em linha reta no sentido noroeste por cerca de 214 m
até encontrar a margem sul de um arruamento no ponto 28 (291330,93 E / 7562618,49 N); daí segue pela
mesma margem deste arruamento, no sentido nordeste, até o ponto 29 (295089,73 E / 7566121,94 N); daí
segue em linha reta no sentido nordeste por cerca de 15 m, atravessando este arruamento até encontrar,
na sua margem norte, o cruzamento com a margem leste de outro arruamento de terra no ponto 30
(295077,58 E / 7566127,27 N) ; daí segue pela mesma margem deste arruamento, no sentido noroeste,
até o ponto 31 (294626,61 E / 7566311,72 N) ; daí segue em linha reta no sentido noroeste por cerca de
92 m até o ponto 32 (294539,17 E / 7566339,17 N) ; daí segue em linha reta no sentido sudoeste por
cerca de 89 m até o ponto 33 (294471,83 E / 7566282,67 N) ; daí segue em linha reta no sentido sudeste
por cerca de 119 m até encontrar a margem oeste de um arruamento de terra, no ponto 34 (294535,62 E /
7566181,29 N) ; daí segue pela mesma margem deste arruamento, no sentido sudoeste, até o ponto 35
(294345,46 E / 7565838,25 N) ; daí segue em linha reta no sentido sudeste por cerca de 161 m até o
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ponto 36 (294433,96 E / 7565702,63 N) ; daí segue em linha reta no sentido sudoeste por cerca de 228 m
até encontrar um outro arruamento, no ponto 37 (294278,17 E / 7565534,82 N) ; daí segue em linha reta
no sentido sudoeste por cerca de 710 m até o ponto 38 (293744,85 E / 7565065,6 N) ; daí segue em linha
reta no sentido noroeste por cerca de 202 m até o ponto 39 (293634,32 E / 7565235,49 N) ; daí segue em
linha reta no sentido sudoeste por cerca 1.117 m até encontrar a margem oeste de um arruamento de terra
no ponto 40 (293124,28 E / 7564796,34 N) ; daí segue pela mesma margem deste arruamento, no sentido
noroeste/sudoeste, até o ponto 41 (292597,26 E / 7564471,08 N) ; daí segue em linha reta no sentido
noroeste por cerca de 156 m até o ponto 42 (292489,69 E / 7564582,05 N) ; daí segue em linha reta no
sentido sudoeste por cerca de 988 m até o ponto 43 (291761,53 E / 7563918,22 N) ; daí segue em linha
reta no sentido sudoeste por cerca de 958 m até encontrar a margem oeste de uma via asfaltada, no
ponto 44 (292596,58 E / 7563437,52 N) ; daí segue pela mesma margem desta via, no sentido sudoeste,
até o ponto 45 (291325,26 E / 7562627,59 N) ; daí segue em linha reta no sentido noroeste por cerca de
622 m até encontrar a margem norte de um arruamento de terra, no ponto 46 (290871,09 E / 7563047,94
N) ; daí segue pela mesma margem deste arruamento, no sentido sudoeste, até o ponto 47 (290706,31 E /
7562927,03 N) ; daí segue em linha reta no sentido noroeste por cerca de 12 m até o ponto 48 (290695,44
E / 7562932,27 N) ; daí segue em linha reta no sentido sudoeste por cerca de 944 m até o ponto 49
(289941,93 E / 7562362,73 N) ; daí segue em linha reta no sentido sudeste por cerca de 25 m até
encontrar a margem sul da avenida Boa Vista, no ponto 50 (289962,77 E / 7562348,73 N) ; daí segue
pela mesma margem desta avenida, no sentido sudoeste, até o ponto 51 (288582,22 E / 7561469,97 N) ;
daí segue em linha reta no sentido noroeste por cerca de 378 m até encontrar a margem norte de uma rua
sem nome, no ponto 52 (288378,83 E / 7561789,55 N) ; daí segue pela mesma margem desta rua no
sentido noroeste até o ponto 53 (288091,80 E / 7562266,97 N) ; daí segue em linha reta no sentido
noroeste por cerca de 250 m até encontrar a margem sul de um canal, no ponto 54(287961,55 E /
7562484,32 N) ; daí segue pela mesma margem deste canal no sentido sudoeste até encontrar a margem
oeste de outro canal, no ponto 55 (287817,22 E / 7562277,69 N) ; daí segue pela mesma margem deste
canal, no sentido norte/noroeste, até o ponto 56 (287740,45 E / 7562672,04 N) ; daí segue em linha reta
no sentido sudoeste por cerca de 658 m até encontrar a margem norte da rodovia RJ-216, no ponto57
(287347,02 E / 7562141,67 N) ; daí segue pela mesma margem desta rodovia, no sentido noroeste, até o
ponto 58 (284862,56 E / 7563973,75 N) ; daí segue em linha reta no sentido noroeste por 185 m até o
ponto 59 (284721,25 E / 7564094,04 N); daí segue em linha reta no sentido noroeste por cerca de 215 m
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até o ponto 60 (284590,65 E / 7564265,37 N) ; daí segue em linha reta por cerca de 95 m no sentido
oeste até o ponto 61 (284498,19 E / 7564242,98 N) ; daí segue em linha reta no sentido noroeste por
cerca 1.956 m até o ponto 62 (283034,17 E / 7565540,49 N) ; daí segue em linha reta no sentido noroeste
por cerca de 470 m até o ponto 63 (282880,48 E / 7565985,44 N) ; daí segue em linha reta por cerca de
653 m, no sentido nordeste, até encontrar a margem leste de uma estrada de terra, no ponto 64
(283509,56 E / 7566162,13 N) ; daí segue pela mesma margem desta estrada no sentido noroeste até
encontrar a margem sul da estrada do Mulaco, no ponto 65 (282668,18 E / 7566764,86 N) ; daí segue
pela mesma margem desta estrada, no sentido nordeste/norte, até o ponto 66 (282976,17 E / 7568991,20
N) ; daí segue em linha reta no sentido nordeste por cerca de 435 m até o ponto 67 (283399,46 E /
7569094,76 N) ; daí segue em linha reta no sentido norte por cerca de 249 m até encontrar a margem
norte de um canal, no ponto 68 (283401,63 E / 7569344,52 N) ; daí segue pela mesma margem deste
canal até o ponto 69 (283570,9 E / 7569344,04 N) ; daí segue em linha reta no sentido noroeste por cerca
de 458 m até encontrar a margem norte de outro canal no ponto 70 (283429,15 E / 7569779,29 N) ; daí
segue pela mesma margem deste canal no sentido oeste por cerca de 135 m até o ponto 71 (283296,42 E
/ 7569751,69 N) ; daí segue em linha reta no sentido norte por cerca de 223 m até o ponto 72 (283263,11
E / 7569972,89 N) ; daí segue em linha reta no sentido leste por cerca de 287 m até o
ponto73 (283548,84 E / 7570006,71 N) ; daí segue em linha reta no sentido norte por cerca de 192 m até
o ponto 74 (283523,85 E / 7570197,19 N) ; daí segue em linha reta no sentido leste por cerca de 478 m
até o ponto 75 (284000,58 E / 7570244,55 N) ; daí segue em linha reta no sentido noroeste por cerca de
261 m até o ponto 76 (283893,60 E /7570483,10 N) ; daí segue em linha reta no sentido leste por cerca
de 373 m até o ponto77 (284263,71 E / 7570531,04 N) ; daí segue em linha reta no sentido sudeste por
cerca de 600 m até encontrar a margem sul de um canal no ponto 78 (284840,43 E / 7570365,54 N) ; daí
segue pela mesma margem deste canal, no sentido nordeste, por cerca de 124 m, até o ponto 79
(284926,00 E / 7570455,70 N) ; daí segue em linha reta no sentido sudeste por cerca de 1.042 m até o
ponto 80 (285190,18 E / 7569447,24 N) ; daí segue em linha reta no sentido leste por cerca de 400 m até
o ponto 81 (285586,93 E / 7569390,68 N) ; daí segue em linha reta no sentido sudoeste por cerca de 368
m até o ponto 82 (285509,48 E / 7569030,84 N) ; daí segue em linha reta no sentido sudeste por cerca de
425 m até encontrar a margem oeste de um canal, no ponto 83 (285858,6 E / 7568787,47 N) ; daí segue
pela mesma margem deste canal, no sentido sudoeste/sudeste, até encontrar a margem oeste de outro
canal, no ponto 84 (286034,47 E / 7568571,05 N) ; daí segue pela mesma margem deste canal, no sentido
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sudoeste, até o ponto 85 (286011,64 E / 7568498,54 N) ; daí segue em linha reta no sentido sudeste por
cerca de 740 m até o ponto 86 (286639,63 E / 7568105,10 N) ; daí segue em linha reta no sentido
nordeste por cerca de 123 m até o ponto 87 (286751,69 E / 7568158,13 N) ; daí segue em linha reta no
sentido nordeste por cerca de 413 m até o ponto 88 (287001,04 E / 7568487,79 N) ; daí segue em linha
reta no sentido norte por cerca de 1.374 m até o ponto 89 (286958,71 E / 7569861,56 N) ; daí segue em
linha reta no sentido noroeste por cerca de 150 m até encontrar a margem oeste de um canal, no ponto 90
(286887,37 E / 7569993,92 N) ; daí segue pela mesma margem deste canal, no sentido norte, até o
ponto 91 (286907,29 E / 7570283,92 N) ; daí segue em linha reta no sentido sudeste por cerca de 2.674 m
até o ponto 92 (289470,82 E / 7569522,64 N) ; daí segue em linha reta no sentido leste por cerca de
2.097 m, cruzando o canal do Quitingute, até o ponto 93 (291570,58 E / 7569535,63 N) ; daí segue em
linha reta no sentido nordeste por cerca de 115 m até o ponto 94 (291679,87 E / 7569566,37 N) ; daí
segue em linha reta no sentido nordeste por cerca de 216 m até o ponto 95 (291822,78 E / 7569729,22
N) ; daí segue em linha reta no sentido leste por cerca de 212 m até o ponto 96 (292033,75 E
/ 7569729,56 N) ; daí segue em linha reta no sentido sudeste por cerca de 250 m até o ponto 97
(292267,62 E / 7569641,97 N) ; daí segue em linha reta no sentido leste por cerca de 141 m até o
ponto98 (292406,94 E / 7569635,39 N) ; daí segue em linha reta no sentido sudeste por cerca de 132 m
até o ponto 99 (292522,87 E / 7569571,19 N) ; daí segue em linha reta no sentido sudeste por cerca de
376 m até o ponto 100 (292665,26 E / 7569222,94 N) ; daí segue em linha reta no sentido leste por cerca
de 198 m até o ponto 101 (292860,04 E / 7569185,17 N) ; daí segue em linha reta no sentido sudeste por
cerca de 146 m até o ponto 102 (292943,10 E / 7569064,46 N) ; daí segue em linha reta no sentido
nordeste por cerca de 395 m até o ponto 103 (293276,78 E / 7569277,57 N) ; daí segue em linha reta no
sentido sudeste por cerca de 112 m até o ponto 104 (293353,04 E / 7569196,15 N) ; daí segue em linha
reta no sentido sudoeste por cerca de 331 m até o ponto 105 (293232,07 E / 7568887 N) ; daí segue em
linha reta no sentido sudoeste por cerca de 196 m até o ponto106 (293070,04 E / 7568775,10 N) ; daí
segue em linha reta no sentido sudeste por cerca de 149 m até o ponto 107 (293195,29 E / 7568692,91
N) ; daí segue em linha reta no sentido sudeste por cerca de 73 m até o ponto 108 (293240,39 E
/ 7568635,41 N) ; daí segue em linha reta no sentido sul por cerca de 179 m até o ponto 109 (292362 E /
7568457,46 N) ; daí segue em linha reta no sentido sudoeste por cerca de 116 m até o
ponto 110 (293236,99 E / 7568343,93 N) ; daí segue em linha reta no sentido sudoeste por cerca de 103
m até o ponto 111 (293172 E / 7568263,83 N) ; daí segue em linha reta no sentido sudeste por cerca de
130
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152 m até o ponto 112 (293161,79 E / 7568111,37 N) ; daí segue em linha reta no sentido sudeste por
cerca de 505 m até o ponto 113 (293360,16 E / 7567646,73 N) ; daí segue em linha reta no sentido
sudeste por cerca de 120 m até o ponto 114 (293425,06 E / 7567545,50 N) ; daí segue em linha reta no
sentido sudeste por cerca de 311 m até o ponto 115 (293469,65 E / 7567237,41 N) ; daí segue em linha
reta no sentido sudeste por cerca de 362 m até o ponto 116 (293609,25 E / 7566902,45 N) ; daí segue em
linha reta no sentido nordeste por cerca de 138 m até o ponto 117 (293703,52 E / 7567004,45 N) ; daí
segue em linha reta no sentido nordeste por cerca de 316 m até encontrar a margem leste de uma estrada
de terra, no ponto 118 (293832,5 E / 7567293,98 N) ; daí segue pela mesma margem desta estrada no
sentido noroeste até o ponto 119 (293820,51 E / 7567589,07 N) ; daí segue em linha reta no sentido
nordeste por cerca de 38 m até o ponto 120 (293845,71 E / 7567618,71 N) ; daí segue em linha reta no
sentido noroeste até encontrar a mesma margem leste da estrada de terra, no ponto 121 (293778,16 E
/ 7567679,51 N) ; daí segue pela mesma margem desta estrada de terra até o ponto 122 (293928,73 E /
7568081,73 N) ; daí segue em linha reta no sentido leste por cerca de 69 m até o ponto 123 (293997,42 E
/ 7568091,71 N) ; daí segue em linha reta no sentido noroeste por cerca de 253 m até o ponto 124
(293898,70 E / 7568325,05 N) ; daí segue em linha reta no sentido nordeste por cerca de 460 m até
encontrar um canal, no ponto 125 (294426,98 E / 7568471,51 N) ; daí segue em linha reta no sentido
nordeste por cerca de 527 m até encontrar outro canal, no ponto 126 (294761,17 E / 7568785,42 N) ; daí
segue em linha reta no sentido nordeste até encontrar outro canal, no ponto 127 (294851,07 E /
7569302,34 N) ; daí segue em linha reta no sentido nordeste, por cerca de 187 m, até encontrar a margem
sul da estrada Maria da Rosa, no ponto 128 (294972,30 E / 7569433,59 N) ; daí segue em linha reta no
sentido norte por cerca de 120 m até o ponto 129 (294991,74 E / 7569552,43 N) ; daí segue em linha reta
no sentido leste por cerca de 167 m até o ponto 130 (295157,02 E / 7569526,41 N) ; daí segue em linha
reta no sentido norte por cerca de 276 m até o ponto 131 (295199,86 E / 7569799,40 N) ; daí segue em
linha reta no sentido noroeste até encontrar a margem sul de um canal no ponto 132 (295020,68 E /
7569856,11 N) ; daí segue pela mesma margem deste canal no sentido noroeste até o
ponto 133 (294954,90 E / 7569903,87 N) ; daí segue em linha reta no sentido norte, por cerca de 413 m,
até encontrar a linha de afastamento de 100 m da lagoa do Açu no ponto 134 (295000,25 E / 7570315,02
N) ; daí segue por este afastamento de 100 m da lagoa do Açu, no sentido nordeste, passando pelos
pontos 135 (295117,07 E / 7570484,71 N) e 136 (295191,08 E / 7570546,95 N) até atingir o
ponto 137(295217,81 E / 7570634,77 N) ; daí segue em linha reta no sentido oeste por cerca de 85 m até
131
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o ponto 138 (294853,11 E / 7571315,06 N) ; daí segue em linha reta no sentido noroeste por cerca de 82
m até o ponto 139 (295062,36 E / 7570684,99 N) ; daí segue em linha reta no sentido noroeste por cerca
de 204 m até o ponto 140 (294919,07 E / 7570828,67 N) ; daí segue em linha reta no sentido noroeste por
cerca de 91 m até o ponto 141 (294891,18 E / 7570915,62 N) ; daí segue em linha reta no sentido norte
por cerca de 81 m até o ponto 142 (294881,59 E / 7570996,70 N) ; daí segue em linha reta no sentido
noroeste por cerca de 106 m até o ponto 143 (294807,06 E / 7571071,45 N) ; daí segue em linha reta no
sentido noroeste por cerca de 99 m até o ponto 144 (294776,02 E /7571165,43 N) ; daí segue em linha
reta no sentido noroeste por cerca de 55 m até o ponto 145 (294741,86 E / 7571208,23 N) ; daí segue em
linha reta no sentido noroeste por cerca de 137 m até o ponto 146 (294665,03 E / 7571321,97 N) ; daí
segue em linha reta no sentido leste por cerca de 188 m até o ponto 147 (294853,61 E / 7571315,48 N) ;
daí segue em linha reta no sentido nordeste por cerca de 406 m até o ponto 148 (294979,02 E /
7571702,49 N) ; daí segue em linha reta no sentido noroeste por cerca de 108 m até encontrar a margem
leste de uma estrada de terra no ponto 149 (295071,53 E /7571753,24 N) ; daí segue pela mesma margem
desta estrada no sentido noroeste até o ponto 150 (294852,8 E / 7572377,83 N) ; daí segue em linha reta
no sentido nordeste por cerca de 172 m até o ponto 151 (294985,5 E / 7572488,68 N) ; daí segue em
linha reta no sentido nordeste por cerca de 173 m até o ponto 152 (295057,22 E / 7572646,35 N) ; daí
segue em linha reta no sentido nordeste por cerca de 211 m até o ponto 153 (295216,27 E / 7572785,69
N) ; daí segue em linha reta no sentido sudeste por cerca de 76 m até o ponto 154 (295270,61 E /
7572731,47 N) ; daí segue em linha reta no sentido nordeste por cerca de 230 m até o ponto 155
(295445,24 E / 7572882,01 N); daí segue em linha reta no sentido noroeste por cerca de 673 m até o
ponto 156 (295138,96 E / 7573481,39 N); daí segue em linha reta no sentido nordeste por cerca de 273 m
até o ponto 157 (295283,90 E / 7573713,29 N); daí segue em linha reta no sentido noroeste por cerca de
557 m até o ponto 158 (295121,23 E / 7574246,48 N); daí segue em linha reta no sentido sudoeste por
cerca de 543 m até o ponto 159 (294638,39 E / 7573996,05 N); daí segue em linha reta no sentido
sudeste por cerca de 139 m até o ponto 160 (294708,00 E / 7573875,13 N); daí segue em linha reta no
sentido sudoeste por cerca de 351 m até encontrar a margem oeste da estrada da Azeitona no ponto 161
(294398,79 E / 7573713,59 N) ; daí segue pela mesma margem desta estrada no sentido sul/sudoeste até
o ponto 162 (294174,91 E / 7573243,52 N); daí segue em linha reta no sentido noroeste por cerca de 726
m até o ponto 163 (293563,97 E/ 7573633,52 N); daí segue em linha reta no sentido noroeste por 1.564
m até a linha de afastamento de 50 m da lagoa Salgada, no ponto 164 (292587,56 E / 7574860,15 N); daí
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segue por este mesmo afastamento no sentido noroeste até o ponto165 (292512,22 E / 7574939,75
N); daí segue em linha reta no sentido sudoeste, por cerca de 586 m, até encontrar a margem norte da
estrada do Cardeiro, no ponto 166 (292253,77 E / 7574412,89 N) ; daí segue pela mesma margem desta
estrada, no sentido noroeste/sudeste, até encontrar a margem norte da estrada do Mato Escuro, no
ponto 167 (290813,76 E / 7574676,47 N); daí segue pela mesma margem desta estrada no sentido
noroeste até o ponto 168 (290047,63 E / 7575391,88 N); daí segue em linha reta no sentido leste por
cerca de 3.810 m até o ponto 169 (293873,73 E / 7575334,84 N); daí segue em linha reta no sentido
sudeste por cerca de 304 m até o ponto 170 (293991,55 E /7575051,33 N); daí segue em linha reta no
sentido sudoeste por cerca de 147 m até o ponto 01 (293867,15 E / 7574971,91 N), fechando, assim, o
polígono do Parque Estadual da Lagoa do Açu, perfazendo área total aproximada de 8.251,45 hectares.
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