VERSÃO PRELIMINAR
2014
PLANO MUNICIPAL DECENAL DE ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO
EM MEIO ABERTO
PREFEITURA DE CARMÓPOLIS
SECRETARIA MUNICIPAL DE INCLUSÃO, DESENVOLVIMENTO E ASSISTÊNCIA SOCIAL
CONSELHO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE - CMDCA
MUNICÍPIO DE CARMÓPOLIS SECRETARIA MUNICIPAL DE INCLUSÃO, DESENVOLVIMENTO E ASSISTÊNCIA SOCIAL
CONSELHO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE - CMDCA
IDENTIFICAÇÃO
Esmeralda Mara Cruz
Prefeita municipal
Tereza Cristina Santos
Secretária Municipal de Inclusão, Desenvolvimento e Assistência
Social
Haydir Silva Santos
Secretária Municipal de Inclusão, Desenvolvimento e Assistência
Social
Fanucche Gomes Carvalho
Presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança
MUNICÍPIO DE CARMÓPOLIS SECRETARIA MUNICIPAL DE INCLUSÃO, DESENVOLVIMENTO E ASSISTÊNCIA SOCIAL
CONSELHO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE - CMDCA
EQUIPE RESPONSÁVEL PELA ELABORAÇÃO
ORGANIZAÇÃO E SISTEMATIZAÇÃO DOS DADOS
Ivelyse Gomes dos Santos
Assistente Social
Secretaria Municipal de Inclusão, Desenvolvimento e Assistência Social
COMISSÃO INTERSETORIAL
Conselho Municipal dos Direitos da
Criança e do Adolescente
Sane Antônia Souza Silva
Flavia de Oliveira da Silva
Conselho Tutelar
Ana Cristina dos Santos Pereira
Claudiana Ribeiro Feitosa
Conselho Municipal de Assistência Social:
Joseany Alves dos Santos
Rose Mary dos Santos Barreto
Conselho Municipal de Educação
Elaine Santos da Cruz
Julia Maria Santos de Santana
Conselho Municipal de Saúde
Rita de Cassia Ferreira Almeida de Jesus
Cristiane da Cruz Santos
Secretaria Municipal de Inclusão,
Desenvolvimento e Assistência Social
Ivelyse Gomes dos Santos
Murilo Oliveira Brito
Secretaria Municipal de Educação
Soraia Santiago Macedo
Maria de Lourdes Silva Batista
Secretaria Municipal de Saúde
Thauana de Oliveira Rocha
Tainan Menezes
Secretaria Municipal de Esporte e Lazer
Danilo Augusto Santos Rodrigues
Thamyres Santos de Andrade
Secretaria Municipal de Defesa Social
Ana Katia dos Santos
Tâmara Santos de Oliveira
Secretaria Municipal do Trabalho
Maria Almira Magalhães Leite
Amanda da Silva Santos
Secretaria Municipal de Cultura
Comunicação e Turismo
Sara Diana da Cruz Lima Costa
Vinicius José Amâncio Feitosa
Secretaria Municipal de Políticas para
Mulheres
Rosangela Mesquita Matos Alves
Danielle Melo Correia Santos
Secretaria Municipal de Finanças
Ana Paula Souza Motta
Denisson Teles Menezes
Adolescentes
Crislainy Gomes Ferreira de Jesus
Airline Rauane Santos Silva
MUNICÍPIO DE CARMÓPOLIS SECRETARIA MUNICIPAL DE INCLUSÃO, DESENVOLVIMENTO E ASSISTÊNCIA SOCIAL
CONSELHO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE - CMDCA
COLABORADORES
Secretaria Municipal de Assistência Social
Jeane Neto Silva
Juliana de Araujo dos Santos
Max Erb de Santana Gomes
Valdemir Ferreira da Silva
Secretaria Municipal de Educação
Alessandro Santos Oliveira
Edvania Fontes Costa
Fabricia Oliveira Costa
Selma Rodrigues da Silva Macedo
Secretaria Municipal de Saúde
Alexandrina Guilherme de Jesus
Marcel Soares
Marlucia A. de Jesus
Yasmin Fonseca de Menezes
Valeria Feitosa Andrade
MUNICÍPIO DE CARMÓPOLIS SECRETARIA MUNICIPAL DE INCLUSÃO, DESENVOLVIMENTO E ASSISTÊNCIA SOCIAL
CONSELHO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE - CMDCA
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.......................................................................................................... 05
2. PROCESSO HISTÓRICO.......................................................................................... 08
3. DIAGNOSTICO MUNICIPAL.................................................................................. 15
4. PLANO MUNICIPAL DE ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO....................... 24
4.1. PRINCÍPIOS E DIRETRIZES................................................................................. 24
4.1.1 PRINCÍPIOS.......................................................................................................... 24
4.1.2 DIRETRIZES........................................................................................................ 24
4.2. EIXOS OPERATIVOS............................................................................................ 26
4.3. MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO.................................................................. 42
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................ 43
MUNICÍPIO DE CARMÓPOLIS SECRETARIA MUNICIPAL DE INCLUSÃO, DESENVOLVIMENTO E ASSISTÊNCIA SOCIAL
CONSELHO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE - CMDCA
5
1. INTRODUÇÃO
Buscando assegurar os direitos sociais da pessoa humana e a proteção social
integral e prioritária a criança e ao adolescente, como garantido no art. 6º da Constituição
Federal de 1988 e no art. 4º da Lei nº 8.069 de 13 de julho de 1990 – Estatuto da Criança e do
Adolescente, é que o Conselho Nacional de Direitos da Criança e do Adolescente – CONANDA
aprova o Plano Nacional de Atendimento Socioeducativo que prevê ações articuladas nas áreas
e educação, assistência social, saúde, cultura, trabalho, esporte e lazer para adolescentes em
cumprimento de medida socioeducativa. Por isso através da Resolução nº 161 de 04 de
dezembro de 2013, estabelece parâmetros para discussão e elaboração dos planos
socioeducativos nas esferas estaduais, distrital e municipal.
Diante disso o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente do
município de Carmópolis assume sua atribuição de mobilizar a sociedade e o governo municipal
para discutir e elaborar o plano, com o objetivo de garantir com a criação do mesmo, os direitos
fundamentais de adolescentes que cometeram algum ato infracional. Fazendo com que a
sociedade e os diversos órgãos municipais direcionem o olhar para a atual situação das crianças
e adolescentes do município e possam juntos pensar na formulação de estratégias para
implementar os serviços, programas e projetos existentes, bem como, que novos possam ser
criados.
Além disto é obrigação do referido conselho coordenar a comissão intersetorial,
estar presente e participar ativamente de fóruns, reuniões e demais momentos que tenha como
pauta criança e adolescente; comunicar à sociedade sobre a situação social, econômica e cultural
das crianças e adolescentes; promover a cada dois anos a Conferência Municipal dos Direitos
da Criança e do Adolescente; realizar o registro das entidades de atendimento a crianças e
adolescentes no município, bem como, monitorar e avaliá-las, buscando identificar se a mesma
está cumprindo seu objetivo; administrar o Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do
Adolescente – FMDCA; dentre outras funções.
Todas essas atribuições do Conselho, que é formado paritariamente pela sociedade
civil e pelo poder público, tem intuito de diagnosticar vulnerabilidades e buscar soluções,
implementando nas políticas públicas ações verdadeiramente eficazes voltadas para a realidade
MUNICÍPIO DE CARMÓPOLIS SECRETARIA MUNICIPAL DE INCLUSÃO, DESENVOLVIMENTO E ASSISTÊNCIA SOCIAL
CONSELHO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE - CMDCA
6
das crianças e adolescentes, fazendo com que poder público tenha maior atenção e invista na
garantia desses direitos.
Somente em 1927 o Brasil dá os primeiros passos para a efetivação da garantia de
direitos de crianças e adolescentes com o Código dos Menores, Decreto nº 17.943 de 1927, que
institucionalizava e dava orientação para o trabalho a crianças e adolescentes órfãs e que haviam
sido abandonadas. Neste período criança e adolescente nesta situação, chamados na época de
menores, eram vistos como problema de segurança nacional. Em 1959 é criada a Declaração
Universal dos Direitos da Criança, que dá início ao processo de garantia do direito da liberdade
e convívio social. Em 1979 é criado um novo Código de Menores através da Lei nº 6.697 que
não rompeu com os princípios do código anterior e passa a chamar criança e adolescente como
menor em situação irregular, ainda visto como problema de segurança nacional. E somente a
partir da Constituição de 1988 a criança e o adolescente passa a ser visto como prioridade e
passa a ter direitos garantidos. E é a partir da Constituição de 1988 que surgem as bases para a
criação do Estatuto da Criança e do Adolescente.
Visualizado esse longo processo até chegar nos dias atuais, as crianças e
adolescentes foram penalizados de diversas formas pela omissão do Estado e da sociedade e
mesmo após seus direitos estarem garantidos em lei, na pratica ainda não estão sendo
garantidos. Em virtude desta realidade é que foi criada a Política Nacional de Direitos Humanos
de Crianças e Adolescentes que busca colocar em pratica essas garantias através das políticas
setoriais. E diante disto surge a necessidade de Criar o Plano de Atendimento Socioeducativo.
O Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo é um instrumento que cria
mecanismos para garantir a defesa de direitos de adolescentes em cumprimento de medida
socioeducativa, ou seja, do adolescente que cometeu algum ato infracional.
De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei nº 8.069 de 1990, são
medidas socioeducativas: advertência, obrigação de reparar o dano, prestação de serviços à
comunidade, liberdade assistida, inserção em regime de semi-liberdade e internação em
estabelecimento educacional, que segundo o §1º do art. 112, será aplicada de acordo com a
capacidade de cumprir, as circunstâncias e a gravidade da infração.
Pensado nisso o Plano Municipal foi elaborado de acordo com os princípios e
diretrizes do Plano Nacional de Atendimento Socioeducativo e com a Lei nº 12.594 que institui
MUNICÍPIO DE CARMÓPOLIS SECRETARIA MUNICIPAL DE INCLUSÃO, DESENVOLVIMENTO E ASSISTÊNCIA SOCIAL
CONSELHO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE - CMDCA
7
o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo. E é ele que orientará e será a referência
para o desenvolvimento das medidas socioeducativas no município de Carmópolis.
O Plano é composto por: princípios norteadores, fluxo de atendimento e
acompanhamento, ações intersetoriais, monitoramento e avaliação. E trás de forma
sistematizada os objetivos, ações, resultados esperados, prazos, responsáveis e parceiros, fruto
das discussões dos atores envolvidos no processo de construção. E tem por objetivo mobilizar
e articular a sociedade e o poder público para um novo olhar sob o cumprimento das medidas
socioeducativas no município; garantir a esses adolescentes e suas famílias atendimento
humanizado e especializado; acesso as informações sobre sua situação e seus direitos; acesso a
bens e serviços que o auxilie na construção de um novo projeto de vida, prevenir que outros
adolescentes cometam atos infracionais, bem como, reincidências.
Para alcançar resultados mais eficazes de transformação social, é necessário o
comprometimento de todo o sistema de garantia de direitos e da sociedade em geral.
2. PROCESSO HISTÓRICO
MUNICÍPIO DE CARMÓPOLIS SECRETARIA MUNICIPAL DE INCLUSÃO, DESENVOLVIMENTO E ASSISTÊNCIA SOCIAL
CONSELHO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE - CMDCA
8
Historicamente, criança e adolescente não era considerado como sujeito de direitos,
as ações desenvolvidas voltadas a este público existiam somente se estivessem em situação de
risco ou causando risco a sociedade.
No Brasil os primeiros passos para a consolidação dos direitos da criança e do
adolescente se deram com no início do século XX, anteriormente era função da igreja cuidar de
pessoas carentes, incluindo as crianças, neste período somente era possível contar com a boa
vontade das pessoas e das Santas Casas de Misericórdia, onde crianças eram deixadas em rodas.
Não havia para pessoas carentes acesso a saúde, educação, habitação e de outras necessidades.
Em 1927 foi criado o Código de Menores, que não era voltado a todas as crianças
e adolescentes, na época chamados de menores, mas aqueles que estivessem em situação
abandono. O artigo 1º definia a quem era aplicado:
O menor, de um ou outro sexo, abandonado e delinquente, que tiver menos de
18 anos de idade, será submetido a autoridade competente às medidas de
assistência e proteção contidas neste código. (Decreto nº 17.943 de 12 de
outubro de 1927, Revogado pela Lei nº 6.697, de 1979)
O mesmo regulamentava somente as situações de trabalho infantil, tutela e pátrio
poder, delinquência e liberdade vigiada. O trabalho infantil era permitido a partir dos doze anos
de idade; a tutela e o pátrio poder eram destituídos se a criança ou adolescente estivesse
sofrendo algum tipo de negligencia por parte dos pais ou tutor; Em caso de delinquência eram
encaminhados a escolas de reforma ou colocados em liberdade vigiada por período determinado
de acordo com as situações previstas no código e entendimento do juiz. Ainda de acordo com
o Código, foram criados institutos disciplinares, divididos em pavilhões, onde crianças e
adolescentes eram distribuídos por sexo, idade, abandono ou delinquência e grau de perversão,
lá aprendiam a costurar, lavar, engomar, cozinhar, jardinar, dentre outras atividades
semelhantes.
Segundo Lorenzi 2008, Posteriormente no ano de 1942 foi criado o Serviço de
Atendimento ao Menor – SAM e outras entidades federais ligadas a figura da primeira dama.
Os adolescentes autores de ato infracional eram encaminhados para internatos, reformatórios e
casas de correção; e os menores carentes e abandonados para patronatos agrícolas e escolas de
aprendizagem de ofícios urbanos. Dentre estas instituições estavam a Legião Brasileira de
MUNICÍPIO DE CARMÓPOLIS SECRETARIA MUNICIPAL DE INCLUSÃO, DESENVOLVIMENTO E ASSISTÊNCIA SOCIAL
CONSELHO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE - CMDCA
9
Assistência – LBA, Casa do Pequeno Jornaleiro, Casa do Pequeno Lavrador e Casa do Pequeno
Trabalhador.
Ainda segundo Lorenzi 2008, Em 1950 foi instalado o primeiro escritório da
UNICEF no Brasil, em João Pessoa, na Paraíba. Este projeto atuava em alguns estados
nordestinos e tinha iniciativas de proteção a saúde da criança e da gestante. Em 1964 A Lei nº
4.513 cria a Fundação Nacional do Bem Estar do Menor – FUNABEM e tinha o objetivo de
formular e implantar a Política do Bem Estar do Menor e substituir o Serviço de Atendimento
ao Menor, que passou a ser visto como repressivo e desumano, mas como as ações foram
desenvolvidas nos prédios e com os mesmos profissionais que trabalhavam no SAM, deu
continuidade as mesmas práticas.
O Código de 1927 foi substituído pelo de 1979, mas trouxe em sua essências as
mesmas características assistencialistas e repressivas do código anterior, modificando algumas
nomenclaturas, chamando o antigo menor abandonado ou delinquente de menor em situação
irregular, como descrito no art. 2º:
Art. 2º Para os efeitos deste Código, considera-se em situação irregular o
menor:
I - privado de condições essenciais à sua subsistência, saúde e instrução
obrigatória, ainda que eventualmente, em razão de: a) falta, ação ou omissão
dos pais ou responsável; b) manifesta impossibilidade dos pais ou responsável
para provê-las;
Il - vítima de maus tratos ou castigos imoderados impostos pelos pais ou
responsável; III - em perigo moral, devido a: a) encontrar-se, de modo habitual,
em ambiente contrário aos bons costumes; b) exploração em atividade
contrária aos bons costumes; IV - privado de representação ou assistência legal, pela falta eventual dos pais
ou responsável; V - Com desvio de conduta, em virtude de grave inadaptação familiar ou
comunitária; VI - autor de infração penal. (Lei nº 6.697 de 10 de outubro de 1979, revogada
pela Lei nº 8.069 de 1990)
A promulgação da Constituição Federal de 1988 torna-se o marco da garantia dos
direitos, não só para a criança e adolescente, mas para todo e qualquer cidadão. Respeitando no
art. 6º os direitos sociais, no art. 226 estabelece que a família é base da sociedade e tem proteção
especial do Estado e no art. 227, descrito abaixo, dispõe sobre a proteção à criança e ao
adolescente:
Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao
adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à
alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade,
MUNICÍPIO DE CARMÓPOLIS SECRETARIA MUNICIPAL DE INCLUSÃO, DESENVOLVIMENTO E ASSISTÊNCIA SOCIAL
CONSELHO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE - CMDCA
10
ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-
los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência,
crueldade e opressão. (Constituição Federal de 1988)
A Constituição Federal de 1988 garante a proteção social a criança e ao adolescente
e abre espaço para a construção do Estatuto da Criança e do Adolescente que garante a proteção
integral e prioritária a criança e ao adolescente, bem como, os reconhece como pessoa em
situação de desenvolvimento.
Art. 3º A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais
inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta
Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades
e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral,
espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade. (Estatuto da
Criança e do Adolescente, Lei Nº 8.069 de 13 de julho de 1990)
Em relação as medidas socioeducativas, o ECA rompe com as práticas abusivas, de
repressão e internação, utilizando a internação em último caso, após esgotadas todas as
possibilidades. E garante o direito à informação e outros direitos processuais citados abaixo:
Art. 110. Nenhum adolescente será privado de sua liberdade sem o devido
processo legal. Art. 111. São asseguradas ao adolescente, entre outras, as seguintes garantias: I - pleno e formal conhecimento da atribuição de ato infracional, mediante
citação ou meio equivalente; II - igualdade na relação processual, podendo confrontar-se com vítimas e
testemunhas e produzir todas as provas necessárias à sua defesa; III - defesa técnica por advogado; IV - assistência judiciária gratuita e integral aos necessitados, na forma da lei; V - direito de ser ouvido pessoalmente pela autoridade competente; VI - direito de solicitar a presença de seus pais ou responsável em qualquer
fase do procedimento. (Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei Nº 8.069 de
13 de julho de 1990)
São Medidas Socioeducativas, advertência, obrigação de reparar o dano, prestação
de serviços à comunidade, liberdade assistida, inserção em regime de semi-liberdade,
internação em estabelecimento educacional e qualquer uma das previstas no art. 101, I a VI do
ECA. Possuem o objetivo de responsabilizar o adolescente pela consequência dos seus atos,
integra-lo na sociedade e através do plano individual de atendimento criar possibilidades para
novas escolhas. Dentre as medidas, a municipalização do atendimento se dará somente para as
medidas de prestação de serviço a comunidade e a liberdade assistida.
A Advertência consiste em:
MUNICÍPIO DE CARMÓPOLIS SECRETARIA MUNICIPAL DE INCLUSÃO, DESENVOLVIMENTO E ASSISTÊNCIA SOCIAL
CONSELHO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE - CMDCA
11
Art. 115. A advertência consistirá em admoestação verbal, que será reduzida a
termo e assinada. (Lei nº 8.069 de 13 de julho de 1990 - Estatuto da Criança e
do Adolescente)
A Obrigação de Reparar o Dano, consiste em:
Art. 116. Em se tratando de ato infracional com reflexos patrimoniais, a
autoridade poderá determinar, se for o caso, que o adolescente restitua a coisa,
promova o ressarcimento do dano, ou, por outra forma, compense o prejuízo
da vítima. Parágrafo único. Havendo manifesta impossibilidade, a medida poderá ser
substituída por outra adequada. (Lei nº 8.069 de 13 de julho de 1990 - Estatuto
da Criança e do Adolescente)
A Prestação de Serviços à Comunidade, consiste em:
Art. 117. A prestação de serviços comunitários consiste na realização de tarefas
gratuitas de interesse geral, por período não excedente a seis meses, junto a
entidades assistenciais, hospitais, escolas e outros estabelecimentos
congêneres, bem como em programas comunitários ou governamentais. Parágrafo único. As tarefas serão atribuídas conforme as aptidões do
adolescente, devendo ser cumpridas durante jornada máxima de oito horas
semanais, aos sábados, domingos e feriados ou em dias úteis, de modo a não
prejudicar a frequência à escola ou à jornada normal de trabalho. (Lei nº 8.069
de 13 de julho de 1990 - Estatuto da Criança e do Adolescente)
A Liberdade Assistida, consiste em:
Art. 118. A liberdade assistida será adotada sempre que se afigurar a medida
mais adequada para o fim de acompanhar, auxiliar e orientar o adolescente. § 1º A autoridade designará pessoa capacitada para acompanhar o caso, a qual
poderá ser recomendada por entidade ou programa de atendimento. § 2º A liberdade assistida será fixada pelo prazo mínimo de seis meses,
podendo a qualquer tempo ser prorrogada, revogada ou substituída por outra
medida, ouvido o orientador, o Ministério Público e o defensor. Art. 119. Incumbe ao orientador, com o apoio e a supervisão da autoridade
competente, a realização dos seguintes encargos, entre outros: I - promover socialmente o adolescente e sua família, fornecendo-lhes
orientação e inserindo-os, se necessário, em programa oficial ou comunitário
de auxílio e assistência social; II - supervisionar a frequência e o aproveitamento escolar do adolescente,
promovendo, inclusive, sua matrícula; III - diligenciar no sentido da profissionalização do adolescente e de sua
inserção no mercado de trabalho; IV - apresentar relatório do caso. (Lei nº 8.069 de 13 de julho de 1990 - Estatuto
da Criança e do Adolescente)
O Regime de Semi-liberdade, consiste em:
MUNICÍPIO DE CARMÓPOLIS SECRETARIA MUNICIPAL DE INCLUSÃO, DESENVOLVIMENTO E ASSISTÊNCIA SOCIAL
CONSELHO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE - CMDCA
12
Art. 120. O regime de semi-liberdade pode ser determinado desde o início, ou
como forma de transição para o meio aberto, possibilitada a realização de
atividades externas, independentemente de autorização judicial. § 1º São obrigatórias a escolarização e a profissionalização, devendo, sempre
que possível, ser utilizados os recursos existentes na comunidade. § 2º A medida não comporta prazo determinado aplicando-se, no que couber,
as disposições relativas à internação. (Lei nº 8.069 de 13 de julho de 1990 -
Estatuto da Criança e do Adolescente)
A Internação, consiste em:
Art. 121. A internação constitui medida privativa da liberdade, sujeita aos
princípios de brevidade, excepcionalidade e respeito à condição peculiar de
pessoa em desenvolvimento. Art. 122. A medida de internação só poderá ser aplicada quando: I – tratar-se de ato infracional cometido mediante grave ameaça ou violência a
pessoa; II – por reiteração no cometimento de outras infrações graves; III – por descumprimento reiterado e injustificável da medida anteriormente
imposta. Art. 123. A internação deverá ser cumprida em entidade exclusiva para
adolescentes, em local distinto daquele destinado ao abrigo, obedecida rigorosa
separação por critérios de idade, compleição física e gravidade da infração. Parágrafo único. Durante o período de internação, inclusive provisória, serão
obrigatórias atividades pedagógicas. (Lei nº 8.069 de 13 de julho de 1990 –
Estatuto da Criança e do Adolescente)
Para regulamentar o cumprimento das medidas socioeducativas como disposto no
ECA, no ano de 2012 foi sancionada a Lei nº 12.594 que cria o Sistema de Atendimento
Socioeducativo – SINASE. Este sistema é formado por princípios, regras e critérios que
integram todas as políticas setoriais desde o início ao final do cumprimento da medida de cada
adolescente. Dispõe sobre as competências da União, do Estado e dos Municípios; sobre a
elaboração dos planos decenais; sobre os programas, entidades de atendimento e a execução da
medida; o Plano individual de atendimento, o acompanhamento e os direitos dos adolescentes;
dentre outros pontos pertinentes.
Os Art. 40 e 41 da Lei do SINASE, explicita como deve ser iniciado o processo do
cumprimento da medida.
Art. 40. Autuadas as peças, a autoridade judiciária encaminhará,
imediatamente, cópia integral do expediente ao órgão gestor do atendimento
socioeducativo, solicitando designação do programa ou da unidade de
cumprimento da medida.
Art. 41. A autoridade judiciária dará vistas da proposta de plano individual de
que trata o art. 53 desta Lei ao defensor e ao Ministério Público pelo prazo
MUNICÍPIO DE CARMÓPOLIS SECRETARIA MUNICIPAL DE INCLUSÃO, DESENVOLVIMENTO E ASSISTÊNCIA SOCIAL
CONSELHO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE - CMDCA
13
sucessivo de 3 (três) dias, contados do recebimento da proposta encaminhada
pela direção do programa de atendimento.
§ 1o O defensor e o Ministério Público poderão requerer, e o Juiz da Execução
poderá determinar, de ofício, a realização de qualquer avaliação ou perícia que
entenderem necessárias para complementação do plano individual.
§ 2o A impugnação ou complementação do plano individual, requerida pelo
defensor ou pelo Ministério Público, deverá ser fundamentada, podendo a
autoridade judiciária indeferi-la, se entender insuficiente a motivação.
§ 3o Admitida a impugnação, ou se entender que o plano é inadequado, a
autoridade judiciária designará, se necessário, audiência da qual cientificará o
defensor, o Ministério Público, a direção do programa de atendimento, o
adolescente e seus pais ou responsável.
§ 4o A impugnação não suspenderá a execução do plano individual, salvo
determinação judicial em contrário.
§ 5o Findo o prazo sem impugnação, considerar-se-á o plano individual
homologado. (Lei Nº 12.594, de 18 de Janeiro de 2012 - SINASE)
E este processo deverá seguir os seguintes princípios dispostos na referida Lei:
Art. 35. A execução das medidas socioeducativas reger-se-á pelos seguintes
princípios:
I - legalidade, não podendo o adolescente receber tratamento mais gravoso do
que o conferido ao adulto;
II - excepcionalidade da intervenção judicial e da imposição de medidas,
favorecendo-se meios de autocomposição de conflitos;
III - prioridade a práticas ou medidas que sejam restaurativas e, sempre que
possível, atendam às necessidades das vítimas;
IV - proporcionalidade em relação à ofensa cometida;
V - brevidade da medida em resposta ao ato cometido, em especial o respeito
ao que dispõe o art. 122 da Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da
Criança e do Adolescente);
VI - individualização, considerando-se a idade, capacidades e circunstâncias
pessoais do adolescente;
VII - mínima intervenção, restrita ao necessário para a realização dos objetivos
da medida;
VIII - não discriminação do adolescente, notadamente em razão de etnia,
gênero, nacionalidade, classe social, orientação religiosa, política ou sexual,
ou associação ou pertencimento a qualquer minoria ou status; e
IX - fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários no processo
socioeducativo. (Lei Nº 12.594, de 18 de Janeiro de 2012 - SINASE)
Seguindo estes princípios, compete aos Programas de Atendimento de Medidas
Educativas em Meio Aberto:
Art. 13. Compete à direção do programa de prestação de serviços à
comunidade ou de liberdade assistida:
I - selecionar e credenciar orientadores, designando-os, caso a caso, para
acompanhar e avaliar o cumprimento da medida;
II - receber o adolescente e seus pais ou responsável e orientá-los sobre a
finalidade da medida e a organização e funcionamento do programa;
III - encaminhar o adolescente para o orientador credenciado;
IV - supervisionar o desenvolvimento da medida; e
MUNICÍPIO DE CARMÓPOLIS SECRETARIA MUNICIPAL DE INCLUSÃO, DESENVOLVIMENTO E ASSISTÊNCIA SOCIAL
CONSELHO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE - CMDCA
14
V - avaliar, com o orientador, a evolução do cumprimento da medida e, se
necessário, propor à autoridade judiciária sua substituição, suspensão ou
extinção.
Parágrafo único. O rol de orientadores credenciados deverá ser comunicado,
semestralmente, à autoridade judiciária e ao Ministério Público.
Art. 14. Incumbe ainda à direção do programa de medida de prestação de
serviços à comunidade selecionar e credenciar entidades assistenciais,
hospitais, escolas ou outros estabelecimentos congêneres, bem como os
programas comunitários ou governamentais, de acordo com o perfil do
socioeducando e o ambiente no qual a medida será cumprida. (Lei Nº 12.594,
de 18 de Janeiro de 2012 - SINASE)
MUNICÍPIO DE CARMÓPOLIS SECRETARIA MUNICIPAL DE INCLUSÃO, DESENVOLVIMENTO E ASSISTÊNCIA SOCIAL
CONSELHO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE - CMDCA
15
3. DIAGNÓSTICO
No Brasil, segundo dados do Levantamento Nacional de Atendimento
Socioeducativo ao Adolescente em Conflito com a Lei, realizado em 2010, o número de
adolescentes em cumprimento de medida de restrição e privação de liberdade cresceu. O Estado
de Sergipe acompanhou este crescimento, mas com a menor taxa em relação as demais regiões
do país. Uma parcela deste crescimento se deve a ausência de atendimento socioeducativo em
meio aberto nos municípios brasileiros. As tabelas abaixo permitem visualizar as taxas de
crescimento por Estado.
Fonte: Levantamento Nacional do Atendimento Socioeducativo ao Adolescente em Conflito com a Lei - 2010
MUNICÍPIO DE CARMÓPOLIS SECRETARIA MUNICIPAL DE INCLUSÃO, DESENVOLVIMENTO E ASSISTÊNCIA SOCIAL
CONSELHO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE - CMDCA
16
Destes adolescentes, de acordo com o levantamento Nacional de Atendimento
Socioeducativo realizado em 2010, a maior parte é do sexo masculino, como podemos perceber
no gráfico abaixo:
COMPARATIVO ENTRE ADOLESCENTES DO SEXO MASCULINO E FEMININO
NAS MEDIDAS EM MEIO FECHADO
No Estado de Sergipe, de acordo com os dados da Fundação Renascer, que
correspondem aos dados de 17,3% dos municípios sergipanos, no ano de 2013 haviam 2.420
adolescentes cumprindo medida socioeducativas em meio aberto e fechado, como mostra a
tabela abaixo:
MSE Quantitativo de Adolescentes Percentual de Municípios
MSEMA 273 17,3%
MSEMF 2.147 100%
Tabela 1: Distribuição dos adolescentes no SUASE/SE - 2013
O gráfico abaixo apresenta o quantitativo desses adolescentes de acordo com a cor
da pele:
Fonte: Levantamento Nacional do Atendimento Socioeducativo ao Adolescente em Conflito com a Lei - 2010
5 ,06%
94 ,94%
Fonte: Levantamento Nacional do Atendimento Socioeducativo ao Adolescente em Conflito com a Lei - 2010
MUNICÍPIO DE CARMÓPOLIS SECRETARIA MUNICIPAL DE INCLUSÃO, DESENVOLVIMENTO E ASSISTÊNCIA SOCIAL
CONSELHO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE - CMDCA
17
Gráfico 1: Plano Estadual de Atendimento Socioeducativo: Adolescentes em cumprimento de MSE quanto a cor da pele
Já em relação ao sexo, tanto na esfera nacional, quanto na estadual, há predomínio
de adolescentes do sexo masculino.
Gráfico 2: Plano Estadual de Atendimento Socioeducativo: Adolescentes em cumprimento de MSE quanto ao sexo
MUNICÍPIO DE CARMÓPOLIS SECRETARIA MUNICIPAL DE INCLUSÃO, DESENVOLVIMENTO E ASSISTÊNCIA SOCIAL
CONSELHO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE - CMDCA
18
E em relação ao ato infracional cometido, segundo dados do Plano Estadual de
Atendimento Socioeducativo, a maioria foi em virtude de roubo.
Gráfico 3: Plano Estadual de Atendimento Socioeducativo: Quantitativo de adolescentes em cumprimento de MSEMA em
relação ao tipo
Segundo o IBGE, Carmópolis tem área territorial de 45.905km² e atualmente possui
15.283 habitantes. No ano de 2010 40,05% da população era formada por crianças e
adolescentes, um total de 5.313 pessoas, sendo aproximadamente 52% do sexo masculino de
48% do sexo feminino.
MUNICÍPIO DE CARMÓPOLIS SECRETARIA MUNICIPAL DE INCLUSÃO, DESENVOLVIMENTO E ASSISTÊNCIA SOCIAL
CONSELHO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE - CMDCA
19
Neste mesmo período, segundo o Diagnóstico Socioterritorial do MDS, o município
tinha taxa de população em situação de extrema pobreza de 41,18%, ou seja, quase metade da
população está em situação de vulnerabilidade social. Das pessoas ocupadas 57,5% tinham
carteira assinada, 15,5% não tinham carteira assinada, 16,2% atuam por conta própria e 0,1%
eram empregadores. Destes, 1,9% possuem de 10 a 13 anos de idade, ou seja, estão em situação
de trabalho infantil.
Ainda levando em consideração o ano de 2010, em relação a situação
educacional, Carmópolis tinha taxa de analfabetismo de 13,6%, sendo que para a
população de 10 a 14 anos essa taxa era de 8,4%. De acordo com dados do INEP,
divulgados no diagnóstico do MDS, em 2012, a taxa de distorção idade-série, ou seja,
a taxa de alunos atrasados na escola, no ensino fundamental foi de 22,8% do 1º ao 5º
ano e de 43,9% do 6º ao 9º ano, como mostra o gráfico a seguir:
MUNICÍPIO DE CARMÓPOLIS SECRETARIA MUNICIPAL DE INCLUSÃO, DESENVOLVIMENTO E ASSISTÊNCIA SOCIAL
CONSELHO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE - CMDCA
20
Segundo dados disponibilizados pelo Conselho Tutelar do Município, crianças e
adolescente de Carmópolis vem sofrendo diversos tipos de violação de direitos, e a ausência de
um fluxo de atendimento e falta de articulação da rede vem dificultando a proteção integral
destes, causando a revitimização. De acordo com a tabela abaixo, nos anos de 2006, 2008, 2009,
2010, 2011, 2012 e 2013 a maioria dos atendimentos foi em virtude de negligencia familiar, um
percentual de 34% do total de atendimento de todos os anos; em 2007 a maioria foi de crianças
e adolescentes que sofreram algum tipo de violência; e em 2014 dos que praticaram algum tipo
de violência. E nos últimos anos vem crescendo o número de crianças e adolescentes que
sofreram e praticaram algum tipo de violência, no ano de 2014, certa de 30% sofreram e 28%
praticaram algum tipo de violência.
DADOS DE ATENDIMENTO DO CONSELHO TUTELAR DE 2006 A 2014
MOTIVO 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Negligencia Familiar 40 25 30 51 64 50 41 53 41
Sofreu Violência
física/psíquica/moral 35 30 25 24 30 45 25 35 52
MUNICÍPIO DE CARMÓPOLIS SECRETARIA MUNICIPAL DE INCLUSÃO, DESENVOLVIMENTO E ASSISTÊNCIA SOCIAL
CONSELHO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE - CMDCA
21
Praticou Violência
física/psíquica/moral 20 19 22 20 16 33 20 30 56
Acolhimento
Institucional 4 1 3 4 5 2 4 0 1
Uso de Substancias
Psicoativas 3 5 6 5 11 15 20 22 27
MSE - PSC 0 1 2 0 20 9 16 0 10
MSE – LA 1 1 4 0 5 0 0 0 0
MSE - Semiliberdade 1 1 1 2 1 1 0 0 0
MSE - Internação 0 4 2 0 0 0 2 2 1
TOTAL POR ANO 104 87 95 106 152 155 128 142 188
TOTAL GERAL 1157
De acordo com os dados disponibilizados pelo Conselho Tutelar sobre medidas
socioeducativas, apesar de esclarecerem que não possuem informação real do quantitativo de
adolescentes que cumpriram, a maior parte das medidas executadas foi de Prestação de Serviço
a Comunidade, com percentual de aproximadamente 67% e a menor parte de semiliberdade,
com percentual de 8,2%. A maioria das medidas, 80%, foram executadas em meio aberto e
20% em meio fechado.
O município de Carmópolis, em relação atendimento socioeducativo em meio
aberto, ainda está dando os primeiros passos, em virtude de ser um município de pequeno porte
I, atuar somente na proteção básica, ou seja, prioritariamente com a prevenção e um outro fator
é a não ter a rede de garantia de direitos fortalecida.
Buscando melhorar o atendimento a toda a população, prioritariamente as famílias,
mulheres, idosos, crianças e adolescentes que tiveram seus direitos violados, através da
iniciativa da Secretaria Municipal de Assistência Social, algumas iniciativas foram tomadas,
MUNICÍPIO DE CARMÓPOLIS SECRETARIA MUNICIPAL DE INCLUSÃO, DESENVOLVIMENTO E ASSISTÊNCIA SOCIAL
CONSELHO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE - CMDCA
22
como o agendamento de reunião mensal de toda a rede e a pactuação com o Estado para a
implantação da Proteção Social Especial de Média Complexidade, que já está em andamento,
garantindo que no máximo, até o final do primeiro semestre de 2015 o Centro de Referência
Especializado de Assistência Social – CREAS estará instalado. E a existência do CREAS no
município garantirá o melhor desenvolvimento do atendimento socioeducativo.
Buscando realizar o levantamento dos dados no município sobre adolescentes que
cumpriram medidas socioeducativas no período de 2006 a 2014, percebeu-se uma enorme
dificuldade dos órgãos municipais para disponibilizar esses dados. A maioria dos setores onde
as medidas foram cumpridas não registraram estes dados, e alguns setores registraram somente
o nome e o período, não sabendo informar exatamente quais atividades foram desenvolvidas,
se foram inseridos em programas ou projetos sociais e de profissionalização, se estavam
matriculados e frequentando regularmente a escola, bem como, se foram acompanhados pelas
equipes de Saúde e pelo CRAS. Ainda em relação aos registros, o Conselho Tutelar informou
que não possui dados de todos os adolescentes porque poucas vezes foram acionados para tal
fim e quando acionados na maioria das vezes os adolescentes já haviam finalizado a medida.
Esta situação dificultou a construção de um diagnóstico que reflita a realidade do
atendimento socioeducativo no município, o perfil desses adolescentes e os motivos que os
levaram a cumprir a medida, mas nos alerta sobre a necessidade de criar um fluxograma de
atendimento.
De acordo com o levantamento realizado no município, foram encontrados os
seguintes dados:
QUANTITATIVO DE ADOLESCENTES QUE CUMPRIRAM MEDIDAS
SOCIOEDUCATIVAS - PSC DE 2006 A 2014
Setor 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
F M F M F M F M F M F M F M F M F M
SECRETARIA DE
ASSISTÊNCIA 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 2 0 0 0 0 0 0
MUNICÍPIO DE CARMÓPOLIS SECRETARIA MUNICIPAL DE INCLUSÃO, DESENVOLVIMENTO E ASSISTÊNCIA SOCIAL
CONSELHO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE - CMDCA
23
De acordo com as informações da tabela, 38 adolescentes cumpriram medida
socioeducativa de Prestação de Serviço a Comunidade do ano de 2006 a 2014, sendo a maioria
do sexo masculino, totalizando 79%. Podemos verificar ainda que houve um aumento
significativo entre os anos de 2010 e 2011, sendo este ultimo o ano onde houve mais
adolescentes cumprindo medida socioeducativa. Os órgãos que registraram, informaram que as
atividades foram realizadas de acordo com a necessidade do setor onde a medida foi cumprida,
mas que seguindo as orientações do Estatuto da Criança e do adolescente, não foram realizadas
atividades insalubres, perigosos e constrangedores.
Analisando os dados das Secretarias Municipais em relação aos disponibilizados
pelo Conselho, foi possível identificar que dos 58 adolescentes que cumpriram medida de
Prestação de Serviço a Comunidade, somente foi identificado onde 66% cumpriram, os demais
não foram localizados. E do total de medidas de PSC cumpridas durante o período de 2006 a
2014, o ano de 2010 obteve o maior número, totalizando 35%.
SECR. DE
CULTURA E
JUVENTUDE
0 0 0 0 0 1 1 4 0 1 1 3 2 0 0 0 0 1
SECRETARIA DE
EDUCAÇÃO 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 4 1 6 1 3 0 4
TOTAL POR ANO 0 0 1 5 2 12 9 4 5
TOTAL POR
SEXO
Feminino Masculino
8 30
TOTAL GERAL 38
MUNICÍPIO DE CARMÓPOLIS SECRETARIA MUNICIPAL DE INCLUSÃO, DESENVOLVIMENTO E ASSISTÊNCIA SOCIAL
CONSELHO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE - CMDCA
24
4. PLANO MUNICIPAL DE ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO
4.1. PRINCÍPIOS E DIRETRIZES
O Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo do Município de Carmópolis,
segue os mesmos princípios e diretrizes do Plano Nacional, previstos no Estatuto da Criança e
Adolescente, na Resolução nº 119/2006 do CONANDA e na Lei Federal nº 119/2006 -
SINASE. São eles:
4.1.1 PRINCÍPIOS
1. Os adolescentes são sujeitos de direitos, entre os quais a presunção da inocência.
2. Ao adolescente que cumpre medida socioeducativa deve ser dada proteção integral de seus
direitos.
3. Em consonância com os marcos legais para o setor, o atendimento socioeducativo deve ser
territorializado, regionalizado, com participação social e gestão democrática, intersetorialidade
e responsabilização, por meio da integração operacional dos órgãos que compõem esse sistema.
4.1.2 DIRETRIZES
a) Garantia da qualidade do atendimento socioeducativo de acordo com os parâmetros do
SINASE.
b) Focar a socioeducação por meio da construção de novos projetos pactuados com os
adolescentes e famílias, consubstanciados em Planos Individuais de Atendimento.
c) Incentivar o protagonismo, participação e autonomia de adolescentes em cumprimento de
medida socioeducativa e de suas famílias.
d) Primazia das medidas socioeducativas em meio aberto.
e) Humanizar as Unidades de Internação, garantindo a incolumidade, integridade física e mental
e segurança do/a adolescente e dos profissionais que trabalham no interior das unidades
socioeducativas.
MUNICÍPIO DE CARMÓPOLIS SECRETARIA MUNICIPAL DE INCLUSÃO, DESENVOLVIMENTO E ASSISTÊNCIA SOCIAL
CONSELHO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE - CMDCA
25
f) Criar mecanismos que previnam e medeiem situações de conflitos e estabelecer práticas
restaurativas.
g) Garantir o acesso do adolescente à Justiça (Poder Judiciário, Ministério Público e Defensoria
Pública) e o direito de ser ouvido sempre que requerer.
h) Garantir as visitas familiares e íntimas, com ênfase na convivência com os parceiros/as,
filhos/as e genitores, além da participação da família na condução da política socioeducativa.
i) Garantir o direito à sexualidade e saúde reprodutiva, respeitando a identidade de gênero e a
orientação sexual.
j) Garantir a oferta e acesso à educação de qualidade, à profissionalização, às atividades
esportivas, de lazer e de cultura no centro de internação e na articulação da rede, em meio aberto
e semiliberdade.
k) Garantir o direito à educação para os adolescentes em cumprimento de medidas
socioeducativas e egressos, considerando sua condição singular como estudantes e
reconhecendo a escolarização como elemento estruturante do sistema socioeducativo.
l) Garantir o acesso à programas de saúde integral.
m) Garantir ao adolescente o direito de reavaliação e progressão da medida socioeducativa.
n) Garantia da unidade na gestão do SINASE, por meio da gestão compartilhada entre as três
esferas de governo, através do mecanismo de cofinanciamento.
o) Integração operacional dos órgãos que compõem o sistema (art. 8º, da LF nº 12.594/2012).
p) Valorizar os profissionais da socioeducação e promover formação continuada.
q) Garantir a autonomia dos Conselhos dos Direitos nas deliberações, controle social e
fiscalização do Plano e do SINASE.
r) Ter regras claras de convivência institucional definidas em regimentos internos apropriados
por toda a comunidade socioeducativa.
s) Garantir ao adolescente de reavaliação e progressão da medida socioeducativa.
MUNICÍPIO DE CARMÓPOLIS
SECRETARIA MUNICIPAL DE INCLUSÃO, DESENVOLVIMENTO E ASSISTÊNCIA SOCIAL
CONSELHO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE - CMDCA
26
4.2. EIXOS OPERATIVOS
Os quatro eixos operativos, gestão, qualificação do atendimento, participação e autonomia dos adolescentes e sistemas de justiça e
segurança, estão dispostos nas tabelas abaixo que através das ações intersetoriais buscam garantir um atendimento socioeducativo que acompanhe o
adolescente e sua família; contribua para sua reintegração social e o fortalecimento de vínculos com a família e a comunidade; que garanta acesso a
serviços de saúde sempre que necessitar; que garanta sua inserção e permanecia na escola, bem como, a profissionalização; e que crie oportunidade de
realizar atividades físicas, de cultura e lazer.
EIXO 1
A EXECUÇÃO DA MEDIDA SOCIOEDUCATIVA
OBJETIVOS AÇÕES RESULTADOS
ESPERADOS
PRAZOS
RESPONSÁVEIS PARCEIROS
2015
2016
a
2019
2020
a
2023
2024
Garantir o pleno
desenvolvimento e
acompanhamento das medidas
socioeducativas.
Implantar Centro de Referência
Especializado de Assistência
Social.
Garantia do pleno
desenvolvimento da
medida socioeducativa;
X SMAS. ------------
Formar equipe que atenda a
demanda dos serviços
referenciados no CREAS;
Contribuir para a
construção do novo
projeto de vida dos
adolescentes e suas
famílias;
X SMAS. ------------
MUNICÍPIO DE CARMÓPOLIS
SECRETARIA MUNICIPAL DE INCLUSÃO, DESENVOLVIMENTO E ASSISTÊNCIA SOCIAL
CONSELHO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE - CMDCA
27
Capacitar continuamente a
equipe de profissionais do
CREAS e os demais que irão
trabalhar com adolescentes em
cumprimento de medidas
socioeducativas.
Garantia do
atendimento
qualificado;
X X X X SMAS;
SME; SEIDES
Construir fluxograma de
atendimento e
acompanhamento de
adolescentes em cumprimento
de medidas socioeducativas a
ser seguido desde a
identificação do ato infracional.
Melhor definição do
papel de cada
componente da rede de
garantia de direitos e
qualidade do
atendimento e
acompanhamento.
X Rede de Garantia
de Direitos ------------
Garantir ao adolescente e sua
família informações sobre o
processo da MSE.
Prestar informações no
momento do acolhimento sobre
o que é medida socioeducativa,
quais as etapas e atividades a
serem desenvolvidas e qual o
papel de cada um neste
processo.
Melhor entendimento,
participação mais eficaz
do adolescente e sua
família no
desenvolvimento da
medida.
X X X X
CREAS;
Instituições onde a
medida será
executada.
------------
Garantir a participação da família
e do adolescente na construção
do Plano Individual de
Atendimento – PIA e avaliação
do mesmo.
Realizar entrevistas, palestras,
dinâmicas de grupo, visitas
domiciliares e reuniões
periódicas.
Maior interesse do
adolescente e apoio da
família no cumprimento
da medida.
X X X X Equipe Técnica do
CREAS. ------------
MUNICÍPIO DE CARMÓPOLIS
SECRETARIA MUNICIPAL DE INCLUSÃO, DESENVOLVIMENTO E ASSISTÊNCIA SOCIAL
CONSELHO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE - CMDCA
28
Fortalecer a Rede de Garantia de
Direitos.
Marcar reuniões periódicas com
todos os órgãos que compões o
sistema de garantia de Direitos.
Garantia do pleno
desenvolvimento da
medida socioeducativa,
bem como, das demais
ações municipais.
X X X X
Secretarias
Municipais;
Ministério Público;
Poder Judiciário;
ONGs.
------------
Garantir a participação do
adolescente no processo de
construção do plano pedagógico,
seguindo as orientações do
SINASE.
Formar grupos de debates que
incluam os adolescentes
envolvidos no processo.
Compreensão e
participação por parte
dos envolvidos sobre os
objetivos e benefícios da
medida.
X X X X CREAS; ------------
Garantir o respeito a diversidade
sexual, religiosa, étnica na
construção do Plano Individual
de Atendimento – PIA e todo
processo da medida.
Observar e levar em
consideração as
particularidades do adolescente
em cumprimento de medida
socioeducativa.
Maior satisfação e
participação do
adolescente.
X X X X
CREAS;
Instituições onde a
medida será
executada;
Escolas.
Rede de Garantia de
Direitos.
Garantir que adolescentes com
deficiência tenham seus direitos
garantidos
Promover atividades
compatíveis com as
capacidades dos adolescentes;
Assegurar que não
ocorram situações de
discriminação e
exclusão social
X X X X
CREAS; Escolas,
Órgãos onde as
medidas serão
cumpridas;
Rede de Garantia de
Direitos.
Capacitação continuada dos
profissionais envolvidos.
Maior facilidade em
lidar com as limitações e
diversidades.
X X X X SMAS Rede de
Garantia de Direitos.
Sensibilizar e capacitar as
instituições onde as medidas
serão executadas para inserir os
adolescentes em atividades
compatíveis com as habilidades
Confeccionar material
informativo sobre o plano
municipal de atendimento
socioeducativo.
Profissionais
envolvidos informados
sobre o objetivo do
atendimento
socioeducativo.
X SMAS Rede de
Garantia de Direitos.
MUNICÍPIO DE CARMÓPOLIS
SECRETARIA MUNICIPAL DE INCLUSÃO, DESENVOLVIMENTO E ASSISTÊNCIA SOCIAL
CONSELHO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE - CMDCA
29
do adolescente e que tenham
funções educativas. Realizar reuniões periódicas
com todas as instituições onde
as medidas serão executadas.
Maior
comprometimento das
instituições.
X X X X CREAS Rede de
Garantia de Direitos.
Realizar diagnostico,
monitoramento e avaliação da
execução das medidas
socioeducativas em meio aberto.
Criação de comissão e
instrumental de avaliação. Execução das medidas
socioeducativas de
acordo com as diretrizes
estabelecidas no plano,
com resultados efetivos.
X Rede de Garantia de
Direitos. ------------
Entrevista e/ou reuniões com os
adolescentes, familiares e
profissionais envolvidos;
Visitas Institucionais;
X X X Comissão de
avaliação. ------------
Divulgar as diretrizes do plano
municipal para as instituições,
profissionais e comunidade em
geral.
Elaboração e distribuição de
material informativo com
linguagem simples;
Ampliação do
conhecimento sobre
medidas
socioeducativas na
comunidade;
X
Rede de Garantia de
Direitos.
------------
Aproveitar espaços de
discussão pré-estabelecidos em
calendários de toda a rede, bem
como criar novos espaços.
Redução de preconceito
em relação aos
adolescentes que
cumprem medidas
socioeducativas e maior
contribuição da
sociedade.
X X X X ------------
MUNICÍPIO DE CARMÓPOLIS
SECRETARIA MUNICIPAL DE INCLUSÃO, DESENVOLVIMENTO E ASSISTÊNCIA SOCIAL
CONSELHO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE - CMDCA
30
EIXO 2
EDUCAÇÃO
OBJETIVOS AÇÕES RESULTADOS
ESPERADOS
PRAZOS
RESPONSÁVEIS PARCEIROS 2015
2016
a
2019
2020
a
2023
2024
Sensibilizar, mobilizar e
garantir o acesso e
permanência dos adolescentes
em cumprimento de Medida
Socioeducativa na escola em
qualquer tempo, bem como,
para seus filhos.
Realizar palestras, reuniões,
voltadas os familiares de todos
os alunos a respeito do plano
municipal de atendimento
socioeducativo;
Maior participação da
família na vida escolar e
redução de todas as
formas de preconceito
em relação aos
adolescentes que
cumprem medida
socioeducativa.
X X X X SEMED Rede de Garantia
de Direitos.
Realizar gincanas, campeonatos,
jogos e outros
eventos/atividades culturais e
esportivos que possam tratar de
forma lúdica do plano
socioeducativo;
Adolescentes mais
envolvidos com as
atividades escolares,
visualizando a escola
como um ambiente que o
estimula positivamente.
X X X X SEMED --------------
MUNICÍPIO DE CARMÓPOLIS
SECRETARIA MUNICIPAL DE INCLUSÃO, DESENVOLVIMENTO E ASSISTÊNCIA SOCIAL
CONSELHO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE - CMDCA
31
Formar/capacitar profissionais
da educação, principalmente os
que trabalham nas escolas a
respeito do plano municipal de
atendimento socioeducativo;
Maior acolhimento de
adolescentes que
cumprem medidas
socioeducativas no
ambiente escolar;
X X X X SEMED SMAS
Confeccionar cartilhas, folders,
dentre outros materiais de
divulgação com linguagem clara
e atual.
Redução de todas as
formas de preconceito
em relação ao
adolescente que cumpre
medida socioeducativa,
bem como, a outras
situações.
X SEMED --------------
Articular o diálogo entre a rede
de educação e o programa de
execução de medidas
socioeducativas.
Criar instrumentos como
protocolos ou fichas para
intercâmbio de informações
acerca dos adolescentes em
cumprimento de medidas
socioeducativas; relatórios
periódicos;
Articulação da rede para
otimizar o
acompanhamento dos
adolescentes;
X X X X CREAS;
SEMED. Rede de Garantia
de Direitos.
Realização de Visitas técnicas e
reuniões.
Troca de experiências
entre os profissionais que
contribuam para o
melhor desenvolvimento
da medida
socioeducativa.
X X X X CREAS; Escolas. Rede de Garantia
de Direitos.
MUNICÍPIO DE CARMÓPOLIS
SECRETARIA MUNICIPAL DE INCLUSÃO, DESENVOLVIMENTO E ASSISTÊNCIA SOCIAL
CONSELHO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE - CMDCA
32
Desenvolver ações que
despertem o interesse dos
adolescentes sobre a escola
como lugar de transformação
Criação de grêmio estudantil; Participação efetiva nas
atividades escolares; X
SEMED;
Escolas. -------------
Aumentar a oferta de atividades
esportivas e culturais que atenda
o interesse dos alunos;
Participação efetiva nas
atividades escolares; X SEMED -------------
Buscar formas de valorizar,
premiar ações desenvolvidas
pelos alunos;
Participação efetiva nas
atividades escolares; X SEMED -------------
Realizar ações voltadas para
iniciação profissional;
Profissionalização e
formação para o mercado
de trabalho;
X X X SEMED. SMT.
Facilitar acesso a cursos técnicos
e profissionalizantes aos alunos,
principalmente aos que
cumprem medidas
socioeducativas, os incluindo
em Programas de Bolsas de
estudos.
Profissionalização e
formação para o mercado
de trabalho;
X X X SME SMT;
SMAS.
Implantar e implementar
programa de aceleração do
ensino voltado para os
adolescentes para que haja o
nivelamento de idade série.
Implantar um projeto especifico
de aceleração e nivelamento do
ensino especifico para o público
de 12 a 15 anos.
Diminuir a defasagem
idade serie entres os
adolescentes em
cumprimento de medidas
socioeducativas de modo
a oferecer a
profissionalização
adequada;
X SEMED
Rede de
Garantia de
Direitos.
MUNICÍPIO DE CARMÓPOLIS
SECRETARIA MUNICIPAL DE INCLUSÃO, DESENVOLVIMENTO E ASSISTÊNCIA SOCIAL
CONSELHO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE - CMDCA
33
Implementar o programa de
educação de jovens e adultos
modificando o foco de trabalho
deixando mais atrativo para os
adolescentes a partir de 15 anos
com defasagem do ensino.
Modificar o olhar desses
adolescentes sobre si
mesmo e sobre todo o
processo de educação;
X SEMED
Rede de
Garantia de
Direitos.
Formação continuada com os
professores para o trabalho
específico com este público;
Otimizar o trabalho dos
nossos profissionais de
educação em programas
de aceleração
X X X X
SEMED
Rede de
Garantia de
Direitos.
Trabalhar com estes
adolescentes a autoestima e
motivação para o estudo já
perdidos com as retenções ao
longo dos anos.
Modificar o olhar desses
adolescentes sobre si
mesmo e sobre todo o
processo de educação.
X X X X SEMED
Rede de
Garantia de
Direitos.
EIXO 3
ESPORTE, CULTURA E LAZER
OBJETIVOS AÇÕES RESULTADOS
ESPERADOS
PRAZOS
RESPONSÁVEIS PARCEIROS
2015
2016
a
2019
2020
a
2023 2024
MUNICÍPIO DE CARMÓPOLIS
SECRETARIA MUNICIPAL DE INCLUSÃO, DESENVOLVIMENTO E ASSISTÊNCIA SOCIAL
CONSELHO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE - CMDCA
34
Ampliar e divulgar a oferta de
atividades esportivas e culturais
voltado para o perfil de
adolescentes em cumprimento de
medida socioeducativa.
Criar projetos e ações esportivos
e culturais permanentes e
diversificados, bem como
fortalecer os que já existem.
Maior participação de
crianças e adolescentes
nas atividades esportivas
e culturais;
X X X X SMEL;
SMCC.
Rede de garantia
de Direitos.
Levar o planejamento e a
execução dessas ações e projetos
as comunidades.
Maior integração da
gestão com a
comunidade;
X X X X SMEL;
SMCC.
Rede de garantia
de Direitos.
Estabelecer articulação entre a
Secretaria de Esporte e a
Secretaria de Cultura com a rede
de garantia de direitos.
Melhoria na oferta e
execução dos serviços e
projetos.
X
SMEL;
SMCC.
Rede de Garantia
de Direitos.
---------------
Sensibilizar gestores públicos,
empresas privadas e comunidade
em geral para financiar e contribuir
com a criação e fortalecimento de
espaços culturais e esportivos.
Realização de reunião com
gestores, ONGS e empresas
privadas.
Aumento de
investimento em projetos
e ações culturais e
esportivas;
X SMEL;
SMCC;
Rede de garantia
de Direitos.
Criar campanhas para
conscientizar/divulgar a
importância desses espaços.
Aumento da visibilidade
e participação d
comunidade nas ações
existentes;
X X X X SMEL;
SMCC;
Rede de garantia
de Direitos.
MUNICÍPIO DE CARMÓPOLIS
SECRETARIA MUNICIPAL DE INCLUSÃO, DESENVOLVIMENTO E ASSISTÊNCIA SOCIAL
CONSELHO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE - CMDCA
35
EIXO 4
SAÚDE
OBJETIVOS AÇÕES RESULTADOS
ESPERADOS
PRAZOS
RESPONSÁVEIS PARCEIROS
2015
2016
a
2019
2020
a
2023
2024
Inserir no contexto dos programas
de atendimento à saúde da família
ações e atividades com foco á
orientação e informação voltados
para temática Adolescência e
temas transversais relacionados.
Promover palestras educativas e
de prevenção com temas
relacionados a adolescência e
riscos sociais;
Adolescentes mais
informados e melhor
orientados, assim como,
profissionais da rede de
saúde mais envolvidos
nas ações e atividades
desenvolvidas.
X X X X SMS SEMED
SMAS
Implementar o PSE nas escolas
com campanhas e palestras
educativas focando as temáticas;
sexualidade, violência, higiene
pessoal, gravidez na
adolescência, planejamento
familiar dentre outros;
X X X X SMS SEMED
Implementar material
informativo para distribuição e
divulgação das temáticas
trabalhadas.
X SMS Rede de garantia
de direitos.
MUNICÍPIO DE CARMÓPOLIS
SECRETARIA MUNICIPAL DE INCLUSÃO, DESENVOLVIMENTO E ASSISTÊNCIA SOCIAL
CONSELHO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE - CMDCA
36
Viabilizar acesso dos
adolescentes aos serviços de
atendimento em toda a rede de
assistência a saúde do município e em todos os níveis de atenção à
saúde e abrangência.
Capacitar profissionais para
trabalhar com adolescentes em
cumprimento de medidas
socioeducativas;
Atendimento
especializado e mais
humanizado;
X X X X SMS SMAS
SEMED
Implementar o Programa de
combate ao uso de álcool e
outras drogas.
Maior número de
adolescente atendidos e
encaminhados ao
tratamento necessário.
X SMS SMAS
Implementar as ações das
equipes de saúde da família,
principalmente as dos agentes
comunitários de saúde nos
encaminhamentos,
acompanhamentos referência e
contra referencias nos
atendimentos aos adolescentes.
Redução de riscos
referentes a saúde da
criança e do adolescente
e maior quantidade de
famílias acompanhadas.
X X X X SMS ----------------
Implementar e ampliar o
atendimento junto às
especialidades de psiquiatria e
psicologia
Maior número de
adolescente atendidos. X X X X SMS ----------------
Facilitar acesso a medicamentos,
órteses, próteses, cadeiras de
rodas.
Garantia de acesso
prioritário aos serviços e
produtos de saúde;
X X X X SMS ----------------
EIXO 5
ACOMPANHAMENTO FAMILIAR E COMUNITÁRIO
MUNICÍPIO DE CARMÓPOLIS
SECRETARIA MUNICIPAL DE INCLUSÃO, DESENVOLVIMENTO E ASSISTÊNCIA SOCIAL
CONSELHO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE - CMDCA
37
OBJETIVOS AÇÕES RESULTADOS
ESPERADOS
PRAZOS
RESPONSÁVEIS PARCEIROS
2015
2016
a
2019
2020
a
2023
2024
Sensibilizar a Comunidade para a
importância da convivência
comunitária para o adolescente em
conflito com a lei
Criar/fortalecer espaços de
discussão com a comunidade em
geral sobre a sua importância no
desenvolvimento da criança e do
adolescente, bem como, sobre o
que são medidas socioeducativas
e seu objetivo.
Mudança da concepção
social e cultural em
relação ao adolescente
em cumprimento de
medida socioeducativa; e
apoio da comunidade aos
adolescentes em
cumprimento de medida
socioeducativa e seus
familiares.
X X X X SMAS Rede de garantia
de direitos.
Fortalecer os vínculos familiares e
comunitários.
Formação/capacitação
continuada para os profissionais
envolvidos no processo de
atendimento/execução de
medida socioeducativa;
Garantir atendimento
especializado, eficaz e
humanizado;
X X X X SMAS SEIDES
Criar campanhas, espaços de
discussão sobre a importância da
família nuclear e ampliada no
processo de desenvolvimento da
criança e do adolescente e no
cumprimento da medida
socioeducativa.
Redução dos de
abandono e negligencia
familiar e evitar a
institucionalização
desses adolescentes.
X X X X SMAS Rede de Garantia
de Direitos.
MUNICÍPIO DE CARMÓPOLIS
SECRETARIA MUNICIPAL DE INCLUSÃO, DESENVOLVIMENTO E ASSISTÊNCIA SOCIAL
CONSELHO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE - CMDCA
38
Garantir acesso a necessidades
básicas.
Identificar através do
acompanhamento familiar a
existência de violação de
direitos, bem como, a
necessidade de bens e serviços.
Criação de diagnóstico
familiar. X X X X
CRAS;
CREAS.
Rede de Garantia
de Direitos.
Inserir as famílias de
adolescentes em cumprimento
de medidas socioeducativas em
programas de transferência de
renda, segurança alimentar e de
habitação, bem como, em
serviços.
Redução de famílias em
situação de extrema
pobreza.
X X X X CRAS;
CREAS. ----------------
EIXO 6
PROFISSIONALIZAÇÃO E TRABALHO
OBJETIVOS AÇÕES RESULTADOS
ESPERADOS
PRAZOS
RESPONSÁVEIS PARCEIROS
2015
2016
a
2019
2020
a
2023
2024
Divulgar a política de
municipalização de medidas
socioeducativas em consonância
com a legislação de aprendizagem
profissional e calendário de
Confeccionar material de
divulgação (folder, cartilha,
informativos em sites, etc.), e
utilizar espaços de discussão
em toda a rede de garantia de
direitos para divulgar.
Adolescentes em
cumprimento de medidas
socioeducativas
informados sobre os seus
direitos;
X X X X SMT Rede de garantia
de direitos.
MUNICÍPIO DE CARMÓPOLIS
SECRETARIA MUNICIPAL DE INCLUSÃO, DESENVOLVIMENTO E ASSISTÊNCIA SOCIAL
CONSELHO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE - CMDCA
39
cursos/orientação profissional no
município. Utilizar espaços de discussão
de toda a rede de garantia de
direitos para divulgar.
Maior procura desses
adolescentes por cursos de
capacitação profissional.
X X X X SMT Rede de Garantia
de Direitos.
Identificar habilidades
vocacionais do adolescente e
jovens para orientá-los quanto ao
processo de formação
profissional.
Realização de pesquisas junto
aos adolescentes e jovens por
intermédio da coordenação de
execução de medidas
socioeducativas;
Habilidades identificadas; X X X X CREAS Rede de Garantia
de Direitos.
Organização de oficinas,
orientação, palestras com os
adolescentes nos diversos
espaços de atendimento.
Capacitação voltada para a
realidade e interesse dos
adolescentes.
X X X X SMT SEMED;
SMAS.
Criar programa de capacitação
continuada.
Criar parceria com diversas
instituições de ensino
profissionalizante, técnico e
superior (Sistema S: Sesi,
Senac, Sesc, Senai,
SEST/SENAT; Universidades,
etc.)
Maior número de
adolescentes e jovens
atendidos e capacitados
para atuar em diversas
áreas no mercado de
trabalho.
X X X X SMT SME;
SMAS.
Buscar junto ao gestor
municipal investimento em
formação.
Maior quantidade de
adolescentes e jovens
atendidos, contribuição
para o desenvolvimento de
novos projetos de vida e
redução da ociosidade.
X X X X SMT Rede de garantia
de direitos.
Possibilitar acesso ao mercado de
trabalho.
Realizar parcerias com
empresas locais;
Mais adolescentes e jovens
inseridos no mercado de
trabalho.
X X X X SMT Rede de garantia
de direitos.
MUNICÍPIO DE CARMÓPOLIS
SECRETARIA MUNICIPAL DE INCLUSÃO, DESENVOLVIMENTO E ASSISTÊNCIA SOCIAL
CONSELHO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE - CMDCA
40
Criação de um certificado que
gere o interesse de participação
das empresas no processo de
contratação desses
adolescentes de acordo com a
legislação.
Adesão das empresas. X X SMT Rede de garantia
de direitos.
MUNICÍPIO DE CARMÓPOLIS SECRETARIA MUNICIPAL DE INCLUSÃO, DESENVOLVIMENTO E ASSISTÊNCIA SOCIAL
CONSELHO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE - CMDCA
41
4.4. MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO
O monitoramento e avaliação deverá ser realizado por comissão especifica formada
pelo Conselho Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente, com representantes do
governo municipal, do Conselho Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente, do
Conselho Tutelar, do Conselho de Assistência Social. É facultativa a representação do
Ministério Público e do Poder Judiciário.
MUNICÍPIO DE CARMÓPOLIS SECRETARIA MUNICIPAL DE INCLUSÃO, DESENVOLVIMENTO E ASSISTÊNCIA SOCIAL
CONSELHO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE - CMDCA
42
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
Código dos Menores. Decreto nº 17.943-a de 12 de outubro de 1927. Presidência da República.
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1910-1929/d17943a.htm. Acesso
em: 07 de novembro de 2014.
Código dos Menores. Lei no 6.697, de 10 de outubro de 1979. Presidência da República.
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1970-1979/L6697.htm. Acesso em: 07
de novembro de 2014.
Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: 1988. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/ConstituicaoCompilado.htm. Acesso em: 04 de
novembro de 2014.
Diagnóstico Socioterritorial do Município de Carmópolis – SE. Disponível em:
http://aplicacoes.mds.gov.br/ead/ri/carrega_pdf.php?rel=vulnerabilidades. Acesso em: 10 de novembro
de 2014.
Estatuto da Criança e do Adolescente. Lei Federal Nº 8.069, de 13 de julho de 1990.
Presidência da República. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8069.htm. Acesso em: 03 de novembro de 2014.
Levantamento Nacional do Atendimento Socioeducativo aos Adolescentes em Conflito
com a Lei. Brasília, Junho de 2011. Disponível em:
http://www.andi.org.br/sites/default/files/legislacao/LEVANTAMENTO%20ANUAL%20OFICIAL_
2010.pdf
LORENZI, Gisella Werneck. Uma Breve História dos Direitos da Criança e do Adolescente
no Brasil. Fundação Telefônica, 2008. Disponível em:
http://www.promenino.org.br/noticias/arquivo/uma-breve-historia-dos-direitos-da-crianca-e-
do-adolescente-no-brasil-14251
Plano Estadual de Atendimento. Sergipe: 2014. Disponível em:
Socioeducativohttp://www.agencia.se.gov.br/userfiles/plano-estadual-decena-atendimento-
socioeducativo-versao-preliminar.pdf. Acesso em: 04 de novembro de 2014.
Plano Nacional de Atendimento Socioeducativo: Diretrizes e eixos operativos para o
SINASE. Brasília: 2013. http://www.sdh.gov.br/assuntos/criancas-e-adolescentes/pdf/plano-
nacional-de-atendimento-socioeducativo-diretrizes-e-eixos-operativos-para-o-sinase.
Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo. Lei Federal Nº 12.594 de 18 de janeiro de
2012. Presidência da República. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12594.htm. Acesso em: 03 de
novembro de 2014.