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Políticas Econômicas
CAMBIAL
Prof.: Tiago Antunes Soares
POLÍTICA CAMBIAL
A Política Cambial está baseada na administração
das taxas de câmbio, promovendo alterações das
cotações cambiais, e, de forma mais abrangente,
no controle de transações internacionais
executadas por um país.
É fixada de maneira a viabilizar as necessidades de
expansão da economia e promover seu
desenvolvimento econômico.
POLÍTICA CAMBIAL
Identicamente às demais políticas econômicas, a política
cambial deve ser administrada, evitando-se conflitos
com outros agregados macroeconômicos.
Por exemplo, uma forte expansão das exportações pode
promover, pela conversão de divisas em moeda
nacional, um crescimento acentuado da base
monetária, gerando pressões inflacionárias na
economia e prejudicando o controle dos juros.
POLÍTICA CAMBIALA principal característica do comércio internacional reside na
utilização de diferentes moedas, representativas das economiasenvolvidas nas operações. Gera-se, com isso, uma necessidade deestabelecer a conversibilidade de uma moeda em outra, definidapor taxa de câmbio.
Taxa de câmbio expressa uma relação entre unidade de umamoeda e outra, ou seja, uma relação entre os valores dasmoedas. Por exemplo, real frente ao euro, dólar diante dalibra esterlina, e assim por diante. Ao admitir-se que sãonecessários R$2,50 para se adquirir £ 1,00, diz-se que a taxade câmbio é de 2,50 reais por 1,00 euro. Se, em algummomento, forem necessários mais reais para se adquirir amesma quantidade de euros, conclui-se que a moedanacional se desvalorizou; em caso contrário, entende-se queo real se valorizou frente a moeda estrangeira.
POLÍTICA CAMBIAL
Em verdade, a moeda de uma economia é como se fosseum produto, negociável no mercado, que pode sercomprado ou vendido a determinado preço emrelação a outra moeda.
A taxa de câmbio representa o valor com que a autoridademonetária de um país aceita negociar sua moeda, ouseja, vender a moeda de sua emissão (compra demoeda estrangeira) ou adquiri-la (vender moedaestrangeira).
POLÍTICA CAMBIALO BACEN deve adquirir moeda estrangeira e
pagar em moeda nacional os exportadores de bens
e serviços e os devedores que tenham obtido
empréstimos no exterior. As operações de venda
de moeda estrangeira vinculam-se a diversos
pagamentos internacionais, como importações,
amortizações de dívidas internacionais etc.
POLÍTICA CAMBIAL
Um câmbio encontra-se valorizado quando se
necessita de menor volume de moeda nacional
para adquirir um mesmo volume de moeda
estrangeira. Nesse caso, o ambiente econômico
mostra-se favorável aos importadores, os quais
podem adquirir produtos por um valor em
moeda nacional mais baixo.
POLÍTICA CAMBIAL
Um câmbio é definido como desvalorizado quando é
necessária mais moeda nacional para se comprar
o mesmo volume de moeda estrangeira. O
câmbio desvalorizado é atraente aos
exportadores, os quais podem receber, em
moeda nacional, um volume maior de moeda
para vender seus produtos.
POLÍTICA CAMBIAL
Câmbio Fixo, quando tem seu valor atrelado a umreferencial fixo, como ouro, dólar ou até mesmo umacesta de moedas de diversas economias. O valor damoeda passa, assim, a ser expresso em determinadaquantidade desses padrões de maneira fixa.
As taxas de câmbio fixas permitem maior nível de certezaao comércio internacional, por revelarem, previamente,o valor futuro da moeda. No entanto, a manutençãodesse padrão é de maior risco aos governos, obrigando,em momentos de desequilíbrio, que gastem elevadassomas de suas reservas cambiais para manter a cotaçãoda moeda nacional.
POLÍTICA CAMBIAL
Câmbio flutuante ou (flexível), apesar de menos
disciplinador, permite maior liberdade às
economias na execução de suas políticas
monetárias. Atribui, também, agilidade no
tratamento de eventuais desequilíbrios
econômicos, promovendo alterações nas taxas
do câmbio em consonância com as variações da
oferta e procura de moeda no mercado.
POLÍTICA CAMBIAL
Currency board (conselho de moeda) é um sistema em que aautoridade monetária assume o compromisso legal de efetuaro câmbio de moeda nacional por moeda estrangeira forte(moeda âncora) a uma cotação fixa. A idéia básica é de que aautoridade monetária de um país passe a funcionar como uma“caixa de conversão”, detendo reservas em moeda forteequivalentes a pelo menos 100% da moeda nacional emcirculação. Nesse regime monetário, a autoridade podesomente emitir moeda nacional até o limite das reservasinternacionais mantidas no país, devendo honrar toda aoperação de compra e venda de moeda forte a uma taxa decâmbio predeterminada.
POLÍTICA CAMBIAL
Para atingir os objetivos do currency board, o
governo deve atuar com bastante disciplina,
vinculando as emissões da moeda local ao volume
de suas reservas internacionais. Nesse regime, a
autoridade monetária não pode promover
alterações no valor da moeda como forma de
administrar eventuais desequilíbrios, devendo atuar
com mais rigor e parcimônia sobre as contas
nacionais.
POLÍTICA CAMBIAL
Câmbio Spot e Câmbio Forward
As taxas de câmbio podem ser cotadas no
mercado à vista (câmbio a vista ou spot) ou no
mercado a prazo (câmbio futuro, câmbio a termo
ou Forward).
No mercado a vista ou Spot, são realizadas
operações de câmbio para liquidação imediata. No
Brasil, a liquidação da operação costuma ocorrer
dois dias úteis após a sua contratação, conhecida
por D+2.
POLÍTICA CAMBIAL
As operações de câmbio futuro são realizadas em
ambientes organizados de bolsas, seguindo as
normas e padronizações adotadas.
Exemplo: as bolsas usualmente impõem certas
exigências de garantias, depósitos de margens,
limites de flutuações das cotações, datas
predeterminadas de vencimento dos contratos,
lotes padrões de negociação e assim por diante.
POLÍTICA CAMBIAL
O câmbio a termo, ou Forward, é também uma
operação a prazo, porém tem seus principais
parâmetros de negociação determinados
livremente pelas partes contratantes.
As operações Forward não costumam seguir
critérios estabelecidos nos mercados futuros de
bolsas, permitindo que sejam negociados os
prazos, preços e garantias.
POLÍTICA CAMBIALNo que se refere à entrega da moeda estrangeira
objeto da negociação, o câmbio pode ser manual
ou sacado.
No mercado de câmbio manual, as operações são
realizadas em espécie (cédulas, moedas ou
traveller’s checks), envolvendo a troca física da
moeda nacional pela moeda estrangeira.
O mercado de câmbio sacado engloba a maioria
das operações de compra e venda de dividas
realizadas pelas instituições bancárias autorizadas a
operar em câmbio.
POLÍTICA CAMBIAL
O Balanço de Pagamentos registra os valores de
todas as transações internacionais efetuadas por
um país, destacando os pagamentos pelos vários
tipos de operações realizados entre os residentes e
não residentes em determinado período.
POLÍTICA CAMBIAL
POLÍTICA CAMBIAL
Saldo em conta corrente:
Se os resultados financeiros da balança comercial e
da balança de serviços, somados aos das
transferências unilaterais, forem negativos, este
déficit deve ser coberto por alguma das rubricas da
conta movimentos de capitais, provavelmente
empréstimos, financiamentos, ou investimentos
diretos.
POLÍTICA CAMBIALQuando as reservas monetárias do país não forem
suficientes para cobrir o déficit em conta corrente, as
decisões para solução do desequilíbrio devem ser
bastante rápidas, de maneira que não se agrave a crise
cambial instaurada.
Algumas medidas que podem ser acionadas:
renegociação da dívida externa com os credores;
negociação de novos empréstimos emergenciais;
medidas de controle de saída de divisas fortes do país,
principalmente nos itens da conta de serviços;
desvalorização cambial visando estimular as exportações
e provocar um superávit na balança comercial.
POLÍTICA CAMBIAL
Títulos brasileiros no mercado internacional
Os principais motivos de interesse do Brasil (governo e
iniciativa privada) na captação internacional de recursos
são:
1. Diversificação dos investidores e elevada capacidade
de poupança dos mercados externos;
2. Diferencial do custo do dinheiro no país (mais
elevado) em relação às taxas praticadas no mercado
externo;
3. Prazos mais longos disponíveis nas operações
externas.
POLÍTICA CAMBIAL
O governo brasileiro vem captando recursos em
diversos mercados internacionais, principalmente por
meio da emissão de títulos públicos – títulos soberanos
brasileiros. A iniciativa privada brasileira aproveita essa
presença do setor público para também captar
poupança externa através da colocação de títulos de
dívida de sua emissão. Os títulos do governo brasileiro
no mercado internacional são conhecidos por globais,
quando emitidos em dólares e com negociação em
todos os mercados; “eurobônus” quando emitidos em
euros no mercado europeu e “samurai”, quando
lançados no Japão em ienes.