“Programa de Acção Para a Reabilitação Urbana do Eixo Mouzinho/Flores_CH.2”
10 anosporto vivo, sruReabilitaR paRa RevitalizaR
10 years Porto Vivo, SRU
Rehabilitate to Revitalize
Edição Porto Vivo, SRU
Coordenação Paulo de Queiroz Valença José Pacheco Sequeira
Grafismo e ProduçãoPorto Novo, Lda
ImagensFrancisco Piqueiro (Capa e p.3)Porto Vivo, SRU (p.4 e p.5) Gabinete Alexandre Soares (restantes)
ImpressãoDiário do Porto, Lda
Tiragem 3 000 exemplares
ISBN 978-989-98335-7-9
Depósito Legal 381084/14
Fotografia aérea do Eixo Mouzinho/Flores
Aerial photography of theMouzinho/Flores Axis
p. 4
Constituída a 27 de novembro de 2004 como empresa de capitais públicos, sendo 60% do IHRU – Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana, I.P., e 40% do Município do Porto, a Porto Vivo, SRU tem, ao longo da última década, assumido o objetivo
10 anosUma década de poRto vivo, SRU
de promover a reabilitação e reconversão do património degradado da Baixa e do Centro Histórico do Porto.
Uma missão que visa orientar o processo de reabilitação, mas também definir a estratégia
de intervenção e atuar como mediador entre proprietários e investidores, entre senhorios e arrendatários. Em concreto, agir na qualidade de facilitador das vontades de intervir.
A Porto Vivo, SRU tem como território global de atuação a designada Área Crítica de Recuperação e Reconversão Urbanística (ACRRU), com cerca de 1.000 hectares (cerca de 25% do concelho do Porto). No entanto,
p. 5
Created on November 27, 2004 as a public company, with 60% of the
capital belonging to the national Institute of Housing and Urban
Rehabilitation (IHRU – Portuguese acronym for “Instituto da Habitação
e da Reabilitação Urbana, I.P.”) and 40% to the City Council of Porto, Porto Vivo, SRU has, over the last
decade, aimed the promotion of the rehabilitation and conversion of the
degraded heritage of the downtown and the Historic Centre of Porto.
A mission that aims to guide the rehabilitation process, but also define
the intervention strategy and act as mediator between owners and investors, and between landlords
and tenants. Specifically, acting as a facilitator of the wills to intervene.
Porto Vivo, SRU has as the global intervention territory the designated
Critical Area of Urban Rehabilitation and Conversion (ACRRU– Portuguese
acronym for “Área Crítica de Recuperação e Reconversão
Urbanística”), with about 1,000 ha (which represent 25% of the city of Porto). However, it was defined as
priority intervention zone, with about 500 ha, the territory confined by the
Constituição Street and the Douro River, the King Pedro V Street and the
east edge of Bonfim civil parish.This area, where the urban
rehabilitation has been given
10 YearsA decade of Porto Vivo,
SRU
emphasis, includes the Historic Centre of Porto, listed by UNESCO as
World Heritage, and the traditional downtown, which are included in the
ancient civil parishes of Bonfim, Santo Ildefonso, Massarelos and Cedofeita,
territories that correspond to the growth of the city in the 18th and 19th
centuries.
Porto Vivo, SRU work began with
the preparation of a Masterplan, which defined the objectives and
targets to achieve with the project, strategy, and operational instruments
designed to leverage the process of physical, economic and social
transformation. It was set up the big goals for the project, which are
the re-housing, the development and promotion of business in
Porto’s downtown, boosting trade,
Rua Sousa Viterbo(após intervenção)
Sousa Viterbo Street (after the intervention)
p. 6
definiu como zona de intervenção prioritária (ZIP), com cerca de 500 hectares, o espaço compreendido entre a Rua da Constituição e o Rio Douro, e a Rua de D. Pedro V e o limite nascente da freguesia do Bonfim.
Esta área, onde se concentra o esforço de reabilitação urbana, engloba o Centro Histórico do Porto, classificado pela UNESCO como Património Mundial, e a Baixa tradicional, e inclui-se nas freguesias antigas do Bonfim, Santo Ildefonso, Massarelos e Cedofeita, territórios correspondentes ao crescimento da cidade nos séculos XVIII e XIX.
O trabalho da Porto Vivo, SRU iniciou-se com a elaboração de um Masterplan, no qual se definiram os objetivos e as metas a atingir com o projeto, a estratégia, e os instrumentos operativos para alavancar o processo de transformação física, económica e social. Desenharam-se os grandes objetivos para o projeto, que são a re-habitação, o desenvolvimento e promoção do negócio na Baixa do Porto, a dinamização do comércio, turismo, cultura e lazer, e a requalificação do espaço público.
Ao longo da última década, o desafio da Porto Vivo, SRU foi criar condições para se reabilitar um património inestimável para os seus habitantes, mas também para um número crescente de visitantes, gerando consequentemente um efeito catalisador na revitalização de um território tão nobre e fundamental
para a cidade e para a região.Aliados, Carlos Alberto, Infante, Sé e Vitória foram os primeiros pólos de intervenção.
Uma ação mais profunda e mais global teve como mais recente e feliz exemplo a requalificação de todo o Eixo Mouzinho/Flores, onde se desenvolveu uma das 10 ações integradas do Centro Histórico, a par de uma outra desenvolvida no Morro da Sé. O Protocolo da Parceria para a Regeneração Urbana, assinado em outubro de 2008, entre diversas entidades públicas e privadas – o Município do Porto, a Porto Vivo, SRU, a Associação Porto Digital, a Santa Casa da Misericórdia do Porto, a Fundação da Juventude, a Sociedade de Transportes Colectivos do Porto, S.A., a TRENMO-Engenharia, S.A., e a SPOT – Sociedade Portuense Outras Tendências, Lda. – permitiu lançar um programa estratégico de valorização, reabilitação e revitalização desta zona central do Centro Histórico Património Mundial.
Reabilitar para revitalizar tem sido o desafio da Porto Vivo, SRU ao longo dos seus 10 anos de existência. Assim continuará a ser no futuro, de forma a cumprir-se a visão de uma cidade mais competitiva, mais atrativa e mais valorizada física e imaterialmente, uma cidade que está a saber renovar-se na Baixa e no Centro Histórico, onde a dinâmica se sente mais forte do que nunca e onde os atores da mudança são cada vez mais proativos.
Rua das Flores(após intervenção)
/ Cidade das Profissões
Flores Street (after the intervention) / Cidade das Profissões
p. 7
tourism, culture and leisure, and the redevelopment of public space.
Over the last decade, the challenge of Porto Vivo, SRU was to create
conditions to rehabilitate a priceless heritage for its inhabitants,
but also for a growing number of visitors, thereby generating a catalyst
effect in the revitalization of a noble and crucial territory for the city
and the region.
Aliados, Carlos Alberto, Infante, Sé and Vitória were the first areas of
intervention.
A deeper and more global action had as the most recent and successful
example the redevelopment of the entire Mouzinho/Flores Axis,
where it was developed one of the 10 integrated actions of the Historic
Centre, along with another developed in Morro da Sé. The Protocol for the
Urban Regeneration Partnership, signed in October 2008 between
various public and private entities – City Council of Porto, Porto Vivo,
SRU, Porto Digital Association, Santa Casa da Misericórdia of Porto, Youth
Foundation, Public Transport Society of Porto, TRENMO-Engineering, and SPOT - Sociedade Portuense Outras Tendências, Lda. –, made it possible
to launch a strategic program of recovery, rehabilitation and
revitalization of this central area of the Historic Centre, World Heritage.
Rehabilitate to revitalize has been the challenge of Porto Vivo, SRU over its
10 years of existence. It will remain so in the future, in order to fulfill the vision of a more competitive, more
attractive and more physical and immaterially valuable city, which
is being renewed in the downtown and in the Historic Centre, where the
dynamics is felt stronger than ever and where the agents responsible for
change are increasingly proactive.
p. 8
Fruto de uma semelhante necessidade de ligação da cota baixa à cota alta da cidade nasceram a Rua das Flores e a Rua de Mouzinho da Silveira. Em tempos diferentes, é certo.
Planeada e desenvolvida no século XVI como um eixo de crescimento ou de saída da povoação ribeirinha para uma zona ainda rural, a Rua das Flores foi construída em terrenos que eram propriedade do Bispo, do Cabido e da Misericórdia, como ligação da cidade ao Convento de São Bento da Avé Maria, que em finais do século XIX viria a dar lugar à Estação de São Bento.
Já nos finais do século XIX, deu-se a abertura da Rua de Mouzinho da Silveira, que surgiu como um trajeto paralelo à Rua das Flores. O seu traçado aproveitou o percurso do Rio da Vila, resolvendo um dos mais evidentes problemas de salubridade pública do centro urbano, ao promover o seu entubamento.
Até à primeira metade do século XX, além da ligação
entre a zona ribeirinha e a Baixa, ambas as artérias se destacavam pelo dinamismo económico que os seus comércios emprestavam à cidade. Chegados ao século XXI, esta área havia perdido boa parte do dinamismo económico de outrora. Menos lojas e menos residentes eram alertas para a necessidade de uma intervenção cada vez mais premente.
A reabilitação deste território, que inclui toda a zona compreendida entre o Quarteirão Cardosas e a Praça do Infante D. Henrique, passando pelo Largo dos Lóios e pelo Largo de São Domingos, revelou-se portanto fundamental para revitalizar o coração da cidade.
Por conseguinte, dois eixos que surgiram na cidade como sinais de modernidade no planeamento e na gestão urbana, hoje, séculos depois de serem construídos, são, de novo, o embrião de uma nova modernidade, desta feita a da revitalização do núcleo central do Centro Histórico do Porto.
As product of the necessity for a link between the lowest and the highest
levels of the city, Flores and Mouzinho da Silveira Streets were born. In a different
time, obviously.
Planned and developed in the 16th century as a growth or exit axis from
the riverside village to a still rural zone, Flores Street was built on land owned by the Bishop, the Collegiate and the
Holy House of Mercy of Porto, as a link between the city and the “São Bento da
Avé Maria” Convent, which in the late 19th century would be replaced by the
São Bento Train Station.
In the late years of the 19th century, Mouzinho da Silveira Street was opened,
which emerged as a parallel route to Flores Street. Its layout took the itinerary
of the Vila River, solving one of the most obvious problems of public health of the
urban centre, with the promotion of its concealment in a subterranean tunnel.
Until the first half of the 20th century, as addition to the connection between the
riverside zone and the downtown area, both arteries were highlighted by the
economic growth lent to the city by the shops. Having reached the 21th century, this area had lost much of the economic dynamism of the old days. Fewer shops
and fewer residents were alerts to the need for increasingly urgent intervention.
The rehabilitation of this territory, which includes the entire area between the Cardosas Block and Prince Henrique
Square, through Lóios and São Domingos Squares, proved really crucial to revitalize
the heart of the city.
Therefore, two axis that emerged in the city as signs of modernity in planning
and urban management, today, centuries after they were built, are
again the embryo of a new modernity, this time by way of the revitalization
process of the central core of the Historic Centre of Porto.
HistoryThe Mouzinho/Flores
Axis over the centurieshistóriao eixo moUzinho/FloReS ao longo doS SécUloS
Rua das Flores(antes da intervenção)
Flores Street (before the intervention)
p. 10
1. Rua de Mouzinho Silveira (antes da intervenção)
2. Rua de Mouzinho Silveira (após intervenção)
3. Rua das Flores (após intervenção)
4. Casa da Companhia – Fundação de Juventude
5. Largo dos Lóios (antes da intervenção)
6. Edifício Douro – Palácio das Artes/Fábrica de Talentos
7. Largo de S. Domingos (durante a intervenção)
1. Mouzinho da Silveira Street (before the intervention)
2. Mouzinho da Silveira Street (after the intervention)
3. Flores Street (after the intervention)
4. Casa da Companhia – Youth Foundation
5. Lóios Square (before the intervention)
6. Douro Building – Arts Palace / Talents Factory
7. São Domingos Square (during the intervention)
1 2
3
4
5
6
7
p. 11
Gerada para executar um programa estratégico de valorização, reabilitação e revitalização de um território fulcral para o Centro Histórico do Porto, a Parceria para a Regeneração Urbana do Eixo Mouzinho/Flores criou um Programa de Ação que foi executado com o apoio de fundos comunitários, no âmbito do Programa Operacional Regional do Norte 2007/2013, ON.2 – O Novo Norte. Encontrou-se assim um apoio financeiro de cerca de 6,5 milhões de euros, que alavancou um investimento total estimado de perto de 70 milhões de euros, 80% dos quais de iniciativa privada. Ou seja, gerou-se um efeito multiplicador do apoio comunitário bastante relevante, pois 1 euro de comparticipação do ON.2 promoveu 10 euros de investimento público e privado.
Esta intervenção, desenvolvida ao longo de cinco anos, foi crucial para mudar a face do Centro
Histórico do Porto, tornando-o mais atrativo para novas atividades económicas e novos residentes e visitantes, reforçando também o seu excecional valor urbanístico, arquitetónico, arqueológico, e sociocultural.
O Eixo Mouzinho/Flores voltou a assumir centralidade no Centro Histórico e na cidade do Porto.
Generated to execute a strategic recovery, rehabilitation and
revitalization program of a key territory for the Historic Centre of Porto, the
Urban Regeneration Partnership for the Mouzinho/Flores Axis created an
Action Programme that was performed with the support of EU funds, under
the Northern Region Operational Programme 2007/2013, ON.2. This
financial support of around 6.5 million Euros leveraged a total estimated
investment of nearly 70 million Euros, in which 80% represent the private
initiative. This means that a relevant multiplier effect of the funding was
generated; 1 euro from the ON.2 Operational Programme leveraged 10
euros of public and private investment.
This intervention, developed over five years, was crucial to change the face
of the Historic Centre of Porto, making it more attractive for new economic
activities and new residents and visitors, by also reinforcing its exceptional
urban, architectural, archaeological, and sociocultural values.
The Mouzinho/Flores Axis regained centrality in the Historic Centre and in
the city of Porto.
InterventionGuidelines of the Action
Programme of the Mouzinho/Flores Axisintervenção
oS pReSSUpoStoS do “pRogRama de acção do eixo moUzinho/FloReS”
Rua das Florese Sousa Viterbo
(antes da intervenção)
Flores and Sousa Viterbo Streets
(before the intervention)
p. 12
No coração do Centro Histórico, na interligação entre a Baixa e a Ribeira, e na articulação entre
a cidade oitocentista e a cidade medieval, a intervenção no Eixo Mouzinho/Flores representou
reabilitare revitalizaro novo eixo moUzinho/FloReS
um desafio maior em termos de reabilitação e revitalização urbana, unindo e concertando vivências, destacando valores urbanísticos e arquitetónicos. Desde logo, porque alterou as condições deterioradas do funcionamento do espaço público, e também porque contrariou a degradação física que apresentava o edificado – à data do arranque do projeto, apenas 23% estava em bom estado de conservação, 30% em razoável estado de conservação e 42% em mau estado, estando os restantes edifícios em ruínas.
p. 13
At the heart of the Historic Centre, in the interconnection between the
downtown area and the riverside, and in the articulation between
the 19th century city and the medieval city, the intervention in the
Mouzinho/Flores Axis represented a major challenge in terms of urban
rehabilitation and revitalization, uniting and matching experiences,
highlighting urban and architectural values. Because it changed the deteriorated conditions of the
functioning of the public space, and also because it contradicted
Rehabilitate for Revitalize
The new Mouzinho/Flores Axis
the physical deterioration of the built fabric– in the time the project
started, only 23% were in good condition, 30% in a reasonable state
of conservation and 42% in poor condition, while the remaining
buildings were in ruins.
There was, therefore, the need to plan and execute profound interventions.
The primary objectives were based on the qualification of urban living
conditions, increasing buildings’ comfort standards, improving
parking conditions to favor the residential sector, redeveloping the infrastructure networks, the
streets’ pavement and the urban environment. But there was also a consolidation of vitality linked to innovation and creativity, an increase of the offer of tourism support services, as well as the
implementation of a policy of Urban area Management in order to give
continuity to the dynamics that were set in this location.
Urban regeneration through public
Praça do Infante D. Henrique / Mercado Ferreira Borges
Prince Henrique Square / Ferreira Borges Market
p. 14
Houve, pois, a necessidade de planear e executar intervenções profundas.
Os objetivos primordiais basearam-se na qualificação das condições de vivência urbana, aumentando o conforto no edificado, melhorando as condições de estacionamento para favorecer o setor residencial, requalificando as redes de infraestruturas, a pavimentação de arruamentos e o ambiente urbano. Mas houve também uma consolidação de vitalidade ligada à inovação e à criatividade, um aumento da oferta de serviços de apoio ao turismo, bem como a implementação de uma política de Gestão de Área Urbana que desse perenidade à dinâmica estabelecida no local.
A reabilitação urbana com investimento público e, em especial, a opção por apostar decididamente na requalificação do espaço público leva a uma revitalização do espaço urbano com a atração de investimento privado. Isso verificou-se, precisamente, ao longo de todo o Eixo Mouzinho/Flores.
A instalação de um hotel no Quarteirão Cardosas, a promoção de habitação de qualidade e a abertura de novas lojas e espaços de restauração na Rua das Flores e de Mouzinho da Silveira, mas também na zona envolvente ao Largo de São Domingos,
bem como a dinamização do Palácio das Artes – Fábrica de Talentos, do Mercado Ferreira Borges, e a instalação do Museu e Arquivo da Santa Casa da Misericórdia, exemplos claros do Centro Histórico renovado. A Modernização dos Ninhos de Empresas da Fundação da Juventude (sita na Casa da Companhia, na Rua das Flores), o surgimento do Gabinete de Apoio ao Empreendedorismo, criado logo em setembro de 2009, na Cidade das Profissões, são ainda ações importantes para o incremento da economia local.
Há que distinguir e divulgar todos estes exemplos e resultados alcançados, pois são o fruto de um processo de revitalização que está a mexer com a cidade e com o seu centro histórico. São estes também frutos da experiência e da reflexão dos 10 anos da Porto Vivo, SRU.
p. 15
investment, and, in particular, the option to strongly trigger the public space redevelopment, this leads to a
revitalization of the urban space with the attraction of private investment.
This was precisely confirmed along the whole Mouzinho/Flores Axis.
The installation of an hotel in the Cardosas Block, the promotion of
high-quality housing and the opening of new shops and restaurants at Flores and Mouzinho da Silveira
Streets, but also in the surrounding area of São Domingos Square, as well as the animation of the Arts
Palace – Talents Factory, the Ferreira Borges Market, and the installation
of the Museum and Archive of the Holy House of Mercy of Porto, these are clear examples of the renovated Historic Centre. The Modernization
of the Business Incubators in the Youth Foundation (located at Casa da Companhia, in Flores Street), and the emergence of the Entrepreneurship Support Office, established as early
as September 2009, in Cidade das Profissões, these are still important
actions for the local economy boost.
Is it necessary to distinguish and to communicate all these examples
and achievements, as they are the fruit of a revitalization process that is transforming the city and its Historic
Centre. These are also the results of the experience and reflection of 10
years of Porto Vivo, SRU.
Rua dos Caldeireiros (antes da intervenção)
Caldeireiros Street (before the intervention)
p. 16
A Porto Vivo, SRU adotou um papel inovador na condução do processo de reabilitação. Colocou em prática metodologias de
simplificação dos processos de planeamento, licenciamento e execução de obras, e, sobretudo, implementou uma gestão territorial mais próxima
Que futuro?oS deSaFioS da poRto vivo, SRUna Reabilitação e Revitalização URbana
dos interessados e mais integrada nas suas diferentes componentes. Prestou um serviço público que se tornou exemplar para um conjunto
Largos dos Lóios (após intervenção)
Lóios Square (after intervention)
p. 17
Porto Vivo, SRU has adopted an innovative role in the conduction of
the rehabilitation process. Has put into practice methodologies designed to
simplify the processes of planning, licensing and execution of works, and,
above all, has implemented a territorial management closer to the stakeholders
and more integrated into its various components. Provided a public service
that has become an example for a set of Portuguese and even foreign cities,
because they found in the of urban rehabilitation project of the centre of
Porto a case study.
Models as the ones followed in Cardosas, in Carlos Alberto or in King João I blocks,
selecting the private partner by public tender, or in the Corpo da Guarda block,
by joining the owners in order to start the joint rehabilitation of the buildings, such as the Urban Regeneration Partnerships
for Morro da Sé and Mouzinho/Flores Axis, these examples must be replicated
and adapted in the work that follows in the coming years.
New challenges are now set for the urban rehabilitation project of the
centre of Porto. There are being discussed proposals for new Urban
Rehabilitation Areas, in particular, Bonfim, Cedofeita Aliados, Miragaia, Lapa and
Santos Pousada, adding to the already established Urban Rehabilitation Are of the Historic Centre of Porto, and whose
management is the responsibility of Porto Vivo, SRU.
These new decisions aim to provide the other areas, beyond the Historic
Centre, with a strategic orientation for the future, balancing the multifunctional
character of Porto’s downtown and giving a clear signal to investors
and entrepreneurs of the strong commitment of the public sector in the
rehabilitation of the city.
What future?The challenges of Porto
Vivo, SRU in the urban rehabilitation and
revitalization
de cidades portuguesas e mesmo estrangeiras, pois encontraram no projeto de reabilitação urbana do centro do Porto um caso de estudo.
Modelos como os seguidos nas Cardosas, em Carlos Alberto ou em D. João I, selecionando o parceiro privado por concurso público, ou no quarteirão do Corpo da Guarda, associando-se aos proprietários para proceder à reabilitação conjunta dos respetivos edifícios, tal como as
Parcerias para a Regeneração Urbana do Morro da Sé e do Eixo Mouzinho/Flores, são exemplos a replicar e a adaptar no trabalho que se inicia para os próximos anos.
Novos desafios se colocam agora para o projeto de reabilitação urbana do centro do Porto. Estão a ser discutidas propostas de novas Áreas de Reabilitação Urbana, nomeadamente, Bonfim, Cedofeita, Aliados, Miragaia, Lapa e Santos Pousada, acrescentando-se
p. 18
àquela já constituída no âmbito do Centro Histórico do Porto e cuja gestão foi acometida à Porto Vivo, SRU.
Estas novas decisões visam dotar outras áreas, para além do Centro Histórico, de uma orientação estratégica para o futuro, equilibrando o carácter multifuncional da Baixa do Porto e dando um claro sinal aos investidores e empreendedores do forte compromisso do setor público na reabilitação da cidade.
Este caminho da reabilitação urbana está a ser percorrido de forma cada vez mais confiante e os indicadores comprovam-no, sobretudo através da vitalidade económica que os territórios intervencionados apresentam nos dias de hoje, não obstante a conjuntura de crise económica que o país vivenciou ao longo dos últimos anos. Note-se que, no período de atividade da Porto Vivo, SRU, entre 2005 e 2013, o investimento público em reabilitação urbana e valorização do património (o qual engloba investimento não só da Porto Vivo, SRU, mas também do Município do Porto e de outras entidades públicas), atingiu um valor total de 58 milhões de euros, o que permitiu alavancar cerca de 700 milhões de euros de investimento privado. O esforço do setor público foi assim largamente recompensado por força do dinamismo renovado do setor privado.
Há pois que continuar e ir ainda mais longe. Com todos os atores, nomeadamente, em parceria com a Administração Central, a Câmara Municipal do Porto, as empresas, os comerciantes e associações comerciais, bem como um sem número de especialistas e especialidades que operam neste setor. Sem esquecer os
proprietários, os senhorios e os novos investidores, pois estão aliás no epicentro deste projeto, e que se acercam todos os dias da Baixa e do Centro Histórico, recriando estes espaços, e com isso valorizando-os.
This path of urban rehabilitation is being driven in an increasingly confident manner and indicators prove it, especially through the economic vitality that the intervened
territories show nowadays, despite the environment of economic crisis the
country experienced over the recent years. Notice that, in the period of Porto Vivo, SRU activity, between 2005 and 2013,
public investment in urban rehabilitation and valorization of heritage (which
includes not only investment of Porto Vivo, SRU, but also of the Council of Porto
and other public entities), reached a total value of 58 million Euros, which leveraged
approximately 700 million Euros of private investment. The effort of the public sector
was then rewarded through the renewed dynamism given by the private sector.
It is imperative therefore to continue and go further beyond. With all stakeholders,
namely, in partnership with the Governmental Entities, the City Council of
Porto, the companies, the shopkeepers and the commerce associations, as well
as a number of specialists and specialties that operate in this sector. Without
leaving behind the owners, the landlords and the new investors, because they are
indeed in the epicentre of this project, who come every day to Porto’s downtown
and Historic Centre, recreating these spaces, and thus valuing them.
Praça da Liberdade / Hotel Intercontinental – Palácio das
Cardosas
Liberdade Square / Intercontinental Hotel – Cardosas Palace
Porto Vivo, SRURua de Mouzinho da Silveira, 208 a 214
4050-417 PortoTelefone: 22 2072700
Fax: 22 2072709www.portovivosru.pt/
www.portovivosru.pt/mouzinho/flores
CofinanCiamento: