Download - Pratica Processo Civil 2 - I Bimestre
SENTENÇA → CPC (ARTS. 162 A 165)
Art. 162. O juiz nomeará intérprete ou tradutor quando necessário para:
I - traduzir documento redigido em língua estrangeira;
II - verter para o português as declarações das partes e das testemunhas
que não conhecerem o idioma nacional;
III - realizar a interpretação simultânea dos depoimentos das partes e
testemunhas com deficiência auditiva que se comuniquem por meio da
Língua Brasileira de Sinais, ou equivalente, quando assim for solicitado.
Decidir a pretensão com ou sem julgamento de mérito. A sentença é acima
de tudo um ato ou documento processual, físico ou virtual. Nela o juiz decide
as questões que leh são postas, ora analisando o mérito (269), ora sem
analisa-lo (267). A sentença como ato processual deve seguir os requisitos
do art. 458.
REQUISITOS → ART. 458, CPC:
Art. 458. Ao início da inquirição, a testemunha prestará o compromisso de
dizer a verdade do que souber e lhe for perguntado.
Parágrafo único. O juiz advertirá à testemunha que incorre em sanção penal
quem faz afirmação falsa, cala ou oculta a verdade.
Faltando qualquer desses requisitos gera a nulidade da sentença. O juis esta
preso ao formalismo desses requisitos.
No antigo código de 1973, a sentença era dividida em 3 partes:
Relatório
Fundamentação
Dispositivo
Art. 489 do novo CPC:
Art. 489. São elementos essenciais da sentença:
I - o relatório, que conterá os nomes das partes, a identificação do caso, com
a suma do pedido e da contestação, e o registro das principais ocorrências
havidas no andamento do processo;
II - os fundamentos, em que o juiz analisará as questões de fato e de direito;
III - o dispositivo, em que o juiz resolverá as questões principais que as
partes lhe submeterem.
§ 1o Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela
interlocutória, sentença ou acórdão, que:
I - se limitar à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato normativo, sem
explicar sua relação com a causa ou a questão decidida;
II - empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o motivo
concreto de sua incidência no caso;
III - invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer outra decisão;
IV - não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo capazes de,
em tese, infirmar a conclusão adotada pelo julgador;
V - se limitar a invocar precedente ou enunciado de súmula, sem identificar
seus fundamentos determinantes nem demonstrar que o caso sob
julgamento se ajusta àqueles fundamentos;
VI - deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou precedente
invocado pela parte, sem demonstrar a existência de distinção no caso em
julgamento ou a superação do entendimento.
§ 2o No caso de colisão entre normas, o juiz deve justificar o objeto e os
critérios gerais da ponderação efetuada, enunciando as razões que
autorizam a interferência na norma afastada e as premissas fáticas que
fundamentam a conclusão.
§ 3o A decisão judicial deve ser interpretada a partir da conjugação de todos
os seus elementos e em conformidade com o princípio da boa-fé.
A sentença é o ponto crucial do processo, é o mais importante de tudo.
O relatório é essencial, pois para poder praticar o ato processual, ele
deve fazer o relatório, mas o relatório serve então, para documentar todos
os atos que ocorreram durante o processo, é um resumo, é importante como
documento trazendo celeridade.
Sob o ponto de vista técnico é o ponto em que o juiz recupera os atos
do processo, é o momento em que ele conhece o processo. Então para fazer
o relatório, o juiz deve ter estudado todo o processo anteriormente, deve
estar por dentro de tudo que ocorreu, analise passo a passo. Isso permite
que ele formule duas gamas de compreensão: ele consegue identificar
defeitos ou vícios que ainda podem ser sanados de oficio, e ainda formar um
caminho de convencimento para o julgamento daquela causa.
Aquele que lê a sentença, pelo relatório ele deve saber qual a
pretensão, o réu o alega, o que alega as partes, se produziram provas, e qual
o grau de amadurecimento daquele processo. Não pode ser algo tão
resumido que não se consegue nem ao menos entender o que houve.
Deve selecionar da petição inicial, os elementos principais, os
fundamentos principais, e assim fazer seu relatório.
O juiz não emite juízo de valor nesse momento do relatório, ele apenas
narra os fatos.
Fundamentação: Art. 489, inc. II - II - os fundamentos, em que o juiz
analisará as questões de fato e de direito;
§ 1o Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela
interlocutória, sentença ou acórdão, que:
I - se limitar à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato normativo, sem
explicar sua relação com a causa ou a questão decidida;
II - empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o motivo
concreto de sua incidência no caso;
III - invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer outra decisão;
IV - não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo capazes de,
em tese, infirmar a conclusão adotada pelo julgador; (O Juiz deve analisar
todas as teses expostas no processo para que haja procedência ou
improcedência da pretensão. Deve explicar o porquê de todas as teses
levantadas ele não a julgou convincente, ele ainda pode decidir conforme ele
melhor entender, porem analisando todas elas, caso contrário cabe embargo
de declaração).
V - se limitar a invocar precedente ou enunciado de súmula, sem identificar
seus fundamentos determinantes nem demonstrar que o caso sob
julgamento se ajusta àqueles fundamentos;
VI - deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou precedente
invocado pela parte, sem demonstrar a existência de distinção no caso em
julgamento ou a superação do entendimento. (Deve explicar o porquê de
aplicar a sumula, ou o porquê de não aplica-la.)
A FUNDAMENTAÇÃO vem para que o juiz exteriorize seu pensamento, seu
raciocínio e assim proferir a sentença.
Pensando na sentença de uma forma abstrata, o juiz deve analisar
primeiramente as questões processuais (vícios), e posteriormente analisar as
questões de mérito.
As questões processuais e as de mérito podem ser só de Direito, tem a
possibilidade de só se analisar o direito. Porém, haverá outras em que
podem ter situações de Direito e de Fato. A importância disso, é que quando
for só questão de direito não há necessidade de produzir provas. Se for
fática, ele deve analisar se o fato existe ou não, devendo produzir as provas
cabíveis. Nos dois casos, ele deve analisar o que é controvertido (quando um
pleiteia e a outra parte impugna). Se matéria é controvertida, o juiz precisa
decidi-la. Quando essa matéria controvertida for só de direito, o juiz
basicamente interpreta o sistema de leis. S for fática e controvertida, ele
deve analisar de quem é o ônus de provar, e no fim analisar as provas.
Questões processuais (Direito, Direito e de fato)
Questões de mérito (só Direito, Direito e de fato)
O ideal é que a fundamentação traga esse caminho descrito. Todos os atos
praticados sejam descritos para orientar a decisão. Ex: o autor alegou tal
coisa, e o réu impugnou trazendo prova de tal, etc. Na fundamentação se
descreve o roteiro de análise.
Quando há recurso quanto as custas, o juiz deve fundamentar, justificar
também na parte da fundamentação, dizendo a quem ficara a cargo das
custas, honorários, etc.
Dispositivo: ele vai resolver, decidir. Deve ser limpo, não pode haver
fundamentação, cada coisa no seu lugar, aqui será o grosso, o que deve ser
entendido de tudo, a decisão propriamente dita. É o que será transitado em
julgado. É no dispositivo que se julga procedente ou improcedente, extinguir
o processo ou julgamento de mérito ou sem (total, parcial, ou improceder).
Aqui se faz coisa julgada, onde a decisão será condenatória, executória,
mandamental, ou constitutiva.
Aqui aparecera a sentença quando for condenatória, mesmo que o autor não
tenha pedido, o juiz fixara correção monetária, e juros moratórios. São
pedidos chamados implícitos, o autor não precisa trazer, o juiz deve colocar
de ofício, porém, fazendo menção ao porquê dessa decisão e de se fazer
desse valor e os modelos na fundamentação também.
ART. 460 → DELIMITAÇÃO DO
LITIGIO (ART. 128):
As delimitações do litigio constam da petição inicial, onde o juiz não
pode julgar nem mais, nem menos, ele deve analisar tudo que se trouxe pelo
autor da ação. Uma boa petição já traça um bom caminho para o juiz decidir
adequadamente, analisando todos os fatos trazidos.
Art. 463 – Irretratabilidade
TRABALHO: fazer relatório de sentença, de acordo com o processo enviado
por e-mail. Deve haver: pretensão – fundamento, contestação – tese defesa,
impugnação, especificação provas, produção provas, etc. Detalhar tudo que
houve no processo. Apresentar para o prof.
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
Prazo – 5 dias
CPC, art. 535 (novo cpc –art. 1.022)
Causas de Cabimento:
a) Obscuridade
b) Contradição
c) Omissão
O novo código acrescenta ainda o erro material como hipótese de embargo.
Efeitos:
1. Interrompe o prazo dos demais recursos
2. Pode ter efeito infringente
3. Integra e complementa a sentença
Os embargos de declaração estão dispostos como um recurso, porém o
embargo é apreciado pelo próprio magistrado que proferiu a sentença, ao
contrário dos recursos que são julgados pelos tribunais superiores.
Esta sentença analisada em aula padece de um vício. O que se deve fazer é
pedir para que se conserte esse vício. No art. 535 do CPC :
Art. 535. Cabem embargos de declaração quando: (Redação dada pela Lei nº 8.950, de 13.12.1994)
I - houver, na sentença ou no acórdão, obscuridade ou contradição; (Redação dada pela Lei nº 8.950, de 13.12.1994)
II - for omitido ponto sobre o qual devia pronunciar-se o juiz ou tribunal. (Redação dada pela Lei nº 8.950, de 13.12.1994)
Prazo de 15 dias para apelar, e para embargos de declaração 5 dias, e esses
prazos se iniciam juntos. Ao protocolar o embargo interrompe o prazo para
apelar. Quando for intimado dos embargos, ai começa do zero ou seja, se
inicia novamente desde o início o prazo para apelação.
Hoje é unanime que os embargos cabem em qualquer tipo de decisão,
inclusive as interlocutórias.
Elaborar uma petição direcionada ao juiz, informando desses vícios da
sentença.
- obscuridade (trata de um tema mas não deixa explicito, claro, fica confuso
– toda vez que o juíz deixar de justificar explicita e adequadamente) Não
pode mais apenas citar o artigo como fundamento, deve dizer porque aquele
dispositivo serve de embasamento para sua decisão, esclareça.
- Contradição (ele analisa o tema porém traz argumentos ou fundamentos
contraditórios. Ele diz que a situação em análise não pode ser julgada com
base no código do consumidor e na hora de julgar aplicar o CDC, foram
atitudes contraditórias, sua análise não bate). Quer que se explique o que e
porque ele julgou dessa forma, pedindo para afastar a contradição.
- Omissão (ao pedido que não foi analisada, a uma preliminar, uma tese que
não foram analisadas, passou batido. Mostrar para o juiz que aquele ponto
não foi objeto de manifestação).
Quando se faz a petição para os embargos, não vai se discutir o julgamento,
o julgamento se discute na apelação, aqui vai apenas apontar o vício,
discutir o vício, enquadrando-o em algumas dessas situações de cabimento
do 535. As vezes pode ter mais de um vício, fazendo por tópicos.
O juiz vai analisar então se uma dessas situações que foram embargadas
tem cabimento, se verdadeiramente procede. Ele admitindo o embargo ou
conhecendo o embargo, ele apenas admite que há causa de cabimento, mas
não julgou ainda. Após isso ele vai olhar se realmente existe aquilo que foi
embargado. Se existir obscuridade etc. Se, desta forma ele não achar que
houve nenhuma destas causas, ele nega provimento, ou se ele achar que
realmente houve, ele dará provimento.
É importante se fazer esse enquadramento, pois se não houver esse encaixe
no art. 535 o juiz não admitirá, ou ele poderá entender que foi erro do
advogado, ou então ele acha que o advogado só quer protelar, segurar o
processo agindo de má-fé, podendo ensejar uma multa.
Quando se alega a omissão principalmente ou qualquer uma das hipóteses
previstas no artigo 535, se o juiz reconhecer o pedido, ele pode modificar
todo seu julgamento. A isso se dá o efeito Infringente, onde ele modifica o
entendimento original, para dar ensejo ao pedido dos embargos.
O efeito que interrompe o prazo dos demais recursos, diz respeito a
apelação, onde no momento que se protocolar os embargos, interrompe o
prazo da apelação, e esta irá se iniciar novamente depois.
No caso da sentença analisada em aula, a condenação dos honorários foi
contraditória, então houve contradição na análise dele nos honorários.
Elaborar um embargo de declaração:
Excelentíssimo senhor juiz de direito da vara cível do foro regional
de Mandaguari, Comarca da região metropolitana de Maringá-PR
Autos: xxxxxxxx
Camilo supermercado e o outro lá já qualificados nos autos, de ação
declaratória sob número tal, que move fulano de tal, por seu
procurador judicial que esta subscreve, vem a ilustre presença de
vossa excelência propor ou interpor Embargos de Declaração na
forma das razoes abaixo:
Ex: a respeitável sentença de folhas tal, deixou de apresentar etc
etc. Com base no art. 535 do CPC ...
Assim sendo, requeiro a vossa excelência que admita o embargo, dê
provimento para afastar a contradição, e assim integrar a sentença.
Os vícios: a sentença foi contraditória pois fixou honorários sob a
condenação, quando não houve condenação, afastando essa
condição contraditório.
Nestes termos, pede deferimento.
RECURSOS PRÓPRIAMENTE DITOS
1. APELAÇÃO
Os recursos são um corolário da garantia constitucional ao duplo grau de
jurisdição. Quando a CF prevê um duplo grau de jurisdição, os recursos são
uma forma de acessar esse duplo grau.
Diante da falibilidade dos julgamentos, o leg. Prevê que esses julgamentos
passem por um segundo crivo, através de uma autoridade superior, então
sempre um grau superior. Então para se poder ascender a esse julgamento
superior se tem os recursos.
O direito a um novo julgamento, esse direito deve ser amplo, tudo que já foi
julgado anteriormente deve ser possível rever no duplo grau, caso contrário
ter-se-ia tolhido o direito.
Temos em nosso sistema jurídico diversos recursos: agravo, apelação, etc.
Dentre esses, o único recurso que permite que você tenha essa amplitude de
reanalise é a apelação. Apelação [e o recurso que mais se adequa ao
reexame do julgamento. Os demais só podem discutir temas limitados,
apenas matérias de direito. Então os recursos têm suas limitações conforme
a fase em que se encontram. O único que pode ser discutido em sentido
amplo é a apelação, assim chamado então de recurso por excelência,
levantar todos os temas e rediscuti-las agora diante de um novo julgador.
Intimadas as partes da sentença, abre-se o prazo para o recurso de apelação
que é de 15 dias úteis, de acordo com o código atual. Dentro desse prazo,
autor e réu, devem tomar conhecimento do conteúdo da sentença, preparar
seu recurso e protocolar.
Não há previsão legal, mas já é da pratica forense, se elaborar uma petição
de apelação em duas partes:
a) Petição de interposição, e
b) As razões de apelação.
A apelação é apresentada ao juízo que proferiu a sentença em primeiro grau,
ela vai ser juntada aos autos.
Na petição de interposição dá-se a notícia de que você está apelando, na
forma das razoes em anexo, colocando as razoes na folha seguinte. Você
avisa o juiz que se está entrando com apelação.
O juiz da causa analisará sua petição de apelação e ver se ela atende aos
requisitos formais, é um exame prévio de admissibilidade (tempestiva,
subscrita por advogado regularmente constituído, se foram pagas as custas
recursais ou beneficiário da justiça gratuita). Estando tudo ok, o juiz emite
um despacho e imprime um efeito para este recurso. Todos os recursos têm
o efeito devolutivo, devolvendo para o novo julgador a matéria a ser
analisada.
A apelação em regra tem efeito, além de devolutivo, efeito suspensivo,
suspendendo a eficácia da sentença.
Na petição de interposição também deve conter o requerimento de que o
juiz receba o recurso com os efeitos legais. Depois de recebido e imprimir os
efeitos, o juiz abre vista para a parte contraria, dando a oportunidade para
que este apresente as contrarrazões ao recurso de apelação (15 dias para as
contrarrazões). Apresentando-as ou não, não há revelia, o processo então
será encaminhado para o juízo de segundo grau. Se caso a parte contraria
não for intimada gera uma nulidade, o que deve-se constar também na
petição de interposição. Pede deferimento nestes termos e assinatura.
Na segunda parte da petição, nas razoes, você irá se dirigir aos
desembargadores do tribunal, enquanto na primeira parte dirige-se ao juiz
do primeiro grau. Não há necessidade de refazer o endereçamento,
normalmente apenas coloca o número dos autos, apelante, apelado, e
identifica como razoes de apelação. “Egrégio tribunal da colenda câmara, ...
faz-se um resumo para que facilite ao desembargador em seu julgamento.
Após isso, irá atacar a sentença proferida, destruindo ponto a ponto os
critérios. Assim temos duas vertentes, pode-se atacá-la em:
a) Validade- anulabilidade
b) Conteúdo – precisa ser modificada, reformada, não se concorda com a
solução dada.
Se houver alguma causa de anulação, começa-se por ali, ex: violação de
produção de prova, cerceamento de defesa, julgando antecipadamente sem
fundamentar, etc. Pode-se atacar o fundamento utilizado pelo juiz para julgar
antecipadamente.
Se o tribunal entender que o juiz estava certo, ele vai indeferir. Assim
continuo impugnando as matérias, agora com relação a reforma, ao seu
conteúdo, sempre retomando o julgamento primeiramente para depois
ataca-lo. Desta forma, requer a vossa excelência que reformem a sentença
para a acatar a preliminar...
Assim, item por item que se pretende impugnar, no todo ou em parte. É
importante que essa fundamentação tenha respaldo principalmente em
jurisprudências. Geralmente decisões do mesmo tribunal que se está
entrando com o recurso, já facilitando o entendimento e aumentando as
chances. Somente depois é que se vai recorrer a decisões de outros
tribunais. Quando a jurisprudência não for bem estruturada de entendimento
já enraizado, é importante embasar seu entendimento também com
doutrina.
Encerrando a petição com pedido recursal, que são as providencias,
requerimentos que você quer que o tribunal lhe conceda. Duas coisas devem
ser requeridas, que os desembargadores conheçam o recurso (admitir -
juízo de admissibilidade), e deem provimento para os pedidos já
especificados no corpo das razoes (por ex: 1. Anular a sentença proferida, ou
2. Modificar o conteúdo da sentença por estas razões:...). Especificar as
providencias que se quer sempre de forma objetiva, limpa, para que facilite
o julgamento.
Material no e-mail: analisar o processo e identificar o que vai ser
recorrido, quais pontos serão atacados. (primeira etapa).
PEGAR MATERIA
AGRAVO (CPC ATUAL E CPC-15)
Art. 522 – Podemos afirmar como regra que da sentença cabe apelação. E
das decisões interlocutórias cabe o Agravo. Neste artigo, apresenta o agravo
da seguinte forma “transcrever artigo”.
CPC-73 –
a) Das decisões interlocutórias (todas) caberá agravo retido dentro de 10
dias. Quando ocorre uma decisão interlocutória, a parte para evitar a
preclusão e impugnar aquela decisão que lhe e desfavorável, ela apresenta o
agravo. Que é um recurso feito através de uma petição dirigida ao próprio
juiz da causa. Ele tem uma formatação muito semelhante à apelação
(petição interposição e as razões, dirigidos ao juiz da causa). Assim como a
apelação, o agravo retido será juntado aos autos, por exepl: faço
requerimento para produção de prova pericial, o juiz ele indefere minha
prova pericial entendendo que não é pertinente para a solução do conflito.
Pelo indeferimento dessa prova, eu entro com agravo retido, dizendo porque
as razoes do juiz estão equivocas, pedindo ao tribunal que reforme aquela
decisão, etc. O juiz, sabendo que entrou com um agravo, ele pode se
retratar antes de ser encaminhado ao tribunal. Se ele se retratar está
resolvido o problema, porém se ele não se retratar ele dará a parte contraria
a chance de manifestar com as contrarrazões, que também serão juntadas
aos autos. O recurso agora, o conhecimento dele ficará retido até a
apelação. Então, faço a insurgência, o recurso é respondido, porem o
conhecimento pelo tribunal fica retido até que haja a apelação futuramente.
Isso se dá, pois na sentença ao final do processo, o juiz pode julgar a favor
de meu interesse, por isso não será mais necessário apelar e
necessariamente não se utiliza o embargo. Porém, se ele julgar desfavorável
ao meu interesse, na minha apelação abre-se uma preliminar onde se pede
o conhecimento do Agravo que está retido. Quando o tribunal for analisar
minha apelação, eles primeiro vão analisar o agravo e conhece-lo, para
depois passar a análise da apelação. Se caso eu não fizer essa preliminar no
apelação pedindo o reconhecimento do agravo, o tribunal não conhece
entendendo que se desistiu dele, desistência do recurso, resultando na
preclusão do agravo. Se a outra parte apelar, porém, em minhas
contrarrazões de apelação eu peço o conhecimento de meu agravo que
estava retido. As decisões que são proferidas em audiência, o agravo deve
ser feito na hora de forma oral.
Voltando ao 522, a regra é pelo agravo ser retido. O agravo só será de
instrumento quando, da decisão ocorreu uma situação que possa gerar
uma lesão grave, etc., parte final do artigo, onde nessas hipóteses o juiz
concederá o Agravo de Instrumento. Neste agravo não é necessário haver
uma sentença, como dentro de uma execução, discutir a impenhorabilidade
de um bem, etc. O procedimento do agravo de instrumento é viável para
situações de emergência, não necessitando esperar a sentença ocorrer,
como o retido. No agravo de instrumento você entra justificando o risco.
O agravo de Instrumento será dirigido ao tribunal, petição de interposição já
endereçada para o tribunal (excelentíssimo senhor desembargador
presidente do egrégio tribunal...), onde ele é que irá julgar as razoes deste
agravo. Protocolar diretamente no tribunal, ela não vai para dentro do
processo, ou seja, não se junta aos autos, de acordo com o novo CPC pode
ser feito por correio através de A.R. Quanto ao processo que estava
correndo, tenho que formar o caderno processual para poder dar
conhecimento ao tribunal para eles saberem do que acontece no processo,
por isso se chama instrumento, ele vai carregar junto com ele as cópias das
peças importantes do processo. Forma-se um instrumento para que eles
possam conhecer daquela matéria. Deve juntar uma petição dentro dos
autos do processo comunicando que entrou com agravo contra decisão de
fls. Xx. Quando o juiz recebe esse comunicado, ele pode se retratar
também, avisando ao tribunal que ele se retratou e assim, o agravo perde o
objeto. No tribunal, assim que apresentada a petição, o distribuidor sorteia
para uma câmara, e da câmara vai para o relator. Nas aos do relator, ele
pode julgar de forma monocrática, analisando se é caso de aplicação de
sumulas, jurisprudência pacifica, ele já está autorizado a julgar o agravo. Se
não for caso de decisão monocrática, ele irá definir os efeitos que recebe ao
agravo, em que em regra o efeito é devolutivo, devolvendo a análise da
matéria. Art. 527, inciso III, traz que ele poderá atribuir o efeito suspensivo,
em que assim, ele se remete ao artigo 588 que diz que, o relator pode dar
efeito suspensivo quando a demora puder gerar uma lesão grave, como
exemplo: prisão civil, etc. Esse efeito suspensivo pode ser:
a. suspensivo propriamente dito – ele suspende a decisão que foi tomada em
primeiro grau.
b. efeito suspensivo ativo –ele concede uma medida que foi negada na
decisão agravada, como se fosse uma antecipação de tutela, o que ele iria
me dar lá na decisão do agravo ele me dá agora. É provisória, podendo ser
revogada. Tudo isso o relator faz sozinho devido ao efeito que ele recebe ao
agravo.
Esse é um momento importantíssimo dentro do processo, pois dependendo
do grau de urgência, você já distribui diretamente, em poucos minutos já vai
para a câmara que julgará, e assim atende ao princípio da urgência. Feito
isso, ele intima a outra parte para entrar com as contrarrazões, informa ao
juiz do processo se ele deu efeito suspensivo ou não, se concedeu outra
coisa ou não. A outra parte apresenta as contrarrazões no tribunal também,
dentro do caderno processual que foi junto com o agravo, e ai ele segue o
rito processual no tribunal.
CPC-15 –
Não há Agravo Retido. O novo CPC só prevê o agravo de instrumento, que
está no artigo 1015, trazendo o rol das situações onde cabe o agravo de
instrumento, que são:
1. Tutelas provisórias;
2. Mérito do processo, desde que não seja sentença, ele dá uma decisão
mas sem pôr fim ao processo;
3. Rejeição da alegação de convenção de arbitragem
4. Incidente de desconsideração da personalidade jurídica;
5. Rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou do acolhimento do
pedido;
6. Etc...
7. Outros casos expressamente referidos em lei;
Cabe então, agravo de instrumento tão somente nessas hipóteses,
portanto, é um rol taxativo. Se não for situação de agravo de instrumento,
não precisa entrar com nenhum recurso, então essa matéria que não
cabe agravo ela não preclui, podendo alega-la lá no final em uma apelação.
O legislador fez o seguinte, você não precisa mais agravar retido para evitar
a preclusão da matéria. Agora voe pode alegar as matérias que ficaram a
desejar no final, em recurso e apelação, presente no artigo 1009. Equivale a
justiça do trabalho, onde neste não há recurso nenhum, você pode arguir
tudo em apelação lá no final. Se caso for situação de ato arbitrário do juiz ou
algo grave que prejudique a parte, não tendo a possibilidade de entrar com
outro recurso, a saída é o mandado de segurança.
O novo CPC estendeu o prazo para 15 dias úteis. Peticiona diretamente ao
tribunal, semelhantemente ao antigo código. Facilitou o processo eletrônico,
pois não precisa formar o instrumento, não necessitando juntar cópia de
nenhuma peça, mas desde que o órgão seja eletrônico nos dois graus,
primeiro e segundo. Assim, não há necessidade de se avisar o juiz de
primeiro grau, pois já estará apenso aos autos eletronicamente. Se o
processo for físico, deve formar o instrumento, onde o artigo 1017 informa
quais as peças obrigatórias a serem juntadas, e também deve comunicar o
juízo de primeiro grau. Se o juiz não for avisado, geram duas consequências:
ele não pode se retratar, ou então o tribunal ano reconhece o recurso pois o
agravado poderá em suas contrarrazões informar ao tribunal que o juiz de
primeiro grau não foi informado, e assim o tribunal não conhecerá do meu
agravo. O procedimento lá no tribunal será o mesmo, valendo a regra ainda
do efeito devolutivo, podendo ser atribuído efeito suspensivo.
PEGAR TRABALHO – BUSCA E APRRENSAO, AGRAVO DE INSTRUMENTO, COM
EFEITO SUSPENSIVO ATIVO.
Petição de Interposição
a. Dirigida ao TJ – Exmo. Sr. Desembargador Presidente do Tribunal de
Justiça Estado do Paraná.
b. Qualificar o agravante;
c. Identificar o Advogado;
d. Identificar o recurso, o processo e qualificar o agravado;
Razões do Agravo
Número do processo de origem;
Agravante
Agravado
Razões de agravo:
a. O que ocorre com o CPC que vem de 1975 estava em consonância com
o código de 16. O código de 2002 alterou as exigências quanto a mora, e diz
que a mora pode se constituir de forma especial pela interpelação judicial ou
extrajudicial (protesto, notificação simples, notificação pelo cartório de
títulos e documentos. Para que o CPC pudesse ficar em consonância com
novo código civil, ele foi interpretado de forma ampla. Quando o 1071
menciona o protesto como meio de notificação, é porque era o que
estabelecia o antigo código. Deve estar inequívoco que ele recebeu a
notificação, independente da via em que seja feita. Ideal é pesquisar um
amparo do STJ e um entendimento também no tribunal do PR.
b. O código de processo civil atual coloca o agravo de instrumento como
exceção. No caso analisado, porque usar o agravo de instrumento; Porque
existe um risco quanto a efetividade, não há motivos para se deixar correr o
processo, quando tem-se o rico do objeto se deteriorar, ou sumir com o
objeto, tirando a efetividade da decisão futura que pode ser pela
procedência do pedido. No CPC15 não precisa mais justificar, pois ele traz
um rol taxativo onde cabe o agravo de instrumento, dispensando a discussão
de razão ou não do cabimento do recurso. Essa petição que é semelhante a
apelação, terá a petição de interposição e as rações. Ela não será juntada ao
processo, mas sim será direcionada diretamente ao tribunal, para o
presidente para que seja distribuído, e somente depois é que se saberá onde
é que vai cair. Na apelação não qualificava pois juntava diretamente no
processo, mas no agravo é diferente. O CPC15 não cobra a qualificação, pois
parte do pressuposto de processo eletrônico, dispensando a qualificação
excessiva, porem se for físico, ainda é necessário.
c. Na petição de interposição não precisa descrever ainda quais a peças
que vão formar o instrumento. Vai ser descritas depois ao final para o juiz da
causa.
d. Nas razões é necessário fazer uma descrição fática, e justificar o
cabimento desse recurso. Este será o primeiro item. Se fosse no novo CPC
somente era necessário colocar que o presente recurso se amolda nas
situações do artigo xx do CPC15. Então, explicitar a demora do processo que
pode levar o objeto a se depreciar, ou o rico de se deteriorar ou sumir o
objeto, causando prejuízos, etc., aproveitando este item para justificar o
cabimento do agravo, pois o relator já vai ter aqui um conhecimento dos
fatos.
e. No item 2, teremos as razões para reforma: parte mais importante
onde vai fundamentar ao tribunal que aquela decisão precisa ser reformada.
Posso dizer que na decisão agravada, o juízo monocrático entendeu que
somente o protesto do título seria hábil para constituir em mora o devedor.
Passo a atacar esse fundamento, dando lastro para começar a debater, com
doutrina, jurisprudência STJ, tribunal do PR, etc. Ao final deste item, diga ao
tribunal o que você quer, que reforme a decisão, e o deferimento da liminar
de busca e apreensão. O tribunal vai me conceder o que quero, ele dará
procedência ou dar provimento ao recurso, somente no momento em que
ele for julgar o recurso na câmara, ai sim, poderá dar provimento.
Geralmente isso se dá em 90 dias, e até lá o réu já foi citado e pode sumir
com o bem. Por isso, é necessário se pedir também que dê efeito suspensivo
ativo, em que logo no primeiro despacho dele, ele antecipa os efeitos do
próprio recurso, concedendo o que juiz de primeiro grau não me deu. Ele me
da provisoriamente essa liminar agora, antecipadamente, concedendo-me a
liminar. Mas é necessário justificar, pois a regra é o efeito ser devolutivo,
assim para que o tribunal de efeito suspensivo eu justifico, no terceiro item.
f. 3 item – da necessidade da concessão do efeito suspensivo ativo: esse
recurso de agravo tem que ter esse efeito, para que a busca e apreensão
ocorra de forma imediata, com sérios riscos de se deteriorar o bem, e
justificando o porquê da urgência. P.S: se fosse dada a liminar, pensando ao
contraio, se no caso eu precisasse da máquina para terminar a colheita, até
o fim do processo eu já teria um grande prejuízo, pedindo assim o efeito
suspensivo puro da liminar. Porém, no caso em analise, a liminar não foi
concedida, por isso preciso do efeito suspensivo ativo. Direciono aqui para o
relator e já defira a busca e apreensão, para que ao final do julgamento do
recurso, eles mantenham ou não essa liminar, conforme o entendimento
deles.
g. ITEM 4 – pedido recursal: ante o exposto requer a vossas excelências
que conheçam o recurso e deem provimento para reformar a decisão,
conceder a liminar para busca e apreensão do bem x. Isso eu quero que o
tribunal me dê na decisão do recurso. Mas o que eu quero que seja realizado
agora é o efeito suspensivo ativo, por isso, em outro parágrafo: requer que
seja concedido o efeito devolutivo e o efeito suspensivo ativo, determinando
a busca e apreensão do bem xxx...
h. Requerer ainda: que o agravado seja intimado para se manifestar no
tribunal. Quando o relator concede efeito suspensivo ativo, ele manda uma
notificação com urgência ao juiz de primeiro grau, para que ele conheça o
que está acontecendo.
i. Nestes termos, pede deferimento, etc.
e. Formação do instrumento: cópia da P.I, cópia da procuração, cópia da
decisão agravada, cópia da sua intimação (para poder contar o prazo,
tempestivo). Pode ser juntado também outros documentos como: contrato e
compra e venda, e a notificação da mora.
f. Da mesma forma que a apelação, deve-se recolher as custas,
anexando-a também. Protocola direto ao tribunal ou o protocolo integrado,
ou ainda via correios por A.R. Feito o protocolo, você tem 3 dias para avisar
ao juiz da causa, ou seja, para peticionar no processo de origem, informando
do recurso, juntando cópia do agravo. Essa informação ao juiz serve: para o
juiz poder se retratar, ou ainda, para que agravado quando for intimado para
responder, ele não precisa ir ao tribunal para ver o que foi exposto no
agravo, ali já terá uma cópia, e poderá ter acesso para formular suas
contrarrazões. Se caso os 3 dias se passarem, o agravado pode nas
contrarrazões, ele pode alegar que você não juntou ao processo, e pedirá ao
tribunal que não conheça de seu recurso e o tribunal assim o fará.
RECURSO ESPECIAL
CF – art. 105, III, a, b e c.
FILTROS DE ADMISSIBILIDADE:
1. Pré-questionamento (sumula 282 STF, sumula 356 STF, e sumula 211
STJ).
2. Sumula 126 - STJ, e 283 – STF;
3. Súmulas 5 e 7 STJ;
4. Súmulas 13 e 83 STJ (especifica letra C)
5. Súmula 284 STJ;
Decisões monocráticas não permitem recurso especial. Com decisões
monocráticas deve se entrar com agravo, e ai sim terá uma decisão
colegiada;
Deve esgotar as vias recursais em segundo grau; Ultima instancia, não há
mais nenhum recurso cabível. Se couber ainda agravos infringentes,
enquanto tiver uma via recursal dentro do tribunal, você deve esgota-la,
para depois, somente ser possível o recurso especial;
Contrariar tratado – daquele tratado que foi referendado, que entra no
ordenamento jurídico como lei ordinária federal. Contrariar está nos sentido
da interpretação, a lei prevê algo, e o tribunal julga interpretando
erroneamente, limitando ou extendendo a interpretação onde não se deve,
etc. O tribunal superior vem para harmonizar o entendimento, para dizer
como deve ser interpretado, e qual deve ser o seu alcance.
Negar a vigência – é não aplicar, afastar a vigência da norma. Peço para
aplicar determinado dispositivo, e o juiz diz que não se aplicação CC, mas
sim o CDC ou outro diploma legal. Então ele nega a aplicação da lei federal.
A extensão da aplicação da norma é menor do que se espera, ele não afasta
a aplicação.
A alíneas b e c, estabelecem situações mais especificas, porém, as duas
estão tecnicamente contidas na alínea a. Elas preveem situações onde a lei
federal ou foi contrariada ou não foi aplicada.
Continuo tratando de uma contrariedade a norma, ou a não vigência dela,
porem agora com fundamento da alínea C, de que os tribunais entendem
diferente. Ela traz um critério para debater essa divergência de
entendimentos. Mas o seu conteúdo continua sendo da contrariedade ou
inaplicabilidade da lei federal.
Essa discussão deve ser resolvida pelo tribunal, e vira uma QUESTAO. O
tribunal deve se manifestar, dizendo se é assim ou não. Deve se manifestar
expressamente. Vale tanto para o STF como para o STJ.
A discussão não deve ir direto para o tribunal resolver, somente no recurso
especial. Ele já deve vim questionado em apelação, no processo e tal. Não
pode ser matéria nova, deve ser matéria já discutida.
FAZER RECURSO ESPECIAL – TRABALHO
Quando foi visto a apelação verificou-se que neste recurso é possível
verificar qualquer tipo de matéria, é o recurso por excelência. Em
consequência disso, o primeiro e o segundo grau tem como objetivo resolver
o litígio.
A partir do terceiro grau, o objetivo é diferente, é fazer com que a aplicação
da norma constitucional e infraconstitucional tenha o mesmo padrão em
todos os tribunais. Gerar harmonia dentro do sistema jurídico.
Por isso costumamos afirmar que os tribunais superiores não estão ai para
resolver o litigio, que é resolvido de forma subsidiaria, pois eles estão para
dizer como a CF, lei ordinária e outras, devem ser aplicadas, e garantir a sua
eficácia e aplicação, desse modo, o litigio acaba sendo resolvido.
A função dos tribunais superiores esta acima da discussão dos litígios,
entretanto, é claro, que para chegar até esse grau, é preciso uma situação
real que irá desencadear uma serie de recursos, mas estão lá para decidir
questões que dizem respeito a norma.
Quando decidem isto em um processo, essa decisão acaba gerando uma
vinculação para todas as demais situações onde aquele dispositivo legal será
utilizado.
A tarefa desses tribunais superiores é de guardar a nomia do sistema jurídico
do que propriamente decidir litígios.
A CF é que estabelece a competência dos tribunais, e ao fazer isto, também
define que tipos de situações demandarão a manifestação desses tribunais.
Como iremos tratar do recurso especial, iremos falar especial da atribuição
do Tribunal Superior de Justiça e das situações de cabimento deste recurso.
Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:
[...]
III – julgar, em recurso especial [...]
a) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência;
b) julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal;
c) dar a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro
tribunal.
A situação do inciso I diz respeito aos processos que iniciam no STJ, ou seja,
ele tem competência originária.
A decisão do STJ tem que ser colegiada, pois decisões monocráticas não
permitem recurso. E também tem que esgotar as vias recursais em segundo
grau, não pode ter mais nenhum recurso para propor no Tribunal. Se teve
um acórdão, e dele cabe embargos infringentes, tem que manejá-los, pois
senão não caberá recurso especial.
Enquanto houver uma via recursal dentro do Tribunal deve esgotá-la.
Art. 105, III, a, b, c, da CF.
A alínea “a” traz duas hipóteses: contrariar significa aplicar de maneira
diversa; e negar vigência é não aplicar, é afastar a incidência da norma.
Como o legislador colocou as duas situações na mesma alínea, tanto faz se
for uma situação ou outra.
A alínea “b” e “c” trazem situações mais específicas mas que não deixam de
estar contidos na alínea “a”.
No caso da alínea “c” temos como exemplo o Tribunal de SP que interpretou
uma situação e conferiu uma interpretação. E o Tribunal do PR, para situação
semelhante, imprimiu outro entendimento, totalmente divergente. O sistema
deve ter uma harmonia, por isso, é inaceitável a divergência entre o
entendimento dos tribunais.
A alínea “c” nos traz apenas um critério para a discussão, que é por em
divergência duas situações semelhantes porem interpretadas de forma
diferente por dois tribunais, mas no fundo, o que está discutindo-se é a
interpretação da norma (hipótese da alínea “a”).
Para ingressar com o Recurso Especial deve-se enquadrar em uma das
alíneas. Na petição inicial, discorre sobre isto na parte “do cabimento do
recurso”. Não basta simplesmente dizer que está ingressando com o recurso,
justificar em uma das alíneas do art. 105, III, CF, pois existem uma série de
filtros de admissibilidade.
Filtros de admissibilidade:
1. Prequestionamento
- Súmula 282, STF
- Súmula 356, STF
- Súmula 211, STJ
Quem questiona são as partes, na petição, contestação, etc. É ali onde é
levantada a situação e passa a discuti-la, ela vira uma questão, e essa
questão deve ser respondida pelo tribunal.
Quando diz que o art. 1071 do CPC não pode ser interpretado
irrestritamente, que deve ser interpretado em consonância com o art. 397,
CC, e desse modo, está levantando uma questão e leva-se pra o tribunal se
manifestar expressivamente para que possa haver prequestionamento. Isso
vale tanto para o Supremo, em recurso extraordinário, quanto para o STJ.
Esse questionamento não pode aparecer somente quando o processo for par
o STJ, ele tem que estar sendo discutido desde o processo de origem, para
que assim, possa ser apreciado pelo STJ. (Está na Súmula 282, STF –
“matéria ventilada”).
Não basta por na petição que tem que aplicar o dispositivo, e quando o juiz
não mencionar, querer que seja objetivo de R.E. Deve ter feito o embargo de
declaração, questionando o juiz o porque de não ter se pronunciado a
respeito da matéria.
O Tribunal pode vir e reconhecer que foi omisso e completar o acórdão, pois
houve o prequestionamento, mas o tribunal pode vir e dizer que não tem
nada sobre isso, dizer que não é obrigado a analisar essa questão, pode
dizer que essa questão não foi trazida adequadamente, etc. pode dar varias
justificativas para não analisar, mas se foi alegado pela parte e o tribunal
ainda fala que não irá se manifestar, a parte pode entender que o acordão
esta omisso, ele não pode ficar assim, pois o acordão tem que ser claro.
Desse modo, fala-se que o art. 535 foi violado, pois ele diz que toda vez que
existe uma omissão, tem que embargar para que o tribunal se manifeste, e
toda vez que ele não o faz, estará violando essa norma.
Na hora de redigir o R.E., a primeira coisa a ser alegada é que houve
violação do art. 535, que a matéria foi trazida para julgamento, mas o
tribunal se negou, foi embargado, mas o tribunal se omitiu. Se chegar ao STJ
e ele entender que houve omissão, o próprio tribunal julga. A função do
embargo de declaração é gerar o prequestionamento.
Se o Tribunal fala que o embargo de declaração foi apreciado, e você
entende que não, quando for entrar com o R.E., não irá começar a discutir a
questão suscitada (art. 1071, CPC) e sim, que o embargo de declaração não
foi apreciado, que o tribunal se omitiu. Desse modo, o STJ ao analisar, se ele
entender que o tribunal foi omisso, ele irá passar para a analise da questão,
que é o caso do art. 1071, no exemplo. Pois não adianta chegar e alegar isso
de cara, sendo que primeiramente, deve-se verificar sobre o embargo.
Quando o STJ entende pela omissão no embargo, ele consequentemente
passa a analise da matéria. Esse é um filtro. Por isso a importância de vir
discutindo a matéria desde a primeira peça processual.
2. Súmula 126, STJ / Súmula 283, STF.
Pode ter mais de um fundamento no acórdão. Nesse caso, podemos ver
como exemplo a aplicação do CC e da CF. Se a parte entende que a
aplicação de alguma norma do CC está equivocada, irá entrar com recurso
especial, mas se o tribunal entender que realmente está equivocado, ele não
irá mudar a decisão, pois o fundamento da CF irá justificar. Dessa forma,
para deve-se ingressar com recurso especial para discutir a lei federal e para
atacar a aplicação da norma constitucional deve-se fazer o recurso
extraordinário.
Outra hipótese é se o tribunal tem dois fundamentos baseados em duas leis
federais (exemplo: CC e CDC – fundamenta a mesma solução com dois
dispositivos de leis diferentes). Desse modo, tem que atacar as duas leis.
Tem que atacar todos os fundamentos, pois se atacar um só, o outro
fundamento serviria para fundamentar a decisão do tribunal.
3. Súmulas 5 e 7, STF.
Súmula 5 - não se admite R.E. para interpretar cláusula contratual.
Súmula 7 – não se admite R.E. para reexame de provas. Se a demanda exige
reexame de prova, o STJ não se manifesta a respeito, mas sobre a matéria
de direito sim. Por exemplo, no caso do questionamento da aplicação do art.
1071 do CPC, caso houvesse dúvida sobre a prova da constituição em mora,
o STJ iria dizer “a constituição em mora por meio da notificação é válida”,
entretanto, em relação a dúvida se houve ou não a constituição de mora por
aquele meio, caso exista no processo, o STJ não irá se pronunciar pois diz
respeito ao reexame de provas, dessa forma, prevalece a decisão dada pelo
tribunal. A parte “ganha mas não leva”.
4. Súmulas 13 e 83, STJ (especifica letra “c”)
A divergência dentro do mesmo tribunal não enseja discussão, somente de
um tribunal para outro.
Se a decisão que quer impugnar com base no acordão de outro tribunal está
de acordo com a jurisprudência do STJ, eles não vão conhecer do recurso.
Quando usa acórdão com base na alínea “c”, o pré questionamento deve
estar nos dois, e não só em um acórdão. Deve achar um acórdão onde
aquela matéria está prequestionada também. Deve transcrever o
entendimento dos dois acórdãos.
Súmula 13 – a divergência entre julgados do mesmo tribunal não enseja
recurso especial.
Súmula 83 – Não se conhece do recurso especial pela divergência, quando a
orientação do Tribunal se firmou no mesmo sentido da decisão recorrida.
O tribunal de um estado diz que pode ser, por exemplo, o protesto e a
interpelação extrajudicial. Mas se entende que é só o processo. Então em SP,
por exemplo, diz que tem que ser aplicado só o protesto. Faz o recurso com
base nesta divergência. Quando o recurso sobe para o STJ, este já tem
posição, que é de acordo, como do PR. Assim, se pegar a decisão de um
tribunal diferente que é diferente do posicionamento do STJ não adianta
impugnar, pois está de acordo com a posição majoritária do STJ, nem
reconhecendo o recurso, neste caso. Entra o fator de utilização de acordos
com base na letra ‘c’ o prequestionamento tem que estar nos dois, não só no
tribunal de origem. Tem que transcrever o entendimento do acordão no
recurso para fazer a análise dos dois. Tem que estar prequestionado nos
dois.
5. Súmula 284, STJ.
É inadmissível o recurso extraordinário – cabe também no especial – quando
a deficiência na sua fundamentação não permitir a exata compreensão da
controvérsia.
Não indicar a norma que está sendo violada e tem que comprovar o
prequestionamento, até copiando e colando. Não pode fazer análise de
matéria fática. Trouxe matéria fática, eles já afastam a incidência. É um
recurso que demanda um rigor técnico maior. Muitas vezes falta o rigor, eles
falam que não compreenderam onde houve, como, etc. não admitindo-o.
Há outros filtros, mais comuns: não pode entrar com recurso especial
através de protocolo integrado. É requisito processual.
A função do tribunal é especifica, pontual, se não todos os processos
subiriam. Viraria um terceiro grau de apelação e não é essa sua função.
Quando a CF prevê o direito ao recurso, prevê o direito como uma via
recursal. Precisa ter uma questão geral e não fática. Pois a interpretação do
STJ passa a ser a base para todos os juízes, por ser abstrata.
ATIVIDADE – CHEQUE
CHEQUE – depois que ele foi emitido tem 6 meses dentro da praça e 7 se for
de fora – para executá-lo. Depois que passa, pode cobrá-lo, tendo 5 anos
para entrar com ação de cobrança. Como ele é um doc. que representa uma
dívida, pode entrar com a ação monitória. Procedimento diferenciado de
cobrança. O objetivo final é o mesmo, condenar o sujeito a pagar o valor que
está no título. Só que uma discussão que está sendo travada numas ações
monitórias que envolvem cheque é se os juros de mora vão ser contados da
citação da ação ou de quando o cheque foi emitido. Tem alguns juízes que
entendem que os juros de mora contam da citação da ação monitória e
outros que entendem que é da emissão do cheque. Se se tem 5 anos pra
cobrar, pode no quarto ano entrar com monitória. Se o juiz entender que
ocorre da citação vai ser dali pra frente, se for desde a emissão do cheque
tem 4 anos de juros de 1% para cobrar. Isso gera uma relevância
interessante.
No acordão in casu, o juiz deu a sentença condenando a pagar, fixando os
juros de mora da citação pra frente, o tribunal confirmou, dizendo o mesmo.
A
Analisar o caso sob aspecto da apelante, em relação aos juros, para ser a
partir da emissão. Ver a posição do STJ. Segundo, procurar outro tribunal
algum julgado no sentido que queremos, para tentar fazer a divergência de
interpretação. E como é matéria que tem bastante ação é fácil. Tem que
estar pré-questionado no acordo paradigma. Ver qual é a posição do stj e
procurar em outro tribunal estes acordão que sirvam pela divergência.
RECURSO ESPECAL
1º - Identificar o ponto a recorrer
TJMG - citação
REC - vencimento
2º - Verificar a posição do STJ
RESP 1357857 MS
3º - Fundamento utilizado pelo STJ
Quando a dívida tem vencimento certo, o fato de estar prescrita a ação
executiva é matéria de ordem processual. Entretanto, o cheque representa
uma dívida que possui vencimento certo, dessa forma, o devedor se
considera em mora a partir do momento que venceu e não foi paga, é a
inteligência do art. 397, "caput" do Código Civil.
Se a dívida não tivesse vencimento certo precisaria notificar o devedor,
dessa forma cairia no art. 397, § único. E se não tivesse essa notificação, ai
contaria da citação, que é o ato que gera a constituição em mora.
Esse é o fundanento que o STJ usou no julgamento, não importa se o título
está prescrito ou não, se o título tem data certa, tem que pagar a mora a
partir da data de vencimento. Aplicação do art. 397, "caput".
Pode usar esse fundamento para o Recurso Especial pois para discutir a
violação de um artigo, ele tem que ser prequestionamento, e nesse
julgamento, ele foi. Não adianta usar um acórdão onde não há esse
prequestionamento desde o início.
4º - Encontrar o prequestionamento
O TJ de Minas afastou a aplicação do art. 397, "caput", e houve uma
contrariedae a este dispostivo, então, é o art. 105, III "a". Dentro do acórdão
esse tema foi explicitamente tratado.
5º - Fundamentação
Lembrar do filtro da súmula, não adianta usar matéria fática, análise tem
que ser abstrata e objetiva.
Tem que dizer como o TJ de Minas julgou, e transcrever o ponto de prequestionamento. "TJ de MG ao analisar sobre o termo inicial do juros de mora na cobrança de cheque presscrito por ação monitória, entendeu que o juros deve ser contado da data da citação, afastando a aplicação do art. 397, por entender que uma vez prescito o título perde a sua exibilidade inicial". Abrir aspas e copiar do acórdão onde esse prequestionamento aparece.
Atacar o fudamento da decisão, justificar que o entendimento do TJ de MG
está equivocado, pois quando a obrigação tem venimento certo a mora do
devedor ja começa imediatamente no vencimento, por disposto do "caput"
do art. 397, o fato de ter prescrito a ação de execução é matéria de ordem
processual e nao interfere no direito material.
O STJ Já se manifestou pela aplicação do art. 397, CC.
6º - Acórdão paradigma
Se achar um acórdão de outro tribunal, além de fazer o recurso pelo art. 105,
III, "a", também fará pela alínea "c". O acórdão paradigma tem que ser de
outro tribunal, tratar de tema idêntico, onde se discute a incidência do juros
de mora, e no corpo do acórdão tem que ter o pré questionamento.
Quando começar a letra "c", iniciar um novo tópico: divergência com
Tribunal de Justiça do Estado do Paraná.
Fazer o confronto dos dois acórdãos, e utilizar a fundamentação do acórdão
paradigma.
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO MONITÓRIA - CHEQUES PRESCRITOS - JUROS DE
MORA - TERMO INICIAL - PRIMEIRA APRESENTAÇÃO - ENTENDIMENTO DO
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA - INTERPRETAÇÃO CONJUNTA DO ARTIGO
397 DO CÓDIGO CIVIL E DO ARTIGO 52, INCISO II DA LEI DO CHEQUE.
RECURSO DESPROVIDO.
(TJPR - 11ª C.Cível - AC - 1361581-9 - Campo Mourão - Rel.: Mario Nini
Azzolini - Unânime - - J. 22.07.2015) - download.
No item 5º só irá dizer que o TJ DE MG violou. E em baixo mostra como o TJ
julgou e mostra o posicionamento de outro TJ. Assim, no mesmo recurso
pode usar dois fundamentos, da alínea "a" e "c".
O acórdão paradgima tem que ficar separado, anotar de onde foi retirado,
endereço eletrônico de onde foi publicado, e colocar essas informações no
recurso.
* Fazer os fundamentos do recurso.
LIQUIDAÇÃO E CUMPRIMENTO DE SENTENÇA
CPC – 475-A, 475-B e 475-J.
NOVO CPC- 509, 523 e 524.
Buceta reiniciou essa bosta e perdi o começo, pegar com a Larissa.
PETIÇÃO INICIAL:
LIQUIDAÇÃO E CUMPRIMENTO DE SENTENÇA Art. 475-A; 475-B E 475-J
Novo CPC: Arts. 509, 523 e 524.
Todas as sentenças possuem algum preceito condenatório. Algumas vezes não possui, mas na sucumbência encontra algum preceito condenatório, como honorários e custas. Essas sentenças de procedência ou improcedência que possuem preceitos condenatório acabam se transformando depois em execuções. A sentença é um título executivo judicial.
Quando termina o procedimento de conhecimento, através da sentença condenatório, inicia-se o procedimento da execução desta condenação. Nosso sistema, o atual e o próximo possuem a mesma sistemática. A execução se dá como uma continuidade do processo, não precisando criar um processo novo. Se dá início nessa execução e os atos executivos, naturalmente como uma sequência daquele caderno processual. Para se executar essa sentença, tem que ter liquidez, um valor já previamente estabelecido para que se possa exigir do devedor que pague. Em regra, o juiz deve proferir sentença líquida. Há sentenças que não tem como, tem condenação, mas não há o valor.
Para se poder liquidar essa condenação, dar valor, há três possibilidades:
a) LIQUIDAÇÃO POR CÁLCULO – o juiz dá o valor inicial e estabelece os parâmetros para encontrar o valor final. O credor tem que fazer, através do advogado, ou contratar alguém que o faça. Tem que apresentar para o juiz o valor liquidado. Ex. o caso da papeleta: uma liquidação por cálculo.
b) LIQUIDAÇÃO POR ARBITRAMENTO – às vezes o juiz não dá esse valor inicial, por exemplo, determina que a parte seja condenada a pagar a indenização pela benfeitoria realizada, calculada pelo valor da construção à época que foi feita corrigida até a presente data. Se precisa, nesse caso, de um perito para determinar isto. O honorário do perito entra também como despesa.
c) LIQUIDAÇÃO POR ARTIGOS – às vezes estabelece o critério, mas é preciso definir o dano, primeiramente. Como por exemplo o lucro cessante, que deve ser levantada na fase de liquidação. O credor vai ter que anexar no processo todos os documentos referentes ao faturamento dele, o que vinha recebendo anteriormente, para estabelecer qual é o lucro cessante. Abrirá nova fase de juntada de provas documental, testemunhal, nova fase de conhecimento que o código atual fala em “liquidação por artigos”.
O novo código transformou os itens “b” e “c” em nova fase de conhecimento. Onde engloba as duas possibilidades. Não vai se discutir o direito ao crédito, apenas o valor quanto é.
CASO: precisa se fazer uma liquidação por cálculo. A primeira coisa que se deve fazer é fazer o cálculo.
Endereçamento: 5ª Vara Cível de Maringá/PR
CALCULO COMO ANEXO
PETIÇÃO PELO AUTOR:
Marcelo Montes da Silva, já qualificado nos autos de ação de cobrança sob nº tal, que move contra Frigorífico Big Boi LTDA, por sua procuradora que esta subscreve, vem à ilustre presença de Vossa Excelência apresentar a liquidação da condenação e requerer o seu cumprimento, na forma a seguir:
Liquidação, na forma do 475-A:
A respeitável sentença de mov. Xx, condenou o réu a pagar o autor “COPIAR A PARTE DISPOSITIVA – sem descrever os valores”
Apurados os valores da condenação, encontrou-se o valor de R$XX, conforme planilha de cálculo em anexo.
Cumprimento na forma do 475-J – liquidado o valor o devedor pagará em 15 dias – pagamento espontâneo. Se não pagar, há a multa de 10% em cima deste cálculo, porém só incide se for intimado e não pagar em 15 dias.
Requer que seja o devedor intimado para efetuar o pagamento espontâneo do débito, em 15 dias, sob pena de incidir a multa do Art. 475-J do CPC.
Nestes Termos,
Pede Deferimento
Maringá, 05 de outubro de 2015
Larissa Balzanello Casú
Advogada OAB/PR XX.XXX
Num primeiro momento o devedor é chamado para fazer o pagamento espontâneo, se não houver pagamento faz-se uma nova petição: tendo em vista que foi intimado e não efetuou o pagamento espontâneo, deve ser acrescido a multa do 475-J, apresenta um novo cálculo e pede penhora sobre bens – fase de cumprimento forçado.
As possibilidades do devedor é pagar, não pagar ou pedir o parcelamento.
No novo CPC incluiu mais 10% de honorários, sobre o valor total da condenação, além da multa do 475-J. Se se depositar valor parcial, a multa incidirá apenas sobre a parte não paga. Assim como, a multa do 475-J só se incidirá sobre a parte não paga.
Se haver excesso de execução tem que apresentar impugnação e o juiz decide. Se ele perde, ele deixa de pagar uma parte e incidirá a multa. A impugnação começa a partir da penhora de bens.
NOTA PROMISSÓRIA
Art. 585, I = 784,I NCPC.
Titulo executivo extrajudicial, certeza, liquidez, exigibilidade.
Processo de conhecimento que leva a uma sentença condenatria. Existe implicito sempre uma declaração, ainda que a sentença seja condenatória. Declara o direito que se está pleiteando.
Presume que esse documento tem certeza quanto a sua obrigação, uma liquidez quanto ao seu valor e exigível. Quando se tem um titulo em mãos, presume-se que a pessoa é devedora e que se poderá exigi-la. Representam uma obrigação por si mesmos, caráter da cartula que representa uma obrigação, queate prova em contrario gera a certeza e realção aquela obrigação que ali esta descirta. Tendo certeza, não preciso que o juiz me declare que ele é certo. Não preciso então de um processo de conhecimento, pois tudo que teria no decorrer do processo, o título já me dá de prontidão. O titulo substitui o processo de conhecimento.
Vou assim, buscar diretamente a satisfação do meu credito, através da execução. Para cada tipo de credito, há uma execução diferente.
No caso em tela, trata-se de nota promissória, de obrigação de fazer – pagar quantia certa em dinheiro.
Trata-se de execução de quantia certa contra devedor solvente.
Processo de execução – começa com uma petição inicial. Essa P.I tem que ter o autor e o réu, exequente e executado.
Legitimidade ativa: é do exequente KL INSUMOS AGRÍCOLAS LTDA, pessoa jurídica de direito privado, com sede na rua tal, blabla. Art. 566 do CPC e 778 NCPC.
Legitimidade passiva: devedor ALBERTO LUIZ DE FRANÇA, brasileiro, casado, agricultor, blabla. Art. 568 CPC e 779 NCPC.
Competência: usar regras gerais de competência. Já no NCPC coloca essas regras dentro do título de execução, e é mais especifico. Nesse caso em tela, o local do pagamento é Sarandi, cidade elegida pelas partes como foro competente. Se nada dissesse seria no domicilio do devedor.
Sede Maringá. Foros Regionais: Sarandi, Mandaguaçu, marialva, Mandaguari e Nova Esperança.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CIVEL DO FORO REGIONAL DE SARANDI, COMARCA DA REGIAO METROPOLITANA DE MARINGÁ, ESTADO DO PARANÁ –
KL INSUMOS, pessoa jurídica de direito privado, com sede no endereço... por sua procuradora..., vem a presença de vossa excelência propor
EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA CONTRA DEVEDOR SOLVENTE,
em face de, ALBERTO LUIZ DE FRANÇA, brasileiro casado, agricultor,...
Com base no art. 614 do CPC, 798 NCPC, nos termos a seguir:
Exigir os encargos da mora: a partir do vencimento juros de mora de 1% ao mês, correção monetária baseado no índice oficial de inflação – IPCA (parâmetro mais comum à classe média).
Honorários o juiz fixará após despachar a petição, e as custas somente serão inseridas no cálculo depois. Nada disso se pede agora.
Fato, fundamento e pedido.
FATO: descrever o título, nota promissória é um título executivo extrajudicial, escrever aqui tudo que está presente na nota promissória, e falar da nota promissória nos termos do art...
Vencido o título, não foi pago, inadimplemento. Não há necessidade de se discutir o que é a nota promissória, de onde veio a dívida, nem nada.
PEDIDO: art. 652 do CPC, pede a citação do réu para que pague o debito em 3 dias. Satisfativa.
Requer que seja citado o devedor, para que no praz de 3 dias efetue o pagamento da importância do valor R$ 75.000,00 + 1% juros de mora da data do vencimento 10 de fevereiro de 2015 = fazer cálculo no dr. calc.
Processo de execução somente tem uma finalidade: satisfazer o credito.
Ainda não há requerimento de provas pois ainda não há instrução, somente mais tarde.