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SUPERINTENDÊNCIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE – SUVISA
PROGRAMA DE PREVENÇÃODE RISCOS AMBIENTAIS
PPRA 2011/2012
Responsável pela elaboração:
Rogério Pereira Rocha – Técnico de Segurança do Trabalho – MTE 5509Maria Wilany Gonçalves Oliveira Menes – Técnico de Segurança do Trabalho – MTE 5932
SESMT/SES
Goiânia, junho de 2011.
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PROGRAMA DE PREVENÇÃODE RISCOS AMBIENTAIS
PPRA
DOCUMENTO BASE – 2011/ 2012
IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DA UNIDADE
RAZÃO SOCIAL: Superintendência de Vigilância em Saúde - SUVISA
CNPJ: 02.529.96/0001-57
ENDEREÇO: Avenida Anhanguera nº 5.195
SETOR: Coimbra
CIDADE: Goiânia ESTADO: Goiás CEP: 74.043.011
FONE: (062) 3201-4100
GRAU DE RISCO: 03
CÓDIGO DE ATIVIDADE ECONÔMICA: 86.30-5
RAMO DE ATIVIDADE: Fiscalização na Área de Saúde e Meio Ambiente
Nº DE SERVIDORES: 283
Superintendente da Unidade: Tania da Silva Vaz
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ÍNDICE
1 – APRESENTAÇÃO2 – DAS RESPONSABILIDADES3 – DESENVOLVIMENTO3.1 – ESTUDO DOS RISCOS AMBIENTAIS
3.1.1 – Riscos Físicos
3.1.2 – Riscos Químicos
3.1.3 – Riscos Biológicos
3.1.4 – Riscos Ergonômicos
3.1.5 – Risco de Acidentes
3.2 – ETAPAS DE ELABORAÇÃO DO PPRA
3.2.1 – Antecipação
3.2.2 – Reconhecimento
3.2.3 – Avaliação
3.2.3.1 – Avaliação Qualitativa
3.2.3.2 – Avaliação Quantitativa
3.2.3.2.1 - Índices de Iluminação e Ruído
3.2.3.2.2 - Inventário de Produtos Químicos
3.2.4 – Medidas de Controle
3.2.4.1 – Medidas de Caráter Coletivo (Equipamentos de Proteção Coletiva – EPC)
3.2.4.2 – Medidas de Caráter Administrativo
3.2.4.3 – Medidas de Caráter Individual (Equipamento de Proteção Individual – EPI)
3.3 – ESTRATÉGIA E METODOLOGIA DE AÇÃO
3.4 – FORMAS DE REGISTRO, MANUTENÇÃO E DIVULGAÇÃO DOS DADOS
3.5 – PERIODICIDADE E FORMA DE AVALIAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO DO
PPRA
3.6 – PLANEJAMENTO ANUAL DO PPRA
3.6.1 – Cronograma de Planejamento Anual de Atividades
4 – CONSIDERAÇÕES FINAIS5 – RESPONSABILIDADES6 – FONTE BIBLIOGRÁFICA7 – ANTECIPAÇÃO RECONHECIMENTO E CONTROLE DOS RISCOS7.1 – Planilhas com Reconhecimento dos Riscos
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1 – APRESENTAÇÃO
O presente Documento-Base demonstra as ações da Secretaria de Estado da
Saúde – SES no período de junho de 2011 a julho de 2012, no sentido de dar
cumprimento ao disposto no Programa “Saúde no Serviço Público”, em conformidade
com o Decreto Estadual nº 5757 de 21/05/2003, a Norma Regulamentadora nº 9 – NR-
9 e a Portaria nº 3214 de 08/06/1978 do Ministério do Trabalho e Emprego - MTE.
O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA é um programa com
caráter de prevenção, rastreamento e diagnóstico precoce dos riscos relacionados ao
trabalho, visando à preservação da saúde e da integridade dos servidores, tendo em
consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais.
A Norma Regulamentadora nº 9 - NR-9 do Ministério do Trabalho e Emprego -
MTE, trata da obrigatoriedade da elaboração e implementação do PPRA e ainda
estabelece os parâmetros mínimos e as diretrizes gerais a serem observados na
execução do Programa, que deve articular-se com todas as Normas
Regulamentadoras, sendo de maior importância a NR-7 – “Programa de Controle
Médico de Saúde Ocupacional” – PCMSO e a NR-32 – “Segurança e Saúde no
Trabalho em Serviços de Saúde”, em conformidade com a Instrução Normativa nº 04 –
“Mobiliário”, em complemento ao Decreto nº 5.757 de 21/04/2003.
2 – DAS RESPONSABILIDADES
Da Diretoria:a) Manter registro de dados técnicos e administrativos relativos ao
desenvolvimento do PPRA, por um período mínimo de 20 anos, possibilitando
livre acesso aos servidores interessados ou seus representantes e às
autoridades competentes;
b) Informar os servidores sobre os riscos ambientais levantados e identificados no
PPRA e os meios disponíveis para prevenir ou eliminar tais riscos, possibilitando
a apresentação de propostas de melhorias de condições de trabalho por parte
dos servidores da Unidade;
c) Adquirir o Equipamento de Proteção Individual - EPI adequado ao risco de cada
atividade, exigindo seu uso;
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d) Fornecer aos servidores somente EPI aprovado pelo órgão nacional competente
em matéria de Segurança e Saúde do Trabalho (o que poderá ser comprovado
através do nº de seu Certificado de Aprovação – CA, junto ao MTE), orientar e
treinar os mesmos sobre o uso adequado, guarda e conservação do EPI,
substituindo-o imediatamente, quando danificado ou extraviado.
e) Responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica dos EPI;
f) Vedar: a utilização de pias de trabalho para fins diversos dos previstos; o ato de
fumar; o uso de adornos e o manuseio de lentes de contato e o consumo de
alimentos e bebidas nos postos de trabalho; a guarda de alimentos em locais
não destinados para este fim; o uso de calçados aberto; e quaisquer outras
condutas que possam colocar em risco a saúde e integridade física dos
servidores e usuários;
g) Capacitar os servidores envolvidos, inicialmente e de forma continuada, para a
utilização segura de produtos químicos, bem como da disposição de seus
resíduos;
h) Assegurar a implantação das medidas preventivas propostas neste Programa e
de demais medidas que se fizerem necessárias no decorrer do ano;
i) Permitir a interrupção das atividades quando for observada a existência de risco
grave e iminente aos servidores e usuários da Unidade.
Dos Servidores:a) Colaborar nos levantamentos do PPRA, na execução das
ações e no cumprimento do Cronograma do Planejamento Anual de Atividades;
b) Utilizar o EPI apenas para a finalidade a que se destina, a
serviço da SES;
c) Responsabilizar-se pela guarda e conservação dos EPI;
d) Comunicar à Diretoria qualquer alteração que torne o EPI
impróprio para o uso;
e) Cumprir as determinações da Diretoria da Unidade, bem
com dos SESMT Central e/ou Local sobre o uso adequado dos EPI e demais
procedimentos a serem tomados no sentido de prevenir acidentes e doenças
ocupacionais.
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Dos profissionais da área de segurança do trabalho:a) Responsabilizar-se, tecnicamente, pela orientação quanto ao cumprimento do
disposto nas Normas Regulamentadoras aplicáveis às atividades executadas
pela Unidade;
b) Orientar os responsáveis na compra de Equipamentos de Proteção Individual
(EPI) adequados aos riscos existentes, bem como orientar e treinar os
servidores quanto ao uso adequado, guarda e conservação dos mesmos.
3 - DESENVOLVIMENTO
O PPRA é um Programa realizado por Unidade e executado através de um
planejamento anual, com a elaboração de um cronograma de ações, no qual as mais
importantes serão priorizadas. O PPRA subdivide-se nas etapas de Antecipação,
Reconhecimento, Avaliação e conseqüente Controle dos riscos ambientais existentes
ou que venham a existir no ambiente de trabalho.
Este programa destina-se à prevenção de Riscos Ambientais. Portanto para
um melhor entendimento das etapas de sua elaboração é necessário o conhecimento
destes riscos, com base na legislação vigente, bem como de suas principais
conseqüências ao organismo.
3.1 – ESTUDO DOS RISCOS AMBIENTAIS
A Norma Regulamentadora nº 09 – NR-9 que trata do PPRA, considera como
riscos ambientais os agentes físicos, químicos e biológicos existentes no ambiente de
trabalho, os quais em função de sua natureza, concentração ou intensidade e tempo de
exposição, poderão causar danos à saúde do trabalhador.
O Anexo à Portaria nº 25, de 29/12/1994 do MTE, Anexo IV da NR-5, que trata
do Mapa de Riscos, classifica como Riscos Ambientais/Ocupacionais, os Riscos
Físicos, Químicos, Biológicos, Ergonômicos e de Acidentes.
São eles:
TABELA IClassificação dos Principais Riscos Ocupacionais em Grupos, de acordo com a sua Natureza e a
Padronização das Cores Correspondentes.GRUPO 1:
VERDEGRUPO 2:
VERMELHOGRUPO 3:MARROM
GRUPO 4: AMARELO
GRUPO 5: AZUL
Riscos Físicos
Riscos Químicos
Riscos Biológicos
Riscos Ergonômicos
Riscos de Acidentes
Ruídos Poeiras Vírus Esforço Físico Arranjo físico
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Intenso inadequado
Vibrações Fumos BactériasLevantamento e
transporte manual de peso
Máquinas e equipamentos sem
proteção
Radiações ionizantes Névoas Protozoários
Exigência de postura
inadequada
Ferramentas inadequadas ou
defeituosasRadiações não
ionizantes Neblinas Fungos Controle rígido de produtividade
Iluminação inadequada
Frio Gases Parasitas Imposição de ritmos excessivos Eletricidade
Calor Vapores Bacilos Trabalho em turno e noturno
Probabilidade de incêndio ou
explosão
Pressões anormais
Substâncias, compostos ou
produtos químicos em geral
Jornadas de trabalho
prolongadas
Armazenamento inadequado
Umidade Monotonia e repetitividade
Animais peçonhentos
Outras situações causadoras de
stress físico e/ou psíquico
Outras situações de risco que
poderão contribuir para a ocorrência
de acidentesFonte: Anexo à Portaria nº 25, de 29 de dezembro de 1994 do Ministério do Trabalho e Emprego - MTE
Observando na prática a grande importância do estudo e controle dos riscos
ergonômicos e de acidentes na conservação da saúde e integridade do trabalhador,
verifica-se a necessidade de analisá-los por ocasião da execução do PPRA, mesmo
que estes não estejam previstos na NR-9.
Os efeitos que os riscos ambientais podem causar ao organismo humano
dependem de diversos fatores como: sua natureza e concentração/intensidade no
ambiente, o tempo e o tipo de exposição, as medidas de controle existentes e sua
eficácia e ainda a susceptibilidade individual do trabalhador, que determina uma maior
ou menor predisposição do organismo ao efeito nocivo do agente.
3.1.1- Riscos Físicos
A NR-9 considera como agentes físicos as diversas formas de energia a que
os trabalhadores possam estar expostos como o ruído, as vibrações, pressões
anormais, temperaturas extremas (calor e frio), radiações ionizantes, radiações não
ionizantes, bem como infra-som e ultra-som.
São alguns efeitos dos Riscos Físicos:
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TABELA II
GRUPO 1 – Riscos FísicosRiscos Conseqüências
Ruído
Cansaço, irritação, dores de cabeça, diminuição da audição, aumento da pressão
arterial, problemas do aparelho digestivo, taquicardia, perda auditiva, perigo de
infarto.
Calor
Taquicardia, aumento da pulsação, cansaço, irritação, prostração térmica, choque
térmico, fadiga térmica, perturbações das funções digestivas, hipertensão, entre
outros.
Radiações Ionizantes
Alterações celulares, câncer, fadiga, problemas visuais, acidentes de trabalho.
Pressões Anormais
Dores de cabeça, náusea, embolia, perigo de morte.
Radiações Não Ionizantes
Queimaduras, lesões nos olhos, na pele e em outros órgãos.
Vibrações
Cansaço, irritação, dores nos membros, dores da coluna, doença do movimento,
artrite, problemas digestivos, lesões ósseas, lesões dos tecidos moles, lesões
circulatórias etc.
Frio Cãibras, choque térmico, falta de coordenação, entre outros.
Umidade Doenças do aparelho respiratório, quedas, doenças da pele, doenças circulatórias.
Fonte: ARAÚJO, Giovanni Moraes de. Normas Regulamentadoras Comentadas. 3ª Edição, Rio de Janeiro, 2002.
3.1.2 - Riscos Químicos
Segundo a NR-9, agentes químicos são “as substâncias, compostos ou
produtos que possam penetrar no organismo pela via respiratória, nas formas de
poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores, ou que, pela natureza da atividade
de exposição, possam ter contato ou ser absorvidos pelo organismo através da pele ou
por ingestão”.
Dentre os efeitos que os riscos químicos podem produzir no organismo estão:
TABELA III
GRUPO 2 – Riscos QuímicosRiscos Conseqüências
Poeiras Minerais (sílica, asbesto, carvão mineral)
Silicose (quartzo), asbestose (amianto), pneumoconiose dos minérios de
carvão (mineral)
Poeiras Vegetais Bissinose (algodão), bagaçose (cana de açúcar).
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(algodão, bagaço de cana de
açúcar)Poeiras Alcalinas
(calcário) Doença pulmonar obstrutiva crônica, enfisema pulmonar.
Poeiras Incômodas
Podem interagir com outros agentes prejudiciais presentes no ambiente de
trabalho, aumentando a sua nocividade.
Fumos MetálicosDoença pulmonar obstrutiva, febre de fumos metálicos, intoxicação específica
de acordo com o metal.
Névoas, Gases e Vapores
Ácido clorídrico, ácido sulfúrico, soda cáustica, cloro – irritação das vias aéreas
superiores.
Hidrogênio, nitrogênio, hélio, metano, acetileno, dióxido de carbono, monóxido
de carbono – dor de cabeça, náuseas, sonolência, convulsões, coma, morte.
Butano, propano, aldeídos, cetonas, cloreto de carbono, tricloroetileno,
benzeno, tolueno, álcoois, percloroetileno, xileno – ação depressiva sobre o
sistema nervoso, danos aos diversos órgãos, ao sistema formador do sangue.
Fonte: ARAÚJO, Giovanni Moraes de. Normas Regulamentadoras Comentadas. 3ª Edição, Rio de Janeiro, 2002.
Ainda pode-se citar como riscos dos agentes químicos, o de provocar incêndio
e explosão, queimaduras, alergias, entre outros.
3.1.3 - Riscos Biológicos
A NR-9 classifica como agentes biológicos as bactérias, os fungos, os bacilos,
os parasitas, os protozoários, os vírus, entre outros.
TABELA IV
GRUPO 3 – Riscos BiológicosRiscos Conseqüências
Bacilos, bactérias, fungos, protozoários,
parasitas, vírus.
Tuberculose, intoxicação alimentar, brucelose,
malária, febre amarela.
Fonte: ARAÚJO, Giovanni Moraes de. Normas Regulamentadoras Comentadas. 3ª Edição, Rio de Janeiro, 2002.
Os agentes biológicos podem causar o surgimento de diversas outras doenças
como: alergias, Síndrome da Imunodeficiência Adquirida – AIDS, Hepatite entre outras.
3.1.4 - Riscos Ergonômicos
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Estes riscos estão relacionados ao processo produtivo, à organização do
trabalho e às tarefas executadas em situações inadequadas tais como postura
incorreta, alturas inadequadas de cadeira e mesas, trabalhos repetitivos, trabalho em
turno e noturno, entre outras situações causadoras de stress físico e/ou psíquico que
se tornem agentes potenciais de acidentes e/ ou de doenças ocupacionais.
TABELA V
GRUPO 4 – Riscos ErgonômicosRiscos Conseqüências
Trabalho Físico Pesado,
Posturas Incorretas
e Posições Incômodas.
Cansaço, dores musculares, fraqueza, hipertensão arterial,
úlcera duodenal, doenças do sistema nervoso, alterações do
ritmo normal de sono, acidentes, problemas de coluna etc.
Ritmos Excessivos,
Monotonia, Trabalho em Turnos,
Jornada Prolongada, Conflitos,
Ansiedade, Responsabilidade.
Cansaço, dores musculares, fraqueza, alterações do sono, da
libido e da vida social com reflexos na saúde e no
comportamento, hipertensão arterial, taquicardia, angina, infarto,
diabetes, asma, doenças nervosas, doenças do aparelho
digestivo (gastrite, úlcera etc.), tensão, ansiedade, medo etc.
Fonte: ARAÚJO, Giovanni Moraes de. Normas Regulamentadoras Comentadas. 3ª Edição, Rio de Janeiro, 2002.
3.1.5 - Riscos de Acidentes
Abrangem situações adversas no local de trabalho que vão desde a utilização
improvisada, inadequada ou defeituosa de ferramentas, máquinas e equipamentos, até
questões de arranjo físico. Consistem também nas situações provenientes de aspectos
comportamentais individuais ou coletivos, sejam eles ligados à administração do local
ou diretamente aos trabalhadores, como falta de treinamento específico para a
execução de determinada atividade, falta de adaptação ao cargo/função, falta de
planejamento das atividades a serem executadas.
TABELA VI
Grupo 5 – Riscos de AcidentesRiscos Conseqüências
Arranjo físico deficiente Acidente, desgaste físico excessivo
Máquinas sem proteção Acidentes graves
Instalações elétricas inadequadas Curto-circuito, choque elétrico, incêndio,
queimaduras, acidentes fatais.
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Matéria-prima sem especificação Acidentes, doenças profissionais, queda da
qualidade de produção.
Ferramentas inadequadas Acidentes, principalmente nos membros superiores.
Falta de EPI ou inadequado ao risco Acidentes, doenças profissionais.
Transporte de materiais e equipamentos sem as devidas precauções
Acidentes
Edificações com defeitos de construção exemplo: piso com desníveis, escadas fora de especificação, ausência de saídas de emergência, mezaninos sem proteção, passagens sem a altura necessária.
Quedas, acidentes.
Falta de sinalização das saídas de emergência, da localização de escadas e caminhos de fuga, alarmes, extintores de incêndios.
Ações desorganizadas nas emergências, acidentes.
Armazenagem e manuseio inadequado de gases e líquidos inflamáveis, curtos-circuitos, sobrecargas de redes elétricas.
Incêndios, Explosões.
Fonte: ARAÚJO, Giovanni Moraes de. Normas Regulamentadoras Comentadas. 3ª Edição, Rio de Janeiro, 2002.
3.2 - ETAPAS DE ELABORAÇÃO DO PPRA
3.2.1 – Antecipação
Consiste no estudo, em fase de projeto, da implantação de novas instalações,
métodos e/ou processos de trabalho, bem como das modificações dos já existentes,
com a finalidade de identificar os riscos potenciais, implantando medidas de controle de
modo a reduzir ou eliminar tais riscos.
3.2.2 – Reconhecimento
Consiste no levantamento de dados através de visitas técnicas aos locais de
trabalho, observando-se os riscos existentes, a fonte geradora dos mesmos, o número
de trabalhadores expostos, o tempo de exposição, o tipo de exposição, o meio de
propagação dos riscos no ambiente de trabalho, a caracterização das atividades
executadas, as diferentes etapas dos processos de trabalho, a existência de medidas
preventivas e sua eficácia. É importante que nesta etapa sejam observadas também a
condição do ambiente em torno das dependências da Unidade, por exemplo, a
existência de ruído, calor, vibrações, animais peçonhentos, entre outros provenientes
de edificações e terrenos vizinhos.
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3.2.3 – Avaliação
Consiste na análise dos riscos observando-se o potencial dos mesmos de
produzirem efeitos danosos à saúde do servidor. Esta avaliação poderá ser Qualitativa
ou Quantitativa, de acordo com o tipo de risco observado e o tipo de atividade exercida.
3.2.3.1 - Avaliação Qualitativa
É feita através da observação visual no local de trabalho, analisando-se os
riscos que não podem ser mensurados inerentes às atividades desenvolvidas pelos
servidores.
3.2.3.2 – Avaliação Quantitativa
Além da inspeção no local de trabalho observando-se as atividades
desenvolvidas, devem-se analisar os riscos considerados mensuráveis através de
medições com o uso de instrumentos apropriados. A Norma Regulamentadora nº 15 –
NR-15 do MTE – “Atividades e Operações Insalubres” dispõe sobre os Limites de
Tolerância - LT destes riscos. O Limite de Tolerância, segundo a NR-15 é “a
concentração ou intensidade máxima ou mínima, relacionada com a natureza e o
tempo de exposição ao agente, que não causará dano à saúde do trabalhador, durante
a sua vida laboral”.
A NR-15 dispõe em seus Anexos sobre os instrumentos que deverão ser
utilizados bem como os procedimentos que deverão ser seguidos para realização das
medições e acrescenta sobre a necessidade de se observar o Nível de Ação, que
segundo a NR-9 é o “valor acima do qual devem ser iniciadas ações preventivas de
forma a minimizar a probabilidade de que as exposições a agentes ambientais
ultrapassem os limites de exposição. As ações devem incluir o monitoramento
periódico da exposição, a informação aos trabalhadores (servidores) e o controle
médico”.
3.2.3.2.1 – Em Anexo
3.2.3.2.2 – Em Anexo
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3.2.4 – Medidas de Controle
Esta etapa consiste na aplicação de medidas específicas de segurança, de
modo a reduzir os efeitos dos riscos no organismo do trabalhador ou até mesmo a
eliminar tais riscos.
Para a eliminação ou minimização dos riscos serão adotadas,
respectivamente, medidas de caráter coletivo (Equipamentos de Proteção Coletiva -
EPC), administrativo e individual (Equipamentos de Proteção Individual - EPI),
respectivamente de acordo com a necessidade. O uso de EPC deve ser priorizado uma
vez que melhora o ambiente de trabalho como um todo enquanto que o EPI protege
apenas o trabalhador.
A implantação das Medidas de Controle deve ser acompanhada da realização
de treinamento dos servidores, quanto aos procedimentos que assegurem a eficiência
das medidas implantadas, devendo os mesmos ser informado sobre as eventuais
limitações de proteção que tais dispositivos ofereçam.
3.2.4.1 – Medidas de Caráter Coletivo (Equipamento de Proteção Coletiva –
EPC)
São medidas adotadas que priorizam o controle na fonte ou na trajetória do
risco.
São exemplos de EPC:
- Substituição de matéria-prima;
- Alteração/ modificação do processo produtivo;
- Enclausuramento/confinamento/ isolamento da fonte ou do servidor;
- Sistema de ventilação geral diluidora e/ ou exaustora (ex: insuflar ar novo e
retirar ar contaminado dos ambientes);
- Sistemas de Proteção antiqueda;
- Treinamentos, campanhas, palestras e utilização da Ordem de Serviço –
OS;
- Sistema de Combate a incêndio (ex: Hidrante, extintor, etc.).
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3.2.4.2 – Medidas de Caráter Administrativo
São exemplos de medidas de caráter administrativo:
- Inserção de pausas durante a execução das atividades;
- Rodízio de funcionários, redução de jornada de trabalho;
- Segregação (ex: máquina barulhenta funcionando após o expediente);
- Adequação do ritmo de trabalho;
- Funcionamento de máquinas em períodos com menor número de
trabalhadores expostos;
- Ordem e limpeza.
3.2.4.3 – Medidas de Caráter Individual (Equipamento de Proteção Individual
– EPI)
São todos dispositivos ou produtos de uso individual utilizado para proteger o
servidor da ação dos riscos existentes no ambiente de trabalho ou minimizar os danos
causados à saúde dos servidores. Na adoção dos EPI deverão ser observadas as
recomendações mencionadas na NR- 6 - Equipamento de Proteção Individual.
Pode-se citar como exemplo de EPI, conforme o disposto na NR-6:
- PROTEÇÃO DA CABEÇA: Capacete e Capuz;
- PROTEÇÃO DOS OLHOS E FACE: Óculos, Protetor facial e Máscara de
Solda;
- PROTEÇÃO AUDITIVA: Protetor auditivo;
- PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA: Respirador purificador de ar, Respirador de
adução de ar e Respirador de fuga;
- PROTEÇÃO DO TRONCO: Vestimentas de segurança que ofereçam
proteção ao tronco contra riscos de origem térmica, mecânica, química, radioativa e
meteorológica e umidade proveniente de operações com uso de água;
- PROTEÇÃO DOS MEMBROS SUPERIORES: Luva, Creme protetor, Manga,
Braçadeira, Dedeira;
- PROTEÇÃO DOS MEMBROS INFERIORES: Calçado, Meia, Perneira e
Calça;
- PROTEÇÃO DO CORPO INTEIRO: Macacão, Conjunto e Vestimenta de
corpo inteiro;
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- PROTEÇÃO CONTRA QUEDAS COM DIFERENÇA DE NÍVEL: Dispositivo
trava queda, Cinturão.
3.3 – ESTRATÉGIA E METODOLOGIA DE AÇÃO
A estratégia mais recomendada para a elaboração do PPRA é a de dividir a
Unidade em pequenas áreas, observando-se o tipo e a intensidade/concentração dos
riscos, bem como a localização das fontes geradoras. Uma planta baixa do local auxilia
a delimitar as áreas. Outra estratégia recomendada é utilizar, quando existir, um mapa
de risco previamente preparado pela CIPA que contenha o qual contém informações
básicas, os exemplo os tipos de riscos ambientais (químicos, físicos, biológicos,
ergonômicos e de acidentes) observados pelos servidores e o número de pessoas
expostas aos mesmos.
A metodologia de ação consiste na realização de visitas às áreas de trabalho
utilizando uma lista de verificação para orientar a busca dos riscos ambientais e
determinar a intensidade, o tipo de agente, o tempo de exposição e a quantidade de
servidores expostos.
A verificação da eficácia das medidas implantadas ocorrerá através de
inspeções periódicas.
3.4 – FORMAS DE REGISTRO, MANUTENÇÃO E DIVULGAÇÃO DOS DADOS
Os resultados obtidos durante as avaliações bem como as medidas de controle
a serem adotadas, serão tabulados em planilhas e arquivados na Unidade, conforme
recomendo pela norma, por um período de 20 (vinte) anos, permitindo acesso livre aos
servidores da Unidade, a seus representantes e às autoridades competentes. A
manutenção e a divulgação dos dados também é responsabilidade da Unidade,
visando a criação de um histórico técnico e administrativo do desenvolvimento do
PPRA.
3.5 – PERIODICIDADE E FORMA DE AVALIAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO DO
PPRA
Anualmente será realizada uma análise global do PPRA na qual se avaliará seu
desenvolvimento, propondo os ajustes necessários e ainda estabelecendo-se novas
metas e prioridades.
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Periodicamente serão realizadas inspeções para avaliar o cumprimento e
eficácia das medidas preventivas adotadas, as quais serão definidas de acordo com os
riscos observados.
3.6 - PLANEJAMENTO ANUAL DO PPRA
O PPRA deve possuir em sua estrutura conforme recomenda a NR–9, um
planejamento anual com estabelecimento de metas, prioridades e cronograma.
Para o cumprimento do planejamento anual deve-se ter um responsável pela
coordenação das ações. Em todas as fases serão necessários colaboradores,
principalmente as pessoas envolvidas nos processos e os técnicos que atuam na área,
os quais são responsáveis pelo fornecimento das informações relativas ao PPRA.
3.6.1 – Cronograma de Planejamento Anual de Atividades
O cronograma apresentado a seguir apresenta as etapas necessárias para o
cumprimento das ações de planejamento, elaboração, medição, controle, divulgação e
treinamento.
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CRONOGRAMA DO PLANEJAMENTO ANUAL DE ATIVIDADES
4 – CONSIDERAÇÕES FINAISCertificamos que todas as informações constantes neste Programa foram
levantadas pelo profissional que assina abaixo e representam a verdade da época de
sua elaboração. O atendimento e execução das orientações nele contidas são de
exclusiva responsabilidade da Superintendência de Vigilância em Saúde.
Esperamos com este trabalho estar contribuindo não só para o cumprimento
das exigências legais, como também para o crescimento, o desenvolvimento e a
proteção da saúde dos servidores públicos e colaboradores que desenvolvem suas
atividades laborais nesta Superintendência, que é o objetivo maior do presente
trabalho.
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5 – RESPONSABILIDADES
5.1 – PELA ELABORAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO DOCUMENTO BASE:
________________________________________Rogério Pereira Rocha
Técnico de Segurança do Trabalho – MTE 5509
_________________________________________Maria Wilany Gonçalves Oliveira Menes
Técnico de Segurança do Trabalho – MTE 5932
5.2 – PELO ESTABELECIMENTO, DESENVOLVIMENTO E GARANTIA DO CUMPRIMENTO DO PROGRAMA:
____________________________________Tania da Silva Vaz
Superintendente da SUVISA
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6 – FONTE BIBLIOGRÁFICA
ARAÚJO, Giovanni Moraes de. Normas Regulamentadoras
Comentadas. 3ª Edição, Rio de Janeiro, 2002.
Manuais de Legislação Atlas, 53ª Edição – Segurança e Medicina do
Trabalho - Normas Regulamentadoras.
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