Plano de Trabalho de Resgate de Fauna
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UHE Baixo Iguaçu
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PROJETO BÁSICO AMBIENTAL
UHE BAIXO IGUAÇU
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Plano de Trabalho de Resgate de Fauna
Empresa executora: Resiliência Consultoria Ambiental
Equipe técnica responsável pelo desenvolvimento das atividades do Programa
Coordenadores Conselho de
Classe CTF IBAMA
Assinatura
Aline Gaglia Alves 44047/06 594037
Michel de Souza Schutte 60698/02 594625
ABRIL - 2018
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SUMÁRIO
1 - APRESENTAÇÃO...................................................................................................... 8
2 - DADOS DE IDENTIFICAÇÃO ...................................................................................... 8
2.1 - Dados de Identificação do Empreendedor ............................................................... 8
2.2 - Dados de Identificação da Consultora...................................................................... 8
3 - INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 9
4 - OBJETIVOS ............................................................................................................. 10
4.1 - Objetivo Geral ........................................................................................................ 10
4.2 - Objetivos Específicos .............................................................................................. 10
5 - PROGRAMA DE RESGATE E APROVEITAMENTO DA FAUNA ...................................... 11
5.1 - Métodos................................................................................................................. 11
5.1.1 - Área de estudo.................................................................................. 11
5.1.2 - Definição das Áreas de Soltura ......................................................... 12
5.1.3 - Fauna da área de estudo................................................................... 17
5.1.3.1 - Mastofauna....................................................................................... 17
5.1.3.2 - Quiropterofauna ............................................................................... 25
5.1.3.3 - Herpetofauna.................................................................................... 30
5.1.3.4 - Avifauna ............................................................................................ 41
5.1.4 - Metodologia de resgate .................................................................... 71
5.1.4.1 - Planejamento .................................................................................... 71
5.1.4.2 - Resgate durante a supressão da vegetação ...................................... 74
5.1.4.3 - Resgate durante o enchimento do reservatório ............................... 75
5.1.4.4 - Resgate pós-enchimento .................................................................. 76
5.1.4.5 - Manejo de fauna ............................................................................... 76
6 - SUB-PROGRAMA DE RESGATE DE ABELHAS NATIVAS ............................................... 81
6.1 - Metodologia ........................................................................................................... 82
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6.1.1 - Localização dos ninhos ..................................................................... 82
6.1.2 - Resgate e translocação dos ninhos ................................................... 83
6.1.3 - Manutenção em meliponários .......................................................... 84
7 - SUB-PROGRAMA DE MONITORAMENTO DA FAUNA REALOCADA ............................. 85
7.1 - Metodologia ........................................................................................................... 85
7.1.1 - Métodos de amostragem ................................................................. 85
7.1.1.1 - Aves .................................................................................................. 85
7.1.1.2 - Mamíferos terrestres ........................................................................ 88
7.1.1.3 - Herpetofauna ................................................................................... 91
7.1.2 - Análise de dados ............................................................................... 94
8 - RESULTADOS ESPERADOS........................................................................................ 95
9 - CRONOGRAMA ....................................................................................................... 96
10 - EQUIPE TÉCNICA ..................................................................................................... 97
11 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................ 99
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LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Normais Climatológicas de Foz do Iguaçu (1961 – 1990), fonte: INMET, 2017. .....................................11
Figura 2 - Croqui do CEPTAS – Área destinada à triagem, tratamento e alojamento temporário da fauna
resgatada, com áreas delimitadas para armazenamento de equipamentos e materiais, para armazenamento e
preparação da alimentação e espaço reservado aos animais.. ............................................................................72
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LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Localização e características dos sítios de amostragem do Programa de Monitoramento da Fauna
Terrestre da UHE Baixo Iguaçu com indicação das áreas que servirão como Áreas de Soltura para o Programa
de Resgate e afugentamento da fauna, Capanema e Capitão Leônidas Marques, PR.. ...................................... 14
Tabela 2 : Referências bibliográficas utilizadas como fonte de dados secundários para o levantamento da
mastofauna de potencial ocorrência para a área de influência da UHE Baixo Iguaçu.. ....................................... 18
Tabela 3: Lista das espécies da mastofauna registradas por dados primários e secundários para a área de
influência da UHE Baixo Iguaçu, com respectivos nomes comuns, campanha, referência (dados secundários),
método de registro, categoria de ameaça de acordo com as listas do MMA (2014), IUCN (2017), IAP/PR (2010) e
CITES (2017) e hábitos. Estudo realizado nos municípios de Capanema e Capitão Leônidas Marques, estado do
Paraná, entre os dias 5 e 14 de novembro de 2017.. .......................................................................................... 20
Tabela 3: Lista das espécies da mastofauna registradas por dados primários e secundários para a área de
influência da UHE Baixo Iguaçu, com respectivos nomes comuns, campanha, referência (dados secundários),
método de registro, categoria de ameaça de acordo com as listas do MMA (2014), IUCN (2017), IAP/PR
(2010) e CITES (2017) e hábitos. Estudo realizado nos municípios de Capanema e Capitão Leônidas
Marques, estado do Paraná, entre os dias 5 e 14 de novembro de 2017.. .............................................. 26
Tabela 3: Lista das espécies da mastofauna registradas por dados primários e secundários para a área de
influência da UHE Baixo Iguaçu, com respectivos nomes comuns, campanha, referência (dados secundários),
método de registro, categoria de ameaça de acordo com as listas do MMA (2014), IUCN (2017), IAP/PR (2010) e
CITES (2017) e hábitos. Estudo realizado nos municípios de Capanema e Capitão Leônidas Marques, estado do
Paraná, entre os dias 5 e 14 de novembro de 2017.. .......................................................................................... 26
Tabela 3: Lista das espécies da mastofauna registradas por dados primários e secundários para a área de
influência da UHE Baixo Iguaçu, com respectivos nomes comuns, campanha, referência (dados secundários),
método de registro, categoria de ameaça de acordo com as listas do MMA (2014), IUCN (2017), IAP/PR
(2010) e CITES (2017) e hábitos. Estudo realizado nos municípios de Capanema e Capitão Leônidas
Marques, estado do Paraná, entre os dias 5 e 14 de novembro de 2017.. .............................................. 32
Tabela 3: Lista das espécies da mastofauna registradas por dados primários e secundários para a área de
influência da UHE Baixo Iguaçu, com respectivos nomes comuns, campanha, referência (dados secundários),
método de registro, categoria de ameaça de acordo com as listas do MMA (2014), IUCN (2017), IAP/PR (2010) e
CITES (2017) e hábitos. Estudo realizado nos municípios de Capanema e Capitão Leônidas Marques, estado do
Paraná, entre os dias 5 e 14 de novembro de 2017.. .......................................................................................... 33
Tabela 3: Lista das espécies da mastofauna registradas por dados primários e secundários para a área de
influência da UHE Baixo Iguaçu, com respectivos nomes comuns, campanha, referência (dados secundários),
método de registro, categoria de ameaça de acordo com as listas do MMA (2014), IUCN (2017), IAP/PR (2010) e
CITES (2017) e hábitos. Estudo realizado nos municípios de Capanema e Capitão Leônidas Marques,
estado do Paraná, entre os dias 5 e 14 de novembro de 2017.. ................................................................ 42
Tabela 9: Lista das espécies da avifauna registradas através de coleta de dados primários e secundários (fontes
bibliográficas) para a área de influência da UHE Baixo Iguaçu, com respectivos nomes comuns, fitofisionomia,
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referência (dados secundários), método de registro, categoria de ameaça de acordo com as listas do MMA
(2014), IUCN (2017), IAP/PR (2007) e CITES (2017), padrão de ocorrência espacial, hábitos e sensibilidade a
distúrbios antrópicos. Estudo realizado em novembro, entre os dias 16 e 27/11/2017 (estação chuvosa).Tabela
3: Lista das espécies da mastofauna registradas por dados primários e secundários para a área de
influência da UHE Baixo Iguaçu, com respectivos nomes comuns, campanha, referência (dados
secundários), método de registro, categoria de ameaça de acordo com as listas do MMA (2014), IUCN
(2017), IAP/PR (2010) e CITES (2017) e hábitos. Estudo realizado nos municípios de Capanema e
Capitão Leônidas Marques, estado do Paraná, entre os dias 5 e 14 de novembro de 2017.. ................43
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LISTA DE ANEXOS
ANEXO I. Mapa das Áreas de Soltura
ANEXO II. Ficha de Campo
ANEXO III. Carta de Aceite do Fiel Depositário
ANEXO IV. Carta de Aceite para Abelhas Nativas
ANEXO V. Documentação Equipe Técnica
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1 - APRESENTAÇÃO
Em atendimento ao Plano Básico Ambiental Consolidado (PBA) e visando integrar as solicitações feitas
por meio das condicionantes da renovação da Licença de Instalação no 17.033/2015 do Instituto
Ambiental do Paraná (IAP) de 25 de agosto de 2015, este documento apresenta o Plano de Trabalho
para realização do Programa de Resgate e Aproveitamento Científico da Faunada UHE Baixo Iguaçu
durante as fases de Limpeza da Bacia de Acumulação e enchimento do reservatório. Destaca-se que a
metodologia aqui proposta está em conformidade com a Portaria IAP nº 097, de 29 de maio de 2012,
que dispõe sobre o conceito, documentação necessária e instrução para procedimentos
administrativos de Autorizações Ambientais para Manejo de Fauna em processos de Licenciamento
Ambiental.
2 - DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
O Consórcio Empreendedor Baixo Iguaçu – CEBI é constituído pelas empresas Neoenergia S.A e Copel
Geração e Transmissão S.A. - subsidiária da COPEL S.A. Foi vencedor da concessão da UHE Baixo
Iguaçu, cujo aviso de adjudicação foi publicado em 26 de novembro de 2008.
2.1 - Dados de Identificação do Empreendedor
Nome: Consórcio Empreendedor Baixo Iguaçu. CNPJ: 19469993/0001-73
Inscrição Estadual: 9067751580
CTF: 6415108 Telefone: 46 3552-8500 / 991041009
Endereço: Rua Tupinambás, 1187, Centro. Capanema – PR. CEP: 85760-000.
Contato: Guilherme Miranda de Siqueira - [email protected]
2.2 - Dados de Identificação da Consultora
Nome: Resiliência Consultoria Ambiental Ltda. CNPJ: 13687114/0001-01
Inscrição Estadual: isenta Inscrição Municipal: 119826
CTF: 6257753 Telefone: (24) 3371-6009
Endereço: Rua Yeda, 726 – Sobrado, Tijuca– Teresópolis/RJ. CEP: 25.975-560
Contato: Aline Gaglia Alves - [email protected]
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3 - INTRODUÇÃO
A implementação de empreendimentos que demandam alteração da paisagem pode gerar efeitos de
curto, médio ou longo prazo sobre as populações e comunidades faunísticas em decorrência da perda,
degradação e fragmentação de seus habitats (FORMAN, 2003; LINDENMAYER et al., 2007). Desta
forma, programas de resgate e monitoramento de biotas em uma perspectiva de longo prazo são
necessários para avaliar os efeitos negativos decorrentes da implantação e operação de
empreendimentos com vistas de obter subsídios para a proposição de medidas para minimizá-los.
No que tange a instalação de barragens, aproveitamentos e usinas hidroelétricas, os impactos
associados à fauna estão associados à supressão de vegetação nos reservatórios, acessos, subestações
e, principalmente, ao enchimento. Indubitavelmente, dentre os grandes grupos de vertebrados, a
ictiofauna sofre os maiores impactos em decorrência da alteração de cursos hídricos e regimes de
vazante (DE SOUSA, 2000). Entretanto, para a fauna terrestre também são apresentados importantes
impactos associados a perda de áreas de vida, modificações de regimes de umidade e temperatura e
vegetação nas porções de entorno dos reservatórios (PAVAN, 2007). Estas modificações na paisagem
impactam diretamente e de forma mais contundente espécies com baixa capacidade de deslocamento
e alta especificidade no uso do ambiente (DA SILVA et al., 2005; PAVAN, 2007).
Portanto, durante essa etapa, a perda de habitats ocasiona o redirecionamento da fauna terrestre da
área suprimida para áreas adjacentes, podendo acarretar na morte de indivíduos devido a acidentes
com maquinário ou queda de árvores e galhadas. Dependendo da escala em que a supressão ocorre, a
fuga de indivíduos de algumas espécies é dificultada devido à capacidade limitada de deslocamento,
aumentando os riscos destes acidentes. Assim, torna-se necessário o acompanhamento da atividade
de supressão por pessoal habilitado para permitir o resgate de animais que, porventura, não tenham
condições de se deslocar em tempo hábil para áreas seguras ou que venham a óbito por acidentes
ocasionados pela atividade de desmate.
Desta forma o Programa de Resgate e Aproveitamento Científico da Faunavisa mitigar os impactos
associados a implantação do empreendimento durante a supressão da vegetação e enchimento do
reservatório. Assim, este Plano de Trabalho apresenta a metodologia detalhada para o salvamento da
fauna, bem como toda a documentação necessária a avaliação pelo Instituto Ambiental do Paraná.
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4 - OBJETIVOS
4.1 - Objetivo Geral
O objetivo geral do Programa é realizar o monitoramento da fauna terrestre (anfíbios, répteis, aves e
mamíferos), fauna semiaquática (lontra e cágado-rajado), bem como monitoramento da fauna
atropelada nas áreas de influência da Usina Hidrelétrica Baixo Iguaçu.
4.2 - Objetivos Específicos
Acompanhar as frentes de supressão da vegetação do reservatório da limpeza até a cota 259 m
N.A máxima com equipe especializada;
Encaminhar os animais eventualmente debilitados ou feridos para a base de apoio e/ou centro
de triagem;
Efetuar tratamento médico veterinário nos animais debilitados ou feridos de modo a permitir
posterior soltura em áreas pré-estabelecidas e/ou encaminhamento a criadores científicos e
zoológicos quando a soltura não for possível;
Acompanhar o enchimento do reservatório;
Afugentar as espécies de fauna da área onde a vegetação será suprimida e, em último caso,
resgatar aquelas que não consigam se afastar por meios próprios, soltando-os em áreas
adjacentes;
Identificar os espécimes resgatados, afugentados e avistados na área de implantação do
empreendimento;
Fazer a destinação adequada dos animais resgatados;
Realizar o aproveitamento científico dos espécimes que vierem a óbito;
Criar um banco de dados das espécies e espécimes que vierem a ser encontradas e/ou soltas
nas áreas de soltura;
Efetuar o resgate e translocação de ninhos de abelhas sociais sem ferrão (Meliponini),
garantindo sua perpetuação regional;
Avaliar os possíveis impactos causados pela implantação da UHE Baixo Iguaçu para as espécies,
propondo medidas mitigadoras.
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5 - PROGRAMA DE RESGATE E APROVEITAMENTO DA FAUNA
5.1 - Métodos
5.1.1 - Área de estudo
A UHE Baixo Iguaçu está localizada à jusante da UHE Salto Caxias, nas coordenadas 25°30’ de latitude
sul e 53°40’ de longitude oeste, sendo o último aproveitamento hidrelétrico em cascata previsto para o
rio Iguaçu, afluente do rio Paraná. O eixo do barramento situa-se no estado do Paraná, a 174 km da foz
do rio Iguaçu, imediatamente a montante da confluência do rio Gonçalves Dias e do limite do Parque
Nacional do Iguaçu (PNI), entre os municípios de Capanema, na margem esquerda, e Capitão Leônidas
Marques, na margem direita (ver mapa, Anexo I). O reservatório ocupará uma área de 31 km², sendo
18 km² formado pela calha natural do rio e 13 km ² da área de inundação.
O clima na região de inserção do empreendimento pode ser considerado como temperado, com boa
pluviosidade o ano inteiro. Segundo a classificação de Köppen e Geiger o clima é do tipo ‘Cfa’, ou seja,
temperado quente, com estações bem definidas, úmido e com verão quente, com temperatura média
20,9°C e precipitação acumulada anual de 1868,7mm, onde o mês de outubro destaca-se como o de
maior pluviosidade (Figura 1).
Figura 1: Normais Climatológicas de Foz do Iguaçu (1961 – 1990), fonte: INMET, 2017.
UHE Baixo Iguaçu
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O empreendimento em tela está inserido no bioma Mata Atlântica e na região fitoecológica da Floresta
Estacional Semidecidual (FES). A região esboça diferentes graus de pressão antrópica, apresentando na
sua maior porção, terras mecanizadas para o cultivo de grãos ou de pastagem. Os remanescentes, em
sua maioria, estão localizados próximos aos corpos d’água, existindo desde remanescentes bem
alterados até aqueles pouco alterados, mas que ainda preservam certa característica com a formação
original da FES. Nestes, é possível encontrar indivíduos de espécies de categorias sucessionais mais
avançadas. Algumas áreas apresentam indícios de corte raso da vegetação e abandono, formando uma
vegetação secundária com o predomínio das espécies exóticas, porém já consideradas naturalizadas,
como Psidium guajava (goiaba) e Citrus limon (limão) (CONSÓRCIO BAIXO IGUAÇU/BIOTA, 2015).
Dentre os remanescentes, podem-se distinguir duas formações da FES: a Aluvial, localizada nas
margens dos corpos d’água, e a Submontana, ocupando áreas com condições de solo mais secas e que
corresponde a maior parte da área. A FES Aluvial está restrita a uma faixa estreita ao longo dos corpos
d’água e apresenta grande influência das cheias periódicas do rio Iguaçu, com solos aluviais e forte
hidromorfismo. Esta formação vegetal se apresenta mais baixa do que a FES Submontana, com o
estrato superior variando entre 8 e 15 m de altura (CONSÓRCIO BAIXO IGUAÇU/BIOTA, 2015).
5.1.2 - Definição das Áreas de Soltura
A definição da área de soltura atende à condicionante da LI nº 33 “O empreendedor deverá apresentar
ao IAP estudos sobre as áreas potenciais para soltura da fauna na fase de resgate para o enchimento
do reservatório, com o detalhamento necessário, abordando sobre a qualidade atual, tamanho de cada
uma das áreas e outras características pertinentes, especialmente a capacidade de suporte das áreas,
que estão indicadas no mapa de 2009 (Engevix, Sociedade da Água, ECOBR), mas que não possuem as
devidas descrições no PBA.”
Para amostragem de fauna terrestre, realizada conforme o Programa de Monitoramento da Fauna
Terrestre e Semiaquática e Monitoramento da Fauna Atropelada (fase 2) da UHE Baixo Iguaçu, foram
selecionados 12 sítios de amostragem, dos quais dois são consideradas controle, sendo os demais
(n=10) consideradas tratamento. Destas, sete (07) foram selecionadas como áreas de soltura. Como
critérios de seleção foram consideradas as riquezas e abundâncias da fauna obtidas durante as duas
primeiras campanhas da fase 2 do monitoramento, por conterem os dados mais atuais. Além disso,
UHE Baixo Iguaçu
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foram também considerados dados da paisagem, tais como tamanho, conectividade e qualidade dos
fragmentos remanescentes.
Desta forma, para a manutenção de uma ampla diversidade de espécies, em uma dada região, a
diversidade de habitats e recursos disponíveis torna-se fator importante. De uma maneira geral, as
espécies estão condicionadas a três relações básicas na ocupação do nicho: condições abióticas,
fatores biológicos e capacidade de dispersão.
As condições abióticas dizem respeito às condições físicas inerentes a região (altitude, declividade,
densidade da serapilheira, pH da água, fertilidade do solo, estrutura do dossel, pluviosidade e etc), que
são fundamentais a uma dada espécie. Assim, para uma melhor definição das áreas de soltura faz-se
necessária a avaliação da qualidade do ambiente, considerando ainda o tamanho do mesmo.
Já os fatores biológicos estão ligados as diferentes relações entre a espécie e demais organismos
(competição, predação, parasitismo, mutualismo e etc), onde uma maior densidade de espécies pode
representar maior número de interações, que só são possíveis dada a qualidade do ambiente e sua
capacidade de suporte.
Além das condições bióticas e abióticas, a capacidade de dispersão das espécies, dada em função da
distribuição atual e potencial (zoogeográficas) são também de suma importância na manutenção da
biodiversidade. As regiões de maior potencial de dispersão de espécies representam as áreas-fonte,
onde a taxa de nascimento é maior que a de mortalidade, enquanto os arredores, dentro da área de
dispersão natural das populações, representam as áreas de dreno, onde a mortalidade supera a taxa
de nascimento, formando assim metapopulações, que são definidas quando a extinção e a
recolonização aleatórias desempenham um papel principal na dinâmica global das populações. Assim,
deve-se ainda ser considerada a conectividade dos fragmentos, tendo em vista que quanto maior a
conectividade, maior também será a capacidade de dispersão das espécies ali presentes.
De uma maneira em geral, ecossistemas definidos como fonte para uma gama de organismos são
reconhecidamente importantes para manutenção das espécies no nível regional. Tomando este
pressuposto como base e dadas as características da área de inserção da UHE Baixo Iguaçu, tem-se que
a escolha das áreas de soltura devem, necessariamente, atender a tais critério de avaliação. Além de
serem viáveis do ponto de vista logístico para o resgate.
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Na Erro! Fonte de referência não encontrada. são apresentadas as localizações e as principais
características de cada um dos sítios utilizados neste estudo.
Tabela 1 - Localização e características dos sítios de amostragem do Programa de Monitoramento da Fauna
Terrestre da UHE Baixo Iguaçu com indicação das áreas que servirão como Áreas de Soltura para o Programa
de Resgate e afugentamento da fauna, Capanema e Capitão Leônidas Marques, PR.
Legenda: Conectividade: Regular – quando o fragmento só apresenta conectividade pela estreita faixa de mata ciliar que acompanha o curso d’água adjacente; Boa – quando apresenta conexão com outros fragmentos. Fauna: S – riqueza; N – abundância (Levantamento fase 2 – outubro/novembro de 2017 e fevereiro/março de 2018).
Sítio Área de
Influência Fitofisionomia/Qualidade
Área (ha)
Conectividade Fauna
Coordenadas UTM (Fuso 22J)
S N X Y
1 AII Mata Ciliar, Floresta Estacional Semidecidual, Ambiente Alagado e Ambiente sob ação antrópica
12,8 Regular 99 333 229415 7179616
2 AII - Soltura
Floresta Estacional Semidecidual, Ambiente Alagado e Ambiente sob ação antrópica
53,6 Boa 117 439 232828 7177295
3 AID Mata Ciliar, Floresta Estacional Semidecidual, Ambiente Alagado e Ambiente sob ação antrópica
8,85 Regular 92 380 237461 7172680
4 AID - Soltura
Mata Ciliar, Floresta Estacional Semidecidual, Ambiente Alagado e Ambiente sob ação antrópica
36 Regular 110 445 239303 7170516
5 AID - Soltura
Mata Ciliar, Floresta Estacional Semidecidual, Ambiente Alagado e Ambiente sob ação antrópica
21,9 Regular 112 549 240370 7174263
6 AID - Soltura Mata Ciliar, Floresta Estacional Semidecidual e Ambiente sob ação antrópica
43,4 Boa
102 427 242625 7176727
7 AID - Soltura Mata Ciliar, Floresta Estacional Semidecidual e Ambiente sob ação antrópica
86 308 243814 7176425
8 AID - Soltura Mata Ciliar, Floresta Estacional Semidecidual e Ambiente sob ação antrópica
225 Boa 101 395 240505 7167150
9 AID Floresta Estacional Semidecidual, Ambiente Alagado e Ambiente sob ação antrópica
35,8 Regular 101 322 239084 7164459
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Sítio Área de
Influência Fitofisionomia/Qualidade
Área (ha)
Conectividade Fauna
Coordenadas UTM (Fuso 22J)
S N X Y
10 AID - Soltura
Floresta Estacional Semidecidual, Ambiente Alagado e Ambiente sob ação antrópica
17,2 Regular 110 415 238249 7169672
11 AID Floresta Estacional Semidecidual e Ambiente sob ação antrópica
12,2 Regular 118 510 232389 7175365
Conforme observado na Tabela 1 os atributos das áreas ajudaram na definição das áreas mais propícias
a receber espécimes resgatados. Todavia, cumpre informar que será dada, sempre que possível,
prioridade a soltura branda, onde os fragmentos passiveis de supressão não forem totalmente
suprimidos. A avaliação será feita caso-a-caso em campo, sempre respeitando os limites e com o
prévio consentimento dos proprietários.
Além da utilização de tais critérios de seleção, as áreas também foram definidas levando-se em
consideração aspectos logísticos. Assim, tais áreas deverão atender aos cinco blocos de supressão
previstos, que são: Bloco 1 – Rio Monteiro, que será atendido pela Área de Soltura 2; Bloco 2 – Rio
Andradas, que será suprido pela Área de Soltura 6 e 7; Bloco 3 – Rio Capanema, que será suprido pela
Área de Soltura 8; Bloco 4 – Rio Iguaçu, atendido pelas Áreas de Soltura 4 e 10; e o Bloco 5 –
Arquipélago, atendido pela Área de Soltura 4. A seguir é apresentado um detalhamento de cada área
de soltura e no Anexo I o Mapa das Áreas de Soltura e os respectivos blocos de supressão.
Área de Soltura 2:
Localiza-se às margens do rio Monteiro, tributário do rio Iguaçu no trecho de montante do barramento
da UHE Baixo Iguaçu. O fragmento composto por FES antropizada, com presença de açudes, apresenta-
se bem conectado a outros remanescentes do entorno e, também, pela vegetação ciliar do rio
Monteiro, que permite ao mesmo algumas conexões com outros fragmentos mais distantes. Desta
forma, é considerado como área de monitoramento e, como de soltura para as espécies provenientes
do resgate de fauna durante a supressão da vegetação e enchimento do reservatório. Além destes
remanescentes, sua matriz de inserção é predominantemente composta por pastagens e plantações de
soja.
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Plano de Trabalho de Resgate de Fauna
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Com relação a fauna foi a área que apresentou uma das maiores riquezas em espécies (S=117), além de
expressiva abundância, totalizando mais de 400 indivíduos registrados em apenas duas campanhas,
especialmente para avifauna.
Área de Soltura 4:
O Sítio 4 localiza-se às margens do rio Iguaçu, próximo a ponte que interliga os municípios de Capitão
Leônidas Marques com Capanema, na BR 163. O remanescente apresenta boa resiliência devido a
presença de drenagens em seu interior, onde mesmo com a presença de gado e entrada dos mesmos
nas bordas da mata a mesma ainda se encontra bem conservada. Presença de canais d’água e açudes
favorecem a fauna neste local, a qual foi representada por 445 indivíduos distribuídos em 110
espécies.
Área de Soltura 5:
O Sítio 5 localiza-se às margens do rio Iguaçu e é composto por fragmento de Floresta Estacional
Semidecidual relativamente contínuo ao rio, que apesar de estar inserido em uma matriz com
predomínio de soja, ainda resguarda boa conexão com o entorno, apresentando também coleções
d’água em seu interior na forma de açudes, com estreita faixa de mata ciliar em regeneração. Além de
apresentar expressiva riqueza da fauna (S=112), foi a área com a maior abundância de registros de
fauna (N=549).
Área de Soltura 6:
O Sítio 6 localiza-se as margens do rio Iguaçu e é composto por fragmento de Floresta Estacional
Semidecidual e Mata Ciliar relativamente contínuo ao rio, inserido em uma matriz de pastagem, com
presença de pecuária extensiva, apresenta-se bem conectado a outros fragmentos, sendo contíguo ao
sítio 7. Neste sítio foram registrados 427 indivíduos distribuídos em 102 espécies da fauna.
Área de Soltura 7:
O Sítio 7 localiza-se às margens do rio Iguaçu e é composto por fragmento de Floresta Estacional
Semidecidual e Mata Ciliar relativamente contínuo ao rio, inserido em uma matriz de pastagem, com
presença de pecuária extensiva, apresenta-se bem conectado a outros fragmentos, sendo contíguo ao
sítio 6, além de se encontrar entre o rio Iguaçu e o rio Andrada, com vegetação conectando ambas as
UHE Baixo Iguaçu
17
Plano de Trabalho de Resgate de Fauna
P 4.16: Programa de Resgate e Aproveitamento Científico da Fauna
margens. Como característica peculiar a este, encontra-se uma faixa de cerca de 500m com plantio de
citrus em sua porção mais alta. Apesar da baixa riqueza (S=86) e abundância (N=308), o mesmo foi
considerado devido a sua contiguidade com o sítio 6.
Área de Soltura 8:
O Sítio 8 localiza-se às margens do rio Capanema e é composto por um grande fragmento de Floresta
Estacional contíguo as porções mais altas do terreno. Com presença de Mata Ciliar que estende-se as
margens do rio Capanema em direção ao rio Iguaçu. Também inserido em uma matriz de soja e pasto
para a pecuária, o fragmento destaca-se entre os demais por suas dimensões, apesar de não ter
apresentado dados tão expressivos (S=101 e N=395) para fauna quanto aos demais.
Área de Soltura 10:
O Sítio 10 localiza-se às margens do rio Capanema em sua porção mais distal, junto a confluência com
o rio Iguaçu. Composto por fragmento de Floresta Estacional, apresenta relevo escarpado, com
presença de drenagens e pequenos afloramentos rochosos em seu interior. Também encontra-se
inserido em uma matriz de pastagem e cultivo de soja. No geral, apresentou padrão similar em relação
a fauna quanto aos demais sítios selecionados, apresentando 415 indivíduos distribuídos em 110
espécies.
5.1.3 - Fauna da área de estudo
5.1.3.1 - Mastofauna
O levantamento de dados secundários foi realizado considerando-se dados mais próximos possível da
UHE Baixo Iguaçu, bem como os registros obtidos durante a fase 1 do programa de monitoramento de
fauna (pré-obra) e a primeira campanha da fase 2. No total, foram utilizados três estudos, os quais
tiveram seus resultados compilados (Erro! Fonte de referência não encontrada.). São eles:
1. Silva, M. X. (2014): trabalho de mestrado “Efetividade de áreas protegidas para a conservação
da biodiversidade: padrões de ocupação de mamíferos no Parque Nacional do Iguaçu”, foi utilizado
armadilhas fotográficas para estudar a ocupação de mamíferos, um total de 25 espécies foram
registradas com um esforço amostral de 9.360 armadilhas*noite.
UHE Baixo Iguaçu
18
Plano de Trabalho de Resgate de Fauna
P 4.16: Programa de Resgate e Aproveitamento Científico da Fauna
2. Juraszek et al. (2014): estudou a mastofauna no município de Quedas do Iguaçu, PR, entre
março de 2009 a dezembro de 2010. Com um esforço de 3.282 km de busca ativa, de 96
armadilhas*noite de armadilhas fotográficas e 129 amostras de fezes, foram registradas 29 espécies de
mamíferos de médio e grande porte.
3.Consórcio Baixo Iguaçu/Biota (2015): estudo da mastofauna no empreendimento durante o período
de setembro de 2013 a junho de 2015. Com um esforço de 348 km de busca ativa, 1760
armadilhas*noite com live-trap, 704 armadilhas*noite de pitfall e 1936 armadilhas*noite de
armadilhas fotográficas, foram registradas 29 espécies de mamíferos de pequeno, médio e
grande porte.
Tabela 2 : Referências bibliográficas utilizadas como fonte de dados secundários para o levantamento da
mastofauna de potencial ocorrência para a área de influência da UHE Baixo Iguaçu.
Nº
Fonte Bibliográfica
Tipo de estudo
Período do estudo Localidad
e Coordenada
s Esforço
Riqueza*
1 1- Silva, M. X. (2014)
Pesquisa Científica
2009 a 2013 PARNA do Iguaçu
25°05’00”S; 53°40’00”W 25°41’00”S; 54°38’00”W
Armadilhas fotográficas: 9360 armadilhas*noite
25
2 2- Juraszek et al. 2014
Pesquisa Científica
Março 2009 a dezembro 2010
Quedas do Iguaçu
25°26’19’’S; 53°04’29’’W
3282 km de busca ativa
29 Armadilhas fotográficas: 96 armadilhas*noite
129 amostras fecais
3
3- Consórcio Baixo Iguaçu/Biota (2015)
Documento técnico
Setembro 2013 a junho de 2015
Capanema e Capitão Leônidas Marques
25°30’49’’S; 53°39’47’’W
348 km de busca ativa
29
4
4 – Consórcio Baixo Iguaçu/Resiliência (2017)
Documento técnico
Outubro/novembro de 2017
Capanema e Capitão Leônidas Marques
25°30’49’’S; 53°39’47’’W
44km de busca ativa; 660 armadilhas*noite; 220 baldes*noite
16
UHE Baixo Iguaçu
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Plano de Trabalho de Resgate de Fauna
P 4.16: Programa de Resgate e Aproveitamento Científico da Fauna
A lista de espécies para região da UHE Baixo Iguaçu, considerando os dados secundários e primários
retrata um total de 42 espécies distribuídas em nove ordens e 19 famílias (Erro! Fonte de referência
não encontrada.).
UHE Baixo Iguaçu
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Plano de Trabalho de Resgate de Fauna
P 4.16: Programa de Resgate e Aproveitamento Científico da Fauna
Tabela 3: Lista das espécies da mastofauna registradas por dados primários e secundários para a área de influência da UHE Baixo Iguaçu, com respectivos nomes
comuns, campanha, referência (dados secundários), método de registro, categoria de ameaça de acordo com as listas do MMA (2014), IUCN (2017), IAP/PR (2010) e
CITES (2017) e hábitos. Estudo realizado nos municípios de Capanema e Capitão Leônidas Marques, estado do Paraná, entre os dias 5 e 14 de novembro de 2017.
Classificação taxonômica Nome comum Campanha* Dados
secundários Sítios de
amostragem*
Método de
registro
Categorias de ameaça Hábitos
MMA IUCN CITES IAP
ORDEM DIDELPHIMORPHIA
Família Didelphidae
Didelphis albiventris gambá, saruê 1 2, 3 3,5,6,10,11 LT,PT Frugívoro-onívoro/escansorial
Didelphis sp. gambá, saruê 1 OC Frugívoro-onívoro/escansorial
Didelphis aurita gambá, saruê 1, 2, 3 Frugívoro-onívoro/escansorial
Monodelphis sp. cuíca 1 7 PT Insetívoro-onívoro/terrestre
ORDEM CINGULATA
Família Dasypodidae
Dasypus novemcinctus tatu, tatu-galinha 1 1, 2, 3 3,4,5,6,8 BA Insetívoro-onívoro/semifossorial
Euphractus sexcinctus tatu-peludo, tatu-peba
1, 2, 3 Insetívoro-onívoro/semifossorial
Cabassous tatouay tatu-do-rabo-mole-grande
1, 2 III Mirmecófago/semifossorial
ORDEM PILOSA
Família Myrmecophagidae
Myrmecophaga tridactyla tamanduá-bandeira
1 VU VU II CR Mirmecófago/terrestre
UHE Baixo Iguaçu
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Plano de Trabalho de Resgate de Fauna
P 4.16: Programa de Resgate e Aproveitamento Científico da Fauna
Classificação taxonômica Nome comum Campanha* Dados
secundários Sítios de
amostragem*
Método de
registro
Categorias de ameaça Hábitos
MMA IUCN CITES IAP
Tamandua tetradactyla tamanduá-de-colete, tamanduá-mirim
1, 2, 3 Mirmecófago/escansorial
ORDEM PRIMATES
Família Cebidae
Sapajus nigritus macaco-prego 1 2 7 OC II Frugívoro-onívoro/arborícola
ORDEM RODENTIA
Família Sciuridae
Guerlinguetus ingrami caxinguelê, esquilo
3 Frugívoro-granívoro/escansorial
Família Cricetidae
Akodon sp. rato-do-chão 1 3 7,10,11 PT Insetívoro-onívoro/terrestre
Nectomys squamipes rato-d'água 3 Frugívoro-onívoro/semi-aquático
Oligoryzomys nigripes rato-do-mato 1 3 1,2,3,4,5,6,7,10,11 LT,PT Frugívoro-onívoro/escansorial
Família Cuniculidae
Cuniculus paca paca 1, 3 III EN Frugívoro-herbívoro/terrestre
Família Erethizontidae
Coendou villosus ouriço, porco-espinho
1 2, 3 OC Frugívoro-folívoro-predador de sementes/arborícola
Família Caviidae
Cavia aperea preá 3 Herbívoro/terrestre
UHE Baixo Iguaçu
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Plano de Trabalho de Resgate de Fauna
P 4.16: Programa de Resgate e Aproveitamento Científico da Fauna
Classificação taxonômica Nome comum Campanha* Dados
secundários Sítios de
amostragem*
Método de
registro
Categorias de ameaça Hábitos
MMA IUCN CITES IAP
Hydrochoerus hydrochaeris capivara 1 1, 2, 3 4 BA,LT,OC Herbívoro/terrestre
Família Dasyproctidae
Dasyprocta azarae cutia 1 1, 2, 3 4 LT Frugívoro-granívoro/terrestre
Família Echimyidae
Myocastor coypus Ratão-do-banhado
1 2, 3 2,8 OC
ORDEM LAGOMORPHA
Família Leporidae
Lepus europaeus Lebre 1 2, 3 3 BA Herbívoro/terrestre
Sylvilagus brasiliensis coelho, tapiti 1, 2, 3 VU Herbívoro/terrestre
ORDEM CARNIVORA
Família Felidae
Leopardus pardalis jaguatirica 1, 2, 3 I VU carnívoro/terrestre
Leopardus colocolo gato-palheiro 1 OC VU QA II carnívoro/terrestre
Leopardus guttulus gato-do-mato-pequeno
1 1, 2, 3 OC EN VU II VU carnívoro/escansorial
Leopardus wiedii gato-maracaja 1, 2 EN VU I VU carnívoro/escansorial
Puma concolor onça-parda, suçuarana, leão-baio
1, 2, 3 VU II VU carnívoro/terrestre
Puma yagouaroundi jaguarundi, gato-mourisco
1 1, 2, 3 1 OC VU II carnívoro/terrestre
UHE Baixo Iguaçu
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Plano de Trabalho de Resgate de Fauna
P 4.16: Programa de Resgate e Aproveitamento Científico da Fauna
Classificação taxonômica Nome comum Campanha* Dados
secundários Sítios de
amostragem*
Método de
registro
Categorias de ameaça Hábitos
MMA IUCN CITES IAP
Panthera onca onça-pintada 1 VU I CR carnívoro/terrestre
Família Canidae
Cerdocyon thous raposa, cachorro-do-mato, graxaim, raposa
1, 2, 3 II Insetívoro-onívoro/terrestre
Lycalopex gymnocercus cachorro-do-campo
3
Família Mustelidae
Eira Barbara irara, papa-mel 1, 2, 3 III Frugívoro-onívoro/terrestre
Galictis cuja furão 1 1, 2, 3 6 OC III carnívoro/terrestre
Família Procyonidae
Nasua nasua quati 1 1, 2, 3 4,5,7 BA Frugívoro-onívoro/terrestre
Procyon cancrivorus guaxinim, mão-pelada
1, 2, 3
Frugívoro-onívoro/escansorial
ORDEM PERISSODACTYLA
Família Tapiridae
Tapirus terrestris anta 1, 2, 3 VU VU II EN Herbívoro-frugívoro/terrestre
ORDEM ARTIODACTYLA
Família Tayassuidae
Pecari tajacu cateto, caititu 1, 2 II VU Frugívoro-herbívoro/terrestre
Tayassu pecari queixada, porco-do-mato
2 VU VU II CR Frugívoro-herbívoro/terrestre
UHE Baixo Iguaçu
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Plano de Trabalho de Resgate de Fauna
P 4.16: Programa de Resgate e Aproveitamento Científico da Fauna
Classificação taxonômica Nome comum Campanha* Dados
secundários Sítios de
amostragem*
Método de
registro
Categorias de ameaça Hábitos
MMA IUCN CITES IAP
Família Cervidae
Blastocerus dichotomus cervo-do-pantanal
CR Frugívoro-herbívoro/terrestre
Mazama americana veado-mateiro 1, 2, 3 DD VU Frugívoro-herbívoro/terrestre
Mazama gouazoubira veado-catingueiro
2, 3 Frugívoro-herbívoro/terrestre
Mazama nana veado-bororo 1, 2 VU Frugívoro-herbívoro/terrestre
Legenda: Método de registro: BA = Busca ativa; LT = Live trap; PT = Pitfall trap OC = Ocasional. Categorias de ameaça: IUCN e MMA (CR = criticamente em perigo, EN = em perigo, NT= Quase ameaçado e VU = Vulnerável), IAP (RE = regionalmente extinto, CR = criticamente em perigo, EN = em perigo e VU = Vulnerável), CITES (Apêndice I, II e II). Dados secundários: 1) Silva (2014); 2) Juraszek et al. (2014); 3) CEBI/Biota (2015). * Consórcio Baixo Iguaçu/Resiliência (2017).
UHE Baixo Iguaçu
25
Plano de Trabalho de Resgate de Fauna
P 4.16: Programa de Resgate e Aproveitamento Científico da Fauna
5.1.3.2 - Quiropterofauna
Para a elaboração da lista de espécies de morcegos com potencial ocorrência para a área do
empreendimento, foram levantados dados secundários de estudos feitos na área do empreendimento
e nas proximidades (Tabela 4). Abaixo é apresentado uma breve descrição de cada um dos trabalhos
utilizados.
1- Sekiama et al. (2001): inventário feito no Parque Nacional do Iguaçu, área próxima a UHE Baixo
Iguaçu, sendo uma área do parque considerada área de influência indireta. O inventário foi realizado
durante os anos de 1998 a 2000, usando várias metodologias como redes de neblina, observação
direta, busca ativa em forros de casa e dados secundários. Com o uso de rede de neblina, foram
capturados 1403 indivíduos pertencentes a 26 espécies de morcegos.
2- Consórcio Baixo Iguaçu/Biota, 2015: estudo anterior de monitoramento de fauna da fase de pré-
instalação realizados na área do empreendimento. O monitoramento de morcegos foi realizado em 11
sítios de amostragens por meio de oito campanhas entre os anos de 2013 a 2015, utilizando o método
de redes de neblina. No total, foram capturados 784 indivíduos e 23 recapturas pertencentes a nove
espécies de morcegos.
3- Batista & Aranha (2017): inventário realizado na cidade de Palotina, no Paraná, a 165 km de Capitão
Leônidas Marques. É um dos poucos inventários de morcegos da região oeste do Paraná, e foi
considerada pela proximidade e por estar inserida em área de Floresta Estacional Semidecidual,
mesma formação florestal onde se encontra a área da UHE Baixo Iguaçu. O inventário foi realizado de
janeiro a maio de 2015 usando redes de neblina, com esforço amostral de 5.865 m².h, e coleta de
espécimes caídos no chão em construções humanas. No total, foram capturados 94 indivíduos
pertencentes a 12 espécies de morcegos.
Os esforços amostrais e a metodologia dos trabalhos citados acima diferem do presente estudo,
portanto os dados secundários foram utilizados somente para compor a lista de espécies da área do
empreendimento.
UHE Baixo Iguaçu
26
Plano de Trabalho de Resgate de Fauna
P 4.16: Programa de Resgate e Aproveitamento Científico da Fauna
Tabela 4: Referências bibliográficas utilizadas como fonte de dados secundários para o levantamento da
quiropterofauna de potencial ocorrência para a área de estudo da Usina Hidroelétrica Baixo Iguaçu.
Nº Fonte
Bibliográfica Localidade Coordenadas Método Riqueza
1 Sekiama et al. (2001)
Parque Nacional do Iguaçu - PR
-25.405211°; -53.796996°
Redes de neblina, observação direta, busca ativa e dados secundários.
26
2
Consórcio Baixo Iguaçu/Biota (2015)
Áreas de influência da UHE Baixo Iguaçu
-25.512895°; -53.657299°
Rede de neblina 9
3 Batista & Aranha (2017)
Palotina - PR -24.283889°; -53.840000°
Rede de neblina e coletas ocasionais em construções humanas
12
4
Consórcio Baixo Iguaçu/Resiliência (2017)
Áreas de influência da UHE Baixo Iguaçu
-25.512895°; -53.657299°
25.740 m²*horas*rede
9
Legenda: (*) Riqueza considerada para compilação da presente lista, nem sempre representa a riqueza total do estudo consultado.
A partir dos dados secundários de inventários anteriores compilados para área do empreendimento e
proximidades, foram registradas 32 espécies de morcegos (SEKIAMA et al., 2001; CONSÓRCIO BAIXO
IGUAÇU/BIOTA, 2015; BATISTA & ARANHA, 2017), pertencentes a quatro famílias (Erro! Fonte de
referência não encontrada.).
Tabela 5: Lista das espécies de morcegos registradas através de coleta de dados primários e secundários
(fontes bibliográficas) para a área de influência da UHE Baixo Iguaçu, com respectivos nomes comuns,
fitofisionomia, referência (dados secundários), método de registro, categoria de ameaça de acordo com as
listas da IUCN (2017) e Paraná (2010), características e hábito alimentar. Estudo realizado nos dias 16 a 26 de
novembro de 2017 (estação chuvosa).
Nome do Táxon
No
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Co
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Cam
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Ref
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cias
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Classe Mammalia
Ordem Chiroptera
Família
UHE Baixo Iguaçu
27
Plano de Trabalho de Resgate de Fauna
P 4.16: Programa de Resgate e Aproveitamento Científico da Fauna
Nome do Táxon
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Ref
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Phyllostomidade
Subfamília Desmodontinae
Desmodus rotundus Morcego vampiro
1,2 Rede de neblina
LC LC AD/HEM
Diaemus youngii morcego 1 Registro de coleção
LC DD AD/HEM
Subfamília Phyllostominae
Chrotopterus auritus morcego 1,2 Rede de neblina
LC LC AD/CAR
Tonatia bidens morcego 1 Rede de neblina
DD DD AD/ONI
Subfamília Glossophaginae
Glossophaga soricina morcego 1 Consulta em coleção
LC LC AD/NEC
Subfamília Carolliinae
Carollia perspicillata morcego 1º 1,2 Rede de neblina
LC LC AD/FRU
Subfamília Glyphonycterinae
Glyphonycteris sylvestris
morcego 1 Rede de neblina
LC DD AD/INS
Subfamília Stenodermatinae
Rede de neblina
Artibeus fimbriatus Morcego fruteiro
1º 1,2,3 Rede de neblina
LC LC AD/FRU
Artibeus lituratus Morcego fruteiro
1º 1,2,3 Rede de neblina
LC LC AD/FRU
Artibeus obscurus Morcego fruteiro
1º 1 Rede de neblina
LC LC AD/FRU
Artibeus planirostris Morcego fruteiro
3 Rede de neblina
LC LC AD/FRU
Platyrrhinus lineatus Morcego 3
Rede de neblina
LC LC AD/FRU
Pygoderma Morcego 1,2 Rede de LC LC AD/FRU
UHE Baixo Iguaçu
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Plano de Trabalho de Resgate de Fauna
P 4.16: Programa de Resgate e Aproveitamento Científico da Fauna
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bilabiatum neblina
Sturnira lilium Morcego 1º 1,2,3 Rede de neblina
LC LC AD/FRU
Vampyressa pusilla Morcego 1º 2 Rede de neblina
DD LC AD/FRU
Família Noctilionidae
Noctilio leporinus Morcego pescador
1 Observação direta
LC VU AD/PIS
Família Molossidae
Eumops auripendulus
Morcego 3
Coleta de espécime caído no chão
LC DD AD/INS
Eumops glaucinus Morcego 3
Coleta de espécime caído no chão
LC DD AD/INS
Molossus molossus Morcego 3
Coleta de espécime caído no chão
LC LC AD/INS
Molossops neglectus Morcego 1,2 Registro de coleção
DD EN AD/INS
Molossus rufus Morcego 1,3
1-Busca ativa em telhado; 3- coleta de espécime caído no chão
LC LC AD/INS
Promops nasutus Morcego 1 Registro de coleção
LC VU AD/INS
Tadarida brasiliensis Morcego 1 Registro de coleção
LC LC AD/INS
Família Vespertilionidae
Subfamília Vespertilioninae
UHE Baixo Iguaçu
29
Plano de Trabalho de Resgate de Fauna
P 4.16: Programa de Resgate e Aproveitamento Científico da Fauna
Nome do Táxon
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Ref
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Eptesicus brasiliensis Morcego 1 Rede de neblina
LC LC AD/INS
Eptesicus diminutus Morcego 1º 1 Rede de neblina
LC LC AD/INS
Eptesicus furinalis Morcego 1,3 Registro de coleção; rede de neblina
LC LC AD/INS
Lasiurus blossevillii Morcego 1,3
1- Rede de neblina; 3- coleta de espécime caído no chão
LC LC AD/INS
Lasiurus ega Morcego 1 Registro de coleção
LC DD AD/INS
Subfamília Myotinae
Myotis levis Morcego 1 Rede de neblina
LC LC AD/INS
Myotis nigricans Morcego 1º 1,3 Rede de neblina
LC LC AD/INS
Myotis riparius Morcego 1º 1 Rede de neblina
LC NT AD/INS
Myotis ruber Morcego 1 Rede de neblina
NT LC AD/INS
Legendas: Referências: 1-Sekiama et al. 2001, 2- Consórcio Baixo Iguaçu/Biota, 2015; 3- Batista & Aranha, 2017. *Consórcio Baixo Iguaçu/Resiliência (2017). Categorias de ameaça (IUCN, 2017; Paraná, 2010): EN- em perigo, VU- vulnerável, NT- quase ameaçada, LC- pouco preocupante e DD- dados deficientes. Característica: AD- Ampla distribuição. Hábito alimentar: HE- hematófago, CA- carnívoro, ON- onívoro, NE- nectarívoro, FR- frugívoro, IN- insetívoro, PI- piscívoro.
UHE Baixo Iguaçu
30
Plano de Trabalho de Resgate de Fauna
P 4.16: Programa de Resgate e Aproveitamento Científico da Fauna
5.1.3.3 - Herpetofauna
Buscando uma melhor caracterização da herpetofauna com potencial ocorrência para a região, foi
possível levantar nove estudos de cunho técnico e científico para a composição da listagem de dados
secundários (Erro! Fonte de referência não encontrada.). O referencial teórico empregado na seleção
dos estudos abrangeu regiões geograficamente próximas e fisionomicamente similares a área de
estudo. Cabe ressaltar que, em função da peculiaridade de cada estudo e especificidade no uso do
ambiente pela herpetofauna, foram consideradas apenas espécies com distribuição geográfica
esperada para a região e que cujos hábitos condissessem com os ambientes observados na área de
estudo. Outrossim, espécies cuja identidade taxonômica não fora confirmada nos estudos utilizados
não foram consideradas para a listagem (e.g. espécies assinaladas como cf., aff., gr. ou sp.). Os estudos
utilizados como base foram os seguintes:
1. Affonso & Delariva (2012): lista comentada da anurofauna de três municípios do Noroeste do
estado do Paraná. As amostragens foram realizadas nos municípios de Marialva, Itambé e Londrina,
com objetivo de inventariar os anuros dessas regiões para fins de estudos rápidos de avaliação de
impacto ambiental. As coletas ocorreram em período noturno por meio do método de busca ativa e
resultaram no registro de 15 espécies de anfíbios. Para o levantamento de dados, foram consideradas
15 espécies de anuros.
2. Conte et al. (2009): comentários biogeográficos acerca de cinco espécies de anuros no estado
do Paraná, apresentando novos registros para municípios de entorno da área estudada. Os registros
foram realizados durante inventários faunísticos conduzidos na região. Para o estudo foram
consideradas cinco espécies de anuros.
3. Bernarde & Machado (2000): estudo de comportamento, fenologia e partição de nicho
acústico de espécies ocorrentes no município de Três Barras, Paraná. No estudo foram empregados
métodos de procura ativa visual e aural. Ao longo do estudo registrou-se 19 espécies, todas
consideradas para o levantamento secundário.
4. Mikich & Oliveira (2003): revisão do Plano de Manejo do Parque Estadual Vila Rica do Espírito
Santo, situado no município de Fênix, cerca de 80 km da área de estudo. No documento, os autores
relatam a realização de amostragens de campo, no entanto, sem especificação de método ou esforço.
Informam também revisões de bibliografia e material depositado em coleções científicas regionais. Ao
UHE Baixo Iguaçu
31
Plano de Trabalho de Resgate de Fauna
P 4.16: Programa de Resgate e Aproveitamento Científico da Fauna
total, os autores listam 20 espécies de anuros e 66 espécies de répteis. Para o estudo, foram
consideradas 19 espécies de anfíbios e 66 répteis.
5. Filho et al. (2015): listagem de espécies de répteis ocorrentes na região do Complexo
Energético Fundão-Santa Clara, região central do estado do Paraná e distante cerca de 110 km da área
de estudo. Avaliações de campo foram conduzidas entre maio de 2010 e março de 2012 registrando 31
espécies de répteis. Os autores empregaram amostragens visuais, armadilhas de funil e encontros
ocasionais além de revisão de material coletado na região e depositado em coleções científicas. Para a
composição da listagem foram consideradas 32 espécies.
6. Filho & Oliveira (2015): lista de espécies de répteis registradas na Usina Hidroelétrica de Mauá,
ao longo do rio Tibagi, região central do Paraná e distante cerca de 100 km da área de estudo. Na
região foram registradas 34 espécies de répteis. Os autores empreenderam campanhas de campo
entre março de 2010 e abril de 2015 aplicando métodos de procura ativa, armadilhas de interceptação
e queda e registros ocasionais. Para o estudo, foram consideradas as 33 espécies registradas.
7. Alvares et al. (1995): levantamento da herpetofauna da zona de inundação da represa
Yacyretá, próximo à divisa política entre Argentina e Paraguai. A região dista cerca de 180 km da área
de estudo, no entanto, está sujeita as similaridades fitofisionômicas e edáficas. Entre os anos de 1990 e
1994 os autores empreenderam procuras ativas sem especificação de esforço. Na ocasião, foram
registradas 53 espécies da herpetofauna. Para este estudo, considerou-se 35 espécies.
8. Nazaretti (2016): dissertação de mestrado acerca da diversidade, distribuição espaço-temporal
e caracterização da comunidade de anuros do Parque Nacional do Iguaçu. O autor empregou procuras
ativas baseadas em orientação visual e aural bem como armadilhas de interceptação e queda entre
setembro de 2014 e agosto de 2015. Esta área é adjacente à estudada e apresenta ampla fidedignidade
em sua lista. Entretanto, possíveis erros de identificação e incertezas taxonômicas não puderam ser
considerados para composição da listagem. Assim, foram listadas 24 das 31 registradas pelo autor.
9. Consórcio Baixo Iguaçu/Biota (2015): relatório técnico final após oito campanhas de
monitoramento da herpetofauna nos mesmos sítios amostrais estudados. Os autores inventariaram no
total 46 espécies de anfíbios e 45 espécies de répteis. Para composição da listagem foi empregado
amostragens padronizadas de campo baseadas em procuras ativas e armadilhas de interceptação e
queda, bem como consideração de dados oriundos do período dos diagnósticos para a implantação do
UHE Baixo Iguaçu
32
Plano de Trabalho de Resgate de Fauna
P 4.16: Programa de Resgate e Aproveitamento Científico da Fauna
empreendimento (EIA/Rima e RAS). Apesar de estar inserido nas mesmas áreas estudadas, foram
consideradas apenas 65 registros do total informado. A listagem original apresenta uma série de
espécies com possíveis erros e incertezas taxonômicas.
Tabela 6: Referências bibliográficas utilizadas como fonte de dados secundários para o levantamento da
herpetofauna de potencial ocorrência para a área de estudo da UHE Baixo Iguaçu.
Nº
Fonte Bibliográfica Localidade Coordenada
s Método
Riqueza*
1 Affonso & Delariva (2012) Noroeste do Paraná -24.255593°; -52.494181°
Busca ativa 15
2 Conte et al. (2009) Estado do Paraná - Busca ativa 05
3 Bernarde & Machado (2000) Município de Fênix -23.952328°; -51.993958°
Busca ativa 19
4 Mikich & Oliveira (2003) Parque Estadual Vila Rica do Espírito Santo
-23.872847°; -51.965135°
Não especificado
85
5 Filho et al. (2015) Complexo Energético Santa Clara-Fundão
-25.679451°; -51.969101°
Busca ativa e armadilha de interceptação e queda
32
6 Filho & Oliveira (2015) UHE Mauá -24.079545°; -50.707413°
Busca ativa e armadilha de interceptação e queda
33
7 Alvares et al. (1995) Represa Yacyretá -27.494591°; -56.739059°
Busca ativa 35
8 Nazaretti (2016) PNI Iguaçu -25.470324°; -53.820716°
Busca ativa 24
9 Consórcio Baixo Iguaçu/Biota (2015) Áreas de influência da UHE Baixo Iguaçu
-25.512895°; -53.657299°
Busca ativa e armadilha de interceptação e queda
65
10 Consórcio Baixo Iguaçu/Resiliência (2017)
Áreas de influência da UHE Baixo Iguaçu
-25.512895°; -53.657299°
Busca ativa e armadilha de interceptação e queda
16
Legenda: (*) Riqueza considerada para compilação da presente lista, nem sempre representa a riqueza total do estudo consultado.
UHE Baixo Iguaçu
33
Plano de Trabalho de Resgate de Fauna
P 4.16: Programa de Resgate e Aproveitamento Científico da Fauna
Como resultado dos levantamentos da literatura acerca da composição da herpetofauna na região da
Usina Hidroelétrica Baixo Iguaçu, obteve-se uma composição que totalizou 130 espécies da
herpetofauna. Deste total, houve predomínio de répteis que perfizeram 85 espécies, com amplo
predomínio de serpentes (57 spp.), sendo dipsadídeos os mais abundantes na composição (36 spp.),
seguidos de colubrídeos (7 spp.) e viperídeos (6 spp.). Lagartos representaram uma importante parcela
com 16 espécies, predominantemente as guildas terrícolas florestais como os teídeos (4 spp) e
tropidurídeos (3 spp.). De forma menos representativa em relação aos demais, a composição de
espécies apresenta com ocorrência potencial para a região sete anfisbenídeos, quatro quelônios e um
crocodiliano (Erro! Fonte de referência não encontrada.).
Tabela 7: Lista das espécies da herpetofauna registradas por dados primários e secundários (fontes bibliográficas) para a área de influência da Usina Hidroelétrica do Baixo Iguaçu, com respectivos nomes comuns, fitofisionomia, referência (dados secundários), método de registro, categoria de
ameaça de acordo com as listas do MMA (2014), IUCN (2017), IAP/PR (2004) e CITES (2017), padrão de ocorrência espacial e hábitos. Estudo realizado entre os dias 25 de outubro e 04 de novembro de
2017 (estação chuvosa).
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CLASSE AMPHIBIA
ORDEM GYMNOPHIONA
FAMÍLIA TYPHLONECTIDAE
Chthonerpeton indistinctum
Cecília 7 LC DD
AD, RR
ORDEM ANURA
FAMÍLIA ALSODIDAE
Limnomedusa macroglossa
Rã 2, 8, 9 LC AD, RR
FAMÍLIA BUFONIDAE
Rhinella abei Sapo-cururuzinho 1 3, 5,
3 BALD, BSR LC AD
UHE Baixo Iguaçu
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6, 10
Rhinella schneideri Sapo-cururu 1, 3, 4, 7, 8, 9
LC AD
FAMÍLIA BRACHYCEPHALIDAE
Ischnocnema guentheri Rã-do-folhiço 4, 9 LC MA
FAMÍLIA CENTROLENIDAE
Vitreorana uranoscopa Perereca-de-vidro 8 LC DD
AD
FAMÍLIA CRAUGASTORIDAE
Haddadus binotatus Rã-do-folhiço 4, 9 LC AD
FAMÍLIA HYLIDAE
Aplastodiscus perviridis Perereca-de-olhos-vermelhos
8, 9 LC AD
Dendropsophus anceps Perereca-zebrada 2 LC MA
Dendropsophus berthalutzae
Pererequinha 2 LC MA
Dendropsophus minutus Perereca-ampulheta 1
1, 2, 3, 4, 5, 6, 8, 10, 11
1, 4, 8, 9 BALD, BSR LC AD
Dendropsophus nahdereri Pererequinha 3 LC AD
Dendropsophus nanus Pererequinha 1
2, 4, 5, 6, 9
1, 3, 4, 7, 8, 9
BALD, BSR LC AD
UHE Baixo Iguaçu
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Dendropsophus sanborni Pererequinha 9 LC AD
Dendropsophus seniculus Perereca-marmoreada 2 LC AD
Boana albopunctata Perereca-cabrinha 1, 3, 8, 9 LC AD
Boana caingua Perereca 7, 8, 9 LC AD
Boana faber Sapo-martelo 1
1, 3, 4, 5, 8, 11
1, 3, 4, 9 BALD, BSR LC MA
Boana prasina Perereca 3, 4 LC AD
Boana pulchella Perereca-de-pijama 9 LC AD
Boana raniceps Perereca 1 3, 4, 5
1, 3, 4, 7, 8, 9
BALD, BSR LC AD
Boana semiguttata Perereca 9 LC AD
Itapotihyla langsdorffii Perereca-liquenosa 8, 9 LC AD
Ololygon berthae Perereca-de-riacho 7, 8, 9 LC MA
Ololygon littoralis Perereca-de-riacho 2 LC MA
Scinax fuscovarius Perereca-de-banheiro 1
2, 4, 5, 6, 9, 11
1, 3, 4, 7, 8, 9
BALD, BSR LC AD
Scinax perereca Perereca-de-banheiro 3, 4, 8, 9 LC AD
Scinax nasicus Perereca-de-banheiro 7 LC AD
Scinax squalirostris Perereca-nariguda 7, 8 LC AD
Trachycephalus typhonius Perereca-grudenta 1 11 1, 3, 4, 7, 9
BALD LC AD
FAMÍLIA HYLODIDAE
Crossodactylus schmidti Rã-das-pedras 8 NT MA, RR
FAMÍLIA
UHE Baixo Iguaçu
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LEPTODACTYLIDAE
Leptodactylus elenae Rã 8 LC AD
Leptodactylus fuscus Rã-assobiadeira 1
1, 2, 4, 8, 9, 10, 11
1, 3, 4, 7, 8, 9
BALD, BSR AD
Leptodactylus labyrinthicus
Rã-pimenta 1 1 8, 9 BALD, BSR LC AD
Leptodactylus latrans Rã-manteiga 1, 3, 4, 7, 8, 9
LC AD
Leptodactylus mystacinus Rã-de-bigodes 1 6, 7
1, 3, 4, 8, 9
BSR LC AD
Leptodactylus podicipinus Rã-goteira 8, 9 LC AD
Physalaemus cuvieri Rã-cachorro 1
1, 3, 4, 5, 6, 8, 10, 11
1, 3, 4, 8, 9
BALD, BSR, AIQ LC AD
Physalaemus biligonigerus
Rãzinha 7 LC AD
Physalaemus gracilis Rã-chorona 7, 9 LC AD
FAMÍLIA MICROHYLIDAE
Elachistocleis cesarii Rã 1
2, 3, 4, 5, 6, 8, 10, 11
1, 3, 4, 7, 8, 9
EO, AIQ, BALD, BSR
LC AD
UHE Baixo Iguaçu
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FAMÍLIA ODONTOPHRYNIDAE
Odontophrynus americanus
Sapo 1 4, 8
3, 4, 7, 9 AIQ, BALD LC AD
Proceratophrys avelinoi Sapo-de-chifres 3, 4, 9 LC AD, RR
FAMÍLIA PHYLLOMEDUSIDAE
Phyllomedusa tetraploidea
Perereca-das-folhagens 1, 3, 4, 8, 9
AD
FAMÍLIA RANIDAE
Lithobates catesbeianus Rã-touro 1 3, 10
1, 9 BALD, AIQ, BSR EX
CLASSE REPTILIA
ORDEM TESTUDINES
FAMÍLIA CHELIDAE
Hydromedusa tectifera Cágado-pescoço-de-cobra
4, 5, 9 AD, RR
Phrynops geoffroanus Cágado-pescoço-de-cobra
4 AD, RR
Phrynops williamsi Cágado-rajado 5, 9 AD, RR
FAMÍLIA EMYDIDAE
Trachemys dorbignii Cágado-tigre 9 AD
ORDEM CROCODYLIA
Caiman latirostris Jacaré-de-papo-amarelo
4, 9 LR I AD, CI
ORDEM SQUAMATA
SUBORDEM AMPHISBAENIA
Amphisbaena darwinii Cobra-de-duas-cabeças 4, 9 AD
Amphisbaena dubia Cobra-de-duas-cabeças 4 AD,
UHE Baixo Iguaçu
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RR
Amphisbaena mertensii Cobra-de-duas-cabeças 4, 9 AD
Amphisbaena prunicolor Cobra-de-duas-cabeças 4, 5, 6, 9 AD
Amphisbaena microcephalum
Cobra-de-duas-cabeças 4, 5, 9 AD
Amphisbaena roberti Cobra-de-duas-cabeças 4 AD, RR
Amphisbaena thachura Cobra-de-duas-cabeças 6 AD, RR
SUBORDEM LACERTILIA
FAMÍLIA TROPIDURIDAE
Stenocercus caducus Lagarto-de-rabo-espinhoso
4 AD
Tropidurus torquatus Calango 4, 7, 9 AD
Tropidurus catalanensis Calango 5 AD
FAMÍLIA LEIOSAURIDAE
Anisolepis grilli Lagarto-preguiça 4, 5, 7 AD
Enyalius perditus Camaleãozinho 6 AD
Urostrophus vautieri Camaleãozinho 6 AD
FAMÍLIA GEKKONIDAE
Hemidactylus mabouia Lagartixa-doméstica 5, 6, 9
FAMÍLIA DIPLOGLOSSIDAE
Ophiodes striatus Cobra-de-vidro 4 AD
Ophiodes fragilis Cobra-de-vidro 4, 5, 6 AD
FAMÍLIA TEIIDAE
Ameiva ameiva Ameiva 4 AD, CI
Contomastix vacariensis Calango-listrado 5, 7 AD
Salvator merianae Teiú 4, 5, 6, 7, 9
II AD, CI
Tupinambus teguixin Teiú 7 II AD, CI
FAMÍLIA
UHE Baixo Iguaçu
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GYMNOPHTHALMIDAE
Cercosaura schreibersii Lagartinho 4, 5, 6 AD
FAMÍLIA MABUYIDAE
Aspronema dorsivittatum Briba 4, 5, 6 AD
Notomabuya frenata Briba 4, 6, 7, 9 AD
SUBORDEM SERPENTES
FAMÍLIA ANOMALEPIDIDAE
Liotyphlops beui Cobra-fio 4, 5, 6, 9 AD, RR
FAMÍLIA TYPHLOPIDAE
Amerotyphlops brongersmianus
Cobra-fio 4 AD
FAMÍLIA BOIDAE
Boa constrictor Jiboia 4 I AD, CI
Epicrates cenchria Jiboia-arco-íris 4 II AD, CI
Eunectes murinus Sucuri 4 II AD
FAMÍLIA COLUBRIDAE
Chrinonius bicarinatus Cobra-cipó 4, 5, 6, 9 AD
Chironius exoletus Cobra-cipó 6 AD
Chironius fuscus Cobra-cipó 4 AD
Chironius laevicollis Limpa-campo 4 AD
Leptophis ahaetulla Cobra-cipó 9 AD
Mastigodryas bifossatus Jararacuçu-do-brejo 4, 9 AD
Spilotes pullatus Caninana 4, 6, 9 AD
FAMÍLIA DIPSADIDAE
Apostolepis dimidiata Cobra 4 AD
Atractus reticulatus Cobra 4 AD
Atractus paraguaiensis Cobra 5 AD
Boiruna maculata Muçurana 5 AD
Clelia plumbea Muçurana 4, 6, 9 AD
Dipsas alternans Papa-lesma AD
UHE Baixo Iguaçu
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Dipsas indica Papa-lesma 4 AD
Echinanthera cyanopleura Cobra 4, 6, 9 AD
Echinanthera cephalostriata
Cobra 4, 6, 9 AD
Helicops gomesi Cobra-d’água 4 AD
Helicops infrataeniatus Cobra-d’água 4, 5, 7, 9 AD
Erythrolamprus aesculapii Falsa-coral 6 AD
Erythrolamprus frenatus Cobra 4 AD
Erythrolamprus miliaris Cobra-d’água 4, 5, 7, 9 AD
Erythrolamprus poecilogyrus
Limpa-campo 4, 5, 6, 7, 9
AD
Erythrolamprus reginae Cobra-verde 4, 9 AD
Oxyrhopus clathratus Falsa-coral 4, 5, 6, 9 AD
Oxyrhopus guibei Falsa-coral 4, 9 AD
Oxyrhopus petolarius Falsa-coral 4 AD
Oxyrhopus rhombifer Falsa-coral 5, 7 AD
Paraphimophis rusticus Muçurana 5 AD
Philodryas aestivus Cobra-cipó 4, 7 AD
Philodryas agassizii Cobra-cipó 5 AD
Philodryas nattereri Corredeira 4 AD
Philodryas olfersii Cobra-cipó 4, 5, 6, 7 AD
Philodryas patagoniensis Parelheira 4, 5, 6, 7 AD
Pseudoboa haasi Cobra 4 AD
Pseudoboa nigra Cobra 4 AD
Rhachidelus brazili Cobra 4 AD
Sibynomorphus mikanii Papa-lesma 1 6 4, 6, 9 BALD AD
Thamnodynastes strigatus
Jararaquinha 4, 5, 6, 7 AD
Thamnodynastes hypoconia
Jararaquinha 4, 5, 7 AD
Tomodon dorsatus Jararaquinha 4, 5, 6, 9 AD
Tropidodryas striaticeps Jiboinha 6 AD
Xenodon merremii Boipeva 4, 6, 7 AD
Xenodon neuwiedii Boipeva 4, 6 AD
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Nome do Táxon Nome Comum
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FAMÍLIA ELAPIDAE
Micrurus altirostris Coral-verdadeira 1 8 4, 5, 6, 7, 9
BALD AD
Micrurus corallinus Coral-verdadeira 4, 6, 9 AD
Micrurus lemniscatus Coral-verdadeira 4 AD
FAMÍLIA VIPERIDAE
Bothrops alternatus Urutu 4, 5, 7 AD
Bothrops jararaca Jararaca 4, 5, 6, 9 AD
Bothrops jararacussu Jararacuçu 4, 6, 9 AD
Bothrops moojeni Urutu 4 AD
Bothrops neuwiedi Urutu 4, 7, 9 AD
Crotalus durissus Cascavel 4, 5, 6, 9 AD
Legendas: Dados secundários: 1. Affonso & Delariva (2012); 2. Conte et al. (2009); 3. Bernarde & Machado (2000); 4. Mikich & Oliveira (2003); 5. Filho et al. (2015); 6. Filho & Oliveira (2015); 7. Alvarez et al. (1995); 8. Nazaretti (2016); 9. Consórcio Baixo Iguaçu/Biota (2015); *Consórcio Baixo Iguaçu/Resiliência (2017). Método de registro: BALD: Busca Ativa Limitada Por Tempo; BSR: Busca Ativa em Sítios Reprodutivos; AIQ: Armadilha de Interceptação e Queda; VOC: Zoofonia. Categorias de ameaça: IUCN (2017): LC: fora de perigo; NT: quase ameaçado; LR: baixo risco. IAP (2004): DD: dados insuficientes; CITES (Apêndice I, II e II). Característica: AD: Ampla distribuição; CI: cinegética; MA: endêmica da Mata Atlântica; EX: exótica.
5.1.3.4 - Avifauna
De forma a caracterizar a avifauna de potencial ocorrência na UHE Baixo Iguaçu foram utilizados
quatro estudos científicos, incluindo relatórios técnicos, e base de dados confiáveis disponíveis na
internet. Vale salientar que, para compor a lista base de dados secundários, os estudos com mais de
uma área amostral, foram considerados apenas os registros de áreas localizadas próximas ao
empreendimento, num raio máximo de 50km. Informações sobre esses estudos/relatórios
técnicos/base de dados encontram-se abaixo (Tabela 8).
1- Straube et al. (2004): estudo científico sobre a riqueza de aves do Parque Nacional de Foz do Iguaçu.
A riqueza registrada foi de 335 espécies.
2- Sociedade da Água/Geração Céu Azul (2008): relatório técnico referente ao EIA/Rima da UHE Baixo
Iguaçu. A riqueza de aves registrada foi de 332 espécies.
UHE Baixo Iguaçu
42
Plano de Trabalho de Resgate de Fauna
P 4.16: Programa de Resgate e Aproveitamento Científico da Fauna
3- Consórcio Baixo Iguaçu/Biota (2015): relatório geral referente a fase 1 de pré-implantação da UHE
Baixo Iguaçu. A riqueza de aves registrada foi de 231 espécies.
4- Wikiaves (2017): base de dados fotográficos e sonoros das aves dos municípios de Capitão Leônidas
Marques/PR, Capanema/PR e aqueles inseridos num raio de até 50km. A riqueza de aves registrada foi
de 241 espécies.
A compilação geral culminou em uma lista base de 396 espécies de potencial ocorrência para a área do
empreendimento UHE Baixo Iguaçu.
Tabela 8: Referências bibliográficas utilizadas como fonte de dados secundários para o levantamento da
avifauna de potencial ocorrência para a área de estudo da Usina Hidroelétrica Baixo Iguaçu.
Nº Fonte
Bibliográfica Localidade Coordenadas Método Riqueza*
1 Straube et al. (2004)
Parque Nacional de Foz do Iguaçu
-25o36’42”; -54o25’50”
-25o41’09”; -54
o26’18”
-25o22’16”; -53
o48’02”
-25o29’42”; -53
o40’03”
-25o29’07”; -54o01’22”
Transecção, rede de neblina e busca ativa
335
2 Sociedade da Água/Geração Céu Azul
Áreas de influência da UHE Baixo Iguaçu
-25.512895°; -53.657299°
Não informado 332
3 CONSÓRCIO BAIXO IGUAÇU/BIOTA
Áreas de influência da UHE Baixo Iguaçu
-25.512895°; -53.657299°
Ponto de escuta, rede de neblina, busca ativa
231
4 Wikiaves (2017) Capanema (PR) e Capitão Leônidas Marques (PR)
N/A Registros fotográficos e auditivos
241
5 Consórcio Baixo Iguaçu/Resiliência (2017)
Áreas de influência da UHE Baixo Iguaçu
-25.512895°; -53.657299°
Ponto de escuta, rede de neblina, busca ativa
174
Legenda: (*) Riqueza considerada para compilação da presente lista, nem sempre representa a riqueza total do estudo consultado.
Durante a primeira campanha de monitoramento da avifauna, realizado entre os dias 16 e 27 de
novembro de 2017 foram registradas 174 espécies, distribuídas em 23 ordens e 52 famílias (Tabela 9).
Essa riqueza, somada às 395 espécies presentes na base de dados secundários, gerou uma potencial
riqueza de 398 espécies de aves na área monitorada da UHE Baixo Iguaçu.
UHE Baixo Iguaçu
43
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Tabela 9: Lista das espécies da avifauna registradas através de coleta de dados primários e secundários (fontes bibliográficas) para a área de influência da UHE Baixo
Iguaçu, com respectivos nomes comuns, fitofisionomia, referência (dados secundários), método de registro, categoria de ameaça de acordo com as listas do MMA
(2014), IUCN (2017), IAP/PR (2007) e CITES (2017), padrão de ocorrência espacial, hábitos e sensibilidade a distúrbios antrópicos. Estudo realizado em novembro, entre
os dias 16 e 27/11/2017 (estação chuvosa).
Nome do Táxon Nome Comum Sítio de
amostragem* Referências
Método de Amostragem
MMA IUCN PR CITES Características
CLASSE AVES
ORDEM TINAMIFORMES
FAMÍLIA TINAMIDAE
Tinamus solitarius macuco 2 NT VU ED; CI; AD
Crypturellus obsoletus inambuguaçu 1, 2, 4 CI; AD
Crypturellus parvirostris Inambu-chororó 1, 2, 3, 4 CI; AD
Crypturellus tataupa Inambu-chintã 2, 3, 4, 6, 10, 11
1, 2, 3, 4 LM, PE CI; AD; B
Rhynchotus rufescens perdiz 7 2, 3, 4 LM, PE CI; AD; B
Nothura maculosa Codorna-amarela 2, 3, 4 CI; AD
ORDEM PODICIPEDIFORMES
FAMÍLIA PODICIPEDIDAE
Podilymbus podiceps Mergulhão-caçador 1, 2 AD
Tachybaptus dominicus Mergulhão-pequeno 2, 3, 4 AD
ORDEM CICONIIFORMES
FAMÍLIA CICONIIDAE
Mycteria americana Primeira 10 2, 4 PE AD; B
UHE Baixo Iguaçu
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Nome do Táxon Nome Comum Sítio de
amostragem* Referências
Método de Amostragem
MMA IUCN PR CITES Características
ORDEM SULIFORMES
FAMÍLIA PHALACROCORACIDAE
Nannopterum brasilianus Biguá 3, 4, 5, 6, 7, 8, 10, 11
1, 2, 3, 4 LM, PE AD; B
FAMÍLIA ANHINGIDAE
Anhinga anhinga biguatinga 1 1, 2, 3, 4 LM AD; M
ORDEM PELECANIFORMES
FAMÍLIA THRESKIORNITHIDAE
Theristicus caudatus curicaca 4, 5, 9 4 LM AD; B
Plegadis chihi Caraúna 2, 3, 4 NT AD
Mesembrinibis cayennensis Coró-coró 1, 2, 3, 4 NT AD
Phimosus infuscatus tapicuru 2, 3, 10, 11 3 LM, PE AD; M
Platalea ajaja Colhereiro 3 AD
FAMÍLIA ARDEIDAE
Ardea cocoi Garça-moura 3 1, 2, 3 PE AD; B
Ardea alba Garça-branca 3, 5, 6, 8, 10, 11
1, 2, 3, 4 LM, PE AD; B
Egretta thula Garça-branca-pequena 1, 2, 3, 4 AD
Bubulcus íbis Garça-vaqueira 2, 4, 5, 7, 9, 10
1, 2, 3, 4 LM, PE AD; B
UHE Baixo Iguaçu
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Nome do Táxon Nome Comum Sítio de
amostragem* Referências
Método de Amostragem
MMA IUCN PR CITES Características
Butorides striata Socozinho 2, 3 1, 2, 3, 4 LM, PE AD; B
Nycticorax nycticorax Socó-dorminhoco 3, 5 1, 2, 3, 4 PE AD; B
Syrigma sibilatrix Maria-faceira 9 2 LM AD; M
Tigrisoma fasciatum Socó-boi-baio 1, 2 EN AD
Tigrisoma lineatum Socó-boi 1, 2, 4 AD
ORDEM CATHARTIFORMES
FAMÍLIA CATHARTIDAE
Coragyps atratus Urubu-de-cabeça-preta 1, 2, 9, 10, 11 1, 2, 3, 4 LM, PE AD; B
Cathartes aura Urubu-de-cabeça-vermelha 1, 7 1, 2, 3, 4 LM, PE AD; B
Cathartes burrovianus Urubu-de-cabeça-amarela 1, 2, 4 AD
Sarcoramphus papa Urubu-rei 1, 2, 3, 4 AD
ORDEM ACCIPITRIFORMES
FAMÍLIA PANDIONIDAE
Pandion haliaetus Águia-pescadora 4 II AD
FAMÍLIA ACCIPITRIDAE
Leptodon cayanensis Gavião-gato 2 II AD
Chondrohierax uncinatus Caracoleiro 2 VU II AD
Elanoides forficatus Gavião-tesoura 2 2, 3, 4 LM II VN; M
Gampsonyx swainsonii gaviãozinho 3 II AD
Elanus leucurus Gavião-peneira 1, 2, 3, 4 II AD
UHE Baixo Iguaçu
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Nome do Táxon Nome Comum Sítio de
amostragem* Referências
Método de Amostragem
MMA IUCN PR CITES Características
Harpagus diodon Gavião-bombachinha 2, 4 II AD
Ictinia plumbea Sovi 1, 6, 7, 8, 9, 10, 11
1, 2, 3, 4 LM, PE II AD; M
Rostrhamus sociabilis Gavião-caramujeiro 3, 4, 5, 11 1, 2, 3, 4 LM, PE II AD; B
Geranospiza caerulescens Gavião-pernilongo 2, 4 II AD
Heterospizias meridionalis Gavião-caboclo 2, 3 II AD
Circus buffoni Gavião-do-banhado 3 II AD
Accipiter striatus Tauató-miúdo 1, 2, 3, 4 II AD
Buteo brachyurus Gavião-de-cauda-curta 1, 2, 4 II AD
Buteo swainsoni Gavião-papa-gafanhoto 2 LM DD II VN; M
Rupornis magnirostris Gavião-carijó 2, 3, 6, 7, 9 1, 2, 3, 4 LM, PE II AD; B
Urubitinga urubitinga Gavião-preto 1, 2 II AD
Urubitinga coronata Águia-cinzenta 2 EN II AD
Geranoaetus albicaudatus Gavião-de-rabo-branco 2 II AD
Circus buffoni Gavião-do-banhado 4 II AD
Parabuteo leucorrhous Gavião-de-sobre-branco 4 II AD
Harpyhaliaetus coronatus Águia-cinzenta 1 VU II AD
Pseudastur polionotus Gavião-pombo 2 NT NT II ED
Spizaetus tyrannus Gavião-pega-macaco 1, 2, 4 NT II AD
Spizaetus melanoleucus Gavião-pato 2 2, 3, 4 LM EN II AD; A
UHE Baixo Iguaçu
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Nome do Táxon Nome Comum Sítio de
amostragem* Referências
Método de Amostragem
MMA IUCN PR CITES Características
Spizaetus ornatus Gavião-de-penacho 1, 2 NT EN II AD
Harpia harpyja Gavião-real 2 NT CR II AD
ORDEM FALCONIFORMES
FAMÍLIA FALCONIDAE
Micrastur semitorquatus Falcão-relógio 1, 4 II AD
Micrastur ruficollis Falcão-caburé 1 II AD
Milvago chimachima carrapateiro 7 1, 2, 3, 4 LM II AD; B
Caracara plancus carcará 2, 5, 9, 10 1, 2, 3, 4 LM, PE II AD; B
Herpetotheres cachinnans acauã 8 3, 4 LM II AD; B
Falco sparverius quiriquiri 9 3, 4 LM II AD; B
Falco femoralis Falcão-de-coleira 4 1, 3, 4 LM II AD; B
Falco peregrinus Falcão-peregrino 4 II VN
Falco rufigularis cauré 4 II AD
ORDEM ANSERIFORMES
FAMÍLIA ANHIMIDAE
Anhima cornuta anhuma 4 AD; B
FAMÍLIA ANATIDAE
Cairina moschata Pato-do-mato 1, 2, 3, 4 AD
Amazonetta brasiliensis Pé-vermelho 1, 3, 4, 5, 10, 11
1, 2, 3, 4 LM, PE AD; B
Dendrocygna autumnalis Marreca-cabocla 3 AD
UHE Baixo Iguaçu
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Nome do Táxon Nome Comum Sítio de
amostragem* Referências
Método de Amostragem
MMA IUCN PR CITES Características
Dendrocygna viduata irerê 4, 9 3, 4 LM AD; B
Nomonyx dominicus Marreca-caucau 3 AD
ORDEM GALLIFORMES
FAMÍLIA CRACIDAE
Penelope obscura jacuguaçu 1, 2, 4 CI; AD
Penelope superciliaris jacupemba 10 1, 2, 3, 4 LM CI; AD; M
Aburria jacutinga jacutinga 1, 2 EN EN ED; CI;
FAMÍLIA ODONTOPHORIDAE
Odontophorus capueira uru 2, 3 ED; CI
ORDEM GRUIFORMES
FAMÍLIA ARAMIDAE
Aramus guarauna Carão 10 1, 2, 3 PE AD; M
FAMÍLIA CARIAMIDAE
Cariama cristata seriema 1 AD
FAMÍLIA RALLIDAE
Pardirallus nigricans Saracura-sanã 9 1, 2, 3, 4 LM AD; M
Aramides saracura Saracura-do-mato 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11
1, 2, 3, 4 LM, PE ED; M
Laterallus melanophaius Sanã-parda 2 AD
Mustelirallus albicollis Sanã-carijó 2, 4 AD
UHE Baixo Iguaçu
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Nome do Táxon Nome Comum Sítio de
amostragem* Referências
Método de Amostragem
MMA IUCN PR CITES Características
Gallinula galeata Galinha-d’-água 3 1, 3, 4 LM DD AD; B
Porphyrio martinicus Frango-d’água-azul 2, 8, 11 2 LM AD; B
FAMÍLIA HELIORNITHIDAE
Heliornis fulica picaparra 2 DD AD
ORDEM CHARADRIIFORMES
FAMÍLIA JACANIDAE
Jacana jacana Jaçanã 11 1, 2, 3, 4 LM AD; B
FAMÍLIA SCOLOPACIDAE
Calidris melanotos Mçarico-de-colete 4 VN; AD
Actitis macularius Maçarico-pintado 3, 4 VN; AD
Gallinago paraguaiae Narceja 2 AD
Tringa solitaria Maçarico-solitário 3, 4 VN; AD
Tringa melanoleuca Maçarico-grande-de-perna-amarela
2 VN; AD
Tringa flavipes Maçarico-de-perna-amarela 2, 3, 4 VN; AD
FAMÍLIA CHARADRIIDAE
Vanellus chilensis Quero-quero 2, 3, 4, 5, 6, 7, 9, 10, 11
1, 2, 3, 4 LM, PE AD; B
FAMÍLIA RECURVIROSTRIDAE
Himantopus melanurus Pernilongo-de-costas-brancas 3, 4 AD
UHE Baixo Iguaçu
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Nome do Táxon Nome Comum Sítio de
amostragem* Referências
Método de Amostragem
MMA IUCN PR CITES Características
ORDEM COLUMBIFORMES
FAMÍLIA COLUMBIDAE
Patagioenas picazuro Asa-branca 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11
1, 2, 3, 4 LM, PE AD; M
Patagioenas cayennensis Pomba-galega 6, 7, 8, 9, 10 2, 3, 4 LM, PE AD; M
Zenaida auriculata avoante 1, 2, 3, 4, 6, 8, 9, 10, 11
1, 2, 3, 4 LM, PE AD; B
Columbina talpacoti Rolinha-roxa 1, 2, 3, 5, 9, 11
1, 2, 3, 4 LM, PE AD; B
Columbina picui Rolinha-picuí 1, 3, 11 1, 2, 3, 4 LM, PE AD; B
Columbina minuta Rolinha-de-asa-canela 2 DD AD
Columbina squamata Fogo-apagou 7 2, 3, 4 LM AD; B
Leptotila verreauxi Juriti-pupu 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11
1, 2, 3, 4 LM, PE, RN AD, B
Leptotila rufaxilla Juriti-de-testa-branca 2, 4, 8, 10 2, 3 LM, PE AD, M
Geotrygon montana Pariri 1, 2, 3, 4 AD
Geotrygon violacea Juriti-vermelha 2 DD AD
Claravis pretiosa Pararu-azul 2 AD
UHE Baixo Iguaçu
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Nome do Táxon Nome Comum Sítio de
amostragem* Referências
Método de Amostragem
MMA IUCN PR CITES Características
ORDEM PSITTACIFORMES
FAMÍLIA PSITTACIDAE
Psittacara leucophthalmus periquitão 1, 3, 4 II AD
Primolius maracana maracanã 9 LM NT NT EN I AD, M
Pyrrhura frontalis Tiriba 9 1, 3, 4 PE II ED, M
Brotogeris chiriri Periquito-de-encontro-amarelo 1, 2, 7 3, 4 LM, PE II AD, M
Forpus xanthopterygius tuim 1 II AD
Pionopsitta pileata Cuiú-cuiú 1, 4 II ED
Pionus maximiliani maitaca 1, 2, 8, 9 1, 3, 4 LM, PE II AD, M
Myiopsitta monachus caturrita 9 3, 4 LM II AD, B
Amazona aestiva Papagaio 3 II AD
ORDEM CUCULIFORMES
FAMÍLIA CUCULIDAE
Coccyzus melacoryphus Papa-lagarta 10 1, 2, 3, 4 PE AD, B
Piaya cayana Alma-de-gato 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 11
1, 2, 3, 4 LM, PE, RN AD, B
Crotophaga ani Anu-preto 2, 5, 10, 11 1, 2, 3, 4 LM, PE AD, B
Crotophaga major Anu-coroca 1, 3, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11
1, 2, 3, 4 LM, PE AD, M
UHE Baixo Iguaçu
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Nome do Táxon Nome Comum Sítio de
amostragem* Referências
Método de Amostragem
MMA IUCN PR CITES Características
Guira guira Anu-branco 2, 3, 5, 8, 9, 10
1, 2, 3, 4 LM, PE AD, B
Tapera naevia Saci 1, 2, 3, 6, 7, 8 1, 2, 3, 4 LM, PE AD, B
Ddromococcyx pavoninus Peixe-frito-pavonino 1, 2, 3 AD
ORDEM STRIGIFORMES
FAMÍLIA TYTONIDAE
Tyto furcata Suindara 2, 3 AD
FAMÍLIA STRIGIDAE
Megascops choliba Corujinha-do-mato 2, 3, 4 1, 2, 3, 4 LM, RN, RO II AD, B
Megascops atricapilla Corujinha-sapo 2 II AD
Pulsatrix koeniswaldiana Murucututu-de-barriga-amarela 2 II ED
Glaucidium brasilianum Caburé 11 1, 2, 3 LM II AD, B
Strix hylophila Coruja-listrada 1, 2 NT II ED
Strix virgata Coruja-do-mato 2 DD II AD
Athene cunicularia Coruja-buraqueira 9, 11 2, 3, 4 LM II AD, B
Asio clamator Coruja-orelhuda 2 II AD
ORDEM NYCTIBIIFORMES
FAMÍLIA NYCTIBIIDAE
Nyctibius griseus Urutau 4, 5, 6, 10 1, 2, 3, 4 LM AD, B
ORDEM CAPRIMULGIFORMES
UHE Baixo Iguaçu
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Nome do Táxon Nome Comum Sítio de
amostragem* Referências
Método de Amostragem
MMA IUCN PR CITES Características
FAMÍLIA CAPRIMULGIDAE
Nyctiphrynus ocellatus Bacurau-ocelado 2 EN AD
Lurocalis semitorquatus Tuju 9 1, 2 LM AD, M
Anthrostomus rufus João-corta-pau 2 AD
Anthrostomus sericocaudatus Bacurau-rabo-de-seda 1, 2 AD
Nyctidromus albicollis Bacurau 1, 2, 3, 9 1, 2, 3, 4 LM, PE AD, B
Hydropsalis parvula Bacurau-chintã 2, 3, 4 AD
Hydropsalis torquata Bacurau-tesoura 2, 3, 4 AD
Podager nacunda Corucão 2 AD
ORDEM APODIFORMES
FAMÍLIA APODIDAE
Cypseloides senex Taperuçu-velho 1, 2, 4 AD
Chaetura meridionalis Andorinhão-do-temporal 9 1, 2, 3, 4 PE AD
Cypseloides fumigatus Taperuçu-preto 4 AD
Chaetura cinereiventris Andorinhão-de-sobre-cinzento 2 AD
Streptoprocne zonaris Taperuçu-de-coleira-branca 2 AD
FAMÍLIA TROCHILIDAE
Phaethornis eurynome Rabo-branco-de-garganta-rajada 1 1, 2, 4 RN II ED, M
Phaethornis squalidus Rabo-branco-pequeno 1, 2 II ED
Phaethornis pretrei Rabo-branco-acanelado 4 3 RN II AD, B
Anthracothorax nigricollis Beija-flor-de-veste-preta 2, 3, 4 II AD
UHE Baixo Iguaçu
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Nome do Táxon Nome Comum Sítio de
amostragem* Referências
Método de Amostragem
MMA IUCN PR CITES Características
Stephanoxis lalandi Beija-flor-de-topete-verde 2
II ED, M
Stephanoxis loddigesii Beija-flor-de-topete-azul 4, 9 4 LM, RN II AD
Chlorostilbon lucidus Besourinho-de-bico-vermelho 5, 10 2, 3, 4 LM, PE, RN II AD, B
Thalurania glaucopis Beija-flor-de-fronte-violeta 5 1, 2, 3 LM II ED, M
Eupetomena macroura Beija-flor-tesoura 4 II AD
Florisuga fusca Beija-flor-preto 4 II ED
Hylocharis chrysura Beija-flor-dourado 2, 3, 4 II AD
Hylocharis sapphirina Beija-flor-safira 3 II AD
Leucochloris albicollis Beija-flor-de-papo-branco 2, 3 II ED
Amazilia versicolor Beija-flor-de-banda-branca 5, 10 2, 3, 4 RN II AD, B
Calliphlox amethystina Estrelinha-ametista 2 II AD
ORDEM TROGONIFORMES
FAMÍLIA TROGONIDAE
Trogon surrucura Surucuá-variado 2, 5, 6, 8, 9, 10
1, 2, 3, 4 LM, PE ED, M
Trogon rufus Surucuá-dourado 1, 2, 4 AD
ORDEM CORACIIFORMES
FAMÍLIA ALCEDINIDAE
Megaceryle torquata Martim-pescador-grande 6, 9 1, 2, 3, 4 LM, PE AD, B
Chloroceryle amazona Martim-pescador-verde 3, 5, 8 1, 2, 3, 4 LM, PE AD, B
Chloroceryle americana Martim-pescador-pequeno 1, 2 AD
UHE Baixo Iguaçu
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Nome do Táxon Nome Comum Sítio de
amostragem* Referências
Método de Amostragem
MMA IUCN PR CITES Características
Chloroceryle aenea Martim-pescador-miúdo 2, 3 LM, PE NT AD, M
FAMÍLIA MOMOTIDAE
Baryphthengus ruficapillus Juruva 1, 4, 5, 6, 8, 9 1, 2, 3, 4 LM, PE, RN ED, M
ORDEM GALBULIFORMES
FAMÍLIA BUCCONIDAE
Notharchus swainsoni Macuru-de-barriga-castanha 2, 4 ED
Nystalus chacuru João-bobo 10 2, 3, 4 LM AD, M
Nonnula rubecula Macuru 2, 4 AD
ORDEM PICIFORMES
FAMÍLIA RAMPHASTIDAE
Pteroglossus castanotis Araçari-castanho 2, 5, 8, 9 1, 2, 3, 4 LM, PE II AD, A
Pteroglossus bailloni Araçari-banana 2, 3 NT II AD
Selenidera maculirostris Araçari-poca 5 1, 2, 3, 4 LM II ED, M
Ramphastos dicolorus Tucano-de-bico-verde 1, 2, 3, 4 II ED
Ramphastos toco Tucanuçu 1, 2 II AD
FAMÍLIA PICIDAE
Picumnus temminckii Picapauzinho-de-coleira 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 10, 11
1, 2, 3, 4 LM, PE, RN ED, M
Colaptes melanochloros Pica-pau-verde-barrado 1, 2, 3 AD
UHE Baixo Iguaçu
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Nome do Táxon Nome Comum Sítio de
amostragem* Referências
Método de Amostragem
MMA IUCN PR CITES Características
Colaptes campestris Pica-pau-do-campo 2, 6, 9, 10 2, 3, 4 LM, PE AD, B
Veniliornis spilogaster Picapauzinho-verde-carijó 6, 7 1, 2, 3, 4 LM, PE ED, M
Piculus aurulentus Pica-pau-dourado 1, 2 NT ED
Celeus flavescens Pica-pau-de-cabeça-amarela 1, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11
1, 2, 3, 4 LM, PE AD, M
Celeus galeatus Pica-pau-de-cara-canela 2 AD
Dryocopus lineatus Pica-pau-de-banda-branca 1, 2, 3, 4 AD
Melanerpes flavifrons Benedito-de-testa-amarela 9 1, 2, 3, 4 LM ED, M
Melanerpes candidus Pica-pau-branco 2, 5, 9 1, 2, 3, 4 LM AD, B
Campephilus robustus Pica-pau-rei 8 1, 2 PE ED, M
ORDEM PASSERIFORMES
FAMÍLIA RHINOCRYPTIDAE
Eleoscytalopus indigoticus macuquinho 1, 2 NT ED
Scytalopus speluncae Tapaculo-preto 2 ED
Psilorhamphus guttatus Tapaculo-pintado 2, 4 NT NT ED
FAMÍLIA THAMNOPHILIDAE
Hypoedaleus guttatus Chocão-carijó 8, 9 1, 2, 4 LM, PE ED, A
Batara cinerea Matracão 1, 2 AD
UHE Baixo Iguaçu
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Nome do Táxon Nome Comum Sítio de
amostragem* Referências
Método de Amostragem
MMA IUCN PR CITES Características
Mackenziana severa borralhara 1, 2, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10
1, 2, 3, 4 LM, PE, RN ED, M
Mackenziana leachii Borralhara-assobiadora 1, 2, 3, 4 ED
Thamnophilus caerulescens Choca-da-mata 2, 3, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11
1, 2, 3, 4 LM, PE, RN AD, B
Thamnophilus ruficapillus Choca-de-chapéu-vermelho 2 AD
Thamnophilus doliatus Choca-barrada 3 AD
Dysithamnus mentalis Choquinha-lisa 2, 3, 5, 8, 9, 10, 11
1, 2, 3, 4 LM, PE, RN AD, M
Dysithamnus stictothorax Choquinha-de-peito-pintado 2 NT ED
Herpsilochmus rufimarginatus Chorozinho-de-asa-vermelha 1, 2, 3, 4 AD
Terenura maculata Zidedê 1, 2 ED
Biatas nigropectus Papo-branco 2 VU VU ED
Drymophila rubricollis Trovoada-de-bertoni 1, 2 ED
Drymophila malura Choquinha-carijó 1, 2, 4 ED
Pyriglena leucoptera Papa-taoca-do-sul 1, 2, 3 ED
Myrmoderus squamosus Papa-formiga-de-grota 1 ED
FAMÍLIA FORMICARIIDAE
Chamaeza campanisona Tovaca-campainha 1, 2, 3, 4 AD
FAMÍLIA GRALLARIIDAE
UHE Baixo Iguaçu
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Nome do Táxon Nome Comum Sítio de
amostragem* Referências
Método de Amostragem
MMA IUCN PR CITES Características
Grallaria varia tovacuçu 1, 2 AD
FAMÍLIA SCLERURIDAE
Sclerurus scansor Vira-folha 2 ED
FAMÍLIA CONOPOPHAGIDAE
Conopophaga lineata Chupa-dente 5 1, 2, 3, 4 RN ED, M
FAMÍLIA FURNARIIDAE
Furnarius rufus João-de-barro 2, 3, 4, 5, 6, 8, 10, 11
1, 2, 3, 4 LM, PE AD, B
Synallaxis spixi João-teneném 2, 7, 10, 11 1, 2, 3, 4 LM, PE, RN AD, B
Synalaxis ruficapilla pichororé 4, 6, 10 1, 2, 3 PE, RN ED, M
Synallaxis frontalis petrim 5 1, 4 LM AD, B
Synallaxis cinerascens Pi-puí 2, 5, 6, 7, 8, 11
1, 2, 3, 4 LM, PE, RN AD, M
Synallaxis albescens Ui-pí 1, 11 2 LM, PE AD, B
Syndactyla rufosuperciliata Trepador-quiete 2, 3, 4 AD
Certhiaxis cinnamomeus curutié 1, 2, 3, 4 AD
Philydor atricapillus Limpa-folha-coroado 1, 2 ED
Philydor rufum Limpa-folha-de-testa-baia 1, 2 AD
Anabacerthia lichtensteini Limpa-folha-ocráceo 1, 2, 4 AD
Automolus leucophthalmus Barranqueiro-de-olho-branco 1, 4, 5, 6, 7, 8, 10, 11
1, 2, 3, 4 LM, PE, RN ED, M
UHE Baixo Iguaçu
59
Plano de Trabalho de Resgate de Fauna
P 4.16: Programa de Resgate e Aproveitamento Científico da Fauna
Nome do Táxon Nome Comum Sítio de
amostragem* Referências
Método de Amostragem
MMA IUCN PR CITES Características
Xenops minutus Bico-virado-miúdo 1 AD
Clibanornis dendrocolaptoides cisqueiro 2 NT ED
Lochmias nematura João-porca 5, 8 1, 2, 3, 4 LM, PE AD, M
Heliobletus contaminatus trepadorzinho 2 ED
Cranioleuca obsoleta Arredio-oliváceo 2 ED
Cranioleuca vulpina Arredio-do-rio 3 AD
FAMÍLIA DENDROCOLAPTIDAE
Dendrocincla turdina Arapaçu-liso 1, 2, 3 ED
Sittasomus griseicapillus Arapaçu-verde 1, 2, 3, 4 AD
Campylorhamphus falcularius Arapaçu-de-bico-torto 2 ED
Xiphocolaptes albicollis Arapaçu-de-garganta-branca 1, 2 AD
Dendrocolaptes platyrostris Arapaçu-grande 8 1, 2, 3, 4 RN AD, M
Lepidocolaptes falcinellus Arapaçu-escamoso-do-sul 2 AD
Xiphorynchus fuscus Arapaçu-rajado 1, 2, 4 ED
FAMÍLIA XENOPIDAE
Xenops minutus Bico-virado-miúdo 2 AD
Xenops rutilans Bico-virado-carijó 2, 4 AD
FAMÍLIA PLATYRINCHIDAE
Platyrinchus mystaceus Patinho 1 2 RN AD, M
Platyrinchus leucoryphus Patinho-de-asa-castanha 2 VU EN ED
UHE Baixo Iguaçu
60
Plano de Trabalho de Resgate de Fauna
P 4.16: Programa de Resgate e Aproveitamento Científico da Fauna
Nome do Táxon Nome Comum Sítio de
amostragem* Referências
Método de Amostragem
MMA IUCN PR CITES Características
FAMÍLIA RHYNCHOCYCLIDAE
Mionectes rufiventris Abre-asa-de-cabeça-cinza 1, 2 ED
Leptopogon amaurocephalus cabeçudo 1, 2, 4, 5, 6, 8, 10
2, 4 LM, PE, RN AD, M
Corythopis delalandi estalador 1, 2, 8 2 LM, PE, RN AD, M
Phylloscartes eximius barbudinho 2 NT ED
Phylloscartes ventralis Borboletinha-do-mato 1, 2 AD
Phylloscartes paulista Não-pode-parar 2 NT NT ED
Phylloscartes sylviolus Maria-pequena 2 NT ED
Tolmomyias sulphurescens Bico-chato-de-orelha-preta 1, 5, 6, 7 1, 2, 3 LM, PE, RN AD, M
Todirostrum cinereum Ferreirinho-relógio 3, 5, 11 2, 3, 4 LM, PE AD, B
Poecilotriccus plumbeiceps Tororó 5, 7, 8, 11 1, 2, 3, 4 LM, PE, RN AD, M
Myiornis auricularis Miudinho 5, 7 1, 2, 3, 4 LM ED, B
Hemitriccus diops Olho-falso 1, 2, 4 ED
Hemitriccus margaritaceiventer
Sebinho-de-olho-de-ouro 2, 3, 4 AD
Hemitriccus obsoletus catraca 4 AD
FAMÍLIA TYRANNIDAE
Hirundinea ferrugínea Gibão-de-couro 2 AD
Euscarthmus meloryphus Barulhento 2, 4 AD
Tyranniscus burmeisteri Piolhinho-chiador 2 DD AD
UHE Baixo Iguaçu
61
Plano de Trabalho de Resgate de Fauna
P 4.16: Programa de Resgate e Aproveitamento Científico da Fauna
Nome do Táxon Nome Comum Sítio de
amostragem* Referências
Método de Amostragem
MMA IUCN PR CITES Características
Phyllomyias fasciatus Piolhinho 1, 2, 3 AD
Phyllomyias virescens Piolhinho-verdoso 2 ED
Camptostoma obsoletum Risadinha 3, 6, 9 1, 2, 3, 4 PE AD, B
Myiopagis caniceps Guaracava-cinzenta 1, 2, 4 AD
Myiopagis viridicata Guaracava-de-crista-alaranjada 5, 6 1, 2, 3, 4 LM, RN AD, M
Elaenia flavogaster Guaracava-de-barriga-amarela 2, 7 1, 2, 3, 4 LM, PE AD, B
Elaenia spectabilis Guaracava-grande 3, 5, 6, 11 2, 3, 4 LM, PE AD, B
Elaenia mesoleuca Tuque 2 AD
Elaenia obscura Tucão 2, 4 AD
Phaeomyias murina Bagageiro 2 AD
Serpophaga nigricans João-pobre 1, 2 AD
Serpophaga subcristata Alegrinho 2, 3, 4 AD
Leptopogon amaurocephalus cabeçudo 1, 3 AD
Ramphotrigon megacephalum Maria-cabeçuda 2, 4 DD AD
Knipolegus cyanirostris Maria-preta-de-bico-azulado 2 AD
Satrapa icterophrys Suiriri-pequeno 2, 3, 4 AD
Capsiempis flaveola Marianinha 10, 11 1, 2, 3, 4 LM, PE AD
Cnemotriccus fuscatus guaracavuçu 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 9, 10, 11
2, 3, 4 LM, PE, RN AD, B
Corythopis delalandi Estalador 1, 3 AD
UHE Baixo Iguaçu
62
Plano de Trabalho de Resgate de Fauna
P 4.16: Programa de Resgate e Aproveitamento Científico da Fauna
Nome do Táxon Nome Comum Sítio de
amostragem* Referências
Método de Amostragem
MMA IUCN PR CITES Características
Contopus cinereus Papa-moscas-cinzento 2 AD
Xolmis cinereus primavera 2 AD
Lathrotriccus euleri enferrujado 1, 2, 6, 7, 8, 9 1, 2, 3, 4 LM, PE, RN AD, M
Pyrocephalus rubinus príncipe 2, 3, 4 AD
Myiophobus fasciatus filipe 2, 3, 4 AD
Gubernetes yetapa Tesoura-do-brejo 2 AD
Arundinicola leucocephala freirinha 2 AD
Fluvicola albiventer Lavadeira-de-cara-branca 2 AD
Fluvicola nengeta Lavadeira-mascarada 3 AD
Colonia colonus Viuvinha 1, 2, 3, 4 AD
Conopias trivirgatus Bem-te-vi-pequeno 2 AD
Empidonomus varius Peitica 1, 2, 4, 5, 6, 7, 8, 11
2, 3, 4 LM, PE AD, B
Syristes sibilator Gritador 1, 2 AD
Megarynchus pitangua Nei-nei 2, 3, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11
1, 2, 3, 4 LM, PE AD, B
Myiodynastes maculatus Bem-te-vi-rajado 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11
1, 2, 3, 4 LM, PE AD; DS, B
Legatus leucophaius Bem-te-vi-pirata 6 1, 2, 4 PE AD, B
UHE Baixo Iguaçu
63
Plano de Trabalho de Resgate de Fauna
P 4.16: Programa de Resgate e Aproveitamento Científico da Fauna
Nome do Táxon Nome Comum Sítio de
amostragem* Referências
Método de Amostragem
MMA IUCN PR CITES Características
Myiozetetes similis bentevizinho 1, 2, 4, 5, 6, 7, 9, 10
1, 2, 3, 4 LM, PE AD, B
Pitangus sulphuratus Bem-te-vi 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11
1, 2, 3, 4 LM, PE, RN AD, B
Tyrannus melancholicus suiriri 3, 4, 5, 6, 7, 8, 10, 11
1, 2, 3, 4 LM, PE AD, B
Tyrannus savana tesourinha 2, 4, 5, 6, 8, 9, 11
2, 3, 4 LM, PE AD; DS; B
Machetornis rixosa Suiriri-cavaleiro 11 2, 3, 4 LM AD; B
Myiarchus swainsoni irré 2, 4 AD
Myiarchus ferox Maria-cavaleira 11 2, 3, 4 LM, PE AD; B
FAMÍLIA COTINGIDAE
Pyroderus scutatus Pavó 1, 2 NT ED
Phibalura flavirostris Tesourinha-da-mata 2 NT NT AD
Procnias nudicollis araponga 1, 2 VU ED
FAMÍLIA OXYRUNCIDAE
Oxyrunchus cristatus Araponga-do-horto 1; 2 AD
FAMÍLIA PIPRITIDAE
Pirites chloris Papinho-amarelo 1; 2 AD
FAMÍLIA TITYRIDAE
Schiffornis virescens flautim 1, 2 ED
UHE Baixo Iguaçu
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Plano de Trabalho de Resgate de Fauna
P 4.16: Programa de Resgate e Aproveitamento Científico da Fauna
Nome do Táxon Nome Comum Sítio de
amostragem* Referências
Método de Amostragem
MMA IUCN PR CITES Características
Pachyramphus viridis Caneleiro-verde 1, 2 AD
Pachyramphus castaneus caneleiro 2 AD
Pachyramphus polychopterus Caneleiro-preto 2 AD
Pachyramphus validus Caneleiro-de-chapéu-preto 4, 5, 7 1, 2, 3, 4 LM, PE AD, M
Tityra inquisitor Anambé-branco-de-bochecha-parda
2, 3 AD
Tityra cayana Anambé-branco-de-rabo-preto 2, 3, 4 AD
FAMÍLIA PIPRIDAE
Chiroxiphia caudata tangará 1, 2, 4 ED
Manacus manacus rendeira 1 1, 2 RN AD, B
Pipra fasciicauda Uirapuru-laranja 1 1, 2, 3 RN AD, M
FAMÍLIA HIRUNDINIDAE
Alopochelidon fucata Andorinha-morena 2 AD
Tachycineta albiventer Andorinha-do-rio 1, 2, 3, 4 AD
Tachycineta leucorrhoa Andorinha-de-sobre-branco 5, 11 1, 2, 3, 4 LM, PE AD, B
Pygochelidon cyanoleuca Andorinha-pequena-de-casa 5 1, 2, 4 PE AD, B
Progne chalybea Andorinha-grande 11 1, 2, 3, 4 LM AD, B
Progne tapera Andorinha-do-campo 3, 4 AD
Stelgidopterix ruficollis Andorinha-serradora 9, 10 1, 2, 3, 4 LM, PE AD, B
Pygochelidon melanoleuca Andorinha-de-coleira 1, 2 AD
Riparia riparia Andorinha-do-barranco 2 VN;
UHE Baixo Iguaçu
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Plano de Trabalho de Resgate de Fauna
P 4.16: Programa de Resgate e Aproveitamento Científico da Fauna
Nome do Táxon Nome Comum Sítio de
amostragem* Referências
Método de Amostragem
MMA IUCN PR CITES Características
Hirundo rustica Andorinha-de-bando 2 VN;
FAMÍLIA TROGLODYTIDAE
Troglodytes musculus corruíra 2, 3, 4, 5, 7, 8, 10, 11
1, 2, 3, 4 LM, PE AD, B
FAMÍLIA DONACOBIIDAE
Donacobius atricapilla japacanim 2 AD
FAMÍLIA POLIOPTILIDAE
Polioptila lactea Balança-rabo-leitoso 2 NT EN ED
FAMÍLIA CORVIDAE
Cyanocorax chrysops Gralha-picaça 1, 2, 6, 7, 8, 9 1, 2, 3, 4 LM, PE AD, B
FAMÍLIA TURDIDAE
Turdus rufiventris Sabiá-laranjeira 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11
1, 2, 3, 4 LM, PE, RN AD, B
Turdus leucomelas Sabiá-do-barranco 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 9, 10, 11
1, 2, 3, 4 LM, PE, RN AD, B
Turdus amaurochalinus Sabiá-poca 2, 3, 4, 6, 7, 8, 11
1, 2, 3, 4 LM, PE, RN AD, B
Turdus subalaris Sabiá-ferreiro 2, 3 ED
Turdus albicollis Sabiá-coleira 9 1, 2 LM AD, M
UHE Baixo Iguaçu
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Plano de Trabalho de Resgate de Fauna
P 4.16: Programa de Resgate e Aproveitamento Científico da Fauna
Nome do Táxon Nome Comum Sítio de
amostragem* Referências
Método de Amostragem
MMA IUCN PR CITES Características
FAMÍLIA MIMIDAE
Mimus saturninus Sabiá-do-campo 2, 7, 9, 10, 11 2, 3, 4 LM AD, B
Mimus triurus Calhandra-de-três-rabos 3, 4 AD
FAMÍLIA VIREONIDAE
Cyclarhis gujanensis pitiguari 5, 8, 10 1, 2, 3, 4 LM, PE AD, B
Vireo chivi juruviara 1, 2 1, 2, 3, 4 PE, RN AD, B
Hylophilus poicilotis Verdinho-coroado 1, 2, 3, 4 ED
FAMÍLIA ICTERIDAE
Gnorimopsar chopi Pássaro-preto 9 1, 2, 3 LM AD, B
Psarocolius decumanus japu 3 CR AD
Cacicus haemorrhous guaxe 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11
1, 2, 3, 4 LM, PE AD, B
Cacicus chrysopterus japuíra 2, 4 AD
Procacicus solitarius Iraúna-de-bico-branco 3 DD AD
Icterus cayanensis inhapim 2 AD
Icterus pyrrhopterus encontro 3 3, 4 LM AD, M
Molothrus oryzivorus Iraúna-grande 1 2, 4 LM AD, B
Molothrus bonariensis chupim 2, 4, 5, 9, 11 2, 4 LM AD, B
UHE Baixo Iguaçu
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Plano de Trabalho de Resgate de Fauna
P 4.16: Programa de Resgate e Aproveitamento Científico da Fauna
Nome do Táxon Nome Comum Sítio de
amostragem* Referências
Método de Amostragem
MMA IUCN PR CITES Características
Molothrus rufoaxillaris Chupim-azeviche 2 3, 4 AD
Sturnella superciliaris Polícia-inglesa-do-sul 2, 4 2, 3, 4 LM, PE AD, B
Agelaioides badius Asa-de-telha 3, 4 LM AD, B
FAMÍLIA MOTACILLIDAE
Anthus lutescens Caminheiro-zumbidor 8 2, 3, 4 LM AD, B
Anthus hellmayri Caminheiro-de-barriga-acanelada
2 AD
FAMÍLIA PASSERELIDAE
Arremon flavirostris Tico-tico-de-bico-amarelo 1, 2 AD
Zonotrichia capensis Tico-tico 1, 2, 4, 5, 6, 8, 11
1, 2, 3, 4 LM, PE AD, B
Ammodramus humeralis Tico-tico-do-campo 2, 8, 9 2, 3, 4 LM AD, B
FAMÍLIA PARULIDAE
Setophaga pitiayumi mariquita 1, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10
1, 2, 3, 4 LM, PE AD, M
Geothlypis aequinoctialis Pia-cobra 3, 11 1, 2, 3, 4 PE, LM AD, B
Basileuterus culicivorus Pula-pula 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11
1, 2, 3, 4 LM, PE, RN AD, M
Myiothlypis leucoblephara Pula-pula-assobiador 4, 5, 6, 7, 8, 9 1, 2, 3, 4 LM, PE, RN ED, M
UHE Baixo Iguaçu
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Plano de Trabalho de Resgate de Fauna
P 4.16: Programa de Resgate e Aproveitamento Científico da Fauna
Nome do Táxon Nome Comum Sítio de
amostragem* Referências
Método de Amostragem
MMA IUCN PR CITES Características
Myiothlypis rivularis Pula-pula-ribeirinho 1 1, 2, 3 RN AD, M
FAMÍLIA THRAUPIDAE
Cissopis leverianus Tietinga 2, 4, 5, 6, 7, 11
1, 2, 3, 4 LM, PE AD, B
Coereba flaveola cambacica 2, 3, 5, 6, 10, 11
2, 3, 4 LM, PE, RN AD, B
Hemithraupis guira Saíra-de-papo-preto 4, 6 1, 2, 3, 4 LM, PE AD, B
Pyrrhocoma ruficeps Cabecinha-castanha 8 1, 2, 4 RN ED, M
Tachyphonus coronatus Tiê-preto 1, 5, 6, 7, 8, 10, 11
1, 2, 3, 4 LM, PE, RN ED, B
Trichothraupis melanops Tiê-de-topete 1, 2, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10
1, 2, 3, 4 LM, PE, RN AD, M
Pipraeidea melanonota Saíra-viúva 1, 2, 3, 4 AD
Pipraeidea bonariensis Sanhaçu-papa-laranja 4 AD
Tangara preciosa Saíra-preciosa 4 AD
Paroaria coronata cardeal 3, 4 AD
Nemosia pileata Saíra-de-chapéu-preto 5, 6 3, 4 LM, PE AD, B
Tangara sayaca Sanhaçu-cinzento 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11
1, 2, 3, 4 LM, PE AD, B
Tangara seledon Saíra-sete-cores 1, 2, 4 ED
UHE Baixo Iguaçu
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Plano de Trabalho de Resgate de Fauna
P 4.16: Programa de Resgate e Aproveitamento Científico da Fauna
Nome do Táxon Nome Comum Sítio de
amostragem* Referências
Método de Amostragem
MMA IUCN PR CITES Características
Dacnis cayana Saí-azul 6, 10 1, 2, 3, 4 LM, PE AD, B
Tersina viridis Saí-andorinha 1, 2, 5, 8, 11 1, 2, 3, 4 LM, PE AD, B
Conirostrum speciosum Figurinha-de-rabo-castanho 1, 2, 4, 6, 7, 8, 11
1, 2, 3, 4 LM, PE AD, B
Haplospiza unicolor Cigarra-bambu 1, 2 ED
Tiaris fuliginosus Cigarra-preta 1 2 LM, PE, RN AD, B
Sicalis flaveola Canário-da-terra 2, 3, 4, 5, 11 1, 2, 3, 4 LM, PE AD, B
Sicalis luteola Tipio 2, 3, 4 AD
Embernagra platensis Sabiá-do-banhado 1, 2, 3, 4 AD
Volatinia jacarina Tiziu 2, 5, 9, 11 1, 2, 3, 4 LM AD, B
Sporophila caerulescens coleirinho 1, 2, 3, 4, 9, 10, 11
1, 4 LM, PE AD, B
Sporophila falcirostris Cigarra 2 VU VU ED
Sporophila angolensis curió 4 AD
Coryphospingus cucullatus Tico-tico-rei 1, 2, 3, 5, 6, 8, 9, 11
1, 2, 3, 4 LM, PE, RN AD, B
Saltator similis Trinca-ferro 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11
1, 2, 3, 4 LM, PE, RN AD, B
Saltator fuliginosus Bico-de-pimenta 2, 4 ED
UHE Baixo Iguaçu
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Plano de Trabalho de Resgate de Fauna
P 4.16: Programa de Resgate e Aproveitamento Científico da Fauna
Nome do Táxon Nome Comum Sítio de
amostragem* Referências
Método de Amostragem
MMA IUCN PR CITES Características
FAMÍLIA CARDINALIDAE
Piranga flava Sanhaçu-de-fogo 2 NT AD
Habia rubica Tiê-de-bando 1, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11
1, 2, 3, 4 LM, PE, RN AD, A
Amaurospiza moesta Negrinha-do-mato 1, 2 NT ED
Cyanoloxia glaucocaerulea Azulinho 2, 3, 4 AD
Cyanoloxia brissonii azulão 1, 2, 11 2, 4 LM, PE, RN ED, M
FAMÍLIA FRINGILLIDAE
Euphonia violacea gaturamo 1, 2, 3 AD
Euphonia chlorotica Fim-fim 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 9, 10, 11
1, 2, 3, 4 LM, PE AD, B
Euphonia pectoralis Ferro-velho 6, 7 1, 2, 4 PE ED, M
Euphonia chalybea Cais-cais 2 NT AD
Chlorophonia cyanea Gaturamo-bandeira 8 2, 4 RN AD, M
Euphonia cyanocephala Gaturamo-rei 4 AD
Spinus magellanicus pintassilgo 2, 3, 4 AD
FAMÍLIA PASSERIDAE
Passer domesticus pardal 10 4 LM AD; EX, B
Legendas: Dados secundários: 1. Straube et al. 2004; 2. Sociedade da Água/Geração Céu Azul 2008; 3. Consórcio Baixo Iguagu/Biota, 2015; 4. Wikiaves (2017). *Consórcio Baixo Iguaçu/Resiliência (2017). Método de registro: LM = Lista de
Mackinnon, PE = Ponto de escuta, RN = rede de neblina, RO = Registro ocasional. Categorias de ameaça: NT = quase ameaçada; EN = ameaçada; VU = vulnerável; CR = criticamente ameaçada, DD = deficiente de dados; CITES (Apêndice I, II e II).
Característica: AD: Ampla distribuição; CI: cinegética; ED: endêmica; EX: exótica; B: Baixa sensibilidade; M: média sensibilidade; A: alta sensibilidade a distúrbios antrópicos.
UHE Baixo Iguaçu
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Plano de Trabalho de Resgate de Fauna
P 4.16: Programa de Resgate e Aproveitamento Científico da Fauna
5.1.4 - Metodologia de resgate
Para a completa execução do Programa de Resgate e afugentamento da fauna da UHE Baixo Iguaçu o
presente plano de trabalho foi dividido em diferentes etapas, as quais são apresentadas abaixo e
detalhadas em seguida.
5.1.4.1 - Planejamento
Instalação do Centro Provisório de Triagem de Animais Silvestres (CEPTAS)
Nesta etapa esta prevista a instalação do Centro Provisório de Triagem de Animais Silvestres (CEPTAS -
Figura 2). Neste local, os animais acidentados serão tratados, acondicionados e reabilitados até a
soltura. Caso o espécime demande cuidados veterinário adicionais e/ou manutenção por maior
período, o mesmo deverá ser direcionado ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS) de Ponta
Grossa, para tratamento.
O atendimento veterinário que será realizado no CEPTAS dependerá das demandas de cada caso,
podendo ser realizadas hidratações, alimentação, pequenas suturas e demais procedimento de
primeiros socorros, de acordo com a avaliação do médico veterinário responsável. Os animais serão
mantidos no CEPTAS pelo menor tempo possível, sendo então encaminhados para soltura, caso
apresentem condições para isso. Em último caso, de atendimento especializado, com fraturas graves
ou outras anomalias que exijam melhor estrutura médico/hospitalar, os mesmos serão acomodados
em caixas de transporte apropriadas e encaminhadas para o Centro de Triagem de Animais Silvestres
(CETAS) de Ponta Grossa, para internação clínica.
Por se tratar de uma estrutura para manutenção rápida de animais, foi prevista a manutenção dos
animais em caixas de contenção, gaiolas, canil ou gatil. Estes equipamentos serão disponibilizados em
diferentes tamanhos no CEPTAS. Para uma base de apoio este tipo de equipamento e atendimento
temporário este tipo de suporte atende bem, pois permite um fluxo maior de animais, os animais
podem ser transferidos para banho de sol com maior facilidade, além da higienização também por ser
mais prática.
UHE Baixo Iguaçu
72
Plano de Trabalho de Resgate de Fauna
P 4.16: Programa de Resgate e Aproveitamento Científico da Fauna
Figura 2 - Croqui do CEPTAS – Área destinada à triagem, tratamento e alojamento temporário da fauna
resgatada, com áreas delimitadas para armazenamento de equipamentos e materiais, para armazenamento e
preparação da alimentação e espaço reservado aos animais.
Treinamento da equipe
Além da estruturação do CEPTAS, dias antes do início das atividades de campo a equipe envolvida com
a supressão vegetal receberá um treinamento sobre as atividades de afugentamento e resgate de
fauna. Esse treinamento será ministrado pela própria equipe de campo e terá como objetivo explicar a
importância do resgate da fauna, os métodos a serem adotados e apresentação dos profissionais
UHE Baixo Iguaçu
73
Plano de Trabalho de Resgate de Fauna
P 4.16: Programa de Resgate e Aproveitamento Científico da Fauna
envolvidos, buscando uma coesão das atividades e sucesso do programa. Para tanto, além do processo
de treinamento em si, as equipes deverão ser esclarecidas quanto às condicionantes legais que regem
os trabalhos de resgate, bem como quanto a informações pré-existentes sobre a região, a serem
obtidas nos vários estudos de inventário, de impactos ambientais e de monitoramento da fauna, já
desenvolvidos localmente. No processo de planejamento, ainda, os técnicos serão esclarecidos quanto
aos cronogramas de supressão vegetal, e contarão com uma relação completa das espécies registradas
na região, tanto as comumente encontradas como também as raras e ameaçadas, de forma a embasar
a identificação do perfil da fauna a ser resgatada. Esse conhecimento certamente irá contribuir não só
na formação de imagens de busca, mas também na tomada de decisão quanto ao destino dos animais.
Por fim, no processo de planejamento a equipe será orientada quanto aos horários de
desenvolvimento das atividades; preenchimento da ficha de registro; e checklist / organização /
aquisição / manutenção de materiais e equipamentos necessários ao desenvolvimento das atividades.
Reconhecimento de campo
Previamente ao início das atividades de supressão e resgate, será efetuada a avaliação tanto da área a
ser objeto de supressão vegetal quanto dos locais de afugentamento, deslocamento e translocação dos
espécimes oriundos das atividades de resgate, neste último caso com vistas à identificação atualizada
das condições dos pontos de soltura e acessos. Este reconhecimento visa tanto a identificação das
condições ambientais das áreas e de possíveis espécies ou condições que requeiram manejo especial (a
exemplo de ninhos de aves ou áreas de concentração de primatas, por exemplo) quanto a análise
prévia de riscos à equipe (tais como a existência de depressões do terreno, áreas pantanosas e/ou
locais com concentração de abelhas).
Na atividade de mapeamento do reservatório também está previsto que a equipe envolvida na vistoria
das áreas sem supressão de vegetação, especialmente ilhas, poderá realizar a instalação de armadilhas
de captura (tomahawk, sherman, redes, pit-falls, entre outros), bem como outros procedimentos de
captura e manejo da fauna, com o intuito de resgatar a maior quantidade de animais possíveis nas
áreas de alagamento na fase pré-enchimento.
UHE Baixo Iguaçu
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5.1.4.2 - Resgate durante a supressão da vegetação
Diariamente, aproximadamente 30 minutos antes do início das atividades de supressão, a equipe de
fauna realizará na área alvo de supressão o registro de todas as espécies avistadas e/ou ouvidas dentro
da área a ser suprimida, buscando-se também localizar possíveis ninhos ativos. Neste momento, a
equipe fará barulhos, com o objetivo de afugentar a fauna e direcioná-la para áreas adjacentes. O
barulho poderá ser emitido por palmas, sons vocais, batidas com facão na vegetação, entre outros,
com exceção de fogos de artifício. Após essa vistoria a equipe de supressão vegetal poderá iniciar suas
atividades.
A equipe de resgate acompanhará a frente de supressão vegetal, porém a uma distância segura,
munida de todo o material necessário à eventual captura de animais. No caso de visualização de algum
animal em risco, as atividades de supressão deverão ser interrompidas e os esforços deverão ser feitos
de modo a possibilitar que ele se desloque para outro local, sendo esta avaliação feita caso a caso. A
equipe de fauna trabalhará direcionando o afugentamento do animal para uma área mais adequada e
segura.
Visando minimizar o impacto decorrente do estresse de captura na saúde dos animais presentes na
área, a premissa adotada será a de se evitar ao máximo a captura e/ou manuseio dos animais. Assim,
ao se registrar a presença de um animal na área sob risco de acidente ou de vida, deve-se tentar
primeiramente afugentar o animal em direção a uma área próxima de hábitat original. Somente
quando for confirmada a impossibilidade de determinado animal se locomover por seus próprios
meios, o mesmo deverá ser capturado e liberado em seguida em áreas adjacentes aquela de supressão
e o mais próximo possível, mas a uma distância segura das atividades de supressão.
Sempre que houver o resgate de um animal, será preenchida uma Ficha de Registro de Fauna (Anexo
II), contendo o local de resgate (com coordenadas planimétricas) a hora, a espécie resgatada,
informações sobre a situação do animal e destinação. Ninhos e ovos também serão resgatados e
acondicionados em sacos plásticos e em cestos apropriados.
Os animais que porventura forem resgatados serão fotografados, triados, pesados, medidos,
identificados e avaliados quanto seu estado de saúde. Quando hígidos serão soltos em áreas
adjacentes a suprimida. Esta área de soltura, deve possuir características ambientais semelhantes às da
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área de resgate e apresentar-se segura tanto para os animais quanto para os trabalhadores da obra e
comunidade do entorno.
Os animais que sofrerem injúria serão encaminhados para o Centro Provisório de Triagem de Animais
Silvestres (CEPTAS) a ser instalado na própria área do empreendimento. Neste local, os animais
acidentados serão tratados, acondicionados e reabilitados até a soltura.
Para os animais que forem a óbito será realizada a preparação da pele e/ou carcaça e encaminhado
para tombamento em instituição científica previamente autorizada (Anexo III).
Para cada indivíduo registrado serão anotadas todas as informações em uma Planilha Geral de Dados
Brutos, que será encaminhada juntamente com o Relatório Final do Programa de Resgate e
Afugentamento da Fauna.
5.1.4.3 - Resgate durante o enchimento do reservatório
De posse das informações coletadas na fase pré-enchimento, mapeamento e zoneamento do
reservatório, o Coordenador do Resgate de Fauna irá direcionar as equipes e atividades durante a fase
enchimento do reservatório.
Somente será resgatada, pelo auxiliar de barco ou biólogos, a fauna impossibilitada de se deslocar por
meios próprios no processo de formação do reservatório do UHE Baixo Iguaçu. A contenção física será
utilizada na maioria dos casos, mediante emprego de equipamentos auxiliares, tais como luvas de
raspa, puçás, laços, ganchos e redes. Após a contenção, os animais serão cuidadosamente
acondicionados em caixas de transporte. Estas serão de dimensões variadas, visando atender
diferenças de tamanho e aspectos comportamentais dos animais resgatados.
Os dados sobre a captura serão registrados em fichas afixadas nas caixas, sendo preenchidas pelo
biólogo. As caixas contendo animais capturados serão mantidas em local sombreado enquanto
aguardam a soltura nas áreas previamente selecionadas ou para serem transportadas para o CEPTAS.
As equipes de resgate deverão dispor de todo material/equipamento, necessários para o resgate e
manejo da fauna resgatada além de coletar diariamente as seguintes informações necessárias para a
realização das atividades:
• Cota diária de enchimento;
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• Estratégia de cobertura de toda a área do reservatório;
• Horário do início e finalização das atividades de resgate durante o dia;
• Preenchimento das fichas de registro para cada animal resgatado com ponto de captura, dados
biométricos e ponto de soltura;
• Planilha com encaminhamento de animais para o CEPTAS;
• Localização dos portos e horário de entrega das caixas com os animais no porto.
Ao final desta etapa, serão mapeadas as áreas críticas pontuais, onde serão realizadas as atividades de
rescaldo, na fase Pós-enchimento do reservatório.
5.1.4.4 - Resgate pós-enchimento
De posse do mapeamento das áreas críticas levantadas durante o enchimento do reservatório, as
equipes intensificarão o resgate de animais em áreas pontuais indicadas na fase de Enchimento.
Os barqueiros, seus auxiliares e os biólogos, farão as vistorias na vegetação das ilhas e das margens de
todo o reservatório. Esta operação terá como objetivo resgatar todos os animais que ainda estiverem
nas ilhas e na vegetação ilhada, assim como em troncos e galhadas que por ventura boiarem e
estiverem a deriva durante o enchimento.
Paralelamente às ações de rescaldo na área do reservatório, serão realizadas as atividades de
tratamento dos animais e de destinação final dos animais vivos e não aptos a soltura e dos animais
para a coleção cientifica, em óbito.
5.1.4.5 - Manejo de fauna
Caso haja necessidade de resgate dos animais, os métodos de captura específicos para cada grupo de
vertebrados e manejo estão descritos a seguir. Lembrando que os animais maiores e/ou que
apresentam maior capacidade de deslocamento tendem a fugir com o barulho das máquinas e
movimentação do pessoal, as metodologias apresentadas a seguir aplicam-se principalmente aos
animais que apresentam menor capacidade de deslocamento.
Aves, ovos e filhotes de aves
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Geralmente, as aves tendem a fugir com a movimentação e barulho da atividade de supressão. Caso
haja alguma ave debilitada, essa deverá ser contida manualmente ou com auxílio de puçá de pano,
principalmente no caso de aves que utilizam mais o solo. Ao ser capturada, a ave poderá ser mantida
em saco de pano de algodão ou mantida em caixa de contenção de madeira. Se a ave estiver
estressada, o melhor é que ela seja mantida em sacos de pano para evitar que fique se debatendo e
sofra algum ferimento. Em geral as aves adultas não precisam de resgate, pois essas se deslocam com
facilidade. Ovos e filhotes, no entanto, assumem uma maior complexidade e é importante ressaltar
que sua situação é bastante séria em ações similares. Experiências prévias mostram que a
sobrevivência de filhotes (incluindo a coleta de ovos e sua eclosão em cativeiro) fica altamente
comprometida quando os mesmos são encaminhados para centros de acondicionamento de fauna.
Isto decorre da falta de técnicas e de dietas adequadas para a criação em cativeiro de espécies da
avifauna nativa brasileira. Assim, os ninhos de aves localizados nas áreas a serem inundadas após
passarem por uma avaliação da equipe técnica terão os seguintes procedimentos:
No caso de ninhos de aves com ovos ou filhotes com poucos dias de vida, que comprometidos
com a elevação do nível de alagamento, serão relocados ou suspenso para árvores próximas
sendo então marcados com fita de cor específica que indicará que o ninho foi relocado. Esta
fita será numerada para facilitar o controle do número de ninhos monitorados em cada área.
Este procedimento será realizado sempre no período da manhã, para que haja tempo
suficiente para observações quanto ao comportamento parental das aves construtoras dos
ninhos. Caso haja rejeição, os ovos ou filhotes serão recolhidos e encaminhados à base
provisória;
No caso de ninhos de aves com filhotes em idade próxima de abandonarem o ninho, a árvore
será marcada com fita de cor específica e será mantida intacta durante o período de supressão
para posterior soltura; da mesma forma, esta fita será numerada para facilitar o controle do
número de ninhos monitorados em cada área.
Herpetofauna
Os anfíbios e pequenos lagartos serão resgatados manualmente, transferidos para potes plásticos
foscos de tamanho proporcional ao tamanho da espécie. No pote poderá ser colocado folhiço e/ou
uma pequena quantidade de água para melhor acomodação do animal. As serpentes serão resgatadas
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com auxílio de gancho ou pinça específica para répteis, e transferidas para caixa tipo “top stock” com
furos na tampa ou caixa de madeira de tamanho proporcional ao tamanho do animal. As caixas
deverão ser forradas com folhiço para melhor acomodação dos animais. Quando não for possível a
captura manual dos grandes lagartos, poderão ser utilizados laços ou cambão.
Mastofauna
Os pequenos mamíferos poderão ser resgatados manualmente com uso de luvas de couro, ou com
auxílio de puçás de pano. Adicionalmente, para captura de alguns médios mamíferos, poderá ser
utilizada pinça específica para mamíferos. Após captura, os pequenos mamíferos não-voadores
deverão ser transferidos para caixas de contenção utilizadas em biotérios, forradas com folhiço. Os
médios mamíferos deverão ser transferidos para caixas de madeira com tamanho proporcional ao
tamanho da espécie, com pequenos furos nas partes laterais da caixa. Caso haja algum grande
mamífero ferido, esse deverá ser capturado, com auxílio de um puçá grande ou cambão, e transferido
para caixas de madeira grandes e com furos nas partes laterais.
Em caso de ilhamento, serão tomadas medidas no sentido de favorecer seu deslocamento, como a
implantação de escadas e/ou pontes de corda ligando o ambiente ligado a outro que permita sua
dispersão. Em último caso, caso se conclua pela necessidade de resgate, este será conduzido com
armadilhas montadas especificamente para este fim, sendo, se não se observar qualquer problema
com os mesmos, relocados imediatamente.
Os animais de deslocamento lento, como ouriços, serão resgatados com auxílio de cambão e/ou laços,
acondicionando-os individualmente em caixas bem ventiladas e, em seguida, conduzidos para área de
soltura. Ressalta-se que animais como ouriços-cacheiro e marsupiais, devido a seu período de
atividades noturno, normalmente entocam-se ou escondem-se durante o dia. Assim, para estas
espécies, é maior o potencial de captura ou mesmo de acidentes durante enchimento. Em caso de
visualização, elas serão capturadas com puçás de pano ou mesmo na mão (utilizando-se luvas de
couro), sendo imediatamente transportadas para caixas de contenção. A soltura destes animais, após
identificação e após procedimentos de avaliação por parte de veterinário, será imediata e realizada nas
áreas definidas para soltura.
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Triagem e avaliação médico-veterinária
A triagem consiste em receber os animais capturados na base de resgate da fauna e submetê-los ao
processo de identificação taxonômica, biometria, sexagem e registro no banco de dados.
Após esta triagem, os animais serão direcionados a avaliação veterinária, com realização de exames
físicos e observação de possíveis injurias aferição de temperatura, frequência cardíaca e respiratória,
hidratação, etc. Quando necessário, será realizada a administração de drogas anestésicas, sendo
avaliado o tipo de anestésico e dose adequados a cada espécie. Os exames clínicos, procedimentos
simples e administração de medicamentos serão realizados mediante a demanda apresentada pelo
estado sanitário do animal.
A definição destes procedimentos tem por base a Resolução nº 670, de 10 de agosto de 2000, emitida
pelo Conselho Federal de Medicina Veterinária e publicada no Diário Oficial da União em 20 de março
de 2001, que conceitua e estabelece condições para o funcionamento de estabelecimentos médicos
veterinários e dá outras providências.
Na base de resgate permanecerão somente aqueles animais que precisarem de pequenos curativos. É
importante ressaltar que os animais resgatados permanecerão nesse local apenas o tempo necessário
para o atendimento, marcação e transporte para áreas de soltura ou para Instituições, minimizando
assim o estresse do cativeiro.
Os animais destinados à soltura pontual serão marcados previamente, com algumas exceções
mencionadas adiante. Os animais receberão marcação específica, de forma a possibilitar o
acompanhamento dos mesmos durante monitoramentos futuros a serem realizados na área. Os
métodos de marcações indicados para cada categoria são: 1) corte de escamas ventrais (Fitch, 1958)
para serpentes; 2) cortes nos escudos marginais (Cagle, 1939) para quelônios 3) microchip e/ou brincos
metálicos para jacarés, lagartos maiores (incluindo iguanas), e mamíferos de pequeno, médio e grande
porte. A opção por um ou outro método dependerá do tamanho e condições do animal, tempo
possível para o manejo, necessidades relativas à contenção química (anestesia), tempo de vida, etc.
Os animais resgatados com restrições ao manejo prolongado, tais como indivíduos muito jovens (mas
com condições de sobrevivência), fêmeas lactantes ou prenhes serão soltos sem marcação, priorizando
o menor tempo possível de manejo dos mesmos. Cabe destacar que se evita também a marcação de
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espécimes que apresentam alto grau de estresse, oferecendo, portanto, maior risco de morte quando
do manejo mais prolongado.
Considera-se ainda a proibição da utilização da técnica de marcação por ablação de dígitos pelo
Conselho Federal de Medicina Veterinária, através da Resolução nº 877 (artigo 6º, parágrafo único), de
15 de fevereiro de 2008, que proporciona uma redução significativa no número de animais a serem
marcados durante a execução de atividades de monitoramento faunístico.
Destinação dos animais resgatados
A destinação da maioria dos animais resgatados é, neste documento, denominada de soltura, branda
ou pontual, como descrito abaixo.
É importante ressaltar que qualquer um destes 02 (dois) tipos de procedimentos atendem a definição
dada pela Instrução Normativa nº 179/2008 do IBAMA, de 25 de junho de 2008, em seu artigo 4º, para
destinação do tipo “Retorno Imediato à Natureza”, ou seja: os animais foram recém capturados, há
comprovação do local de captura, ocorre naturalmente no local de captura e não apresenta problemas
que impeçam sua sobrevivência ou adaptação, para a qual não há necessidade de nenhum plano
específico de soltura.
Soltura branda
Esta categoria compreende a relocação imediata da fauna resgatada na área do reservatório, para
áreas autorizadas adjacentes ao ponto de resgate e acima da cota máxima de enchimento para cada
fase. A soltura branda visa à diminuição do tempo de manuseio dos animais, reduzindo,
consequentemente, as situações de estresse. Os locais de soltura serão georreferenciados e
apresentados nos relatórios técnicos.
Soltura pontual
A soltura pontual consiste da relocação da fauna resgatada para áreas pré-determinadas e
georreferenciadas.
A área de soltura será confirmada durante a etapa de resgate de fauna na supressão de vegetação e
deverá ser feita na mesma margem do rio e o mais próximo possível do local de captura, buscando
ambientes com maiores semelhanças ou que melhor atendam as características ecológicas da espécie.
Além disso, buscará distribuir os animais em todas as áreas de soltura. Por exemplo, exemplares da
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mesma espécie cujo comportamento é reconhecidamente solitário deverão ser distribuídos nas áreas
selecionadas e não concentrados, mesmo que existam áreas com capacidade (dimensão) para receber
todos os exemplares resgatados.
As autorizações dos proprietários das áreas para uso na soltura serão as mesmas utilizadas durante a
supressão vegetal do reservatório. Vale ressaltar que a soltura só será realizada nas propriedades
devidamente autorizadas e também na Área de Preservação Permanente-APP adquirida pelo
empreendedor.
• Coleção Científica
Os espécimes encontrados mortos ou que venham a morrer durante o resgate serão preservados e
encaminhados às coleções da Instituição Científica determinada (Anexo III). Antes da preservação em
solução de formol, alíquotas de tecidos serão preservadas em álcool absoluto, permitindo sua
incorporação aos Bancos de Tecidos destas instituições e, desta forma, garantindo seu aproveitamento
em estudos genéticos, absolutamente relevantes para a compreensão de padrões de distribuição da
biodiversidade local. Essencialmente, é proibido a execução de eutanásia para a formação de coleção
científica.
• Descarte
Serão descartados animais resgatados mortos em estado avançado de decomposição. Eventualmente
poderão ser preservadas partes de espécimes, como esqueletos, e descartadas partes sem condições
de aproveitamento científico. As informações sobre animais ou partes descartadas serão incluídas nos
relatórios técnicos. O descarte será feito por enterro em locais definidos e georreferenciados próximos
ao CEPTAS.
6 - SUB-PROGRAMA DE RESGATE DE ABELHAS NATIVAS
O objetivo deste resgate é retirar os ninhos de abelhas nativas (sociais e solitárias) nas áreas previstas
para o reservatório e realocá-los para áreas de preservação permanente (APP’s) no entorno acima da
NA máxima 259 m, para que as abelhas continuem a desempenhar o papel de polinizadoras das
espécies nativas da flora.
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O Sub-programa de resgate de abelhas nativas possui ainda como objetivo o atendimento à
condicionante da LI nº 28 “Deverá ser elaborado e implementado um Programa de Resgate de Abelhas
Nativas Sem Ferrão.”
6.1 - Metodologia
Os procedimentos para o manejo e monitoramento de ninhos de abelhas nativas das áreas a serem
objeto de supressão vegetal fundamentam-se nas seguintes atividades:
Localização de ninhos no pré e pós supressão;
Resgate e Translocação de ninhos;
Localização e resgate de ninhos após a supressão;
Estabelecimento de meliponários de quarentena, intermediários e definitivos;
Monitoramento dos ninhos translocados;
Coleta e encaminhamento de espécimes para identificação.
Estas atividades serão executadas por equipe específica neste tipo de resgate e por profissionais
habilitados para operar motosserras e demais equipamentos necessários nas atividades de campo.
6.1.1 - Localização dos ninhos
Poderão ser empregadas, conforme o caso, três técnicas para a localização de ninhos: antes da
supressão vegetal (pré-supressão); durante a supressão e após a supressão (pós-supressão), conforme
detalhamento a seguir.
• Localização no pré-supressão
Para atividades preliminares que precederá a supressão vegetal , durante a etapa de reconhecimento
de campo, as árvores das áreas que serão suprimidas serão cuidadosamente observadas desde o
tronco até os galhos para que, se possível, a maior parte dos ninhos de abelhas seja encontrada.
Quando localizados, os ninhos serão georeferenciados, fotografados, se houver a possibilidade de
amostragem, espécimes serão coletados para posterior identificação. Os dados como altura do ninho,
circunferência do tronco e outros serão registrados nas fichas de campo (Anexo II).
Após o registro, as árvores que contém ninhos serão marcadas com fita plástica amarela (afixada em
cerca de 2 metros de altura), para que na hora da supressão sejam facilmente visualizadas pelo
operador do trator ou pelo operador do motosserra, permitindo que sejam cuidadosamente
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derrubadas. Salienta-se que o biólogo orientará a queda da árvore e procederá com o salvamento e
isolamento da área para o manejo adequado. Tal procedimento facilitará o trabalho de resgate,
minimizando possíveis danos aos ninhos decorrentes da queda.
Para os ninhos localizados nas partes mais baixas dos troncos essa técnica tem se mostrado eficiente.
Já nos ninhos localizados nas partes altas e nos galhos das árvores essa técnica apresenta limitações
decorrentes da dificuldade em visualizar os ninhos à distância.
• Localização no pós-desmate
Após a supressão, o movimento de entrada e saída de abelhas nas colônias das árvores tombadas
começa a ser restabelecido, pois novas abelhas campeiras são produzidas para substituir as perdidas
durante a queda do estrato arbóreo atingido pela supressão. Também as folhas das árvores abatidas
em grande parte começam a secar, melhorando a visualização dos troncos e galhos. Essas condições
facilitam a localização dos ninhos que não foram localizados no pré-supressão. Os ninhos localizados
serão fotografados, georreferenciados, quando for possível serão realocados; os espécimes que vierem
a óbito serão fixados para identificação taxonômica e tombados em coleção científica previamente
autorizada pelo IAP . Todos os dados serão registrados nas respectivas fichas de campo e banco de
dados brutos do resgate de abelhas.
6.1.2 - Resgate e translocação dos ninhos
Sempre que possível os ninhos serão retirados juntamente com os troncos onde estão alojados. Antes
do transporte, os troncos serão preparados, ou seja, serão cortados de forma a preservar toda a
porção ocupada pelos ninhos, inclusive suas entradas. Em seguida suas extremidades ocas serão
obstruídas com placas de compensado, para evitar a movimentação das abelhas.
Para impedir a rápida deterioração dos troncos com ninhos, esses devem ser instalados na posição
horizontal sobre dois pequenos troncos. Assim que instalados, os ninhos serão identificados com uma
plaqueta de alumínio numerada, georeferenciados e fotografados para viabilizar o seu monitoramento
periódico.
Tal técnica costuma ser mais eficiente do que a transferência de colônias para colmeias artificiais, pois
o processo é menos traumático e invasivo, ocorrendo menos casos de morte dessas colônias após a
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translocação. Também é o único método viável para algumas espécies que não se adaptam em
colmeias artificiais como no caso das abelhas que se alojam em cupins.
No caso de troncos que, após a supressão, sejam avariados e venham a expor a colmeia, estas serão
removidas para caixas de criação, as quais serão mantidas em meliponário. Deve-se ressaltar que, para
que haja este manejo, a colônia deve ser manejada no máximo em até dois dias após a supressão, uma
vez que, geralmente, colmeias abertas tendem a perder indivíduos, se tornando inviáveis, ou serem
invadidas por parasitas (especialmente dípteros da família Phoridae), sendo que a introdução dessas
espécies no meliponário pode gerar outras invasões em colônias saudáveis.
6.1.3 - Manutenção em meliponários
De acordo com a Resolução CONAMA nº 346, de 16 de agosto de 2004, os meliponários são locais
destinados à criação racional de abelhas silvestres nativas, composto de um conjunto de colônias
alojadas em colmeias especialmente preparadas para o manejo e manutenção dessas espécies, e
que poderá realizar e subsidiar pesquisas científicas, ensino e extensão.
Os meliponários serão estruturas implantadas próximas aos Centros de Triagem destinados ao
recebimento dos ninhos retirados em campo, durante as atividades de supressão ou coletados
conforme as demandas. Para o presente plano de trabalho estão previstos três distintos tipos de
meliponários, a saber:
Meliponários de Quarentena: São constituídos por galpões de 4,0m x 22,0m para triagem,
manejo e manutenção de ninhos de abelhas, onde serão dispostas bancadas e prateleiras
para manejo e acondicionamento dos ninhos e almoxarifado. Os ninhos deverão
permanecer em quarentena por um período de 3 dias, e após verificadas as boas
condições das colmeias, deverão ser encaminhados aos meliponários intermediários. Esta
estrutura deverá ser construída com pé direito mínimo de 2,5 m e a cobertura deve conter
isolamento com manta térmica de no mínimo 2 milímetros sob a cobertura, e deverão ser
observados os sentidos de ventilação e insolação.
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Meliponários Intermediários: São áreas de vegetação nativa próxima ao CEPTAS,
destinados à manutenção temporária de ninhos resgatados em bom estado, para em
seguida, ser encaminhados aos meliponários definitivos. O prazo recomendado para a
permanência desses ninhos no meliponário intermediário é de 3 dias.
Meliponários Definitivos: São locais de vegetação nativa, previamente selecionadas em
áreas de preservação (APP) para onde serão encaminhados os ninhos resgatados. Quando
necessário, as colmeias serão encaminhadas para melponários regionais (Anexo IV).
Será realizado o monitoramento dos diferentes tipos de meliponários. Como não é possível abrir
os troncos e cupinzeiros para inspecionar o interior dos ninhos, o monitoramento dessas colônias
se limita a observar, por 5 a 10 minutos, o movimento de entrada e saída de abelhas. Colônias com
muito movimento na entrada do ninho geralmente estão fortes e saudáveis, mas tal dado deve ser
sempre ponderado de acordo com a espécie em questão. Esses dados serão anotados na
respectiva ficha de monitoramento, e serão tomados nos intervalos de três, sete e quinze dias
após a translocação.
7 - SUB-PROGRAMA DE MONITORAMENTO DA FAUNA REALOCADA
7.1 - Metodologia
7.1.1 - Métodos de amostragem
7.1.1.1 - Aves
A avifauna brasileira compreende 1.919 espécies (PIACENTINI et al., 2017) e aproximadamente 46%
destas ocorre na Mata Atlântica (MOREIRA-LIMA, 2014). Este rico bioma possui 891 espécies de aves
(MOREIRA-LIMA, 2014), das quais 744 espécies já foram registradas para estado do Paraná,
demonstrando a importância da riqueza da avifauna paranaense (SCHERER-NETO et al., 2011). A Mata
Atlântica é considerada um hotspot por conter elevada riqueza de espécies, grande número de
endemismos e ter perdido grande parte de sua área, estando presentes apenas pequenos fragmentos
de vegetação (MYERS et al., 2000). São reconhecidos 214 espécies endêmicas do bioma (CRACRAFT,
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1985), sendo as maiores concentrações na Serra do Mar e no Paraná (MOREIRA-LIMA, 2014). Dentre as
espécies consideradas ameaçadas em algum nível (nacional ou global), são reconhecidas 112 espécies
ameaçadas no bioma.
A elevada riqueza de aves, associada à facilidade de observação e escuta e à rápida resposta (positiva
ou negativa) frente à possíveis impactos ambientais, fazem com que este grupo seja primordial para
acompanhamento de longa escala.
A avifauna será monitorada por meio de quatro métodos complementares: Ponto de Escuta, Lista de
Mackinnon, Rede de Neblina e registros ocasionais.
Ponto de Escuta
Este método consiste em se determinar com maior precisão a abundância das espécies. Para tal, serão
estabelecidos cinco (05) pontos, distantes, pelo menos, 100 m entre eles em cada um dos 12 sítios de
amostragem. Em cada ponto serão registradas todas as espécies vistas e/ou ouvidas em um raio de
50m, bem como o número de indivíduos de cada espécie, durante 10 minutos. Com base nessas
informações, será calculado o Índice Pontual de Abundância (IPA) de cada espécie. O esforço para este
método será de 10 minutos por ponto, 50 minutos por sítio de amostragem (5 pontos * 10 minutos * 1
sítio), 350 minutos por campanha (5 pontos * 10 minutos * 7 sítios).
Lista de Mackinnon
Proposto por John Mackinnon (MACKINNON, 1991), este método foi desenvolvido para ser aplicado
em inventários faunísticos rápidos acompanhando uma curva de acumulação de espécies, que permite
comparações mais confiáveis entre áreas ou da mesma área em diferentes períodos do ano (RIBON,
2010). Este método consiste na elaboração de listas de 10 espécies, onde são registradas todas as
espécies observadas/escutadas. Independentemente do número de indivíduos observados, cada
espécie é apenas registrada uma vez em cada lista. Ao se completar 10 espécies diferentes, uma nova
lista é iniciada. Na segunda lista e nas demais se pode registrar novos indivíduos de qualquer das 10
espécies da lista anterior, desde que se tenha certeza de que não se trata do mesmo indivíduo
registrado na lista anterior (RIBON, 2010). As trilhas onde serão elaboradas as listas, dentro de cada
sítio de amostragem, deverão ser georreferenciadas em campo.
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Em cada sítio de amostragem, o método de Lista de Mackinnon será realizado durante 2 horas no
período da tarde entre 17 e 19h, de forma a amostrar também as aves noturnas. Em cada sítio de
amostragem serão realizadas 2 horas de listas, totalizando 14 horas (2 horas * 7 sítios) ao final de cada
campanha.
Rede de neblina
Este método consiste na montagem, no sub-bosque, de redes de fina malha (malha 16 ou 19 mm, 12 X
2,5m) que permitem a captura dos indivíduos. A captura possibilita o anilhamento (técnica de
marcação com anéis de alumínio ou coloridas) que, por conseguinte, permite o acompanhamento dos
indivíduos ao longo do tempo, sem a necessidade de recaptura dos mesmos. Este método, portanto,
permite inferir se os indivíduos capturados permanecem na área amostrada durante a instalação e
posterior operação do empreendimento. Em cada sítio amostral serão instalados dois conjuntos de
cinco redes de neblina (15 m x 2,5 m, malha 16 mm = 37,5m² rede), distantes cerca de 100 metros um
do outro. As redes serão abertas ao amanhecer e fechadas 6 horas depois, totalizando um esforço de
2.250m²*horas*rede por sítio de amostragem (10 redes * 6 horas * 37,5m² rede),
15.750m²*horas*rede por campanha (10 redes * 06 horas * 37,5m² rede * 7 sítios de amostragem).
Os indivíduos capturados serão identificados em nível de espécie utilizando-se guias de campo (VAN
PERLO, 2009; GYWNE et al., 2015). As aves capturadas serão anilhadas com anilhas metálicas
(CEMAVE/IBAMA) ou coloridas, pesadas com dinamômetros do tipo Pesola®(g) e medidas com auxílio
de régua (mm). As medidas registradas serão comprimento total, asa direita, cauda, comprimento do
bico, comprimento do tarso esquerdo e comprimento da cabeça à ponta do bico. Após este
procedimento cada indivíduo será solto nas proximidades de onde foi capturado, de modo a se
respeitar o comportamento territorialista de cada espécie. Caso haja óbito de indivíduos durante o
manejo, estes serão preparados, fixados e encaminhados ao Museu de Historia Natural do “Capão da
Imbuia”, conforme carta de aceite presente no Anexo 2.
Registros ocasionais
Serão realizados ao longo do dia, durante os deslocamentos para as áreas de amostragem ou fora dos
horários de amostragem padronizados. Estes registros auxiliam no aumento da riqueza da região
amostrada, porém não serão acrescentadas nas análises estatísticas.
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P 4.16: Programa de Resgate e Aproveitamento Científico da Fauna
7.1.1.2 - Mamíferos terrestres
O Brasil possui a maior riqueza de mamíferos do mundo, com cerca de 701 espécies descritas
atualmente, o que representa cerca de 14% da mastofauna do mundo (COSTA et al., 2005; PAGLIA et
al., 2012). Essas espécies estão distribuídas em 243 gêneros, 50 famílias e 12 ordens (PAGLIA et al.,
2012), sendo que 69 estão oficialmente ameaçadas, o que representa 10.6% do total de espécies
(MMA, 2008). A maioria das espécies de mamíferos no Brasil é arborícola (29.3%), não restrita ao Brasil
(70%) e de ampla distribuição (86%). A Amazônia é o bioma com maior diversidade de espécies de
mamíferos (399 espécies), seguida da Mata Atlântica (298 espécies) e do Cerrado (251) (PAGLIA et al.,
2012).
A mastofauna do sul do Brasil é bastante distinta e representativa, pela grande diversidade de
ambientes (MMA, 2000). Apesar de ser o grupo de organismos mais bem conhecido, poucos locais de
Mata Atlântica foram adequadamente inventariados, além disso, as listas de espécies elaboradas são
geralmente incompletas (VOSS & EMMONS, 1996; AURICCHIO & SALOMÃO, 2002). Essas lacunas no
conhecimento dificultam iniciativas de conservação e manejo, assim como análises regionais (BRITO,
2004).
A execução de monitoramento depende, muitas vezes, do uso de indicadores ecológicos
criteriosamente desenvolvidos para este fim, que são referências eficientes usadas para avaliar a
estado do ambiente e monitorar tendências ao longo do tempo (DALE & BEYELER, 2001). Neste
contexto, os mamíferos figuram como importante grupo no que diz respeito ao exercício de inferências
sobre o estado de conservação de um determinado espaço em diferentes períodos de tempo. Além
disso, os mamíferos servem como parâmetro para se medir condições, sejam no contexto da
degradação que foi submetido ou pela integridade de um ambiente.
Dentre os mamíferos, os médios e grandes geralmente são os mais afetados pelas diferentes pressões
antrópicas, devido a sua necessidade de grandes áreas de uso em comparação com outros grupos,
maior exigência de recursos, pouca capacidade de dispersão por áreas abertas e/ou urbanas
(MICHALSKI & PERES, 2007; PRIST et al., 2012) e baixas taxas reprodutivas (TABARELLI & GASCON,
2005), sendo por isso muitas vezes usado como espécies bioindicadoras. Muitas vezes, a presença de
algumas espécies com grande requerimento de habitat, como um predador de topo de cadeia por
exemplo, pode indicar a integridade de todo o habitat onde está inserido (CROOKS, 2002). Assim,
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mamíferos de médio e grande porte podem ser considerados bons indicadores da qualidade
ambiental, sendo importante o monitoramento da ocorrência dos mesmos durante empreendimentos
que possam vir a impactá-los (PARDINI, 2004; REIS et al., 2006).
Já os mamíferos voadores, por serem bastante diversificados quanto ao hábito alimentar e utilização
de abrigos e por serem relevantes nos serviços ecossistêmicos (como a polinização, dispersão de
sementes e controle de populações de invertebrados e pequenos vertebrados), desempenham papéis
ecológicos importantes para a manutenção dos ecossistemas (REIS et al., 2007; PERACCHI et al., 2011).
Devido aos atributos citados, os morcegos têm sido considerados como bons indicadores da qualidade
do habitat (MEDELLÍN et al., 2000).
Especificamente, a Região Sul do Brasil se distingue das outras regiões do Brasil principalmente pelo
clima subtropical, sendo inclusive considerado um limite meridional ou setentrional de distribuição
geográfica de um grande número de espécies de morcegos neotropicais (e.g. FABIÁN et al., 1999;
BERNARDI et al., 2007; PACHECO et al., 2007; WEBER et al., 2007; PASSOS et al. 2010). Inclusive um
estudo realizado por PACHECO et al. (2007), através de uma abordagem biogeográfica, tratou dos
morcegos da região sul do Brasil, distribuindo-os pelas bacias hidrográficas. Para o estado do Paraná há
o registro de pelo menos 60 espécies de morcegos, distribuídas entre cinco famílias, sendo mais
representada pela por filostomídeos e vespertilionídeos (REIS et al. 2017). PASSOS et al. (2010)
sugerem um quadro em que há a necessidade de inventários de morcegos no Paraná de forma geral,
não havendo regiões suficientemente amostradas ainda no estado. Especificamente em um estudo
realizado no Parque Nacional do Iguaçu, um dos poucos estudos científicos já realizados na região
onde se insere o empreendimento, registraram 26 espécies dentre quatro famílias (SEKIAMA et al.,
2001).
Este Plano de Trabalho prevê o monitorados os mamíferos de pequeno porte não voadores, os de
médio e grande porte e os morcegos de acordo com os métodos descritos a seguir.
7.1.1.2.1 - Médios e grandes mamíferos
Para amostragem dos médios e grandes mamíferos serão realizadas buscas ativas em transectos. As
buscas ativas visam o registro direto das espécies, por visualização ou vocalização, ou indireto por
vestígios (pegadas, fezes e etc.). Em cada um dos 7 sítios de amostragem será percorrido um transecto
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Plano de Trabalho de Resgate de Fauna
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de 1 km duas vezes ao dia. Perfazendo um esforço amostral de 4 km por sítio (2 km (ida e volta) * 2
vezes ao dia), 28 km por campanha (2 km (ida e volta) * 2 vezes ao dia* 7 sítios).
7.1.1.2.2 - Pequenos mamíferos não-voadores
Os pequenos mamíferos serão amostrados por meio de armadilhas de captura viva do tipo pitfall traps,
tipo Sherman e Tomahawk.
Armadilhas de captura viva (Sherman e Tomahawk)
Serão estabelecidas em cada um dos 7 sítios de amostragem 10 estações de captura, distantes, no
mínimo, 10m entre si. Em cada estação será disposta uma armadilha no solo e, em cinco delas, uma
outra armadilha será armada no sub-bosque. As armadilhas serão iscadas diariamente. As armadilhas
permanecerão abertas por quatro noites consecutivas de forma a maximizar as capturas (GETZ, 1961;
TASKER & DICKMAN, 2002; DE BONDI et al., 2010). Dessa forma, o esforço proposto neste Plano é de
60 armadilhas*noite por sítio de amostragem (15 armadilhas * 4 noites), 420 armadilhas*noite por
campanha (15 armadilhas * 4 noites * 7 sítios).
Armadilha de interceptação e queda (pitfall traps)
Em cada um dos 7 sítios de amostragem será instalado um conjunto de cinco baldes de 60l dispostos
em "Y", interligados por cerca guia de 10 m entre os baldes e confeccionada com lona de 60 cm de
altura. A cada campanha, os sistemas permanecerão abertos por quatro noites consecutivas,
totalizando 20 baldes*noite (5 baldes * 4 noites) por sítio amostral. Por campanha, o esforço
acumulado será de 140 baldes*noite (5 baldes * 4 noites * 7 sítios amostrais).
Os pequenos mamíferos capturados serão pesados, identificados, marcados com brinco e,
posteriormente, soltos no mesmo local de captura. Os exemplares de difícil identificação serão
coletados, preparados e tombados na coleção do Museu do Capão da Imbuia (Anexo III).
7.1.1.2.3 - Morcegos
Os morcegos serão amostrados com o uso de redes de neblina. Em cada sítio amostral serão instalados
dois conjuntos de cinco redes de neblina (15 m x 2,5 m = 37,5m², malha 16 mm), distantes cerca de
100 metros um do outro. As redes serão abertas ao anoitecer e fechadas 6 horas depois, totalizando
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um esforço de 2.250 m²*horas*rede por sítio de amostragem (10 redes * 6 horas * 37,5m² rede),
15.750 m²*horas*rede por campanha (10 redes * 6 horas * 37,5m² rede * 7 sítios de amostragem).
Os animais capturados serão colocados em sacos de pano com dimensões variadas, de acordo com seu
tamanho, para a realização dos procedimentos. Serão tomadas medidas biométricas padronizadas para
morcegos (antebraço e peso), identificação do sexo, condição reprodutiva, idade e espécie. Os animais
devem ser soltos no mesmo local ao final de cada noite de amostragem. Quando não for possível a
identificação correta no campo dos espécimes capturados, os mesmos deverão ser coletados,
eutanasiados por inalação do anestésico halotano (2-bromo-2cloro-1,1,1-trifluoretano), preparado em
via úmida e tombados no Museu do Capão da Imbuia (Anexo III).
Os morcegos capturados serão anilhados e a marcação dos espécimes poderá seguir as seguintes
recomendações: para as espécies com peso menor ou igual a cinco gramas ou que sejam indivíduos
jovens ou filhotes é recomendado que a única marcação a ser utilizada seja a técnica de furos no
dactilopatágio (“punch-marking”) seguindo as recomendações de BONACCORSO & SMYTHE (1972).
Somente com a finalidade de evitar que um mesmo indivíduo seja contabilizado como espécime
diferente durante as campanhas de um monitoramento. Já os outros morcegos podem ser anilhados
no antebraço direito, antes da soltura, com uma anilha aberta de alumínio anodizado colorida e
numerada.
7.1.1.3 - Herpetofauna
Impactos advindos do tipo do empreendimento em tela, em geral, tangenciam aqueles relacionados a
perda e modificação de habitats. Estes impactos se refletem sobre as comunidades herpetofaunísticas
na forma de alterações em suas composições e índices ecológicos como abundância, riqueza,
diversidade e equitabilidade. De uma maneira geral, espera-se que espécies ambientalmente exigentes
sofram reduções em seus estoques populacionais e/ou extinções locais em função das alterações de
condições de microclima e disponibilidade de hábitats no entorno dos reservatórios, além da
homogeneização da paisagem por meio da abertura de acessos. Estas ações podem ainda incrementar
a abundância daquelas espécies consideradas sinantrópicas e/ou resistentes às alterações ambientais.
Tendo em vista o exposto, propõe-se o monitoramento dos grupos faunísticos associados à
herpetofauna (anfíbios e répteis), com ênfase em espécies estenóicas, buscando compreender as
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flutuações e alterações ao longo da implantação e operação do empreendimento de forma a relacionar
estas alterações as atividades construtivas.
Para tal, as comunidades serão estudadas por meio de métodos sistematizados em sítios amostrais
distribuídas ao longo do empreendimento, indicadas como prioritárias para conservação e importantes
para estabelecimento de conexões sob a óptica da herpetofauna.
Os anfíbios e répteis serão amostrados pelas diferentes técnicas de amostragens descritas a seguir.
Estes métodos se provam como eficientes na coleta de dados em longo prazo fornecendo panoramas
concisos de variações temporais de comunidades estudadas (HEYER et al., 1994), permitindo assim, a
inferência das flutuações com os marcos construtivos do empreendimento.
Transecção limitada por distância
Em cada um dos 7 sítios amostrais definidos será instalado um transecto de 1 km e, em cada transecto,
serão conduzidos métodos de procura ativa limitada por distância. A execução do método ao longo
deste transecto consiste na dupla de herpetólogos procurar ativamente anfíbios e répteis em todos os
microambientes disponíveis, isto é, folhiço, vegetação arbustiva, troncos caídos, bromélias e vegetação
arbórea.
As procuras serão efetuadas em dois períodos distintos: diurno (entre 7 e 8 horas), com o intuito de
registrar principalmente espécies de répteis helióforas e ativas durante o dia; noturno (entre 18 e 19
horas), a mesma área será estudada objetivando o registro de espécies de répteis de hábitos
crepusculares ou noturnos e anfíbios, principalmente (CRUMP & SCOTT, 1994; JAEGUER, 1994).
Cada sítio amostral será estudado por um dia e totalizará um esforço amostral de 4 horas * homem (2
observadores * 1 hora * 2 transecções). Por campanha, o esforço realizado somará 28 horas*homem
(2 observadores * 1 hora * 2 transecções * 7 sítios amostrais).
Busca por sítios reprodutivos
De forma complementar, dentro dos limites de cada um dos 7 sítios amostrais, será conduzida a
amostragem em ambientes reprodutivos. Este método consiste na procura ativa de anfíbios e répteis
em ambientes reprodutivos como riachos, poças e lagoas. Ainda, dados sobre os ambientes e as
espécies que o habitam serão tomados durante as buscas. A execução desta metodologia objetiva
registrar espécies de anfíbios com hábitos aquáticos e semiaquáticos, principalmente, como o anuro
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Plano de Trabalho de Resgate de Fauna
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Limnomedusa macroglossa, nas áreas sob influência do empreendimento e, que por fatores causais e
limitações ecológicas, podem não ser encontradas ao longo transecções.
O método será conduzido em ambientes favoráveis sempre após a execução do método de transecção
no período noturno (20 às 21 horas). A busca poderá ser concentrada em um ou mais ambientes
reprodutivos de acordo com a disponibilidade dos mesmos no sítio amostral estudado. Assim, serão
realizadas 2 horas*homem de busca em ambientes reprodutivos por sítio amostral (2 observadores * 1
hora) e, por campanha, será realizado um esforço amostral de 14 horas*homem (2 observadores * 1
hora * 7 sítios amostrais).
Zoofonia
De forma concomitante e complementar aos métodos anteriormente descritos, registros auditivos de
anfíbios anuros realizados ao longo da busca ativa serão contabilizados quando os indivíduos emissores
não forem localizados.
Armadilhas de interceptação e queda (pitfall traps)
Em cada um dos 7 sítios de amostragem será instalado um conjunto de cinco baldes de 60l dispostos
em "Y", interligados por cerca guia de 10 m entre os baldes e confeccionada com lona de 60 cm de
altura (CECHIN & MARTINS, 2000). A cada campanha, os sistemas permanecerão abertos por quatro
noites consecutivas totalizando assim 20 baldes*noite (5 baldes * 4 noites) por sítio amostral. Por
campanha, o esforço acumulado será de 140 baldes*noite (5 baldes * 4 noites * 7 sítios amostrais).
Encontros ocasionais
Serão contabilizados registros de animais em estradas e acessos vicinais durante os deslocamentos dos
pesquisadores entre os sítios de amostragem e no entorno imediato (i.e. cerca de 1 km). Este método
será contabilizado apenas para incremento de riqueza e não será contabilizado para análises
estatísticas.
Sempre que possível os exemplares capturados da herpetofauna serão registrados através de
fotografias com máquina digital. Os anuros e répteis capturados serão mensurados com auxílio de
paquímetro digital ou régua flexível e suas massas aferidas com auxílio de diferentes modelos de
dinamômetro analógico (HEYER et al., 1994). A marcação dos indivíduos capturados será realizada por
meio de implante elastomérico fluorescente (GRANT, 2008). A cada campanha, uma cor será atribuída
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à marcação permitindo o reconhecimento dos indivíduos em caso de recaptura. Como limitante este
método não permite a individualização dos espécimes capturados, no entanto, atende à contento o
intuito do monitoramento.
Ao final das atividades, todos os indivíduos marcados serão soltos no local onde foram encontrados a
fim de evitar pseudoreplicações nos resultados. Caso haja óbito durante o manejo ou necessidade de
tombamento de algum indivíduo, estes serão preparados e encaminhados para o Museu de História
Natural do Capão da Imbuia (Anexo III).
7.1.2 - Análise de dados
A riqueza da fauna terrestre presente na área de estudo do empreendimento será computada tendo
como base todos os registros realizados por meio dos métodos padronizados associados aos registros
não-padronizados realizados nas proximidades do empreendimento (registros ocasionais).
A suficiência amostral será estimada por meio da curva de rarefação, utilizando-se os estimadores
não-paramétricos Jacknife-1 e Bootstrap, ou outros que melhor se aplicar a cada grupo faunístico.
Esta análise será realizada utilizando-se o programa Estimates®, versão 9.1 (COLWELL, 2013).
Com fins de comparação das comunidades faunísticas durante as distintas fases de instalação e
operação do empreendimento serão realizadas análises estatísticas pertinentes ao esforço
empregado em cada momento (planejamento, implantação e operação), considerando também os
diferentes sítios amostrais. Já em relação ao presente período de amostragem, para todos os sítios
amostrais, serão comparados os resultados oriundos de cada método de captura para cada grupo da
fauna terrestre, que serão ordenados por escalonamento multidimensional não-métrico (NMDS).
Esta análise será realizada no programa Past (HAMMER et al., 2001).
A diversidade de espécies da fauna terrestre será acessada por meio dos índices de Shannon (H’) e
dominância de Simpson (D), enquanto que a equitabilidade será acessada por meio do índice de
Pielou (E) (MAGURRAN, 1988). Os dados utilizados neste cálculo serão apenas os realizados pelos
métodos padronizados que permitem aferição de abundância das espécies.
A taxonomia das espécies registradas e sua inclusão em uma determinada ordem e família
taxonômica serão realizadas tendo como base a lista elaborada pelo Comitê Brasileiro de Registros
Ornitológicos (PIACENTINI et al., 2015) para as aves, a proposta por PAGLIA et al. (2012) para os
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mamíferos, a de BÉRNILS & COSTA (2015) e SEGALLA et al. (2014) para herpetofauna. Serão
consideradas espécies ameaçadas todas aquelas classificadas como “Vulnerável”, “Em Perigo de
extinção” e “Criticamente Ameaçada de extinção” presentes na lista global (IUCN, 2017), nacional
(MMA - Portaria 444, 2014) e regional (IAP, 2008).
A sensibilidade das espécies de aves quanto à presença de distúrbios antrópicos terá como base a
lista elaborada por STOTZ et al. (1996). Estes autores compilaram as distribuições geográficas de cada
espécie neotropical, associando as suas ocorrências com informações disponíveis na época sobre
ecologia e biologia das espécies. Dessa maneira, classificaram como altamente sensíveis aquelas que
tendem a desaparecer ao menor nível de distúrbio, enquanto que possuem sensibilidade mediana e
baixa aquelas que tendem a persistir na presença do distúrbio. Apenas as espécies registradas por
meio dos dados primários serão classificadas quanto à sensibilidade.
Por fim, as espécies serão classificadas como endêmicas do bioma Mata Atlântica, importância
econômica e cinegética (CITES, 2017) e padrão de migração.
8 - RESULTADOS ESPERADOS
Planilha de Dados Brutos com as espécies registradas durante as atividades de afugentamento
e resgate;
Relatório final com a descrição das etapas desenvolvidas durante as atividades de supressão de
vegetação, incluindo registros fotográficos;
Mapa com os pontos de registro e soltura dos animais resgatados.
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9 - CRONOGRAMA
Obtenção ASV (a cargo da CEBI)
Contratação das empresas de supressão
Elaboração dos mapas de campo
Demarcação das parcelas (fragmentos)
Bosqueamento/derrubada/enleiramento
Preparo de fustes/romaneio/transporte
Queima residuos/enerrio cinzas e tiços
Preparação e validação de pátios
Destinação produtos
Assinatura contrato / PT
Mobilização da base de apoio
Frente de resgate - Bloco 1
Frente de resgate - Bloco 2
Frente de resgate- Bloco 3
Frente de resgate -Bloco 4
Frente de resgate abelhas
Relatórios parciais
Relatório trimestral/final
Frente de resgate - Bloco 1
Frente de resgate - Bloco 2
Frente de resgate- Bloco 3
Frente de resgate -Bloco 4
Frente de resgate - Equipe de apoio
Relatórios simplificados semanais
Relatórios final consolidado
Mês 10
2018
Pré-enchimento (Limpeza da bacia de acumulação)
Resgate de Fauna durante o Pré-enchimento (Limpeza da bacia de acumulação)
Resgate de Fauna durante o Enchimento do reservatório e Pós-enchimento (rescaldo)
Mês 9Mês 8Atividades/mês
Mês 1 Mês 2 Mês 3 Mês 4 Mês 5 Mês 6 Mês 7
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10 - EQUIPE TÉCNICA
Os dados da equipe técnica estão apresentados no quadro a seguir. Os currículos, cadastro técnico federal (CTF), bem como a ART dos técnicos responsáveis (*) por cada grupo constam no Anexo V.
Profissional Formação Função CPF CCTF/ IBAMA Link CV Lattes N° Conselho de Classe Email Telefone
Aline Gaglia Alves Bióloga Coordenação do Projeto 088635187-18 594037 http://lattes.cnpq.br/8351214712570738 CRBio: 44047/06 [email protected] (24) 33716009/ 988658487
Michel de Souza Schutte Biólogo Coordenação adjunta do Projeto 086865957-66 594625 http://lattes.cnpq.br/3928112052094505 CRBio: 60698/02 [email protected] (24) 33716009/ 988658488
Daniel César Barros Torres Biólogo Coletor de campo 012667554-62 4243864 http://lattes.cnpq.br/5501541554446351 CRBio: 67313/05 [email protected] (84) 998202835
Amaral Francisco Alves Biólogo Coletor de campo 040169794-04 5124043 http://lattes.cnpq.br/2671147227738067 CRBio: 84653/02 [email protected] (21) 998687826
Arlisson Conceição Rodrigues Costa Biólogo Coletor de campo 769905242-00 2738996 http://lattes.cnpq.br/2297417435627036 CRBio: 52820/06 [email protected] (93) 991799940
Claiton Evaristo Silveira Machado Biólogo Coletor de campo 000680420-94 5397460 http://lattes.cnpq.br/3256602188016552 CRBio: 81512/03 [email protected] (51) 998032975
Filipe Ian Bindez de Andrade Biólogo Coletor de campo 359026418-70 5484211 http://lattes.cnpq.br/6868000754655059 CRBio: 089926/01 [email protected] (66) 999785674
Wilson Jose de Oliveira Biólogo Coletor de campo 079386896-37 5358377 http://lattes.cnpq.br/0608065474051404 CRBio: 80479/04 [email protected] (34) 9992515575
Leonardo Schwab Dias Carneiro Veterinário Coletor de campo 108054897-11 4527751 http://lattes.cnpq.br/0090608192255050 CRMV/RJ: 10467 [email protected] (21) 969760806
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11 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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