UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ
DEISE RÉGIS DE MIRANDA KONS
PROJETO DE ESTÁGIO
PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA DE CONTROLE DE ESTOQUE
NA EMPRESA METALÚRGICA BIGUAÇU
Biguaçu
2009
DEISE RÉGIS DE MIRANDA KONS
PROJETO DE ESTÁGIO
PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA DE CONTROLE DE ESTOQUE
NA EMPRESA METALÚRGICA BIGUAÇU
Trabalho de Conclusão de Estágio apresentado ao Curso de
Administração do Centro de Educação da UNIVALI –
Biguaçu, como requisito para obtenção do Título de Bacharel
em Administração.
Professor(a) Orientador(a): Rosalbo Ferreira
Biguaçu
2009
DEISE RÉGIS DE MIRANDA KONS
PROJETO DE ESTÁGIO
PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA DE CONTROLE DE ESTOQUE
NA EMPRESA METALÚRGICA BIGUAÇU
Este Trabalho de Conclusão de Estágio foi considerado adequado para a obtenção do título de
Bacharel em Administração e aprovado pelo Curso de Administração, da Universidade do Vale
do Itajaí, Centro de Educação de Biguaçu.
Administração de Materiais
Biguaçu, 24 de junho de 2009.
Prof. Dr. Rosalbo Ferreira UNIVALI - CE de Biguaçu
Orientador
Prof. Dr. Jairo Cezar Ramos Vieira UNIVALI - CE de Biguaçu
Prof. MSc. João Carlos D. Carneiro UNIVALI - CE de Biguaçu
Dedico este Trabalho de Conclusão de Estágio a meus pais, meu
esposo Élcio Kiliano Kons que me inspirou e ajudou a concluir
este trabalho, meus filhos Douglas e Amanda que tiveram a
paciência em me esperar todas as noites que tive ausente, meus
familiares e meu irmão Valter Paulo e funcionários da Metalúrgica
Biguaçu.
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus por poder proporcionar a oportunidade de serem
alcançados os meus objetivos.
À Universidade do Vale do Itajaí.
Ao orientador Profº. Rosalbo Ferreira, pelo seu acompanhamento e competência a qual
me orientou em todos os passos para a conclusão deste trabalho.
A todos os professores que me ensinaram como ser uma administradora, com seus
conhecimentos e incentivos nas horas difíceis.
Aos colegas de turma que de uma forma em geral demonstraram companheirismo
durante todo o curso.
A humildade e a simplicidade são os instrumentos que o sábio se utiliza para transmitir uma idéia.
Acácio Moraes Garcia
RESUMO
KONS, Deise Régis de Miranda. Proposta de Implantação de um Sistema de Controle de Estoque na Empresa Metalúrgica Biguaçu . 2009. 78 f. Trabalho de Conclusão de Estágio (Graduação em Administração) - Universidade do Vale do Itajaí, Biguaçu, 2009.
A administração de materiais dentro de uma empresa é fundamental para o seu desenvolvimento, desse modo, o trabalho teve o objetivo de apontar os pontos fracos e posteriormente sugerir melhorias na empresa Metalúrgica Biguaçu ME. Os pontos fracos foram levantados a partir de dados primários coletados junto aos colaboradores da empresa, dessa forma, buscaram-se pesquisas bibliográficas e documentais a fim de encontrar técnicas práticas e objetivas para solucionar os problemas encontrados em seu controle de estoque. Técnicas de controle de estoque como: codificação, classificação e níveis de estoque que possam evitar gastos desnecessários com produtos inertes, prejuízos por vendas não efetuado por falta de produto e mau utilização do espaço físico destinado ao armazenamento. Nesse sentido, trazer benefícios futuros quanto à agilidade na produção, rapidez no manuseio, entrega das encomendas no prazo e conseqüentemente satisfazer os clientes. Através da utilização das sugestões expostas poderá facilitar o trabalho do gestor e o desenvolvimento da empresa.
Palavra-chave: controle; nível adequado; gerenciamento.
ABSTRACT
KONS, Deise Régis de Miranda. Proposta de Implantação de um Sistema de Controle de Estoque na Empresa Metalúrgica Biguaçu . 2009. 78 f. Trabalho de Conclusão de Estágio (Graduação em Administração) - Universidade do Vale do Itajaí, Biguaçu, 2009.
The administration of materials in a company is fundamental to its development, so, this work had the objective of painting out the weak aspects in order to suggest improvements at Metalurgica Biguaçu ME. The co-workers helped to find solutions through bibliographic research and documents, to the stock control. Some techniques such as codification, classification which can avoid unecessary wastes with some useless products, sales losses and misure of the place to keep those products. In this way, bring future benefits in production, speed in handling, delivery on time and as a result make clients more pleased. Throgh the use of the suggestions above could facilitate the work of manager and the developing business.
Key-words: control; appropriate level; management.
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Dados do exemplo .......................................................................................43 Tabela 2: Cálculo das bases do exemplo...................................................................43
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1: “Dente de serra com tempo de reposição x ponto de pedido”. ...............25 Figura 2 - Sistema americano federal de codificação ...............................................32 Figura 3: Modelo...........................................................................................................37 Figura 4: Gráfico da curva ABC ..................................................................................41 Figura 5: Gráfico do exemplo da curva ABC .............................................................44 Figura 6: Metalúrgica Biguaçu ....................................................................................50 Figura 7– Organograma da empresa Metalúrgica Biguaçu ......................................51 Figura 8 – Área principal de atuação da Metalúrgica Biguaçu.................................52 Figura 9 - Processo de produção da Metalúrgica Biguaçu.......................................53 Figura 10 – Programa de controle de estoque...........................................................58 Figura 11 - Exemplo utilizado p/ codificação. ...........................................................60 Figura 12 – Gráfico da classificação dos itens em estoque. ....................................61 Figura 13 – Gráfico da classificação do investimento em estoque. ........................62 Figura 14– Curva ABC .................................................................................................63 Figura 15 – Exemplo Nível de estoque .......................................................................64 Figura 16 – Prateleiras com gavetas ..........................................................................65 Figura 17 – Layout do almoxarifado. ..........................................................................66
Quadro 1: Modelo para a confecção da curva ABC ..................................................40 Quadro 2 – Exemplo da tabela de classificação e codificação dos itens. ..............60
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO............................................................................................................13
1.1 OBJETIVOS..........................................................................................................14 1.1.1 Objetivo geral .................................................................................................14 1.1.2 Objetivo específico.........................................................................................14
1.2 JUSTIFICATIVA....................................................................................................14
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA..................................................................................16
2.1 ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS ......................................................................16 2.2 ESTOQUE ............................................................................................................18
2.2.1 Gestão de Estoque.........................................................................................20 2.3 REPOSIÇÃO DE ESTOQUE.................................................................................22
2.3.1 Sistema de duas gavetas ...............................................................................22 2.3.2 Sistema dos Máximos - Mínimos....................................................................23 2.3.3 Sistema de revisões periódicas......................................................................25 2.3.4 Níveis de Estoque ..........................................................................................27 2.3.5 Estoque de Segurança...................................................................................28
2.4 CLASSIFICAÇÃO DE MATERIAIS .................................................................................30 2.4.1 Identificação ou Especificação .......................................................................33 2.4.2 Codificação ....................................................................................................34 2.4.3 Classificação ABC de Materiais .....................................................................37
2.5 ARMAZENAMENTO .............................................................................................44
3 PROCEDIMENTO METODOLÓGICO ........................................................................47
4 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS....................................................................49
4.1 HISTÓRICO DA EMPRESA ..................................................................................49 4.1.1 Organograma da Empresa.............................................................................50 4.1.2 Atividades Desenvolvidas ..............................................................................51 4.1.3 Processo de Produção ...................................................................................52 4.1.4 Principais Clientes..........................................................................................54 4.1.5 Principais Fornecedores................................................................................54
4.2 LEVANTAMENTO DE DADOS .............................................................................55 4.2.1 Atual Sistema de Controle de Estoque...........................................................55 4.2.2 Classificação e Codificação dos Materiais .....................................................55
4.2.3 Classificação ABC...........................................................................................56 4.2.4 Armazenagem................................................................................................56
5 PROPOSTA PARA A ORGANIZAÇÃO .....................................................................57
5.1 SISTEMA DE CONTROLE DE ESTOQUE............................................................57 5.2 CLASSIFICAÇÃO E CODIFICAÇÃO DOS MATERIAIS .......................................................59 5.3 CLASSIFICAÇÃO ABC DE MATERIAIS .........................................................................60 5.4 ESTABELECER OS NÍVEIS DO ESTOQUE .....................................................................63 5.5 ARMAZENAGEM .......................................................................................................65
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................67
REFERÊNCIAS..............................................................................................................68
ANEXO A-(ARTIGOS EM METAIS PARA CEMITÉRIO). .............................................70
ANEXO B-(MATERIAL PRODUZIDO PELA METALÚRGICA).....................................71
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1 INTRODUÇÃO
Este trabalho abrange a área de administração de materiais, focando
especificamente o controle na área de administração de estoques. Na administração de
materiais a organização do estoque serve para poder controlá-lo da melhor forma
possível, tendo a finalidade de assegurar os abastecimentos dos produtos dentro da
organização com seu controle, bem como diminuir os custos operacionais.
É fundamental para a organização prover controle administrativo de estoques e
identificar os processos de captura das informações e análise de resultados dentro de
critérios previamente estabelecidos, tais como, organização no controle de estoque,
cadastros e catalogação de produtos, localização de materiais, dentro do estoque e tipo
de classificação.
No presente trabalho, a proposta de controle de estoque na Metalúrgica
Biguaçu, especializada em letras de alumínio, bronze, cromados e peças fundidas em
geral, tem o objetivo de propor melhorias no sistema de controle de estoque. Ao deter o
controle de seus processos, provavelmente se diferenciará, procurando sempre atender
da melhor forma às necessidades e desejos de seus clientes.
A empresa Metalúrgica Biguaçu acumula prejuízos ao longo do tempo
decorrente da desorganização de seu estoque de materiais. Na administração de
materiais a organização do estoque precisa identificar as informações, formalizando
sugestões, decisões e atividades a serem desenvolvidas. Ao organizar o estoque na
Metalúrgica Biguaçu, pretende-se propor melhorias para que a empresa almeje novos
desafios e favoreça o atendimento de seus clientes com agilidade.
Considerando os fatos citados anteriormente, cabe formular o seguinte
questionamento: Qual a forma mais apropriada de gerir o estoque na Metalúrgica
Biguaçu?
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1.1 OBJETIVOS
1.1.1 Objetivo geral
Propor a implantação de melhoria no sistema de controle de estoques para a
empresa Metalúrgica Biguaçu no período de março de 2008 a junho de 2009.
1.1.2 Objetivo Específico
• Identificar o atual sistema de estoques na empresa;
• Estabelecer a melhor forma de controle de estoque, visando à obtenção dos
níveis adequados;
• Classificar os itens do estoque da empresa;
• Elaborar o cadastro e classificar os produtos;
• Propor a implantação de um sistema de controle de estoque informatizado;
• Identificar melhor forma de armazenamento e respectivo layout.
1.2 JUSTIFICATIVA
O desenvolvimento deste trabalho gera uma oportunidade de ganho recíproco:
para a acadêmica, conhecimento, e para a empresa, melhorias no desempenho de
suas atividades, pois o gerenciamento de estoque depende muito de uma boa
contribuição científica, pois falta a empresa o conhecimento necessário para melhorar
seu estoque. E esta é uma possibilidade de rever a organização em estudo o atual
processo e implementar modificações que venham proporcionar o correto e eficaz
desempenho do mesmo.
A empresa Metalúrgica Biguaçu tem se preocupado com seus processos
operacionais e administrativos de forma que os torne mais eficazes e dinâmicos,
deixando de lado retrabalhos e desorganização. Nesse sentido, a análise de processos
visa propor melhorias para a sua gestão de estoque, sendo o momento oportuno para o
desenvolvimento em estudo e realização.
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O estudo é viável, pois em um ano de estágio a acadêmica teve a possibilidade
de aplicar o conhecimento que para analisar e propor melhorias dos processos da
empresa em relação ao gerenciamento de estoques.
No período de um ano foram realizadas análises no estoque da empresa em
estudo visando à melhoria do mesmo, sendo que a organização se colocou em inteira
disposição para repassar à acadêmica as informações que esta necessita para a
realização deste trabalho.
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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Este capítulo tem como objetivo dar embasamento teórico para empresa em
estudo com os principais temas: administração de materiais, gestão de estoque e
armazenamento.
2.1 ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS
Arnold (1999, p. 26) sustenta que a Administração de Materiais é a
departamentalização do fluxo de materiais, organizado desde o fornecimento até a
entrega ao consumidor final.
O autor (1999, p.26) ainda afirma que “Administração de Materiais é uma função
coordenadora responsável pelo planejamento e controle do fluxo de materiais”.
Em perspectiva similar, Viana (2000, p. 41) enfatiza que Administração de
Materiais é o planejamento, coordenação, direção e controle de todas funções
relacionadas à aquisição de materiais para formação de estoques, desde o momento de
sua concepção até seu consumo final.
Na mesma linha, Chiavenato (1991, p. 35) sustenta que a Administração de
Materiais abrange a totalidade dos fluxos de materiais da empresa, desde a
programação de materiais, compras, recepção, armazenamento no almoxarifado,
movimentação de materiais, transporte interno e armazenamento no depósito de
produtos acabados.
Araújo (1980, p. 28) sustenta que nenhuma empresa vingará ou poderá progredir
seu padrão de produtividade se não tiver totalmente organizada a sua Administração de
Materiais, que tem como finalidade precípua cuidar de todos os problemas que tenham
relação com os suprimentos e tudo mais que possa representar investimentos de capital
de uma organização.
Em perspectiva similar, Pozo (2007, p. 39) menciona que “a boa Administração
de Materiais significa coordenar a movimentação de suprimentos com as exigências de
produção”.
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Na mesma perspectiva, Arnold (1999, p. 26) sugere que mesmo que muitas
empresas tenham adotado esse tipo de organização, há ainda diversas que não o
fizeram. Se as empresas desejam minimizar seus custos totais nessa área e prever
melhor nível de serviços ao cliente, devem agir desse modo.
De forma mais abrangente, Viana (2000, p. 40) destaca que administrar com
eficiência e exatidão o momento de entradas e saídas dos materiais é indispensável à
empresa procedimentos fundamentais de Administração de Materiais, o quê, quanto,
quando e como comprar não é tarefa simples.
Pozo (2007, p. 39) menciona a importância da correta Administração de
Materiais, que pode ser facilmente compreendida quando os bens necessários não
estão disponíveis no momento exato para atender as necessidades do mercado.
Na mesma linha, Viana (2000, p. 41) aborda que todos nós somos
Administradores de Materiais, embora não percebamos. O abastecimento na própria
casa é uma tarefa bastante semelhante a essa, só que em proporção menor.
Conclui-se, a partir daí, que a Administração de Materiais se refere à totalidade
das funções relacionadas com os materiais, seja com sua programação, aquisição,
estocagem, distribuição etc., ou seja, desde sua chegada à empresa até o consumidor
final, afirma CHIAVENATO (1991, p. 35).
A boa Administração de Materiais significa coordenar a movimentação de suprimentos com as exigências de produção. Isso significa aplicar o conceito de custo total às atividades de suprimentos logístico de modo de obter vantagem da contra posição da curva de custo, ou seja, o objetivo maior da Administração de Materiais é prover o material certo, no local de produção certo, no momento certo e em condição utilizável ao custo mínimos para a plena satisfação dos clientes e acionistas (POZO, 2007, p. 39).
Na mesma concepção, Arnold (1999, p. 28) sustenta que a Administração de
Materiais pode diminuir custos pela certeza de que os materiais certos, estão no local
certo, no tempo certo e de que os recursos da empresa são utilizados apropriadamente.
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2.2 ESTOQUE
Viana (2000, p. 109) enfatiza que a expressão estoque é muito elástica, pois
tradicionalmente podemos considerá-lo como representativo de matérias-primas,
produtos semi-acabados, componentes para montagem, sobressalentes, produtos
acabados, materiais administrativos e suprimentos variados.
Na mesma linha, Slack, Chambers e Johnston (2007, p. 381) afirmam que,
“estoque é definido como acumulação armazenada de recursos materiais em um
sistema de transformação”.
Segundo Ballou (2006, p. 274) parte do estoque constantemente deteriora-se,
fica ultrapassado ou acaba sendo perdida / roubada durante longo tempo de
armazenagem, dessa forma, chamado estoques obsoletos, mortos ou evaporado. Em
outra perspectiva ao manusear estoques de alto valor, perecíveis ou fáceis de roubar, é
necessário tomar medidas que previna minimizar seu volume.
Pozo (2007, p. 137) aborda que, estoque encobre os problemas e dá aos
produtores meios de conviver com eles, assim eles não precisam resolvê-los e
transformou-se num modo de vida institucionalizado para as empresas tradicionais.
De forma mais abrangente Viana (2000, p. 144) sustenta que os estoques são
recursos ociosos que desempenham valor econômico, os quais significam um
investimento destinado a aumentar as atividades de produção e ser útil aos clientes.
Na mesma linha Bertaglia (2003, p. 327) afirma que, os estoques desempenham
papel essencial e possuem funções distintas comparadas às demandas de mercado, às
características do produto e sua movimentação e a interferência da situação
econômica.
Convém enfatizar que a função de planejar e controlar estoque são fatores
determinantes essencial numa boa gestão do processo produtivo. (POZO, 2007, p.40)
A seguir, uma lista usual e simplificada dos objetivos do planejamento e controle
de estoque.
• Assegurar o suprimento adequado de matéria-prima, material
auxiliar, peças e insumos ao processo de fabricação; • Manter o estoque mais baixo possível para atendimento compatível
às necessidades vendidas;
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• Identificar os itens obsoletos e defeituosos em estoque, para eliminá-los;
• Não permitir condições de falta ou excesso em relação à demanda de vendas;
• Prevenir-se contra perdas, danos, extrativos ou mau uso; • Manter as quantidades em relação as necessidades e aos
registros;
Arnold (1999, p. 268) menciona as funções dos estoques na produção por lotes.
Dessa forma, o propósito básico do estoque é separar o suprimento da demanda,
porém o estoque serve como um armazenamento intermediário entre:
• Oferta e demanda. • Demanda dos clientes e produtos acabados. • Produtos acabados e a disponibilidade dos componentes. • Existência de uma operação e resultado da operação anterior. • Peças e materiais necessários ao início da produção e fornecedores
de materiais.
Conclui-se a partir daí que existe estoque, porque a formação do estoque está
ligada à falta de estabilidade existente entre a demanda e o fornecimento. Desse modo,
“quando o ritmo de fornecimento é maior que a demanda, o estoque aumenta. Quando
o ritmo da demanda supera o fornecimento, o estoque diminui, podendo faltar material
ou produto” BERTAGLIA (2003, p. 319, 320)
Martins e Alt (2000, p. 185) sugerem que toda empresa deve determinar o
modelo de gerir seus estoques, não só pelos lucros sucedidos da empresa. Como
também da exigência da implantação dos sistemas informatizados hoje existente em
quase todas as organizações.
De forma mais abrangente Chuing (2006, p. 29) Afirma que existem muitas
razões para se manter estoque em uma empresa, entre elas estão: custo associado ao
estoque; objetivo do estoque e previsão de incertezas, que são comuns a todos os
problemas de controle de estoque, não importando se são matérias-primas, material em
processo ou produtos acabados.
Cabe evidenciar que toda organização deve determinar e manter uma estratégia
apropriada para administra o estoque, uma estratégia bem aplicada não só assegurará
a ação adequada dos diferentes processos e funções empresariais, como ainda poderá
minimizar os custos BERTAGLIA (2003, p. 314).
20
2.2.1 Gestão de Estoque
Pozo (2007, p. 37) afirma que Administração de estoque individualmente uma
das mais fundamentais funções da Administração de Materiais, porém está ligada com
o controle de níveis de estoques.
Na mesma linha, Arnold (1999, p. 265) afirma que a Administração de estoque é
responsável pelo planejamento e controle de estoque, desde o estágio da matéria-
prima até o produto acabado para o consumidor final.
Na mesma perspectiva, Martins e Alt (2000, p. 133) sustentam que devido à
concorrência acirrada no mercado atual, as empresas vêm se adequando na
organização e administração de seus estoques, com o objetivo de superar seus
concorrentes e melhor atender os clientes.
Convém enfatizar que a Administração de estoques apresenta alguns aspectos
financeiros vinculados com a área de finanças, porém Administração de Materiais está
voltada para auxiliar o fluxo físico dos materiais e abastecimento adequado à produção
da empresa (CHIAVENATO, 1991, p. 67).
Martins e Alt (2000, p. 138) ressaltam a importância que há na administração de
estoque dentro de uma empresa, a maioria delas vem criando setores responsáveis
pela gerência de materiais e estoques para que não venham acarretar prejuízos
durante o processo.
Na mesma concepção, Pozo (2007, p. 37) observa que todas as organizações
de transformação devem preocupar-se com o controle de estoques, visto que estes
desempenhos afetam de modo bem definido o resultado da empresa.
Dias (1995, p. 25) aponta que existem alguns princípios básicos para obter
qualidade adequada no controle de estoque, que são as seguintes:
• determinar “o que” deve permanecer em estoque. Número de itens; • determinar “quando” se devem reabastecer os estoques.
Periodicidade; • determinar “quanto” de estoque será necessário para um período
predeterminado; quantidade de compra; • acionar o Departamento de Compras para executar aquisição de
estoque (compra); • receber, armazenar e atender os materiais estocados de acordo
com as necessidades;
21
• controlar os estoques em termos de qualidade e valor, e fornecer informações sobre a posição do estoque;
• manter inventários periódicos para avaliação das qualidades e estados dos materiais estocados; e
• identificar e retirar do estoque os itens obsoletos e danificados.
Na mesma linha, o mesmo autor (1995, p. 19) menciona que em uma empresa
devemos destacar a importância da gestão de estoque, pois é através dela que a
empresa tem seu desenvolvimento. Na compra de matéria-prima, produção e venda, ou
seja, todas as etapas estão relacionadas com a gestão e controle de estoque.
Em termos lucrativos, a administração de estoques é fundamental para a
empresa de manufatura, pois à medida que os estoques são movimentados os lucros
aumentam. Convém enfatizar que um estoque inerte pode produzir enorme prejuízo
para empresa, pois envolve um capital, espaço físico e custos operacionais (ARNOLD,
1999, p. 265).
De forma mais abrangente, Pozo (2007, p. 38) aborda que a principal função da
Administração de estoques é maximizar os usos dos recursos envolvidos na área
logística da empresa e com enorme conseqüência dentro dos estoques, o administrador
irá encontre-se com um temido dilema que é o motivo da inapropriada gestão de
materiais.
Arnold (1999, p. 265) afirma, nesse sentido, que os estoque são materiais de
suprimentos que uma empresa ou instituição mantém, seja para vender ou fornecer
insumos ou suprimentos para o processo de produção. Todas as empresas precisam
manter estoques freqüentemente, porém o estoque compõe uma parte fundamental dos
ativos totais.
Na mesma perspectiva, Dias (1995, p. 20) afirma que administração de estoque
de uma empresa é o elo entre os demais departamentos. Deve-se conhecer todo o
processo desde a aquisição da matéria-prima até o fornecimento do produto acabado.
Pozo (2007, p. 49) sustenta que a avaliação da gestão de estoques por meio da
rotatividade é muito vantajosa e rápida, auxiliando a análise da situação operacional da
empresa. Quanto maior for o número de rotatividade, melhores serão as administrações
logísticas da empresa, menores serão os custos e maior será a competitividade.
22
Dias (1995, p. 21) conclui que a gestão de estoque não se preocupa somente
com a movimentação diária, mas em como a organização deve planejar o fluxo através
de dados sólidos do histórico da empresa.
Slack, Chambers e Johnston (2007, p. 380) abordam que o gerenciamento de
estoque ideal pode ser definido como um recurso de materiais armazenado para suprir
as necessidades de consumo ou fornecimento sem ocasionar prejuízos por conta da
má administração.
2.3 REPOSIÇÃO DE ESTOQUE
2.3.1 Sistema de duas gavetas
Segundo Tubino (2000, p. 125) é chamado de sistema de duas gavetas quando
“a separação do estoque é feita apenas nos registros, porém algumas empresas, para
facilitar a identificação do ponto pedido, separam também fisicamente o estoque em
duas partes”.
Para Arnold (1999, p. 334) cabe evidenciar que o sistema duas gavetas é uma
forma fácil de manter o controle dos itens do grupo C. Embora esses itens sejam de
pequeno valor, é melhor despender a mínima quantidade de tempo e dinheiro em seu
controle, ainda que, necessário que esses itens tenham um controle quando o estoque
de reserva é atingido, além do mais quando há um esvaziamento no estoque, os itens
do grupo C tornam-se do grupo A.
O sistema duas gavetas podemos considerar o método mais simples para
controlar os estoques. É recomendável na utilização para as peças classe C. O estoque
que inicia o processo é armazenado nessas duas caixas ou gavetas. A caixa A tem
uma quantidade de material suficiente para atender ao consumo durante o tempo de
reposição, mais o estoque de segurança. Embora a caixa B possui um estoque
equivalente ao consumo previsto no período. As requisições do material chegam a o
almoxarifado e são atendidas pelo estoque da caixa B, nesse sentido quando o estoque
da caixa B zerar, isso quer dizer que deverá ser pedido a reposição de material a
23
comprar. Para não suspender os atendimentos utiliza-se o estoque da caixa A
(DIAS,1995).
2.3.2 Sistema dos Máximos - Mínimos
Dias (1995, p. 128) Sustenta que pelas dificuldades para determinação do
consumo e pelas variações do tempo de reposição é que usamos o sistema máximo e
mínimo, basicamente o sistema consiste em seguintes fases:
• determinação dos consumos previstos para o item desejado; • fixação do período do consumo previsto em a; • cálculo do ponto de pedido em função do tempo de reposição do
item pelo fornecedor; • cálculos dos estoques mínimos e máximos; e • cálculos dos lotes de compra.
Viana (2000, p. 149) aborda que estoque máximo é a quantidade máxima
permitida para o material. O nível máximo pode ser atingido pelo estoque virtual,
quando da emissão de pedido de compra. O objetivo principal do estoque máximo é
indicar a quantidade de ressuprimento, por meio da análise do estoque virtual.
Também denominado nível-alvo ou nível máximo de estoque “a quantidade igual
à demanda durante o lead time, somada a demanda durante de revisão, mais o estoque
de segurança” (ARNOLD, 1999, p. 337).
T = D(R+L)+ES Em que: T = nível-alvo ou nível máximo de estoque D = demanda por unidade de tempo L = duração do lead time R = duração do período de revisão SS = estoque de segurança A quantidade do período é igual ao nível máximo de estoque menos a quantidade disponível no período de revisão: Q = T – E Q = quantidade do pedido
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E = estoque disponível
Na mesma linha Pozo (2007, p. 65) sustenta o nível máximo de estoque é
normalmente definido de forma que seu volume exceda a somatória da quantidade do
estoque de segurança, com o lote em um valor que seja suficiente para agüentar
variações normais de estoque em face de dinâmica de mercado, nesse sentido que o
nível máximo de estoque não cresça sobrecarregando os custos de manutenção de
estoque.
Conforme Dias (1995, p. 128), o sistema de máximos – mínimos da mesma
forma é chamado de sistemas de ponto de pedido para reposição do estoque.
O ponto de pedido “é a quantidade de peças que temos em estoque e que
garante o processo produtivo para que não sofra problemas de continuidade, enquanto
aguardamos a chegada do lote de compra, durante o tempo de reposição” Pozo (2007,
p.64).
Na mesma perspectiva Bertaglia (2003, p. 334) ressalta que o sistema de ponto
pedido, também é chamado de sistema de pedidos com quantidade fixa. Sendo
baseado na avaliação de quantidades sempre que acontece um consumo ou retirada
do estoque, assim, identificado se é o momento de fazer a reposição do item.
De forma mais abrangente, Martins e Alt (2000, p.101) mencionam que o sistema
do ponto de pedido ou lote padrão é mais popular método aproveitado nas fábricas e
consiste em disparar o processo de compra quando o estoque de certo item chegar a
um nível previamente determinado.”O ponto de pedido é calculado em função do
consumo médio e do prazo de atendimento”.
“O ponto de pedido é representado pelo saldo do item em estoque, quantidade
de reposição até a entrada de um novo ressuprimento no almoxarifado” (DIAS, 1995,
p.59), e pode ser calculado da seguinte maneira:
PP = C x TR + E.Mn,
Onde: PP = Ponto de Pedido
C = Consumo médio Mensal
TR = Tempo de Reposição
E.Mn= Estoque Mínimo
25
Todavia que o ponto de pedido atingir um número determinado, emite-se um novo
pedido de compras, dessa forma em uma quantidade preestabelecida.
A representação do controle de estoque por ponto de pedido consiste em
determinar uma quantidade de itens em estoque, chamada de reposição, que quando
atingida, dá a partida ao processo de reposição Tubino (2000, p. 125). Dessa forma,
podemos observar o exemplo da figura 1.
O gráfico a seguir representa o tempo de reposição.
Figura 1: “Dente de serra com tempo de reposição x ponto de pedido”.
Fonte: Dias (1995, p.58).
Na mesma linha Dias (1995, p. 58) enfatiza que o ponto pedido, uma das
informações básicas de que se exige para calcular o estoque mínimo é o tempo de
reposição, isto é, o tempo gasto desde a verificação de que o estoque precisa ser
reposto até a chegada permanente do material no almoxarifado da empresa.
2.3.3 Sistema de revisões periódicas
Gonçalves (2004, p. 124) sustenta que para administrar o sistema de revisão
periódica do estoque, há dois parâmetros básicos que precisam ser decididos. Primeiro
EM
TR
E.Mx
PP
1 2 3
1. Emissão do pedido
2. Preparação do pedido
3. Transporte
26
definir a periodicidade em que as revisões serão realizadas; segundo determinar qual o
nível de estoque máximo teórico deverá ser projetado.
Portanto Bertaglia (2003, p. 333) afirma que na revisão periódica os itens
prioritários podem ser revisados mais repetitivamente por possuir um nível de estoque
inferior. Mas referindo-se nos itens mais baratos podem sofrer avaliações com
periodicidade mais longa.
Cabe evidenciar que as maneiras de controlar os itens em estoque são
chamadas através do sistema de revisões periódicas, que compõe na reposição do
material periodicamente em ciclo de tempos iguais, chamados período de revisão. A
qualidade pedida será a necessidade da demanda do próximo período. A análise
deverá ser feita considerando o estoque físico existente, o consumo no período, o
tempo de reposição e o saldo de pedido no fornecedor do item DIAS (1995, p.129).
O controle de revisão periódica impõe um estoque rapidamente maior, dessa
forma os custos complementares de manutenção mais do que compensado pela
redução dos custos administrativos, menores preços ou custos reduzidos de aquisição
Conclui Ballou (2006, p. 292).
Para Martins e Alt (2000, p.100), convém enfatizar que no sistema de reposição
periódica depois de decorrido um intervalo de tempo predeterminado, um novo pedido
de compra para um certo item em estoque é emitido. Dessa forma, deve definir o
quanto deve ser comprado no dia da emissão do pedido, averiguar-se a quantidade
ainda disponível em estoque, desse modo, comprar o que falta para obter um estoque
máximo, também previamente determinado.
Na mesma concepção, Slack, Chambers e Johnston (2007, p. 399) afirmam que,
a chamada de revisão periódica, ou seja, pedir quando um nível de estoque
predeterminado é atingido, a abordagem periódica propõe pedidos a intervalos de
tempo regulares e fixos.
Arnold (1999, p. 336) sustenta que, “no sistema de revisão periódica a
quantidade disponível de um item é determinada a intervalos de tempo especificados e
fixos e assim o pedido é emitido”.
Dias (1995, p. 130) conclui que uma periodicidade pequena entre as revisões
acarreta um estoque médio alto e como conseqüência um aumento no custo de
27
estocagem e, uma periodicidade alta entre as revisões acarreta baixo estoque médio e
como conseqüência um aumento no custo de pedido e risco de ruptura.
Conforme Arnold (1999, p. 337), “o sistema de revisão periódica é útil nas
seguintes situações”:
• Quando há muitas liberações pequenas de estoque e a atualização das transações no registro de estoque torna-se muito cara.Supermercados e varejistas encontram-se nessa categoria.
• Quando os custos com pedidos são pequenos. Isso ocorre quando muitos itens diferentes são pedidos de uma única fonte.Um centro de distribuição regional pode pedir todo o seu estoque ou a maioria dele para um depósito central.
• Quando muitos itens são pedidos em conjunto para perfazer uma operação de produção ou encher a carga de um caminhão. Um bom exemplo é o centro de distribuição regional pede uma carga uma vez por semana para o depósito central.
Para minimizar os riscos é preciso definir o volume dos materiais a comprar;
listar os itens de uso comum para serem processados simultaneamente; executar uma
compra única; e realizar compras e entregas programadas, optando pela determinação
das periodicidades mais convenientes das necessidades. (DIAS, 1995, p.130).
Na mesma concepção Tubino (2000, p.127) menciona que o modelo de
revisão periódico trabalha no eixo dos tempos, determinando datas nas quais serão
analisadas a demanda e as demais condições dos estoques, para decidir pela
reposição dos mesmos.
2.3.4 Níveis de Estoque
Viana (2000, p. 145) aponta que os conceitos logísticos são fundamentais para a
gestão da medida do nível de estoque, não é apenas o armazenamento e sim o
processo relativo da gestão do fluxo de materiais e informações entre o fornecedor e
seu cliente, desde a compra da matéria-prima até a entrega do produto acabado para o
consumidor final.
Na avaliação dos níveis de estoque um problema importante é a determinação
do nível de estoque mais econômico para a empresa, pois os custos de estoque são
28
influenciados por vários fatores, ou seja, volume, disponibilidade, movimentação, mão-
de-obra e os próprios recursos financeiros envolvido, uma das técnicas utilizadas para
manutenção de níveis de estoque adequado é o sistema máximo-mínimo afirma POZO
(2007, p. 63).
Em complemento a esta posição Bertaglia (2003, p. 327) sustenta que os
estoques desempenham papel importante e possuem funções claras comparando às
demandas de mercado, De acordo com as características, ou seja, levar os lideres
empresariais a tomar devidas providências relacionada ao ecossistema organizacional,
comprometendo, desse modo, harmonia entre a demanda e a necessidade de manter
os níveis perfeitos do estoque.
Tubino (2000, p. 124) destaca que, os modelos de controles de estoque por
ponto de pedido e por revisões periódicas são sistemas de fácil operacionalização,
dessa forma, aconselhando para os itens poucos significativos que fazem parte da
classe C, assim eles estão sujeitos a exercer um controle mais fraco dos níveis de
estoques.
2.3.5 Estoque de Segurança
Gonçalves (2004, p. 82) afirma no estoque de segurança o excesso de estoque
gera custo financeiro ou de capital de custo de armazenagem, por outro lado, a falta
desse estoque poderá resultar em perdas de vendas, paralisação do processo
produtivo, podendo resultar na insatisfação do cliente ou consumidor.
Segundo Ballou (2006, p. 274) “o tamanho do estoque de segurança a ser
mantido depende da extensão da variabilidade e do nível de disponibilidade de estoque
proporcionado”.
Viana (2000, p. 150) aponta que a quantidade mínima possível capaz de
suportar um tempo de ressuprimento superior ao programado ou um consumo
desproporcional ao ser atingido pelo estoque em decadência, indica a condição crítica
do material.
Convém enfatizar que estoque mínimo ou também chamado de estoque de
segurança, é a quantidade mínima que deve estar em estoque, que se destina a cobrir
29
eventuais atrasos no ressuprimento, com a finalidade de garantir o funcionamento
ininterrupto e eficiente do processo produtivo, sem risco de faltas (DIAS, 1995, p.63).
Entre as causas que ocasionam estas faltas, Dias (1995) destaca:
• Oscilação no consumo; • Oscilação nas épocas de aquisição (atraso no tempo de reposição); • Variação na qualidade, quando o Controle de Qualidade rejeita um
lote; • Remessas por parte do fornecedor, divergentes do solicitado; • Diferenças de inventário.
Para Martins e Alt (2000, p.201), cabe evidenciar que é necessária uma certa
quantidade de itens que fiquem em estoques para casos como aumento da demanda
ou atrasos de pedidos já efetuados, desse modo, os estoques de segurança diminuem
os riscos de não-atendimento dos pedidos de clientes externos ou internos.
Na mesma concepção Pozo (2007, p. 66) menciona que a finalidade do estoque
de segurança não é afligir o processo produtivo e principalmente não ocasionar
decepção aos clientes por falta de material e, conseqüentemente, atrasar a entrega de
nosso produto ao mercado.
O autor (2007, p. 67) ainda aponta que a solução “é determinar um estoque de
segurança onde possa otimizar os recursos disponíveis e minimizar os custos
envolvidos”. Dessa forma, obtemos um estoque de segurança que irá servir a fatos
previsíveis dentro de seu plano global de produção e sua política de atendimento.
Em perspectiva similar Bertaglia (2003, p. 339) afirma que a quantidade de
estoque de segurança que deve ser mantida. Quando existem variações na demanda e
no tempo de entrega, a possibilidade de interrupção de estoque é grande.
Desigualmente das demanda e dos prazos constantes, ainda que, o estoque de
segurança é indispensável tem que ser mantido para atender às necessidades de
materiais durante o período de entrega, sem que haja parado a produção ou
desabastecimento.
O estoque de segurança é planejado para absolver as variações na demanda no
período de ressuprimento, desse modo, durante este período o estoque pode acabar
causando problemas na produção TUBINO (2000, P. 139).
30
2.4 Classificação de Materiais
Segundo Gonçalves (2004, p. 258), “a classificação de materiais tem por objetivo
estabelecer um processo de identificação, codificação, cadastramentos e catalogação
dos materiais de uma empresa”.
Viana (2000, p. 51) sustenta que a classificação de materiais é o processo de
aglutinação de materiais por características similares. A maior parte do gerenciamento
de estoque depende essencialmente de bem classificar os materiais da empresa.
A classificação não deve gerar confusão, ou seja, um produto não poderá ser classificado de modo que seja confundido com outro, mesmo sendo este semelhante.A classificação, ainda, deve ser feita de maneira que cada gênero de material ocupe seu respectivo local (DIAS, 1995, p.177).
Na mesma linha, Gonçalves (2004, p. 258) menciona que a classificação de
materiais tem por finalidade agrupar segundo determinado critério como: forma,
dimensões, peso, tipo, uso etc, com base na classificação é possível preparar uma
catalogação de todos os materiais utilizados na empresa, criando por resultado uma
especificação e uma padronização que vão tornar mais fácil os procedimentos de
armazenagem.
Em perspectiva similar, Dias (1995, p.176) aborda que “o objetivo da
classificação de materiais é definir uma catalogação, simplificação, especificação,
normalização, padronização e codificação de todos os materiais componentes do
estoque da empresa”.
Para Dias (1995, p.178) o sistema decimal é o mais utilizado pelas empresas,
pois é de fácil compreensão ou interpretação e com possibilidades de itens em estoque
e informações incomensuráveis.
Dessa forma o mesmo autor (1995, p.178) suponha a seguinte classificação para
especificar os diversos tipos de materiais em estoque:
01 - matéria-prima
02 - óleos, combustíveis e lubrificantes.
03 - produtos em processo
04 - produtos acabados
31
05 – materiais de escritório
06 - materiais de limpeza
Nesse sentido conforme Dias (1995, p.178) todos os materiais estão
classificados sob títulos gerais, de acordo com suas características. Sendo assim,
suponhamos que o material de escritório tenha a seguinte divisão:
05 – Materiais de Escritório
01 – Lápis
02 – caneta esferográfica
03 – blocos pautados
04 – papel-carta
“Devido ao fato de um escritório ter diversos tipos de materiais, esta
classificação torna-se necessária e chama-se classificação individualizada” DIAS (1995,
p.178).
O autor (1995, p.178) ainda destaca que esta codificação ”individualizadora” não
é suficiente, por faltar uma definição dos diferentes tipos de materiais. Por exemplo 02 –
caneta esferográficas pode ser classificada da seguinte maneira:
02 – Caneta esferográfica
01 – marca alfa, escrita fina, cor azul
02 – marca gama, escrita fina cor preta
Desse modo o mesmo autor (1995, p.179) menciona que esta classificação é
chamada definidora, quando tornar necessário qualquer material, ou seja, “basta que
informemos os números das três classificações que obedecem a seguinte ordem”:
• Número da classificação geral 05
• Número da classificação individualizadora 02
• Número da classificação definidora 03
32
Portanto este exemplo (1995, p. 179) refere-se a “caneta esferográfica marca
alfa, cor vermelha, escrita fina”.
O sistema numérico pode ter uma extensão enorme e com variações muito
grande, sendo assim, segue o exemplo na figura 2, o sistema americano Federal
Supply classification DIAS (1995, p.179).
Figura 2 - Sistema americano federal de codificação.
Fonte: Dias (1995, p.179).
Assim mesmo, ele pode ser subdividido em subgrupos e subclasses de acordo com a necessidade da empresa e do volume de informações que se deseja obter de um sistema de codificação. Para comparação com o exemplo anterior, a classificação geral seria o grupo, o subgrupo, a classificação individualizadora, e a classe, a classificação definidora, e os quatros dígitos faltantes do código de identificação serviriam para qualquer informação que se deseja acrescentar DIAS (1995, p.179).
Segundo Viana (2000, p. 51) existe intensidade de formas de classificação, mas,
uma boa classificação deve observar alguns atributos, assim, convém enfatizar algumas
condições que tornará possíveis adaptações do alicerce de cada empresa.
Pode-se observar alguns atributos, a seguir um exemplo de Viana (2000, p.52),
abrangência: “deve tratar de uma gama de características em vez de reunir apenas
materiais para serem classificados”, flexibilidade: “deve permitir interfaces entre os
diversos tipos de classificação, de modo que se obtenha ampla visão do gerenciamento
de estoques”, praticidade: “a classificação deve ser direta e simples”.
Gonçalves (2004, p. 260) enfatiza que a última fase do processo de
classificação de material é a catalogação propondo à consolidação de todos os dados
33
cadastrais de material em um acervo conhecido como banco de dados de materiais
que, nesse sentido:
• Permite a consulta de todos os usuários para se certifica do material de que necessita ou esclarecer eventuais dúvidas sobre as características do material solicitado.
• Facilita os processos de licitação, uma vez que todas as características do material licitado estão disponíveis no banco de dados.
• Evita a duplicidade de inclusão de itens no catálogo e, por conseqüência, no banco de dados.
• Permite a conferência dos dados cadastrais com os documentos de identificação dos materiais da empresa.
Para Viana (2000, p. 52) existem vários tipos de classificação, porém, devem ser
analisadas no todo, para atender às necessidades de cada empresa é essencial uma
divisão que oriente as várias formas de classificação favorecendo nas decisões e
resultados que atribuam para diminuir o risco de falta.
2.4.1 Identificação ou Especificação
Para Viana (2000, p.74) a definição de especificação é a “descrição das
características de um material, com a finalidade de identificá-lo e distingui-lo de seus
similares” ou seja:
• é a representação sucinta de um conjunto de requisitos a serem satisfeitos por um produto, um material ou um processo, indicado-se, sempre que for apropriado, o procedimento por meio do qual se possa determinar se os requisitos estabelecidos são atendidos;
• é a definição dos requisitos globais como mínimos, que devem obedecer aos materiais, tendo em vista a qualidade e segurança deles;
• é o tipo de norma que se destina a fixar condições exigíveis para aceitação e/ ou recebimento de matérias-primas, produtos semi-acabados, produtos acabados etc.
O mesmo autor (2000, p.74) ainda afirma que uma das inúmeras vantagens é a
eliminação de dúvidas que porventura se apresentem na identificação de um material,
nunca podendo ser confundidas com um ou mais similares.
34
Na mesma linha Gonçalves (2004, p.258) aborda que é a identificação, que da
fundamentação na análise e no registro dos principais dados que caracterizam e
individualizam cada item de material em particular.
Convém enfatizar que a identificação do cadastro que significa o registro do item
com todas as sua características em um sistema em banco de dados. Uma vez que os
dados de cada item do material são registrados no sistema, o catálogo vai se formando
e, se o sistema for acessado por todos os usuários, o catálogo da mesma forma vai
esta disponível para consulta pelos interessados. Desse modo as três operações
básicas são: a inclusão de um item de material no cadastro de materiais; eventuais
modificações quando algum item de material tem alguma características alterada; e a
exclusão, quando um item de material não haver mais nos materiais utilizados na
empresa assim conclui GONÇALVES (2004, p. 260).
2.4.2 Codificação
Codificar um item é criar uma identidade para que este seja únicos, distintos,
facilitando assim sua identificação e localização no estoque.
Gonçalves (2004, p. 259) sustenta que a codificação baseia-se em atribuir uma
série de números ou letras e números para cada material, onde esse conjunto numérico
ou alfanumérico possa representar, por meio de um único símbolo, as características de
cada material em particular.
Existem três sistemas de codificação de materiais utilizados com maior
freqüência (GONÇALVES, 2004)
• Sistema alfabético: constituído unicamente por um conjunto de letras, em sua maioria estruturada de forma mnemônica mediante associação das letras que permite identificar cada material.
• Sistema alfanumérico: è um método de codificação que mescla números e letras para representar cada material esse sistema de codificação é muito utilizado na industria de auto peças, por exemplo.
• Sistema numérico: consiste em atribuir uma composição lógica de números para identificar cada material. Este sistema de codificação teve origem na classificação Decimal Universal, criada
35
por Melwille Louis Komoth Dewey, que foi aplicada originalmente na organização de bibliotecas.
Viana (2000, p.94) destaca que a codificação alicerça-se embase técnicas, a
partir de um estudo dos materiais da empresa, e tem por objetivos propiciar aos
envolvidos a solicitação de materiais por seu código, em lugar do nome habitual, e
possibilitar a fazer uso de sistemas automatizados de controle, ter como finalidade:
• Facilitar a comunicação interna na empresa no que se refere a
materiais e compras; • Evitar a duplicidade de itens no estoque; • Permitir a padronização de materiais; • Facilitar o controle contábil dos estoques;
Para Dias (1995, p.177), codificação representa todas informações necessárias
suficientes e desejadas por meio de números e/ letras com base em toda classificação
adquirida nos materiais.
O autor (1995, p.177) ainda aborda que os sistemas de codificação
habitualmente usados são: o alfabético, alfanumérico e numérico, também chamado
decimal, Porém:
No sistema alfabético o material é codificado segundo uma letra, sendo utilizado um conjunto de letras suficientes para preencher toda a identificação do material; pelo seu limite em termos de qualidade de itens e uma difícil memorização, este sistema esta caindo em desuso.
Pozo (2007, p.198), destaca que “na codificação dos materiais e bens, poderemos
usar dois sistemas; um o alfanumérico e o outro o numérico”.
O mesmo autor (2007, p. 199) observa que o sistema numérico também é
chamado decimal, é o melhor e mais utilizado método de codificar os materiais e bens
patrimoniais, em razão de sua simplicidade e de sua infinita possibilidade de
informações.
Na mesma linha, Viana (2000) enfatiza que, “da combinação codificação e
especificação obtém-se o catálogo de materiais da empresa”, desse modo, Os planos
de codificação dividem os materiais em grupos e classes, ou seja:
a. grupo: designa a família, o agrupamento de materiais, com numeração de 01 a 99;
36
b. classe: identifica os materiais pertencentes à família do grupo, numerando-os de 01 a 99; c. número identificador: qualquer que seja o sistema, há necessidade de individualizar o material, o que é feito a partir da faixa de 001 a 999, reservada para numeração correspondente de identificação; d. dígito de controle: para os sistemas mecanizados, é necessário a criação de um dígito de controle para assegurar confiabilidade de identificação pelo programa.
O sistema de codificação selecionado deve possuir as seguintes características
(VIANA, 2000):
a. expansivo: o sistema deve possuir espaço para a inserção de novos itens e para a ampliação de determinada classificação; b. preciso: o sistema deve permitir somente um código para cada material; c. conciso: o sistema deve possuir o número possível de dígitos para definição dos códigos; d. conveniente: o sistema deve ser facilmente compreendido e de fácil aplicação; e. simples: o sistema deve ser de fácil utilização:
Para Martins e Alt (2000, p. 220), codificação nas gestões das maiorias das
empresas geralmente recebe o nome de controle do ativo fixo imobilizado. “Sua função
é registrar, controlar e codificar os bens considerados como imobilizados e, portanto,
passíveis de depreciação”.
Os autores ainda (2000) concluem que na codificação do bem imobilizado da
mesma forma existem diversos critérios que podem ser utilizados, sendo os
estruturados os mais indicados, como mostra a figura 3.
37
Figura 3: Modelo.
Fonte: Martins e Alt (2000, p. 221).
Em outra perspectiva para Gonçalves (2004, p. 260/261) a codificação de
materiais com a implantação do código de barras que significa novas tecnologias que
permite o reconhecimento ótico de caracteres, assim, substituindo à digitação de código
dos itens, ou seja, cada código ou operação realizada envolve a digitação de vários
números, o que demandava uma grande quantidade de pessoas para realizar esse
trabalho e também grande possibilidade de cometer erros de digitação. Isto é: “O
código de barras veio revolucionar e simplificar as operações. Entre as vantagens da
sua utilização podemos citar”:
• Fácil utilização. • Grande capacidade de captura dos dados via reconhecimento ótico
das barras. • Baixo custo operacional. • Implantação relativamente simples. • Uso de equipamentos compactos nas leituras dos dados.
2.4.3 Classificação ABC de Materiais
Viana (2000, p. 64) menciona que Vilfredo Pareto, economista, sociólogo e
engenheiro, ao realizar um estudo sobre a distribuição de renda, observou que a
distribuição da riqueza estava dividida em proporções diferentes para as diversas
classes sociais. Sendo assim, esta técnica poderia ser utilizada em outras áreas para
organização e classificação de materiais.
Desse modo, o mesmo autor (2000, p. 64) aborda que com a necessidade, o
princípio de Pareto foi sendo adaptado ao universo dos materiais, particularmente a
administração de estoques, com a denominação e classificação ABC, que é uma
ferramenta que auxilia a gestão do controle de estoque.
Na mesma linha, Arnold (1999, p. 284) afirma que o princípio ABC considera que
a observação de um número reduzido de itens pode ser insuficiente para controlar
qualquer situação.
O autor ainda (1999, p. 284) em relação à administração de estoque, nota-se
uma ligação entre porcentagem de itens e valor monetários empregados anualmente.
38
Sendo que 20% dos itens em estoque correspondem a 80% do valor monetário, 30%
dos itens a 15% e 50% dos itens, somente 5% valor do valor do estoque gasto durante
o ano.
Na área administrativa, a curva ABC tem grande aplicação com casos que
necessitam de decisões urgentes e que envolvem grandes volumes de dados. A curva
ABC pode ser aplicada em distintas áreas, entretanto, a primeira empresa a utilizar na
organização de estoque foi a General Electric, através de F. Dixie. A partir desta data,
tem sido uma ferramenta muito utilizada pela sua facilidade, eficácia e principalmente
pelo baixo custo de implantação (POZO, 2007, p. 92).
A análise ABC é uma das formas mais usuais de se examinar estoques. Essa análise consiste na verificação, em certo espaço de tempo, do consumo, em valor monetário ou quantidade, dos itens de estoques, para que eles possam ser classificados em ordem decrescente de importância (MARTINS e ALT, 2000, p. 162).
Essa forma de classificação vem sendo utilizada na gestão de estoques para
determinar as políticas de vendas, programação da distribuição e planejamento para
uma série de problemas, como localização do produto, reposição do estoque e outros
materiais. Pois essa classificação possibilita obter condições e mostrar o tratamento
adequado dos itens, verificando dessa forma a essencial quantia no estoque.
Na mesma linha Dias (1995), afirma que, “após os itens terem sido ordenados
pela importância relativa, as classes da curva ABC podem ser definidas das seguintes
maneiras”:
• Classe A: Grupo de itens mais importantes que devem ser tratados com uma atenção especial pela administração.
• Classe B: Grupo de itens em situação intermediária entre as classes A e C.
• Classe C: Grupo de itens menos importantes que justificam pouca atenção por parte da administração.
Desse modo, Dias (1995, p. 85) aborda que obtendo a ordem dos itens e sua
classificação ABC, ainda que definindo a utilização das técnicas de gestão
administrativa de acordo com a importância dos itens, a curva ABC é utilizada na
administração de estoques para determinar a política de vendas, estabelecer
39
prioridades de programação da produção e outros eventuais problemas que podem
surgir na empresa.
O mesmo autor (1995, p. 87) ainda destaca que os diferentes esquemas
utilizados nas construções da curva ABC podem ser resumidos sob a forma de um
diagrama de bloco, conforme se vê na tabela 1. Esta apresentação pretende facilitar a
preparação da curva ABC, ao mesmo tempo que todos os aspectos sejam devidamente
considerados.
40
QUADRO. Modelo para a confecção da curva ABC.
Quadro 1: Modelo para a confecção da curva ABC.
Fonte: Dias (1995, p.87).
De acordo com Slack, Chambers e Johnston (2007, p. 402), o sistema ABC pode
ordenar a prioridade do estoque observando vários aspectos. Alguns itens podem ser
classificados por sua grande utilização dentro de um processo produtivo, de modo que,
se faltassem, muitos clientes ficariam desapontados. Outros pelo seu alto custo, pois
um estoque inerte significa um capital desvalorizando. Entretanto, devemos ressaltar a
demanda de mercado, assim podemos nos prevenir da falta de oferta do produto.
Quanto maior o valor dos itens em estoques, maior deverá ser o cuidado, enquanto que
os itens menos expressivos não precisam de muita atenção. Concluímos que a
importância do material em estoque não é apenas pelo seu custo, mas também pelo
prejuízo que ele poderá provocar.
Arnold (1999, p. 283) observa que a maior parte das organizações, para manter
seus estoques, tem que ter o custo razoável e com controle, classificando os itens de
acordo com sua importância.
Necessidade da Curva ABC
Discussão Preliminar 1 Definição dos Objetivos
Verificação das Técnicas para Análise
Tratamento de Dados 2 Cálculo Manual, Mecanizado ou Eletrônico
Obtenção da Classificação: Classe A
Classe B e Classe C sobre a Ordenação Efetuada 3 Tabelas Explicativas e Traçado do Gráfico ABC
4 Análise e Conclusões
5 Providências e Decisões
41
De forma mais abrangente a metodologia de cálculo da curva ABC, é essencial
aplicar de acordo com o nível de prioridade que venha apresentar dentro do processo.
Conforme a curva ABC, as tarefas devem ser separadas em três níveis distintos,
ressaltando a sua importância (VIANA, 2000, p. 64).
Em outra perspectiva Bertaglia (2003, p. 336) revela que “algumas organizações
classificam-nos em quatro categorias, adicionando a classe D.” Mas referindo-se a
grande maioria das empresas utiliza o conceito ABC também conhecido como o
principio de administração por exceção.
Martins e Alt (2000, p.164) demonstram “pela curva ABC, 20% dos itens (classe
A) representam 60% dos gastos, 26,67% dos itens (classe B) correspondem a 25% dos
gastos, e 53,33% dos itens (classe C) resultam em apenas 15% dos gastos”. A curva
ABC é uma das formas mais simples de visualizar a evolução dos estoques. Seus itens
são classificados em ordem decrescente de importância.
O gráfico a seguir, apresenta um exemplo de curva ABC.
Figura 4: Gráfico da curva ABC.
Fonte: Viana (2000, p. 79).
42
Gonçalves (2004, p. 82) aborda que, o principal objetivo da análise ABC é
identificar os itens de maior valor de demanda e sobre eles praticar uma administração
bem mais apurada exclusivamente porque representam altos valores de investimentos
e seu controle mais apurado vai permitir grandes reduções nos custos do estoque.
Pela constatação de que uma pequena parcela dos itens em estoque abrange a maioria dos recursos investidos, devemos dar atenção especial a estes itens, executando um controle mais rígido, que apesar de mais caro recai sobre a quantidade pequena de itens. Esta atenção especial deve abranger a determinação exata dos custos envolvidos no sistema de armazenagem e reposição, uma atualização constante dos dados, inventários periódicos para conciliação dos registros, apuros nos modelos de determinação de demanda e dos estoques de segurança, etc. De outro modo na classe C, como temos muitos itens de pouca significação, não é vantajosa a aplicação de um controle acurado, pois o custo do controle não compensa o beneficio das economias obtidas. Desta forma, procura-se controlar estes itens de maneira mais simples possível, por exemplo, empregando um sistema ponto pedido para reposição, estoque de segurança aproximado, baixa freqüência de atualização dos dados etc. Na calasse B, usamos um meio termo entre os controles dos itens A e C, assim enfatiza TUBINO ( 2000, p. 109).
Nesse sentido o autor ( 2000, p. 109) ainda põe em ordem a classificação ABC
por demanda valorizada:
• Calcula-se a demanda valorizada de cada item, multiplicando-
se o valor da demanda pelo custo unitário do item.
• Colocam-se os itens em ordem decrescente de valor de
demanda valorizada.
• Calcula-se a demanda valorizada total dos itens.
• Calculam-se as percentagens da demanda valorizada de
cada item em relação a demanda valorizada total, podendo-se
calcular também as percentagem acumuladas.
• Em função dos critérios de decisões, estabelecem-se as
classes A, B e C (ou quantas quisermos).
43
Pode-se observar nas tabelas a seguir um exemplo de Tubino (2000, p. 110),
uma relação de 10 itens contendo o consumo por ano e o custo por unidade, o custo
total de cada item, o valor do consumo e o grau (ordem de importância)
Tabela 1: Dados do exemplo
Item X1 X2 X3 X4 X5 X6 X7 X8 X9 X10 Demanda Atual 9.000 4.625 1.075 15.000 59.500 16.000 10.000 4.250 13.500 1.000 Custo Unitário 10 4 80 1 5 5 2 50 1 17
Fonte: Tubino (2000, p. 110).
Os itens ordenados seguindo os dados da tabela 2 estão apresentados na
próxima tabela, conforme Tubino (2000, p. 110), assim podemos notar que os dois
primeiros itens X5 e X8 significam 60% do volume financeiro movimentado pelos itens,
dessa forma, individualmente movimentam acima de 20%, em breve serão escolhido
para classe A; já os itens X1, X3 E X6 significam 31,1% do volume financeiro
movimentado e estão individualmente na faixa de 10% cada, em breve serão
considerados itens intermediários da classe B; os restantes correspondem a 50% do
total de itens significam apenas 9,9% do valor financeiro total, e serão considerados
como itens da casse C.
Tabela 2: Cálculo das bases do exemplo
Tabela
Ordem Item Demanda Valorizada
% Individual
Demanda Valorizada Acumulada
% Acomulado
Classe
1 X5 297.500 35,0 297.500 35,0 A 2 X8 212.500 25,0 510.000 60,0 A 3 X1 90.000 10,6 600.000 70,6 B 4 X3 86.000 10,1 686.000 80,7 B 5 X6 80.000 9,4 766.000 90,1 B 6 X7 20.000 2,4 786.000 92,5 C 7 X2 18.500 2,1 804.000 94,6 C 8 X10 17.000 2,0 821.500 96,6 C 9 X4 15.000 1,8 836.500 98,4 C 10 X9 13.500 1,6 850.000 100,0 C
Fonte: Tubino (2000, p. 110).
44
Na mesma linha Bertaglia (2003, p. 337,338) conclui que na classificação AB ou
C, a ação de organizar os itens devem ser de forma decrescente de valor, assim, os
analistas de materiais geralmente atribuem cerca de 20% dos itens à classe A, 30% à
classe B e 50% à classe C.
Após o cálculo dos itens podemos observa a classificação ABC:
Figura 5: Gráfico do exemplo da curva ABC.
Fonte: Tubino (2000, p. 111).
2.5 ARMAZENAMENTO
Viana (2000, p. 278) aborda que no armazenamento, a melhor forma de guardar
é aquela que maximiza o espaço disponíveis nas três dimensões: comprimento, largura
e altura da armazenagem e para conservação exige conhecimentos gerais sobre
comprimento de cada material, seu peso, tipos, formas físicas.
A armazenagem compreende seis fases,
• 1ª fase verificação das condições pelas quais o material foi recebido, no tocante à proteção e embalagem.
• 2ª fase identificação dos materiais. • 3ª fase guarda na localização adequada. • 4ª fase informação da localização física de guarda ao controle • 5ª fase de verificação periódica das condições de proteção e
armazenamento. • 6ª fase separação para distribuição.
45
O mesmo autor ainda (2000) conclui que, “as instalações do armazém devem
proporcionar a movimentação rápida e fácil de suprimentos desde o recebimento até a
expedição”. Dessa forma, algumas precações devem haver como:
• determinação do local, em recinto coberto ou não; • definição adequada do layout; • definição de uma política de preservação, como embalagens
plenamente convenientes aos materiais; • ordem, arrumação e limpeza, de forma constante; • segurança patrimonial, contra furtos, incêndios etc.
Ao se otimizar a armazenagem obtém-se:
• máxima utilização do espaço (ocupação do espaço); • efetiva utilização dos recursos disponíveis (mão-de-obra e
equipamentos); • pronto acesso a todos os itens (seletividade). • máxima proteção aos itens estocados; • boa organização; • satisfação nas necessidades dos clientes.
Para Gonçalves (2004, p. 251) convém enfatizar que há uma estreita ligação
entre equipamentos de movimentação e os de armazenamento de materiais, porém, os
equipamentos de movimentação devem ser escolhidos dentro de um planejamento
global que envolve os grupos de materiais, suas formas de acondicionamento
embalagem e fluxo geral dos materiais armazenados.
Portanto, a concretização de uma operação eficiente e efetiva de armazenagem
depende muito da existência de um bom layout, que determina, tipicamente, o grau de
acesso ao material, os modelos de fluxos de material, os locais de áreas interrompidas,
a eficiência da mão-de-obra e a segurança do pessoal e do armazém VIANA (2000, p.
309).
Desse modo Dias (1995) afirma que, “os problemas e as características de um
sistema de almoxarifado estão relacionados com a natureza do material movimentado e
armazenado”.
Assim o mesmo autor (1995) aborda que, a eficácia de um sistema para
estocagem de cargas e o capital essencial depende da escolha adequada do sistema.
46
Não existe para isso, uma fórmula pré-definida: o sistema de almoxarifado deve ser
adaptado às condições especificas da armazenagem e da organização.
É certo que só um estudo cauteloso e detalhado poderá indicar o tipo apropriado
para cada caso. Mas podemos compreender que a boa armazenagem dos materiais ou
produtos propicia um maior aproveitamento do local.
47
3 PROCEDIMENTO METODOLÓGICO
Nesta parte do projeto serão destacadas as etapas para a realização de controle
de estoque da empresa Metalúrgica Biguaçu.
Cervo e Bervian (1996, p. 21) mencionam que o método científico quer
reconhecer os fatos, encontrar hipóteses e idéias. O método não se inventa, depende
de pesquisa. Para chegar ao resultado esperado é necessário colher informações
durante o processo. Somente a inteligência e a reflexão identificam o que os fatos
realmente são.
O estágio foi realizado em uma empresa metalúrgica, localizada em Biguaçu,
cujo nome fantasia é Fundição Biguaçu e a razão social é Valter Paulo de Miranda ME.
A empresa está situada na Rua: Manuel Justino Simas, nº 294, Bairro Fundos, Biguaçu.
O estudo compreende o período de agosto de 2008 a junho de 2009.
A empresa estudada é composta por uma população de 10 funcionários. A
primeira etapa deste trabalho foi à realização de entrevista aberta com proprietário
Valter Paulo de Miranda, devido ao seu conhecimento na área de metalurgia, e por ser
responsável pelo controle de compras de materiais, estocagem, fornecedores além do
seu conhecimento da demanda dos produtos existentes no mercado ao qual a empresa
está inserida e por possuir informações relacionadas aos clientes. A fim, de levantar
todas as informações necessárias no desenvolvimento do trabalho.
Os dados primários também foram coletados através da utilização da técnica
de observação, a fim de cadastrar todos os produtos disponíveis na metalúrgica em
uma ficha de identificação de material. Foram coletados os dados secundários através
da pesquisa bibliográfica e pesquisa documental.
Nesse sentido, Oliveira (2001, p. 119) afirma que, o objetivo da pesquisa
bibliográfica é conhecer as diferentes formas de contribuição científica que se realizam
sobre determinado assunto ou fenômeno.
Cervo e Bervian (1996, p. 50) sustentam que a pesquisa documental é a
investigação dos documentos a fim de poder descrever e comparar usos e costumes,
tendências, diferenças e outras características que estudam a realidade presente e não
o passado.
48
Todas as informações obtidas durante o levantamento de dados serviram para
propor uma análise e padronização do controle de estoque.
Convém enfatizar que não podemos separar os estudos qualitativos e
quantitativos ou entre ponto de vista estatístico e não estatístico, pela razão de que não
existe importância com relação à precisão das medidas, uma vez que o que é medido
continua a ser uma qualidade, OLIVEIRA (2001, p. 116).
Foi feita uma análise de todos os dados que serviram de base para o
diagnóstico completo englobando a catalogação, codificação dos itens permitindo a
identificação e classificação ABC.
Assim utilizou-se “o estudo descritivo que possibilita o desenvolvimento de um
nível de análise em que se permite identificar as diferentes formas e fenômenos, sua
ordenação e classificação” OLIVEIRA (2001, p. 114).
A partir deste levantamento foi realizada uma proposição de um plano para a
solução de problemas existentes no desenvolvimento do trabalho realizado dentro do
estoque da empresa Metalúrgica.
Neste caso o objetivo final é uma maior flexibilidade no controle de estoque da
empresa e não burocratizá-lo, conforme destaca ROESCH (1996, p. 68).
49
4 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS
4.1 HISTÓRICO DA EMPRESA
A empresa em estudo denomina-se Metalúrgica Biguaçu (Fundição Biguaçu
nome fantasia) e a razão social é Valter Paulo de Miranda ME. Fundada em maio de
1990 na Rua: Acácio Reitz, Bairro: Jardim São Nicolau, Biguaçu, onde permaneceu até
meados de 1996 e posteriormente mudou-se para a Rua: Manuel Justino Simas, nº
294, Bairro Fundos, do mesmo município onde permanece localizada até a presente
data.
No início a Fundição Biguaçu chamava-se de fundição V.P.M. começou fazendo
peças para roçadeira, acoplador, cinzeiros, panelas, formas de alumínio, aplique de
móveis antigos. Depois começou a receber pedidos da empresa Xexéu, peças de
motores marítimos como hélices, flanges, ancoras, forquetas de bronze e carretel de
alumínio para guinchos de grandes embarcações.
A Fundição V.P.M. contava com apenas dois funcionários que era Sr. Valter e o
seu sócio, na época as peças marítimas eram os principais produtos da empresa. Mas
com o aumento das vendas de peças marítimas a empresa Xexéu montou sua própria
Fundição e não comprou mais da fundição V.P.M., mais outros clientes como Olsen,
Metalúrgica Domonik e Forma nova móveis conseguiram manter a empresa. Depois
surgiu então a Macedo Koerich S/A que trabalhava com abate de frango e duas vezes
por ano faziam pedidos de peças que utilizavam na manutenção de suas máquinas, foi
o maior cliente durante 16 anos. Mas como as encomendas da Macedo ocupavam
somente dois meses por ano a produção da Fundição V.P.M. a empresa sentiu a
necessidade de partir para a fabricação de novos produtos. Dessa forma a empresa
começou a confeccionar uma linha de produtos para jazigos como: manuscritos, letras,
cruzes, moldura em latão cromados, além de outros. Estes são os principais produtos
da Metalúrgica Biguaçu até a data atual.
Entre os principais concorrentes da Metalúrgica Biguaçu estão a Fundição de
metal Neto (Lages), Fundição Silva (Timbó) e Metalúrgica Carvalho (Porto Alegre). Para
50
concorrer com estas empresas a Metalúrgica Biguaçu precisa crescer para aumentar
sua produção e assim reduzir os preços de seus produtos mantendo a qualidade.
A Metalúrgica Biguaçu procurar absorver boas idéias de empresas bem
sucedidas para que sirva de exemplo e esperança e com um diferencial que seja
aproveitada nas gerações futuras. Com isso a empresa pretende fabricar produtos de
qualidade, entregando os pedidos dentro dos prazos pré-estabelecidos, aumentando
seu capital, gerando empregos e satisfazendo seus clientes.
Figura 6: Metalúrgica Biguaçu.
Fonte: Dados Primários.
4.1.1 Organograma da Empresa
O organograma possibilita que seja visualizada a estrutura hierárquica da
organização, tendo a gerência à função de cuidar dos procedimentos administrativos,
supervisão do setor de produção e do setor comercial.
A estrutura organizacional, conforme organograma a seguir, compreende.
51
Figura 7– Organograma da empresa Metalúrgica Biguaçu.
Fonte: Empresa.
O organograma da empresa demonstra que a empresa comanda os outros
setores, inclusive os estoques, mas não aparece no organograma, pois não existe um
departamento específico para este setor. A área administrativa e comercial são
compostas por dois empregados com auxilio do diretor executivo são responsáveis pelo
departamento pessoal, atendimento ao cliente, pedidos de produção e compras de
suprimentos. O setor de produção atualmente dispõe de oito empregados, na qual
estão distribuídas em diversas funções, entre elas, a fundição, modelagem, retífica,
polimento e outras.
4.1.2 Atividades Desenvolvidas
A Metalúrgica Biguaçu é uma empresa de pequeno porte que atua no ramo de
fundição na qual é especializada na confecção de peças e acessórios para cemitério
como: manuscritos, porta-retratos, crucifixos, e outros. Porém sob encomenda ela
produz peças de decoração, nomes para edifícios e assinaturas.
Entre as principais ligas de metal utilizadas para a produção está o alumínio,
bronze, cobre e zinco. Além do mais a maioria das peças recebe um banho de cromo,
que é feito por empresas terceirizadas.
52
Atualmente, conta com 10 (dez) colaboradores em seu quadro funcional, os
quais estão separados por setor administrativo, produção e comercial.
Os principais clientes da Metalúrgica Biguaçu são às marmorarias, motivo pelo
qual elas estão diretamente ligadas à confecção de jazigos.
A metalúrgica Biguaçu atende clientes em toda região sul do Brasil, mais o seu
principal foco está direcionado para região da grande Florianópolis e Vale do Itajaí.
Figura 8 – Área principal de atuação da Metalúrgica Biguaçu.
Fonte: /www.sul-sc.com.br.
4.1.3 Processo de Produção
Atualmente o processo de produção da empresa Metalúrgica Biguaçu é iniciado
após encomendas realizadas.
A empresa Metalúrgica Biguaçu é especializada na produção de artefatos e
letras fundidas em metal, alumínio e bronze. Desse modo, são utilizadas para
modelagem das peças, caixas de madeira de vários tamanhos, areia especial licopódio
de sódio (talco) e molduras. Logo após vem o processo de fundição, onde o metal é
53
aquecido em um forno até alcançar o ponto de fundição. Terminado a fundição vem o
processo de acabamento das peças onde são retirados as rebarbas e o seu canal, são
limadas e posteriormente polidas. A última parte do processo de produção é a
cromagem. Esta parte é executada por empresas terceirizadas, pois a Metalúrgica
Biguaçu não disponibiliza desse processo.
Figura 9 - Processo de produção da Metalúrgica Biguaçu.
Fonte: Dados Primários.
54
4.1.4 Principais Clientes
Pela principal atividade da empresa está voltado para produção de artefatos para
cemitério, seu principal cliente são marmorarias, entre elas podemos citar:
• Cestari Artefatos de Mármores Ltda Brusque SC.
• Marmoraria J.C Ltda Brusque SC.
• Marmoraria Darós Ltda Nova Trento SC.
• Marmoraria Santa Rosa São João Batista SC.
• Marmoraria Moser Ltda Itajaí SC.
• Artes fotográficas -AFA Apucarana PR.
• Marmoraria Granicar Ltda Me Laurentino SC.
• R S Mármores e Granitos Ltda Lontras SC.
• Marmoraria Pedro Scharf Atalanta SC.
• Marmoraria Porto Belo Porto Belo SC.
• Entre outros.
4.1.5 Principais Fornecedores
Os fornecedores da Metalúrgica Biguaçu são responsáveis pelo abastecimento
de ferramentas e matéria prima para o processo de produção, entre as principais estão:
• Dominik Metalúrgica Ltda.
• AP Oxigênio Comercial Ltda Me.
• Acre Continental Comércio de Abrasivos Ltda.
• Ferramentas Gerais.
• Smell Abrasivos.
• Irmãos Galliaz.
• Representações AlKamar Ltda.
• Comércio de sucatas carvalho
55
• Entre outros.
4.2 LEVANTAMENTO DE DADOS
4.2.1 Atual Sistema de Controle de Estoque
Atualmente a empresa Metalúrgica Biguaçu dispõe de um estoque
desorganizado, onde o controle é feito pelos próprios empregados. Desse modo, o
estoque fica com um controle obsoleto, pois não existe uma pessoa responsável pela
organização. Quanto à necessidade de acrescentar produtos ao estoque, é feita através
de um controle visual ou conforme o fluxo de encomendas recebido pela empresa.
A Metalúrgica Biguaçu em determinados períodos do ano tem sua venda
aumentada em até três vezes à média mensal. Pelo motivo de a empresa não possuir
um estoque que possa atender esses períodos, acaba gerando gastos desnecessários,
como pagamento de horas extras de funcionários e perda de clientes.
Dessa forma, a empresa Metalúrgica Biguaçu tem a necessidade de implantar
um novo sistema de controle de estoque, para futuramente atender seus clientes a
pronta entrega.
4.2.2 Classificação e Codificação dos Materiais
Os produtos da Metalúrgica Biguaçu não possuem códigos adequados para cada
grupo, cada produto cadastrado no sistema gera um código na seqüência existente
sendo que desta maneira os produtos ficam todos misturados. Sendo que grande parte
de produtos por ela confeccionada, ferramentas, material de consumo e as matérias-
primas não disponibilizam de códigos.
Não há um funcionário responsável pela classificação dos produtos estocados, o
que gera perda tempo na localização de alguns produtos.
Os clientes identificam os produtos com auxílio de um catálogo fornecido pela
empresa. Este catálogo apresenta a relação dos produtos mais vendidos com a
descrição e seu respectivo código,conforme anexo A.
56
4.2.3 Classificação ABC
Durante a pesquisa no estoque da empresa Metalúrgica Biguaçu, observou-se à
falta de uma classificação ABC de materiais.
A falta de uma classificação ABC representa perdas com ralação ao
aproveitamento dos recursos financeiros destinados ao estoque, pois a manutenção de
um estoque de maneira errada representa uma má liquidez e acumulo de recursos
parados.
Quanto à classificação ABC, ela é feita de forma visual, sendo acionada apenas
quando a falta do produto é percebida, ou seja, não existe uma classificação
fundamentada em informações proveniente do comportamento dos produtos.
Os produtos que representam um maior nível de investimento para empresa não
são realmente conhecidos e nunca sofreram um estudo mais aprofundado.
4.2.4 Armazenagem
Na pesquisa efetuada observou-se que a empresa Metalúrgica Biguaçu não
possui um sistema de armazenamento totalmente funcional, onde a falta de um layout
bem estruturado e a codificação dos materiais provocam problemas com relação à
armazenagem e localização dos produtos estocados.
Pelo motivo das peças produzidas e comercializadas pela empresa Metalúrgica
Biguaçu serem de pequeno porte, utilizam-se caixas plásticas para armazenagem dos
produtos.
As ferramentas de uso contínuo são estocadas em um ambiente restrito com
auxílio de prateleiras.
Para fundição das peças na maioria das vezes a empresa utiliza matéria prima
reciclada como alumínio, cobre, zinco e bronze. Estes materiais por ocuparem um
grande volume, são armazenados em compartimentos localizado no piso da
metalúrgica.
57
5 PROPOSTA PARA A ORGANIZAÇÃO
Neste capitulo foram apresentadas propostas visando resolver os problemas
existentes encontrados durante a pesquisa realizada no setor de estoque da empresa
Metalúrgica Biguaçu.
Atualmente com a concorrência no mercado, cabem as empresas estabelecerem
estratégias organizacionais para diferenciarem das demais.
Uma empresa moderna tem que estar preparada para todas as situações seja
ela, oportunidades, concorrências ou crises no setor que ela atua.
Para uma empresa crescer é fundamental que haja planejamentos e que
estabeleça metas. Através do planejamento é que podemos traçar o melhor caminho
para crescer de uma forma organizada, pois somente as empresas que se prepararem
sobreviverão.
5.1 SISTEMA DE CONTROLE DE ESTOQUE
Em uma empresa, para que ela não perca oportunidade de negócio, tem que
estar preparada. Este é o motivo pelo qual sugiro uma reformulação no controle de
estoque da empresa Metalúrgica Biguaçu. Na qual proponho alguns sistemas como:
codificação, classificação ABC e controle dos níveis de estoque, assim, estabelecendo
a melhor forma de controle de estoque, visando à obtenção de níveis adequados.
Inicialmente foram relacionados todos materiais que existem na empresa, em
seguida propus a separação em grupos para uma posterior codificação.
Quanto à classificação foi sugerido a utilização da técnica ABC, que dividirá os
materiais em três classes distintas conforme a sua importância. Classe A, este grupo
representa os materiais de maior valor e menor número, que requer um gerenciamento
com especial atenção. Classe B, representa o grupo de situação intermediária entre as
classes A e B. Classe C, este grupo é representado pelo maior número de itens e
menor valor de consumo, sendo assim itens de menos importância.
O controle dos níveis de estoque poderá ser gerenciado com auxílio de um
software, (à ser criado), conforme figura 10, criado para atender as necessidades da
58
Metalúrgica Biguaçu. Trabalhando assim, com níveis confiáveis utilizando o sistema de
máximo e mínimo.
O novo modelo de gestão de estoque permitirá a administração e a captação de
um maior número de informações dos produtos estocados. Estas informações
contribuem para o planejamento dos processos que fazem parte da empresa.
Este controle permitira que a empresa tenha informações necessárias para sua
demanda, evitando atrasos na produção, podendo assim, oferecer aos clientes
produtos à pronta-entrega.
Figura 10 – Programa de controle de estoque.
Fonte: Polyvan.
59
5.2 Classificação e Codificação dos Materiais
Através da nova classificação de materiais, propus realizar um levantamento dos
produtos do estoque, onde deve separá-los de acordo com suas características,
facilitando a identificação e gerando um plano de codificação.
A codificação dos produtos foi baseada no sistema numérico, onde os itens
receberam seis dígitos, sendo que os dois primeiros representaram o grupo de
materiais, na seqüência a classe e os dois últimos o código de identificação, podendo
variar de 01 a 99, de acordo com o anexo B.
Com a nova codificação a metalúrgica Biguaçu terá organização e agilidade, pois
os produtos receberam juntamente com seu código, suas características que ajudaram
a organizá-lo com outros produtos do mesmo grupo.
Os materiais foram classificados em três grupos:
01 – Materiais produzido pela empresa
02 – Matéria prima e ferramentas utilizadas na produção
03 – Material de consumo
Os itens devem ser divididos em 55 classes, entre elas cito algumas:
01- Letra solta 4 cm
02- Letra solta 3 cm
03- Letra manuscrita 2 cm
04- Letra manuscrita 3 cm
05- Letra no filete 3 cm
06- Pino botão
07- Moldura
08- Anjo
09- Cruz de filete s/ cristo
10- Cruz de filete c/ cristo.
60
Dessa forma, seguindo o critério conforme as figuras 11 e tabela 4 facilitou a
identificação e o armazenamento do produto.
Figura 11 - Exemplo utilizado p/ codificação.
Fonte: Dados Primários.
CÓDIGO DESCRIÇÃO TIPO TAMANHO 01.10.01 CRUZ DE FILETE C/ CRISTO 30 cm
01.10.02 CRUZ DE FILETE C/ CRISTO 40 cm
01.10.03 CRUZ DE FILETE C/ CRISTO 15 cm 50 cm
01.10.04 CRUZ DE FILETE C/ CRISTO 18 cm 50 cm
01.10.05 CRUZ DE FILETE C/ CRISTO 60 cm Quadro 2 – Exemplo da tabela de classificação e codificação dos itens.
Fonte: Dados Primários.
5.3 Classificação ABC de Materiais
O sistema sugerido para classificar os materiais em estoque na Metalúrgica
Biguaçu é a classificação A, B e C, desse modo, podemos determinar em ordem
decrescente de importância de cada item relacionado.
A classificação tem o objetivo de melhorar o aproveitamento dos recursos
financeiros disponíveis, nesse sentido, eliminando gastos desnecessários com materiais
de custo elevados e pouca movimentação.
61
Com dados levantados junto à empresa Metalúrgica Biguaçu, foram analisados
os itens durante o período de um ano. Dessa forma, foi constatada a rotatividade dos
produtos em estoque e assim chegar ao valor agregado a cada item. Com estas
informações foi possível confeccionar a curva ABC.
Analisando graficamente, de acordo com a figura 12, foi avaliado um total de 237
itens conforme anexo B. Sendo que 26 deles foram classificados como classe A, 46
classe B e 165 como classe C.
ITENS CLASSIFICADOS
CLASSE B
4619,41%
CLASSE A
2610,97%
CLASSE C
16569,62%
Figura 12 – Gráfico da classificação dos itens em estoque.
Fonte: Dados Primários
Com este sistema de classificação os itens de maior valor agregado foram
tratados com uma maior representatividade junto à gestão de estoque, conforme figura
13. Estes materiais correspondem a 62,96% do investimento financeiro e 10,97% dos
itens catalogados, neste sentido, foram classificados como classe A. Ex: metal limpo,
placa com palma três nomes, cruz de filete com cristo 30cm.
Quanto aos materiais que tem uma representatividade intermediária dentro do
processo de classificação foram considerados de classe B. Estes materiais ocupam por
volta de 22,52% do valor empregado no estoque e correspondem a 19,41% dos itens
62
relacionados. Ex: cruz lisa com cristo 15cm, moldura 3x18cm, placa pergaminho
20x10cm.
Os itens de menor importância foram classificados como classe C. Estes
materiais correspondem ao menor investimento que é de 14,52% e maior número de
itens classificados, em um total de 69,62%. Ex: argola boca de sino, letra solta, anjo.
CLASSE CR$ 9.672,00
14,52%
CLASSE BR$ 14.994,50
22,52%CLASSE AR$ 41.930,00
62,96%
INVESTIMENTO EM ESTOQUE
Figura 13 – Gráfico da classificação do investimento em estoque.
Fonte: Dados Primários.
Com a utilização do sistema de classificação A, B e C, a organização terá
informações comportamentais que dará mais eficiência quanto ao investimento
direcionado à manutenção do estoque. Evitando assim, acúmulos desnecessários e
falta excessiva de material em estoque.
63
Figura 14 – Curva ABC.
Fonte: Dados primários.
5.4 Estabelecer os Níveis do Estoque
Um ponto importante dentro da administração de estoque é determinar seu nível
adequado, pois somente desta forma é possível evitarem faltas ou excessos de
produtos dentro da organização. Como a Metalurgia Biguaçu trabalha com produtos de
demanda irregular, foi importante analisar cada item separadamente determinando
assim um nível adequado. A proposta para estabelecer os níveis de estoque é a
utilização do sistema de máximos e mínimos ou ponto de pedido como também é
chamado. Pois estes sistemas determinam a quantidade segura para cada item do
estoque.
Para obtenção do nível adequado é necessário que haja conhecimento do
consumo exato do produto durante um período predeterminado. Analisando a
expressão a seguir leva-se em consideração que a venda mensal de cruz de filete com
cristo 30 centímetros, classificado como item de classe A, é de 50 peças, onde se
mantém um estoque máximo de 100 peças e mínimo de 20. O tempo de reposição é de
2 semanas, dessa forma, conclui-se que o ponto de pedido é 45 peças. Assim, estima-
se que durante o tempo de reposição do estoque a empresa venderá 25 peças, desse
64
modo, terá tempo suficiente para repor a quantidade de peças antes que atinja o
estoque mínimo, como mostra a figura 15.
PP = C x TR + E.Mn,
Onde: PP = Ponto de Pedido
C = Consumo médio Mensal (50 peças)
TR = Tempo de Reposição (14 dias)
E.Mn= Estoque Mínimo (20 peças)
PP = 50 x 14 + 20 = 43,33
30
Desse modo, podendo arredondar o ponto de pedido para 45 peças.
Dente de serra com tempo de reposição x ponto de pedido
Figura 15 – Exemplo Nível de estoque.
Fonte: Dados primários. Quanto à reposição de estoque, sugeriu-se a utilização sistema de revisão
periódica. Desse modo, após a obtenção dos níveis adequados deve ser feito à revisão
do estoque com uma periodicidade quinzenal. Assim é possível chegar a um equilíbrio
dos custos de reposição e estoque adquirido.
65
5.5 Armazenagem
A proposta para armazenagem do material da empresa Metalúrgica Biguaçu é a
criação de um layout que tende a melhorar a utilização do espaço físico disponível.
Devido a grande quantidade de itens e a maioria deles ter porte médio ou pequeno,
torna-se fundamental a utilização de um layout adequado.
A sugestão para armazenamento dos itens de pequeno porte seria a confecção
de prateleiras com compartimentos que seja possível separá-los de acordo com suas
classes, conforme figura 16. Desse modo, cada item terá uma placa de identificação
com seu respectivo código. O item quando cadastrado terá seu endereço de
armazenagem, assim, ficará fácil e rápida a localização.
Figura 16 – Prateleiras com gavetas.
Fonte: Dados Primários.
Os itens de porte médio ficarão armazenados em prateleiras abertas, seguindo a
mesma ordem de identificação.
66
Quanto aos itens de grande porte, que se resumem principalmente aos materiais
utilizados como matéria prima para produção, será necessário confeccionar
compartimentos para armazenagem de grandes volumes. Estes compartimentos seriam
armazenados próximo do forno de fundição no piso térreo, dessa forma, tratando-se de
materiais pesados e de grande volume facilitará o manuseio.
A localização do espaço físico disponível para implantação do almoxarifado fica
no piso superior do prédio da empresa. Dessa forma, o layout proposto segue o
exemplo da figura 17.
Figura 17 – Layout do almoxarifado.
Fonte: Dados Primários.
67
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Esta pesquisa teve como principal objetivo apontar os gargalos existentes dentro
da organização. Desse modo, sugerir melhorias baseada em técnicas de gestão de
estoque para atender da melhor forma seus clientes.
Com base nos estudos realizados junto à empresa Metalúrgica Biguaçu,
constatou-se a necessidade de aprimorar a identificação, classificação e codificação
dos itens, que dizem respeito a seu estoque. Nesse sentido, determinar os níveis
adequados de acordo com a demanda da empresa. Conseqüentemente verificou-se a
necessidade de melhorar seu processo de armazenagem, fazendo-se indispensável à
reformulação de seu layout.
A analise aprofundada do estoque serviu para avaliar a importância de cada
item. Assim evitar gastos desnecessários com produtos que ficam inertes, atraso de
produção, atrasos das encomendas e perda de clientes.
As ferramentas utilizadas nesta pesquisa atendem o objetivo de mostrar o quanto
é importante à gestão de estoque dentro de uma empresa. As oportunidades aparecem
para as empresas que estão preparadas. Dessa forma, podendo tratar administração
de estoque como investimento e não como gastos, transformando prejuízos em
oportunidade.
A implantação das ferramentas de controle de estoque na empresa somente será
possível com a utilização das propostas citadas neste trabalho e com a participação de
todos os colaboradores da empresa, sobre tudo o gestor.
68
REFERÊNCIAS
ARÁUJO, Jorge Sequeira. Administração de Materiais. 5.ed. São Paulo, 1980. ARNOLD, J.R. Tony. Administração de Materiais. São Paulo: Atlas, 1999. BALLOU, Ronald H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos / logística empresarial. 5.ed. Porto Alegre: Bookman, 2006. BERTAGLIA, Paulo Roberto. Logística e gerenciamento da cadeia de abastecimento. São Paulo: Saraiva, 2003. CERVO, Amado Luiz BERVIAN Pedro Alcino. Metodologia Científica. São Paulo: Makron Books, 1996. CHIAVENATO, Idalberto. Iniciação à Administração de Materiais. São Paulo: Makron, McGraw-hill, 1991. CHING, Hong Yuh. Gestão de estoque na cadeia de logística integrada – supply chain. 3.ed. São Paulo: Atlas, 2006. DIAS, Marco Aurélio P. Administração de Materiais. 4.ed. São Paulo: Atlas, 1995. MARTINS, Petrônio Garcia; ALT Paulo Renato Campos. Administração de Materiais e Recursos Patrimoniais. São Paulo: Saraiva, 2000. GONÇALVES, Paulo Sérgio. Administração de Materiais. Obtendo vantagens competitivas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. OLIVEIRA, Silvo Luiz de. Tratado de Metodologia Científica. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2001. POZO, Hamilton. Administração de recursos materiais e patrimoniais: uma abordagem logística. 4.ed. São Paulo: Atlas, 2002. POZO, Hamilton. Administração de recursos materiais e patrimoniais: uma abordagem logística. 4.ed. São Paulo: Atlas, 2007. ROESCH, Sylvia Maria Azevedo. Projeto de estágio do Curso de administração: guia para pesquisas, projetos, estágios e trabalhos de conclusão de curso. São Paulo: Atlas, 1996. SLACK, Nigel; CHAMBERS, Stuart; JOHNSTON, Robert. Adminiistração da Prdução: Tradução Maria Teresa Corrêa de Oliveira, Fábio Alher. 2.ed. 7. reimpr. São Paulo: Atlas, 2007.
69
TUBINO, Dalvio Ferrari. Manual de planejamento e controle da produção. São Paulo: Atlas, 2000. VIANA, João José. Administração de Materiais: um enfoque prático. São Paulo: Atlas, 2000.
70
ANEXO A-(ARTIGOS EM METAIS PARA CEMITÉRIO).
71
ANEXO B. MATERIAL PRODUZIDO PELA METALÚRGICA
CÓDIGO DESCRIÇÃO TIPO TAMANHO 01.01.01 LETRA SOLTA A 4 cm 01.01.02 LETRA SOLTA B 4 cm 01.01.03 LETRA SOLTA C 4 cm 01.01.04 LETRA SOLTA D 4 cm 01.01.05 LETRA SOLTA E 4 cm 01.01.06 LETRA SOLTA F 4 cm 01.01.07 LETRA SOLTA G 4 cm 01.01.08 LETRA SOLTA H 4 cm 01.01.09 LETRA SOLTA I 4 cm 01.01.10 LETRA SOLTA J 4 cm 01.01.11 LETRA SOLTA K 4 cm 01.01.12 LETRA SOLTA L 4 cm 01.01.13 LETRA SOLTA M 4 cm 01.01.14 LETRA SOLTA N 4 cm 01.01.15 LETRA SOLTA O 4 cm 01.01.16 LETRA SOLTA P 4 cm 01.01.17 LETRA SOLTA Q 4 cm 01.01.18 LETRA SOLTA R 4 cm 01.01.19 LETRA SOLTA S 4 cm 01.01.20 LETRA SOLTA T 4 cm 01.01.21 LETRA SOLTA U 4 cm 01.01.22 LETRA SOLTA V 4 cm 01.01.23 LETRA SOLTA W 4 cm 01.01.24 LETRA SOLTA X 4 cm 01.01.25 LETRA SOLTA Y 4 cm 01.01.26 LETRA SOLTA Z 4 cm 01.01.27 LETRA SOLTA 0 4 cm 01.01.28 LETRA SOLTA 1 4 cm 01.01.29 LETRA SOLTA 2 4 cm 01.01.30 LETRA SOLTA 3 4 cm 01.01.31 LETRA SOLTA 4 4 cm 01.01.32 LETRA SOLTA 5 4 cm 01.01.33 LETRA SOLTA 6 4 cm 01.01.34 LETRA SOLTA 7 4 cm 01.01.35 LETRA SOLTA 8 4 cm 01.01.36 LETRA SOLTA 9 4 cm 01.01.37 LETRA SOLTA / 4 cm 01.01.38 LETRA SOLTA * 4 cm 01.01.39 LETRA SOLTA † 4 cm
72
CÓDIGO DESCRIÇÃO TIPO TAMANHO 01.02.01 LETRA SOLTA A 3 cm 01.02.02 LETRA SOLTA B 3 cm 01.02.03 LETRA SOLTA C 3 cm 01.02.04 LETRA SOLTA D 3 cm 01.02.05 LETRA SOLTA E 3 cm 01.02.06 LETRA SOLTA F 3 cm 01.02.07 LETRA SOLTA G 3 cm 01.02.08 LETRA SOLTA H 3 cm 01.02.09 LETRA SOLTA I 3 cm 01.02.10 LETRA SOLTA J 3 cm 01.02.11 LETRA SOLTA K 3 cm 01.02.12 LETRA SOLTA L 3 cm 01.02.13 LETRA SOLTA M 3 cm 01.02.14 LETRA SOLTA N 3 cm 01.02.15 LETRA SOLTA O 3 cm 01.02.16 LETRA SOLTA P 3 cm 01.02.17 LETRA SOLTA Q 3 cm 01.02.18 LETRA SOLTA R 3 cm 01.02.19 LETRA SOLTA S 3 cm 01.02.20 LETRA SOLTA T 3 cm 01.02.21 LETRA SOLTA U 3 cm 01.02.22 LETRA SOLTA V 3 cm 01.02.23 LETRA SOLTA W 3 cm 01.02.24 LETRA SOLTA X 3 cm 01.02.25 LETRA SOLTA Y 3 cm 01.02.26 LETRA SOLTA Z 3 cm 01.02.27 LETRA SOLTA 0 3 cm 01.02.28 LETRA SOLTA 1 3 cm 01.02.29 LETRA SOLTA 2 3 cm 01.02.30 LETRA SOLTA 3 3 cm 01.02.31 LETRA SOLTA 4 3 cm 01.02.32 LETRA SOLTA 5 3 cm 01.02.33 LETRA SOLTA 6 3 cm 01.02.34 LETRA SOLTA 7 3 cm 01.02.35 LETRA SOLTA 8 3 cm 01.02.36 LETRA SOLTA 9 3 cm 01.02.37 LETRA SOLTA / 3 cm 01.01.38 LETRA SOLTA * 3 cm 01.01.39 LETRA SOLTA † 3 cm
01.03.01 LETRA MANUSCRITA Todas 2 cm 01.04.01 LETRA MANUSCRITA Todas 3 cm
01.05.01 LETRA NO FILETE Todas 3 cm 01.05.02 LETRA NO FILETE Todas 4 cm
73
CÓDIGO DESCRIÇÃO TIPO TAMANHO 01.06.01 PINO BOTÃO SIMPLES 01.06.02 PINO BOTÃO SEXTAVADO 01.07.01 MOLDURA 6 x 8 cm 01.07.02 MOLDURA 7 x 9 cm 01.07.03 MOLDURA 8 x 10 cm
01.07.04 MOLDURA 9 x 12 cm
01.07.05 MOLDURA 11 x 14 cm
01.07.06 MOLDURA 13 x 18 cm
01.08.01 ANJO 9 x 5 cm
01.08.02 ANJO 13 x 6 cm
01.08.03 ANJO 20 x 12 cm
01.09.01 CRUZ DE FILETE S/ CRISTO 30 cm
01.09.02 CRUZ DE FILETE S/ CRISTO 40 cm
01.09.03 CRUZ DE FILETE S/ CRISTO 50 cm
01.09.04 CRUZ DE FILETE S/ CRISTO 60 cm
01.10.01 CRUZ DE FILETE C/ CRISTO 30 cm
01.10.02 CRUZ DE FILETE C/ CRISTO 40 cm
01.10.03 CRUZ DE FILETE C/ CRISTO 15 cm 50 cm
01.10.04 CRUZ DE FILETE C/ CRISTO 18 cm 50 cm
01.10.05 CRUZ DE FILETE C/ CRISTO 60 cm
01.11.01 CRUZ LISA COM CRISTO 15 cm
01.11.02 CRUZ LISA COM CRISTO 25 cm
01.11.03 CRUZ LISA COM CRISTO 30 cm
01.11.04 CRUZ LISA COM CRISTO 35 cm
01.12.01 CRUZ TRABALHADA C/ CRISTO 20 cm
01.12.02 CRUZ TRABALHADA C/ CRISTO 25 cm
01.12.03 CRUZ TRABALHADA C/ CRISTO 37 cm
01.13.01 CORPO DE CRISTO 15 cm
01.13.02 CORPO DE CRISTO 18 cm
01.13.03 CORPO DE CRISTO 25 cm
01.13.04 CORPO DE CRISTO 30 cm
01.13.05 CORPO DE CRISTO 40 cm
01.14.01 LETRA P/ EDIFÍCIO ≤ 15 cm
01.15.01 SAGRADO CORAÇÃO
74
CÓDIGO DESCRIÇÃO TIPO TAMANHO 01.16.01 ROSTO DE CRISTO 23 cm 01.17.01 PLACA 25 x 8 cm 01.17.02 PLACA 25 x 12 cm 01.17.03 PLACA 28 x 10 cm 01.17.04 PLACA 29 x 14 cm 01.17.05 PLACA 30 x 27 cm 01.17.06 PLACA 32 x 20 cm 01.17.07 PLACA 32 x 26 cm
01.18.01 PLACA C/ MOLDURA (6 x 8) 27 x 9 cm 01.18.02 PLACA C/ MOLDURA (7 x 9) 32 x 12 cm 01.18.03 PLACA C/ MOLDURA (8 x 10) 32 x 12 cm 01.18.04 PLACA C/ MOLDURA (9 x 12) 32 x 12 cm 01.18.05 PLACA C/ MOLDURA (7 x 9) 30 x 14 cm 01.18.06 PLACA C/ MOLDURA (8 x 10) 30 x 14 cm 01.18.07 PLACA C/ MOLDURA (9 x 12) 32 x 18 cm 01.18.08 PlACA C/ MOLDURA (9 x 12) 37 x 32 cm 01.18.09 PLACA C/ MOLDURA (8 x 10) 40 x 28 cm 01.18.10 PLACA C/ MOLDURA (9 x 12) 40 x 28 cm
01.19.01 PLACA C/ PALMA UM NOME 24 x 13 cm 01.19.02 PLACA C/ PALMA DOIS NOMES 35 x 18 cm 01.19.03 PLACA C/ PALMA TRÊS NOMES 39 x 24 cm
01.20.01 PLACA P/ UM NOME 30 x 12 cm 01.20.02 PLACA P/ DOIS NOMES 32 x 19 cm
01.21.01 PLACA PERGAMINHO 20 x 10 cm 01.21.02 PLACA PERGAMINHO 27 x 12 cm 01.21.03 PLACA PERGAMINHO 40 x 18 cm 01.21.04 PLACA PERGAMINHO 40 x 23 cm 01.21.05 PLACA PERGAMINHO CRUZ PALMA 28 x 20 cm
01.22.01 ARGOLA BOCA DE SINO 01.22.02 ARGOLA REDONDA 01.22.03 ARGOLA SIMPLES
01.23.01 BÍBLIA 30 x 20 cm 01.23.02 BÍBLIA 30 x 26 cm
01.24.01 ASSINATURA Até 40 cm
01.25.01 VASO LÍRIO
75
MATÉRIA PRIMA E FERRAMENTAS UTILIZADAS NA PRODUÇÃO
CÓDIGO DESCRIÇÃO TIPO TAMANHO 02.01.01 METAL LIMPO KG 02.01.02 METAL SUJO KG 02.01.03 BRONZE KG 02.01.04 ALUMÍNIO KG 02.01.05 FIO DE COBRE ROLO KG
02.02.01 GAS GLP BOTIJÃO 02.02.02 ÓLEO DIESEL LT 02.02.03 GASOLINA LT
02.03.01 DISCO POLICORTE 30 cm 02.03.02 DISCO FELTRO 20 cm 02.03.03 DISCO CIZAL 20 cm 02.03.04 DISCO PANO 20 cm
02.04.01 LIXA GRÃO 80 FOLHA 02.04.02 LIXA GRÃO 400 FOLHA
02.05.01 LIMA CHATA 02.05.02 LIMA RETANGULAR
02.06.01 ESCOVA DE AÇO ROTATIVA 02.06.02 ESCOVA DE AÇO MANUAL
02.07.01 PONTA DE RETÍFICA 02.07.02 PEDRA DE RETÍFICA ROSA
02.08.01 BROCA AÇO RÁPIDO 2,5 mm² 02.08.02 BROCA AÇO RÁPIDO 3,0 mm² 02.08.03 BROCA AÇO RÁPIDO 3,5 mm² 02.08.04 BROCA AÇO RÁPIDO 4,0 mm² 02.08.05 BROCA AÇO RÁPIDO 4,5 mm² 02.08.06 BROCA AÇO RÁPIDO 5,0 mm² 02.08.07 BROCA AÇO RÁPIDO 6,0 mm² 02.08.08 BROCA AÇO RÁPIDO 7,0 mm² 02.08.09 BROCA AÇO RÁPIDO 8,0 mm² 02.08.10 BROCA AÇO RÁPIDO 9,0 mm² 02.08.11 BROCA AÇO RÁPIDO 10,0 mm² 02.09.01 MASSA AZUL BRILHO POTE 02.09.02 MASSA MARROM POLIMENTO POTE
02.10.01 CEBO BRANCO KG
76
CÓDIGO DESCRIÇÃO TIPO TAMANHO 02.11.01 CAIXA DE PAPELÃO EMBALAGEM PEQUENA 02.11.02 CAIXA DE PAPELÃO EMBALAGEM MÉDIA 02.11.03 CAIXA DE PAPELÃO EMBALAGEM GRANDE
02.12.01 PINCEL 3/4 POLEGADA 02.12.02 PINCEL 1 POLEGADA 02.12.03 PINCEL 1/2 POLEGADA 02.12.04 PINCEL 2 POLEGADA
02.13.01 ARREBITE 2,5 mm² 02.13.02 ARREBITE 3,0 mm²
02.14.01 LUVA RASPA GRANDE 02.14.02 LUVA RASPA MÉDIA 02.14.03 LUVA BORRACHA GRANDE 02.14.04 LUVA BORRACHA MÉDIA
02.15.01 MÁSCARA PROTEÇÃO GÁSES ÚNICO 02.15.02 MÁSCARA PROTEÇÃO RESÍDUOS ÚNICO
02.16.01 ÓCULOS PROTEÇÃO ÚNICO
02.17.01 AVENTAL PROTEÇÃO ÚNICO
02.18.01 PROTETOR AURÍCULAR CONCHA 02.18.02 PROTETOR AURÍCULAR PLUG
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MATERIAL DE CONSUMO
CÓDIGO DESCRIÇÃO TIPO TAMANHO 03.01.01 FITA ADESIVA BRANCA 5 cm 03.01.02 FITA ADESIVA INCOLOR 1,5 cm 03.01.03 FITA ADESIVA INCOLOR 5 cm
03.02.01 BLOCO PEDIDO 03.02.02 BLOCO ORÇAMENTO 03.02.03 BLOCO DE NOTA FISCAL 4 VIAS 03.02.04 BLOCO DE NOTA FISCAL 3 VIAS
03.03.01 PAPEL A4 BLOCO 03.03.02 PAPEL FAX ROLO 03.03.03 PAPEL HIGIÊNICO ROLO 03.03.04 PAPEL TOALHA PACOTE
03.04.01 TINTA P/ IMPRESSORA PRETA CARTUCHO 03.04.02 TINTA P/ IMPRESSORA COLORIDA CARTUCHO
03.05.01 CADERNO PAUTADO GRANDE
03.06.01 PASTA ARQUIVO UNID.
03.07.01 CARTÃO DE VISITA UNID.
03.08.01 FOLDER
03.09.01 CANETA ESFEROGRÁFICA AZUL 03.09.02 CANETA ESFEROGRÁFICA PRETA 03.09.03 CANETA ESFEROGRÁFICA VERMELHA
03.10.01 CLIPS CAIXA 03.10.02 GRAMPO P/ GRAMPEADOR CAIXA 03.10.03 COLA BRANCA UNID.
03.11.01 SACO DE LIXO 15 LT 03.11.02 SACO DE LIXO 30 LT 03.11.03 SACO DE LIXO 50 LT
03.12.01 FILTRO P/ CAFÉ 03.12.02 PÓ DE CAFÉ 03.12.03 AÇUCAR 03.12.04 MARGARINA 03.12.05 COPO DESCARTÁVEL 150 ml 03.12.06 COPO DESCARTÁVEL 50 ml
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CÓDIGO DESCRIÇÃO TIPO TAMANHO 03.13.01 SABONETE UNID. 03.13.02 PASTA CRISTAL POTE 03.13.03 DESINFETANTE UNID.