Universidade de Brasília
Faculdade de Tecnologia
Departamento de Engenharia Elétrica
PROJETO DE GERENCIAMENTO DE
ENERGIA E DAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
DA FAZENDA ÁGUA LIMPA DA UNB
Por
Marcelo de Oliveira Romeu
Orientador:
Prof. Dr. Marco Aurélio de Oliveira
Brasília/DF, Junho de 2008
Monografia realizada na Faculdade de Tecnologia, Departamento de Engenharia
Elétrica da Universidade de Brasília (UnB), curso de graduação em Engenharia Elétrica.
Brasília, 02 de julho de 2008.
BANCA EXAMINADORA
Prof. Dr. Marco Aurélio de Oliveira (Orientador)
Departamento de Engenharia Elétrica
Prof. Dr. Fernando Figueiredo (Examinador)
Departamento de Engenharia Elétrica
Prof. M.Sc. Rafael Amaral Shayani (Examinador)
Departamento de Engenharia Elétrica
ii
AGRADECIMENTOS
Agradeço à minha família por todo o apoio que me deram durante toda a vida.
A meus pais Américo e Leni, com quem sempre pude contar nos momentos mais
difíceis.
A minha namorada Giane, pessoa que me suportou e me ajudou durante esse momento.
Ao professor orientador Dr. Marco Aurélio de Oliveira pela paciência, dedicação e
respeito.
À Engenheira Lilian Silva de Oliveira pela paciência, cordialidade e colaboração neste
projeto.
Aos funcionários e técnicos da Fazenda Água Limpa e ao pessoal da prefeitura do
Campus da UnB pelo respeito e colaboração.
iii
ÍNDICE
LISTA DE FIGURAS................................................................................. vi
LISTA DE TABELAS................................................................................. viii
LISTA DE SÍMBOLOS E ABREVIATURAS........................................... xi
RESUMO..................................................................................................... xiii
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................... 1
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ............................................................... 2
2.1. CONCEITOS DE ELETRICIDADE............................................... 2
2.1.1. CARGA INSTALADA ........................................................... 2
2.1.2. CONCESSIONÁRIA OU PERMISSIONÁRIA ..................... 2
2.1.3. CONSUMIDOR ....................................................................... 2
2.1.4. CONTRATO DE ADESÃO .................................................... 2
2.1.5. CONTRATO DE FORNECIMENTO ...................................... 3
2.1.6. DEMANDA ............................................................................. 3
2.1.7. DEMANDA CONTRATADA ................................................. 3
2.1.8. DEMANDA DE ULTRAPASSAGEM .................................... 3
2.1.9. DEMANDA FATURADA ..................................................... 3
2.1.10. DEMANDA MEDIDA. ......................................................... 4
2.1.11. ENERGIA ELÉTRICA ATIVA ............................................ 4
2.1.12. ENERGIA ELÉTRICA REATIVA ........................................ 4
2.1.13. ESTRUTURA TARIFÁRIA ............................................... 4
2.1.14. ESTRUTURA TARIFÁRIA CONVENCIONAL .................. 4
2.1.15. FATURA DE ENERGIA ELÉTRICA .................................. 4
2.1.16. GRUPO “A” .......................................................................... 5
2.1.17. GRUPO “B” ........................................................................... 5
2.1.18. POTÊNCIA ............................................................................ 6
2.1.19. POTÊNCIA DISPONIBILIZADA ......................................... 6
2.1.20. TARIFA .................................................................................. 6
2.1.21. TARIFAÇÕES HORO-SAZONAIS (VERDE E AZUL) ...... 6
2.1.22. TARIFA DE ULTRAPASSAGEM......................................... 8
2.1.23. TENSÃO SECUNDÁRIA DE DISTRIBUIÇÃO .................. 8
2.1.24. TENSÃO PRIMÁRIA DE DISTRIBUIÇÃO ....................... 8
2.1.25. UNIDADE CONSUMIDORA ............................................... 9
iv
2.1.26. VALOR LÍQUIDO DA FATURA ......................................... 9
2.2. FATOR DE POTÊNCIA ................................................................... 9
2.3. INSTALAÇÃO ELÉTRICA ............................................................. 10
2.3.1. DIMENSIONAMENTO DOS CONDUTORES ...................... 10
2.3.2. DIMENSIONAMENTO DOS ELETRODUTOS .................... 14
2.4. SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS
ATMOSFÉRICAS (SPDA) ........................................................................ 15
2.4.1. DIMENSIONAMENTO DE UM SPDA ................................. 15
2.5. ILUMINAÇÃO................................................................................ 19
2.5.1. CONCEITOS E GRANDEZAS FUNDAMENTAIS .............. 19
2.5.2. LUZ .......................................................................................... 19
2.5.3. FLUXO LUMINOSO (φ) ........................................................ 19
2.5.4. INTENSIDADE LUMINOSA (I) ........................................... 20
2.5.5. ILUMINÂNCIA (E)................................................................... 20
2.5.6. LUMINÂNCIA (L) .................................................................. 21
2.5.7. MÉTODO DA PHILIPS PARA PROJETOS DE
ILUMINAÇÃO ........................................................................................... 21
2.5.8. FATOR DE REFLETÂNCIA.................................................... 22
2.5.9. CÁLCULO DO FATOR K DO LOCAL ................................. 22
2.5.10. CÁLCULO DO FLUXO TOTAL NECESSÁRIO (Φ) ........... 22
2.5.11. CÁLCULO DA QUANTIDADE DE LUMINÁRIAS (N) ..... 23
2.6. CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................... 23
3. MATERIAIS E MÉTODOS .................................................................... 24
3.1. FAZENDA ÁGUA LIMPA (FAL) .................................................. 24
3.2. O PROGRAMA AUTOCAD. .......................................................... 26
3.3. REGRAS E PADRÕES .................................................................... 27
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO .......................................................... 30
4.1. GERENCIAMENTO DE ENERGIA ............................................. 30
4.2. ANÁLISE TARIFÁRIA .................................................................. 32
4.3. O PROJETO DE INSTALAÇÃO ELÉTRICA ............................... 33
4.3.1. PRÉDIO DO ALMOXARIFADO, DEPÓSITOS DE
ADUBOS E FERRAMENTAS ..................................................................
35
4.3.1.1. DIMENSIONAMENTO DE CONDUTORES E
v
ELETRODUTOS ........................................................................................ 35
4.3.2. PRÉDIO DA ADMINISTRAÇÃO .......................................... 37
4.3.2.1. DIMENSIONAMENTO DE CONDUTORES E
ELETRODUTOS ........................................................................................ 40
4.3.3. PRÉDIO DO LABORATÓRIO DE NUTRIÇÃO ANIMAL .. 44
4.3.3.1. DIMENSIONAMENTO DE CONDUTORES E
ELETRODUTOS ........................................................................................ 46
4.3.4. PRÉDIO DA FLORESTAL ..................................................... 48
4.3.4.1. DIMENSIONAMENTO DE CONDUTORES E
ELETRODUTOS ......................................................................................... 49
4.4. PROJETO DE ILUMINAÇÃO ........................................................ 51
4.4.1. PRÉDIO DO ALMOXARIFADO E DOS DEPÓSITOS
DE ADUBOS E FERRAMENTAS ........................................................... 52
4.4.2. PRÉDIOS DA ADMINISTRAÇÃO ........................................ 53
4.4.3. LABORATÓRIO DE NUTRIÇÃO ANIMAL ......................... 53
4.4.4. PRÉDIO DA FLORESTAL ..................................................... 54
4.5. SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS
ATMOSFÉRICAS (SPDA) ......................................................................... 55
4.5.1. CÁLCULO DA PROBABILIDADE Nd ................................. 55
4.5.2. DIMENSIONAMENTO DO SPDA ......................................... 57
4.6. CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................... 59
5. CONCLUSÃO ........................................................................................ 60
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................... 61
ANEXOS .................................................................................................... 63
A. FIGURAS PARA O PROJETO DE INSTALAÇÕES
ELÉTRICAS ................................................................................... 64
B. FIGURAS E TABELAS PARA O PROJETO DE ILUMINAÇÃO 74
C. QUADRO DE CARGAS ................................................................ 82
D. FIGURAS PARA O SPDA ............................................................. 85
E. TABELAS DO CONSUMO DA FAL ............................................ 88
vi
LISTA DE FIGURAS
Figura 2. 1 - Delimitação da área de exposição equivalente (Ae) ............... 16
Figura 3. 1 - Imagem de satélite da localização relativa da FAL ................ 24
Figura 3. 1 - Exemplo de circuitos terminais protegidos por disjuntores
termomagnéticos ..........................................................................................
29
Figura 3. 2 - Exemplo de circuitos terminais protegidos por disjuntores
DR ...............................................................................................................
29
Figura 4. 1 - Imagem de satélite que mostra o caminho da entrada da FAL
até a administração da fazenda ...................................................................
30
Figura 4. 2 - Comparação entre os valores das contas de energia para cada
modalidade tarifária ....................................................................................
33
Figura A. 1 - Temperaturas admissíveis no condutor, supondo a
temperatura ambiente de 30ºC ....................................................................
64
Figura A. 2 - Seção mínima dos condutores ............................................... 64
Figura A. 3 - Temperaturas características dos condutores ........................ 65
Figura A. 4 - Fatores de correção para temperaturas ambientes diferentes
de 30ºC para cabos não enterrados e de 20ºC (temperatura do solo) para
cabos enterrados – k1 ..................................................................................
65
Figura A. 5 - Tipo de linhas elétricas .......................................................... 66
Figura A. 6 - Fatores de correção k2 para agrupamento de circuitos ou
cabos multipolares, aplicáveis aos valores de capacidade de condução de
corrente ........................................................................................................
67
Figura A. 7 - Fatores k3 de correção em função do número de eletrodutos
ao ar livre .....................................................................................................
67
Figura A. 8 - Capacidades de condução de corrente, em ampères, para os
métodos de referência A1, A2, B1, B2, C e D ............................................
68
Figura A. 9 - Ocupação máxima dos eletrodutos de aço por condutores
isolados com PVC (Tabelas de cabos Pirastic superantiflam da Pirelli) .....
69
Figura A. 10 - Número de condutores isolados com PVC, em eletroduto
de PVC .........................................................................................................
69
Figura A. 11 - Eletrodutos rígidos de aço .................................................... 70
Figura A. 12 - Dimensões totais dos condutores isolados ........................... 70
Figura A. 13 - Seção reduzida do condutor neutro ...................................... 71
vii
Figura A. 14 - Seção mínima do condutor de proteção ............................... 71
Figura A. 15 - Soma dos produtos potências (watt) x distâncias (m). U =
220 volts .......................................................................................................
71
Figura A. 16 – Queda de tensões unitárias. Condutores isolados com PVC
(Pirastic Ecoflam e Pirastic-Flex Anitflam) em eletroduto ou calha
fechada .........................................................................................................
72
Figura A. 17 - Potências nominais típicas de aparelhos eletrodomésticos .. 73
Figura A. 18 - Valores do fator de potência e do rendimento para
equipamentos de uso comum .......................................................................
73
Figura B. 1 - Fatores de utilização, η, em luminárias Philips ...................... 74
Figura B. 2 - Fator de depreciação, d ........................................................... 74
Figura B. 3 - Refletâncias de paredes e tetos ............................................... 74
Figura B. 4 – Tabela de fluxo luminoso das luminárias das marcas Philips,
Osram, Syvania e GE ...................................................................................
75
Figura D. 1 – Mapa de curvas isocerâunicas – Brasil .................................. 85
viii
LISTA DE TABELAS
Tabela 2.1 - Angulo de proteção em graus e altura da construção (NBR
5419/2001) ...................................................................................................
18
Tabela 2.2 - Espaçamento médio dos condutores de descida conforme o
nível de proteção ..........................................................................................
18
Tabela 4.1 – Número de tomadas e pontos de luz ........................................ 34
Tabela 4.2 – Seção do condutor de fase pelo critério do aquecimento ........ 36
Tabela 4.3 – Seção do condutor de fase pelo critério da queda de tensão ... 36
Tabela 4.4 - Seções dos condutores de fase calculadas pelos critérios do
aquecimento e da queda de tensão ...............................................................
36
Tabela 4.5 - Seção para os condutores de fase, neutro e de proteção do
almoxarifado ................................................................................................
36
Tabela 4.6 - Número de tomadas e pontos de luz na administração ............ 38
Tabela 4.7 - Seção do condutor de fase pelo critério do aquecimento
(QT1) ............................................................................................................
41
Tabela 4.8 - Seção do condutor de fase pelo critério do aquecimento
(QT2) ............................................................................................................
41
Tabela 4.9 - Seção do condutor de fase pelo critério da queda de tensão
(QT1) ............................................................................................................
42
Tabela 4.10 - Seção do condutor de fase pelo critério da queda de tensão
(QT2) ............................................................................................................
42
Tabela 4.11 - Seções dos condutores de fase calculadas pelos critérios do
aquecimento e da queda de tensão (QT1) ....................................................
42
Tabela 4.12 - Seções dos condutores de fase calculadas pelos critérios do
aquecimento e da queda de tensão (QT2) ....................................................
43
Tabela 4.13 - Seções dos condutores de fase, neutro e proteção adotadas
para cada circuito da administração .............................................................
43
Tabela 4.14 - Número de tomadas e pontos de luz no laboratório de
nutrição .........................................................................................................
44
Tabela 4.15 - Seção do condutor de fase pelo critério do aquecimento ....... 46
ix
Tabela 4.16 - Seção do condutor de fase pelo critério da queda de tensão .. 47
Tabela 4.17 - Seções dos condutores de fase calculadas pelos critérios do
aquecimento e da queda de tensão ...............................................................
47
Tabela 4.18 - Dimensões dos condutores de fase, neutro e proteção ........... 48
Tabela 4.19 - Número de tomadas e pontos de luz no prédio da florestal ... 49
Tabela 4.20 - Seção do condutor de fase pelo critério do aquecimento
(QT1) ............................................................................................................
50
Tabela 4.21 - Seção do condutor de fase pelo critério da queda de tensão .. 50
Tabela 4.22 - Seções dos condutores de fase calculadas pelos critérios do
aquecimento e da queda de tensão ...............................................................
50
Tabela 4.23 - Iluminâncias para as áreas do almoxarifado .......................... 52
Tabela 4.24 - Iluminâncias para as áreas da administração ......................... 53
Tabela 4.25 - Iluminâncias para as áreas do laboratório de nutrição .......... 54
Tabela 4.26 - Iluminâncias para as áreas do prédio da florestal .................. 54
Tabela 4.27 - Dimensões de cada prédio, suas áreas de exposição e as
probabilidades Nd ........................................................................................
56
Tabela 4.28 - Fatores de ponderação adotados e a probabilidade Nd’ ........ 56
Tabela 4.29 - Dados para o cálculo do raio do cone de proteção Rp e do
número de condutores de descida N ............................................................
57
Tabela 4.30 – Número de captores para cada prédio ................................... 58
Tabela B.1 - Valores para o prédio da administração .................................. 76
Tabela B.2 - Posicionamento das luminárias nas salas dos prédios da
administração ...............................................................................................
77
Tabela B.3 - Dados para o prédio do almoxarifado ..................................... 79
Tabela B.4 - Dados para o prédio do laboratório de nutrição ...................... 79
Tabela B.5 - Dados para o prédio da florestal .............................................. 80
Tabela C.1 - Quadro de cargas dos prédios da administração ..................... 81
Tabela C.2 - Quadro de cargas do prédio do almoxarifado ........................ 82
Tabela C.3 - Quadro de cargas do laboratório de nutrição .......................... 83
Tabela C.4 - Quadro de cargas do prédio da florestal ................................. 84
Tabela D.1 - Fator A: Tipo de ocupação da estrutura .................................. 86
Tabela D.2 - Fator B: Tipo de construção da estrutura ................................ 86
Tabela D.3 - Fator C: Conteúdo da estrutura e efeitos indiretos das
x
descargas atmosféricas ................................................................................. 86
Tabela D.4 - Fator D: Localização da estrutura ........................................... 87
Tabela D.5 - Fator E: Topografia da região ................................................. 87
Tabela D.6 - Exemplos de classificação de estruturas ................................. 87
Tabela E.1 – Consumo da FAL como consumido convencionalm .............. 88
Tabela E.2 - Consumo estimado da FAL com consumidor horo-sazonal,
tarifa azul no período seco ...........................................................................
88
Tabela E.3 - Consumo estimado da FAL com consumidor horo-sazonal,
tarifa verde no período seco .........................................................................
88
Tabela E.4 - Consumo estimado da FAL com consumidor horo-sazonal,
tarifa azul no período úmido ........................................................................
88
Tabela E.5 - Consumo estimado da FAL com consumidor horo-sazonal,
tarifa verde no período úmido ......................................................................
89
Tabela E.6 - Consumo da FAL no dia 20/05/2008 (terça-feira) .................. 89
Tabela E.7 - Consumo da FAL no dia 21/05/2008 (quarta-feira) ................ 89
xi
LISTA DE SÍMBOLOS E ABREVIATURAS
ABNT: Associação Brasileira de Normas Técnicas
ANEEL: Agência Nacional de Energia Elétrica
APA: Área de Proteção Ambiental
ARIE: Área de Relevante Interesse Ecológico
CAD: Computer aided design
DEC: horas, em média, que a região ficou sem energia elétrica
DIC: tempo, em horas, que o cliente ficou sem energia elétrica
DMIC: duração máxima de interrupção contínua
EDP: Energias de Portugal
EFL: Engenharia Florestal
F-N: Fase-Neutro
FAL: Fazenda Água Limpa
FAV: Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária
FC: Fator de Carga
FPS: Preço para horário fora de ponta período seco
FPU: Preço para horário fora de ponta período úmido
HP ou P: Horário de Ponta
HFP ou FP: Horário Fora de Ponta
IBGE: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
IEEE: Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos
kV: Quilovolt
kVA: Quilovolt-ampère
kvar: Potência Reativa
kW: Potência Ativa
kWh: Energia ativa consumida no período de medição
lm/W: Eficiência Luminosa em lúmem por watt
lm: lumens
MG: Minas Gerais
NBR: Norma brasileira
PRC: Prefeitura do campus da UnB
PS: Preço para horário de ponta período seco
xii
PU: Preço para horário de ponta período úmido
PVC: Policloreto de Vinila
S: Período Seco
SPDA: Sistema de proteção contra descargas atmosféricas
TUG: Tomada de uso geral
TUE: Tomada de uso específico
U: Período Úmido
UnB: Universidade de Brasília
xiii
RESUMO
PROJETO DE GERENCIAMENTO DE ENERGIA E DAS
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS DA FAZENDA ÁGUA LIMPA
DA UNB
A Universidade de Brasília tem procurado diminuir o consumo de energia do
campus Darcy Ribeiro. O presente projeto tem por objetivo fornecer uma
documentação, até então inexistente, sobre as plantas elétricas dos prédios mais
importantes da Fazenda Água Limpa (FAL), além de iniciar um projeto de
implementação de um sistema de gerenciamento de energia utilizando os aparelhos da
CCK.
A criação das plantas elétricas dos prédios foi feita de acordo com o grau de
importância de cada edificação. Como bases foram usadas as NBR 5410 – 2004, a
NBR 5413 – 1992 e a NBR 5419 – 2001, que regem, respectivamente, sobre as
instalações elétricas de baixa tensão, sobre iluminação de interiores e sobre proteção de
estruturas contra descargas atmosféricas.
O projeto do sistema de gerenciamento foi desenvolvido para fornecer
informações sobre o consumo de energia da FAL em tempo real. Para isso foi feita uma
pesquisa sobre o tipo de rede existente na fazenda e como ligar o dispositivo de
gerenciamento a ela. Além disso, foi feito um pequeno estudo sobre o impacto na conta
de energia se o contrato da FAL com a CEB fosse alterado, passando de consumidor
convencional para consumidor horo-sazonal.
1
1. INTRODUÇÃO
A Fazenda Água Limpa (FAL), pertencente à Universidade de Brasília (UnB),
possui uma área de aproximadamente 4.500 hectares, sendo que cerca de metade destaa
é destinada à prática de ensino, pesquisa e extensão. A FAL, situada na área do Núcleo
da Biosfera do Cerrado, faz parte da Área de Proteção Ambiental (APA) das Bacias do
Gama e Cabeça do Veado e tem, no seu interior, a Área Relevante de Interesse
Ecológico (ARIE) Capetinga/Taquara, também denominada Estação Ecológica da
Universidade de Brasília.
Este projeto pretende dar continuidade ao trabalho de (LOPES, 2007) e tem
como objetivo contribuir com a Universidade de Brasília e com a FAL no esforço de
melhorar suas instalações de forma a garantir a segurança de seus usuários e preservar o
patrimônio da universidade. Este trabalho fornece, como principais resultados, as
plantas elétricas dos principais prédios; a análise tarifária para enquadrá-la no melhor
plano; e o início de um projeto para a instalação de um gerenciador de energia.
O segundo capítulo apresenta uma revisão bibliográfica com vários conceitos
em eletricidade fundamentais para o entendimento do trabalho.
O capítulo 3 apresenta a Fazenda Água Limpa e os materiais e métodos
utilizados nos projetos das instalações dos prédios.
O capítulo 4 aborda os resultados obtidos e suas análises. Inicialmente, são
apresentados dados e algumas soluções para o projeto de instalação de um sistema de
gerenciamento de energia. Em seguida é feita uma comparação entre a estrutura tarifária
convencional e as horo-sazonais de forma a concluir qual seria a melhor para a fazenda.
Por fim, trata-se dos projetos das instalações dos quatro prédios principais da FAL. Este
tópico está divido em 3 itens: 1) a instalação elétrica; 2) o projeto de iluminação e 3) o
projeto do SPDA;
No capítulo 5 temos as conclusões finais e também algumas sugestões para a
melhoria das instalações da FAL.
2
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1. CONCEITOS DE ELETRICIDADE
A seguir, são apresentadas várias definições relacionadas à eletricidade, que são
úteis no correto entendimento do projeto ora apresentado. Esses conceitos foram obtidos
da resolução 456 de 29 de novembro de 2000, da ANEEL, que estabelece as condições
gerais de fornecimento de energia elétrica.
2.1.1. CARGA INSTALADA
Carga instalada é a soma das potências nominais dos equipamentos elétricos
instalados na unidade consumidora, em condições de entrar em funcionamento, expressa
em quilowatts (kW).
2.1.2. CONCESSIONÁRIA OU PERMISSIONÁRIA
Concessionária ou permissionária é o agente titular de concessão ou permissão
federal para prestar o serviço público de energia elétrica, referenciado, doravante,
apenas pelo termo concessionário.
2.1.3. CONSUMIDOR
Consumidor é a pessoa física ou jurídica, ou comunhão de fato ou de direito,
legalmente representada, que solicitar à concessionária o fornecimento de energia
elétrica e assumir a responsabilidade pelo pagamento das faturas e pelas demais
obrigações fixadas em normas e regulamentos da ANEEL, assim vinculando-se aos
contratos de fornecimento, de uso e de conexão ou de adesão, conforme cada caso.
2.1.4. CONTRATO DE ADESÃO
Contrato de adesão é um instrumento contratual com cláusulas vinculadas às
normas e regulamentos aprovados pela ANEEL, não podendo o conteúdo das mesmas
3
ser modificado pela concessionária ou consumidor, a ser aceito ou rejeitado de forma
integral.
2.1.5. CONTRATO DE FORNECIMENTO
Contrato de fornecimento é um instrumento contratual em que a concessionária e
o consumidor responsável por unidade consumidora do Grupo ―A‖ ajustam as
características técnicas e as condições comerciais do fornecimento de energia elétrica.
2.1.6. DEMANDA
Demanda é a média das potências elétricas ativas ou reativas, solicitadas ao
sistema elétrico pela parcela da carga instalada em operação na unidade consumidora,
durante um intervalo de tempo especificado.
2.1.7. DEMANDA CONTRATADA
Demanda contratada é a demanda de potência ativa a ser obrigatória e
continuamente disponibilizada pela concessionária, no ponto de entrega, conforme valor
e período de vigência fixados no contrato de fornecimento e que deverá ser
integralmente paga, seja ou não utilizada durante o período de faturamento, expressa em
quilowatts (kW).
2.1.8. DEMANDA DE ULTRAPASSAGEM
Demanda de ultrapassagem é a parcela da demanda medida que excede o valor
da demanda contratada, expressa em quilowatts (kW).
2.1.9. DEMANDA FATURADA
Demanda faturável é o valor da demanda de potência ativa, identificado de
acordo com os critérios estabelecidos e considerada para fins de faturamento, com
aplicação da respectiva tarifa, expressa em quilowatts (kW).
4
2.1.10. DEMANDA MEDIDA
Demanda medida é a maior demanda de potência ativa, verificada por medição,
integralizada no intervalo de 15 (quinze) minutos durante o período de faturamento,
expressa em quilowatts (kW).
2.1.11. ENERGIA ELÉTRICA ATIVA
Energia elétrica ativa é a energia elétrica que pode ser convertida em outra forma
de energia, expressa em quilowatts-hora (kWh).
2.1.12. ENERGIA ELÉTRICA REATIVA
Energia elétrica reativa é a energia elétrica que circula continuamente entre os
diversos campos elétricos e magnéticos de um sistema de corrente alternada, sem
produzir trabalho, expressa em quilovolt-ampère-reativo-hora (kvarh).
2.1.13. ESTRUTURA TARIFÁRIA
Estrutura tarifária é o conjunto de tarifas aplicáveis às componentes de consumo
de energia elétrica e/ou demanda de potência ativas de acordo com a modalidade de
fornecimento.
2.1.14. ESTRUTURA TARIFÁRIA CONVENCIONAL
Estrutura tarifária convencional é a estrutura caracterizada pela aplicação de
tarifas de consumo de energia elétrica e/ou demanda de potência independentemente das
horas de utilização do dia e dos períodos do ano.
2.1.15. FATURA DE ENERGIA ELÉTRICA
Fatura de energia elétrica é a nota fiscal que apresenta a quantia total que deve
ser paga pela prestação do serviço público de energia elétrica, referente a um período
especificado, discriminando as parcelas correspondentes.
5
2.1.16. GRUPO “A”
Grupo ―A‖ é o grupamento composto de unidades consumidoras com
fornecimento em tensão igual ou superior a 2,3 kV, ou, ainda, atendidas em tensão
inferior a 2,3 kV a partir de sistema subterrâneo de distribuição e faturadas neste Grupo
nos termos definidos no art. 82, subdividido nos seguintes subgrupos:
a) Subgrupo A1 - tensão de fornecimento igual ou superior a 230 kV;
b) Subgrupo A2 - tensão de fornecimento de 88 kV a 138 kV;
c) Subgrupo A3 - tensão de fornecimento de 69 kV;
d) Subgrupo A3a - tensão de fornecimento de 30 kV a 44 kV;
e) Subgrupo A4 - tensão de fornecimento de 2,3 kV a 25 kV;
f) Subgrupo AS - tensão de fornecimento inferior a 2,3 kV, atendidas a partir de sistema
subterrâneo de distribuição e faturadas neste Grupo em caráter opcional.
2.1.17. GRUPO “B”
Grupo ―B‖ é o grupamento composto de unidades consumidoras com
fornecimento em tensão inferior a 2,3 kV, ou, ainda, atendidas em tensão superior a 2,3
kV e faturadas neste Grupo nos termos definidos nos arts. 79 a 81, subdividido nos
seguintes subgrupos:
a) Subgrupo B1 - residencial;
b) Subgrupo B1 - residencial baixa renda;
c) Subgrupo B2 - rural;
d) Subgrupo B2 - cooperativa de eletrificação rural;
e) Subgrupo B2 - serviço público de irrigação;
f) Subgrupo B3 - demais classes;
6
g) Subgrupo B4 - iluminação pública.
2.1.18. POTÊNCIA
Potência é a quantidade de energia elétrica solicitada na unidade de tempo,
expressa em quilowatts (kW).
2.1.19. POTÊNCIA DISPONIBILIZADA
Potência disponibilizada é a potência que o sistema elétrico da concessionária
deve dispor para atender às instalações elétricas da unidade consumidora, segundo os
critérios estabelecidos na resolução 456 da ANEEL e configurados nos seguintes
parâmetros:
a) unidade consumidora do Grupo ―A‖: a demanda contratada, expressa em quilowatts
(kW);
b) unidade consumidora do Grupo ―B‖: a potência em kVA, resultante da multiplicação
da capacidade nominal ou regulada, de condução de corrente elétrica do equipamento de
proteção geral da unidade consumidora pela tensão nominal, observado no caso de
fornecimento trifásico, o fator específico referente ao número de fases.
2.1.20. TARIFA
Tarifa é o preço da unidade de energia elétrica e/ou da demanda de potência
ativas. As tarifas são classificadas em:
- Tarifa monômia: tarifa de fornecimento de energia elétrica constituída por
preços aplicáveis unicamente ao consumo de energia elétrica ativa.
- Tarifa binômia: conjunto de tarifas de fornecimento constituído por preços
aplicáveis ao consumo de energia elétrica ativa e à demanda faturável.
2.1.21. TARIFAÇÕES HORO-SAZONAIS (VERDE E AZUL)
A estrutura tarifária horo-sazonal é caracterizada pela aplicação de tarifas
diferenciadas de consumo de energia elétrica e de demanda de potência de acordo com
as horas de utilização do dias e dos períodos do ano, conforme especificação a seguir:
7
Tarifa azul
Modalidade estruturada para aplicação de tarifas diferenciadas de
consumo de energia elétrica de acordo com as horas de utilização do dia e os períodos
do ano, bem como de tarifas diferenciadas de demanda de potência de acordo com as
horas de utilização do dia.
Esta modalidade tarifária exige um contrato específico entre a
distribuidora de energia e o consumidor onde, entre outras cláusulas, podemos destacar
dois valores de demanda contratada (kW), um para o segmento de ponta e outro para o
segmento fora de ponta:
• Horário de Ponta (HP ou P): Segundo a resolução da ANEEL nº 090 de
27 de março de 2001, horário de ponta é definido pela concessionária e
composto por 3 (três) horas diárias consecutivas, exceção feita aos sábados,
domingos, terça-feira de carnaval, sexta-feira da Paixão, ―Corpus Christi‖, dia de
finados e os demais feriados definidos por lei federal (01/01, 21/04, 01/05,
07/09, 12/10, 15/11, 25/12). Neste horário a energia elétrica é mais cara,
considerando as características do seu sistema elétrico.
• Horário Fora de Ponta (HFP ou FP): Horário fora de ponta são as horas
complementares às três horas consecutivas que compõem o horário de ponta,
acrescidas da totalidade das horas dos sábados e domingos e dos 11 (onze)
feriados indicados acima. Neste horário a energia elétrica é mais barata
[HADDAD et. All, 2004].
Ainda a resolução da ANEEL nº 456 permite que sejam contratados dois valores
diferentes de consumo, um para o período seco e outro para o período úmido tanto para
o horário de ponta quanto para o horário fora de ponta.
• Período Seco (S): período de 7 (sete) meses consecutivos, compreendendo os
fornecimentos abrangidos pelas leituras de maio a novembro.
• Período Úmido (U): período de 5 (cinco) meses consecutivos, compreendendo
os fornecimentos abrangidos pelas leituras de dezembro de um ano a abril do ano
seguinte.
8
Tarifa verde
Modalidade estruturada para aplicação de tarifas diferenciadas de
consumo de energia elétrica de acordo com as horas de utilização do dia e os períodos
do ano, bem como de uma única tarifa de demanda de potência.
Esta modalidade tarifária possui um único valor de demanda contratada (kW),
independente do posto horário (ponta ou fora de ponta), sendo aplicada uma única tarifa
para esta demanda e os preços das tarifas para o consumo de energia (kWh) são idem a
tarifa azul, ou seja:
• Um preço para horário de ponta em período úmido (PU);
• Um preço para horário fora de ponta em período úmido (FPU);
• Um preço para horário de ponta em período seco (PS) e
• Um preço para horário fora de ponta em período seco (FPS).
2.1.22. TARIFA DE ULTRAPASSAGEM
Tarifa de ultrapassagem é a tarifa aplicável sobre a diferença positiva entre a
demanda medida e a contratada, quando exceder os limites estabelecidos.
2.1.23. TENSÃO SECUNDÁRIA DE DISTRIBUIÇÃO
Tensão secundária de distribuição é a tensão disponibilizada no sistema elétrico
da concessionária com valores padronizados inferiores a 2,3 kV.
2.1.24. TENSÃO PRIMÁRIA DE DISTRIBUIÇÃO
Tensão primária de distribuição é a tensão disponibilizada no sistema elétrico da
concessionária com valores padronizados iguais ou superiores a 2,3 kV.
9
2.1.25. UNIDADE CONSUMIDORA
Unidade consumidora é o conjunto de instalações e equipamentos elétricos
caracterizado pelo recebimento de energia elétrica em um só ponto de entrega, com
medição individualizada e correspondente a um único consumidor.
2.1.26. VALOR LÍQUIDO DA FATURA
Valor líquido da fatura é o valor em moeda corrente resultante da aplicação das
respectivas tarifas de fornecimento, sem incidência de imposto, sobre as componentes
de consumo de energia elétrica ativa, de demanda de potência ativa, de uso do sistema,
de consumo de energia elétrica e demanda de potência reativas excedentes.
2.2. FATOR DE POTÊNCIA
De acordo com a resolução da ANEEL n. 456, de 29 de Novembro de 2000,
fator de potência é a razão entre a energia elétrica ativa e a raiz quadrada da soma dos
quadrados das energias elétrica ativa e reativa, consumidas num mesmo período
especificado.
No Brasil, a ANEEL estabelece que o fator de potência nas unidades
consumidoras deve ser superior a 0,92 capacitivo durante às 6 horas da madrugada e
0,92 indutivo durante as outras 18 horas do dia. Esse limite é determinado pelo Artigo
nº 64 da resolução nº456 de 2000 e quem descumpre está sujeito a uma penalidade que
leva em conta o fator de potência medido e a energia consumida ao longo de um mês.
Esta resolução estabelece também que a medição do fator de potência pelas
concessionárias é obrigatória para unidades consumidoras de média tensão (alimentadas
com mais de 2.300 V) e facultativas para unidades consumidoras de baixa tensão
(abaixo dos 2.300 V, como residências em geral).
Esse índice varia de 0 (zero) a 1 (um). Quanto mais próximo de 1, maior será a
eficiência do sistema em análise.
Baixos valores de fator de potência são decorrentes de quantidades elevadas de
energia reativa. Essa condição resulta em aumento na corrente total que circula na rede
de distribuição de energia elétrica da concessionária e das unidades consumidoras,
10
podendo sobrecarregar as subestações, as linhas de transmissão e distribuição,
prejudicando a estabilidade e as condições de aproveitamento do sistema elétrico.
Como conseqüência de baixos valores de fatores de potência, as perdas de
energia elétrica aumentam. Elas ocorrem em forma de calor e são proporcionais ao
quadrado da corrente total. Como essa corrente cresce com o excesso de energia reativa,
estabelece-se uma relação direta entre o incremento das perdas e o baixo fator de
potência, provocando o aumento do aquecimento de condutores e equipamentos. Outro
importante efeito é a queda de tensão acentuada que ocorre devido ao aumento da
corrente por excesso de reativo, podendo ocasionar a interrupção do fornecimento de
energia elétrica e a sobrecarga em certos elementos da rede. Esse risco é, sobretudo,
acentuado durante períodos em que a rede é fortemente solicitada. As quedas de tensão
podem provocar, ainda, diminuição da intensidade luminosa nas lâmpadas e aumento da
corrente nos motores.
2.3. INSTALAÇÃO ELÉTRICA
No mundo moderno, quase todos os ambientes existentes possuem energia
elétrica. Essa energia é disponibilizada para os consumidores principalmente através de
tomadas que são alimentadas por fios ou cabos energizados (NISKIER, 2000).
Para se garantir a segurança das pessoas que utilizam essa energia, deve-se criar
um projeto para a parte elétrica das edificações seguindo algumas regras. No Brasil,
essas regras são definidas pela NBR 5410/04, que é a norma que estabelece as
condições necessárias a que deve satisfazer uma instalação elétrica de baixa tensão.
2.3.1. DIMENSIONAMENTO DOS CONDUTORES
Para se dimensionar os condutores de fase dos circuitos das tomadas de uso
especifíco (TUEs), utilizam-se principalmente dois critérios: o critério do aquecimento e
o da queda de tensão. Após o cálculo da bitola dos condutores segundo essas regras,
escolhe-se o maior valor entre esses que foram obtidos. Os critérios mencionados serão
descritos mais a frente.
11
O condutor neutro, pela NBR 5410-2004, deve ter o mesmo diâmetro do
condutor de fase e não deve ser comum a mais de um circuito.
O dimensionamento dos condutores de proteção é de extrema importância, pois
é através desses que correntes de falta fluirão, garantindo a proteção dos equipamentos
ligados ao circuito faltoso e das instalações em geral. Nesse projeto, a seção dos
condutores foi determinada por meio da figura A.14, que é válida apenas se o condutor
de proteção for constituído do mesmo metal que os condutores de fase.
Para o caso do condutor de proteção não fazer parte do mesmo cabo ou não
estiver contido no mesmo eletroduto que os condutores de fase, a sua seção deverá ser
de, no mínimo:
1) 2,5 mm2 em cobre e 16 mm
2 em alumínio se for provida proteção contra danos
mecânicos;
2) 4 mm2 em cobre e 16 mm
2 em alumínio, se não for provida proteção contra danos
mecânicos.
Um condutor de proteção pode ser comum a dois ou mais circuitos, desde que
esteja instalado no mesmo conduto que os respectivos condutores de fase, sua seção
será encontrada na figura A.14, com base na maior seção de condutor de fase desses
circuitos.
1) Critério do aquecimento
Para se calcular a bitola a partir do critério do aquecimento fez-se necessário,
além da obtenção da corrente de projeto Ip, a definição de alguns parâmetros do fio ou
cabo utilizado. O padrão escolhido foi cabos com isolamento de PVC, que é comumente
usado no mercado e fácil de encontrar. Como o sistema considerado é monofásico,
serão usados dois condutores carregados (F-N: fase-neutro) instalados dentro de
12
eletrodutos aparentes em um ambiente cuja temperatura média fica em torno de trinta
graus Celsius.
Há ainda três correções em Ip que obrigatoriamente devem ser feitas para se
garantir um bom dimensionamento:
a) Correção de temperatura (fator k1): é considerado diferente de 1 se a temperatura
ambiente ou do solo for diferente das estabelecidas nas tabelas utilizadas. O
fator k1 se encontra na figura A.4
b) Agrupamento de condutores ou circuitos (fator k2): é utilizado quando existem
três ou mais condutores carregados dentro de um mesmo eletroduto. Os valores
para k2 se encontram na figura A.6.
c) Agrupamento de eletrodutos (fator k3): quando há mais de um eletroduto
passando pelo mesmo local. O fator k3 encontra-se na figura A.7.
Assim, a corrente de projeto Ip deve ser corrigida caso ocorram algumas das
condições acima, resultando em uma corrente hipotética I’p:
1
'
k
II P
p ou 21
'
kk
II
p
p
ou 321
'
kkk
II
p
p
)1(
De posse de I’p, escolhe-se o cabo usando a figura A.8
2) Critério da queda de tensão
Nesse critério leva-se em consideração que em um circuito não pode haver uma
redução de tensão que ultrapasse os limites definidos pela NBR 5410:2004 da ABNT.
Neste trabalho será tratado dos limites para instalações alimentadas diretamente em
baixa tensão.
A queda de tensão, a partir do quadro terminal, até o dispositivo que será
alimentado, é de no máximo 4% para iluminação e de 3% para tomadas (NISKIER,
2000).
13
Para dimensionar o condutor, é necessário conhecer os seguintes parâmetros
para, a partir deles, proceder-se ao cálculo da seção do condutor. Os parâmetros
necessários são os seguintes (NISKIER, 2000):
1) Se o material do eletroduto é magnético ou não-magnético;
2) A corrente de projeto Ip (em ampères);
3) O fator de potência dos equipamentos ligados ao circuito;
4) A queda de tensão admissível, em porcentagem (%);
5) O comprimento l do circuito (em m);
6) E a tensão entre fases U (em volts).
De posse desses dados, calcula-se a queda de tensão admissível em volts usando
a relação abaixo:
)((%) UU )2(
Agora, precisa-se obter a queda de tensão em (volt/ampère) x m para encontrar a
seção do condutor na figura A.15. Consegue-se isso usando a equação abaixo:
lI
UU
P
'
)3(
Com o valor de ∆U’, consulta-se a figura A.15 e encontra-se a seção do
condutor.
Existe um método mais simples quando se tratar de circuitos com cargas
pequenas. Calcula-se a soma dos produtos potência (watts) x comprimento (metros) e
consulta-se a figura A.16, para tensão de 220 volts, para se obter a seção dos
condutores. Considera-se os condutores feitos de cobre.
As seções foram calculadas pela fórmula a seguir:
14
𝑆 =2×𝜌
∆𝑈×𝑈2× 𝑃(𝑤𝑎𝑡𝑡𝑠 ) × 𝑙(𝑚) sendo:
ρ → resistividade do cobre = 0,0172 Ω × mm2/m ≈
1
58Ω ×
𝑚𝑚 2
𝑚;
U → tensão;
∆U → queda de tensão percentual.
2.3.2. DIMENSIONAMENTO DOS ELETRODUTOS
Para o dimensionamento dos eletrodutos, deve-se observar a existência de
circuitos diferentes dentro do mesmo conduto. Se isso ocorre, as seguintes regras devem
ser observadas para que a instalação se enquadre às normas (NISKIER, 2000):
1) Os circuitos devem se originar do mesmo quadro de distribuição;
2) Eles têm que possuir a mesma tensão de isolamento;
3) As seções dos condutores de fase têm que estar em um intervalo de três valores
normalizados consecutivos (por exemplo: 1,5, 2,5 e 4 mm2).
4) Se os condutores forem iguais, deve-se utilizar a tabela da figura A.10 para obter a
seção do eletroduto;
5) Se os condutores forem desiguais, consideram-se as duas regras descritas a seguir:
a) Deve-se verificar se a soma das seções transversais dos cabos é inferior a 33%
(1/3) da área do eletroduto. Caso isso se verifique, não há a necessidade de se
fazer a correção de agrupamento de condutores e, portanto, de se determinar o
fator de correção k2.
b) A soma das áreas totais dos condutores contidos em um eletroduto não deve ser
superior a 40% da área útil do eletroduto. Para o cálculo da seção de ocupação
do eletroduto pelos cabos, pode-se utilizar as tabelas A.11 e A.12.
15
2.4. SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS
ATMOSFÉRICAS (SPDA)
O SPDA é um sistema que tem como objetivo proteger estruturas contra os
efeitos das descargas atmosféricas. É popularmente conhecido como pára-raios. É
composto por um captor (elemento destinado a interceptar as descargas atmosféricas,
constituído de 3 ou mais pontas, fixado em haste ou mastro, o qual é preso a uma base
composta de um isolador de porcelana vitrificada para um nível de tensão de 10 kV),
condutores de descida (são uma cordoalha ligada ao captor que conduz a corrente
elétrica à terra por meio do sistema de aterramento e devem ser dispostos de maneira a
constituírem, tanto quanto possível, o prolongamento direto dos captores, devendo o
comprimento de cada trajeto ser o menor e o mais retilíneo possível (NBR 5419 , 2000)
e aterramento (sistema que emprega eletrodos enterrados, os quais permitem dispersar a
corrente de descarga atmosférica na terra). Pode existir em alguns casos um sistema
interno formado por um conjunto de dispositivos que reduzem os efeitos elétricos e
magnéticos da corrente de descarga atmosférica dentro do volume a proteger
(NISKIER, 2000).
2.4.1. DIMENSIONAMENTO DE UM SPDA
Foram definidos quatro níveis de proteção (NISKIER, 2000):
1) Nível I – Refere-se às construções cuja falha no sistema de proteção pode vir a
provocar danos às estruturas adjacentes, tais como as indústrias petroquímicas, de
explosivos etc.
2) Nível II – Refere-se às construções protegidas cuja falha no SPDA pode ocasionar a
perda de bens de elevado valor ou provocar pânico nos ocupantes, sem afetar as
construções vizinhas. É o caso de teatros, museus, estádios, etc.
3) Nível III – Refere-se às construções de uso comum, como os prédios residenciais e
comerciais.
4) Nível IV – Refere-se às construções onde não é habitual a presença de pessoal. A
construção é de material não-inflamável, bem como os produtos nela armazenados
como galpões de concreto para armazenar materiais de construção.
16
A escolha do nível de proteção para uma determinada estrutura deve começar
com a avaliação do risco de exposição. Essa avaliação é feita a partir do cálculo da
probabilidade de uma estrutura ser atingida por um raio em um ano. Essa probabilidade
é dada por (NBR 5419, 2000):
𝑁𝑑 = 𝐴𝑒 × 𝑁𝑔 × 10−6 [por ano] (4)
Onde:
𝑁𝑔 = 0,04 × 𝑇𝑑1,25 [por km2/ano] → densidade de descargas atmosféricas
para a terra; (5)
𝐴𝑒 [m2] → área de exposição equivalente.
No cálculo de Ng é necessário saber o número de dias de trovoadas por ano (Td),
obtido de mapas isocerâunicos (Figura D.1), no anexo.
A área de exposição equivalente é a área do plano da estrutura prolongada em
todas as direções, de modo a levar em consideração a sua altura. Os limites da área de
exposição equivalente estão afastados do perímetro da estrutura por uma distância igual
à altura da estrutura no ponto considerado (NBR 5419, 2000). A figura abaixo ilustra a
área de exposição para uma estrutura retangular de comprimento L, largura W e altura
H.
Figura 2. 1 - Delimitação da área de exposição equivalente (Ae)
17
𝐴𝑒 = 𝐿 × 𝑊 + 2 × 𝐿 × 𝐻 + 2 × 𝑊 × 𝐻 + 𝜋 × 𝐻2 [m2] (6)
Após determinado o Nd, aplica-se os fatores de ponderação indicados nas tabelas
D.1 a D.5, multiplicando os valores pertinentes com o valor de Nd. Depois se compara o
resultado obtido com os critérios abaixo (NBR 5419, 2000):
a) Se Nd ≥ 10-3
, a estrutura requer um SPDA;
b) Se 10-3
> Nd > 10-5
, a conveniência de um SPDA deve ser decidida por acordo
entre projetista e usuário;
c) Se Nd ≤ 10-5
, a estrutura dispensa um SPDA.
Após da definição da necessidade ou não de um SPDA, definimos o nível de
proteção da estrutura a partir da tabela D.6.
Com o nível de proteção escolhido, procede-se à escolha do método de cálculo
do SPDA. São três os métodos usuais (NISKIER,2000):
1) De Franklin;
2) De Faraday;
3) Eletromagnético.
Apenas o método de Franklin será detalhado nesse trabalho, pois ele foi o mais
adequado para a fazenda devido a altura das edificações e baseia-se na colocação de
apenas uma haste no topo da construção a ser protegida.
Considera-se a construção envolvida por um cone cujo ângulo θ da geratriz com
a vertical é estabelecido em função do nível de proteção necessário e da altura da
construção (NISKIER, 2000). A tabela 2.1 fornece o ângulo de proteção θ para
diferentes alturas.
18
Tabela 2. 1 - Angulo de proteção em graus e altura da construção
Nível de proteção
Altura da construção em metros
0-20 m 21 m – 30 m 31 m – 45 m 46 m – 60 m
I 25º Não é permitida a proteção
pelo método Franklin
II 35º 25º
III 45º 35º 25º
IV 55º 45º 35º 25º
Fonte: NBR 5419/2000
Com o ângulo obtido, determina-se o cone de proteção pelo raio Rp dado por:
Rp = Hc × tg θ (7)
Por fim, calcula-se o número de condutores de descida através da seguinte
equação:
𝑁 =𝑃
𝐷 (8)
Onde:
N → Número de condutores
P → Perímetro da construção em metros
D → Distância máxima dos condutores de descida (tabela 2.2)
Tabela 2. 2 - Espaçamento médio dos condutores de descida conforme o nível de proteção
Nível de Proteção Espaçamento médio (m)
I 10
II 15
III 20
IV 25
Fonte: NBR 5419/2000
19
2.5. ILUMINAÇÃO
2.5.1. CONCEITOS E GRANDEZAS FUNDAMENTAIS
Muitos ambientes interiores e locais exteriores exigem uma iluminação que seja
adequada à atividade que será executada nos mesmos. Assim, é necessária a realização
de um estudo com o objetivo de garantir a melhor escolha de luminárias e lâmpadas
para os ambientes.
Aqui serão definidas grandezas e estabelecidos conceitos que se encontram na
NBR 5461/91 – Iluminação – Terminologia e na NBR 5413/92 – Iluminação de
Interiores, além do Inmetro – Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e
Qualidade, no que se refere às unidades empregadas (NISKIER, 2000).
2.5.2. LUZ
É uma modalidade da energia radiante que estimula a retina de um observador
dando a sensação visual de claridade. As cores são determinadas pela reação do
mecanismo de percepção sensorial aos diversos comprimentos de onda (NISKIER,
2000).
A faixa de radiações das ondas eletromagnéticas detectada pelo olho humano se
situa entre 380 e 780 nanômetros, cujo menor valor corresponde ao limite dos raios
ultravioleta e o maior ao dos raios infravermelhos (NISKIER, 2000).
2.5.3. FLUXO LUMINOSO (φ)
É a potência de radiação total emitida por uma fonte de luz e capaz de produzir
uma sensação de luminosidade através do estimulo da retina ocular. A unidade é o
lúmen (lm).
20
As lâmpadas apresentam fluxos luminosos com diversas eficiências. A eficiência
é definida como a razão do fluxo luminoso emitido sobre a potência consumida pela
fonte. Sua unidade é lm.W-1
.
O lúmen pode ser definido como o fluxo luminoso emitido, segundo um sólido
de um esterradiano, por uma fonte puntiforme de intensidade invariável em todas as
direções e igual a uma candela (NISKIER, 2000).
2.5.4. INTENSIDADE LUMINOSA (I)
É a potência de radiação luminosa de uma fonte luminosa em uma dada direção.
Ela é dada por:
I
)9(
Onde é o ângulo sólido.
Essa expressão pode ser interpretada como a razão do fluxo luminoso (φ) que sai
da fonte e se propaga no elemento de ângulo sólido, cujo eixo coincide com a direção
considerada para esse elemento de ângulo sólido. A intensidade luminosa é medida em
cadela (cd) (NISKIER, 2000).
2.5.5. ILUMINÂNCIA (E)
É a relação entre o fluxo luminoso que incide sobre uma superfície pela área da
mesma. Portanto, pode-se interpretar a iluminância como a densidade de fluxo luminoso
na superfície sobre a qual este incide. O Inmetro denomina essa grandeza de
iluminamento. (NISKIER,2000).
A unidade de iluminância é o lux (lx), definido como a iluminância de uma
superfície de 1m2 recebendo de uma fonte puntiforme, na direção normal, um fluxo
luminoso de um lúmen uniformemente distribuído (NISKIER, 2000). A iluminância é
calculada usando a expressão abaixo:
21
SE
)10(
A iluminância calculada com a fórmula acima corresponde ao valor médio,
porque o fluxo luminoso não se distribui uniformemente sobre a superfície.
2.5.6. LUMINÂNCIA (L)
É obtida dividindo-se a intensidade luminosa da superfície pela sua área
aparente, ou seja, pode-se defini-la como sendo a ―densidade luminosa superficial‖.
A luminância é a medida da sensação de maior ou menor claridade que um
observador terá ao olhar para uma superfície iluminada (NISKIER,2000).
S
IL
)11(
2.5.7. MÉTODO DA PHILIPS PARA PROJETOS DE ILUMINAÇÃO
O método proposto pela Philips consiste no uso de tabelas dos fatores de
utilização feitas pela empresa e de algumas relações matemáticas simples para se obter
o número de luminárias para cada ambiente. Abaixo seguem algumas definições para
facilitar o entendimento posterior (NISKIER, 2000):
1) K → Fator do Local
2) C → Comprimento do recinto em metros
3) L → Largura do recinto em metros
4) A → Diferença entre o pé direito e o plano de trabalho em metros
5) S → Área do recinto em m2
6) η → Fator de utilização (encontrado na figura B.1 no anexo)
7) d → Fator de depreciação (encontrado na figura B.2 no anexo)
8) E → Iluminância desejada (Encontrada na NBR 5413)
9) φ → Fluxo luminoso emitido pela luminária (Obtido da figura B.4 no anexo)
10) Φ → Fluxo total necessário para atender ao nível de iluminância E desejado
11) n → Número de luminárias dado pela razão entre Φ e φ.
22
2.5.8. FATOR DE REFLETÂNCIA
Para se usar a tabela da figura B.1, precisa-se conhecer o fator de refletância do
teto, da parede e do piso do local que se quer iluminar. Para isso, utiliza-se a tabela da
figura B.3.
Na figura B.1, os fatores de refletância aparecem na linha superior, na forma de
números com três algarismos onde (NISKIER, 2000):
1) O primeiro refere-se à reflexão no teto
2) O segundo, à das paredes
3) O terceiro, à do piso
Assim, se os fatores de refletância escolhidos forem 70% para o teto, 50% para
as paredes e 10% para o piso, o código que usaremos para encontrar na tabela o fator de
utilização será 751(7 do teto, 5 da parede e 1 do piso).
2.5.9. CÁLCULO DO FATOR K DO LOCAL
É só usar a relação abaixo:
𝐾 = 𝐶 ×𝐿
𝐶+𝐿 ×𝐴 (12)
De posse desse valor, dos fatores de refletâncias e do modelo de luminária que
será usada, consulta-se a tabela B.1 e obtém-se o valor do fator de utilização η
(NISKIER, 2000).
2.5.10. CÁLCULO DO FLUXO TOTAL NECESSÁRIO Φ
O fluxo Φ é encontrado usando a equação abaixo:
)(
d
ESlm
(13)
23
2.5.11. CÁLCULO DA QUANTIDADE DE LUMINÁRIAS N
A quantidade de luminárias é dada por:
𝑛 = Φ
𝜑 (14)
De posse desse valor, só falta calcular a distância entre as luminárias de uma
mesma linha e de uma mesma coluna, que é encontrada dividindo-se o comprimento C
do local onde serão instaladas pela quantidade de luminárias que serão colocadas ao
longo dele (linha). Calcula-se da mesma forma a distância entre as localizadas na
mesma coluna, só que no lugar do comprimento usa-se a largura L do local.
Denominamos essas distâncias de A e B respectivamente.
A separação entre as linhas e colunas mais exteriores do arranjo e as paredes dos
ambientes é calculada dividindo-se A ou B por dois, de forma que cada uma das linhas
ou colunas exteriores esteja igualmente afastada das paredes. Chamamos a distância de
uma coluna exterior até uma parede de D1 e a distância de uma linha exterior até uma
parede de D2.
2.6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Esse capítulo possui conceitos fundamentais, como conceitos básicos de projeto
de instalações elétricas e de iluminação, além de noções do regime tarifário para o
entendimento do restante do trabalho.
24
3. MATERIAIS E MÉTODOS
Nesse capítulo são apresentados os materiais e métodos utilizados nesse
trabalho.
3.1. FAZENDA ÁGUA LIMPA (FAL)
A FAL é propriedade da Universidade de Brasília e está situada a 32 km de
distância do Campus Universitário Darcy Ribeiro. A FAL possui uma área de
aproximadamente 4.500 hectares que faz parte da Área de Proteção Ambiental (APA)
das Bacias do Gama e Cabeça do Veado e tem, no seu interior, a Área Relevante de
Interesse Ecológico (ARIE) Capetinga/Taquara, também denominada Estação Ecológica
da Universidade de Brasília, pertencente ao Núcleo da Biosfera do Cerrado. Limita-se
ao norte com o Ribeirão do Gama e o Núcleo Rural da Vargem Bonita, ao sul com a BR
251, que liga Brasília a Unaí/MG, ao leste com o Córrego Taquara e o IBGE, e ao oeste
com a estrada de ferro e o Country Club de Brasília (Fazenda Água Limpa, 2007).
Figura 3.1: Imagem de satélite da localização relativa da FAL
25
De toda a área da fazenda, 50% são destinados à preservação e o restante, à
prática de ensino, pesquisa e extensão. Diversos setores da UnB possuem atividades na
fazenda, entre os quais, destacam-se:
- Instituto de Biologia (IB);
- Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária (FAV);
- Engenharia Florestal – EFL;
- Instituto de Geologia e
- Departamento de Física.
A FAL oferece um potencial técnico-científico natural, possibilitando estudos
climáticos, da flora e fauna silvestres, pedológicos, limnológicos, geológicos, etc. Além
destes, são realizados, ainda, estudos nas áreas de:
- Zootecnia (com pequenos, médios e grandes animais);
- Fitotecnia (com culturas de ciclo curto, anual e perene);
- Silvicultura e manejo florestal;
- Irrigação;
- Drenagem;
- Armazenamento;
- Educação ambiental;
- Primatologia;
- Farmácia e
- Arquitetura.
A FAL possui vários prédios que foram separados segundo o grau de utilização e
importância para a fazenda. Nesse contexto, quatro deles foram escolhidos para este
projeto: a administração, o laboratório de nutrição animal, o prédio ao lado do viveiro
da engenharia florestal, denominado de prédio da florestal e o almoxarifado.
A administração concentra atividades que são de grande importância para o
funcionamento da FAL. É composta por dois prédios onde são executadas várias
26
atividades. Neles se encontram as salas de aula, a cozinha, a lanchonete, o refeitório, a
secretaria e a diretoria, além de outras áreas administrativas.
O prédio do laboratório de nutrição animal é da Faculdade de Agronomia e
Medicina Veterinária. Ali são realizadas aulas práticas para alunos de graduação e
possui equipamentos de grande potência nominal. Assim, se faz necessário um projeto
para este local, visando a segurança e preservação do patrimônio da universidade
O prédio da florestal é um local com pouca carga instalada. O que se destaca
nesse local é a presença de duas câmaras, uma fria e outra seca, que possui uma
instalação elétrica própria, mas que não foi identificada nesse projeto. A justificativa
para se fazer um projeto de instalação elétrica desse local foi a constante presença de
alunos, professores e funcionários. Ele é utilizado para aulas práticas e para o trabalho
nos viveiros da florestal.
Por fim tem-se o almoxarifado, que é um prédio onde se tem o armazenamento
dos insumos e dos equipamentos de segurança utilizados na fazenda. Este é um local
que apresenta instalações antigas e sem manutenção.
3.2. O PROGRAMA AUTOCAD
AutoCAD é um software do tipo CAD — computer aided design ou projeto
assistido por computador — criado e comercializado pela Autodesk, Inc. desde 1982. É
utilizado principalmente para a elaboração de peças de desenho técnico em duas
dimensões (2D) e para criação de modelos tridimensionais (3D). Além dos desenhos
técnicos, o programa vem disponibilizando, em suas versões mais recentes, vários
recursos para visualização em diversos formatos. É amplamente utilizado em
arquitetura, design de interiores, engenharia elétrica e em vários outros ramos da
indústria.
27
3.3. REGRAS E PADRÕES
Adequaram-se as instalações elétricas à NBR 5410 - 2004, que estabelece as
condições para garantir a segurança de pessoas e animais bem como a conservação de
bens. Dessa forma foi estabelecido o número mínimo de tomadas, bem como o correto
dimensionamento dos condutores e eletrodutos. O projeto de iluminação foi feito com
base na NBR 5413 de 1992, que estabelece os valores de iluminâncias médias mínimas
para iluminação artificial de interiores. Essa parte será tratada em um tópico em
separado.
Com a autorização da prefeitura do campus, foram acessadas as plantas baixas
das edificações que compõem a fazenda para fazer a planta elétrica delas em AutoCAD.
Essas plantas foram entregues a prefeitura e estão anexadas nesse projeto.
Todas as tomadas são do tipo tripolar, pois o aterramento é obrigatório para a
preservação do patrimônio da UnB, visto que é uma área de alta incidência de raios. O
aterramento será tratado em um tópico específico. As tomadas de uso geral (TUG)
possuem potência aparente de 100 VA. Já as tomadas de uso específico (TUE) possuem
potência aparente variável de acordo com a sua utilidade.
O padrão escolhido para os condutores foram da Pirelli do modelo Pirastic
Ecoflam, que são comumente usados no mercado e fácil de encontrar. As características
desse tipo de condutor estão na figura A.12. O diâmetro externo adotado para os
condutores de 1.5 mm2 foi de 3.0 mm e para os condutores de 2,5 mm
2 foi de 3,7 mm,
pois assim teremos uma boa margem de segurança.
Como o sistema considerado em todos os prédios é monofásico, serão usados
dois condutores carregados (F-N: fase-neutro) instalados dentro de eletrodutos aparentes
também de PVC em um ambiente cuja temperatura média fica em torno de trinta graus
Celsius. Em alguns casos adotaram-se eletrodutos aparentes feitos de aço devido à
quantidade de circuitos dentro deles. O condutor neutro, pela NBR 5410-2004, deve ter
o mesmo diâmetro do condutor de fase.
28
No dimensionamento dos eletrodutos é observada a existência ou não de
circuitos diferentes dentro do mesmo conduto. Existindo circuitos diferentes, verifica-se
se em todos eles há uma mesma tensão de isolamento e se os circuitos se originam do
mesmo quadro de distribuição.
Depois de verificado a existência de circuitos diferentes, verifica-se se as seções
dos condutores são iguais. Se forem as mesmas, usa-se a hipótese de condutores iguais.
A partir da quantidade de condutores no interior do eletroduto e da tabela da figura
A.10, obtém-se o tamanho do eletroduto.
Para condutores com seções diferentes, é considerado o maior número de
condutores dentro do mesmo eletroduto e utiliza-se o método descrito no item 5 do
tópico 2.3.2 da revisão bibliográfica .
O dimensionamento dos condutores de proteção é feito usando a figura A.14,
pois eles são do mesmo metal dos condutores de fase. Assim, a seção deles é igual às
dos condutores de fase dos circuitos da qual fazem parte. Nos circuitos de TUGs os
condutores de proteção possuem seção de 2,5 mm2.
Os valores dos disjuntores para cada circuito se encontram no quadro de cargas
(anexo C). Adota-se nesse projeto dois tipos de disjuntores:
Disjuntor termomagnético monopolar: oferece proteção aos cabos do circuito.
Nesse disjuntor só se pode ligar os condutores de fase. É usado nos circuitos de
iluminação, juntamente com o disjuntor diferencial residual bipolar.
Disjuntor diferencial residual bipolar: oferece proteção aos cabos do circuito
e também às pessoas contra choques elétricos provocados por contatos diretos e
indiretos. Usado para proteger circuitos de TUGs ou de TUEs
29
Fonte: Elektro/Pirelli, 2003
Figura 3. 2 - Exemplo de circuitos terminais protegidos por disjuntores termomagnéticos
Fonte: Elektro/Pirelli, 2003
Figura 3. 3 - Exemplo de circuitos terminais protegidos por disjuntores DR
Outro ponto que observado, mas um pouco mais complexo, foi a possibilidade
de se alterar toda a rede de distribuição subterrânea, que se encontra entre os prédios da
administração, para uma rede aérea. Isso foi pensado com o objetivo de se evitar um
possível rompimento de cabos enterrado, pois a fazenda e uma área que está em
constante escavação, seja para jardinagem ou para plantio. Mas esse assunto não será
abordado nesse trabalho.
30
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Esse capítulo aborda os resultados obtidos e se faz uma análise deles.
4.1. GERENCIAMENTO DE ENERGIA
Para melhorar a gestão da energia da FAL, deve-se instalar um gerenciador de
energia da CCK ou similar como forma de controlar o uso da energia na fazenda de
forma remota. Esse controle é feito através de uma conexão do aparelho com a internet.
Um problema encontrado foi com relação à distância do medidor de energia até
o ponto de rede mais próximo, localizado na administração da fazenda. Através do
programa Google Earth, sabe-se que a distância a ser coberta é de 1,6 Km. A figura 4.1
ilustra o caminho do ponto de medição até a administração.
Figura 4. 1 - Imagem de satélite que mostra o caminho da entrada da FAL até a administração da fazenda
31
São proporcionadas três soluções:
1. Instalação do gerenciador de energia ao lado do medidor da CEB e recolhimento
dos dados manualmente;
2. Instalação de um sistema, também da CCK, de transmissão de dados do
gerenciador via celular;
Instalação de um mini transmissor-receptor no medidor da CEB e conectá-lo ao
gerenciador de energia, instalado em uma caixa ao lado do medidor.
Fazendo-se uma análise das soluções acima, concluímos que a segunda opção
torna-se economicamente inviável, pois exigiria um contrato de locação do sistema com
a CCK, pela qual se pagaria uma taxa mensal de 300 reais com fidelização de 24 meses
para que disponibilize os dados, que seriam enviados para uma central da própria
empresa. No caso de quebra do contrato por parte da UnB, é cobrada uma multa no
valor de 60% do prazo restante. Além disso, paga-se uma taxa de 500 reais pela
instalação mais despesas de deslocamento e hospedagem dos técnicos,
A terceira opção é para ser aplicada em longo prazo. Apesar do custo para a
compra e instalação da fibra ótica, ela poderia ser utilizada para outras finalidades além
do gerenciamento.
A primeira solução é sugerida para que se comece com o monitoramento do
consumo da fazenda, sendo de rápida aplicação.
Um detalhamento da rede mostra que a fazenda possui uma internet com
velocidade 100 kbps, sendo dividida entre os pontos de acesso. São 24 pontos, dos quais
17 estão sendo utilizados e destes, 11 estão localizados nos escritórios da
Administração, 2 em salas de aula, 2 no Laboratório de Nutrição Animal, 1 no Setor de
Segurança e 1 no Observatório Astronômico. O gateway padrão é o 164.41.207.1.
Para a instalação da fibra, sugere-se a colocação dela nos postes de energia que
estão pela fazenda, facilitando a sua instalação e diminuindo o risco do rompimento dela
32
por escavações do solo. O preço da fibra para ser instalada ao longo do trecho de 1,5 km
fica em torno dos R$ 2000,00. A título de exemplo, a empresa Energiflex Cabos e
Sistemas Especiais cobra para um cabo de 1,5 km de extensão, contendo duas fibras um
valor de R$ 1.560,00.
Um problema que impede a instalação do CCK é a falta de uma saída de pulso
no medidor de energia da fazenda. Para alterar o tipo de medidor para um com a saída
de pulso, é necessário trocar o tipo de consumidor em que se enquadra a fazenda.
Atualmente ela está como consumidor convencional do grupo A4 - Poder Público.
Teríamos que alterar o contrato para o tipo de consumidor horo-sazonal do grupo A4 –
Poder Público e escolher entre a tarifa azul ou verde. A análise para a escolha da melhor
tarifa está descrita no próximo tópico.
4.2. ANÁLISE TARIFÁRIA
Esse tópico trata do estudo feito para a escolha da melhor tarifa para a FAL. Na
primeira parte do estudo obteve-se dados sobre o consumo da fazenda. Os dados foram
coletados manualmente, com a presença de uma pessoa anotando os valores de consumo
a cada hora durante um período de doze horas. Esses dados foram coletados na terça e
na quarta-feira de uma mesma semana, pois são os dias mais movimentados.
De posse desses resultados, calcula-se os valores das contas de luz para cada
modalidade com base no consumo na ponta e fora de ponta e decide-se sobre qual
modalidade enquadrar a fazenda. Mas não foi possível utilizar os dados para fazer esse
cálculo, pois o medidor não permitiu que se conseguisse os valores de consumo a cada
hora, pois ele só registra uma mudança a cada 120 kWh consumidos. As tabelas E.6 e
E.7 ilustram os resultado obtidos.
Fez-se, então, uma estimativa do consumo no horário de ponta e fora de ponta
com base nas contas de luz da fazenda, no período de agosto de 2007 a maio de 2008.
Com esses valores fez-se o cálculo das contas para cada modalidade, cujos resultados
estão representados na figura 4.2. O consumo atual e o estimado e os custos nos
horários de ponta e fora de ponta estão nas tabelas E.1 a E.4.
33
Figura 4. 2 – Comparação entre os valores das contas de energia para cada modalidade tarifária
Pode-se concluir que seria mais vantajoso para a UnB alterar o contrato de
energia da FAL para a tarifa verde, pois este resulta no menor valor para a conta de
energia dentre as modalidades existentes. Além disso, possibilita a instalação do sistema
de gerenciamento de energia porque, com a alteração do contrato, a CEB proporciona a
troca do medidor por um com saída de pulso, necessária para a instalação do
equipamento da CCK.
4.3. O PROJETO DE INSTALAÇÃO ELÉTRICA
O projeto da parte elétrica da FAL tem o objetivo de enquadrar as instalações às
normas técnicas estabelecidas pela ABNT que tratam da iluminação de ambientes e
também das instalações elétricas de baixa tensão.
Essa etapa do projeto visa estabelecer um padrão para as instalações da FAL,
pois não existe nenhuma documentação sobre elas. O que se observa na fazenda é a
improvisação na parte elétrica, composta de ligações indevidas e fiação exposta. Isso
pode ter como conseqüências curtos circuitos, queima e perda de equipamentos e
mesmo acidentes com as pessoas que freqüentam a fazenda.
5.400,00
5.600,00
5.800,00
6.000,00
6.200,00
6.400,00
6.600,00 V
alo
r To
tal (
R$
)
Análise Tarifária
CONVENCIONAL
AZUL- SECO
AZUL - ÚMIDO
VERDE - SECO
VERDE - ÚMIDO
34
O padrão foi escolhido de forma a facilitar a instalação e principalmente a
manutenção da mesma, pois é essa última que garante a eficiência e a segurança da
parte elétrica. Assim optou-se por colocar eletrodutos aparentes em substituição aos
embutidos que existem atualmente.
4.3.1. PRÉDIO DO ALMOXARIFADO, DEPÓSITOS DE ADUBOS E
FERRAMENTAS
Com a planta do almoxarifado e a tabela de cargas (LOPES, 2007), fez-se o
levantamento do número mínimo de tomadas e pontos de luz considerando a utilização
do local.
Tabela 4. 1 – Número de tomadas e pontos de luz
LOCAL TUGs TUEs PONTOS DE LUZ
DEPÓSITO DE ADUBOS 4 0 8
DEPÓSITO DE
FERRAMENTAS 0 1 2
ALMOXARIFADO 3 1 3
SANITÁRIO FEMININO 1 1 1
SANITÁRIO MASCULINO 1 1 1
Na área destinada ao armazenamento de adubo, foram colocadas 4 TUGs ao
invés de oito como manda a norma, pois é um local destinado apenas ao
condicionamento de sacas de adubo. Foram fixadas quatro tomadas para caso haja a
necessidade de se ligar equipamentos para fazer a limpeza do local.
Na parte onde se armazenam ferramentas, não foram colocadas TUGs por ser
uma área de pequenas dimensões (12,60 m2) e observando que não há necessidade de se
ligar equipamentos elétricos. Existe apenas uma TUE para se instalar um exaustor com
potência nominal de até 300 VA, visto que o local não possui janelas e ali se
armazenam também produtos para limpeza.
No almoxarifado coloca-se o quadro de disjuntores, pois este não existe. Foi
escolhido esse local pelo fato de sempre haver uma pessoa trabalhando lá e, dessa
forma, ele estar sempre aberto. Também definido para o almoxarifado um total de três
35
TUGs, uma para o computador da pessoa que cuida do local e outras duas para o caso
de se necessitar utilizar algum equipamento para manutenção do local.
Por fim fez-se o projeto para os sanitários. Eles não estão sendo utilizados
atualmente, mas optou-se por fazer um projeto para, caso haja uma reforma no local, já
exista um padrão a ser seguido. Neles colocam-se duas tomadas de uso específico para
os chuveiros especificados na planta e cada tomada suporta até 5400 VA, que é a
potência mais comum dos chuveiros existentes no mercado.
Em cada banheiro coloca-se uma TUG para caso seja necessário ligar um
aparelho elétrico de limpeza, como enceradeiras.
4.3.1.1. DIMENSIONAMENTO DE CONDUTORES E
ELETRODUTOS
CONDUTORES DE FASE
a) CRITÉRIO DO AQUECIMENTO
As correções introduzidas no dimensionamento dos cabos são as seguintes:
b) k1 = 1, pois a temperatura ambiente é igual a 30 graus Celsius;;
c) k2 = 0,8 , pois existem dois circuitos passando pelo mesmo eletroduto;
d) k3 = 1, pois consideramos um eletroduto instalado na vertical e um instalado na
horizontal, no teto.
A tabela 4.2 apresenta as seções dos condutores de fase calculadas pelo critério
do aquecimento.
36
Tabela 4. 2 – Seção do condutor de fase pelo critério do aquecimento
CIRCUITOS* FATOR k1 FATOR k2 FATOR k3 Ip1) (A) I’p (A)
SEÇÃO DO
CONDUTOR DE
FASE (mm2) 2)
1 1 0,8 1 4,66 5,83 0,5
2 1 0,8 1 25 31,25 4,0
3 1 0,8 1 25 31,25 4,0
4 1 0,8 1 5,91 7,39 0,5 * A localização de cada circuito está no quadro de cargas no anexo C.
1) Ip = tensão/potência aparente. A tensão e a potência aparente estão no quadro de cargas no anexo C.
2) Figura A.8. Método de referência B1, com 2 condutores carregados.
b) CRITÉRIO DA QUEDA DE TENSÃO (MÉTODO SIMPLES)
A tabela 4.3 apresenta as seções dos condutores de fase calculadas pelo critério
da queda de tensão.
Tabela 4. 3 – Seção do condutor de fase pelo critério da queda de tensão.
CIRCUITO 1) DISTÂNCIA 2) (m) SEÇÃO DO CONDUTOR (mm2)
1 40,93 1,5
2 13,43 1,5
3 12,40 1,5
4 29,46 1,5 1) A tensão em todos os circuitos é de 220V. A localização de cada circuito está no quadro de cargas no anexo C 2) A distância considerada é o maior caminho saindo do quadro terminal até o ponto de instalação mais distante deste
A tabela 4.4 mostra os resultados obtidos pelos dois métodos. A maior seção é a
que será adotada para o condutor de fase.
Tabela 4. 4 - Seções dos condutores de fase calculadas pelos critérios do aquecimento e da queda de tensão
CIRCUITO* CRITÉRIO DO AQUECIMENTO (mm2) CRITÉRIO DA QUEDA DE
TENSÃO (mm2)
1 0,5 1,5
2 1,5 4,0
3 1,5 4,0
4 0,5 1,5 * A localização de cada circuito está no quadro de cargas no anexo C
Tabela 4. 5 - Seção para os condutores de fase, neutro e de proteção do almoxarifado
CIRCUITO* FASE (mm2) NEUTRO (mm2) PROTEÇÃO (mm2)
1 1,5 1,5 1,5
2 4,0 4,0 4,0
3 4,0 4,0 4,0
4 1,5 1,5 1,5 * A localização de cada circuito está no quadro de cargas no anexo C.
37
ELETRODUTOS
Para o conduto que contém os circuitos 2 e 3, usa-se a hipótese de condutores
iguais, pois ambos os circuitos alimentam dois chuveiros de mesma potência. A partir
das informações da tabela 4.4 e da figura A.10, encontra-se para o tamanho nominal do
conduto o valor de 16 mm.
Os circuitos 1 e 4 possuem seções diferentes e o maior número de condutores
dentro do mesmo eletroduto é igual seis. Calculando-se a área ocupada pelos cabos
condutores encontramos:
Cabo de 1,5 mm2 → Área ocupada = 7,1 mm
2 × 3 = 21,3 mm
2
Cabo de 2,5 mm2
→ Área ocupada = 10,7 mm2 × 3 = 32,1 mm
2
Área total ocupada = 21,3 mm2 + 32,1 mm
2 = 53,4 mm
2
Assim, escolhe-se um eletroduto com 16 mm de diâmetro, pois menos de um
terço de sua área transversal (201 mm2) é ocupada pelos cabos.
4.3.2. PRÉDIO DA ADMINISTRAÇÃO
Um dos projetos mais trabalhosos é o dos prédios da administração da FAL, pois
existem ali vários ambientes e em cada um se realiza um tipo de atividade diferente.
Colocam-se dois quadros terminais, um em cada prédio, para que haja um melhor
controle dos pontos de luz e de tomadas existentes. Denomina-se de QT1 e QT2 os
quadros localizados perto da diretoria e perto da sala técnica, respectivamente.
Define-se, primeiramente, o número de tomadas para cada sala existente. Essa
escolha é feita de acordo com o tipo de atividade realizada em cada local.
A tabela 4.6 detalha o número de tomadas e pontos de luz nos prédios da
administração da FAL.
38
Tabela 4. 6 - Número de tomadas e pontos de luz na administração
LOCAL TUGs TUEs PONTOS DE LUZ
SALAS DE AULA 9 0 9
SALAS DOS
PROFESSORES 1 3 1 4
SALAS DOS
PROFESSORES 2 2 1 2
LAB. DE
AGROCLIMATOLOGIA 4 1 2
HIDROCLIMATOLOGIA 4 1 2
SECRETARIA 8 1 3
DIRETORIA 7 1 3
SANITÁRIO FEMININO 1 0 2
SANITÁRIO MASCULINO 1 0 2
LANCHONETE 4 0 2
VARANDA 1 2 0 3
VARANDA 2 2 0 3
CIRCULAÇÃO 1 2 0 2
COZINHA 6 3 4
DESPENSA 1 0 2
REFEITÓRIO 2 0 6
EQUIP. AUDIO VISUAIS 1 0 2
SALAS DE AULA 2 8 0 8
ASSISTENCIA PESSOAL 3 0 2
FINANCEIROS 3 0 2
SALA TÉCNICA 3 0 2
CONTABILIDADE 3 0 2
CIRCULAÇÃO 2 0 0 3
CIRCULAÇÃO 3 0 0 1
CIRCULAÇÃO 4 0 0 3
CIRCULAÇÃO 5 0 0 1
Nas salas de aula coloca-se mais TUGs que o mínimo necessário pela norma
pelo fato do local necessitar da utilização de equipamentos como retroprojetores,
computadores e multimidia. Outro fato que deve ser levado em consideração é o
aumento do número de pessoas utilizando computadores portáteis na universidade.
Assim pensa-se na colocação de TUGs ao redor das salas de aula visando à utilização
pelos alunos. Não se coloca TUEs, pois ali não existem equipamentos de elevada
potência que justificasse a instalação das mesmas.
Nas salas dos professores segue-se o mínimo estipulado pelo critério das áreas
(NBR 5410, 2004) em relação ao número de TUGs, visto que existem poucos
equipamentos instalados nesses locais. |Foi colocada uma TUE com potência nominal
de 1500 VA para o ar-condicionado.
No laboratório de agroclimatologia e na sala de hidroclimatologia define-se um
total de quatro TUGs. Apesar de na tabela de carga (LOPES, 2007) relativa às cargas da
administração não apresentar nenhum equipamento que esteja instalado nesses locais,
39
opta-se por colocar essas TUGs para o caso de no futuro instalar equipamentos e não ser
necessário refazer a instalação elétrica do local. Apenas seria preciso analisar a potência
dos equipamentos a serem instalados para garantir que as TUGs não seriam utilizadas
além da capacidade projetada. Não se coloca TUEs nesses ambientes.
Para a secretaria instalam-se várias tomadas de uso geral, pois existem muitos
equipamentos utilizados ao mesmo tempo, como computadores, impressoras e
copiadoras. Assim, para garantir um uso eficiente da rede e tentar diminuir ao máximo o
uso de extensores de tomadas, opta-se por essa quantia de TUGs. Também coloca-se
uma TUE para a instalação de ar-condicionado.
A sala da diretoria tem apenas computadores e um ar-condicionado. Então, o
número de TUGs necessários para esse local é igual a três, uma a mais do que o mínimo
previsto pela norma para a área da diretoria. E existe uma tomada de uso específico para
o ar-condicionado que está instalado.
Em cada banheiro fixam-se uma TUG para se ligar um aparelho elétrico de
limpeza, como enceradeiras.
Na lanchonete colocam-se apenas quatro TUGs, que é o número de
equipamentos existentes ali. Isso é feito porque os produtos vendidos ali são feitos na
cozinha, que é um ambiente distinto da lanchonete. Portanto, a previsão de que ali
haverá um aumento da carga é mínima.
Já a cozinha é um local com uma grande quantidade de equipamentos, alguns
com elevada potência. Assim, coloca-se TUGs para alimentar os de baixa potência
(menor que 1000 VA) e os de alta potência são ligados em TUEs destinadas para cada
um deles. A quantidade e a disposição das tomadas estão na planta no anexo C suas
potências estão no quadro de cargas no anexo B.
Colocam-se as TUGs existentes no refeitório e nas despensas visando apenas a
utilização delas para ligar equipamentos de limpeza. Vale ressaltar que o número de
tomadas existentes no refeitório é inferior ao número mínimo exigido pela norma
40
devido ao fato do local ser utilizado apenas para refeições, não fazendo sentido,
portanto, colocar as sete tomadas exigidas.
A sala de equipamentos áudio visuais é destinada apenas para armazenamento
dos recursos áudio visuais utilizados nas aulas da fazenda. Portanto, ali se faz necessário
apenas uma tomada para o caso de se testar equipamentos antes de sua utilização.
Para as salas denominadas assistência pessoal, financeiros, sala técnica e
contabilidade foi feito um mesmo projeto, pois elas se destinam praticamente à mesma
atividade, de administração, e possuem praticamente a mesma quantidade de
equipamentos. Assim, há três TUGs em todas elas.
4.3.2.1. DIMENSIONAMENTO DE CONDUTORES E
ELETRODUTOS
CONDUTORES DE FASE
Os circuitos que saem do QT1 possuem os seguintes fatores de correção para os
cálculos utilizando o critério do aquecimento:
k1 = 1, pois a temperatura ambiente é igual a 30 graus Celsius
k2 = 0,50, obtido da figura A.6, no item 1 para 9 circuitos
k3 = 0,80, obtido da figura A.7 devido aos 2 eletrodutos que saem do QT1
Para o QT2 os fatores foram os seguintes:
k1 = 1, pois a temperatura ambiente é igual a 30 graus Celsius
k2 = 0,54, obtido da figura A.6, no item 1 para 7 circuitos
k3 = 0,80, obtido da figura A.7 devido aos 2 eletrodutos que saem do QT1
Para o critério da queda de tensão usa-se o método simples, com queda
admissível de 3% para circuitos de TUE e TUG e para os circuitos de iluminação adota-
41
se como admissível uma queda de 4%. As seções dos condutores são obtidas da tabela
da figura A.15.
a) Critério do aquecimento
As tabelas 4.7 e 4.8 apresentam as seções dos condutores de fase calculadas pelo
critério do aquecimento.
Tabela 4. 7 - Seção do condutor de fase pelo critério do aquecimento (QT1)
CIRCUITO* FATOR k1 FATOR k2 FATOR k3 Ip1) (A) I’p (A)
SEÇÃO DO
CONDUTOR DE
FASE (mm2)2)
1 1 0,5 0,8 9,60 24,00 2,5
2 1 0,5 0,8 5,24 11,43 1,0
3 1 0,5 0,8 7,18 17,95 2,5
7 1 0,5 0,8 15,00 37,50 6,0
8 1 0,5 0,8 15,46 38,65 6,0
10 1 0,5 0,8 7,18 17,95 2,5
11 1 0,5 0,8 7,18 17,95 2,5
12 1 0,5 0,8 7,18 17,95 2,5
13 1 0,5 0,8 7,18 17,95 2,5
14 1 0,5 0,8 7,18 17,95 2,5 * A localização de cada circuito está no quadro de cargas no anexo C 1) Ip = tensão/potência aparente. A tensão e a potência aparente estão no quadro de cargas no anexo C.
2) Figura A.8. Método de referência B1, com 2 condutores carregados.
Tabela 4. 8 - Seção do condutor de fase pelo critério do aquecimento (QT2)
CIRCUITO* FATOR k1 FATOR k2 FATOR k3 Ip1) (A) I’p (A)
SEÇÃO DO
CONDUTOR DE
FASE (mm2)2)
4 1 0,54 0,8 2,10 4,86 0,5
5 1 0,54 0,8 4,94 11,43 1,0
6 1 0,54 0,8 6,98 16,16 1,5
9 1 0,54 0,8 17,73 40,00 6,0
15 1 0,54 0,8 7,95 18,41 2,5
16 1 0,54 0,8 7,95 18,41 2,5
17 1 0,54 0,8 15,91 36,83 6,0 * A localização de cada circuito está no quadro de cargas no anexo C. 1) Ip = tensão/potência aparente. A tensão e a potência aparente estão no quadro de cargas no anexo C.
2) Figura A.8. Método de referência B1, com 2 condutores carregados.
b) Critério da queda de tensão (método simples)
Nas tabelas 4.9 e 4.10 estão apresentadas as seções dos condutores de fase calculadas
pelo critério da queda de tensão.
42
Tabela 4. 9 - Seção do condutor de fase pelo critério da queda de tensão (QT1)
CIRCUITO 1) DISTÂNCIA2) (m) SEÇÃO DO CONDUTOR (mm2)
1 49,85 2,5
2 21,50 1,5
3 36,77 2,5
7 47,85 4,0
8 25,80 2,5
10 31,28 1,5
11 28,10 1,5
12 24,95 1,5
13 14,58 1,5
14 6,40 1,5 1) A tensão em todos os circuitos é de 220V. A localização de cada circuito está no quadro de cargas no anexo C 2) A distância considerada é maior caminho saindo do quadro terminal até o ponto de instalação mais distante deste
Tabela 4. 10 - Seção do condutor de fase pelo critério da queda de tensão (QT2)
CIRCUITO 1) DISTÂNCIA2) (m) SEÇÃO DO CONDUTOR (mm2)
4 35,45 1,5
5 37,11 1,5
6 21,26 1,5
9 37,30 4,0
15 34,95 1,5
16 43,45 2,5
17 43,45 4,0 1) A tensão em todos os circuitos é de 220V. A localização de cada circuito está no quadro de cargas no anexo C 2) A distância considerada é maior caminho saindo do quadro terminal até o ponto de instalação mais distante deste
A seção que deve ser adotada para os condutores de fase de cada circuito será a
maior dentre as duas seções mostradas nas tabelas 4.11 e 4.12. A tabela 4.13 apresenta
as seções que deverão ser utilizadas em cada circuito.
Tabela 4. 11 - Seções dos condutores de fase calculadas pelos critérios do aquecimento e da queda de tensão (QT1)
CIRCUITO* CRITÉRIO DO AQUECIMENTO (mm2) CRITÉRIO DA QUEDA DE
TENSÃO (mm2)
1 2,5 2,5
2 1,0 1,5
3 2,5 2,5
7 6,0 4,0
8 6,0 2,5
10 2,5 1,5
11 2,5 1,5
12 2,5 1,5
13 2,5 1,5
14 2,5 1,5
* A localização de cada circuito está no quadro de cargas no anexo C.
43
Tabela 4. 12 - Seções dos condutores de fase calculadas pelos critérios do aquecimento e da queda de tensão (QT2)
CIRCUITO* CRITÉRIO DO AQUECIMENTO (mm2) CRITÉRIO DA QUEDA DE
TENSÃO (mm2)
4 0,5 1,5
5 1,0 1,5
6 1,5 1,5
9 6,0 4,0
15 2,5 1,5
16 2,5 2,5
17 6,0 4,0
* A localização de cada circuito está no quadro de cargas no anexo C.
Tabela 4. 13 - Seções dos condutores de fase, neutro e proteção adotadas para cada circuito da administração
CIRCUITO* FASE (mm2) NEUTRO (mm2) PROTEÇÃO (mm2)
1 2,5 2,5 2,5
2 1,5 1,5 1,5
3 2,5 2,5 2,5
4 1,5 1,5 1,5
5 1,5 1,5 1,5
6 1,5 1,5 1,5
7 6,0 6,0 6,0
8 6,0 6,0 6,0
9 6,0 6,0 6,0
10 2,5 2,5 2,5
11 2,5 2,5 2,5
12 2,5 2,5 2,5
13 2,5 2,5 2,5
14 2,5 2,5 2,5
15 2,5 2,5 2,5
16 2,5 2,5 2,5
17 6,0 6,0 6,0
* A localização de cada circuito está no quadro de cargas no anexo C.
ELETRODUTOS
Os eletrodutos que saem dos quadros terminais deverão ter 41 mm de diâmetro
cada um para não ter mais de 33% de sua área ocupa pelos cabos, e, dessa forma,
desrespeitar a norma. As áreas totais ocupada pelos cabos que saem dos QT1 e QT2 são,
respectivamente:
Área 1 = 256,55 mm2
Área 2 = 215,40 mm2
O diâmetro adotado para todos os eletrodutos é aquele calculado para o maior
número de condutores. Para os que possuam até 18 condutores de até 2,5 mm2, o seu
diâmetro será de 16 mm.
44
4.3.3. PRÉDIO DO LABORATÓRIO DE NUTRIÇÃO ANIMAL
No prédio onde está instalado o laboratório de nutrição animal também se
encontra a sala dos vigilantes, a sala de descanso e uma cozinha. O laboratório é
dividido em salas onde se realizam diferentes experiências. As salas estão listadas
abaixo:
1) Degestibilidade animal;
2) Laboratório de espectometria;
3) Laboratório de reprodução;
4) Sala da capela;
5) Sala da balança;
6) Sala de verduras.
Tabela 4. 14 - Número de tomadas e pontos de luz no laboratório de nutrição
LOCAL TUGs TUEs PONTOS DE LUZ
DEGISTIBILIDADE
ANIMAL 20 6 9
LAB. DE
ESPECTROSCOPIA 4 0 2
LAB. DE REPRODUÇÃO 4 0 3
DEPÓSITO 1 0 3
SALA DE VERDURAS 1 0 2
SALA DA BALANÇA 4 0 2
SALA DA CAPELA 3 0 2
LAVATÓRIO 1 0 2
CIRCULAÇÃO 0 0 1
COZINHA 5 0 3
VIGILÂNCIA 4 0 2
APOIO 0 0 2
SANITÁRIO MASCULINO 0 1 1
SANITÁRIO FEMININO 0 1 2
O projeto para a sala de digestibilidade animal apresenta seis TUEs, duas para
ligação de ar-condicionado (1500 VA cada) e quatro com 5000 VA para ligar os
aparelhos de alta potência, como por exemplo, um bloco digestor de proteína. Foram
instaladas 5 TUGs por bancada, totalizando um total de vinte, com o objetivo de
disponibilizar pontos de energia por toda a extensão das bancadas. Elas são instaladas a
meia altura e com tampas protetoras de forma a evitar possíveis contatos com
substâncias químicas utilizadas nos experimentos.
45
Nas salas de espectrometria e de reprodução colocam-se quatro TUGs por sala.
A quantidade está acima do mínimo previsto pela norma, pois não se tem o
conhecimento do número exato de equipamentos instalados ali, uma vez que as salas
estavam trancadas nos dias em que foram feitas as visitas e o responsável pelo local não
estava presente. Além disso, a tabela de carga (LOPES, 2007) não especifica onde está
instalado cada equipamento. Mas tomando ela como base foi feita uma previsão do
número de tomadas utilizadas, com a ajuda de profissionais da área de veterinária que
analisaram a tabela e indicaram os equipamentos que podiam fazer parte de cada sala,
como o agitador de tubos, a centrífuga e o freezer compondo a sala de reprodução e
algumas estufas para a sala de espectrometria.
Para a sala das balanças colocam-se apenas quatro TUGs para a instalação das
balanças de precisão.
Na sala da capela existem três estufas instaladas. Assim, definem-se três TUGs
para a instalação delas. Não existe nenhuma capela instalada no local.
Na cozinha fez-se um projeto baseado em suposições, pois atualmente o
ambiente não é utilizado. Dessa forma, planeja-se o local de forma a poder suprir uma
geladeira e um freezer de forma segura, além de alguns outros utensílios domésticos,
como liquidificador e batedeira. Não se instala TUEs porque no local não são utilizados
equipamentos de elevada potência, que estão localizados na cozinha existente na
administração da FAL.
Na sala de vigilância e na sala de descanso coloca-se um número de TUGs que é
suficiente para a instalação de equipamentos utilizados nos locais, tais como
computadores, televisão e som.
46
4.3.3.1. DIMENSIONAMENTO DE CONDUTORES E
ELETRODUTOS
CONDUTORES DE FASE
1. Critério do aquecimento
A tabela 4.15 apresenta as seções dos condutores de fase calculadas pelo critério
do aquecimento.
Tabela 4. 15 - Seção do condutor de fase pelo critério do aquecimento
CIRCUITO* FATOR k11) FATOR k2
2) FATOR k33) Ip4) (A) I’p (A)
SEÇÃO DO
CONDUTOR DE
FASE (mm2)5)
1 1 0,52 0,8 6,11 14,69 1,50
2 1 0,52 0,8 4,70 11,30 1,00
3 1 0,6 0,8 23,00 47,92 10,00
4 1 0,6 0,8 23,00 47,92 10,00
5 1 0,6 0,8 23,00 47,92 10,00
6 1 0,6 0,8 23,00 47,92 10,00
7 1 0,52 0,8 25,00 60,10 16,00
8 1 0,52 0,8 25,00 60,10 16,00
9 1 0,52 0,8 7,00 16,83 2,50
10 1 0,52 0,8 9,10 21,88 2,50
11 1 0,52 0,8 7,18 17,26 2,50
12 1 0,52 0,8 7,18 17,26 2,50
13 1 0,52 0,8 8,00 19,23 2,50 * A localização de cada circuito está no quadro de cargas no anexo C.
1) Temperatura ambiente igual 30º C 2) Para os circuitos 3,4,5,6 e 10 o valor de k2 é igual a 0,6 devido à presença dos cinco circuitos no mesmo eletroduto. 3) Dois eletrodutos agrupados no mesmo quadro terminal.
4) Ip = tensão/potência aparente. A tensão e a potência aparente estão no quadro de cargas no anexo C.
5) Figura A.8. Método de referência B1, com 2 condutores carregados.
2. Critério da queda de tensão (método simples)
A tabela 4.16 apresenta as seções dos condutores de fase calculadas pelo critério
da queda de tensão.
47
Tabela 4. 16 - Seção do condutor de fase pelo critério da queda de tensão
CIRCUITO 1) DISTÂNCIA2) (m) SEÇÃO DO CONDUTOR (mm2)
1 39,62 1,50
2 47,97 1,50
3 20,41 2,50
4 20,41 2,50
5 20,41 2,50
6 20,41 2,50
7 10,82 1,50
8 10,82 1,50
9 26,02 1,50
10 26,73 1,50
11 27,70 1,50
12 27,70 1,50
13 42,68 2,50
1) A tensão em todos os circuitos é de 220V. A localização de cada circuito está no quadro de cargas no anexo C. 2) A distância considerada é maior caminho saindo do quadro terminal até o ponto de instalação mais distante deste
A tabela 4.17 apresenta as seções dos condutores de fase calculadas pelo critério
do aquecimento e da queda de tensão além da seção adotada.
Tabela 4. 17 - Seções dos condutores de fase calculadas pelos critérios do aquecimento e da queda de tensão
CIRCUITO* CRITÉRIO DO
AQUECIMENTO (mm2)
CRITÉRIO DA QUEDA
DE TENSÃO (mm2)
SEÇÃO ADOTADA
(mm2)
1 1,50 1,50 1,50
2 1,00 1,50 1,50
3 10,00 2,50 10,00
4 10,00 2,50 10,00
5 10,00 2,50 10,00
6 10,00 2,50 10,00
7 16,00 1,50 16
8 16,00 1,50 16
9 2,50 1,50 2,50
10 2,50 1,50 2,50 11 2,50 1,50 2,50 12 2,50 1,50 2,50 13 2,50 2,50 2,50
* A localização de cada circuito está no quadro de cargas no anexo C.
As dimensões dos condutores a serem usados em cada circuito estão na tabela
4.18.
48
Tabela 4. 18 - Dimensões dos condutores de fase, neutro e proteção
CIRCUITO* FASE (mm2) NEUTRO (mm2) PROTEÇÃO (mm2)
1 1,50 1,50 1,50
2 1,50 1,50 1,50
3 10,00 10,00 10,00
4 10,00 10,00 10,00
5 10,00 10,00 10,00
6 10,00 10,00 10,00
7 16 16 16
8 16 16 16
9 2,50 2,50 2,50
10 2,50 2,50 2,50
11 2,50 2,50 2,50
12 2,50 2,50 2,50
13 2,50 2,50 2,50 * A localização de cada circuito está no quadro de cargas no anexo C.
ELETRODUTOS
A maior quantidade de condutores dentro de um mesmo eletroduto é igual a oito
e alguns dos condutores possuem seções diferentes.
Com o auxílio da figura A.12 calcula-se a área ocupada pelos cabos condutores:
Cabo de 1,5 mm2 → Área ocupada = 7,1 mm
2 × 4 = 28,4 mm
2
Cabo de 2,5 mm2
→ Área ocupada = 10,7 mm2 × 6 = 64,2 mm
2
Cabo de 6,0 mm2
→ Área ocupada = 18,1 mm2 × 6 = 108,6 mm
2
Cabo de 10,0 mm2
→ Área ocupada = 27,3 mm2 × 6 = 163,8 mm
2
Área total ocupada = 28,4 mm2 + 64,2 mm
2 + 108,6 mm
2 + 163,8 mm
2 = 365,2 mm
2
Assim, os eletrodutos que comportam os oito condutores serão de aço com 47
mm de diâmetro, e o diâmetro para os outros eletrodutos será de 16 mm;
4.3.4. PRÉDIO DA FLORESTAL
O prédio da florestal é um local bem simples, constituído basicamente de um
galpão, duas salas destinadas aos laboratórios, uma sala, um banheiro e duas câmaras,
49
uma fria e outra seca. O projeto para esse prédio não foi feito para as câmaras por ser
um local onde existe uma instalação especial que não pode ser avaliada nesse trabalho.
As áreas destinadas para o funcionamento dos laboratórios são utilizadas para
outros fins, colocando-se apenas TUGs.
Tabela 4. 19 - Número de tomadas e pontos de luz no prédio da florestal
LOCAL TUGs TUEs PONTOS DE LUZ
GALPÃO 4 0 15
LAB. DE SEMENTES 2 0 3
SALA DE ESTERILIZAÇÃO 3 0 3
SALA 2 0 3
SANITÁRIO 0 0 1
O galpão é um local amplo no qual são aplicadas algumas aulas teóricas. Mas
mesmo assim optou-se por colocar menos tomadas de uso geral do que determina a
norma, pois, apesar de existir ali a prática da docência, esse local é pouco freqüentado.
Apenas foram colocadas tomadas para eliminar com algumas instalações improvisadas
que existem ali.
4.3.4.1. DIMENSIONAMENTO DE CONDUTORES E
ELETRODUTOS
CONDUTORES DE FASE
Os circuitos que saem do QT possuem os seguintes fatores de correção para os
cálculos utilizando o critério do aquecimento:
k1 = 1, pois a temperatura ambiente é igual a 30 graus Celsius
k2 = 0,80, obtido da figura A.6, no item 1 para 2 circuitos
k3 = 0,80, obtido da figura A.7 devido aos 2 eletrodutos que saem do QT
Para o critério da queda de tensão foi usado o método simples, com queda
admissível de 3% para circuitos de TUE e TUG e para os circuitos de iluminação
adotou-se como admissível uma queda de 4%. As seções dos condutores foram obtidas
da figura A.15.
50
a) Critério do aquecimento
A tabela 4.20 apresenta as seções dos condutores de fase calculadas pelo critério
do aquecimento.
Tabela 4. 20 - Seção do condutor de fase pelo critério do aquecimento
CIRCUITO* FATOR k1 FATOR k2 FATOR k3 Ip1) (A) I’p (A) SEÇÃO DO CONDUTOR
DE FASE (mm2)2)
1 1 0,8 0,8 7,30 11,40 1,0
2 1 0,8 0,8 5,00 7,82 0,75 * A localização de cada circuito está no quadro de cargas no anexo C.
1) Ip = tensão/potência aparente. A tensão e a potência aparente estão no quadro de cargas no anexo C.
2) Figura A.8. Método de referência B1, com 2 condutores carregados.
b) Critério da queda de tensão (método simples)
A tabela 4.21 apresenta as seções dos condutores de fase calculadas pelo critério
da queda de tensão.
Tabela 4. 21 – Seção do condutor de fase pelo critério da queda de tensão.
CIRCUITO 1) DISTÂNCIA 2) (m) SEÇÃO DO CONDUTOR (mm2)
1 20,46 1,5
2 27,45 1,5 1) A tensão em todos os circuitos é de 220V. A localização de cada circuito está no quadro de cargas no anexo C. 2) A distância considerada é maior caminho saindo do quadro terminal até o ponto de instalação mais distante deste.
Apesar dos resultados obtidos, para as TUGs que compõem o circuito 2 serão
adotados condutores de fase de 2,5 mm2, de acordo com a norma.
Tabela 4. 22 - Seções dos condutores de fase calculadas pelos critérios do aquecimento e da queda de tensão
CIRCUITO* CRITÉRIO DO AQUECIMENTO (mm2) CRITÉRIO DA QUEDA DE
TENSÃO (mm2)
1 2,5 2,5
2 1,0 1,5 * A localização de cada circuito está no quadro de cargas no anexo C.
ELETRODUTOS
Como os condutores que formam os circuitos possuem seções diferentes, usa-se
o método descrito na revisão bibliográfica para esse caso. A área ocupada pelos cabos
condutores será:
51
Cabo de 1,5 mm2 → Área ocupada = 7,1 mm
2 × 2 = 14,2 mm
2
Cabo de 2,5 mm2
→ Área ocupada = 10,7 mm2 × 3 = 32,1 mm
2
Área total ocupada = 14,2 mm2 + 32,1 mm
2 = 46,3 mm
2
Assim, os eletrodutos que comportam os 5 condutores são de aço com 20 mm de
diâmetro. Os demais são de PVC com 16 mm de diâmetro.
4.4. PROJETO DE ILUMINAÇÃO
Essa parte do trabalho consiste em calcular o número de luminárias necessárias
para iluminar cada prédio da FAL de forma a adequá-los à NBR 5413, pois foi
observado que a maioria dos ambientes não estava com o mínimo exigido de
iluminamento. Usando um luxímetro obteve-se como resultado médio um valor igual a
150 lux.
Usa-se o método da Philips, descrito na revisão bibliográfica, para todos os
projetos de iluminação. Escolhe-se como padrão a luminária TCS 029 – 2 TLD 32 W da
Philips, com reator eletrônico (alto fator de potência), com duas lâmpadas fluorescentes
de 32 W cada, branca confort, com fluxo luminoso φ de 2500 lumens por lâmpada,
dando um total de 5000 lumens por luminária que é o padrão adotado na Faculdade de
Tecnologia da UnB (FT), que foi o ambiente tomado como referência
Todos os valores de iluminâncias E escolhidos nesse projeto foram obtidos da
NBR 5413 e são os valores médios encontrados nas tabelas.
A diferença entre o pé direito e o plano de trabalho sempre esteve próximo dos 3
metros para todos os prédios. Assim, adotamos esse valor em todos os projetos de
iluminação.
52
Foram adotadas como padrão para todos os projetos de iluminação as seguintes
porcentagens de refletância para o teto, as paredes e o piso dos locais:
Teto: 50%
Paredes: 50%
Piso: 10%
Esses valores foram obtidos da figura B.3 para o teto e as paredes e para o piso
foi considerado o pior caso de reflexão encontrado na tabela, pois por se tratar de um
ambiente com características rurais, ele está sempre com a presença de terra.
Outro fator adotado para todo o projeto foi o fator de depreciação. Foi
considerado um alto período de manutenção e que o ambiente possuía uma condição
normal de limpeza. Assim o valor encontrado na figura B.2 foi de 0,8.
4.4.1. PRÉDIO DO ALMOXARIFADO E DOS DEPÓSITOS DE
ADUBOS E FERRAMENTAS
O projeto de iluminação do prédio onde se localiza o almoxarifado foi
relativamente simples de ser feito. Como se trata de um local voltado basicamente para
o armazenamento de produtos e equipamentos, os valores para o nível de iluminância
foram os mesmos e iguais a 150 lux. Apenas os sanitários tiveram uma diferença de
iluminância, que ficou em 200 lux. Todos os cálculos necessários para se definir a
quantidade de luminárias e o posicionamento de cada uma delas em cada sala do prédio
estão no anexo B. O direcionamento de cada uma delas foi pensado de forma a
aproveitar da melhor forma possível o espaço existente no teto.
Tabela 4. 23 - Iluminâncias para as áreas do almoxarifado
RECINTO ILUMINÂNCIA (LUX)
DEPÓSITO DE ADUBOS 150
DEPÓSITO DE FERRAMENTAS 150
ALMOXARIFADO 150
SANITÁRIOS 200
CIRCULAÇÃO 150
53
4.4.2. PRÉDIOS DA ADMINISTRAÇÃO
O projeto de iluminação dos dois prédios que fazem parte da administração foi o
mais trabalhoso de ser feito devido à quantidade de salas e ambientes com utilizações
diversas existentes. Na tabela abaixo estão listadas as iluminâncias definidas para o
cálculo do número de luminárias de cada sala existente na administração:
Tabela 4. 24 - Iluminâncias para as áreas da administração
RECINTO ILUMINÂNCIA (LUX)
SALA DE AULA 1 300
SALA DE AULA 2 300
SALA DE PROFESSORES 1 200
SALA DE PROFESSORES 2 200
LABORATÓRIO DE AGROCLIMATOLOGIA 200
HIDROCLIMATOLOGIA 200
SECRETARIA 200
DIRETORIA 200
SANITÁRIOS 150
LANCHONETE 200
DESPENSAS 200
COZINHA 200
REFEITÓRIO 150
EQUIPAMENTOS ÁUDIO VISUAIS 150
ASSISTÊNCIA PESSOAL/FINANCEIROS 200
SALA TÉCNICA/CONTABILIDADE 200
CIRCULAÇÃO 1 100
CIRCULAÇÃO 2 100
CIRCULAÇÃO 3 100
CIRCULAÇÃO 4 100
CIRCULAÇÃO 5 100
VARANDA 1 / VARANDA 2 100
4.4.3. LABORATÓRIO DE NUTRIÇÃO ANIMAL
Para essa parte seguiu os mesmos procedimentos dos outros projetos já
mencionados. Na tabela abaixo estão listadas as iluminâncias definidas para o cálculo
do número de luminárias de cada sala existente no laboratório:
54
Tabela 4. 25 - Iluminâncias para as áreas do laboratório de nutrição
RECINTO ILUMINÂNCIA (LUX)
VIGILÂNCIA 150
SANITÁRIOS 150
SALA DE DESCANSO 150
COZINHA 200
APOIO 150
DEGESTIBILIDADE ANIMAL 200
LABORATÓRIO DE REPRODUÇÃO 200
LABORATÓRI DE ESPECTOMETRIA 200
LAVATÓRIO 150
DEPÓSITO 150
SALA DA BALANÇA 200
SALA DA CAPELA 200
SALA DE VERDURAS 200
CIRCULAÇÃO 100
4.4.4. PRÉDIO DA FLORESTAL
Para cada área do prédio foi feito um cálculo para se obter o número exato de
luminárias para proporcionar um iluminamento adequado à atividade do local. Para os
locais destinados aos laboratórios, apesar deles não serem utilizados para pesquisas, foi
usado a quantidade de iluminância para laboratórios como forma de prevenir uma futura
mudança de utilidade desses locais. Para o galpão adotou-se uma iluminância destinada
à salas de aula pelo fato de existir ali algumas aulas teóricas.
A tabela abaixo lista as iluminâncias para cada ambiente:
Tabela 4. 26 - Iluminâncias para as áreas do prédio da florestal
RECINTO ILUMINÂNCIA (LUX)
GALPÃO 300
SANITÁRIO 150
LABORATÓRIO DE SEMENTES 200
SALA DE ESTERILIZAÇÃO 200
SALA 200
55
4.5. SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS
ATMOSFÉRICAS (SPDA)
Ao se pensar em um SPDA, a primeira ação tomada foi a verificação da
necessidade de se instalar o sistema para proteger alguns prédios da FAL. Para isso,
calculamos, em separado, a probabilidade Nd de cada um dos prédios serem atingidos
por um raio em um ano (eq. 4).
A seguir o cálculo para os prédios da administração, da florestal, do
almoxarifado e do laboratório de nutrição, que foram as estruturas focadas nesse
trabalho.
4.5.1. CÁLCULO DA PROBABILIDADE Nd
Antes de prosseguir com os cálculos para cada prédio citado, obtemos o valor da
densidade de descargas atmosféricas para a terra Ng, que será usado em todos os
cálculos de Nd. A partir da equação 5 e sabendo que o valor de Td é igual a 120 dias de
trovoadas por ano para o Distrito Federal (Figura D.1), encontramos:
Ng = 15,89 [por km2/ano]
De posse desse valor, podemos prosseguir com os cálculos das probabilidades
Nd (eq. 4).
Para cada prédio deve ser definida uma área de exposição equivalente Ae. Como
todos eles são retangulares, podemos usar a equação 6 da revisão bibliogáfica. As
dimensões de cada prédio, suas áreas de exposição e as probabilidades estão na tabela
4.27.
Para a administração, que é composta por dois prédios, foi considerado a maior
largura e o maior comprimento, medindo-se de um vértice de um dos prédios até o
vértice mais distante, sempre na mesma direção.
56
A altura dos prédios não pode ser obtida devido à falta de equipamento para se
fazer a medição. Assim, optou-se por considerar todos os prédios com uma mesma
altura e igual a 10 metros, o que equivale a um edifício de apartamentos de três andares
no Plano Piloto. Com isso temos uma margem de segurança, pois todas as estruturas da
FAL são mais baixas que os prédios tomados como parâmetro.
Tabela 4. 27 - Dimensões de cada prédio, suas áreas de exposição e as probabilidades Nd
PRÉDIO ALTURA
H (m)
LARGURA
W (m)
COMPRIMENTO
L (m)
ÁREA DE
EXPOSIÇÃO
Ae (m2)
Probabilidade
Nd (por ano)
ADMINISTRAÇÃO 10 34,20 45,10 3442,58 0,054
ALMOXARIFADO 10 19,76 22,95 1621,85 0.026
FLORESTAL 10 14,24 21,60 1338,54 0,021
LABORATÓRIO
DE NUTRIÇÃO
10 9,70 31,70 1449,65 0,023
A seguir, multiplicam-se os fatores de ponderação (Tabelas D.1 a D.5) que
forem pertinentes com o valor de Nd, obtendo Nd’. A tabela 4.28 ilustra os resultados
obtidos.
Tabela 4. 28 - Fatores de ponderação adotados e a probabilidade Nd’
PRÉDIO FATOR
A
FATOR B FATOR C FATOR D FATOR E Nd’ (por
ano)
ADMINISTRAÇÃO 1,7 0,8 1,7 1,0 0,3 0,37
ALMOXARIFADO 1,7 0,8 0,8 1,0 0,3 0,008
FLORESTAL 1,0 0,8 0,8 1,0 0,3 0,004
LABORATÓRIO
DE NUTRIÇÃO
1,0 0,8 0,8 1,0 0,3 0,004
Como Nd’ > 10
-3 em todos os casos, as estruturas necessitam de um SPDA.
Além disso, a região onde está à fazenda é isolada e mais elevada que as casas
existentes nas proximidades.
57
4.5.2. DIMENSIONAMENTO DO SPDA
Escolhemos o método de Franklin para o dimensionamento do SPDA, pois as
estruturas possuem uma altura abaixo de 20 metros e este será do tipo não isolado, pois
não existem restrições quanto ao uso de hastes nas coberturas dos edifícios.
As edificações da FAL foram classificadas como estruturas comuns do tipo
fazenda, se enquadrando no nível III de proteção (tabela D.6), pois existe o risco direto
de incêndios.
Com as informações acima, e com o auxílio da tabela 2.1 obtemos o cone de
proteção pelo raio Rp dado pela equação 7 e o número de condutores de descida N (eq.
8). A altura Hc é a soma da altura do prédio1 mais a haste de suporte do captor. Os
resultados para os prédios estão abaixo:
Tabela 4. 29 - Dados para o cálculo do raio do cone de proteção Rp e do número de condutores de descida N
PRÉDIO Hc (m) Rp (m) Tg(θ) Perímetro P
(m)
N
ADMINISTRAÇÃO 10 10 1 158,60 8
ALMOXARIFADO 10 10 1 85,42 5
FLORESTAL 10 10 1 71,68 4
LABORATÓRIO
DE NUTRIÇÃO
10 10 1 82,8 5
A partir do raio do cone de proteção, podemos fazer uma previsão da
quantidade de captores necessários para que cada um dos prédios acima esteja protegido
contra descargas atmosféricas. Inicialmente calcula-se a área do cone de proteção
(aproximadamente 315 m2) e em seguida e a razão entre a área da estrutura pela área do
cone e o valor inteiro mais próximo será a quantidade de captores necessários.
1 A altura dos prédios da FAL não pode ser medida como foi dito anteriormente, na seção 4.6.1. Hc foi
considerada a mesma para todos os prédios e igual a 10 metros.
58
Tabela 4. 30 – Número de captores para cada prédio
PRÉDIO LARGURA W
(m)
COMPRIMENTO L
(m)
ÁREA
DA
ESTRUTURA
(m2)
NÚMERO DE
CAPTORES
ADMINISTRAÇÃO 34,20 45,10 1542,42 5
ALMOXARIFADO 14,75 17,90 264,03 1
FLORESTAL 14,24 21,60 307,60 1
LABORATÓRIO DE
NUTRIÇÃO
9,70 31,70 307,50 1
Cada captor do tipo Franklin deve ser posicionado de forma a cobrir a maior
área possível da estrutura. A quantidade de captores pode acima é apenas uma
estimativa. Em alguns casos pode-se precisar de um número diferente. Por exemplo,
apesar do cálculo para o laboratório de nutrição ter resultado em um captor, será
necessário colocar dois para cobrir o prédio por inteiro. Isso aconteceu devido ao
formato do prédio, que é bem comprido.
Para a instalação dos condutores de descida devem ser observadas as seguintes
regras:
Os condutores de descida serão instalados no exterior dos prédios, com descidas
retilíneas e verticais, de modo a prover o trajeto mais curto e direto para a terra.
Os cabos não podem ter emendas, exceto na interligação entre o condutor de
descida e o condutor de aterramento, onde deverá ser utilizado um conector de
medição.
Deverão ser dispostos de forma a permitir que a corrente percorra diversos
condutores em paralelo e que o comprimento deles seja o menor possível e a
uma distância mínima de 0,3 metros de portas, janelas e outras aberturas e
fixados a cada metro de percurso.
Eles serão distribuídos ao longo do perímetro de cada um dos prédios a proteger
com espaçamentos médios não superiores aos indicados na tabela 2 e
interligados por meio de condutores horizontais, formando anéis, sendo o
primeiro posicionado no máximo a 4 metros acima do nível do solo e os outros a
cada 20 metros de altura.
59
Os cabos de descida devem ser protegidos contra danos mecânicos até, no
mínimo, 2,5 metros acima do nível do solo. A proteção deve ser feita por
eletroduto rígido de PVC ou metálico, sendo que o condutor deve ser conectado
às extremidades superior e inferior do eletroduto.
Cada condutor de descida deve ser provido de uma conexão de medição,
instalada próxima do ponto de ligação ao eletrodo de aterramento. A conexão
deve ser desmontável por meio de ferramenta, para efeito de medições elétricas,
mas deve permanecer normalmente fechada.
Para os eletrodos de aterramento, devem ser seguidas as seguintes
recomendações:
Os eletrodos de aterramento devem ser dispostos em anel ou embutidos nas
fundações da estrutura.
Devem ser instalados externos do volume a proteger, a uma distância da ordem
de 1 metro das fundações da estrutura.
As hastes de aterramento verticais instaladas em paralelo devem ser, quando
possível, uniformemente distribuídas no perímetro da estrutura, espaçadas entre
si por uma distância não inferior ao seu comprimento.
4.6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este capítulo mostra todos os resultados obtidos no projeto das instalações
elétricas, na análise tarifária, e no projeto de um sistema de gerenciamento de energia.
Os resultados apresentados, se colocados em prática, podem melhorar a
eficiência energética da fazenda e a segurança dos prédios, uma vez que as instalações
existentes estão em péssimas condições de manutenção. Também se pode reduzir o
valor da conta de energia com a alteração contratual proposta nesse trabalho.
Sugere-se também a implantação de um sistema de gerenciamento de energia
como um dos meios de se racionalizar o uso da energia.
60
5. CONCLUSÃO
Neste projeto foram criadas as plantas elétricas para os principais prédios da
Fazenda Água Limpa. Fez-se uma análise tarifária para se saber se a alteração do
contrato com a CEB resultaria em vantagens econômicas para a UnB; e foi sugerido um
projeto de um sistema de gerenciamento de energia para a fazenda.
Este trabalho torna-se um ponto de partida na criação de uma documentação
sobre a parte elétrica da fazenda, visto que não existe nada sobre este tema e adequando
elas às normas técnicas (NR-10). Além disso, pode-se utilizar este trabalho como base
para se propor uma alteração contratual com a CEB, mostrando as vantagens de tal
troca.
Os estudos, análises e documentos apresentados podem contribuir muito no
aumento da eficiência energética da FAL. É importante haver a aplicação desse trabalho
de forma a garantir a segurança das pessoas e instalações da fazenda.
Como sugestão fica a implantação do sistema de gerenciamento de energia,
como forma auxiliar na aplicação de medidas que racionalizem o uso dela. Os passos
iniciais para a instalação do sistema foram dados nesse trabalho e a continuação dele
será de grande valia para a fazenda, pois os gastos com energia seriam reduzidos.
Além disso, deve-se continuar este trabalho, projetando-se os sistemas de
aterramento para cada instalação da fazenda, pois é um elemento importante na
segurança das pessoas e preservação do patrimônio da universidade.
61
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANEEL. Resolução n. 456 de 29 de Novembro de 2000. Estabelece, de forma
atualizada e consolidada, as Condições Gerais de Fornecimento de Energia Elétrica.
Relator: José Mário Miranda Abdo. Diário Oficial da República Federativa do Brasil,
Brasília 30 nov. 2000. Sec.1, p. 35, v. 138, n. 230-E.
CCK Automação Ltda. Equipamentos e Sistemas de Gerenciamento de Energia
Elétrica e Utilidades. Disponível em: <http://www.cck.com.br/portugues/index.htm>.
Acesso em: 25 de outubro de 2007.
CEB – Companhia Energética de Brasília. Tarifação. Disponível em:
<http://www.ceb.com.br/CebNovo/Ceb/Ceb/area.cfm?id_area=57&nivel=2>. Acesso
em: 15 de maio de 2008.
ELEKTRO/PIRELLI – Manual de Instalações Elétricas Residenciais, 2003
Fazenda Água Limpa. Disponível em < http://www.unb.br/fal/ > Acessado em
03.06.2008
HADDAD, Jamil; HORTA NOGUEIRA, Luiz Augusto; ISONI, Marcos; RIVETTI
ROCHA, Leonardo Resende; GUIMARÃES MONTEIRO, Marco Aurélio; RIBEIRO
ROCHA, Newton. Disseminação de Informações em Eficiência Energética.
Gerenciamento de Energia Elétrica em Prédios Públicos. Elaborado por
Efficientia/Fupai. Os direitos de impressão deste trabalho são reservados à Eletrobrás,
2004.
Lopes, M. P. (2007). DIAGNÓSTICO ENERGÉTICO DA FAZENDA ÁGUA LIMPA
DA UNB. Trabalho de Conclusão de Curso em Engenharia Elétrica, Departamento de
Engenharia Elétrica, Universidade de Brasília, Brasília, DF, 151 p. 2007b
NISKIER, J. Manual de Instalações Elétricas. Editora LTC: Rio de Janeiro. 4ª Edição.
2000.
OLIVEIRA, L.S. Gestão do Consumo de Energia Elétrica no campus da UnB.
Dissertação de Mestrado em Engenharia Elétrica, Publicação PPGENE.DM-268/06,
62
Departamento de Engenharia Elétrica, Universidade de Brasília, Brasília, DF, 219 p.
2006b.
TÉCNICAS, A. -A. (2004). NBR 5410 – INSTALAÇÕES ELÉTRICAS DE BAIXA
TENSÃO. Rio de Janeiro, RJ, 217 p.
TÉCNICAS, A. -A. (1992). NBR 5413 – ILUMINAÇÃO DE INTERIORES. Rio de
Janeiro, RJ, 13 p.
TÉCNICAS, A. -A. (2000). NBR 5419 - PROTEÇÃO DE ESTRUTURAS CONTRA
DESCARGAS ATMOSFÉRICAS. Rio de Janeiro, RJ, 32 p.
63
ANEXOS
64
A. FIGURAS PARA O PROJETO DE INSTALAÇÕES
ELÉTRICAS
Fonte: Niskier, 2000
Figura A. 1 - Temperaturas admissíveis no condutor, supondo a temperatura ambiente de 30ºC
Fonte: Niskier, 2000
Figura A. 2 - Seção mínima dos condutores
65
Fonte: Niskier, 2000
Figura A. 3 - Temperaturas características dos condutores
Fonte: Niskier, 2000
Figura A. 4 - Fatores de correção para temperaturas ambientes diferentes de 30ºC para cabos não enterrados e de
20ºC (temperatura do solo) para cabos enterrados – k1
66
Fonte: Niskier, 2000
Figura A. 5 - Tipo de linhas elétricas
67
Fonte: Niskier, 2000
Figura A. 6 - Fatores de correção k2 para agrupamento de circuitos ou cabos multipolares, aplicáveis aos valores de
capacidade de condução de corrente
Fonte: Niskier, 2000
Figura A. 7 - Fatores k3 de correção em função do número de eletrodutos ao ar livre
68
Fonte: Niskier, 2000
Figura A. 8 - Capacidades de condução de corrente, em ampères, para os métodos de referência A1, A2, B1, B2, C e
D
69
Fonte: Niskier, 2000
Figura A. 9 - Ocupação máxima dos eletrodutos de aço por condutores isolados com PVC (Tabelas de cabos Pirastic
superantiflam da Pirelli)
Fonte: Niskier, 2000
Figura A. 10 - Número de condutores isolados com PVC, em eletroduto de PVC
70
Fonte: Niskier, 2000
Figura A. 11 - Eletrodutos rígidos de aço
Fonte: Niskier, 2000
Figura A. 12 - Dimensões totais dos condutores isolados
71
Fonte: Niskier, 2000
Figura A. 13 - Seção reduzida do condutor neutro
Fonte: Niskier, 2000
Figura A. 14 - Seção mínima do condutor de proteção
Fonte: Niskier, 2000
Figura A. 15 - Soma dos produtos potências (watt) x distâncias (m). U = 220 volts
72
Fonte: Niskier, 2000
Figura A. 16 – Queda de tensões unitárias. Condutores isolados com PVC (Pirastic Ecoflam e Pirastic-Flex Anitflam)
em eletroduto ou calha fechada.
73
Fonte: Niskier, 2000
Figura A. 17 - Potências nominais típicas de aparelhos eletrodomésticos
Fonte: Niskier, 2000
Figura A. 18 - Valores do fator de potência e do rendimento para equipamentos de uso comum
74
B. FIGURAS E TABELAS PARA O PROJETO DE
ILUMINAÇÃO
Fonte: Niskier, 2000
Figura B. 1 - Fatores de utilização, η, em luminárias Philips
Fonte: Niskier, 2000
Figura B. 2 - Fator de depreciação, d
Fonte: Niskier, 2000
Figura B. 3 - Refletâncias de paredes e tetos
75
Fonte: Niskier, 2000
Figura B. 4 – Tabela de fluxo luminoso das luminárias das marcas Philips, Osram, Syvania e GE
76
Tabela B. 1 - Valores para o prédio da administração
RECINTO
MEDIDAS ILUMINÂNCIA
E (lux)
FATOR
K
FATOR DE
UTILIZAÇÃO
η
FLUXO
LUMINOSO
TOTAL
Φ (lm)
NÚMERO DE
LUMINÁRIAS
(N) C
(m)
L
(m)
S
(m2)
SALA DE AULA 1 6,15 6,90 42,43 300 1,00 0,39 40798,1 9
SALA DE
PROFESSORES 1 6,15 3,90 23,98 200 0,80 0,32 18734,37 4
SALA DE
PROFESSORES 2
3,00 3,90 11,70 200 0,60 0,28 10446,43 2
LAB. DE
AGROCLIMATOLOGIA
3,00 3,90 11,70 200 0,60 0,28 10446,43 2
HIDROCLIMATOLOGIA 3,00 3,90 11,70 200 0,60 0,28 10446,43 2
SECRETARIA 3,10 6,90 21,39 200 0,80 0,32 16710,84 3
DIRETORIA 3,10 6,90 21,39 200 0,80 0,32 16710,84 3
SANITÁRIOS 3,00 3,15 9,44 150 0,60 0,28 6321,43 2
LANCHONETE 3,00 3,15 9,44 200 0,60 0,28 8428,60 2
DESPENSAS 4,15 3,00 12,45 200 0,60 0,28 11971,15 2
COZINHA 6,15 4,15 25,52 200 0,82 0,34 18764,70 4
REFEITÓRIO 6,15 10,10 71,93 150 1,25 0,43 31364,82 6
EQUIP. ÁUDIO VISUAL 3,00 4,30 12,90 150 0,60 0,28 8638,40 2
SALA DE AULA 2 9,00 4,30 38,67 300 1,00 0,39 37182,70 8
ASSISTENCIA PESSOAL 2,90 4,30 12,45 200 0,60 0,28 11116,10 2
FINANCEIROS 2,90 4,30 12,45 200 0,60 0,28 11116,10 2
SALA TÉCNICA 2,87 4,30 12,36 200 0,60 0,28 11035,71 2
CONTABILIDADE 2,87 4,30 12,36 200 0,60 0,28 11035,71 2
CIRCULAÇÃO 1 9,60 1,50 14,40 100 0,60 0,28 6428,60 2
CIRCULAÇÃO 2 16,30 1,50 42,00 100 0,80 0,34 15441,18 3
77
Cont. Tabela B.1
RECINTO
MEDIDAS ILUMINÂNCIA
E (lux)
FATOR
K
FATOR DE
UTILIZAÇÃO
η
FLUXO
LUMINOSO
TOTAL
Φ (lm)
NÚMERO DE
LUMINÁRIAS
(N) C
(m)
L
(m)
S
(m2)
SALA DE
AULA 1 6,15 6,90 42,43 300 1,00 0,39 40798,1 9
CIRCULAÇÃO
5 6,55 1,50 9,825 100 0,60 0,28 4386,16 1
VARANDA 1 12,60 2,00 25,20 100 0,60 0,28 11250 3
VARANDA 2 12,60 2,00 25,20 100 0,60 0,28 11250 3
Tabela B. 2 – Posicionamento das luminárias nas salas dos prédios da administração
RECINTO POSICIONAMENTO (m)
A B D1 D2
SALA DE AULA 1
2,05 2,30 1,02 1,15
SALA DE PROFESSORES 1
3,07 1,95 1,54 0,97
SALA DE PROFESSORES 2
1,50 1,95 1,50 0,97
LAB. DE
AGROCLIMATOLOGIA
1,50 1,95 1,50 0,97
HIDROCLIMATOLOGIA
1,50 1,95 1,50 0,97
SECRETARIA
1,55 2,30 1,55 1,15
DIRETORIA
1,55 2,30 1,55 1,15
SANITÁRIOS
1,50 1,60 1,50 0,80
LANCHONETE
1,50 1,60 1,50 0,80
78
Cont. Tabela B.2
RECINTO POSICIONAMENTO (m)
A B D1 D2
FINANCEIROS
1,50 2,07 1,50 1,04
COZINHA
3,07 2,08 1,54 1,04
REFEITÓRIO
3,07 3,37 1,54 1,68
EQUIP. ÁUDIO VISUAL
1,50 2,15 1,50 1,07
SALA DE AULA 2
2,25 2,15 1,12 1,07
ASSISTENCIA PESSOAL
1,45 2,15 1,45 1,07
SALA TÉCNICA
1,43 2,15 1,43 1,07
CONTABILIDADE
1,43 2,15 1,43 1,07
CIRCULAÇÃO 1
4,80 0,75 2,40 0,75
CIRCULAÇÃO 2
5,43 0,75 2,72 0,75
CIRCULAÇÃO 3
1,50 2,15 1,50 2,15
CIRCULAÇÃO 4
1,65 3,46 2,72 1,73
CIRCULAÇÃO 5
3,27 0,75 3,27 0,75
VARANDA 1
4,20 0,50 2,10 1,00
VARANDA 2
4,20 0,50 2,10 1,00
79
Tabela B. 3 - Dados para o prédio do almoxarifado
RECINTO MEDIDAS ILUMINÂNCIA
E (lux)
FATOR
K
FATOR DE
UTILIZAÇÃO
η
FLUXO
LUMINOSO
TOTAL
Φ (lm)
NÚMERO DE
LUMINÁRIAS
(N)
POSICIONAMENTO (m)
C
(m)
L
(m)
S
(m2)
A B D1 D2
DEPÓSITO DE
ADUBOS
12,6 7,05 89,18 150 1,50 0,46 36350,54 8 3,16 3,52 1,76 1,58
DEPÓSITO DE
FERRAMENTAS
3,00 5,40 12,80 150 0,60 0,28 8571,43 2 1,50 2,70 1,50 1,35
ALMOXARIFADO
5,40 6,15 33,21 150 1,00 0,39 15966,35 3 2,70 2,05 2,70 1,02
SANITÁRIOS 1,47 2,25 3,31 150 0,60 0,28 2955,36 1 0,74 1,12 0,74 1,12
Tabela B. 4 - Dados para o prédio do laboratório de nutrição
RECINTO MEDIDAS ILUMINÂNCI
A E (lux)
FATOR
K
FATOR DE
UTILIZAÇÃO
η
FLUXO
LUMINOSO
TOTAL
Φ (lm)
NÚMERO DE
LUMINÁRIAS
(N)
POSICIONAMENTO (m)
C
(m)
L
(m)
S
(m2)
A B D1 D2
SALA DE
DESCANSO
5,53 3,03 16,7 150 0,60 0,28 11203,12 3 1,84 1,51 0,92 1,51
SALA DA
CAPELA
3,45 3,30 11,4 200 0,60 0,28 10160,71 2 1,72 1,65 0,86 1,65
DEPÓSITO
4,60 3,40 15,6 150 0,60 0,28 10473,21 3 1,53 1,70 0,56 1,70
LAB. DE
REPRODUÇÃO
4,75 3,30 13,5 200 0,60 0,28 12098,21 3 1,58 1,65 0,80 1,65
SALA DA
BALANÇA
3,30 2,85 9,40 200 0,60 0,28 8392,86 2 1,65 1,42 0,82 1,42
LAB. DE
ESPECTOMET
RIA
3,30 2,95 9,73 200 0,60 0,28 8687,50 2 1,65 1,47 0,82 1,47
SALA DE
VERDURAS
3,30 2,70 8,91 200 0,60 0,28 7955,36 2 1,65 1,35 0,82 1,35
80
LAVATÓRIO
3,40 2,95 10,0 150 0,60 0,28 6716,52 2 1,70 1,47 0,85 1,47
DEGEST.
ANIMAL
12,1 9,30 113 200 2,00 0,51 55161,76 12 4,03 3,10 2,02 1,55
COZINHA
6,15 2,90 17,8 200 0,60 0,28 15919,64 4 1,54 1,45 0,77 1,45
APOIO
3,00 2,90 8,70 150 0,60 0,28 5825,89 2 1,50 1,45 0,75 1,45
VIGILÂNCIA
5,53 3,02 16,7 150 0,80 0,34 9226,103 2 2,76 1,51 1,38 1,51
CIRCULAÇÃO
7,00 1,45 10,1 100 0,60 0,28 4531,25 1 3,50 0,72 3,50 0,72
SANITÁRIO
MASCULINO
1,92 1,95 3,75 150 0,60 0,28 2513,84 1 0,96 0,97 0,96 0,97
SANIT. FEM.
(CORREDOR)
2,07 0,85 1,76 150 0,60 0,28 1181,25 1 1,04 0,42 1,04 0,42
SANITÁRIO
FEMININO
2,95 1,92 5,68 150 0,60 0,28 3803,57 1 1,47 0,96 1,47 0,96
Tabela B. 5 - Dados para o prédio da florestal
RECINTO
MEDIDAS
ILUMINÂNCIA E
(lux)
FATOR
K
FATOR DE
UTILIZAÇÃO
η
FLUXO
LUMINO
SO
TOTAL
Φ (lm)
NO DE
LUMINÁRIA
S (N)
POSICIONAMENTO (m)
C
(m)
L
(m)
S
(m2) A B D1 D2
GALPÃO
11,1 7,50 83,2 300 1,50 0,46 67066,85 15 2,22 2,50 1,11 1,25
SANITÁRIO
1,80 1,00 1,80 150 0,60 0,28 1205,36 1 0,90 0,50 0,90 0,50
SALA
7,50 2,05 15,4 200 0,60 0,28 13723,21 2 3,75 1,02 1,87 1,02
SALA DE
ESTERILIZ
AÇÃO
6,35 3,05 19,4 200 0,80 0,34 14235,30 3 2,12 1,52 1,06 1,52
81
C. QUADRO DE CARGAS
C1. ADMINISTRAÇÃO
Tabela C. 1 - Quadro de cargas dos prédios da administração
Circuito
Tensão (V) Local
Potência In
(A)
Disjuntor
(A) N0 Tipo Quant. x
Pot.(W) Fp
Quant. x
Pot.(VA)
Total
(VA)
1 Ilum. 220
Salas de aula 1
/ Lab.
Agroclimatolo
gia /
Hidroclimatol
ogia / Sala de
Professor 1 /
Sala de
Professor 2 /
Sanitários /
Lanchonete /
Varanda1 /
Circulação 1
33x64 1 33x64 2112 9,60 20
2 Ilum. 220
Sala de aula 1
/ Secretaria /
Diretoria /
Varanda 2
18x64 1 18x64 1152 5,24 10
3 TUE 220 Sala de
Professor 1 1x1500 0.95 1x1579 1579 7,18 10
4 Ilum. 220 Circulaçaõ 2,
3 e 4 7x64 1 7x64 448 2,10 6
5 Ilum. 220
Refeitorio /
Cozinha /
Circulação 5 /
Despensa /
Equip. Áudio
Visuais /
17x64 1 17x64 1088 4,94 6
6 Ilum. 220
Salas de aula 2
/ Sala Técnica
/ Assistência
Pessoal /
Financeiros /
Contabilidade
24x64 1 24x64 1536 6,98 10
7 TUGs 220
Salas de aula 1
/ Sala de
Professor 1 /
Sala de
Professor 2 /
Sanitários /
Lanchonete /
Varanda1 /
Circulação 1 /
Secretaria /
Diretoria /
Varanda 2
- - 33x100 3300 15,00 20
82
Cont. Tabela C.1
C2. ALMOXARIFADO
Tabela C. 2 - Quadro de cargas do prédio do almoxarifado
8 TUGs 220
Lab.
Agroclimatolo
gia /
Hidroclimatol
ogia / Sala de
aula 1 /
Secretaria /
Diretoria /
Varanda 2
- - 34x100 3400 15,46 20
9 TUGs 220
Despensa /
Cozinha /
Refeitório /
Equip. Audio
Visuais / Salas
de Aula 2 /
Financeiros /
Assistência
pessoal / Sala
Técnica /
Contabilidade
/ Circulação 2
- - 39x100 3900 17,73 20
10 TUEs 220 Sala de
professor 2 1x1500 0.95 1x1579 1579 7,18 10
11 TUEs 220
Lab.
Agroclimatolo
gia
1x1500 0.95 1x1579 1579 7,18 10
12 TUEs 220 Hidroclimatol
ogia 1x1500 0.95 1x1579 1579 7,18 10
13 TUEs 220 Secretaria 1x1500 0.95 1x1579 1579 7,18 10
14 TUEs 220 Diretoria 1x1500 0.95 1x1579 1579 7,18 10
15 TUEs 220 Cozinha 1x1750 1 1x1750 1750 7,95 10
16 TUEs 220 Cozinha 1x1750 1 1x1750 1750 7,95 10
17 TUEs 220 Cozinha 1x3500 1 1x3500 3500 15,91 20
TOTAL 33810
Circuito
Tensão (V) Local
Potência In
(A)
Disjuntor
(A) N0 Tipo Quant. x
Pot.(W) Fp
Quant. x
Pot.(VA)
Total
(VA)
1 Ilum. 220
Depósito de
adubo / Depósito
de ferramentas /
Almoxarifado /
Sanitários /
Circulação
16x64 1 16x64 1024 4.66 6
2 TUE 220 Sanitário Feminino 1x5400 1 1x5400 5400 25 30
83
Cont. Tabela C.2
C3. LABORATÓRIO DE NUTRIÇÃO
Tabela C. 3 - Quadro de cargas do laboratório de nutrição
3 TUE 220 Sanitário Masculino 1x5400 1 1x5400 5400 25 30
4 TUGs 220
Depósito de
ferramentas /
Almoxarifado /
Sanitários
- - 10x100
1x300 1300 5.91 10
Circuito
Tensão (V) Local
Potência In
(A)
Disjuntor
(A) N0 Tipo Quant. x
Pot.(W) Fp
Quant. x
Pot.(VA)
Total
(VA)
1 Ilum. 220
Degestibilidad
e Animal /
Apoio / Sala
de Descanso /
Sanitários /
Cozinha /
Vigilância
21x64 1 21x64 1344 6,11 10
2 Ilum. 220
Sala da capela
/ Sala da
Balança / Sala
de Verduras /
Lavatório /
Depósito /
Circulação /
Laboratório de
espectometria
/ Laboratóri de
Reprodução
16x64 1 16x64 1024 4,70 6
3 TUE 220 Degestibilidad
e animal 1x5000 1 1x5000 5000 23,00 30
4 TUE 220 Degestibilidad
e animal 1x5000 1 1x5000 5000 23,00 30
5 TUE 220 Degestibilidad
e animal 1x5000 1 1x5000 5000 23,00 30
6 TUE 220 Degestibilidad
e animal 1x5000 1 1x5000 5000 23,00 30
7 TUE 220 Sanitário
Masculino 1x5400 1 1x5400 5400 25,00 30
8 TUE 220 Sanitário
Feminino 1x5400 1 1x5400 5400 25,00 30
9 TUGs 220
Cozinha /
Vigilância /
Sala de
descanso
- - 15x100 1500 7,00 10
10 TUGs 220 Degestibilidad
e Animal - - 20x100 2000 9,10 10
84
Cont. Tabela C.3
C4. PRÉDIO DA FLORESTAL
Tabela C. 4 - Quadro de cargas do prédio da florestal
11 TUEs 220 Degestibilidad
e Animal 1x1500 0.95 1x1579 1579 7,18 10
12 TUEs 220 Degestibilidad
e Animal 1x1500 0.95 1x1579 1579 7,18 10
13 TUGs 220
Cozinha /
Vigilância /
Sala de
descanso
- - 17x100 1700 8,00 10
Circuito
Tensão (V) Local
Potência In
(A)
Disjuntor
(A) N0 Tipo Quant. x
Pot.(W) Fp
Quant. x
Pot.(VA)
Total
(VA)
1 Ilum. 220
Galpão / Lab. de
sementes / Sala de
esterilização / Sanitário
/ Sala
25x64 1 25x64 1600 7,30 10
2 TUG 220
Galpão / Lab. de
sementes / Sala de
esterilização / Sanitário
/ Sala
- - 11x100 1100 5,00 6
85
D. FIGURAS PARA O SPDA
Fonte: NBR 5419, 2000
Figura D. 1 – Mapa de curvas isocerâunicas – Brasil
86
Tabela D. 1 - Fator A: Tipo de ocupação da estrutura
Tipo de ocupação Fator A
Casas e outras estruturas de porte equivalente 0,3
Casas e outras estruturas de porte equivalente com
antena externa1) 0,7
Fábricas, oficinas e laboratórios 1,0
Edifícios de escritórios, hotéis e apartamentos, e outros
edifícios residenciais não incluídos abaixo 1,2
Locais de afluência de público (por exemplo: igrejas,
pavilhões, teatros, museus, exposições, lojas de
departamento, correios, estações e aeroportos, estádios
de esportes)
1,3
Escolas, hospitais, creches e outras instituições,
estruturas de múltiplas atividade 1,7
1)Para requisitos para instalação de antenas, ver anexo A
Fonte: NBR 5419, 2000
Tabela D. 2 - Fator B: Tipo de construção da estrutura
Tipo de ocupação Fator B
Estrutura de aço revestida, com cobertura não-metálica 1)
0,2
Estrutura de concreto armado, com cobertura não-
metálica 0,4
Estrutura de aço revestida, ou de concreto armado, com
cobertura metálica 0,8
Estrutura de alvenaria ou concreto simples, com
qualquer cobertura, exceto metálica ou de palha 1,0
Estrutura de madeira, ou revestida de madeira, com
qualquer cobertura, exceto metálica ou de palha 1,4
Estrutura de madeira, alvenaria ou concreto simples,
com cobertura metálica 1,7
Qualquer estrutura com teto de palha 2,0 1)Estruturas de metal aparente que sejam continuas até o nível do solo estão excluídas desta tabela, porque requerem
apenas um subsistema de aterramento
Fonte: NBR 5419, 2000
Tabela D. 3 - Fator C: Conteúdo da estrutura e efeitos indiretos das descargas atmosféricas
Conteúdo da estrutura e efeitos indiretos Fator C
Residências comuns, edifícios de escritórios, fábricas e
oficinas que não contenham objetos de valor ou
particularmente suscetíveis a danos
0,3
Estruturas industriais e agrícolas contendo objetos
particularmente suscetíveis a danos1) 0,8
Subestações de energia elétrica, usinas de gás, centrais
telefônicas, estações de rádio 1,0
Indústrias estratégicas, monumentos antigos e prédios
históricos, museus, galerias de arte e outras estruturas
com objetos de valor especial
1,3
Escolas, hospitais, creches e outras instituições, locais
de afluência de público
1,7
1)Instalação de alto valor ou materiais vulneráveis a incêndios e às suas conseqüências
Fonte: NBR 5419, 2000
87
Tabela D. 4 - Fator D: Localização da estrutura
Localização Fator D
Estrutura localizada em uma grande área contendo estruturas ou árvores da
mesma altura ou mais altas 0,4
Estrutura localizada em uma área contendo poucas estruturas ou árvores de
altura similar 1,0
Estrutura completamente isolada, ou que ultrapassa, no mínimo, duas vezes
a altura de estruturas ou árvores próximas 2,0
Fonte: NBR 5419, 2000
Tabela D. 5 - Fator E: Topografia da região
Topografia Fator E
Planície 0,3
Elevações moderadas, colinas 1,0
Montanhas entre 300 m e 800 m 1,3
Montanhas acima de 800 m 1,7
Fonte: NBR 5419, 2000
Tabela D. 6 - Exemplos de classificação de estruturas
Classificação da estrutura Tipo da estrutura Efeitos das descaras atmosféricas Nível de proteção
Estruturas comuns1)
Residência
Perfuração da isolação de
instalações elétricas, incêndio e
danos materiais.
Danos normalmente limitados a
objetos no ponto de impacto ou no
caminho do raio
III
Fazendas, estabelecimentos
agropecuários
Risco direto de incêndio e tensões
de passo perigosas.
Risco indireto devido à
interrupção de energia e risco de
morte para animais devido à perda
de controles eletrônicos,
ventilação, suprimento de
alimentação e outros
III ou IV 2)
Teatros, escolas, lojas de
departamento, áreas esportivas e
igrejas
Danos às instalações elétricas e
possibilidade de pânico
Falha do sistema de alarme contra
incêndio, causando atraso no
socorro
II
Bancos, companhias de seguro,
companhias comerciais, e outros
Como acima, além de efeitos
indiretos com a perda de
comunicações, falha nos
computadores e perda de dados
II
Hospitais, casa de repouso,
prisões
Como para escolas, além de
efeitos indiretos para pessoas em
tratamento intensivo e dificuldade
de resgate de pessoas imobilizadas
II
Indústrias
Efeitos indiretos conforme o
conteúdo das estruturas, variando
de danos pequenos a prejuízos
inaceitáveis e perda de produção
III
Museus, locais arqueológicos Perda de patrimônio cultural
insubstituível II
Estrutura com risco confinado
Estações de telecomunicação,
usinas elétricas
Indústrias
Interrupção inaceitável de
serviços públicos por breve ou
longo período de tempo.
Risco indireto para as imediações
devido a incêndios, e outros com
risco de incêndio
I
Estruturas com risco para os
arredores
Refinarias, postos de combustível,
fábricas de fogos, fábricas de
munição
Risco de incêndio e explosão para
a instalação e seus arredores I
Estruturas com risco para o meio
ambiente
Indústrias químicas, usinas
nucleares, laboratórios
bioquímicos
Risco de incêndio e falhas de
operação, com conseqüências
perigosas para o local e para o
meio ambiente
I
1)ETI (equipamento de tecnologia da informação) podem ser instalados em todos os tipos de estruturas, inclusive estruturas comuns. É impraticável a
proteção total contra danos causados pelos raios dentro destas estruturas, não obstante, devem ser tomadas medidas (conforme NBR 5410) de modo a
limitar os prejuízos a níveis aceitáveis 2)Estruturas de madeira: nível III; estruturas nível IV. Estruturas contendo produtos agrícolas potencialmente combustíveis, sujeitos a explosão são
considerados com risco para os arredores
Fonte: NBR 5419, 2000
88
E. TABELAS DO CONSUMO DA FAL
Tabela E. 1 – Consumo da FAL como consumido convencional
Tabela E. 2 - Consumo estimado da FAL com consumidor horo-sazonal, tarifa azul no período seco
Tabela E. 3 - Consumo estimado da FAL com consumidor horo-sazonal, tarifa verde no período seco
Tabela E. 4 - Consumo estimado da FAL com consumidor horo-sazonal, tarifa azul no período úmido
MÊS CONSUMO CUSTO
08/2007 21.000,00 7.813,76
09/2007 18.000,00 8.520,68
10/2007 17.640,00 6.514,64
11/2007 18.000,00 6.412,49
12/2007 15.120,00 6.567,48
01/2008 10.080,00 4.517,26
02/2008 14.640,00 5.150,12
03/2008 15.000,00 5.445,53
Média 16.185,00 6.367,75
TARIFA CONVENCIONAL
MÊS PONTA CUSTO FORA PONTA CUSTO PONTA CUSTO FORA PONTA CUSTO CUSTO TOTAL
08/2007 2.949,74 910,36 17.933,34 3.426,35 65,00 2.375,61 30,00 295,77 7.008,10
09/2007 2.954,17 911,72 17.906,92 3.421,31 65,00 2.375,61 30,00 295,77 7.004,42
10/2007 2.996,82 924,89 17.988,09 3.436,82 65,00 2.375,61 30,00 295,77 7.033,09
11/2007 2.972,68 917,44 17.956,02 3.430,69 65,00 2.375,61 30,00 295,77 7.019,51
12/2007 2.995,82 924,58 15.902,95 3.038,43 65,00 2.375,61 30,00 295,77 6.634,39
01/2008 2.923,10 902,13 9.954,89 1.901,99 65,00 2.375,61 30,00 295,77 5.475,51
02/2008 2.938,33 906,84 10.928,74 2.088,05 65,00 2.375,61 30,00 295,77 5.666,27
03/2008 2.906,96 897,16 13.958,49 2.666,92 65,00 2.375,61 30,00 295,77 6.235,46
Média 6.509,59
CONSUMO DEMANDA
HORO-SAZONAL AZUL
MÊS PONTA CUSTO FORA PONTA CUSTO CUSTO CUSTO TOTAL
08/2007 2.949,74 2.678,21 17.933,34 3.426,35 65 640,85 6.745,41
09/2007 2.954,17 2.682,23 17.906,92 3.421,31 65 640,85 6.744,38
10/2007 2.996,82 2.720,96 17.988,09 3.436,82 65 640,85 6.798,62
11/2007 2.972,68 2.699,03 17.956,02 3.430,69 65 640,85 6.770,57
12/2007 2.995,82 2.720,05 15.902,95 3.038,43 65 640,85 6.399,32
01/2008 2.923,10 2.654,02 9.954,89 1.901,99 65 640,85 5.196,85
02/2008 2.938,33 2.667,85 10.928,74 2.088,05 65 640,85 5.396,74
03/2008 2.906,96 2.639,37 13.958,49 2.666,92 65 640,85 5.947,13
Média 6.179,09
HORO-SAZONAL VERDE
CONSUMO DEMANDA
MÊS PONTA CUSTO FORA PONTA CUSTO PONTA CUSTO FORA PONTA CUSTO CUSTO TOTAL
08/2007 2.949,74 822,31 17.933,34 3.116,04 65,00 2.375,61 30,00 295,77 6.609,73
09/2007 2.954,17 823,54 17.906,92 3.111,45 65,00 2.375,61 30,00 295,77 6.606,38
10/2007 2.996,82 835,43 17.988,09 3.125,55 65,00 2.375,61 30,00 295,77 6.632,37
11/2007 2.972,68 828,70 17.956,02 3.119,98 65,00 2.375,61 30,00 295,77 6.620,07
12/2007 2.995,82 835,15 15.902,95 2.763,25 65,00 2.375,61 30,00 295,77 6.269,78
01/2008 2.923,10 814,88 9.954,89 1.729,73 65,00 2.375,61 30,00 295,77 5.215,99
02/2008 2.938,33 819,12 10.928,74 1.898,94 65,00 2.375,61 30,00 295,77 5.389,45
03/2008 2.906,96 810,38 13.958,49 2.425,38 65,00 2.375,61 30,00 295,77 5.907,15
Média 6.156,37
HORO-SAZONAL AZUL
DEMANDACONSUMO
89
Tabela E. 5 - Consumo estimado da FAL com consumidor horo-sazonal, tarifa verde no período úmido
Tabela E. 6 - Consumo da FAL no dia 20/05/2008 (terça-feira)
Hora Consumo (kWh) Demanda Instantânea Consumo reativo
08h00min 01534 00.390 00674
09h00min 01534 00.390 00674
10h00min 01534 00.390 00674
11h00min 01534 00.390 00674
12h00min 01535 00.390 00674
13h00min 01535 00.390 00674
14h00min 01535 00.390 00674
15h00min 01535 00.390 00674
16h00min 01535 00.390 00674
17h00min 01536 00.390 00674
18h00min 01536 00.390 00674
19h00min 01536 00.390 00674
Tabela E. 7 - Consumo da FAL no dia 21/05/2008 (quarta-feira)
Hora Consumo (kWh) Demanda Instantânea Consumo reativo
08h00min 01539 00.390 00674
09h00min 01539 00.390 00674
10h00min 01539 00.390 00674
11h00min 01539 00.390 00674
12h00min 01540 00.390 00674
13h00min 01540 00.390 00674
14h00min 01540 00.390 00674
15h00min 01540 00.390 00674
16h00min 01540 00.390 00674
17h00min 01541 00.390 00674
18h00min 01541 00.390 00674
19h00min 01541 00.390 00674
CONSUMO DEMANDA
MÊS PONTA CUSTO FORA PONTA CUSTO CUSTO CUSTO TOTAL
08/2007 2.949,74 2.590,16 17.933,34 3.116,04 65 640,85 6.347,05
09/2007 2.954,17 2.594,04 17.906,92 3.111,45 65 640,85 6.346,34
10/2007 2.996,82 2.631,50 17.988,09 3.125,55 65 640,85 6.397,90
11/2007 2.972,68 2.610,30 17.956,02 3.119,98 65 640,85 6.371,12
12/2007 2.995,82 2.630,62 15.902,95 2.763,25 65 640,85 6.034,71
01/2008 2.923,10 2.566,76 9.954,89 1.729,73 65 640,85 4.937,34
02/2008 2.938,33 2.580,13 10.928,74 1.898,94 65 640,85 5.119,92
03/2008 2.906,96 2.552,59 13.958,49 2.425,38 65 640,85 5.618,82
Média 5.832,31
HORO-SAZONAL VERDE