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SOCIEDADE EDUCACIONAL DE SANTA CATARINA
INSTITUTO SUPERIOR TUPY IST
TECNOLOGIA EM PROCESSOS GERENCIAIS TPG
TPM (TOTAL PRODUCTIVE MAINTENANCE) UMA SOLUO PARA A
REDUO DE PARADAS DE MQUINAS E NOS CUSTOS DA FBRICA
Porto Alegre/ RS Novembro/2013
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ETHIELE NASCIMENTO CRISTIANO - 113006745
JEFERSON FERREIRA SANTOS 112004626
ANTONIO CARVALHO COSTA NETO - 113006145
TPM (TOTAL PRODUCTIVE MAINTENANCE) UMA SOLUO PARA A
REDUO DE PARADAS DE MQUINAS E NOS CUSTOS DA FBRICA
Projeto Integrador de Manufatura, orientado pela Professora Ktia Cristina Reimer Siedschlag, do Curso de Tecnologia em Processos Gerenciais, submetido ao Instituto Superior Tupy, para obteno de nota final na disciplina de Projeto Integrador Manufatura.
Porto Alegre/ RS Novembro/2013
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SUMRIO
1. INTRODUO ..................................................................................................... 3
2.1 A ORIGEM DA CONTABILIDADE DE CUSTOS .......................................................................... 4
2.2 CONTABILIDADE DE CUSTOS ................................................................................................... 4
2.3 OBJETIVOS DA APURAO DE CUSTO: .................................................................................. 5
2.4 CLASSIFICAO DE CUSTOS:................................................................................................... 5
2.5 FORMAAO DE PREOS .......................................................................................................... 6
3 CONCEITOS DE PLANEJAMENTO E CONTROLE DE PRODUO ................... 6
3.1 SISTEMA EMPURRADO DE PRODUO .................................................................................. 6
4 TPM - TOTAL PRODUCTIVE MAINTENANCE ....................................................... 7
4.1 SURGIMENTO DO TPM ............................................................................................................... 8
4.2 CONCEITOS DO TPM .................................................................................................................. 9
4.2.1 Objetivo do TPM ................................................................................................................... 11
4.2.2 Os Oito Pilares do TPM ........................................................................................................ 11
5 QUALIDADE DO PRODUTO ................................................................................. 13
6 DESENVOLVIMENTO ........................................................................................... 14
6.1 APRESENTAO DA EMPRESA ............................................................................................. 14
6.1.2 Processo de fabricao da rvore de Natal ......................................................................... 15
6.1.3 Gastos gerais de fabricao ................................................................................................. 16
6.1.4 Formao de preos na fbrica Berlink ............................................................................... 16
6.1.5 Problemas encontrados na produo da Berlink ................................................................. 16
7. PROPOSTA DE MELHORIAS E IMPLANTAO DO TPM ................................ 16
8. CONSIDERAES ............................................................................................... 18
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ......................................................................... 19
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1. INTRODUO
Com um dos maiores e mais dinmicos mercados internos do mundo, o
crescimento das indstrias e a alta competitividade as empresas precisam sempre
estar buscando o seu aperfeioamento para manterem-se no mercado.
Nessa busca por reconhecimento, as empresas e indstrias precisam se
adaptar as mudanas que surgem a cada momento. A empresa precisa que sua
equipe trabalhe em conjunto para conseguir manter a conexo do produto com a
qualidade, a produo com baixo custo e o planejamento para entregar no prazo e
manter seu estoque enxuto, assim ganhando a confiana do cliente.
Na empresa a seguir iremos descrever como feita sua administrao.
A Fbrica Berlink foi fundada em 2010, trabalha com a fabricao de artigos
Natalinos. Conta com maquinrio especializado para a sua produo e funcionrios
treinados para exercerem as funes determinadas.
No processo da produo h um rigoroso controle de qualidade, toda equipe
trabalha em conjunto para atender as necessidades da organizao. A empresa
segue o conceito do TPM (Total Productive Maintenance), motivando os funcionrios
a exercerem a qualidade total, onde cada um cuida do seu prprio equipamento
melhorando continuamente, e promovendo uma vontade constante de fazer o
trabalho certo da primeira vez.
A empresa visa o seu crescimento continuo e sustentvel. A produo conta
com custos baixos e isso possibilita preos mais acessveis, aumentando a
competitividade do produto no mercado. Preo baixo atrai clientes e, como
consequncia, que atrai lucratividade para a empresa, assim a empresa investe em
melhorias para a sua produo.
Sua produo guiada pelo Planejamento e Controle de Produo, onde h
um controle de material em estoque, emitindo somente quando necessrias ordens
de compra e produo de acordo com a demanda solicitada. Tambm podemos
dizer que a Fbrica Berlink segue uma produo empurrada, onde primeiramente
recebem o pedido dos clientes e aps enviam para a produo onde ser fabricada.
Assim a produo torna-se rpida, e a entrega torna-se decisiva para a
conquista de clientes e mercado.
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2. FUNDAMENTAO TERICA
2.1 A ORIGEM DA CONTABILIDADE DE CUSTOS
A contabilidade de custos surgiu com o aparecimento das empresas
industriais (Revoluo Industrial) tendo por objetivo calcular os custos dos produtos
fabricados e vendidos.
Antes da Revoluo Industrial os custos das Mercadorias Vendidas eram
apurados pelos estoques finais de cada perodo (que eram formados basicamente
por mercadorias). Isso se devia ao fato de que o trabalho era artesanal e suas peas
eram vendidas em praas publicas. Assim no havia necessidade de um controle de
custos de fabricao.
Com a Revoluo Industrial a contabilidade de custos sofreu uma evoluo
considervel. Passou a ser compostos por diversos itens como matrias-primas,
produtos em elaborao e produtos acabados.
Em vistas destas peculiaridades, foi, ento, necessrio definir novos mtodos, para
apurar o valor dos estoques e expandir seu campo de atuao.
2.2 CONTABILIDADE DE CUSTOS
A contabilidade de custos uma tcnica utilizada para identificao e
mensurao dos custos dos produtos em todo o processo produtivo, aquisio de
mercadorias para revenda e custos para prestao de servios, alm de uma forma
para proporcionar seu controle.
..a principio a contabilidade de custos, derivada da contabilidade financeira e da contabilidade geral,
foi concebida como um instrumento para resoluo dos problemas da mensurao monetria dos
estoques e do resultado das organizaes, no sendo, num primeiro momento, utilizada como
ferramenta gerencial de administrao.
Custos So gastos relativos a um bem ou servio utilizado na produo de outros bens ou
servios. (Eliseu Martins)...
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importante observarmos que h um mecanismo interativo entre essas
condies operacionais, pois o custo tambm um gasto.
So gastos, no investimentos, necessrios para fabricar os produtos da empresa. So os
gastos efetuados pela empresa que faro nascerem os seus produtos. Portanto, podemos dizer que
os custos so gastos relacionados aos produtos, posteriormente ativados quando os produtos
objetivos gastos forem gerados. De modo geral, so os gastos ligados rea industrial da empresa.
(Clvis Luis Padoveze).
2.3 OBJETIVOS DA APURAO DE CUSTO:
A gesto de custos em como objetivos principais:
Apurao do custo dos produtos e dos departamentos.
Atendimentos as exigncias fiscais.
Controle de custos de produo.
Melhoria e eficincia de processos e eliminao de desperdcios.
Auxilio na tomada de decises gerenciais.
Otimizao e eficcia de resultados.
2.4 CLASSIFICAO DE CUSTOS:
Os custos precisam ser classificados para atender as diversas finalidades
para qual so apurados.
Custos diretos: apropriao dos custos ao produto se d pelo que efetivamente ele
consumiu.
Ex: Matria prima pelo que efetivamente consumiu e Mo de obra direta pelas horas
de trabalho.
Custos indiretos: a apropriao de um custo ao produto ocorre por rateio, que
faz que essa apropriao seja descaracterizada como direta.
Custos fixos: so aqueles decorrentes da estrutura produtiva instalada na empresa,
independente da quantidade produzida e do limite da capacidade instalada.
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2.5 FORMAAO DE PREOS
A empresa utiliza o mtodo de elaborao de seus preos dependendo da
cultura organizacional, da concorrncia, do mercado, da tecnologia e da
remunerao do capital investidos.
Fixa-se o preo mais apropriado com condies diferenciadas para atender a todos.
3 CONCEITOS DE PLANEJAMENTO E CONTROLE DE PRODUO
Segundo, Chiavenato (2008), para atingir os objetivos e aplicar
adequadamente seus recursos, as empresas no produzem ao acaso. Nem
funcionam de improviso. Elas precisam planejar antecipadamente e controlar de
forma adequada sua produo. Para isso, existe o planejamento e controle de
produo (PCP) que visa aumentar a eficincia e a eficcia da empresa.
O PCP planeja e controla a produo de bens ou mercadorias, cuidando das
matrias-primas necessrias, da quantidade de mo-de-obra, das mquinas e dos
equipamentos e do estoque de produtos acabados disponveis no tempo e no
espao, para a rea de vendas efetuar os pedidos aos clientes.
Ainda citando Chiavenato (2008), o PCP planeja e programa a produo e as
operaes da empresa, bem como as controla adequadamente, para tirar o melhor
proveito possvel em termos de eficincia e eficcia. O PCP monitora e controla o
desempenho da produo em relao ao que foi planejado, corrigindo eventuais
desvios ou erros que possam surgir. O PCP atua antes, durante e depois do
processo produtivo. O antes planejando o processo produtivo, programando
materiais, mquinas, pessoas e estoque. O durante e depois, controlando o
funcionamento do processo produtivo para mant-lo de acordo com o que foi
planejado. Assim, o PCP assegura a obteno da mxima eficincia e eficcia do
processo de produo da empresa.
3.1 SISTEMA EMPURRADO DE PRODUO
Segundo, Bezerra (2013) o precursor dos sistemas empurrados foi Josepf
Orlickym, da International Business Machine (IBM), que desenvolveu, em 1974, as
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tcnicas do planejamento de necessidades de materiais (ou Material Requirements
Planning MRP). Neste tipo de sistema, a produo ocorre com base na previso
da demanda, no incio do processo produtivo, em que a quantidade de produtos
prevista fabricada e colocada disposio dos clientes.
Caractersticas do sistema empurrado:
Instrues de produo oriundas da previso da demanda e processadas por
sistemas que planejam a necessidade de materiais com a antecedncia
necessria ao atendimento da demanda.
Tempos de processamento j previamente conhecidos.
Elevado estoque de itens em processo.
Prazos mais longos de entrega.
O foco nos sistemas empurrados reside na eficincia e maximizao do
processo produtivo, produzindo o mximo possvel ao menor prazo.
4 TPM - TOTAL PRODUCTIVE MAINTENANCE
Assunto principal deste trabalho, o TPM - Total Productive Maintenance ou
ainda Manuteno Produtiva Total, prope a atividade da manuteno produtiva com
a participao de todos os funcionrios da empresa, desde o nvel de presidente, at
o de operrio, mesmo que com envolvimentos diferenciados.
Atividades de pequenos grupos, uma caracterstica peculiar no Japo, tais
como atividades de crculos de controle de qualidade (CCQ), atividades dos grupos
ZD (Zero Defeito) e atividades JK (Jishu Kanri - Controle Autnomo) passaram a ser
amplamente definidas, consolidando a idia de que o servio deve ser
autocontrolado e levando essa mentalidade at o fim, "cada um cuida do seu prprio
equipamento". Em outras palavras, surge a proposta da "manuteno autnoma",
uma das caractersticas do TPM.
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4.1 SURGIMENTO DO TPM
Para Nakajima apud Nogueira(2012), "os Estados Unidos sempre
desempenharam papel de destaque na inovao tecnolgica". No campo da
manuteno das mquinas, os Estados Unidos foram os pioneiros na adoo da
manuteno preventiva (MP), e evoluiu para Manuteno do Sistema de Produo
(MSP), incorporadas a Preveno de Manuteno (PM), alm dos tpicos oriundos
da engenharia de confiabilidade.
O Japo assimilou todos estes conhecimentos, que se cristalizaram como
TPM - Total Productive Maintenance, ou seja, a "Manuteno com a participao de
todos".
Aperfeioado pelo JIPM - "Japan Institute of Plant Maintenance", foi
implementado na indstria japonesa a partir de 1971, na Nippon Denso (pertencente
ao grupo Toyota), e seus conceitos foram trazidos para o Brasil em 1986.
Desde o seu lanamento na dcada de 70, muitas empresas consolidaram o
TPM e o seu reflexo j podendo ser sentido principalmente nos pases do Sudoeste
Asitico, Estados Unidos, Brasil e Frana.
De acordo com Nakajima apud Nogueira(2008), a evoluo do sistema de
Manuteno, no Japo, se processou em 4 fases distintas:
Estgio 1 - Manuteno Corretiva
Estgio 2 - Manuteno Preventiva
Estgio 3 - Manuteno do Sistema de Produo
Estgio 4 -TPM
TPM engloba tambm as tcnicas de Manuteno Preditiva, ou seja, o uso de
ferramentas que possibilitam diagnstico preliminar das mquinas e equipamentos.
Segundo Hamrick apud Guelbert (2009), a Manuteno Produtiva Total (TPM)
foi concebida primeiro nos Estados Unidos, mas aperfeioada no Japo. O TPM
dirigiu sua ateno para a reduo de custos do equipamento no seu ciclo de vida,
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combinando manuteno preventiva com melhorias sustentveis e projeto de
manuteno preventiva. O TPM significa uma manuteno autnoma da produo
que tenta otimizar a habilidade do operador e o conhecimento do seu prprio
equipamento para aumentar ao mximo a sua eficincia de operao. Ele
estabelece um esquema de limpeza e manuteno preventiva para prolongar a vida
til do equipamento. Procura, tambm, envolver todos os funcionrios, desde a alta
administrao at membros das equipes individuais que participam do sistema.
4.2 CONCEITOS DO TPM
Segundo Tavares, o conceito bsico do TPM a reformulao e a melhoria
da estrutura empresarial a partir da restruturao e melhoria das pessoas e dos
equipamentos, com envolvimento de todos os nveis hierrquicos e a mudana da
postura organizacional.
Em relao aos equipamentos, significa promover a revoluo junto a linha de
produo, atravs da incorporao da "Quebra Zero", "Defeito Zero" e "Acidente
Zero".
Para Nakajima apud Nogueira (2012), significa montar uma estrutura onde
haja a participao de todos os escales, desde os da alta direo at os postos
operacionais de todos os departamentos, ou seja, uma sistemtica PM (Preveno
da Manuteno), com envolvimento de todos. Trata-se da efetivao de um
"Equipment Management", isto , a administrao das mquinas por toda a
organizao.
Conforme Banker apud Nogueira (2012), o TPM cria um autogerenciamento
no local de trabalho, uma vez que os operadores "assumem" a propriedade de seu
equipamento e cuidam dele eles prprios. Eliminando-se as paradas e defeitos cria-
se confiana. O TPM respeita a inteligncia e o potencial de conhecimento de todos
os empregados da empresa. O conceito de propriedade de equipamento junta a
fora (poder) do homem ao equipamento do sistema de produo, para criar
produtos da cultura de valor.
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Segundo o que dizem Jostes e Helms apud Magalhes (2008), a manuteno
produtiva total (TPM), descreve uma relao sinergstica entre todas as funes
organizacionais, mais particularmente entre produo e manuteno, para
melhoramento contnuo da qualidade do produto, eficincia operacional, e da prpria
segurana. A essncia do TPM que os operadores dos equipamentos de produo
participem dos esforos de manuteno preventiva, auxiliem os mecnicos nos
consertos quando o equipamento est fora de operao e, juntos, trabalhem no
equipamento e no processo de melhoria do grupo de atividades.
Takhashi apud Nogueira (2012), refora o significado do TPM como "uma MP
(manuteno preventiva) mais ampla, baseada na aplicabilidade econmica vitalcia
de equipamentos, matrizes e gabaritos que desempenham os papeis mais
importantes na produo".
A definio do TPM, proposta em 1971 pela JIPM (Japan Institute of Plant
Maintenance), foi revista em 1989, estabelecendo-se uma nova exposio, que se
constitui dos cinco itens seguintes:
1 - Tendo como o objetivo a constituio de uma estrutura empresarial que busca a
mxima eficincia do sistema de produo (eficincia global);
2 - Construindo, no prprio local de trabalho, mecanismos para prevenir as diversas
perdas, atingindo "zero de acidente, zero de defeito e zero de quebra/falha", tendo
como objetivo o ciclo total de vida til do sistema de produo;
3 - Envolvendo todos os departamentos, comeando pelo departamento de
produo, e se estendendo aos setores de desenvolvimento, vendas, administrao,
etc;
4 - Contando com a participao de todos, desde a alta cpula at os operrios de
primeira linha;
5 - Atingindo a perda zero por meio de atividades sobrepostas de pequenos grupos.
Em harmonia com a definio do TPM, cada uma das letras possui um
significado prprio como segue:
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- a letra "T" significa "TOTAL". Total no sentido de eficincia global, no sentido de
ciclo total de vida til do sistema de produo e no sentido de todos os
departamentos e de participao;
- a letra "P" significa "PRODUCTIVE". A busca do sistema de produo at o limite
mximo da eficincia, atingindo "zero acidente, zero defeito e quebra/falha zero", ou
seja, a eliminao de todos os tipos de perda ate chegar ao nvel zero;
- a letra "M" significa "MAINTENANCE". Manuteno no sentido amplo, que tem
como objeto o ciclo total de vida til do sistema de produo e designa a
manuteno que tem como objeto o sistema de produo de processo nico, a
fbrica e o sistema de vendas.
4.2.1 Objetivo do TPM
O TPM um conceito gerencial que comea pela liberao da criatividade
normalmente escondida e inexplorada em qualquer grupo de trabalhadores. Estes
trabalhadores, frequentemente atarefados em tarefas aparentemente repetitivas, tm
muito a contribuir se, pelo menos, isto lhes for permitido. Seu objetivo promover
uma cultura na qual os operadores sintam que eles possuem suas mquinas,
aprendem muito mais sobre elas, e no processo e se liberem de sua ocupao
prtica para se concentrar no diagnstico do problema e projeto de aperfeioamento
do equipamento. Desta forma, h um ganho direto.
Pode-se dizer que o objetivo do TPM a melhoria estrutura empresarial
mediante a melhoria da qualidade de pessoal e de equipamento. Melhoria da
qualidade de pessoal significa a formao de pessoal adaptado era da Automao
Fabril. Em outras palavras, caca pessoa deve adquirir novas capacidades.
4.2.2 Os Oito Pilares do TPM
Para desenvolver a TPM, existem etapas a serem realizadas, sendo que os
detalhes so especficos a cada empresa, pois os objetivos e metas tambm so
exclusivos em cada caso. Portando, existem alicerces que se denominam pilares
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bsicos de sustentao da TPM e designam-se: "8 Pilares de Sustentao da
Manuteno Produtiva Total.
A figura 1 ilustra, esquematicamente, os oito pilares de sustentao da metodologia
TPM.
Figura 1 Os oito pilares da TPM. Fonte: Nogueira at al. Manuteno industrial: Implementao da
Manuteno Produtiva Total
Na sua configurao inicial, o TPM contava com 5 (cinco) pilares ou
atividades, estabelecidos como bsicos para dar sustentao ao desenvolvimento
da metodologia. Posteriormente foram includos mais 3 (trs) atividades ou pilares,
quais sejam: manuteno com vistas a melhoria da qualidade; gerenciamento;
segurana, higiene e meio ambiente.
Ao todo, eles impactam:
1 No Treinamento para a melhoria da habilidade do operador e do tcnico de
manuteno;
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2 Elaborao de uma estrutura de manuteno autnoma do operador;
3 Elaborao de uma estrutura de manuteno planejada do departamento de
manuteno;
4 Melhoria individual dos equipamentos para elevar a eficincia;
5 Segurana, higiene e meio ambiente;
6 Manuteno com vistas melhoria da qualidade;
7 Elaborao de uma estrutura de controle inicial do equipamento;
8 Gerenciamento ou gesto administrativa;
5 QUALIDADE DO PRODUTO
Para satisfazer o cliente no basta apenas oferecer um produto atrativo
e/ou barato; o produto tem que oferecer durabilidade e qualidade. O sonho de todo
consumidor adquirir produtos acessveis e que durem com o passar dos anos.
O esforo para agradar o cliente oferecendo um produto de qualidade e
com preo acessvel faz-se necessrio que os fornecedores de insumos ofeream
produtos de qualidade.
Deming (1990, p. 4 e 27) prope que se trabalhe com o fornecedor como
parceiro, com base numa relao de lealdade e confiana de longo prazo, a fim de
aprimorar a qualidade dos insumos e reduzir seus custos. Tambm informa que ter
apenas um fornecedor vantajoso, embora dois fornecedores possam
fornecer materiais de excelente qualidade, sempre haver diferenas. Tal diferena
pode significar perda de tempo na fabricao dos produtos.
Tambm se investe no material humano, atravs de fornecimento de
curso e treinamento especializados. Colaboradores capacitados do-nos a certeza
que os produtos sero bem produzidos e a verificao da qualidade ser feita da
melhor forma possvel. O que no pode acontece numa indstria o operrio novato
aprendendo a operar uma mquina com o operrio veterano. Tal procedimento tem
que ser eliminado, pois nem sempre o operrio veterano recebeu o treinamento
apropriado. Para Deming (1990, p. 39) a administrao tem que compreender e
atuar sobre os problemas que privam o operrio de executar seu trabalho com
satisfao.
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A qualidade dos produtos resultado dos insumos de qualidade, de
treinamento dos operrios ocasionando um bom manuseio das mquinas e da
padronizao de procedimentos.
Na empresa Berlinck foi criada uma rotina onde todos os colaboradores
opinam, dando suas ideias a respeito da melhoria da rotina de trabalho, os produtos
que poderamos fabricar, iluminao do galpo fabril etc. Temos que valorizar
tambm o cliente interno, pois so eles os responsveis pelo bom andamento da
produo e pela qualidade dos produtos. Para Subir (2006, p. 37) se voc no cuidar
bem da sua equipe, no pode esperar que ela se empenhe para oferecer um bom
servio aos clientes de fora da empresa.
Atravs de pesquisas de mercado so levantadas as necessidades dos
atacadistas, varejistas e consumidores finais. De posse desses dados os
engenheiros comeam a projetar a rvore de natal ideal, visando agradar a clientela,
pois para Deming (1990) o cliente a parte mais importante da linha de produo.
6 DESENVOLVIMENTO
6.1 APRESENTAO DA EMPRESA
Na fbrica Berlink, cuja a viso ser soberana na produo de artigos
natalinos, dispe de trs equipamentos com esteira e cada uma conta com trs
funcionrios, onde fabricam diversos artigos natalinos e sua maior produo de
rvores de natal. Sendo produzida da seguinte forma:
Material utilizado:
1. Rolo com linha de PVC, medindo 1000m de comprimento nas cores verde ou
branco.
2. Rolo de arame galvanizado medindo 500 metros.
3. Tronco em madeira, medindo 22mm de dimetro nos tamanhos: 60cm, 80cm,
100cm e 150cm.
4. Base em plstico para apoio da rvore natalina no cho.
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6.1.2 Processo de fabricao da rvore de Natal
1. Etapa O rolo com linha em PVC e o arame fixada pelo operador na na
mquina que realiza o corte, emitindo o galho da rvore de natal transado no
arame em diversos tamanhos, aps coloca-se o tronco de madeira preso a
base em plstico e os galhos formados pela mquina afixados no tronco,
formando assim em um belo pinheiro natalino.
Imagem 2. Pinheiro Natalino Berlink. Fonte: Arquivo pessoal
2. Etapa A inspeo da qualidade realizada j no momento da produo
pelo operador, visando o zero defeito.
3. Etapa Empacota-se a rvore de Natal embalando-a em um saco
plstico e aps introduzida em caixas de papelo.
4. Etapa A distribuio dos pinheiros natalinos vendida ao comrcio
atacadista e varejista pelos representantes de vendas que vem buscar a
quantidade de pinheiros solicitada.
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6.1.3 Gastos gerais de fabricao
Os custos da fabricao so gerados e classificados como diretos e indiretos.
Compra de Matrias-primas R$ 9.000,00
Salario dos funcionrios R$ 965,45
Aluguel do prdio R$ 1.000,00
Seguro da fbrica R$ 680,00
Tabela 1 Gastos gerais de Fabricao
6.1.4 Formao de preos na fbrica Berlink
A empresa utiliza o mtodo de elaborao de seus preos dependendo da
cultura organizacional, da concorrncia, do mercado, da tecnologia e da
remunerao do capital investidos.
Fixa-se o preo mais apropriado com condies diferenciadas para atender a todos.
6.1.5 Problemas encontrados na produo da Berlink
No processo de produo, no h um PCP estruturado. A empresa aps
receber os pedidos faz a produo sem haver um estoque mnimo, gerando atraso
nos pedidos gerados pela rea de vendas.
As mquinas esto sendo reparadas somente quando surge alguma falha,
parando a produo daquele equipamento que se danificou para o reparo. O TPM
implantado no foi totalmente implantado e o treinamento dos operadores no
revisto para uma efetiva e eficaz manuteno.
7. PROPOSTA DE MELHORIAS E IMPLANTAO DO TPM
Conforme foi apresentado at aqui, na fbrica Berlink de produtos natalinos,
prope-se que no processo de produo o TPM seja mais eficaz e de forma prtica,
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buscando a integrao entre diretoria e encarregados e depois lapidar aos
operadores da produo. Integrar todos os setores, para apoiar ativamente o
programa demonstrando o comprometimento de todos os envolvidos. Deve haver
uma apresentao do programa ao envolvidos da produo, com o propsito de
fortificar a aceitao em prol da obteno de resultados.
O foco manter as mquinas em produo gerando mais produtividade com
a preveno das paradas e falhas para o reparo.
A empresa tambm deve apostar em tcnicas que do solues simples,
mais eficazes e com custos baixos como a tcnica Brainstorming, esta tcnica visa
criatividade de seus colaboradores onde os ajuda a expor suas ideias tendo assim
inovaes para seus produtos.
Outra ferramenta que pode gerir melhor o processo de produo o uso de
um sistema informatizado, que contribui muito devido ao alto volume de informaes
gerado de cada equipamento, tambm tornando o gerenciamento dos custos da
empresa mais gil e seguro.
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8. CONSIDERAES
Nos dias atuais, identificamos como fator de relevante importncia a gesto
de custos nas empresas, em virtude da globalizao econmica, do aumento da
concorrncia e da diminuio das margens de lucro.
Isso tambm ocorre devido necessidade de as organizaes buscarem
eficcia em seus resultados, insero em novos mercados, desenvolvimento de
novos produtos, expanso e at mesmo simplesmente continuarem ativas.
Para a busca das metas e objetivos da empresa, importante fazer uma
gesto integrada do oramento, quando se trata em realizar prticas de gesto da
manuteno, dessa forma atingir os resultados, ou seja, maximizando as receitas e
minimizando os custos e as despesas na obteno do lucro.
Com o programa do TPM (Total Productive Maintenance) integrado na
empresa e cada operador manter seu equipamento de trabalho em dia com a
manuteno, os custos e paradas de manuteno vo ser menores, resultando
maior produtividade e qualidade nos processos.
A fbrica ou empresa, que tem como meta a obteno do lucro, deve utilizar o
programa implantado como uma ferramenta para o alcance dos objetivos almejados.
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REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
BEZERRA, Ccero Aparecido. Tcnicas de planejamento, programao e controle da produo: aplicaes em planilhas eletrnicas. Curitiba: InterSaberes, 2013. (Srie Administrao da Produo).
CAMPOS, Fernando Celso; BASTOS, Gustavo N. B. - TPM (TOTAL PRODUCTIVE MAINTENANCE): Proposta de criao de um repositrio de informaes no ambiente moodle Conbepro 2013 Disponvel em: Acesso em: 30 nov. 2013.
CHIAVENATO, Idalberto. Planejamento e Controle da Produo. 2 ed. Barueri, SP : Manole, 2008. CHOWDHURY, Subir. O Sabor da Qualidade. Rio de Janeiro: Sextante, 2006.
COSTA Schier, Carlos, Gesto de Custos, 1edio,Editora IBPEX.
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COSTA, Jari de Souza. Implantao de um programa multifuncional, visando reduo de custos e a melhoria da continuidade operacional, embasado nos princpios da tpm estudo de caso. 2008. 49 f. Monografia (Concluso na Especializao em Engenharia de Produo). ULBRA, Canoas, RS: 2011. Disponvel em < https://memphis.ulbranet.com.br/ALEPH/> Acesso em 27 nov. 2013. DEMING, W. Edwards. Qualidade: A Revoluo da Administrao. Rio de Janeiro: Marques-Saraiva, 1990. DEMING, W. Edwards. Saia da Crise. So Paulo: Futura, 2003.
GUELBERT, Marcelo. et al. Gesto Estratgicas de Manufatura para mdias empresas XXIX Encontro Nacional de Engenharia de Produo 2009.Disponvel em: Acesso em: 30 nov. 2013.
MAGALHES, Rogerio da Silva. A Eficcia da Gesto de Pessoas na Manuteno industrial. Monografia do curso MBA Executivo em Gesto de pessoas. So Paulo, 2008. Disponvel em: Acesso: em 29 nov. 2013.
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NOGUEIRA, Cassio Ferreira et al. Manuteno industrial: Implementao da Manuteno produtiva Total (TPM). Belo Horizonte. 2012 Disponvel em: . Acesso em: 24 nov. 2013.
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