PROJETO
POLÍTICO
PEDAGÓGICO
GraciosaParanavaí
ÍNDICE
I – APRESENTAÇÃO......................................................................................04
II- INTRODUÇÃO............................................................................................04
2.2- CARACTERIZAÇÃO GERAL...................................................................062.2.1- Aspectos Históricos mais Importantes......................................................062.2.2- Organização do Espaço Físico..................................................................072.2.3- Oferta de Curso/Modalidades...................................................................082.2.4- Turno e Horário de Funcionamento..........................................................092.2.5- Recursos Humanos....................................................................................10
III- OBJETIVOS GERAIS...............................................................................11
IV- MARCO SITUACIONAL..........................................................................134.1- Realidade Municipal....................................................................................174.2- Realidade da Escola ....................................................................................19
V- MARCO CONCEITUAL............................................................................245.1- Concepção de Homem.................................................................................265.2- Concepção de Sociedade..............................................................................275.3- Concepção de Escola....................................................................................285.4- Concepção de Educação...............................................................................285.5- Concepção de Aluno....................................................................................295.6- Concepção de Ensino/Aprendizagem..........................................................305.7- Concepção de Alfabetização e Letramento ................................................305.8- Concepção de Cultura .................................................................................315.9- Concepção de Cidadania .............................................................................325.10- Concepção de Tecnologia .........................................................................325.11- Concepção de Trabalho ............................................................................335.12- Concepção de Inclusão .............................................................................345.13- Concepção de Educação do Campo ..........................................................355.14- Concepção de Avaliação............................................................................375.15- Concepção de Currículo.............................................................................385.16- Atividades Complementares Curriculares de Contraturno .......................41
COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ DE ANCHIETA COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ DE ANCHIETA ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIOENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
Rua Rui Barbosa nº 1331–Rua Rui Barbosa nº 1331–☎☎(01444) – 34281120(01444) – 34281120 Email – [email protected] Email – [email protected]
Distrito de Graciosa Paranava í – Paraná Distrito de Graciosa Paranava í – Paraná
5.17- Estágio Não Obrigatório ...........................................................................435.18- Princípios da Gestão Democrática.............................................................435.19- A Função dos Segmentos da Escola..........................................................455.20- O Papel das Instâncias Colegiadas.............................................................48
VI- MARCO OPERACIONAL........................................................................516.1- Grandes Linhas de Ação..............................................................................516.2- Organização Curricular ...............................................................................546.3- Ensino de 9 (nove) anos ..............................................................................556.4- Elaboração do Calendário Escolar.............................................................. 556.5- Organização de Turmas e Distribuição de aulas para os Professores..........566.6- Organização dos Espaços Educativos..........................................................566.7- Avaliação da Escola ....................................................................................606.8- Adaptação, Classificação, Reclassificação, e Regularização da Vida Escolar.................................................................................................................62 6.9- Estágio Não Obrigatório .............................................................................626.10- Programa Fica ...........................................................................................63
VII- AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO...............64
VIII- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................65
I- APRESENTAÇÃO
O Projeto Polít ico Pedagógico tem como l inha condutora à
construção de uma escola coletiva baseada no pensar e no agir dos
profissionais, pais, alunos e comunidade nela inseridos.
Após reunião com funcionários, comunidade os segmentos e
instâncias colegiadas, foi realizado um levantamento e diagnosticado o
âmbito escolar que temos. Percebe-se a necessidade de realimentar e fazer
algumas alterações, pois temos claro a escola que somos e a escola que
queremos ser.
A partir da diversidade dos envolvidos no processo educacional
busca-se um consenso para realizar uma escola para todos, onde a base
seja uma aprendizagem significativa, que transforme, ou contribua para
modificar positivamente a realidade dos nossos alunos, favorecendo à
construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
Buscamos embasamentos teóricos e muitas orientações para a
elaboração do Projeto Polít ico Pedagógico, acreditamos que este projeto
resgate o verdadeiro papel da escola e desenvolva sua autonomia através
da participação, o que caracteriza a gestão democrática, sendo o Projeto
Polít ico Pedagógico documento este que representa os sonhos, os ideais, o
modo de pensar, os planos e as escolhas da comunidade escolar, definindo
seus interesses para a construção de uma educação de qualidade.
Ao elaborarmos o Projeto Polít ico Pedagógico, a escola procurou
delimitar prioridades, definir metas a serem alcançadas e incorporar a
autoavaliação, através do conhecimento da comunidade em que atua e de
4
suas responsabil idades para com ela, construir sua identidade própria, sua
cultura permeada por valores, expectativas, costumes, tradições,
historicamente construída, pela realidade econômica e social.
II – INTRODUÇÃO
2.1- IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA
1 – Denominação da instituição:
Colégio Estadual José de Anchieta-Ensino Fundamental e Médio
2 – Endereço:
Rua Rui Barbosa – 1331
3 – Bairro/DistritoDistrito de Graciosa
4 – Município
Paranavaí
5 – NRE Paranavaí
6 – CEP 87722-000
7 –Caixa Postal - 0-
8 – DDD
44
9 – Telefone
34281120.
10 – E-mail [email protected]
11 – Entidade mantenedora Governo do Paraná
12 – CNPJ/MF
5
2.2 CARACTERIZAÇÃO GERAL
2.2.1-ASPECTOS HISTÓRICOS MAIS IMPORTANTES
O Colégio Estadual José de Anchieta – Ensino Fundamental e Médio, está
localizado no Distrito de Graciosa, Município de Paranavaí é mantida pelo Governo do
Estado do Paraná.
O Colégio Estadual José de Anchieta -E.F.M., oferece o Ensino Fundamental
sob a Resolução nº 3120/98 e Deliberação 003/98. E ensino Médio sob a Resolução
nº5260/07 DOE 28/01/08
O Colégio Estadual José de Anchieta tem como atos oficiais:
Decreto. de Criação n.º 4.111/67 e Portaria 3.028/67 em 15/02/1967
Aut. de Func. Res. n.º 2.992/81 de 14/12/1981.
Reconhecimento - Resolução n.º 978 / 84 de 22 /03/ 84 publicada em
D.O.E. 06/04/84.
Em 1984 através da Resolução nº 978/84 fica reconhecido o curso de 1º Grau
da Escola Estadual José de Anchieta.
Em março de 1971, foi escolhido e aprovado um patrono para o nosso Grupo
Escolar, com o nome de JOSÉ DE ANCHIETA que permanece até hoje.
Através da Resolução nº 2.992/81 fica autorizado a funcionar nos termos da
legislação vigente, a Escola Estadual José de Anchieta - Ensino de 1º Grau , No ano de
2008 com a Resolução nº 5260/07 fica autorizado o Ensino Médio passando de escola
para Colégio através do DOE:28/01/08.
No ano de 2009, foi classificada de acordo com dados referenciais – Escola do
Campo.
O Colégio Estadual José de Anchieta é mantida pelo governo do Estado do
Paraná.
Foram diretores da escola:
Marta Jasper Boeing – 1971 a 1983
Jaime Schulz, - 1984 a 1987
Danilo Feuser, - 1988 a 1989
6
Jaime Schulz - 1990 a 1994
Danilo Feuser - 1995
Solange Back Dela Justina 1996 a 2001
Marli Siebert Hobold. 2002 a 2007
Solange Back Dela Justina 2008 a 2010
A partir de 2012 ofertará de forma simultânea o Ensino Fundamental de 9 anos
conforme Parecer 407/11 – CEE.
2.2.2- ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO
Ambientes Pedagógicos
Número de ambientes pedagógicos
Salas de aula: 07
Direção: 01
Quadra de esportes coberta:01
Biblioteca:01
Laboratório de Informática: 01
Sala dos professores: 00
Sala de supervisão/orientação: 00
Obs. : A SALA DOS PROFESSORES FUNCIONA NO MESMO ESPAÇO QUE O LABORAT ÓRIO DE
INFORMÁT ICA E A SALA DE SUPERVISÃO/ORIENT AÇÃO PEDAGÓGICA FUNCIONA
JUNT AMENT E COM A BIBL IOT ECA
Ambientes Administrativos
Secretaria: 01
Almoxarifado: 01
7
Outros Ambientes de Apoio Administrativo
Cozinha :01
Almoxarifado/Depósito:01
Lavanderia:01
Obs. : A LAVANDERIA É DESCOBERT A.
Complexo higiênico-sanitário
Banheiro Sexo ao qual se
destina
N° Pias N° Vasos Sanitários
Banheiro dos
funcionários
[X] Masculino
[X] Feminino
1 1
Banheiro
01
[X] Masculino
[ ] Feminino
2 2
Banheiro
02
[ ] Masculino
[X] Feminino
2 3
Complexo do Pátio
- Pátio Externo Livre
− Pátio Interno Coberto: 01
− Obs.: O pát io coberto serve como refei tór io dos alunos.
2.2.3. OFERTA DE CURSOS / MODALIDADES
Cursos Autorizados
Cursos autorizados Número das autorizações
Ensino Fundamental Res. 978/84 – DOE 06/04/84
Ensino Médio Res. 5260/07 – DOE 28/01/08
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2.2.4. TURNOS E HORÁRIOS DE FUNCIONAMENTO .
Turnos Horários
MATUTINO
VESPERTINO
NOTURNO
7:h20min às 11h40min
13h às 17h00min
19h00min às 11h00min
PERÍODO MATUTINO
ALUNOS ATENDIDOS NO PERÍODO MATUTINO
TURMAS NÚMERO DE ALUNOS
6º A 39
7º A 29
7º B 28
8º A 21
8º B 21
9º A 23
9º B 24
TOTAL 185
PERÍODO VESPERTINO
ALUNOS ATENDIDOS NO PERÍODO VESPERTINO
ATENDIMENTOS NÚMERO DE TURMAS
NÚMERO DE ALUNOS
DIAS DE ATENDIMENTO
SALA DE RECURSOS 1 14 2ª à 5ª feira
SALA DE APOIO/PORTUGUES
2 28 3ª e 5ª feira
SALA DE APOIO/MATEMÁTICA
2 33 3ª e 5ª feira
ACCC - DANÇA 1 30 4ª e 6ª feira
ACCC - HORA TREINAMENTO (FUTSAL)
1 33 4ª e 6ª feira
CELEM 2 45 2ª e 4ª feira
TOTAL 9 183
9
PERÍODO NOTURNO
ALUNOS ATENDIDOS NO PERÍODO NOTURNO
TURMAS ALUNOS MATRICULADOS
1 ª A 23
2ª A 18
3ª A 18
TOTAL 59
No período noturno temos atendimento de salas do Programa Paraná Alfabetizado e
EJA, salas estas cedidas no prédio para atendimento a comunidade.
2.2.5 - RECURSOS HUMANOS
Número dos funcionários que trabalham na escola
Nº docentes QPM Nº docentes PSS Nº administrativo Nº apoio
15 7 2 4
Nível de Formação
Função Ens. Fund.
Ens. Médio
Ens. Sup. incompleto(estudando)
Ens. Superior
Pós Mestrado Doutorado
Docentes ----------- ------------
1 4 16 1 ---------
Administrativo ---------- 1 -------- 1 ------------ ---------
apoio 1 2 1 --------- ----------- -----------
**Alguns professores atuam em dois períodos mas foram contados apenas uma vez.
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III - OBJETIVOS GERAIS
A construção coletiva do projeto Político Pedagógico tem por objetivo;
Cumprir o que estabelece a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº
9394/96, em seu artigo 12 no parágrafo 1º, onde determina “ Os estabelecimentos de
ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de ensino, terão a
incumbência de: Elaborar e executar sua proposta pedagógica”
Na sequência, o artigo 13 determina:
Os docentes se incumbirão de:
I – participar da elaboração da proposta pedagógica do
estabelecimento de ensino;
II – elaborar e cumprir o plano de trabalho, segundo a
proposta pedagógica do estabelecimento do ensino.
E o artigo 14 enuncia:
Os sistemas de ensino definirão as normas de gestão democrática do ensino
público na Educação Básica, de acordo com as peculiaridades e conforme os seguintes
princípios:
I – participação dos profissionais da educação na elaboração
do projeto pedagógico da escola.
Tem a finalidade de buscar uma nova direção as ações da escola,
ultrapassando assim a mera elaboração de planos, que só se prestam a cumprir
exigências burocráticas.
11
- Estabelecer, através da reflexão, as ações necessárias à construção de uma
nova realidade.
- Formar cidadãos conscientes, capazes de compreender e criticar a realidade,
atuando na busca da superação das desigualdades e do respeito ao ser humano.
- Garantir as condições necessárias de acesso e apropriação crítica do
conhecimento por parte de todos os alunos da escola.
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IV- MARCO SITUACIONAL
4.1 - DESCRIÇÃO E ANÁLISE DA REALIDADE
4.1.1 A EDUCAÇÃO NO BRASIL
A escola está inserida em uma realidade nacional, estadual e municipal. Cada
escola apresenta a sua própria realidade, que a diferencia das outras, em um mesmo
sistema educacional.
A análise dessa realidade é essencial para nos situarmos e fazermos a opção
pela educação na qual acreditamos e queremos realizar.
Uma análise da conjuntura brasileira revela a necessidade da construção de
uma educação voltada para a cidadania. Isso não se resolve apenas garantindo a oferta
de vagas, mas sim, de um ensino de qualidade.
Neste início de milênio, os dividendos das importantes descobertas e dos
progressos científicos da humanidade convivem com desencantamento e desesperança,
alimentados por problemas, que vão do aumento do desemprego e do fenômeno de
exclusão, à manutenção dos níveis de desigualdades de desenvolvimento nos diferentes
países.(Introdução ao PCN. p.15 – 23).
Nas últimas décadas temos acompanhado um crescente desenvolvimento
técnico-científico, caracterizado pela integração efetiva entre a ciência, tecnologia e
produção. As palavras de ordem, que caracterizam a época em que vivemos e que
aparecem como grandes objetivos deste momento histórico são: pluriculturalismo,
globalização, consumismo, competição permanente e enriquecimento rápido.
Embora, a maior parte da humanidade busque dominar o processo econômico,
infelizmente a maioria vivencia o seu lado obscuro submetido ao desemprego, à violência,
à doença, à fome, à miséria, enfim, à injustiça.
O Brasil participa diretamente do contexto histórico mundial, desempenhando
papel relevante na economia mundial, passando de país coadjuvante à protagonista da
construção do capitalismo global. É nesse contexto, que muitos de seus cidadãos
recebem a marca da exclusão, esmagados, sobretudo, pela concentração de renda que
ferozmente cresce a cada dia.
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A Educação, instrumento reconhecidamente apropriado para promover
mudanças radicais nas condições de vida de um povo, ainda nos dias atuais, tem figurado
como peça emblemática do discurso daqueles que chegam ao governo. No entanto, a
educação continua sendo elitista e, por consequência, excludente.
Nos movimentos sociais, algumas poucas vozes lutam por construir uma
Escola mais eficiente, menos excludente e por acesso mais democrático à Universidade.
A educação de um modo geral, no século XX, construiu parâmetros centrados no
individualismo que conduz a uma sociedade hedonista ignorando os limites éticos da
competição.
Nesse contexto, o ser humano fica, assim, reduzido a mero instrumento da
produção e objeto do consumo capitalista. As mercadorias, o dinheiro e a exploração das
emoções passaram a nortear as relações em detrimento dos valores éticos e cristãos.
São louváveis e reconhecidos os avanços da Ciência e da Tecnologia que
revolucionaram a produção e o próprio ambiente escolar, bem como o comportamento
das pessoas. Internet, telefonia celular e outros meios de comunicação, em certa medida,
oferecem comodidade, segurança e precisão, porém sabemos que essas melhorias
atingiram apenas uma pequena parcela da humanidade.
Observa-se, nesse contexto, a imputação de necessidades de consumo
exagerado de bens e serviços, a privatização e a mercantilização da ciência e tecnologia,
além da condução do pensamento mercantil ao planejamento pedagógico, na esfera
educacional, utilizando o modelo econômico neoliberal, onde o ser humano não é
prioridade.
Em contrapartida, existe um movimento emergente de regulação social,
expresso através dos movimentos sociais e segmentos organizados da sociedade. Há
necessidade da revisão das políticas que estão sendo implantadas no Brasil, porque
visam a inclusão social, mas acabam contribuindo para a exclusão.
Assim sendo, vivenciamos a maximização da concentração de riquezas, a
desigualdade entre nações e entre grupos sociais, o desemprego em nível mundial, a
institucionalização da corrupção, a perda de identidade cultural das nações e a submissão
da sociedade ao modelo neoliberal, para o qual o ser humano não é prioridade.
A sociedade possível se constitui num processo de construção coletiva, onde
o ser humano, enquanto parte integrante da natureza, deve ser o parâmetro de vida.
Dessa forma, o modelo econômico-social vigente precisa ser rompido. A sociedade, deve
caminhar vislumbrando um desenvolvimento capaz de equalizar as diferenças geradas
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pelos antigos modelos econômico-sociais. Deve buscar um desenvolvimento social que
contemple todos os campos, quais sejam; economia, educação, saúde, moradia e lazer.
Há necessidade de se ultrapassar a visão ideológica imposta pela globalização e
desmistificar o domínio que o capital continua exercendo em cada momento histórico.
4.1.2. A EDUCAÇÃO NO PARANÁ
O Estado do Paraná vivenciou na Era Lerner a experiência neoliberal mais
radical do país, já que o governo não hesitou em pôr em prática os fundamentos do
neoliberalismo. Quando tinha a lei a seu favor, usou-a; quando não, impôs. Assim foi com
a Paraná educação, Paraná previdência, Proem (com o fim dos cursos
profissionalizantes), Correção de Fluxo, redução da grande, extinção do curso
fundamental noturno, redução do porte das escolas, municipalização do ensino, uma
pseudo inclusão de alunos com necessidades especiais em turmas regulares e muitos
outros. A escola foi o principal alvo do ataque neoliberal, não só pelo objetivo de ordem
econômica, mas por ser vital ao neoliberalismo que a transmissão do conhecimento fosse
cada vez mais restrita à maioria da população.
Com a posse do novo Governo em 2002, o projeto neoliberal sofreu um duro
golpe, cessando a privatização de estatais e a privatização dos serviços públicos, com a
retomada de concurso para professores, pedagogos e funcionários, voltando a eleição
direta para diretores. O governo retomou o processo de inclusão, em outros termos, com
base na experiência de países que estão num estágio mais avançado na política de
inclusão e cidadania como prática efetiva.
Os indicadores econômicos paranaenses são positivos, o que abre espaço para
a ampliação de investimentos em infraestrutura e programas de desenvolvimento social,
dentre outros.
No contexto atual o Estado do Paraná apresenta uma ampla trajetória
assentada em constantes reflexões e discussões entre os educadores, bem como,
estudos de atualizações e assessoramentos que subsidiam e possibilitam o
aprofundamento das questões relativas ao ensino e aprendizagem.
O estado obteve um grande avanço tecnológico criando o Portal Educacional
Dia-a-Dia Educação, um projeto arrojado que informa e dá suporte para pesquisas e inter-
relaciona professores de todo o Paraná.
Todas as informações referentes às escolas estão disponíveis neste portal.
15
O Sistema Escola é outro projeto que coloca o Paraná em lugar de destaque,
interligando o sistema à SEED, possibilitando o acesso à vida escolar dos alunos.
Mais um importante subsídio implementado pelo governo do estado é
distribuição dos livros didáticos para os alunos do Ensino Médio.
Estes livros são frutos do Projeto Folhas, que é mais um dos projetos que visam
o aperfeiçoamento dos professores.
Com relação à melhoria nas condições de vida para a população menos
favorecida, o Governo do Estado implantou o Luz Fraterna, que diminuiu o valor da conta
de energia elétrica e o Programa Leite na Escola, que distribui leite para as famílias
carentes.
Houve no ano de 2006, com vistas na educação progressista, a reestruturação
do Plano Estadual de Educação, e Proposta Curricular. O Projeto Político Pedagógico
começou a ser reestruturado a partir de estudos fundamentais no ano de 2004. Com o
estudo de todos estes documentos, os profissionais tiveram e tem a oportunidade de
participar ativamente dos rumos da educação em sua escola e consequentemente no
estado.
No Estado do Paraná, com o governador Roberto Requião, houve uma
retomada de concursos para: professores, pedagogos e funcionários. Iniciou-se o
processo de reabertura de Cursos profissionalizantes, Formação de Docentes nas
modalidades Integrado e Aproveitamento de Estudos e Técnico de Informática, também
nas modalidades Integrado e Subsequente.
Finalmente é sabido que o Estado do Paraná, entende que a Educação é
prioridade, prova disso, é o resultado do IDEB brasileiro, onde nosso Estado teve o
melhor índice nacional , em dois anos consecutivos, no ano de 2008 e 2010.Completando
com o resultado do ENEM que também destacou o Paraná, como um dos melhores do
país.
Queremos uma sociedade mais justa, fraterna e democrática, com homens
críticos, politizados, de ampla visão de mundo, capazes de superar os preconceitos
sociais, uma sociedade em que todos usufruam dos direitos e deveres presentes na
Constituição Brasileira.
Partindo desses pressupostos, defendemos uma sociedade em que valores
como solidariedade, fraternidade e honestidade devem transcender as barreiras do
individualismo, pois a cada momento de nossas vidas estamos juntos, construindo a
nossa história de forma solidária, buscando a tão sonhada liberdade.
16
Estamos empenhados na educação de pessoas que valorizem sua época de
vida e seu meio, para poder atuar positivamente na sociedade. Sabemos que o ser
humano é o sujeito principal da construção na sociedade e por conseguinte, da história.
Queremos, portanto, que este homem busque a verdade, que tenha ideias e objetivos
definidos e que seja agente da transformação social.
4.1.3 A EDUCAÇÃO MUNICIPAL
O município de Paranavaí, de acordo com dados do IBGE a estimativa para
2009 quanto a população do município é de 82.716 habitantes. Sendo que 76.796 estão
na zona urbana e 5.920 estão na zona rural. Paranavaí é considerada a cidade polo do
extremo noroeste do Paraná. A economia gira em torno da pecuária na criação de gado
de corte e leiteiro e na agricultura com mandioca, cana-de-açúcar e laranja. A
agroindústria também tem crescido, vendendo matéria prima e produtos acabados para
todo o Brasil e exterior. A cidade também é um polo cultural reconhecido, tendo como
principal evento cultural o FEMUP (festival de Música, Contos e Poesias). A fundação
Cultural tem sido responsável por um grande número de ações culturais, através da
Orquestra de Sopro, Coral Viva Voz e inúmeras oficinas. No teatro destaca-se o Grupo
TEP.
Na área educacional, Paranavaí é sede do Núcleo Regional de Educação
que coordena as ações de 21 municípios. A população escolar no ano de 2007 era
composta de 23.757 (vinte e três mil, setecentos e cinquenta e sete) alunos, distribuídos
em quatro modalidades de ensino: Educação Infantil, Ensino Fundamental do 1º ao 5º ano
sob a responsabilidade do Município.
A Rede Estadual de Educação oferta o Ensino Fundamental de 6º ao 9º ano, o
Ensino Médio, a Educação Profissionalizante e Educação de Jovens e Adultos. É
composta de 03 escolas, 08 colégios e 02 CEEBJAS.
Contamos com a Rede Particular, constituída de 09 Estabelecimentos de
Ensino e uma Escola de Educação Especial (APAE).
No Município há instituições de Ensino Superior: uma estadual (FAFIPA), duas
particulares (UNIPAR)e (FATECI) e uma Universidade Tecnológica Federal (UTFPR).
Em 2009, o município obteve 93.6% de aprovação, 0.2% de alunos evadidos,
6.2% de reprovação escolar, num universo de cerca de 5189 alunos. A redução desse
percentual é meta para os anos subsequentes já que vários projetos são desenvolvidos
17
nas escolas com o propósito de melhorar o nível educacional das crianças e
adolescentes, como o programa de formação continuada aos professores, projetos que
venham diminuir o índice de evasão escolar, avaliação institucional, projetos de incentivo
à leitura, de assistência ao educando entre vários outros que registram importantes
avanços na educação do município.
4.1.4. REALIDADE DA COMUNIDADE ESCOLAR
A comunidade de Graciosa teve sua colonização na sua maioria por imigrantes
catarinenses.
Sua população é de aproximadamente 6.000 habitantes, mantendo-se
constante desde o início, pois, enquanto muitas pessoas vão embora, outras chegam
principalmente do nordeste em busca de trabalho. O índice de natalidade baixou e o nível
de escolaridade aumentou, pois a grande maioria dos jovens do distrito concluem o
Ensino Fundamental e Médio, e alguns dão continuidade no Ensino Superior em
Paranavaí sede do Município. Também chegaram famílias de SP, MG e outros estados.
No início a comunidade era essencialmente rural e agrícola. Hoje a situação já mudou
muito. Foram instaladas indústrias de grande porte: Indemil, Amidos Bankhardt e Avícola
Felipe, além de pequenas fábricas de farinha de mandioca e empresas de médio porte,
sendo que as atividades econômicas da população é constituída basicamente de
pequenos e médios sitiantes (produtores rurais), trabalhadores rurais e operários. Junto
com o progresso vieram as consequências: Mães que antes ficavam em casa cuidando
de seus filhos foram trabalhar para reforçar o orçamento familiar, com isso muito da
educação de responsabilidade dos pais, passou a ser da escola e da creche. Em nosso
distrito temos uma creche que atende 87 crianças, uma escola municipal, com
atendimento para os anos iniciais do Ensino Fundamental do 1º ao 5º ano, com uma
média de 230 alunos, e um Colégio Estadual , atendendo 244 alunos do Ensino
Fundamental nos anos finais do 6ª ao 9ª ano e Ensino Médio.
A religião católica é a única que congrega o povo do Distrito. O Seminário Nossa
Senhora do Carmo. As festas da padroeira, juninas, bailes no clube compõe algumas das
tradições locais.
O posto de saúde funciona diariamente com médico clínico geral, dentista,
enfermeira, agente comunitário, auxiliar de dentista e serviços gerais. As especialidades
18
são atendidas em Paranavaí e as emergências são encaminhadas para o Pronto
Atendimento na Santa Casa de Paranavaí.
Temos uma farmácia, um Posto das Agências dos Correios e o Banco Sicredi,
para atender a comunidade.
Temos também em Graciosa o Centro de Atendimento ao adolescente, com 77
adolescentes, onde fazem atividades no período contrário as aulas, com teatro,
informática, capoeira e muitas outras atividades.
4.1.5. REALIDADE DA ESCOLA
O Colégio Estadual José de Anchieta por estar localizado numa área urbana
(distrito) onde atende na sua maioria filhos de agricultores é considerado uma escola de
campo.
A busca de uma melhoria da qualidade de ensino, o propósito de se assegurar
à melhoria de condições de trabalho, visando educar com êxito, impõe a superação de
alguns problemas que afetam esse processo. Para isso em todo início de ano o Colégio
convida a toda a Comunidade Escolar para apresentar o corpo docente e os demais
funcionários e apresentar o funcionamento e as ações que serão realizadas durante o ano
letivo.
As reuniões com os pais ocorrem a cada trimestre ou quando se fazem neces-
sárias e nesta oportunidade assinam os boletins de seus filhos. Também, quase sempre,
os pais atendem as solicitações individuais. Nota-se que quando os pais participam mais
das atividades da escola e se interessam pelo que os seus filhos fazem nela, os alunos
apresentam uma melhor aprendizagem.
Muitos dos alunos desse Colégio utilizam o transporte escolar, pois advêm do
distrito de Quatro Marcos, vila rural, sítios, chácaras e fazendas. Para os alunos que per -
manecem para frequentarem sala de recurso, apoio, CELEM, atividade complementar
curricular no período vespertino o colégio oferece almoço.
Os projetos e as atividades interdisciplinares realizados pelo colégio sempre
são desenvolvidos pela equipe pedagógica e os demais professores, trabalhado-se as
questões étnico raciais, Educação Ambiental, Educação para o Trânsito, Enfrentamento a
Violência na Escola, Educação Fiscal, Dengue, Saúde, Olimpíadas de Matemática e além
desses também são desenvolvidos no período contraturno a Sala de Apoio, Sala de
Recurso, CELEM, Atividades Complementares em Contraturno (futsal e dança). Busca-se
19
através desses projetos e das atividades interdisciplinares de contraturno, a melhoria da
qualidade do ensino, da convivência social, atendimento educacional especializado,
diminuir a defasagem de aprendizagem, das diferenças de acesso ao conhecimento e
aos bens culturais, despertando no educando o interesse pela escola, a importância do
estudo, bem como a valorização da família e do ser humano como agente de
transformação da sociedade, respondendo assim os anseios da comunidade e obtendo
melhores resultados para o aluno, escola e comunidade.
O colégio dispõe de uma razoável quantidade de materiais
didático/pedagógicos para pesquisa e uso do professor, em contrapartida, um agravante
vem da falta de perspectiva, motivação e interesse demonstrados por alguns dos
estudantes e esses por sua vez, não dispõem em casa de materiais (jornais, revistas,
livros, jogos, entre outros) que possam incentivar a leitura, a escrita, o desenvolvimento
do raciocínio lógico-matemático, dificultando dessa forma, o acesso das crianças e jovens
a novas informações, sendo a escola o único meio que possa vir ampliar seus
conhecimentos, seus horizontes.
Outra dificuldade diagnosticada refere-se aos alunos que apresentam déficit de
aprendizagem, pois alguns deles não possuem recursos financeiros para realizar a
avaliação psicoeducacional para serem introduzidos na Sala de Recurso, levando a
escola a realizar alguns eventos a fim de angariar fundos para que essas avaliações
possam ser efetivadas.
Os recursos financeiros do colégio ou APMF, são feitos de uma forma
transparente, eficiente e democrática, sem desperdício, sempre visando melhorias para a
escola e consequentemente para os alunos.
Com relação à gestão democrática e a participação dos órgãos colegiados
temos a organização conforme orientação da SEED: Conselho Escolar e
APMF e Grêmio Estudantil. Sabemos que a ação política não se dá de forma imediata,
requer um processo de formação lento. Por este motivo, o envolvimento nas decisões dá-
se de forma parcial, embora nas ações concretas todos colaborem efetivamente.
Nosso corpo docente é formado por professores graduados e na sua maioria
pós-graduados, contamos também com alguns acadêmicos substituindo professores
titulares em licença prêmio. Uma das dificuldades encontradas pela escola com os
docentes é quando estes necessitam tirar licença médica, a demora em encontrar
professor substituto, ficando os alunos sem aula. Esse professor substituto, na sua grande
maioria tem dificuldades pedagógicas, ou seja, não domina o conteúdo, despreparado e
20
mais, descompromissado gerando assim conflitos e descontinuidade em todo processo
ensino - aprendizagem dos alunos.
Enfrentamos ainda outro grande problema, gerado pela própria política de
formação continuada oferecida pela SEED, qual seja, dispensa de professores para
participarem de cursos, ficando assim os alunos sem aula daquela disciplina. Muito
embora a orientação dada pelo SEED seja que o professor deixe atividades para serem
aplicadas pela equipe pedagógica, sabemos que isso não passa de um faz-de-conta e
uma grande perda que os alunos têm.
A equipe pedagógica é formada por um pedagogo habilitado e concursado e
outro contratado, o trabalho do pedagogo deveria ser de um agente transformador,
mediador do ensino aprendizagem com os professores, pais e alunos, objetivando um
ensino de qualidade, mas isso infelizmente quase não acontece, pois ele corre para lá e
para cá tapando buraco na falta de professor, além do atendimento de pais e mesmo de
alunos, colocando aluno para a sala de aula,
fazendo outras funções etc. Essa situação acaba gerando alguns conflitos, pois a
organização do trabalho pedagógico fica um tanto truncada e fragmentada.
O quadro de funcionários do colégio é composto por professores, auxiliares
administrativos e de serviços gerais, equipe pedagógica e direção, observa-se, que com a
implantação das atividades complementares em contra turno aumentou o número de
alunos que frequentam o colégio e consequentemente o trabalho pedagógico, os serviços
de limpeza e alimentação também, no entanto, não aumentou em nada a demanda para
funcionários nessa área. Tudo isso causa grandes transtornos ocorrendo um acúmulo de
serviço para os funcionários.
Quanto ao trabalho realizado na biblioteca, a situação não é diferente, pois
não temos nenhuma pessoa qualificada nesta área, assim sendo as consequências
pedagógicas frente a essa deficiência são notórias, pois o trabalho realizado na biblioteca
não passa de atendimento em balcão e não é desenvolvido nenhum projeto pedagógico
que venha de encontro à verdadeira função da biblioteca.
A formação continuada dos professores é organizada a fim de proporcionar o
estudo constante. Para esse tempo contamos com reuniões e semana pedagógica mas
infelizmente não podemos contar com todos os professores já que muitos trabalham em
outras escolas e também no início do ano a quadro de funcionários não está completo
ficando assim muitas informações, decisões, funcionamento e principalmente ações que
serão realizadas durante o ano letivo sem muito compromisso e responsabilidade por
21
parte desses profissionais. A hora-atividade é cumprida na escola. Devido às dificuldades
de elaboração do horário, por termos professores que trabalham em várias escolas, a
hora-atividade não pode ser elaborada conforme sugestão do NRE. Embora a
organização não possibilite o encontro dos profissionais por área do conhecimento,
estes, de forma individual utilizam o tempo disponível para planejamento, leitura,
pesquisa e elaboração de material didático, bem como estudos para a reformulação
curricular e a reestruturação do Projeto Político Pedagógico.
O Colégio Estadual José de Anchieta visa sempre melhorar e efetivar no
processo de ensino e aprendizagem de nossos alunos uma educação pública de
qualidade. Percebe-se esse resultado com a porcentagem dos resultados do índice de
reprovação dos alunos que é baixíssima e da evasão que é praticamente zero,
resultando o melhor índice na prova Brasil nos dois últimos anos, no município de
Paranavaí e ultrapassando a meta do IDEB.
Segue abaixo os índices percentuais das taxas de aprovação, o resultado do
IDEB e a meta para o nosso colégio e uma comparação com os resultados das escolas
do município, estado e país, dos anos letivos de 2005 a 2009 do ensino Fundamental:
Resultados da Rede Estadual – Anos Finais do Ensino Fundamental
Taxa de Aprovação IDEB Meta do IDEB Nível
2005 2007 2009 2005 2007 2009 2007 2009 2011
Brasil 76,3 78,7 80,5 3,3 3,6 3,8 3,3 3,5 3,8
Paraná 75,7 82,3 82,6 3,3 4,0 4,1 3,3 3,5 3,8
Município 78,2 83,7 86,3 3,6 3,8 4,3 3,6 3,8 4,0
Escola 91,9 96,5 94,1 4,6 4,8 5,0 4,6 4,8 5,0
Em relação ao índice de alunos que estão fora da faixa etária no ensino
fundamental é de 7,45% e no ensino médio 20,37% .
Quanto ao aspecto físico o Colégio possui, espaço disponível para a
construção do que está faltando: sala dos professores que atualmente é utilizado junto
com o laboratório de informática, sala de orientação que funciona junto com a biblioteca,
laboratório de ciências, montado em uma sala que utilizamos como sala de aula, cozinha
e refeitório.
Sentimos que há um grande prejuízo para a aprendizagem, por não termos
locais distintos e próprios para o atendimento individualizado com as junções que foram
22
necessárias fazer, prejudicando assim o aprendizado do aluno e a motivação dos
professores.
Em ambiente específico como a sala dos professores, a hora atividade seria
uma excelente oportunidade de planejar aulas bem direcionadas com atividades
diversificadas para alcançar um ensino aprendizagem de qualidade, onde o aluno teria
condições de apropriar-se de conhecimentos necessários á sua promoção.
O aluno tem direito não somente a um lugar dentro da sala de aula como
também a um refeitório para tomar sua merenda de maneira digna; sentados em cadeiras
com mesas, sem perigos de acidentes, evitando o desperdício e o extravio dos utensílios
da cozinha escolar, espaço este que é utilizado em um barracão aberto, com poucos
lugares de assento.
Locais adequados para diversas atividades são fundamentais para se ter uma
boa aprendizagem.
Todas as salas de aula possuem TV pendrive, ventiladores de teto, boa
iluminação e limpeza , o que contribui para uma educação de qualidade.
Ao colocar em prática o Projeto Político Pedagógico da escola, pretende-se
além de integrá-la como um todo, fazer com que, os alunos ampliem sua visão de mundo
e valorizem o aprender.
O exercício da cidadania é um desafio a ser conquistado, mediado pela escola
com um ensino-aprendizagem de qualidade.
23
V- MARCO CONCEITUAL
A Educação Básica no Estado, visa a formação indispensável para o
exercício da cidadania e a preparação para o trabalho. Destina-se a todos, jovens e
crianças, educandos com necessidades especiais e também Afro-descendentes
(Introdução a História e Cultura Brasileira, p. 5)..
A escola pública que queremos é: democrática; libertadora; universal; que
assegure a qualidade do ensino aprendizagem para todos como condição necessária ao
exercício da cidadania, viabilizando a eliminação de relações competitivas, corporativas e
autoritárias. (Freire a.1996).
À escola cabe realizar essa formação através de um processo de ensino e
aprendizagem de conhecimentos, habilidades, valores, atitudes solidárias, formas de
pensar e atuar na sociedade, garantindo a educação escolar para todos, num universo
cultural comum, para que possam compreender a realidade, desenvolvendo o sentimento
de pertencimento na comunidade onde vivem.
Uma sociedade restritiva e excludente traz o projeto de acolhimento à
educação das novas gerações, impedindo que o sistema educacional cumpra de fato sua
função social. Assim, lutar por um projeto democrático de educação pública, por uma
escola voltada à inclusão e ao sucesso de todos, é um esforço inócuo se a sociedade não
se transforma numa direção democrática. É uma luta indispensável no contexto do
esforço maior de justiça e participação de todos na partilha dos benefícios sociais.
A escola que queremos fortalecer não aceita pactuar com o fracasso e a
exclusão dos alunos. Ela se vê obrigada a refletir sobre os limites impostos a seu trabalho
pelos determinantes sociais, políticos econômicos e culturais mais amplos; e, também se
volta continuamente para rever seu currículo e todo seu projeto educativo, buscando
impor-se socialmente como instância formadora que procura atender e beneficiar todas as
crianças e jovens que lhes são confiados.
Cidadania tem relação com a conquista de qualidade de vida que preserve a
dignidade da vida humana, a natureza e o meio ambiente, tem relação, portanto com a
busca de justiça na distribuição e usufruto da riqueza, condição para o desenvolvimento
das potencialidades e capacidades humanas. Formar cidadãos é formar indivíduos
capazes de partilhar a sociedade suprindo suas necessidades vitais, culturais, sociais e
políticas, contribuindo para a construção de uma nova ordem social.
24
A Constituição e a LDB, são o norte ético do projeto democrático, que
privilegiará na educação as formas de convivência social, a comunicação, a interação, o
respeito pela diferença e pluralidade, as decisões em grupo, a solidariedade e a justiça
social. A tarefa da escola é refletir, partindo de uma realidade concreta, elaborando
informações criativas de conhecimentos e uma crítica das informações.
Os fundamentos do PPP são libertadores e democráticos, sua metodologia é
crítica, dialógica e dialética,
Todo projeto Político Pedagógico tem como objetivo organizar a instituição
escolar, buscando a formação dos educandos dentro de posicionamentos políticos e
pedagógicos de quem o construiu. A visão de homem, sociedade, educação,
conhecimento, ensino-aprendizagem e avaliação o direcionam para uma concepção
crítica. O Colégio Estadual José de Anchieta, após estudos e discussões a cerca de todos
os elementos citados, expõe as suas concepções, optando pelo entendimento de
educação proposto pela tendência pedagógica, histórico-crítica, dentro de uma concepção
psicológica, sócio-histórica e tendo a Dialética como concepção filosófica.
Ser construtor da história da Humanidade implica em ser sujeito de sua própria
história, participando ativamente e se apropriando de conceitos, procedimentos e atitudes
que lhes garanta a preparação para o trabalho e o exercício pleno da cidadania,
praticando a solidariedade com outrem, e o respeito ao meio ambiente e social.
Portanto acreditamos que a escola ao estar desenvolvendo o PPP estará com
isso buscando caminhos para atenuar (resolver) os problemas levantados, bem como
formando o nosso aluno para agir em todas e quaisquer situações, como cidadão íntegro.
O ensino respeitará os seguintes princípios:
Igualdade – Todos são iguais, em direitos e obrigações, sem distinção de
qualquer natureza, igualdade de condições para acesso e permanência no processo
educacional.
Garantia do padrão de qualidade. A qualidade buscada diz respeito à
qualidade social. Não pode ser vista apenas como domínio da informação, mas aprender
a fazer e a reprocessar as informações que fundam o saber e o fazer. Não significa
ensinar para responder as necessidades do mercado, mas considerar o saber como um
instrumento para a conquistada cidadania.
Valorização do magistério. A valorização se dará através da oportunidade de
promoção, formação continuada, condições dignas de trabalho, carreira e salários dignos
proporcionados pela mantenedora.
25
Gestão democrática: A gestão democrática será garantida pela participação
na construção de instrumentos democráticos através de eleição direta de diretores,
participação do Conselho Escolar e órgãos representativos dos diversos segmentos da
comunidade escolar: APMF, Conselho Escolar e Conselho de Classe.
5.1. CONCEPÇÃO DE HOMEM
O homem é um ser histórico, síntese de múltiplas relações sociais. Um ser
inacabado, pois se constitui a si mesmo ao longo de sua existência social, criando um
mundo humano (o mundo da cultura), necessitando produzir continuamente sua própria
existência. O que diferencia o homem dos outros animais é o trabalho . (Saviani, 1992, pg
19-30). Um indivíduo que busca e entende o conhecimento como emancipador e tem
atitudes para o bem comum, sendo agente transformador da sociedade em que está
inserido. O homem entendido como ser humano numa visão global.
Este homem se constrói nas inter-relações familiares, escolares, sociais e
culturais, resultando num cidadão ativo, participativo, crítico, criativo, respeitando o seu
semelhante nas diversas manifestações culturais e étnico racial, pois neste mundo
moderno em que vivemos, a escola deve criar condições para que os alunos possam
desenvolver suas capacidades, desenvolver sua identidade pessoal e coletiva, praticar
valores, ter acesso à informação e construir conhecimentos que os preparem para uma
atuação ética, crítica e participativa na sociedade, no âmbito cultural de sua comunidade,
a cultura brasileira e a universal, entre outros.
Para que esse trabalho se efetive na prática, cabe ao professor mediar esse
conhecimento, uma vez que ele já tenha adquirido uma aguda consciência da realidade e
uma sólida fundamentação teórica, que lhe permita interpretar e direcionar essa realidade,
além de uma consciente instrumentalização, interferindo na realidade que estuda.
O homem é um sujeito histórico que sendo produto de seu meio social, interage
e modifica o mesmo. Suas atitudes desempenham papel fundamental no processo de
transformação social, sujeito reflexivo de forma que saiba tanto o que está fazendo como
o porquê se está fazendo; Sujeito social que se faz pelo relacionamento com o seu meio
físico e social.
26
5.2. CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE
Quando pensamos no homem logo pensamos num grupo de pessoas, pois
somos seres sociais, necessitamos uns dos outros para vivermos, isto fica claro quando
observamos as sociedades mais distantes da civilização. Estão mais próximos do
ambiente natural, não modificado pelo homem, mas organizados socialmente para
conseguirem sobreviver. O ser humano constrói sua própria
história, age sobre o meio em que vive transformando-o para que possa sobreviver,
trabalha, produz, faz política e cultura. Passa suas aprendizagens para novas gerações.
Cada agrupamento cria seu próprio jeito de ver o mundo e sua cultura.
Necessitamos valorizar as nossas culturas, as nossas raízes, tradições, o
nosso povo, com o homem do campo, o indígena, o negro, havendo interesses e anseios
das camadas mais populares em ver sua cultura ser legitimada.
A sociedade brasileira é carente em cidadãos críticos e atuantes, talvez pela
maneira pela qual foi colonizada, pelos períodos de repressão pela qual passou. Nosso
desafio é ajudar na construção de cidadãos críticos, participativos, conscientes de seus
direitos e deveres.
A conscientização só se dará através do conhecimento, pois é ele que
transforma o mundo. Através, dele podemos enxergar o mundo como ele realmente é, ou
entendê-lo sobre várias óticas, sem conhecimento principalmente da leitura e escrita o
homem, fica restrito ao que é capaz de captar por meios de mais fácil acesso, quando tem
o domínio de outras formas de conhecimento o ser humano acaba por dominar os que a
ele não tem acesso. Daí a importância de universalizarmos a aquisição do saber
historicamente construído pelo homem, que é de todos e não deve ficar restrito a uma
elite.
A partir desse ideal, na participação e uso da autonomia e da liberdade é que
se constrói um projeto político pedagógico que tenha como resultado uma sociedade
capaz de lutar por seus direitos e cumpridora de seus deveres, transformando assim sua
realidade, ou traçando metas pra mudanças futuras.
Queremos uma sociedade mais justa, fraterna e democrática, com homens
críticos, politizados, de ampla visão de mundo, capazes de superar os preconceitos
sociais, uma sociedade em que todos usufruam seus direitos e deveres presentes na
Constituição Federal.
27
5.3. CONCEPÇÃO DE ESCOLA
A escola existe para propiciar a aquisição dos instrumentos que possibilitem o
acesso ao saber elaborado (ciência), bem como o próprio acesso aos rudimentos desse
saber. As atividades da escola básica devem se organizar a partir dessa questão. É a
partir do saber sistematizado que se estrutura o currículo da escola.
A escola precisa considerar os educandos como sujeitos culturais e adotar uma
postura aberta à cultura, às suas distintas manifestações. Outra sugestão caminha no
sentido de se reescrever o conhecimento a partir das diferentes raízes étnicas e culturais.
Mas há ainda, uma visão especial a ser enfocada: “ Só a presença da cultura
na escola é insuficiente. É preciso que se dê a(0) educando(a) condições de compreender
sua produção e, sempre que possível, de participar dessa produção. Ou seja, são
necessários espaços de criação.(Gadoti M -1992).
Enfim, queremos uma escola que seja capaz de instrumentalizar científica,
ética e culturalmente os sujeitos nela envolvidos para melhor compreensão da realidade
social.
É na escola democrática e autônoma que se dá o encaminhamento para a
aprendizagem do educando.
Quando se pensa nessa escola percebe-se que ela não pode ser construída
apenas por uma ou duas pessoas, mas por toda uma comunidade, que engloba
pedagogo, diretor, professor, funcionários, alunos e pais onde as decisões são tomadas
pelo coletivo da escola.
Desta forma a luta por uma escola transformadora, pressupõe o entendimento
de que é imprescindível fornecer aos alunos a oportunidade de construírem uma base de
tal forma que todos os conteúdos estejam voltados para apreensão crítica da realidade e
a formação da cidadania.
5.4. CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO
A educação é um fenômeno próprio dos seres humanos, sendo ao mesmo
tempo uma exigência do e para o processo de trabalho, sendo ela própria um processo de
trabalho. Trabalho não-material, ou seja, a produção de ideias, conceitos, valores,
símbolos, hábitos, atitudes, habilidades. Saviani afirma que:
28
“o t rabalho educat ivo é o ato de produzir , d ireta e intencionalmente
em cada indiv iduo, a humanidade que é produzida histór ica e
colet ivamente pelo conjunto dos homens. Desse modo, o objeto da
educação é, por um lado, a ident i f icação dos elementos cul turais
que precisam ser assimi lados pelos indivíduos a f im de que se
tornem parte da humanidade; por outro lado, d iz respeito à
descoberta das formas mais adequadas para at ingir esse objet ivo.”
(2000, p.23)
A educação, nesta visão, é entendida como mediação no seio da prática social
global. A prática social se põe, portanto, como o ponto de partida e o ponto de chegada
da prática educativa. Daí decorre um método pedagógico que parte da prática social onde
professor e aluno se encontram igualmente inseridos, ocupando, porém, posições
distintas, condição para que travem uma relação fecunda na compreensão e
encaminhamento da solução dos problemas postos pela prática social, cabendo aos
momentos intermediários do método identificar as questões suscitadas e dispor os
instrumentos teóricos e práticos para a sua compreensão e solução e viabilizar sua
incorporação como elementos integrantes da própria vida dos alunos .
É um processo no qual o conhecimento vai se construindo ao longo do tempo,
por isso é um fato histórico. Nesta perspectiva a educação visa firmar sujeitos conscientes
de sua ação transformadora na construção de uma sociedade mais justa, tendo na
apropriação do saber elaborado um instrumento de luta social.
5.5. CONCEPÇÃO DE ALUNO
Um aluno crítico, participativo, criativo, responsável, cumpridor de seus direitos
e deveres, solidário e fraterno, capaz de superar preconceitos e discriminações.
O aluno faz o papel de sujeito ativo no processo de ensino-aprendizagem,
caracterizado como sistema constante de produção de conhecimento em que o aluno
deve manifestar-se e ser considerado o que traz consigo, um legado cultural ,
conhecimentos construídos a partir do censo comum em permanente ação de melhoria de
si mesmo e da realidade em sua totalidade. Nesse processo, é necessário, como vimos,
levar-se em conta as tensões entre: o global e o local, o universal e o singular, a cultura
local e a modernização dos processos produtivos, o instantâneo, o efêmero e o durável, o
29
espiritual e o material, acrescentando-se a isso a visão de complexidade e da
provisoriedade do conhecimento.
Portanto, o trabalho da escola deve contemplar ações pedagógicas que levem
em consideração toda a diversidade sócio-cultural de seu público.
5.6. CONCEPÇÃO DE ENSINO/APRENDIZAGEM
ENSINO: Sua finalidade é promover a interação entre aluno e conhecimento,
de modo a possibilitar o acesso e a incorporação de elementos culturais essenciais a sua
transformação enquanto síntese das múltiplas relações sociais.
Paulo Freire, no livro Pedagogia da Autonomia (1996), contribui para a
concepção de ensino refletindo que ensinar não é transmitir conhecimento. Ensinar exige
consciência de inacabamento, reconhecimento de ser condicionado pelas forças sociais,
culturais e históricas. Exige respeito à autonomia do ser educando, sua curiosidade,
inquietude, linguagem e identidade. Ensinar também requer bom senso, apreensão da
realidade, alegria, esperança e a convicção de que a mudança é possível.
APRENDIZAGEM: processo dinâmico/cumulativo e permanente de
subjetivação do mundo objetivo produzido cultural e historicamente. Ocorre no e pelo
processo de interação e mediação entre sujeitos, numa construção coletiva do
conhecimento.
5.7. CONCEPÇÃO DE ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO
A alfabetização e o letramento, deve ser enfatizado o domínio, pela criança, das
capacidades referentes à aquisição do sistema da escrita, da leitura e da produção
textual e, ao mesmo tempo, elaborar alternativas de atividades para operacionalizar sua
avaliação. Portanto, é preciso compreender a funcionalidade da língua escrita, pois é
assim que o cidadão torna-se mais atuante, participativo e autônomo, de forma
significativa na sociedade na qual este está inserido.
È sabido que:
30
“(...) a cada momento, multiplicam-se as demandas por práticas de leitura e de
escrita, não só na chamada cultura do papel, mas também na nova cultura da
tela, como pode ser chamado o conhecimento mobilizado pelos meios
eletrônicos. Por isso, se uma criança sabe ler, mas não é capaz de ler um livro,
um jornal, ou se sabe escrever palavras e frases, mas não é capaz de escrever
uma carta, ela é alfabetizada, mas não letrada. Em sociedade grafocêntrica
como a nossa, as crianças de diferentes classes sociais convivem com a
escrita e com a prática de leitura e escrita cotidianamente, o que significa que
vivem em ambientes de letramento. As crianças começam, portanto, a “letrar -
se” a partir do momento em que nascem em uma sociedade letrada. Rodeadas
de material escrito e de pessoas que usam a leitura e a escrita, nossas
crianças, desde cedo, vão conhecendo e reconhecendo as práticas de leitura e
de escrita.” ¹³
5.8. CONCEPÇÃO DE CULTURA
Na busca da sobrevivência, o homem interage com a natureza, modificando-a
e dela extraindo o que necessita desta forma cria seu mundo com características
humanas, e define a cultura do seu povo.
Cultura é tudo o que os homens produzem, constroem ao longo da história,
desde as questões mais simples às questões mais complexas, manifestadas por meio da
arte, religião, costumes, valores, etc.
É papel da educação escolar respeitar essa diversidade e buscar desenvolver
nos alunos, o sentimento de respeito pela diferentes culturas dos povos, tendo clareza da
necessidade de combater a homogeneização tão difundida pelos meios de comunicação.
Respeitando e valorizando por meio do diálogo, o que o aluno já sabe:
“Como educador, preciso ir “lendo” cada vez melhor a leitura do mundo...
não posso de maneira alguma, nas minhas relações político- pedagógicas com
os grupos populares, desconsiderar seu saber de experiência feito. Sua
explicação do mundo de que faz parte a compreensão de sua própria presença
no mundo. E isso tudo vem explicitado ou sugerido ou escondido no que chamo
‘leitura do mundo’ que precede a ‘leitura da palavra’” ( Freire, 2000, p. 83).
31
Cabe ao colégio aproveitar essa diversidade cultural e fazer dela um espaço
aberto e democrático, que estimule a aprendizagem, valorizando a cultura popular porém,
dando as condições necessárias para que o aluno faça a passagem do saber popular
para o saber sistematizado, acumulado historicamente.
5.9. CONCEPÇÃO DE CIDADANIA
Concebemos cidadania por ações coletivas que busquem favorecer a aquisição
do conhecimento pelo povo, para que de posse do conhecimento científico e de
informações sobre seus direitos e deveres, os homens tenham a consciência modificada
de modo que possam fazer valer seus direitos.
É necessário a tomada e consciência do papel da educação e as mudanças
postas à colégio, enquanto instituição que trabalha com a educação formal, na construção
da cidadania.
Construir a cidadania, buscando formar um cidadão autônomo capaz de refletir
sobre sua realidade e nela interferir, é o nosso grande desafio. Paulo Freire estabelece a
relação entre libertação e humanização: “A libertação autêntica, que é a humanização em
processo, não é uma coisa que se deposita nos homens. Não é uma palavra a mais, oca,
mistificante. É práxis, que implica a ação e a reflexão dos homens sobre o mundo, para
transformá-lo” ( 1987, p.67).
No interior da escola, uma das formas de trabalharmos a cidadania é por meio
de uma gestão democrática, pois entendemos que são nos momentos de discussão e
decisão coletiva, que se expressa a democracia, e como consequência a garantia dos
direitos e deveres da comunidade escolar.
“Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se
educam entre si, mediatizados pelo mundo” (Freire, 1987, p. 68).
5.10. CONCEPÇÃO DE TECNOLOGIA
Ao falarmos em tecnologia como um avanço que ocorre em todos os
segmentos da sociedade, logo acredita-se que ela tem modificado o trabalho pedagógico
no interior das escolas públicas, no entanto o que se observa é a falta de tecnologia,
evidenciando cada vez mais as desigualdades sociais, pois aos nossos alunos, é negado
32
o acesso ao avanço do conhecimento, tanto no sentido de usufruir, quanto na
oportunidade de participar da elaboração desses conhecimentos.
O avanço tecnológico é resultado do trabalho do homem, que modifica sua
vida, na questão da produção de bens e serviços, bem como no conjunto das relações
sociais e nos padrões culturais vigentes.
É por meio do processo educativo, que se desenvolve a capacidade criadora
do homem, portanto o colégio deve estar a serviço de buscar metodologias que facilitem a
aprendizagem, buscando dar condições para que o aluno tenha acesso e participe do
avanço tecnológico. Segundo Freire: “O uso de computadores no processo de ensino
aprendizagem em lugar de reduzir, pode expandir a capacidade crítica e criativa de
nossos meninos e meninas” (Freire, 2000(a), p. 98).
Concebemos por tecnologia uma ferramenta sofisticada, que deve ser usada
no contexto educacional, estando a serviço de combater as desigualdades sociais,
assegurando o acesso de todos ao avanço do conhecimento produzido pelos homens e
desta forma combatendo a alienação a qual nossos alunos tem sido colocados no interior
das escolas públicas.
5.11. CONCEPÇÃO DE TRABALHO
É preciso entender o trabalho como ação intencional, o homem em suas
relações sociais, dentro da sociedade capitalista, na produção de bens. Porém, é
preciso compreender que o trabalho não acontece de forma tranquila, estando
sobrecarregado pelas relações de poder.
No trabalho educativo o fazer e o pensar entrelaçam se dialeticamente e é
nesta dimensão que esta posto a formação do homem.
Ao considerarmos o trabalho uma práxis humana, é importante o entendimento
de que o processo educativo é um trabalho não material, uma atividade intencional que
envolve, formas de organização necessária para a formação do ser humano.
O conhecimento como construção histórica é matéria-prima (objeto de estudo)
do professor e do aluno, que indagando sobre o mesmo irá produzir novos
conhecimentos, dando lhes condições de entender o viver, propondo modificações para
a sociedade em que vive, permitindo “ao cidadão produtor chegar ao domínio intelectual
do técnico e das formas de organização social sendo, portanto, capaz de criar soluções
33
originais para problemas novos que exigem criatividade, a partir do domínio do
conhecimento”. (Kuenzer, 1985, p, 33 e 35).
Sendo o trabalho um ato que dignifica o ser humano, faz se extremamente
necessário a desmistificação em relação ao Afro descendente, de modo a esclarecer que
todos são dotados de talentos que são inerentes a todo e qualquer ser humano
independente de raça, credo ou cor.
A afirmação do campo enquanto espaço de vida contribui para a auto
afirmação da identidade dos povos do campo no sentido de valorização do trabalho.
5.12. CONCEPÇÃO DE INCLUSÃO
Nós pensamos inclusão como um processo de inserção social, no qual o aluno,
encontra na escola, um lugar de acolhida.
Mantoan (2002), pontua que: A meta da inclusão é, desde o início, não deixar
ninguém de fora do sistema escolar, que deverá adaptar-se as particularidades
de todos os alunos (...). A medida que as práticas educacionais excludentesdo
passado vão dando espaço e oportunidade a unificação das modalidades de
educação, regular e especial, em um sistema único de ensino, caminha-se em
direção a uma reforma educacional mais ampla, em que todos os alunos come-
çam a ter suas necessidades educacionais satisfeitas dentro da educação re-
gular. (MANTOAN, 2002, p. 25)
Esse processo de inclusão educacional exige planejamento, reflexão e mudan-
ça, que envolvem a equipe administrativa, a gestão educacional, a equipe pedagógica, o
corpo docente, os recursos governamentais e, a flexibilização e a adaptação curricular,
garantindo aos alunos o seu direito constitucional e uma aprendizagem que melhor se
ajuste as suas necessidades e lhes proporcione uma inclusão responsável na sociedade.
E necessário reestruturar a escola para que seja um espaço aberto a fim de
adotar-se práticas heterogêneas, transformadoras e de inserção social no sentido de res-
peitar cada aluno, levando em conta os seus interesses, capacidades, potencialidades e
necessidades de aprendizagem. “As colégios inclusivas são colégios para todos, implican-
do num sistema educacional que reconheça e atenda as diferenças individuais, respeitan-
do as necessidades de qualquer um dos alunos”. (CARVALHO, 2004, p. 26).
Busca-se construir na escola uma politica voltada a qualidade para todos, as-
sim a educação inclusiva faz parte desse projeto a medida que se oferece ações pedagó-
gicas correspondentes as necessidades educativas especiais dos alunos, respeitando as
diferenças com relação a cor, raça, religião, cultura, atividades profissionais, etc.
34
Historicamente, os sujeitos que apresentavam necessidades educativas espe-
ciais passaram por um processo de exclusão social. A politica de inclusão de alunos com
necessidades especiais vem responder a um novo paradigma, envolvendo uma mudança
radical das politicas e das praticas sociais, de valores e de convicções.
Adota-se como referencial filosófico a ideia de que a inclusão educacional e
mais do que presença física, e muito mais que acessibilidade arquitetônica, e muito mais
do que matricular os alunos com deficiência nas salas de aula do ensino regular, e bem
mais do que um movimento da Educação Especial, pois, se impõe como um movimento
responsável que não pode abrir mão de uma rede de ajuda e apoio aos educadores, alu -
nos e familiares. Estes valores pautarão o trabalho pedagógico da escola como um com-
promisso politico, social e ético.
5.13. CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO DO CAMPO
O campo constitui-se num universo socialmente integrado ao conjunto da
sociedade brasileira e ao contexto atual das relações internacionais. Não está se
supondo, portanto, a existência de um universo isolado, autônomo em relação ao conjunto
da sociedade e que tenha uma lógica exclusiva de financiamento e reprodução. Porém o
campo mantém particularidades históricas, sociais, culturais e ecológicas que o diferencia.
O conceito de campo pode ser melhor compreendido a partir do conceito de
território como lugar marcado pelo ser humano. São lugares simbólicos permeados pela
diversidade cultural, étnico racial, pela multiplicidade de geração e recriação de saberes,
de conhecimentos que são organizados com lógicas diferentes, de lutas, de mobilização
social, de estratégias de sustentabilidade. Assim, o desenvolvimento humano e o
fortalecimento do capital social, por meio de vínculos sociais, culturais e de relações de
pertencimento a um determinado lugar, a um espaço vivido são imprescindíveis para o
desenvolvimento territorial sustentável.
O termo “educação do campo” que estamos fortalecendo tem um sentido
amplo e complexo, portanto, não deve ser entendido apenas como sinônimo de ensino.
Este conceito fundamenta-se na prática educativa que se tem desenvolvido nos
movimentos sociais, nas diferentes organizações que atuam com educação, e na LDB –
Lei de Diretrizes e Bases da Educação, no 9.394/96, que determina em seu art. 1º:
35
“A educação deve abranger os processos formativos que se
desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho nas instituições de
ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas
manifestações culturais”.
Por educação do campo concebe-se toda ação educativa que incorpora
espaços da floresta, da pecuária, das minas e da agricultura, mas os ultrapassa ao
acolher a si os espaços pesqueiros, caiçaras, ribeirinhos, pantaneiros e extrativistas e
fundamenta-se nas práticas sociais constitutivas dessas populações e seus
conhecimentos, habilidades, sentimentos, valores, modo de ser e produzir, de se
relacionar com a terra e formas de compartilhar a vida. Entende-se que a educação esta
presente em todos os processos formativos ocorridos ao longo da vida de cada um dentro
e fora da escola.
A identidade da Educação do campo definida pelos seus sujeitos sociais deve
estar vinculada a uma cultura que se produz por meio de relações mediadas pelo
trabalho, entendendo trabalho como produção material e cultural de existência humana.
Para isso, a escola precisa investir em uma interpretação da realidade que possibilite a
construção de conhecimentos potencializadores, de modelos de agricultura, de novas
matrizes tecnológicas, da produção econômica e de relações de trabalho e da vida a partir
de estratégias solidárias, que garantam a melhoria da qualidade de vida dos que vivem e
sobrevivem no e do campo.
Estas relações econômicas e sociais são vividas e construídas por sujeitos
concretos, de diferentes gêneros, etnias, religiões, vinculadas (ou não) a diferentes
organizações sociais e diferentes formas de produzir e viver individual e coletivamente.
Homens e mulheres que, submetidos a um modelo agrícola hegemônico que se revela a
cada dia mais socialmente excludente, ambientalmente insustentável e economicamente
seletivo, impõem a necessidade de uma educação que dê conta da compreensão crítica
dos mecanismos que o produzem e sustentam, assim como das possibilidades dos
sujeitos de produzirem mudanças nesta dinâmica.
Mais do que espaço geográfico, o campo é espaço de vida e de construção e
troca de saberes, produzido pelos sujeitos sociais a quem se destina a educação. Nesta
perspectiva do campo representa uma concepção política pedagógica voltada para
dinamizar a ligação dos seres humanos com as condições da existência social (relação
com a terra, o meio ambiente, os diversos saberes, a memória coletiva e os movimentos
36
sociais). Para construir esse processo educativo, que considere os sujeitos sociais, é
preciso fortalecer a identidade da escola do campo, ancorada na própria realidade do
campo, nos saberes próprios dos estudantes, da memória coletiva das pessoas, nos
movimentos sociais sindicais que defendem projetos de qualidade social de vida coletiva
(Art. 2o das Diretrizes Operacionais).
Nessa construção faz-se necessário garantir universalidade, sem
desconsiderar a diversidade e especificidade. A especificidade exige a capacidade de
reconhecer o diferente e o outro na condição de sujeito, jamais como estranho e, dessa
forma, estabelecer um modo de pertencimento das pessoas a uma comunidade e à
sociedade que impeça a transformação das diferenças em desigualdades. Faz parte da
humanização dessa trajetória encontrar os meios para realizar a mais ampla condição de
igualdade e bem estar dos seres humanos, entendendo-se que todos são protagonistas
de uma história a partir da sua inserção na luta coletiva por uma existência digna.
5.14. CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO
A avaliação deve dar condições para que seja possível ao professor tomar
decisões quanto ao aperfeiçoamento das situações de aprendizagem. Deve proporcionar
dados que permitam a escola promover a reformulação do currículo com adequação dos
conteúdos e métodos de ensino, preponderando os aspectos qualitativos da
aprendizagem e também levando em conta a interdisciplinaridade e a contextualização
dos conteúdos.
Portanto, a avaliação escolar consiste num processo sistemático e rigoroso de
coleta de dados, que se realiza desde o início do processo de conhecimento, tornando-se
disponível como informação contínua sobre a situação de aprendizagem e referencias
para formar juízo de valor, de modo a indicar o que deve ser feito para o prosseguimento
e o progresso da atividade educativa, uma tomada de decisão que direcione o
aprendizado e consequentemente o desenvolvimento do educando. (Viana, H. M –
Estudos em Avaliação Escolar -1991)
A avaliação é um processo abrangente da existência humana, que implica uma
reflexão crítica sobre a prática, no sentido de captar seus avanços, suas resistências,
suas dificuldades e possibilitar uma tomada de decisão sobre o que fazer para superar os
obstáculos.
37
Um posicionamento fundamental quando se fala de avaliação é relativamente
aos objetivos da educação escolar, pois deles é que derivarão os critérios de análise do
aproveitamento. A avaliação escolar está relacionada a uma concepção de homem, de
sociedade (que tipo de homem e de sociedade queremos formar).
Enquanto instituição, o papel que se espera da escola é que possa colaborar
na formação do cidadão (objetivo de que participam outras instâncias sociais) pela
mediação do conhecimento científico, filosófico. O conhecimento não tem sentido em si
mesmo: deve ajudar a compreender o mundo, e nele intervir. Assim sendo,
compreendemos que a principal finalidade da avaliação no processo escolar é ajudar a
garantir a construção do conhecimento, a aprendizagem por parte dos alunos, avaliar
para que os alunos aprendam mais e melhor.
Dessa forma, o professor deve propiciar metodologia que leve a esta
participação ativa do educando (problematização, debate, exposição, interativa –
dialogada, pesquisa, experimentação, trabalho de grupo, dramatização, desenho,
construção de modelo, estudo do meio, exercícios de aplicação, etc).
Neste contexto, avaliação deverá ser contínua, qualitativa, somatória, para que
possa cumprir sua função de auxílio ao processo de ensino-aprendizagem, que seja
realizado no processo, para que o professor possa estar acompanhando a apropriação do
conhecimento pelo educando; avaliar na hora que precisa ser avaliado, para ajudar o
aluno a construir seu próprio conhecimento. (Luckesi, C.C. Avaliação da Aprendizagem
Escolar -1996).
5.15. CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO
Não existe ensino nem processo ensino-aprendizagem sem conteúdos de
cultura é justamente o currículo que ordena esses conteúdos. Por isso, o currículo
encontra-se no centro do processo educativo, pois é em torno da transmissão dos
conhecimentos (conteúdos de ensino) que gravita a maior parte das práticas
pedagógicas, por essa razão é que se pode afirmar que o currículo é a matéria-prima da
escola e do trabalho docente.
A função do currículo é justamente dar forma ou ordenação pedagógica aos
conteúdos. Em realidade é uma atividade que exige competência técnico-pedagógica,
exige que o professor domine os conteúdos e metodologias e saiba adequar os conteúdos
às condições de aprendizagem dos alunos.
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De acordo com Gimeno (1998in:Souza(IESDE) “Trata-se de refletir e tomar
decisões sobre questões pertinentes à seleção dos conteúdos metodológicos de ensino e
avaliação. Para isso é importante que o coletivo dos professores considerem essas
questões:
- Quais conhecimentos/atitudes e valores que vamos trabalhar prioritariamente
considerando a realidade da escola?
-Que conhecimentos/atitudes e valores esperamos que os educandos
desenvolvam durante o ano letivo?
-Quais as metodologias, recursos e atividades mais adequadas para o
desenvolvimento do currículo?
- Como será feita a avaliação?”
Assim, o currículo deve ser entendido a partir da organização do conjunto de
atividades distribuídas no espaço e no tempo escolar, como elemento simbólico que
expressa as intenções e representação da escola na produção de sua identidade cultural.
5.15.1. CONCEPÇÕES CURRICULARES
Equipe Multidisciplinar: Com o intuito de orientar e auxiliar o desenvolvimento,
no espaço do Colégio, de ações relativas à Educação das relações Étnico—raciais e ao
Ensino da História e Cultura afro-brasileira, Africana e Indígena buscando divulgar para
que todos conheçam mais profundamente as leis e outros textos que contribuam para,
realmente, acabar com práticas racistas, preconceituosas e excludentes para com a
diversidade e também com relação a temas como: Educação Ambiental, Enfrentamento a
Violência Contra a Criança e o Adolescente, Drogas, Gravidez na Adolescência,
Alcoolismo, Respeito as diversidades, DST ... ajudar formar pessoas que sejam agentes
transformadores da sociedade.
Temas sociais contemporâneos:
Educação Fiscal: Nosso colégio, ao assumir um trabalho mais efetivo com
temas da contemporaneidade, estará tomando posição em defesa da justiça social,
equidade a solidariedade, da cooperação e da ética, além da melhoria da qualidade de
vida em comunidade. Dessa forma, o Colégio estará firmando um pacto com a sociedade,
com seu tempo e estará construindo no seu dia-a-dia um currículo vivo que se faz e se
refaz na relação escola e sociedade, currículo e vida.
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Educação do Campo: Nosso Colégio está preocupado com o atendimento
à diversidade social, econômica e cultural existente e, para ser reconhecida como tal, está
voltada indistintamente para a inclusão de todos os sujeitos.
O grande desafio de nosso Colégio é estabelecer uma proposta de ensino que
reconheça e valorize práticas culturais de tais sujeitos sem perder de vista o
conhecimento historicamente produzido, que constitui-se, um patrimônio universal.
Nosso Colégio promove a prática pedagógica voltada a enraizar os educandos
em sua cultura própria: que pode ser transformada ou recriada a partir da interação com
outras culturas, mas que precisa ser conservada. Isso se traduz em ajudar os educandos
a perderem a vergonha de sua identidade e até mesmo de “serem da roça”, valorizando a
história de seus antepassados, tendo uma visão crítica sobre ela e a aprender no passado
para saber projetar o futuro.
Um bom jeito de trabalharmos isso no Colégio, é contar histórias e estórias que
tenham a memória da comunidade como referência, assim como trabalhar com diferentes
linguagens artísticas que expressem sua cultura.
História e cultura afro brasileira, africana e indígena (Lei nº11645/08):
Nosso Colégio visa garantir indistintamente por meio da educação iguais direitos para o
pleno desenvolvimento de todos e de cada um, enquanto pessoa e cidadão, buscando
assim, desconstruir o mito racial que assola nossa sociedade, mito esse que difunde a
crença de que, se os negros não atingem os mesmos patamares que os não negros, é
por falta de competência ou de interesse, desconsiderando as desigualdades
seculares que a sociedade cria com prejuízos para os negros. Com esta medida,
reconhecemos que além de garantir vagas para negros nos bancos escolares, é preciso
resgatar e valorizar devidamente a história e cultura de seu povo, buscando reparar danos
que se repetem há séculos à sua identidade e os seus direitos. Essa relevância do estudo
de temas decorrentes da História e cultura afro brasileira, africana e indígena não se
restringe só à população negra ou indígena, ao contrário, diz respeito a todos, uma vez
que devem educar- se enquanto cidadãos atuantes no seio de uma sociedade
multicultural e pluri étnica capazes de construir uma nação democrática.
O ensino de História e cultura afro brasileira, africana e indígena em nosso
estabelecimento envolverá articulação entre passado, presente e futuro, num âmbito de
experiências, construções e pensamentos, produzidos em diferentes circunstâncias e
realidade do povo negro e no cotidiano da escola, nos diferentes níveis e modalidades de
ensino, como conteúdo de disciplinas, datas significativas, realização de projetos de
40
diferentes naturezas no decorrer do ano letivo. Já que a escola tem o papel
preponderante de eliminação das discriminações e para emancipação dos grupos
discriminados acreditamos que com estas medidas estamos desempenhando esse papel.
5.16. ATIVIDADES COMPLEMENTARES CURRICULARES DE CONTRATURNO
Programa da Secretaria de Estadual de Educação é um projeto educativo, inte-
grado, com a ampliação de tempos, espaços e oportunidades educativas, visando o em-
poderamento educacional de todos os sujeitos envolvidos através do contato com os equi-
pamentos sociais e culturais existentes na escola ou no território em que está situada.
SALA DE APOIO A APRENDIZAGEM
O objetivo do programa é atender às defasagens de aprendizagem
apresentadas pelos alunos nas discipl inas de Língua Portuguesa e
Matemática. São trabalhadas as dificuldades referentes à aquisição dos
conteúdos de oralidade, leitura, escrita, bem como as formas espaciais e
quantidades nas suas operações básicas e elementares.
CELEM
Tem por objetivo ofertar o ensino gratuito de idiomas aos alunos da Rede
Estadual de Educação Básica matriculados no Ensino Fundamental (anos finais), no
Ensino Médio, aos professores e funcionários que estejam no efetivo exercício de suas
funções na rede estadual e também à comunidade.
O CELEM, além de promover o conhecimento do idioma das etnias
formadoras do povo paranaense contribui para o aperfeiçoamento cultural e profissional
de seus alunos.
A Resolução n. 3.904/2008 - SEED, que regulamenta o funcionamento do
CELEM, considera "a importância que a aprendizagem de Línguas Estrangeiras
Modernas (LEM) têm no desenvolvimento do ser humano quanto a compreensão de
valores sociais e a aquisição de conhecimento sobre outras culturas".
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SALA DE RECURSO MULTIFUNCIONAL – TIPO I
Para os alunos matriculados na Rede Pública de Ensino na Educação Básica
é um atendimento educacional especializado, de natureza pedagógica que complementa
a escolarização de alunos que apresentam deficiência Intelectual, deficiência física
neuromotora, transtornos globais do desenvolvimento e transtornos funcionais
específicos, que exija atendimento complementar, individualizado ou em grupo, sob
orientação do professor especializado.
Deficiência intelectual: Em conformidade com a Associação Americana de Retardo
Mental, alunos com deficiência intelectual são aqueles que possuem incapacidade cara-
cterizada por limitações significativas no funcionamento intelectual e no comportamento
adaptativo e está expresso nas habilidades práticas, sociais e conceituais, originando-se
antes dos dezoito anos de idade.
Deficiência física neuromotora: aquele que apresenta comprometimento motor acen-
tuado, decorrente de sequelas neurológicas que causam alterações funcionais nos movi-
mentos, na coordenação motora e na fala, requerendo a organização do contexto escolar
no reconhecimento das diferentes formas de linguagem que utiliza para se comunicar ou
para comunicação.
Transtornos globais do desenvolvimento: aqueles que apresentam um quadro de
alterações no desenvolvimento neuropsicomotor, comprometimento nas relações sociais,
na comunicação ou estereotipias motoras. Incluem-se nessa definição alunos com autis-
mo clássico, síndrome de Asperger, síndrome de Rett, transtorno desintegrativo da infân-
cia (psicose) e transtornos invasivos sem outra especificação.
Transtornos funcionais específicos: Refere-se a funcionalidade específica (intrínsecas)
do sujeito, sem o comprometimento intelectual do mesmo. Diz respeito a um grupo hete-
rogêneo de alterações manifestadas por dificuldades significativas: na aquisição e uso da
audição, fala, leitura, escrita, raciocínio ou habilidades matemáticas, na atenção e concen-
tração.
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5.17. ESTÁGIO NÃO OBRIGATÓRIO
Segundo a lei nº 11.788, de 25 de setembro de 2008, Art. 1º, “Estágio é ato
educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à
preparação para o trabalho produtivo de educandos que estejam frequentando o ensino
regular em instituições de educação superior, de educação profissional, de ensino médio,
da educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade
profissional de jovens e adultos.”
O estágio poderá ser obrigatório ou não obrigatório, conforme determinação
das diretrizes curriculares da etapa, modalidade e área de ensino e da proposta
pedagógica do curso. O estágio obrigatório tem definida carga horária e requisito para
aprovação e obtenção de diploma. O estágio não-obrigatório é atividade opcional,
acrescida à carga horária regular e obrigatória.
Os conhecimentos escolares buscam uma educação que possibilite a
compreensão dos princípios científico-tecnológicos e históricos da produção moderna, de
modo a orientar os estagiários a desenvolverem as ações no ambiente de trabalho
relacionado aos conhecimentos universais necessários para compreendê-los a partir das
relações de trabalho. Formar para o mundo do trabalho, portanto, requer o acesso aos
conhecimentos produzidos historicamente pelo conjunto da humanidade, a fim de
possibilitar ao futuro trabalhador se apropriar das etapas do processo de forma conceitual
e operacional. Isto implica em ir para além de uma formação técnica que secundariza o
conhecimento, necessário para se compreender o processo de produção em sua
totalidade.
5.18. PRINCÍPIOS DA GESTÃO DEMOCRÁTICA
Para que nossos objetivos sejam alcançados a nossa escola funcionará assim:
Sendo a gestão democrática o foco de interesse de um ensino de qualidade,
necessário se faz que haja uma intervenção constante do Conselho escolar,
democratizando o ensino e tomar decisões coletivamente para resolver problemas.
A gestão democrática da escola é responsável pela administração, elaboração
e acompanhamento do projeto de educação que se deseja – a proposta educacional,
fundamentada num paradigma de homem e sociedade. A gestão é aqui entendida como
43
um “fazer coletivo” que leva em consideração a sociedade em que vivemos e suas
constantes mudanças, as quais irão influenciar a qualidade e a finalidade da educação.
Gestão democrática – pressupõe a participação de representantes de todos os
segmentos da escola, nos processos de tomadas de decisões. Priorizar a solidariedade,
eliminar a exploração e o individualismo.
A partir destes princípios, alguns elementos são essenciais à prática da gestão
democrática:
Qualidade – aprendizagem de qualidade para todos.
Liberdade – Respeito à liberdade e apreço à tolerância, sendo livre a
expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação independente de
censura ou licença.
Autonomia- administrativa, jurídica, financeira e pedagógica, dentro das
possibilidades oferecidas pela mantenedora da escola.
Clima organizacional: determina a vontade dos membros de participar ou
alienar-se do processo educativo. È importante que as pessoas gostem do que fazem e
sintam prazer em estar ali. Para isso é fundamental que:
a)- A finalidade e os objetivos estejam claramente definidos e sejam
conhecidos de todos.
b)- As responsabilidades e ações de cada um estejam claramente atribuídas
pelo coletivo.
c)- As pessoas sejam situadas como sujeitos, capazes de se comprometer e
participar com autonomia.
d)- Os conflitos não sejam negados, mas mediados dialeticamente, pois são
inerentes à condição humana emancipada e resultam da pluralidade dos saberes e visões
de mundo, que constituem a riqueza da instituição.
e)- A informação flua límpida e transparente, pois é a matéria-prima da gestão.
f)- O respeito profissional seja cultivado acima das divergências.
Diante disto a função de cada um dos segmentos e instancias colegiadas, bem
como cada um deles garantirá a efetivação do PPP, será assim definida:
A gestão democrática está baseada em pressupostos que abaixo citamos:
• Capacitar todos os segmentos: A participação exige aprendizado. É relevante
na escola criar espaços onde todos os segmentos possam ser capacitados.
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Ao professor já é reservado um momento especial, a Hora Atividade, onde
pode estudar, discutir seus problemas e suas necessidades e também a capacitação
continuada.
Aos funcionários é importante que o diretor também viabilize momentos de
estudo e trocas entre seus pares.
A comunidade escolar e os alunos também necessitam de orientações quanto
aos seus direitos e deveres e de a importância da sua participação na escola.
• Consultar a comunidade escolar: Se desejamos que a comunidade escolar
participe da escola é necessário criar espaço para que ela se manifeste, através de
reuniões, capacitações, questionários e outros.
• Institucionalizar a gestão democrática: A consulta e a participação da
comunidade escolar possibilitará que as decisões tomadas sejam de acordo com as
necessidades e anseios educacionais reais da população.
Garantir a lisura nos processos de definição da gestão: Para que se garantam
transparência e respeito aos princípios éticos nas ações relacionadas à gestão
democrática, todos os cuidados devem ser tomados pela comunidade escolar.
Relatar fatos graves ocorridos ao Conselho Escolar, divulgar dados de balanço
financeiro da escola, respeito as regras e princípios norteadores presentes no projeto
político pedagógico e outros.
• Dar agilidade às informações e transparência às negociações: dar acesso a
todas as informações da escola que sejam pertinentes à comunidade escolar e ter
profissionalismo para resolver conflitos na escola, o diretor atuando como um articulador,
dando transparências as decisões tomadas.
5.19. A FUNÇÃO DOS SEGMENTOS DA ESCOLA
Direção
É de responsabilidade da direção escolar a coordenação da aplicação eficaz da
política educacional do sistema, bem como o desenvolvimento pleno dos objetivos
traçados na proposta pedagógica vigente. Para isso, precisa organizar, dinamizar e
controlar os recursos, sejam financeiros, pedagógicos, humanos ou físicos, necessários
para a efetivação e garantia da qualidade de ensino.
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Do diretor da escola depende, em grande parte, o bom desempenho de
professores, funcionários e alunos e a garantia de relacionamento embasado na
cooperação e autonomia.
Sua função além de administrativa é também pedagógica, pois é o diretor
quem deverá apoiar e empreender novos projetos educacionais, construídos sempre em
consonância com toda a equipe da escola.
Equipe Docente
Peça fundamental no processo de ensino-aprendizagem, o educador deve ser
aquele que oportuniza aos educandos momentos de investigação, análise e criatividade
na resolução de problemas do dia-a-dia.
É papel do professor dedicar-se ao estudo constante das novas tendências da
educação, visando sempre o aprimoramento de seus conhecimentos teóricos para uma
melhor aplicação em sala de aula. O bom educador não é mais aquele que traz tudo
pronto para o aluno, mas sim aquele que promove a autonomia colocando-se, como
parceiro da criança no momento de novas descobertas, desafiando sempre para que haja
o máximo de crescimento intelectual, moral e social.
Equipe Pedagógica
É papel do pedagogo auxiliar os professores no trato com os materiais
educativos, na metodologia de ensino, no planejamento curricular, no processo avaliativo,
no estabelecimento dos objetivos da educação, no processo de recuperação de alunos,
no desempenho do professor em sala de aula, enfim, deve atuar sempre no sentido de
ajudar na efetivação do ensino e da aprendizagem.
Para isso, o pedagogo precisa coordenar os processos de estudo e reflexão do
corpo docente, revendo, analisando criticamente e reconstruindo, em parceria com a
direção, professores, pais e alunos, os métodos e técnicas educacionais empregadas no
dia-a-dia da sala de aula.
O pedagogo também tem sua atuação ligada mais diretamente ao aluno, o que
não significa , em hipótese alguma , distanciamento da ação do educador, pois é dessa
ação que depende a ação do próprio educando.
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Deve promover transformações no contexto pedagógico da instituição para
ajudar na efetivação do ensino-aprendizagem e na significação dos conteúdos ensinados.
É ainda sua função promover aconselhamentos e acompanhamentos junto a
alunos e professores no sentido de um melhor relacionamento entre as partes.
Professor(a):
Organizar o trabalho de ensino-aprendizagem na sala de aula, bem como
atividade extraclasse. Ser o mediador no processo de ensino/aprendizagem. Organizar o
Currículo em conjunto com a direção e equipe pedagógica. Participar da construção
coletiva do projeto Político Pedagógico e colocá-lo em prática no seu âmbito de atuação.
Estar sempre presente em reuniões de pais e quando solicitado pela escola.
Agentes de apoio II (Secretaria Escolar)
É responsável pelas questões referentes à documentação escolar. Sendo suas
atribuições manter em dia a documentação do Colégio.
Prestar atendimento ao público.
Manter atualizado os dados funcionais dos docentes e discentes.
Organizar toda a legislação do estabelecimento, redigir ata, receber e expedir
correspondências do Colégio.
Participar de reunião escolar.
Comunicar à direção os fatos relevantes que acontecem na rotina escolar.
Registrar todo o material existente no laboratório de ciências e de informática.
Agir como educador no momento da busca por materiais e recursos disponíveis
no Colégio.
Participar das capacitações propostas pela SEED .
Mediar o uso dos recursos pedagógicos e tecnológicos para a prática escolar
sempre que solicitado pelos docentes.
É essencial em uma escola o bom atendimento aos pais e a comunidade em
geral por parte da secretaria , pois dela depende em muito a reputação de uma escola, ou
seja, um bom relacionamento, atendimento ,agilidade e eficiência .
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Agentes de apoio I (serviços gerais e merendeira)
É responsabilidade desse setor manter a escola limpa e conservada, zelando
pelo ambiente escolar, e valorizando o ambiente físico.
Agindo como educador na construção de hábitos de preservação e manutenção
do patrimônio escolar
É função desse setor preparar a alimentação escolar, observando os princípios
de higiene, valorizando a cultura alimentar local, programando e diversificando a merenda
escolar.
Responsabilizar pela conservação dos alimentos, verificando a data de
validade, utilizar em datas próprias, evitando os desperdícios dos mesmos.
Atuar junto a comunidade escolar, interagindo mediando e dialogando sobre
questões rotineiras, zelar pela segurança do estabelecimento, realizando rondas pelas
dependências da escola, atentando para eventuais anormalidades, controlando o
movimento de pessoas nas dependências do estabelecimento, cooperando com a
organização das atividades desenvolvidas na unidade escolar.
Aluno
Participar ativamente de forma responsável e compromissada de todo o
processo ensino aprendizagem.
5.20. O PAPEL DAS INSTÂNCIAS COLEGIADAS
As instâncias colegiadas representam os diversos segmentos da comunidade
escolar e desempenham um papel importante e são imprescindíveis para que se tenha
um projeto coletivo de educação. O papel de cada instância:
Conselho Escolar
O Conselho Escolar é um órgão colegiado, representativo da Comunidade
Escolar de natureza deliberativa, consultiva, avaliativa e fiscalizadora, sobre a
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organização e a realização do trabalho pedagógico e administrativo da instituição escolar
em conformidade com as políticas e diretrizes educacionais da SEED.
Por ter representantes de diversos setores da comunidade, é sua função
principal promover a relação da escola com outros segmentos da sociedade em geral.
É presidido pelo diretor, encontra-se nele representado os professores, os
pedagogos, funcionários, pais, alunos e representantes dos movimentos sociais
organizados da comunidade.
O regulamento do Conselho Escolar, encontra-se no Regimento Escolar.
O Estatuto dispõe sobre o Conselho Escolar do Colégio Estadual José de
Anchieta – Ensino Fundamental, sendo constituído segundo as disposições contidas na
Resolução nº2124/05. da SEED e no Parecer nº230/2005, homologado pelo Ato
Administrativo nº 209/2011 do Núcleo Regional de Educação de Paranavaí, que aprova o
Estatuto do Conselho Escolar deste Estabelecimento de Ensino.
O Conselho Escolar deverá permitir e fazer cumprir a legislação em vigor, a
autonomia escolar, as propostas elaboradas no Projeto Político-Pedagógico de forma que
o respeito, a democracia, os direitos e os deveres dos cidadãos, o acesso e a
permanência na escola e aos saberes produzidos historicamente pela humanidade sejam
garantidos através de uma educação de qualidade.
Conselho de Classe
O Conselho de Classe é aqui entendido, de acordo com Dalben, como “um
órgão colegiado, presente na organização da escola, em que os vários professores das
diversas disciplinas, juntamente com a equipe pedagógica e direção reúnem-se para
refletir e avaliar o processo pedagógico desencadeado em cada turma.” (Dalben, 2004,
p.31). tendo o papel de aglutinar diferentes análises e avaliações dos diversos
profissionais, permitindo análises mais globais do aluno em relação aos trabalhos
desenvolvidos e a estruturação de trabalhos pedagógicos segundo opções coletivas.
O Conselho de Classe estará articulado ao presente projeto, sendo entendido
como um espaço democrático de tomada de decisão sobre o trabalho pedagógico.
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Associação de Pais e Mestres e Funcionários
A Associação de Pais Mestres e Funcionários é um organismo, de
representação dos professores, alunos e pais. Não tem caráter partidário ou religioso e
não tem fins lucrativos.
Tem por objetivo geral colaborar na assistência ao educando, no
aprimoramento de ensino e na integração família-escola-comunidade, mediante ação
integrada, através do desenvolvimento de atividades sócio culturais , desportivas, saúde,
meio-ambiente, dentro do previsto no calendário escolar e também contribuir para a
melhoria e conservação do estabelecimento de ensino.
Grêmio Estudantil
Participa ativamente no processo ensino - aprendizagem juntamente com as
outras instâncias de forma ética, responsável e criativa, em conformidade com a norma
vigente. O Grêmio Estudantil é o órgão máximo de representação dos estudantes da
escola. Nele, o aluno defende seus interesses e aprende ética e cidadania na prática. O
Grêmio Estudantil é formado apenas por alunos, de forma independente. Com objetivos
cívicos, culturais, educacionais, desportivos e sociais.
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VI-MARCO OPERACIONAL
Os conteúdos escolares; o processo de avaliação; que permeiam todos os
momentos do cotidiano do colégio; a definição do plano de ação; do planejamento de
ensino; recursos didáticos a serem adotados; o envolvimento da comunidade; as relações
que estabelecem no interior da escola; por se constituírem em elementos essenciais,
devido ao seu grau de relevância, que definirão os objetivos da escola no sentido de
realizar sua função social.
Esse processo sistemático de reflexão é o caminho para o desenvolvimento de
uma proposta reflexiva e responsável para que a condução dos trabalhos seja executada
efetivamente, diante do exposto, a escola tem como propósito desenvolver as ações
descritas a seguir:
6.1. GRANDES LINHAS DE AÇÃO
A luta por uma escola transformadora pressupõe conteúdos significativos e críticos da
realidade, praticando a solidariedade e a convivência multirracial.
• Que a convivência solidária se instale na escola, onde a comunidade escolar se
respeite, ressaltando as qualidades das pessoas;
• Que o Projeto Político Pedagógico seja o eixo da organização escolar;
• Que a participação da comunidade se efetive numa gestão democrática;
• Que o ensino aprendizagem de qualidade seja assegurado a todos, possibilitando um
conhecimento crítico e humano;
• Aos alunos que chegam para o 6ª ano e/ou 5ª série com defasagem de aprendizagem,
principalmente em língua portuguesa e matemática, será ofertado em período
contrário, Salas de Apoio à Aprendizagem a essas disciplinas.
• Que a participação na formação continuada de professores, através de reuniões
pedagógicas, hora atividade, de referenciais de educação, traga subsídios teóricos à
sua pratica educativa emancipadora.
• Que a formação continuada dos profissionais da educação traga êxito para práticas
pedagógicas assegurando a efetiva aprendizagem para todos.
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• Que a formação continuada dos profissionais da educação possam ser efetivadas de
forma a atender os anseios dos mesmos, bem como da realidade. Estando, no entanto,
em consonância com os princípios das leis vigentes;
• Que os professores tenham orientação e comprometimento em superar suas
dificuldades pedagógicas, garantindo assim uma melhor aprendizagem ao aluno.
• Que os professores tenham mais responsabilidade e compromisso sobre as ações
decididas nas capacitações e reuniões pedagógicas a serem realizadas durante o ano
letivo.
• Que a proposta pedagógica elaborada com base nas diretrizes curriculares estaduais
garanta o cumprimento da função social da escola direcione toda a escola para sua
responsabilidade e compromissos com a construção de uma nova sociedade,
conquistando a cidadania, cumprir seus direitos e deveres com liberdade e igualdade;
• Que o conselho de classe seja realmente um espaço de investigação análise estudo
das questões da não aprendizagem, tendo em vista a melhoria da qualidade de ensino
e aprendizagem de todos os educandos;
• Que as atividades complementares/projetos (leitura, futsal, dança entre outros),
possam contribuir para a formação consciente de nossos educandos, visando melhor
desenvolvimento em todos os aspectos;
• Que se garanta a obrigatoriedade, gratuidade, laicidade e qualidade conceitual –
política do conhecimento na escola pública;
• Que a permanência, a promoção e a garantia da aprendizagem a todos os alunos seja
uma realidade em nossa escola.
• Que o corpo docente compreenda a necessidade de saber distinguir a avaliação
diagnóstica da classificatória, percebendo nesta a importância de análise dos
resultados da aprendizagem, com vista ao processo de ensino aprendizagem do aluno,
assim como a auto avaliação da prática pedagógica do próprio professor.
• Que a interdisciplinaridade, assim como a contextualização dos conteúdos seja
constante na prática pedagógica dos professores, garantida que esta prática seja
efetivada no plano de trabalho docente.
• Que os professores sensibilize-se sobre a importância do Plano de Trabalho Docente
para a garantia da aprendizagem para todos.
• Que haja reflexão juntamente com os pais sobre a necessidade de acompanhamento
de todo o processo de ensino aprendizagem de forma efetiva.
52
• Que a inclusão de todos os que estejam excluídos pelas necessidades educativas
especiais e condições sócio econômicas e tantas outras sejam buscadas pela
comunidade escolar.
• Que a cidadania seja buscada como um bem maior dentro e fora da escola.
• Que o Colégio ressalte os valores dos alunos do campo, dos afro brasileiros, migrantes
nordestinos e dos alunos especiais a partir das bases culturais do senso comum de
cada grupo, direcionando para o saber sistematizado.
• Que o cumprimento da Lei 11.645/08, sejam tratados de forma significativa em todas
as disciplinas.
• Que a Equipe Multidisciplinar possa orientar e auxiliar o desenvolvimento de ações
realmente, para acabar com práticas racistas, preconceituosas e excludentes para com
a diversidade.
• Que os temas como: Educação Ambiental, Enfrentamento a violência contra a criança
e o adolescente, Drogas, Gravidez na Adolescência, Alcoolismo, DST, dengue entre
outros seja trabalhado através de práticas pedagógicas emancipadora, para que o
aluno possa opinar como sujeito e agente do mundo em que ele está inserido e poder
mudar a sua realidade.
• Que o Colégio rompa com as estruturas da homogeneidade e da monocultura
eurocêntrica para estabelecer uma pedagogia progressista, dialética, dialógica e
multirracial.
• Que o Colégio utilize na prática o diálogo intercultural acolhendo a todos
solidariamente.
• Que o Colégio tenha bom senso de levar em consideração a vida, o chão e a cultura
dos educandos incluindo todos no espaço educacional.
• Que o Colégio seja estímulo para a superação dos entraves na aquisição do
conhecimento.
• Que o Colégio acolha o aluno do campo trabalhando as práticas do senso comum da
cultura rural para o conhecimento sistematizado e universal.
• Que os órgãos colegiados sejam atuantes cumprindo de forma consciente sua função,
contribuindo assim para a gestão democrática do colégio.
• Que os casos de problema de disciplina e aprendizagem serão analisados pelo
pedagogo/professor/aluno respeitando-se as diferenças individuais, refletindo sobre as
causas de determinados comportamentos e o tratamento a ser destinado a cada caso,
53
lembrando sempre que a educação deve ser baseada numa relação honesta,
democrática e solidária entre o educador e o educando.
• Que toda a comunidade escolar utilize com qualidade todos os espaços pedagógicos e
físicos do colégio e seu material didático para a efetiva aprendizagem de todos.
• Que os projetos de construção e melhorias na infra-estrutura da escola: construção de
sala para a equipe pedagógica; sala para os professores; laboratório de ciências;
cozinha e refeitório necessários para o bom desenvolvimento do plano de ação,
possam ser assegurados e executados pelos órgãos competentes o quanto antes,
garantindo assim um trabalho pedagógico de melhor qualidade.
• Que durante todo o período letivo sejam criados momentos, de diálogos, formação, de
discussão, debates para desconstruir e construir conceitos, postura, evidenciando a
possibilidade de reorganização de conhecimentos pelos próprios educadores e
educando e que o Projeto Político Pedagógico seja reavaliado, visando oferecer as
relações no espaço, bem como o processo de convivência e aprendizagem.
6.2. ORGANIZAÇÃO CURRICULAR
Organização curricular do Colégio Estadual José de Anchieta – Ensino
Fundamental e Médio, tem por finalidade atender o disposto nas constituições Federal e
Estadual e na Lei de Diretrizes e Bases da Educação ministrando o Ensino Fundamental
do 6º ao 9º ano num sistema de seriação, com duração de 4 (quatro) anos, ou seja, 3.200
(três mil e duzentas) horas, a carga horária anual é de 800 (oitocentas) horas distribuídas
em 200 (duzentos) dias letivos. Com 75% (setenta e cinco por cento) da carga horária
destinada às disciplinas da Base Nacional Comum e 25% (vinte e cinco por cento) às
disciplinas da parte diversificada.
A carga horária está organizada em aulas de 50 minutos, perfazendo um total
de 3840 horas, no curso.
O currículo do Ensino Fundamental do 6º ao 9º ano está organizado por
disciplinas a saber: Base Nacional Comum: Língua Portuguesa, Matemática, História,
Geografia, Arte, Educação Física, Ciências, Parte Diversificada:: Língua Estrangeira
Moderna (Inglês) e Disciplina Optativa: Ensino Religioso.
Obs: Conforme Parecer 407/11 - CEE nosso colégio ofertará a partir de 2012 o Ensino
Fundamental de 9 anos.
54
O Ensino Médio estruturado em três séries anuais, com carga horária
estabelecida para cada série desenvolvida em 200 dias letivos e organizada em 3 aulas
de 50 minutos e duas de 45 minutos perfazendo um total de 2400 horas, no curso. O
currículo do Ensino Médio abrange conteúdos das disciplinas do núcleo comum como:
Língua Portuguesa, Matemática, Física, Química, Biologia, História, Geografia, Arte,
Educação Física, Sociologia e Filosofia e LEM -Inglês na parte Diversifica.
O projeto curricular contempla a filosofia e as diretrizes da proposta
pedagógica definidas pela Secretaria de Estado da Educação, prevendo a formação
básica do cidadão.
6.3 ENSINO DE 9 ANOS
A partir de 2012 o colégio ofertará de forma simultânea o Ensino Fundamental
de 9 anos e é necessário assegurar que a transição dos alunos dos anos iniciais para os
anos finais do Ensino Fundamental ocorra de forma mais natural possível, não
provocando no aluno rupturas e impactos negativos no seu processo de aprendizagem,
resultando na fragmentação entre conhecimento, aprendizagem e trabalho pedagógico.
É importante a responsabilidade do colégio principalmente dos professores,
funcionários, direção e equipe pedagógica organizar um ambiente acolhedor, prazeroso e
propício à aprendizagem e reorganizar a sua estrutura, as formas de gestão, os
ambientes, os espaços, os tempos, os materiais, os conteúdos, as metodologias, os
objetivos, o planejamento e a avaliação, de forma que os alunos se sintam inseridos e
acolhidos para enfrentar os desafios da nova etapa.
6.4. ELABORAÇÃO DO CALENDÁRIO ESCOLAR
O Calendário Escolar do Colégio Estadual José de Anchieta E.F.M. é elaborado
com a participação do Núcleo Regional de Educação de Paranavaí e complementada com
as atividades anuais da escola.
A Carga Horária mínima estabelecida por este Colégio, é de 800 (oitocentas)
horas, distribuídas em 200 (duzentos) dias letivos de trabalho escolar, conforme o artigo
24, I, da LDB nº 9394/96. Ainda, consta do calendário:
• início e término das atividades docentes;
55
• início e término de cada trimestre;
• reuniões pedagógicas e/ou administrativas;
• feriados e/ou antecipações;
• recessos escolares;
• capacitação de docentes;
• período de férias;
• atividades culturais.
• Conselho de Classe.
As reuniões do Conselho Escolar, da APMF, do Grêmio Estudantil, das
Atividades Extraclasse e orientações para os pais, serão realizadas de acordo com as
necessidades do Colégio no decorrer do ano.
A Escola oferecerá reposição de aula e complementação de carga horária em
período contrário e/ou aos sábados sempre que necessário, garantindo assim, o
cumprimento da lei.
As alterações do Calendário Escolar, determinadas por motivos relevantes,
serão comunicadas à autoridade competente, em tempo hábil, para as providências
cabíveis.
6.5. ORGANIZAÇÃO DE TURMAS E DISTRIBUIÇÃO DE AULAS PARA OS PROFESSORES
A distribuição de aulas segue critérios do edital de distribuição de aulas
expedido pela mantenedora.
As turmas do 6º ano são organizadas pela equipe pedagógica, atendendo os
preceitos legais e as demais séries serão organizadas atendendo as razões específicas.
6.6. ORGANIZAÇÃO DOS ESPAÇOS EDUCATIVOS
Os espaços escolares são todos espaços educativos e devem ser otimizados
de forma a contribuir para a melhoria da aprendizagem e das relações sociais dos
diversos segmentos da comunidade escolar.
Salas de aula: Cada turma terá uma sala de aula determinada no início do
período letivo, levando-se em consideração o número de alunos.
Biblioteca: Deverá ser usada por todos os alunos regularmente matriculados,
professores e funcionários deste estabelecimento de ensino. Os alunos devem frequentar
56
a biblioteca em horário diferente do seu horário de aula, a não ser que estejam
acompanhados pelo professor, em comum acordo com os funcionários responsáveis pelo
setor, funcionário este que não temos até o momento. Toda a comunidade escolar
também tem direito a empréstimo de exemplares da biblioteca seguindo normas
estabelecidas.
Quadra de esporte: É coberta e será utilizada para as aulas de Educação
Física, treinos e as atividades complementar curricular.
Pátio: É um espaço importante de confraternização e será utilizado para
práticas pedagógicas.
Laboratório de informática: Será utilizado por todas as turmas, desde que o
professor que vá utilizá-lo tenha conhecimento dos programas instalados e como acessar
a internet. A responsabilidade de preparação do espaço e do equipamento para a
utilização didática será do professor enquanto não houver funcionário designado para tal
função, por ser um ambiente juntamente com a sala dos professores é utilizado mais
pelos professores na hora atividade, já os alunos frequentam no período contrário desde
que tenha alguém para acompanhá-los.
Sala de Recursos: O atendimento em sala de recurso será feito em turno
diferente daquele da classe comum.
O número máximo é de 20 (vinte) alunos com atendimento por cronograma pré
estabelecido. O cronograma de atendimento deve ser flexível, organizado e reorganizado
sempre que necessário de acordo com as necessidades educacionais dos alunos.
Os grupos de alunos em atendimento, são organizados por faixa etária ou
conforme as necessidades pedagógicas semelhantes dos mesmos; recebendo
atendimento de acordo com as suas necessidades, deverá ser de 2 (duas) a 4 (quatro)
vezes por semana, não ultrapassando 2 (duas) horas/aula diárias.
O atendimento não isenta o aluno da frequência à classe regular.
Para o ingresso desses alunos a sala de recurso é feito uma avaliação clínica
(psicólogo, neuropediatra, fonoaudiólogo) conforme a deficiência apresentada e a
avaliação do contexto escolar.
Há controle de frequência dos alunos, a através de livro de chamada elaborado
pela escola; contato periódico com a equipe técnico-pedagógica da escola e professores
da classe regular, participação do professor da sala de recurso em conselhos de classe
da escola;
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Há uma pasta individual do aluno com todos os documentos exigidos, contendo
também os relatórios da avaliação clínica e pedagógica e de acompanhamento semestral
elaborado pelo professor da sala de recurso.
O espaço físico é adequado para o atendimento dos alunos, sendo bem
iluminado e ventilado, os materiais pedagógicos são fornecidos pela escola.
O trabalho parte dos interesses e dificuldades de aprendizagem específicas de
cada aluno, oferecendo subsídios pedagógicos e contribuindo para a aprendizagem dos
conteúdos na classe regular.
Sala de apoio a aprendizagem: Destinado à ação pedagógica para
enfrentamento dos problemas relacionados à aprendizagem de Língua Portuguesa e
Matemática dos alunos do 6º Ano e 9º ano, do Ensino Fundamental. Os alunos são
atendidos em contraturno, com 04 horas-aula semanais, ofertadas, prioritariamente, em
aulas geminadas, em dias não subsequentes, sempre tendo em vista o benefício do
aluno. A demanda para atendimento é automática para os alunos 6ºano e 9ºano e
quando necessária, mediante solicitação, atende alunos do 7ºano e 8ºano.
Aos professores regentes da turma caberá diagnosticar e fazer a indicação dos
alunos com dificuldades à Equipe Pedagógica a qual os encaminhará ao professor da
referida sala.
Participando de atividades que visam à superação das dificuldades referentes
aos conteúdos das disciplinas de português e matemática, a metodologia utilizada na
SAA diferencia das atividades da classe comum, elas são adequadas às necessidades e
possibilita a superação das dificuldades apresentadas pelos alunos.
O professor da SAA elabora seu PTD de acordo com as dificuldades
apresentadas nas fichas de encaminhamento preenchidas pelo professor regente. Há o
controle de frequência dos alunos, a através de livro de chamada; contato periódico com a
equipe técnico-pedagógica da escola e professores da classe regular, participação do
professor da SAA em conselhos de classe da escola e também no final de cada semestre
é preenchido o relatório semestral e enviado ao NRE.
O Colégio orienta as famílias a respeito da SAA informando aos pais ou
responsáveis sobre a necessidade e importância dos alunos estenderem seu tempo
escolar e quanto à frequência, aproveitamento nas SAA e na classe comum.
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Durante e após a participação do aluno no Programa a Equipe Pedagógica e
os professores regentes e das Salas de Apoio decidem sobre a permanência ou a libera-
ção dos alunos da SAA considerando a aprendizagem do aluno.
CELEM: Visa atender alunos desta escola, comunidade escolar (professores,
funcionários, pais de alunos) e comunidade externa. O Colégio oferta o curso da língua
espanhola e tem a duração de dois anos com 320h, 4 (quatro) horas/aula semanais
distribuídas em até 02(dois) dias, preferencialmente não consecutivos. Ao final do curso, o
aluno receberá certificado reconhecido pelo MEC.
Para a formação das turmas é feito a divulgação, tanto para alunos, professo-
res, funcionários, quanto para comunidade, informando sobre seu funcionamento. As tur-
mas são formadas com um mínimo de 20 (vinte) e máximo de 30 (trinta) alunos.
O Colégio informa aos pais ou responsáveis quanto à participação, frequência
e ao aproveitamento no CELEM.
O professor do CELEM ministra suas aulas e desenvolve um trabalho condi-
zente com as Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica para LEM e o
Projeto Político Pedagógico do estabelecimento de ensino; elabora o Plano de Trabalho
Docente, indicando metodologias adequadas às necessidades do ensino de LEM.
Atividade Complementar Curricular em Contra Turno: O colégio oferece através de
Complementação Curricular Projetos de dança e hora treinamento (Futsal). Os alunos são
atendidos em contra turno onde todos os alunos do colégio são convidados a participar,
priorizado os que se encontram em situação de vulnerabilidade social, bem como as ne-
cessidades socioeducacionais. as atividades pedagógicas deverão ter um encaminha-
mento metodológico, de forma diferenciada, inovadora e significativa para os alunos.
6.7. FORMAÇÃO CONTINUADA
Política pública objetivando garantir uma aprendizagem de qualidade aos
alunos. A formação continuada é ofertada pela própria mantenedora: A direção
disponibilizará profissionais para participar de eventos organizados pela mantenedora-
SEED de acordo com critérios da mesma e critérios aprovados coletivamente pelos
profissionais desta instituição escolar.
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Semana Pedagógica: Realizada no início do ano letivo e também no reinício
das atividades escolares após as férias de julho, com a finalidade de discutir assuntos
pré-determinados pela mantenedora, em nível de capacitação.
Na escola:
Hora-atividade: Será trabalhada pela equipe de forma individual, priorizando
questões apresentadas pelos professores, visando a consolidação do PPP.
Reuniões Pedagógicas: São reuniões previstas no calendário escolar e que
priorizam a formação coletiva, tendo como prioridade a discussão de temas relacionados
ao ensino-aprendizagem e outros temas escolhidos, para melhor desenvolvimento do
projeto.
6.7. AVALIAÇÃO DA ESCOLA
Os instrumentos que devem ser utilizados para a avaliação são vários. Como
processo esta possibilita aos alunos inúmeras formas e possibilidades de serem avaliados
como a participação efetiva em trabalhos realizados em sala de aula ou em tarefas
domiciliares, em expressões artísticas, na elaboração de sínteses, de pesquisas, de
entrevistas, de seminários, de debates, de auto-avaliação, avaliações subjetivas e
objetivas e etc. Com a avaliação diagnóstica o professor obtém os resultados, reflete
sobre sua prática pedagógica, planeja novamente intervenção para que os resultados
estejam a contento de ambas as partes, professor e aluno.
A avaliação do aproveitamento escolar deverá incidir sobre o desempenho dos
alunos em diferentes situações de aprendizagem, deverão preponderar os aspectos
qualitativos da aprendizagem, considerada a interdisciplinaridade e a multidisciplinaridade
dos conteúdos. E para que cumpra sua finalidade educativa deverá ser contínua,
permanente e cumulativa. Dar-se-á relevância à atividade crítica, à capacidade de síntese
e à elaboração pessoal sobre a memorização.
Numa perspectiva democrática da escola, a participação de todos os
segmentos da comunidade educativa é fundamental. A escola deverá explicitar sua
proposta educacional no período da matrícula ou nas reuniões trimestrais. Nas reuniões
trimestrais especificamente ou em reuniões individuais (de acordo com o caso) se fará
aos pais ou responsáveis a comunicação dos resultados das avaliações de seus filhos.
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O conselho de classe será realizado no final de cada trimestre previsto no
calendário escolar onde participarão os professores, a direção, a equipe pedagógica e
representantes da comunidade escolar quando se fizer necessária, as reuniões do
conselho serão lavradas em livro ata, pelo (a) secretário(a) da escola, como forma de
registro das decisões tomadas.
Aos alunos, a informação se dará logo após o conselho de classe, com a leitura
da ata individual do conselho e análise dos boletins.
Aqueles alunos, cujo aprendizado tenha sido insuficiente, far-se-á reunião
individual com seus responsáveis, para que num consenso possa oferecer meios que os
auxiliem em suas dificuldades. Os alunos do 6º e do 9º ano terão auxílio em horário
contrário nas salas de apoio, e para os alunos do 6º ao 9º ano com déficit de
aprendizagem o Colégio oferece Sala de Recursos.
A recuperação de estudos dar-se-á de forma permanente e concomitante ao
processo ensino aprendizagem, sendo organizada com atividades significativas, por meio
de procedimentos didáticos-metodológicos diversificados. Os resultados da recuperação
serão incorporados as avaliações efetuadas e deverá prevalecer sempre a maior nota que
o aluno obtiver durante todo o ano letivo, constituindo-se de mais um componente do
aproveitamento escolar.
A avaliação será trimestral, aplicando, no mínimo, dois instrumentos de
avaliação diversificados, por conteúdo específico e ou bloco de conteúdos afins. Será
registrada a média que representará o aproveitamento escolar do aluno, obtida pela
somatória dos melhores resultados das diferentes avaliações realizadas para cada
conteúdo, em cada disciplina.
Na avaliação deverão ser considerados os resultados obtidos durante o período
letivo num processo contínuo, cujo resultado final venha a incorporá-los, expressando a
totalidade do aproveitamento escolar, tomado na sua melhor forma.
Os resultados da avaliação são registrados primeiramente no livro de registro
do professor, ao final de cada trimestre, em documento próprio, na escala de 0,0 (zero) a
10,0 (dez), a fim de serem asseguradas a regularidade e a autenticidade da vida escolar
do aluno. O rendimento mínimo é a nota 6,0 (seis vírgula zero) por disciplina.
O resultado da aprendizagem dos alunos é feito através de comunicado por
escrito e oral aos pais, para que compareçam a escola, para tomarem ciência do
desempenho de seus filhos e juntamente com a equipe pedagógica e professores, achar
soluções e intervenções para a melhoria do aprendizado do aluno.
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6.8. ADAPTAÇÃO, CLASSIFICAÇÃO, RECLASSIFICAÇÃO E REGULARIZAÇÃO
DA VIDA ESCOLAR
O processo de adaptação, classificação, reclassificação tem caráter
pedagógico centrado na aprendizagem, exigindo ações para resguardar os direitos dos
alunos, das escolas e dos profissionais. Tais ações encontram-se normatizadas no
Regimento Escolar conforme orientações da própria SEED.
A adaptação de disciplinas é atividade didática pedagógica desenvolvida sem
prejuízo das atividades previstas na Proposta Pedagógica Curricular, para que o aluno
possa seguir o novo currículo. A efetivação do processo de adaptação será de
responsabilidade da equipe pedagógica e docente, que deve especificar as adaptações a
que o aluno está sujeito, elaborando um plano próprio, flexível e adequado ao aluno.
A Classificação no Ensino Fundamental e Médio é o procedimento que o
estabelecimento de ensino adota para posicionar o aluno na etapa de estudos compatível
com a idade, experiência e desenvolvimento adquirido por meios formais ou informais.
A reclassificação é o processo pelo qual o estabelecimento de ensino avalia o
grau de experiência do aluno matriculado, preferencialmente no início do ano, levando em
conta as normas curriculares gerais, a fim de encaminhá-lo à etapa de estudos
compatíveis com sua experiência e desenvolvimento, independentemente do que registre
o seu Histórico Escolar.
O processo de regularização de vida escolar é de responsabilidade do diretor
do estabelecimento de ensino, sob a supervisão do Núcleo Regional de Educação,
conforme normas do Sistema Estadual de Ensino.
Constatada a irregularidade, o diretor do estabelecimento dará ciência imediata
ao Núcleo Regional de Educação. O Núcleo Regional de Educação acompanhará o
processo pedagógico e administrativo, desde a comunicação do fato até a sua conclusão,
cabendo a este a emissão do ato de regularização.
6.9. ESTÁGIO NÃO OBRIGATÓRIO
Conceber trabalho como princípio educativo pressupõe oferecer subsídios, a
partir das diferentes disciplinas, para se analisar as relações e contradições sociais, as
quais se explicam a partir das relações de trabalho.
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As atividades de estágio, obrigatório ou não, previstas e desenvolvidas no
curso de Ensino Médio, são consideradas curriculares, configurando-se como Ato
Educativo.
O estágio não obrigatório, incluído na PPC, opcional para os alunos, terá
registrada no Histórico Escolar a carga horária efetivamente realizada.
6.10. PROGRAMA FICA
O Programa FICA (Ficha de Avaliação do aluno ausente), foi criado pelo
Ministério Público Federal e oficializado no Estado do Paraná em 2005, com o objetivo de
enfrentar a evasão escolar nas Instituições de Ensino que atendem a Educação Básica. O
principal agente desse processo será o professor, que na medida em que, constatada a
ausência do aluno por 5 (cinco) dias consecutivos ou, então, 7 (sete) alternados no
período de um mês, comunicará o fato a equipe pedagógica, que entrará em contato com
a família, orientando e adotando procedimentos que possibilitem o retorno do aluno, caso
não haja retorno do aluno a equipe pedagógica preencherá uma ficha e encaminhará ao
Conselho Tutelar para providências cabíveis.
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VII – AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
A avaliação é um instrumento importantíssimo para detectar os problemas da
escola, demonstrando a situação real e o caminho a ser percorrido por todos da
comunidade escolar.
Qualquer proposta só dará frutos se for acompanhada, ou seja, avaliada
constantemente, por isso ela será anual, através de reuniões na escola, com todo o
coletivo.
Nessas reuniões de avaliação do Projeto Político Pedagógico, estarão
presentes para a discussão os representantes de todos os segmentos da escola, bem
como das instâncias colegiadas. O Colégio se propõe a rever, reavaliar o presente projeto
quando necessário fazer as devidas reformulações e implementações.
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VIII - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CANDAU, V.M. “Cidadania e Pluralidade Cultural: questões emergentes” in: Sociedade,
educação e cultura: questões e propostas . Rio de Janeiro: Editora Vozes, 2002.
CHAUÍ, M. Cultura e democracia. São Paulo: Cortez, 1989
CURY,C.R.J. Os “Parâmetros Curriculares Nacionais” e o ensino fundamental. UFMG:
1996.
DALBEN, Ângela I.L. de Freitas. Os conselhos de Classe e o cotidiano do trabalho
escolar. In: conselhos de Classe e avaliação: perspectivas na gestão pedagógica da
escola. Campinas, SP: Papirus , 2204, p.41-54.
DEMO, P. Pesquisa e construção do conhecimento. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro,
2000.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 17.
ed. São Paulo: paz e Terra, 2001.
KRAMER, Sonia. Leitura e escrita como experiência: notas sobre seu papel na formação.
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LIBÂNIO, José Carlos Democratização na Escola Pública. São Paulo: Loyola, 1985.
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ensino médio-Campinas, SP:Papirus, 2001 (Coleção Papirus Educação).
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cidadania. Ijuí Editora Unijuí – 1997.
SAVIANI, Demerval. Ensino Público e Algumas Falas sobre Universidade. 3ª Educação,
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VEIGA, I.P.A.A. Perspectivas para reflexão em torno do projeto político-pedagógico. In:
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VIANNA, H.M. evasão, repetência e rendimento escolar: a realidade do sistema
educacional brasileiro. Estudos em Avaliação Educacional, n.4. São Paulo: jul./dez./1991..
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