Download - Projetopedagogico Baixada
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO
CAMPUS BAIXADA SANTISTA
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
NUTRIÇÃO
FISIOTERAPIA
CURSOS EDUCAÇÃO FÍSICA
TERAPIA OCUPACIONAL
PSICOLOGIA
2006
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO
CAMPUS BAIXADA SANTISTA
A EDUCAÇÃO INTERPROFISSIONAL NA
FORMAÇÃO EM SAÚDE
A COMPETÊNCIA PARA O TRABALHO EM EQUIPE
E PARA A INTEGRALIDADE NO CUIDADO
“Para trabalhar junto no futuro é importante
aprender junto sobre o trabalho conjunto”.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO
CAMPUS BAIXADA SANTISTA
Reitor
Prof. Dr. Ulysses Fagundes Neto
Vice-Reitor
Prof. Dr. Sérgio Tufik
Coordenador de Expansão Profª. Drª. Lucila Amaral Carneiro Vianna
Pró-Reitor de Graduação
Prof. Dr. Luiz Eugênio Araújo de Moraes Mello
Pró-Reitor de Pós – Graduação e Pesquisa
Prof. Dr. Nestor Schor
Pró-Reitor de Extensão
Prof. Dr. Walter Manna Albertoni
Pró-Reitor de Administração
Prof. Dr. Sérgio Antonio Draibe
Coordenadora Administrativa
Beatriz Cândida Barbosa
Diretor Acadêmico
Prof. Dr. Nildo Alves Batista
SUMÁRIO
I - Introdução
II - A Unifesp: Aspectos Históricos, Especificidade e Abrangência
III - A Unifesp e seu Processo de Expansão: a incorporação do Campus Baixada Santista
IV - O Campus da Baixada Santista: área de abrangência
V - O Campus Baixada Santista: áreas de conhecimento
5.1 - Nutrição
5.2 - Fisioterapia
5.3 – Educação Física
5.4 - Terapia Ocupacional
5 5- Psicologia
VI – Os princípios direcionadores do Projeto Pedagógico do Campus da Baixada Santista
6.1- A indissociabilidade ensino, pesquisa e extensão
6.2 - A pesquisa como elemento impulsionador do ensino e da extensão
6.3 - A prática profissional como eixo norteador do projeto pedagógico
6.4 - A problematização do ensino a partir da prática e da pesquisa
6.5 - A interdisciplinaridade
6.6 - A postura ativa do estudante na construção do conhecimento
6.7 - A postura facilitadora/mediadora do docente no processo ensino/aprendizagem
6.8 - A integração com a comunidade
6.9 - A integração entre os diferentes níveis de ensino e pesquisa
6.10 - A dinamicidade do plano pedagógico: construção e reconstrução permanente
6.11 - A avaliação formativa como feedback do processo
6.12 - Desenvolvimento docente
VII - Objetivos gerais da Graduação
VIII - A Educação Interprofissional na Formação de Profissionais de Saúde
IX - O desenho curricular dos cursos
9.1 - Eixo: O ser humano em sua dimensão biológica
9.2 - Eixo: O ser humano em sua inserção social
9.3 - Eixo: Aproximação ao trabalho em saúde
9.4 - Eixo: Aproximação a uma prática específica em saúde
X - Planos de Ensino dos Módulos do Primeiro Ano dos Cursos
10.1 - Módulos comuns aos 5 cursos
10.2 - Módulos específicos do curso de Nutrição
10.3 - Módulos específicos do curso de Terapia Ocupacional
10.4 - Módulos específicos do curso de Educação Física
10.5 - Módulos específicos do curso de Fisioterapia
10.6 - Módulos específicos do curso de Psicologia
XI - Semana Padrão da 1a. Série
11.1 - Curso de Nutrição
11.2 - Curso de Psicologia
11.3 – Curso de Fisioterapia
11.4 - Curso de Terapia ocupacional
11.5 - Curso de Educação Física
XII - Áreas Disciplinares dos Módulos da Primeira Série
I - INTRODUÇÃO
O debate sobre o Ensino Superior, particularmente sobre a Universidade,
encontra-se na ordem do dia, nos diferentes cenários educacionais: em níveis
políticos, institucionais, científicos, em grupos docentes ou grupos discentes. A
discussão sobre a complexidade da formação de recursos humanos vem se
ampliando em decorrência das mudanças nos perfis dos diferentes profissionais,
sobretudo devido às transformações sociais contemporâneas, consequentemente,
às transformações no mundo de trabalho.
Por outro lado, as rápidas transformações sociais passam a demandar cada vez
mais da Universidade posicionamentos e respostas às inúmeras indagações e
necessidades oriundas da realidade social. Neste contexto, exigem-se,
evidentemente, novos cenários e propostas de ensino, no sentido de fomentar a
formação de profissionais fundamentada em práticas que incorporem a reflexão
contextual da realidade, mediada por um processo de ensino-aprendizagem
interativo através do qual se consolidem atitudes de autonomia, criatividade,
cientificidade, auto -aperfeiçoamento, cooperação, negociação entre outras.
É neste contexto que se insere o projeto pedagógico do Campus Baixada
Santista da Universidade Federal de São Paulo.
O Campus Baixada Santista da Universidade Federal de São Paulo/Escola
Paulista de Medicina (UNIFESP) destina -se, inicialmente, ao desenvolvimento do
ensino, pesquisa e extensão em Ciências da Saúde, procurando/mantendo a
excelência que constitui a UNIFESP em seus 70 anos de funcionamento. Este
Projeto Político Pedagógico resulta de esforços coletivos de discussão acerca dos
propósitos da Universidade Federal de São Paulo como instituição pública de
ensino e pesquisa que se relaciona intensamente com a sociedade brasileira.
O avanço do conhecimento em saúde coloca para a Universidade o desafio de,
concomitantemente ao compromisso com a produção do conhecimento biomédico
e clínico de uma forma geral, incorporar como objeto de ensino, pesquisa e
extensão outras áreas imprescindíveis para o aprofundamento da reflexão sobre
saúde. Assim, foram propostos ao MEC, a implantação dos cursos de graduação
em Nutrição, Psicologia, Fisioterapia, Terapia Ocupacional e Educação Física.
Para a elaboração desse desenho curricular trabalhou-se com 8 Comissões
específicas: 5 para os cursos (1 para cada curso), 1 para o Eixo “O Ser Humano
em sua Dimensão Biológica”, 1 para o Eixo “O Ser Humano em seu Contexto
Social” e 1 para o Eixo “Aproximação ao Trabalho em Saúde”.
Os Departamentos do Campus Central - São Paulo da UNIFESP diretamente
envolvidos com os eixos e/ou com os cursos, especialmente na proposta curricular
do primeiro ano, foram contactados e compuseram as referidas comissões.
O detalhamento do Eixo “Aproximação a uma Prática Específica em Saúde”
seguiu as especificidades de cada uma das áreas, de acordo com a legislação
vigente, em consonância com as Diretrizes Curriculares Nacionais para os
respectivos cursos.
O projeto foi inicialmente delineado com uma proposta preliminar para o primeiro
ano dos cursos a partir das Diretrizes Curriculares Nacionais para as graduações
escolhidas e foi posteriormente detalhado pelos professores contratados, em
etapa prévia ao início das atividades letivas previstas para fevereiro de 2006.
II - A UNIFESP: Aspectos Históricos, Especificidade e Abrangência
A Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), criada pela Lei n.º 8.957, de 15
de dezembro de 1994, resulta da transformação da Escola Paulista de Medicina
(EPM), fundada em 1º de junho de 1933, federalizada pela Lei n.º 2.712, de 21 de
janeiro de 1956, e transformada em estabelecimento isolado de ensino superior de
natureza autárquica pela Lei n.º 4.421 de 29 de setembro de 1964. Vinculada ao
Ministério da Educação, até 2005 era uma universidade pública que tinha por
objetivo desenvolver, em nível de excelência, atividades inter-relacionadas de
ensino, pesquisa e extensão, com ênfase no campo específico das ciências da
saúde. A partir de 2006, amplia este compromisso para outras áreas do
conhecimento humano.
A Escola Paulista de Medicina (EPM) ampliou suas atividades na área da
graduação com a criação dos cursos de Enfermagem (1939), Tecnologia
Oftálmica (1962), Ciências Biológicas - Modalidade Médica (1966) e
Fonoaudiologia (1968). Foi a pioneira na proposta de curso superior em
Tecnologia Médica com o curso de Tecnologia Oftálmica e na formação de
profissionais biomédicos com a introdução de modalidade médica na área de
Ciências Biológicas. Suas atividades de pós-graduação, com os cursos de
Residência Médica, logo se estenderam na forma dos primeiros programas de
pós-graduação stricto sensu , em 1970.
O Hospital São Paulo foi oficializado como o Hospital de Ensino da EPM sob
gestão da Sociedade Paulista para o Desenvolvimento da Medicina –SPDM,
sendo hoje o núcleo das múltiplas atividades de assistência à saúde e
atendimento à população, que se estendem por meio de seis outros pontos da
grande São Paulo e região.
A UNIFESP vem formando profissionais nas Ciências da Saúde, mas vai além:
ultrapassa os limites da graduação na formação dos recursos humanos, ao
oferecer inúmeras opções de pós-graduação (mestrado, mestrado profissional,
doutorado) e especialização nas mais diversas áreas do conhecimento em saúde.
Indissociáveis do ensino, a pesquisa e as atividades de extensão são de
comprovada excelência, com menção especial à qualidade de seus serviços de
assistência médica e de saúde em geral.
Estas atividades são desenvolvidas por docentes altamente qualificados, tendo
como resultado uma produção científica e uma prática profissional integradas e
abrangentes, que se estendem da assistência primária a procedimentos da
fronteira do conhecimento aplicado.
A prática de extensão universitária é vigorosa: constitui cursos de reciclagem e
atualização profissional para treinamento de pessoal especializado, programas
voltados para esclarecimentos da população sobre assuntos relacionados à área
da saúde, ampliando assim a sua interface de trabalho com outras regiões
geográficas.
Os programas de pós-graduação da UNIFESP estão entre os mais bem
conceituados pela CAPES. Seu corpo docente é responsável por uma das
maiores médias de produção científica por professor dentre todas as
universidades brasileiras, em suas áreas de conhecimento.
Suas atividades são exercidas na Vila Clementino, com imóveis espalhados em 38
quadras, onde se situam, além do complexo Hospital São Paulo e seus
ambulatórios, laboratórios de pesquisa e ensino modernamente equipados, salas
de aula e anfiteatros. Gerencia ainda, através de convênios, o Hospital Municipal
Vereador José Storopolli - Vila Maria, Hospital de Pirajussara, o Hospital Geral de
Diadema, Hospital das Clínicas “Luzia de Pinho Melo”, Maternidade do Embu –
“Alice Campos Mendes Machado” e o Centro de Saúde de Vila Mariana
permitindo que os alunos tenham campo para a prática do atendimento à saúde
em diversos níveis de complexidade. Em 1999 a instituição passou a administrar o
Lar Escola São Francisco e em 2000 a COLSAN (Sociedade Beneficente de
Coleta de Sangue).
A instituição mantém a TV UNIFESP, integrante do Canal Universitário de São
Paulo, primando pela disseminação de informações sobre saúde ao público
especializado e leigo em linguagem acessível. Leva ao telespectador um
panorama da área das ciências da saúde, para uma maior conscientização da
sociedade sobre educação e saúde.
Como instituição de ensino especializada em saúde, é formadora de profissionais
e de docentes para as demais universidades do país e do exterior. Possui um
quadro docente altamente qualificado, sendo este um de seus indicadores de
excelência: em dezembro de 2005, 87,6% de nossos docentes possuíam titulo de
Doutor ou superior a este.
Os cursos de graduação da Instituição têm sido classificados, pela imprensa
especializada e leiga, entre os melhores do país, tendo um índice de evasão
global nos últimos anos muito inferior à média das universidades brasileiras.
Ao lado das atividades curriculares obrigatórias, os alunos podem aprofundar-se
nos conhecimentos básicos de metodologia científica e da prática de algumas
especialidades, exercendo, opcionalmente, junto aos Departamentos e Disciplinas
da instituição, atividades de monitoria e iniciação científica, sob orientação
docente.
O ensino prático dos alunos em seus diversos níveis (internato da graduação,
residência médica, especialização e pós-graduação) é realizado no Hospital São
Paulo, Hospital Municipal Vereador José Storopolli (Hospital de Vila Maria),
Hospital Geral de Pirajussara, Hospital de Diadema e Centro de Saúde da Vila
Mariana.
Ao longo de sua existência, o exercício continuado da pesquisa, relacionada às
atividades de pós-graduação e extensão, levou a UNIFESP a ocupar lugar de
destaque na produção científica nacional e internacional, na área das ciências da
vida. Só em 2005 esse total foi de 2.710; somam-se a essas, as 262 bolsas
(CNPq) de pesquisa do Programa Institucional de Iniciação Científica – PIBIC.
A UNIFESP possui 189 grupos e 404 linhas de pesquisa cadastrados junto ao
Diretório de Grupos de Pesquisa do CNPq, com 609 orientadores em seus
programas de pós-graduação. Há, ainda, um número grande de pesquisas
desenvolvidas em nossos departamentos, coordenadas pelos docentes, onde o
financiamento é conseguido pelo prestígio destes junto a instituições de pesquisa
e órgãos de fomento nacionais e internacionais.
Recebe grande contingente de bolsas do PIBIC, do CNPq – Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico. As bolsas concedidas para a Pós-
Graduação normalmente integram os programas da CAPES – Fundação
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior e da FAPESP –
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo. Alunos de
Especialização recebem ainda bolsas da FUNDAP – Fundação do
Desenvolvimento Administrativo da Secretaria de Administração do Estado de São
Paulo.
A UNIFESP não se comporta unicamente como uma escola profissional em
Ciências da Saúde, mas possui características distintas, ultrapassando os limites
da graduação na formação dos recursos humanos, ao oferecer opções de pós-
graduação – doutorado, mestrado e especialização - nas mais diversas áreas do
conhecimento em saúde.
A relação Aluno/Docente (Total de Alunos/ Total de Docentes) foi de 16,6 alunos
por docente (10.705/644) em 2005, computados os alunos dos cursos de
graduação, especialização, pós-graduação, mestrado profissionalizante,
residência médica e cursos seqüenciais. Não foram computados os alunos do
“Ensino à Distância”, face às diferenças existentes em relação ao ensino
presencial. Deve-se levar em conta as características dos cursos da área da
saúde, onde professores não podem e nem devem dar aulas a um número muito
grande de alunos em todas as séries e/ ou disciplinas, como em cursos de outras
áreas do conhecimento. Os alunos são divididos em pequenos grupos e por vezes
são assistidos individualmente, em situações onde o aprendizado se faz em
procedimentos complexos, como em uma cirurgia ou num programa de pós-
graduação, onde a atenção é personalizada.
Em 2005, 328 alunos freqüentaram os cursos seqüenciais mantidos pela
UNIFESP. Segundo a Legislação que regulamenta estes Cursos (Resolução CES
n. 1 de 27/01/99), estes não poderão ter carga horária inferior a 1.600 horas. Em
2005 os cursos foram ofertados também no campus da Baixada Santista.
Os cursos de pós-graduação da UNIFESP foram criados em 1970. O início da
pós-graduação, associado à implantação da Biblioteca Regional de Medicina
(BIREME) no mesmo campus, induziu o desenvolvimento acelerado da pesquisa
na Instituição, fazendo com que logo se projetasse, nacional e internacionalmente,
como um centro de excelência para a formação de mestres e doutores.
A instituição, em 2005, manteve em funcionamento 43 programas de pós-
graduação stricto sensu, 40 em nível de mestrado, 38 deles em nível de
doutorado. O Mestrado Profissional manteve 10 programas ativos. A grande
maioria dos programas foi credenciada entre 1973 e 1984, estando em
funcionamento há mais de vinte anos.
A atividade de pós-graduação da UNIFESP é dirigida pela Comissão de Pós-
Graduação (CPG) formada pelos coordenadores dos cursos e por um
representante dos pós-graduandos. O Presidente da CPG é o Pró-Reitor de Pós-
Graduação e Pesquisa.
Cada curso de pós-graduação mantém uma Comissão de Ensino (CEPG) formada
por parte dos professores orientadores (esse número varia de acordo com a área
específica de atuação do curso). Cabe a CEPG estabelecer os critérios de seleção
e promoção dos alunos, trancamento ou cancelamento da matrícula, indicação
dos membros das bancas de mestrado e doutorado, determinar as disciplinas
obrigatórias e optativas, além de decidir sobre outros problemas relacionados à
área específica de atuação. O Coordenador do curso, eleito pelos membros da
CEPG, tem o papel de representar o curso na CPG.
Os alunos de pós-graduação da UNIFESP, ao longo de 2005, obtiveram 774
bolsas de mestrado e doutorado das financiadoras, CAPES (500), CNPq (246) e
FAPESP (87). No mesmo ano foram defendidas e aprovadas 636 teses, 321
(50,5%) no nível de mestrado, 260 (40,9%) no nível de doutorado, e 55 (8,6%) no
nível de mestrado profissional.
Os egressos de nossos cursos de pós-graduação são absorvidos pelas melhores
Instituições do país, públicas ou privadas, e mesmo do exterior, consolidando o
treinamento de pessoal especializado pela UNIFESP e ampliando o intercâmbio
científico nacional e internacional. A UNIFESP, desta maneira, contribui na
formação do corpo docente de disciplinas ligadas à área da saúde de outras
universidades.
A instituição oferece cursos de pós-graduação lato sensu: Programa de
Residência Médica e Estágios/ Cursos de Aperfeiçoamento/ Especialização que
obedecem à resolução do Conselho Federal de Educação Nº 12/83 de 06/10/83.
O Programa de Residência Médica na UNIFESP teve início em 1960, constituindo-
se em um dos primeiros do país. Em 2005 foram mantidos 45 programas
credenciados pelo Conselho Nacional de Residência Médica, contando com 497
médicos, um aumento de 4,8% em relação ao ano de 2004. Estes profissionais
são procedentes de todas as partes do país. Em 2005, a UNIFESP inovou ao
introduzir a avaliação prática após a fase do exame teórico, onde o aluno pode
mostrar habilidades adquiridas pela experiência. A Residência Médica é,
atualmente, a maior, mais testada e melhor estruturada modalidade de formação
profissional. Seu princípio básico é o do treinamento em serviço, em tempo
integral, sob supervisão de docente ou profissional qualificado.
Desta maneira, o jovem profissional aprende o seu ofício exercendo plenamente a
atividade médica, mas sob supervisão de indivíduo mais treinado, em ambiente de
ensino e pesquisa.
Profissionais de outras áreas, principalmente os formados em ciências humanas,
tais como assistentes sociais, psicólogos, terapeutas ocupacionais, além de
nutricionistas, fisioterapeutas e enfermeiras, interessaram-se, também, por
estágios, desenvolvendo interfaces de trabalhos com projetos interdisciplinares.
Estes estágios e cursos, criados inicialmente no âmbito de ensino dos
Departamentos, se avolumaram nos últimos 10 anos.
A qualidade do ensino e da prestação de serviços em saúde oferecidos pela
UNIFESP desencadeou, pelos profissionais da área, uma enorme demanda por
cursos de aperfeiçoamento e especialização. Nos últimos anos houve uma
grande expansão no número destes cursos: em 2005 foram ofertados 235 cursos,
atingindo um total de 5.851 alunos (5.612 em Especialização e 239 em
Aperfeiçoamento).
As atividades de extensão da UNIFESP caracterizam-se por projetos
multidisciplinares de atenção primária e secundária à saúde, proporcionando aos
alunos forte contato com a realidade da estrutura de serviços e necessidades em
saúde da população. Os resultados destes trabalhos são positivos, conquistando
o apoio e incentivo do corpo docente, discente e administrativo, o que tem
motivado a Pró-Reitoria de Extensão da UNIFESP a assumir sempre novos
desafios.
Juntos, Hospital São Paulo e o Hospital da Vila Maria treinaram 300 alunos de
graduação (5ª. e 6ª. séries do curso de Medicina e 4ª. série do curso de
Enfermagem), além de 497 alunos da Residência Médica, os alunos de Pós-
Graduação lato e stricto sensu, com envolvimento direto no trato do paciente ou
em outras práticas hospitalares. Somam-se à força de trabalho docentes e
profissionais médicos contratados.
As atividades externas são normalmente iniciadas por força de convênios
celebrados com entidades filantrópicas, sem fins lucrativos, e objetivam garantir à
comunidade um atendimento médico-hospitalar digno e de excelência. Muitas das
atividades fazem parte da política extra-muros da instituição e são desenvolvidas
com recursos próprios.
Sob a coordenação da Pró-Reitoria de Extensão, 23 programas e 100 projetos de
extensão foram mantidos no ano passado. Estes programas assistenciais têm se
destacado, tendo em vista os resultados positivos para a população carente e o
público em geral.
III – A UNIFESP E SEU PROCESSO DE EXPANSÃO: a incorporação do
Campus Baixada Santista
Em resposta à demanda social e política de expansão das vagas públicas no
ensino superior e de interiorização das atividades das universidades federais, a
UNIFESP vem desenvolvendo o seu projeto de ampliação , deixando de ser uma
universidade temática para assumir a universalização de suas ações, tornando-
se, com isto, uma instituição multicampi.
Assim, o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) de 2005, assumiu os
seguintes objetivos:
Criação de novos cursos de Graduação, em áreas contíguas à da saúde.
Continuidade e fortalecimento da iniciativa de oferta de novas modalidades de
cursos que complementam o Ensino Médio.
Expansão da Graduação para novas áreas do conhecimento – uma nova meta-
disciplinaridade.
Expansão do escopo geográfico da UNIFESP – novos campi.
Disposições institucionais:
• Expansão do escopo da Universidade no âmbito acadêmico e geográfico,
em termos da sua capacidade em gerar conhecimentos e ensinar, produzir
ciência.
• Fortalecimento do papel da instituição no equacionamento dos problemas
locais e regionais, gerando capital humano e prestando serviços.
Propõe, assim ações integradas:
• Manutenção das atuais negociações com os governos municipais da
macro-região da cidade de São Paulo, estadual e federal, no sentido de
apoiar as ações de expansão acadêmica e geográfica da UNIFESP. -11-
• Fortalecimento da implementação do campus da Baixada Santista, ainda
em 2005.
• Promoção da expansão progressiva da capacidade de atendimento à
demanda por novas modalidades de cursos de complementação ao Ensino
Médio, inclusive em outros campi além do de São Paulo e da Baixada
Santista.
• Elaboração de um plano de expansão dos cursos de Graduação para
novas áreas do conhecimento nas chamadas áreas de Ciências Exatas e
Humanas.
• Busca por parcerias para execução de projetos que aumentem a
capacidade acadêmica do pessoal docente e discente, visando a melhoria
das condições de prevenção a doenças endêmicas, negligenciadas e
sexualmente transmissíveis no Brasil.
A expansão é tida como instrumento de fortalecimento do papel institucional
educativo da UNIFESP. Há, nesta iniciativa, a intenção de estabelecer novos loci
de ensino na macro-região que hoje ocupa, podendo, em alguns casos, avançar
para a realização de pesquisa que apresente aderência com as demandas locais
por inovação em saúde e/ou por capacitação de recursos humanos, no mesmo
nível de excelência acadêmica mantido pela UNIFESP.
Estão sendo formulados também novos cursos que permitam o aluno, após ter
concluído o ensino médio, poder ampliar seus conhecimentos ou sua qualificação
profissional, sob a perspectiva das políticas públicas de capacitação profissional e
educação. Estão sendo definidos por “campo do saber” e têm como objetivo
prático a capacitação de pessoas para atividades específicas da teia social,
definidas por demandas regionais ou locais.
Tal expansão pressupõe a criação de infra-estrutura, captação e requalificação de
recursos humanos também dispostas na Lei nº 11.091, de 12 de Janeiro de 2005,
sobre a estruturação do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em
Educação, no âmbito das Instituições Federais de Ensino vinculadas ao Ministério
da Educação.
Da mesma forma, a UNIFESP já planejou sua expansão para novas áreas do
conhecimento. Uma vez que tem consolidada a experiência acumulada nas áreas
da saúde, faz sentido pautar a expansão universitária em novos cursos que
apresentem íntima relação com ciências biológicas e ambientais, além da
educação. Esta estratégia de expansão se mostra especialmente pertinente,
permitindo que ocorra um processo contínuo de aprendizagem institucional, à
medida que novas competências sejam progressivamente incorporadas. É um
modo de crescer e se expandir com segurança, partindo do que já é capaz de
fazer, utilizando a pletora de ativos tangíveis e intangíveis consolidados para
lograr, passo a passo, novas competências.
Na medida em que os cursos de interface forem sendo consolidados, a instituição
poderá buscar agregar, ininterruptamente, novas competências, cada vez mais
periféricas em relação àquelas que hoje apresenta. Também deve permitir
alcançar uma estrutura meta-disciplinar na qual o conhecimento, mesmo estando
organizado em disciplinas, flui por uma rede de atores que pode utilizá-lo segundo
uma lógica específica de certos contextos. Este é o caso, por exemplo, de
atividades de ensino e assistência à saúde à distância. Os discentes envolvidos
podem ser estudantes de enfermagem, medicina, engenharia biomédica,
sociólogos, cientistas políticos, etc.
A UNIFESP, núcleo difusor de competências, utiliza a base disciplinar em ciências
básicas e clínicas para, agregando capacitação em engenharia e informática,
instalar postos avançados de tele-saúde, que tanto poderão formar novos
contingentes de recursos humanos, quanto atender às populações que residem
em locais distantes do centro difusor. A partir deste exemplo é possível entender
como a organização da pesquisa e da educação baseada em projetos pode
alinhar pesquisadores de áreas que, antigamente, eram separadas em “ciências
biomédicas”, “ciências exatas” e “ciências humanas”. Equipes de tele-saúde
envolvem profissionais de diversas áreas que, interessados em políticas públicas
de melhoria das condições de vida da população, executam tanto as atividades de
assistências como a avaliação do impacto da pesquisa e da aplicação de recursos
públicos na geração de conhecimentos.
Assim, quebra-se a razão puramente informativa das disciplinas, tornando-as
pervasivas umas às outras, sem, contudo, abrir mão da formalização científica que
tal organização permite e que vem sustentando a geração de conhecimentos.
Esta “espiral” crescente de competências institucionais pode ser trilhada em pouco
tempo, sem que se coloque em risco os esforços de organização e os custos que
tal empreita pressupõe. Por isto, num primeiro momento, os novos cursos
seqüenciais estão ocupando a interface saúde-educação e os de graduação
devem procurar, inicialmente, expandir a oferta de vagas em áreas bastante
confortáveis da prática de gestão universitária. Num segundo momento, e uma vez
consolidadas as ações iniciais, será interessante alavancar esforços de criação de
cursos que envolvam as áreas de saúde e ambiente, saúde e engenharia, etc.
Também nesta direção e sentido, será então possível iniciar cursos de Graduação
em outras áreas do conhecimento.
Estratégias
Elaboração do Plano Pedagógico Institucional para os cursos de Graduação e
Seqüenciais do campus da Baixada Santista, com ênfase nosaspectos centrais
que levaram à sua criação, levando em conta as demandas por capacitação de
profissionais na interface da saúde com educação e as ciências do ambiente.
Criação de estrutura curricular que preveja a integração progressiva dos currículos
dos novos cursos de Graduação ao das disciplinas já oferecidas nos cursos do
campus de São Paulo, de modo a facilitar a inserção de egressos daqueles cursos
no sistema de pós-graduação e extensão.
Ampliação da pesquisa em Educação de Ensino Superior vis-a-vis as experiências
com o conjunto de cursos oferecidos pela UNIFESP e dos que venham a ser
criados em novas áreas do conhecimento.
Criação de um sistema de avaliação de impacto do processo de expansão das
atividades institucionais de educação no novo espectro de ações da UNIFESP,
sob as dimensões social, política e econômico-financeira”. (PDI UNIFESP, 2005)
Este processo de expansão teve seu início efetivo com o Campus Baixada
Santista, objeto deste projeto pedagógico. O cronograma de implantação deste
campus foi negociado com o poder executivo municipal da Baixada Santista e dos
demais municípios do litoral paulista, através da iniciativa da classe política local.
Assim, a prefeitura de Santos, através de convênio com duração de cinco anos,
cujo protocolo de intenções foi assinado em 16/04/2004, acordou alugar um prédio
e adaptá-lo às necessidades para o novo campus, com investimentos em
mobiliário e equipamento suficientes para início das atividades didáticas já no
segundo semestre de 2004, com o compromisso de ajudar na prospecção de
locais próprios para a sua instalação definitiva. As outras prefeituras da Baixada
Santista foram também contatadas para auxiliar no custeio dos cursos, com muito
boa aceitação.
O reitor da UNIFESP apresentou, então, ao Secretário Nelson Maculan Filho da
SESu a proposta de criação do campus e a necessidade de contratação de corpo
docente e técnico-administrativo adicional, além de recursos iniciais de custeio,
ainda não disponíveis na matriz de alocação de OCC das IFES, e de investimento.
Em 2004 foi oficializada a criação do Campus UNIFESP da Baixada Santista em
nível local e a implantação de seus primeiros cursos. Como modalidade
sequencial de formação específica, com fornecimento de diploma de nível superior
em áreas de fronteira das ciências humanas com a da saúde, foram implantados
os cursos de Educação e Comunicação em Saúde e o de Gestão em Saúde.
Em 2005 foi assinado a criação definitiva do Campus pelo Ministro da Educação.
Finalmente em dezembro de 2005 ocorreu o primeiro vestibular para os cinco
cursos de graduação: Fisioterapia, Terapia Ocupacional, Psicologia, Educação
Física (Bacharelado modalidade Saúde) e Nutrição.
IV - O CAMPUS BAIXADA SANTISTA: área de abrangência
A Região Metropolitana da Baixada Santista compõe-se por nove municípios:
Santos, São Vicente, Cubatão, Bertioga, Mongaguá, Praia Grande, Guarujá,
Itanhaém e Peruíbe. Com uma delimitação territorial de 2.373 km2 têm
aproximadamente um milhão e seiscentos mil habitantes. Em relação a sua
posição no cenário produtivo apresenta um Produto Interno Bruto de 6,1 bilhões
de dólares.
A Região possui uma situação geográfica privilegiada, com a proximidade de São
Paulo, capital do Estado e com o principal porto da América Latina. Além disso,
também possui um importante centro industrial no município de Cubatão. A
localização estratégica associada a sua infra -estrutura torna-se um forte atrativo
para diferentes investimentos no espaço ultra-regional.
O Processo de desenvolvimento da Baixada Santista desencadeou-se no
final do século XIX, a partir da expansão da economia cafeeira no Estado de São
Paulo. Neste período, o porto tornou-se o maior exportador de café. Com isso,
ampliou-se as atividades terciárias como o comércio, a construção civil, bancos e
transportes.
A construção da Rodovia Anchieta, em 1947, em decorrência da expansão das
atividades relacionadas ao Porto, proporcionou também o turismo e o aumento da
população urbana.
A década de 50 do século XX foi marcada por grande expansão imobiliária e
verticalização da orla marítima associadas a atividade do turismo. Também neste
período iniciou-se o processo de industrialização do município de Cubatão. Esses
processos desencadearam a ocupação de morros, encostas, áreas de riscos,
mangues, por populações associadas aos processos migratórios desencadeados
pelo modelo econômico deste período de trabalho.
Dessa forma, a Região intensificou suas atividades portuárias e também as
atividades turísticas, tornando-se uma referência importante de lazer no Estado,
proporcionando uma ampliação significativa do setor terciário.
Demografia Bertioga Cubatão Guarujá Itanhaém Mongaguá Peruíbe
Praia
Grande Santos
São
Vicente
População
censitária 30.039 108.309 264.812 71.995 35.098 51.451 193.582 417.983 303.551
Crescimento
anual (tgca) 11,40 1,95 2,62 5,13 7,11 5,19 5,17 0,01 1,38
População
flutuante
estimada 200.000 120.000 740.000 220.000 135.500 300.000 1.000.000 412.000 600.000
População
total estimada 45.846 116.841 293.083 87.589 45.929 62.725 235.840 418.217 320.298
Taxa de
urbanização 97,1 99,4 99,9 98,8 99,6 97,9 100,0 99,5 99,9
Densidade
demográfica 95 789 2.139 151 340 191 1.626 1.543 2.194
Esperança de
vida ao nascer 69,9 68,3 69,9 69,7 69,0 69,7 70,4 72,3 69,9
Eleitores 22.885 81.550 176.038 49.413 24.095 35.260 120.919 335.023 199.147
A Região Metropolitana da Baixada Santista apresenta, atualmente, uma malha
rodoviária composta pela Rodovia Anchieta, a Rodovia Imigrantes, Rio-Santos,
Padre Manoel da Nóbrega, Rodovia Ariovaldo Almeida Viaia. Esta malha
rodoviária possibilita o acesso inter-metropolitano e também uma integração a
capital e o interior paulista potencializando o escoamento de mercadorias do Porto
e, ao mesmo tempo, o turismo regional.
Nesse sentido, torna-se um espaço de destino de significativa população flutuante
reforçando as atividades econômicas do setor de serviços direcionados para o
turismo.
A população residente é de 1.475.659 (IBGE 2000) e a população flutuante é de
3.727.5000 (Agem 2000) nos períodos de alta e baixa temporada.
Entre a população residente estima-se 19,8% de moradores em favelas,
moradores de cortiços e moradores de rua.
Mapeamento dos Moradores em Situação de Exclusão Social
Municípios
Nº
Habitantes
IBGE Domicílios
Inadequados
IBGE Aglomerados subnormais
Prefeitura Municipal
Estimativa da população em áreas de pobreza – Grão do
Trigo
Santos 417.975 12,5% 22.612 Moradores de
rua 528
Aglomerados Subnormais
37.612
Cortiços
14.500
Total 52.640
S. Vicente 303.551 27,3% 39.112 - 39.112
Guarujá 264.812 44,6% 86.356 100.190 86.356
Peruíbe 51.237 24,4% - - 12.037
Praia
Grande
193.582 22,8% 2.973 - 15.000
Itanhaém 71.694 25,9% - - 18.566
Bertioga 29.771 45,0% - - 11.545
Mongaguá 34.897 27,9% - - 9.736
Cubatão 108.135 44,4% 47.174 - 47.174
Total 1.475.654 - 198.227 - 292.166
Saúde
A Região Metropolitana conta com uma rede hospitalar pública, ligada ao SUS,
com 15 hospitais, 9 públicos e 6 filantrópicos.A distribuição dos hospitais ligados
ao SUS concentra-se a maior parte no Município de Santos.
Hospitais Municípios
Natureza Bertioga Cubatão
Guarujá São Vicente
Santos Mongagua Peruibe Praia Grande
Itanhaém Totais
Públicos 1 1 1 0 2 1 1 1 1 9 - Federal - 0 0 0 0 0 0 0 0 - - Estadual - 0 0 0 1 0 0 0 0 1 - Municipal 1 1 1 0 1 1 1 1 1 8 Privados - 0 1 1 3 0 0 1 0 6 - Contratados - 0 0 0 0 0 0 0 0 - -Filantrópicos - 0 1 1 3 0 0 1 0 6 - Sindicato - 0 0 0 0 0 0 0 0 - -Universitários - 0 0 0 0 0 0 0 0 - - Ensino - 0 0 0 0 0 0 0 0 - - Pesquisa - 0 0 0 0 0 0 0 0 - - Privados - 0 0 0 0 0 0 0 0 - Total 1 1 2 1 5 1 1 2 1 15
A rede conta com 2.363 leitos, dos quais 68% pertencem a prestadores privados
filantrópicos, com destaque para a Santa Casa de Misericórdia de Santos que tem
898 leitos contratados e que centraliza os procedimentos de alta complexidade.
Número de Leitos Hospitalares da Região Metropolitana,
por natureza do prestador
Natureza dos leitos Totais Públicos 747 - Federal - - Estadual 239 - Municipal 508 Privados 1.616 - Contratados - - Filantrópicos 1.616 - Sindicato - Universitários - - Ensino - - Pesquisa - - Privados - Total 2.363
Esta rede hospitalar realizou no ano de 2004 aproximadamente 80 mil
internações, com destaque para as áreas de Cirurgia, Obstetrícia e Clinica
Médica.
Número de Internações da Região Metropolitana por Especialidade no ano de 2004 Clínica cirúrgica 22.088 Obstetrícia 21.769 Clínica médica 23.682 Cuidados prolongados (Crônicos) - Psiquiatria 366 Tisiologia 178 Pediatria 11.380 Reabilitação 1 Psiquiatria - hospital dia 172 Total 79.636
A rede de serviços ambulatoriais conta com uma variada gama de
serviços com 274 unidades distintas na Região, com aproximadamente um terço
concentrado na cidade de Santos.
Unidades Ambulatoriais da Região Metropolitana
Tipo de Unidade Totais
Posto de Saúde 9
Centro de Saúde 83
Policlínica 11
Ambulatório de Unidade Hospitalar Geral 13
Ambulatório de Unidade Hospitalar Especializada 3
Unidade Mista 4
Pronto Socorro Geral 9
Pronto Socorro Especializado 4
Consultório -
Unidade Móvel Fluvial/Marítima -
Clínica Especializada 24
Centro/Núcleo de Atenção Psicossocial 13
Centro/Núcleo de Reabilitação 12
Outros Serviços Auxiliares de Diagnose e Terapia 36
Unid. Móvel Terrestre p/Atend. Médico/Odontológico 2
Unid.Móvel Terr.Prog.Enfrent.às Emergênc.e Traumas -
Farmácia para Dispensação de Medicamentos -
Unidade de Saúde da Família 15
Centro Alta Complexidade em Oncologia III -
Centro Alta Complexidade em Oncologia II -
Unidades de Vigilância Sanitária 8
Unidades não Especificadas 28
Outros códigos -
Total 274
Os gastos do setor público com a saúde na Região no ano de 2003 foram da ordem de trezentos e setenta e cinco milhões de reais, com um per capita de R$263,54, (aproximadamente cem dólares) valor muito baixo em relação à re nda per capita da Região.
Dados e Indicadores Financeiros (2003) Totais e médias Despesa total com saúde por habitante (R$) 263,54 Despesa com recursos próprios por habitante 201,74 Transferências SUS por habitante 61,79 % despesa com pessoal/despesa total 64,14 % despesa com investimentos/despesa total 3,53 % transferências SUS/despesa total com saúde 26,02 % de recursos próprios aplicados em saúde (EC 29) 20,73 % despesa com serv. terceiros - pessoa jurídica /despesa total 19,18 Despesa total com saúde 375.147.241,46 Despesa com recursos próprios 272.653.032,50 Receita de impostos e transferências constitucionais legais 1.370.906.581,90 Transferências SUS 102.494.208,96 Despesa com pessoal 222.567.001,20
EDUCAÇÂO: Ensino Superior na Baixada Santista
No contexto do ensino superior da Região Metropolitana da Baixada Santista, a
Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP-, representa expressivo aumento
qualitativo na região. A presença desta universidade pública na Baixada Santista
com predominância do ensino superior privado modifica o cenário do contexto
regional em relação ás décadas anteriores. Conforme pode-se observar no
próximo gráfico. Evolução das matrículas no ensino superior, o aumento do
número de matrículas, desde 1996, acompanha a expansão do ensino superior
privado da região.
A Associação dos Docentes da Universidade de São Paulo apresentou um
levantamento com a posição do ensino público da Baixada Santista em 2001,
demonstrando uma representação percentual de 0,4%. Em 2002, a Universidade
do Estado de São Paulo – UNESP, implantou-se no município de São Vicente
com o curso de Ciências Biológicas, oferecendo 40 vagas. Com isso, ampliou-se
de forma modesta as vagas do ensino público na Região.
O contexto regional do ensino superior na Baixada Santista caracteriza-se pelo
ensino privado, com cinco universidades, sendo quatro universidades privadas:
Universidade Santa Cecília (UNISANTA), Universidade Metropolitana de Santos
(UNIMES), Universidade Paulista (UNIP), Universidade de Ribeirão Preto
(UNAERP); e uma comunitária, Universidade Católica de Santos (UNISANTOS).
O ensino público representado na Região pela Faculdade de Tecnologia_
Baixada Santista, FATEC-BS e UNESP, recebe a partir da implantação da
UNIFESP um acréscimo significativo de cursos: Educação Física, Fisioterapia,
Nutrição, Psicologia e Terapia Ocupacional.
Embora já houvessem esses cursos na Região, oferecidos por escolas privadas,
a implantação de universidade pública traz grande diferencial qualitativo na
educação regional.
Instituição de Ensino Superior Cidade
Organização
Acadêmica
Categoria
Administrativa
CENTRO UNIVERSITÁRIO LUSÍADA - UNILUS SANTOS
Centro
Universitário Privada
• CENTRO UNIVERSITÁRIO MONTE SERRAT -
UNIMONTE SANTOS
Centro
Universitário Privada
• Escola Superior de Administração, Marketing e
Comunicação de Santos - ESAMC Santos SANTOS
Instituto Superior
ou Escola
Superior
Privada
• Escola Superior de Computação e Tecnologias
da Informação - SANTOS
Instituto Superior
ou Escola
Superior
Privada
• Faculdade de Administração do Centro
Educacional de Santos - Faad SANTOS Faculdade Privada
ü FACULDADE DE TECNOLOGIA DA
BAIXADA SANTISTA - FATEC-BS SANTOS
Faculdade de
Tecnologia Estadual
ü Faculdade São Paulo de Santos - SANTOS Faculdade Privada
ü UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SANTOS
- UNISANTOS SANTOS Universidade Privada
ü UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE
SANTOS - UNIMES SANTOS Universidade Privada
ü UNIVERSIDADE SANTA CECÍLIA –
UNISANTA SANTOS Universidade
Privada
ü Faculdade de Tecnologia de São Vicente -
FATEF
SAO
VICENTE
Faculdade Privada
ü Faculdade Integração - FAISV SAO
VICENTE
Faculdade Privada
ü Universidade do Estado de São Paulo SAO
VICENTE
Faculdade Publica
ü FACULDADE DE EDUCAÇÃO CIÊNCIAS
E LETRAS DON DOMÊNICO – FECLE
GUARUJÁ Faculdade Privada
ü Faculdade do Guarujá – FaG GUARUJÁ Faculdade Privada
ü Instituto Superior de Educação Don
Domênico - IDON
GUARUJÁ Instituto
Superior ou
Escola
Superior
Privada
Faculdade Alfa PRAIA
GRANDE
Faculdade Privada
Faculdade do Litoral Sul Paulista - FALS PRAIA GRANDE
Faculdade Privada
V - O CAMPUS BAIXADA SANTISTA: áreas de conhecimento
O Campus Baixada Santista inicia suas atividades mantendo a especificidade e a
experiência da UNIFESP com a área da saúde. Assim, foram propostos ao MEC,
os cursos de graduação em Nutrição, Psicologia, Fisioterapia, Terapia
Ocupacional e Educação Física.
5.1 - NUTRIÇÃO
O curso de Nutrição, seguindo o movimento de mudança na educação superior
de profissionais de saúde e as Diretrizes Curriculares Nacionais para
graduação desses profissionais, pretende formar: nutricionista generalista,
humanista e crítico voltado para as necessidades de saúde da população, com
conhecimento amplo e sólido de todas as etapas e das dimensões que
envolvem o processo de alimentação e nutrição humana, tanto no indivíduo
como em grupos populacionais, sadios e enfermos, buscando a promoção,
prevenção, manutenção, recuperação e reabilitação da saúde. Ao concluir o
curso deverá ser capaz de:
• refletir sobre a realidade econômica, política, social e cultural brasileira;
• atuar, pautado em princípios éticos, nos diferentes campos vinculados à
alimentação e nutrição humana desenvolvendo ações de assistência, de
educação, de coordenação e de planejamento e gestão;
• utilizar a metodologia científica na aquisição e produção do conhecimento;
• trabalhar em equipe de nutrição e equipe interprofissional, realizando a
interação com outros profissionais e aprimorar e aperfeiçoar continuamente
sua formação.
Compromete-se, assim, com a formação de um Nutricionista , “profissional de
saúde, que, atendendo aos princípios da ciência da Nutrição, tem como função
contribuir para a saúde dos indivíduos e da coletividade” (1), com atuação
regulamentada e fiscalizada a partir dos Conselhos Federal e Regionais de
Nutrição. O seu trabalho estará estritamente vinculado ao processo de
alimentação e nutrição humana, nas suas múltiplas dimensões e em seus
diferentes espaços.
Atuará na atenção nutricional e alimentar de indivíduos e coletividades, sadios
e enfermos, nos diferentes níveis de atenção à saúde (Unidades Básicas de
Saúde; Ambulatórios de Especialidades e Hospitais, públicos e privados;
Unidades de Vigilância à Saúde) e, ainda, em outros cenários tais como:
escolas, creches, restaurantes comerciais, hotéis, academias esportivas,
indústria de alimentos, entre outros. Nesses espaços desenvolverá,
isoladamente ou de forma integrada e/ou articulada, as atividades de
planejamento, gestão, execução, coordenação e avaliação das ações
relacionadas à alimentação e nutrição.
Terá, também, como espaço de trabalho as escolas de formação dos
nutricionistas, técnicos em nutrição e demais profissionais de saúde, tanto na
educação superior quanto no ensino médio e técnico, onde será o responsável
pelo desenvolvimento de matérias/conteúdos de nutrição.
O curso tem a duração de quatro anos, ocorre em tempo integral e oferece,
neste primeiro ano de funcionamento, 40 vagas.
5.2 – FISIOTERAPIA
O curso de graduação em Fisioterapia, seguindo as Diretrizes para a formação
de fisioterapeutas do Conselho Nacional de Educação, se compromete com
uma “formação generalista, humanista, crítica e reflexiva, capacitado a atuar
em todos os níveis de atenção à saúde, com base no rigor científico e
intelectual”. (1)Resolução Conselho Federal de Nutricionistas (CFN) No. 334/2004 – Dispõe sobre o Código de
Ética do Nutricionista e dá outras providências. -26-
O curso tem por objetivo capacitar o futuro profissional para o exercício de
competências e habilidades gerais de atenção à saúde, tomada de decisão,
liderança, gestão e empreendedorismo e educação permanente relacionados
à prática da Fisioterapia. Assim, objetiva preparar o aluno para ações de
prevenção, promoção, proteção e reabilitação, tanto individual como coletiva,
com alto padrão de qualidade e princípios éticos e de responsabilidade
profissional.
Espera-se que o egresso dos cursos tenha uma formação profissional em
saúde que o torne apto para o trabalho em equipe interprofissional, com
ênfase na integralidade no cuidado ao paciente. Por outro lado, esse egresso
deve ter uma formação técnico-científica e humana de excelência na área
específica de atuação da Fisioterapia.
A Fisioterapia, de acordo com a WCPT (World Confederation for Physical
Therapy), presta serviços a pessoas e populações com o fim de desenvolver,
manter e restaurar o movimento e a capacidade funcional em todos os ciclos
da vida, no contexto da promoção, prevenção, tratamento e reabilitação. Inclui
a prestação de serviços em circunstâncias em que o movimento e a função
estão ameaçados pelo processo de envelhecimento, por lesão ou por doença.
A Fisioterapia interage com o modelo de funcionalidade e incapacidade, sendo
um serviço exclusivamente prestado pelo fisioterapeuta.
O campo de atuação do fisioterapeuta é essencial ao sistema de saúde
vigente e regionalizado. Pode atuar independentemente de outros profissionais
de saúde e também no contexto de programas e projetos interdisciplinares de
reabilitação, com o objetivo de restaurar a função e melhorar a qualidade de
vida, em pessoas com perdas ou alterações de movimento.
O curso tem a duração de quatro anos, ocorre em tempo integral e oferece,
neste primeiro ano de funcionamento, 40 vagas.
-27-
5.3 – EDUCAÇÃO FÍSICA – Bacharelado modalidade Saúde
O Curso de Educação Física tem como pressuposto acadêmico a formação
de profissionais qualificados para serviços em saúde da população, quer na
prevenção ou no controle de doenças, entre estas as crônicas degenerativas,
como a hipertensão, as doenças cardiovasculares, o diabetes, a desnutrição,
a obesidade. As alterações imunológicas, psicobiológicas, distúrbios do sono
e transtornos do humor. Na mesma temática se inclui ainda a preparação dos
futuros profissionais para o atend imento às pessoas com necessidades
especiais, entre estes, os deficientes físicos e os lesados medulares.
O Curso está planejado numa concepção modular de currículo, procurando
integrar conteúdos / disciplinas em eixos e módulos interdisciplinares. Nesse
sentido, prioriza a adoção de metodologias problematizadoras para o ensino,
a inserção de novas tecnologias de informação e comunicação, o estímulo a
uma postura ativa do aluno na construção do conhecimento e a iniciação
científica.
O eixo específico do curso aborda: esportes individuais e coletivos para
populações saudáveis e com necessidades especiais, crescimento e
desenvolvimento, medidas e avaliações, nutrição e exercício, fisiologia do
exercício, cinesiologia, biomecânica, esportes complementares, te rceira idade
e exercício, distúrbios respiratórios e exercício, distúrbios cardiovasculares e
exercício, síndrome metabólica e exercício, sistema imunológico e exercício,
alterações traumato-ortopédicas e exercício, obesidade e exercício, prescrição
do treinamento para portadores de necessidades especiais, estágios
supervisionados, confecção de monografias.
Desta forma, o futuro profissional do Curso de Educação Física com
aprofundamento em Saúde terá subsídios teóricos e práticos para atuação em
diferentes situações, visando o controle e a prevenção de doenças, por meio
do exercício como forma terapêutica. Isto possibilitará o engajamento destes
profissionais em equipes interdisciplinares de saúde em hospitais, clínicas,
SUS, entre outros.
O curso tem a duração de quatro anos, ocorre em tempo integral e oferece,
neste primeiro ano de funcionamento, 40 vagas.
5.4 – TERAPIA OCUPACIONAL
O curso de Terapia Ocupacional tem por objetivo capacitar o futuro
profissional para o exercício de competências e habilidades gerais de atenção
à saúde, tomada de decisão, liderança, gestão e empreendedorismo e
educação permanente relacionados à prática da Terapia Ocupacional. Está
centrado nos aspectos físicos, psíquicos e sociais da atividade humana. Visa à
formação de um profissional generalista, com conhecimentos nas áreas
biológicas e humanas, além de áreas específicas indispensáveis ao pleno
desenvolvimento da função do Terapeuta Ocupacional.
A Terapia Ocupacional prevê ações nas esferas preventiva, curativa e
reabilitadora, com ênfase no enfoque biopsicossocial, voltado ao atendimento
de uma clientela cujas atividades de vida encontram-se prejudicadas por
disfunções orgânicas, psicológicas e/ou sociais. A regulamentação da
profissão consta do Decreto -Lei 938/69- publicado no DOU de 14/10/1969, Lei
N°6316/75.
-29-
O terapeuta Ocupacional é o profissional que terá a competência para habilitar
e/ou reabilitar, a partir das próprias atividades do cotidiano, os indivíduos com
necessidades particulares e especiais. É o profissional que terá a capacidade
de estudar, discutir e propor condições para uma qualidade de vida digna dos
indivíduos, dentro de preceitos éticos, morais e sociais justos.
As atribuições profissionais do terapeuta ocupacional inclui: elaboração de
diagnóstico e avaliação terapêutica ocupacional, desenvolvimento dos
objetivos e planos de tratamento a partir de metodologias e técnicas próprias,
execução de atos privativos: análise da atividade, realização das AVD, AVP,
AVT, AVL, órteses, próteses, adaptações e dispositivos de auxílio, intervenção
sobre o ambiente. (CREFITO 3).
O campo de atuação do Terapeuta Ocupacional abrange : Hospitais gerais e
especializados, Clínicas, Consultórios, Centros de reabilitação, Empresas,
Centros de saúde, Instituições Geriátricas, Centros de Convivência,
Instituições penais, Creches, Escolas e Clínicas Especializadas, Institutos de
Pesquisas, Magistério superior, Consultoria e Assessoria.
O eixo específico do curso aborda os fundamentos e aspectos históricos da
Terapia Ocupacional, atividades do desenvolvimento humano, recursos
terapêuticos, cinesiologia, tecnologia assistiva, fundamentos dos sistemas
orgânicos da cirurgia e da saúde mental, abordagens grupais, Terapia
Ocupacional aplicada às disfunções orgânicas gerais e específicas
(Neurologia, Ortopedia, Reumatologia, Psiquiatria, Cardiologia, Oncologia,
dentre outras). No último ano do Curso, o aluno passa por estágios de
treinamento prático em serviços.
O curso tem a duração de quatro anos, ocorre em tempo integral e oferece,
neste primeiro ano de funcionamento, 40 vagas.
5.5 – PSICOLOGIA
O curso de Psicologia articula Saúde, Clinica e Intervenção como três termos
indissociáveis que a Psicologia deve problematizar. É enfatizada a interação
entre fenômenos biológicos, humanos e sociais, objetivando uma visão de
saúde integral.
Tem como objetivo a formação de profissionais que atuem em nossa
sociedade na perspectiva da promoção de saúde e contribuam para o
desenvolvimento dessa área científica, no nível teórico e no nível de suas
possibilidades de aplicação prática.
A preocupação com uma sólida formação científica e com a possibilidade do
aluno vir a contribuir para o desenvolvimento da Psicologia como área de
conhecimento científico se concretiza, por exemplo, na definição das
competências e habilidades do núcleo comum da formação deste curso.
Esta definição é ancorada na concepção de que a iniciação científica
desenvolve uma postura crítica sobre o conhecimento disponível e uma
atitude flexível ao gerar capacidade de análise e ajustamento a diferentes
contextos e problemas.
As competências e habilidades que configuram o perfil do psicólogo refletem a
visão de prática profissional como necessariamente alicerçada em
conhecimentos científicos e em uma postura de pesquisa.O objetivo deste
curso é a formação de profissionais que possam atuar na perspectiva da
promoção de saúde e contribuir para o desenvolvimento dessa área, no
âmbito teórico e prático.
O currículo abrange as diferentes teorias e áreas de conhecimento da
Psicologia, bem como os diferentes métodos de investigação e pesquisa que
contribuem para a produção de conhecimento na área.
O eixo específico habilita o aluno a compreender a História e Epistemologia da
Psicologia, Ciclos de vida, Psicologia Social e do Trabalho, Psicologia
Institucional, Teorias e Práticas em Psicologia, Técnicas de Avaliação
Psicológica, Prevenção e Promoção em Psicologia e Saúde, Pesquisa em
Psicologia e Saúde, Ética em Psicologia, Estudos de Grupo e Técnicas
Psicoterápicas.
O curso tem a duração de cinco anos, ocorre em tempo integral e oferece,
neste primeiro ano de funcionamento, 40 vagas.
VI - OS PRINCÍPIOS DIRECIONADORES DO PROJETO PEDAGÓGICO
DO CAMPUS BAIXADA SANTISTA
O Relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre Educação para o
Século XXI (Delors, 1996:77) aponta que, “para poder dar resposta ao conjunto de
suas missões, a educação deve organizar-se à volta de quatro aprendizagens
fundamentais que, ao longo de toda a vida, serão de algum modo, para cada
indivíduo, os pilares do conhecimento: aprender a conhecer, isto é, adquirir os
instrumentos da compreensão; aprender a fazer, para poder agir sobre o meio
envolvente; aprender a viver juntos, a fim de participar e cooperar com os outros
em todas as atividades humanas; finalmente, aprender a ser, via essencial que
integra os três precedentes.”
Partindo destas recomendações, o Projeto Pedagógico do campus Baixada
Santista da Universidade Federal de São Paulo assume os seguintes princípios
direcionadores:
6.1- A indissociabilidade ensino, pesquisa e extensão
Como os três pilares da Universidade, o ensino em seus diferentes níveis, a
pesquisa e a extensão devem ser vistas como indissociáveis e
interdependentes. Da mesma forma que o ensino está presente na formação
do pesquisador e nas atividades extensionistas da Universidade, a pesquisa
encontra na extensão e no próprio ensino, campos fecundos de investigação.
Por outro lado, as atividades de extensão possibilitam novas dimensões do
processo formativo da Universidade, aproximando os estudantes da realidade
local e regional da área de abrangência da Universidade e alimentando os
projetos de pesquisa e construção de novos conhecimentos.
6.2 - A pesquisa como elemento impulsionador do ensino e da extensão
Diante do processo de avaliação e reestruturação em que se encontra o ensino
superior no Brasil neste momento de implantação das Diretrizes Curriculares
onde se espera um perfil de aluno mais ativo, questionador e construtor de seu
próprio conhecimento, a pesquisa toma papel de destaque no processo de
formação do profissional.
De acordo com o Fórum de Pró-Reitores de Graduação das Universidades
Brasileiras de 2000, “a pesquisa, compreendida como processo formador, é
elemento constitutivo e fundamental do processo de aprender a
aprender/aprendendo, portanto prevalente nos vários momentos curriculares.
Para Minayo, é a pesquisa que alimenta a atividade de ensino e a atualiza
frente à realidade do mundo.
6.3 - A prática profissional como eixo norteador do projeto pedagógico
Apreender a prática como estruturante significa construir um referencial
orientador diferenciado para as decisões pedagógicas: pensar sobre o que foi
realizado representa interrogar a própria ação, os interesses e expectativas
dos alunos e as condições institucionais e sociais. Neste sentido, a reflexão
“jamais é inteiramente solitária. Ela se apoia em conversas informais,
momentos organizados de profissionalização interativa”. (Perrenoud, 1999:11).
Nesse sentido, insere-se a discussão sobre a prática como eixo estruturante
para o processo de ensino -aprendizagem: no processo de construção de
conhecimento a prática necessita ser reconhecida como eixo a partir do qual
se identifica, questiona, teoriza e investiga os problemas emergentes no
cotidiano da formação. A prática não se reduz a eventos empíricos ou
ilustrações pontuais. Lida-se com a realidade e dela se retira os elementos que
conferirão significado e direção às aprendizagens.
Estrutura curricular, conteúdos e estratégias de ensino-aprendizagem
alicerçadas na prática, na forma em que esta se dá no contexto real das
profissões, possibilita que o processo de construção do conhecimento ocorra
contextualizado ao futuro exercício profissional, reduzindo as dicotomias
teoria/prática e básico/profissional.
Em contraposição a modelos tradicionais, a prática profissional será exercitada
pelo aluno desde o início dos cursos, atuando como elemento problematizador
para a busca do conhecimento necessário para o exercício desta prática.
Possibilitará assim um reconhecimento, pelo aluno, da necessidade dos
conteúdos escolhidos para compor a estrutura curricular, especialmente dos
cursos de graduação.
6.4 - A problematização do ensino a partir da prática e da pesquisa
As metodologias problematizadoras expressam princípios que envolvem
assunção da realidade como ponto de partida e chegada da produção do
conhecimento, procurando entender os conteúdos já sistematizados como
referenciais importantes para a busca de novas relações. Encontra nas
formulações de Paulo Freire um sentido de inserção crítica na realidade para
dela retirar os elementos que conferirão significado e direção às
aprendizagens.
As dimensões problematizadoras procuram constituir mudanças significativas
na forma de conceber e concretizar a formação de profissionais, configurando
uma atitude propositiva frente aos desafios contemporâneos. Assumem a
construção do conhecimento como traço definidor da apropriação de
informações e explicação da realidade.
6.5 - A interdisciplinaridade
O desenvolvimento da tecnologia e da ciência em vários campos disciplinares
articulado com a crescente complexidade e o avanço significativo com que
novas informações são produzidas, trazem o desafio da integração das
disciplinas. Neste contexto, emerge do conceito de interdisciplinaridade, situada
nos anos 70.
Na diversidade que marca as conceituações e práticas interdisciplinares, é
possível identificar pontos comuns: o sentido de relação, a valorização da
história dos diferentes sujeitos/disciplinas envolvidas, o movimento de
questionamento e dúvida, a busca por caminhos novos na superação de
problemas colocados no cotidiano, a ênfase no trabalho coletivo e na parceria e
o respeito pelas diferenças. É possível, assim, pensar que a
interdisciplinaridade constitui-se em um dos caminhos para que áreas
científicas delimitadas e separadas encontrem-se e produzam novas
possibilidades.
Assumimos que a ênfase interdisciplinar favorece o redimensionamento das
relações entre diferentes conteúdos, contribuindo para que a fragmentação dos
conhecimentos possa ser superada. Integrar também implica pensar em novas
interações no trabalho em equipe multiprofissional, configurando trocas de
experiências e saberes numa postura de respeito à diversidade, cooperação
para efetivar práticas transformadoras, parcerias na construção de projetos e
exercício permanente do diálogo.
Nessa reconstrução, importante frisar o lugar fundamental das disciplinas: o
espaço inter exige a existência de campos específicos que em movimentos de
troca possam estabelecer novos conhecimentos. Assim, a ênfase
interdisciplinar demanda não a diluição das disciplinas, mas o reconhecimento
da interdependência entre áreas rigorosas e cientificamente relevantes.
(Lenoir,1998; Fourez, 2001)
6.6 - A postura ativa do estudante na construção do conhecimento
Parte-se da premissa de que a aprendizagem implica em redes de saberes e
experiências que são apropriadas e ampliadas pelos estudantes em suas
relações com os diferentes tipos de informações. Aprender é, também, poder
mudar, agregar, consolidar, romper, manter conceitos e comportamentos que
vão sendo (re) construídos nas interações sociais.
A aprendizagem pode ser, assim, entendida como processo de construção de
conhecimento em que o aluno edifica suas relações e intersecções na interação
com os outros alunos, professores, fóruns de discussão, pesquisadores.
6.7 –A postura facilitadora/mediadora do docente no processo ensino/
aprendizagem
Entende-se que as transformações sociais exigem um diálogo com as
propostas pedagógicas, onde o professor assume um lugar de mediador no
processo de formação do profissional, estruturando cenários de aprendizagem
que sejam significativos e problematizadores da prática profissional (Brew e
Boud, 1998; Harden e Crosby 2000).
O docente deve desenvolver, nesse enfoque, ações de ensino que incidem nas
dimensões ativas e interativas dos alunos, discutindo e orientando-os nos
caminhos de busca, escolha e análise das informações, contribuindo para que
sejam desenvolvidos estilos e estratégias de estudo, pesquisa e socialização do
que foi apreendido. Insere-se, ainda, o esforço em propiciar situações de
aprendizagem que sejam mobilizadoras da produção coletiva do conhecimento.
Assumir diferentes papéis requer um envolvimento com a elaboração do
planejamento, tendo clareza dos objetivos a serem buscados e discutindo a
função social e científica das informações/conteúdos privilegiados. Essa postura
implica, também, na escolha de estratégias metodológicas que priorizem a
-37-
participação, interação e construção de conhecimentos.
Nesse cenário, mediar não equivale a abandonar a transmissão das
informações, mas antes construir uma nova relação com o conteúdo/assunto
abordado, reconhecendo que o contexto da informação, a proximidade com o
cotidiano, a aplicação prática, a valorização do que o aluno já sabe, as
conexões entre as diversas disciplinas, ampliam as possibilidades de formar
numa perspectiva de construção do conhecimento
6.8 - A integração com a comunidade
A aproximação entre a universidade, as comunidades regionais e o Sistema
Único de Saúde (SUS) deve funcionar como um meio de aproximar a formação
do aluno às realidades, nacional e regional, de saúde e de trabalho. A
percepção da multi causalidade dos processos mórbidos, sejam físicos, mentais
ou sociais, tanto individuais como coletivos, demanda novos cenários para o
ensino-aprendizagem na área da saúde. Neste sentido, a integração do ensino
com os serviços visa uma melhor organização da prática docente assistencial,
nos vários níveis de atenção à saúde. Nesta perspectiva, supera a simples
utilização da rede de serviços como campo de ensino mas supõe uma re -
elaboração da articulação teoria-prática, ensino-aprendizagem-trabalho e,
fundamentalmente, uma reconfiguração do contrato social da própria
universidade.
6.9 - A integração entre os diferentes níveis de ensino e pesquisa
A convivência entre as atividades de graduação, pós-graduação e residência
médica, bem como das interfaces e interdependências que existem entre estes
três momentos de ensino é um princípio deste PPI. Reconhece-se a
necessidade de não haja uma monopolização dos interesses docentes e dos
recursos infraestruturais/fomento em um espaço formativo ou de pesquisa em
detrimento de outros, evitando secundarizar e ou marginalizar, especialmente, o
-38-
ensino da graduação.
6.10 - A dinamicidade do plano pedagógico: construção e reconstrução
permanente
Identifica-se, ainda, a necessidade de que o Projeto Pedagógico seja objeto de
estudo pelo docente e pela Instituição, produzindo-se um conhecimento sobre
sua importância no desenvolvimento do PPI e construindo alternativas de lidar
com as dificuldades e entraves que emergem em todo o processo
transformador.
Para isto, é necessária uma ampliação do conceito de currículo como uma
construção social que se elabora no cotidiano das relações institucionais,
podendo ser analisado como: função social, refletida na relação escola-
sociedade; projeto ou plano educativo; campo prático que permite analisar a
realidade dos processos educativos dotando-os de conteúdo e território de
práticas diversas; espaço de articulação entre a teoria e a prática e objeto de
estudo e investigação.
6.11 - A avaliação formativa como feedback do processo
A avaliação deve subsidiar todo o processo de formação, fundamentando
novas decisões, direcionando os destinos do planejamento e reorientando-o
caso esteja se desviando. Dentro da visão de que aprender é construir o
próprio conhecimento, a avaliação assume dimensões mais abrangentes.
Conforme Luckesi (1998), “o ato de avaliar por sua constituição mesmo, não se
destina a julgamento “definitivo” sobre uma coisa, pessoa ou situação, pois
que não é um ato seletivo. A avaliação se destina ao diagnóstico e, por isso
mesmo, à inclusão, destina-se à melhoria do ciclo de vida”.
Assim, deve ser um mecanismo constante de retroalimentação, visando a
melhoria do processo de construção ativa do conhecimento por parte de
gestores, professores, alunos e funcionários técnico-administrativos.
6.12 - Desenvolvimento docente
Pensar em novos papéis para o docente exige projetar espaços de formação
dos professores que sejam norteados pela valorização da prática cotidiana,
privilegiando os saberes que os professores já construíram sobre o seu
trabalho assistencial e educativo e desenvolvendo possibilidades de refletir
sobre a própria prática, identificando avanços, zonas de dificuldades e nós
críticos na relação ensino-aprendizagem, bem como formulando, em parceria
com outros colegas, caminhos de transformação da docência universitária.
Observa-se que, na universidade brasileira interagem diferentes modelos de
docência: o do pesquisador com total dedicação à universidade e uma sólida
formação científica; o do professor reprodutor do conhecimento e o do professor
que se dedica à atividade acadêmica, mas carece de uma formação consistente
para a produção e socialização do conhecimento.
A institucionalização de práticas de formação docente torna-se, assim,
fundamental. Tomar a própria prática (ação-reflexão-ação) como ponto de
partida para empreender transformações no cotidiano do ensinar e aprender na
Universidade coloca-se como eixo estruturante para o processo de
formação/desenvolvimento docente.
VII – OBJETIVOS GERAIS DA GRADUAÇÃO
• Formação de um profissional da área da saúde apto para o trabalho em
equipe interprofissional, com ênfase na integralidade no cuidado ao
paciente.
• Formação técnico-científica e humana de excelência em uma área
específica de atuação profissional de saúde
• Formação científica , entendendo a pesquisa como propulsora do ensino e
da aprendizagem
Para atingir a esses objetivos, especialmente o desenvolvimento da competência
para o trabalho em equipe na perspectiva da integralidade no cuidado, este
Projeto Pedagógico assume como direcionador das ações os princípios da
Educação Interprofissional.
VIII A EDUCAÇÃO INTERPROFISSIONAL NA GRADUAÇÃO EM SAÚDE
Como em outras áreas de conhecimento, a graduação em saúde enfrenta
desafios importantes: fragmentação do ensino, dicotomias no projeto pedagógico
(básico-clínico, ensino-serviço, clínico-epidemiológico, saúde-doença),
biologicismo e hospitalocentrismo na formação, deslocamento do aluno para a
posição do sujeito que recebe passivamente a informação, centralidade do
processo pedagógico no professor como transmissor de informações, significativa
fragilidade no processo de profissionalização docente, desvinculação dos
currículos em relação às necessidades da comunidade, dentre outras. (Batista e
colaboradores, 2005, Feuerwerker 2003, Almeida 2004).
Por outro lado, os cursos superiores em saúde encontram-se num momento
de busca por caminhos para implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais
que ampliam o perfil de competências para a graduação envolvendo a atenção a
saúde, o desenvolvimento da liderança e da capacidade de comunicação,
preparando melhor os futuros profissionais para a administração e gerenciamento
de suas práticas, para a tomada de decisão e para a educação permanente.
Atualmente, a maioria dos cursos busca novos caminhos e referenciais de
formação. Propostas curriculares que articulem o compromisso do processo
formativo com o SUS e com as necessidades de saúde da população, que
apontem para novos papeis tanto do professor como do estudante, que ampliem
os cenários de ensino e aprendizagem para além dos ambientes hospitalares e
que incorporem a pesquisa como indissociável da aprendizagem têm sido muito
debatidas.
Outro importante desafio deste ensino é a ruptura com os modelos
disciplinares rígidos e a busca por um projeto de formação em saúde que
signifique integração de diferentes conhecimentos e áreas disciplinares e
profissionais. Delineiam-se contextos científicos e acadêmico-institucionais para o
encontro com a interdisciplinaridade.
Integrar implica pensar em novas interações no trabalho em equipe
interprofissional, configurando trocas de experiências e saberes numa postura de
respeito à diversidade, cooperação para efetivar práticas transformadoras,
parcerias na construção de projetos e exercício permanente do diálogo.
A perspectiva da integralidade no cuidado demanda um trabalho em saúde
que transcende os fazeres individualizados de cada profissão, assumindo a
importância da equipe. Projeta-se, assim, um profissional de saúde que, não
abrindo mão da formação específica, possa estar atento às diferenças, aos
movimentos de inclusão, ao interprofissionalismo presente em suas ações. .
Neste sentido alguns questionamentos tomam significado: os cursos de
graduação em saúde têm se comprometido com o desenvolvimento dos futuros
profissionais para este trabalho? Como estamos preparando nossos estudantes
para o trabalho em equipe na perspectiva da integralidade no cuidado? Como
propiciar que nossos estudantes conheçam melhor as especificidades das
diferentes profissões de saúde?
Apesar de óbvias, estas preocupações não têm sido objeto de novas
propostas de formação profissional no Brasil. Reconhece-se sua importancia mas
mantém-se uma ênfase nos cursos em si, procurando estratégias de
aprimoramento voltadas para uma visão de prática isolada das diferentes
profissões.
È neste contexto que se insere a Educação Interprofissional. McNair (2005)
aponta, como ponto de partida que para fazer junto no cotidiano do cuidado em
saúde é preciso aprender junto sobre o trabalho em saúde.
A Educação Interprofissional é conceituada como uma proposta onde 2 ou
mais profissões aprendem juntas sobre o trabalho conjunto e sobre as
especificidades de cada uma, na melhoria da qualidade no cuidado ao paciente.
Configura-se, assim, um estilo de educação que prioriza o trabalho em equipe, a
interdisciplinaridade e o compromisso com a integralidade das ações que deve ser
alcançado com um amplo reconhecimento e respeito às especificidades de cada
profissão.
Esta proposta sinaliza a inversão da lógica tradicional da formação em
saúde – cada prática profissional pensada e discutida em si – abrindo espaços
para a discussão do interprofissionalismo.
Os princípios da educação interprofissional se aplicam tanto para a
graduação das diferentes profissões de saúde como para a educação permanente
dos profissionais componentes de uma equipe de trabalho. (BAAR, 2005)
Baar (1998) distingue três competências no âmbito do trabalho em
equipe: a competência comum a todos os profissionais de saúde, a competência
complementar (específica de cada profissão) e a competência colaborativa,
essencial para o trabalho conjunto.
Com esta abrangência a educação interprofissional assume
diferentes objetivos como modificar atitudes e percepções na equipe, melhorar a
comunicação entre os profissionais, reforçar a competência colaborativa, contribuir
para a satisfação no trabalho, construir relações mais abertas e dialógicas, assim
como integrar o especialista na perspectiva da integralidade no cuidado.
Essa diversidade revela itinerários de aprendizagem múltiplos na educação
interprofissional, compreendendo os campos da observação, ação, troca, simulação e
prática em contextos reais. Configura-se uma rede de situações e relações que envolvem os
estudantes em seus processos de expressar pontos de vista, abordar problemas, explorar as
diferentes possibilidades de compreender a realidade, apropriar os conteúdos e articular
teoria e prática.
A construção da identidade profissional dos estudantes de uma área em
saúde vai se fortalecendo a medida que são expostos a situações comuns de
aprendizagem com outras áreas, demandando olhares diferentes, que ora se
complementam, ora se confrontam, mas que possibilitam um nível mais ampliado
de compreensão da realidade.
Desta forma, a concretização de propostas de educação
interprofissional implica assumir uma nova organização curricular que priorize as
discussões e as vivências conjuntas das diferentes profissões envolvidas no
cuidado em saúde. Isto significa o desenvolvimento de uma cultura de ensino-
aprendizagem caracterizada pelas trocas e saberes partilhados, estabelecendo
espaços formativos mais significativos e comprometidos com a prática do trabalho
em equipe.
É no contexto da educação interprofissional que se insere o desenho
curricular dos novos cursos do Campus Baixada Santista da Universidade Federal
de São Paulo, onde estão sendo implantados os Cursos de Graduação em
Educação Física, Fisioterapia, Nutrição, Psicologia e Terapia Ocupacional.
Assume-se como objetivos destes cursos a formação de um profissional da
área da saúde preparado para o trabalho em equipe interprofissional com ênfase
na integralidade no cuidado ao paciente, a formação técnico-científica e humana
de excelência em uma área específica de atuação profissional de saúde e uma
formação científica, entendendo a pesquisa como propulsora do ensino e da
aprendizagem.
Para concretizar estes objetivos, os seguintes princípios direcionam o
projeto pedagógico: indissociabilidade ensino, pesquisa e extensão, prática
profissional como eixo norteador do projeto pedagógico, problematização do
ensino a partir da prática e da pesquisa, interdisciplinaridade, postura ativa do
estudante na construção do conhecimento, postura facilitadora/mediadora do
docente no processo ensino/aprendizagem, integração com a comunidade,
integração entre os diferentes níveis de ensino e pesquisa, dinamicidade do plano
pedagógico com construção e reconstrução permanente, avaliação formativa
como feedback do processo, desenvolvimento docente.
Um traço central dessa experiência é a constituição intencional de turmas
que mesclam alunos dos cinco cursos que compõem o campus: são as classes
“misturadas” onde a questão fundamental é “o que um profissional de saúde,
independentemente de sua especificidade profissional deveria saber?”. Nesta
proposta, os alunos têm em todos os anos do curso momentos de aprendizagem
conjunta (80% no primeiro ano, 40% no segundo ano, 20% no terceiro ano e
reuniões semanais no quarto ano).
Estes momentos de formação compartilhada permitem a vivência de grupos
interprofissionais, onde misturar-se implica em criar uma disponibilidade para
conviver com o outro, conhecendo-o melhor, respeitando-o em suas
singularidades e buscando construir relações interpessoais mais inclusivas.
Na medida em que se altera a lógica tradicional de formar em saúde,
insere-se o diálogo com as práticas docentes: os professores, com suas histórias
de formação pautadas na especialização disciplinar, vêem-se confrontados com
seus desejos e possibilidades de aprenderem a ensinar de um modo mais
participativo, interativo, criativo. E estas possibilidades podem ser ampliadas por
meio do envolvimento dos docentes na construção de um projeto pedagógico
inovador, tomando-os como co-responsáveis pelos rumos e rotas da proposta de
formação em saúde.
Assim, também é novo para o professor sair da métrica disciplinar e
colocar-se no diálogo com colegas oriundos de outros campos disciplinares,
relativizando suas certezas e acreditando ser possível e necessário (re)conhecer
as dinâmicas do saber, fazer e ser em saúde. Constituir um eixo, intrinsecamente
interdisciplinar, e atuar nos módulos exige considerar ângulos ainda não
descortinados e/ou valorizados, revisitar o já conhecido e abrir-se para caminhos
novos.
Outro componente essencial desta proposta é a adoção de metodologias
problematizadoras a partir de situações vivenciadas no cotidiano das práticas de
atenção a saúde. Num movimento de ação-reflexão-ação, o contato dos
estudantes com os serviços de saúde e a integração do projeto pedagógico com a
Secretaria de Saúde do município ocupam um papel fundamental na formação
dos futuros profissionais.
Bibliografia
1. BATISTA, N. at alii. O Enfoque Problematizador na Formação de profissionais de
Saúde. Rev Saúde Pública, 2005; 39(2):147-161.
2. FEUERWERKER, L. Educação dos profissionais de saúde hoje – problemas, desafios,
perspectivas, e as propostas do Ministério da Saúde. Rev ABENO. São Paulo, 2003; 3(1):
24-27.
26. BATISTA, S.H.S.S. Formação. In: FAZENDA, I. (org) Interdisciplinaridade – um
dicionário em construção. São Paulo: Cortez, 2001.
35. McNAIR, R. The case for education health care students in professionalism as the
core content of interprofessional education. Med Educ, 2005; 39 (5), may: 456-464.
3. ALMEIDA, M. Educação Médica e Saúde: Possibilidades de Mudança
Rio de Janeiro/Londrina: Associação Brasileira de Educação Médica/ EDUEL, 2004.
BAAR, 2005 Baar, (1998)
Becker HS. Método de pesquisa em ciências sociais. São Paulo, Hucitec; 1993. Gomes R, Souza ER, Minayo MCS, Silva CFR. Organização, processamento, análise e interpretação de dados: o desafio da triangulação. In: Minayo MCS, Assis SG, Souza ER, organizadoras. Avaliação por triangulação de métodos: abordagem de programas sociais. Rio de Janeiro: Fiocruz; 2005. p. 185-221.
IX- O DESENHO CURRICULAR DOS CURSOS
Assumir a educação interprofissional como direcionador desse projeto implica no
desenvolvimento de uma proposta formativa interdisciplinar e interprofissional,
rompendo com estrutura tradicional centrada nas disciplinas e na formação
específica de determinado perfil profissional. Assim, todos os Cursos têm um
desenho curricular direcionado por quatro eixos de formação que perpassam os
anos de graduação. Em cada um dos eixos, módulos aglutinando áreas temáticas
afins constituem a proposta curricular. A figura abaixo apresenta os eixos
propostos:
O Ser Humanoem sua Dimensão Biológica
O Ser Humanoe sua inserção social
Aproximação ao Trabalho em Saúde
Aproximaçãoa uma PráticaEspecífica em Saúde
Prevê-se uma articulação entre os quatro eixos propostos, orientados pela
formação de profissionais da saúde comprometidos com atuações consistentes,
críticas e potencialmente transformadoras da realidade social - ênfase na
educação interprofissional, interdisciplinaridade, enfoque problematizador e
produção do conhecimento.
9.1 - O Ser Humano em sua Dimensão Biológica
Este eixo constitui-se de dois núcleos: Um Núcleo comum de conhecimentos
necessários para todos os cursos propostos (o conhecimento biológico necessário
a um profissional para atuação na área da saúde) e um Núcleo específico de
aprofundamento a partir das necessidades de cada curso.
O Eixo “O Ser Humano em Sua Dimensão Biológica” pretende instrumentalizar os
alunos dos cinco novos cursos da Unifesp, no Campus Baixada Santista,
apresentando os temas biológicos para estudantes da área de Saúde de forma
integrada e crescente em complexidade.
Para tal, no primeiro ano dos cursos, as áreas básicas do conhecimento foram
organizadas em dois módulos: “Do Átomo à Célula”, o qual reúne o conteúdo
disciplinar de Biologia Celular, Bioquímica, Biologia Molecular e Genética e, o
Módulo “Dos Tecidos aos Sistemas” reunindo o conteúdo de Anatomia, Histologia,
Embriologia e Fisiologia.
Como estratégia de ensino foram formadas turmas mistas, reunindo os alunos dos
cinco cursos, iniciando a convivência entre profissionais que se tornarão aptos a
atuarem em conjunto na prática em saúde, equilibrando o conteúdo teórico básico
com a discussão de temas específicos.
As ferramentas didáticas utilizadas compreendem além de aulas expositivas, o
uso da problematização, estudo dirigido, aulas práticas, discussão de casos
clínicos, ensino baseado em problemas, leitura de artigos científicos e iniciação
científica.
Os problemas são apresentados aos alunos, os quais questionam individualmente
e/ou em grupo o assunto, adotando uma posição ativa na construção do
conhecimento.
O conteúdo é ministrado em quatro períodos por semana, de quatro horas/aula
cada, nos dois primeiros semestres do curso.
São objetivos deste Eixo: entender as bases celulares, moleculares e a interação
dos diferentes sistemas do organismo; habilitar os profissionais em formação a
discutir de forma abrangente e multidisciplinar a relevância dos processos
biológicos nas diferentes doenças; demonstrar que vários tratamentos para
diferentes patologias têm origem no estudo das alterações moleculares,
bioquímicas e celulares dos tecidos; compreender que o organismo funciona como
unidade e que os diferentes sistemas interagem de modo a garantir a saúde e a
qualidade de vida; capacitar o aluno em atividades relacionadas à pesquisa
científica (Iniciação Científica).
No segundo ano dos cursos, este eixo corresponderá a dois períodos semanais
nos quais se desenvolverá o Módulo “Fundamentos Biológicos do Adoecimento
Humano”. Neste módulo, os estudantes discutirão os principais mecanismos de
agressão e defesa do organismo humano bem como os processos patológicos
gerais no processo de adoecimento.
Nos terceiro e quarto anos, além da discussão específica de temáticas
relacionadas à Farmacologia aplicada às áreas de conhecimento dos cursos,
momentos interdisciplinares e interprofissionais de discussão ( seminários, casos
motivadores e discussão de situações práticas relacionadas ao atendimento ao
paciente) reunirão os professores deste eixo com os professores das áreas
específicas de formação profissional.
9.2 - O Ser Humano e sua Inserção Social
Este Projeto Pedagógico tem como pontos de partida a compreensão da formação
em saúde como um processo de práticas sociais, permeado pelas concepções de
saúde, adoecimento, condicionantes históricos, abrangendo diferentes dimensões
da produção da vida humana (educação, trabalho, condições de vida,
subjetividade, relações sociais)
Esses marcos interpretativos das práticas de assistência e de formação
coadunam-se com um entendimento ampliado de saúde e de educação, buscando
superar relações de causalidade linear e contribuindo na instauração de uma
cultura acadêmica que se nutre da dúvida, do diálogo entre diferentes, do
alargamento dos caminhos de produção dos conhecimentos científicos e da
perspectiva plural dos saberes e experiências humanas.
Os compromissos assumidos com a formação em saúde ancoram-se em uma
compreensão das Ciências Humanas e Sociais em uma perspectiva que rompe
com um caráter instrumental e/ou acessório dos conteúdos e metodologias
próprias desses campos científicos, envolvendo-se na construção da reflexão
crítica sobre as práticas em saúde a partir do olhar do cuidado, do trabalho, das
relações sociais, das condições de produção de vida nas sociedades.
Nos intercruzamentos das Ciências Sociais, da Psicologia, da Educação, da
Economia, dentre outros, esboçam-se experiências formativas que, na interface
com outras áreas do conhecimento, podem ser potencialmente transformadoras
da formação em saúde comprometida com a construção do Sistema Único de
Saúde.
Para a concretização desse Eixo e coerentes com os princípios norteadores do
Projeto Pedagógico do Campus Baixada Santista, as opções pedagógicas
privilegiam os enfoques problematizadores e uma permanente articulação com a
prática, em um desenho curricular interprofissional e interdisciplinar.
P
Nesse contexto, este Eixo projeta desenvolver suas atividades de formação e
aprendizagem em uma busca permanente de articulação da prática com a teoria,
dialogando com os Eixos O Ser Humano em sua Dimensão Biológica,
Aproximação ao Trabalho em Saúde e Aproximação à uma Prática Específica em
Saúde e procurando superar a concepção que desarticula saberes entre básico e
profissional.
LEVANTAR HIPÓTESES DE
ESTUDO
REALIDADE
CONHECER E EXPLORAR AS CONCEPÇÕES
DIÁLOGO COM A TEORIA
O eixo tem como objetivos: formar o aluno para compreender o surgimento das
ciências humanas como área de conhecimento, e sua relação com a área da
saúde e para utilizar, teórica e metodologicamente, o instrumental das diferentes
áreas do conhecimento das ciências humanas na saúde.
Especificamente pretende-se propiciar uma abordagem que considere o impacto
da noção de cultura sobre a concepção de ser humano; que considere o ser
humano em suas relações sociais; que instrumentalize o aluno para o
relacionamento pessoal com o usuário/cliente e com os profissionais de saúde; e
que discuta e sensibilize o aluno para a função educativa implícita ao exercício
profissional em saúde.
No primeiro ano dos cursos desenvolve-se o módulo “Indivíduo, Cultura e
Sociedade” que aborda conteúdos temáticos relacionados ao ser humano como
ser cultural e social, natureza, cultura e sociedade, corpo e cultura, indivíduo,
subjetividade e pessoa, trabalho e organização social, pobreza e desigualdade
social, construção do normal e patológico, dor como contexto, estado e sociedade
civil, políticas públicas e direitos e educação e aprendizagem em saúde.
No segundo ano, o módulo “Sociedade, Políticas e Direitos” será desenvolvido
em período anual, integralizando 120 horas. Os conteúdos abordados abrangerão
os seguintes núcleos: Estado e Sociedade; Poder, Política e Direitos; O Normal e
o Patológico; A Dor como Contexto e Educação, Aprendizagem e Saúde.
No terceiro ano, o módulo “Cultura e Saúde”: Corpo e Significado”, com carga
horária anual de 120 horas, contemplará os seguintes eixos temáticos: Corpo e
Cultura; Doença/ Enfermidade; Corpo , Poder e Potência; Inconsciente e Campo
Saúde; Cultura e Singularização, Ética e Bioética; Educação em Saúde. Serão
agregados, também, temas que sejam oriundos de demandas específicas dos
cursos.]
A estratégia pedagógica escolhida para concretizar essa proposta visa aproximar
os alunos dos cinco cursos de graduação em turmas mistas aos diferentes
contextos e grupos sociais da cidade de Santos (portuários, pescadores,
comerciantes, moradores de favelas, cortiços, classe média, idosos entre outros),
visando reconstruir a história de vida dos moradores e da cidade, perceber os
diferentes modos de vida: moradia, trabalho, lazer e cultura, desenvolver a
capacidade de olhar e dialogar com o “outro”. Esta aproximação dos alunos a
realidade da cidade funda-se numa perspectiva metodológica formadora do
processo de produção do conhecimento em suas dimensões técnica, conceitual e
relacional.
9.3 - Aproximação ao Trabalho em Saúde
As práticas profissionais predominantes no campo da saúde são centradas em
uma lógica de procedimentos técnico-instrumentais, voltadas para identificar e
reparar uma alteração/lesão/doença, um “fato objetivo”. Esta busca acrítica de
objetividade freqüentemente implica na exclusão da subjetividade, compreendida
como sendo supérflua ou até mesmo como obstáculo ao agir profissional.
Desconsidera-se a história de vida, as condições sociais, a cultura, produzindo
visões fragmentadas do sujeito, do adoecer, do processo de trabalho em saúde, e
do mundo.
Como conseqüência temos uma percepção reduzida e limitada das necessidades
de atenção/cuidado dos indivíduos e populações. O trabalho em equipe, em geral,
se resume à somatória de trabalhos parciais e parcelados, com perda da eficácia
e dificuldades para escutar, estabelecer vínculos e ofertar uma atenção integral.
Este Projeto Pedagógico tem como ênfase a educação interprofissional e
interdisciplinar e visa à formação de profissionais de saúde:
• Comprometidos com atuações consistentes, críticas e potencialmente
transformadoras da realidade social;
• Preparados para o trabalho em equipe e para a oferta de cuidado integral
Compreende a formação em saúde como um processo de práticas sociais
permeado pelas concepções de saúde e adoecimento. Busca superar as
concepções reducionistas e suas relações de causalidade linear, e contribuir para
a instauração de uma cultura acadêmica que se nutre da dúvida, do diálogo entre
diferentes, do alargamento dos caminhos de produção dos conhecimentos
científicos e da perspectiva plural dos saberes e experiências humanas.
O Eixo Aproximação ao Trabalho em Saúde projeta desenvolver suas atividades
de formação e aprendizagem através de uma busca permanente de articulação da
prática com a teoria e do diálogo com os demais eixos: O Ser Humano em Sua
Dimensão Biológica, O Ser Humano e sua Inserção Social e Aproximação à uma
Prática Específica em Saúde.
Este eixo tem como objetivos possibilitar ao estudante:
1. Compreender as múltiplas dimensões envolvidas no processo saúde-doença e
de produção de cuidado;
2. Compreender a realidade de saúde e do sistema de saúde vigente em nosso
país;
3. Conhecer as diversas profissões e práticas de saúde;
4. Compreender o processo de trabalho em saúde;
5. Construir uma visão crítica sobre a produção do conhecimento em geral, do
conhecimento científico e do conhecimento na área da saúde.
Objetivos Específicos
• Propiciar ao estudante a compreensão das diversas concepções e múltiplas
dimensões envolvidas nos processos de saúde e de adoecimento;
• Instrumentalizar os estudantes para identificar necessidades de saúde
individuais e coletivas;
• Desenvolver a capacidade de análise crítica dos problemas de saúde da
sociedade;
• Desenvolver o conhecimento da realidade epidemiológica e de saúde da
população;
• Propiciar o conhecimento da organização do sistema de saúde e dos
diversos níveis de atenção à saúde; conhecer as bases e a história do
Sistema Único de Saúde – SUS.
• Conhecer e discutir a prevenção, promoção, proteção e reabilitação em
saúde.
• Contribuir para o desenvolvimento de competências para o trabalho em
equipe, para o dialogo interprofissional;
• Contribuir para o desenvolvimento de competências para o cuidado integral;
• Instrumentalizar o estudante para a pesquisa interdisciplinar.
� Capacitar para o planejamento, gestão e avaliação de políticas públicas
na área da saúde.
� Propiciar conhecimentos de Vigilância à Saúde
O eixo se organiza em módulos anuais no interior dos quais os conteúdos
temáticos serão desenvolvidos. No primeiro ano o módulo “Saúde como
processo: contextos, concepções e práticas” abordará os seguintes conteúdos
temáticos: Concepções de saúde e doença, Diversidade de modos de adoecer e
viver a saúde, Situação de saúde – raciocínio epidemiológico, Intervenções em
saúde pública – reconstituição das intervenções históricas em Santos, Profissões
de saúde e mercado de trabalho, Práticas de saúde, Construção do conhecimento
No segundo ano o módulo “Políticas e Sistemas de Saúde” abordará os
seguintes conteúdos temáticos: Políticas de Saúde, Sistema Único de Saúde –
constituição histórica, princípios e diretrizes, Organização do Sistema de Saúde –
público e suplementar, Modelos de atenção, Gestão e Planejamento, Sistema de
Informação, Epidemiologia, Vigilância em Saúde
No terceiro ano o módulo “Processo de trabalho em saúde: integralidade e
cuidado” abordará: Especificidade do trabalho em saúde, Trabalho, adoecimento
e saúde, Produção do cuidado integral, Integralidade, Trabalho em equipe,
Demandas específicas dos cursos.
Para a concretização deste Eixo e coerente com os princípios norteadores do
Projeto Pedagógico do Campus Baixada Santista a opção pedagógica privilegia os
enfoques problematizadores e a permanente articulação com a prática.
A estratégia pedagógica escolhida para concretizar essa proposta aproxima os
alunos dos cinco cursos de graduação (agrupados em turmas mistas) aos
diferentes contextos, grupos sociais na cidade de Santos (portuários, pescadores,
comerciantes, moradores de favelas, cortiços, classe média, idosos entre outros)
bem como à rede de serviços de saúde do município.
Esta aproximação dos alunos à realidade da cidade e dos serviços funda-se numa
perspectiva metodológica formadora do processo de produção do conhecimento
em suas dimensões técnica, conceitual e relacional.
9.4. - Aproximação a uma Prática Especifica em Saúde
Desenvolvido desde o inicio do curso, de maneira progressiva e respeitando a
autonomia do aluno, este eixo aborda as questões especificas de cada uma das 5
profissões dos cursos propostos. No primeiro ano dos cursos será desenvolvido
em dois períodos semanais e prioriza as seguintes temáticas: Observação e
discussão da prática profissional, áreas de atuação, aspectos históricos da
profissão (primeiro semestre) e Conteúdos específicos de introdução às áreas no
segundo semestre.
9.4.1 – Curso de Nutrição
No curso de Nutrição, dois módulos se desenvolvem no primeiro ano: “O
Nutricionista em seus Diferentes Cenários” e “Avaliação Nutricional e Técnica
Dietética: conhecimentos básicos”.
O Módulo “O Nutricionista em seus Diferentes Cenários” discute aspectos
relacionados com as seguintes áreas disciplinares: Sociologia da Alimentação,
antropologia da alimentação, Introdução ‘a Nutrição e objetiva desenvolver
conteúdos que favoreçam a reflexão sobre o significado da alimentação
humana nos contextos histórico e cultural e aproximar o aluno da profissão,
apresentando sua origem, cenário atual e perspectivas futuras. Especificamente
pretende levar o aluno a: reconhecer a dimensão cultural da alimentação
humana numa perspectiva histórica, valorizar e respeitar a diversidade cultural
da alimentação humana, conhecer a história e a regulamentação da profissão,
visando estabelecer referenciais teóricos que definam o papel do nutricionista
como profissional de saúde, identificar as diversas áreas de atuação
profissional, reconhecendo suas especificidades e atribuições do nutricionista,
vivenciar os cenários comuns à prática do nutricionista, favorecendo a
construção de sua identidade profissional futura e experimentar situações que
favoreçam o desenvolvimento de competências necessárias ao exercício
profissional como: organização, responsabilidade, comunicação, trabalho em
equipe e postura ética.
O Módulo “Avaliação Nutricional e Técnica Dietética: conhecimentos básicos”
objetiva desenvolver conceitos e práticas fundamentais, em avaliação
nutricional e técnica dietética, que instrumentalizem o aluno para a aquisição de
competências específicas, necessárias à prática cotidiana do nutricionista.
Especificamente pretende identificar os métodos de avaliação do estado
nutricional, como um parâmetro da condição de saúde de indivíduos e
coletividades, capacitar o aluno para o uso e interpretação da antropometria
como método de avaliação do estado nutricional, reconhecer usos e limitações
de métodos de avaliação do consumo alimentar, apresentar características e
utilização dos diferentes alimentos, equipamentos e utensílios sob a perspectiva
da técnica dietética e culinária, desenvolver linguagem técnica necessária a
prática cotidiana do nutricionista nas áreas de avaliação nutricional e técnica
dietética, experimentar situações que favoreçam o desenvolvimento de
competências necessárias ao exercício profissional como: organização,
responsabilidade, comunicação, trabalho em equipe e postura ética.
A partir do segundo ano, os seguintes Módulos comporão o Eixo Específico do
Curso de Nutrição:
2o ano
Nutrição, alimentos e nutrientes
Ciência dos alimentos II
Avaliação nutricional: do coletivo ao indivíduo
Nutrição e saúde coletiva I
3o ano
Ciência dos alimentos III
Nutrição nos ciclos da vida I
Gestão de unidades de alimentação e nutrição I -59-
Nutrição clínica I
Nutrição clínica I I
Nutrição nos ciclos da vida II
Nutrição e saúde coletiva II
Gestão de unidades de alimentação e nutrição II
4o ano
Estágios Curriculares Áreas: Nutrição clínica, Administração de serviços de
alimentação e nutrição, Nutrição e saúde coletiva , Outras áreas de atuação
9.4.2- – Curso de Fisioterapia
No curso de Fisioterapia, três módulos se desenvolvem no primeiro ano:
“Fisioterapia: História e atuações”, “Introdução aos recursos manuais e naturais
em Fisioterapia” e “Estudo do Movimento Humano I”. O Módulo “Fisioterapia:
História e atuações” objetiva apresentar ao aluno a Fisioterapia como atividade
profissional, o desenvolvimento histórico da profissão, objeto de estudo e
trabalho do fisioterapeuta, campos de conhecimento do fisioterapeuta, os
recursos fisioterapêuticos próprios bem como os níveis da atenção à saúde em
que ele se insere e o entendimento do trabalho inter e multi-profissional.
O Módulo “Introdução aos recursos manuais e naturais em Fisioterapia” objetiva
apresentar ao aluno os conhecimentos básicos sobre os recursos manuais e
naturais empregados pelo fisioterapeuta na sua prática profissional, incuindo os
conhecimentos teóricos que fundamentam a prática da massoterapia e os
efeitos da termoterapia sobre os tecidos biológicos.
O Módulo Estudo do Movimento Humano I objetiva apresentar ao aluno os
conhecimentos básicos sobre Cinesiologia, abordando os conceitos básicos
sobre cada articulação do corpo humano, nos aspectos mecânicos e
fisiológicos.
A partir do segundo ano, os seguintes Módulos comporão o Eixo Específico do
Curso de Fisioterapia:
2º ano
O estudo do movimento humano – II
Recursos manuais e naturais em fisioterapia – II
O movimento terapêutico – I
Avaliação em fisioterapia
3º ano
Fisioterapia na saúde da criança e do adolescente
Fisioterapia na saúde do adulto e do trabalhador
Fisioterapia na saúde da mulher
Fisioterapia na saúde do idoso
4º ano
Estágios Supervisionados
9.4.3 – Curso de Educação Física
No curso de Educação Física, três módulos se desenvolvem no primeiro ano:
“Aproximação à prática da Educação Física em Saúde I – Introdução”,
“Ciências do Exercício I - Crescimento e Desenvolvimento” e “Medidas e
Avaliações em Educação Física e Saúde I – Fundamentos”.
O Módulo “Ciências do Exercício I - Crescimento e Desenvolvimento” objetiva
fornecer subsídios e propiciar as condições essenciais para o estudo teórico e
prático do crescimento, desenvolvimento e envelhecimento, e sua inter-relação
aos processos fisiológicos e fisiopatológicos inerentes às diferentes fases da
vida, assim como o estudo de respostas específicas decorrentes do exercício,
proporcionando ao aluno a observação sistemática dos efeitos do exercício nos
processos de crescimento e desenvolvimento normal ou pato lógico.
O Módulo “Aproximação à prática da Educação Física em Saúde I –
Introdução” objetiva fornecer subsídios e propiciar as condições essenciais para
o conhecimento histórico e atual da Educação Física e sua inserção na área da
saúde, discutir o perfil de formação profissional almejado em relação ao curso,
a evolução da Educação Física enquanto área do conhecimento, as áreas de
atuação profissional, com enfoque em saúde, procurando aproximar os alunos
das principais áreas e locais para atuação profissional (individual e em equipes
multidisciplinares).
O Módulo “Medidas e Avaliações em Educação Física e Saúde I –
Fundamentos” objetiva fornecer subsídios e propiciar as condições essenciais
para o estudo teórico e prático dos fundamentos e aplicações de medidas e
avaliações em Educação Física e Saúde proporcionando o conhecimento
introdutório aos métodos diretos, indiretos e duplamente indiretos que
possibilitam a observação sistemática do comportamento de variáveis
antropométricas, de composição corporal, motoras, posturais, funcionais e
metabólicas, introduzindo os conceitos fundamentais para a compreensão das
qualidades/valências físicas: força, velocidade, potência, resistência,
coordenação de movimento e flexibilidade.
A partir do segundo ano, os seguintes Módulos comporão o Eixo Específico do
Curso de Educação Física:
2o. ano
Cinesiologia
Princípios do treinamento
Biomecânica
Periodização do treinamento
Fundamentos do Esporte:Campo e Quadra
Bioquímica aplicada e Fisiologia aplicada
3o. ano
Psicologia aplicada
Nutrição aplicada
Psicobiologia aplicada
Tópicos em Educação Física e Saúde
Fundamentos do Esporte: Individuais e Alternativos
Exercício e Saúde: Disfunções orgânicas, metabólicas e funcionais
Produção de conhecimento em Educação Física e Saúde: Métodos
4o. ano
Exercício e Saúde: Prescrição de exercício para populações especiais
Trabalho de conclusão de curso (TCC)
Estágios
9.4.4 – Curso de Terapia Ocupacional
No curso de Terapia Ocupacional, dois módulos se desenvolvem no
primeiro ano: “Conhecendo a Profissão: da origem à atualidade” e
“Atividades e Recursos Terapêuticos I”
O Módulo “Conhecendo a Profissão: da origem à atualidade” tem como
objetivos possibilitar ao estudante compreender o conceito de Terapia
Ocupacional, descrever a história da Terapia Ocupacional e de suas áreas
de atuação, compreender a inserção da profissão nas áreas de Saúde,
Educação e Social no Brasil, introduzir o aluno na observação e reflexão
sobre a intervenção terapêutica ocupacional e compreender a inserção da
terapia ocupacional nas áreas da saúde, educação e social. Especificamente
pretende possibilitar ao aluno elaborar um primeiro conceito de terapia
ocupacional, sistematizar a história da terapia ocupacional, destacando seus
marcos principais, analisar as mudanças conceituais da profissão ao longo
da história, compreender a inserção e o desenvolvimento da profissão no
Brasil, compreender o desenvolvimento das diversas áreas de atuação da
terapia ocupacional, compreender a intervenção da terapia ocupacional e
seu objeto de estudo, caracterizar as áreas de atuação e as clientelas e
identificar as diferentes ações do profissional no campo da saúde, educação
e social.
O MÓDULO “Atividades e Recursos Terapêuticos II “ objetiva possibilitar aos
estudantes identificar as atividades realizadas pelos seres humanos ao
longo do desenvolvimento e em diferentes contextos sócio-econômicos e
culturais, vivenciar atividades de expressão e comunicação, verbal e não-
verbal, compreender o papel sócio-cultural das atividades, introduzir a
reflexão sobre a importância das atividades humanas no processo saúde
doença e identificar a importância da análise de atividade no processo
terapêutico. Especificamente pretende que o aluno ao final do módulo esteja
apto a identificar e compreender a diversidade de repertórios de atividades
realizadas ao longo do desenvolvimento humano e em diferentes contextos,
elaborar um primeiro conceito sobre o papel sócio-cultural das atividades
humanas, compreender a importância das atividades para os seres
humanos e no processo saúde-doença, refletir sobre os conceitos de
atividade terapêutica e sua utilização, compreender a importância da análise
de atividade como instrumento terapêutico, conhecer a diversidade de
propostas de atividades e de análises das mesmas, de acordo com áreas de
atuação profissional, modelos teóricos e momentos históricos.
A partir do segundo ano, os seguintes Módulos comporão o Eixo Específico
do Curso de Terapia Ocupacional:
2O. ano
- Atividades e Recursos Terapêuticos III ( Atividades de Vida Diária, de Vida
Prática e Trabalho e Análise Terapêutica de Atividades II
- Corpo e Movimento: abordagens teóricas, metodologias e técnicas (
Cinesiologia, - Psicomotricidade, - Ergonomia)
- Instituição, Exclusão e Inclusão Social
- Procedimentos da Prática e Raciocínio Clínico
– Prática Supervisionada em Terapia Ocupacional II
– - Atividades e Recursos Terapêuticos IV (- Processos Criativos e de
Comunicação Verbal e Não-Verbal e - Análise Terapêutica de Atividades III)
- Abordagens Teóricas e Tendências Contemporâneas em Terapia
Ocupacional
- Abordagens Grupais – 80 Horas
- Prática Supervisionada em Terapia Ocupacional III - 40 Horas
3O. ano
- Atividades e Recursos Terapêuticos IV - (Atividades lúdicas e lazer e
Tecnologia Assistiva)
-Terapia Ocupacional aplicada às Práticas Supervisionadas Específicas I:
(TO em Saúde Mental ;TO no Campo Social;TO em Distúrbios Cognitivos e
Disfunções Sensoriais, TO - Saúde e Trabalho )
- Terapia Ocupacional aplicada às Práticas Supervisionadas Específicas II:
(TO em Gerontologia;TO em Disfunções Físicas e Neurológicas;TO em
Habilitação e Reabilitação Profissional;TO na Educação)
- Trabalho de Conclusão de Curso I - Métodos e Técnicas de Pesquisa em
Terapia Ocupacional
4o. ano
– Atuação Profissional
– Estágio Supervisionado
– Trabalho de Conclusão de Curso II
9.4.5 - Curso de Psicologia
No curso de Psicologia, dois módulos se desenvolvem no primeiro ano:
“Conhecendo a Psicologia hoje” e “Origens e o Desenvolvimento da
Psicologia: Uma Abordagem Histórico-cultural”.
O Módulo “Conhecendo a Psicologia hoje” objetiva apresentar aos alunos
os diferentes campos de atuação da psicologia, investigando o objeto de
estudo da Psicologia e de intervenção do psicólogo em seus diferentes
campos de atuação, com o intuito de esclarecer os problemas almejados,
os procedimentos adotados para solucioná-los, o tipo de clientela e os
níveis de atuação das diferentes áreas da psicologia. Além disso, pretende
instrumentalizar o aluno para viabilizar atuações profissionais mais eficazes
e ensinar formas de realizar intervenções nas diferentes áreas de atuação
da Psicologia.
O Módulo “Origens e o Desenvolvimento da Psicologia: Uma Abordagem
Histórico-cultural” tem como objetivo geral apresentar ao aluno o campo de
proveniência e as linhagens histórico-culturais e filosóficas que constituíram
o espaço psicológico, bem como aspectos acerca do nascimento e
desenvolvimento das teorias e práticas em Psicologia.
Problematiza as origens dos projetos de psicologia articulados à tradição
racional, civilizada e civilizatória, assinalando as tradições filosóficas e
histórico-culturais que resultarão em projetos de psicologia concebidos
como desnaturalização dos objetos históricos e promove a reflexão acerca
do encontro Psicologia, cultura e filosofia, em particular nos domínios da
Epistemologia e da Ética.
A partir do segundo ano, os seguintes Módulos irão compor o Eixo
Específico do Curso de Psicologia:
2o. ano
Teorias e Práticas em Psicologia I
Psicologia Experimental e Estudos da Cognição
Fundamentos das Neurociências I
Ciclos de Vida I: infância e adolescência
Psicologia Social
3o. ano
Ética e Psicologia
Teorias e Práticas em Psicologia II
Pesquisa em Psicologia e Saúde
Psicologia e Trabalho
Fundamentos da Neurociências II
Ciclos de Vidas II: adulto e idoso
4º. ano
Psicologia e Instituições
Estudos de Grupos
Psicodiagnóstico
Estágio Supervisionado Básico
5o. ano
Estágio supervisionado específico
X – PLANOS DE ENSINO DOS MÓDULOS DO PRIMEIRO ANO DOS
CURSOS
10.1 – MÓDULOS COMUNS AOS CINCO CURSOS
10.1.1. - MÓDULO: SAÚDE COMO PROCESSO: CONTEXTOS, CONCEPÇÕES E PRÁTICAS
Professor Responsável: Angela Aparecida Capozzolo e Roberto Tykanori
Contato: angeruma @ uol.com.br
Série: Primeira
Semestre: primeiro
Carga horária total: 120 horas
Carga horária p/prática (em porcentagem) – 70%
Carga horária p/teoria (em porcentagem) – 30%
Objetivos
Gerais
Propiciar ao estudante a compreensão das múltiplas dimensões envolvidas nos processos de
saúde e de adoecimento;
Desenvolver a capacidade de análise crítica dos problemas de saúde n a sociedade;
Possibilitar a compreensão das intervenções na saúde das populações - produção da saúde;
Possibilitar a compreensão dos modos de construção do conhecimento em saúde;
Possibilitar a compreensão das profissões de saúde enquanto práticas técnicas e sociais .
Específicos
Possibilitar ao estudante compreender como os contextos sociais e as concepções de saúde
e doença influenciam os modos de adoecer e viver a saúde;
Instrumentalizar os estudantes para identificar necessidades de saúde individuais e coletivas;
pag
Desenvolver no estudante ao raciocínio epidemiológico para o diagnóstico e as intervenções
de saúde pública;
Contribuir para o desenvolvimento no estudante da capacidade de olhar, observar, investigar
e dialogar;
Desenvolver habilidade na organização das informações e na narrativa
Possibilitar a compreensão da dimensão relacional existente no trabalho em saúde;Contribuir
para a constituição de uma base ética para o agir profissional.
Ementa
O módulo visa iniciar um processo de construção do conhecimento partindo da análise
crítica do senso comum trazida pelos estudantes. A partir das vivências e da observação
sobre a cidade de Santos e seus diversos grupos e classes sociais, discute o processo saúde
e doença e suas implicações para a prática profissional em saúde.
Conteúdo Programático Concepções de Saúde e Doença;
Condicionantes sociais do processo saúde e doença;
Conexão entre as dimensões biológicas, subjetivas e sociais na produção de saúde;
Análise da situação de saúde;
Raciocínio epidemiológico para o diagnóstico e as intervenções na saúde das populações;
Intervenções históricas em Saúde Pública - reconstituição da história do saneamento de
Santos;
Modelos explicativos do processo saúde-doença;
Produção da saúde;
Construção do conhecimento: o olhar e método etnográfico
A observação e a entrevista como instrumentos do trabalho em saúde;
Introdução ao debate epistemológico das ciências
Introdução à metodologia científica .
As práticas de saúde
Bibliografia Básica G. W. S. A saúde pública e a defesa da vida. São Paulo: Hucitec, 1991. COHN, A ; ELIAS P. E. M. Saúde no Brasil: Políticas e organização de serviços . São Paulo. Cortez, 1996. 117p. DONNANGELO, M. C. F. Medicina e sociedade. São Paulo: Duas Cidades, 1979.124p. LAPLANTINE, François. Antropologia da doença. São Paulo: Martins Fontes, 2004. pag MATURANA, H. VARELA F., A Árvore do Conhecimento, as bases biológicas da compreensão humana, Ed. Palas-Athenas. MINAYO, M.C. & COIMBRA Jr., C E A (Orgs .). Críticas e atuantes: Ciências e Humanas em saúde na América Latina. Rio de Janeiro, FIOCRUZ, 2004 ROUQUAYROL, M.Z. & ALMEIDA Fo, N. Epidemiologia & saúde. 6ª edição. Rio de Janeiro: MEDSI, 2003. SONTAG, S. A doença como metáfora. Rio de Janeiro. Graal. 1984.
Bibliografia Complementa r PINHEIRO, M. & MATTOS, R.A. (org.). Cuidado as fronteiras da integralidade IMS,/UERJ/ABRASCO, 2004. PINHEIRO, M. & MATTOS, R.A. (org.). Os Sentidos da Integralidade na atenção e no cuidado à saúde. IMS,/UERJ/ABRASCO, 2001 PINHEIRO, M. & MATTOS, R.A. (org.). A construção da Integralidade: cotidiano, saberes e práticas em saúde. IMS,/UERJ/ABRASCO, 2003. ALMEIDA FILHO, N. Epidemiologia em números: uma introdução crítica à ciência epidemiológica. Rio de Janeiro. Campus. 1989. CAGUILHEM, G. , Escritos sobre a Medicina, Ed. Forense Universitária, 2005. CAMPOS, G, W. S. Saúde Paidéia São Paulo: Hucitec, 2003. CECÍLIO, L. C. O. (org.). Inventando a mudança na saúde. São Paulo: Hucitec, 1994. CZERESNIA D. – Epidemiologia , teoria e objeto. 3ªed. Ed. Hucitec, 2002. CZERESNIA, D & MACHADO, C. E. (org.) Promoção à Saúde: conceitos, reflexões, tendências. Rio de janeiro: Fiocruz, 2003. DRUMOND JUNIOR, M. Epidemiologia nos municípios: muito além das normas. São Paulo: Hucitec, 2003.UHN, T.S., A Estrututra Das Revoluções Científicas. ED. Perspectiva. 1995. LUZ, T.M , Natural, Racional, Social: razão médica e racionalidade científica moderna, ed. Hucitec, 2004. MENDES, E. V. (org.) Distrito Sanitário. O processo social de mudança das práticas sanitáriras do Sistema Único de Saúde. São Paulo : Hucitec-Abrasco, 1999. 4. ed. MENDES-GONÇALVES, R. B. (orgs.). Saúde do adulto. Programas e ações na unidade básica. São
Paulo : Hucitec, 1996. Merhy, E. E et. All. O trabalho em saúde: olhando e experenciando o SUS no cotidiano, Edutira Hucitec, 2003. MERHY, E.E.; ONOCKO, R. (orgs.). Agir em Saúde. Um Desafio para o Público. São Paulo : Hucitec, 1997a. p. 197- 228. MORIN, E., O Paradigma Perdido, Editora EUROPA-AMÉRICA, 1991. NEGRI, B; VIANA, A.L.D. (orgs.) O Sistema Único de Saúde em dez anos de desafios. São Paulo: Sobravime: Cealag, 2002 ROSEN, G. , Da polícia médica à medicina social: ensaios sobre a história da assistência médica . Rio de Janeiro: Graal, 1980. SILVA JÚNIOR., A. G. Modelos Tecnoassistenciais em Saúde: O Debate no Campo da Saúde Coletiva. São Paulo : Hucitec, 1998. VASCONCELOS, E. M., Complexidade e pesquisa interdisciplinar. Ed. Vozes, Petrópolis, 2002. WATZLAWICK P., KRIEG P., O olhar do observador. ed. PSY.1995. 10.1.2 – MÓDULO: DOS TECIDOS AOS SISTEMAS
Professores Responsáveis: Alexandre Valotta da Silva; Andrea Parolin Jackowski; Cássia de Toledo Bergamaschi; Jair Ribeiro Chagas; José Wilson; Lila Missae Oyama; Luciana Le Sueur Maluf; Regina Celia Spadari Contato: [email protected]
Série: primeiro e segundo anos
Semestre: primeiro, segundo e terceiro
Carga horária total: 320 horas
Carga horária p/ prática (em porcentagem): 35%
Carga horária p/ teoria (em porcentagem): 65%
Objetivos
Gerais
Aproximar o aluno ao conhecimento da constituição e do funcionamento normal do corpo
humano, no nível dos tecidos, órgãos e sistemas.
Específicos
Ao final do módulo o aluno deverá ser capaz de:
Utilizar a nomenclatura anatômica macro e microscópica.
• Reconhecer os diferentes constituintes do corpo humano no nível dos tecidos,
órgãos e sistemas.
• Reconhecer as relações morfofuncionais entre os diferentes órgãos e sistemas.
• Explicar os mecanismos responsáveis pela manutenção das funções vitais e pela
interação do organismo com o meio externo.
• Posicionar-se de modo crítico-analítico na busca e elaboração do conhecimento.
• Articular o conhecimento de forma holística e generalista, no contexto da educação
interprofissional.
Ementa
O Módulo “dos tecidos aos sistemas”, inserido no eixo “O Ser Humano em sua Dimensão
Biológica”, abrange o conteúdo das disciplinas de Embriologia, Histologia, Anatomia,
Fisiologia e Biofísica, que serão desenvolvidas de forma integrada a partir de cada grande
sistema do organismo, incluindo aspectos estruturais e funcionais.
Conteúdo Programático
• Estudo da Anatomia, Histologia e Fisiologia dos sistemas Nervoso, Cardiovascular,
Respiratório, Urinário, Digestório, Locomotor, Endócrino e Reprodutor;
• Noções fundamentais do Desenvolvimento Embrionário Humano e dos processos
fisiológicos da Gestação;
• Conceitos gerais de Biofísica.
•
Metodologia de Ensino Utilizada
Aulas expositivas dialogadas, aulas práticas em laboratório, discussão de casos clínicos,
apresentação de seminários, busca bibliográfica e análise de artigos científicos.
Recursos Institucionais Necessários
Durante as aulas teóricas serão utilizados projetores multimídia, retro-projetores e
projetores de diapositivos.
As aulas práticas de Histologia e Fisiologia serão realizadas sob supervisão do professor
e técnico responsável, em laboratórios multidisciplinares equipados com microscópios
ópticos e microscópio acoplado a sistema de projeção de imagem.
As aulas práticas de Anatomia serão realizadas em laboratório próprio contendo modelos
e peças anatômicas, sob a supervisão do professor e técnico responsável.
Avaliação
A avaliação do aprendizado será feita de forma continuada, por meio de provas escritas e
provas práticas de diagnóstico aplicadas ao longo do período letivo. Será avaliada
também a participação dos alunos nas discussões de casos clínicos, o desempenho na
apresentação de seminários e na solução de problemas.
Bibliografia Histologia Básica - Texto e Atlas. LCU Junqueira & J Carneiro. Editora Guanabara Koogan.
Histologia e Biologia Celular - Uma introdução à Patologia. AL Kierszenbaum. Editora Elsevier. Atlas colorido de Histologia. LP Gartner & JL Hiatt. Editora Guanabara Koogan. Princípios de Anatomia e Fisiologia. GE Tortora & SR Grabowski. Editora Guanabara-Koogan. Tratado de Fisiologia Médica. AC Guyton & JE Hall. Editora Guanabara-Koogan. Atividades de Fisiologia. R C Spadari-Bratfisch & L L Melo. Editora Átomo e Alínea. Princípios de Neurociência. E Kandel. Editora Manole. Embriologia clínica. KL Moore & TVN Persaud. Editora Guanabara Koogan. Langman / Embriologia Médica. TW Sadler. Editora Guanabara Koogan. Anatomia Básica dos Sistemas Orgânicos. Dangelo & Fattini. Editora Atheneu
Grays Anatomy. The anatomical basis of clinical practice. S. Standring. Editora Elsevier. Anatomia. Gardner, Gray & O’Rahilly. Editora Guanabara Koogan. Neuroanatomia Aplicada. M. Meneses. Editora Guanabara Koogan
Atlas de Anatomia Humana. F. H. Netter. Editora Artes Medicas Sobotta. Atlas de Anatomia Humana.R. Putz & R Pabts. Editora Guanabara Koogan
Docentes Participantes
Nome Titulação Regime de Trabalho Carga horária
Alexandre V. Silva Doutorado 40h/semana 320 h
Andrea Parolin Jackowski Doutorado 40h/semana 320 h
Cássia T. Bergamaschi Doutorado 40h/semana 320 h
Jair R. Chagas Doutorado 40h/semana 320 h
José Wilson Doutorado 40h/semana 320 h
Lila M. Oyama Doutorado 40h/semana 320 h
Luciana L. S. Maluf Doutorado 40h/semana 320 h
Regina C. Spadari Livre-docente 40h/semana 320 h
10.1.3 – MÓDULO: DO ÁTOMO À CÉLULA Professor Responsáve l:
Contato:
Série: primeira
Semestre: primeiro e segundo anos
Carga horária total: 320 horas
Carga horária p/prática ( em porcentagem): 30%
Carga horária p/teoria (em porcentagem): 70%
Objetivos Gerais Fornecer conhecimentos básicos em Biofísica, Bioquímica, Genética, Biologia Celular e
Molecular, de forma interdisciplinar, para o entendimento de processos biológicos visando
a integralidade no cuidado ao paciente.
Específicos:
• Entender as bases moleculares e celulares dos processos biológicos e
patológicos.
• Discutir de forma abrangente a relevância dos processos biológicos nas diferentes
doenças.
• Demonstrar que vários tratamentos para diferentes patologias têm origem no
estudo das alterações moleculares, bioquímicas e celulares dos tecidos.
• Compreender que o organismo funciona como unidade e que os diferentes
sistemas interagem de modo a garantir a saúde e a qualidade de vida.
• Capacitar o aluno em atividades relacionadas à pesquisa científica (Iniciação
Científica).
• Introduzir o aluno ao trabalho em equipe multidisciplinar
Ementa: Caracterização da célula como unidade funcional. Estudo dos processos celulares,
moleculares e bioquímicos envolvidos na homeostasia e patogênese Estudo dos
mecanismos de transmissão das características hereditárias. Variações estruturais e
numéricas dos cromossomos. Expressão e regulação gênica.
Conteúdo Programático Introdução ao curso Apresentação da disciplina e parâmetros de avaliação Célula: a unidade da vida histórico, evolução das células. estrutura geral de células procariontes e eucariontes. Tipos celulares Especificidade e caracterização funcional Técnicas de Biologia Celular Métodos de estudos e suas aplicações: - Fixação, cortes, esmagamentos, esfregações, decalques - Coloração - Microscopia de luz e eletrônica - Imuno-histoquímica - Fracionamento celular - Eletroforese - Imunotransferência Macromoléculas - Aminoácidos, peptídeos e proteínas - Enzimas, nucleotídeos, vitaminas e coenzimas - Carboidratos - Lipídeos e proteínas Estrutura e permeabilidade de membrana - Estrutura e composição das biomembranas - Especializações de membrana Transporte através de membrana - Passivo, ativo e vesicular - Potenciais de ação e canais iônicos Núcleo Estrutura geral do núcleo: envoltório nuclear, cromatina, cromossomos, nucléolo e
ribossomos. DNA - estrutura - replicação e reparo - transcrição RNA - ribossômico, transportador e mensageiro: organização e funções. Regulação gênica Síntese de proteínas Via biossintética-secretora: Retículo endoplasmático, Golgi Composição, ultra-estrutura e função Via endocítica sistema endossômico-lisossômico Mitocôndria e peroxissomos estrutura oxidações biológicas e espécies reativas do oxigênio cadeia respiratória Conceito de gene Padrões de herança monogênica Mecanismos de herança autossômica e ligada ao sexo, bem como as formas de dominância e recessividade. Dissomia uniparental e herança mitocondrial. pag Padrões de herança multifatoriais Mecanismos de herança complexa. Herdabilidade e influência dos fatores ambientais. Determinação cromossômica do sexo Entender a participação dos cromossomos sexuais na determinação do sexo Aberrações cromossômicas Mutações, ferramentas genéticas Processos de mutação e sua utilização como ferramentas de estudo Metabolismo - Glicólise - Ciclo de Krebs - Glicogênio - Gliconeogênese - Síntese e degradação de aminoácidos - Síntese e degradação de ácidos graxos - Integração metabólica Erros inatos do metabolismo Citoesqueleto - Componentes, organização e função - Motilidade e contração Matriz extracelular - composição, estrutura e função Junções Celulares Tipos e suas funções Contração muscular Aspectos celulares da contração muscular Ciclo celular - mitose - meiose - controle
Comunicação celular - interação parácrina, autócrina e sináptica Sinalização celular - Tipos de receptores: associados a proteínas G, associados a quinases - Segundos mensageiros: síntese e o controle dos processos celulares pela ação dos segundos mensageiros - Respostas celulares Diferenciação celular Morte celular - Necrose e apoptose
Seminários: - Alzheimer e esclerose múltipla - Envelhecimento - Técnicas de DNA recombinante - Terapia Gênica - Animais Transgênicos - Células-tronco - Doenças cardiovasculares - Mecanismos epigenéticos - Carcinogênese ambiental - Oncogenética Casos clínicos: - Traço falcêmico - Distrofia muscular de Duchenne - Obesidade – Desnutrição pag - Diabetes Mellitus - Dislipidemia - Espécies reativas do oxigênio - Doenças mitocondriais - Doença de depósito - Aminoacidopatias Metodologia de Ensino Utilizada A parte teórica do curso, será desenvolvida em aulas expositivas, estudo dirigido
individuais e em grupo e trabalhos de pesquisa bibliográfica.
A parte prática constará de atividades em laboratório, análise de problemas envolvendo
grandes temas, estudos de casos clínicos e discussões envolvendo os conhecimentos do
eixo correlacionados com os demais módulos. Os alunos realizarão trabalho de pesquisa
bibliográfica, que posteriormente será apresentado em forma de seminário aos outros
alunos. Ao final será apresentado trabalho de conclusão do módulo que consistirá da
aproximação do conteúdo do módulo com o exercício da profissão.
Recursos Institucionais Para realização de aulas teóricas serão utilizados projetores multimídia, retroprojetores e
projetores de diapositivos. Serão utilizados laboratórios com microscópios, vidraria e
reagentes para realização de aulas práticas. Para desenvolvimento de trabalhos e
atividades extra-classe os alunos contam com acesso à Internet e a artigos científicos em
rede, disponibilizados via Bireme.
Avaliação A avaliação terá por objetivo conhecer o aluno, julgar o processo de ensino-aprendizagem
e avaliar o processo didático. Portanto, terá caráter formativo, através de trabalhos diários
ao final de cada tema, envolvimento e desenvolvimento dos alunos nas atividades
propostas (apresentação de seminários, casos clínicos e estudos dirigidos) realizados em
sala, provas e trabalho de conclusão de módulo.
Bibliográficas Básica ALBERTS, B., JOHNSON, A., LEWIS, J., RAFF, M., ROBERTS, K., WALTER, P. Biologia Molecular da Célula. 4ª ed. São Paulo: Artmed, 2004. CAMPBELL, M.K. Bioquímica. 3ª ed. Artmed Editora. 2001. DE ROBERTIS, E.M.F., HIB, J. Bases da Biologia Celular e Molecular. 3ª ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2001. GRIFFITHS, M.A.J.F.,MILLER, J. H.,SUZUKI, D.T., LEWONTIN, R.C., GELBERT,W.M. Introdução
à Genética. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1998. pag JORDE, L.B., CAREY, C.C., WHITE, R.L. Genética Médica. 2 ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2000. LEHNINGER, A.L., NELSON, D.L., COX, M.M. Princípios de Bioquímica. 3ª ed. Editora Sarvier,
2003. MONTGOMERY R, CONWAY T E SPECTOR AA. Bioquímica - Uma abordagem dirigida por
casos. Livraria Editora Artes Médicas Ltda - 1ª edição, 1994. NUSSBAUM, R.L., MCLNNES, R.R., WILLARD, H.F. Thampson & Thompson - Genética Médica. 6
ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002. STRACHAN, T., READ, A.P. Genética Molecular Humana. 2 ed. Porto Alegre: Editora Artmed,
2002. STRYER, L., TYMOCZKO, J.L., BERG, J.M. Bioquimica. 5ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2004. Bibliografia Complementar: DEVLIN, TM. Textbook of Biochemistry with clinical correlations, 5ed. ELLIOT, W.H., ELLIOTT D.C. Biochemistry and Molecular Biology. 1 ed. New York: Oxford
University Press, 1997. LODISH, H., BERK, A., ZIPURSKY S.L., MATSUDAIRA, P., BALTIMORE, D., DARNELL, J.E. Biologia
Celular e Molecular. 5ª ed. São Paulo: Artmed, 2005. MICKLOS, D.A., FREYER, G.A. A Ciência do DNA, 2ª edição, Editora Artmed, 2005.
PURVES, W.K., SADAVA, D., ORIANS, G.H., HELLER, H.C. Vida – A ciência da Biologia – Volume I: A célula e a hereditariedade. 6ª edição, Artmed Editora, 2005.
WALKER, M.R., RAPLEY, R. Guias de Rotas na Tecnologia do Gene. 1 ed. São Paulo: Atheneu
Editora, 1999.
Sites: http://sbbq.iq.usp.br/revista/mtdidaticos http://www.cellbio.com/ www.biologia.arizona.edu/cell/cell.html www.ncbi.nlm.nih.gov/entrez www.ncbi.nlm.nih.gov/omin http://www.rothamsted.ac.uk/notebook/courses/guide/
Docentes Participantes
Nome Título Reg.Trabalho CH Módulo
Gláucia Monteiro de Castro Doutor 40 horas 320
Jair Ribeiro Chagas Doutor 20 horas 160
Márcia Regina Nagaoka Doutor 40 horas 320
Marcos Leoni Gazarini Doutor 40 horas 320
Odair Aguiar Junior Doutor 40 horas 320
Vânia D’Almeida Doutor 40 horas 320
10.2 – MÓDULOS ESPECÍFICOS DO CURSO DE NUTRIÇÃO
10.2.1. - MÓDULO: AVALIAÇÃO NUTRICIONAL E TÉCNICA DIETÉTICA: CONHECIMENTOS BÁSICOS
Professor Responsável : Macarena Urrestarazu Devincenzi
Contato: [email protected]
Série : primeira
Semestre : segundo
Carga horária total: 100 h
Carga Horária p/ prática (em porcentagem) 60%
Carga Horário p/ teoria (em porcentagem) : 40%
Áreas disciplinares: Avaliação nutricional, técnica dietética
Objetivos Geral Desenvolver conceitos e práticas fundamentais, em avaliação nutricional e técnica
dietética, que instrumentalizem o aluno para a aquisição de competências
específicas, necessárias à prática cotidiana do nutricionista.
Específicos
ü Identificar os métodos de avaliação do estado nutricional, como um parâmetro
da condição de saúde de indivíduos e coletividades;
ü Capacitar o aluno para o uso e interpretação da antropometria como método
de avaliação do estado nutricional;
ü Reconhecer usos e limitações de métodos de avaliação do consumo alimentar
ü Apresentar características e utilização dos diferentes alimentos, equipamentos
e utensílios sob a perspectiva da técnica dietética e culinária
ü Desenvolver linguagem técnica necessária a prática cotidiana do nutricionista
nas áreas de avaliação nutricional e técnica dietética
• Experimentar situações que favoreçam o desenvolvimento de competências
necessárias ao exercício profissional como: organização, responsabilidade,
comunicação, trabalho em equipe e postura ética.
Ementa Finalidades e métodos de avaliação nutricional. Seleção, utilização e
características dos alimentos perecíveis e não perecíveis. Conceitos básicos e
introdução à prática em técnica dietética e culinária.
Conteúdo Programático
ü Princípios da avaliação nutricional:
ü instrumento para diagnóstico de saúde
ü métodos antropométricos: medidas e classificação
ü avaliação do consumo alimentar
ü Introdução à técnica dietética e culinária:
ü critérios de seleção de alimentos
ü noções de estocagem
ü fator de correção
ü fator de cocção
ü porcionamento
ü pesos e medidas
ü embalagens
ü fichas técnicas de preparação
ü utensílios e equipamentos
• tipos de corte e cocção
Metodologia de Ensino Utilizada
Aulas expositivas e preleção dialogada
Leitura de textos
Visitas técnicas
Aulas práticas em laboratório de Técnica Dietética e de Avaliação Nutricional
Discussão em grupo
Trabalho de Campo
Recursos Instrucionais Necessários
Sala de aula para 50 alunos com carteiras móveis e quadro branco
Projetor multimídia e computador
Álbum Seriado e cartazes informativos do Ministério da Saúde
Laboratório de Técnica Dietética
Material de Consumo para as práticas em laboratório
Laboratório para Avaliação Nutricional
Transporte para os alunos e docentes para as visitas e trabalho de campo
Avaliação Formativa: Cumprimento de metas e prazos; organização, clareza e profundidade no
desenvolvimento de trabalhos escritos como relatórios e resenhas; práticas e atitudes
durante atividades em laboratório e campo. Avaliação final: prova teórico-prática.
Bibliografia Básica
ERIKA BARBOSA CAMARGO - RAQUEL ASSUNÇÃO BOTELHO. TÉCNICA DIETÉTICA - Seleção e Preparo de Alimentos - Manual de Laboratório Atheneu 2005. BARROS e VICTORA. Epidemiologia da Saúde Infantil – um manual para diagnósticos comunitários – SP – Ed. Hucitec, 1998 – 176p. CUPPARI L .Guia de Nutrição: Nutrição Clínica no Adulto. 2 ed. São Paulo: Manole, 2005
Bibliografia Complementar PHILIPPI, ST. Nutrição e Técnica Dietética. São Paulo: Manole, 2003. REGINA MARA FISBERG; BETZABETH SLATER. Manual de receitas e medidas caseiras para cálculo de inquéritos alimentares., 2002 pag FISBERG RM et al. Inquéritos Alimentares - Métodos e Bases científicas. 1 ed.São Paulo: Manole; 2005 GOUVEIA, ELC. Nutrição, Saúde & Comunidade. Rio de Janeiro, Revinter. THIS,H. Um cientista na cozinha. Ed. Ática,1996. BABIAK, R M V. Introdução ao diagnóstico nutricional. São Paulo : Atheneu,1997.
Docentes Participantes Nome Titulação Regime de Trabalho Carga horária
Rita Akutsu Prof Assistente Prof Convidada 60h
Cristina Pereira Gaglianone Prof Adjunto 40 h 40 h
10.2.2 - MÓDULO: O NUTRICIONISTA EM SEUS DIFERENTES CENÁRIOS
Professor Responsável : Cristina Pereira Gaglianone
Contato: [email protected]
Série: primeira
Semestre primeiro
Carga horária total: 100 h
Carga Horária p/ prática (em porcentagem) : 20%
Carga Horária p/ teoria ( em porcentagem) : 80%
Áreas disciplinares: Sociologia da Alimentação, Aantropologia da alimentação, Introdução ‘à
Nutrição
Objetivos Geral Desenvolver conteúdos que favoreçam a reflexão sobre o significado da alimentação
humana nos contextos histórico e cultural e aproximar o aluno da profissão,
apresentando sua origem, cenário atual e perspectivas futuras.
Específicos Levar o aluno a:
ü Reconhecer a dimensão cultural da alimentação humana numa perspectiva
histórica;
ü Valorizar e respeitar a diversidade cultural da alimentação humana;
ü Conhecer a história e regulamentação da profissão, visando estabelecer
referenciais teóricos que definam o papel do nutricionista como profissional de
saúde;
ü Identificar as diversas áreas de atuação profissional, reconhecendo suas
especificidades e atribuições do nutricionista;
ü Vivenciar os cenários comuns à prática do nutricionista, favorecendo a
construção de sua identidade profissional futura;
ü Experimentar situações que favoreçam o desenvolvimento de competências
necessárias ao exercício profissional como: organização, responsabilidade,
comunicação, trabalho em equipe e postura ética.
Ementa História da alimentação no contexto mundial e regional. Hábitos alimentares em diferentes
culturas. História e regulamentação da profissão do nutricionista. Discussão sobre o
mercado de trabalho e aproximação prática às diferentes áreas de atuação do profissional.
Conteúdo Programático
História da alimentação humana da pré-história à atualidade:
ü a função social dos banquetes nas primeiras civilizações;
ü os sistemas alimentares e modelos de civilizações;
ü as estruturas de produção;
ü o aparecimento e expansão dos restaurantes;
ü a indústria alimentar e as técnicas de conservação;
ü a dietética versus a gastronomia;
ü a globalização alimentar
História da Alimentação no Brasil:
origens da culinária brasileira (influências indígena, africana, portuguesa e de
outros imigrantes)
.
Aproximação à profissão:
abordagem histórica
regulamentação: atribuições, órgãos de classe, legislação vigente
áreas de atuação clássicas: nutrição clínica, saúde coletiva, gestão
novas tendências de atuação: nutrição esportiva, gastronomia, Home Care,
personal diet, marketing e desenvolvimento de produtos em indústrias de
alimentos.
Metodologia de Ensino Utilizada
Aulas expositivas e preleção dialogada
Leitura de textos
Projeção de filmes
Seminários
Pesquisa de campo
Observação da prática profissional
Discussão em grupo
Recursos Instrucionais Necessários Sala de aula para 50 alunos com carteiras móveis e quadro branco
Projetor multimídia e computador
TV e vídeo cassete/DVD
Transporte para os alunos e docentes para as visitas e pesquisa de campo
Avaliação Diagnóstica:dissertação sobre expectativas em relação ao curso e a profissão. Formativa: Cumprimento de metas e prazos; organização, clareza e profundidade no
desenvolvimento de trabalhos escritos e apresentações orais em atividades como:
seminários, resenhas e textos. Avaliação final: dissertação sobre tema do módulo.
Bibliografia Básica FLANDRIN, JL. MONTANARI, M. História da alimentação. São Paulo; Liberdade; 1998 LUIZ DA CÂMARA CASCUDO. História da Alimentação no Brasil. Global Editora, 2004. Bibliografia Complementar
PERRENOUD Revista de Nutrição Revista do CRN e CFN
Docentes Participantes
Nome Titulação Regime de Trabalho Carga horária
Macarena Urrestarazu Devincenzi Prof .Adjunto 40 h 100
10.3 – MÓDULOS ESPECÍFICOS DO CURSO DE TERAPIA OCUPACIONAL
10.3.1. - MÓDULO: CONHECENDO A PROFISSÃO: DA ORIGEM À ATUALIDADE
Professor Responsável : Pola Maria Poli de Araújo
Contato: r
Série : primeira
Semestre : primeiro
Carga horária total: 120 h
Carga Horária p/ prática (em porcentagem) 60%
Carga Horário p/ teoria (em porcentagem) : 40%
Objetivos Gerais
ü Compreender o conceito de Terapia Ocupacional
ü Descrever a história da Terapia Ocupacional e de suas áreas de atuação;
ü Compreender a inserção da profissão nas áreas de Saúde, Educação e Social
no Brasil
ü Introduzir o aluno na observação e reflexão sobre a intervenção terapêutica
ocupacional
ü Compreender a inserção da terapia ocupacional nas áreas da saúde,
educação e social
Específicos
Ao final do módulo o aluno deverá estar apto a:
ü elaborar um primeiro conceito de terapia ocupacional;
ü sistematizar a história da terapia ocupacional, destacando seus marcos
principais;
ü analisar as mudanças conceituais da profissão ao longo da história;
ü compreender a inserção e o desenvolvimento da profissão no Brasil;
ü compreender o desenvolvimento das diversas áreas de atuação da terapia
ocupacional ;
ü compreender a intervenção da terapia ocupacional e seu objeto de estudo
ü caracterizar as áreas de atuação e as clientelas;
• identificar as diferentes ações do profissional no campo da saúde, educação e
social.
Ementa Do senso comum à conceituação histórica da profissão. Conceitos de terapia
ocupacional. A atividade como medida terapêutica. O processo de implementação da
terapia ocupacional no Brasil. A constituição de um campo de conhecimento. Áreas de
atuação: da origem à atualidade. O papel do terapeuta ocupacional e as diferentes áreas
de atuação; serviços e clientela.
Conteúdo Programático
Serão discutidos temas introdutórios e fundamentais da profissão, conforme a
necessidade e o interesse dos alunos, combinados aos objetivos estabelecidos para o
módulo. Os alunos também serão iniciados à prática de observação e reflexão sobre da
atuação profissional, clientelas e cenários relacionados às diferentes áreas.
Bibliografia Básica FRANCISCO, B. R. Terapia Ocupacional. Campinas: Papirus, 2001. NEISTADT, M. E.; CREPEAU, E. B. (orgs) Willard & Spackman Terapia Ocupacional. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan S.A., 2002. PRADO DE CARLO, M. M. R. & BARTALOTTI, C. C. (orgs.) Terapia ocupacional no Brasil: fundamentos e perspectivas. São Paulo: Plexus Editora, 2001.
SOARES, L. B. T. Terapia Ocupacional: lógica do capital ou do trabalho? Retrospectiva histórica da profissão no estado brasileiro de 1950 – 1980. São Paulo: Hucitec, 1991.
Bibliografia Complementar Revistas de Terapia Ocupacional da USP (Artigos) Cadernos de Terapia Ocupacional da UFSCar (Artigos)
Docentes Participantes
Nome Titulação Regime de Trabalho Carga horária (A ser discutido
Carla Cilene Baptista da Silva
Doutorado
40 horas
10.3.2 - MÓDULO: ATIVIDADES E RECURSOS TERAPÊUTICOS I
Professor Responsável : Carla Cilene Baptista da Silva
Contato: [email protected]
Série : primeira
Semestre : segundo
Carga horária total: 120 h
Carga Horária p/ prática (em porcentagem) 60%
Carga Horário p/ teoria (em porcentagem) : 40%
Objetivos
Geral
ü Identificar as atividades realizadas pelos seres humanos ao longo do
desenvolvimento e em diferentes contextos sócio-econômicos e culturais;
ü Vivenciar atividades de expressão e comunicação, verbal e não-verbal
ü Compreender o papel sócio-cultural das atividades
ü Introduzir a reflexão sobre a importância das atividades humanas no processo
saúde doença
ü Identificar a importância da análise de atividade no processo terapêutico.
Específicos
Ao final do módulo o aluno deverá estar apto a:
ü Identificar e Compreender a diversidade de repertórios de atividades
realizadas ao longo do desenvolvimento humano e em diferentes contextos;
ü Elaborar um primeiro conceito sobre o papel sóc io-cultural das atividades
humanas;
ü Compreender a importância das atividades para os seres humanos e no
processo saúde-doença;
ü Refletir sobre os conceitos de atividade terapêutica e sua utilização;
ü Compreender a importância da análise de atividade como instrumento
terapêutico;
ü Conhecer a diversidade de propostas de atividades e de análises das mesmas,
de acordo com áreas de atuação profissional, modelos teóricos e momentos
históricos.
Ementa
Repertórios de Atividades ao longo do desenvolvimento humano (bebê ao idoso).
Identificação de Cotidianos e Repertórios de Atividades Diversificados. Vivência de
atividades de expressão e comunicação, verbal e não-verbal. O Papel Sócio-Cultural
das Atividades. A Importância das Atividades Humanas e o Processo Saúde Doença.
Conceitos de atividade terapêutica e sua utilização. A Importância da Análise de
Atividade no Processo Terapêutico, nas diversas áreas de atuação profissional.
Metodologia de Ensino Utilizada
• Observação de situações e ações relacionadas à realização de diversas
atividades cotidianas.
• Entrevistas com pessoas de diferentes idades e realidades sócio-culturais,
identificando repertórios de atividades do cotidiano e suas diversidades.
• Vivência Simulada de situações e ações observadas.
ü Realização de Atividades em Laboratório.
ü Reflexão e Discussões sobre os papéis das atividades no cotidiano.
ü Fundamentação Teórica e Sistematização dos Temas.
ü Estudo teórico das propostas de Análise de Atividade.
ü Realização de Análises das Atividades Observadas e Vivenciadas no
conteúdo Atividades e Recursos Terapêuticos.
ü Discussão e Reflexão sobre as diferentes propostas de Análise de
Atividade de acordo com modelos teóricos e áreas de atuação.
ü Reflexão sobre a importância da Análise de Atividades no processo
terapêutico e como elemento do raciocínio clínico.
Recursos Instrucionais Necessários
• Laboratório de Terapia Ocupacional: materiais gráficos, de atividades plásticas e
artesanais;
• Livros e Artigos da Área e
• Equipamento de Multimídia.
Avaliação
• relatos de entrev istas e de observações sobre repertório de atividades;
• relatório de atividades realizadas nas aulas práticas de laboratório (processos
vivenciados)
• realização de análise de atividades observadas e realizadas, seguindo roteiros
da literatura.
Bibliografia Básica FRANCISCO, B. R. Terapia Ocupacional. Campinas: Papirus, 2001. NEISTADT, M. E.; CREPEAU, E. B. (orgs) Willard & Spackman Terapia Ocupacional. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan S.A., 2002. PRADO DE CARLO, M. M. R. & BARTALOTTI, C. C. (orgs.) Terapia ocupacional no Brasil: fundamentos e perspectivas. São Paulo: Plexus Editora, 2001. Bibliografia Complementar Revistas de Terapia Ocupacional da USP (Artigos) Cadernos de Terapia Ocupacional da UFSCar (Artigos)
Docentes Participantes
Nome Titulação Regime de Trabalho
Carga horária (neste módulo a ser discutido)
Póla Maria Poli de Araújo Doutorado 40 horas
10. 4 – MÓDULOS ESPECÍFICOS DO CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA
10.4.1 - MÓDULO: APROXIMAÇÃO À PRÁTICA DA EDUCAÇÃO FÍSICA EM
SAÚDE I INTRODUÇÃO Professor Responsável: Ana R. Dâmaso
Contato: [email protected]
Série:primeira
Semestre: primeiro
Carga horária total: 120 horas
Carga Horária p/ prática ( em porcentagem): 40%
Carga Horária p/ teoria (em porcentagem) : 60%
Áreas disciplinares contempladas:
História e introdução à Educação Física.
Introdução às tendências da Educação Física.
Introdução ao Bacharelado em Educação Física – Modalidade Saúde
Objetivo
Geral:
Fornecer subsídios e propiciar as condições essenciais para o conhecimento histórico e
atual da Educação Física e sua inserção na área da saúde.
Específicos:
Discutir o perfil de formação profissional almejado em relação ao curso;
Discutir a evolução da Educação Física enquanto área do conhecimento;
Discutir as áreas de atuação profissional, com enfoque em saúde;
Aproximar os alunos das principais áreas e locais para atuação profissional (individual e
em equipes multidisciplinares);
Inserir os alunos no contexto do curso de Educação Física – Modalidade Saúde.
Ementa:
Após a conclusão deste módulo, o aluno deverá estar apto para compreender e discutir
sua inserção profissional no âmbito da saúde, conhecendo a evolução histórica da
profissão e suas principais áreas, locais e possibilidades de atuação.
Conteúdo Programático:
- Educação Física enquanto área do conhecimento;
- Evolução histórica da Educação Física;
- Cenários de atuação profissional;
- Perfil do profissional da Educação Física para atuação na área da saúde;
-Fundamentos para a atuação do Educador Físico em equipes multidisciplinares.
Metodologia de Ensino Utilizada:
- Leitura e produção de textos;
- Aulas expositivas;
- Discussões temáticas;
- Apresentação e discussão de vídeos;
- Visita a cenários de atuação profissional;
- Apresentações e discussão dos cenários visitados e personagens observados;
- Práticas de busca de informações sobre Educação Física em revistas, jornais,
periódicos científicos e na internet.
10.4.2 - MÓDULO: APROXIMAÇÃO À PRÁTICA DA EDUCAÇÃO FÍSICA EM
SAÚDE II INTRODUÇÃO Professor Responsável: Ana R. Dâmaso
Contato: [email protected]
Série:primeira
Semestre: segundo
Carga horária total: 60 horas
Carga Horária p/ prática ( em porcentagem): 50%
Carga Horária p/ teoria (em porcentagem) : 50%
Áreas disciplinares contempladas:
Crescimento, desenvolvimento e envelhecimento humano.
Biologia do movimento humano.
Objetivo
Geral
Fornecer subsídios e propiciar as condições essenciais para o estudo teórico e prático do
crescimento, desenvolvimento e envelhecimento, e sua inter-relação aos processos
fisiológicos e fisiopatológicos inerentes às diferentes fases da vida, assim como o estudo
de respostas específicas decorrentes do exercício.
Específicos:
Introduzir ao aluno conhecimento sobre os processos de crescimento e
desenvolvimento normal ou deficiente na infância, adolescência, vida adulta e
senilidade;
Proporcionar ao aluno a observação sistemática dos efeitos do exercício nos
processos de crescimento e desenvolvimento normal ou patológico.
Ementa
Após a conclusão deste módulo, o aluno deverá conhecer e identificar os processos
biológicos do crescimento, desenvolvimento e envelhecimento, e sua inter-relação aos
processos fisiológicos e fisiopatológicos inerentes às diferentes fases da vida, assim
como analisar respostas específicas decorrentes do exercício.
Conteúdo Programático
• Conceitos de Crescimento e Desenvolvimento;
• Crescimento e Desenvolvimento normal e patológico;
• Crescimento e desenvolvimento dos tecidos ósseo, muscular e adiposo em
diferentes fases da vida;
• Maturação sexual;
• Adaptações ao Exercício em diferentes fases da vida e patologias
Metodologia de Ensino Utilizada
- Leitura e produção de textos;
- Aulas expositivas;
- Aulas práticas em laboratório;
- Apresentação e discussão de vídeos;
- Práticas de busca de informações sobre o tema em revistas, jornais, periódicos
científicos e na internet.
10. 4.3 - MÓDULO: MEDIDAS E AVALIAÇÕES EM EDUCAÇÃO FÍSICA E SAÚDE I – FUNDAMENTOS
Professor Responsável: Sionaldo Eduardo Ferreira
Contato: [email protected]
Série:primeira
Semestre: segundo
Carga horária total: 60 horas
Carga Horária p/ prática ( em porcentagem): 50%
Carga Horária p/ teoria (em porcentagem) : 50%
Áreas disciplinares contempladas:
Introdução ao Sistema Internacional de Unidades - SI.
Introdução às capacidades/valências físicas.
Medidas e avaliações em Educação Física e Saúde.
Introdução à avaliação funcional e metabólica em Educação Física e Saúde.
Antropometria e Biometria.
Objetivo
Geral:
Fornecer subsídios e propiciar as condições essenciais para o estudo teórico e prático
dos fundamentos e aplicações de medidas e avaliações em Educação Física e Saúde.
Objetivos Específicos:
– Proporcionar o conhecimento introdutório aos métodos diretos, indiretos e duplamente
indiretos que possibilitam a observação sistemática do comportamento de variáveis
antropométricas, de composição corporal, motoras, posturais, funcionais e
metabólicas;
– Introduzir os conceitos fundamentais para a compreensão das qualidades/valências
físicas: força, velocidade, potência, resistência, coordenação de movimento e
flexibilidade;
– Viabilizar a aplicação prática dos métodos de medidas e avaliações a diferentes
populações saudáveis ou que necessitam de cuidados especiais;
– Possibilitar a observação sistemática dos efeitos do exercício sobre as variáveis
mensuradas em diferentes populações.
Ementa:
Após a conclusão deste módulo, o aluno deverá estar apto para compreender, discutir e
aplicar os principais métodos de avaliação empregados na Educação Física.
Conteúdo Programático:
- Fundamentos de pesos e medidas – Sistema Internacional de Unidades - SI.
- Fundamentos de física, aplicados ao movimento humano.
- Fundamentos de bioquímica, aplicados à análise de variáveis metabólicas.
-Qualidades/valências físicas: força, velocidade, potência, resistência,
coordenação de movimento e flexibilidade.
- Avaliações diretas em Educação Física e Saúde.
- Avaliações indiretas em Educação Física e Saúde.
10.5 – MÓDULOS ESPECÍFICOS DO CURSO DE FISIOTERAPIA
10.5.1 - MÓDULO: FiSIOTERAPIA : HISTÓRIA E ATUAÇÕES
Professor Responsável: Tania T. Scudeller Prevedel
Contato:
Série:primeira
Semestre: primeiro
Carga horária total: 120 horas
Carga Horária p/ prática ( em porcentagem): 50%
Carga Horária p/ teoria (em porcentagem) : 70%
Objetivos
Geral
Apresentar ao aluno a Fisioterapia como atividade profissional.
Específicos
• Apresentar ao aluno o desenvolvimento histórico da profissão.
• Proporcionar conhecimento sobre objeto de estudo e trabalho do fisioterapeuta.
• Apresentar os campos de conhecimento do fisioterapeuta, os recursos
fisioterapêuticos próprios bem como os níveis da atenção à saúde em que ele se
insere.
• Facilitar ao aluno a compreensão da relação entre as disciplinas do currículo.
• Proporcionar ao aluno o entendimento do trabalho inter e multi-profissional.
Conteúdo Programático
História da Fisioterapia.
Regulamentação da profissão.
O papel do fisioterapeuta na saúde, num contexto atual: prevenção, promoção,
manutenção e reabilitação.
Áreas de atuação do fisioterapeuta.
Atuação do fisioterapeuta na equipe de saúde.
Metodologia de Ensino Utilizada Aulas expositivas dialogadas.
Leitura e discussão de textos.
Visitas orientadas e estágios de observação em Centros de reabilitação, Clínicas e
Hospitais da cidade de Santos.
Apresentação de seminários.
Palestras com profissionais de diferentes áreas e formação de mesa redonda.
Recursos Instrucionais Necessários Sala de aula para 40 alunos.
Multimídia, Televisor e DVD.
Centros de reabilitação, Clínicas de Fisioterapia e Hospitais da cidade de Santos que
permitam a visita dos alunos.
Fisioterapeutas convidados.
Avaliação Prova escrita
Seminários
Relatórios de visitas
Apresentação de painel
Portfólio
Bibliografia Básica
Rebelatto, J.R. Fisioterapia no Brasil, 2003, Manole. De Lisa. Tratado de Medicina de Reabilitação, 2000, Manole. O’Sullivan, S. Fisioterapia – Avaliação e Tratamento, 2002, Manole. Starkey, C. Recursos Terapêuticos em Fisioterapia, 1999, Manole.
Bibliografia Complementar:
Revista Brasileira de Fisioterapia Revista do Crefito 3 (São Paulo)
Docentes Participantes
Nome
Titulação Regime de Trabalho Carga horária (neste módulo) A ser discutido
Tania Prevedel Doutorado 40 horas 120 horas
Carla Medalha Doutorado 40 horas 120 horas
10.5.2 - MÓDULO: ESTUDO DO MOVIMENTO HUMANO I
Professor Responsável: Carla C. Medalhal
Contato:
Série:primeira
Semestre: segundo
Carga horária total: 60 horas
Carga Horária p/ prática ( em porcentagem): 30%
Carga Horária p/ teoria (em porcentagem) : 30%
Objetivos Geral
Apresentar ao aluno os conhecimentos básicos sobre Cinesiologia.
Ementa
Aborda os conceitos básicos sobre cada articulação do corpo humano, nos aspectos
mecânicos e fisiológicos. Nas aulas práticas, o aluno aprende as funções musculares
por meio dos testes de força muscular, unindo a teoria com a prática.
Conteúdo Programático
Planos e eixos de movimento;
Tipos de articulação;
Movimentos articulares;
Função muscular;
Provas de função muscular.
pag
Metodologia de Ensino Utilizada Aulas expositivas.
Leitura e discussão de textos.
Aulas práticas de laboratório.
Seminários.
Recursos Instrucionais Necessários Sala de aula para 40 alunos.
Multimídia, Televisor e DVD.
Laboratório de Cinesiologia.
Avaliação prova teórica.
prova prática.
apresentação de seminários.
relatórios de trabalhos em grupo.
Bibliografia Básica: Lippert, L. Cinesiologia Clínica para Fisioterapeutas, Manole, 2000. Smith, L. K. Cinesiologia Clínica de Brunstron, Manole, 1999. Norkin. Articulação – Estrutura e Função, Revinter, 2001.
Kendall, F. P. Músculos - Provas e Funções, Manole, 2000.
Bibliografia Complementar: Salvini, T. Movimento Articular – Aspectos Morfológicos e Funcionais. Vol. 1, Editora Manole- 2005
10.6 – MÓDULOS ESPECÍFICOS DO CURSO DE PSICOLOGIA 10.6.1 – CONHECENDO A PSICOLOGIA HOJE
Professor Responsável: Adriana Marcassa Tuccil
Contato: [email protected]
Série:primeira
Semestre: primeiro e segundo
Carga horária total: 120 horas
Carga Horária p/ prática ( em porcentagem): 25%
Carga Horária p/ teoria (em porcentagem) : 75%
Objetivos Geral: Apresentar aos alunos os diferentes campos de atuação da psicologia. Específicos: Investigar o objeto de estudo da Psicologia e de intervenção do psicólogo em seus
diferentes campos de atuação, com o intuito de esclarecer os problemas almejados, os
procedimentos adotados para solucioná-los, o tipo de clientela e os níveis de atuação
das diferentes áreas da psicologia. Instrumentalizar o aluno para viabilizar atuações
profissionais mais eficazes e ensinar formas de realizar intervenções nas diferentes
áreas de atuação da Psicologia.
Ementa: Psicologia da Educação, Psicologia Organizacional, Psicologia Clinica, Psicologia Social
e Comunitária, Psicologia do Trabalho, Psicologia aplicada à área da Saúde, Legislação
em Saúde Mental, Pesquisa em Psicologia, Pesquisa em Psicologia da Saúde.
Conteúdo Programático
1º semestre
Introdução ao estudo da psicologia
A psicologia como profissão
Introdução a Psicologia da Educação
Introdução a Psicologia Organizacional
Introdução a Psicologia Clinica
Introdução a Psicologia Social e Comunitária
Introdução a Psicologia do Trabalho
2º semestre
Psicologia aplicada à área da saúde
Legislação em Saúde Mental
Psicologia na atenção primária à saúde
Psicologia na atenção secundária à saúde
Psicologia na atenção terciária à saúde
Introdução a Psicologia Hospitalar
Introdução a Pesquisa em Psicologia
Introdução à pesquisa em Psicologia e Saúde
Metodologia de Ensino Utilizada: Aulas expositivas teóricas, discussões em grupo, apresentação de trechos de
filmes e entrevistas que abordem temas referentes à atuação da psicologia,
estudos em grupo, palestras com profissionais de diferentes áreas de atuação
da psicologia e observações das práticas profissionais nos diferentes campos de
atuação da psicologia.
Recursos Instrucionais Necessários: Palestrantes das diferentes áreas de atuação da psicologia, lousa, data show,
vídeo/DVD, TV, sistema de som.
Avaliação: Diário de campo a ser entregue periodicamente a cada visita realizada no campo
e ao final de cada palestras, relatório final de todas as visitas a campo e palestras
assistidas juntamente com observações e discussão com a literatura pertinente
pesquisada e indicada. Avaliação do módulo pelos alunos ao final de cada
semestre.
Bibliografia Básica: Bock, Ana M. B.; Furtado Odair; Teixeira M. L. T. Psicologias - Uma introdução ao estudo da Psicologia. São Paulo. Editora Saraiva, 1995; Bock, Ana M. B. (org.) A perspectiva sócio-histórica na formação em psicologia. Petrópolis, Editora Vozes, 2003; Francisco, A.L., Klomfahs, C.R., Rocha, N.M.D. (Orgs.) Psicólogo Brasileiro: construção de novos espaços. Campinas: Editora Átomo, 1992; Fonseca, D.C., Canêo, L.C., Correr, R. (Orgs.) Práticas psicológicas e reflexões dialogadas. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2005.; Trindade, Z. & Andrade A. (orgs.) Psicologia e Saúde: um campo em construção.; Borges, L.O. (org.) Os profissionais de saúde e seu trabalho. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2006. Bibliografia Complementar: Mancebo, D. & Vilela, A.M.J. Psicologia Social – Abordagens sócio -históricas e desafios contemporâneos , Rio de Janeiro, EdUERJ, 2004.; Revistando as Psicologias – da epistemologia à ética das práticas e discursos psicológicos. São Paulo, editora Vozes/Educ, 1996.; Conselho Federal de Psicologia e Câmara de Educação e Formação Profissional. Psicólogo Brasileiro – Práticas emergentes e desafios para a formação. Casa do Psicólogo, 1999.
Docentes Participantes
Nome Titulação Regime de Trabalho Carga horária (neste módulo) A ser discutido
Milena de Barros Viana
Pós-doutorado 40 horas 120 horas
Alexandre Henz Doutorado 40 horas 120 horas
XI - SEMANA PADRÃO DA PRIMEIRA SÉRIE
11.1 - CURSO DE NUTRIÇÃO
Primeiro semestre
PERÍODO SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA SEXTA
MANHÂ Saúde como
processo:
contextos,
concepções e
práticas
Dos Tecidos
Aos Sistemas
O Nutricionista em
seus Diferentes
Cenários
Indivíduo,
cultura e
sociedade
Do átomo à
célula
TARDE Saúde como
processo:
contextos,
concepções e
práticas
Avaliação
Nutricional e
Técnica Dietética:
conhecimentos
básicos”.
Área Verde Do átomo à
célula
Segundo semestre
PERÍODO SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA SEXTA
MANHÂ
Saúde como
processo:
contextos,
concepções e
práticas
Dos Tecidos
Aos Sistemas
O Nutricionista em
seus Diferentes
Cenários
Indivíduo,
cultura e
sociedade
Do átomo à
célula
TARDE Saúde como
processo:
contextos,
concepções e
práticas
Dos Tecidos
Aos Sistemas
Avaliação
Nutricional e
Técnica Dietética:
conhecimentos
básicos”.
Área Verde Do átomo à
célula
11.2 - CURSO DE FISIOTERAPIA
Primeiro semestre
PERÍODO SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA SEXTA
MANHÂ Saúde como
processo:
contextos,
concepções e
práticas
Dos Tecidos
Aos Sistemas
Fisioterapia:história
e atuações
Indivíduo,
cultura e
sociedade
Do átomo à
célula
TARDE Saúde como
processo:
contextos,
concepções e
práticas
Fisioterapia:história
e atuações
Área Verde Do átomo à
célula
Segundo semestre
PERÍODO SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA SEXTA
MANHÂ
Saúde como
processo:
contextos,
Dos Tecidos
Aos Sistemas
Introdução aos
recursos
manuais e
Indivíduo,
cultura e
sociedade
Do átomo à
célula
concepções e
práticas
naturais em
Fisioterapia.
TARDE Saúde como
processo:
contextos,
concepções e
práticas
Dos Tecidos
Aos Sistemas
Estudo do
movimento
humano I
Área Verde Do átomo à
célula
11.3 - CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA
Primeiro semestre
PERÍODO SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA SEXTA
MANHÂ Saúde como
processo:
contextos,
concepções e
práticas
Dos Tecidos
Aos Sistemas
Aproximação à
Prática da
Educação
Física em
Saúde I:
Introdução
Indivíduo,
cultura e
sociedade
Do átomo à
célula
TARDE Saúde como
processo:
contextos,
concepções e
práticas
Aproximação à
Prática da
Educação
Física em
Saúde I:
Introdução
Área Verde Do átomo à
célula
Segundo semestre
PERÍODO SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA SEXTA
MANHÂ
Saúde como
processo:
contextos,
concepções e
práticas
Dos Tecidos
Aos Sistemas
Ciências do
Exercício I:
Crescimento e
Desenvolvimento
Indivíduo,
cultura e
sociedade
Do átomo à
célula
TARDE Saúde como
processo:
contextos,
concepções e
práticas
Dos Tecidos
Aos Sistemas
Medidas e
Avaliação em
Educação Física e
Saúde I –
Fundamentos.
Área Verde Do átomo à
célula
11.4 - CURSO DE TERAPIA OCUPACIONAL
Primeiro semestre
PERÍODO SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA SEXTA
MANHÂ Saúde como
processo:
contextos,
concepções e
práticas
Dos Tecidos
Aos Sistemas
Conhecendo a
profissão: da
origem à
atualidade
Indivíduo,
cultura e
sociedade
Do átomo à
célula
TARDE Saúde como
processo:
contextos,
concepções e
práticas
Conhecendo a
profissão: da
origem à
atualidade
Área Verde Do átomo à
célula
Segundo semestre
PERÍODO SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA SEXTA
MANHÂ
Saúde como
processo:
contextos,
concepções e
práticas
Dos Tecidos
Aos Sistemas
Atividades e
Recursos
Terapêuticos I
Indivíduo,
cultura e
sociedade
Do átomo à
célula
TARDE Saúde como
processo:
contextos,
concepções e
práticas
Dos Tecidos
Aos Sistemas
Atividades e
Recursos
Terapêuticos I
Área Verde Do átomo à
célula
11.5 - CURSO DE PSICOLOGIA
Primeiro semestre
PERÍODO SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA SEXTA
MANHÂ Saúde como
processo:
contextos,
concepções e
práticas
Dos Tecidos
Aos Sistemas
Conhecendo a
Psicologia hoje
Indivíduo,
cultura e
sociedade
Do átomo à
célula
TARDE Saúde como
processo:
contextos,
concepções e
práticas
Origens e o
Desenvolvimento
da Psicologia: Uma
Abordagem
Histórico-cultural
Área Verde Do átomo à
célula
Segundo semestre
PERÍODO SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA SEXTA
MANHÂ
Saúde como
processo:
contextos,
concepções e
práticas
Dos Tecidos
Aos Sistemas
Conhecendo a
Psicologia hoje
Indivíduo,
cultura e
sociedade
Do átomo à
célula
TARDE Saúde como
processo:
contextos,
concepções e
práticas
Dos Tecidos
Aos Sistemas
Origens e o
Desenvolvimento da
Psicologia: Uma
Abordagem
Histórico-cultural
Área Verde Do átomo à
célula
XII - ÁREAS DISCIPLINARES DOS M ÓDULOS DA PRIMEIRA SÉRIE
Curso: Educação Física
Ano Letivo: 2006 Série: 1 a Carga Horária
Do Átomo à Célula 320 h
Bioquímica
Biologia Celular
Biologia Molecular
Genética
Biofísica
Dos Tecidos aos Sistemas 160 h
Anatomia
Histologia
Biologia do Desenvolvimento
Fisiologia
Biofísica
Indivíduo, Cultura e Sociedade 120h
Antropologia
Psicologia
Educação
Sociologia
Epistemologia
Saúde como Processo: Contextos, Concepções e Práticas 160 h
Epistemologia
Metodologia Científica
Saúde Coletiva
Epidemiologia
Políticas de Saúde
Ética na Atuação em Saúde
Aproximação à Prática da Educação Física em Saúde I 120 h
História e Introdução à Educação Física
Introdução às Tendências em Educação Física
Introdução ao Bacharelado em Educação Física – Modalidade Saúde
Ciências do exercício I: Crescimento e Desenvolvimento 60 h
Crescimento, Desenvolvimento e Envelhecimento Humano
Biologia do Desenvolvimento Humano
Medidas e avaliação em Educação Física e Saúde I: fundamentos 60 h
Introdução ao Sistema Internacional- SI
Introdução às Capacidades/ Valências Físicas
Medidas e Avaliação em Educação Física e Saúde
Introdução à Avaliação Funcional e Metabólica em Educação Física e Saúde
Antropometria e Biometria
Curso: Fisioterapia
Ano Letivo: 2006 Série: 1a Carga Horária
Do Átomo à Célula 320 h
Bioquímica
Biologia Celular
Biologia Molecular
Genética
Biofísica
Dos Tecidos aos Sistemas 160 h
Anatomia
Histologia
Biologia do Desenvolvimento
Fisiologia
Biofísica
Indivíduo, Cultura e Sociedade 120h
Antropologia
Psicologia
Educação
Sociologia
Epistemologia
Saúde como Processo: Contextos, Concepções e Práticas 160 h
Epistemologia
Metodologia Científica
Saúde Coletiva
Epidemiologia
Políticas de Saúde
Ética na Atuação em Saúde
A Fisioterapia -História e Atuação
120 h
História e Evolução da Fisioterapia no Brasil e no Mundo
Órgãos de Classe e Legislação
Estudo do Movimento Humano I 80 h
Cinesiologia
Avaliação em Fisioterapia
Anatomia Palpatória
Introdução aos Recursos Manuais e Naturai s em Fisioterapia 80 h
Hidroterapia
Fototerapia
Termoterapia
Massoterapia
Curso: Terapia Ocupacional
Ano Letivo: 2006 Série: 1a Carga Horária
Do Átomo à Célula 320 h
Bioquímica
Biologia Celular
Biologia Molecular
Genética
Biofísica
Dos Tecidos aos Sistemas 160 h
Anatomia
Histologia
Biologia do Desenvolvimento
Fisiologia
Biofísica
Indivíduo, Cultura e Sociedade
120h
Antropologia
Psicologia
Educação
Sociologia
Epistemologia
Saúde como Processo: Contextos, Concepções e Práticas 160 h
Epistemologia
Metodologia Científica
Saúde Coletiva
Epidemiologia
Políticas de Saúde
Ética na Atuação em Saúde
Conhecendo a Profissão: da Origem à Atualidade 120 h
Introdução à Prática Terapia Ocupacional
Contextualização Histórica da Terapia Ocupacional
Atividades e Recursos Terapêuticos I 120 h
Cotidiano e Repertório de Atividades
Introdução à Expressão e Comunicação Humana
Análise Terapêutica de Atividade I
Curso: Nutrição
Ano Letivo: 2006 Série: 1a Carga Horária
Do Átomo à Célula 320 h
Bioquímica
Biologia Celular
Biologia Molecular
Genética
Biofísica
Dos Tecidos aos Sistemas 160 h
Anatomia
Histologia
Biologia do Desenvolvimento
Fisiologia
Biofísica
Indivíduo, Cultura e Sociedade 120h
Antropologia
Psicologia
Educação
Sociologia
Epistemologia
Saúde como Processo: Contextos, concepções e práticas 160 h
Epistemologia
Metodologia Científica
Saúde Coletiva
Epidemiologia
Políticas de Saúde
Ética na Atuação em Saúde
O Nutricionista em Seus Diferentes Cenários 120 h
Introdução à Nutrição
Sociologia da Alimentação
Antropologia da Alimentação
Avaliação Nutricional e Técnica Dietética – Introdução 120 h
Avaliação Nutricional
Técnica Dietética
Curso: Psicologia
Ano Letivo: 2006 Série: 1a Carga Horária
Do Átomo à Célula 320 h
Bioquímica
Biologia Celular
Biologia Molecular
Genética
Biofísica
Dos Tecidos aos Sistemas 160 h
Anatomia
Histologia
Biologia do Desenvolvimento
Fisiologia
Biofísica
Indivíduo, Cultura e Sociedade 120h
Antropologia
Psicologia
Educação
Sociologia
Epistemologia
Saúde como Processo: Contextos, Concepções e Práticas 160 h
Epistemologia
Metodologia Científica
Saúde Coletiva
Epidemiologia
Políticas de Saúde
Ética na Atuação em Saúde
Conhecendo a Psicologia Hoje 120 h
Psicologia e Profissão
Psicologia da Educação
Psicologia Organizacional
Psicologia Clínica
Psicologia Hospitalar
Psicologia Social
Psicologia do Trabalho
Saúde Mental e Psicologia
Origens e Desenvolvimento da Psicologia – uma Abordagem Histórico-cultural
120 h
Introdução á Filosofia
Introdução à Psicologia
História e Epistemologia da Psicologia
Antropologia Filosófica