Download - Prova Comentada EBSERH 2014
E n f e r m a g e m p a r a o s H U s / E B S E R H – 1 6 P r o v a s C o m e n t a d a s
[CURSO ESPECÍFCO DE ENFERMAGEM PARA
OS HOSPITAIS UNIVERSITÁRIOS EBSERH] 16 Provas Comentadas
Aula 01 Prova Comentada do HU-UFGD (AOCP) - 2014
Um novo olhar sobre a preparação
para concursos na área da
Enfermagem.
www.romulopassos.com.br
E n f e r m a g e m p a r a o s H U s / E B S E R H – 1 6 P r o v a s C o m e n t a d a s
Página 1
Olá, futura (o) aprovada (o) nos próximos concursos dos Hospitais
Universitários.
Neste curso, direcionaremos a nossa abordagem para TODOS os
concursos dos HUs organizados pela EBSERH, mais especificamente:
1) Hospitais da Universidade Federal do Ceará (HUWC e HUAC/UFC);
2) Hospital da Universidade Federal de Sergipe (HU/UFS);
3) Hospital da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul
(HU/UFMS);
4) Hospital da Universidade Federal do Mato Grosso (HUJM);
5) Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais
(HC/UFMG);
6) Hospital da Universidade Federal da Paraíba (HULW/UFPB);
7) Hospital da Universidade Federal da Bahia (HUPES e MCO/UFBA);
8) Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco
(HC/UFPE);
9) Hospital da Universidade Federal do Amazonas (HUGV/UFAM);
10) Hospital da Universidade Federal de Alagoas (HUPAA/UFAL);
11) Hospital da Universidade Federal de Santa Maria (HUSM);
12) Hospital da Universidade Federal do Vale do São Francisco
(HU/UNIVASF);
13) Outros Hospitais Universitários que anunciarem a realização de
concurso público durante a duração do nosso curso.
O curso será formado por 16 provas comentadas na ÍNTEGRA,
extraídas dos concursos dos HUs realizados recentemente.
Inovamos mais uma vez trazendo-lhe o único curso do BRASIL a
oferecer esta metodologia: estudo, análise, comentários e esquematização
DETALHADA das últimas 400 questões aplicadas nos concursos do
Hospitais Universitários já ocorridos ou que se realizarão até o dia 25 de
abril de 2014.
www.romulopassos.com.br
E n f e r m a g e m p a r a o s H U s / E B S E R H – 1 6 P r o v a s C o m e n t a d a s
Página 2
Outra GRANDE e feliz novidade, a partir de agora, essa será a sua nova
EQUIPE de professores de Enfermagem:
Professor Rômulo Silva Passos
Graduado em Enfermagem pela UFPB e pós-graduado em Saúde
Coletiva pela UFBA. Autor do livro “Legislação do SUS - 451
Questões Comentadas", o mais vendido e melhor avaliado do
gênero no Brasil. Coordenador pedagógico e professor do site
www.romulopassos.com.br.
Professora Cássia Moésia Cariri
Graduada em Enfermagem pela FSM (Cajazeiras-PB) e pós-
graduada em Pediatria e Neonatologia pela CEFAPP. É autora de
dezenas de trabalhos científicos na área da Enfermagem.
Professora Daniella Rego
Enfermeira, formada pela UFRN e pós-graduada em Unidade de
Terapia Intensiva. É autora de diversos artigos e trabalhos
científicos na área da Enfermagem.
Professora Érica Oliveira Matias
Enfermeira, mestranda em Enfermagem pela Universidade
Federal do Ceará, professora universitária e dos principais
cursos preparatórios para concursos do Ceará. É autora de
inúmeros artigos e trabalhos científicos na área.
Professora Gabriela Portela
Enfermeira, especialista em Saúde Coletiva e em Gerenciamento
de Unidades Básicas de Saúde, mestra e doutora em Ciências da
Saúde. É servidora na Secretaria de Saúde de São José do Rio
Preto/SP. Atua como professora de cursos de pós-graduação e
de cursos preparatórios para concursos.
www.romulopassos.com.br
E n f e r m a g e m p a r a o s H U s / E B S E R H – 1 6 P r o v a s C o m e n t a d a s
Página 3
Professora Gizele Mota
Graduada em Enfermagem pela UCB de Brasília e pós-graduada em
Terapia Intensiva pela FEPECS/SES/DF, sob a modalidade de
Residência em Enfermagem, na qual foi aprovada em 1º lugar.
Professora Universitária e de cursinhos preparatórios na área da
Enfermagem. Foi aprovada no concurso do Hospital Universitário
de Brasília e no concurso da Secretaria de Educação do Distrito
Federal.
Professora Irene Souza Prado
Graduada e mestra em Enfermagem. É professora Universitária e
foi aprovada em segundo lugar no recente concurso do IPSEMG-
MG.
Professor Isadora Marques Barbosa
Enfermeira, especialista em oncologia pelo Instituto do Câncer do
Ceará (ICC), especialista em Onco-hematologia pelo programa de
Residência Multiprofissional do HUWC e mestranda em Saúde
Pública pela UFC. Autora de diversos artigos e trabalhos
científicos na área da Enfermagem.
Professora Paula Quiroz
Enfermeira, formada pela Universidade Federal do Ceará.
Aprovada em 1º lugar no Mestrado em Enfermagem da UFC.
Autora de diversos artigos trabalhos científicos na área da
Enfermagem.
www.romulopassos.com.br
E n f e r m a g e m p a r a o s H U s / E B S E R H – 1 6 P r o v a s C o m e n t a d a s
Página 4
Amiga (o), diante da abrangência dos conteúdos e da metodologia
trabalhados ao longo das aulas, este curso também é indicado a você,
profissional ou estudante, de nível médio ou superior de Enfermagem que
esteja se preparando para os mais diversos concursos públicos na área da
saúde, especialmente:
1) SUSAM;
2) SES-DF;
3) Outras secretarias Estaduais de Saúde;
4) Prefeituras Municipais;
5) Fundações Públicas Federais, Estaduais ou Municipais de Saúde;
6) Conselhos Regionais de Classe.
Amiga (o), o investimento, no curso completo, será de R$ 90,00 (isso
mesmo, cerca de R$ 5,60 por aula), que ainda poderá ser dividido em 6x
sem juros pelo cartão de crédito.
Todo o nosso trabalho é pautado pela transparência e respeito ao
leitor. É por isso que disponibilizamos esta aula inicial gratuita para que
você possa iniciar agora mesmo o curso e avaliar os conteúdos e a
metodologia adotados. Este é um compromisso que assumimos com você:
o de possibilitar a análise prévia do material e dos serviços que serão
postos à disposição.
Reunimos uma equipe de nove brilhantes professores que resolveram
vestir a camisa nesse projeto INÉDITO para Enfermagem brasileira. Tudo
para que possamos oferecer-lhe, sem a menor dúvida, uma efetiva e
poderosa ferramenta preparatória na área da enfermagem, notadamente
para os concursos dos Hospitais Universitários.
Eu não estou interessado (a) nos concursos para os Hospitais Universitários ou estou me preparando para outros concursos na área da Enfermagem. Este curso também é indicado no meu caso?
Qual será o valor cobrado pelo curso completo (16 aulas)?
www.romulopassos.com.br
E n f e r m a g e m p a r a o s H U s / E B S E R H – 1 6 P r o v a s C o m e n t a d a s
Página 5
A metodologia empregada em nossas aulas contempla a resolução
comentada das questões associada à exposição da teoria de maneira que
se complementem e possibilitem a compreensão dos temas tratados, e
não a simples “decoreba”.
No final da aula, no tópico “principais perguntas e respostas”, vocês
poderão obter mais explicações sobre esta proposta de ensino-
aprendizagem.
Apresentaremos, a seguir, o cronograma de disponibilização das
próximas aulas, e, posteriormente, passaremos ao curso propriamente
dito.
Sejam bem-vindos (as), subam a bordo, acomodem-se nos seus
lugares, porque vamos decolar rumo à aprovação e conquista de uma tão
sonhada, desejada, disputada e merecida vaga em um dos tantos
Hospitais Universitários com concursos abertos ou previstos.
Bons estudos!
Professora Olívia Brasileiro
Diretora da empresa Brasileiro & Passos Preparatório.
www.romulopassos.com.br
www.romulopassos.com.br
E n f e r m a g e m p a r a o s H U s / E B S E R H – 1 6 P r o v a s C o m e n t a d a s
Página 6
Cronograma de Disponibilização das Aulas
Aula Tema Datas
1 Prova Comentada do HU-UFGD (AOCP) – 2014 (Gratuita). Disponibilizada
2 Prova Comentada do HU-UFES (AOCP) – 2014 14/03/14
3 Prova Comentada do HU-UFS (AOCP) – 2014 18/03/14
4 Prova Comentada do HU-UFTM (IADES) – 2013 20/03/14
5 Prova Comentada do HU-UFPI (IADES) – 2013 23/03/14
6 Prova Comentada do HU-UNB (IBFC) – 2013 25/03/14
7 Prova Comentada do HU-UFMA (IBFC) – 2014 26/03/14
8 Prova Comentada da IDECAN – Parte I - 2013 27/03/14
9 Prova Comentada da IDECAN – Parte II – 2013 30/03/14
10 Prova Comentada do HU-UFMT (AOCP) – 2014 03/04/14
11 Prova Comentada do HU-UFRN (IADES) aplicada em 09/02/14 05/04/14
12 Prova Comentada do HU-UFRN (IADES) aplicada em 16/02/14
08/04/14
13 Prova Comentada do HU-UFRN (IADES) aplicada em 23/02/14
14/04/14
14 Prova Comentada do HU-UFPI (IADES) – 2012
16/04/14
15 Prova Comentada do HU-UFAM (IADES) – 2014
23/04/14
16 Prova Comentada do HU-UFSM (AOCP) – 2014
25/04/14
www.romulopassos.com.br
E n f e r m a g e m p a r a o s H U s / E B S E R H – 1 6 P r o v a s C o m e n t a d a s
Página 7
Aula nº 1 - Prova Comentada do HU-UFGD - AOCP – 09/03/2014
Cargo Enfermeiro
Essa prova foi muito densa. A AOPC aprofundou bastante os temas. Em linhas gerais,
foi bem elaborada e poucas questões podem ser anuladas. Nossa equipe de professores
elaborou comentários detalhados para que vocês possam se familiarizar com a nova
abordagem da AOCP e direcionar a sua preparação.
Primeiramente, sugerimos que resolvam as questões. No final da aula, poderão conferir
os comentários.
Para quem não fez uma boa prova, não há motivo para desânimo, foi uma prova
literalmente difícil. Aproveitem essa aula para testarem seus conhecimentos e avaliarem o que
devem priorizar nos estudos.
26. Homem, 77 anos, com doença pulmonar obstrutiva crônica exacerbada, encontra-se
internado na Clínica Médica e, em sua prescrição, consta Terbutalina 0,25mg via
subcutânea. Sabe-se que, na instituição, a apresentação da Terbutalina é ampola
injetável com 0,5mg/1ml. Ao preparar esta medicação em seringa de 100 unidades,
quantas unidades de droga devem ser aspiradas?
(A) 0,5. (B) 1. (C) 5. (D) 10. (E) 50.
27. De acordo com as Medidas de Prevenção de Infecção Relacionada à Assistência à
Saúde da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (2013), sobre o cateter venoso
periférico, é correto afirmar que
(A) não deve ser programada a troca do cateter.
(B) recomenda-se troca do cateter a cada 96 horas quando confeccionado em poliuretano.
(C) todos cateteres puncionados em situação que não se caracterize como urgência ou
emergência devem ser trocados a cada 72 horas.
(D) cateteres puncionados em situação de urgência ou emergência devem ser trocados no
máximo em 24horas.
(E) apenas em neonatais, há recomendação de troca do catéter a cada 7 dias.
www.romulopassos.com.br
E n f e r m a g e m p a r a o s H U s / E B S E R H – 1 6 P r o v a s C o m e n t a d a s
Página 8
28. Para a realização de sondagem retal, a posição mais adequada e confortável é a
(A) Prona.
(B) Supina.
(C) Litotomia.
(D) Sims.
(E) Trendelenburg.
29. Mulher, 42 anos, sem comorbidades, com circunferência do braço igual a 37 cm, está
internada na Clínica Médica para tratamento de pielonefrite, com verificação dos sinais
vitais a cada 6 horas. Para a última aferição de pressão arterial, o técnico de
enfermagem do setor utilizou manguito 10 x 17cm, ajustou a braçadeira sem folga no
braço da paciente, 2 cm acima da fossa cubital, com a artéria braquial centralizada
abaixo do manguito, procendendo à insuflação até 20 mmHg acima da perda da
palpação do pulso radial e deflação em uma velocidade de 2 mmHg por segundo, com
ausculta da artéria braquial na fossa cubital da fase I de Korotkoff em 190 mmHg,
aumentou ligeiramente a velocidade de deflação, até ausculta da fase V de Korotkoff em
130mmHg. Diante desse caso, é correto afirmar que:
(A) a pressão arterial aferida está subestimada.
(B) a pressão arterial aferida é classificada como limítrofe.
(C) a pressão arterial aferida é classificada como hipertensão estágio 1.
(D) a pressão arterial aferida é classificada como hipertensão estágio 2.
(E) a pressão arterial aferida está superestimada.
30. De acordo com o Decreto N°. 94.406/87, que regulamenta a Lei N°. 7.498/86, que dispõe
sobre o exercício da Enfermagem, é atividade privativa do enfermeiro
(A) realizar testes e proceder à sua leitura, para subsídio de diagnóstico.
(B) identificar as distócias obstétricas e tomar providências até a chegada do médico.
(C) emitir parecer sobre matéria de enfermagem.
(D) efetuar o controle de pacientes e de comunicantes em doenças transmissíveis.
(E) realizar controle hídrico.
www.romulopassos.com.br
E n f e r m a g e m p a r a o s H U s / E B S E R H – 1 6 P r o v a s C o m e n t a d a s
Página 9
31. Ao considerar os Artigos 29, 30, 32 e 34 da Resolução COFEN N°. 311/2007, é ético
executar a prescrição ou solicitação médica na seguinte situação:
(A) Brometo de Pancurônio 2ml EV agora; para idoso internado com câncer terminal, em
coma vigil, sob respiração espontânea.
(B) Atropina 1amp EV agora; para paciente internado há três meses, com acidente vascular
cerebral de tronco, em paliação, que se encontra bradicárdico poucos minutos antes de passar
o plantão para o próximo turno.
(C) Captopril 6,25mg VO 12/12h; para homem, 42 anos, internado com insuficiência cardíaca
e aferição de pressão arterial prévia ao horário da medicação igual a 110/70mmHg.
(D) Heparina 5000UI SC 8/8h; para homem, 56 anos, internado com infarto agudo do
miocárdio, em anticoagulação plena.
(E) Insulina Regular 10UI SC agora; em diabética que chegou ao serviço hospitalar de
emergência com sudorese, tremores frequentes e queixa de cansaço, sem verificação de
glicemia capilar prévia.
32. Na prática profissional, o enfermeiro se depara com muitas situações de conflito e,
como responsável pela administração e gerenciamento do Serviço, da equipe e da
assistência de enfermagem, deve utilizar estratégias para gerenciá-lo. Assinale a
alternativa que corresponde à adoção da estratégia de amenização.
(A) O enfermeiro chefe se deparou com um enfermeiro e um técnico de enfermagem
discutindo no corredor do Pronto Socorro e, imediatamente, solicitou para que ambos
parassem a discussão, independentemente do motivo ou do culpado e que, mais tarde iriam
discutir juntos na sala da Chefia sobre o ocorrido.
(B) No plantão, foram programados vários procedimentos invasivos e o enfermeiro delegou a
cada técnico de enfermagem o acompanhamento do médico na realização desses. Como essas
atividades dificultariam o cumprimento de ações rotineiras, os técnicos solicitaram a
suspensão dos banhos no leito e o enfermeiro concordou com a solicitação.
(C) Em reunião dos enfermeiros, havia três solicitações de férias para o mês de dezembro,
mas só dois poderiam gozar desse benefício pela quantidade de atestados médicos no setor.
Antes mesmo de se proceder ao sorteio, um dos solicitantes abriu mão de seu direito para que
os colegas que já tinham viagem programada com a família não tivessem transtornos maiores,
www.romulopassos.com.br
E n f e r m a g e m p a r a o s H U s / E B S E R H – 1 6 P r o v a s C o m e n t a d a s
Página 10
apesar do desistente estar com maior número de dias de férias vencidos e nunca ter passado
um natal de férias com sua família desde que entrou há 10 anos nesta instituição.
(D) O enfermeiro responsável pela confecção de escalas não conseguiu cobertura para todos
os dias, após conversar com quase toda a sua equipe. O único técnico de enfermagem que
poderia realizar a hora-extra da noite do sábado do feriado era aquele que sempre se
indispunha a trabalhar em quaisquer sábados e, por isso, o enfermeiro preferiu deixar o setor
descoberto do que pedir a tal técnico de enfermagem que trabalhasse nesse dia.
(E) Enfermeiro da Pediatria delegou a troca de punção periférica de rotina ao técnico de
enfermagem que estava responsável pelo controle de sinais vitais, para que não houvesse
sobrecarga do técnico de enfermagem responsável pela medicação, já que havia muitas
medicações a serem administradas no próximo horário; e, mediante a delegação, o técnico de
enfermagem lhe respondeu de modo grosseiro para que o próprio enfermeiro realizasse as
punções porque isso não era sua responsabilidade naquele dia. Irritado, o enfermeiro fez uma
advertência por escrito a respeito dessa situação e, nos meses consecutivos, escalou o técnico
em todos os feriados e plantões de domingo.
33. No Manual de Enfermagem da Clínica Cirúrgica, foi padronizado uso de sonda
Foley 2 vias, 30-50cc, em látex, no cateterismo vesical de demora realizado no setor.
Com isso, o volume de solução a ser utilizada na insuflação do balonete mais adequado
na padronização é
(A) 5ml. (B) 10ml. (C) 20ml. (D) 40ml. (E) 60ml.
34. A Clínica Médica possui uma capacidade operacional ativa de 20 leitos de
internação, com taxa de ocupação de aproximadamente 100%; a maioria dos pacientes
demanda cuidados intermediários e a equipe ainda não possui rotina e treinamento para
atendimento de Código Azul. No referido setor, trabalham, em cada turno, um
enfermeiro e três técnicos de enfermagem, de acordo com o modo de organização do
cuidado funcional. No turno da manhã, o enfermeiro, durante a visita diária aos
pacientes internados no setor, identificou que uma de suas pacientes evoluiu com parada
cardiorrespiratória. De acordo com os estudos de Lewin, Lippitt e White, em que tipo de
liderança o enfermeiro deve se basear para que seja realizada a reanimação
cardiopulmonar?
www.romulopassos.com.br
E n f e r m a g e m p a r a o s H U s / E B S E R H – 1 6 P r o v a s C o m e n t a d a s
Página 11
(A) Autocrática.
(B) Transformacional.
(C) Democrática.
(D) Coaching.
(E) Laissez faire.
35. Jovem, sexo masculino, 19 anos, após radiografia de tórax que mostrava pulmão
completamente reexpandido, teve indicação médica para retirada do dreno torácico. O
principal cuidado a ser adotado para se realizar a retirada do dreno de tórax é
(A) desinsuflação do balonete.
(B) hiperinsuflação pulmonar.
(C) clampeamento do sistema de drenagem.
(D) curativo oclusivo compressivo.
(E) administração de analgésico.
36. Assinale a alternativa que pode ser indicativo de sofrimento fetal agudo, ao se avaliar
os batimentos cardiofetais (BCF) no anteparto:
(A) 112 bpm. (B) 137 bpm. (C) 149 bpm. (D) 153 bpm. (E) 168 bpm
37. Mulher, 57 anos, diabética que evoluiu com gangrena e necessidade de amputação de
membro inferior esquerdo, encontra-se internada e apresenta ferida em coto do membro
amputado. À avaliação inicial da ferida mencionada pelo enfermeiro do setor, foi
observado diâmetro de aproximadamente 22cm, bordas irregulares, cerca de 2,3cm de
profundidade, tecido predominante em 60% do leito da ferida com fibrina e 40% com
granulação, grande exsudação de odor fétido. Dentre as alternativas, o curativo mais
adequado para o tratamento desta ferida é
(A) ácido graxo essencial.
(B) colagenase.
(C) espuma polimérica.
(D) tela de acetato de celulose com petrolato.
(E) carvão ativado com alginato de cálcio e sódio.
www.romulopassos.com.br
E n f e r m a g e m p a r a o s H U s / E B S E R H – 1 6 P r o v a s C o m e n t a d a s
Página 12
38. Aposentada, 79 anos, viúva, sem filhos, mora sozinha em residência de quatro
cômodos na periferia da cidade, é diabética e hipertensa controlada com medicamentos
de uso regular no domicílio, possui acuidade visual diminuída e foi internada na Clínica
Médica para tratamento de infecção do trato urinário, setor onde se encontra com dieta
geral via oral com boa aceitação, sob terapia antimicrobiana, ansiolítica e anti-
hipertensiva, mas ainda apresenta disúria e nictúria. Diante desse caso, considera-se
como diagnóstico de enfermagem
(A) nutrição desequilibrada: menos do que as necessidades corporais.
(B) nutrição desequilibrada: mais do que as necessidades corporais.
(C) risco de quedas.
(D) controle ineficaz do regime terapêutico.
(E) percepção sensorial auditiva perturbada.
39. Mulher, 39 anos, 90 Kg de peso corporal, 1,60 m de altura, residente em Dourados-
MS, auxiliar de serviços gerais de um pequeno edifício residencial. Durante as férias de
final de ano, foi visitar os parentes em Santa Maria-RS, onde ficou 10 dias e, ao retornar
de viagem, novamente em transporte terrestre, procurou a Unidade Básica de Saúde de
seu bairro com queixa de cansaço e edema do membro inferior direito, sendo
referenciada à unidade hospitalar após avaliação médica, devido à discreta alteração dos
sinais vitais, além de empastamento de panturrilha, cacifo positivo, distensão venosa
superficial e aumento da temperatura do membro afetado. No hospital, a paciente foi
submetida a exames laboratoriais e de imagem com confirmação da hipótese diagnóstica
em vaso distal do membro inferior direito, sendo iniciada terapia anticoagulante. Diante
desse caso, informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma a seguir e assinale a
alternativa com a sequência correta.
( ) A história clínica da paciente é sugestiva de síndrome da classe econômica.
( ) Trata-se de uma paciente obesa mórbida e a obesidade é considerada um fator de risco
independente para o desenvolvimento de trombose venosa profunda, devido à inibição da
atividade fibrinolítica.
( ) Na avaliação diária do enfermeiro da unidade hospitalar, é importante realizar a medida da
circunferência de ambos membros inferiores, 10 cm abaixo da tuberosidade tibial.
www.romulopassos.com.br
E n f e r m a g e m p a r a o s H U s / E B S E R H – 1 6 P r o v a s C o m e n t a d a s
Página 13
( ) O principal cuidado de enfermagem com o início da terapia no hospital, é o repouso
absoluto no leito.
(A) V - V - F - F.
(B) V - F - F - F.
(C) F - V - F - V.
(D) V - F - V - F.
(E) F - F - V - F.
40. De acordo com a Portaria N°. 1.600/2011, que reformula a Política Nacional de
Atenção às Urgências e institui a Rede de Atenção às Urgências no Sistema Único de
Saúde (SUS), constituem-se em diretrizes da Rede de Atenção às Urgências, EXCETO
(A) garantia da universalidade, equidade e integralidade no atendimento com prioridade às
urgências clínicas, com gestão de práticas nas linhas de cuidado ao infarto agudo do
miocárdio e ao acidente vascular cerebral.
(B) regionalização do atendimento às urgências com articulação das diversas redes de atenção
e acesso regulado aos serviços de saúde.
(C) atuação territorial, definição e organização das regiões de saúde e das redes de atenção a
partir das necessidades de saúde destas populações, seus riscos e vulnerabilidades específicas.
(D) atuação profissional e gestora visando ao aprimoramento da qualidade da atenção por
meio do desenvolvimento de ações coordenadas, contínuas e que busquem a integralidade e
longitudinalidade do cuidado em saúde.
(E) articulação interfederativa entre os diversos gestores desenvolvendo atuação solidária,
responsável e compartilhada.
41. Idosa, 69 anos, portadora de duas lesões crônicas existentes há 3 anos, resultantes de
insuficiência venosa de membro inferior esquerdo, iniciou acompanhamento com o
enfermeiro do Ambulatório de Curativos de um hospital público de ensino, com cura de
ambas lesões após 4 meses de tratamento com alginato de cálcio e sódio associado a
compressão inelástica. Para evitar recidivas, faz parte do plano de cuidados de
enfermagem
(A) orientar uso de bota de Unna.
(B) orientar uso de meias de compressão elástica.
www.romulopassos.com.br
E n f e r m a g e m p a r a o s H U s / E B S E R H – 1 6 P r o v a s C o m e n t a d a s
Página 14
(C) orientar agendamento de retorno ao Ambulatório em caso de nova lesão.
(D) estimular ingesta de proteínas, minerais, vitaminas e calorias para regeneração tissular.
(E) estimular deambulação e exercícios intensos para fortalecer as panturrilhas.
42.Assinale a alternativa que corresponde a indicações de cardioversão.
(A) Fibrilação atrial e flutter atrial.
(B) Taquicardia paroxística supraventricular e fibrilação ventricular sem pulso.
(C) Taquicardia com complexo largo e taquicardia ventricular sem pulso.
(D) Fibrilação ventricular e taquicardia ventricular sem pulso.
(E) Atividade elétrica sem pulso e assistolia.
43. De acordo com o algoritmo de suporte avançado de vida cardiovascular, são
consideradas causas reversíveis:
(A) tensão no tórax por pneumotórax, tamponamento cardíaco, hipernatremia e trombose
coronária.
(B) acidose, trombose pulmonar, hipocalemia e toxinas.
(C) hipoglicemia, hipercalemia, hipóxia e hipovolemia.
(D) hipercalemia, hipovolemia, hipernatremia e trombose coronária.
(E) tamponamento cardíaco, trombose pulmonar, hipocalcemia e hidrogênio.
44. A hipertensão arterial sistêmica é uma condição clínica multifatorial que se
caracteriza por níveis elevados e sustentados de pressão arterial (PA), cuja terapia inclui
diferentes estratégias. Sobre o tratamento não-medicamentoso recomendado nas
Diretrizes Brasileiras de Hipertensão VI, é correto afirmar que
(A) o chocolate amargo promove aumento da PA, devido ao teor de cacau.
(B) hipertensos devem incondicionalmente realizar programas de treinamentos resistivos 2 a 3
vezes por semana, por meio de 1 a 3 séries de 8 a 15 repetições.
(C) a utilização da técnica de respiração lenta, com 10 respirações por minuto por 15 minutos
diários, com ou sem o uso de equipamentos, tem mostrado reduções da PA.
(D) há evidências de que a cessação do tabagismo contribui para o controle da PA.
(E) a meditação e yoga são as melhores técnicas para controle do estresse, com capacidade de
redução drástica da PA entre hipertensos
www.romulopassos.com.br
E n f e r m a g e m p a r a o s H U s / E B S E R H – 1 6 P r o v a s C o m e n t a d a s
Página 15
45. Homem, 44 anos, alcoolista, com história de tosse seca contínua iniciada há cerca de
quatro meses, evoluiu com presença de secreção no último mês, associada a cansaço
excessivo, febre baixa vespertina e sudorese noturna, inapetência com emagrecimento
acentuado e fraqueza; deu entrada no Serviço Hospitalar de Emergência com dispneia
importante. No atendimento desse paciente, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária
recomenda como equipamento de proteção respiratória do trabalhador de saúde:
(A) máscara cirúrgica.
(B) apenas N95.
(C) apenas PFF3.
(D) apenas PR purificadores de ar com peça semifacial e filtro classe P3.
(E) PFF2 ou PFF3.
46. Homem, 46 anos, tabagista, reside sozinho no Mato Grosso do Sul desde que deixou
seus familiares no interior nordestino há cerca de 30 anos. Desde então, trabalha na
roça, sem interesse em ser alfabetizado, gastava seu tempo e pouco dinheiro que recebia
com o consumo de cachaça no final de todos os dias. Com exceção de dois resfriados
quando era moço e mais recentemente dos episódios de pirose frequentes, nunca havia
percebido nenhum problema de saúde. Antes da internação, no entanto, apresentou dor
torácica constritiva com recorrência na mesma semana. No segundo quadro anginoso,
ficou sentado a manhã inteira e a dor só piorava e, por isso, depois de almoçar, seu
patrão o levou ao hospital mais próximo, que se situava a 70 Km de onde trabalhava.
Após dois meses de internação, recebeu alta hospitalar com agendamento de retorno em
30 dias no Ambulatório de Cardiologia do próprio hospital e com a seguinte receita
médica: Omeprazol 20mg VO pela manhã; Aspirina 325mg VO 1x/dia; Varfarina 5mg
VO 1x/dia; Amiodarona 100mg VO 8/8h; Captopril 50mg VO 2x/dia. Diante desse caso,
informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma a seguir e assinale a alternativa
com a sequência correta.
( ) Não há benefício com o uso de protetor gástrico neste caso, pois as medicações prescritas
não se associam úlceras gástricas.
( ) O enfermeiro deve orientar a ingestão da Aspirina ao acordar, desenhando um sol nascendo
na linha desta medicação já que o paciente é analfabeto.
www.romulopassos.com.br
E n f e r m a g e m p a r a o s H U s / E B S E R H – 1 6 P r o v a s C o m e n t a d a s
Página 16
( ) O enfermeiro deve orientar o paciente quanto ao consumo ponderado e estável de
alimentos com alto teor de vitamina K, devido à sua interferência na Varfarina.
( ) A Amiodarona e o Captopril atuam respectivamente no controle da frequência e do ritmo
cardíaco.
(A) V - V - F - V.
(B) V - V - F - F.
(C) F - F - V - V.
(D) F - F - V - F.
(E) F - V - F - V.
47. De acordo com os dispositivos da Política Nacional de Humanização, é INCORRETO
afirmar que
(A) com o Acolhimento com Classificação de Risco em Serviço Hospitalar de Emergência, a
ordenação do atendimento ocorre pela gravidade do caso e não mais pela ordem de chegada.
(B) a Resolução RDC ANVISA N°. 50/2002 dispõe sobre todos aspectos necessários à
adequação da estrutura física de estabelecimentos de saúde de acordo com o conceito
Ambiência.
(C) a visita aberta e direito a acompanhante favorecem uma continuidade entre o contexto da
vida em família e na comunidade e o ambiente hospitalar, para que o doente não desenvolva o
sentimento de ter sido arrancado de sua vida cotidiana.
(D) equipes de Referência e de Apoio Matricial seguem a lógica de produção do processo de
trabalho na qual um profissional oferece apoio em sua especialidade para outros profissionais,
equipes e setores; invertendo-se o esquema tradicional e fragmentado de saberes e fazeres.
(E) os sistemas de escuta qualificada para usuários e trabalhadores da saúde podem incluir a
gerência de “porta aberta”, ouvidorias, grupos focais e pesquisas de satisfação, entre outros.
49. O Protocolo para Prevenção de Úlcera por Pressão publicado pelo Ministério da Saúde
(2013) normatiza o procedimento operacional das medidas preventivas para higiene, hidratação
e manejo da umidade da pele, uma vez que o tratamento da pele ressecada com hidratantes tem
se mostrado especialmente efetivo na prevenção de úlcera por pressão. Nesse contexto, para
higiene e hidratação da pele, deve-se
www.romulopassos.com.br
E n f e r m a g e m p a r a o s H U s / E B S E R H – 1 6 P r o v a s C o m e n t a d a s
Página 17
(A) limpar a pele apenas quando estiver suja, com água morna e sabão neutro para diminuir a
irritação e ressecamento da pele.
(B) massagear áreas de proeminências ósseas e hiperemiadas durante a hidratação da pele,
com movimentos suaves e circulares para estimular a circulação local.
(C) proteger a pele da exposição à umidade excessiva, com sondagem vesical de demora a
todos incontinentes.
(D) usar hidratantes na pele seca e áreas ressecadas, principalmente após o banho, pelo menos
uma vez ao dia.
(E) atentar para extravasamento de drenos sobre a pele, exsudato de feridas, suor e linfa em
pacientes com anasarca, que apesar de não serem irritantes para a pele, podem contribuir para
invasão fúngica.
48. Portador de hanseníase multibacilar, com quimioterapia iniciada há apenas dois
dias, foi internado para tratamento de crise hipertensiva. Diante desse caso, é
recomendável instituir-se:
(A) precauções padrão.
(B) isolamento respiratório para gotículas.
(C) isolamento respiratório para aerossóis.
(D) isolamento de contato.
(E) isolamento protetor.
50. A velocidade de infusão está associada a reações adversas clássicas, tal como a
“síndrome do homem vermelho”, que ocorre com a infusão rápida de
(A) clindamicina.
(B) garamicina.
(C) vancomicina.
(D) gentamicina.
(E) amicacina.
www.romulopassos.com.br
E n f e r m a g e m p a r a o s H U s / E B S E R H – 1 6 P r o v a s C o m e n t a d a s
Página 18
Amiga (o), antes de passarmos aos comentários, confira a proposta de
ensino completa que preparamos para os concursos dos Hospitais
Universitários.
É com entusiasmo que passamos a disponibilizar aos nossos alunos
TODOS os cursos das disciplinas básicas, que juntamente com esse curso
específico de Enfermagem englobam todo o conteúdo programático exigido
para o cargo de Enfermeiro Assistencial dos HUs.
O melhor é que você pode começar agora mesmo, através das aulas
iniciais gratuitas.
Os cursos são compostos por aulas especificas para os concursos
atuais, com abordagens totalmente direcionadas às bancas IADES, IDECAN e
AOCP. Nos links a seguir, você poderá baixar todas as aulas iniciais
gratuitamente, isso por si só já representa uma montanha de conteúdos.
Conhecimentos
Básicos
Sobre os Cursos Aulas iniciais
Português Em 20 aulas escritas apresentaremos a teoria
associada à resolução comentada de aproximadamente
300 questões das bancas IADES, IDECAN, AOCP e IBFC.
Saiba + (Clique Aqui)
Aula 01;
Aula 02:
Aula 03;
Aula 04.
Raciocínio
Lógico
É composto por 08 aulas escritas nas quais
apresentaremos a teoria associada à resolução
comentada de todas as questões aplicadas nos últimos
concursos dos os HUs. administrados pela EBSEH.
Saiba + (Clique Aqui)
Aula 01.
Legislação
Aplicada à
EBSERH
Consiste em 05 aulas escritas nas quais apresentamos
toda a legislação relativa ao tema de forma
esquematizada e associada a mais de 140 questões
inéditas e de concursos anteriores comentadas.
Saiba + (Clique Aqui)
Aula 01.
Legislação
Aplicada ao SUS
Serão 14 aulas escritas nas quais apresentaremos a
legislação de forma prática através da análise e
comentário de TODAS as provas anteriores dos
concursos dos HUs.
Saiba + (Clique Aqui)
Aula 01
www.romulopassos.com.br
E n f e r m a g e m p a r a o s H U s / E B S E R H – 1 6 P r o v a s C o m e n t a d a s
Página 19
Caso você não consiga baixar as aulas iniciais gratuitas, bem como
acessar as informações sobre os cursos, basta entrar no site
www.romulopassos.com.br e clicar sobre a imagem de cada curso na tela
inicial de nossa homepage. Quaisquer dúvidas sobre esta proposta séria de
ensino-aprendizagem poderão sanadas através do e-mail
Bons estudos, foco, força e fé!
Professora Olívia Brasileiro
Diretora da empresa Brasileiro & Passos Preparatório
www.romulopassos.com.br
www.romulopassos.com.br
E n f e r m a g e m p a r a o s H U s / E B S E R H – 1 6 P r o v a s C o m e n t a d a s
Página 20
26. Homem, 77 anos, com doença pulmonar obstrutiva crônica exacerbada, encontra-se
internado na Clínica Médica e, em sua prescrição, consta Terbutalina 0,25mg via
subcutânea. Sabe-se que, na instituição, a apresentação da Terbutalina é ampola
injetável com 0,5mg/1ml. Ao preparar esta medicação em seringa de 100 unidades,
quantas unidades de droga devem ser aspiradas?
(A) 0,5.
(B) 1.
(C) 5.
(D) 10.
(E) 50.
COMENTÁRIOS:
Caros alunos para a resolução desta questão precisamos lembrar da utilização da seringa
de insulina. Para isso devemos conhecer a fórmula que relaciona, frasco, seringa e dosagem.
Vamos lá!
A questão nos traz os seguintes dados:
Frasco: 0,5 mg/1ml
Prescrição: 0,25 mg
Seringa: 100UI
Colocando os dados na fórmula, temos:
0,5 --- 100
0,25 --- x
0,5x = 0,25x100
X= 25
0,5
X = 50
Lista de Questões com os Respectivos Comentários
Fórmula
Frasco ----------- Seringa
Prescrição --------- X
www.romulopassos.com.br
E n f e r m a g e m p a r a o s H U s / E B S E R H – 1 6 P r o v a s C o m e n t a d a s
Página 21
Outra forma de resolver essa questão é pela dedução. Vejamos:
Sabemos que uma seringa de insulina de 100 UI tem a capacidade para 1 ml.
A apresentação da Terbutalina é a ampola injetável com 0,5 mg/1ml, ou seja, para cada 100 UI
(1 ml), temos 0,5 mg.
A prescrição descrita na questão foi da metade da dose da Terbutalina (0,25 é a metade de 0,5).
Dessa forma, constatamos que a dose prescrita (0,25 mg) de Terbutalina corresponde à metade da
apresentação (100UI), ou seja, a 50 UI.
Portanto o gabarito da questão é a letra E.
27. De acordo com as Medidas de Prevenção de Infecção Relacionada à Assistência à
Saúde da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (2013), sobre o cateter venoso
periférico, é correto afirmar que
(A) não deve ser programada a troca do cateter.
(B) recomenda-se troca do cateter a cada 96 horas quando confeccionado em poliuretano.
(C) todos cateteres puncionados em situação que não se caracterize como urgência ou
emergência devem ser trocados a cada 72 horas.
(D) cateteres puncionados em situação de urgência ou emergência devem ser trocados no
máximo em 24horas.
(E) apenas em neonatais, há recomendação de troca do catéter a cada 7 dias.
COMENTÁRIOS
Segundo o Manual de Medidas de Prevenção de Infecção Relacionada à Assistência à
Saúde da ANVISA (2013), as recomendações para prevenção de complicações relacionadas a
cateter venoso periférico são as seguintes:
Higiene das mãos: com água e sabonete líquido quando estiverem visivelmente sujas
ou contaminadas com sangue e outros fluidos corporais:
* Usar preparação alcoólica para as mãos (60 a 80%) quandonão estiverem visivelmente sujas;
* O uso de luvas não substitui a necessidade de higiene dasmãos.
* No cuidado específico com cateteres intravasculares, ahigiene das mãos deverá ser realizada antes e após tocar osítio de inserção do cateter, bem como antes e após ainserção, remoção, manipulação ou troca de curativo.
www.romulopassos.com.br
E n f e r m a g e m p a r a o s H U s / E B S E R H – 1 6 P r o v a s C o m e n t a d a s
Página 22
Seleção do cateter periférico: é feita com base no objetivo pretendido, na duração da
terapia, na viscosidade do fluido, nos componentes do fluido e nas condições de acesso
venoso.
Sítio de inserção do cateter:
* Devem ser selecionados cateteres de menor calibre ecomprimento de cânula para conseguir bom fluxo sanguíneo eevitar:
# flebite mecânica (irritação da parede da veia pela cânula);
# obstrução do fluxo sanguíneo dentro da veia (dobradura da cânula);
* Assegurar o bom fluxo sanguíneo garante: distribuição dosmedicamentos administrados e reduz o risco de flebite química(irritação da parede da veia por produtos químicos irritantes ouvesicantes).
Fármacos irritantes( Figura A): pH extremo (<5 ou >9) e/ouextrema osmolaridade (>600 mOsmol/litro);
Fármacos vesicantes ( Figura B): causa necrose dos tecidos sehouver extravasamento para fora do vaso.
* Evitar agulha de aço para a administração de fluidos oumedicamentos que possam causar necrose tecidual se ocorrerextravasamento. Restringir o uso de agulhas de aço parasituações como, coleta de amostra sanguínea, administração dedose única ou bolus de medicamentos.
* Adultos: superfícies dorsal e ventral dos membros superiores. Asveias de membros inferiores não devem ser utilizadas rotineiramentedevido ao risco de embolias e tromboflebites. Trocar o cateter inseridonos membros inferiores para um sítio nos membros superiores assimque possível .
* O sítio de inserção do cateter intravascular não deverá ser tocadoapós a aplicação do antisséptico, salvo quando a técnica asséptica formantida.
* Em pacientes neonatais e pediátricos, além dos vasos supracitados,também podem ser incluídas as veias da cabeça, do pescoço e demembros inferiores.
Figura B
Figura A
www.romulopassos.com.br
E n f e r m a g e m p a r a o s H U s / E B S E R H – 1 6 P r o v a s C o m e n t a d a s
Página 23
Preparo da pele:
Remoção do cateter:
O nosso gabarito é a alternativa B, pois se recomenda a troca do cateter a cada 96 horas
quando confeccionado em poliuretano.
• Realizar fricção da pele com solução a base de álcool: gluconato declorexidina 0,5 a 2%, iodopovidona – PVPI alcoólico 10% ou álcool70% ;
• Para o álcool e o gluconato de clorexidina aguarde a secagem(espontânea) antes da punção;
• Para PVPI aguarde pelo menos 1,5 a 2,0 minutos antes da punção;
• Somente uma aplicação é necessária;
• A degermação previamente à antissepsia da pele é recomendadaquando houver necessidade de reduzir sujidade;
• Utilizar o mesmo princípio ativo para degermação e antissepsia;
• Utilizar luvas não estéreis para a inserção do cateter venosoperiférico;
• A remoção dos pelos, quando necessária, deverá ser realizada comtricotomizador elétrico ou tesoura.
* O cateter periférico instalado em situação de emergência comcomprometimento da técnica asséptica deve ser trocado tão logoquanto possível.
* O cateter periférico na suspeita de contaminação, complicações, maufuncionamento ou descontinuidade da terapia deve ser retirado.
* Recomenda-se a troca do cateter periférico em adultos em 72 horasquando confeccionado com teflon e 96 horas quando confeccionadocom poliuretano.
* Nas situações em que o acesso periférico é limitado, a decisão demanter o cateter além das 72-96 horas depende da avaliação docateter, da integridade da pele, da duração e do tipo da terapia prescritae deve ser documentado nos registros do paciente.
* Em pacientes neonatais e pediátricos não devem ser trocadosrotineiramente e devem permanecer até completar a terapiaintravenosa, a menos que indicado clinicamente (flebite ou infiltração).
www.romulopassos.com.br
E n f e r m a g e m p a r a o s H U s / E B S E R H – 1 6 P r o v a s C o m e n t a d a s
Página 24
28. Para a realização de sondagem retal, a posição mais adequada e confortável é a
(A) Prona.
(B) Supina.
(C) Litotomia.
(D) Sims.
(E) Trendelenburg.
COMENTÁRIOS:
Antes de resolvermos a questão, vamos revisar algumas posições para exames:
Posição Prona: paciente fica em decúbito ventral com a cabeça virada para um dos
lados, braços abduzidos para cima, com cotovelos fletidos e pernas estendidas
Posição Supina ou Decúbito Dorsal: paciente fica deitado em decúbito dorsal com
travesseiros sobre a cabeça, braços estendidos ao longo do corpo, pernas estendidas ou
ligeiramente fletidas.
www.romulopassos.com.br
E n f e r m a g e m p a r a o s H U s / E B S E R H – 1 6 P r o v a s C o m e n t a d a s
Página 25
Posição Litotomia: posição que se assemelha à ginecológica. Colocar o paciente em
decúbito dorsal, com a cabeça e os ombros ligeiramente elevados. As coxas devem estar bem
flexionadas sobre o abdômen, afastadas uma da outra e as pernas sobre as coxas.
Normalmente, para se colocar o paciente nesta posição, usam- se suportes para os
joelhos(perneiras).
• Indicações: Cirurgia ou exames de períneo,reto, vagina e bexiga
Posição de SIMS: colocar o paciente em decúbito lateral esquerdo, mantendo a cabeça
apoiada no travesseiro. O corpo deve estar ligeiramente inclinado para frente, com o braço
esquerdo esticado para trás, de forma a permitir que parte do peso do corpo apóie sobre o
peito. O braço direito deve ser posicionado de acordo com a vontade do paciente e os MMII
devem estar flexionados; o direito, mais que o esquerdo.
• Indicações: exames vaginais,retais, clister e lavagem intestinal.
Posição de Trendelenburg: o paciente é colocado em decúbito dorsal horizontal, com
o corpo num plano inclinado, de forma que a cabeça fique mais baixa em relação ao corpo.
www.romulopassos.com.br
E n f e r m a g e m p a r a o s H U s / E B S E R H – 1 6 P r o v a s C o m e n t a d a s
Página 26
• Indicações: Cirurgias da região pélvica, estado de choque, tromboflebites.
Como vimos, a posição indicada para a passagem da sonda reta é a posição de SIMS.
Portanto, o gabarito da questão é a letra D.
29. Mulher, 42 anos, sem comorbidades, com circunferência do braço igual a 37 cm, está
internada na Clínica Médica para tratamento de pielonefrite, com verificação dos sinais
vitais a cada 6 horas. Para a última aferição de pressão arterial, o técnico de
enfermagem do setor utilizou manguito 10 x 17cm, ajustou a braçadeira sem folga no
braço da paciente, 2 cm acima da fossa cubital, com a artéria braquial centralizada
abaixo do manguito, procendendo à insuflação até 20 mmHg acima da perda da
palpação do pulso radial e deflação em uma velocidade de 2 mmHg por segundo, com
ausculta da artéria braquial na fossa cubital da fase I de Korotkoff em 190 mmHg,
aumentou ligeiramente a velocidade de deflação, até ausculta da fase V de Korotkoff em
130mmHg. Diante desse caso, é correto afirmar que:
(A) a pressão arterial aferida está subestimada.
(B) a pressão arterial aferida é classificada como limítrofe.
(C) a pressão arterial aferida é classificada como hipertensão estágio 1.
(D) a pressão arterial aferida é classificada como hipertensão estágio 2.
(E) a pressão arterial aferida está superestimada.
COMENTÁRIOS:
Para realizar a aferição da pressão algumas condições devem ser observadas uma vez
que podem alterar o resultado final, dando ideia de falso pico hipertensivo. De acordo com o
ministério da saúde existem as condições padronizadas para aferição da pressão são: o
paciente deve estar sentado, com o braço apoiado e à altura do precórdio; aferir após cinco
minutos de repouso; evitar o uso de cigarro e de bebidas com cafeína nos 30 minutos
precedentes, evitar o exercício físico antes da aferição; a câmara inflável deve cobrir pelo
menos dois terços da circunferência do braço (manguito); palpar o pulso braquial e inflar o
manguito até 30mmHg acima do valor em que o pulso deixar de ser sentido; desinflar o
manguito lentamente (2 a 4 mmHg/seg); a pressão sistólica corresponde ao valor em que
começarem a ser ouvidos os ruídos de Korotkoff (fase I); a pressão diastólica corresponde ao
desaparecimento dos batimentos (fase V); registrar valores com intervalos de 2 mmHg,
evitando-se arredondamentos; na primeira vez, medir a pressão nos dois braços; se
discrepantes, considerar o valor mais alto; nas vezes subsequentes, medir no mesmo braço (o
direito de preferência).
www.romulopassos.com.br
E n f e r m a g e m p a r a o s H U s / E B S E R H – 1 6 P r o v a s C o m e n t a d a s
Página 27
Logo podemos perceber dois erros no relato do procedimento, o manual descreve que
o manguito deve cobrir cerca de 2/3 do braço do paciente, contudo o técnico de enfermagem
utilizou um manguito de dimensões pequenas para esta paciente (dimensões recomendadas no
quadro 1) e insuflação do manguito apenas até 20 mmHg acima da perda da palpação
braquial, método indireto, sendo recomendado 30 mmHg. De modo que não podemos levar
em consideração os dados ofertados por esta aferição. Necessitando assim trocar o manguito e
realizar nova aferição, respeitando o indicado pelo Ministério.
Quadro1- Dimensões recomendadas do manguito (American Heart Association).
Circunferência do
braço no ponto
médio (cm)
Denominação do
manguito
Largura da bolsa
(cm)
Comprimento da
bolsa (cm)
5- 7,5 De recém-nascido 3 5
7,5-13 De bebê 5 8
13-20 De criança 8 13
17-26 De adulto pequeno 11 17
24-32 De adulto 13 24
32-42 De adulto grande 17 32
42-50 De coxa 20 42
* O manguito em destaque é de uso recomendado ao paciente de proporções semelhantes ao caso clínico.
Logo, o gabarito da questão é letra E, já que a pressão arterial aferida está
superestimada.
30. De acordo com o Decreto N°. 94.406/87, que regulamenta a Lei N°. 7.498/86, que dispõe
sobre o exercício da Enfermagem, é atividade privativa do enfermeiro
(A) realizar testes e proceder à sua leitura, para subsídio de diagnóstico.
(B) identificar as distócias obstétricas e tomar providências até a chegada do médico.
(C) emitir parecer sobre matéria de enfermagem.
(D) efetuar o controle de pacientes e de comunicantes em doenças transmissíveis.
(E) realizar controle hídrico.
COMENTÁRIOS:
Queridos concurseiros (as) de plantão, questões sobre o Decreto n°. 94.406/87 estão
sempre em provas de concursos. Em todas as provas da EBSERH, as bancas exigem do
candidato domínio acerca da temática.
www.romulopassos.com.br
E n f e r m a g e m p a r a o s H U s / E B S E R H – 1 6 P r o v a s C o m e n t a d a s
Página 28
A dica valiosa é atentar-se ao comando da questão!
Nesta questão, foi solicitado o item que dispõe sobre uma atividade privativa do
enfermeiro.
Segundo o inciso I do art. 8º do Decreto N°. 94.406/87, são atividades privativas do
enfermeiro:
a) direção do órgão de Enfermagem integrante da estrutura básica da instituição de
saúde, pública ou privada, e chefia de serviço e de unidade de Enfermagem;
b) organização e direção dos serviços de Enfermagem e de suas atividades técnicas e
auxiliares nas empresas prestadoras desses serviços;
c) planejamento, organização, coordenação, execução e avaliação dos serviços da
assistência de Enfermagem;
d) consultoria, auditoria e emissão de parecer sobre matéria de Enfermagem;
e) consulta de Enfermagem;
f) prescrição da assistência de Enfermagem;
g) cuidados diretos de Enfermagem a pacientes graves com risco de vida;
h) cuidados de Enfermagem de maior complexidade técnica e que exijam
conhecimentos científicos adequados e capacidade de tomar decisões imediatas;
Vamos analisar cada item as atribuições do enfermeiro e demais membros da equipe de
enfermagem:
Item A. realizar testes e proceder à sua leitura, para subsídio de diagnóstico. Segundo
artigo 11 do decreto, tal atividade compete ao auxiliar de enfermagem. E a questão nos
solicita uma atividade privativa do enfermeiro. Portanto, item falso!
Item B. identificar as distócias obstétricas e tomar providências até a chegada do
médico. No artigo 9°, menciona-se que aos profissionais titulares de diploma ou certificados
de Obstetriz ou de Enfermeira Obstétrica compete:
I – prestação de assistência à parturiente e ao parto normal;
II – identificação das distorcias obstétricas e tomada de providências até a chegada do
médico.
III – realização de episiotomia e episiorrafia com aplicação de anestesia local, quando
necessária.
Portanto, item B falso, visto que não atende ao comando da questão!
www.romulopassos.com.br
E n f e r m a g e m p a r a o s H U s / E B S E R H – 1 6 P r o v a s C o m e n t a d a s
Página 29
Item C. emitir parecer sobre matéria de enfermagem. Item correto, pois consultoria,
auditoria e emissão de parecer sobre matéria de enfermagem são funções privativas do
enfermeiro.
Item D. efetuar o controle de pacientes e de comunicantes em doenças transmissíveis.
Compete ao auxiliar de enfermagem, segundo artigo 11 do decreto.
Item E. realizar controle hídrico. Também compete ao auxiliar de enfermagem realizar o
controle hídrico.
Dessa forma, o gabarito é a letra C. Questão bem tranquila que o Instituto AOCP
solicitou!
31. Ao considerar os Artigos 29, 30, 32 e 34 da Resolução COFEN N°. 311/2007, é ético
executar a prescrição ou solicitação médica na seguinte situação:
(A) Brometo de Pancurônio 2ml EV agora; para idoso internado com câncer terminal, em
coma vigil, sob respiração espontânea.
(B) Atropina 1amp EV agora; para paciente internado há três meses, com acidente vascular
cerebral de tronco, em paliação, que se encontra bradicárdico poucos minutos antes de passar
o plantão para o próximo turno.
(C) Captopril 6,25mg VO 12/12h; para homem, 42 anos, internado com insuficiência
cardíaca e aferição de pressão arterial prévia ao horário da medicação igual a 110/70mmHg.
(D) Heparina 5000UI SC 8/8h; para homem, 56 anos, internado com infarto agudo do
miocárdio, em anticoagulação plena.
(E) Insulina Regular 10UI SC agora; em diabética que chegou ao serviço hospitalar de
emergência com sudorese, tremores frequentes e queixa de cansaço, sem verificação de
glicemia capilar prévia.
COMENTÁRIOS:
Queridos concurseiros (as) de plantão, os artigos dispostos no enunciado da questão
estão presentes na secção das proibições do código de ética do profissional de enfermagem.
Vamos relembrá-los:
Art. 29 - Promover a eutanásia ou participar em prática destinada a antecipar a morte do cliente.
Art. 30 - Administrar medicamentos sem conhecer a ação da droga e sem certificar-se da
possibilidade de riscos.
Art. 32 - Executar prescrições de qualquer natureza, que comprometam a segurança da pessoa.
www.romulopassos.com.br
E n f e r m a g e m p a r a o s H U s / E B S E R H – 1 6 P r o v a s C o m e n t a d a s
Página 30
Art. 34 - Provocar, cooperar, ser conivente ou omisso com qualquer forma de violência.
Antes de analisamos cada item, perceba que as bancas estão agrupando assuntos do
edital em uma única questão. Logo, a questão 31 contempla temáticas sobre o código de ética
e noções de farmacologia.
Para tanto, vamos analisar cada item.
Item A. Brometo de Pancurônio 2ml EV agora; para idoso internado com câncer
terminal, em coma vigil, sob respiração espontânea.
O brometo de pancurônio é um relaxante muscular, por isso, não será utilizado em
situações clínicas como a apresentada no item. Visto que a conotação da questão tem um
intuito de sugerir uma indução à prática da eutanásia. E tal ação é proibida segundo o art. 29,
promover a eutanásia ou participar em prática destinada a antecipar a morte do cliente.
Item B. Atropina 1amp EV agora; para paciente internado há três meses, com acidente
vascular cerebral de tronco, em paliação, que se encontra bradicárdico poucos minutos antes
de passar o plantão para o próximo turno.
A atropina tem seu uso indicado para reverter quadros de bradicardia. No entanto, o
item torna-se falso visto que ao administrar tal medicamento é necessário monitorizar o
paciente quanto à frequência cardíaca e no item menciona-se que será feito minutos antes da
troca de plantão.
Item C. Captopril 6,25mg VO 12/12h; para homem, 42 anos, internado com
insuficiência cardíaca e aferição de pressão arterial prévia ao horário da medicação igual a
110/70mmHg.
Sabendo-se que o captopril é um anti-hipertensivo e vasodilatador e uma das suas
indicações é para caso de insuficiência cardíaca. Então, esse é o gabarito da questão!
Item D. Heparina 5000UI SC 8/8h; para homem, 56 anos, internado com infarto agudo
do miocárdio, em anticoagulação plena.
Item falso. Atenção para a dose prescrita, o que nos faz despertar para a superdosagem e
consequentemente o risco de hemorragias. Nesse item, a banca fez uma associação com o
artigo 32, em que é proibido executar prescrições de qualquer natureza, que comprometam a
segurança da pessoa.
Item E. Insulina Regular 10UI SC agora; em diabética que chegou ao serviço hospitalar
de emergência com sudorese, tremores frequentes e queixa de cansaço, sem verificação de
glicemia capilar prévia.
www.romulopassos.com.br
E n f e r m a g e m p a r a o s H U s / E B S E R H – 1 6 P r o v a s C o m e n t a d a s
Página 31
Item falso, visto que para administrar medicamentos é sempre necessário checar
parâmetros para certificar os “certos” da administração de medicamento.
E um que merece destaque é o razão ou motivo certo recentemente acrescido pelos
dispositivos de segurança do paciente. Ou seja, o profissional deve checar todos os “certos”
da administração de medicamentos (paciente certo, dose certa, hora certa, medicamento certo,
via certa, registro certo e motivo certo).
Portanto, gabarito item C.
32. Na prática profissional, o enfermeiro se depara com muitas situações de conflito e,
como responsável pela administração e gerenciamento do Serviço, da equipe e da
assistência de enfermagem, deve utilizar estratégias para gerenciá-lo. Assinale a
alternativa que corresponde à adoção da estratégia de amenização.
(A) O enfermeiro chefe se deparou com um enfermeiro e um técnico de enfermagem
discutindo no corredor do Pronto Socorro e, imediatamente, solicitou para que ambos
parassem a discussão, independentemente do motivo ou do culpado e que, mais tarde iriam
discutir juntos na sala da Chefia sobre o ocorrido.
(B) No plantão, foram programados vários procedimentos invasivos e o enfermeiro delegou a
cada técnico de enfermagem o acompanhamento do médico na realização desses. Como essas
atividades dificultariam o cumprimento de ações rotineiras, os técnicos solicitaram a
suspensão dos banhos no leito e o enfermeiro concordou com a solicitação.
(C) Em reunião dos enfermeiros, havia três solicitações de férias para o mês de dezembro,
mas só dois poderiam gozar desse benefício pela quantidade de atestados médicos no setor.
Antes mesmo de se proceder ao sorteio, um dos solicitantes abriu mão de seu direito para que
os colegas que já tinham viagem programada com a família não tivessem transtornos maiores,
apesar do desistente estar com maior número de dias de férias vencidos e nunca ter passado
um natal de férias com sua família desde que entrou há 10 anos nesta instituição.
(D) O enfermeiro responsável pela confecção de escalas não conseguiu cobertura para todos
os dias, após conversar com quase toda a sua equipe. O único técnico de enfermagem que
poderia realizar a hora-extra da noite do sábado do feriado era aquele que sempre se
indispunha a trabalhar em quaisquer sábados e, por isso, o enfermeiro preferiu deixar o setor
descoberto do que pedir a tal técnico de enfermagem que trabalhasse nesse dia.
www.romulopassos.com.br
E n f e r m a g e m p a r a o s H U s / E B S E R H – 1 6 P r o v a s C o m e n t a d a s
Página 32
(E) Enfermeiro da Pediatria delegou a troca de punção periférica de rotina ao técnico de
enfermagem que estava responsável pelo controle de sinais vitais, para que não houvesse
sobrecarga do técnico de enfermagem responsável pela medicação, já que havia muitas
medicações a serem administradas no próximo horário; e, mediante a delegação, o técnico de
enfermagem lhe respondeu de modo grosseiro para que o próprio enfermeiro realizasse as
punções porque isso não era sua responsabilidade naquele dia. Irritado, o enfermeiro fez uma
advertência por escrito a respeito dessa situação e, nos meses consecutivos, escalou o técnico
em todos os feriados e plantões de domingo.
COMENTÁRIOS:
O conflito é inerente à vida em sociedade, associado a divergências ou a
incompatibilidades entre pessoas ou grupos, dentro e fora das organizações. Sabemos que, em
ambientes profissionais, ele pode ser causado por fatores externos aos indivíduos, como
disputas por recursos e cargos, ou mesmo por fatores internos a cada pessoa, de ordem
subjetiva e emocional, como expectativas, interpretações, ideias e motivações.
Em uma organização, contudo, o conflito não é necessariamente algo negativo ou
disfuncional. Sendo um fenômeno inevitável, torna-se necessária a sua gestão e
compreensão, para que as suas vantagens sejam aproveitadas e os seus efeitos danosos sejam
diminuídos ou anulados. Essa administração do conflito só é possível a partir da identificação
das causas que o geraram. Falaremos um pouco mais sobre alguns estilos de gestão de
conflitos e suas características:
Acomodação/amenização: a existência de problemas pode ser encoberta para
manter a harmonia; tende a apaziguar a situação de conflito e a satisfazer os
interesses do outro, sacrificando ou negligenciando os próprios. A pessoa prefere
ceder ao outro quando o conflito aparece;
Solução integrativa/Colaboração: consiste na tentativa de satisfazer
completamente os interesses das partes envolvidas;
Dominação/Competição: busca a satisfação dos próprios interesses, mesmo que
para isso seja preciso sacrificar os do adversário, tentar convencer a outra parte de
que o seu julgamento é melhor, ou fazer com que o outro aceite parte da culpa e
assuma as consequências;
www.romulopassos.com.br
E n f e r m a g e m p a r a o s H U s / E B S E R H – 1 6 P r o v a s C o m e n t a d a s
Página 33
Barganha/Compromisso: encontra-se no padrão médio de assertividade e
cooperação, em que cada uma das partes envolvidas no conflito desiste de alguns
pontos ou itens, levando a distribuir os resultados entre ambas as partes.
Isto posto, vamos avaliar os itens da questão
Item A. O enfermeiro chefe se deparou com um enfermeiro e um técnico de
enfermagem discutindo no corredor do Pronto Socorro e, imediatamente, solicitou para que
ambos parassem a discussão, independentemente do motivo ou do culpado e que, mais tarde
iriam discutir juntos na sala da Chefia sobre o ocorrido. Isso foi uma estratégia de
acomodação/amenização: a existência de problemas foi encoberta para manter a harmonia.
Item B. No plantão, foram programados vários procedimentos invasivos e o enfermeiro
delegou a cada técnico de enfermagem o acompanhamento do médico na realização desses.
Como essas atividades dificultariam o cumprimento de ações rotineiras, os técnicos
solicitaram a suspensão dos banhos no leito e o enfermeiro concordou com a solicitação. Essa
foi uma estratégia de barganha/compromisso: cada uma das partes envolvidas desiste de
alguns pontos ou itens, levando a distribuir os resultados entre ambas as partes.
Item C. Em reunião dos enfermeiros, havia três solicitações de férias para o mês de
dezembro, mas só dois poderiam gozar desse benefício pela quantidade de atestados médicos
no setor. Antes mesmo de se proceder ao sorteio, um dos solicitantes abriu mão de seu direito
para que os colegas que já tinham viagem programada com a família não tivessem transtornos
maiores, apesar do desistente estar com maior número de dias de férias vencidos e nunca ter
passado um natal de férias com sua família desde que entrou há 10 anos nesta instituição.
Essa foi uma estratégia de solução integrativa/colaboração: consiste na tentativa de
satisfazer completamente os interesses das partes envolvidas.
Item D. O enfermeiro responsável pela confecção de escalas não conseguiu cobertura
para todos os dias, após conversar com quase toda a sua equipe. O único técnico de
enfermagem que poderia realizar a hora-extra da noite do sábado do feriado era aquele que
sempre se indispunha a trabalhar em quaisquer sábados e, por isso, o enfermeiro preferiu
deixar o setor descoberto do que pedir a tal técnico de enfermagem que trabalhasse nesse dia.
Essa foi uma estratégia de solução integrativa/colaboração: consiste na tentativa de
satisfazer completamente os interesses das partes envolvidas.
www.romulopassos.com.br
E n f e r m a g e m p a r a o s H U s / E B S E R H – 1 6 P r o v a s C o m e n t a d a s
Página 34
Item E. Enfermeiro da Pediatria delegou a troca de punção periférica de rotina ao
técnico de enfermagem que estava responsável pelo controle de sinais vitais, para que não
houvesse sobrecarga do técnico de enfermagem responsável pela medicação, já que havia
muitas medicações a serem administradas no próximo horário; e, mediante a delegação, o
técnico de enfermagem lhe respondeu de modo grosseiro para que o próprio enfermeiro
realizasse as punções porque isso não era sua responsabilidade naquele dia. Irritado, o
enfermeiro fez uma advertência por escrito a respeito dessa situação e, nos meses
consecutivos, escalou o técnico em todos os feriados e plantões de domingo. A estratégia
adotada foi de dominação/competição: busca a satisfação dos próprios interesses, mesmo
que para isso seja preciso sacrificar os do adversário.
Diante do exposto, a alternativa correta é a letra A.
33. No Manual de Enfermagem da Clínica Cirúrgica, foi padronizado uso de sonda
Foley 2 vias, 30-50cc, em látex, no cateterismo vesical de demora realizado no setor.
Com isso, o volume de solução a ser utilizada na insuflação do balonete mais adequado
na padronização é
(A) 5ml.
(B) 10ml.
(C) 20ml.
(D) 40ml.
(E) 60ml.
COMENTÁRIOS:
Caros concurseiros, esta questão é puramente de interpretação.
Se o manual utilizado na questão diz que, o padronizado para o balonete da sonda de
Foley deve ser inflado com o valor de referencia entre 30-50 cc, fica bem claro que este valor
deve ser > ou = 30 e <ou = a 50, logo o gabarito da questão só pode ser a letra D.
www.romulopassos.com.br
E n f e r m a g e m p a r a o s H U s / E B S E R H – 1 6 P r o v a s C o m e n t a d a s
Página 35
34. A Clínica Médica possui uma capacidade operacional ativa de 20 leitos de
internação, com taxa de ocupação de aproximadamente 100%; a maioria dos pacientes
demanda cuidados intermediários e a equipe ainda não possui rotina e treinamento para
atendimento de Código Azul. No referido setor, trabalham, em cada turno, um
enfermeiro e três técnicos de enfermagem, de acordo com o modo de organização do
cuidado funcional. No turno da manhã, o enfermeiro, durante a visita diária aos
pacientes internados no setor, identificou que uma de suas pacientes evoluiu com parada
cardiorrespiratória. De acordo com os estudos de Lewin, Lippitt e White, em que tipo de
liderança o enfermeiro deve se basear para que seja realizada a reanimação
cardiopulmonar?
(A) Autocrática.
(B) Transformacional.
(C) Democrática.
(D) Coaching.
(E) Laissez faire.
COMENTÁRIOS:
Um líder ideal deve saber conduzir sua equipe de modo a que todos atinjam seus
resultados esperados. Para isso, deve se utilizar do conhecimento sobre sua equipe e de uma
comunicação eficaz para guiá-los ao encontro dos objetivos da organização. Naturalmente, o
processo de liderança é um dos mais importantes no trabalho de um administrador.
Basicamente, a liderança envolve a habilidade para influenciar pessoas para que sejam
alcançados determinados objetivos. É mostrar o caminho a ser seguido.
A teoria dos estilos de liderança (ou comportamental) buscou analisar a liderança não
pelas características dos líderes, mas pelo seu comportamento em relação aos seus
subordinados. A teoria ficou conhecida através dos estudos de Lewin, Lipitt e White, autores
americanos que estudaram o comportamento de grupos de pessoas, principalmente em relação
ao controle de seus subordinados, e “mapearam” três estilos diferentes: autocrático,
democrático e liberal.
O líder autocrático seria aquele que controla mais rigidamente seus empregados. Ele
toma todas as decisões e não delega autoridade nenhuma para seus funcionários; define em
detalhes como será a atuação de cada pessoa em seu departamento. A participação dos
funcionários nas decisões é quase nula.
www.romulopassos.com.br
E n f e r m a g e m p a r a o s H U s / E B S E R H – 1 6 P r o v a s C o m e n t a d a s
Página 36
Já o líder democrático seria aquele que contaria com a participação de sua equipe na
tomada de decisões. Seria um controle compartilhado, feito em conjunto. Existiria um nível
de delegação de autoridades e responsabilidades pelo líder. Alguns autores dividem esse estilo
de liderança em dois: o modo consultivo e o participativo. A diferença básica entre os dois
tipos é sobre quem toma a decisão final. No caso do tipo consultivo, como o nome já indica, a
decisão cabe ao líder depois que ele “consulta” sua equipe. No caso do tipo participativo, a
equipe participa da decisão. A tomada de decisão é feita pelo grupo, em conjunto com o líder.
Finalmente, a liderança liberal (também chamada de “laissez-faire” algo como “deixar
fazer” em francês) é o estilo em que existe pouco ou nenhum controle do líder sobre seus
empregados. A equipe tem liberdade quase total de desenvolver o trabalho como melhor
escolher. A liderança teria somente um papel consultivo, de um esclarecedor de dúvidas e de
fornecedor dos recursos para as tarefas.
Os autores buscavam determinar qual seria o melhor estilo de liderança. As descobertas
foram um pouco decepcionantes. Os empregados se mostraram mais satisfeitos em trabalhar
para os líderes democráticos (nenhuma surpresa, não é mesmo?). Mas, os resultados objetivos
do trabalho pareciam indicar que para muitas situações os líderes autocráticos eram os que
conseguiam “entregar” os melhores resultados. Já o estilo liberal não trazia nem satisfação aos
empregados nem resultados práticos. Assim sendo, uma das críticas a esta teoria foi a de que
não existiria uma liderança “superior”, mas que o melhor estilo dependeria da situação em que
o líder estivesse envolvido.
Respondendo a questão, de acordo com o que vimos no texto, o enfermeiro deve se
basear na liderança autocrática para que seja realizada a reanimação cardiopulmonar. O
líder autocrático deve tomar as decisões e definir como será a atuação de cada pessoa da
equipe durante a reanimação cardiopulmonar.
Dessa forma, o gabarito é a letra A.
35. Jovem, sexo masculino, 19 anos, após radiografia de tórax que mostrava pulmão
completamente reexpandido, teve indicação médica para retirada do dreno torácico. O
principal cuidado a ser adotado para se realizar a retirada do dreno de tórax é
(A) desinsuflação do balonete.
(B) hiperinsuflação pulmonar.
(C) clampeamento do sistema de drenagem.
(D) curativo oclusivo compressivo.
(E) administração de analgésico.
www.romulopassos.com.br
E n f e r m a g e m p a r a o s H U s / E B S E R H – 1 6 P r o v a s C o m e n t a d a s
Página 37
COMENTÁRIOS:
Concurseiros, esta questão requer que vocês lembrem-se da técnica de retirada do Dreno
de Tórax. Portanto, vamos relembrá-la:
Antes da técnica, veremos os critérios para Retirada do Dreno:
1. Radiografia de tórax mostrar que o pulmão está completamente expandido;
2. O volume de drenagem for pequeno (entre 50 a 100 ml em 24 horas);
3. Aspecto claro (seroso) do volume drenado;
4. O dreno não borbulhar a pelo menos 24 horas.
Vejamos agora a técnica de retirada de dreno de tórax.
Técnica de Retirada de Dreno de Tórax
1. Higienizar as mãos com solução antiséptica.
2. Ministrar analgesia conforme prescrição medica antes do procedimento
3. Reunir todo o material
4. Higienizar as mãos com solução antisséptica
5. Orientar o paciente sobre o procedimento que será realizado.
6. Ordenhar o dreno de tórax utilizando uma pinça de ordenha e realizando manobras de sucção
da parte proximal para a distal verificando se realmente não há sangramento e retirando
coágulos residuais.
7. Orientar o paciente sobre a técnica de hiperinsuflação (expiração e apnéia no momento da
retirada do dreno; inspirar somente quando o dreno for removido totalmente).
8. Verificar a presença de enfisema subcutâneo.
9. Colocar o paciente em posição dorsal e elevar o braço do lado do dreno.
10. Retirar a cobertura utilizando a pinça dente de rato.
11. Realizar limpeza com soro fisiológico com a pinça Kelly e após a anti-sepsia com a clorexidina
alcoólica 0,5 %.
12. Retirar o ponto de fio de algodão que fixa o dreno com a lâmina de bisturi e com a pinça
anatômica.
13. Solicitar ao auxiliar de enfermagem que deixe preparado uma cobertura selante com gaze e fita
hipoalergênica.
14. O enfermeiro utilizando uma luva de procedimento segura a extremidade do dreno e retira-o ao
comando do outro enfermeiro.
15. Solicitar ao paciente que realize uma inspiração profunda e consequente apnéia enquanto o
dreno é tracionado progressivamente até a sua retirada e após, orientar a inspiração.
16. Ocluir a ferida com curativo por 48 horas e registrar data, hora e assinatura do responsável pelo
procedimento.
17. Realizar ausculta pulmonar e atentar para ruídos adventícios, realizar palpação e verificar
novamente a presença de enfisema subcutâneo.
18. Observação rigorosa do curativo.
19. Após descartar o dreno torácico, as luvas e os materiais utilizados, o enfermeiro deve
providenciar radiografia de tórax e eletrocardiograma.
20. Realizar anotação de enfermagem no prontuário do paciente.
21. Atentar para o padrão respiratório do paciente e comunicar o médico a presença de alterações
dos sinais vitais e saturação do oxigênio.
www.romulopassos.com.br
E n f e r m a g e m p a r a o s H U s / E B S E R H – 1 6 P r o v a s C o m e n t a d a s
Página 38
Vamos aos itens:
Item A. Incorreto. No dreno de tórax não há balonete.
Item B. Correto. A hiperinsuflação pulmonar é o principal cuidado, pois se o paciente
não realizar esta técnica, o ar pode permanecer entre as pleuras e o paciente evoluir com um
novo quadro de pneumotórax; ou seja, o ar pode comprimir o pulmão e causar dispnéia e/ou
insuficiência respiratória. Por isso, este é o principal cuidado na técnica de retirada do dreno
de tórax.
Item C. Incorreto. O clampeamento não é indicado na técnica de retirada, pois impediria
a adequada eliminação do restante do conteúdo a ser drenado no momento da saída do tubo.
Item D. Incorreto. O curativo oclusivo compressivo é sim realizado na técnica de
retirada, porém não é o principal; mesmo porque este cuidado é realizado após a retirada do
dreno.
Item E. Incorreto. A administração de analgésico é sim realizada, mas não é o principal
cuidado.
Após as explicações acima, fica claro que o gabarito da questão é a letra B.
36. Assinale a alternativa que pode ser indicativo de sofrimento fetal agudo, ao se avaliar
os batimentos cardiofetais (BCF) no anteparto:
(A) 112 bpm.
(B) 137 bpm.
(C) 149 bpm.
(D) 153 bpm.
(E) 168 bpm
COMENTÁRIOS:
De acordo com o Ministério da Saúde, a ausculta dos batimentos cardiofetais tem como
objetivo constatar a cada consulta a presença, o ritmo, a frequência e a normalidade dos
batimentos cardíacos fetais (BCF) que deve ser realizada com sonar, após 12 semanas de
gestação, ou com Pinard, após 20 semanas. É considerada normal a frequência cardíaca
fetal entre 120 a 160 batimentos por minuto.
É importante considerar como sinal de alerta, quando na avaliação dos batimentos
cardíacos fetais (BFC), apresentar uma bradicardia (<110bpm) ou taquicardia (>160bpm),
pois se deve suspeitar de sofrimento fetal.
www.romulopassos.com.br
E n f e r m a g e m p a r a o s H U s / E B S E R H – 1 6 P r o v a s C o m e n t a d a s
Página 39
Com isso, analisando as alternativas da questão, a única que apresenta indicativo de
sofrimento fetal é a letra E, pois esta acima do padrão normal dos batimentos cardiofetais,
apresentando, portanto uma taquicardia.
37. Mulher, 57 anos, diabética que evoluiu com gangrena e necessidade de amputação de
membro inferior esquerdo, encontra-se internada e apresenta ferida em coto do membro
amputado. À avaliação inicial da ferida mencionada pelo enfermeiro do setor, foi
observado diâmetro de aproximadamente 22cm, bordas irregulares, cerca de 2,3cm de
profundidade, tecido predominante em 60% do leito da ferida com fibrina e 40% com
granulação, grande exsudação de odor fétido. Dentre as alternativas, o curativo mais
adequado para o tratamento desta ferida é
(A) ácido graxo essencial.
(B) colagenase.
(C) espuma polimérica.
(D) tela de acetato de celulose com petrolato.
(E) carvão ativado com alginato de cálcio e sódio.
COMENTÁRIOS:
O ácido graxo essencial (AGE) é uma loção oleosa a base de ácidos graxos essenciais
enriquecida com lecitina de soja, vitaminas A e E. É um curativo primário que favorece o
processo de cicatrização, desbridamento e alívio da dor. Além disso, o produto é indicado
para hidratação da pele íntegra, evitando o aparecimento de lesões. Não é indicado para
feridas exsudativas.
A colagenase é uma das enzimas utilizadas no desbridamento químico. Ela decompõe
as fibras de colágeno natural que constituem o fundo da lesão, por meio das quais os detritos
permanecem aderidos aos tecidos. A eficácia demonstrada pela colagenase no desbridamento
pode ser explicada por sua exclusiva capacidade de digerir as fibras de colágeno natural, as
quais estão envolvidas na retenção de tecidos necrosados. Ela é usada como agente
desbridante em lesões superficiais, promovendo a limpeza enzimática das áreas lesadas e
retirando ou dissolvendo, enzimaticamente, necroses e crostas. Não é indicada para feridas
com grande exsudação de odor fétido.
www.romulopassos.com.br
E n f e r m a g e m p a r a o s H U s / E B S E R H – 1 6 P r o v a s C o m e n t a d a s
Página 40
A espuma polimérica é uma matriz de poliuretano e silicone com ou sem prata. Tem
como mecanismo de ação a absorção com isolamento térmico, e a ação bacteriostática da
prata possibilita trocas menos frequentes. É indicado para feridas exsudativas, profundas,
úlceras residuais com colonização bacteriana crônica pós-enxertia de pele. Não deve ser usada
em feridas simples e secas. Apesar do alto grau de absorção, não elimina odores.
O curativo não-aderente ou tela de acetato de celulose com petrolato promove um
meio úmido e pode ser usado em queimaduras parciais, áreas doadoras e receptoras de
enxertos e lacerações. Não deve ser usado na presença de infecção e exsudato; necessita de
trocas frequentes.
O alginato de cálcio é um polissacarídeo composto de cálcio, derivado de algumas
algas. Realiza a hemostasia, a absorção de líquidos, a imobilização e retenção das bactérias na
trama das fibras. Esse tipo de tratamento pode ser encontrado com sódio em sua composição.
Vejamos abaixo algumas considerações sobre esse tipo de curativo:
Mecanismo de ação: tem propriedade desbridante. Antes do uso, em seco, e
quando as fibras de alginato entram em contato com o meio líquido, realizam uma
troca iônica entre os íons cálcio do curativo e os íons de sódio da úlcera,
transformando as fibras de alginato em um gel suave, fibrinoso, não aderente, que
mantém o meio úmido ideal para o desenvolvimento da cicatrização.
Indicação: pode ser usado em úlceras infectadas e exsudativas (devido à alta
capacidade de absorção de líquidos), como as de pressão; úlceras traumáticas;
áreas doadoras de enxerto; úlceras venosas e deiscentes. Pode ser utilizado para
preencher os espaços mortos, como cavidades e fístulas.
Modo de usar: a sua colocação deve ser feita de maneira frouxa, para possibilitar
a expansão do gel. Após o seu uso, observa-se no leito da lesão uma membrana
fibrinosa, amarelo-pálida, que deve ser retirada somente com a irrigação. Pode ser
usado em associação com outros produtos. As trocas devem ser mediante a
saturação dos curativos, geralmente após 24 horas. Apresenta, como vantagem, a
alta capacidade de absorção e, como desvantagem, a potencialidade de macerar
quando em contato com a pele sadia.
O curativo de carvão ativado possui uma cobertura composta de uma almofada
contendo um tecido de carvão ativado cuja superfície é impregnada com prata, que exerce
uma atividade bactericida, reduzindo o número de bactérias presentes na úlcera,
www.romulopassos.com.br
E n f e r m a g e m p a r a o s H U s / E B S E R H – 1 6 P r o v a s C o m e n t a d a s
Página 41
principalmente as gram-negativas. O curativo não deve ser cortado, porque as partículas soltas
de carvão podem ser liberadas sobre a lesão e agir como um corpo estranho. Vejamos
algumas considerações sobre esse tipo de curativo:
Mecanismo de ação: possui um alto grau de absorção e eliminação de odor das
lesões. O tecido de carvão ativado remove e retém as moléculas do exsudato e as
bactérias, exercendo o efeito de limpeza. A prata exerce função bactericida,
complementando a ação do carvão, o que estimula a granulação e aumenta a
velocidade da cicatrização. É uma cobertura primária, com uma baixa aderência,
podendo permanecer de três a sete dias quando a lesão não estiver mais infectada.
No início, a troca deverá ser a cada 24 ou 48 horas, dependendo da capacidade de
absorção.
Indicação: em úlceras exsudativas infectadas, com odores acentuados, em fístulas
e gangrenas.
Modo de usar: irrigar o leito da lesão com soro fisiológico a 0,9%; remover o
exsudato e tecido desvitalizado, se necessário; colocar o curativo de carvão ativado
e usar a cobertura secundária.
Nas úlceras exsudativas, deve-se efetuar o controle de exsudato utilizando-se curativos
absortivos como o carvão ativado, o alginato de cálcio e compressa de gaze como cobertura
secundária. Atentar para a proteção da pele ao redor (empregar óxido de zinco na pele
macerada e nas bordas da ferida antes da utilização de antissépticos). As trocas devem ocorrer
toda vez que o curativo estiver saturado com a secreção ou, no máximo, a cada 24 horas.
A partir dos comentários, contatamos que o gabarito da questão é a letra E, pois dentre
as alternativas, o curativo mais adequado para o tratamento desta ferida é o carvão ativado
com alginato de cálcio e sódio.
38. Aposentada, 79 anos, viúva, sem filhos, mora sozinha em residência de quatro
cômodos na periferia da cidade, é diabética e hipertensa controlada com medicamentos
de uso regular no domicílio, possui acuidade visual diminuída e foi internada na Clínica
Médica para tratamento de infecção do trato urinário, setor onde se encontra com dieta
geral via oral com boa aceitação, sob terapia antimicrobiana, ansiolítica e anti-
hipertensiva, mas ainda apresenta disúria e nictúria. Diante desse caso, considera-se
como diagnóstico de enfermagem
www.romulopassos.com.br
E n f e r m a g e m p a r a o s H U s / E B S E R H – 1 6 P r o v a s C o m e n t a d a s
Página 42
(A) nutrição desequilibrada: menos do que as necessidades corporais.
(B) nutrição desequilibrada: mais do que as necessidades corporais.
(C) risco de quedas.
(D) controle ineficaz do regime terapêutico.
(E) percepção sensorial auditiva perturbada.
COMENTÁRIOS:
No curso “Reta Final – Curso Completo de Enfermagem”, disponibilizamos duas
aulas detalhadas sobre esse tema. Mas, essa questão não requer tais conhecimentos. Pode ser
resolvida facilmente por dedução. Vejamos:
A dieta geral da senhora é por via oral com boa aceitação. Por isso, descartamos as
letras A e B.
A senhora é diabética e hipertensa controlada com medicamentos de uso regular no
domicílio. Logo, eliminamos a letra D.
A senhora possui acuidade visual diminuída, mas não foi referido que a acuidade
auditiva prejudicada. Então, excluímos a letra E.
Só nos resta a letra C, que é a correta, uma vez que a senhora possui acuidade visual
diminuída e isso é um fator de risco para quedas.
39. Mulher, 39 anos, 90 Kg de peso corporal, 1,60 m de altura, residente em Dourados-
MS, auxiliar de serviços gerais de um pequeno edifício residencial. Durante as férias de
final de ano, foi visitar os parentes em Santa Maria-RS, onde ficou 10 dias e, ao retornar
de viagem, novamente em transporte terrestre, procurou a Unidade Básica de Saúde de
seu bairro com queixa de cansaço e edema do membro inferior direito, sendo
referenciada à unidade hospitalar após avaliação médica, devido à discreta alteração dos
sinais vitais, além de empastamento de panturrilha, cacifo positivo, distensão venosa
superficial e aumento da temperatura do membro afetado. No hospital, a paciente foi
submetida a exames laboratoriais e de imagem com confirmação da hipótese diagnóstica
em vaso distal do membro inferior direito, sendo iniciada terapia anticoagulante. Diante
desse caso, informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma a seguir e assinale a
alternativa com a sequência correta.
www.romulopassos.com.br
E n f e r m a g e m p a r a o s H U s / E B S E R H – 1 6 P r o v a s C o m e n t a d a s
Página 43
( ) A história clínica da paciente é sugestiva de síndrome da classe econômica.
( ) Trata-se de uma paciente obesa mórbida e a obesidade é considerada um fator de risco
independente para o desenvolvimento de trombose venosa profunda, devido à inibição da
atividade fibrinolítica.
( ) Na avaliação diária do enfermeiro da unidade hospitalar, é importante realizar a medida da
circunferência de ambos membros inferiores, 10 cm abaixo da tuberosidade tibial.
( ) O principal cuidado de enfermagem com o início da terapia no hospital, é o repouso
absoluto no leito.
(A) V - V - F - F.
(B) V - F - F - F.
(C) F - V - F - V.
(D) V - F - V - F.
(E) F - F - V - F.
COMENTÁRIOS:
Os sinais clínicos desta paciente são similares ao da trombose venosa profunda,
causada pela formação de coágulos (trombos) no interior das veias profundas. Em sua
maioria, os trombos se formam na panturrilha, mas pode também instalar-se nas coxas e
membros superiores, quando ocorre desprendimento ou fragmentação. A trombose venosa
profunda é fator de risco para o tromboembolismo pulmonar. E tem como sintomas: edema,
dor (ocasionada pela inflamação na parede vascular), rubor, calor, empastamento muscular e
veias superficiais podem parecer mais proeminentes.
A principal causa da trombose venosa profunda é a imobilidade por longos períodos,
comum de ocorrer em viagens que obrigam as pessoas a ficarem sentadas na mesma posição
por horas, e por este motivo ficou conhecida como síndrome da classe econômica.
Vamos analisar a questão à luz das afirmações:
Item I. A história clínica da paciente é sugestiva de síndrome da classe econômica. De
acordo com o supracitado podemos concluir que a primeira afirmativa é correta.
Item II. Trata-se de uma paciente obesa mórbida (IMC=35,16) e a obesidade é
considerada um fator de risco independente para o desenvolvimento de trombose venosa
profunda, devido à inibição da atividade fibrinolítica. Item errado, uma vez que é um fator de
risco dependente, pois a obesidade é um fator de risco desencadear a TVP. Ademais, o fator
que inibe atividade fibrinolítica é o estresse cirúrgico.
www.romulopassos.com.br
E n f e r m a g e m p a r a o s H U s / E B S E R H – 1 6 P r o v a s C o m e n t a d a s
Página 44
Item III. Na frase seguinte, a avaliação diária do enfermeiro da unidade hospitalar, é
importante realizar a medida da circunferência de ambos membros inferiores, 10 cm
abaixo da tuberosidade tibial. Sim, este cuidado é importante para medir o edema,
comparando as dimensões de ambos os membros. Logo este item apresenta-se correto.
Item III. Já na afirmação seguinte o texto traz: o principal cuidado de enfermagem com
o início da terapia no hospital, é o repouso absoluto no leito. Jamais, quando maior é o
repouso, maior é a estagnação sanguínea (estase sanguínea) menor é o retorno venoso.
Quando o paciente deambula ele é instruído a não ficar mais de 2 horas sentado, a meta é que
ele caminhe pelo menos 10 minutos de 1 a 2 horas. Quando paciente acamado eleva-se
periodicamente os pés e pernas acima do nível do coração para facilitar o esvaziamento da
veias superficiais e tibiais, além de associação com exercício passivo e ativo. Portanto, item
falso.
Temos a seguinte sequência: V, F, V, F. Logo, o gabarito é D.
40. De acordo com a Portaria N°. 1.600/2011, que reformula a Política Nacional de
Atenção às Urgências e institui a Rede de Atenção às Urgências no Sistema Único de
Saúde (SUS), constituem-se em diretrizes da Rede de Atenção às Urgências, EXCETO
(A) garantia da universalidade, equidade e integralidade no atendimento com prioridade às
urgências clínicas, com gestão de práticas nas linhas de cuidado ao infarto agudo do
miocárdio e ao acidente vascular cerebral.
(B) regionalização do atendimento às urgências com articulação das diversas redes de atenção
e acesso regulado aos serviços de saúde.
(C) atuação territorial, definição e organização das regiões de saúde e das redes de atenção a
partir das necessidades de saúde destas populações, seus riscos e vulnerabilidades específicas.
(D) atuação profissional e gestora visando ao aprimoramento da qualidade da atenção por
meio do desenvolvimento de ações coordenadas, contínuas e que busquem a integralidade e
longitudinalidade do cuidado em saúde.
(E) articulação interfederativa entre os diversos gestores desenvolvendo atuação solidária,
responsável e compartilhada.
www.romulopassos.com.br
E n f e r m a g e m p a r a o s H U s / E B S E R H – 1 6 P r o v a s C o m e n t a d a s
Página 45
COMENTÁRIOS:
A Portaria n°. 1.600/2011 reformula a Política Nacional de Atenção às Urgências e
institui a Rede de Atenção às Urgências no Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo com o
art. 2º desta portaria, constituem-se diretrizes da Rede de Atenção às Urgências:
I - ampliação do acesso e acolhimento aos casos agudos demandados aos serviços de saúde em
todos os pontos de atenção, contemplando a classificação de risco e intervenção adequada e necessária
aos diferentes agravos;
II - garantia da universalidade, equidade e integralidade no atendimento às urgências clínicas,
cirúrgicas, gineco-obstétricas, psiquiátricas, pediátricas e às relacionadas a causas externas
(traumatismos, violências e acidentes);
III - regionalização do atendimento às urgências com articulação das diversas redes de atenção e
acesso regulado aos serviços de saúde;
IV - humanização da atenção garantindo efetivação de um modelo centrado no usuário e
baseado nas suas necessidades de saúde;
V - garantia de implantação de modelo de atenção de caráter multiprofissional, compartilhado
por trabalho em equipe, instituído por meio de práticas clinicas cuidadoras e baseado na gestão de
linhas de cuidado;
VI - articulação e integração dos diversos serviços e equipamentos de saúde, constituindo redes
de saúde com conectividade entre os diferentes pontos de atenção;
VII - atuação territorial, definição e organização das regiões de saúde e das redes de atenção a
partir das necessidades de saúde destas populações, seus riscos e vulnerabilidades específicas;
VIII - atuação profissional e gestora visando o aprimoramento da qualidade da atenção por meio
do desenvolvimento de ações coordenadas, contínuas e que busquem a integralidade e
longitudinalidade do cuidado em saúde;
IX - monitoramento e avaliação da qualidade dos serviços através de indicadores de
desempenho que investiguem a efetividade e a resolutividade da atenção;
X - articulação interfederativa entre os diversos gestores desenvolvendo atuação solidária,
responsável e compartilhada;
XI - participação e controle social dos usuários sobre os serviços;
XII - fomento, coordenação e execução de projetos estratégicos de atendimento às necessidades
coletivas em saúde, de caráter urgente e transitório, decorrentes de situações de perigo iminente, de
calamidades públicas e de acidentes com múltiplas vítimas, a partir da construção de mapas de risco
regionais e locais e da adoção de protocolos de prevenção, atenção e mitigação dos eventos;
XIII - regulação articulada entre todos os componentes da Rede de Atenção às Urgências com
garantia da equidade e integralidade do cuidado; e
www.romulopassos.com.br
E n f e r m a g e m p a r a o s H U s / E B S E R H – 1 6 P r o v a s C o m e n t a d a s
Página 46
XIV - qualificação da assistência por meio da educação permanente das equipes de saúde do
SUS na Atenção às Urgências, em acordo com os princípios da integralidade e humanização.
Visto isso, vamos analisar as assertivas sobre as diretrizes da Rede de Atenção às
Urgências:
(A) Incorreta. Garantia da universalidade, equidade e integralidade no atendimento das
urgências clínicas, cirúrgicas, gineco-obstétricas, psiquiátricas, pediátricas e às relacionadas a
causas externas (traumatismos, violências e acidentes); Art. 2º, inciso II. Vejam como a
redação da alternativa A não está referida na legislação e é estranha.
(B) Correta. Regionalização do atendimento às urgências com articulação das diversas
redes de atenção e acesso regulado aos serviços de saúde; Art. 2º, inciso III.
(C) Correta. Atuação territorial, definição e organização das regiões de saúde e das
redes de atenção a partir das necessidades de saúde destas populações, seus riscos e
vulnerabilidades específicas; Art. 2º, inciso VII.
(D) Correta. Atuação profissional e gestora visando ao aprimoramento da qualidade da
atenção por meio do desenvolvimento de ações coordenadas, contínuas e que busquem a
integralidade e longitudinalidade do cuidado em saúde; Art. 2º, inciso VIII.
(E) Correta. Articulação interfederativa entre os diversos gestores desenvolvendo
atuação solidária, responsável e compartilhada; Art. 2º, inciso X.
Nessa esteira, a alternativa incorreta é a A.
41. Idosa, 69 anos, portadora de duas lesões crônicas existentes há 3 anos, resultantes de
insuficiência venosa de membro inferior esquerdo, iniciou acompanhamento com o
enfermeiro do Ambulatório de Curativos de um hospital público de ensino, com cura de
ambas lesões após 4 meses de tratamento com alginato de cálcio e sódio associado a
compressão inelástica. Para evitar recidivas, faz parte do plano de cuidados de
enfermagem
(A) orientar uso de bota de Unna.
(B) orientar uso de meias de compressão elástica.
(C) orientar agendamento de retorno ao Ambulatório em caso de nova lesão.
(D) estimular ingesta de proteínas, minerais, vitaminas e calorias para regeneração tissular.
(E) estimular deambulação e exercícios intensos para fortalecer as panturrilhas.
www.romulopassos.com.br
E n f e r m a g e m p a r a o s H U s / E B S E R H – 1 6 P r o v a s C o m e n t a d a s
Página 47
COMENTÁRIOS:
Caros concurseiros, essa questão aborda os cuidados de enfermagem para evitar
recidiva de úlceras venosas. Antes de analisarmos os itens, vamos conhecer um pouco mais
sobre o problema.
A Úlcera venosa representa o estágio mais avançado da doença venosa crônica. É a
síndrome em que há destruição de estruturas cutâneas, tais como epiderme e derme, podendo
afetar, também, tecidos mais profundos. Manifesta-se no terço inferior dos membros
inferiores. E, por acometer grande parte da população brasileira, constitui-se num problema
epidemiológico que merece atenção especial por parte dos profissionais da área da saúde.
O tratamento clínico oferecido ao portador de úlcera venosa consiste na realização do
curativo, terapia compressiva, prescrição de dieta que favoreça a cicatrização, orientações
quanto à importância de repouso e do uso de meias de compressão após a cura da ferida.
Agora que a gente já conhece um pouco sobre o problema, vamos analisar as
alternativas sobre o plano de cuidados de enfermagem apara o caso hipotético apresentado na
questão para alta da paciente após a cura:
Item A. orientar uso de bota de Unna. Incorreto. A Bota de Unna é uma forma de
TRATAMENTO da úlcera. Trata-se de uma terapia compressiva inelástica que consiste
numa atadura impregnada com óxido de zinco. A aplicação deve ser realizada por pessoa
capacitada. Para este tipo de compressão é necessário que a ferida esteja instalada. No caso
apresentado, a paciente não esta mais com a úlcera. Por isso, não se recomenda este tipo de
tratamento.
Item B. orientar uso de meias de compressão elástica. Correto. A terapia compressiva
pode ser realizada com o uso de meias de compressão ou bandagens, sendo
FUNDAMENTAL para que o tratamento da úlcera venosa seja eficaz, pois constitui
medida de controle da hipertensão venosa. Os pacientes com úlcera cicatrizada necessitam
usar meias de alta compressão para evitar recidivas. As meias devem ser colocadas pela
manhã e retiradas somente à noite, para dormir.
Item C. orientar agendamento de retorno ao Ambulatório em caso de nova lesão.
Incorreto. O próprio item já diz que é em caso de nova lesão, portanto NÃO é uma conduta
apropriada para evitar a recidiva da úlcera. O correto é o paciente manter o
acompanhamento multiprofissional continuo para acompanhamento da doença de base, e não
apenas quando ocorrer nova lesão.
www.romulopassos.com.br
E n f e r m a g e m p a r a o s H U s / E B S E R H – 1 6 P r o v a s C o m e n t a d a s
Página 48
Item D. estimular ingesta de proteínas, minerais, vitaminas e calorias para regeneração
tissular. Incorreto. A REPARAÇÃO TECIDUAL é influenciada expressivamente pelo
estado nutricional do portador de lesão, pois os mecanismos fisiológicos efetivados nesse
processo demandam grandes quantidades de proteínas, minerais, vitaminas e calorias.
Portanto, essas são considerações importantes durante o processo de cicatrização. Para evitar
recidiva é importante que o paciente evite o sobrepeso e a obesidade e, se necessário, tenha
acompanhamento com profissional competente.
Item E. estimular deambulação e exercícios intensos para fortalecer as panturrilhas.
Incorreto. Durante o processo de recuperação, é importante orientar o paciente quanto ao
repouso. Consiste na elevação dos membros inferiores, ao nível acima do coração por 30
minutos, cerca de 3 ou 4 vezes ao dia. E, durante à noite, pode-se elevar os pés da cama a uma
altura de 15 a 20 centímetros (somente em caso de úlcera venosa sem associação com doença
arterial. Além disso, podem ser orientadas caminhadas curtas e de pouca intensidade.
Nesse caso, o gabarito da questão é a letra B. Todavia, a letra D apresentou um
enunciado contestável. Quem errou essa questão não custa tentar um recurso para anulação.
42.Assinale a alternativa que corresponde a indicações de cardioversão.
(A) Fibrilação atrial e flutter atrial.
(B) Taquicardia paroxística supraventricular e fibrilação ventricular sem pulso.
(C) Taquicardia com complexo largo e taquicardia ventricular sem pulso.
(D) Fibrilação ventricular e taquicardia ventricular sem pulso.
(E) Atividade elétrica sem pulso e assistolia.
COMENTÁRIOS:
A desfibrilação e a cardioversão elétrica são procedimentos terapêuticos que salvam
vidas e seu uso não se limita apenas a profissionais da área da saúde, podendo ser utilizados
também por leigos treinados em situações selecionadas (desfibrilação externa automática -
DEA). Estudos demonstram que em 85% dos pacientes que apresentaram Taquicardia
Ventricular (TV) e fibrilação ventricular (FV) e que foram tratados com desfibrilação precoce
tiveram preservadas suas funções cerebrais e cardíacas.
A desfibrilação elétrica é um procedimento terapêutico que consiste na aplicação de
uma corrente elétrica contínua NÃO SINCRONIZADA, no músculo cardíaco. Esse choque
despolariza em conjunto todas as fibras musculares do miocárdio, tornando possível a
www.romulopassos.com.br
E n f e r m a g e m p a r a o s H U s / E B S E R H – 1 6 P r o v a s C o m e n t a d a s
Página 49
reversão de arritmias graves como a TV e a FV, permitindo ao nó sinusal retomar a geração e
o controle do ritmo cardíaco.
A cardioversão elétrica é um procedimento na maioria das vezes eletivo, em que se
aplica o choque elétrico de maneira SINCRONIZADA, ou seja, o paciente deve estar
monitorado no cardioversor e este deve estar com o botão de sincronismo ativado, pois a
descarga elétrica é liberada na onda R, ou seja, no período refratário. Um cuidado importante
no momento da desfibrilação, é checar se o botão de sincronismo está DESATIVADO, pois
como em situações de FV/TV não temos o registro de onda R e se o aparelho estiver
programado para cardioverter, o choque não será administrado.
Vejamos as seguintes indicações:
a desfibrilação elétrica é indicada apenas nas situações de FV e TV sem
pulso;
a cardioversão elétrica é indicada nas situações de taquiarritmias como a
fibrilação atrial (FA), flutter atrial, taquicardia paroxística supraventricular e
taquicardias com complexo largo e com pulso.
A assistolia é uma ausência de atividade ventricular contrátil associada à inatividade
elétrica cardíaca. É caracterizada ao eletrocardiograma por uma linha reta. A assistolia como
ritmo inicial de parada está associada a prognóstico extremamente reservado, com cerca de
7% de alta hospitalar. Na maior parte das vezes, a assistolia é um evento secundário na
evolução tardia da FV, ou como via final de hipóxia prolongada, acidose ou necrose
miocárdica.
Na AESP (Atividade Elétrica sem Pulso), existe atividade mecânica, porém essas
contrações não produzem débito cardíaco suficiente para produzir uma pressão sanguínea
detectável pelos métodos clínicos usuais. A ausência de pulso detectável e a presença de
algum tipo de atividade elétrica definem este grupo de arritmias.
A assistolia e AESP são ritmos em que a desfibrilação/cardioversão NÃO está
indicada. Deve-se, então, promover RCP de boa qualidade, aplicar as drogas indicadas e
procurar identificar e tratar as causas reversíveis.
Passemos agora para a análise das assertivas da questão:
(A) Correta. A cardioversão elétrica é indicada nas situações de fibrilação atrial e flutter
atrial.
www.romulopassos.com.br
E n f e r m a g e m p a r a o s H U s / E B S E R H – 1 6 P r o v a s C o m e n t a d a s
Página 50
(B) Incorreta. A taquicardia paroxística supraventricular tem indicação de cardioversão
elétrica, mas a fibrilação ventricular sem pulso tem indicação de desfibrilação.
(C) Incorreta. Taquicardia com complexo largo tem indicação de cardioversão elétrica,
mas a taquicardia ventricular sem pulso tem indicação de desfibrilação.
(D) Incorreta. A fibrilação ventricular e taquicardia ventricular sem pulso têm indicação
de desfibrilação.
(E) Incorreta. A atividade elétrica sem pulso e assistolia são ritmos em que a
desfibrilação/cardioversão NÃO está indicada.
Portanto, o gabarito da questão é a letra A.
43. De acordo com o algoritmo de suporte avançado de vida cardiovascular, são
consideradas causas reversíveis:
(A) tensão no tórax por pneumotórax, tamponamento cardíaco, hipernatremia e trombose
coronária.
(B) acidose, trombose pulmonar, hipocalemia e toxinas.
(C) hipoglicemia, hipercalemia, hipóxia e hipovolemia.
(D) hipercalemia, hipovolemia, hipernatremia e trombose coronária.
(E) tamponamento cardíaco, trombose pulmonar, hipocalcemia e hidrogênio.
COMENTÁRIOS:
A parada cardiorrespiratória (PCR) pode ser causada por quatro ritmos: fibrilação
ventricular (FV), taquicardia ventricular sem pulso (TVSP), atividade elétrica sem pulso
(AESP) e assistolia.
Durante a tentativa de ressuscitação, o socorrista deve tentar identificar a causa da PCR
- diagnóstico diferencial. Deve-se tentar obter dados (examinando o paciente ou conversando
com os familiares) que permitam definir a possível causa e a estratégia terapêutica
particularmente para as causas reversíveis de PCR. A maioria das causas de parada pode ser
resumida na memorização mnemônica “cinco Hs e cinco Ts”, como pode ser observado na
tabela abaixo.
www.romulopassos.com.br
E n f e r m a g e m p a r a o s H U s / E B S E R H – 1 6 P r o v a s C o m e n t a d a s
Página 51
Possíveis causas em todas as modalidades de PCR
Hs Ts
- Hipóxia - Toxinas
- Hipovolemia - Tamponamento cardíaco
- Hidrogênio (acidose) - Tensão no tórax (pneumotórax
hipertensivo)
- Hiper/hipocalemia - Trombose (coronária ou pulmonar)
- Hipotermia - Trauma
Fonte: Suporte Avançado de Vida em Cardiologia (ACLS)/AHA; SBC (adaptado).
Após exposição inicial do tema, vejamos os itens da questão
(A) Incorreta. Tensão no tórax por pneumotórax, tamponamento cardíaco e trombose
coronária são consideradas causas reversíveis de PCR. Entretanto, a hipernatremia NÃO é
uma causa reversível de PCR.
(B) Correta. Acidose, trombose pulmonar, hipocalemia e toxinas são consideradas
causas reversíveis de PCR.
(C) Incorreta. A hipoglicemia NÃO é uma causa reversível de PCR. A hipercalemia, a
hipóxia e a hipovolemia são consideradas causas reversíveis de PCR.
(D) Incorreta. A hipercalemia, a hipovolemia e a trombose coronária são consideradas
causas reversíveis de PCR. Já a hipernatremia NÃO é uma causa reversível de PCR.
(E) Incorreta. O tamponamento cardíaco, a trombose pulmonar, e o hidrogênio (acidose)
são consideradas causas reversíveis de PCR. A hipocalcemia NÃO é uma causa reversível de
PCR.
Diante do exposto, o gabarito só pode ser a letra B.
44. A hipertensão arterial sistêmica é uma condição clínica multifatorial que se
caracteriza por níveis elevados e sustentados de pressão arterial (PA), cuja terapia inclui
diferentes estratégias. Sobre o tratamento não-medicamentoso recomendado nas
Diretrizes Brasileiras de Hipertensão VI, é correto afirmar que
(A) o chocolate amargo promove aumento da PA, devido ao teor de cacau.
(B) hipertensos devem incondicionalmente realizar programas de treinamentos resistivos 2 a 3
vezes por semana, por meio de 1 a 3 séries de 8 a 15 repetições.
(C) a utilização da técnica de respiração lenta, com 10 respirações por minuto por 15 minutos
diários, com ou sem o uso de equipamentos, tem mostrado reduções da PA.
(D) há evidências de que a cessação do tabagismo contribui para o controle da PA.
(E) a meditação e yoga são as melhores técnicas para controle do estresse, com capacidade de
redução drástica da PA entre hipertensos
www.romulopassos.com.br
E n f e r m a g e m p a r a o s H U s / E B S E R H – 1 6 P r o v a s C o m e n t a d a s
Página 52
COMENTÁRIOS:
Vamos analisar cada item, conforme as recomendações da VI diretrizes de hipertensão
arterial da SBC.
Item A. A chocolate amargo promove aumento da PA, devido ao teor de cacau.
Incorreto. O chocolate amargo (com alto teor de cacau) pode promover DISCRETA
REDUÇÃO da PA, devido às altas concentrações de polifenóis.
Item B. Hipertensos devem incondicionalmente realizar programas de treinamentos
resistivos 2 a 3 vezes por semana, por meio de 1 a 3 séries de 8 a 15 repetições. Incorreto. As
diretrizes trazem resultados que demonstram que a associação entre exercícios aeróbicos e
resistivos promovem redução da PA. Recomenda-se, em relação aos exercícios resistidos,
que sejam realizados entre 2 e 3 vezes por semana, por meio de 1 a 3 séries de 8 a 15
repetições, conduzidas até a fadiga moderada (parar quando a velocidade de movimento
diminuir). A pegadinha da questão está na palavra incondicionalmente. Todo exercício
necessita de uma avaliação médica e, no caso de hipertensos, a sessão de treinamento NÃO
deve ser iniciada se as pressões arteriais sistólica e diastólica estiverem superiores a 160 e/ou
105 mmHg respectivamente.
Item C. A utilização da técnica de respiração lenta, com 10 respirações por minuto por
15 minutos diários, com ou sem o uso de equipamentos, tem mostrado reduções da PA.
Correto. Este item está dentro do que foi recomendado pelas diretrizes.
Item C. Há evidências de que a cessação do tabagismo contribui para o controle da PA.
Incorreto. Embora a cessação do tabagismo seja medida fundamental e prioritária na prevenção
primária e secundária das doenças cardiovasculares e de diversas outras doenças, não há evidências
de que, para o controle de PA, haja benefícios. Antes que enviem questionamentos sobre a alternativa,
ressaltamos que isso está descrito na VI diretrizes de hipertensão arterial da SBC e foi registrado
no nosso curso “Reta Final – Curso Completo de Enfermagem”.
Item E. A meditação e yoga são as melhores técnicas para controle do estresse, com
capacidade de redução drástica da PA entre hipertensos. Incorreto. As diretrizes trazem que
os resultados sobre avaliação das técnicas de controle do estresse são conflitantes. Meditação,
musicoterapia, biofeedback, yoga, entre outras técnicas de controle do estresse, foram capazes
de reduzir DISCRETAMENTE a PA de hipertensos.
Portanto, o gabarito dessa questão é o item C.
www.romulopassos.com.br
E n f e r m a g e m p a r a o s H U s / E B S E R H – 1 6 P r o v a s C o m e n t a d a s
Página 53
45. Homem, 44 anos, alcoolista, com história de tosse seca contínua iniciada há cerca de
quatro meses, evoluiu com presença de secreção no último mês, associada a cansaço
excessivo, febre baixa vespertina e sudorese noturna, inapetência com emagrecimento
acentuado e fraqueza; deu entrada no Serviço Hospitalar de Emergência com dispneia
importante. No atendimento desse paciente, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária
recomenda como equipamento de proteção respiratória do trabalhador de saúde:
(A) máscara cirúrgica.
(B) apenas N95.
(C) apenas PFF3.
(D) apenas PR purificadores de ar com peça semifacial e filtro classe P3.
(E) PFF2 ou PFF3.
COMENTÁRIO:
O caso descrito na questão é característico de um quadro de suspeita de tuberculose.
Doença essa que exige a adoção da precaução respiratória por aerossóis, na qual é necessária
a utilização de Equipamento de Proteção Respiratória (EPR) pelos profissionais de saúde e
por todos que entrarem no quarto privativo do paciente.
Segundo a Cartilha de Proteção Respiratória para Profissionais de Saúde, ANVISA
(2009), alguns agentes biológicos dispersos na forma de aerossóis e os EPR recomendados
para prevenção das patologias associadas estão relacionados no quadro abaixo:
www.romulopassos.com.br
E n f e r m a g e m p a r a o s H U s / E B S E R H – 1 6 P r o v a s C o m e n t a d a s
Página 54
Dessa forma, os EPR para profissionais de saúde podem ser dos tipos:
“não motorizados” - o ar ambiente atravessa o material filtrante durante a inalação
pela ação pulmonar do usuário. Exemplo, Peça Semifacial Filtrante (PFF) ou a N95
(denominação nos EUA da PFF2). Portanto, a PFF é um equipamento de proteção
individual (EPI) que cobre a boca e o nariz, proporciona uma vedação adequada sobre
a face do usuário e possui filtro eficiente para retenção dos contaminantes
atmosféricos presentes no ambiente de trabalho na forma de aerossóis. A PFF também
retém gotículas. Algumas PFF são resistentes ainda à projeção de fluídos corpóreos.
Em ambiente hospitalar, para proteção contra aerossóis contendo agentes biológicos, a
PFF deve ter uma aprovação mínima como PFF2.
www.romulopassos.com.br
E n f e r m a g e m p a r a o s H U s / E B S E R H – 1 6 P r o v a s C o m e n t a d a s
Página 55
“motorizados” - o motor, acionado por bateria elétrica, movimenta uma ventoinha
que obriga o ar a atravessar continuamente o filtro que retém o aerossol.
Para proteção contra a Tuberculose, a ANVISA recomenda a utilização da PFF2 ou
PFF3. Portanto, nosso gabarito é a alternativa E.
46. Homem, 46 anos, tabagista, reside sozinho no Mato Grosso do Sul desde que deixou
seus familiares no interior nordestino há cerca de 30 anos. Desde então, trabalha na
roça, sem interesse em ser alfabetizado, gastava seu tempo e pouco dinheiro que recebia
com o consumo de cachaça no final de todos os dias. Com exceção de dois resfriados
quando era moço e mais recentemente dos episódios de pirose frequentes, nunca havia
percebido nenhum problema de saúde. Antes da internação, no entanto, apresentou dor
torácica constritiva com recorrência na mesma semana. No segundo quadro anginoso,
ficou sentado a manhã inteira e a dor só piorava e, por isso, depois de almoçar, seu
patrão o levou ao hospital mais próximo, que se situava a 70 Km de onde trabalhava.
Após dois meses de internação, recebeu alta hospitalar com agendamento de retorno em
30 dias no Ambulatório de Cardiologia do próprio hospital e com a seguinte receita
médica: Omeprazol 20mg VO pela manhã; Aspirina 325mg VO 1x/dia; Varfarina 5mg
VO 1x/dia; Amiodarona 100mg VO 8/8h; Captopril 50mg VO 2x/dia. Diante desse caso,
informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma a seguir e assinale a alternativa
com a sequência correta.
( ) Não há benefício com o uso de protetor gástrico neste caso, pois as medicações prescritas
não se associam úlceras gástricas.
( ) O enfermeiro deve orientar a ingestão da Aspirina ao acordar, desenhando um sol nascendo
na linha desta medicação já que o paciente é analfabeto.
( ) O enfermeiro deve orientar o paciente quanto ao consumo ponderado e estável de
alimentos com alto teor de vitamina K, devido à sua interferência na Varfarina.
( ) A Amiodarona e o Captopril atuam respectivamente no controle da frequência e do ritmo
cardíaco.
(A) V - V - F - V.
(B) V - V - F - F.
(C) F - F - V - V.
(D) F - F - V - F.
(E) F - V - F - V.
www.romulopassos.com.br
E n f e r m a g e m p a r a o s H U s / E B S E R H – 1 6 P r o v a s C o m e n t a d a s
Página 56
COMENTÁRIOS:
Para respondermos essa questão devemos analisar cuidadosamente cada item,
relacionando devidamente com o caso clínico.
Item I. Não há benefício com o uso de protetor gástrico neste caso, pois as medicações
prescritas não se associam úlceras gástricas. Falso. A aspirina é uma medicação que tem
como efeitos colaterais mais frequentes: irritação do estômago e intestino, provocando azia,
dor epigátrica, náuseas, vômitos, sangramentos internos, úlceras e perfurações graves. Nesse
caso, o uso do protetor gástrico pode beneficiar o paciente.
Item II. O enfermeiro deve orientar a ingestão da Aspirina ao acordar, desenhando um
sol nascendo na linha desta medicação já que o paciente é analfabeto. Falso. Diversos estudos
apontam que o uso da aspirina antes de dormir tem um maior efeito na prevenção de eventos
cardíacos agudos.
Item III. O enfermeiro deve orientar o paciente quanto ao consumo ponderado e estável
de alimentos com alto teor de vitamina K, devido à sua interferência na Varfarina.
Verdadeiro. A vitamina k é fundamental para a síntese hepática de proteínas relacionadas ao
processo de coagulação sanguínea. Já a Varfarina é um anticoagulante oral que impede a
ação da vitamina K, utilizada na prevenção e tratamento de processos tromboembólicos
venosos e pulmonares. Diante disso, já que o paciente no caso clínico está realizando um
tratamento para prevenir tais eventos, a orientação do enfermeiro está correta.
Item IV. A Amiodarona e o Captopril atuam respectivamente no controle da frequência e
do ritmo cardíaco. Falso. A Amiodarona é uma droga antiarrítmica de classe III que atua
diminuindo a frequência cardíaca, dentre outras funções. Já o Captopril é uma droga
inibidora da Enzima Conversora de Angiotensina cuja principal função é atuar na
redução da pressão arterial, e não do ritmo.
A sequência correta é F- F- V- F. Então, o gabarito é o item D.
www.romulopassos.com.br
E n f e r m a g e m p a r a o s H U s / E B S E R H – 1 6 P r o v a s C o m e n t a d a s
Página 57
47. De acordo com os dispositivos da Política Nacional de Humanização, é INCORRETO
afirmar que
(A) com o Acolhimento com Classificação de Risco em Serviço Hospitalar de Emergência, a
ordenação do atendimento ocorre pela gravidade do caso e não mais pela ordem de chegada.
(B) a Resolução RDC ANVISA N°. 50/2002 dispõe sobre todos aspectos necessários à
adequação da estrutura física de estabelecimentos de saúde de acordo com o conceito
Ambiência.
(C) a visita aberta e direito a acompanhante favorecem uma continuidade entre o contexto da
vida em família e na comunidade e o ambiente hospitalar, para que o doente não desenvolva o
sentimento de ter sido arrancado de sua vida cotidiana.
(D) equipes de Referência e de Apoio Matricial seguem a lógica de produção do processo de
trabalho na qual um profissional oferece apoio em sua especialidade para outros profissionais,
equipes e setores; invertendo-se o esquema tradicional e fragmentado de saberes e fazeres.
(E) os sistemas de escuta qualificada para usuários e trabalhadores da saúde podem incluir a
gerência de “porta aberta”, ouvidorias, grupos focais e pesquisas de satisfação, entre outros.
COMENTÁRIOS
Antes de comentarmos propriamente os itens da questão, vamos entender sobre a
Política Nacional de Humanização (PNH).
A PNH foi elaborada pelo Ministério da Saúde em 2003. De uma forma geral, a PNH
objetiva efetivar os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS) no cotidiano das práticas de
gestão e fomentar trocas solidárias entre gestores, trabalhadores do SUS e usuários dos
serviços para a produção de saúde e a produção de sujeitos.
Existem os princípios norteadores da PNH, sendo eles:
1. Valorização da dimensão subjetiva e social em todas as práticas de atenção e
gestão (...);
2. Estímulo a processos comprometidos com a produção de saúde e com a
produção de sujeitos;
3. Fortalecimento de trabalho em equipe multiprofissional, estimulando a
transdisciplinaridade e a grupalidade;
4. Atuação em rede com alta conectividade, de modo cooperativo e solidário, em
conformidade com as diretrizes do SUS;
5. Utilização da informação, da comunicação, da educação permanente e dos
espaços da gestão na construção de autonomia e protagonismo de sujeitos coletivos.
www.romulopassos.com.br
E n f e r m a g e m p a r a o s H U s / E B S E R H – 1 6 P r o v a s C o m e n t a d a s
Página 58
No documento completo da PNH vocês ainda podem encontrar sobre:
marcas/prioridades; estratégias gerais; orientações estratégicas para a implementação da PNH;
diretrizes gerais para a implementação da PNH nos diferentes níveis de atenção, dentre outros
aspectos. A seguir o link que vocês encontram o documento na íntegra:
< http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/humanizasus_2004.pdf>
Vamos agora comentar os itens da questão, em busca do item INCORRETO:
Item A. Com o Acolhimento com Classificação de Risco em Serviço Hospitalar de
Emergência, a ordenação do atendimento ocorre pela gravidade do caso e não mais pela
ordem de chegada. Assertiva correta.
Uma das propostas encontradas na PNH é a de acolhimento com classificação de risco
em serviço hospitalar de emergência. O acolhimento é um modo de operar os processos de
trabalho em saúde de forma a atender a todos que procuram os serviços de saúde, ouvindo
seus pedidos e assumindo no serviço uma postura capaz de acolher. A tecnologia de avaliação
com classificação de risco pressupõe a determinação de agilidade no atendimento a partir da
análise, sob a óptica de protocolo pré-estabelecido, do grau de necessidade do usuário,
proporcionando atenção centrada no nível de complexidade, e não na ordem de chegada.
Por isso, o quesito está corretíssimo, pois define bem os preceitos do acolhimento com
classificação de risco. Leiam mais a respeito no texto na íntegra encontrado no link a seguir
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/acolhimento.pdf
Item B. A Resolução RDC ANVISA N°. 50/2002 dispõe sobre todos os aspectos
necessários à adequação da estrutura física de estabelecimentos de saúde de acordo com o
conceito Ambiência. Item incorreto.
A RDC Nº 50/2002 dispõe sobre o regulamento técnico para planejamento,
programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos de saúde. Nessa
resolução estarão definidas as normas e recomendações para a estrutura física, como aspectos
relacionados à arquitetura, instalações elétricas e eletrônicas, hidráulica, climatização.
Contudo, a PNH definiu ambiência como tratamento dado ao espaço físico entendido como
espaço social, profissional e de relações interpessoais que deve proporcionar atenção
acolhedora, humana e resolutiva. Na composição da ambiência estão presentes elementos
como forma, cor, luz, cheiro, som, textura. Esses elementos definidos na PNH, como
presentes na composição da ambiência, não estão definidos na RDC Nº 50/2002. Portanto, o
item está incorreto.
www.romulopassos.com.br
E n f e r m a g e m p a r a o s H U s / E B S E R H – 1 6 P r o v a s C o m e n t a d a s
Página 59
Caso não soubesse a respeito da RDC Nº 50/2002, bastava resolver a questão olhando
para os anos de publicação dos mesmos. A RDC foi publicada em 2002 e a PNH em 2003.
Não tem como a RDC definir elementos da ambiência se eles ainda não haviam sido
publicados e recomendados. Concurseiros também devem ficar atentos a esses detalhes.
Item C. A visita aberta e direito a acompanhante favorecem uma continuidade entre o
contexto da vida em família e na comunidade e o ambiente hospitalar, para que o doente não
desenvolva o sentimento de ter sido arrancado de sua vida cotidiana. Alternativa correta.
A PNH, na parte da atenção hospitalar, garante que deverá existir visita aberta por meio
de presença do acompanhante e de sua rede social, respeitando a dinâmica de cada unidade
hospitalar e as suas peculiaridades das necessidades dos acompanhantes. Em um texto
publicado pelo Núcleo Técnico da PNH em 2007, discorre-se sobre a visita aberta e direto ao
acompanhante. No texto inicial é dito que o objetivo da visita aberta é ampliar o acesso dos
visitantes às unidades de internação, de forma a garantir o elo entre o paciente, sua rede social
e os diversos serviços da rede de saúde, mantendo latente o projeto de vida do paciente. Há
um tópico do texto publicado que define o desdobramento da visita aberta e do acompanhante
como manutenção do contexto. Nele encontra-se que as visitas abertas e o acompanhante
favorecem a continuidade do contexto familiar e da comunidade no ambiente hospitalar, para
que o doente não desenvolva o sentimento de ter sido arrancado de sua vida cotidiana.
Percebam que o item trás exatamente passagens do texto da PNH, estando, com isso, correto.
Leiam mais a respeito da visita aberta e direto no texto encontrado no link a seguir:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/visita_acompanhante_2ed.pdf
Item D. Equipes de Referência e de Apoio Matricial seguem a lógica de produção do
processo de trabalho na qual um profissional oferece apoio em sua especialidade para outros
profissionais, equipes e setores; invertendo-se o esquema tradicional e fragmentado de saberes
e fazeres. Mais uma alternativa correta.
Há um texto publicado em 2004 pelo Núcleo técnico da Política Nacional de
Humanização que discorre sobre a equipe de referência e o apoio matricial. O texto vai falar
sobre a busca pela criação de novas formas de organização, novos arranjos organizacionais.
Esses arranjos devem ser TRANSVERSAIS, no sentido de produzir e estimular padrões de
relação que perpassem todos os trabalhadores e usuários, favorecendo a troca de informações
e a ampliação do compromisso dos profissionais com a produção de saúde. As equipes de
referência e apoio matricial são dois arranjos organizacionais que apresentam essas
www.romulopassos.com.br
E n f e r m a g e m p a r a o s H U s / E B S E R H – 1 6 P r o v a s C o m e n t a d a s
Página 60
características de transversalidade. Essas equipes, juntas permitem um modelo de atendimento
voltado para as necessidades de cada usuário. Esse modelo, além de reunir profissionais de
diferentes áreas do conhecimento, permite que estes atuem de MODO
TRANSDISCIPLINAR. Essas equipes são ferramentas indispensáveis para a humanização
da atenção e da gestão em saúde. O item está correto ao afirmar que nesses modelos “um
profissional oferece apoio em sua especialidade para outros profissionais, equipes e setores”,
havendo a transversalidade proposta pela PNH, indo de encontro “com o esquema tradicional
e fragmentado de saberes e fazeres”.
Item E. Os sistemas de escuta qualificada para usuários e trabalhadores da saúde podem
incluir a gerência de “porta aberta”, ouvidorias, grupos focais e pesquisas de satisfação, entre
outros. Alternativa perfeita.
Na PNH, foram elaborados diversos dispositivos que são postos a funcionar nas
práticas de produção de saúde, envolvendo coletivos e visando promover mudanças nos
modelos de atenção e de gestão. Dentre esses dispositivos tem-se: os sistemas de escuta
qualificada para usuários e trabalhadores da saúde, compreendendo a gerência de “porta
aberta”; ouvidorias; grupos focais e pesquisas de satisfação. Portanto, a questão está
corretíssima ao exemplificar um dos dispositivos preconizados pela PNH.
Uma aluna me questionou: prof.ª Isadora, essa questão foi covarde, pois nunca tinha
ouvido falar na RDC Nº 50/2002. Não tenho como saber sobre tantas normas. Estou muito
chateada com a AOCP.
A minha resposta é muito simples: prezada aluna, como o prof.º Rômulo costuma
alertar, não precisamos saber tudo sobre a questão para assinalar a resposta correta. Devemos
utilizar o bom senso e resolver uma questão dessas por eliminação. Verifique que as
alternativas descreveram conceitos e diretrizes claros sobre a PNH. Então, adotando o critério
por eliminação, o gabarito só pode ser a letra B.
Leiam mais sobre as cartilhas do Programa Nacional de Humanização em:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderno_textos_cartilhas_politica_humanizacao.pd
f
www.romulopassos.com.br
E n f e r m a g e m p a r a o s H U s / E B S E R H – 1 6 P r o v a s C o m e n t a d a s
Página 61
49. O Protocolo para Prevenção de Úlcera por Pressão publicado pelo Ministério da Saúde
(2013) normatiza o procedimento operacional das medidas preventivas para higiene, hidratação
e manejo da umidade da pele, uma vez que o tratamento da pele ressecada com hidratantes tem
se mostrado especialmente efetivo na prevenção de úlcera por pressão. Nesse contexto, para
higiene e hidratação da pele, deve-se
(A) limpar a pele apenas quando estiver suja, com água morna e sabão neutro para diminuir a
irritação e ressecamento da pele.
(B) massagear áreas de proeminências ósseas e hiperemiadas durante a hidratação da pele,
com movimentos suaves e circulares para estimular a circulação local.
(C) proteger a pele da exposição à umidade excessiva, com sondagem vesical de demora a
todos incontinentes.
(D) usar hidratantes na pele seca e áreas ressecadas, principalmente após o banho, pelo menos
uma vez ao dia.
(E) atentar para extravasamento de drenos sobre a pele, exsudato de feridas, suor e linfa em
pacientes com anasarca, que apesar de não serem irritantes para a pele, podem contribuir para
invasão fúngica.
COMENTÁRIO:
Segundo o Protocolo para Prevenção de Úlcera por Pressão (UPP) do Ministério da
Saúde (2013), são seis as etapas para prevenção das UPP:
www.romulopassos.com.br
E n f e r m a g e m p a r a o s H U s / E B S E R H – 1 6 P r o v a s C o m e n t a d a s
Página 62
Vejamos os procedimentos quanto à manutenção da higiene e hidratação da pele. A umidade e
ressecamento tornam a pele vulnerável à lesão, fazendo-se necessário o estabelecimento de um
Procedimento Operacional com as medidas preventivas para higiene, hidratação e manejo da
umidade da pele:
a) Higienização e Hidratação da pele:
Limpe a pele sempre que estiver suja ou sempre que necessário. É recomendada a
utilização de água morna e sabão neutro para reduzir a irritação e o ressecamento da pele;
Use hidratantes na pele seca e em áreas ressecadas, principalmente após banho, pelo
menos 1 vez ao dia. A pele seca parece ser um fator de risco importante e independente no
desenvolvimento de úlceras por pressão;
Durante a hidratação da pele, não massagear áreas de proeminências ósseas ou
áreas hiperemiadas. A aplicação de hidratante deve ser realizada com movimentos suaves e
circulares
A massagem está contraindicada na presença de inflamação aguda e onde existe a
possibilidade de haver vasos sanguíneos danificados ou pele frágil. A massagem não
deverá ser recomendada como uma estratégia de prevenção de úlceras por pressão;
b) Manejo da umidade
Avaliação de úlcera por pressão na admissão de
todos os pacientes
Reavaliação diária de risco de desenvolvimento de UPP
de todos os pacientes internados
Inspeção diária da pele
Manejo da Umidade: manutenção do paciente
seco e com a pele hidratada
Otimização da nutrição e da hidratação
Minimizar a pressão
www.romulopassos.com.br
E n f e r m a g e m p a r a o s H U s / E B S E R H – 1 6 P r o v a s C o m e n t a d a s
Página 63
Proteger a pele da exposição à umidade excessiva através do uso de produtos de
barreira, de forma a reduzir o risco de lesão por pressão. As propriedades mecânicas do
estrato córneo são alteradas pela presença de umidade, assim como a sua função de regulação
da temperatura;
Controlar a umidade através da determinação da causa. Usar absorventes ou
fraldas;
Quando possível, oferecer um aparador (comadre ou papagaio) nos horários de
mudança de decúbito;
Observação: Além da incontinência urinária e fecal, a equipe de enfermagem deve
ter atenção a outras fontes de umidade, como extravasamento de drenos sobre a pele,
exsudato de feridas, suor e extravasamento de linfa em pacientes com anasarca que são
potencialmente irritantes para a pele.
Após, exposição inicial do tema, vamos analisar cada alternativa da questão em relação à
higiene e hidratação da pele para fins da prevenção da úlcera de pressão:
Item A. Incorreto. limpar a pele quando estiver suja ou sempre quando necessário,
com água morna e sabão neutro para diminuir a irritação e ressecamento da pele.
Item B. Incorreto. não massagear áreas de proeminências ósseas e hiperemiadas durante
a hidratação da pele. A aplicação do hidratante deve ser com movimentos suaves e
circulares para estimular a circulação local.
Item C. Incorreto. proteger a pele da exposição à umidade excessiva, com uso de fralda
ou absorvente.
Item D. Correto. usar hidratantes na pele seca e áreas ressecadas, principalmente após
o banho, pelo menos uma vez ao dia.
Item E. Incorreto. atentar para extravasamento de drenos sobre a pele, exsudato de
feridas, suor e linfa em pacientes com anasarca, pois são irritantes para a pele e podem
contribuir para invasão fúngica.
Nesses termos, o gabarito é a letra D.
48. Portador de hanseníase multibacilar, com quimioterapia iniciada há apenas dois
dias, foi internado para tratamento de crise hipertensiva. Diante desse caso, é
recomendável instituir-se:
(A) precauções padrão.
(B) isolamento respiratório para gotículas.
www.romulopassos.com.br
E n f e r m a g e m p a r a o s H U s / E B S E R H – 1 6 P r o v a s C o m e n t a d a s
Página 64
(C) isolamento respiratório para aerossóis.
(D) isolamento de contato.
(E) isolamento protetor.
COMENTÁRIOS:
Segundo o manual do ministério da saúde, a hanseníase é doença infecciosa tropical
negligenciada, presente em 141 países e o Brasil é o segundo país com maior número de
casos. Tem como agente etiológico mycobacterium leprae, um parasita intracelular
obrigatório, predominante macrófagos, aerófilos, Gram-positivo, com afinidade para células
cutâneas e por células de nervo periféricos; é considerado uma bactéria de baixa infectividade,
necessitando de um contato íntimo entre o portador do vírus e o candidato a contrair a doença.
Ambientes fechados, com pouca luz solar, ausente de ventilação e o contato direto e
prolongado com portadores sem tratamento, são fatores que aumentam as chances de
infecção.
Segundo a classificação adotada pelo Ministério da saúde, a classificação de Madri, os
pacientes acometidos pela hanseníase são diferenciados em paucibacilar e multibacilar, sendo
indicado um tratamento para cada tipo: os paucibacilares (PB) -casos com até cinco lesões de
pele e/ou apenas um tronco nervoso comprometido e os multibacilares (MB) - casos com mais
de cinco lesões de pele e/ou mais de um tronco nervoso acometido e com baciloscopia
positivo.
Essa classificação em paucibacilar e multibacilar direciona a esquemas de tratamento
distintos são eles respectivamente: PB - rifampicina, uma dose mensal de 600 mg com
administração supervisionada, e doses diárias de dapsona 100 mg, na qual apenas uma é
realizada de forma supervisionada, o tratamento pode durar de 6 a 9 meses; MB - há a
inclusão de uma droga a clofazimina, o esquema de tomada fica: rifampicina, 600mg com
administração supervisionada, Clofazimina doze supervisionada de 300mg e doses diárias
auto-administrada de 50 mg e a dapsona com dose de 100 mg supervisionada e as demais
auto-administrada, tratamento pode durar de 12 a 18 meses.
Após o início do tratamento poliquimioterápico, o indivíduo deixa de ser transmissor da
doença, pois as primeiras doses da medicação tornam os bacilos inviáveis, isto é, incapazes de
infectar outras pessoas. Logo, não necessita de nenhuma precaução específica apenas a padrão
que consiste: na lavagem higienização das mãos, no uso de EPIs, luvas, aventais, óculos,
máscara e descarte correto de perfuro cortante dentro do deskarpax.
www.romulopassos.com.br
E n f e r m a g e m p a r a o s H U s / E B S E R H – 1 6 P r o v a s C o m e n t a d a s
Página 65
Sendo assim, o gabarito é a Letra A, precaução padrão é suficiente para este paciente
que está em tratamento mesmo em pouco tempo. Esta questão foi uma pegadinha, uma
tentativa de confundir o candidato, uma vez que na hora do nervosismo da prova o candidato
por ter dificuldade em recordar que independente do tratamento ter poucos dias as bactérias se
tornaram inviáveis desde a primeira dose. Fique atento para a banca não dificultar a sua vida.
50. A velocidade de infusão está associada a reações adversas clássicas, tal como a
“síndrome do homem vermelho”, que ocorre com a infusão rápida de
(A) clindamicina.
(B) garamicina.
(C) vancomicina.
(D) gentamicina.
(E) amicacina.
COMENTÁRIOS
Essa questão foi baseada no Protocolo de Segurança na prescrição, uso e administração
de medicamentos. Esse protocolo foi coordenado pelo Ministério da Saúde e ANVISA em
parceria com FIOCRUZ e FHEMIG. No tópico sobre velocidade de infusão o protocolo
define que a mesma está associada a reações clássicas, tais como a “síndrome do homem
vermelho”, que ocorre após infusão rápida de VANCOMICINA. A questão não mudou nada
do texto inicial do protocolo. Conheçam esse documento no link:
http://www.anvisa.gov.br/hotsite/segurancadopaciente/documentos/julho/Protocolo%20Identi
fica%C3%A7%C3%A3o%20do%20Paciente.pdf.
Quando pensarmos em aumentar a velocidade de infusão de um determinado
medicamento, temos que lembrar que aumentaremos, também, a concentração sérica do
princípio ativo do medicamento no sangue, ou seja, mais princípio ativo livre para ligar-se aos
receptores. Com isso, aumentará o risco para reações adversas, algumas clássicas, como
citada na questão, outras podendo ser fatais. Portanto, deve-se respeitar a posologia do
medicamento, observando-se as doses máximas preconizadas e o tempo de infusão adequado
do medicamento, para evitar a ocorrência de reações adversas.
Nesses termos, o gabarito é a letra C.
www.romulopassos.com.br
E n f e r m a g e m p a r a o s H U s / E B S E R H – 1 6 P r o v a s C o m e n t a d a s
Página 66
Amiga (o), chegamos ao final apenas da nossa primeira aula. Serão outros 15 encontros,
totalizando 400 questões comentadas por esta competente equipe de professores. Convidamos
você para esta parceria. As matriculas já estão disponíveis no site www.romulopassos.com.br.
Dicas finais: muitos alunos não estão recebendo informações da nossa página no
facebook. Diariamente temos trazido aos nossos mais de 100 mil amigos uma série de aulas,
provas comentadas, atualidade, além das notícias mais importantes do mundo dos concursos
na saúde. Se você não quer perder nada do nosso trabalho siga os procedimentos abaixo.
Quando outras aulas, provas e informações forem publicadas, como ficarei sabendo?
É muito simples, solicite receber notificações da página do Professor Rômulo Passos no
Facebook. Basta clicar em “curtir” e em seguida marcar a opção “receber notificações”. Entre
na página pelo link abaixo e siga as instruções da imagem de
capa. https://www.facebook.com/ProfessorRomuloPassos
Não deixe também de participar do nosso grupo de estudos:
https://www.facebook.com/groups/500569726716925/
www.romulopassos.com.br
E n f e r m a g e m p a r a o s H U s / E B S E R H – 1 6 P r o v a s C o m e n t a d a s
Página 67
GABARITO
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. ANVISA. Medidas de Prevenção de Infecção Relacionada à
Assistência à Saúde. Módulo 4 – Segurança do paciente e Qualidade em Serviço de Saúde. 2013.
(2013).
_________.___________.__________. Cartilha de Proteção Respiratória contra Agentes Biológicos
para Trabalhadores da Saúde. 1ª edição. Brasília:2009.
_________.___________.__________. Protocolo para Prevenção de Úlcera por Pressão.
Carmo SS, Castro CD, Rios VS, Sarquis MGA. Atualidades na assistência de enfermagem a
portadores de úlcera venosa. Rev. Eletr. Enf. [Internet]. 2007;9(2):506-17. Available
from: http://www.fen.ufg.br/revista/v9/n2/v9n2a17.htm
ABBADE, L. P. F. Abordagem ao paciente portador de úlcera venosa. In: MALAGUTTI,
W. (org). Curativos, estomias e dermatologia: uma abordagem multiprofissional. 2 ed. –
São Paulo: Martinari, 2011.
Sociedade Brasileira de Cardiologia / Sociedade Brasileira de Hipertensão / Sociedade
Brasileira de Nefrologia. VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão. Arq Bras Cardiol 2010;
95(1 supl.1): 1-51
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/prenatal_puerperio_atencao_humanizada.pdf
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cadernos_atencao_basica_32_prenatal.pdf
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/atencao_recem_nascido_%20guia_profissionais_s
aude_v1.pdf