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Qualidade de solos e guas
subterrneasLegislao
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Histrico das Normas A CETESB possui uma lista de valores orientadores para
a qualidade dos solos e das guas subterrneas doEstado de So Paulo que atualizada a cada 4 (quatro)anos e que, em geral, era utilizada como documento dereferncia para os demais estados brasileiros at o anode 2009.
Estes valores fornecem orientao para a avaliao daqualidade destes parmetros e so utilizados comoinstrumentos de preveno e controle decontaminao e ainda no gerenciamento das reas jcontaminadas sob investigao.
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Uma resoluo nacional Em 2009 o MMA publicou uma resoluo do Conselho
Nacional de Meio Ambiente que hoje est em vigor(420/2009), fazendo aluso a classificao dos solosquanto a sua contaminao, aos valores orientadorespara esta classificao, aos procedimentos deamostragem e ensaios de campo para determinaodestes valores e s diretrizes para o gerenciamento dasreas classificadas como poludas ou contaminadas.
Aresoluo CONAMA 420/2009classifica o solo deforma similar resoluo CONAMA 20/1986, ou seja,como Classes 1, 2, 3 e 4.
http://conama_420_09.pdf/http://conama_420_09.pdf/ -
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Os Valores Orientadores Valores de Referncia de Qualidade (VR): valores que
definem solos e aqferos limpos. Definidos a partir dossolos de matas e agrcolas, e dos resultados demonitoramento dos principais aqferos dos Estados.
Valores de Preveno (VP): concentraes de substnciasacima das quais pode haver alteraes prejudiciais qualidade dos solos e aqferos. Visam a proteo dasfunes primrias e dos receptores ecolgicos destesmeios.
Valores de Interveno (VI): valores de concentraesacima dos quais existe risco potencial direto ou indireto sade HUMANA, considerando cenrio de exposiogenrico. Para o solo, existem 3 cenrios; agrcola (rea deproteo mxima), residencial e industrial.
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Classes e Valores Orientadores So solos de Classe 1 aqueles com substncias
com valores iguais ou menores que os VRQs. So solos de Classe 2 aqueles com pelo menos
uma substncia entre o VRQ e o VP. So solos de Classe 3 aqueles com pelo menos
uma substncia entre o VP e o VI. So solos Classe 4 aqueles com pelo menos
uma substncia com valor maior que o VI.
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Medidas para Preveno e Controle dePoluio dos Solos e Aqferos
Para que estas atividades possam serrealizadas necessrio que haja:
Realizao de amostragens, ensaios de campo elaboratoriais no solo usando metodologiasreconhecidas internacionalmente (sob rgidospadres de qualidade e clareza de informaes);
Processo de classificao do solo quanto suaqualidade;
Adoo de medidas de preveno e mitigao dapoluio.
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Medidas de Investigao So divididas em trs etapas, que so
realizadas s expensas do poluidor: Identificao da rea e confirmao de
contaminao; Diagnstico da contaminao atravs de estudo
detalhado da situao; Interveno atravs da execuo de aes decontrole e diminuio do risco e posterior
monitoramento da eficcia destas aes.
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Mtodos de Investigao A resoluo CONAMA 420/09 prope os
seguintes procedimentos para determinaodos VRQs:
Determinao dos tipos de solos encontrados emcada estado; Anlise dos seguintes parmetros do solo: pH e
gua, carbono orgnico, capacidade de trocacatinica (CTC), teores de silte, argila e areia e dexidos de alumnio, ferro e mangans. Outrospodem ser adicionados por peculiaridades decada UF.
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Mtodos de Investigao As amostras devero ser retiradas de regies sem
ou com pouca interferncia antropognica, emprofundidade de 20cm no solo, em 10 pontosamostrais diferentes devidamente identificados, eobedecer s normas de manuseio, preservao,acondicionamento e transporte de amostrasreconhecidas internacionalmente.
Para substncias inorgnicas (exceto Hg) seroanalisadas apenas a frao do solo menor que2mm, pela metodologia da USEPA 3050 e 3051.Os demais parmetros sero analisados pelas
metodologias da EMBRAPA.
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Classificao das reas As reas envolvidas em suspeita de contaminao
de solo ou aqferos podem ser classificadascomo:
AI: rea sob Investigao; ACI: rea Contaminada sob Interveno; AMR: rea sob Monitoramento para Reabilitao; AR: rea Reabilitada.
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Divulgao Tendo sido a rea identificada como possivelmente
contaminada (e depois como reabilitada), os rgosambientais competentes precisam divulgar a informaoclaramente para todos os possivelmente interessados eenvolvidos, tais como:
o proprietrio do imvel; o poluidor; a concessionria de distribuio de gua local; aos rgos ambientais, de recursos hdricos e de sade de
todas as esferas administrativas; e ao Cartrio de Registro de Imveis da Comarca; aos grupos envolvidos social e ambientalmente vulnerveis.
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Medidas de Mitigao Pertinentes Propostas e financiadas pelo responsvel pela
poluio, devem ter como objetivo:
Eliminar o perigo ou reduzir o risco sadehumana e ao meio ambiente; Evitar danos aos demais bens a proteger; Evitar danos ao bem-estar pblico durante o
processo de reabilitao; Possibilitar o uso declarado ou futuro da rea,
observando o planejamento de uso e ocupao dosolo para aquela rea.
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Tecnologias de Tratamento
Dentre as principais tcnicas de remediao temos: Biorremediao; Escavao, remoo e destinao do solo; Bombeamento e tratamento da gua subterrnea (Pump &
Treat); Extrao multifsica; (Bioslurping e MPE) Extrao de Vapores de Solo; Injeo de ar (Air Sparging); Barreiras Reativas Permeveis; Estabilizao; Tecnologias Trmicas; Oxidao Qumica in situ; Reduo Qumica in situ; e Encapsulamento Geotcnico.
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Tcnicas de Tratamento Biorremediao utilizao de microorganismos para
degradao dos poluentes presentes no solo ou noaqfero. Estes microorganismos podem ser aplicadosno solo ou podem j estar nele, tendo seu crescimentoincentivado pela adio de nutrientes.
Escavao, remoo e destinao o solo contaminado escavado e removido, sendo substitudo por sololimpo. Sua destinao depender do tipo decontaminao, podendo ir para planta de co-processamento, aterro classe I ou II ou at mesmo serdestinado a incinerao.
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Tcnicas de Tratamento Bombeamento e Tratamento utilizao de bombas
eltricas e pneumticas para a captao das guassubterrneas com o intuito de realizar o tratamentopara o composto em questo ou ento para impedirque o fluxo subterrneo siga seu curso natural,causando ainda mais poluio (barreira hidrulica).
Extrao Multifsica A mais utilizada na indstriado petrleo, retira a fase no-dissolvida, dissolvida eos vapores atravs da aplicao de sistema deextrao vcuo. A circulao de ar que esta tcnicapromove no solo tambm estimula a atividade de
bactrias aerbias, promovendo biorremediao.
http://xn--extrao%20multifsica-4ub5a1g.docx/http://xn--extrao%20multifsica-4ub5a1g.docx/ -
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Tcnicas de Tratamento Extrao de vapores atravs de sistema vcuo,
retira os vapores da camada vadosa (no saturada)do solo, ainda promovendo a aerao da rea e
conseqente biorremediao. Injeo de ar atravs do bombeamento de ar ou
oxignio na zona saturada do solo, promove umborbulhamento e carreamento dos compostosvolteis, que so levados para a zona no saturadado solo e de l retirados por extrao de vapores.Tambm promove biorremediao.
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Tcnicas de Tratamento Barreiras Reativas Permeveis atravs da
criao de uma barreira fsica a jusante da plumade contaminao, tem como objetivo filtrar oscontaminantes e fazer com que sejamdegradados atravs de reaes qumicas oubiolgicas.
Estabilizao mtodo que tem como objetivoestabilizar ou diminuir o impacto negativo docontaminante atravs da adio de compostosqumicos para reao. Chumbo, cdmio, arsnio ,mercrio e outros metais pesados so tratados
com sucesso por esta tcnica.
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Tcnicas de Tratamento Tecnologias trmicas com o aumento da
temperatura, os compostos orgnicos atingem o pontode vapor ou se tornam mais viscosos, facilitando oprocesso de tratamento e extrao. Usado em
conjunto com outras tcnicas. Oxidao Qumica in situ Uso de compostos qumicos
fortemente oxidantes tais como permanganato depotssio, perxido de hidrognio, oznio e outros parareao com os contaminantes de forma a produzircompostos menos impactantes, como gs carbnico,sais e gua.
http://xn--anexo%20oxidao%20qumica-j7b3hxh.docx/http://xn--anexo%20oxidao%20qumica-j7b3hxh.docx/ -
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Tcnicas de Tratamento Reduo Qumica in situ Utilizao de Ferro zero valente e
fonte de carbono para degradao rpida de contaminantestais como explosivos, pesticidas, herbicidas, organoclorados eestabilizao de metais pesados.
Encapsulamento Geotcnico consiste na imobilizao econfinamento de um local contaminado usando barreiras debaixa permeabilidade que podem ser:
Coberturas; Barreiras Verticais; e Barreiras Horizontais.
Em geral utilizado em associao com algum outro tipo detcnica de conteno de pluma.
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Tcnicas de Tratamento Cobertura Mesma tcnica utilizada para cobertura de
aterros sanitrios. Utilizada para prevenir a entrada degua de chuva no local contaminado, prevenindo aindaa exposio do solo a animais e pessoas e o escape de
gases. Utiliza-se solos, solos+aditivos ou geossintticos. Barreiras verticais Impedem o fluxo horizontal dos
contaminantes. Construdas em todo o permetro dacontaminao ou ento apenas a jusante da pluma oua montante do fluxo hidrulico para evitar maiorescontaminaes da gua que chega ou que sai. Podemser engastadas em camadas de baixa permeabilidadenaturais.
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Tcnicas de Tratamento Barreiras Horizontais Impedem o fluxo vertical
da pluma de contaminao.
Landfarming
Tcnica de biorremediao em queo solo contaminado disposto em superfcie erevolvido com regularidade para aerao.
Coprocessamento
Tcnica que utiliza o solocontaminado como matria-prima/combustvelem fornos de clnquer (cimento). O contaminanteno pode ser organoclorado, explosivo,agrotxico, radioativo, domstico ou de sade.
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Tcnicas de Tratamento Biopilhas variante da biorremediao, esta
tcnica utiliza uma ddp para melhorar adistribuio de nutrientes em solos de baixapermeabilidade. Muito utilizado paracontaminao da indstria de petrleo, pois aaerao libera os COVs retidos (gasolina) e osmicroorganismos degradam os compostos decadeia mdia (diesel e querosene).
Compostagem tcnica que decompe materialorgnico e o reutiliza para uso agronmico. Oresduo no pode ter contaminao elevado, ou
seja, geralmente apenas esgoto utilizado.
http://anexo%20biopilhas.docx/http://anexo%20biopilhas.docx/ -
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Tcnicas de Tratamento Atenuao natural utilizada em reas onde
no h impactos para receptores, faz uso deprocessos tais como diluio, biodegradao,volatilizao, adsoro e reaes qumicascom materiais j presentes em subsuperfciepara eliminar a contaminao. Esta tcnica
requer modelagem prvia e monitoramentoconstante e muito utilizada para compostosde petrleo, VOCs e SVOCs.
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Concluso do Tratamento Quando os nveis de contaminao foram
eliminados ou reduzidos a nveis aceitveis a rea declarada pelo rgo ambiental competente
como AMR, ou seja, rea sob Monitoramentopara Reabilitao.
Aps passado o perodo de monitoramento,quando comprovada a descontaminao do local,a rea declara AR rea Reabilitada para o usodeclarado e tal situao tambm amplamentedivulgada pela internet e etc.