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QUALIDADE DE VIDA DE CUIDADORES DE IDOSOS: COMPARATIVO ENTRE UM CENTRO-DIA E UMA INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA
Autor: Vilma Aparecida Galdino
Orientador: Célia Regina Covolan
RESUMO:
Com o envelhecimento advêm doenças crônicas, progressivas e degenerativas
que por sua vez repercutem de forma negativa sobre o cuidador, sendo esse
merecedor de atenção especializada dos profissionais e dos serviços de saúde.
Desta forma, o objetivo deste trabalho foi verificar a qualidade de vida dos
cuidadores de idosos de duas instituições asilares. O estudo foi desenvolvido
em um Centro de Convivência do Idoso (CCI) e, em uma instituição de abrigo
permanente ao idoso (asilo). Para a avaliação utilizou-se os seguintes
instrumentos validados: o SF-36 (Short Form) e o Zarit. O SF-36 é um
instrumento geral de avaliação da qualidade de vida, já o Zarit é um
instrumento específico para avaliar a qualidade de vida dos cuidadores. Os
instrumentos foram entregues aos cuidadores e, posteriormente recolhidos
para análise dos dados. Verificou-se que 100% dos cuidadores do CCI,
classificam as condições de saúde como “boa”; se comparada há um ano,
obteve-se que no CCI houve um predomínio (75%) da resposta “quase a
mesma”, enquanto no asilo, esse índice foi de 40%. Verificou-se que para
apenas 25% dos cuidadores do CCI, as condições de saúde e/ou emocional
não interferem em seu cotidiano, já no asilo a porcentagem é de 60%. No CCI,
75% dos cuidadores apresentaram um nível “moderado” de dores
musculoesqueléticas, enquanto no asilo, esse mesmo índice é de 60%, com
20% apresentando dores de intensidade “grave”. Apesar dos cuidadores do
CCI referirem menos dor, verificou-se que para 50% dos cuidadores nessa
instituição as dores interferiam de forma “moderada” no trabalho em geral, fato
2
esse não observado no asilo. Assim, conclui-se que cuidadores de idosos são
mulheres, com carga horária integral, casadas e mesmo assim, referem boa
qualidade de vida e condição de saúde.
Palavras-chave: envelhecimento; cuidador de idoso; desconforto músculo-
esquelético; qualidade de vida.
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ANÁLISE DAS ALTERAÇÕES POSTURAIS, ENCURTAMENTOS MUSCULARES E DOR EM PACIENTES COM DISFUNÇÃO
TEMPOROMANDIBULAR
Autor: Adriana Castilho Paes
Orientadora: Rosemary Berto
RESUMO:
Introdução: A disfunção temporomandibular (DTM) é um grupo de doenças
que acomete os músculos mastigatórios, articulação temporomandibular e
estruturas adjacentes, alterando a perfeita realização de algumas funções
como mastigar e falar. A etiologia da DTM e multifatorial, incluindo alguns
hábitos parafuncionais como bruxismo, apertar os dentes, ou fatores oclusais e
estresse. Os pacientes com DTM, na maioria das vezes, apresentam dores na
própria articulação ou nos músculos do sistema estomatognático. Devido à
íntima relação da cabeça, cintura escapular e pescoço, algum desequilíbrio em
uma dessas estruturas poderá levar a uma alteração postural. Com as
alterações posturais e a dor aparecem os encurtamentos musculares.
Objetivo: Avaliar pessoas com DTM e as possíveis alterações posturais, o
grau de dor através da escala visual analógica da dor (EVA) e os
encurtamentos musculares mais freqüentes. Métodos: Foi realizada avaliação
de 10 pacientes do sexo feminino, que apresentassem DTM, onde foi avaliada
a postura (posições anterior, lateral e posterior), os encurtamentos musculares
e perguntado o grau de dor segundo a escala visual analógica da dor.
Resultados: 90% dos pacientes tinham a cabeça protusa e ombro protuso,
100% apresentaram encurtamento de trapézio e 90% de peitoral menor;
segundo a EVA apenas 2 pacientes referiram 0 na escala e 1 referiu 6, sendo
que os restantes ficaram entre 2 e 5. Conclusão: Pacientes com DTM
apresentam alterações posturais, principalmente em região cervical,
conseqüentemente encurtamentos musculares nesta região, e podem ou não
referirem um grau elevado de dor.
Palavras-chave: DTM, avaliação postural, dor.
4
ANÁLISE DA PREVALÊNCIA DE DOR PATELOFEMORAL EM ACADÊMICOS DO CURSO DE FISIOTERAPIA
Autor: Aline Alessandra Secchi
Orientador: Rosemary Berto
RESUMO: Introdução: A Síndrome de Dor Patelofemoral (SDPF) representa uma das
principais patologias do joelho entre adultos jovens praticantes de atividades
físicas. A SDPF está presente em 25% da população; sendo que 36% são
adolescentes e que a maior prevalência se encontra no sexo feminino e nos
atletas segundo a literatura. Objetivo: Detectar qual a prevalência de dor
patelofemoral nos acadêmicos do curso de Fisioterapia da Faculdade Marechal
Rondon e qual o sexo a prevalência desta dor é maior. Métodos: Foram
avaliados 20 acadêmicos, no laboratório de fisioterapia da Faculdade Marechal
Rondon, sendo 10 do sexo feminino e 10 do sexo masculino, submetidos a
uma breve avaliação postural do joelho nas vistas anterior, lateral e posterior;
determinação do comprimento real dos membros inferiores; os testes de
Compreensão Patelar e sinal de Rabot e também foi aplicado um questionário
estruturado, com questões objetivas, com o qual foi analisado o aspecto físico.
Resultados: Os resultados deste estudo evidenciaram que houve uma
diferença significativa, entre o sexo feminino e o masculino, tanto na alteração
do ângulo Q; como nas alterações biomecânicas e em relação à dor;
corroborando com os achados da literatura. Conclusão: Conclui-se que a
prevalência de SDPF é de predominância significante entre os acadêmicos do
curso de fisioterapia da Faculdade Marechal Rondon, mesmo em não
praticantes de atividade física.
Palavras-chave: Síndrome de Dor Patelofemoral (SDPF), prevalência de dor.
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TREINAMENTO MUSCULAR INSPIRATÓRIO EM PACIENTE PORTADOR DE NEUROFIBROMATOSE - RELATO DE CASO
Autor: Aline de Oliveira Netto
Orientador: Thaís Giorgeto Pereira Lucheta
RESUMO:
Introdução: A neurofibromatose é uma doença de origem genética onde os
indivíduos desenvolvem complicações ósseas como: escoliose, displasia
vertebral, crescimento exagerado e pseudoartrose. Objetivo: Avaliar a força
muscular inspiratória e a expansibilidade torácica antes e após o treinamento
muscular em paciente portador de neurofibromatose. Método: Foi avaliada
uma paciente portadora de Neurofibromatose Tipo 1, sexo feminino com 11
anos. Houve uma avaliação inicial da força muscular inspiratória por meio do
manovacuômetro para se obter a Pressão Inspiratória Máxima (Pimáx) e da
cirtometria da região axilar, xifoideana e abdominal por meio de uma fita
métrica. A paciente realizou treinamento, em casa, duas vezes por dia da força
muscular inspiratória por meio do aparelho threshold. Foi solicitado que a
mesma anotasse o horário de início e término de cada treinamento. O
treinamento durou quatro semanas, com carga inicial na primeira semana de
20% da Pimáx (máximo suportado pela paciente), ou seja, 11 cmH2O de carga;
na segunda semana foi possível 25% da Pimáx com carga de 23 cmH2O; na
terceira semana foi de 30% com carga de 27 cmH2O e na quarta semana foi
de 30% com 29 cmH2O. A paciente realizava visitas semanalmente no
ambulatório da Faculdade Marechal Rondon (FMR) para reavaliação da Pimáx.
E conseqüente cálculo da carga a ser treinada e números de séries. Após as
quatro semanas a paciente foi reavaliada quanto a Pimáx e a cirtometria.
Resultados: Ao compararmos a avaliação inicial com as avaliações semanais
obtivemos os seguintes dados: após a primeira semana de treinamento houve
6
aumento de 43% da Pimáx, na segunda semana 64%, na terceira semana 57%
(paciente estava com gripe) e após a quarta semana 71%. Com relação à
cirtometria torácica obtivemos aumento nos seguimentos axilar (9%) e
xifoideano (36%), já no seguimento abdominal não houve mudanças.
Conclusão: Após quatro semanas de treinamento muscular inspiratório
observamos um aumento da expansibilidade torácica nos seguimentos axilar e
xifoideano e com relação a força muscular inspiratória obtivemos um aumento
importante.
Palavra- chave: Neurofibromatose, treinamento muscular respiratório
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ANÁLISE COMPARATIVA DA EVOLUÇÃO NEUROPSICOMOTORA DE UM PACIENTE COM SÍNDROME DE STURGE WEBER – ESTUDO DE CASO
Autor: Ana Priscila Bertani Orientador: Célia Regina Covolan
RESUMO: Introdução: É importante descrevermos que o desenvolvimento motor normal
de uma criança baseando-se no fato de que só podemos notar uma alteração
deste, se conhecermos primeiro como ele ocorre e a seqüência que ele segue.
As crianças e adolescentes portadores de alteração em seu desenvolvimento
neuropsicomotor apresentam características diversas, necessitando de
assistência, devido à anormalias no sistema nervoso central (SNC) e outras
afecções, como na Síndrome de Sturge Weber (SSW), manifestada por um
nevus vascular cutâneo, que se apresenta como manchas vermelhas “cor de
vinho porto” em face, também chamados angioma facial; atraso mental,
hemiparesia, epilepsia, dentre outros. Objetivo: O objetivo deste trabalho foi
comparar a evolução de uma criança com hipótese diagnóstica de Síndrome de
Sturge Weber com o desenvolvimento neuropsicomotor normal (DNPM).
Método: Utilizou-se para este trabalho: prontuário cedido pela instituição com
acompanhamento reabilitacional, fotos e exame complementar cedidos pelo
responsável pelo sujeito estudado. Resultados: A partir dos dados coletados e
comparação com a literatura pertinente, observou-se que o sujeito apresentou
atraso em seu desenvolvimento neuropsicomotor normal. Conclusão: Conclui-
se que o sujeito citado neste estudo, com diagnóstico de Síndrome de Sturge
Weber, apresentou um retardo nas aquisições motoras quando comparado
com o DNPM normal de uma criança; sendo observado que a fisioterapia teve
grande importância no estímulo deste, sendo necessários novos estudos.
Palavras-chave: Desenvolvimento motor normal, Desenvolvimento
neuropsicomotor, Síndrome de Sturge Weber.
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PROTOCOLO DE TRATAMENTO PARA HÉRNIA CERVICAL: ESTUDO DE CASO
Autor: Audrey Cristine Corazza Sasso
Orientadores: Rosemary Berto e Eduardo Duarte Aires
RESUMO: Introdução: A hérnia de disco cervical é uma patologia muito freqüente, devido
ao esforço ou desgaste que ocasionam na coluna vertebral. Esse desgaste
causa compressões na medula e levam ao comprometimento de sua raiz
nervosa. Objetivo: Avaliar a eficácia do protocolo elaborado no tratamento
conservador. Método: A paciente foi submetida a uma avaliação e
posteriormente foi aplicado o protocolo como tratamento conservador para as
hérnias de disco cervical, baseado na compressão que as mesmas exercem na
raiz nervosa, composto de educação respiratória, mobilização, tração,
pompagens, alongamentos e mobilização neural. O protocolo de tratamento foi
elaborado e executado na Clínica de Fisioterapia da Faculdade Marechal
Rondon (FMR), situada em Botucatu (SP). Resultados: Após a aplicação do
protocolo, os resultados obtidos demonstraram que a paciente obteve boa
evolução, com recuperação completa do quadro álgico e uma recuperação
sensitiva significativa dos membros superiores restabelecendo a qualidade dos
movimentos crâniocervicais e a qualidade de vida. Conclusão: O protocolo de
tratamento proposto foi eficaz, restabelecendo a qualidade dos movimentos e
reduzindo o quadro álgico, evidenciando sua influência na qualidade de vida da
paciente e evitando a intervenção cirúrgica que deve ser considerada diante da
ineficácia do método conservador.
Palavras-chave: Fisioterapia, Coluna Cervical, Hérnia de Disco, Protocolo de
tratamento conservador.
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ESTUDO DE PREVALÊNCIA DE LOMBALGIA EM PRATICANTES DE MUSCULAÇÃO
Autor: Camila Fátima de Paula
Orientador: Vanessa de Souza Brick
RESUMO:
É sabido que o levantamento de pesos ou cargas pode causar lesões na
coluna vertebral. Este estudo pretende verificar a prevalência de lombalgia em
praticantes de musculação. Foram selecionados aleatoriamente 47 indivíduos
de idades variadas entre 25 e 55 anos que praticam musculação por pelo
menos 3 vezes por semana, com um tempo mínimo de 45 minutos de
atividade, excluindo qualquer outra atividade que não esteja relacionada com a
mesma. Para alcanças o objetivo já citado, foi utilizado o questionário “Quebec
Back Pain Desability Scale Adaptado” com perguntas sobre os dados pessoais,
questões psicossociais e questões especialmente direcionadas à região
lombar. Os resultados obtidos mostram que o os fatores psicossociais fora do
ambiente de treinamento, não interfere na vida dos indivíduos e conclui-se que
a lombalgia não está associada à prática de atividades físicas com pesos.
Palavras-chave: lombalgia, atividade física, dor
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INCIDÊNCIA DE DOR EM ESTUDANTES QUE REALIZAM ESTÁGIO SUPERVISIONADO DE FISIOTERAPIA
Autor: Cintia Camila Alves
Orientador: Vanessa de Souza Brick
RESUMO:
Introdução: A dor é uma manifestação vivenciada por todos os seres
humanos. A dor varia de intensidade e de local, muitas vezes causando
prejuízos ao portador, principalmente quando passa a interferir em suas
relações pessoais e de trabalho. Objetivo: Identificar a presença de dores
musculares percebidas durante o estágio por alunos do último período de
fisioterapia da Faculdade Marechal Rondon. Material e Método: A amostra foi
composta por 36 indivíduos. Para a verificação da presença da dor foi
elaborado um questionário para os alunos responderem. O questionário buscou
verificar se os participantes da pesquisa realizavam atividade física e em
quantos dias da semana essas atividades eram realizadas. Os níveis de dor e
os locais onde a dor aparecia foram anotados no questionário pelos sujeitos da
pesquisa e depois de recolhidos foram analisados para comparação e
obtenção dos resultados. Resultados: Foram discutidos com a literatura
atualmente disponível em revistas, livros e artigos recentes. No transcorrer do
estudo verificou-se a lombalgia (26%) como maior causa de dor, e a
deambulação de pacientes dependentes (35%) e posicionamento inadequado
durante o atendimento (26%) foram as atividades ocupacionais que mais
contribuíram para o aparecimento de quadros de dor.
Palavras-chave: dor, fisioterapia, atividade física.
11
REDE DE APOIO SOCIAL PARA IDOSOS DA CIDADE DE SÃO MANUEL-SP
Autor: Claudia Ragazzi
Orientador: Célia Regina Covolan
RESUMO:
Sabemos do fenômeno do envelhecimento populacional mundial e, como
conseqüência a necessidade de redes de apoio aos idosos. Sendo assim, o
objetivo desta pesquisa foi descrever as redes de apoio social aos idosos do
Município de São Manuel/SP. Após aprovação do Comitê de Ética (COEBE),
fez-se um levantamento na secretaria de bem-estar social onde se verificou os
locais que prestam apoio ao idoso, e formas de lazer propostas pelo município.
Os dados foram descritos em protocolo próprio. De acordo com dados
avaliados, observou-se que na cidade de São Manuel existem alguns lugares
que oferecem apoio social aos idosos, como clube da terceira idade, asilo,
jogos regionais dos idosos. Desta forma conclui-se que esses lugares são de
grande importância para um envelhecimento digno e sadio.
Palavras – chave: Rede de apoio, Idosos, São Manuel.
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EFEITO DA APLICAÇÃO DE GELO E ALONGAMENTOS NA DOR LOMBAR EM GESTANTES
Autor: Cláudia Zanardi Martins
Orientador: Letícia Cláudia Antunes de Oliveira e Hemerson César Picanço
RESUMO: Introdução: Durante a gestação, o corpo da mulher passa por adaptações
físicas constantes, além do crescimento do útero. Com o aumento do peso na
cavidade abdominal e do tamanho das mamas, ocorre o deslocamento do
centro de gravidade, acentuando a hiperlordose lombar e a anteriorização
pélvica. Essas mudanças geram uma sobrecarga na coluna lombar levando ao
aparecimento de lombalgias. Objetivos: Avaliar a dor na região lombar em
gestantes, por meio das escalas de dor, antes e depois da aplicação de gelo e
alongamentos. Métodos: O estudo foi realizado na Santa Casa de Misericórdia
de Cerqueira César, e envolveu 5 gestantes com dor lombar, sendo que 2
gestantes somente compareceram na avaliação. As sessões constituíram de
20 minutos de aplicação de gelo e série de alongamentos, e antes e após foi
aplicada a Escala Visual Numérica e Escala de Carinhas. Resultados: Os
valores numéricos colhidos evidenciaram diminuição significativa da dor na
escala de carinhas, com a mediana antes da aplicação de 3 (2,5 3) e depois 2
(1 2,5) e depois foi de 2 (1 3), com valor de p= 0,032. Conclusão: A dor
lombar diminui depois da aplicação de gelo e alongamentos e é uma boa opção
a ser aplicada em gestantes com lombalgia.
Palavras – chave: lombalgia, gestantes, escala de dor, gelo e alongamentos.
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COMPARAÇÃO DAS OPINIÕES ENTRE ALUNOS DE GRADUAÇÃO DOS CURSOS DE DIREITO E DE FISIOTERAPIA SOBRE CONCEITOS
BIOÉTICOS
Autor: Clayton Kleber Carbo
Orientador: Vanessa Brick
RESUMO:
Introdução: A questão da bioética é polêmica e particular, pois muitas vezes,
os conceitos e opiniões sobre temas como aborto, suicídio, eutanásia, adoção
por casais homossexuais e clonagem, entre outros, são aceitos ou não pelo
indivíduo baseando-se em suas próprias convicções, apesar de estarem
legalmente amparados. Objetivo: Este trabalho foi realizado através de
pesquisa com estudantes dos cursos de direito e fisioterapia. Esses cursos têm
visões diferentes, e o objetivo deste trabalho é comparar as opiniões sobre os
conceitos de bioética. Metodologia: A pesquisa foi autorizada pelo comitê de
ética e aplicada através de questionário de múltipla escolha, a 112 estudantes
da Faculdade Marechal Rondon, sendo 56 do 6º e 8º semestre de fisioterapia e
56 do 6º, 8º e 10º semestre de direito. Foram consultadas legislações a
respeito dos temas abordados nas perguntas, e pesquisa em livros, revistas e
publicações científicas on line. Resultados: Foram encontrados resultados
semelhantes em algumas questões e divergentes em outras, mas as questões
que tem mais divulgação na mídia foram as que apresentaram resultado mais
parecido com as leis e normas técnicas. Conclusão: Foi observado o
despreparo teórico sobre algumas questões, e a diversidade do pensamento
dos estudantes destes dois cursos. A introdução da disciplina de Bioética seria
fundamental para diminuir esse despreparo e evitar erros de julgamento.
Palavras-chave: Bioética. Direito. Fisioterapia.
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AVALIAÇÃO DA POSTURA CORPORAL E DO GRAU DE CONSCIÊNCIA POSTURAL, UMA COMPARAÇÃO ENTRE ESTUDANTES DE
FISIOTERAPIA E DE OUTROS CURSOS DA FACULDADE MARECHAL RONDON
Autor: Érika Vital
Orientador: Rosemary Berto
RESUMO:
Introdução: O termo postura pode ser definido como sendo a posição ereta
adotada pelo ser humano em perfeito equilíbrio com a ação da gravidade, com
o mínimo gasto energético. A postura pode ser classificada como boa ou má,
ou seja, um conjunto harmônico ou não de atitudes globais do corpo, sendo
que o mau hábito postural é o problema posicional mais comum que leva o
indivíduo a apresentar atitudes compensatórias. Objetivo: Comparar o grau de
consciência postural e percepção corporal entre estudantes de fisioterapia,
enfermagem e administração da Faculdade Marechal Rondon. Metodologia:
Os alunos participantes da pesquisa foram submetidos à avaliação postural no
simetrógrafo e ao teste Askevold, o qual analisou a forma como cada indivíduo
projeta sua imagem corporal. O grupo constou de 10 alunos do curso de
Fisioterapia, 7 do curso de Administração de Empresas e 7 do curso de
Enfermagem, com idade entre 20 à 30 anos. Utilizou-se do método de média
ponderada para avaliar a percepção da simetria para cada conjunto de alunos
e da freqüência relativa para avaliar o grau de concordância entre a avaliação
real e a percepção. Resultados: Foram avaliados 24 indivíduos sendo que
somente 1 apresentou 7 simetrias na figura formada, sendo considerado como
tendo uma boa percepção corporal, 8,33% não apresentou nenhum ponto
simétrico na figura formada e 29,16% apresentou 1 ponto simétrico. A média de
simetria encontrada em cada curso foi de 3,6 pontos para fisioterapia, 1,14
pontos para enfermagem e administração de empresas não apresentou
nenhum ponto simétrico. Alunos de fisioterapia demonstraram um melhor
15
resultado quanto à sua percepção corporal apresentando um percentual para o
grau de concordância entre real e percebido de 128,57%, sendo que para os
alunos de enfermagem foi de 45,83% seguido de 37,93% entre os estudantes
de administração de empresas. O desvio de coluna vertebral mais encontrado
em estudantes da Faculdade Marechal Rondon foi a escoliose, 54,16% dos
indivíduos, fator que pode ter influenciado significativamente nos dados
encontrados referentes às alterações posturais dos grupos avaliados.
Conclusão: O objetivo do trabalho foi alcançado demonstrando-se o grau de
consciência postural e percepção corporal apresentado pelos grupos avaliados,
sendo que alunos de fisioterapia apresentaram percepção corporal
significativamente melhor que a dos outros grupos estudados.
Palavras-chave: consciência corporal; avaliação postural; percepção; teste de
askevold.
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A HIDROTERAPIA EM CRIANÇAS ASMÁTICAS
Autor: Fabiana Rachel Prado de Souza
Orientador: Siomara Marzo
RESUMO: Introdução: A asma é uma doença inflamatória pulmonar, caracterizada por
um aumento da responsividade da traquéia e brônquios a vários estímulos, e é
manifestada por estreitamento das vias aéreas, porém isso vai depender da
severidade espontânea ou em resposta a tratamentos específicos. Sendo a
doença mais comum da infância, responsável por até 30% das limitações de
atividades em crianças. Objetivo: Avaliar a intervenção da hidroterapia em
crianças asmáticas, por meio de testes como Pimáx, Pemáx, Pico de Fluxo
Expiratório (PFE) e cirtometria. Materiais e Método: Três crianças, duas do
sexo masculino e uma do sexo feminino e idade entre 08 a 10 anos, com
diagnóstico de asma, submetidos a 20 (vinte) sessões de fisioterapia aquática
de 60 (sessenta) minutos cada. Foi necessário para a avaliação dos pacientes
uma ficha de avaliação e equipamentos como monovacuômetro, peak flow,
estetoscópio e fita métrica. Resultados: Observamos aumento da força
muscular inspiratória em uma média de 19,23%, aumento da força muscular
expiratória em média de 35,00% e diminuição do grau de obstrução das vias
aéreas em uma média de 16,67%. Em relação à cirtometria, todos os pacientes
tiveram aumento da expansibilidade toracoabdominal, observando aumentos
variando de paciente para paciente; entre 1 a 4 cm. Conclusão: Tendo em
vista os bons resultados obtidos em todos os testes avaliados, podemos
concluir que o tratamento de crianças asmáticas por meio da hidroterapia é
considerado satisfatório. Também podemos observar que a literatura oferece
poucas referências com esse tema, portanto esse trabalho poderá incentivar
novas pesquisas nessa área, aumentando também a procura da hidroterapia
por pacientes asmáticos.
Palavras – chave: Asma, fisioterapia e hidroterapia.
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A EVOLUÇÃO DO MÉTODO BOBATH E SUA APLICABILIDADE NA FISIOTERAPIA
Autor: Fernando Henrique Neto
Orientadores: Gladys Alexandra Dias Ribeiro e Gianmarco Silva David
RESUMO:
O presente trabalho tem como objetivo compreender, através de levantamento
bibliográfico, a utilização do método Bobath na área de reabilitação física de
adultos, uma vez que essa metodologia é muito difundida e utilizada na área
infantil e pouco divulgada e escassa na área adulta. Inicialmente será abordada
a história da Fisioterapia, a fim de contextualizar o cenário histórico, em
seguida será apresentado o método Bobath, com os materiais utilizados,
técnicas de propriocepção e pontos chaves usados, finalmente a
neuroplasticidade é exposta para entendermos o seu desempenho no método
Bobath e na Fisioterapia. Os benefícios desta pesquisa estão relacionados à
expansão do conhecimento acerca do método Bobath com adultos. Para tanto
foram buscadas referências em publicações como bases de dados da Bireme,
Medline, e Lilacs, livros e web sites sobre a temática.
Palavras-chave: Bobath, Fisioterapia, Reabilitação, Adultos.
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PERFIL DE MORBIDADE EM TRABALHADORES ATENDIDOS EM UMA CLÍNICA PARTICULAR NO MUNICÍPIO DE PORANGABA-SP
Autor: Gabriela Feliciano Silva
Orientador: Gladys Alexandra Ribeiro Dias
RESUMO:
Introdução: A fisioterapia tem um importante papel na área da saúde, pois ela
atua tanto na prevenção como na reabilitação de pacientes em diversas áreas,
como por exemplo, nas doenças ocupacionais. Atualmente existe uma alta
incidência deste tipo de patologia e as mais comumente encontradas são as
tendinites, lombalgias, cervicalgias, síndrome do impacto, bursite, epicondilites,
entre outras. Objetivo: Verificar quais patologias tem maior incidência, em uma
clínica particular, do interior de São Paulo, durante um período de 4 meses.
Métodos: Foi realizado um levantamento de dados, com estudo retroativo em
42 prontuários de pacientes, de uma clínica particular, na cidade de
Porangaba-SP, sendo colhida as seguintes informações: nome, idade, sexo
área de moradia, ocupação, patologia, e o tempo em que o individuo tem a
patologia. Resultados: Em relação à idade obtivemos uma maior prevalência
por pacientes entre 51 a 60 anos (28%), com predomínio pelo sexo feminino
(60%), sendo a área de moradia urbana a mais prevalente (55%), com
ocupação de trabalhadores braçais (14), em relação à patologia mais afetada
foi as tendinites (15), com tempo de evolução entre 1 a 3 anos (11).
Conclusão: Conclui-se que a patologia com maior incidência foi a tendinite,
seguidas da lombalgia e cervicalgia.
Palavras-chave: Fisioterapia, patologias ocupacionais e saúde do trabalhador.
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NÍVEL DE DEPENDÊNCIA DE IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS NA CIDADE DE SÃO MANUEL-SP
Autor: Graciely Rodrigues Camargo
Orientador: Célia Regina Covolan
RESUMO:
Cada vez mais a população está envelhecendo e como conseqüência deste
processo há uma diminuição da capacidade funcional. Sendo assim, o objetivo
deste trabalho foi verificar o nível de dependência de idosos em uma instituição
asilar na cidade de São Manuel - SP. Para a consecução do objetivo proposto,
realizou-se a coleta de dados na Instituição “Pousada da Colina” com idosos de
ambos os sexos e que aceitaram participar da pesquisa. Para a classificação
do nível de dependência, utilizamos a MIF-Modificada (Medida de
Independência Funcional) na qual classificamos o indivíduo como
independente, dependência modificada com assistência de até 25% das
tarefas, dependência modificada com assistência de até 50% das tarefas,
dependência modificada de até 75% das tarefas e dependência completa. Dos
dados analisados temos que a idade média dos idosos foi de 74,8+10,1 anos
com 51,7% eram do sexo feminino. O valor médio da MIF-Modificada para o
grupo analisado foi de 95, ou seja, foram classificados como “ótimo”,
apresentando uma “dependência modificada com assistência de até 25% das
tarefas”. As áreas em que houve mais comprometimentos foram vestir parte
inferior do corpo e banho; e as áreas com melhores graus de independência
funcional foram alimentação e compreensão. Sendo assim, tem-se que os
idosos asilados são em sua maioria do sexo feminino, sendo esta categoria
com maior dependência funcional e com maior número de co-morbidades.
Nota-se ainda que, de forma geral, os idosos apresentam “ótimo” nível de
independência funcional. Propõem-se estudos futuros para melhor atendimento
20
aos idosos que vivem em instituições asilares, proporcionando assim uma
melhor qualidade de vida.
Palavras-chave: idoso; envelhecimento; capacidade funcional; instituição
asilar.
21
FORÇA DE PREENSÃO MANUAL EM ADOLESCENTES PRATICANTES DE VOLEIBOL E FUTEBOL
Autor: Guilherme Ferreira Nunes
Orientadora: Vanessa de SouzaBrick
RESUMO:
Introdução: A força muscular está presente em todas as atividades humanas,
sendo necessária para a execução de qualquer tarefa. A força muscular dos
membros anteriores, mais precisamente da mão, pode indicar o estado de
saúde da pessoa. A dinamometria manual é um método simples para medir a
força muscular e muito utilizada por fisioterapeutas e outros profissionais da
área da saúde. Objetivo: O presente trabalho mediu a força muscular de 15
adolescentes praticantes de futebol e voleibol, sendo 9 praticantes de futebol e
seis praticantes de voleibol, com o objetivo de comparar a força de preensão
manual utilizada. Metodologia: Para a execução deste trabalho foram
realizadas mensurações de preensão manual com a utilização de dinamômetro
da marca Baseline. Resultados: Os dados coletados foram analisados e
comparados com a literatura científica. Conclusão: Os valores de força
muscular encontrados neste trabalho foram superiores aos descritos na
literatura consultada. Entretanto sabe-se que o desempenho muscular é
relativo ao corpo como um todo, não podendo se basear apenas em um grupo
muscular, sendo necessário o equilíbrio geral das forças. Este trabalho espera
contribuir para a ampliação dos estudos na área.
Palavras-chave: Dinamometria, Força muscular, Fisioterapia.
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EFEITO DA ESPASTICIDADE SOBRE OS PADRÕES LINEARES DE MARCHA EM INDIVÍDUOS HEMIPARÉTICOS.
Autor: Gustavo José Luvizutto
Orientador: Gladys Alexandra Ribeiro Dias
RESUMO:
Introdução: A hemiparesia após o acidente vascular encefálico (AVE) é uma
das formas mais freqüentes de incapacidade para o indivíduo que prejudica a
velocidade de execução dos movimentos automáticos, como por exemplo, a
marcha. A avaliação do quanto a espasticidade altera os padrões de marcha
tem sido o foco de inúmeras pesquisas clínicas para esclarecer o seu efeito
durante o controle motor automático. Objetivos: Analisar o efeito da
espasticidade nos padrões lineares de marcha em indivíduos hemiparéticos e
correlacionar com os graus de força muscular e amplitude articular do
tornozelo. Métodos: A casuística foi formada por 10 indivíduos com AVE
(hemiparesia à direita) e média de idade 54,2±7,14 e 10 sujeitos do grupo
controle (destros) com média de idade 52,6±6,38. Foram avaliados os
parâmetros, tônus muscular de flexores plantares através da escala de
Ashworth modificada, arco de movimento de dorsiflexão, força muscular de
dorsiflexores e eversores e utilizou-se o protocolo de Nagazaki para observar
os parâmetros lineares de marcha (distância - DTP, tempo - t, velocidade -
VEL, amplitude - AMP e cadência dos passos - CAD). As variáveis
espasticidade e força muscular foram analisadas pelo teste Qui-quadrado e as
variáveis, amplitude de movimento e parâmetros lineares da marcha através do
teste t não pareado, sendo o nível de significância estabelecido de 5%
(p<0,05). Resultados: A média para DTP foi de 14,52±5,2m para o grupo AVE
e 32,16±3,0m para o grupo controle (p<0,0001) e o tempo foi de 23,75±4,7s no
grupo AVE 19,02±0,9 no grupo controle (p<0,0001). A AMP, VEL e força
23
muscular foram estatisticamente significativos (p<0,0001) e CAD não mostrou
grau de significância (p=0,1936) quando comparado entre os grupos. Quando
comparados os parâmetros lineares com a amplitude de movimento em
dorsiflexão com joelho em 30º, o valor de p entre os grupos foi de 0,0039 e
com o joelho em 0º p<0,0001 mostrando significância na relação. Conclusão:
Quanto maior for o grau de espasticidade, menores serão os parâmetros
lineares de marcha do indivíduo, associado à diminuição da amplitude de
movimento e força muscular.
Palavras-chave: Acidente vascular encefálico, espasticidade, marcha.
24
COMPARAÇÃO ENTRE AS ESCALAS DO ÍNDICE DE BARTHEL E KATZ EM PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS
Autor: Júlia Saldanha Feriozi
Orientador: Karina Graziela Paccola Netto e Célia Regina Covolan
RESUMO:
O termo paralisia cerebral (PC) designa lesão no cérebro imaturo, com caráter
não progressivo e não-evolutivo, podendo levar a alterações do movimento, da
postura, do equilíbrio, da coordenação, cognição, comunicação, percepção,
comportamento e do tônus muscular, freqüentemente a PC interfere na
aquisição de habilidades motoras, daí a importância de conhecer as
dependências desses pacientes, e para isso utilizou-se escalas de avaliação
para atividades de vida diária como o Índice de Barthel e o Índice de Katz.
Objetivo: avaliar a independência funcional através das atividades de vida
diária a partir das escalas do Índice de Barthel e Katz e verificar as possíveis
diferenças entre os resultados. Material e métodos: Aplicação das Escalas do
Índice de Barthel e Katz, sendo dividido em três etapas, na primeira foi feita a
coleta de dados na APAE de São Manuel-SP, na segunda foi feita a aplicação
das escalas de avaliação e na terceira etapa foi feita a análise dos dados para
os resultados no Microsoft Office Excel 2007. Resultados: Os resultados
obtidos através do Excel 2007 demonstraram que houve diferença entre as
escalas, sendo que o Índice de Barthel 9 sujeitos foram classificados como
dependência leve, 2 como moderada e 1 como severa, no Índice de Katz 8
sujeitos foram classificados como mais funcional, 3 como funcionalidade
intermediária e 1 como menos funcional. Conclusão: houve uma pequena
diferença entre os resultados, que talvez seja pelo pequeno número de sujeitos
avaliados ou por não ter sido feita uma análise estatística dos resultados, e a
25
maioria dos sujeitos avaliados foram classificados como mais funcional
segundo Katz e como leve no Índice de Barthel.
Palavras-chave: Fisioterapia, Paralisia Cerebral, AVD, Avaliação Funcional.
26
USO DA MUSICOTERAPIA COMO COADJUVANTE NO TRATAMENTO FISIOTERÁPICO DE CRIANÇAS INTERNADAS COM PNEUMONIA
Autor: Karoline Bueno de Campos
Orientador: Thaís Pereira Giorgeto Lucheta
RESUMO: Introdução: Atualmente a busca por alternativas terapêuticas que auxiliem os
tratamentos convencionais, proporcionou um maior interesse sobre a ação da
música na saúde, principalmente na busca do controle da dor. Este é explicado
pela ação da música na função autonômica, levando a uma liberação de
endorfina onde também ocorre uma diminuição da liberação de catecolaminas
o que poderia explicar a redução na freqüência cardíaca (FC) e pressão arterial
(PA). A pneumonia é caracterizada por um processo inflamatório agudo do
parênquima pulmonar, causado por microorganismos que passaram aos
mecanismos de defesa, por inativação dos cílios localizados no trato
respiratório. Objetivo: Verificar a influência da música na freqüência cardíaca
(FC) e freqüência respiratória (FR) antes e após o tratamento fisioterápico em
crianças hospitalizadas por pneumonia. Método: Foram avaliadas 20 crianças
com idade até cinco anos internadas por pneumonia no Hospital da Casa Pia
São Vicente de Paulo, situado na cidade de São Manuel – São Paulo. As
crianças foram divididas em dois grupos: controle e intervenção, onde foram
verificadas as variáveis cardiopulmonares (FC e FR) antes e após o
atendimento. O grupo controle recebeu o atendimento fisioterapêutico sem o
auxílio da música, já o grupo intervenção foi atendido com o auxílio da música
Canção de Ninar da Orquestra de Berlim. O atendimento consistiu de
manobras respiratórias como dígito – percussão e aumento do fluxo
respiratório (AFE), realizado nos dois grupos. Resultados: O estudo foi
realizado com 20 crianças, ambos os sexos, idade média de 1,72 anos. O valor
da freqüência cardíaca, avaliada por meio de oxímetro de pulso não se mostrou
significativa nem no grupo intervenção (p= 0,19) nem no controle (p= 0,49). Em
relação à freqüência respiratória, contadas pelas incursões respiratórias
durante um minuto, mostrou-se significativa (p=0,02) no grupo intervenção, já
27
no grupo controle não houve diferença (p= 0,49). Comparando-se os grupos
controle e intervenção, não houve diferença estatisticamente significante nem
no momento inicial (p=0,16) nem após (p=0,79). Em relação à freqüência
respiratória na comparação dos dois grupos, também não houve diferença
estatisticamente significante, sendo inicialmente (p=0,14) e após (p=0,24).
Conclusão: O presente estudo sugere que a musicoterapia como terapia
alternativa, pode acalmar a criança internada, auxiliando a fisioterapia
respiratória por meio da redução da freqüência respiratória e freqüência
cardíaca, mas ainda se faz necessário novos estudos para comprovar sua
efetividade na área da saúde.
Palavras – chave: musicoterapia, fisioterapia respiratória, pneumonia.
28
AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS PULMONARES, EXPANSIBILIDADE TORACOABDOMINAL E FORÇA MUSCULAR RESPIRATÓRIA EM
INDIVÍDUOS HEMIPARÉTICOS
Autor: Kelly Cristina da Silva
Orientador: Thais Giorgeto Pereira Lucheta e Cecília Bueno Tesch
RESUMO:
Introdução: Algumas doenças cardiovasculares causam alterações
neurológicas como a alteração do tônus e da postura, e um exemplo disso é o
Acidente Vascular Cerebral (AVC). Este costuma apresentar a chamada
hemiparesia, que se caracteriza pela paresia ou dificuldade dos movimentos de
um hemicorpo (membros superiores, tronco e membros inferiores) o que pode
interferir na mobilidade torácica e na força muscular respiratória, dificultando o
processo de respiração, acarretando em uma disfunção pulmonar. Objetivo:
Avaliar as variáveis pulmonares, a expansibilidade toracoabdominal e a força
muscular respiratória em indivíduos hemiparéticos. Indivíduos e Método:
Foram avaliados 20 indivíduos de ambos os gêneros, sendo que 10 eram
saudáveis (grupo controle) e 10 com hemiparesia. Todos assinaram o termo de
consentimento e foram submetidos a dois dias de avaliação que constou de
espirometria, manovacuometria e cirtometria. Posteriormente os dois grupos
foram comparados. Resultados: Não foram observadas alterações
estatisticamente significantes para as variáveis pulmonares, já para a
cirtometria, foi significativo quando se comparou os níveis xifoideano (p=0,
0232) e abdominal (p=0, 0052). Com relação à força muscular respiratória os
dados também foram significativos, com p=0, 0288 da pressão inspiratória
máxima e p=0, 0007 para pressão expiratória máxima entre os dois grupos.
Conclusão: Não foram observadas alterações estatisticamente significantes
para as variáveis pulmonares nos indivíduos hemiparéticos, porém com relação
29
à expansibilidade torocoabdominal houve diminuição nos níveis xifoideano e
abdominal e com relação à força muscular respiratória observou-se fraqueza muscular nesses indivíduos.
Palavras-chave: hemiparesia, variáveis pulmonares, expansibilidade
toracoabdominal, força muscular respiratória.
30
ESQUEMA E IMAGEM CORPORAL EM IDOSOS COM SEQÜELA DE ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO
Autor: Lilian Maria Franco Bulau
Orientador: Gladys Alexandra Ribeiro Dias
RESUMO:
Introdução: O Acidente Vascular Encefálico (AVE) é o surgimento agudo de
uma disfunção neurológica devido a uma anormalidade na circulação cerebral,
tendo como resultado sinais e sintomas que correspondem ao
comprometimento de áreas focais do cérebro com duração maior de 24 horas.
A ocorrência do AVE traz conseqüências negativas para os sobreviventes,
alterações no nível de consciência, sentidos, motricidade, percepção,
linguagem, incapacidades, apresentando déficits funcionais e neurológicos que,
geralmente, predispõem um estilo de vida sedentário, com limitações
individuais para as atividades de vida diária (AVD), influenciando em sua
qualidade de vida. Objetivos: comparar a existência de alterações de esquema
e imagem corporal entre indivíduos acometidos por AVE e indivíduos sadios, e,
dentre o grupo de indivíduos com AVE, os que apresentam hemiparesia
esquerda ou direita. Métodos: participaram do estudo 28 indivíduos, 14
apresentando seqüela de AVE e 14 sem seqüela de AVE (sadios), que
estavam em tratamentos na clínica da Faculdade Marechal Rondon. Foi
utilizado um teste de montagem do diagrama do corpo humano para verificar
possíveis alterações de esquema e imagem corporal. Resultados: os achados
encontrados neste estudo mostram que, no grupo de pacientes com AVE, 86%
apresentam alguma alteração de percepção, e em pacientes normais apenas
7% apresentam alterações semelhantes. Neste estudo, dentre as alterações
apresentadas pelos pacientes com AVE, 42% relacionadas com alterações de
percepção viso-espacial, 50% com alteração do esquema corporal e 8% com
31
negligência unilateral. Conclusão: a montagem do diagrama do corpo humano
se mostra um instrumento bastante eficaz na identificação de alterações
perceptivas e de esquema corporal em grande parte do grupo de pacientes
com AVE, e deve ser encorajada, por parte dos fisioterapeutas, podendo
permitir um programa de reabilitação mais eficiente.
Palavras-chave: Acidente Vascular Encefálico, atividades da vida diária,
alterações perceptivas, esquema e imagem corporal.
32
AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA E CAPACIDADE FUNCIONAL DE PACIENTES SUBMETIDOS À REABILITAÇÃO CARDIO-PULMONAR
Autor: Lucas Soares Dorini
Orientador: Daniele Leandra Mengue Alves
RESUMO: Introdução: A reabilitação cardio-pulmonar é definida como um sinal de
intervenções que faz com que os pacientes com doenças cardiovasculares ou
pulmonares pós aguda ou crônica tenham a melhora das condições físicas,
psicológicas e sociais, utilizando seus próprios esforços para melhorar e
recuperar a independência e a capacidade dentro da sociedade. Assim sendo
os objetivos da reabilitação cardio-pulmonares é prevenir um subseqüente
infarto, uma nova hospitalização, melhorar a qualidade de vida, promover a
saúde e reduzir as taxas de mortalidade desses pacientes. Objetivo: Avaliar a
qualidade de vida e a capacidade funcional de pacientes submetidos a
reabilitação cardio-pulmonar. Métodos: participaram do estudo oito pacientes,
de ambos os gêneros, com diagnósticos de doenças pulmonares e cardíacas,
que realizam a reabilitação ambulatorial no setor de fisioterapia cardio-
pulmonar da Clínica da Faculdade Marechal Rondon. Os pacientes foram
acompanhados por um período de quatro semanas, freqüência de duas vezes
na semana e duração de 60 minutos; que constou de: fase de aquecimento,
fase de condicionamento e a fase de desaquecimento. Para o protocolo de
averiguação de qualidade de vida e capacidade funcional, foram realizadas as
aplicações do questionário de qualidade de vida Short Form 36 (SF-36) e do
teste de caminhada de seis minutos (TC6). Resultados: As análises
estatísticas apresentaram significância quanto ao questionário de qualidade de
vida SF-36 total entre pré e pós reabilitação, o primeiro escore apresentou
média de 93,21+4,87 e o segundo de 99,43+4,49 (p<0,019). Todos os
domínios do SF-36 apresentaram escores melhores, não ocorrendo
significância antes e após as oito sessões, apenas no escore do aspecto social
houve significância estatísticas nas médias 51,56+12,38 e após 70,83+18,63
(p=0,029). O teste de caminhada de seis minutos apresentou diferença entre
33
as médias do primeiro teste para o segundo, mas não houve diferença significante 415,37+109,50m e 393,25+85,50m (p=0,660). Conclusão: Com
base nos resultados obtidos sugere-se que houve uma melhora da qualidade
de vida no grupo de pacientes estudados, porém não ocorreu aumento em
relação a capacidade funcional dos mesmos. Recomendando-se que mais
trabalhos científicos, com maior número de paciente e mais tempo de
reabilitação sejam realizados, visando à capacidade funcional e qualidade de
vida dos pacientes, com objetivo de incrementos durante o período de
reabilitação, baseando-se na realidade de cada paciente.
Palavras-chave: reabilitação cardio-pulmonar, teste de caminhada de seis
minutos, questionário SF-36.
34
UTILIZAÇÃO DE BANDAGEM NEUROFUNCIONAL EM PACIENTES HEMIPARÉTICOS
Autor: Maria Claudia Negrão Barbosa
Orientador: Gladys Alexandra Ribeiro Dias
RESUMO:
Introdução: O Acidente Vascular Encefálico é caracterizado pela instalação de
déficit neurológico focal e repentino, determinado por lesão cerebral secundária
a um mecanismo vascular, com duração de mais de 24 horas. As principais
seqüelas do AVE são: espasticidade e hemiparesia, ou seja, aumento do tônus
muscular e paralisia ou déficit motor do hemicorpo contra lateral à lesão. Para a
recuperação de paciente após AVE são utilizados recursos terapêuticos, sendo
um desses a bandagem neurofuncional que é a aplicação de uma fita protetora
que se adere à pele. Objetivos: Verificar a ação da Bandagem Neurofuncional
quanto à amplitude de movimento (ADM) e tônus muscular em pacientes
hemiparéticos. Métodos: A casuística foi conduzida na Clínica da Faculdade
Marechal Rondon no Setor de Neurologia Adulto com duas pacientes que
sofreram AVE, apresentando hemiparesia esquerda, com quadro de
espasticidade. Feita avaliação inicial, aplicou-se a bandagem neurofuncional
durante oito semanas consecutivas na articulação do ombro comprometido;
após este período as pacientes foram reavaliadas. Tanto no início quanto no
final do tratamento, utilizou-se a escala de Ashworth modificada para
quantificar tônus muscular e goniometria para avaliação da ADM. Resultados:
Em relação à ADM, a paciente 01 manteve seu grau de amplitude em todos os
movimentos, enquanto que na paciente 02 houve aumento de todos os
movimentos de ombro. Em relação ao tônus muscular a paciente 01
apresentou melhora, a paciente 02 manteve seu grau em ambas as avaliações.
Conclusão: Houve melhora na ADM e no tônus muscular, porém seria
necessário maior tempo de intervenção fisioterápica para resultados mais
fidedignos.
35
Palavras-chave: Acidente Vascular Encefálico (AVE), Hemiparesia e
Bandagem Neurofuncional.
AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA EM PACIENTES COM ARTRITE REUMATÓIDE
Autor: Mirela Fernanda Baldi de Almeida
Orientador: Siomara Marzo
RESUMO:
Introdução: Artrite reumatoíde (AR) é um termo genérico para
aproximadamente 100 doenças que produzem inflamação no tecido conjuntivo,
ou uma degeneração não-inflamatória desses tecidos. É uma doença
inflamatória que agride predominantemente e que por vezes adquire caráter
sistêmico. O uso de questionários para avaliação da evolução de doenças
crônicas respondidas pelos próprios pacientes é valioso. Objetivo: Este
trabalho teve como objetivo analisar a qualidade de vida em pacientes com
diagnóstico de artrite reumatóide submetidos à hidroterapia. Métodos: A
avaliação foi feita através duas ferramentas para análise de qualidade de vida
os questionários Health Assessment Questionnarie (HAQ) e SF-36 aplicados
aplicado em 16 pacientes com diagnóstico de artrite reumatóide. Destes
pacientes 8 (oito) em tratamento na hidroterapia, denominado Grupo A e 8
(oito) pacientes que não realizam nenhum tipo de tratamento fisioterapêutico,
Grupo B. Critérios de inclusão: Para o grupo A: em tratamento na hidroterapia.
Para o grupo B: não realizar nenhum tratamento fisioterapêutico. Para ambos
possuir diagnóstico médico de artrite reumatóide, ter assinado o termo de
consentimento livre e esclarecido. O trabalho foi realizado junto a APAE de São
Manuel. Resultados: Observamos no presente trabalho que os indivíduos do
Grupa A obtiveram uma melhor qualidade vida quando comparados como os
indivíduos pertencentes ao Grupo B. O Grupo A apresentou um maior
36
percentual de qualidade de vida em 75% dos domínios relacionados no HAQ,
enquanto que o Grupo B apresentou apenas 25% dos domínios. Com relação
ao SF-36 houve um maior percentual de qualidade de vida em 62,5% dos
domínios no Grupo A, enquanto que o Grupo B obteve apenas 37,5% dos
domínios. Conclusão: O estudo verificou que os questionários possuem fácil
aplicabilidade e que a hidroterapia exerce um papel importante no tratamento
da AR, havendo maior qualidade de vida nos praticantes de hidroterapia com
melhora do quadro patológico e influencia positiva na qualidade de vida
daqueles que a praticam.
Palavras-chave: artrite reumatóide, hidroterapia, qualidade de vida, SF-36,
HAQ
37
AVALIAÇÃO E ANÁLISE DA FLEXIBILIDADE DE UMA EQUIPE DE GINÁSTICA RÍTMICA
Autor: Natalia Georgetto
Orientador: Rosemary Berto
RESUMO:
Introdução: A Ginástica Rítmica GR é um esporte que requer um alto grau de
flexibilidade, coordenação e equilíbrio, podendo causar algumas alterações. A
GR é um esporte exclusivamente feminino que pode ser classificada entre arte
e esporte, há a manipulação de aparelhos, como, corda, arco, maças e fita. A
flexibilidade na ginástica rítmica é de extrema importância, pois a amplitude
muitas vezes determina o grau de execução dos movimentos. Objetivo: Avaliar
a flexibilidade da equipe de Ginástica Rítmica da cidade Botucatu.
Metodologia: Foram avaliadas 12 atletas do sexo feminino com idade entre 08
a 17 anos, atletas da equipe de ginástica rítmica da cidade de Botucatu. Os
dados foram coletados no Ginásio onde ocorre o treinamento, sendo que as
mesmas estavam usando trajes esportivos para a avaliação. O teste de medida
da flexibilidade foi realizado utilizando o Banco de Wells. Foram realizadas três
medidas, sendo realizada a média de cada atleta, a média de idade e a
comparação com outras modalidades e escolares. Resultados: Os resultados
demonstram que na categoria pré infantil (8-9 anos de idade) foi a que obteve
melhor nível de flexibilidade (média de 32,3) e o aquecimento da musculatura
pode aumentar os níveis de flexibilidade. Conclusão: A flexibilidade na GR é
um requisito de muita importância, pois a amplitude de movimento (ADM)
determina em muitas situações a qualidade do movimento e o valor da
dificuldade na GR.
Palavras-chave: flexibilidade, Ginástica Rítmica , Amplitude de movimento.
38
EFEITO DA POSIÇÃO SUPINA NA PRESSÃO INSPIRATÓRIA MÁXIMA, NA FREQÜÊNCIA CARDÍACA E NA OXIGENAÇÃO EM PREMATUROS
Autor: Priscila Assumpção de Souza
Orientador: Letícia Cláudia de Oliveira Antunes
RESUMO: Introdução: Muitos recém-nascidos (RN) prematuros exigem cuidados em
Unidade de Terapia Intensiva (UTI) além de profissionais altamente
capacitados e presentes 24 horas por dia. A UTI neonatal oferece completo
suporte vital, equipamento de reanimação, monitoração e extenso serviço
auxiliar de apoio. O RN prematuro em ventilação mecânica é mantido
freqüentemente na posição supina e nesta posição é mantido até a extubação.
Objetivo: Avaliar a pressão inspiratória máxima (PImax), freqüência cardíaca
(FC) e a Oxigenação em prematuros de UTI neonatal sob ventilação mecânica
invasiva na posição supina. Método: Estudo clínico prospectivo do tipo teste
diagnóstico, envolvendo 10 RN prematuros da UTI neonatal, do Hospital das
Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu – UNESP, no ano de 2008. Os
RN foram selecionados para a aferição, no dia previsto para extubação, e
obtido o consentimento materno livre e esclarecido. Os RN foram posicionados
em supino e monitorizados por meio de oximetria de pulso (freqüência cardíaca
de pulso e a saturação de pulso de oxigênio). Foi ofertado FiO2 = 1,0 durante
um minuto (pré-oxigenação), e a seguir desconectados do ventilador e
conectados ao aparelho manovacuômetro. A PImax foi definida como a
pressão negativa máxima sustentada por pelo menos um segundo durante os
20 segundos de oclusão, as mensurações foram repetidas três vezes em cada
RN. Entre cada aferição o RN foi reconectado ao ventilador por
aproximadamente 5 minutos, para que se restabelesse. Estatística: Análise
descritiva com cálculo das médias e desvios-padão, mediana e percentis.
Resultados: A média da idade gestacional foi de 30 ± 1,82 semanas, o peso
39
de nascimento foi de 1516 ± 462g, dias de vida na aferição 11 ± 11,8, FC de
147,3 15,09, SatO2 de 97,3 2,05 e média da PImax foi de 27,6 ± 4,47 cm
H2O, mediana de 26 (24 32). Conclusão: Esses dados mostram que os
valores de PImax, FC e oxigenação são inferiores aos de RNT, entretanto
semelhantes aos dados de RNPT.
Palavras-chave: Força muscular inspiratória máxima, Oxigenação,
Prematuridade, Posição supina, Ventilação mecânica invasiva.
EFEITO DO TREINO DE FORÇA MUSCULAR NAS PRESSÕES INSPIRATÓRIA MÁXIMA E EXPIRATÓRIA MÁXIMA EM PACIENTES COM
DPOC.
Autor: Rita de Cássia Aparecida de Biazi
Orientador: Letícia C. Antunes de Oliveira
RESUMO: Introdução: A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) classifica-se como
uma pneumopatia obstrutiva crônica, progressiva e irreversível que acomete os
músculos respiratórios, acarretando também destruição alveolar e tendo como
fatores desencadeantes o tabagismo e a poluição ambiental. È uma condição
patológica caracterizada pela presença de obstrução ao fluxo aéreo
usualmente progressivo que parece começar em etapa precoce da vida, e tem
no hábito de fumar cigarros o principal fator causal. Pacientes com dpoc
também apresentam fraqueza muscular periférica associada á intolerância ao
exercício. Os exercícios resistidos propostos para estes pacientes têm sido
uma opção racional, pois apresentam maior tolerância a esse tipo de exercício,
além de melhorar sua função pulmonar e a capacidade funcional. Objetivo:
Avaliar o efeito do treino de força muscular em pacientes com DPOC, nos
40
valores de PImáx e PEmáx, antes e após treino dos músculos periféricos. Método: O estudo foi realizado na Universidade Estadual Paulista (UNESP) -
Campus Botucatu, onde foram avaliados dez pacientes com diagnóstico de
DPOC. Os mesmos foram submetidos a uma avaliação da musculatura
respiratória, por meio da manovâcuometria e o treinamento muscular periférico
com maquinas de academia. Resultados: A medida da PImáx maior foi de -
73± 24antes do treino e aumentou para -77,42±26,70 após o treino, porém não
apresentou significância estatística. A PEmáx antes do treino foi de 99±25 e
após o treino aumentou para 105±19, porém também não apresentou
significância estatística, devido ao pequeno número de amostras. Conclusão:
O treino de força muscular periférico promoveu um aumento nas pressões
respiratórias máxima. Devido ao pequeno número amostral não observamos
melhora significativa.
Palavras-chave: doença obstrutiva crônica, pressões respiratórias, treino de
força.
41
INTERVENÇÃO FISIOTERAPÊUTICA NO PACIENTE PORTADOR DE HANSENÍASE VIRCHOWIANA
Autor: Rosa Regina Romano
Orientador: Gladys Alexandra Ribeiro Dias
RESUMO:
Introdução: A hanseníase é causada pelo mycobacterium leprae e têm por
característica a lesão de nervos periféricos sendo as células de Schwann os
alvos primários e o comprometimento de nervos pode levar a dor. Objetivo:
Verificar o efeito do ultra-som na dor e na sensibilidade apresentada pelo
paciente portador de hanseníase virchowiana. Metodologia: Foi avaliado um
paciente portador de hanseníase virchowiana na clínica da Faculdade Marechal
Rondon, situada na cidade de Botucatu – São Paulo. O paciente foi submetido
a uma avaliação antes e após o tratamento fisioterapêutico que constava de
um questionário da dor de McGill-Melzack; escala analógica da dor;
sensibilidades térmica, dolorosa e tátil; avaliação de força muscular e palpação
dos nervos. Após a avaliação inicial iniciou-se o tratamento fisioterapêutico que
constava de aplicação do ultra-som na região do plexo braquial e a terapia
sensitiva que constava de aplicação de esponjas, sagu e gelo. Resultados:
Em relação ao padrão de dor apresentada pelo paciente passou de contínua e
constante para intermitente. Quanto à mensuração de dor a melhora foi de
30%. Quanto a graduação de força muscular houve melhora na abdução do
polegar esquerdo que era de 3 passando para 4. Na palpação dos nervos o
paciente somente apresentou dor à palpação e não mais ao movimento, e na
palpação do nervo radial cutâneo o paciente não apresentou dor. Conclusão:
Houve melhora na dor e sensibilidade do paciente portador de hanseníase
virchowiana com a utilização do ultra-som e as técnicas de dessensibilização,
porém sugerimos um tempo maior de intervenção para se obter um resultado
mais eficaz.
42
Palavras-chave: ultra-som, fisioterapia, hanseníase.
43
AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA EM INDIVÍDUOS FIBROMIÁLGICOS APÓS A UTILIZAÇÃO DO MÉTODO WATSU.
Autor: Silvana da Costa Rodrigues
Orientador: Siomara Marzo
RESUMO:
Introdução: A fibromialgia é uma síndrome caracterizada por dor músculo-
esquelética difusa que causa limitações da capacidade funcional, e interfere na
qualidade de vida, devido a algia crônica apresentada pelos pacientes. A
qualidade de vida pode ser avaliada por questionários gerais ou específicos,
sendo que para a fibromialgia tem-se utilizado o questionário específico
denominado Fibromyalgia Impact Questionnaire (FIQ). O Watsu é uma técnica
da hidroterapia, que tem sido utilizada nesses casos devido sua capacidade de
promover relaxamento e alívio da dor. Objetivo: Avaliar através do
questionário Fibromyalgia Impact Questionnaire (FIQ), a intervenção da técnica
Watsu na hidroterapia em pacientes com fibromialgia. Materiais e métodos:
Participaram do presente estudo, seis pacientes do sexo feminino com
diagnóstico de fibromialgia que responderam ao FIQ antes e após o
tratamento. Foi aplicado um protocolo de tratamento no período de setembro a
outubro de 2008, contendo como principal atividade o Watsu. Resultados: Ao
final do tratamento, as pacientes apresentaram uma melhora com relação à
interferência da fibromialgia na capacidade física, diminuição da dor, cansaço,
rigidez, ansiedade e depressão. Conclusão: houve uma melhora na qualidade
de vida segundo o Fibromyalgia Impact Questionnaire das pacientes
submetidas ao tratamento com a técnica Watsu, pois as mesmas apresentaram
uma melhora em três dos quatro itens avaliados no questionário, obtendo-se
uma porcentagem de melhora significante.
44
Palavras-chave: Fibromialgia, Watsu, Qualidade de Vida, Fibromyalgia Impact
Questionnaire
45
AVALIAÇÃO DO GRAU DE DEPENDÊNCIA NICOTÍNICA EM PACIENTES TABAGISTAS HOSPITALIZADOS
Autor: Siomara Aparecida Santiago
Orientador: Thaís Giorgeto Pereira Lucheta
RESUMO:
Introdução: A nicotina é a droga legal mais utilizada e divulgada no mundo. O
usuário de nicotina é dependente da droga e seu uso traz inúmeros malefícios
à saúde. O tabaco é o único agente que, não sendo bactéria ou vírus, possui
caráter pandêmico pelos prejuízos que causa à saúde mundial. Objetivo:
Avaliar o grau de dependência nicotínica em pacientes tabagistas
hospitalizados e observar as principais doenças desenvolvidas. Metodologia:
Foram avaliados todos os pacientes tabagistas internados no período de 29 de
maio a 29 de junho de 2008 na enfermaria clínica do Hospital da Casa Pia São
Vicente de Paulo. Após ser identificado como tabagista, o paciente foi
pesquisado quanto ao nível nicotínico por meio do questionário “Teste de
Fagerstrom”. Neste questionário ele respondia verbalmente as questões
perguntadas pela pesquisadora. Além do questionário também foi calculado a
carga tabágica (anos/maço) e analisados os prontuários para obtenção de
diagnóstico. Resultados: Foram avaliados 22 indivíduos tabagistas, sete
mulheres e quinze homens. A média de idade dos pacientes foi de 57 ± 14,7
anos. Cinco indivíduos apresentaram nível de dependência nicotínica muito
baixo, sete apresentaram nível elevado de dependência e dez apresentaram
nível muito elevado de dependência. Nenhum indivíduo foi classificado como
nível médio de dependência à nicotina. A carga tabágica variou entre um e 25
anos/maço para homens e mulheres. O tempo de tabagismo variou entre 8 e
66 anos. Dentre as patologias apresentadas encontrou-se predomínio de
doenças como Insuficiência Cardíaca Congestiva e Pneumonia. Conclusão:
46
Neste estudo observou-se um predomínio do grau muito elevado de
dependência nicotínica nos pacientes hospitalizados. Dentre as patologias
apresentadas as que se destacaram foram a Insuficiência Cardíaca Congestiva
e Pneumonia.
Palavras-chave: Fagerström. Tabagismo. Nicotina.
47
COMPARAÇÃO DOS EFEITOS DO TENS E DA CORRENTE INTERFERENCIAL NO ALÍVIO DA DOR LOMBAR.
Autor: Thiago Antonio de Freitas
Orientador: Daniele Leandra Mengue Alves
RESUMO:
Introdução: Lombalgia é um conjunto de manifestações dolorosas que
acometem a região lombar, decorrente de alguma anormalidade nessa região.
Conhecida popularmente como dor nas costas é uma das grandes causas de
morbidade e incapacidade funcional. Objetivos: Proporcionar o tratamento
fisioterapêutico de pacientes com lombalgia, permitindo diminuição da dor e
comparar o efeito analgésico da corrente TENS e da Corrente Interferencial.
Métodos: Foram estudados 16 pacientes de ambos os gêneros, com sinais de
dor na região lombar, a avaliação se deu pela utilização do McGill Pain
Questionnaire e pela Escala Visual Analógica no inicio e final de cada sessão.
Após a avaliação os pacientes foram divididos em dois grupos: Grupo
Interferencial e Grupo TENS e tratados por cinco sessões que ocorreram em
dias alternados. Resultados: a analise estatística revelou diferenças
significantes quando comparado os valores médios de pré e pós TENS (p=
0,004), pré e pós Interferencial (p=0,001), e na comparação entre os valores
pré TENS e pós Interferencial, não houve significância (p= 0,740), e pós TENS
e pós Interferencial ocorreu significância (p=0,008). Conclusões: Sugere-se
pelos resultados obtidos nos pacientes estudados com quadro de lombalgia,
que ocorreu melhora do quadro álgico com ambas as terapias, porém, houve
superioridade no tratamento da dor com a corrente Interferencial em relação a
TENS.
Palavras-chave: Lombalgia TENS, Corrente Interferencial
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COMPARAÇÃO DAS POSIÇÕES DECÚBITO DORSAL, SEMI-SENTADO E SENTADO NA AVALIAÇÃO DA FORÇA MUSCULAR RESPIRATÓRIA EM
INDIVÍDUOS SADIOS E SEDENTÁRIOS
Autor: Thiago Moro Neves
Orientador: Daniele Leandra Mengue Alves
RESUMO:
Introdução: A dinâmica respiratória ocorre pela atuação da musculatura
respiratória, sendo possível mensurar sua força produzida uma vez que a força
muscular é mensurada a partir da velocidade e potência de sua contração. Pelo
fato da contração muscular gerar força e esta gerar pressões dentro da caixa
torácica é que se consegue mensurar tal força por meio destas pressões. A
técnica de mensuração é realizada pela manovacuômetria tendo como
parâmetros a Pressão Inspiratória Máxima (PImax) e a Pressão Expiratória
Máxima (PEmax). Na literatura apresenta-se um consenso da forma de realizar
as avaliações da força muscular respiratória, com o teste sendo realizado
sempre com o paciente na posição sentado, com os pés apoiados no chão, e
os braços ao longo do corpo, excluindo a possibilidade de o teste ser realizado
em outras posições, como semi-sentado ou deitado. Objetivo: Avaliar a força
muscular respiratória de indivíduos jovens e sadios obtendo suas pressões
respiratórias máximas, com a utilização de um manovacuômetro, nas posições
decúbito dorsal (180º), semi-sentado (45º) e sentado (90º) e compará-las.
Métodos: Foram avaliados 20 indivíduos jovens saudáveis e sedentários,
alunos da Faculdade Marechal Rondon que realizaram a manovacuômetria em
diferentes decúbitos. Resultados: Depois de realizadas as avaliações foram
feita a análise estatística dos resultados e comparados os dados entre as
posições testadas e entre os gêneros, sendo constatada pequena variação nos
resultados de uma posição para outra e considerada não significativa perante
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os testes estatísticos ANOVA, Mann-Whitney e Kruskal-Wallis, no entanto foi
notada diferença significativa entre a força muscular respiratória entre
indivíduos do gênero masculino e feminino. Conclusão: Sugere-se, com base
no presente estudo, que a avaliação da força muscular respiratória com o
manovacuômetro pode ser realizada em outras posições, como semi-sentado
ou deitado.
Palavras-chave: diferentes decúbitos, força muscular respiratória,
manovacuômetria.
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PRESSÃO INSPIRATÓRIA MÁXIMA, OXIGENAÇÃO E FREQÜÊNCIA CARDÍACA DE PREMATUROS EM POSIÇÃO PRONA
Autor: Vanessa Langelli Antunes
Orientador: Letícia Cláudia O. Antunes
RESUMO:
Introdução: A UTI Neonatal é um ambiente importante de alta complexidade
ideal para o acompanhamento de recém-nascidos que necessitam de
monitorização contínua. A prematuridade e as conseqüências desta alteram de
maneira permanente, em maior ou menor grau, o desenvolvimento do sistema
respiratório dos lactentes por isso é de extrema importância a utilização de
técnicas objetivas para a mensuração da função pulmonar além de estratégias
como a mudança de decúbito visando uma melhora do prognóstico destes
pacientes. Objetivo: Investigar os valores de pressão inspiratória máxima,
oxigenação e freqüência cardíaca nos RN prematuros na posição prona sob
ventilação mecânica. Método: Estudo clínico prospectivo do tipo teste
diagnóstico, envolvendo 10 RN prematuros da UTI neonatal, do Hospital das
Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu – UNESP, no ano de 2008.
Após obtenção do consentimento materno livre e esclarecido, os RN foram
selecionados no dia previsto para extubação, e então foram posicionados em
posição prona e monitorizados por meio de oximetria de pulso sendo verificado
freqüência cardíaca de pulso e a saturação de pulso de oxigênio. Foi ofertado
FiO2 = 1,0 durante um minuto (pré-oxigenação), e a seguir desconectados do
ventilador e conectados ao aparelho manovacuômetro. Realizou-se então uma
oclusão manual na válvula desse manovacuômetro, sendo a PImax definida
como a pressão negativa máxima sustentada por pelo menos um segundo
durante os 20 segundos de oclusão. As mensurações foram repetidas três
vezes em cada recém-nascido. Entre cada aferição o RN foi reconectado ao
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ventilador por aproximadamente 5 minutos, para que se restabelesse.
Estatística: Análise descritiva com cálculo das médias e desvios-padão,
mediana e percentis e proporções. Resultados: A média da idade gestacional
nos 10 prematuros estudados foi de 30 ±1,82 semanas, o peso de nascimento
foi de 1485 ± 421 gramas. Houve predomínio do sexo masculino (70%) e do
parto cesárea (60%) na população estudada. A principal doença apresentada
foi a Síndrome do desconforto respiratório alcançando valores de 70%. A
média da freqüência cardíaca foi de 148±15 bpm. A oxigenação apresentou-se
com percentil de aproximadamente 98±1 %. A PImax encontrada foi de
24,5±2,56 cm H2O. Conclusão: Esses dados mostram que as variáveis
encontradas estão de acordo com os encontrados na literatura e a posição
prona mostrou-se segura e benéfica para esta popoulação. Os valores de
PImax ainda não estão bem estabelecidos mas está evidente que ela
apresenta relação direta com a idade gestacional, ou seja, quanto mais
prematuro o lactente for, menor será sua força inspiratória máxima.
Palavras-chave: posição prona, prematuro, PImax, oxigenação