por Bartolomeu Capita (Sr.)
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CABINDA
Questões ao Presidente
João Lourenço
As visitas do chefe de Estado angolano, João Lourenço, à França e à Bélgica nos últimos meses de Maio e Junho, bem como a sua já agendada
visita à Alemanha no próximo mês de Agosto, são analisadas neste documento pelo Colégio Presidencial do Movimento Nacional Cabinda (MNC).
Na perspectiva de João Lourenço, as visitas têm dois principais objectivos: 1) garantir às grandes potências ocidentais e às instituições mone-
tárias internacionais (e.g. BM e FMI) de que o seu governo não vai subtrair-se às obrigações do seu antecessor em matéria de dívidas de Estados;
2) contrair dívidas adicionais que permitam fortificar o regime despótico do MPLA e aliciar as indústrias militares ocidentais, para que essas
últimas, por sua vez, garantam maior longevidade à cleptocracia do MPLA agora simbolizada por João Lourenço. Através das dívidas (odiosas)
contraídas pelo MPLA, as entidades credoras entram na posse dos meios (i.e. dos recursos naturais de Cabinda e de Angola) que lhes permitem
ditar o comportamento à Luanda. É deste modo que o futuro de gerações de Angolanos e de Cabindas, privados dos seus próprios meios de
subsistência, por muitos anos, torna-se inexistente. Genocídio premeditado! Todavia, a Alemanha, em parceria com Portugal, pode contribuir
para o fim da ocupação beligerante (ilegal) de Cabinda por “Angola”, e para o desenvolvimento do continente africano no seu todo. Vejamos!
Cabinda: Rainha do Mundo
LISTA DE MATÉRIAS
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Lista de Mate rias
Quem Crucificou Viriato da Cruz?................................................................................................................................................2
Crucificaram “Jesus” e ergueram “Barrabás”............................................................................................................................. .............................2
A Escola Franco-Cubana não serviu Angola............................................................................................................................................................2
Persistência da Corrupção vista por Nito Alves.....................................................................................................................................................3
Fraccionistas ou Nacionalistas?....................................................................................................................................................4
Morte aos Nacionalistas sob pretexto de Fraccionistas.....................................................................................................................................4
Nada Vos Ensinou Kim Il Sung?.....................................................................................................................................................6
Kim Il Sung e as Obrigações Internacionais............................................................................................... ..............................................................6
Dívida odiosa do MPLA serve os Imperialistas......................................................................................................................................................6
Dívida odiosa e o Princípio de Sucessão do Estado..............................................................................................................................................7
Dívida odiosa e Obrigações do Estado Sucessor ...................................................................................................................................................7
Natureza anti-raça preta da Dívida odiosa.................................................................................................. ............................................................8
Angola e as Agências Monetárias Internacionais..................................................................................................................................................9
Como Resgatar João Lourenço?..................................................................................................................................................10
Conhecer as Instituições Monetárias Internacionais........................................................................................................................................10
Homens de Rhodes na Criação das Nações Unidas.............................................................................................. ..............................................12
Factos sobre os Homens de Rhodes e suas Vítimas...................................................................................................................... ....................13
Por um Congresso Nacional dos Povos de Angola.............................................................................................................................................15
Libertar Cabinda é Resgatar Angola.........................................................................................................................................................................16
O que fez João Lourenço em França?.........................................................................................................................................17
Inexistência em Angola de Soberania Política............................................................................................................................. ........................17
Inexistência do Sentido de Responsabilidade Global............................................................................................................................. ..........18
Que Alemanha quer João Lourenço?.........................................................................................................................................23
Joa o Lourenço quer Corromper a Alemanha...............................................................................................................................23
Competiça o Imperialí stica entre França e Alemanha..............................................................................................................25
Alemanha, Banco Mundial, FMI e os Direitos Humanos.........................................................................................................27
Diferença entre Salazar e Lourenço..........................................................................................................................................29
Pesquisadores / Colégio Presidencial......................................................................................................................................30
• SUÍÇA •
Berna, 3 de Julho de 2018
QUEM CRUCIFICOU VIRIATO DA CRUZ?
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Quem Crucificou Viriato da Cruz?
CRUCIFICARAM “JESUS” E ERGUERAM “BARRABÁS”
Viriato Clemente da Cruz, o í nclito patriota angolano que em 1948 trouxe a luz o movimento polí tico-cultural
“Vamos Descobrir Angola,” foi identificado pelos serviços secretos das naço es imperialistas ocidentais como
sendo o “Jesus,” isto e , o “salvador/libertador” dos povos oprimidos, espoliados e humilhados de Angola. Em
1956, o movimento “Vamos Descobrir Angola” deu origem ao MPLA, cuja preside ncia foi assumida por Ma rio
Pinto de Andrade e o secretariado geral por Viriato da Cruz. A adesa o subsequente de Lu cio Lara ao MPLA,
inspirada pelos imperialistas, e a semente do mal que perverteu o MPLA ao ponto de transformar este u ltimo
numa força destruidora sem igual em Angola, bem como em todo o continente Africano. Os valores morais e
ambiço es polí ticas de Lu cio Lara, vistos por Viriato da Cruz como sendo totalmente opostos aos das massas
oprimidas de Angola e de A frica, desencadearam diverge ncias irreconcilia veis entre os dois homens. A fim
de fazerem triunfar os seus desí gnios por interme dio de Lu cio Lara, os imperialistas resolveram “crucificar”
Viriato da Cruz. E de suma importa ncia que a naça o angolana no seu todo conheça o teor das diverge ncias
entre Lu cio Lara e Da Cruz, pois somente na seque ncia disso os Angolanos dar-se-a o conta das soluço es que
se impo em aos seus problemas polí ticos, econo micos, sociais e culturais. Podem o Presidente João Lourenço
e o Parlamento angolano identificar e denunciar as naço es imperialistas cu mplices da crucificaça o de Viriato
Clemente da Cruz, sabendo que sa o elas as principais inimigas do bem-estar dos Angolanos?1 Viriato da Cruz
foi ‘crucificado’ em Beijing (China) no dia 13 de Junho de 1973, e com ele a Angola genuí na.
A ESCOLA FRANCO-CUBANA NÃO SERVIU ANGOLA
A corrupça o ende mica, a repressa o polí tica, a exploraça o econo mica e a degradaça o social, isto e , a utilizaça o
criminosa do Estado e da economia que caracterizam a administraça o do MPLA desde a ascensa o de Angola
a independe ncia em 1975, eis o precipí cio em que Viriato da Cruz na o quis que Angola e os Angolanos fossem
mergulhados. A escola de Lu cio Lara, ela mesma fundada nas doutrinas do france s Pierre-Joseph Proudhon,2
so tinha como objectivo perpetuar em Angola a dominaça o pelos imperialistas e supremacistas brancos, por
forma a acelerar a exterminaça o premeditada da raça preta em Angola, em Cabinda, em A frica e no mundo.
Emerge disso a questa o de saber que leitura fazem o Presidente João Lourenço e o Parlamento angolano da
polí tica exterior dos EUA, concebida pelo polí tico e diplomata norte-americano Henry Kissinger, que consiste
em despovoar os paí ses ditos subdesenvolvidos por forma a garantir aos EUA o acesso gratuí to a s mate rias
primas destes paí ses.3 Tanto em Angola como em Cabinda, a esperança de vida a nascença caiu de 75 anos
na era colonial portuguesa para 48 anos presentemente; e as taxas de mortalidade infantil e materna esta o
entre as mais altas do mundo. O Presidente João Lourenço e o Parlamento angolano acham que a correlaça o
entre o repulsivo estado de coisas em Angola e o eugenismo tangí vel de Kissinger e uma mera coincide ncia?
1 Dia Kassembe, Angola : 20 Ans de Guerre Civile (or Angola : 20 Years of Civil War), L’Harmattan, Paris : 1995. 2 Consultar Cabinda: Obama’s Challenges in Africa, por Bartolomeu Capita, Lisbon/London: Chiado Publishing, 2013. 3 Dr. Henry Kissinger’s “US Foreign Policy” in National Security Memo 200, dated April 24, 1974, proposed to the NSC: http://www.rense.com/general59/kissingereugenics.htm
QUEM CRUCIFICOU VIRIATO DA CRUZ?
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No tocante a escola cubana, esta apenas serviu para fazer do Estado angolano o que as naço es imperialistas
chamaram International Commissioner of the Congo4 (ou “Administrador Internacional do Congo”), aquando
da Conferência de Berlim sobre a partilha da A frica que ocorreu de 15 de Novembro de 1884 a 26 de Fevereiro
de 1885. A Confere ncia foi protagonizada pelas naço es seguintes: Alemanha, França, Holanda, Be lgica, Reino
Unido da Gra -Bretanha, Portugal, Estados Unidos da Ame rica, Ru ssia, Espanha, Dinamarca, Ita lia, Sue cia,
A ustria-Hungria e Turquia. Ao Administrador Internacional do Congo, uma verdadeira entidade mercena ria,
e confiada a missa o de garantir a s naço es imperialistas segurança e livre acesso a s mate rias primas na bacia
do Congo. Como podem o Presidente João Lourenço e o Parlamento angolano justificar-se diante de quem lhes
informa que o papel do Estado angolano nos paí ses vizinhos, isto e , Cabinda e os dois Congos, assemelha-se
ao do International Commissioner of the Congo? Para ale m de ser militarmente uma naça o respeita vel, Cuba
possui sistemas de educaça o e de sau de admirados ate pelas naço es mais poderosas do mundo. Do ponto de
vista do Presidente João Lourenço e do Parlamento angolano, o que foi que impediu o MPLA de instaurar em
Angola sistemas de educaça o e de sau de compara veis aos de Cuba?
PERSISTÊNCIA DA CORRUPÇÃO VISTA POR NITO ALVES
Na carta de Holden Roberto (FNLA) datada de 8 de Agosto de 1962, destinada ao Dr. Anto nio Agostinho Neto,
enta o presidente do MPLA, a corrupça o e diagnosticada como sendo o pior cancro do MPLA.5 Exceptuando
o diagno stico de Holden Roberto e o de figuras polí ticas angolanas pro ximas do MPLA, como e o caso do Dr.
Hugo Jose Azancot de Menezes e de Costa Sozinho da Fonseca, temos, em adiça o, o de Ernesto Che Guevara6
feito na capital do Ghana (Accra) em 1964, pouco depois de ter visitado as “bases” do MPLA em Cabinda. Foi
visto que o MPLA na o e somente corrupto mas tambe m um instrumento dos neo-colonialistas. Quando Nito
Alves, enta o Ministro do Interior, exortou o Comite Central do MPLA a po r termo a corrupça o e a duplicidade
moral no partido e na ma quina do Estado, foi imediatamente despedido, diabolizado (acusado de fraccionista
e de golpista) e finalmente assassinado. No documento oficial do MPLA, A Tentativa de Golpe de Estado de 27
de Maio de 1977, Informação do Bureau Político do MPLA, 12 de Julho de 1977, Ediço es “Avante!”, deparamo-
nos com a personalidade totalmente desumana do MPLA, enquanto instrumento ao serviço dos imperialistas
e neo-colonialistas.
Que este fraccionismo apresentando-se com uma capa aparentemente revolucionária visa realmente dividir o MPLA
e desviar consequentemente o Povo dos verdadeiros objectivos da etapa actual da luta: a Reconstrução Nacional e
a Defesa da integridade territorial do País, contra o imperialismo. ...corresponder ao sentimento nacional de castigar
sem perdão todos quantos revelassem responsabilidades na sua organização e execução. Viva a Unidade da Nação!
Morte aos fraccionistas! ...A Vitória é Certa! Apliquemos a Ditadura Democrática Revolucionária para acabar de vez
com os sabotadores, com os parasitas, com os especuladores.7
4 Vide: jornal britânico The Economist do dia 18 de outubro de 1884; ou a obra da Dra. Elfi Bendikat com o seguinte título Imperialistische Interessenpolitik und Konfliktregelung 1884/85, Wissenschaftlicher Autoren-Verlag (WAV), Berlin: 1985, pp. 132-134. 5 Dia Kassembe, op. cit., pp. 233-234. 6 Observação de Che Guevara: http://www.angonoticias.com/full_headlines.php?id=5485 7 Lara Pawson, The 27 May in Angola: a view from below, Revista Relações Internacionais nº 14, IPRI (Instituto Português de Relações Internacionais, Universidade Nova de Lisboa), Lisboa, Junho de 2007, pp. 2, 4.
FRACCIONISTAS OU NACIONALISTAS?
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Fraccionistas ou Nacionalistas?
MORTE AOS NACIONALISTAS SOB PRETEXTO DE FRACCIONISTAS
No discurso que Dr. Agostinho Neto (enta o chefe de Estado angolano) fez no dia 12 de Junho de 1977, poucos
dias depois do suposto golpe de Estado em 27 de Maio, nota-se que o termo “fraccionista” foi adoptado pelo
MPLA para justificar, diante da opinia o pu blica nacional e na o so , a perseguiça o sem tre guas e o subsequente
assassinato de “nacionalistas” genuí nos dados como “inimigos do povo.” Oiçamos Agostinho Neto:
(...) Portanto, quando nós dizemos fraccionismo, significa que alguém dentro da Organização, dentro do País, quis
formar grupos que fossem diferentes do MPLA. Ora neste País, o único Movimento que existe é o MPLA e quem
defender outro Movimento qualquer, não pode ser tolerado. Camaradas, Compatriotas:
O fraccionismo não começou a existir ontem, nem na semana passada. O fraccionismo existe desde a fundação do
MPLA. Tivemos que combater vários grupos fraccionistas, que hoje estão totalmente entregues ao imperialismo. Em
1962/63, Viriato da Cruz conduziu uma ala fraccionista, ainda quando nós nos encontrávamos no exílio, no “Congo
Kinshasa”. Viriato da Cruz quis formar o seu Movimento dentro do MPLA e acabou por se entregar à FNLA. Mais
tarde, foi-se entregar à China onde ele perdeu a saúde e veio a falecer. Quer dizer que já em 1962, nós tivemos que
combater as ideias erradas que alguns dos nossos compatriotas defendiam dentro do MPLA e esses mesmos indiví-
duos, não tiveram outro remédio, senão entregar-se aos nossos inimigos. Entregar-se ao imperialismo para lutar
contra nós, para encontar armas para lutar contra nós e acabaram por desaparecer. (...)8
Para os lí deres corruptos do MPLA, Viriato Clemente da Cruz, Matias Miguéis, Alves Bernardo Baptista (Nito
Alves), Sita Vales, Jonas Malheiro Savimbi, e numerosos outros, mereceram a morte pois foram “fraccionistas
e totalmente entregues ao imperialismo.” Ao contra rio do que propo em os lí deres alienados e corruptos do
MPLA, essas figuras polí ticas na o foran sena o nacionalistas de gema, isto e , patriotas cujo propo sito consistia
em livrar Angola de tudo quanto possibilitou o tra fico-negreiro, a escravatura que se perpetuou durante mais
de quatro se culos, assim como a subjugaça o estrangeira e consequente exploraça o colonial. Esses cidada os
angolanos acusados desonestamente de fraccionistas, na realidade, foram ta o nacionalistas quanto Patrice
Lumumba, Thomas Sankara, Steve Biko, Winnie Mandela, Samora Machel, Se kou Toure , Joseph Kasavubu,
Marien Ngouabi, Fulbert Youlou, Amí lcar Cabral, Paulino Fernandes Madeca, e demais, provaram ser.
E , pore m, curioso notar que os nacionalistas angolanos falsamente acusados de “fraccionistas” pelo MPLA, e
mortos por isso, sa o simultaneamente acusados de “racistas” pelos imperialistas,9 que tambe m regozijam-se
de ouvi-los mortos. E oportuno e justo perguntarmos ao Presidente João Lourenço e ao Parlamento angolano
se a sintonia entre o MPLA e os imperialistas, acima palpa vel, e articulaça o de uma solidariedade fortuí ta ou
deliberada. Ha evide ncias de que o MPLA, aquando da luta de libertaça o, foi secretamente financiado pelos
imperialistas, por interme dio de organizaço es religiosas norte-americanas e da Europa ocidental.10 A fim de
8 Discurso de Neto, O que é o Fraccionismo (1977); http://casacomum.org/cc/visualizador?pasta=08177.008 9 The Real Story of the Angola Coup Attempt, por Douglas Degroot, no 'Executive Intelligence Review', Exclusive/Africa, New Solidarity International Press Service, Washington, Vol. IV, No. 28, July 1977, pp. 58, 63, 66. 10 Vide Cabinda: Petition to European Christian Churches, por Bartolomeu Capita (MNC), Suíça, 25 de Maio de 2018, p. 6. https://cabindacitizenship.files.wordpress.com/2018/05/petition-to-european-christian-churches1.pdf
FRACCIONISTAS OU NACIONALISTAS?
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viabilizar a usurpaça o do poder pelo MPLA em 1975, o delinquente Almirante portugue s Anto nio Alva Rosa
Coutinho, na sua carta datada de 22 de Dezembro de 1974, insistiu que o presidente do MPLA, Dr. Agostinho
Neto, desse instruço es secretas aos militantes do MPLA no sentido de aterrorizarem os cidada os “Brancos”
em Angola por todos os meios ao alcance, matando, pilhando e incendiando, sendo sobretudo crue is com as
crianças, as mulheres e os velhos por forma a desanimar os mais corajosos.11 Dr. Ma rio Soares, o homem que
colocou o MPLA no poder em 1975, foi denunciado por Oswald Le Winter de ter sido um agente da CIA.12 Ja
se ve , claramente, que sa o os pro prios lí deres corruptos do MPLA que esta o entregues ao imperialismo desde
a primeira hora! Ve -se, sim ou na o, Presidente João Lourenço, Parlamento angolano?
Na seque ncia do pretendido golpe de Estado de 27 de Maio de 1977, o Bureau Político do MPLA gritou alto e
forte: Morte aos fraccionistas! Apliquemos a Ditadura Democrática Revolucionária para acabar de vez com os
sabotadores, com os parasitas, com os especuladores. Pelo que se ve , a menos que o Presidente João Lourenço
e o Parlamento angolano saibam dar uma explicaça o inversa suficientemente justificada, os sabotadores, os
parasitas e os especuladores na o acabaram de vez com o desaparecimento de Viriato da Cruz, de Nito Alves,
de Holden Roberto, de Jonas Savimbi e demais magní ficos nacionalistas angolanos abatidos pelo MPLA ao
serviço dos imperialistas. Hoje, ao passo que a classe dirigente do MPLA e seus pro ximos familiares e amigos
acumulam fortunas sem limites e que a situaça o so cio-econo mica da vasta maioria dos Angolanos e cada vez
mais desgraçada, o Bureau Político do MPLA ja na o tem a coragem de aplicar a chamada Ditadura Democrática
Revolucionária para acabar de vez com os actuais sabotadores, parasitas e especuladores, e.g. o ex-presidente
Jose Eduardo dos Santos e seus mais pro ximos familiares e amigos.
As “ideias erradas” alegadamente defendidas pelos “fraccionistas” dentro do MPLA, as quais Agostinho Neto
e seus conselheiros tiveram que combater, precisam de ser examinadas por intelectuais angolanos livres de
subjectivismo. Ja que o termo “fraccionistas” e usado pelo MPLA para dissimular o termo “nacionalistas”, a
expressa o “ideias erradas”, de que Agostinho Neto se serviu para aviltar os adversa rios polí ticos e prescindir
o princí pio que caracteriza na o so uma democracia mas tambe m um intelectual digno desse nome, isto e , “a
crí tica e o debate”, tem como finalidade obscurar o amor genuí no por Angola e pelos Angolanos que habitou
o peito dos nacionalistas acusados, maliciosamente, de “fraccionistas”. Jamais as ideias que emergiram dum
tal amor podiam ser erradas, como sempre pretendeu a elite alienada e corrupta do MPLA. No relato rio do
ilustre jornalista angolano, Rafael Marques de Morais,13 sobre a praga de execuço es extrajudiciais em Angola,
nota-se a determinaça o da elite do MPLA no poder em acabar com a criminalidade em Angola. Pore m, o vigor
dessa determinaça o e tal que muito poucos sa o capazes de detectar o seu cara cter iluso rio. Presidente João
Lourenço, Parlamento angolano, como pode o MPLA po r fim a criminalidade em Angola, atrave s de execuço es
extrajudiciais que visam o pequeno ladra o que rouba um telemo vel, quando os governantes que desviam os
fundos do Estado sa o intoca veis, apesar de serem responsa veis pela morte de milhares de crianças por ano?
11 Carta do Almirante Coutinho: http://ppmbraga.blogspot.ch/2012/02/carta-do-rosa-coutinho-ao-agostinho.html
12 Oswald Le Winter, numa entrevista que concedeu ao jornal português « O Diabo » do dia 13 de Dezembro de 2005. http://pissarro.home.sapo.pt/mariosoares.htm 13 Rafael Marques, Angola’s Killing Fields: A Report on Extrajudicial Executions in Luanda - 2016-2017. https://www.makaangola.org/wp-content/uploads/2018/02/EXTRAJUDICIAL-KILLINGS-IN-ANGOLA-2016-17.pdf
NADA VOS ENSINOU KIM IL SUNG?
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Nada Vos Ensinou Kim Il Sung?
KIM IL SUNG E AS OBRIGAÇÕES INTERNACIONAIS
Em sintonia com as naço es protagonistas da Conferência Ásia-África, que ocorreu entre 17 e 24 de Abril de
1955 em Bandung (Indone sia), o Presidente Kim Il Sung da Coreia do Norte assumiu teo rica e praticamente
as suas obrigaço es internacionais para com os povos e naço es africanos afligidos pela praga do imperialismo
e a exploraça o colonial inerente. A sua contribuiça o espiritual e material na vito ria da luta dos Africanos pela
soberania polí tica fica para sempre esculpida na memo ria colectiva da raça humana. Pore m, a vergonha da
raça preta, em particular a raça angolana, reside no facto de na o ter suficientemente assimilado as liço es do
imortal Presidente Kim Il Sung. Na o obstante a assiste ncia militar vital e as preciosí ssimas liço es que essa
ilustre figura polí tica asia tica prestou ao MPLA, a Angola po s-colonial marcada por uma corrupça o ende mica
e pelo uso criminoso do Estado e da economia e prova de que o amor pela pa tria na o e atributo dos polí ticos
e Generais do MPLA.14 “Se falha de originar uma economia independente liderada por seus pro prios recursos,
tecnologia e quadros, nenhum paí s pode evitar a pressa o econo mica exercida pelos imperialistas e defender
a sua independe ncia polí tica a longo prazo.”15 Presidente João Lourenço, Parlamento angolano, o que pensais
da liça o de Kim Il Sung que preconiza a nacionalizaça o dos recursos naturais por forma a restituir a s ví timas
do imperialismo e exploraça o colonial a sua dignidade?
DÍVIDA ODIOSA DO MPLA SERVE OS IMPERIALISTAS
A doutrina da dívida odiosa foi formulada pelo cidada o russo Aleksandr Naumovich Zak, perito na esfera da
legislaça o financeira internacional. O experto e humanista russo declara o seguinte: “Se um poder despótico
contrai uma dívida, não para satisfazer os interesses do Estado, mas para fortificar o seu regime despótico, para
reprimir a população que o combate, etc., esta dívida é odiosa para a população do Estado como um todo. Esta
dívida não é uma responsabilidade para a nação; é uma dívida do regime, dívida pessoal do poder que a contraiu
e, por consequência, anula-se com a queda do poder que a contraiu”.16
As instituiço es moneta rias internacionais, e.g. o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI), bem
como os autoproclamados paí ses doadores, nomeadamente os Estados Unidos da Ame rica, a Gra -Bretanha,
a França, e assim por diante, concederam milhares de milho es de do lares norte-americanos em empre stimos
ao regime insolvente do ditador angolano, Jose Eduardo dos Santos. E isto, apesar de saberem que as somas
astrono micas concedidas ao regime do MPLA va o exclusivamente para bolsos de membros da oligarquia, e
para os de seus pro ximos familiares e compadres. Pelo menos 70% da dí vida externa de Angola foi canalizada
para a corrupça o. Mas quem embolsou? Sem du vida, os beneficia rios dos cre ditos, que na o sa o outros sena o
14 As Contribuições extraordinárias do Presidente Kim Il Sung à Luta dos Países Africanos pela Libertação Nacional e Construção de uma Nova Sociedade Panafricanista. http://www.reunionblackfamily.com/apps/blog/show/44557361-president-kim-il-sung-north-korea-immortal-contributions-to-african-liberation- 15 Conselhos do Presidente Kim Il Sung aos chefes de Estado africanos e aos líderes de Movimentos de libertação. 16 Aleksandr N. Zak, Les effets des transformations des Etats sur leurs dettes publiques et autres obligations financières (ou “Efeitos de transformações de Estados sobre suas dívidas públicas e outras obrigações financeiras”).
NADA VOS ENSINOU KIM IL SUNG?
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os representantes do poder despo tico que a contraiu, bem como os pro prios fornecedores ou “doadores” de
fundos. Em vista da doutrina da dívida odiosa, tanto o Banco Mundial como o Fundo Monetário Internacional,
e os pretendidos paí ses doadores, te m plena conscie ncia dos riscos que correm ao concederem empre stimos
a de spotas ou a regimes corruptos, ilegais e ilegí timos. E se apesar disso continuam a conceder empre stimos
a regimes que fazem uso criminoso do Estado e da economia, Angola sendo um caso ilustrativo, e porque te m
ou sabem como proteger-se dos riscos evidentes. A obstinaça o em continuar a prestar cre ditos exorbitantes
na o destinados a satisfazer os interesses das populaço es representadas pelo Estado adquirente, e evide ncia
de que trata-se de um roubo premeditado, isto e , de uma conspiraça o imperialista da qual o Estado implicado
e indiscutivelmente cu mplice.
DÍVIDA ODIOSA E O PRINCÍPIO DE SUCESSÃO DO ESTADO
A dívida odiosa e qualificada de ilegí tima, o termo odiosa sendo utilizado na sua acepça o jurí dica. A expressa o
dívida dos ditadores e de mais fa cil e mais imediata apreensa o pelo na o jurista. Pore m, na o e rigorosamente
equivalente a expressa o dívida odiosa. Para Zak, a dí vida dos paí ses em vias de desenvolvimento e odiosa na
sua totalidade. A doutrina do acade mico russo opo e-se ao princí pio de sucessa o do Estado, enunciado pela
Convença o de Viena (1983) sobre a sucessa o dos Estados em mate ria de bens, arquivos e dí vidas de Estados.
Naumovich Zak insiste que o governo sucessor pode subtrair-se a s obrigaço es do seu antecessor que lhe
imcumbiriam normalmente, quando as dí vidas na o respondem a nenhuma das condiço es que determinam a
regularidade das dí vidas do Estado, a saber: os fundos disponibilizados pelas dí vidas contraí das pelo Estado
devem ser inteiramente utilizados na satisfaça o das necessidades e dos interesses do Estado-Nação.
A doutrina de Zak procura ao mesmo tempo responsabilizar os credores. Se estes conhecem as intenço es do
devedor, cometem enta o um acto hostil ao povo e expo em-se eles pro prios ao risco de na o reembolso, declara
o experto em legislaça o financeira internacional. Para outros expertos como King, Khalfan e Bryan Thomas,
uma dí vida e considerada odiosa se ela e simultaneamente caracterizada pelos tre s crite rios seguintes: a)
Ause ncia de consentimento: a dí vida foi contraí da contra a vontade dos povos; b) Ause ncia de benefí cios: os
fundos foram gastos de forma contra ria aos interesses da populaça o; c) Conhecimento pelos credores das
intenço es do devedor. Se na o se verifica um qualquer destes tre s crite rios, a dí vida deixa de ser odiosa. Pore m,
se uma dí vida e odiosa, e nula e na o podera ser reclamada ao Estado sucessor, quando o regime que a contraiu
tenha caí do.
DÍVIDA ODIOSA E OBRIGAÇÕES DO ESTADO SUCESSOR
A dívida odiosa, i.e. ilegítima, contraí da pelo regime corrupto e mercena rio do MPLA representado por Jose
Eduardo dos Santos, em princí pio, na o pode ser reclamada ao Estado sucessor encarnado por Joa o Lourenço.
As instituiço es moneta rias internacionais, bem como os paí ses credores, sabem perfeitamente que no a mbito
da sucessa o dos Estados em mate ria de dí vidas de Estados, a possibilidade de um governo sucessor subtrair-
se a s obrigaço es do seu antecessor faz do risco de na o reembolso algo inevita vel. Para subjugarem esse risco,
e chegarem ao ponto de obscura -lo, as instituiço es internacionais e naço es credoras sa o obrigadas a exercer
uma tutela significativa simultaneamente sobre o autocrata cessante e seu sucessor potencial ou confirmado.
O sucessor e posto sob tutela para que na o tenha a mí nima oportunidade de subtrair-se a s obrigaço es do seu
NADA VOS ENSINOU KIM IL SUNG?
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antecessor. E deste modo que os paí ses africanos ví timas de pilhagem deliberada escapam-se de uma tirania
para acabarem por ver-se mergulhados numa outra. As instituiço es internacionais credoras e os paí ses ditos
doadores ajudaram os Congoleses a salvarem-se do despotismo de Mobutu, mas para logo a seguir deixa -los
cair no de Kabila. Em Angola, aconselharam Jose Eduardo dos Santos a retirar-se do poder e a designar um
sucessor do cil, isto e , submisso e na o inclinado a subtrair-se a s obrigaço es do seu antecessor. Tudo somado,
para ser indicado por Jose Eduardo dos Santos como seu sucessor, Joa o Lourenço comprometeu-se na o so a
jamais subtrair-se a s obrigaço es do seu antecessor, mas tambe m a preservar a utilizaça o criminosa do Estado
e da economia. Na o e por nada que o Fundo Monetário Internacional e os Estados Unidos da América sa o as
entidades credoras privilegiadas pelo mais subido delegado do Estado sucessor, i.e. Joa o Lourenço. E ou na o
direito dos cidada os Angolanos e Cabindas, saberem que uma das responsabilidades do Estado representado
por Joa o Lourenço e de subtrair-se a s obrigaço es do poder despo tico que foi o Estado antecessor?
NATUREZA ANTI-RAÇA PRETA DA DÍVIDA ODIOSA
Conceder cre ditos avaliados em milhares de milho es de do lares norte-americanos a um regime despo tico,
e.g. o Estado opressor de Angola, sabendo perfeitamente que esses cre ditos gigantescos sa o contraí dos sem
o consentimento das populaço es de Angola e Cabinda, e sabendo que esses fundos te m somente servido para
o enriquecimento ilí cito da oligarquia, eis uma das mais ilustrativas expresso es do cara cter anti-raça Etí ope
(preta) da dívida odiosa. E indiscutí vel, pois trata-se do me todo globalista o mais racista de violar na o so o
direito dos Angolanos e dos Cabindas a soberania permanente sobre as suas riquezas e recursos naturais,17
mas tambe m o direito dos nativos ao bem-estar (desenvolvimento integral) que somente essa soberania pode
garantir. A dívida odiosa e uma variante da guerra secreta contra os povos18 em curso e cujo objectivo principal
e a eliminaça o de 85% da populaça o mundial, com ela a extinça o exaustiva da raça Etí ope. De harmonia com
o historiador france s Pierre Hillard, o mundialismo (globalismo) e um fanatismo ao mesmo tempo ideolo gico
e religioso que preconiza um mundo com uma u nica religia o e uma u nica raça (a Ariana, i.e. branca), e uma
sociedade com apenas duas classes, a saber: a dos escravos e a dos proprieta rios de escravos.
Posto que a existe ncia da Europa ocidental depende dos recursos naturais da A frica e do controle contí nuo
exercido pelas naço es da Europa ocidental sobre o continente africano,19 a natureza anti-raça preta da dívida
odiosa torna-se tangí vel. A dívida odiosa priva os povos africanos de seus pro prios meios de subsiste ncia, a
curto e longo prazo, condenando deste modo va rias geraço es futuras ao desaparecimento fí sico. O facto de a
esperança de vida a nascença ter caí do de 75 anos na era colonial portuguesa para 48 anos presentemente,
bem como o facto de as taxas de mortalidade infantil e materna estarem entre as mais altas do mundo, tanto
17 Resolução 1803 (XVII) adoptada pela Assembleia Geral das Nações Unidas a 14 de Dezembro de 1962; https://cabindacitizenship.files.wordpress.com/2018/03/resolucao-1803-das-nacoes-unidas.pdf https://cabindacitizenship.files.wordpress.com/2018/03/pacto-internacional-sobre-os-direitos-civis-e-politicos.pdf 18 Claire Séverac, autora do livro: La Guerre Secrète Contre les Peuples, e protagonista das conferências seguintes: https://youtu.be/hlklGE4ko3U e https://youtu.be/j2tRX5O-bs4 ; também Pierre Hillard, autor do livro: Chroniques du Mondialisme, e suas conferências, Histoire Secrète de l’Oligarchie Anglo-Américaine: https://youtu.be/l94ILEK9akg e Comprendre le Nouvel Ordre Mondial: https://youtu.be/QsOrmoFqTY8 19 Diálogo entre Dr. Paulo Cunha, Ministro Português dos Negócios Estrangeiros, e o Respeitável John Foster Dulles, Secretário de Estado Norte-Americano. http://history.state.gov/historicaldocuments/frus1955-57v27/d148
NADA VOS ENSINOU KIM IL SUNG?
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em Cabinda como em Angola, substanciam que a eliminaça o dos aborí genas Africanos e o propo sito principal
das instituiço es que se permitem conceder cre ditos a regimes famosos pela utilizaça o criminosa do Estado e
da economia. O que vem a luz e a corresponde ncia entre a dívida odiosa e a polí tica estrangeira de Kissinger
atra s mencionada; e a correlaça o entre a dívida odiosa e as aspiraço es anti-raça preta do Presidente Benjamin
Franklin (EUA)20; e e a consona ncia entre a dívida odiosa e os propo sitos de uma soma de sociedades secretas
ocidentais, mormente as do cidada o brita nico Cecil John Rhodes, que como sabemos consistem em ‘absorver
gradualmente as riquezas do planeta Terra.’21
ANGOLA E AS AGÊNCIAS MONETÁRIAS INTERNACIONAIS
Presidente João Lourenço, Parlamento angolano, como podeis po r termo a corrupça o e a utilizaça o criminosa
do Estado e da economia no vosso pro prio paí s (Angola), quando fazeis prova de ser refe ns acomodados das
instituiço es moneta rias internacionais? Ha mais de dez anos atra s, na tentativa de convencer os incautos que
Angola e um paí s soberano e livre de articular as suas prefere ncias polí tico-econo micas, a ditadura angolana,
enta o representada por Jose Eduardo dos Santos, disse ter-se separado definitivamente do Banco Mundial e
do Fundo Monetário Internacional, cujos cre ditos tinham como condiça o o fim da corrupça o e da opacidade
na gesta o da res publica. A China tomou imediatamente o lugar das duas Age ncias especializadas das Naço es
Unidas. Beijing concedeu ao regime do MPLA cre ditos avaliados em milhares de milho es de do lares norte-
americanos.22 O Movimento Nacional Cabinda (MNC), sabendo desde ha muito tempo que o regime do MPLA
na o e sena o uma cleptocracia (i.e. governo pelo roubo) e que as dí vidas contraí das pelo Estado incarnado pelo
MPLA so servem para engrossar as fortunas ilí citas dos membros da oligarquia, chamou o governo e o povo
chineses a s responsabilidades internacionais que sa o as suas.23 Pouco depois, o presidente Xi Jinping decidiu
harmonizar a polí tica da China com as suas pro prias palavras, a saber: “o desenvolvimento da China jamais
sera um desafio ou uma ameaça a qualquer que seja o paí s ou o mundo no seu todo”.
A nova atitude da China forçou Jose Eduardo dos Santos a reatar com as duas Age ncias onusinas, i.e. o Banco
Mundial e o Fundo Monetário Internacional, e finalmente recorrer, sem vergonha, aos seus serviços. A verdade
e que Angola, sob governo do MPLA, na o e sena o um refe m acomodado, uma entidade mercena ria, ao serviço
de um bando de predadores internacionais apostados em sugar as riquezas de Cabinda, de Angola e de A frica.
Visto que o lema do Presidente Joa o Lourenço e “melhorar o que esta bem e corrigir o que esta mal”, o facto
de este u ltimo tambe m recorrer sem vergonha a s age ncias onusinas supracitadas, mostra que Joa o Lourenço
na o tem como subtrair-se a s obrigaço es do seu antecessor em mate ria de dí vidas de Estados.
20 Vide: The Papers of Benjamin Franklin, Vol. IV, Editor: Leonard W. Labaree, USA: 1753, p. 234. 21 “Mr. Rhodes’s Ideal of Anglo-Saxon Greatness; Statement of His Aims, Written for W.T. Stead in 1890. He believed a Wealthy Secret Society Should Work to Secure the World’s Peace and a British-American Federation.” In The New York Times of April 9, 1902. https://cabindacitizenship.files.wordpress.com/2018/03/swiss-justice-and-foreign-affairs.pdf 22 Vide «No. 210: South Africa and Angola: Southern Africa’s Pragmatic Hegemons», Vol. 6, No. 1, April 2012 - Centre for Conflict Resolution (CCR), by Dr. Adekeye Adebajo - Executive Director of the CCR, Cape Town, South Africa; http://www.ccr.org.za/index.php?option=com_content&view=article&id=802:pr-210&catid=40:press-articles&Itemid=105 23 Carta do MNC à China: https://cabindacitizenship.files.wordpress.com/2015/06/chinas-endorsement-of-the-colonial-pact-is-an-overt-war-against-africans.pdf
COMO RESGATAR JOÃO LOURENÇO?
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Como Resgatar Joa o Lourenço?
CONHECER AS INSTITUIÇÕES MONETÁRIAS INTERNACIONAIS
Devido a proibiça o de reconhecer o direito do povo e naça o Cabinda de reaver a soberania polí tica, Angola
ficou sem como garantir aos Chineses a restituiça o do territo rio de Cabinda aos seus legí timos proprieta rios.
Resultado, o regime do MPLA teve que despedir-se dos generosí ssimos bancos chineses e retomar o jugo das
instituiço es moneta rias internacionais, em particular o do FMI. Pore m, o retomar desse jugo na o faz de Joa o
Lourenço um chefe de Estado soberano, nem faz de Angola um paí s livre da utilizaça o criminosa do Estado e
da economia. Por outras palavras, o jugo do FMI jamais permitira que os Angolanos levem um vida pro spera
graças aos seus pro prios meios de subsiste ncia, isto e , os recursos naturais do seu paí s (Angola).
Ha bem poucos anos, o presidente da Bolí via, Evo Morales Ayma, gritou «vito ria» por ter libertado o seu paí s
da depende ncia total e humilhante das duas Age ncias onusinas, i.e. o Fundo Monetário Internacional (FMI) e
o Banco Mundial (BM). “Um dia como hoje, em 1944, finaliza a Confere ncia Econo mica de Bretton Woods na
qual se acorda a criaça o do FMI e BM. Estes organismos ditara o o destino econo mico da Bolí via e do mundo.
Hoje podemos dizer que temos deles total independe ncia.” — sublinhou o nacionalista Evo Morales. Tudo
somado, so se agarram a estes organismos os chefes de Estado alienados, corruptos, traidores e incapazes
de lutar pelo bem-estar inclusivo das suas naço es respectivas. Segundo o presidente exemplar, Evo Morales,
a dependência dessas agências no passado foi tão grande que o FMI tinha um gabinete no QG do Governo e até
participou nas suas reuniões. E de suma importa ncia que os Angolanos, os Cabindas e os Africanos conheçam
as disposiço es dos que criaram tais age ncias, ditas especializadas, bem como o seu verdadeiro propo sito!
Em 2007 o Núcleo de Estudantes de Economia da Associação Académica de Coimbra publicou um documento
pertinente, no qual se ve o papel das pote ncias e instituiço es financeiras ocidentais na destruiça o dos paí ses
e naço es Africanos.24 Vejamos, no entanto, os condicionalismos que permitiram o advento da Liga de Nações,
a precursora das Nações Unidas, e as disposiço es morais das personalidades que trouxeram a luz tanto a Liga
de Nações como as Nações Unidas e sua longa lista de age ncias especializadas.
O neto de Nathan Rothschild, Nathaniel Mayer, também conhecido como “Natty” de Rothschild, tornou-se supervisor
de NM Rothschild e Filhos em 1879. Em 1884, veio a ser o primeiro Judeu elevado à Ordem de Lords. Natty também
financiou Cecil Rhodes no desenvolvimento da British South Africa Company, e da corporação diamantífera De Beers.
Administrou a fortuna de Rhodes após a sua morte em 1902, e ajudou a instituir a Bolsa Rhodes na universidade de
Oxford. Rhodes deixou a totalidade de seus tesouros ao Lord Nathaniel Rothschild como administrador dos fundos.
No primeiro dos seus sete desejos, Cecil Rhodes pediu a formação de uma “sociedade secreta”, dedicada à “extensão
da dominação britânica por todo o mundo”.25
Um indiví duo chamado Alfred Milner foi escolhido por Lord Nathaniel Rothschild para presidir a sociedade
secreta desejada por Cecil John Rhodes, inicialmente conhecida como Mesa Redonda de Rhodes. Por sua vez,
24 Doc. do Núcleo de Estudantes de Economia: http://www4.fe.uc.pt/ciclo_int/doc_06_07/mobutu_textos.pdf 25 David Livingstone, Black Terror, White Soldiers: Islam, Fascism, and the New Age, Sabilillah Publications, USA: 2013, p. 203. N.B.: tradução feita por Bartolomeu Capita.
COMO RESGATAR JOÃO LOURENÇO?
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Milner recrutou um certo nu mero de jovens provenientes de diferentes universidades brita nicas. Em busca
dos objectivos traçados por seu “gra o mestre”, Cecil Rhodes, esses universita rios va o desempenhar um papel
preponderante na fomentaça o da Primeira Guerra Mundial, bem como na da Segunda Guerra Mundial. Vale a
pena lembrar que a existe ncia da sociedade secreta foi revelada por Carrol Quigley, professor na Universidade
Georgetown, no seu livro The Anglo-American Establishment. Quigley afirmou que os objectivos desse grupo
secreto, cuja ligaça o com Wall Street e City of London mencionou, eram “largamente recomenda veis”. Todavia,
em declaraço es verificadas por New York Times em 1902, membros da Mesa Redonda de Rhodes anunciaram
que tinham formado a sociedade para o fim de “absorver gradualmente as riquezas do mundo”.26
Saibamos que a gigantesca fortuna de Cecil Rhodes, da qual os membros da sociedade secreta va o-se servir
na luta pela concretizaça o dos desejos do criminoso cidada o brita nico, a saber: absorção gradual dos tesouros
do planeta e extensão da dominação britânica por todo o mundo, tem como provenie ncia o continente africano
e o sangue de milho es de Africanos assassinados por Rhodes e seus mentores. A esse respeito, a organizaça o
americana The Reunion Black Family publicou em 2015 um artigo pertinente sob o tí tulo: Adolf Hitler Matou
Seis Milhões de Judeus e é Péssimo Ser Humano: Cecil Rhodes, Fundador de De Beer Diamonds, Matou Centenas
de Milhões de Africanos, Fizeram Dele um Herói. No artigo le -se, de entre outras coisas, o seguinte:
But it was Rhodes who originated the racist “land grabs” to which Zimbabwe’s current miseries can ultimately be
traced. It was Rhodes, too, who in 1887 told the House of Assembly in Cape Town that “the native is to be treated as
a child and denied the franchise. We must adopt a system of despotism in our relations with the barbarians of South
Africa”. In less oratorical moments, he put it even more bluntly: “I prefer land to niggers.”27
Os aderentes da Mesa Redonda de Rhodes e suas filiais nos EUA conceberam a Primeira Guerra Mundial para
que na seque ncia desta realizassem os seus projectos que incluí am um Banco Central, a criaça o da CIA, assim
como da Liga de Nações. Imediatamente apo s a Primeira Grande Guerra, a visa o do Coronel Edward M. House
foi implementada como Liga de Nações, a precursora das Nações Unidas. Importa saber que House foi o mais
pro ximo conselheiro do presidente norte-americano Woodrow Wilson. A Delegaça o dos EUA na Confere ncia
de Paz ocorrida em Paris em 1919 e que resultou no Tratado de Versalhas, foi liderada por Paul Warburg. Foi
este u ltimo que fez a seguinte declaraça o: Teremos Governo Mundial, quer o queiramos ou não. A única questão
é de saber se o Governo Mundial será alcançado por conquista ou consentimento.28 Das reunio es do Tratado de
Versalhas participaram, ale m do Coronel House e Paul Warburg, outras personalidades igualmente ligadas a
Rothschild, tais como Max Warburg, John Foster Dulles, Thomas Lamont, Walter Lippmann, o descendente
directo de Amschel Rothschild, Sir Philip Sassoon, Allen Dulles e David Lloyd George. No seu relato rio de dez
pa ginas dirigido ao Primeiro Ministro Britânico David Lloyd George, House detalha os avanços feitos ate la
nas preparaço es para o retorno pací fico das colo nias Americanas ao domí nio da “Coroa”. A expressa o “Coroa”
26 “Mr. Rhodes’s Ideal of Anglo-Saxon Greatness; Statement of His Aims, Written for W.T. Stead in 1890. He Believed a Wealthy Secret Society Should Work to Secure the World’s Peace and a British-American Federation.” The New York Times, April 9, 1902. 27 Website: Everybody Has to Be Involved in Project Africa. http://www.reunionblackfamily.com/apps/blog/show/43188220-adolf-hitler-killed-six-million-jews-and-is-worst-human-cecil-rhodes-founder-of-de-beer-diamonds-killed-hundrend-of-million-africans-they-made-him-hero- 28 Declaração feita por James Paul Warburg diante do Senado dos EUA no dia 7 de Fevereiro de 1950.
COMO RESGATAR JOÃO LOURENÇO?
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na o se refere a Rainha da Inglaterra, mas sim aos banqueiros da City of London (ou “Cidade de Londres”). Eis
o relato do Coronel House: “Adornamos este plano no tratado de paz para que o mundo deva aceitar de no s
a Liga de Nações ou uma perpetuaça o da guerra. A Liga e , em esse ncia, o Impe rio com Ame rica admitida em
pe de igualdade com as outras colo nias”.29
O cruel Tratado de Versalhas, que constrangiu a Alemanha a pagar pesadí ssimas indemnizaço es aos Aliados,
ruinou a economia da Alemanha e abriu caminho para a depressa o que finalmente deu origem ao pretexto
para a ascensa o de Adolf Hitler e os Nazis. A verdade e que os termos punitivos do Tratado de Versalhas foram
premeditados e visavam criar as condiço es necessa rias para o eclodir de mais uma Guerra Mundial. A esse
respeito, um delegado na Confere ncia de Paz em Paris disse: Isto não é paz; isto é apenas uma trégua por vinte
anos.30 De facto, a primeira tentativa dos membros da Mesa Redonda de Rhodes para o estabelecimento de
uma instituiça o global veio a falhar. Como e do conhecimento de todos no s, a segunda Guerra Mundial eclodiu
em 1935 com a invasa o da Etio pia pelo perverso e supremacista branco Benito Mussolini. A primeira Guerra
Mundial providenciou enormes fortunas adicionais com as quais a sociedade secreta de Rhodes po de fazer
face aos custos da segunda. O General norte-americano, Smedley Butler, escreveu um livro sublime intitulado
“War is a Racket” (A Guerra é um Latrocínio).31 Uma gigantesca fortuna dos Czars Russos e enormes porço es
do tesouro da Igreja Ortodoxa Russa foram absorvidas, i.e. confiscadas pelos instigadores da primeira Guerra
Mundial que ao mesmo tempo financiaram a Revoluça o Russa (Bolshevik) que dizimou dezenas de milho es
de cidada os Russos.
HOMENS DE RHODES NA CRIAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS
O colapso da Liga de Nações tendo sido previsto, os membros da Mesa Redonda de Rhodes resolveram erguer
um punhado de subgrupos chamados a fazer ate o impossí vel para que, mais tarde ou mais cedo, triunfem
os ideais de Rhodes — absorção das riquezas do planeta e submissão do mundo à dominacão da Coroa. Tendo
notado que os EUA na o se juntariam a nenhuma conspiraça o por um governo mundial sem a estima, isto e ,
os favores, da opinia o pu blica nacional, o Coronel Edward Mandell House (estimado agente de Rothschild) e
demais membros da Mesa Redonda de Rhodes, nomeadamente Lionel Curtis, Arthur Balfour, Alfred Milner e
outros originaram em 1919 o Royal Institute of International Affairs (RIIA), cujo propo sito e de coordenar os
esforços Brita nicos e Americanos. Arnold Toynbee foi tornado administrador do RIIA. Os Astors (famí lia)
foram os mais importantes financeiros do RIIA em Londres. Uma filial Americana do RIIA, conhecida como
Council on Foreign Relations (CFR), foi forjada a 29 de Julho de 1921. Foi de facto fundada pelo ‘omnipresente’
Coronel Edward M. House, assistido por John Foster Dulles e Allen Dulles, tambe m pro ximos de Rothschild.
De entre os financeiros ou accionistas iniciais do CFR figuram John D. Rockefeller, Bernard Baruch, Otto Kahn,
J.P. Morgan, Jacob Schiff e Paul Warburg.32 O CFR possui o mais importante papel no processo de elaboraça o
de polí ticas nos EUA, como e o caso do RIIA no Reino Unido.
29 Henry Makow, The US is a “Crown” Financial Colony. http://www.savethemales.ca/001020.html; tradução por B.C. 30 Fritz Springmeier, Bloodlines of the Illuminati, E-book, USA: 1995, p. 158. 31 General Smedley Butler, War is a Racket, http://www.ratical.org/ratville/CAH/warisaracket.html 32 David Livingstone, op. cit., p. 238.
COMO RESGATAR JOÃO LOURENÇO?
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Estes homens de Rhodes, e a multiplicidade de organizaço es secretas e semi-secretas a que pertencem, va o
acabar por instigar a segunda Guerra Mundial; tirar cinicamente benefí cios incalcula veis dessa gra -trage dia
que a milho es de seres humanos custou a vida; e finalmente desempenhar um papel vital no parto das Nações
Unidas. Como pode claramente ver, as conexo es de Rothschild tiveram uma influe ncia significativa na criaça o
de grupos versados em relaço es internacionais. Ate hoje, essa influe ncia persiste. Segundo a obra de Carrol
Quigley, The Anglo-American Establishment, Coronel House, Walter Lippmann, John D. Rockefeller, Andrew
Carnegie e J.P. Morgan, todos eles aderentes da Mesa Redonda, extenderam grande parte de sua influe ncia
por interme dio de cinco jornais dos EUA, a saber: The New York Times, New York Herald Tribune, Christian
Science Monitor, The Washington Post e Boston Evening Transcript.33 Pelo menos quarenta e sete membros
do CFR fizeram parte da delegaça o dos EUA na fundaça o das Nações Unidas.34 De entre os quais John J. McCloy,
Alger Hiss, Nelson Rockefeller e John Foster Dulles. John J. McCloy foi presidente do Banco Mundial, foi Alto
Comissa rio da Alemanha, supervisor das Fundaço es Rockefeller e Ford, ale m de ter sido presidente do CFR
onde foi substituí do por David Rockefeller, com quem tinha pessoalmente trabalhado como superintendente
do Chase Bank.35
Chegamos a conclusa o de que as Nações Unidas que sa o fundamentalmente uma invença o dos admiradores
do gra o criminoso Cecil John Rhodes, com a vocaça o de concretizar os desejos insanos desde u ltimo, na o te m
a sobrevive ncia e o bem-estar da raça Etí ope (preta) na sua visa o global. As Naço es Unidas, em Nova Yorke,
esta o situadas em terreno oferecido por John D. Rockefeller.36 Em Julho de 1944 o Banco Mundial e o Fundo
Monetário Internacional, ambos organismos privados possuí dos pelas famí lias Rothschild e Rockefeller, foram
silenciosamente constituí dos durante uma cimeira moneta ria em Bretton Woods,37 New Hampshire (USA). E ,
pore m, justo afirmar que ambos, o Banco Mundial e o FMI, foram concepço es do Council on Foreign Relations
(CFR), cujo presidente era David Rockefeller. O Secreta rio de Estado Assistente para o Tesouro (EUA), Harry
Dexter White, que tambe m foi membro do CFR, veio a ser o primeiro Director Executivo do FMI para os EUA.
Vale a pena salientar que as instituiço es privadas que sa o o Banco Mundial e o FMI, erigidas em 1944, vieram
a ser adoptadas pelas Nações Unidas, aquando da sua criaça o em 1945, como age ncias especializadas. Achais,
Presidente João Lourenço e Parlamento angolano, que e salutar colocar o destino econo mico de Angola nas
ma os do Banco Mundial e do Fundo Moneta rio Internacional?
FACTOS SOBRE OS HOMENS DE RHODES E SUAS VÍTIMAS
Existem dois aspectos associados a verdade, a saber: a verdade cientí fica ou verifica vel e a verdade moral ou
e tica. A verdade exige que nos conformemos com os valores ou princí pios morais universais. Dito de outro
modo, ela exige que sejamos pessoas de virtudes nobres. E inimigo da verdade quem deixa de ser homem ou
33 David Livingstone, op. cit., p. 236. 34 Gary Allen, None Dare Call it a Conspiracy. 35 Joan Roelofs, Foundations and Public Policy: The Mask of Pluralism, New York: State University of New York Press, USA: 2003, p. 52. 36 David Livingstone, op. cit., p. 305. 37 Sobre “Bretton Woods”, informação adicional no Capítulo VII — “Oil and the New World Order of the Bretton Woods” — na obra de William Engdhal sob o título: A Century of War: Anglo-American Oil Politics and The New World Order. http://earth.prohosting.com/~jswift/engdahl.html
COMO RESGATAR JOÃO LOURENÇO?
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mulher de virtudes nobres. E de suma importa ncia permanecer consciente disso, porque a conspiraça o em
marcha na o visa somente privar-nos dos nossos meios de subsiste ncia e submeter-nos a dominaça o de um
Governo Mundial, do qual na o somos imaginados fazer parte, mas tambe m remover o nosso conhecimento
da histo ria e tornar-nos moralmente insolventes. Para termos uma ideia um pouco mais clara sobre o cara cter
pernicioso das Instituições Monetárias Internacionais em causa, conheçamos a predisposiça o moral dos que
deram existe ncia a s ditas instituiço es, graças ao subsí dio que nos e proporcionado por alguns dos membros
da Mesa Redonda e por algumas das suas presas.
O Mesa Redondista John Foster Dulles, como vimos atra s, foi o Secreta rio de Estado Norte-Americano que em
conversaço es com o seu homo logo portugue s, Dr. Paulo Cunha, em 1955, admitiu que a existe ncia da Europa
ocidental dependia dos recursos naturais da A frica e da dominaça o contí nua do continente africano pelas
naço es da Europa ocidental. A pergunta que fazemos ao Presidente João Lourenço e ao Parlamento angolano
e a seguinte: Podeis provar-nos que Angola e Cabinda não são vítimas dessa dominação política? Em 1911, o
Mesa Redondista Coronel Edward M. House escreveu um livro curioso sob o tí tulo Philip Dru: Administrator,
no qual uma das instituiço es delineadas e o Sistema de Reserva Federal dos EUA. Grande parte da influe ncia
que tornou possí vel a aprovaça o da escandalosa Lei de Reserva Federal foi exercida nos bastidores, sobretudo
por duas pessoas na o-eleitas, a saber: Coronel House e Paul Warburg, outro Mesa Redondista. Atrave s desta
lei ou decreto, o Sistema Federal dos EUA cedeu o direito de emitir a moeda nacional a algo que na o era sena o
um cartel legalizado de bancos privados, associados aos Rothschilds em Londres, por interme dio da age ncia
dos Warburgs, Rockefellers, Kuhn-Loeb e J.P. Morgan.38 Ate 1913 a emissão da moeda era da responsabilidade
do governo dos EUA, ao qual a tarefa fora consignada pelo Congresso, de harmonia com a Constituiça o. Com
a ratificaça o da Lei de Reserva Federal (1913) os banqueiros colocaram-se em posiça o exclusiva de controlar
a emissão da moeda. Este “golpe de estado” mergulhou a naça o em ruí nas econo micas, devastada e destituí da.
No seu livro The New Freedom, o presidente Woodrow Wilson, que teve o Coronel Edward House como o seu
mais pro ximo conselheiro, na o conseguiu esconder qua o ví tima e a naça o norte-americana e por conseguinte
a sua frustraça o, angu stia, e suas la grimas.
Uma grande nação industrial é controlada através do seu sistema de crédito. O nosso sistema de crédito é secreta-
mente deliberado. Como resultado, o crescimento económico nacional e todas as nossas actividades estão nas mãos
de um punhado de homens... [Nós] viemos a ser um dos piores administrados, um dos mais completamente controla-
dos e dominados, governos no mundo civilizado—não mais um governo por livre-arbítrio, não mais um governo por
convicção e o voto da maioria, mas um governo pela opinião e a coerção de pequenos grupos de homens dominantes.
(...) Desde que entrei na política, tenho essencialmente tido opiniões de homens a mim dados confidencialmente.
Alguns dos mais importantes homens nos Estados Unidos, na área do comércio e manufactura, têm medo de alguém,
têm medo de qualquer coisa. Eles sabem que há um poder algures tão organizado, tão subtil, tão vigilante, tão interli-
gado, tão completo, tão omnipresente, que o melhor que tinham a fazer era falar acima do ar que respiram quando
falam em condenação deste poder.39
38 Eustace Mullins’s Secrets of the Federal Reserve quoted by David Livingstone in Black Terror, White Soldiers: Islam, Fascism & the New Age, p. 236. 39 Woodrow Wilson, The New Freedom: A Call for the Emancipation of the Generous Energies of a People, (New York and Garden City: Doubleday, Page & Company, 1913). Também: Major General Smedley Butler, War is a Racket, Ch. V. “To Hell with War”, pp. 13-14.
COMO RESGATAR JOÃO LOURENÇO?
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Se os homens das sociedades secretas de Rhodes sa o ta o faltos de escru pulos que va o ao ponto de precipitarem
os Estados Unidos da Ame rica na terrí vel situaça o que acima vemos, o que na o sa o eles capazes de fazer para
pilharem as riquezas de Cabinda e de Angola, sabendo que a instruça o do seu gra o mestre, Cecil John Rhodes,
consiste em absorver gradualmente as riquezas do planeta, eliminar 85% da populaça o mundial e submeter
a restante populaça o a dominaça o de um Governo Mundial, do qual a raça preta jamais fara parte?
George Bernard Shaw, outro Mesa Redondista, revelou que o objectivo deles tinha que ser atingido pelo sigilo,
pela intriga, pela subversa o e pela decepça o em nunca chamar o socialismo pelo seu verdadeiro nome.40
POR UM CONGRESSO NACIONAL DOS POVOS DE ANGOLA
Em Outubro de 2016, o Movimento Nacional Cabinda publicou um documento pertinente sob o tí tulo: Eleições
Presidenciais de 2017: Perigo para Angola, Cabinda e África.41 Neste documento, para ale m de insistir sobre a
imperatividade de repatriar e investir nos dois paí ses, i.e. Cabinda e Angola, as enormes somas de dinheiro
desviadas pelos membros da oligarquia angolana e seus pro ximos familiares e amigos entre 1975 e 2016, o
MNC martela que a salvaça o de Angola passa pela criaça o de um Congresso Nacional dos Povos de Angola, cuja
missa o e de gerir os recursos do Estado e da naça o. E verdade que Joa o Lourenço esta a tentar implementar
algumas das ideias e propostas veiculadas no mesmo documento. Pore m, pelo facto de pertencer ao MPLA,
que “por vontade pro pria” fez-se prisioneiro de uma mundializaça o da economia assente em organizaço es
criminosas internacionais, Joa o Lourenço na o esta em posiça o de resgatar Angola, ja que ele pro prio precisa
de ser resgatado. E a u nica entidade com as propriedades indispensa veis para resgatar ao mesmo tempo Joa o
Lourenço e Angola chama-se, na lo gica do MNC, Congresso Nacional dos Povos de Angola.
O que e obrigato rio nesta fase da histo ria e criarmos os mecanismos adequados que permitam remirmo-nos,
o mais urgentemente possí vel, das garras da mundialização da economia assente em organizações criminosas
internacionais. E esta maldita mundializaça o que faz com que, em Angola e em Cabinda, a esperança de vida
a nascença tenha caí do de 75 anos na era colonial portuguesa para 48 anos actualmente; e com que as taxas
de mortalidade infantil e materna estejam entre as mais altas do mundo. Eis o que sublinha, e bem, o “Nu cleo
de Estudantes de Economia da AAC”: A mundialização induz mudanças estruturais ao nível nacional. O sistema
dos Estados nacionais, com estruturas governamentais hierarquizadas, é substituído por estruturas horizontais
ou estruturas multipolares de poder no seio das quais o Estado é apenas um elemento. Nos países do Norte, a
multiplicação de centros de poder é contrabalançada pela formação de estruturas de integração regional como
a União Europeia. A mundialização levou a que as grandes empresas se situem acima dos Estados e instituições
nacionais. Em África, a liberalização mundial acelerou a destruição das estruturas estatais e acelerou a utiliza-
ção criminosa do Estado assim como, no plano local, o desenvolvimento da economia informal.
Em A frica, Angola em particular, a situaça o e muito mais grave do que e nos paí ses do Norte, ja que as grandes
empresas que se situam acima dos Estados e instituiço es nacionais africanos sa o estrangeiras. Reiteremos
aqui a liça o do Presidente Kim Il Sung que o regime do MPLA nunca foi capaz de assimilar, a saber: Se falha de
40 David Rivera, Final Warning, Chapter 5.1: “The Fabians, the Round Table, and the Rhodes Scholars.” 41 Ligação: https://cabindacitizenship.files.wordpress.com/2016/10/evitar-as-eleic3a7c3b5es-presidenciais-angolanas-de-2017.pdf
COMO RESGATAR JOÃO LOURENÇO?
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originar uma economia independente liderada por seus próprios recursos, tecnologia e quadros, nenhum país
pode evitar a pressão económica exercida pelos imperialistas e defender a sua soberania política a longo prazo.
A criaça o de empresas nacionais chamadas a serem grandes (multinacionais) e capazes de competir com as
estrangeiras, tem como condiça o sine qua non a existe ncia de um Estado nacional suficientemente robusto e
virtuoso. Infelizmente, na o se pode esperar isso do MPLA. Pois o MPLA foi moldado para ser uma vangloriosa
tirania homicida e corrupta sem igual em A frica. Quanto a s estruturas de integraça o regional como a União
Europeia ou a União Africana, as pesquisas de Dr. Rath Health Foundation42 revelam que as grandes empresas
tambe m se situam acima delas. Pore m, existem a China e a Ru ssia e demais naço es que lutam corajosamente
por uma mundializaça o bem diferente da que submete os Estados nacionais a empresas e interesses privados
estrangeiros. O Estado que diz ser contra o imperialismo e na o se junta a essa luta, na o e sena o uma entidade
mercena ria ao serviço de interesses alheios aos da naça o que pretende representar. Ou na o, Presidente João
Lourenço e Parlamento angolano?
LIBERTAR CABINDA É RESGATAR ANGOLA
O Congresso Nacional dos Povos de Angola e chamado a resgatar Joa o Lourenço, substituindo este u ltimo ao
mesmo tempo que o MPLA. Pore m, para resgatar Angola e absolutamente indispensa vel que Cabinda reaja a
sua soberania polí tica. Nenhum Estado nacional a levar a cabo uma ocupaça o colonialista ou imperialista,
com a repressa o polí tica, com a exploraça o econo mica e com a degradaça o social que ocupaça o implica, pode
ser simultaneamente robusto e virtuoso. Se para os Angolanos o regime de Salazar na o foi, para os Cabindas
o regime de Joa o Lourenço tambe m na o e , i.e. nem robusto nem virtuoso. O Congresso Nacional dos Povos de
Angola deve prescindir as funço es de “Presidente” e de “Ministro” para enfatizar as de “Preside ncia”, assim
como as de “Ministe rios”. Ambos, a Presidência e os Ministérios, requerem comissa rios ou representantes
oriundos de cada um dos va rios povos que constituem a naça o angolana.
A conspiraça o que tornou possí vel a ocupaça o beligerante de Cabinda por Angola na o foi uma premeditaça o
dos Angolanos, se considerarmos as proviso es do para grafo 1(e) da Resoluça o 1542 (XV) adoptada em 15 de
Dezembro de 1960 pela Assembleia Geral das Naço es Unidas. No prea mbulo desta mesma Resoluça o le -se
que, no iní cio dos anos 1950s, pontos de vista contradito rios sobre o estatuto de particulares territo rios sob
administraça o portuguesa tinham tido lugar. Isso e prova adicional de que a mença o de Cabinda no para grafo
1(e) da Resoluça o 1542 (XV) foi/e um atentado premeditado contra a integridade territorial de Cabinda, os
derradeiros objectivos do atentado sendo a “absorça o gradual das riquezas de Cabinda (terra, ar, mar)” pelos
“descendentes” do gra o criminoso Cecil Rhodes e a “submissa o dos nativos Cabindas a dominaça o impiedosa
de um autoproclamado Governo Mundial”. Ha poucos anos atra s, o Dr. Marcolino Moco, prezada figura pu blica
angolana, teve a coragem de afirmar que a comunidade international tinha parte na culpa da ma situaça o em
Angola.43 Importa lembrar que essa vergonhosa situaça o resulta do facto de o MPLA ter sido tornado numa
entidade mercena ria com a vocaça o de terrorizar os Cabindas e viabilizar assim a absorça o de seus bens.
42 Dr. Rath Health Foundation, The Nazi Roots of the ‘Brussels EU’: What You Always Wanted to Know about the ‘Brussels EU’—But No One Dared to Tell You, Germany: 2010, pp. 19, 28. 43 Dr. Moco: http://www.dw.de/comunidade-internacional-tem-parte-na-culpa-da-situa%C3%A7%C3%A3o-em-angola-diz-moco/a-16215292-1
O QUE FEZ JOÃO LOURENÇO EM FRANÇA?
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O que fez Joa o Lourenço em França?
INEXISTÊNCIA EM ANGOLA DE SOBERANIA POLÍTICA
Nos u ltimos tre s dias do me s de Maio de 2018 o chefe de Estado angolano, Joa o Lourenço, fez a sua primeira
visita oficial a um paí s ocidental, a França tendo sido a prefere ncia. Em Paris, disse Deutsche Welle (DW) em
Português, Joa o Lourenço apresentou o seu programa de reforma aos franceses e, na seque ncia disso, assinou
acordos nos ramos da agricultura, defesa e formaça o de quadros. “Se acordos desse calibre foram assinados
com a França”, dizem os responsa veis pela propaganda do MPLA, “e porque o programa de reforma do chefe
de Estado angolano foi examinado e aprovado pela França. Ja que foi aprovado pela França, tudo o que temos
a fazer e acreditar que o programa de reforma de Joa o Lourenço vai fazer de Angola um paí s melhor para se
viver e investir”. Que os Angolanos na o se deixem enganar uma vez mais pelo MPLA! Em junho de 1975, isto
e , quatro meses antes da ascensão de Angola à independência, o MPLA deu a conhecer o seu programa polí tico
mí nimo e ma ximo.44 Tratou-se de um magní fico programa polí tico, pois tinha tudo para fazer de Angola um
paí s no qual nenhum cidada o angolano se sentiria infeliz, humilhado e marginalizado. Ao cabo de quarenta
anos de independe ncia, verifica-se que o programa na o foi sena o uma simples promessa política do MPLA na o
cumprida.
O programa de reforma de Joa o Lourenço e apenas um conjunto de promessas polí ticas que valem tanto para
os nativos abandonados pela oligarquia como para os estrangeiros protectores da oligarquia. No presente
contexto angolano, as promessas do MPLA so sera o cumpridas em benefí cio exclusivo dos estrangeiros que
va o para viver e investir em Angola, pois estes u ltimos sa o ao mesmo tempo os mentores da oligarquia. Dito
de outro modo, Joa o Lourenço na o tem como fazer com que os Angolanos na sua totalidade possam levar
uma vida pro spera, graças a s enormes riquezas do paí s que a todos os filhos e filhas de Angola pertencem; e
na o somente aos membros da oligarquia angolana, como e ainda o caso desde a independe ncia em 1975. Na
verdade, Joa o Lourenço e o MPLA na o te m como fazer de Angola um paí s melhor para se viver, pelo simples
facto de serem refe ns da mundializaça o da economia assente em organizaço es criminosas internacionais.
Em França, Joa o Lourenço na o fez sena o vincar a subservie ncia do MPLA a s naço es e instituiço es financeiras
ocidentais, apostadas em fazer triunfar a injusta causa de quem assassinou milho es de Africanos, para acabar
por apropriar-se dos seus meios de subsiste ncia. Refiro-me a Cecil John Rhodes, cuja pança e bem maior do
que o inferno, dado que esta disposta a engolir todas as riquezas materiais do planeta Terra. Em França, Joa o
Lourenço na o fez sena o mostrar ao mundo qua o chefe de Estado e de um paí s sem soberania polí tca. A França
foi para garantir a s instituiço es internacionais e naço es credoras que e , apesar das apare ncias, um sucessor
ta o do cil como o seu antecessor, Jose Eduardo dos Santos, e que jamais ousara subtrair-se a s obrigaço es do
seu antecessor em mate ria de dí vidas de Estados. A dí vida contraí da pelo ditador Jose Eduardo dos Santos,
a qual reu ne tudo para ser uma dívida odiosa, deixa de ser odiosa porque Joa o Lourenço e um refe m do MPLA
e este u ltimo, por sua vez, refe m das sociedades secretas apostadas em privar a raça Etí ope dos seus meios
de subsiste ncia. “No s sabemos que o Governo angolano esta a fazer um esforço no sentido de pagar algumas
44 Dia Kassembe, op. cit., pp. 254-260.
O QUE FEZ JOÃO LOURENÇO EM FRANÇA?
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despesas que ainda estavam por pagar”, le -se no artigo da Deutsche Welle (DW) em Português datado de 28
de Maio de 2018. A dívida odiosa contraí da pelo regime tirano e corrupto do MPLA e um dos variadí ssimos
mecanismos atrave s dos quais as riquezas de Cabinda e de Angola sa o absorvidas pelas sociedades secretas
de Cecil J. Rhodes. O facto de as naço es ocidentais serem completamente controladas e dominadas por essas
sociedades malignas, o que o presidente Woodrow Wilson (EUA) nos deu a conhecer, justifica a parcialidade
dos Estados ocidentais relativamente a ocupaça o ilegal de Cabinda pelas sociedades secretas de Rhodes por
interme dio de Angola. A ocupaça o beligerante de Cabinda e , na verdade, uma versa o portuguesa do Pacto
Colonial Francês45 atrave s do qual a França rouba anualmente 440.000.000.000 de €uros aos paí ses Africanos
outrora colo nias francesas.46 Pore m, Joa o Lourenço na o vai pagar as dívidas odiosas de Angola com o dinheiro
roubado aos Cabindas graças ao papel de mercena rio que o Estado angolano desempenha em A frica!
INEXISTÊNCIA DO SENTIDO DE RESPONSABILIDADE GLOBAL
O direito internacional e uma se rie de utensí lios que definem os princí pios ou crite rios que normalizam os
direitos e obrigaço es dos Estados. Por conseguinte, o direito internacional e acima de tudo uma prerrogativa
dos Estados nacionais, cuja missa o fundamental consiste em promover o ideal das Naço es Unidas, a saber: a
paz universal. O direito internacional na o so exige dos Estados um sentido de responsabilidade nacional dos
mais altos, mas tambe m um sentido de responsabilidade global ou internacional dos mais sublimes. Pore m,
a eficie ncia, i.e. a produtividade, do sentido de responsabilidade global de um Estado pressupo e a existe ncia
de um sentido de responsabilidade nacional aplaudido tanto no interior como no exterior do paí s. Ja agora,
vejamos qua o falto do sentido de responsabilidade global o Estado angolano e .
A autodeterminaça o dos povos e um dos mais preciosos propo sitos das Naço es Unidas no quadro das suas
dilige ncias para a realizaça o do seu ideal, i.e. a paz universal. O prea mbulo da Resoluça o 1514 (XV) adoptada
pela Assembleia Geral das Naço es Unidas a 14 de Dezembro de 1960 diz que — a manutenção do colonialismo
impede o desenvolvimento da cooperação económica internacional, entrava o desenvolvimento social, cultural
e económico dos povos dependentes e milita contra o ideal de paz universal das Nações Unidas. A persiste ncia
da ocupaça o beligerante47 de Cabinda por Angola e sobretudo a repressa o polí tica, a exploraça o econo mica
e a degradaça o social que a ocupaça o implica provam que o Estado angolano e absolutamente falto do sentido
de responsabilidade global. Em 1784 e 1883, a França tentou confiscar o estatuto político-jurídico de Cabinda
para depois faze -lo sumir. Apesar de ter sido derrotada pelos Cabindas, auxiliados por Portugal, a França na o
desistiu do seu sonho í mpio de tornar inexistente a identidade do enta o “Congo Portugue s”, i.e. Cabinda.48
Desprovido do sentido de responsabilidade nacional e global, o chefe de Estado angolano, Joa o Lourenço, foi
incapaz de evocar com o seu homo logo france s a necessidade de po r termo a instabilidade e a insegurança
45 Siji Jabbar, in This Is Africa: http://www.thisisafrica.me/city-life/detail-1603/How-France-lives-off-Africa-with-the-Colonial-Pact 46 Deutsche Wirtschafts Nachrichten (DWN), Frankreich kann seinen Status nur mit Ausbeutung der ehemaligen Kolonien halten, Germany: 2015; Link: https://deutsche-wirtschafts-nachrichten.de/2015/03/15/frankreich-kann-seinen-status-nur-mit-ausbeutung-der-ehemaligen-kolonien-halten/ 47 Michael Bothe, Belligerent occupation, in: R. Bernhardt (ed.), Encyclopedia of Public International Law, Volume III (1997), p. 763. 48 Ameaças da França a Cabinda no Jornal Britânico “The Economist” do dia 18 de Outubro de 1884.
O QUE FEZ JOÃO LOURENÇO EM FRANÇA?
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polí ticas que a confiscaça o da soberania polí tica Cabinda causam na bacia do Congo e na regia o dos Grandes
Lagos. E de suma importa ncia lembrar que em 1962 os chefes de Estado africanos patrocinaram as lutas de
Cabinda e de Angola pela libertaça o, o que as Naço es Unidas confirmam.49
Desde os anos 1960s, a França do presidente Emmanuel Macron vem roubando a s suas ex-colo nias em A frica
algo equivalente a 440.000.000.000 de €uros por ano. Para ale m de ser anualmente responsa vel pela morte
de milho es de cidada os nos paí ses Africanos cuja lí ngua oficial e o france s, este acto criminoso da França esta
na origem das polí ticas francesas que impedem o desenvolvimento integral dos outros paí ses africanos, de
medo que os de lí ngua francesa se despertem e reivindiquem os seus direitos plasmados na Resoluça o 1803
(XVII) adoptada pela AG das NU a 14 de Dezembro de 1962. Sa o estas polí ticas predadoras da França, de que
Cabinda e tantos outros paí ses africanos sa o ví timas, que minam a base financeira do Estado angolano que
se torna pouco a pouco incapaz de remunerar os seus funciona rios e de oferecer aos seus cidada os os bens
pu blicos de base. Pore m, devido a care ncia do sentido de responsabilidade global, Joa o Lourenço foi incapaz
de exortar o presidente france s a po r definitivamente termo a s polí ticas predadoras da França em A frica. Que
os Angolanos e os Africanos em geral na o esqueçam que essas polí ticas anti-raça Etí ope sa o a contribuiça o
da França para a consecuça o dos propo sitos das sociedades secretas de Cecil John Rhodes, a saber: absorver
gradualmete as riquezas da A frica, eliminar 85% da populaça o mundial e inaugurar uma Nova Idade ou Era
com uma u nica raça (a Ariana ou Branca), um u nico governo mundial e uma u nica identidade religiosa, i.e. a
de Sabbatai Zevi cuja oraça o e : “Louvado seja Ele que permite o proibido”.50
Se Joa o Lourenço fosse representante de um Estado verdadeiramente soberano e provido do mais elevado
sentido de responsabilidade nacional e internacional, na confere ncia de imprensa conjunta, teria exortado o
seu homo logo france s a fazer o seu melhor para que cessem, de uma vez por todas, as pra ticas que buscam a
exterminaça o das populaço es africanas atrave s de ví rus provenientes de laborato rios ocidentais. Jean-Marie
Le Pen, o fundador do partido de extrema direita france s Front National, elogiou e sugeriu o ví rus Ebola, que
ele apelida “Monseigneur Ebola”, como Solução para a Explosão Populacional Global e para o Fluxo Migratório
no espaço UE (i.e. União Europeia).51 Importa notar que Le Pen fez a sugesta o enquanto gozava dos privile gios
de Membro do Parlamento Europeu. Muito recentemente, as populaço es do paí s vizinho de Angola, i.e. a RDC,
foram mais uma vez atingidas por Monseigneur Ebola. Atrave s das suas obras Le Complot Mondial contre la
Santé e La Guerre Secrète contre les Peuples, sem olvidar as suas confere ncias, a investigadora e revoluciona ria
francesa Claire Se verac, assassinada recentemente — paz a sua alma, comparte a sua ana lise sobre o sector
da sau de e da alimentaça o que diariamente envenenam as populaço es por meio de substa ncias tal como as
vacinas e os aditivos alimentares. No tocante a s vacinas-veneno que ate ao momento ja mataram mais de 7
milho es de crianças em A frica, magnatas ocidentais sa o denunciados pela heroí na Claire Se verac.
49 Referências da intervenção do líder Cabinda, Luís Ranque Franque (MLEC/FLEC), nas Nações Unidas em 1962: Doc. da 17ª Sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, 4ª Comissão A/C. 4/SR 1391, de 20/11/1962;
Referências da intervenção do líder Angolano, Holden Roberto (FNLA), nas Nações Unidas em 1962: Doc. da 17ª Sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, 4ª ComissãoA/C. 4/SR 1398, de 29/11/1962. 50 David Livingstone, Black Terror, White Soldiers: Islam, Fascism, and the New Age, pp. 122-123. 51 Kim Willsher, Jean-Marie Le Pen suggests Ebola as Solution to Global Population Explosion, in “The Guardian” of May 21, 2014.
O QUE FEZ JOÃO LOURENÇO EM FRANÇA?
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Se a oligarquia angolana na o fosse refe m da mundializaça o da economia assente em organizaço es criminosas
internacionais, Joa o Lourenço teria tido a liberdade de abordar com Emmanuel Macron o facto de a existe ncia
da Europa ocidental depender largamente dos recursos naturais do continente africano, assim como o facto
dessa depende ncia implicar permane ncia e incremento de bases militares ocidentais um pouco por todo o
lado em A frica. Desprovido da autoridade polí tica peculiar a um chefe de Estado soberano, Joa o Lourenço foi
incapaz de evocar com o presidente france s a necessidade de acabarmos definitivamente com o imperialismo
ocidental em A frica, o que pressupo e um plano econo mico susceptí vel de conciliar o facto de a existe ncia das
naço es ocidentais depender das riquezas do subsolo africano e o direito legí timo dos filhos e filhas da A frica
a uma vida pro spera graças a seus pro prios meios de subsiste ncia. Impo e-se aos Africanos, juntamente com
a Ru ssia, a China e as restantes naço es protagonistas da Confere ncia A sia-A frica (Bandung) de 1955, originar
esse plano econo mico, por forma a erradicar de uma vez por todas as polí ticas ocidentais que consistem em
fazer dos Estados africanos meros vassalos, dos paí ses africanos meras reservas privadas de mate rias primas
e das populaço es africanas mera ma o-de-obra escrava para as empresas mineiras controladas pelo capital
financeiro.
Salvar a União Africana (UA) do estado desastroso e vergonhoso em que se encontra desde o assassinato em
2011 do lí der da Lí bia, coronel Muammar Gaddafi, e presentemente um dos mais urgentes deveres dos chefes
de Estado e dos acade micos Africanos. Ate 2011, era Muammar Gaddafi que tinha “maior voz” no seio da UA
devido a enorme contribuiça o da Lí bia para o orçamento anual dessa instituiça o continental. Na seque ncia
do desaparecimento de Gaddafi, a União Europeia (UE) e outras entidades ocidentais passaram a ter “maior
voz” no seio da UA, visto que tornaram-se doadoras de « 60% » do orçamento anual da nossa União Africana.
O orçamento global da UA para 2016, por exemplo, foi de 416.867.326 do lares norte-americanos. 60% desta
soma de dinheiro, cerca de 247.033.986 do lares, foi assegurado pelos chamados parceiros internacionais.52
Temos aí uma ilustraça o de qua o humilhados e desgraçados sa o as populaço es africanas e seus respectivos
chefes de Estado pelas instituiço es financeiras e naço es doadoras ou benfeitoras ocidentais. E absolutamente
humilhante que os paí ses africanos na o consigam ser donos da totalidade do orçamento anual da UA, quando
se sabe que uma u nica naça o ocidental, i.e. a França, rouba anualmente 440 mil milho es de €uros aos paí ses
africanos de lí ngua oficial francesa, sem olharmos para o que a França rouba aos paí ses africanos restantes,
e sem prestarmos atença o ao que as outras naço es ocidentais roubam aos filhos e filhas do continente berço
da humanidade.
Pode o Parlamento angolano satisfazer a questa o de saber se o Presidente João Lourenço foi ou na o capaz de
exortar o seu homo logo france s a po r definitivamente fim ao Pacto Colonial instituí do pelo criminoso General
de Gaulle? Como podem o Presidente João Lourenço e o Parlamento angolano explicar que a sobrevive ncia da
União Africana dependa de esmolas da Europa ocidental, quando a existe ncia desta mesma Europa ocidental
depende dos recursos naturais do continente africano? Pode a França que extermina milhões de africanos por
ano, privando-lhes dos seus meios de subsiste ncia, promover a prosperidade dos africanos de Angola atrave s
dos acordos nos ramos da agricultura, defesa e formaça o de quadros que assinou com Joa o Lourenço?
52 Southern African Legal Information Institute, Decision on the Budget of the African Union for the 2016 Financial Year – Doc. Assembly/AU/3(XXV) – Decision No: Assembly/AU/Dec. 577(XXV), 2015.
O QUE FEZ JOÃO LOURENÇO EM FRANÇA?
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No seu pertinente livro sob o tí tulo The Origin and Evolution of Primitive Man, Albert Churchward confirma
que a raça Etíope (preta), a primeira a povoar a Europa, foi massacrada ate desaparecer totalmente das terras,
cro nicas, bem como da conscie ncia europeias. “Eles [“os pretos”] foram exterminados na Europa, na Ame rica
do Norte, no Japa o, na Austra lia e na Tasmania, mas na o tenho du vida que sa o de encontrar noutros locais
ainda por explorar”.53 No dia 11 de Novembro de 2017, perto de 100.000 nacionalistas europeus marcharam
em Varso via para comemorar o dia da independe ncia da Polo nia. Os inu meros cartazes e bandeiras que esses
nacionalistas manifestantes agitavam tinham, de entre tantas outras inscriço es, as que exigiam uma “Europa
Branca, sena o desabitada”. Trata-se aqui de uma situaça o muito grave que deveria preocupar Joa o Lourenço,
visto que a Polo nia e um paí s membro da Unia o Europeia, assim como a França. Segundo o Prof. Dr. Nicolas
Agbohou, autor do Le Franc CFA et l’Euro Contre l’Afrique, a Unia o Europeia aprovou a inteireza do conteu do
do Pacto Colonial Francês atrave s do qual a França rouba aos Africanos 440 mil milho es de €uros por ano.
A França, bem como todos os paí ses membros da Unia o Europeia, deixou de ser um paí s com plena soberania
desde o dia 1 de Dezembro de 2009, data em que o Tratado de Lisboa54 entrou em vigor. Em termos jurí dicos,
o chefe de Estado france s passou a ser um simples delegado ou porta-voz da Unia o Europeia que absorveu a
soberania francesa. Em Angola, a representaça o diploma tica da Unia o Europeia e , por conseguinte, a u nica
com legitimidade. Vale a pena sublinhar que os acordos que Joa o Lourenço assinou com a França, nos ramos
da agricultura e defesa e formaça o de quadros, sa o acordos com a Unia o Europeia. A questa o que se coloca
ao Presidente João Lourenço e ao Parlamento angolano e a de saber “o que podem os Angolanos esperar desses
acordos, quando os propósitos da UE não correspondem às necessidades dos povos reprimidos e explorados de
Angola?” O facto de Joa o Lourenço ir ao ponto de fingir desconhecer a personalidade polí tico-ideolo gica da
Unia o Europeia, e confirmaça o de que o regime do MPLA na o e sena o um simples pia o da França em A frica;
um eterno refe m das instituiço es moneta rias internacionais; e um vassalo acomodado da Unia o Europeia.
A União Europeia é controlada por grupos de interesse cujo principal objectivo consiste em conquistar o mundo
servindo-se de mecanismos políticos, económicos e—caso necessário—da força militar. Rumo a este propósito, os
grupos de interesse em questão têm estado a destruir sistematicamente o legítimo sistema democrático em todas
as regiões do mundo, incluindo a África, e têm estado a substituí-lo por um regime ditatorial fascista e Nazista.55
Na lo gica colonial da polí tica africana da França a prioridade e dada a exploraça o dos recursos mineiros, ao
ponto de este sector expandir-se e impo r-se como a principal fonte das receitas do Estado. Na o e interesse
da França, i.e. da Unia o Europeia, cujo sector da agricultura e subvencionado, ver Angola ou qualquer outro
paí s africano com uma agricultura modernizada. A lo gica colonial consiste em manter o sector da agricultura
dos paí ses africanos o mais arcaico possí vel, por forma a perpetuar as populaço es africanas na condiça o de
meros consumidores dos excedentes agrí colas provenientes da zona UE. Os preços desses excedentes sa o ta o
baixos que acabam por frustrar o desenvolvimento da agricultura local. E absurdo acreditar que a França que
53 Albert Churchward, The Origin and Evolution of Primitive Man, George Allen & Company, Ltd., London: 1912, p. 13. 54 O Tratado de Lisboa é um acordo internacional que emenda os dois tratados (o Tratado de Maastricht e o Tratado de Roma) que formam a base constitucional da União Europeia (UE). O Tratado de Lisboa foi assinado pelos Estados membros da UE em 13 de Dezembro de 2007 e entrou em vigor a 1 de Dezembro de 2009. 55 Dr. Rath Health Foundation, The Nazi Roots of the ‘Brussels EU’: What You Always Wanted to Know about the ‘Brussels EU’—But No One Dared to Tell You, pp. 19, 28.
O QUE FEZ JOÃO LOURENÇO EM FRANÇA?
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ha muito vem obstruindo o desenvolvimento so cio-econo mico da vizinha Repu blica do Congo (Brazzaville)
vai agora ajudar Joa o Lourenço a fazer do seu paí s uma Suí ça. No domí nio da agricultura, os u nicos acordos
que Joa o Lourenço po de concluir com a França sa o os que obrigam Angola a importar excedentes agrí colas
da França (UE) e que, em contrapartida, obrigam a França a extender por mais quarenta anos a longevidade
do regime corrupto e cleptocrata do MPLA. Na esfera da defesa, Angola obriga-se a continuar a comprar da
França armas excessivamente facturadas, com comisso es e retro-comisso es, que permitam o enriquecimento
ilí cito e ra pido de polí ticos e generais de ambos os paí ses. Trata-se de armas que va o fazer com que a França,
por interme dio de Angola, eternize o seu poder imperialista nos paí ses africanos de lí ngua francesa. As armas
de Angola, com a be nça o da França, desempenharam um papel vital no golpe de Estado que em 1997 depo s
o presidente do Congo-Brazzaville, Prof. Pascal Lissouba, e provavelmente no assassinato em 1977 do chefe
de Estado desse mesmo Congo, o coronel Marien Ngouabi.56
Mesmo no ramo da formaça o de quadros, os acordos que Joa o Lourenço assinou com a França tambe m na o
sa o susceptí veis de melhorar as condiço es so cio-culturais e polí tico-econo micas em Angola. Isso justifica-se
pelo lamenta vel facto de o MPLA ter sido moldado, por sociedades secretas ocidentais, para ser uma entidade
mercena ria encarregue de terrorizar as populaço es da bacia do Congo, por forma a viabilizar e perpetuar a
extorsa o das riquezas e recursos naturais dessa ta o rica e ta o cobiçada regia o africana. Se na o fosse o caso, o
MPLA teria aprendido e frutificado as liço es do Prof. Dr. António de Oliveira Salazar, do Presidente Kim Il Sung,
e mesmo as do chefe ma ximo da Revoluça o cubana, Fidel Castro. “Nas nossas conversaço es com [Presidente
de Angola, A. Agostinho] Neto sublinhamos a necessidade absoluta de alcançar o ní vel de desenvolvimento
econo mico compara vel ao que tinha existido sob o colonialismo [Portugue s]”.57 Para o í nclito Prof. Dr. Salazar,
“o Estado tem que ser uma pessoa de bem, e quem esta a frente do Estado tem que ser de uma honestidade
e de uma probidade intoca veis”. De facto, nesse aspecto, na o existem casos de corupça o que tocam Salazar e
na o ha sequer um u nico caso de corrupça o nos seus governos. Infelizmente, na o se pode dizer o mesmo dos
chefes de Estado de Angola, da França e de seus respectivos governos. Eis aqui a seguir algumas das palavras
e actos de Salazar, homem de Estado sem igual: “Ha que regular a ma quina do Estado com tal precisa o, que
os ministros estejam impossibilitados, pela pro pria natureza das leis, de fazer favores aos seus conhecidos e
amigos.”
Segundo Transparency International, no seu pertinente Relatório de 2004, “a corrupção consiste no abuso do poder
pelos dirigentes políticos para fins pessoais, com a finalidade de aumentarem o seu poder ou a sua riqueza pessoal.
A corrupção política não implica obrigatoriamente que o dinheiro passe de mão em mão. Pode inclusive assumir a
forma de tráfico de influência. ...A corrupção política é um abuso do sistema político, da confiança e dos princípios
de funcionamento das sociedades democráticas.”
56 Bartolomeu Capita, Cabinda: Obama’s Challenges in Africa, Lisbon and London: Chiado Publishing (2013), pp. 73, 113, 158. 57 Odd Arne Westad, “Fidel Castro’s 1977 Southern Africa Tour: A Report to Erich Honecker” in Moscow and the Angolan Crisis: A New Pattern of Intervention, CWIHP Bulletin 8/9 Winter 1996/1997, pp. 18-20.
QUE ALEMANHA QUER JOÃO LOURENÇO?
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Que Alemanha quer Joa o Lourenço?
Segundo Deutsche Welle (DW), o chefe de Estado angolano, Joa o Lourenço, vai visitar a Alemanha entre 22 e
23 de Agosto do ano em curso, depois das recentes deslocaço es que efectuou a França entre 28 e 30 de Maio
e a Be lgica de 4 a 5 de Junho. Importa lembrar que a França foi o paí s ocidental ao qual Joa o Lourenço fez a
sua primeira visita oficial, a Be lgica (i.e. a União Europeia) sendo o segundo. A Alemanha foi intencionalmente
colocada em terceiro se na o em quarto lugar. Atrave s dessa diplomacia teleguiada de Joa o Lourenço, a França
quis mostrar a União Europeia e a s principais pote ncias ocidentais que, apesar de tudo, e ela que ainda possui
os mais valiosos pio es em A frica. A França quis com isso confirmar a sua teoria/propaganda segundo a qual:
“l’Allemagne est un géant économique, mais un nain politique”. Pore m, ja que na o cabe na cabeça da virtuosa
naça o Alema que um membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, que ousa roubar aos
pobres Africanos 440 mil milho es de €uros por ano, lhe venha dar liço es de polí tica, a resposta da Alemanha
na o tardou a chegar. No dia 31 de Maio, isto e , antes de Joa o Lourenço concluir a sua primeira visita oficial a
França e a Be lgica, a Dra. Merkel, algures em Portugal, fez a seguinte declaraça o: “África é um grande desafio”.
E , todavia, o artigo de Deutsche Welle (DW) em Português que deu maior som ao que faz estremecer a França
e demais inimigos de paz e bem-estar em A frica. O artigo diz: “No final de uma visita de dois dias a Portugal,
a chanceler Angela Merkel considerou que o paí s [Portugal] e um parceiro privilegiado que pode contribuir,
em parceria com a Alemanha, para o desenvolvimento do continente africano”.
JOÃO LOURENÇO QUER CORROMPER A ALEMANHA
Poucos dias antes da visita oficial de Joa o Lourenço a França, o Colégio Presidencial do Movimento Nacional
Cabinda (MNC) emitiu uma petiça o destinada a s diferentes Igrejas Cristãs Europeias.58 Para ale m de enfatizar
as responsabilidades de uns e outros na ocupação beligerante de Cabinda por Angola (1975); de tornar visí vel
as circunsta ncias que em Angola esta o na base da corrupça o ende mica e da utilizaça o criminosa do Esatdo e
da economia; de buscar apoios moral e diploma tico vitais que permitam Cabinda reaver o mais rapidamente
possí vel a sua soberania polí tico-econo mica, em conformidade com o direito internacional; e de mencionar
a indispensabilidade de um plano económico apostado em reconciliar os interesses das naço es ocidentais em
A frica e o direito sagrado dos indí genas Africanos a uma vida conforta vel graças a s mate rias-primas de seus
paí ses respectivos; a petiça o realça a prepondera ncia do papel que ambas as naço es, Portugal e Alemanha,
sa o chamadas a desempenhar no desenvolvimento de Cabinda e do continente africano.
Sabendo que a permane ncia do MPLA no poder requer que seus dirigentes sejam capazes de escamotear o
direito legí timo do povo e naça o Cabinda a auto-determinaça o, bem como a soberania permanente sobre as
suas pro prias riquezas e recursos naturais, por forma a viabilizar a absorça o dessas riquezas pelas sociedades
secretas de Cecil Rhodes, Joa o Lourenço e obrigado a fazer tudo, ate o impossí vel, para que a Alemanha na o
abrace a justa causa dos Cabindas. A corrupça o vai ter que entrar em jogo, mas assumindo a forma de tra fico
de influe ncia. Por ser aparentemente difí cil de subornar directamente a classe polí tica alema , Joa o Lourenço
na o tem outra possibilidade sena o passar pela classe empresarial alema . Oportunidades de nego cios hiper-
58 A petição: https://cabindacitizenship.files.wordpress.com/2018/05/petition-to-european-christian-churches1.pdf
QUE ALEMANHA QUER JOÃO LOURENÇO?
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lucrativos em Angola va o ser dadas a empresa rios alema es interessados, sobretudo a banqueiros, atrave s do
Fórum Económico Alemão-Angolano. Em contrapartida, os beneficia rios dessas ocasio es (homens de negócios
e banqueiros) va o comprometer-se a envidar esforços para que a classe polí tica alema se abstenha de chamar
a atença o do Conselho de Segurança ou da Assembleia Geral das Nações Unidas para o desacordo entre Angola
e Cabinda, apesar de ser da natureza das que se acham previstas no Artigo 34 da Carta das Naço es Unidas.59
Trata-se aí de um cena rio susceptí vel de tornar nula a autoridade polí tico-moral da Alemanha em A frica e no
mundo, sabendo que a continuaça o de tal controve rsia constitui ameaça a manutença o da paz e da segurança
internacionais. Do ponto de vista do MNC, a Alemanha tem muito mais a ganhar com a reposiça o da verdade
histo rico-jurí dica em Cabinda, do que com a sua hipote tica cumplicidade no gigantesco crime que consiste
em obstruir a ascensa o de Cabinda a auto-determinaça o e, simultaneamente, em roubar aos Cabindas os seus
meios de subsiste ncia.
Um antigo agente dos serviços secretos zairenses, Emmanuel Dungia, recorda-se que “o dinheiro que gastava
Mobutu Sese Seko a seduzir e a corromper os grandes deste mundo dava-lhe uma grande satisfaça o”.60 Tanto
o regime despo tico do Zaí re sob Mobutu como o corrupto e sanguina rio de Angola sob o MPLA, sa o criaço es
de sociedades secretas ocidentais apostadas em exterminar as populaço es de raça Etí ope e Asia tica, pilhar as
riquezas e recursos naturais dos continentes africano e asia tico, e instaurar uma Nova Era, isto e , um mundo
com uma u nica raça (i.e. a Ariana ou Branca), uma u nica religia o e um Governo Mundial. Sabemos da parceria
estrate gica entre Angola e Alemanha; sabemos que o volume de nego cio entre os dois paí ses ronda os 500
milho es de €uros por ano, essencialmente com exportaça o de petro leo ao paí s da chanceler Angela Merkel;
e sabemos que va rias empresas alema s esta o implantadas em Angola e que, para ale m de investirem, tambe m
financiam projectos no paí s. Pore m, se os investimentos dos paí ses ocidentais, ate da Alemanha, no Zaí re sob
Mobutu na o impediram que a RDC continue a ser o “shithole country” premeditado pelos que assassinaram
Patrice Lumumba, nenhum investimento estrangeiro e susceptí vel de acabar com a corrupça o e a utilizaça o
criminosa do Estado e da economia no paí s de Joa o Lourenço, enquanto perdurar a ocupaça o beligerante de
Cabinda pelo regime mercena rio do MPLA.
Caso o governo alema o na o consiga concretizar a ideia de ter Portugal como um parceiro privilegiado capaz
de contribuir para o desenvolvimento do continente africano; e caso na o seja permitido servir-se dos utensí lios
do direito internacional a fim de po r definitivamente termo a controve rsia polí tico-jurí dica entre Cabinda e
Angola, e por conseguinte deixar de ser um paí s consumidor do petro leo roubado aos Cabindas por Angola;
teremos enta o a confirmaça o de que a Alemanha, tambe m ela, acabou por sucumbir aos subornos da França
por interme dio de Angola e seu Joa o Lourenço. Enta o podera a França gritar alto e forte que “l’Allemagne est
un géant économique, mais un nain politique”, e tambe m podera Dr. Matthias Rath enfatizar a pertine ncia do
seu livro The Nazi Roots of the ‘Brussels EU’: What You Always Wanted to Know about the ‘Brussels EU’—But
No One Dared to Tell You (Germany: 2010).
59 Artº. 35 (1) da Carta das Nações Unidas: “Qualquer membro das Nações Unidas poderá chamar a atenção do Conselho de Segurança ou da Assembleia Geral para qualquer controvérsia ou qualquer situação da natureza das que se acham previstas no Artigo 34”. 60 Núcleo de Estudantes de Economia da Associação Académica de Coimbra, op. cit., p. 33.
QUE ALEMANHA QUER JOÃO LOURENÇO?
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COMPETIÇÃO IMPERIALÍSTICA ENTRE FRANÇA E ALEMANHA
A desastrosa situaça o em que se encontram hoje as populaço es de Cabinda, Repu blica Democra tica do Congo
e Angola e conseque ncia indiscutí vel da velha disputa imperialí stica entre a França e a Alemanha. O ce lebre
historiador france s, Pierre Renouvin, e autor de uma valiosí ssima obra que vem substanciar essa infere ncia.
Para ale m de dar a conhecer o interesse geo-polí tico da Alemanha relativamente a Cabinda e as preocupaço es
que este interesse levantou em França, a obra de Pierre Renouvin tambe m expo e a individualidade polí tico-
territorial de Cabinda. Os esforços da Alemanha no sentido de alcançar uma significativa esfera de influe ncia
em A frica, com Cabinda em mente, datam do se culo XIX, quando Bismarck cedeu a s presso es dos interesses
econo micos. Pore m, o maior desafio dos alema es nesse empreendimento, tanto no passado como hoje, e a
obstruça o sistema tica feita pelo seu eterno rival europeu, a saber: a França, que teme que a Alemanha tenha
Cabinda na sua esfera de influe ncia e patrocine o desenvolvimento de Cabinda, assim como o do continente
africano no seu todo. E exactamente esse temor que levou a França a infiltrar e instrumentalizar o MPLA
desde os anos 1960s, e a viabilizar a ocupaça o beligerante de Cabinda (1975) pelo regime do MPLA. De facto,
um eventual pacto luso-alemão para o desenvolvimento do continente africano po e imediatamente termo ao
roubo anual pela França de mais de 440 mil milho es de €uros aos Africanos.
O casamento forçado entre a França e o regime corrupto do MPLA faz com que o que a França teme em A frica
seja inevitavelmente temido por Angola. Ja que a França na o quer ver a Alemanha em Cabinda, e inevita vel
que Angola na o queira ver Cabindas aliarem-se aos Alema es. A fim de protelar sine die a ascensa o de Cabinda
a independe ncia, que implicaria necessariamente a obtença o pela Alemanha da esfera de influe ncia desejada
desde ha se culos, milhares de milho es de €uros roubados aos Cabindas sa o anualmente gastos por Angola e
França para subornar os leais independentistas Cabindas, calar as crí ticas e recompensar os servidores do
imperialismo franco-angolano. Vejamos, em u ltima ana lise, o que os seguintes extractos da obra de Renouvin
nos da o a conhecer.
Si les intérêts économiques n’ont qu’une place très secondaire dans les litiges continentaux, ils ont au contraire un
rôle actif, parfois décisif, dans le choc où se heurtent les impérialismes, en Méditerranée, en Asie, en Afrique.
L’Allemagne, enfin, entre en scène, au printemps de 1884, lorsque Bismarck cède à la pression des intérêts
économiques: elle s’établie d’abord, en avril 1884, sur la côte du sud-ouest africain, puis au Cameroun, enfin en
Afrique orientale, au nord des établissements anglais. Violà bien des occasions de controverses entre les puissances
européennes! C’est seulement en Afrique centrale, dans les bassins du Congo, que les compétitions deviennent
vraiment âpres. Cette zone est le domaine de l’Association internationale du Congo, fondée par le roi des Belges,
Léopold II, homme d’État et homme d’affaires. Avec le concours de Stanley qui est entré à son service, l’Association
a établie, entre 1879 et 1882, des postes dans toute la région comprise entre les Grands Lacs et le Stanley Pool; elle
a donc une possession de fait. La question de l’accès de cet énorme territoire à l’océan Atlantique n’est pourtant pas
réglée, car l’Association internationale se heurte à d’autres initiatives: la voie de l’Ogooué a été reconnue, dès 1882,
par une expédition française, celle de Savorgnan de Brazza qui, en 1884, à son quatrième voyage, atteint le Stanley
Pool; la voie du bas Congo risque d’être fermée elle aussi, car le Portugal, qui possède, au sud de l’embouchure du
fleuve, l’Angola et au nord le Cabinda, prétend avoir des droits sur toute la côte et obtient, en février 1884, malgré
les protestations de Léopold II, l’appui de la Grande-Bretagne.
QUE ALEMANHA QUER JOÃO LOURENÇO?
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En Afrique noire, - qu’il s’agisse de l’Afrique occidentale et équatoriale française; des colonies anglaises de la Gambie,
de la Sierra-Leone, de la Côte de l’Or, de la Nigéria, ou de l’Afrique orientale; des territoires allemands du Cameroun,
du Togo et de l’Afrique orientale; du Congo, devenu colonie belge depuis 1908; des colonies portugaises du Cabinda,
de l’Angola et du Mozambique, ou des petits territoires espagnols et hollandais de la Guinée, - les États colonisateurs
ont eu pour but immédiat, au point de vue économique, de développer la production des denrées et des matières
premières destinées à être exportées vers l’Europe. Pour atteindre ce résultat, ils ont établi une législation agraire,
réglementé le recrutement de la main-d’oeuvre, et l’organisation des exploitations agricoles, forestières ou minières.
Dans les rivalités colonials entre les États européens, l’Afrique du Sud et l’Afrique du Nord avaient été, pendant
vingt-cinq ans, les domains géographiques où le heurt entre les impérialismes avait été le plus grave. L’apaisement
est maintenant venu. Mais, depuis la fin de 1911, c’est l’Afrique centrale qui retient les regards. Les milieux coloniaux
allemands reprennent un plan d’action qu’ils avaient déjà esquissé en 1898: une «redistribution» des territories
coloniaux en Afrique pour aboutir à la formation, aux dépens des États faibles, d’un vaste Empire colonial au profit
du Reich. La presse allemande, et non pas seulement la presse pangermaniste, s’intéresse vivement à ces projets.
C’est le sort des colonies portugaises et même celui du Congo belge qui sont en question, dans l’esprit du
gouvernement allemand: l’Angola, le Mozambique et le Cabinda, territoires immenses, dont la mise en valeur est
médiocre, à cause des difficultés financières dans lesquelles se débat le gouvernement de Lisbonne; le Congo belge,
«colonie trop vaste pour une métropole trop petite», qui se trouve, depuis l’accord francoallemand du 4 novembre
1911, limitrophe, en deux points, des territoires acquis par l’Allemagne. Voilà où l’Empire allemand peut trouver sa
«place au soleil». Par la force? Non, - du moins si les autres grandes puissances européennes qui ont en Afrique des
intérêts importants acceptent ces perspectives. Or le gouvernement britannique avait, à l’automne de 1911, laissé
entendre qu’il les accepterait. Après de longs marchandages, la négociation mène à la signature, le 20 octobre 1913,
d’un accord secret. Ce traité répartit des zones d’influence respective: anglaise dans la partie méridionale du
Mozambique, y compris l’embouchure du Zambèze, et dans la partie méridionale de l’Angola, sans atteindre
pourtant la côte; allemande dans le nord du Mozambique, dans presque toute la zone côtière de l’Angola et, au nord
de l’embouchure du Congo, dans le Cabinda. Influence économique? Sans doute; mais aussi politique, car un article
prévoit que, si des «troubles locaux» menaçaient soit dans leur vie, soit dans leurs biens des sujets allemands ou
anglais, ou «mettaient en péril» les colonies adjacentes, l’Allemagne et la Grande-Bretagne prendraient les mesures
nécessaires pour protéger leurs intérêts. Là aussi, comme en Asie Mineure, les zones d’influence peuvent être des
«parts futures». Les Allemands, note Sir Edward Grey, «souhaitent aussitôt que possible le partage des colonies
portugaises. Moi aussi… ». La diplomatie allemande voit dans ce premier succès le présage à une solution favorable
de la question du Congo belge. A la fin de 1913, elle envisage d’obtenir du gouvernement belge la concession, à une
société allemande, de la construction d’une voie ferrée transafricaine en territoire congolais: «mainmise
économique... en attendant qu’elle devienne politique», constate le ministre de France à Bruxelles. Le gouvernement
belge s’inquiète, d’autant plus que l’Allemagne, si elle devenait maîtresse du nord de l’Angola et du Cabinda tiendrait
les voies d’accès du territoire congolais à l’Océan. «L’indépendance effective du Congo belge deviendrait, du coup,
bien précaire.» Mais ces deux projets se heurtent à une même résistance. Le gouvernement français s’inquiète de
l’accord anglo-allemand d’octobre 1913, non seulement parce que la présence allemande en Cabinda mènerait à un
«encerclement» de l’Afrique équatoriale française par les colonies allemandes, mais surtout parce que ce
«rapprochement d’intérêts» entre l’Angleterre et l’Allemagne n’est pas en harmonie avec l’Entente cordiale franco-
anglaise. Certes, la France pourrait s’associer au traité de partage et revendiquer son lot; mais elle affaiblirait sa
«position morale», sans avoir chance d’obtenir, dit Paul Cambon, un avantage substantial. Mieux vaut donc protester
auprès du gouvernement anglais: c’est chose faite en février 1914. Le cabinet britannique decide alors d’ajourner la
ratification de l’accord anglo-allemand. Quant au Congo belge, en avril 1914, le secrétaire d’État allemand aux
Affaires étrangères lance un «coup de sonde», dans un entretien avec l’ambassadeur de France: la Belgique, dit-il,
QUE ALEMANHA QUER JOÃO LOURENÇO?
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est incapable «même financièrement» de faire face à ses tâches en Afrique australe; pourquoi l’Allemagne, la France
et l’Angleterre n’envisageraient-elles donc pas un programme d’action, sans en informer, bien entendu, le
gouvernement de Bruxelles, «puisque c’est la Belgique qui paierait»? Après tout ne faut-il pas penser que «les
grandes nations seront seules capables de supporter la concurrence mondiale, et, dans l’avenir, les petites doivent
disparaître ou devenir leurs satellites»? Mais ce coup de sonde est vain, car l’ambassadeur de France réplique que,
seule, la Belgique «pourrait provoquer une pareille conversation»: prudence nécessaire «dans des conjunctures qui
pourraient mettre en conflit les grandes nations colonisatrices». La question du Mittelafrika «reste en suspens»,
écrit Sir Edward Grey. En fait, ce temps d’arrêt sera définitif, puisque la première guerre mondiale va survenir trois
mois plus tard. L’épisode n’est pourtant pas sans intérêt parce qu’il montre le cabinet anglais disposé à «dériver»
vers le continent africain les desseins d’expansion allemande.61
ALEMANHA, BANCO MUNDIAL, FMI E OS DIREITOS HUMANOS
Já que não existem preconceitos raciais contra a raça Etíope (preta) na história alemã ou no carácter alemão,
o racismo na Alemanha é algo que alguém pode activar ou desactivar a seu bel-prazer,62 constata o jornalista
e escritor Afro-Americano Roi Ottley. A minha experie ncia pessoal de tre s anos e meio em Berlim, onde me
foi dado o privile gio de trabalhar num gabinete conforta vel (Palais Am Festungsgraben) com duas assistentes
assaz qualificadas, permite-me substanciar a opinia o de Ottley. Os alema es sa o a u nica naça o ocidental que
ousou fornecer armas aos Africanos para que quebrassem o horrí vel jugo colonialista e imperialista europeu.
As queixas e fu ria dos colonialistas e imperialistas ocidentais a respeito da ousadia alema sa o palpa veis em
va rios jornais europeus na ve spera e durante a Confere ncia de Berlim de 1884-1885.63 E essa ousadia que
esta na base do o dio pela Alemanha e da propaganda contra os alema es, respectivamente nutrido e veiculada
pelos imperialistas e supremacistas brancos influenciados pelo insano cidada o france s Joseph Arthur, Conde
de Gobineau.
E do interesse da classe polí tica alema saber reconciliar os interesses econo micos alema es com o direito das
populaço es de Angola a um verdadeiro Estado de direito, e das de Cabinda de reaver a sua soberania polí tica.
A virtuosa naça o alema , que sabemos ter sido ví tima de um maquiavelismo sem igual e de tratamentos crue is
infligidos pelos “campeo es” da Segunda Guerra Mundial, como nos sa o dados a conhecer por Freda Utley na
sua pertinente obra The High Cost of Vengeance, e chamada a materializar o ideal de paz universal das Naço es
Unidas atarve s do respeito pelos direitos humanos e pelo direito internacional.
Tanto a Alemanha como o Banco Mundial e o Fundo Moneta rio Internacional, sabem perfeitamente que a
cooperaça o militar entre Angola e qualquer das maiores pote ncias ocidentais implica cre ditos enormes em
armamentos que na o se justificam; sabem que as subvenço es e empre stimos dados ao regime despo tico de
Angola por qualquer instituiça o financeira ou naça o estrangeira na o sa o destinados a melhorar as condiço es
de vida das populaço es de Angola e de Cabinda; e sabem perfeitamente que o “acto de contrair dí vidas” junto
de grandes potências e de instituições financeiras internacionais e , para a oligarquia angolana, o melhor meio
61 Pierre Renouvin, Histoire des Relations Internationales, Tome VI: Le XIXe Siècle, 2ème Partie: De 1871 à 1914, l’Apogée de l’Europe, Chapter V - Le Choc des Impérialismes Coloniaux, Paris Hachette: 1953, pp. 79, 90-91, 284, 288-290. 62 Roi Ottley, No Green Pastures: The Negro in Europe Today, London: John Murray (1952), p. 162. 63 Elfi Bendikat, Imperialistische Interessenpolitik und Konfliktregelung 1884/85, Wissenschaftlicher Autoren-Verlag (WAV), Berlin 1985, pp. 192-194; ou The Manchester Guardian do dia 26 de Fevereiro de 1885.
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de fortificar o seu regime despo tico e dar-lhe cada vez maior longevidade. E deste modo que o regime tirano
de Angola e fortificado, e a sua longevidade garantida, pelas entidades credoras que contam com os recursos
naturais de Cabinda e de Angola sob controlo da oligarquia angolana. E igualmente deste modo que o futuro
de gerações de Angolanos e Cabindas e tornado inexistente, pois os cre ditos contraí dos hipotecam as riquezas
e recursos naturais dos dois paí ses por um tempo muito longo, isto e , o tempo para reembolsarem a dí vida
contraí da contra a sua vontade e de que sa o a primeira ví tima. Segundo o presidente John Adams (EUA), “Ha
dois meios de escravizar uma naça o. Um e pela espada. O outro e pela dí vida”. O poder e , afinal, uma relaça o
de dominaça o fundada na posse de meios permitindo a certos indiví duos ditarem o comportamento a outros.
Ao apropriar-se dos recursos naturais das suas ex-colo nias africanas, avaliados em mais de 440 mil milho es
de €uros por ano, a França entrou na posse dos meios que lhe permitem ditar o comportamento aos governos
dos paí ses africanos em questa o. Ao concederem ao regime despo tico de Angola cre ditos de grande tamanho,
cujo reembolso exige 50 a 100 anos no mí nimo, as instituiço es financeiras internacionais entram na posse
dos meios que lhes autorizam ditar o comportamento ao governo endividado.
O Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional sa o e declaram-se ser age ncias das Nações Unidas. Pore m,
apenas teoricamente envidam esforços para promover o ideal de paz universal das Naço es Unidas. Na o esta o
a patrocinar o ideal de paz universal das Naço es Unidas, quando ousam confiscar os meios de subsiste ncia
dos povos de Angola e Cabinda por interme dio das dívidas odiosas contraí das pelo regime despo tico de Jose
Eduardo dos Santos e Joa o Lourenço. “Em nenhum caso podera um povo ser privado dos seus pro prios meios
de subsiste ncia”, insiste o Pacto Internacional sobre os Direitos Económicos, Sociais e Culturais.64 Ousar privar
as naço es de Cabinda e de Angola dos seus pro prios meios de subsiste ncia, atrave s de dí vidas que na o sa o e
jamais sera o uma responsabilidade para as naço es referidas, mas sim dí vidas de regime, i.e. dí vidas pessoais
do poder que as contraiu, e uma das inu meras verso es da guerra secreta contra os povos que visam eliminar
a raça Etí ope e dizimar 85% da populaça o mundial. Trata-se de um genocí dio premeditado. Na o e justo, nem
humano, que a Alemanha, o Banco Mundial e o FMI continuem a sustentar a corrupça o erigida em sistema,
caracterí stico do paí s [Angola] e as pra ticas mafiosas da burguesia polí tico-comercial angolana.
Na o e admissí vel que as grandes pote ncias ocidentais e as age ncias das Naço es Unidas façam de Angola e de
Cabinda o que e feito da República Democrática do Congo (RDC) desde a imposiça o de Mobutu no poder em
1965; um paí s completamemte arruinado, onde o rendimento nacional bruto per capita na o ultrapassa 0,25
do lares por dia, enquanto, em 1965, o ní vel de desenvolvimento do Zaí re equivalia ao da Coreia do Sul; um
paí s onde na o vimos e continuamos a na o ver sena o investimentos de fachada, isto e , onde os grandes paí ses
industrializados lançam-se em grandes projectos de investimento que, de forma alguma, correspondem a s
necessidades das populações, e onde alguns projectos na o sa o sena o fictí cios; e um paí s onde, no que se refere
ao quadro institucional, na o se pode falar de tre s poderes independentes: o executivo, o legislativo e o judicial,
pois esta o enfeudados ao chefe de Estado, quando na o sa o os seus elementos de protecça o. Para na o sermos
ví timas eternos das dívidas odiosas contraí das pela cleptocracia angolana, a comunidade internacional vai
ter que aceitar ou a independe ncia de Cabinda ou que os Cabindas tomem conta da Res Publica angolana.
64 https://cabindacitizenship.files.wordpress.com/2018/01/pacto-internacional-sobre-os-direitos-econc3b4micos-sociais-e-culturais2.pdf
DIFERENÇA ENTRE SALAZAR E LOURENÇO
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Diferença entre Salazar e Lourenço
Bartolomeu Capita (Sr.)
Colégio Presidencial, Movimento Nacional Cabinda
PESQUISADORES / COLÉGIO PRESIDENCIAL
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Pesquisadores / Cole gio Presidencial
Tiago Yeze Luemba
Antropólogo
Membro do MNC
CABINDA
Fátima Chilongo
Psicóloga
Membro do MNC
SUÉCIA
Sebastião Tito Baiúa
Relações Internacionais
Membro do MNC
E.U.A.
Gabriela Pitra Malonda
Secretária Geral
Membro do MNC
PORTUGAL
Isaac Tchibassa Madeca
Egiptólogo
Membro do MNC
ALEMANHA
Laura Ieze Mataia
Socióloga
Membro do MNC
JAPÃO
Margarida Sabá Salomão
Historiadora
Membro do MNC
R.D.C.
Casimiro Benge Púcuta
Física Nuclear/Estudante
Membro do MNC
RÚSSIA