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RECEPTORES SENSORIAIS E CIRCUITOS NEURONAIS PARA
O PROCESSAMENTO DAS INFORMAÇÕES
Glênia Arantes Fernanda Costa
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TIPOS DE RECEPTORES SENSORIAIS Há 5 tipos básicos de receptores
sensoriais no corpo:
1. Mecanorreceptores2. Termorreceptores3. Nociceptores4. Receptores eletromagnéticos5. Quimiorreceptores
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SENSIBILIDADE DIFERENCIADA Como dois tipos de receptores sensoriais detectam
tipos diferentes de estimulos?
Cada tipo de receptor é altamente sensível a um tipo de estimulo para o qual ele é especializado e, ao mesmo tempo, é praticamente insensível a outros.
É a chamada “sensibilidade diferenciada”
Exemplo: cones e bastonetes
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O PRINCÍPIO DAS VIAS “ROTULADAS”
A especificidade das fibras nervosas para transmitir apenas uma modalidade de sensação é chamada de princípio das vias rotuladas;
Cada trato nervoso termina em uma área específica no SNC e a sensação percebida é determinada pela região em que a fibra se dirigiu;
Exemplo: fibra tátil sendo estimulada pela sensação elétrica de um receptor do tato ou de qualquer outra maneira, o indivíduo percebe o tato porque as fibras táteis dirigem-se a áreas encefálicas específicas para o tato;
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CADA TRATO NERVOSO TERMINA EM UM PONTO ESPECÍFICO NO SISTEMA NERVOSO CENTRAL
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TRANSDUÇÃO DOS ESTÍMULOS SENSORIAIS EM IMPULSOS NERVOSOS
Qualquer que seja o tipo de estímulo que excite o receptor, seu efeito imediato é mudar o potencial elétrico da membrana do receptor: é o potencial do receptor.
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TRANSDUÇÃO DOS ESTÍMULOS SENSORIAIS EM IMPULSOS NERVOSOS
Os diferentes receptores podem ser excitados de várias maneiras para causar um potencial receptor:
1. Por deformação mecânica do receptor;2. Pela aplicação de uma substância
química na membrana;3. pela alteração da temperatura da
membrana;4. pelos efeitos da radiação
eletromagnética.
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TRANSDUÇÃO DOS ESTÍMULOS SENSORIAIS EM IMPULSOS NERVOSOS
A causa básica da alteração no potencial de membrana é uma alteração na permeabilidade da membrana do receptor que permite que os íons se difundam através da membrana, alterando o potencial de transmembrana.
A amplitude máxima dos pontencias receptores sensoriais é aproximadamente 100 milivolts. E quanto mais o potencial receptor se eleva acima do limiar, maior se torna a frequência dos potenciais de ação na fibra aferente.
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TRANSDUÇÃO DOS ESTÍMULOS SENSORIAIS EM IMPULSOS NERVOSOS
Relação entre intensidade do estimulo e potencial receptor:
- Com intensidades de estimulação muito altas, a amplitude do potencial gerador aumenta rapidamente no início, e, a seguir mais lentamente.
- Por sua vez, a frequência dos potenciais de ação repetitivos transmitidos pelos receptores sensoriais aumenta quase que proporcionalmente ao aumento no potencial receptor;
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TRANSDUÇÃO DOS ESTÍMULOS SENSORIAIS EM IMPULSOS NERVOSOS
Conclui-se então que a estimulação muito intensa do receptor provoca progressivamente menos e menos aumento adicionais no número de potenciais de ação;
Outra característica dos receptores sensoriais é que eles se adaptam parcial ou completamente a qualquer estímulo constante depois de um certo período de tempo;
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CLASSIFICAÇÃO FISIOLÓGICA DAS FIBRAS NERVOSAS As fibras são divididas em tipo A e C, e
as fibras do tipo A são subdivididas em fibras α β, γ e δ;
As fibras A são mielinizadas de tamanho grande e médio.
As fibras do tipo C são finas e amielínicas que conduzem impulsos a baixa velocidade
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TRANSMISSÃO DE SINAIS DE DIFERENTES INTENSIDADES NOS TRATOS NERVOSOS
Uma caracteristica de cada sinal é a intensidade;
Somação espacial e somação temporal são os dois mecanismos das diferentes graduações de intensidades;
Na somação espacial o aumento da intensidade do sinal depende da estimulação de uma quantidade maior de fibras.
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SOMAÇÃO ESPACIAL Ao conjunto inteiro de fibras (receptores)
da dor chamamos de campo receptor, (5cm de diametro);
É importante observar que o estimulo é sempre maior no centro deste campo receptor;
À esquerda: estimulo pequeno, uma única fibra nervosa no meio do feixe é estimulada fortemente;
As outras duas mostram o efeito moderado e intenso, progressivamente mais fibras são estimuladas;
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SOMAÇÃO ESPACIAL
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SOMAÇÃO TEMPORAL É uma outra maneira de transmitir
sinais com intensidades crescentes ; Aumenta-se a frequência dos impulsos
nervosos em cada fibra;
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TRANSMISSÃO E PROCESSAMENTO DOS SINAIS EM AGRUPAMENTOS NEURONAIS
O SNC é composto por milhares de agrupamentos neuronais;
Exemplo, os diferentes núcleos da base e os núcleos específicos do tálamo, cerebelo, mesencéfalo, ponte e medula oblonga;
Cada agrupamento neuronal apresenta sua própria organização especial;
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TRANSMISSÃO DE SINAIS ATRAVÉS DOS AGRUPAMENTOS NEURONAIS A organização dos neurônios para a
transmissão dos sinais:
Pode-se considerar neurônios trabalhando juntos como se fossem um único só.
A área neuronal estimulada por cada fibra nervosa é o campo estimulatório;
Vários neurônios próximos são chamados de agrupamento neuronal;
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TRANSMISSÃO DE SINAIS ATRAVÉS DOS AGRUPAMENTOS NEURONAIS Deve-se lembrar que para que haja
potencial de ação deve-se observar descargas simultâneas sobre um neurônio é o estímulo excitatório;
Se houver descargas acima do necessário para que se desencadeie um potencial de ação o estímulo é chamado supraliminar;
De modo oposto diz-se estímulo subliminar.
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DIVERGÊNCIA DOS SINAIS É importante que os sinais fracos que
entram em um agrupamento neuronal promovam a excitação de um grande número de fibras nervosas que deixam esse agrupamento;
É o Espalhamento dos sinais pelos neurônios do grupamento neuronal;
Este fenomeno é chamado de divergência;
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DIVERGÊNCIA DOS SINAIS Há dois tipos principais de divergências:
- Amplificadora: em que o sinal de entrada se espalha em número crescente de neurônios a medida que passa por ordens sucessivas de neuronios no seu trajeto. Exemplo: Via corticoespinhal.
- Divergência para múltiplos tratos ou feixes: em que o sinal é transmitido em duas direções a partir do agrupamento neuronal. Exemplo: Sinais vindo da medula divergindo para o córtex e cerebelo
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CONVERGÊNCIA DE SINAIS Convergencia significa que sinais de aferencias
multiplas excitam um único neuronio; Isto é, multiplos terminais de um único trato
de fibras aferentes terminam no mesmo neuronio (Reuniões de sinais entrando num único feixe);
Pode ser de dois tipos:- Fonte única.- Múltiplas fontes.
A convergencia é uma das meneiras importantes pelas quais o SNC correlaciona, soma e separa diferentes tipos de informações;
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CIRCUITO NEURONAL COM SINAIS EFERENTES As vezes, um sinal aferente para um
agrupamento neuronal gera um sinal excitatório eferente em uma direção e, ao mesmo tempo, um sinal inibitório em outra;
Exemplo: sinal excitatório que gera o movimento da perna para frente e o sinal inibitório da perna para trás;
É o circuito de inibição recíproca;
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PROLONGAMENTO DE UM SINAL Um sinal aferente para um grupamento
induz uma descarga eferente prolongada, chamada pós-descarga;
Quando as sinapse excitatórias incidem nas superficies dos dendritos ou do corpo celular de um neuronio, desenvolve-se um potencial elétrico pós-sináptico;
Enquanto este potencial permanece, ele pode continuar a excitar o neuronio;
É possivel então que um único sinal aferente instantaneo gere um sinal eferente sustentado.
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CIRCUITO REVERBERANTE OU OSCILATÓRIO É um dos mais importantes circuitos;
São causados por retroalimentação positiva dentro do circuito neuronal;
O circuito descarrega por longo tempo, a fibra se auto-excita fazendo aumentar a duração do potencial de ação.
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Envolve apenas um neuronio;
O neuronio eferente envia uma fibra nervosa colateral de volta a seus próprios dendritos ou corpo celular, reforçando a estimulação deste neuronio;
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Alguns neuronios adicionais no circuito retroalimentador, o que causa um retardo mais longo entre a descarga inicial e o sinal de retroalimentação;
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SINAIS EFERENTES CONTINUOS A PARTIR DE ALGUNS CIRCUITOS NEURONAIS
Alguns circuitos emitem continuamente sinais eferentes, mesmo na ausência de sinais eferentes excitatórios;
Pelo menos dois mecanismos podem causar este efeito:
1. Descarga neuronal continua intríseca e2. Sianis reverberantes contínuos.
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SINAIS EFERENTES CONTINUOS A PARTIR DE ALGUNS CIRCUITOS NEURONAIS Descarga continua causada por
excitabilidade neuronal intrinseca: – Descargas neuronais ocorrem se o
potencial de membrana aumenta acima de um certo nível limiar;
–Os potenciais de membrana são elevados o suficiente para emitir impulsos continuamente;
• Cerebelo• Medula espinal Frequencia de emissao de sinais aumentada
por sinais excitatorios, diminuidas por inibitorios.
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SINAIS EFERENTES RITMICOS Muitos circuito neuronais emitem sinais
eferentes rítmicos. Exemplo o do Centro respiratório, que continua por toda a vida;
Os sinais excitatorios ou inibitórios podem aumentar ou diminuir a amplitude dos sinais eferentes rítmicos. Exemplo: sinal no nervo frênico, estimulação do corpo carotídeo.
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INSTABILIDADE E ESTABILIDADE DECIRCUITOS NEURONAIS
A maioria das regioes do cerebro se conectam direta ou indiretamente com todas as outras, isso gera um problema;
Sinais reverberantes sem controle = convulsões epilépticas;
Como impedir?• Circuitos inibitorios• Fadiga das sinapses
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CIRCUITOS INIBITORIOS Dois tipos de circuitos inibitórios ajudam
a evitar a disseminação excessiva de sinais:
1. Circuitos inibitorios de retroalimentacão que retornam das terminações das vias de volta para os neuronios excitatórios iniciais das mesmas vias;
. Ocorrem nas Vias sensoriais; 2. Agrupamentos neuronais inibitórios. Núcleos da base (controle sobre a
motricidade).
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FADIGA SINÁPTICA COMO UMA MANEIRA DE ESTABILIZAR O SISTEMA NERVOSO
Transmissão sinaptica se torna progressivamente mais fraca quanto mais prolongado e intenso for o período de excitacão;
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AJUSTE A CURTO PRAZO DA VIA DE SENSIBILIDADEPELO MECANISMO DE FADIGA
As vias mais utilizadas se tornam mais fatigadas, de modo que há redução da sensibilidade;
Já as vias subutilizadas ficam descansadas e suas sensibilidades aumentam;
A fadiga e a recuperação da fadiaga são maneiras de moderar sensibilidades de diferentes circuitos do sistema nervoso;
Operacão em faixa de sensibilidade com funcionalidade efetiva.
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ALTERAÇÕES A LONGO PRAZO NA SENSIBILIDADE SINAPTICA
Alteracões do número de receptores de proteínas nos sítios sinápticos na hipoatividade e hiperatividade;
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BIBLIOGRAFIA Tratado de Fisiologia Médica: Arthur C.
Guyton, 11ª edição;