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RELATÓRIO DE VISITA TÉCNICA
Em atendimento à solicitação feita e encaminhada pelo Sra. Lícia Capela Lopes, responsável pela
empresa Eco Turismo da Amazônia Ltda., a esta Secretaria, requisitando visita técnica de avaliação do
potencial turístico visando conhecer as possibilidades de implantação de atividades de turismo na Ilha
de São Pedro, manifesto as seguintes considerações:
A visita à referida ilha foi realizada no dia 12/07/2017. O técnico da Setur, que subscreve este
relatório, foi conduzido/recebido pelo Sr. Roberto Lopes, para uma visita breve a alguns locais da
propriedade.
Acesso e Localização
A área em questão localiza-se no distrito de Mosqueiro, município de Belém, pertencente à
Mesorregião Metropolitana de Belém, e a Região Turística de Belém. O acesso rodoviário a partir de
Belém é feito pela BR-316 até o município de Benevides e a partir deste pela PA-391 até a Ponte
Sebastião R. de Oliveira no Km 21, compreendendo um trecho aproximado de 55 km de estrada
asfaltada em boas condições de trafegabilidade com duração de aproximadamente 1 hora e 15 minutos.
Da ponte até a ilha percorre-se aproximadamente 15 min em embarcação rápida de pequeno porte.
FONTE: Extraído e adaptado Google Maps, 2017.
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Nº do Protocolo: 2017/513385 Confira a autenticidade deste documento em http://www.prodepa.pa.gov.br/eprotocolo/validacao
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Caracterização da Ilha
A ilha possui uma área de aproximadamente 400 hectares, onde grande parte ainda está
preservada. Existem relatos que a exploração econômica da ilha iniciou no século XVIII, inicialmente com
a produção de açúcar, passando pela produção de tijolos/telhas até encerrar suas atividades há alguns
anos. Grande parte das estruturas existentes na ilha foi preservada durante o passar do tempo, o local
mais parece um museu. Existe ainda um pomar com várias espécies frutíferas, nascentes de água,
criação de animais, etc.
A riqueza histórica e cultural do local pode ser a principal motivação para estimular à visitação a
ilha, porém faz-se necessário um levantamento, entre outros estudos específicos, para referenciar uma
avaliação técnica das possibilidades neste sentido, agregando valor a visitação e ao próprio negócio, e
em consequência disso, preservando a arquitetura e história do local.
FOTOS: Allyson Neri,2017.
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Potencialidade Turística
De acordo com a estratégia de desenvolvimento do turismo no Pará, a região turística de Belém,
na qual se situa a propriedade, possui uma vocação para os segmentos de Turismo de Natureza e de
Turismo Cultural, haja vista sua condição natural de região amazônica e a existência de um rico
patrimônio histórico-cultural, notadamente em Belém, mais especificamente. Além disso, o turismo de
sol e praia, em especial, as praias de rio com formação de ondas, características únicas do Pará.
No caso da área em questão, acredita-se na possibilidade de instalação inicialmente de
equipamentos de lazer e recreação, voltados, a princípio, ao público local, visto que existe uma
demanda reprimida na região metropolitana por espaços de lazer e de contato com a natureza, ou seja,
produtos turísticos de Lazer na natureza, neste caso, com o diferencial do patrimônio histórico
encontrado no local. Além disso, a curta distância em relação à capital e o fácil acesso por via
rodoviária/fluvial propiciam a captação de público de duas formas: a primeira seria a demanda
crescente de pessoas/famílias que residem em condomínios com marinas ou que possuem
embarcações, estima-se que na região metropolitana de Belém existam aproximadamente 1.000
embarcações de esporte e recreio, incluindo as motos aquáticas, que navegam pelos rios da região, a
outra possibilidade seria atender uma parte das pessoas que frequentam a ilha de Mosqueiro e os
balneários da região, ofertando transporte fluvial até a ilha, a partir do porto localizado as proximidades
da ponte Sebastião de Oliveira (PA 391).
Vale ressaltar que, no entorno próximo da ilha de São Pedro, existem 04 marinas em
funcionamento e outras 02 em fase de instalação/projeto. Além disso, existem vários
empreendimentos de alimentação, as margens dos rios, focados em atender pessoas que possuem
suas próprias embarcações de lazer.
Outra possiblidade seria ofertar serviços e equipamentos voltados para realização de eventos,
existe demanda formada por empresas, que periodicamente necessitam afastar seus funcionários do
ambiente de trabalho, para a realização de cursos e eventos particulares de pequeno porte, além dos
eventos sociais como casamentos, visto que a ilha possui uma capela em homenagem a São Pedro que
poderia ser utilizada para tal.
Considerando ainda a especificidade da ilha, entendesse que a proposta/projeto apresentado em
anexo ao oficio da Eco Turismo da Amazônia pode sim maximizar a utilização da Área de Proteção
Permanente - APP com a oferta de atividades físicas na natureza por meio de ciclismo, trilhas ecológicas
autoguiadas, turismo pedagógico, arvorismo, entre outras possibilidades que poderão ser implantadas
de acordo com a capacidade de investimento, como passeios fluviais e esportes náuticos.
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Ratifica-se que a proposta/projeto apresentado pela Eco Turismo da Amazônia de implantação de
atividades turísticas e valorização do patrimônio histórico da ilha de São Pedro se alinha com a proposta
de diversificação da oferta turística do Plano Estratégico de Turismo Ver-o-Pará, incorporado ao Plano
Pará 2030 de desenvolvimento econômico do Estado.
Já existem iniciativas de empreendimentos similares ao descrito como potencial para a Ilha de São
Pedro, um deles é o Resort Cross Tai Bike Park que oferece serviços de hospedagem, alimentação e
lazer na natureza em Benevides, outro empreendimento referência é a Fazenda Vitória em Tracuateua,
que possui uma estrutura de uma fazenda centenária de criação de búfalos, entre outros
empreendimentos que podem servir de modelo para avaliação e definição ou não, de realizar
investimentos.
FONTE: Imagens do Google, 2017.
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Entretanto, para que a atividade turística se desenvolva nesta propriedade, faz-se necessário
atender a algumas prioridades:
Patrimônio Histórico
Sugere-se buscar orientação técnica nas instituições relacionadas à proteção do patrimônio
histórico edificado (IPHAN, DPHAC/SECULT) visando apoio/incentivo para as obras necessárias de
conservação/restauração das instalações da ilha para que seja explorado como atrativo turístico.
A reconstrução de algumas instalações e restauração de outras pode representar um ganho
significativo para valorização da ilha e incentivo a visitação.
Recursos Naturais
Os recursos naturais da propriedade devem ser valorizados para que a atividade turística se
efetive de forma sustentável, aproveitando o potencial com menor alteração possível no meio
ambiente.
Infraestrutura Básica
No caso de empreendimentos turísticos localizados em ambientes rurais, a implantação de
qualquer infraestrutura deve levar em consideração os possíveis impactos ao meio ambiente, pois, do
contrário, o próprio empreendimento pode se caracterizar como uma ameaça aos recursos naturais do
lugar. Sugere-se a utilização de tecnologias alternativas para o aproveitamento de recursos energéticos
renováveis e técnicas sustentáveis, tais como:
Captação e reutilização de águas pluviais;
Geração de energia solar/eólica;
Tratamento de resíduos líquidos e sólidos;
Implantação de estação de águas servidas e sistemas de fossas sépticas;
Reutilização de matérias-primas;
Coleta seletiva de lixo.
A propriedade em questão dispõe alguma infraestrutura básica: construções históricas como a
casa grande, olaria, engenho, casas de funcionários, escola, capela, além de gerador de energia elétrica,
e abastecimento de água através de cata vento e fontes de água.
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Infraestrutura Turística
As instalações turísticas devem apresentar arquitetura compatível com o ambiente natural,
utilizando matérias-primas típicas da região, de preferência extraídas através de ações de manejo. Além
disso, os elementos arquitetônicos devem apresentar autenticidade e rusticidade, sem abrir mão do
conforto para o visitante.
É necessário enfatizar também a importância da conservação da identidade regional através da
valorização da cultura, artesanato, culinária e outras manifestações culturais, da seguinte forma:
Utilização do artesanato local e elementos da cultura regional para decoração das instalações;
Oferecimento de gastronomia utilizando os ingredientes regionais e culinária típica paraense;
Algumas indicações de estruturas, equipamentos e atividades:
FONTE: Imagens do Google, 2017.
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Considerações Finais
As observações feitas durante a visita permitiram a constatação de um potencial turístico na ilha,
principalmente em função da sua localização estratégica para atender diferentes públicos, e para que
esse potencial seja corretamente aproveitado é necessário obedecer ao direcionamento apontado por
instrumentos de planejamento como plano de negócios, estudos de viabilidade econômico-financeira,
entre outros.
Vale ressaltar que existe um grande projeto de investimento de um grupo local em andamento as
proximidades, na rodovia PA-391 as margens do Furo das Marinhas, que pode potencializar ainda mais a
visitação/utilização da ilha.
FONTE: Adaptado MB Capital book, 2016.
Belém, 04 de agosto de 2017.
Allyson Eugênio Neri de Oliveira
Coordenador de Segmentação de Produtos Turísticos
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