Download - Relatório estudo de caso drogas na gravidez
CENTRO UNIVERSITÁRIO FACEXCURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
UP: ATIVIDADE INTEGRATIVA MULTIDICISPLINAR VIIEIXO: 7° eixo temático noturnoEDUCADORA: Lorena Azevêdo
ESTUDO DE CASO: DROGAS NA GESTAÇÃO
NATAL/RN
2015
COMPONENTE:
Euda da Silva Gomes
Gislayne Zahira Martins da Costa
Irlânia Dantas da Silva
Ivanira Eulalia Bezerra do Nascimento
Jeane Xavier da Costa
Relatório realizado baseado no estudo de caso durante a prática Vivencial no Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas II.
NATAL/RN
2015
Sumário1. INTRODUÇÃO.......................................................................................................................1
2. DROGAS NA GESTAÇÃO........................................................................................................2
3. EFEITOS DAS DROGAS...........................................................................................................3
4. AS CONSEQUENCIAS DAS DROGAS NA GRAVIDEZ................................................................4
5. CASO O USO DE DROGAS NA GESTAÇÃO..............................................................................5
5.1 Indentificação:.............................................................................................................5
5.2 Historia da doença:......................................................................................................5
5.3 Queixa atual:................................................................................................................7
5.4 Problemas clínicos:............................................................................................7 e 8
5.5 Farmacoterapia utilizados no tratamento da usuária:............................9, 10 ,11 e 12
6. O PAPEL DA ENFERMAGEM:........................................................................................13 e 14
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS.....................................................................................................15
8. PONTOS POSITIVOS E NEGATIVOS DA PVC:........................................................................16
9. REFERÊNCIAS:.....................................................................................................................17
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1. INTRODUÇÃO
O presente estudo de caso foi realizado durante a prática Vivencial no
Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas II, localizado no centro de Macaíba,
município do estado do Rio Grande do Norte a 14 km da capital, Natal, transcorrido no
período de 27 a 30 de Abril de 2015, tendo a supervisão local do enfermeiro Ieuso
Simplício.
L.R.S, usuária de drogas, foi encaminhada ao CAPs, pelo Conselho Tutelar
em virtude esta causando maus tratos ao seu filho de 9 meses,e aplicada a medida aos
pais ou responsável de acordo com Art. 129, inciso II - inclusão em programa oficial ou
comunitário de auxílio, orientação e tratamento a alcoólatras e toxicômanos do ECA,
caso não inicie o tratamento, seria aplicada a medidas aos pais ou responsável de acordo
com Art. 129 e inciso VIII- perda da guarda. Usuária secundigesta, em uso de drogas
licita e ilícitas, durante a gravidez pode comprometer a integridade do binômio mãe-
feto.
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2. DROGAS NA GESTAÇÃO
O uso de drogas lícitas e ilícitas vem, se tornando um grave problema de
saúde pública, com alto grau de prevalência, inclusive na gestação, ocasionando danos
físicos, comportamentais a gestante e ao filho.
O uso de drogas ilícitas tem aumentado pelo universo feminino, assim como
já havia ocorrido com o tabaco e o álcool [..]o número de mulheres
internadas por dependência tem aumentado. Anteriormente, a procura por
assistência estava mais associada aos homens, porém essas diferenças têm
diminuído nos últimos anos. Além disso, a dependência atinge todas as
classes sociais [...] (KASSADA et al., 2014, p.429).
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3. EFEITOS DAS DROGAS
[...] desordens fetais alcoólicas (FASD) – termo que descreve o grupo de
efeitos que podem ocorrer no indivíduo cuja mãe bebeu álcool durante a
gravidez. Esses efeitos incluem alterações físicas, mentais, comportamentais
e/ou de aprendizado que se podem perpetuar por toda a vida. (SEGRE, 2010,
p. 43).
A cocaína atua inibindo a recaptação pré-sináptica dos neurotransmissores
excitatórios dopamina e norepinefrina, além de inibir a ação da enzima
monoamino-oxidase, que degrada as substâncias na sinapse[..] a
concentração dos neurotransmissores na fenda sináptica permanece elevada,
o que prolonga a ativação do sistema nervoso simpático, causando euforia,
vasoconstrição, hipertensão, arritmias, hipertermia e midríase, entre outras
manifestações orgânicas.(BOTELHO et al., 2013, p.26).
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4. AS CONSEQUENCIAS DAS DROGAS NA GRAVIDEZ
O uso de drogas licita e ilícitas, durante a gravidez pode acarretar vários
problemas a gestante e a criança. As complicações maternas mais graves são
descolamento prematuro da placenta, ruptura uterina, ruptura hepática, isquemia
cerebral, infarto e morte. Sendo as complicações cardiovasculares mais freqüentes, em
virtude da cocaína provocar vasoconstrição , hipertensão arterial, taquicardia e
vasoespasmo, pode ser confundidos com efeitos de uma overdose de drogas ou com a
pré-eclâmpsia. O seu uso poder deixar a mulher mais suscetível a contrair doenças
sexualmente transmissíveis DST, incluindo a infecção pelo HIV. O recém nascido
apresenta e baixo peso ao nascer, diminuição do perímetro cefálico, irritabilidade, com
choro excessivo, nervosismo, tensão muscular, vômitos, diarréia, suor, respiração
acelerada e convulsões, retardo no desenvolvimento neuropsicomotor e risco de morte
súbita.
O consumo de drogas psicoativas e um dos maiores problemas de saúde
pública da atualidade. [...] o álcool e uma substancia que atravessa
rapidamente a barreira placentária e também passa para o leite materno. O
feto e o recém nascido têm uma dificuldade maior de livrar-se do álcool, ate
porque seu fígado não está completamente amadurecido. [...] O dano na
criança varia [...] quantidade de álcool consumida, frequência de consumo e
timing ou momento da idade gestacional em que o álcool foi consumido.
(MANUAL DE GESTAÇÃO DE ALTO RISCO, 2010, p. 223)
“Síndrome alcoólica fetal (SAF),resulta do uso materno de álcool durante a gestação e
caracteriza-se por restrição de crescimento, anormalidades neurocomportamentais e
características faciais específicas. “ (SEGRE, 2010,p. 43)
“Na gestante, o álcool cruza a placenta, via sangue materno, vai para o líquido
amniótico e para o feto. Em cerca de uma hora, os níveis de etanol no sangue fetal e no
líquido amniótico são equivalentes aos do sangue da grávida.” (SEGRE, 2010, p. 30)
A nicotina pode diminuir o fluxo sanguíneo placentário, devido à
vasoconstrição, e contribuir para a hipóxia fetal. O uso de tabaco na gestação
está associado ao aumento do número de recém-nascidos com baixo peso ao
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nascer. O efeito negativo é proporcional ao número de cigarros fumados e
ocorre mesmo com a exposição passiva. (BOTELHO et al., 2013,p.30 ).
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5. CASO O USO DE DROGAS NA GESTAÇÃO.
5.1 Indentificação:
Usuária L.R.S, secundigesta, nascida em 16 de junho de 1995, com 20 anos
de idade, natalense, escolaridade ensino fundamental incompleto,católica,residente em
Macaíba –RN, mora com sua mãe, pai, seu filho e dois sobrinhos, tabagista, etilista, e
usuária de cocaína/crack.
5.2 Historia da doença:
A usuária gestante de 4 meses, tabagista, relatou que iniciou o uso de
nicotina ao 12 anos de idade, por influencias de amigos na escola, alcoólatra desde os
15 anos de idade e faz uso de outras drogas à 2 anos. Atualmente faz uso de maconha,
cocaína e de crack, além do álcool e do tabaco, relata pelo menos duas vezes por
semana faz uso de maconha e crack, que já foi internada em uma instituição para tratar
o uso de drogas, mas não perseguiu o tratamento, e que em virtude do uso das drogas já
se envolveu em várias confusões, inclusive roubo, agressão física e trafico de drogas.
Foi admitida no CAPs, provenientes do Conselho Tutelar, em virtude da aplicação de
medidas aplicáveis ao pais ou responsável, de acordo com artigo 129 do Estatuto da
Criança e do Adolescente de 13 de julho de 1990, que estabelece como medida no
inciso II : A inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação e
tratamento a alcoólatras e toxicômanos.
“Art. 2º. Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze
anos de idade incompletos, e adolescentes aquela entre doze e dezoito anos de idade.”
(ECA, 2013).
Os artigos 3º e 4º do Estatuto da Criança e do Adolescente de 13 de julho
de 1990, estabelece os direitos das criança e adolescente são:
Art. 3º - A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais
inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata
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esta Lei, assegurando se lhes, por lei ou por outros meios, todas as
oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico,
mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade.
Art. 4º - É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do
Poder Público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos
referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à
profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à
convivência familiar e comunitária.
Os artigo 129º do Estatuto da Criança e do Adolescente de 13 de julho de
1990, estabelece as medidas aplicáveis aos pais ou responsável são:
Art. 129. São medidas aplicáveis aos pais ou responsável:
I - encaminhamento a programa oficial ou comunitário de promoção à
família;
II - inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação e
tratamento a alcoólatras e toxicômanos;
III - encaminhamento a tratamento psicológico ou psiquiátrico;
IV - encaminhamento a cursos ou programas de orientação;
V - obrigação de matricular o filho ou pupilo e acompanhar sua freqüência e
aproveitamento escolar;
VI - obrigação de encaminhar a criança ou adolescente a tratamento
especializado;
VII - advertência;
VIII - perda da guarda;
IX - destituição da tutela;
X - suspensão ou destituição do pátrio poder.
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5.3 Queixa atual:
O uso de drogas lícitas e ilícitas na gestação.
5.4 Problemas clínicos:
Dados coletados no prontuário descrevem características pessoais e sociais da usuária, apesar de ser tabagista e etilista, a informação mais relevante, refere-se ao fato da mesma ser usuária rotineira e abusiva de droga ilícita, sem informações precisas sobre o padrão de consumo, enfatizando o crack. Foram apresentadas possíveis comorbidades psiquiátricas desatacando-se episódio depressivo moderado; Transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de sedativos e hipnóticos; Transtornos específicos da personalidade; Distúrbios de conduta e Outros transtornos psicóticos não-orgânicos.
Os aspectos que levaram as estas questões foram os relatos da usuária em varias consultas, demostrando sentimento de tristeza, deprimida, anedonia, indisposição, ideação suicida. Relata várias tentativas de suicídio, na vigência de raiva provoca automutilação. Também refere irritabilidade, baixa tolerância, agressividade verbal, impulsividade, já chegou a tocar fogo nos seus documentos. Em vários momentos sente-se ansiosa.
O uso excessivodo álcool associado a maconha e o crack não resulta somente em um aumento prolongado da euforia, mas também em grande toxidade,provocando dependência psicológica.Abalando a estrutura social causando crises familiar, comportamento antissocial, problemas na justiça e em casos mais extremos pode levar a morte do individuo.
CID 10 é a classificação por Códigos de Doenças e Problemas Relacionados
à Saúde, que fornece subsídio para avaliação medica do estado de saúde das pessoas.
CID 10 para classificar a morbidade da usuária L.R.S:
F19 - Transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de múltiplas
drogas e ao uso de outras substâncias psicoativas;
F 28 – Outros transtornos psicóticos não-organicos;
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F32.1 - Episódio depressivo moderado;
F60 - Transtorno específico da personalidade;
F91 – Distúrbios de conduta.
“A Classificação Internacional de Doenças há um século tem sido um poderoso recurso
da medicina e da saúde pública para descrever doenças, causas de morte, elaboração de
estatísticas de saúde [...]” (CAETANO, 1993, p.20.).
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5.5 Farmacoterapia utilizados no tratamento da usuária:
A usuária L.R.S era tratada de forma humanescente, e esse cuidado era
estendido para sua família e amigos, por meio do acolhimento, terapias e escuta,
conciliando com o tratamento medicamentoso, com objetivo do tratamento
medicamentoso consistia, em desintoxicar ou Promover a abstinência da usuária , sob
supervisão médica.
O acolhimento é outro recurso, transversal a todas as práticas, percebido
como importante na construção de uma postura profissional baseada em
receber, escutar e tratar de forma humanizada as famílias e suas demandas.
Acolhimento implica também na responsabilização dos profissionais pela
condução da proposta terapêutica e na corresponsabilização das famílias por
sua saúde (KENNETH et. al. 2004, p. 65).
[...] caberá ao profissional de Saúde, a partir daquilo que ouviu ou percebeu,
devolver ao paciente algumas ofertas para lidar com situações que aumentam
o sofrimento. A segurança para realizar estas orientações virá do vínculo
produzido com o usuário ao longo do tempo. Cabe destacar que isso é
possível justamente porque o profissional de Saúde se dispôs e soube se
colocar como este interlocutor. (CADERNOS DE ATENÇÃO BÁSICA
SAÚDE MENTAL, 2013, p.23).
Para um cuidado integral em saúde mental, a abordagem familiar é
fundamental. Ela deve estar comprometida com o rompimento, com a lógica
do isolamento e da exclusão, fortalecimento da cidadania, protagonismo e
corresponsabilidade. Mas, estruturar uma abordagem a partir da família exige
dos profissionais de Saúde abertura e visão ampliada, isto é, uma visão que
acolha as diferentes constituições familiares e os diferentes sentimentos que
os cuidados no campo da Saúde Mental mobilizam. (CADERNOS DE
ATENÇÃO BÁSICA SAÚDE MENTAL, 2013, p.71).
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Farmacoterapia :
Diazepan de 5mg (ansiolítico):
Posologia: 1 comprimido, via oral pela manhã.
Indicações: Em psiquiatria o Diazepam é usado no tratamento de estados de
excitação associados à ansiedade aguda e pânico assim como na agitação motora e no
delirium tremens.
Efeitos colaterais: Cansaço, sonolência e relaxamento muscular; em geral,
estão relacionados com a dose administrada. efeitos colaterais pouco frequentes:
confusão mental, amnésia anterógrada, depressão, diplopia, disartria, cefaleia,
hipotensão, variações nos batimentos do pulso, depressão circulatória, parada cardíaca,
incontinência urinária, aumento ou diminuição da libido, náusea, secura da boca ou
hipersalivação, rash cutâneo, fala enrolada, tremor, retenção urinária, tonteira e
distúrbios de acomodação visual; muito raramente podem ser observadas: elevação das
transaminases e da fosfatase alcalina assim como icterícia.
Clorpromazina de 25 mg ( antipsicótico ):
Posologia: 1 comprimido, via oral à noite.
Indicações: Pode ser prescrito em quadros psiquiátricos agudos, ou então
no controle de psicoses de longa evolução. É indicado nos casos em que haja
necessidade de uma ação neuroléptica, vagolítica, simpatolítica, sedativa ou
antiemética.
Efeitos colaterais: Sedação ou sonolência; discinesias precoces (torcicolo
espasmódico, crises oculógiras, trismo e etc., que melhoram com a administração de
antiparkinsoniano anticolinérgico),secura da boca, obstipação intestinal, retenção
urinária, impotência, frigidez, amenorreia, galactorréia,ginecomastia,
hiperprolactinemia; reações cutâneas como fotodermias e pigmentação da pele; ganho
de peso, às vezes, importante; depósito pigmentar no segmento anterior do olho;
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excepcionalmente leucopenia ou agranulocitose, e por isso é recomendado o controle
hematológico nos 3 ou 4 primeiros meses de tratamento.
Topiramato de 50 mg (anticonvulsivante):
Posologia: 1 comprimido, via oral à noite.
Indicações: é indicado em monoterapia tanto em pacientes com epilepsia
recentemente diagnosticada como em pacientes que recebiam terapia adjuvante e serão
convertidos à monoterapia; para adultos e crianças, como adjuvante no tratamento de
crises epilépticas parciais, com ou sem generalização secundária e crises tônico-clônicas
generalizadas primárias; também, para adultos e crianças como tratamento adjuvante
das crises associadas à Síndrome de Lennox-Gastaut.
Efeitos colaterais: Os mais comuns estão relacionadas principalmente com
o SNC e incluíram: sonolência, tontura, nervosismo, ataxia, fadiga, distúrbios da fala,
alterações do raciocínio, alterações da visão, dificuldade de memorização, confusão
mental, parestesia, diplopia, anorexia, nistagmo, náusea, perda de peso, distúrbios de
linguagem, distúrbios da concentração/atenção, depressão, dor abdominal, astenia e
alterações do humor.
Haloperidol de 5 mg (antipsicótico ):
Posologia: 1 comprimido, via oral à noite.
Indicações: Como agente neuroléptico: em delírios e alucinações na
esquizofrenia aguda e crônica. Na paranoia, na confusão mental aguda e no alcoolismo
(Síndrome de Korsakoff).
Como um agente anti-agitação psicomotor: mania, demência, alcoolismo, oligofrenia.
Agitação e agressividade no idoso. Distúrbios graves do comportamento e nas psicoses
infantis acompanhadas de excitação psicomotora. Movimentos coreiformes. Soluços,
tiques, disartria. Estados impulsivos e agressivos. Síndrome de Gilles de laTourette.
Efeitos colaterais: constipação, boca seca, disturbios gastrointestinais,
distonia, sonolencia, hipertonia, tremor,hipersecreção salivar.
Carbamazepina de 200 mg (anticonvulsivante):
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Posologia: 1 comprimido, via oral à noite.
Indicações: Epilepsia- Crises parciais complexas ou simples (com ou sem
perda da consciência) com ou sem generalização secundária. Crises tônico-clônicas
generalizadas. Formas mistas dessas crises. Este medicamento é adequado para
monoterapia e terapia combinada; Mania aguda e tratamento de manutenção em
distúrbios afetivos bipolares para prevenir ou atenuar recorrências; Síndrome de
abstinência alcoólica.
Efeitos colaterais: vertigem, cefaléia, ataxia, sonolência, fadiga e diplopia;
distúrbios gastrintestinais (náusea e vômito), assim como reações alérgicas na pele.
Complexo B (vitaminas do Complexo B):
Posologia: 1comprimido, via oral, 2 vezes ao dia antes das refeições.
Indicações: hipovitaminose do complexo B, coadjuvante da terapêutica
antibacteriana, convalescença. Dieta de ulcerosos e diabéticos. Estomatite, glossite,
distúrbios gastrintestinais, colite, doença celíaca, esteatorréia, espru, alcoolismo crônico.
Efeitos colaterais: as mais comuns com o uso do produto injetável
caracterizam-se por dor e vermelhidão no local de aplicação do produto em alguns
pacientes.
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6. O PAPEL DA ENFERMAGEM:
A enfermagem exerce posto de fundamental importância, âmbito de
assistência psicossocial possui responsabilidade ética e legal para com os usuários do
serviço, devendo traçar a SAE individualizada e contextualizada a realidade social do
individuo, da estrutura acolhedora.
“[...] o enfermeiro nos CAPS AD é um profissional que, dada a ampliação de seu papel
nesses serviços, constitui-se em um agente terapêutico importante no tratamento e
reabilitação do dependente químico [...]” (VARGAS et al.,2013, P. 247 ).
“Destaca-se que os profissionais de enfermagem são agentes-chave no
processo da transformação social dos países, participando no desenho e na
implantação de programas e projetos de promoção de saúde, prevenção do
uso e abuso de álcool e outras drogas e integração social.” (GONÇALVES et
al.,2007, P. 587).
Valorizando e utilizando o cuidado de enfermagem para promoção da saúde,
o enfermeiro poderia transformar a realidade da própria enfermagem,
resgatando, desta forma, as condições existentes para se desenvolver um
modelo de trabalho de enfermagem autônomo e de maior impacto nos
campos de promoção da saúde e prevenção de enfermidades.
(GONÇALVES, 2007, P. 588).
O enfermeiro assegura o direito à assistência, baseado na Lei 10.216 de 06
de abril de 2001, que teve seu marco legal da Reforma Psiquiátrica, que se fez valido, as
diretrizes básicas que constituem o Sistema Único de Saúde, garantindo aos usuários de
serviços de saúde mental e, conseqüentemente, aos que sofrem por transtornos
decorrentes do consumo de álcool e outras drogas, a universalidade de acesso e direito à
assistência, bem como à sua integralidade.
Assim sendo torna-se imprescindível à intervenção do profissional
enfermeiro junto á usuária (L.R.S) a qual aderiu ao programa de reinserção social, o
CPAS, por determinação de conselho tutelar. Através de seu histórico observou-se
pontos de vulnerabilidade social e de vida ao binômio e família, tendo a enfermagem
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como foco a proteção da vida, é essencial utilizar de analise criteriosa com posterior
tomada de conduta a respeito do cuidado a mãe binômio .
Por motivo de dependência química a usuária apresenta um, pré natal de
alto risco, propiciando o risco da paciente ter uma overdose, acidentes por causa
externas e uma serie de complicações com o binômio, a genitora deve fazer
acompanhamento com uma equipe multidisciplinar a qual o enfermeiro faz parte,
quando esta não procura o serviço e/ou desistir do acompanhamento deve ser realizado
busca ativa a fim de promover cuidados inerentes não só ao concepto mais a genitora
também.
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7. CONSIDERAÇÕES FINAIS.
O suporte teórico, aliado ao estudo de caso, evidenciou a importância da
aplicabilidade dos conceitos humanescentes utilizados pelos profissionais enfermeiros
diante dos indivíduos usuários de drogas e álcool, possibilitando o entendimento das
atitudes e ações diante da situação de usuárias gestantes. É de extrema necessidade que
os profissionais tenham um olhar diferenciado com relação ao cuidado binômio mãe-
feto, pois necessita de uma atenção maior, devido aos inúmeros agravos a gestante e ao
feto pelo uso de drogas licitas. Porém sabendo dividir as condutas de acordo com as
necessidades do individuo, seja em um atendimento clinico ou em um acompanhamento
relacionado os transtornos. Para que em fim nos tornarmos profissionais diferenciados
ao cuidado, atendendo as necessidades pessoais do individuo, mas também tomar
conhecimento do âmbito social em que vivem com o objetivo de promover o cuidado e
proporcionar o bem.
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8. PONTOS POSITIVOS E NEGATIVOS DA PVC:
Durante o período de estágio no CAPS ad II, em Macaíba, compreendemos
a importância do profissional enfermeiro na atenção à saúde mental dos indivíduos, na
oportunidade nós, nos adaptarmos ao ritmo da unidade e conhecemos a dinâmica do
profissional enfermagem e estratégias de intervenções terapêuticas como um conjunto
de ações de Saúde, no âmbito individual e coletivo, que abrange a promoção e a
proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação, a
redução de danos e a manutenção da saúde com o objetivo de desenvolver uma atenção
integral que impacte na situação de saúde e autonomia das pessoas e nos determinantes
e condicionantes. A contribuição com a experiências de todos o membros da equipe do
CAPS ad, proporcionou ao agrupo a obtenção de conhecimento através da pratica
vivencial, em conjunto com a teoria vivenciada na sala de aula.Todos estavam prontos
para o esclarecimento de nossas dúvidas, orientando quanto aos principais cuidados
com o paciente, tomadas de decisões e trabalho em equipe. Em contrapartida achamos
que a carga horária foi muito pequena e encontramos várias dificuldade relacionado a
distância e a transporte .
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9. REFERÊNCIAS:
BOTELHO, Ana Paula Machado et al., Uso e dependência de cocaína/crack na gestação, parto e
puerpério. Revista da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.
Belo Horizonte (MG), v. 41, n. 1, p.23-32, Janeiro/Fevereiro 2013.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica.
Saúde mental / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção
Básica, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. – Brasília : Ministério da Saúde,
2013. 176 p.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações
Programáticas Estratégicas. Gestação de alto risco: manual técnico / Ministério da Saúde,
Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. – 5. ed. –
Brasília : Editora do Ministério da Saúde, P.302, , 2010.
CAETANO, Dorgival.CID-10. Classificação de transtornos mentais e de comportamento da
CID-10: descrições clínicas e diretrizes diagnósticas. 3. ed.Porto Alegre,Editora Artmed, 1993.
352p.
GONÇALVES, Sonia Silva Paiva Mota et al., atuação do enfermeiro na atenção ao usuário de
álcool e drogas nos serviços extra hospitalares. Escola Anna Nery Revista de Enfermagem
Revista de Enfermagem, Rio de Janeiro-RJ, 2007, v.11, n.4, p. 586 - 592.
KASSADA, Danielle Satie et al.Percepções e práticas de gestantes atendidas na atenção
primária frente ao uso de drogas. Escola Anna Nery Revista de Enfermagem Revista de
Enfermagem, Maringá - PR, v.18, n.3, p. 428- 434, Jul-Set. 2014.
KENNETH, R. de C. J. et al. Aspectos metodológicos da avaliação na atenção básica. In:
PINHEIRO, R.; MATTOS, R. M. Gestão em redes: práticas de avaliação, formação e
participação na saúde. Rio de Janeiro: IMS/UERJ; IMS; ABRASCO, 2004.
SEGRE, Conceição Aparecida de Mattos. Efeitos do álcool na gestante, no feto e no recém-
nascido. São Paulo, SP: Editora Parma Ltda, 2010. P. 30-43.
VARGAS, Divane et al., Representação social de enfermeiros de centros de atenção
psicossocial em álcool e drogas (CAPS AD) sobre o dependente químico. Escola Anna Nery
Revista de Enfermagem Revista de Enfermagem, São Paulo-SP, 2013, v. 17, n. 2, p. 242-
248.