RELATÓRIO DEDISCIPLINA DEMERCADOde 31 de Dezembro 2015
O SEU Negócio em primeiro
1. Introdução
O Capital Bank, S.A. (doravante designado por Capital Bank ou Banco) vem desta forma apresentar o Relatório de Disciplina de Mercado, em referência a 31 de Dezembro de 2015 de acordo com o Aviso n.º 19/GBM/2013 do Banco de Moçambique.
A informação constante no presente documento respeita à informação sobre as principais posições, riscos e solvabilidade, tendo como base os critérios de�inidos pelo pilar 3 do Basileia II de acordo com a legislação regulamentar.
A estrutura e conteúdo disponibilizado, cuja óptica é predominantemente prudencial, respeitam ao disposto no Aviso n.º 19/GBM/2013 do Banco de Moçambique.
Os valores monetários apresentados, caso indicação contrária, correspondem a Meticais, e re�lectem as posições do Banco em 31 de Dezembro de 2015.
As posições reportadas em 31 de Dezembro de 2014 foram incluídas meramente para efeitos comparativos.
2. Declaração de responsabilidade
Em cumprimento com o Artigo nº 8 do Aviso nº 19/GBM/2013 do Banco de Moçambique, o Conselho de Administração do Capital Bank:
• Certi�ica que foram desenvolvidos todos os procedimentos considerados necessários e que, tanto quanto é do seu conhecimento, toda a informação divulgada é verdadeira e �idedigna;• Assegura a qualidade de toda a informação divulgada, incluindo a referente a, ou com origem em, entidades englobadas no grupo económico no qual a instituição de crédito se insere;• Se compromete a divulgar, tempestivamente, quaisquer alterações signi�icativas que ocorram no decorrer do exercício subjacente àquele a que o documento se refere.
3. Âmbito de aplicação
O Capital Bank, é um banco privado, constituído em 1998, com sede no Edi�icio Maryah, 7.º Andar, Aterro de Maxaquene, Maputo. A actividade principal do Capital Bank é a concessão de créditos aos particulares, empresas e a realização de operações de banca de investimento a nível nacional. O Banco é uma entidade subsidiária do First Merchant Bank (FMB), uma entidade �inanceira do Malawi.
No decorrer de 2014, o Banco alterou a sua denominação social de International Commercial Bank Mozambique, S.A (ICB) para Capital Bank, S.A., como corolário de nova estratégia adoptada pelos seus accionistas.
4. Estrutura de capital
Divulgações qualitativas
Para efeitos de solvabilidade, os fundos próprios do Capital Bank são constituídos, de acordo com o Aviso 14/GBM/2013, de 13 de Dezembro, pelos fundos próprios de base (tier 1) e fundos próprios complementares (tier 2).
Os fundos próprios de base (Tier I) compreendem: • Capital social• Lucros acumulados• Reservas legais• O valor líquido dos activos intangíveis é deduzido para efeitos de determinação dos fundos próprios de base• Insu�iciência de provisões.
Os fundos próprios complementares (Tier II) compreendem, essencialmente:
• Reservas de reavaliação• Provisões para riscos gerais de crédito, até 0,0125% dos activos ponderados e ganhos potenciais gerados pela valorização ao justo valor de activos �inanceiros disponíveis para venda
São também deduzidas aos fundos próprios de base e complementares as exposições que excedam os limites de concentração de riscos, tal como disposto no Aviso 14/GBM/2013.
De acordo com o Aviso 14/GBM/2013, de 13 de Dezembro, o Banco de Moçambique estabelece que cada banco cumpra um mínimo de activo de ponderação de risco (rácio de adequacidade de capital) acima ou no limite de 8%.
Os principais elementos constitutivos dos fundos próprios do Capital Bank referem-se ao capital elegível, reservas e resultados elegíveis.
A ponderação do risco dos activos é mensurada através duma hierarquia de cinco riscos, classi�icada de acordo com a natureza e re�lectindo uma estimativa de crédito, mercado e outros riscos associados a cada activo ou contraparte, tomando em consideração os colaterais elegíveis ou garantias.
Um tratamento similar é adoptado para as rubricas das extrapatrimoniais com alguns ajustamentos a �im de re�lectirem uma natureza mais contingente de uma perda potencial.
Divulgações quantitativas
Os valores referentes aos Fundos Próprios, em referência aos exercícios �indos em 31 de Dezembro de 2015 e 2014 apresentam-se como segue:
Rácios de capital e resumo dos seus principais componentes
6. Risco de crédito
O risco de crédito é o risco que o Banco pode sofrer devido a perdas �inanceiras, se os clientes do Banco ou contra-partes de mercado falharem a honrar os compromissos com o Banco. As contra-partes podem incluir o Governo, outros bancos e instituições não-�inanceiras. O risco de crédito pode surgir também devido à descida da notação de crédito do banco, fazendo com que o justo valor dos seus activos diminuam. O risco de crédito que o banco está exposto é mais ao nível de crédito comercial e retalho. O Banco tem as suas políticas, procedimentos e processos, segundo as quais controla e monitoriza o risco de todas essas actividades.
Enquanto a exposição ao crédito surge pela via de empréstimos e adiantamentos, o Banco pode estar exposto a outros riscos de crédito. Os mesmos dizem respeito a compromissos, passivos contingentes, títulos de dívida e outros riscos que ocorram no decurso de actividades comerciais. Estes riscos são geridos de forma semelhante que os de empréstimos e adiantamentos a clientes e estão sujeitos aos mesmos processos de aprovação e controlo.A exposição ao risco baseada no per�il de crédito do Banco é monitorizada e gerida diariamente através da detecção de limites e excessos. O Banco controla a concentração de risco de crédito que venham a surgir, por tipo de cliente em relação aos empréstimos e adiantamentos a clientes através de uma carteira equilibrada.
O Banco regularmente avalia se existe uma evidência objectiva que o activo �inanceiro ou a carteira de activos �inanceiros valorizados ao custo amortizado está a incorrer em perdas por imparidade. Um activo �inanceiro ou carteira de activos �inanceiros está em imparidade e existem perdas por imparidade se, e apenas se, existe uma prova objectiva de imparidade como resultado de um ou mais eventos que tenham ocorrido após o reconhecimento inicial, após a data do primeiro registo no balanço e esse evento de perda tenha um impacto nos �luxos de caixa futuros estimados do activo �inanceiro ou da carteira de activos �inanceiros que possam ser �iavelmente estimada.
A exposição máxima ao risco de crédito à data de 31 de Dezembro de 2015 e 2014 relativamente ao risco de crédito na demonstração da posição �inanceira, e instrumentos �inanceiros extrapatrimoniais, sem ter em consideração o valor das garantias detidas, apresenta-se como segue:
Qualidade do crédito
Os critérios que o Banco utiliza para determinar se existem provas objectivas de imparidade incluem:• Di�iculdades �inanceiras do cliente;• Quebra no contrato, tais como incumprimento das responsabilidades exigidas;• Existem fortes evidências que o cliente vai entrar em bancarrota ou vai sofrer uma forte reorganização �inanceira;• O desaparecimento de um mercado activo para esse activo �inanceiro devido a di�iculdades �inanceiras; ou• Observação de dados evidenciando que existe uma diminuição considerável relativamente aos �luxos de caixa futuros estimados de um grupo de activos �inanceiros, desde o reconhecimento inicial desses activos, apesar desse decréscimo não ter sido ainda identi�icado individualmente na carteira, incluindo:
I. Alterações adversas no estado de pagamento dos mutuários na carteira;II. Condições económicas locais ou nacionais que se correlacionam com a depreciação da carteira de activos.III. Depreciação do valor do colateral; eIV. Deteriorização da posição do mutuário.A política de crédito do Banco de�ine incumprimento por parte de um determinado cliente, quando ocorrerem os seguintes eventos:
• O Banco considera que é pouco provável que o mutuário pagará a sua obrigação de crédito, na íntegra, sem recurso a que o Banco tenha de exercer a opção sobre colateral; ou• Se o mutuário entra em incumprimento com quaisquer condições do contrato, tais como alcançar determinadas condições �inanceiras.
O Banco apresenta duas bases de cálculo da imparidade:
• Imparidade colectiva, que é constituída na base duma percentagem mínima de 2% sobre o total da carteira dos créditos excluindo o crédito vencido;• Imparidade especí�ica, sendo que para o seu cálculo o Banco tem em conta a composição do portfólio de crédito (apenas contas de activo – são excluídas as contas de fora de balanço) composto por:• Crédito Regular• Crédito em mora abaixo de 91 dias (90 dias está incluído)• Crédito em incumprimento (em mora acima de 90 dias)
A imparidade especí�ica é calculada considerando os seguintes pontos:
• Para cada mês é reportada a posição dos créditos referente correspondente ao último dia do mês de reporte;• São seleccionados para tratamento das imparidades, os créditos em incumprimento;• A imparidade é calculada com base no capital em divida para todas as contas, de notar que nas contas de descoberto pode estar debitado juro, conforme a periodicidade de juros da conta;• A taxa de imparidade é sempre 100% sobre o capital líquido em divida;• Para créditos com colateral de garantia liquida (cativo ou DP), o valor liquida em divida corresponde à diferença entre o capital em divida e o valor da garantia;• Para créditos cujo colateral é um imóvel, o valor líquido em divida corresponde ao valor do capital em divida, deduzido de 80% do valor de venda imediata do imóvel registado na avaliação;• Para créditos com outro tipo de colateral ou sem colateral, o capital liquido em divida corresponde ao valor do capital em divida (o colateral não é considerado);• Todos colaterais imóveis devem ser avaliados por uma empresa independente, recomendada pelo Banco e a antiguidade máxima permitida da avaliação em tratamento é de 2 anos;
A Administração pode decidir outros valores de imparidade, de acordo com o conhecimento do mercado e do cliente.
Com a �inalidade de divulgar a qualidade do crédito do Banco, os instrumentos �inanceiros analisam-se como segue:
Concentração de risco
Conforme o ponto 1. do Artº 6, do Capítulo III, do Aviso nº 15/GBM/2013, do Banco de Moçambique, as instituições de crédito, relativamente aos riscos que assumem, �icam sujeitas aos seguintes limites:Em relação a um só cliente não devem incorrer em riscos cujo valor, no seu conjunto, exceda 25% dos seus fundos próprios; O valor agregado dos grandes riscos assumidos não deve exceder o óctuplo dos seus fundos próprios; eNota - Grandes riscos: riscos assumidos, isoladamente ou em conjunto com outros vigentes respeitantes ao mesmo cliente, que representem, pelo menos, 10% dos fundos próprios do Banco.O ponto 2. do mesmo Artº 6 refere que quando um risco sobre um cliente estiver garantido por um terceiro, de forma irrevogável e juridicamente vinculativa, considera-se que tal risco é assumido sobre esse terceiro e não sobre o cliente.
A análise do risco de crédito por indústria apresenta-se como segue:
Capital social
Reservas elegíveis e resultados transitados
Activos intangíveis
Insu�iciência de provisões
Fundos próprios de base (Tier I)
292.560
(139.642)
(48.136)
(14.414)
90.368
31 - Dezembro - 2014
397.860
(196.132)
(42.785)
(62.304)
96.640
31 - Dezembro - 2015
Activos ponderados ao risco
Na posição �inanceira
Risco operacional
Risco de mercado
Total dos activos ponderados
Rácios prudenciais
Tier I
Tier II
Rácio de solvência
Rácio de solvência exigido
807.661
9.667
42.536
859.865
17,78%
10,51%
10,51%
8,00%
913.325
9.851
46.053
969.229
20,81%
9,97%
9,97%
8,00%
Fundos próprios complementares (Tier II)
Empréstimos obrigacionistas subordinados
Fundos próprios complementares (Tier II)
Fundos próprios de base complementares (Tier I e Tier II)
-
90.368
-
96.640
Fundos próprios de base (Tier I)
5. Adequação de capital
Divulgações qualitativas
O Banco adopta uma abordagem regulamentar para a avaliação do capital e dos riscos. Para os requisitos do capital interno, o Capital Bank identi�ica todos os riscos signi�icativos para a sua actividade.
No que respeita à afectação do capital interno, o risco de crédito representa mais de 94% da exposição do Banco ao risco (94% para 2014).
As metodologias de avaliação da adequação do capital relativamente aos requisitos mínimos para cobertura do risco de crédito, risco operacional e exigências de capital para o risco de mercado, seguem o disposto no Aviso 11/GBM/2013, Aviso 12/GBM/2013 e Aviso 13/GBM/2013, respectivamente.
Divulgações quantitativas
Abaixo apresenta-se a informação referente aos requisitos de capital para risco de crédito, mercado e operacional, nos termos do Aviso 11/GBM/2013, de 31 de Dezembro:
Fundos próprios:
De base principais (core Tier 1)
De base (Tier 1)
Risco de crédito:
Activos do balanço (on-balance sheet)
Risco operacional
Risco de mercado
Total dos riscos
Rácio de solvabilidade:
Core Tier 1 capital
Tier 1 capital
Rácio global
31 - Dezembro - 2014
96.640
201.728
96.640
913.325
913.325
9.815
46.053
969.229
20,81%
9,97%
9,97%
90.368
152.918
90.368
807.661
807.661
9.667
42.536
859.865
17,78%
10,51%
10,51%
31 - Dezembro - 2015
Caixa e disponibilidades no Banco Central
Disponibilidades em instituições de crédito
Aplicações em instituições de crédito
Activos �inanceiros detidos para negociação
Empréstimos e adiantamentos a clientes
Outros activos
Total do activo por rubrica da posição �inanceira
Exposição do risco de crédito na posição �inanceira
Garantias
Cartas de crédito
Total da exposição ao risco de crédito
166.095.383
122.047.667
132.961.977
121.252.392
815.128.756
9.501.363
1.366.987.538
76.043.694
82.794.229
158.837.923
1.525.825.461
136.210.988
91.675.630
233.452.360
23.748.685
371.564.165
5.516.269
862.168.097
59.807.336
4.243.097
64.050.433
926.218.530
2015
Exposição ao risco de crédito relativa a elementos do balanço:
2014
Caixa e disponibilidades no Banco Central
Disponibilidades em instituições de crédito
Aplicações em instituições de crédito
Activos �inanceiros detidos para negociação
Empréstimos e adiantamentos a clientes
Total
-
-
-
-
(57.446.649)
(57.446.649)
166.095.383
122.047.667
132.961.977
121.252.392
815.128.775
1.357.486.175
Em imparidade
2015
Total
166.095.383
122.047.667
132.961.977
121.252.392
872.575.405
1.414.932.824
-
-
-
-
-
-
Nem vencido nemem imparidade
Vencido mas nãoem imparidade
Caixa e disponibilidades no Banco Central
Disponibilidades em instituições de crédito
Aplicações em instituições de crédito
Activos �inanceiros detidos para negociação
Empréstimos e adiantamentos a clientes
Total
-
-
-
-
(24.556.505)
(24.556.505)
136.210.988
91.675.630
233.452.360
23.748.685
371.564.165
856.651.828
Em imparidade
2014
Total
136.210.988
91.675.630
233.452.360
23.748.685
396.120.670
881.208.333
-
-
-
-
-
-
Nem vencido nemem imparidade
Vencido mas nãoem imparidade
Saldo de abertura
Imparidade do exercício
Reversões
Utilização
Saldo �inal
12.288.422
13.673.713
(7.245.037)
-
18.717.098
24.556.505
42.843.106
(9.720.360)
(232.602)
57.446.649
Colectiva
2015
Os movimentos das perdas por imparidade durante o exercício apresenta-se como segue:
Total
12.268.083
29.169.393
(2.475.323)
(232.602)
38.729.551
Individual
Saldo de abertura
Imparidade do exercício
Reversões
Utilização
Saldo �inal
2.349.615
16.002.991
(6.064.184)
-
12.288.422
47.545.710
21.566.726
(10.458.966)
(34.096.965)
24.556.505
Colectiva
2014
Total
45.196.096
5.563.735
(4.394.782)
(34.096.965)
12.268.083
Individual
Retalho
Construção
Comércio
Turismo e
Restauração
Estado
Financeiro
Outros
126.260.392
52.846.267
369.718.150
4.694.203
-
-
261.609.744
815.128.756
126.260.392
52.846.267
369.718.150
4.694.203
250.640.424
262.126.667
290.984.751
1.357.270.854
Empréstimose adianta-mentos a
clientes
Total
-
-
-
-
-
2.682.287
-
2.682.287
Activos�inanceiros
detidos paravenda
-
-
-
-
-
132..961.977
-
132.961.977
-
-
-
-
113.920.049
4.434.736
-
118.354.785
Aplicaçõesem institui-
ções decrédito
Activos�inanceiros
detidos paranegociação
-
-
-
-
-
122.047.667
-
122.047.667
Disponibili-dades em
instituiçõesde crédito
-
-
-
-
136.720.375
-
29.375.008
166.095.383
Depósitosno Banco
Central2015
Retalho
Construção
Comércio
Estado
Financeiro
Outros
125.213.000
26.686.000
217.886.000
-
-
1.779.165
371.564.165
125.213.000
26.686.000
217.886.000
120.029.483
330.948.149
37.421.483
858.184.115
Empréstimose adianta-mentos a
clientes
Total
-
-
-
-
1.532.287
-
1.532.287
Activos�inanceiros
detidos paravenda
-
-
-
-
233.452.360
-
233.452.360
-
-
-
19.460.813
4.287.872
-
23.748.685
Aplicaçõesem institui-
ções decrédito
Activos�inanceiros
detidos paranegociação
-
-
-
-
91.675.630
-
91.675.630
Disponibili-dades em
instituiçõesde crédito
-
-
-
100.568.670
-
35.642.318
136.210.988
Depósitosno Banco
Central2014
Mitigação do risco de crédito
No decorrer do processo de concessão de crédito das posições detidas, são consideradas todas as garantias com efeito de
substituição na posição em risco, como os colaterais �inanceiros que permitam redução directa do valor da posição.
No caso das cauções reais (colaterais e depósitos), a redução do risco é calculada de acordo com a metodologia própria, através dos
devidos haircuts.
Consequentemente, é de�inido, pelo Conselho de Administração, o nível e o tipo de garantias adequados à operação, sendo a sua
monitorização efectuada periodicamente pela área competente.
Os principais instrumentos utilizados como garantias são hipotecas, avales, penhor de depósitos e �ianças.
As garantias reais são acompanhadas e monitorizadas constantemente. O controlo e monitorização é particularmente importante
para assegurar a reposição de rácios de cobertura quando previstos contratualmente, ou para solicitar proactivamente o reforço de
garantias nas restantes situações.
RELATÓRIO DE DISCIPLINA DE MERCADO 31 DE DEZEMBRO DE 2015
Valores em unidades MZN
Valores em unidades MZN
Valores em unidades MZN
Valores em unidades MZN
Valores em milhares MZN
Valores em milhares MZN
Valores em unidades MZN
Valores em unidades MZN
9. Risco de liquidez
O Risco de liquidez representa o risco actual ou potencial que deriva da incapacidade da instituição solver as suas responsabili-dades à medida que estas se vão vencendo, sem incorrer em perdas substanciais.
A �im de mitigar este risco, a gestão tem procurado diversas fontes de �inanciamento, além de depositar um valor mínimo e monitorizar �luxos de caixa futuros numa base diária. Este processo inclui uma avaliação dos �luxos de caixa futuros esperados e da disponibilidade de alto grau de garantia que poderá ser utilizado para garantir um �inanciamento adicional, caso seja necessário.O Banco detém uma reserva obrigatória junto do Banco de Moçambique de 10.5% sobre os depósitos dos clientes e depósitos do Estado. A posição de liquidez é avaliada e gerida tendo em consideração uma variedade de cenários, dando a devida atenção a factores de tensão relacionados tanto para o mercado em geral assim como para com o Banco em particular. O mais importante é manter os limites dos rácios de liquidez entre os depósitos de clientes e passivos para com clientes. O rácio de liquidez consiste na ponderação dos valores em caixa, depósitos de curto prazo e investimentos altamente líquidos, com os depósitos de clientes e empréstimos obtidos com vencimento no mês seguinte.
Além disso, o Conselho de Administração estabeleceu um comité para resolver os principais riscos �inanceiros mencionados anteriormente, que incluem o risco de mercado e de liquidez assim como risco de capital e de concentração, mas excluindo o risco de crédito, para a qual foi especi�icamente criado o ALCO.
O comité ALCO é presidido pelo Administrador Delegado do Banco, e conta com a participação permanente do Director de Tesouraria, Director Financeiro, Director de Crédito, Director de Operações e Director de Risco e de Compliance.
A tabela abaixo resume a maturidade dos passivos �inanceiros do banco em 31 de Dezembro de 2015 e 2014 com base em reembolso de obrigações contratuais não descontadas.
7. Risco do mercado
Risco de mercado é o risco de que o justo valor ou �luxos de caixa futuros de instrumentos �inanceiros irá variar devido a alterações
das variáveis do mercado, tais como taxas de juro, taxas de câmbio, e as cotações. O capital de risco dos preços não se aplica ao Banco,
uma vez que o disponível para venda investimento �inanceiro é mensurado ao custo.
Actualmente, o risco de mercado disposto no Aviso 13/GBM/2013 apenas contempla a cobertura do risco cambial.
O risco cambial é o risco do valor de um instrumento �inanceiro variar devido às alterações das taxas de câmbio.
A Administração �ixa um nível limite de exposição por moeda. De acordo com a política do Banco, as posições cambiais são monitora-
das diariamente para garantir que as mesmas são mantidas dentro dos limites estabelecidos.
A gestão da política e estratégia relacionada com o risco de taxa de câmbio é de�inida no comité ALCO.
Durante o exercício tanto as posições por moeda como as posições globais mantiveram-se dentro dos limites estabelecidos pelo Banco
de Moçambique.
A tabela abaixo resume a exposição do banco ao risco cambial de moedas estrangeiras em 31 de Dezembro de 2015 e 2014:
Caixa e disponibilidade no
Banco Central
Disponibilidade em instituições
de crédito
Aplicações em instituições de
crédito
Activos �inanceiros detidos
para venda
Activos �inanceiros disponíveis
para venda
Empréstimos e adiantamentos
a clientes
463.906
12.583.011
-
-
-
(1.242)
13.045.675
166.095.383
122.047.667
132.961.977
121.252.392
2.682.287
815.128.755
1.360.168.461
EUR Total
1.962.753
21.395.102
-
-
-
-
23.357.855
ZAR
145.969.448
3.677.659
87.020.540
121.252.392
2.682.287
814.965.493
1.175.567.819
17.699.276
84.391.895
45.941.438
-
-
164.505
148.197.113
MZN USD2015
Activos
Disponibilidade de instituições
de crédito
Depósitos de clientes
Exposição líquida
4.503.600
4.603.823
9.107.423
3.938.252
162.503.600
1.128.693.704
1.291.197.304
68.971.157
-
2.212.403
2.212.403
21.145.451
158.000.000
1.015.579.169
1.173.579.169
1.988.650
-
106.298.309
106.298.309
41.898.804
Passivos
Caixa e disponibilidade no
Banco Central
Disponibilidade em instituições
de crédito
Aplicações em instituições de
crédito
Activos �inanceiros detidos
para venda
Activos �inanceiros disponíveis
para venda
Empréstimos e adiantamentos
a clientes
-
-
-
-
-
-
-
136.210.988
91.675.630
233.452.360
23.748.685
1.532.287
371.564.165
858.184.115
EUR Total
253.239
775.854
-
-
-
-
1.029.093
ZAR
125.773.717
13.375.324
233.452.360
23.748.685
1.532.287
357.860.563
755.742.936
10.184.032
77.524.452
-
-
-
13.703.602
101.412.086
MZN USD2014
Activos
Disponibilidade de instituições
de crédito
Depósitos de clientes
Exposição líquida
-
45.024
45.024
(45.024)
75.000.000
746.168.067
821.168.067
37.016.048
-
2.461.253
2.461.253
(1.432.160)
-
98.530.616
98.530.616
2.881.471
75.000.000
645.131.174
720.131.174
35.611.762
Passivos
Caixa e disponibilidade no
Banco Central
Disponibilidade em instituições
de crédito
Aplicações em instituições de
crédito
Activos �inanceiros detidos
para venda
Activos �inanceiros disponíveis
para venda
Empréstimos e adiantamentos
a clientes
Total de activos não
descontados
166.095.383
122.047.667
-
-
2.682.287
-
290.825.336
166.095.383
122.047.667
132.961.977
121.252.392
2.682.287
815.128.756
1.360.168.462
Sem exposiçãoà taxa de juro
Total
-
-
-
-
-
640.411.218
640.411.218
Mais de1 ano
-
-
132.961.977
-
-
34.668.502
167.630.479
-
-
-
125.252.392
-
140.049.036
261.301.428
Menos de3 meses
De 3 mesesa 12 meses
2015
Activos �inanceiros
Disponibilidade de instituições
de crédito
Depósitos de clientes
Total de passivos não descontados
Valores no balanço com
sensibilidades à taxa de juros
-
-
-
290.825.336
162.503.600
1.128.693.704
1.291.197.304
68.971.158
-
582.920.938
582.920.938
57.490.280
-
30.759.317
30.759.317
136.871.162
162.503.600
515.013.449
677.517.049
(416.215.621)
Passivos �inanceiros
Caixa e disponibilidade no
Banco Central
Disponibilidade em instituições
de crédito
Aplicações em instituições de
crédito
Activos �inanceiros detidos
para venda
Activos �inanceiros disponíveis
para venda
Empréstimos e adiantamentos
a clientes
Total de activos não
descontados
136.210.988
91.675.630
-
-
1.532.287
-
229.418.905
136.210.988
91.675.630
233.452.360
23.748.685
1.532.287
371.564.165
858.184.115
Sem exposiçãoà taxa de juro
Total
-
-
-
-
-
129.877.920
129.877.920
Mais de1 ano
-
-
233.452.360
-
-
52.821.417
286.273.777
-
-
-
23.748.685
-
188.864.828
212.613.513
Menos de3 meses
De 3 mesesa 12 meses
2014
Activos �inanceiros
Disponibilidade de instituições
de crédito
Depósitos de clientes
Total de passivos não descontados
Valores no balanço com
sensibilidade à taxa de juros
-
485.495.376
485.495.376
(256.076.471)
75.000.000
746.168.067
821.168.067
37.016.048
-
-
-
129.877.920
-
101.325.142
101.325.142
184.948.635
75.000.000
159.347.549
234.347.549
(21.734.036)
Passivos �inanceiros
Caixa e disponibilidade no
Banco Central
Disponibilidade em instituições
de crédito
Aplicações em instituições de
crédito
Activos �inanceiros detidos
para venda
Activos �inanceiros disponíveis
para venda
Empréstimos e adiantamentos
a clientes
Total de activos não
descontados
-
-
-
-
2.682.287
333.027.751
335.710.038
166.095.383
122.047.667
132.961.977
121.252.392
2.682.287
815.128.756
1.360.168.462
-
-
-
-
-
307.383.467
307.383.467
166.095.383
122.047.667
-
-
-
-
288.143.049
-
-
132.961.977
-
-
34.668.502
167.630.479
Mais de5 anos
TotalDe 1 a5 anos
Correntes Menos de3 meses
Mais de5 anos
TotalDe 1 a5 anos
Correntes Menos de3 meses
-
-
-
121.252.392
-
140.049.036
261.301.428
De 3 mesesa 12 meses
2015
Activos �inanceiros
Disponibilidade de instituições
de crédito
Depósitos de clientes
Total de passivos não
descontados
Valores no balanço com
sensibilidades à taxa de juros
-
-
-
335.710.038
162.503.600
1.128.693.704
1.291.197.304
68.971.158
-
-
-
307.383.467
-
582.920.938
582.920.938
(294.777.888)
162.503.600
30.759.317
193.262.917
(25.632.438)
-
515.013.449
515.013.449
(253.712.021)
Passivos �inanceiros
Caixa e disponibilidade no
Banco Central
Disponibilidade em instituições
de crédito
Aplicações em instituições de
crédito
Activos �inanceiros detidos
para venda
Activos �inanceiros disponíveis
para venda
Empréstimos e adiantamentos
a clientes
Total activos
-
-
-
-
1.532.287
83.437.656
84.969.943
136.210.988
91.675.630
233.452.360
23.748.685
1.532.287
371.564.165
858.184.115
-
-
-
-
-
46.440.264
46.440.264
136.210.988
91.675.630
-
-
-
-
227.886.618
-
-
233.452.360
-
-
52.821.417
286.273.777
-
-
-
23.748.685
-
188.864.828
212.613.513
2014
Activos �inanceiros
Disponibilidade de instituições
de crédito
Depósitos de clientes
Exposição líquida
-
-
-
84.969.943
75.000.000
746.168.067
821.168.067
37.016.048
-
-
-
46.440.264
75.000.000
101.325.142
176.325.142
109.948.635
-
159.347.549
159.347.549
53.265.964
-
485.495.376
485.495.376
(257.608.758)
Passivos
8. Risco de taxa de juro na carteira bancária
O risco de taxa de juro decorre da possibilidade de alterações nas taxas de juro poderem afectar os futuros �luxos de caixa ou o justo valor dos instrumentos �inanceiros. O Banco monitoriza a sua exposição aos efeitos resultantes da �lutuação das taxas de juro do mercado sobre o risco da sua posição �inanceira e dos �luxos de caixa. As margens �inanceiras podem aumentar como resultado de tais �lutuações mas também podem reduzir ou criar perdas em caso de ocorrer movimentos não previstos.
A medição e avaliação do risco de taxa de juro são efectuadas nos activos e passivos que são remunerados a uma taxa de juro, nomeadamente empréstimos e adiantamentos de clientes, disponibilidades em instituições de crédito, aplicações em instituições de crédito, recursos de outras instituições de crédito e depósitos e contas correntes.
Com o objectivo de assegurar uma exposição ao risco de taxa de juro dentro dos limites adequados ao apetite pelo risco do Banco, estão estabelecidos um conjunto de critérios sobre o risco de taxa de juro no balanço e na carteira bancária, incluindo a �ixação de limites para certas variáveis signi�icativas do nível de exposição a este tipo de risco.
O objectivo do cumprimento dessas directrizes é o de assegurar que o Banco gere a rentabilidade/risco do seu balanço, e que, simultaneamente, está em condições de �ixar o nível de exposição conveniente e de controlar os resultados das políticas de gestão de risco assumidas.
Os limites estabelecidos são revistos periodicamente sempre que se veri�ique necessidade para o mesmo. A tabela abaixo resume a exposição do Banco à taxa de juro a 31 de Dezembro de 2015. Os activos e passivos incluídos na tabela estão mensuradas pela quantia escriturada e categorizada pelo menor prazo de maturidade contratada.
31 DE DEZEMBRO DE 2015RELATÓRIO DE DISCIPLINA DE MERCADO
Valores em unidades MZN
Valores em unidades MZN
Valores em unidades MZN
Valores em unidades MZN
Valores em unidades MZN
Valores em unidades MZN