2019
RELATÓRIODO CONSELHODE ADMINISTRAÇÃO
2
RELATÓRIO DE GESTÃOCONSOLIDADO
03
I
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRASCONSOLIDADAS
40
II
CERTIFICAÇÃO LEGAL DO REVISORDO RELATÓRIO DO CONSELHO FISCALÀS CONTAS CONSOLIDADAS
215
III
IRELATÓRIODE GESTÃOCONSOLIDADO
4
MENSAGEM DOS PRESIDENTES DO CONSELHODE ADMINISTRAÇÃO E DA COMISSÃO EXECUTIVA
05
01.
12
ÍNDICE
PERFIL DO GRUPO SECILE PRINCIPAIS INDICADORES
0702.
A NOSSA MISSÃO, VISÃO E VALORES03.
15AS NOSSAS PESSOAS04.
17A TRANSFORMAÇÃO NA SECIL05.
PERFORMANCE06.6.1. DESTAQUES DO ANO6.2 ENQUADRAMENTO EM 20196.3 EVOLUÇÃO DOS NEGÓCIOS POR SEGMENTO6.4 DESEMPENHO FINANCEIRO6.5 GESTÃO DE RISCO
2021263435
36PERSPETIVAS PARA 202007.
38PROPOSTA DE APLICAÇÃODE RESULTADOSE OUTRAS MENÇÕES LEGAIS
08.
19
01.MENSAGEMDOS PRESIDENTESDO CONSELHODE ADMINISTRAÇÃOE DA COMISSÃOEXECUTIVA
MENSAGEM DOS PRESIDENTES DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO E DA COMISSÃO EXECUTIVASECIL RELATÓRIO DE GESTÃO CONSOLIDADO 2019
6
O exercício da Secil em 2019 caracterizou-se por um generalizado bom desempenho, que permitiu apresentar resultados positivos em diversos indicadores começando, desde logo, por um significativo aumento do resultado líquido.
Em sequência da estratégia definida em 2017 para fazer a Secil regressar a bons níveis de rentabilidade através de um consistente programa de transformação que designámos de Return, atingimos a exigente meta definida para o EBITDA do ano, melhorámos os resultados financeiros e diminuímos o endividamento.
No domínio da Saúde, Higiene e Segurança no Trabalho continuámos a melhorar os Indicadores, com destaque para a diminuição de acidentes graves, a caminho dos objetivos definidos, mas ainda com resultados variáveis em função das diferentes geografias onde operamos. Nesta matéria, ainda subsiste caminho para percorrer até à criação de uma sólida cultura de segurança.
Merece especial destaque a abrangente iniciativa que implementámos em toda as nossas operações de redefinição e divulgação da nova Missão, Visão e Valores do Grupo Secil, que se traduziu num reforço do alinhamento das nossas Pessoas e da nossa cultura de Empresa.
A Sustentabilidade da nossa atuação ganha cada vez mais relevância face aos desafios de descarbonização que se colocam à generalidade das empresas, e à indústria cimenteira em particular. Neste contexto, estamos a contribuir com o aumento do coprocessamento de Combustíveis Alternativos em Portugal, na Tunísia e no Brasil, e com o lançamento de um promissor clínquer de baixa intensidade carbónica. Adicionalmente, vimos aprovado um relevante projeto de investimento e inovação, designado “CCL - Clean Cement Line”, que vai
NA ROTA PARA 2020
permitir aumentar a eficiência energética e diminuir acentuadamente as emissões de carbono da nossa Fábrica Secil-Outão, em Portugal.
Ainda assim, os riscos inerentes à nossa atividade, seja pela instabilidade em alguns dos nossos mercados, seja pelo crescimento das exigências regulatórias requerem uma constante monitorização e antecipação, para podermos atingir com sucesso as metas definidas para 2020.
Queremos ainda deixar um expresso agradecimento a todos os colaboradores pelo empenho e dedicação na prossecução dos objetivos estabelecidos e agradecer a todos os demais stakeholders - Clientes, Fornecedores, Acionistas e demais Parceiros a confiança que depositam na Secil.
Contamos com todos para concluir com sucesso mais uma etapa desta arrojada viagem iniciada já em 1930.
Otmar HübscherCEO
João Castello BrancoPresidente do Conselho de Administração
MENSAGEM DOS PRESIDENTES DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO E DA COMISSÃO EXECUTIVA
01.
02.PERFIL DO GRUPO SECIL E PRINCIPAIS INDICADORES
PERFIL DO GRUPO SECIL E PRINCIPAIS INDICADORESSECIL RELATÓRIO DE GESTÃO CONSOLIDADO 2019
8
A Secil é um Grupo empresarial que assenta a sua atividade na produção e comercialização de cimento, betão pronto, agregados, argamassas, prefabricados de betão e cal hidráulica. Para além disto, também integra empresas que operam em áreas complementares como o desenvolvimento de soluções no domínio da preservação do ambiente e a utilização de resíduos como fonte de energia.
O grupo Secil consolidou-se em Portugal, de onde é originário, e expandiu-se nas últimas duas décadas para outros mercados. Atualmente opera três fábricas de cimento em Portugal (Outão, Maceira e Cibra-Pataias) e está presente no exterior em Angola, na Tunísia, no Líbano, em Cabo Verde, na Holanda, Espanha e no Brasil.
Através das suas oito fábricas de cimento e da presença em sete países e quatro continentes, o Grupo Secil garante uma capacidade anual de produção de cimento superior a nove milhões de toneladas, quer para satisfazer os seus clientes nos respetivos mercados nacionais, quer para diversos destinos de exportação.
A presença internacional do Grupo permite-lhe tirar partido de ganhos de escala, partilha de know-how industrial e diversificar riscos associados aos ciclos económicos dos mercados de construção nacionais em que o Grupo opera.
Hoje , o Grupo Seci l é um grupo de car iz internacional, com mais de metade dos seus colaboradores e do seu volume de negócios realizado fora de Portugal.
PERFIL DO GRUPO SECIL E PRINCIPAIS INDICADORES
02.
PERFIL DO GRUPO SECIL E PRINCIPAIS INDICADORESSECIL RELATÓRIO DE GESTÃO CONSOLIDADO 2019
9
€ 510,9 mVOLUME DE NEGÓCIOS
Volume de negócios
8%
17%
14%
-1%
17%
15%
13%
15%
46%
RESTO DA EUROPA
PORTUGAL
ÁSIA
BRASIL
AMÉRICA
TUNÍSIA
ANGOLA
ÁFRICA
LÍBANO
2018: € 483,6 m
+ 5,6%
VENDAS PARA38 PAÍSES
€ 108,6 mEBITDA
2018: € 90 m
+ 20,7%
PRINCIPAIS INDICADORES DO GRUPO
EBITDA 57%
PORTUGAL
PERFIL DO GRUPO SECIL E PRINCIPAIS INDICADORESSECIL RELATÓRIO DE GESTÃO CONSOLIDADO 2019
10
21,3%MARGEM EBITDA
2018: 18,6%
€ 28 mRESULTADO LÍQUIDO ATRIBUÍVEL A ACIONISTAS
2018: € 11,9 m
+ 134,9%
€ 358 mDÍVIDA LÍQUIDA REMUNERADA
2018: € 386,4 m
- 7,3%
€ 107 mCASH FLOW OPERACIONAL
2018: € 80,2 m
+ 33,4%
16%
1%46%
27%
PORTUGAL
TUNÍSIA
ANGOLA
BRASIL
€ 42,9 mINVESTIMENTO EM ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS
2018: € 24,4 m
+ 16,6%Investimentos
10%
LÍBANO
PERFIL DO GRUPO SECIL E PRINCIPAIS INDICADORESSECIL RELATÓRIO DE GESTÃO CONSOLIDADO 2019
11
-7,2%Kg CO2 por t/cimentício
CAPACIDADEDE PRODUÇÃODE CIMENTO
vs emissões de 1990
8fábricas
9,75 Mt
2.375Nº DE COLABORADORES
2018: 2.470 (-95)
- 3,8%
-9%TAXA DE FREQUÊNCIA ACIDENTES
vs taxa de frequência de 2018
40%
12%
6%
23%
BRASIL
PORTUGAL
TUNÍSIA
ANGOLANúmero de
Colaboradores
19%
LÍBANO
03.A NOSSA MISSÃO, VISÃO E VALORES
A NOSSA MISSÃO, VISÃO E VALORESSECIL RELATÓRIO DE GESTÃO CONSOLIDADO 2019
13
A definição da Missão, Visão e Valores surgiu em 2019 como um passo estruturante para alavancar a elaboração estratégica do Grupo Secil rumo à rentabilidade e crescimento. Os objetivos da iniciativa foram definir a identidade da organização, alinhar as ações a curto e longo prazo, envolver os colaboradores na mesma direção de comportamentos diários e construir uma cultura única e forte.
A discussão da Missão, Visão e Valores iniciou-se em 2018 e integrou todas as geografias da Secil através da criação, em todos os países, de grupos de trabalho, garantindo assim um alinhamento com as ambições estratégicas de cada país. O trabalho dos grupos foi compilado, analisado numa reunião com todos os CEOs e membros da Comissão Executiva e, finalmente, aprovado pela Comissão Executiva e pelo Conselho de Administração da Secil.
A missão do Grupo Secil é sua razão de existir:“Dar forma às ideias, fornecendo soluçõesde cimento aos nossos clientes,carreiras estimulantes às nossas pessoas, uma cidadania responsável às nossas comunidades e valor aos nossos acionistas”.
A visão do Grupo Secil é a sua ambição para a próxima década, o que se vê e o que se quer atingir: “Empenhamo-nos em ser, nas comunidades que servimos, o fornecedor de soluções de cimento preferido dos nossos clientes”.
Por fim, os valores do Grupo Secil são a nossa forma de agir e liderar, os comportamentos adotados por todos os colaboradores:
A NOSSA MISSÃO, VISÃO E VALORES
03.
Pessoas Pessoas alinhadas e comprometidas determinam o sucesso da organização. É o fator diferenciador nas empresas. Frases que definem este valor:- Nós damos valor à perspetiva das outras pessoas.- Nós ajudamos as pessoas a darem o melhor de si.- Nós mostramos empatia e ouvimos antes de oferecer orientação.- Nós trabalhamos incansavelmente para garantir a segurança de todos.
IntegridadeTraduz comportamentos de honestidade, retidão, imparcialidade, transparência e honradez. É a forma de estar e de agir de cada pessoa. Frases que definem este valor:- Nós mostramos respeito e valorizamos todos os indivíduos e todas as ideias.- Nós somos honestos e confiáveis nas nossas relações com as outras pessoas.- Nós aderimos aos mais altos padrões de ética e segurança.- Nós reconhecemos as melhores características dos nossos colegas e agimos em concordância.
A NOSSA MISSÃO, VISÃO E VALORESSECIL RELATÓRIO DE GESTÃO CONSOLIDADO 2019
14
Responsabilidade É a qualidade individual de responder pelos seus próprios atos. Implica compreender que o sucesso ou insucesso da organização depende dos atos individuais e assumir a responsabilidade pelos mesmos. Frases que definem este valor:- Nós somos responsáveis pelas nossas ações e pelos nossos resultados.- Nós concentramo-nos em encontrar soluções e alcançar resultados.- Nós adotamos práticas sustentáveis nos nossos negócios.- Nós comprometemo-nos a construir um ambiente de trabalho saudável e seguro.
DesempenhoMantemos constantemente elevados padrões de produtividade e encaramos os desafios difíceis de forma rápida, direta e eficaz. Frases que definem este valor:- Nós somos focados nos resultados e cumprimos as nossas promessas.- Nós temos como objetivo a nossa melhoria continua e dos nossos processos.- Nós aprendemos com erros e sucessos em igual medida.- Nós incentivamos a sinceridade como forma de melhorar a tomada de decisões.
ColaboraçãoSó se trabalharmos conjuntamente, em total ajuda e cooperação, podemos garantir a consecução dos objetivos a que nos propomos. Juntos somos mais fortes e podemos ter resultados de forma sustentável. Frases que definem este valor:- Juntos, somos mais fortes e podemos contribuir mais.- Nós acreditamos que objetivos partilhados e apoio mútuo levam ao sucesso.- N ó s c e l e b r a m o s a s n o s s a s c o n q u i s t a s coletivamente.- Nós promovemos a confiança e a atenção com os outros, pois potenciam a colaboração.
Código de CondutaJuntamente com a Missão, Visão e Valores, estruturou-se o Código de Conduta Secil, que constitui, também, um pilar fundamental do Grupo e da sua estratégia. O documento reúne um conjunto de princípios e regras aplicáveis a todos os colaboradores, garantindo a observância de elevados padrões de ética empresarial e de integridade pessoal por parte de todas as pessoas que compõem a organização e do Grupo em si mesmo no exercício das suas atividades.
Os princípios de atuação incluem temas como diligência, lealdade e colaboração, conflito de interesses, ofertas, urbanidade e integridade, assédio, não discriminação, confidencialidade e legalidade. O documento também contempla os compromissos do Grupo Secil com as partes interessadas e aborda os temas da sustentabilidade, direitos laborais e igualdade, saúde, segurança e ambiente.
04.AS NOSSASPESSOAS
AS NOSSAS PESSOASSECIL RELATÓRIO DE GESTÃO CONSOLIDADO 2019
16
Em 2017, o Grupo Secil iniciou uma jornada que visa devolver a empresa até 2020 a níveis superiores de rentabilidade e construir uma base sólida para o nosso sucesso a longo prazo.
É por isso nossa ambição sermos uma empresa com High Performance (Elevado Desempenho), assente numa forte cultura de segurança que garante que todos nós voltemos para casa com segurança todos os dias, uma forte mentalidade centrada no cliente e que promova a responsabilidade pelos resultados, reforce o trabalho em equipa, estabeleça um sentido de urgência, bem como o desenvolvimento individual e instale um espírito empreendedor e vencedor.
Este sistema vivo de mentalidades, processos e comportamentos não pode ser construído sem o total compromisso de todos os níveis de liderança, que têm papel fundamental no resultado do nosso negócio, assim como na modelagem da nossa cultura.
Para atingir estes objetivos de desenvolvimento de capital humano foi lançado o programa “Build Up”.
A par do desenvolvimento humano, o Grupo Secil coloca grande ênfase na segurança de todas as suas pessoas, no âmbito da sua sustentabilidade e responsabilidade social.
Demonstrativo da importância desse compromisso, têm sido alcançados resultados sucessivos de melhoria dos indicadores de segurança, tendo 2019 sido o 5º ano consecutivo de redução do Índice de Frequência de Acidentes (número de acidentes por volume de horas trabalhadas) do Grupo Secil.
AS NOSSASPESSOAS
04.
05.A TRANSFORMAÇÃO NA SECIL
A TRANSFORMAÇÃO NA SECILSECIL RELATÓRIO DE GESTÃO CONSOLIDADO 2019
18
Em 2017 foi lançado o projeto Return 2020 com o objetivo de levar a Secil de volta à rentabilidade, mas também com o objetivo importante de desenvolver as nossas pessoas e sempre em segurança.
Estas metas colocam o Grupo no caminho de melhoria traçado pelo programa de transformação Return para fazer a Secil regressar a níveis superiores de rentabilidade.
O ano de 2019 foi terceiro ano do projeto Return e a entrar no ano de 2020, estabelecido como o momento de atingir as metas estabelecidos. No ano de 2019 foram atingidas as metas definidas para o a rentabilidade operacional do Grupo Secil.
Ao longo destes anos todo o Grupo trabalhou em conjunto para atingir os três grandes objetivos do processo de transformação, nomeadamente:
Segurança Melhorámos a nossa cultura de Segurança, aumentando a consciência de todos para comportamentos e atitudes, com iniciativas como os “ELOS”, os diálogos de Segurança, os “Safety Walks” e a formação das lideranças com o “Leading with Safety – Embaixadores de Segurança”.
Pessoas Definimos o nosso “framework” de competências de liderança e o programa de desenvolvimento “BUILD UP”. Neste estão incluídas cerca de 200 pessoas de todas as geografias. Análise e resolução de problemas, promover a mudança, foco no cliente, gestão da execução, liderar o desempenho, capacidade de influenciar e desenvolver pessoas, são as competências identificadas como críticas para o Return.
A TRANSFORMAÇÃO NA SECIL
05.
Rentabilidade As equipas das diferentes geografias e áreas lançaram projetos com um objetivo total de 51 Milhões de Euros de melhoria nos nossos resultados operacionais de forma recorrente.
2016 2017 2018 2019
- 5%10%
33%
Secil Way (Portugal)+ Procurement (Portugal e Brasil)
+ Excelência Comercial (Portugal e Tunísia)+ Combustíveis Alternativos (Brasil e Tunísia)
Redução de custos de manutenção(Tunísia e Portugal)
Melhoria do clinker factor(Líbano e Tunísia)
O ano 2019 já apresentou melhorias significativas a nível de resultados e redução do nível de endividamento e ambicionamos que o futuro continue a apresentar resultados cada vez mais positivos destas iniciativas.
Resultados recorrentes
Impacto dos nossos 80 projetos do Return
TAXA DE CRESCIMENTO DO EBITDAPrincipais Contribuições (Projetos Implementados)
06.PERFORMANCE
PERFORMANCESECIL RELATÓRIO DE GESTÃO CONSOLIDADO 2019
20
6.1. DESTAQUES DO ANO
O ano de 2019 foi um ano de consolidação da trajetória de melhoria encetada em anos anteriores. Seguidamente, destacamos alguns dos principais acontecimentos ocorridos no Grupo Secil durante o ano 2019:
1º Trimestre• A Supremo Secil participou ativamente no desenvolvimento e fornecimento de betão para recuperação da fundação Ponte Hercílio Luz, cartão postal de Florianópolis, no Brasil, reaberta em dezembro.• Lançamento da Missão, Visão e Valores Secil.• Iniciou-se na Supremo Secil, no Brasil, o processo de substituição energética de combustíveis fósseis por resíduos, por coprocessamento.• Lançamento da nova marca Secil TEK, marca de referência do Grupo para a área de materiais.• Participação da Societé de Ciment de Gabès na feira MEDIBAT realizada em Sfax, Tunísia.
2º Trimestre• Assinatura, pela Societé de Ciment de Gabès, da Carta do Desenvolvimento Sustentável do setor cimenteiro tunisino, em Túnis.• Participação na Semana de Reabilitação Urbana de Lisboa.• Implementação da Tecnologia “Fire Up”, sistema de melhoria do processo de combustão do forno para redução do consumo térmico na Supremo Secil, no Brasil.• Participação na Feira Tektónica, em Lisboa.• Entrega do Prémio Nacional de Reabilitação Urbana, patrocinado pela Secil.• “Portal do Cliente” entra em funcionamento na Supremo Secil, no Brasil, permitindo aos clientes o acesso a informações como rastreamento de produto, solicitação de pedidos, downloads de laudos técnicos, entre outros.• Participação no SBTA – 13º Simpósio Brasileiro de
PERFORMANCE
06.
Tecnologia das Argamassas, em Goiânia, Brasil.
3º Trimestre• Aprovação do investimento no projeto “CCL – Clean Cement Line” na Fábrica Secil Outão.• Participação no evento ArchiSummit, em Lisboa.• Participação da Societé de Ciments de Gabès na feira Internacional de Gabès, Tunísia.• Início do plantio de 26 mil mudas de árvores nativas da Mata Atlântica, parte do termo de compensação ambiental, por meio da recuperação florestal de 36 hectares, no município de Adrianópolis, Brasil.• Participação no II Fórum Empresarial AISET, em Setúbal.• Fábrica Secil-Outão acolhe a prova automobilística Rampa PQP.• Reforço de participação na ICV – Inertes de Cabo Verde, Lda, passando o Grupo a deter a totalidade do capital social dessa subsidiária.
4º Trimestre • Participação no II Meeting de Manutenção Industrial AISET, Palmela.• Participação na Feira de Materiais de Construção Concreta e na Semana de Reabilitação Urbana do Porto.• Aquisição da empresa Betotrans.• Entrega dos Prémios Secil Inovação.
PERFORMANCESECIL RELATÓRIO DE GESTÃO CONSOLIDADO 2019
21
PRINCIPAIS INDICADORES ECONÓMICO FINANCEIROS
Demonstração de resultados
Volume de negócios
EBITDA
Margem EBITDA (%)
Resultados operacionais
Margem EBIT (%)
Resultados financeiros
Resultados do exercício
Atribuíveis aos detentores do capital
2019 2018 Variação
Cash Flow
6.2. ENQUADRAMENTO EM 2019
PERFORMANCE
06.
Milhões de Euros
510,9
108,6
21,3%
44,6
8,7%
-24,1
26,9
28,0
483,6
90,0
18,6%
45,4
9,4%
-30,9
16,6
11,9
6%
21%
14%
-2%
-7%
-22%
62%
135%
Cash-flow das atividades operacionais 107,1 80,2 34%
Investimentos
Aquisições de ativos fixos tangíveis 43,0 24,4 76%
Balanço
Total do Capital Próprio antes de InC
Total do Capital Próprio
Dívida Líquida remunerada
Dívida Líquida remunerada + IFRS 16
317,8
371,8
358,0
384,4
287,7
344,1
386,4
-
10%
8%
-7%
-
EBITDA: Resultados operacionais antes de Depreciações, amortizações e perdas por imparidade em ativos não financeiros.
PERFORMANCESECIL RELATÓRIO DE GESTÃO CONSOLIDADO 2019
22
PRINCIPAIS INDICADORES OPERACIONAIS
Capacidade produtiva anual de cimento
2019 2018 Variaçãoem 1000 ton
9.750
4.499
5.360
9.750
4.688
5.271
0%
-4%
2%
Produção
Clínquer
Cimento
Vendas
5.060
70
279
3.276
162
177
27
20
5.096
91
438
3.110
122
154
25
19
Cimento cinzento
Cimento branco
Clínquer
Inertes
Pré-fabricados
Argamassas
Cal hidráulica
Cimento-Cola
-1%
-23%
-36%
5%
33%
15%
8%
5%
em 100m3
1.743 1.565Betão-pronto 11%
O ano de 2019 foi um ano positivo para o Grupo Secil, tendo-se verificado um aumento significativo dos resultados operacionais e dos resultados líquidos do Grupo.
Esta melhoria deve-se aos resultados positivos das ações de melhoria do plano estratégico Return e forte enfoque na melhoria de rentabilidade, o que se verificou na quase generalidade das geografias em que o Grupo Secil desenvolve atividade.
O aumento do EBITDA permitiu uma redução importante do endividamento do Grupo, apesar dos importantes investimentos realizados (42,9 milhões de euros em 2019), nomeadamente com o propósito
de melhorar a performance operacional, com destaque para investimentos realizados no Brasil de 19,7 milhões de euros.
Os resultados operacionais incluem o efeito negativo de imparidades de goodwill de 11,2 milhões de euros. Excluindo este efeito contabilístico de imparidade de goodwill, o resultado operacional teria aumentado 10,4 milhões de euros face a 2018 (+22,9%).
O volume de negócios do Grupo Secil no ano de 2019 cifrou-se em 510,9 milhões de euros, 5,7% acima do verificado no período homólogo, um aumento de 27,4 milhões de euros.
PERFORMANCESECIL RELATÓRIO DE GESTÃO CONSOLIDADO 2019
23
Este aumento verificou-se apesar da desvalorização cambial face ao Euro, de algumas das moedas dos diferentes países onde a Secil atua, que se traduziu num impacto negativo de cerca de 5,3 milhões de euros. Caso não se tivesse verificado esta desvalorização, o volume de negócios teria sido superior ao do ano de 2018 em cerca de 32,7 milhões de euros.
A evolução do volume de negócios por país teve a seguinte evolução em 2019 face a 2018:
VOLUME DE NEGÓCIOS (milhões de euros)
2019 2018 Variação
295,8
63,0
57,4
85,3
9,4
262,3
82,0
46,9
78,1
14,3
13%
-23%
22%
9%
-35%
Portugal
Líbano
Tunísia
Brasil
Angola
Total Consolidado 510,9 483,6 6%
Em Portugal, o aumento do volume de negócios é explicado pelo crescimento das atividades no mercado interno, consubstanciado pelo aumento das vendas de materiais de construção.
O volume de negócios no Líbano registou uma redução face ao período homólogo de 19,0 milhões de Euros sobretudo devido à quebra de mercado verificada no setor do cimento e apesar do efeito cambial positivo de 3,3 milhões de Euros.
No caso da Tunísia, destaca-se positivamente o impacto do aumento dos preços de venda de cimento, em oposição ao decréscimo registado nas quantidades vendidas, reflexo da quebra verificada
no mercado. O efeito conjugado destes fatores refletiu-se no aumento de 10,5 milhões de euros no volume de negócios, apesar da desvalorização cambial face ao Euro de cerca de 2,9 milhões de euros.
No Brasil o volume de negócios cresceu também, tendo para isso contribuído a evolução positiva dos preços e do volume de vendas, efeitos que foram parcialmente contrabalançados pela desvalorização cambial face ao Euro de cerca de 2,1 milhões de euros.
Em Angola, verificou-se uma diminuição das quantidades vendidas (devido à retração do
PERFORMANCESECIL RELATÓRIO DE GESTÃO CONSOLIDADO 2019
24
mercado), parcialmente compensada por uma evolução positiva nos preços médios de venda (realizada no 4º trimestre). O impacto negativo da desvalorização cambial do kuanza face ao Euro em cerca de 3,6 milhões de euros contribuiu também para a diminuição do volume de negócios.
O EBITDA consolidado atingiu 108,6 milhões de euros, valor superior em 21,5% ao verificado no ano anterior. De referir que o EBITDA do Grupo de 2019 encontra-se influenciado positivamente em 8,7 milhões de Euros devido à implementação dos requisitos da IFRS16.
Mesmo sem o efeito da aplicação das IFRS, o EBITDA e os resultados do Grupo apresentaram um crescimento significativo na maioria dos países, com exceção de Líbano e Angola:
EBITDA (milhões de euros)
2019 2018 Variação
62,2
16,1
15,5
16,3
-1,5
42,6
26,2
10,3
8,3
2,6
46,2%
-38,6%
50,0%
96,8%
s.s.
Portugal
Líbano
Tunísia
Brasil
Angola
108,6 90,0 20,7%
PERFORMANCESECIL RELATÓRIO DE GESTÃO CONSOLIDADO 2019
25
Para o aumento do EB ITDA em Por tugal contribuíram a evolução favorável das quantidades vendidas (por aumento de mercado) assim como a realização de vendas de licenças de emissão de CO2 excedentárias (superiores em 3,4 milhões de Euros face ao período homólogo). O EBITDA das atividades desenvolvidas a partir de Portugal registou um acréscimo de 21,4 milhões de euros face ao período homólogo, incluindo o impacto positivo de cerca de 5,6 milhões de Euros da implementação da IFRS16.
No Líbano, o EBITDA foi impactado negativamente sobretudo pelo decréscimo das vendas devido à quebra do mercado de construção e particularmente nos últimos meses do ano pela grave crise social, política e económica vivida no país.
O EBITDA das atividades na Tunísia registou um acréscimo de cerca de 5,2 milhões de euros como resultado do aumento dos preços de venda, e das quantidades vendidas para o mercado externo, que mais do que compensaram o aumento dos custos de produção (nomeadamente combustíveis, eletricidade e embalagem).
No Brasil, o EBITDA registou um acréscimo de cerca de 8,0 milhões de euros. O aumento do volume de negócios e a melhoria da performance operacional mais que compensaram o aumento dos custos de produção. O EBITDA do período inclui um proveito de 3,4 milhões de Euros relativo a reembolsos de impostos locais sobre as vendas, e um impacto positivo de cerca de 1,9 milhões de Euros da implementação da IFRS16.
Em Angola, a redução do valor do EBITDA deveu-se à quebra dos volumes vendidos, e ao aumento dos custos das matérias-primas, parcialmente compensado pelo aumento dos preços médios de venda. O EBITDA encontra-se impactado negativamente em cerca de 1,6 milhões de euros por
redução de outros proveitos operacionais, devido à implementação das IFRS.
PERFORMANCESECIL RELATÓRIO DE GESTÃO CONSOLIDADO 2019
26
6.3. EVOLUÇÃO DOS NEGÓCIOSPOR SEGMENTO
PERFORMANCE
06.
PRINCIPAIS INDICADORES
2019 2018 Variação
Vendas de cimento e clínquer
Mercado Interno
Mercado Externo
1.378
864
1.163
1.016
18%
-15%
Uni
Volume de negócios
EBITDA
Margem EBITDA
295,8
62,2
21,0%
262,3
42,6
16,2%
13%
46%
30%
Meur
Meur
%
Produção de clínquer
Produção de cimento
1.815
1.945
1.821
1.700
0%
14%
1000 t
1000 t
1000 t
1000 t
Total 2242 2180 3%1000 t
Vendas de Betão
Vendas de Inertes
Vendas de Argamassas
Vendas de Pré-fabricados
1.297
4.344
226
126
1.107
3.775
200
115
17%
15%
13%
10%
1000 m3
1000 t
1000 t
1000 t
O Banco de Portugal (Boletim Económico – dezembro de 2019) apresentou uma projeção de crescimento económico para 2019 de 2%, l igeiramente inferior ao registado nos anos mais recentes e, projetando esta trajetória de desaceleração até 1,6% para 2021 e 2022. O abrandamento do crescimento em 2019 reflete um decréscimo de contributo das exportações, uma manutenção do dinamismo da procura interna, com destaque na aceleração da Formação Bruta de Capital Fixo.
De acordo com os dados reais conhecidos à data, a atividade do setor da Construção foi positiva nos
primeiros nove meses de 2019. As previsões mais recentes (dezembro) da FEPICOP apontam para um acréscimo real de 6% da atividade do sector, com especial relevância para o crescimento do segmento da construção residencial (+12% em termos reais) mas também nos segmentos de edifícios não residenciais (+3,6%) e um aumento do investimento público (+4% em termos reais).
O consumo de cimento em Portugal foi marcado por variações homólogas mensais positivas ao longo de todos os meses de 2019, em consonância com o dinamismo verificado no setor da construção, ao longo do ano. De acordo com as estimativas,
PORTUGAL
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27
o mercado em 2019 terá crescido cerca de 15% comparativamente ao período homólogo.
O volume de negócios do conjunto das operações desenvolv idas em Por tugal apresentou um crescimento de 12,8% comparativamente ao período homólogo de 2018, atingindo os 296 milhões de euros.
A unidade de negócio de Cimento em Portugal, atingiu um volume de negócios de 208 milhões de euros, valor 11% acima do período homólogo, em resultado do aumento de vendas no mercado interno.
No mercado externo, a existência de oferta excedentária na Europa, Mediterrâneo e África Ocidental continuou a provocar um nível de concorrência elevado. Esta envolvente teve impacto negativo nas quantidades vendidas.
Neste contexto, excluindo os terminais controlados pelo Grupo, o volume de negócios de exportação diminuiu cerca de 23,1%. Esta evolução deveu-se ao decréscimo das vendas de cimento e clínquer de 29%.
Nos restantes segmentos de negócio com atividade desenvolvida a partir de Portugal (Betão Pronto, Inertes, Argamassas e Pré-fabricados), o volume de negócios de 2019 ascendeu a 135,2 milhões de euros, um crescimento de 23% face ao período homólogo.
Este crescimento ocorreu em quase todas as áreas dos materiais de construção, que sentiram os efeitos positivos de um maior dinamismo da construção. A unidade de negócio de Betão registou um crescimento das quantidades vendidas de 19%.
O EBITDA do conjunto das atividades desenvolvidas
a partir de Portugal cresceu 46%, atingindo os 62,2 milhões de euro versus 42,6 milhões de euro registados em 2018.
A unidade de negócio de Cimento atingiu um EBITDA de 75.8 milhões de euros, ou seja, 29% acima do período homólogo. Apesar do acréscimo dos custos variáveis, em resultado do aumento dos preços dos combustíveis fósseis e eletricidade, o aumento do volume de negócios no mercado interno e a venda de excedentes de licenças de CO2 a um preço médio substancialmente acima do verificado em 2018, contribuíram para este crescimento.
As unidades de negócio de materiais de construção apresentaram um EBITDA de 15,9 milhões de euros, o que comparando com os 11,2 milhões de euros registados em 2018, representa um aumento de 42%. Este aumento foi sobretudo fruto do aumento do volume de negócios, apesar do aumento dos custos variáveis de produção devido a uma menor disponibilidade de cinzas no segmento do betão.
Outros negócios re lacionados com a área geográfica de gestão de Portugal, assim como gastos administrativos e corporativos totalizaram 29,6 milhões de euros, um aumento de 2,1 milhões de euros face ao ano anterior, o que se deveu essencialmente a encargos com projetos de melhoria de eficiência operacional no âmbito do programa Return.
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28
PRINCIPAIS INDICADORES
2019 2018 Variação
Vendas de cimento e clínquer
Mercado Interno 801 1.110 -28%
Uni
Volume de negócios
EBITDA
Margem EBITDA
63,0
16,1
25,5%
82,0
26,2
32,0%
-23%
-39%
-20%
Meur
Meur
%
Produção de clínquer
Produção de cimento
652
809
929
1.121
-30%
-28%
1000 t
1000 t
1000 t
LÍBANO
Vendas de Betão
Vendas de Pré-fabricados
81
32
97
46
-16%
-30%
1000 m3
1000 t
De acordo com as estimativas do FMI (World Economic Outlook, FMI October 2019) a economia libanesa terá crescido 0,2% em 2019.
No entanto, no último trimestre de 2019, a situação económica e política no Líbano deteriorou-se significativamente devido aos protestos populares generalizados ocorridos a partir de final de outubro, que provocaram a demissão do Governo Libanês, pelo que o crescimento poderá ter sido inferior ao estimado pelo FMI.
Desde o início de 2020 que decorrem esforços por parte das forças políticas para a estabilização da situação social, política e económico-financeira do país.
Estima-se que o consumo de cimento em 2019
tenha decrescido 31% face a 2018, influenciado pelo decréscimo do mercado de construção, mais acentuado no último trimestre do ano, afetado pelas condições políticas e económicas no país.
O volume de negócios do conjunto das operações no Líbano registou um valor inferior ao período homólogo, tendo atingido os 63 milhões de euros. Este montante está influenciado positivamente pela valorização cambial do dólar face ao euro, em cerca de 3,3 milhões de Euros.
As vendas de Cimento decresceram face ao período homólogo. Os preços de venda mantiveram-se em níveis semelhantes aos de 2018. O volume de negócios decresceu face ao período homólogo influenciado essencialmente pelo decréscimo das quantidades vendidas.
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29
O volume de negócios de Betão registou uma redução de 9% comparativamente ao período homólogo, atingindo 5,1 milhões de euros, resultante da redução de 16% das quantidades vendidas. Este decréscimo de quantidades vendidas deveu-se à diminuição do número de licenças de construção obtidas no país e ao ambiente concorrencial nas áreas onde as nossas operações atuam, assim como à situação política e económica descrita.
O EBITDA conjunto das operações do Líbano totalizou 16,1 milhões de euros, o que representa uma diminuição de 39%, quando comparado com o ano anterior, sobretudo proveniente da unidade de Cimento. Este decréscimo deve-se sobretudo à diminuição das quantidades vendidas, parcialmente compensado por medidas de contenção de custos fixos e variáveis. A implementação da IFRS16 teve um impacto positivo no EBITDA das operações no Líbano de 1,0 milhões de Euros.
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30
TUNÍSIA
PRINCIPAIS INDICADORES
2019 2018 Variação
Vendas de cimento e clínquer
Mercado Interno
Mercado Externo
805
364
846
259
-5%
41%
Uni
Volume de negócios
EBITDA
Margem EBITDA
57,4
15,5
27,0%
46,9
10,3
22,0%
22%
50%
23%
Meur
Meur
%
Produção de clínquer
Produção de cimento
951
1.041
908
975
5%
7%
1000 t
1000 t
1000 t
1000 t
Total 1.169 1.105 6%1000 t
Vendas de Betão
Vendas de Pré-fabricados
133
4
118
6
13%
-33%
1000 m³
1000 t
De acordo com os últimos dados publicados pelo FMI o produto interno bruto real tunisino terá crescido 2,5% em 2018, esperando-se um crescimento de 1,5% em 2019 (World Economic Outlook, FMI October 2019).
A Tunísia continua a enfrentar desafios significativos, incluindo elevados défices externos e fiscais, aumento da dívida e um crescimento insuficiente para reduzir o desemprego. Subsiste ainda alguma instabilidade social e uma pressão nas reivindicações sindicais. O défice do Estado reflete-se nas obras públicas e o setor imobiliário enfrenta desafios devido a dificuldades de financiamento (pela fragilidade do setor bancário), com impacto no volume da construção.
Neste contexto, estima-se que o mercado interno de cimento tenha decrescido 9% face ao ano anterior. O mercado de cimento continuou a ser caracterizado por uma concorrência muito intensa, devido ao excesso de capacidade instalada. No entanto, em 2019 assistiu-se a um aumento dos preços de venda justificado pelo aumento generalizado dos preços de aquisição de materiais relevantes na estrutura de custos das produtoras de cimento.
No mercado de exportação de cimento apesar dos constrangimentos na fronteira Líbia e com a obtenção de divisas no mercado financeiro da Líbia, foi possível aumentar substancialmente as quantidades vendidas de cimento.
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31
O volume de negócios do conjunto das operações desenvolvidas na Tunísia, atingiu cerca de 57 milhões de euros, que se traduziu numa variação homóloga positiva de 10 milhões de euros. Este aumento teria sido de 28% caso não tivesse havido um impacto negativo da desvalorização do dinar tunisino face ao euro, de 2,8 milhões de euros.
Na unidade de negócio “Tunísia Cimento” o volume de negócios cresceu cerca de 19% tendo-se cifrado em 57,1 milhões de euros, contribuindo para isso o aumento verificado nos preços médios de venda, já que as quantidades vendidas no mercado interno sofreram um decréscimo de 5%.
Este aumento dos preços médios de venda foi motivado pelo aumento dos preços dos combustíveis e da energia elétrica, face ao período homólogo, assim como o aumento generalizado de preços ocorrido na Tunísia.
Apesar das limitações anteriormente referidas no caso das exportações, foi possível aumentar as quantidades vendidas de cimento para o mercado líbio e exportar clínquer para outros mercados na África Ocidental, permitindo aproveitar a capacidade de produção existente. No mix de cimento e clínquer as quantidades vendidas cresceram 41%, resultando num acréscimo de volume de negócios para o mercado externo de 49%.
O volume de negócios de Betão cresceu 21% face ao período homólogo, essencialmente devido ao aumento das quantidades vendidas.
Em 2019, o EBITDA das atividades na Tunísia atingiu 15,5 milhões de euros, o que representou um aumento de cerca de 50% face a 2018.
Este acréscimo é justificado pelo aumento verificado nos preços de venda, que mais do que compensaram
o aumento dos custos de produção, sobretudo com combustíveis sólidos, eletricidade e embalagem. A desvalorização do dinar tunisino face ao Euro teve também um impacto negativo de 0,8 milhões de Euros.
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BRASIL
PRINCIPAIS INDICADORES
2019 2018 Variação
Vendas de cimento e clínquer
Mercado Interno
Mercado Externo
1.442
16
1.330
10
8%
60%
Uni
Volume de negócios
EBITDA
Margem EBITDA
85,3
16,3
19,1%
78,1
8,3
10,6%
9%
97%
80%
Meur
Meur
%
Produção de clínquer
Produção de cimento
1.081
1.458
1.018
1.342
6%
9%
1000 t
1000 t
1000 t
1000 t
Total 1.458 1.340 9%1000 t
Vendas de Betão 232 244 -5%1000 m³
A economia brasileira terá registado um crescimento de 1,2% em 2019, de acordo com as últimas projeções (World Economic Outlook, Update, FMI January 2020).
Estas perspetivas, refletem a necessidade premente de implementação de várias e difíceis reformas económicas, consideradas essenciais para o equilíbrio das contas públicas do país. A recente aprovação da reforma da previdência social contribuiu muito para uma melhoria do sentimento por parte dos agentes económicos.
Neste contexto, estima-se que o mercado relevante de cimento tenha crescido 3,4% face ao ano anterior. Considerando o mercado global do Brasil, o consumo de cimento terá registado um aumento de 3,5%, o que se traduz no primeiro crescimento positivo desde 2014.
O principal responsável pela recuperação do consumo de cimento foi o setor imobiliário, com destaque para o residencial, alavancado pelo decréscimo da inflação e pela redução das taxas de juro de crédito imobiliário.
O volume de negócios do conjunto das operações atingiu os 85 milhões de euros o que representou um acréscimo de 9%, apesar da desvalorização cambial do real face ao euro, que registou um impacto negativo de cerca de 2,1 milhões de euros. Caso não se tivesse verificado a desvalorização cambial, o volume de negócios teria sido superior em 9 milhões de euros face ao período homólogo. O EBITDA das atividades no Brasil atingiu 16,3 milhões de euros, o que compara com 8,3 milhões de euros no período homólogo. O EBITDA do período inclui um ganho de 3,4 milhões de euros relacionado com os reembolsos de impostos sobre as vendas, e um impacto positivo de cerca de 1,9 milhões de Euros da implementação da IFRS16.
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ANGOLA
PRINCIPAIS INDICADORES
2019 2018 VariaçãoUni
Volume de negócios
EBITDA
Margem EBITDA
9,4
-1,5
-15,8%
14,3
2,6
18,1%
-35%
s.s.
-188%
Meur
Meur
%
Produção de clínquer 107 122 -12%1000 t
Vendas de cimento e clínquer 107 127 -16%1000 t
O FMI estima que a economia angolana em 2019 tenha decrescido cerca de 0,3% (World Economic Outlook, FMI October 2019).
Apesar do aumento dos preços do petróleo, do lançamento de algumas reformas, a economia continua estagnada, o setor bancário fragilizado e existe uma elevada escassez de divisas, provocando dificuldades a muitas empresas. O ano de 2019 ficou marcado pela forte desvalorização do kwanza (cerca de 38% face ao câmbio médio do ano anterior).
O mercado angolano de cimento, de acordo com os dados disponíveis, apresentou uma variação negativa de 7% relativamente a 2018.
As quantidades de cimento vendidas pela Secil decresceram 16% face a 2018. Num contexto de forte inflação e de significativa desvalorização do kwanza face ao euro, a Secil Lobito tem vindo a implementar uma rigorosa política de preços que lhe permite fazer face ao agravamento dos custos expressos tanto em moeda nacional como os decorrentes das importações necessárias.
Nestes termos o preço do cimento, medido em moeda local, aumentou em cerca de 8% face ao período homólogo, compensando parcialmente o decréscimo das quantidades vendidas.
Em consequência, o volume de negócios atingiu um total de 9,4 milhões de euros, valor inferior ao ano anterior, influenciado pela desvalorização cambial, que teve um impacto negativo de 3,6 milhões de euros no volume de negócios. O EBITDA de 2019 é negativo em 1,5 milhões de euros, significativamente abaixo do verificado no período homólogo.
Os custos foram substancialmente afetados pela desvalorização do Kwanza face ao euro. Os custos variáveis subiram 34%, fundamentalmente devido ao aumento do custo de aquisição do clínquer no mercado internacional. Os custos fixos fabris por sua vez registaram um decréscimo face ao período homólogo, o que tendo em consideração a inflação em Angola e a aquisição de alguns materiais de conservação, cuja indexação à taxa de câmbio é significativa, é bem representativo do esforço por parte da unidade para controlar os custos.
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34
6.4. DESEMPENHO FINANCEIRO
Os resultados financeiros líquidos (incluindo resultados de associadas e empreendimentos conjuntos) do Grupo Secil melhoraram de -30,9 milhões de euros em 2018, para -24,1 milhões de euros. O diferencial positivo de 6,7 milhões de euros face ao ano anterior inclui maioritariamente diferenças cambiais favoráveis de contas a receber e a pagar em moeda estrangeira por empréstimos intra-grupo. A adoção da IFRS 16 impactou negativamente os resultados financeiros em 1,0 Milhões de Euros em 2019.
Os resultados líquidos atribuíveis aos acionistas da Secil atingiram no final de 2019 os 28 milhões de euros, que comparam com resultado de 11,9 milhões de Euros registados em 2018. O aumento dos resultados líquidos deve-se à melhoria verificada no EBITDA, à melhoria verificada nos resultados financeiros e ao ganho registado nos impostos sobre lucros (por reconhecimento de ativos por impostos diferidos em relação a créditos fiscais por utilizar em 31 de dezembro de 2019).
A dívida financeira líquida, antes do efeito da aplicação da IFRS 16, ascendeu no final de 2019, a 358 milhões de euros, face a 386,4 milhões de euros registados em dezembro de 2018, o que representa uma redução de 28,3 milhões e euros (-7%).
A implementação da norma contabilística IFRS 16 provocou um aumento da dívida líquida em 26,4 milhões de Euros pela valorização de direitos de uso de locações.
Em termos consolidados, 78% da dívida líquida encontrava-se em regime de taxa fixa, conferindo uma adequada proteção contra uma eventual subida das taxas de juro.
PERFORMANCE
06.
No decorrer do ano de 2019, a Secil contratou novos financiamentos de médio e longo prazo, mantendo a sua política de assegurar linhas de financiamento com maturidades elevadas. As linhas de financiamento contratadas pelo Grupo ascendiam a 743,6 milhões de Euros no final do ano, dos quais 285 milhões de Euros não se encontravam utilizados.
O Grupo Secil prosseguiu a sua polít ica de maximização do potencial de cobertura natural da exposição cambial, através da compensação de fluxos cambiais, em particular intra-grupo. Relativamente ao USD, a taxa de cobertura através de hedging natural foi de aproximadamente 50%.
PERFORMANCESECIL RELATÓRIO DE GESTÃO CONSOLIDADO 2019
35
6.5. GESTÃO DE RISCO
Este capítulo encontra-se detalhado no Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas do Grupo Secil.
PERFORMANCE
06.
07.PERSPETIVASPARA 2020
PERSPETIVAS PARA 2020SECIL RELATÓRIO DE GESTÃO CONSOLIDADO 2019
37
A economia e as empresas a nível mundial enfrentam desafios inesperados em resultado da rápida disseminação do Coronavírus (SARS-CoV-2/COVID-19). Esta pandemia terá necessariamente um impacto na economia global e nos mercados financeiros em geral, assim como no desempenho e na atividade dos diferentes negócios e indústrias. Neste momento estão a ser preparadas e, em alguns casos já decididas, medidas de mitigação, nomeadamente pelos principais bancos centrais e governos, cujo impacto se afigura ainda de difícil quantificação, tendo em conta que se desconhece a duração desta situação disruptiva.
O Grupo Secil está a acompanhar em permanência a evolução da pandemia do Coronavírus através dos respetivos órgãos próprios. Procurando minimizar os possíveis riscos associados ao surto e, na sequência das recentes recomendações da Direção Geral de Saúde (DGS) e da Organização Mundial de Saúde (OMS), o Grupo Secil implementou Planos de Contingência com o objetivo de garantir a segurança dos seus colaboradores e comunidade em geral, bem como assegurar a continuidade das operações.
Neste âmbito, o Grupo tem estado a comunicar e a implementar junto dos seus colaboradores e diferentes stakeholders com os quais se relaciona, um conjunto de medidas, instruções e recomendações, de prevenção e de forte contenção, amplamente divulgadas através de diferentes plataformas.
Até ao momento, as operações do Grupo têm decorrido com normalidade e sem disrupção na maior parte das suas atividades. Ainda não nos é possível estimar com razoável grau de confiança, eventuais impactos na atividade do Grupo Secil face ao atual enquadramento de elevada incerteza e rápida evolução.
PERSPETIVAS PARA 2020
07.
Sendo certo que se vive atualmente um período ímpar de elevada incerteza, o Grupo Secil está a trabalhar arduamente para minimizar os impactos desta pandemia nas suas diferentes atividades, com ênfase, acima de tudo, na saúde e segurança dos seus colaboradores e restantes stakeholders.
Estamos convictos que, com prevenção, serenidade e em conjunto com todos os nossos stakeholders, estaremos preparados para enfrentar este desafio.
08.PROPOSTADE APLICAÇÃODE RESULTADOSE OUTRAS MENÇÕES LEGAIS
A TRANSFORMAÇÃO NA SECILSECIL RELATÓRIO DE GESTÃO CONSOLIDADO 2019
39
PROPOSTA DEAPLICAÇÃO DE RESULTADOS OUTRAS MENÇÕES LEGAIS
08.
EVENTOS SUBSEQUENTESConforme mencionado nas notas anexas às demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2019:- Em fevereiro de 2020 o Grupo alienou 50% da participação financeira detida na subsidiária Allmicroalgae Natural products, S.A, a qual era detida a 100% no período findo em 31 de dezembro de 2019. Decorrente desta operação verificou-se a saída desta empresa do perímetro de consolidação do Grupo.- Adicionalmente, em março de 2020 o Grupo alienou a totalidade da participação financeira (25%) detida na associada Setefrete, SGPS, S.A..
PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOSOs resultados líquidos positivos do período da Secil - Companhia Geral de Cal e Cimento, S.A. são de 28.039.255 euros. O Conselho de Administração propõe a seguinte aplicação:- Reservas Legais: 1.401.963 euros- Outras Reservas: 26.637.292 euros
João Nuno de Sottomayor Pinto de Castelo BrancoPresidente
Otmar HübscherVice-Presidente
Gonçalo de Castro Salazar LeiteVice-Presidente
Carlos Alberto Medeiros AbreuVogal
João Luís Barbosa Pereira de VasconcelosVogal
Manuel António de Sousa MartinsVogal
Sérgio António Alves MartinsVogal
Francisco José Melo e Castro GuedesVogal
José António do Prado FayVogal
Ricardo Miguel dos Santos Pacheco PiresVogal
Vítor Paulo Paranhos PereiraVogal
O Conselho de Administração,28 de abril de 2020
IIDEMONSTRAÇÕESFINANCEIRASCONSOLIDADAS
DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS CONSOLIDADOSSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
41
DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS CONSOLIDADOS
Nota 2019 2018Valores em Euros
Resultado operacional
2.1
2.2
4.1
4.1
2.3
7.1
2.4
9.1
3.7
510.994.979
61.467.043
(157.781.405)
126.117
(185.699.644)
(79.708.600)
(9.878.755)
(33.225.994)
(61.709.105)
483.635.512
33.897.042
(151.416.045)
(120.708)
(179.973.508)
(79.444.575)
(5.470.085)
(17.336.870)
(38.332.338)
Réditos
Outros rendimentos e ganhos operacionais
Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas
Variação da produção
Fornecimentos e serviços externos
Gastos com o pessoal
Outros gastos e perdas operacionais
Provisões líquidas
Depreciações, amortizações e perdas por imparidade em ativos não financeiros
44.584.636 45.438.425
10.3
5.10
5.10
1.719.099
21.679.708
(47.529.635)
1.182.762
12.004.930
(44.045.361)
Resultados de associadas e empreendimentos conjuntos
Rendimentos e ganhos financeiros
Gastos e perdas financeiras
Resultado antes de impostos 20.453.808 14.580.756
6.1 6.431.059 2.037.994 Imposto sobre o rendimento
Resultado líquido do período 26.884.867 16.618.750
5.6
28.039.255
(1.154.388)
11.935.919
4.682.831
Atribuível aos detentores do capital da Secil
Atribuível a interesses que não controlam
Resultado por ação
5.5
5.5
0,575
0,575
0,245
0,245
Resultado básico por ação
Resultado diluído por ação
As notas do Anexo constituem parte integrante destas demonstrações financeiras consolidadas.
DO EXERCÍCIO DE 2019 E 2018
42
DEMONSTRAÇÃO DO RENDIMENTO INTEGRAL CONSOLIDADOSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
DEMONSTRAÇÃODO RENDIMENTO INTEGRALCONSOLIDADO
Nota 2019 2018Valores em Euros
8.2.1
7.2.5
7.2.5
252.548
(69.451)
7.798.118
-
(90.858)
25.888
(113.946)
31.335
(20.875.855)
332
(1.079.410)
281.622
Resultado líquido do período antes de interesses que não controlam 26.884.867 16.618.750
Total de outros rendimentos integrais líquidos de imposto 7.916.245 (21.755.922)
Total dos rendimentos integrais 34.801.112 (5.137.172)
33.800.395
1.000.717
(13.861.838)
8.724.666
Atribuível a:
Detentores do capital da Secil
Interesses que não controlam
34.801.112 (5.137.172)
As notas do Anexo constituem parte integrante destas demonstrações financeiras consolidadas.
DO EXERCÍCIO DE 2019 E 2018
Itens que poderão ser reclassificados para a demonstração dos resultados
Instrumentos financeiros derivados de cobertura
Variações no justo valor
Efeito de imposto
Diferenças de conversão cambial
Outros rendimentos integrais
Itens que não poderão ser reclassificados para a demonstração dos resultados
Remensuração de benefícios pós-emprego
Remensurações
Efeito de imposto
43
DEMONSTRAÇÃO DA POSIÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADASECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
DEMONSTRAÇÃO DA POSIÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA
Nota 31/12/2019 01/01/2018Valores em Euros
ATIVO
3.1
3.2
3.3
3.4
3.5
10.3
8.3
4.2
6.2
150.374.678
72.028.500
526.231.563
27.288.240
277.239
3.336.316
375.175
5.272.430
73.185.310
169.026.493
32.029.425
570.313.429
-
286.201
1.981.451
3.526.520
2.704.256
52.304.575
Ativos não correntes
Goodwill
Ativos intangíveis
Ativos fixos tangíveis
Ativos sob direito de uso
Propriedades de investimento
Investimentos em associadas e empreendimentos conjuntos
Outros investimentos financeiros
Valores a receber não correntes
Ativos por impostos diferidos
31/12/2018
160.570.914
40.408.813
518.069.369
-
285.434
2.596.774
193.833
4.492.656
52.800.118
832.172.350 779.417.911 858.369.451
4.1
4.2
6.1
5.8
3.6
87.719.974
101.028.231
6.450.566
96.907.045
7.809.209
91.924.133
113.026.523
4.875.971
115.424.895
1.964.956
Ativos correntes
Inventários
Valores a receber correntes
Imposto sobre o rendimento
Caixa e equivalentes de caixa
Ativos não correntes detidos para venda
89.814.381
94.026.554
5.112.451
99.443.113
8.534.209
327.216.478 296.930.708299.915.025
1.159.388.828 1.076.348.619 1.158.284.476 Ativo total
EM 31 DE DEZEMBRO DE 2019 E 2018
Nota 31/12/2019 01/01/2018Valores em Euros
CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO
5.2
5.2
5.3
5.4
5.4
5.4
5.4
5.4
5.5
224.183.484
-
133.000.000
(150.986.421)
(46.227)
40.874.278
16.912.287
25.868.818
28.039.255
264.600.000
(22.609.745)
140.000.000
(131.710.764)
(146.713)
40.680.725
16.425.713
17.803.613
(20.629.181)
31/12/2018
224.183.484
-
136.500.000
(156.628.579)
(229.324)
40.680.725
14.561.797
16.668.980
11.935.919
Capital e reservas
Capital social
Ações próprias
Outros instrumentos de capital próprio
Reserva de conversão cambial
Reserva de justo valor
Reserva legal
Outras reservas
Resultados transitados
Resultado líquido do período
304.413.648 287.673.002 317.845.474
367.419.207 344.081.942 371.760.059 Total do Capital Próprio
Capital Próprio atribuível aos detentores do capital da Secil
63.005.559 56.408.940 53.914.585 Interesses que não controlam 10.2
6.2
7.2
9.1
5.6
5.7
4.3
53.907.577
1.898.374
61.018.374
247.341.839
18.828.825
-
52.526.156
1.793.448
31.097.072
450.749.569
-
262.140
48.938.481
2.337.633
34.074.505
421.346.226
-
316.310
Passivos não correntes
Passivos por impostos diferidos
Responsabilidades por benefícios aos empregados de longo prazo
Provisões
Financiamentos obtidos
Passivos de locação
Valores a pagar não correntes
536.428.385 507.013.155 382.994.989
5.6
5.7
4.3
6.1
207.580.329
7.559.023
172.281.372
16.108.704
-
80.697.986
-
150.325.470
24.453.298
64.482
64.459.393
-
143.618.346
17.175.783
-
Passivos correntes
Financiamentos obtidos
Passivos de locação
Valores a pagar correntes
Imposto sobre o rendimento
Passivos não correntes detidos para venda
791.969.621 732.266.677 786.524.417 Passivo total
255.541.236 225.253.522 403.529.428
1.159.388.828 1.076.348.619 1.158.284.476 Capital Próprio e passivo total
As notas do Anexo constituem parte integrante destas demonstrações financeiras consolidadas.
DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS CONSOLIDADOSSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
44
(229.324) (156.628.579)136.500.000224.183.484
Resultado Líquido do período
Outro rendimentos integrais (líquidos de imposto)
Valores em EurosReservas
de justo valor
Reservade conversão
cambialInstrumentos de
capital próprioCapital
social
Capital próprio em 31 de dezembro de 2018
Nota
-
183.097
-
5.642.158
-
-
-
-
183.097 5.642.158Total dos rendimentos integrais do período
Aplicação do lucro do período 2018:
- Transferência para resultados transitados e reservas
Reduções de capital e de outros instrumentos de capital próprio
Dividendos pagos por subsidiárias a interesses que não controlam
Aquisições/Alienações a interesses que não controlam
-
-
-
-
-
-
-
-
-
(3.500.000)
-
-
-
-
-
-
5.4
5.3
10.1
10.1
- - (3.500.000)- Total de transações com acionistas
(46.227) (150.986.421) 133.000.000224.183.484Capital próprio em 31 de dezembro de 2019
DO PERÍODO COMPREENDIDO ENTRE 1 DE JANEIRO DE 2019 E 31 DE DEZEMBRO DE 2019
--
(22.609.745)
Açõespróprias
-
-
-
Resultado Líquido do período
Outro rendimentos integrais (líquidos de imposto)
Realização do excedente de revalorização (líquido de imposto)
-
-
-
(24.917.815)-
Aplicação do lucro do período 2017:
- Transferência para resultados transitados
Reduções de capital e de outros instrumentos de capital próprio
Extinção de ações próprias
Cobertura de perdas
Dividendos pagos por subsidiárias a interesses que não controlam
Aquisições/Alienações a interesses que não controlam
Variação de Perímetro
-
-
(20.922.300
(19.494.216)
-
-
-
5.4
5.3
5.2
5.2
10.1
10.1
10.1
(40.416.516)
224.183.484Capital próprio em 31 de dezembro de 2018
264.600.000
Impactos da transição para as normas internacionais de relato financeiro (IFRS)
Subsídios do governo
- Subsídios ao investimento
- Subsídios por licenças de emissão de gases com efeito de estufa
IFRS 9 - Reconhecimento inicial
Valores em Euros
Reserva de conversão
cambialCapital
social
Capital próprio em 31 de dezembro de 2017
Nota
-
-
-
DO PERÍODO COMPREENDIDO ENTRE 1 DE JANEIRO DE 2018 E 31 DE DEZEMBRO DE 2018
Capital próprio em 1 de janeiro de 2018
Total dos rendimentos integrais do período
Total de transações com acionistas
(22.609.745)264.600.000
-
-
-
-
-
-
22.609.745
-
-
-
-
22.609.745
-
140.000.000
Instrumentos de capital
próprio
-
-
-
140.000.000
-
-
-
-
-
(3.500.000)
-
-
-
-
-
(3.500.000)
136.500.000
(131.707.893)
(2.871)
-
-
131.710.764
-
(24.917.815)
-
-
-
-
-
-
-
-
-
(156.628.579)
DEMONSTRAÇÃO DAS ALTERAÇÕESNOS CAPITAIS PRÓPRIOS CONSOLIDADOS
DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS CONSOLIDADOSSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
45
344.081.942 56.408.940287.673.00211.935.91916.668.98014.561.79740.680.725
Resultadolíquido do
períodoResultados transitadosOutras reservas
26.884.867
7.916.245
(1.154.388)
2.155.105
28.039.255
5.761.140
28.039.255
-
-
-
-
(64.115)
-
-
34.801.112 1.000.71733.800.39528.039.255- (64.115)-
-
(3.500.000
(2.722.995
(900.000)
-
-
(2.722.995
(772.077)
-
(3.500.000)
-
(127.923)
(11.935.919)
-
-
-
9.199.838
-
-
-
2.542.528
-
-
(127.923)
193.553
-
-
-
(7.122.995) (3.495.072) (3.627.923) (11.935.919)9.199.8382.414.605193.553
371.760.05953.914.585 317.845.474 28.039.25525.868.81816.912.28740.874.278
Reserva legal TotalInteresses quenão controlamTotal
(5.137.172)
Reservas de justo valor Total
374.645.807
(623.279)
(3.867.965)
(2.735.357)
367.419.206
16.618.750
(21.756.254)
332
-
(3.500.000)
-
-
(10.180.618)
609.138
(5.128.612)
(18.200.092)
344.081.942
(146.713)
-
-
-
(146.713)
-
(82.611)
-
(82.611)
-
-
-
-
-
-
-
-
(229.324)
Reservalegal
40.680.725
-
-
-
40.680.725
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
40.680.725
Outrasreservas
20.909.092
(620.003)
(3.863.376)
-
16.425.713
-
(797.663)
-
(797.663)
-
-
(1.687.445)
-
-
621.192
-
(1.066.253)
14.561.797
Resultadostransitados
20.417.402
-
(4.589)
(2.609.200)
17.803.613
-
-
332
332
(20.629.181)
-
-
19.494.216
-
-
-
(1.134.965)
16.668.980
Resultadolíquido do
período
(20.629.181)
-
-
-
(20.629.181)
11.935.919
-
-
11.935.919
20.629.181
-
-
-
-
-
-
20.629.181
11.935.919
Total
311.513.687
(622.874)
(3.867.965)
(2.609.200)
304.413.648
11.935.919
(25.798.089)
332
(13.861.838)
-
(3.500.000)
-
-
-
621.192
-
(2.878.808)
287.673.002
Interessesque não
controlam
63.132.120
(405)
-
(126.157)
63.005.558
4.682.831
4.041.835
-
8.724.666
-
-
-
-
(10.180.618)
(12.054)
(5.128.612)
(15.321.284)
56.408.940
46
DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA CONSOLIDADOSSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
122.857.797 147.466.567 Fluxos gerados pelas operações
(3.826.983)
(35.682.269)
(8.398.599)
(35.675.038)
(Pagamentos)/recebimentos do imposto sobre o rendimento
Outros (pagamentos)/recebimentos da atividade operacional
78.784.160 107.957.315 Fluxos das atividades operacionais (1)
953.885
-
979.701
267.104
2.619.385
727.005
876.450
-
ATIVIDADES DE INVESTIMENTO
Recebimentos provenientes de:
Ativos fixos tangíveis
Subsídios ao investimento
Dividendos de associadas e empreendimentos conjuntos
Outros ativos (desagregar/adaptar designação conforme relevante)
3.3
4.222.840 2.200.690
(1.129.209)
(44.131.194)
-
(5.100.000)
(20.155.495)
(24.625)
Pagamentos respeitantes a:
Investimentos financeiros
Ativos fixos tangíveis
Outros ativos
(25.280.120)(45.260.403)
(21.057.280)(43.059.713)Fluxos das atividades de investimento (2)
DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA CONSOLIDADOS
Nota 2018Valores em Euros
571.912.279
(393.586.408)
(55.468.074)
ATIVIDADES OPERACIONAIS
Recebimentos de clientes
Pagamentos a fornecedores
Pagamentos ao pessoal
2019
602.405.258
(398.573.111)
(56.365.580)
DO EXERCÍCIO DE 2019 E 2018
5.9 957.251.723 1.222.155.247
ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO
Recebimentos provenientes de:
Financiamentos obtidos
1.222.155.247 957.251.723
(982.701.013)
(7.979.283)
(21.504.048)
(3.390.049)
(3.529.810)
(1.260.265.732)
(667.005)
(20.338.795)
(12.988.171)
(3.500.000)
Pagamentos respeitantes a:
Financiamentos obtidos
Amortização de contratos de locação
Juros e gastos similares
Dividendos
Reduções de capital e de outros instrumentos de capital próprio
5.9
5.9
(1.297.759.703)(1.019.104.203)
(75.604.456)(61.852.480)Fluxos das atividades de financiamento (3)
(17.877.576)3.045.122 VARIAÇÃO DE CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA (1)+(2)+(3)
(1.088.606)(466.252)Efeito das diferenças de câmbio
115.278.680 95.337.433 CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA NO INÍCIO DO PERÍODO 5.8
-
(3.756.805)
1.008.000
(1.983.065)
Efeitos dos ativos detidos para venda
Imparidades decorrentes da adoção da IFRS 9
95.337.433 94.159.498 CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA NO FIM DO PERÍODO 5.8
As notas do Anexo constituem parte integrante destas demonstrações financeiras consolidadas.
47
ANEXO
INTRODUÇÃO01.1.1. APRESENTAÇÃO DO GRUPO1.2. EVENTOS RELEVANTES DO PERÍODO1.3. EVENTOS SUBSEQUENTES1.4. BASES DE PREPARAÇÃO1.5. ADOÇÃO DAS IFRS E NOVAS NORMASA ADOTAR1.6. ESTIMATIVAS E JULGAMENTOS CONTABILÍSTICOS RELEVANTES
51525354
58
67
PERFORMANCE OPERACIONAL02.2.1. RÉDITO2.2. OUTROS RENDIMENTOS E GANHOSOPERACIONAIS2.3. FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS2.4. OUTROS GASTOS E PERDAS OPERACIONAIS
70
727375
INVESTIMENTOS03.3.1. GOODWILL3.2. ATIVOS INTANGÍVEIS3.3. ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS3.4. ATIVOS SOB DIREITO DE USO3.5. PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO3.6. ATIVOS NÃO CORRENTES DETIDOSPARA VENDA3.7. DEPRECIAÇÕES, AMORTIZAÇÕESE PERDAS POR IMPARIDADE
7884909597
99
100
FUNDO DE MANEIO04.4.1. INVENTÁRIOS4.2. VALORES A RECEBER4.3. VALORES A PAGAR
103106110
ESTRUTURA DE CAPITAL05.5.1. GESTÃO DE CAPITAL5.2. CAPITAL SOCIAL E AÇÕES PRÓPRIAS5.3. OUTROS INSTRUMENTOS DE CAPITAL PRÓPRIO5.4. RESERVAS E RESULTADOS TRANSITADOS5.5. RESULTADO POR AÇÃO5.6. FINANCIAMENTOS OBTIDOS5.7. PASSIVOS DE LOCAÇÃO5.8. CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA5.9. FLUXOS DE CAIXA DE ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO5.10. RENDIMENTOS E GASTOS FINANCEIROS
115116118119123124129130
131132
49
68
76
101
113
48
IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO06.6.1. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO DO PERÍODO6.2. IMPOSTOS DIFERIDOS
136142
PESSOAL07.7.1. GASTOS COM O PESSOAL7.2. BENEFÍCIOS AOS EMPREGADOS7.3. REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DOS ÓRGÃOS SOCIAIS
149151
163
INSTRUMENTOS FINANCEIROS08.8.1. GESTÃO DO RISCO FINANCEIRO8.2. INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVADOS8.3. OUTROS INVESTIMENTOS FINANCEIROS8.4. ATIVOS E PASSIVOS FINANCEIROS
165182188189
PROVISÕES, COMPROMISSOSE CONTINGÊNCIAS
09.
9.1. PROVISÕES9.2. COMPROMISSOS
192196
ESTRUTURA DO GRUPO10.10.1. EMPRESAS INCLUÍDAS NA CONSOLIDAÇÃO10.2. VARIAÇÕES DO PERÍMETRO DE CONSOLIDAÇÃO10.3. INVESTIMENTOS EM ASSOCIADAS E EMPREENDIMENTOS CONJUNTOS10.4. TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS
200
204
205208
GESTÃO DE RISCOS OPERACIONAIS11.
210
134
147
164
190
198
DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS CONSOLIDADOSSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
49
01.INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃOSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
50
INTRODUÇÃO
01.
As Notas às demonstrações financeiras encontram-se organizadas em 11 blocos, agregados conforme a re-levância da sua leitura conjunta para a compreensão da performance, posição financeira e movimentos em fluxos de caixa da Empresa para os períodos apre-sentados.
As políticas contabilísticas relevantes e os principais julgamentos e estimativas relativos a cada rubrica das demonstrações financeiras encontram-se divulgadas no início da respetiva Nota.
Na apresentação das Notas às demonstrações financeiras, são utilizados os seguintes símbolos:
Este símbolo indicaa divulgação de políticas de gestão especificamente aplicáveis aos itensna respetiva Nota.
Este símbolo indica a divulgação de políticas contabilísticas especificamente aplicáveis aos itens na respetiva Nota.
Este símbolo indicaa divulgação das estimativas e/ou julgamentos realizados em relação aos itens na respetiva Nota.
Este símbolo indica uma referência a outra Nota ou outra secção do Relatório e Contas onde é apresentada mais informação sobre os itens divulgados.
!! »
INTRODUÇÃOSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
51
INTRODUÇÃO
01.
O Grupo SECIL (Grupo) é constituído pela Secil - Companhia Geral de Cal e Cimento, S.A. (Sociedade ou Secil) e subsidiárias. A Secil, sedeada no Outão, Setúbal, foi constituída em 27 de junho de 1918 e tem como atividade principal a fabricação e comer-cialização de cimento, produzido na sua fábrica do Outão, e distribuído pelos diversos entrepostos co-merciais presentes por todo o país.
A Secil lidera um Grupo empresarial com atividades operacionais em Portugal, Espanha, Holanda, Cabo Verde, Tunísia, Angola, Líbano e Brasil, destacando-se: (i) a produção de cimento diretamente e através das suas subsidiárias, nas fábricas de Maceira, Pataias, Gabès (Tunísia), Lobito (Angola), Beirute (Líbano), Pomerode (Brasil) e Adrianópolis (Brasil), (ii) a produção e comercialização de betão em Portugal, Espanha, Tunísia, Líbano e Brasil e (iii) a produção de inertes e exploração de pedreiras em Portugal e Cabo Verde.
» Uma descrição mais detalhada da atividade em cada ramo de negócio do Grupo encontra-se divulgada na Nota 2.1 – Rédito.
A Secil é incluída no perímetro de consolidação da Semapa - Sociedade de Investimento e Gestão, SGPS, S.A., empresa-mãe, e da Sodim - SGPS, S.A., entidade controladora final.
1.1. APRESENTAÇÃO DO GRUPO
INTRODUÇÃOSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
52
INTRODUÇÃO
01.
As demonstrações financeiras de 2019 constituem as primeiras demonstrações financeiras preparadas pelo Grupo SECIL em conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro adotadas pela União Europeia (IFRS - anteriormente designadas Normas Internacionais de Contabilidade - IAS) emitidas pelo International Accounting Standard Board (IASB) e as interpretações emitidas pelo Internacional Financial Reporting Interpretations Committee (IFRIC) ou pelo anterior Standing Interpretations Committee (SIC), em vigor à data das referidas demonstrações financeiras.
As demonstrações financeiras foram preparadas de acordo com a IFRS 1 - Adoção Pela Primeira Vez das Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS), tendo o Grupo SECIL preparado a sua Demonstração da Posição Financeira de abertura na data da transição, 1 de janeiro de 2018.
As demonstrações financeiras até 31 de dezembro de 2018 foram preparadas de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal, até àquela data (SNC - Sistema de Normalização Contabilística). No processo de transição das normas contabilísticas, anteriormente adotadas, para IFRS, o Conselho de Administração alterou alguns dos critérios de contabilização e valorização aplicados nas demonstrações financeiras de 2018, de modo que os mesmos se apresentem em conformidade com as IFRS.
» Os efeitos desta transição são apresentados na Nota 1.5.1 - Adoção pela primeira vez das IFRS.
1.2. EVENTOS RELEVANTES DO PERÍODO
INTRODUÇÃOSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
53
INTRODUÇÃO
01.
Entre 1 de janeiro de 2020 e 28 de abril de 2020 (Nota 1.4) ocorreram os seguintes eventos, os quais não originaram ajustamentos às demonstrações financeiras consolidadas de 2019:
CoronavírusA economia e as empresas a nível mundial enfrentam desafios inesperados em resultado da rápida disseminação do Coronavírus (SARS-CoV-2/COVID-19). Esta pandemia terá necessariamente um impacto na economia global e nos mercados financeiros em geral, assim como no desempenho e na atividade dos diferentes negócios e indústrias. O Grupo SECIL está a acompanhar em permanência a evolução da pandemia do Coronavírus através dos respetivos órgãos próprios. Procurando minimizar os possíveis riscos associados ao surto e, na sequência das recomendações da Direção Geral de Saúde (DGS) e da Organização Mundial de Saúde (OMS), o Grupo implementou Planos de Contingência com o objetivo de garantir a segurança dos seus colaboradores e comunidade em geral, bem como assegurar a continuidade das operações.
Até ao momento, as operações do Grupo têm decorrido com normalidade e sem disrupção, não sendo ainda possível estimar com razoável grau de confiança, eventuais impactos na atividade do Grupo face ao atual enquadramento de elevada incerteza e rápida evolução.
O impacto do COVID-19 foi considerado como um evento subsequente não ajustável.
Alienação de participações financeirasEm fevereiro de 2020 o Grupo alienou 50% da participação financeira detida na subsidiária Allmicroalgae - Natural products, S.A, a qual era detida a 100% no período findo em 31 de dezembro
1.3. EVENTOS SUBSEQUENTES
de 2019. Decorrente desta operação verificou-se a saída desta empresa do perímetro de consolidação do Grupo.
Em março de 2020 o Grupo alienou a totalidade da participação financeira (25%) detida na associada Setefrete, SGPS, S.A..
INTRODUÇÃOSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
54
INTRODUÇÃO
01.
Autorização para emissão das demonstrações financeirasA s p rese ntes de m ons t raçõ es f inan ce i ras consolidadas foram aprovadas pelo Conselho de Administração e autorizadas para emissão em 28 de abril de 2020 estando, no entanto, ainda sujeitas a aprovação pela Assembleia Geral de Acionistas, nos termos da legislação comercial em vigor em Portugal.
Os responsáveis do Grupo, isto é, os membros do Conselho de Administração que assinam o presente relatório, declaram que, tanto quanto é do seu conhecimento, a informação nele constante foi elaborada em conformidade com o referencial contabilístico aplicável, dando uma imagem verdadeira e apropriada do ativo e do passivo, da situação financeira e dos resultados das empresas incluídas no perímetro de consolidação do Grupo.
Referencial contabilísticoAs demonstrações financeiras consolidadas do período findo em 31 de dezembro de 2019 foram preparadas em conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS) emitidas pelo International Accounting Board (IASB) e interpretações emitidas pelo International Financial Reporting Interpretations Committee (IFRIC), em vigor em 1 de janeiro de 2019 e conforme adotadas pela União Europeia.
Bases de mensuraçãoAs demonstrações f inanceiras consolidadas anexas foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, a partir dos livros e registos contabilísticos das empresas incluídas na consolidação (Nota 10.1), e tomando por base o custo histórico, exceto para os instrumentos financeiros mensurados ao justo valor através de resultados ou ao justo valor através de capital
1.4. BASES DE PREPARAÇÃO
(Nota 8.3), nos quais se incluem os instrumentos financeiros derivados (Nota 8.2).
Bases de consolidaçãoSubsidiáriasSubsidiárias são todas as entidades (incluindo as entidades estruturadas) sobre as quais a Empresa tem controlo. A Empresa controla uma entidade quando está exposta a, ou tem direitos sobre, os retornos variáveis gerados, em resultado do seu envolvimento com a entidade, e tem a capacidade de afetar esses retornos variáveis através do poder que exerce sobre as atividades relevantes da entidade.
O capital próprio e o resultado líquido destas empresas correspondentes à participação de terceiros nas mesmas são apresentados nas rubricas de Interesses não controlados, respetivamente, na Demonstração da posição financeira consolidada em linha própria no capital próprio e na demonstração de resultados consolidada. As empresas incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas encontram-se detalhadas na Nota 10.1.
É utilizado o método de compra para contabilizar a aquisição de subsidiárias. O custo de uma aquisição é mensurado pelo justo valor dos bens entregues, dos instrumentos de capital emitidos e dos passivos incorridos, ou assumidos na data de aquisição.
Os ativos identificáveis adquiridos e os passivos e passivos contingentes assumidos numa concen-tração empresarial são mensurados inicialmente ao justo valor na data de aquisição, independente-mente da existência de interesses não controlados. O excesso do custo de aquisição relativamente ao justo valor da parcela do Grupo dos ativos e passivos identificáveis adquiridos é registado como goodwill, nos casos em que se verifica aquisição de controlo, que se encontra detalhado na Nota 3.1.
INTRODUÇÃOSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
55
As subsidiárias são consolidadas, pelo método integral, a partir da data em que o controlo é transferido para o Grupo. Na aquisição de parcelas adicionais de capital em sociedades já controladas pelo Grupo, o diferencia l apurado entre a percentagem de capitais adquiridos e o respetivo valor de aquisição é registado diretamente em capitais próprios na rubrica Resultados transitados (Nota 5.4).
Quando à data de aquisição do controlo o Grupo já detém uma participação adquirida previamente, o justo valor dessa participação concorre para a determinação do goodwill ou goodwill negativo.
Quando a aquisição do controlo é efetuada em percentagem inferior a 100%, na aplicação do método da compra, os interesses não controlados podem ser mensurados ao justo valor, ou na proporção do justo valor dos ativos e passivos adquiridos, sendo essa opção definida em cada transação.
No caso de alienações de participações das quais resulte a perda de controlo sobre uma subsidiária, qualquer participação remanescente é reavaliada ao valor de mercado na data da venda e o ganho ou perda resultante dessa reavaliação é registado por contrapartida de resultados, assim como o ganho ou perda resultante dessa alienação.
Transações subsequentes de alienação ou aquisição de participações a interesses não controlados, que não implicam alteração do controlo, não resultam no reconhecimento de ganhos, perdas ou goodwill, sendo qualquer diferença apurada entre o valor da transação e o valor contabilístico da participação transacionada, reconhecida no Capital próprio, em Outros instrumentos de Capital próprio.
O custo de aquisição é ajustado subsequentemente
quando o preço de aquisição/ atribuição é contin-gente à ocorrência de eventos específicos acordados com o vendedor/ acionista (ex: realização de justo valor de ativos adquiridos).
Quaisquer pagamentos contingentes a transferir pelo Grupo são reconhecidos ao justo valor na data de aquisição. Caso a obrigação assumida constitua um passivo financeiro, as alterações subsequentes do justo valor são reconhecidas em resultados. Caso a obrigação assumida constitua um instrumento de capital não há lugar a alteração do valor estimado inicialmente.
Os resultados negativos gerados em cada período pelas subsidiárias com interesses não controlados são alocados na percentagem detida por estes, independentemente de assumirem um saldo negativo.
Se o custo de aquisição for inferior ao justo valor dos ativos líquidos da subsidiária adquirida (Goodwill negativo), a diferença é reconhecida diretamente na Demonstração dos Resultados na rubrica Outros proveitos operacionais. Os custos de transação dire-tamente atribuíveis são imediatamente reconhecidos em resultados.
As transações internas, saldos, ganhos não realiza-dos em transações e dividendos distribuídos entre empresas do grupo são eliminados. As perdas não realizadas são também eliminadas, exceto se a tran-sação revelar evidência de imparidade de um ativo transferido.
As políticas contabilísticas das subsidiárias foram alteradas, sempre que necessário, de forma a garantir consistência com as políticas adotadas pelo Grupo.
INTRODUÇÃOSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
56
AssociadasAssociadas são todas as entidades sobre as quais o grupo exerce influência significativa mas não possui controlo, geralmente com investimentos representando entre 20% a 50% dos direitos de voto. Os investimentos em associadas são contabilizados pelo método de equivalência patrimonial.
De acordo com o método de equivalência patrimo-nial, as participações financeiras são registadas pelo seu custo de aquisição, ajustado pelo valor corres-pondente à participação do Grupo nas variações dos capitais próprios (incluindo o resultado líquido) das associadas, e pelos dividendos recebidos.
As diferenças entre o custo de aquisição e o justo valor dos ativos, passivos e passivos contingentes identificáveis da associada na data de aquisição, se positivas são reconhecidas como Goodwill e mantidas na rubrica Investimento em associadas. Se essas diferenças forem negativas são registadas como proveito do período na rubrica Apropriação de resultados em empresas associadas. Os custos de transação diretamente atribuíveis são imediatamente reconhecidos em resultados.
É feita uma avaliação dos investimentos em associadas quando existem indícios de que o ativo possa estar em imparidade sendo registadas como custo as perdas por imparidade que se demonstrem existir também naquela rubrica. Quando as perdas por imparidade reconhecidas em exercícios anteriores deixam de existir são objeto de reversão.
Quando a participação do Grupo nas perdas da as-sociada iguala ou ultrapassa o seu investimento nes-tas sociedades, o Grupo deixa de reconhecer perdas adicionais, exceto se tiver incorrido em responsabili-dades ou efetuado pagamentos em nome destas. Os ganhos não realizados em transações com as asso-ciadas são eliminados na extensão da participação
do Grupo nas mesmas. As perdas não realizadas são também eliminadas, exceto se a transação revelar evidência de imparidade de um bem transferido.
As políticas contabilísticas de associadas são alteradas, sempre que necessário, de forma a garantir consistência com as políticas adotadas pelo Grupo. Os investimentos em associadas encontram-se detalhados na Nota 10.3.
Acordos conjuntosOs acordos conjuntos são classificados como operações conjuntas ou empreendimentos conjuntos em função dos direitos e obrigações contratuais de cada investidor. Os empreendimentos conjuntos são contabilizados e mensurados através do método de equivalência patrimonial.
As operações conjuntas são contabilizadas nas demonstrações financeiras consolidadas do Grupo em função da quota-parte de ativos detidos e passivos assumidos conjuntamente, assim como os rendimentos do output da operação conjunta, e gastos incorridos conjuntamente. Os ativos, passivos, rendimentos e gastos devem ser contabilizados de acordo com as IFRS aplicáveis.
Uma entidade conjuntamente controlada é um empreendimento conjunto que envolve o estabelecimento de uma sociedade, de uma parceria ou de outra entidade em que o Grupo tenha um interesse.
As entidades conjuntamente controladas são incluí-das nas demonstrações financeiras consolidadas pelo método da equivalência patrimonial de acor-do com o qual as participações financeiras são re-gistadas pelo seu custo de aquisição, ajustado pelo valor correspondente à participação do Grupo nas variações dos capitais próprios (incluindo o resultado líquido) e pelos dividendos recebidos.
INTRODUÇÃOSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
57
Quando a quota-parte das perdas atribuíveis ao Gru-po é equivalente, ou excede o valor da participação financeira nos empreendimentos conjuntos, o Gru-po reconhece perdas adicionais se tiver assumido obrigações, ou caso tenha efetuado pagamentos em benefício dos empreendimentos conjuntos.
Os ganhos e perdas não realizados entre o Grupo e os seus empreendimentos conjuntos são elimina-dos na proporção do interesse do Grupo nos em-preendimentos conjuntos. As perdas não realizadas também são eliminadas, a menos que a transação dê evidência adicional de uma imparidade sobre o ativo transferido.
As políticas contabilísticas dos empreendimentos conjuntos são alteradas, sempre que necessário, de forma a garantir, que as mesmas são aplicadas de forma consistente com as do Grupo.
Moeda de apresentação e transações em moeda diferente da moeda de apresentaçãoOs elementos incluídos nas demonstrações financeiras de cada uma das entidades do Grupo são mensurados utilizando a moeda do ambiente económico em que a entidade opera (moeda funcional).
As presentes demonstrações financeiras consolida-das encontram-se apresentadas em Euros.
Todos os ativos e passivos do Grupo expressos em moeda diferente da moeda de apresentação foram transpostos para Euros utilizando as taxas de câmbio vigentes na data da Posição financeira consolidada (Nota 8.1.1).
As diferenças de câmbio, originadas pelas diferenças entre as taxas de câmbio em vigor na data das transações e as vigentes na data das cobranças, pagamentos ou à data da Posição financeira
consolidada, são registadas como rendimentos e gastos do período (Notas 5.10).
As rubricas de resultados das unidades operacionais estrangeiras foram transpostas ao câmbio médio do período. As diferenças resultantes da aplicação destas taxas comparativamente aos valores anteriores foram refletidas na Reserva de conversão cambial no capital próprio (Nota 5.4). Sempre que uma entidade estrangeira é alienada, a diferença cambial acumulada é reconhecida na demonstração dos resultados consolidados como parte do ganho ou perda na venda.
ComparabilidadeCom referência a 1 de janeiro de 2019, entrou em vigor a norma contabilística IFRS 16 - Locações, a qual foi adotada pelo Grupo na elaboração das suas demonstrações financeiras consolidadas do exercício de 2019. As alterações às políticas contabilísticas e o impacto nas demonstrações financeiras encontram-se descritos na Nota 1.5.2.
INTRODUÇÃOSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
58
INTRODUÇÃO
01.
1.5. ADOÇÃO DAS IFRS E NOVAS NORMAS A ADOTAR
1.5.1. ADOÇÃO PELA PRIMEIRA VEZ DAS IFRS
O Grupo adotou as Normas Internacionais de Relato Financeiro (“IFRS”) pela primeira vez em 2019, apli-cando para o efeito a IFRS 1 – Adoção Pela Primeira Vez das Normas Contabilísticas e de Relato Financei-ro (IFRS), As IFRS foram aplicadas retrospetivamente para todos os períodos apresentados. A data de tran-sição é 1 de janeiro de 2018, e o Grupo preparou a sua Demonstração da posição financeira de abertura a essa data, considerando as isenções e exclusões a outras normas existentes, permitidas pela IFRS 1.
O efeito dos ajustamentos de transição reportados a 1 de janeiro de 2018, relacionados com a adoção de princípios e políticas contabilísticas de acordo com o IAS/ IFRS, no montante de Euros 7.226.601, foram reconhecidos a reduzir aos capitais próprios. Destes ajustamentos de transição não resultaram alterações no reconhecimento dos fluxos de caixa do período.
INTRODUÇÃOSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
59
A reconciliação entre o capital próprio a 1 de janeiro de 2018, obtido de acordo com o SNC, e o capital próprio a 1 de janeiro de 2018, obtido de acordo com o IFRS, são explicados conforme se segue:
Capital Próprio atribuível aos
detentoresdo capital da Secil
Interesses que não controlam
Totaldo Capital
PróprioValores em Euros
63.132.120
(405)
-
(126.157)
374.645.807
(623.279)
(3.867.965)
(2.735.357)
Referencial contabilístico SNC
Impactos da transição para as normas internacionais de relato financeiro (IFRS)
Subsídios do governo:
Subsídios não reembolsáveis, relacionados com ativos fixos tangíveis
Licenças de emissão de gases com efeitos de estufa (CO2), atribuídos a título gratuito
IFRS 9 - Reconhecimento inicial
311.513.687
(622.874)
(3.867.965)
(2.609.200)
(7.226.601)(126.562)Total dos ajustamentos (incluindo os efeitos fiscais) (7.100.039)
367.419.206 63.005.558 Referencial contabilístico IFRS 304.413.648
INTRODUÇÃOSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
60
A reconciliação entre o capital próprio a 31 de dezembro de 2018 e o resultado líquido de 2018, obtido de acordo com o SNC e o capital próprio a 31 de dezembro de 2018 e o resultado líquido de 2018, obtido de acordo com o IFRS, são explicados conforme se segue:
Interesses que não
controlamTotal do
Capital Próprio
Resultado líquido de
2018Valores em Euros
8.064.874 (4.276.765)Total dos ajustamentos (incluindo os efeitos fiscais) (167.243)
11.935.919 344.081.943 Referencial contabilístico IFRS 56.408.940
Capital Próprio atribuível aos detentores do
capital da Secil
348.358.708
(526.383)
(8.866.967)
(3.042.104)
1.369.957
6.788.732
3.871.045
-
-
(195.000)
1.411.163
6.848.710
Referencial contabilístico SNC
Impactos da transição para as normas internacionais de relato financeiro (IFRS)
Subsídios do governo:
Subsídios não reembolsáveis, relacionados com ativos fixos tangíveis
Licenças de emissão de gases com efeitos de estufa (CO2), atribuídos a título gratuito
IFRS 9 - Reconhecimento
Desreconhecimento da amortização do período de ativos intangíveis
Desreconhecimento da amortização do período do Goodwill
56.576.183
(251)
-
(167.388)
-
396
291.782.525
(526.132)
(8.866.967)
(2.874.715)
1.369.957
6.788.335
(4.109.522)
287.673.003
INTRODUÇÃOSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
61
Desreconhecimento de subsídios Governamentais nos Capitais Próprios
• De acordo com a IAS 20 – Contabilização de Sub-sídios Governamentais, os subsídios governamentais relacionados com ativos fixos tangíveis são apre-sentados na Demonstração da posição financeira, a deduzir ao valor dos Ativos Fixos Tangíveis, conti-nuando a ser reconhecidos numa base sistemática na demonstração dos resultados na mesma cadên-cia em que são depreciados os ativos subsidiados. O impacto desta reclassificação, na transição a 1 de janeiro de 2018, ascendeu a Euros 840.515 (Euros 623.279 líquidos de imposto);
• Os Direitos de emissão de gases com efeito de estufa (CO2) atribuídos às empresas do Grupo no âmbito do CELE (Comércio Europeu de Licenças de Emissão de gases com efeito de estufa) 2013-2020, a título gratuito, são apresentados na Demonstração da posição financeira nos Valores a pagar correntes (conforme descrita na política contabilística na Nota 3.2). O impacto desta reclassificação, na transição a 1 de janeiro de 2018, ascendeu a Euros 5.193.738 (Euros 3.867.965 líquidos de imposto);
• Os impostos diferidos passivos relacionados com os subsídios não reembolsáveis e os direitos de emissão de gases com efeito de estufa, atribuídos a título gratuito foram desreconhecidos. O impacto deste ajustamento, na transição a 1 de janeiro de 2018, ascendeu a Euros 217.236 e Euros 1.325.773, respetivamente.
IFRS 9 – Reconhecimento inicial
• Na rubrica de Caixa e equivalentes de caixa, a apli-cação do novo modelo de imparidade, determinou o reconhecimento de um ajustamento negativo na transição no montante de Euros 1.981.249.
• Na rubrica de Valores a receber correntes, a aplicação do novo modelo de imparidade, determinou o reconhecimento de um ajustamento negativo na transição no montante de Euros 974.773.
• Foram reconhecidos impostos diferidos ativos, re-ferentes a estas imparidades, no montante de Euros 220.665.
Desreconhecimento de amortização de Goodwill
De acordo com a IFRS 3, o Goodwill resultante de concentrações de atividades empresariais deixa de ser objeto de amortização, conforme previsto no SNC, passando a ser sujeito a testes de imparidade, com periodicidade anual ou sempre que existam in-dícios de imparidade, conforme IAS 36 – Imparidade de ativos, pelo que foram ajustados os resultados do exercício 2018 e os capitais próprios em 31 de dezembro de 2018.
Desreconhecimento da amortização de ativos intangíveis – marcas
De acordo com a IAS 38, os ativos intangíveis – marcas sem vida útil definida deixam de ser objeto de amortização, conforme previsto no SNC, passando a ser sujeito a testes de imparidade, com periodicidade anual ou sempre que existam indícios de imparidade, conforme IAS 36 – Imparidade de ativos, pelo que foram ajustados os resultados do exercício 2018 e os capitais próprios em 31 de dezembro de 2018.
INTRODUÇÃOSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
62
INTRODUÇÃO
01.
1.5. ADOÇÃO DAS IFRS E NOVAS NORMAS A ADOTAR
1.5.2. NORMAS, ALTERAÇÕES E INTERPRETAÇÕES A ADOTAR
Adoção da Norma IFRS 16
O Grupo adotou a IFRS 16 - Locações em 1 de janeiro de 2019, de acordo com a abordagem de transição simplificada prevista nos parágrafos da IFRS 16: C3(b), C7 e C8 para o período de transição, o que se traduz na aplicação a 1 de janeiro de 2019 sem a reexpressão dos valores comparativos.
Esta norma define os princípios para reconhecimen-to, mensuração e apresentação de locações, subs-tituindo a IAS 17 – Locações e as respetivas orienta-ções interpretativas.
No âmbito desta norma foram registados ativos sob direito de uso no valor de Euros 19.840.485 (Nota 3.4) a 1 de janeiro de 2019, os quais foram mensurados pelo valor do passivo de locação (Nota 5.7) calculado na data da adoção da norma. Na mensuração dos passivos de locação e para os contratos sem uma taxa de juro implícita foi considerada uma taxa de juro incremental a qual se situou no intervalo 0,26% - 21,89%.
Na adoção da IFRS 16 pela primeira vez, o Grupo aplicou um conjunto de expedientes práticos para as locações anteriormente classificadas como operacionais de acordo com a IAS 17, nomeadamente:
• o ativo sob direito de uso foi mensurado igualando o valor do passivo de locação, tendo sido aplicada uma taxa de desconto na data de primeira aplicação;
• aplicação de uma taxa de desconto única a um conjunto de locações com características razoavelmente semelhantes (tais como locações com um prazo remanescente semelhante, para uma classe semelhante de ativo subjacente e num contexto económico semelhante); e
• não aplicação da IFRS 16 às locações de curta duração (prazo inferior a 12 meses) e de valor reduzido (montantes inferiores a 5.000 euros).
Os principais impactos da adoção da IFRS 16 na demonstração de resultados de 2019, face ao que seria reconhecido por aplicação da IAS 17, foram os seguintes: aumento do valor de amortizações de 7.701 milhares de Euros (Nota 3.4), aumento do valor de juros de 1.033 milhares de Euros (Nota 5.10) e uma redução das Rendas e alugueres em Fornecimentos e serviços externos de cerca de 8.734 milhares de Euros (Nota 2.3).
INTRODUÇÃOSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
63
A reconciliação entre os compromissos com loca-ções operacionais em 31 de dezembro de 2018 e as responsabilidades por locações reconhecidas na data inicial de aplicação é a seguinte:
Valores em Euros
23.612.590 Responsabilidades com locações operacionais a 31 dezembro 2018
23.612.590
4.862.990
Responsabilidades por locação não descontadas reconhecidas a 1 janeiro 2019
Efeito do desconto financeiro à taxa incremental a 1 de janeiro de 2019
18.749.600
1.090.885
Responsabilidades por locação reconhecidas a 1 janeiro 2019
Revisão das responsabilidades com locações operacionais
19.840.485Responsabilidades por locação reconhecidas a 1 janeiro 2019
INTRODUÇÃOSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
64
OUTRAS NORMAS, ALTERAÇÕES E INTERPRETAÇÕES ADOTADAS OU A ADOTARNormas, alterações e interpretações adotadas em 2019
Ativos financeiros que contenham características de pré-pagamento com compensação negativa podem agora ser mensurados ao custo amortizado ou ao justo valor através de rendimento integral (OCI) se cumprirem os critérios relevantes da IFRS 9.
O IASB clarificou igualmente que a IFRS 9 exige aos preparadores o recalculo do custo amortizado da modificação de passivos financeiros pelo desconto dos fluxos de caixa contratuais usando a taxa de juro efetiva original (EIR) sendo reconhecida qualquer ajus-tamento por via de resultados do período (alinhando o procedimento já exigido para os ativos financeiros).
Esta alteração foi adotada pela Regulamento EU 2018/498 da Comissão sendo de im-plementação obrigatória para os exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2019, com adoção antecipada permitida.
IFRS 9 - Instrumentos financeiros (alteração)
Normas e alterações
Em outubro de 2017, o IASB emitiu alterações à IAS 28 relativamente a participações de longo prazo em associadas e empreendimentos conjuntos. As alterações esclarecem que a IFRS 9 aplica-se a instrumentos financeiros em associadas ou empreendimentos conjuntos aos quais o método de equivalência patrimonial não é aplicado, incluindo interesses de longo prazo.
As alterações devem ser aplicadas retrospetivamente nos períodos anuais com início em ou após 1 de janeiro de 2019.
IAS 28 – Investimentos em associadas e empreendimentosconjuntos (alteração)
Em fevereiro de 2018, o IASB emitiu alterações à IAS 19. As alterações esclarecem a contabilização quando ocorre uma alteração, redução ou liquidação no plano de be-nefícios atribuídos.
As alterações agora especificam que uma entidade deve usar os pressupostos atualizados da remensuração do seu passivo de benefício definido líquido (ativo) para determinar o custo atual do serviço e os juros líquidos para o restante do período de relato após a mudança no plano.
Das alterações resulta uma alocação diferente do rendimento integral total entre custo do serviço, juros e outro rendimento integral.
As alterações aplicam-se prospetivamente a alterações, cortes ou liquidações de planos de benefícios atribuídos que ocorram no ou após o início do primeiro período de relato anual que comece em ou após 1 de janeiro de 2019.
IAS 19 – Benefícios de empregados (alteração)
INTRODUÇÃOSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
65
Em junho de 2017, o IASB emitiu a Interpretação 23, do International Financial Reporting Interpretations Committee (IFRIC 23).
Esta Interpretação esclarece a forma como devem ser aplicados os requisitos de reco-nhecimento e de mensuração da IAS 12 quando existe incerteza quanto aos tratamentos do imposto sobre o rendimento. Nestas circunstâncias, uma entidade deve reconhecer e mensurar o seu ativo ou passivo por imposto corrente ou diferido aplicando os re-quisitos da IAS 12 com base no lucro tributável (perda fiscal), na matéria coletável, nas perdas fiscais não utilizadas, nos créditos fiscais não utilizados e nas taxas de imposto determinados na aplicação desta Interpretação.
IFRIC 23 – Incerteza quanto aos tratamentos do imposto sobre o rendimento (adoção)
Normas e alterações
Os melhoramentos do ciclo 2015-2017, emitidos pelo IASB em 12 de Dezembro de 2017 introduzem alterações, com data efetiva para períodos que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2019, às normas IFRS 3 (remensuração da participação anteriormente detida como operação conjunta quando obtém controlo sobre o negócio), IFRS 11 (não re-mensuração da participação anteriormente detida na operação conjunta quando obtém controlo conjunto sobre o negócio), IAS 12 (contabilização de todas as consequências fiscais do pagamento de dividendos de forma consistente), IAS 23 (tratamento como empréstimos geral qualquer empréstimo originalmente efetuado para desenvolver um ativo quando este se torna apto para utilização ou venda).
Melhorias às normas 2015 – 2017
As normas, alterações e interpretações acima não tiveram impacto nas demonstrações financeiras.
INTRODUÇÃOSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
66
Normas, alterações e interpretações de aplicação obrigatória em ou após 1 de janeiro de 2020
Em 22 de outubro de 2018, o IASB emitiu as alterações à sua definição de negócio.
As alterações esclarecem que, para ser considerado um negócio, um conjunto adquirido de atividades e ativos deve incluir, no mínimo, um input e um processo substantivo que, juntos, contribuam significativamente para a capacidade de criar outputs.
As alterações também esclarecem que um conjunto de atividades e ativos pode se qualificar como um negócio sem incluir todos os inputs e processos necessários para criar outputs, ou incluindo os próprios outputs, substituindo o termo “capacidade de criar outputs” por “capacidade de contribuir para a criação de outputs “.
Deixa de ser necessário avaliar se os participantes do mercado são capazes de substituir inputs ou processos omissos (por exemplo, integrando as atividades e ativos adquiridos) e continuar produzindo outputs. As alterações concentram-se em se os inputs adquiridos e os processos substantivos adquiridos, juntos, contribuem significativamente para a capacidade de criar outputs.
As alterações devem ser aplicadas às transações cuja data de aquisição seja em ou após o início do primeiro período de reporte anual com início em ou após 1 de janeiro de 2020, sendo permitida a aplicação antecipada. Se as entidades aplicarem as alterações antecipadamente, devem divulgar esse facto.
IFRS 9 - Instrumentos financeiros (alteração)
Normas e alterações ainda não endossadas pela União Europeia
Norma Alteração Data de aplicação
1 de janeiro de 2020
O IASB emitiu em 23 de janeiro de 2020 uma alteração à IAS 1 Apresentação das Demonstrações Financeiras para clarificar como classificar dívida e outros passivos como corrente e não corrente.
As alterações visam promover a consistência na aplicação dos requisitos com o objetivo de ajudar as empresas a determinar se, na demonstração da posição financeira, dívida ou outros passivos com data de liquidação incerta devem ser classificados como correntes (a liquidar ou potencialmente a liquidar no prazo de um ano) ou não correntes. As alterações incluem esclarecimentos sobre os requisitos de classificação de dívida que uma empresa pode liquidar convertendo em capital.
Esta alteração é efetiva para períodos após 1 de janeiro de 2022.
Clarificação dos requisitos de classificação de passivos como corrente ou não corrente (alterações à IAS 1 – Apresentação das Demonstrações Financeiras)
1 de janeiro de 2020
INTRODUÇÃOSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
67
INTRODUÇÃO
01.
1.6. ESTIMATIVAS E JULGAMENTOS CONTABILÍSTICOS RELEVANTES
A preparação de demonstrações financeiras con-solidadas exige que sejam efetuadas estimativas e julgamentos que afetam os montantes de rendimen-tos, gastos, ativos, passivos e divulgações à data da posição financeira consolidada. Para o efeito, o Con-selho de Administração do Grupo baseia-se: (i) na melhor informação e conhecimento de eventos presentes e em alguns casos em relatos de peritos independentes, e (ii) nas ações que o Grupo considera poder vir a desenvolver no futuro.
Na data de concretização das operações, os seus resultados poderão ser diferentes destas estimativas.
ESTIMATIVAS E JULGAMENTOS MAIS SIGNIFICATIVOSAs estimativas e os pressupostos que apresentam um risco significativo de originar um ajustamento material no valor contabilístico dos ativos e passivos, no exercício seguinte, são apresentadas abaixo:
3.1 – Goodwill3.2 - Ativos intangíveis
Recuperabilidade do goodwill e marcas
Estimativas e julgamentos Notas
6.1 - Imposto sobre o rendimento do período6.2 - Impostos diferidos
Incerteza quanto ao tratamento do imposto sobre o rendimento
7.2 – Benefícios aos empregadosPressupostos atuariais
9.1 - ProvisõesReconhecimento de provisões
3.3 – Ativos fixos tangíveisRecuperabilidade, vida útil e depreciação de ativos fixos tangíveis
02.PERFORMANCE OPERACIONAL
PERFORMANCE OPERACIONALSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
69
PERFORMANCE OPERACIONAL
02.
Nota 2019 2018Valores em Euros
2.1
2.2
510.994.979
61.467.043
483.635.512
33.897.042
Réditos
Outros rendimentos e ganhos operacionais
517.532.554572.462.022
(157.781.405)
126.117
(185.699.644)
(79.708.600)
(9.878.755)
(151.416.045)
(.120.708)
(179.973.508)
(79.444.575)
(5.470.085)
Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas
Variação da produção
Fornecimentos e serviços externos
Gastos com o pessoal
Outros gastos e perdas operacionais
4.1
4.1
2.3
7.1
2.4
(416.424.921) (432.942.287)
101.107.633139.519.735
PERFORMANCE OPERACIONALSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
70
2.1. RÉDITO
!! Política de gestão dos negócios
A Comissão Executiva do Grupo Secil é a principal responsável pela tomada de decisões operacionais do Grupo, analisando periodicamente, e de forma consistente, os relatórios da informação financeira e operacional de cada segmento geográfico. Os rela-tórios são utilizados para monitorizar a performan-ce operacional dos seus negócios e decidir sobre a melhor alocação de recursos ao segmento, bem como a avaliação do seu desempenho, e tomadas de decisão estratégicas.
Foram identificados cinco segmentos operacionais, com base nas áreas geográficas a partir das quais o Grupo desenvolve a sua atividade: Portugal, Líbano, Tunísia, Brasil e Angola. Refira-se que a geografia Portugal inclui Cabo Verde, Holanda e Espanha, pois as exportações para estes países realizam-se a partir de Portugal e são monitorizadas em conjunto com as vendas nacionais.
Políticas contabilísticas
Rédito O Grupo apresenta nesta Nota o rédito desagregado por área geográfica, com base no país de destino dos bens e serviços vendidos pelo Grupo.
CimentoParte significativa do rédito do Grupo Secil refere-se à venda de cimento cinzento, a granel ou ensacado, em palete ou pacotões. A forma de acondicionamento do cimento e ponto de entrega, depende da dimensão do cliente e da utilização final do produto.
Os principais clientes do Grupo Secil são empresas industriais na área do betão, pré-fabricados e cons-
PERFORMANCE OPERACIONAL
02.
trução civil e consórcios associados à construção de obras de elevada complexidade técnica como barragens e pontes. A venda de cimento ensacado para o consumidor final é residual, sendo assegurada através de revendedores locais.
A Secil fornece os seus produtos nas suas fábricas e entrepostos e assegura o transporte até às instalações do cliente, mediante subcontratação do transporte, existindo neste caso duas obrigações de performance, às quais a Secil aloca o preço da transação baseado nos preços de venda.
O rédito reconhecido pela venda de cimento nos entrepostos resulta das tabelas de preços em vigor ajustadas por descontos de pronto pagamento e descontos de quantidade, atribuídos aos clientes, consoante se tratem de clientes revendedores ou clientes industriais, tal como descrito nas condições gerais de venda. No que se refere aos grandes clientes e projetos específicos os preços e condições de desconto são fixadas contrato a contrato.
Os descontos atribuídos constituem uma compo-nente variável do preço que é considerada na de-terminação do rédito registado na data da entrega do produto ao cliente, que corresponde à data da transferência do controlo dos produtos.
No caso da exportação, a transferência de controlo dos produtos ocorre na sua generalidade quando os produtos passam para o controlo do cliente, conforme os Incoterms negociados.
MateriaisA linha de negócio dos Materiais respeita aos “derivados” do cimento: betão pronto, agregados, argamassas e pré-fabricados de betão.
O rédito dos Materiais é reconhecido na data da
PERFORMANCE OPERACIONALSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
71
entrega do produto ao cliente, mesmo que o contrato implique entregas faseadas, devido às diferentes fases da obra e quantidades a movimentar.
O rédito é reconhecido pelo montante da obriga-ção de performance satisfeita, sendo que o preço da transação corresponde a uma quantia fixa faturada em função das quantidades vendidas, com conces-são de descontos de quantidade (rappel) determiná-veis com fiabilidade.
No que se refere às argamassas, o aluguer de equi-pamentos de obra, para a armazenagem, mistu-ra e aplicação de argamassas, corresponde a uma obrigação de performance separada com preço de venda autónomo deduzido de eventuais descontos concedidos.
A área de pré-fabricados de betão, refere-se essencialmente à comercialização de materiais pré-fabricados standard, não existindo produção de pré-fabricados mediante pedido específico dos clientes. Nesta área de negócio o Grupo reconhece o rédito de todos os produtos com a entrega do produto ao cliente.
RÉDITO POR SEGMENTO GEOGRÁFICO, TENDO POR BASE O PAÍS DE DESTINO DOS BENS E SERVIÇOS VENDIDOS PELO GRUPONos exercícios de 2019 e 2018 o rédito do Grupo, tendo por base o destino dos bens e serviços vendidos, é como se segue:
2019 2018Valores em Euros
236.495.600
40.075.357
85.443.880
84.964.183
64.015.959
201.167.819
34.470.188
83.397.253
81.694.890
82.905.362
Portugal
Resto da Europa
América
África
Ásia
483.635.512510.994.979
PERFORMANCE OPERACIONALSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
72
2.2. OUTROS RENDIMENTOS E GANHOS OPERACIONAIS
Nos exercícios de 2019 e 2018, os outros rendimen-tos e ganhos operacionais decompõem-se como segue:
PERFORMANCE OPERACIONAL
02.
2019 2018Valores em Euros
3.087.764
30.878.285
13.338.023
603.655
436.061
829.459
3.298.422
619.731
-
4.160.921
4.214.722
1.367.637
11.816.568
9.824.690
(479.792)
(102.799)
(943.257)
-
1.163.609
1.772.116
3.438.724
2.987.850
Ganhos na alienação de ativos não correntes
Subsídios - Licenças de emissão CO2
Alienação de licenças de emissão CO2 (Nota 3.2)
Rendimentos com tratamento de resíduos
Trabalhos para a própria empresa
Rendimentos suplementares
Processo PIS/COFINS - Brasil
Subsídios à exploração
Juros obtidos - cupões Secil Angola
Interruptibilidade energia - REN
Outros rendimentos operacionais
33.897.04261.467.043
O valor mostrado na rubrica Subsídios – licenças de emissão de CO2, corresponde ao reconhecimento em resultados do subsídio, originado na atribuição de licenças a título gratuito (conforme descrito na Nota 3.2).
O montante de Euros 3.298.422 apresentado na rubrica Processo PIS/COFINS - Brasil, corresponde ao ganho reconhecido pelas subsidiárias Supremo e Margem em resultado da decisão proferida pelos tribunais brasileiros no sentido da não sujeição dos impostos PIS e Confins sobre o imposto ICMS que é aplicado às vendas. Foi assim reconhecido o gan-ho correspondente à devolução do imposto pago em excesso em anos anteriores, sendo que este vai ocorrer por dedução a impostos a pagar no futuro.
PERFORMANCE OPERACIONALSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
73
2.3. FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS
PERFORMANCE OPERACIONAL
02.
Nos exercícios de 2019 e 2018, os Fornecimentos e serviços externos decompõem-se como segue:
2019 2018Valores em Euros
47.153.371
55.492.828
41.585.199
20.314.181
14.159.933
2.027.783
3.200.082
605.798
1.160.469
43.240.605
53.364.815
38.352.139
18.844.082
20.871.196
1.271.447
2.628.279
611.070
789.875
Energia e fluídos
Transporte de mercadorias
Trabalhos especializados
Conservação e reparação
Serviços diversos
Honorários
Seguros
Subcontratos
Outros
179.973.508185.699.644
O aumento verificado em 2019 na rúbrica de forne-cimentos e serviços externos está, essencialmente, associado ao aumento dos gastos com energia e fluídos (fruto do aumento do preço de aquisição de eletricidade), transporte de mercadorias e trabalhos especializados.
PERFORMANCE OPERACIONALSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
74
Honorários faturados por serviços de revisão legal de contas e auditoriaNos exercícios de 2019 e 2018, os honorários fatura-dos e reconhecidos em gastos são como se segue:
Gastos doperíodoValores em Euros
300.550
1.500
300.550
1.500
KPMG (SROC) e outras entidades pertencentes à mesma rede, em 2019
Serviços de revisão legal de contas e auditoria
Outros serviços de garantia de fiabilidade
2019 2018
Honorários faturados
Gastos do período
Honorários faturados
193.130
5.900
203.147
5.900
302.050302.050199.030209.047
Os serviços indicados como Outros serviços de garantia de fiabilidade dizem essencialmente respeito a emissão de relatórios sobre informação financeira e pareceres efetuados no âmbito de operações de fusão entre sociedades do grupo.
O Conselho de Administração entende existirem suficientes procedimentos de salvaguarda da independência dos auditores através dos processos de análise do Conselho Fiscal relativamente aos trabalhos propostos e da sua definição criteriosa em sede de contratação.
PERFORMANCE OPERACIONALSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
75
2.4. OUTROS GASTOS E PERDAS OPERACIONAIS
PERFORMANCE OPERACIONAL
02.
Nos exercícios de 2019 e 2018, os Outros gastos e perdas operacionais decompõem-se como se segue:
2019 2018Valores em Euros
639.721
1.939.679
657.643
703.856
1.454.662
2.096.494
566.476
114.605
1.705.619
379.693
(1.735.779)
577.477
550.615
148.339
2.163.977
568.522
-
2.817.241
Imparidades em dividas a receber (Nota 8.1.4)
Imparidades em inventários (Nota 4.1)
Donativos
Despesas bancárias
Perda na alienação de ativos não correntes
Impostos indiretos e Taxas
Quotizações
Multas e Penalidades
Outros gastos operacionais
5.470.0859.878.755
03.INVESTIMENTOS
INVESTIMENTOSSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
77
INVESTIMENTOS
03.
31/12/2019 31/12/2018Valores em Euros
150.374.678
72.028.500
526.231.563
27.288.240
277.239
7.809.209
160.570.914
40.408.813
518.069.369
-
285.434
8.534.209
Demonstração da posição financeira
Ativo
Goodwill
Ativos intangíveis
Ativos fixos tangíveis
Ativos sob direitos de uso
Propriedades de investimento
Ativos não correntes detidos para venda
727.868.739784.009.429
Nota
3.1
3.2
3.3
3.4
3.5
3.6
(61.709.105)
(38.332.338)
Demonstração dos resultados
Depreciações, amortizações e perdas por imparidade 3.7
INVESTIMENTOSSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
78
3.1. GOODWILL
INVESTIMENTOS
03.
Políticas contabilísticasO goodwill representa a diferença entre o justo valor do custo de aquisição e o justo valor dos ativos, pas-sivos e passivos contingentes identificáveis, das subsi-diárias incluídas na consolidação, na data de aquisição do controlo e é alocado a cada Unidade Geradora de Caixa (UGC) ou grupo de UGCs mais baixas a que pertence.
O goodwill não é amortizado. O Grupo realiza testes de imparidade ao goodwill anual-mente, ou sempre que existam indícios de imparidade. Os valores recuperáveis das unidades geradoras de fluxos de caixa são determinados como o maior entre o valor de uso e o justo valor menos custo de venda. As perdas por imparidade relativas ao goodwill não podem ser revertidas.
Amortização e imparidade
Ganhos ou perdas decorrentes da venda ou perda de controlo sobre uma entidade ou negócio ao qual o goodwill está alocado incluem o valor do goodwill correspondente.
Alienações e perdas de controlo
O goodwill originado na aquisição de uma entidade estrangeira, encontra-se registado na moeda funcional dessa mesma entidade, sendo convertido para a moeda de relato do Grupo (Euro) à taxa de câmbio em vigor na data de relato. As diferenças cambiais geradas nessa conversão são registadas na rubrica Reserva de conversão cambial (Nota 5.5) como outro rendimento integral.
Aquisições em moeda diferente da moeda de apresentação
À luz da legislação fiscal atualmente vigente em Portugal, não se espera que o goodwill reconhecido ou a reconhecer venha a ser dedutível em termos fiscais. Noutras geogra-fias onde o Grupo opera o tratamento fiscal é diferenciado.
Dedutibilidade fiscal
INVESTIMENTOSSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
79
Estimativas e julgamentos contabilísticos
Testes de imparidadePara efeitos de testes de imparidade às UGCs, o valor recuperável foi determinado com base no valor em uso, de acordo com o método dos fluxos de caixa descontados. O valor recuperável das UGC deriva de pressupostos relativos à atividade, designadamente, volumes de vendas, preços médios de venda e custos variáveis que nos períodos de projeção resultam de uma combinação de previsões económicas para as regiões e mercados onde o Grupo opera, previsões da indústria, incluindo alterações nos mercados de-rivadas de alteração de capacidades instaladas para cada atividade operacional, projeções internas da Gestão e performance histórica.
Estas projeções resultam dos orçamentos para o ano seguinte e da estimativa dos fluxos de caixa para um período subsequente de quatro anos refletida nos Planos de Médio Longo Prazo aprovados pelo Con-selho de Administração.
O Grupo na sua análise identifica primordialmente as unidades geradoras de caixa, que se consubstanciam nas geografias onde opera.
No desenvolvimento dos testes de análise de recu-peração dos ativos foram considerados pressupostos de projeção diferenciados em função das geografias relevantes.
AngolaPressupostos (CAGR 2020-2024)
3,84%
7,41%
12,13%
13,14%
Vendas em quantidade (kt)
Referência
CAGR Vendas em quantidade (kt)
Preço Médio de Venda ML/t
Referência
CAGR Preço Médio de Venda ML/t
Portugal
-0,53%
0,42%
BrasilLíbanoTunísia
1,15%
4,19%
-2,75%
1,34%
Cimento cinzento no mercado interno
Cimento e clínquer
AngolaPressupostos (CAGR 2019-2023)
6,3%
7,4%
5,4%
8,9%
Vendas em quantidade (kt)
Referência
CAGR Vendas em quantidade (kt)
Preço Médio de Venda ML/t
Referência
CAGR Preço Médio de Venda ML/t
Portugal
-2,9%
1,0%
BrasilLíbanoTunísia
0,5%
2,8%
-1,2%
1,6%
Cimento cinzento no mercado interno
Cimento e clínquer
PRESSUPOSTOS NA BASE DOS PLANOS DE NEGÓCIOS
INVESTIMENTOSSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
80
PRESSUPOSTOS NA BASE DOS PLANOSDE NEGÓCIOS
Os principais pressupostos considerados a nível macroeconómico são as projeções de taxa de crescimento do PIB e de inflação nos mercados onde o Grupo atua. As fontes das projeções são o FMI e o Banco de Portugal.
A taxa de crescimento na perpetuidade reflete a visão da Gestão a médio/ longo prazo para as diferentes UGCs, tendo presente os pressupostos macroeconómicos.
Pressupostos financeiros
Portugal (EUR)
Período de Planeamento explicito
Perpetuidade
Tunísia (TND)
Período de Planeamento explicito
Perpetuidade
Líbano (USD)
Período de Planeamento explicito
Perpetuidade
Brasil (BRL)
Período de Planeamento explicito
Perpetuidade
Angola (USD)
Período de Planeamento explicito
Perpetuidade
Taxa deImposto
31/12/2019
Taxa de cresc.Perpetuidade
-
1,50%
-
3,99%
-
2,29%
-
3,49%
-
2,29%
27,50%
27,50%
25,00%
25,00%
17,00%
17,00%
34,00%
34,00%
30,00%
30,00%
TaxaWACC
5,22%
7,12%
11,87%
12,82%
18,70%
12,59%
8,48%
9,39%
10,81%
12,43%
Taxa deImposto
Taxa de cresc.Perpetuidade
-
1,35%
-
3,98%
-
2,19%
-
3,97%
-
2,19%
27,50%
27,50%
25,00%
25,00%
17,00%
17,00%
34,00%
34,00%
30,00%
30,00%
TaxaWACC
6,43%
6,43%
13,09%
11,80%
11,10%
10,92%
10,36%
9,57%
11,49%
11,31%
31/12/2018
INVESTIMENTOSSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
81
TESTE DE IMPARIDADE
Em resultado dos testes de imparidade efetuados nos períodos de 2019 e 2018, foi reconhecida uma perda por imparidade no exercício de 2019, no goodwill atribuído à UGC do Líbano, no montante de Euros 11.237.745.
ANÁLISE DE SENSIBILIDADE
Foi realizada uma análise de sensibilidade, aos pressupostos considerados chave (de forma independente para cada pressuposto) conforme se segue:
INVESTIMENTOSSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
82
Variação do Enterprise Value por variação de:
1) Redução de 1% na taxa de crescimento na perpetuidade
Redução no valor de avaliação:
Resultado:
2) Aumento de 50 pontos base na taxa de desconto (WACC)
Redução no valor de avaliação:
Resultado:
31/12/2019 31/12/2018
-12,05%
Sem imparidade
-8,64%
Sem imparidade
-11,67%
Sem imparidade
-8,36%
Sem imparidade
Portugal
1) Redução de 1% na taxa de crescimento na perpetuidade
Redução no valor de avaliação:
Resultado:
2) Aumento de 50 pontos base na taxa de desconto (WACC)
Redução no valor de avaliação:
Resultado:
-8,16%
Sem imparidade
-6,21%
Sem imparidade
-6,78%
Sem imparidade
-5,40%
Sem imparidade
Tunísia
1) Redução de 1% na taxa de crescimento na perpetuidade
Redução no valor de avaliação:
Resultado:
2) Aumento de 50 pontos base na taxa de desconto (WACC)
Redução no valor de avaliação:
Resultado:
-12,28%
Sem imparidade
-8,67%
Sem imparidade
-11,10%
Sem imparidade
-8,13%
Sem imparidade
Brasil
1) Redução de 1% na taxa de crescimento na perpetuidade
Redução no valor de avaliação:
Resultado:
2) Aumento de 50 pontos base na taxa de desconto (WACC)
Redução no valor de avaliação:
Resultado:
-0,76%
Sem imparidade
-3,95%
Sem imparidade
-3,39%
Sem imparidade
-7,81%
Sem imparidade
Angola
INVESTIMENTOSSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
83
GOODWILL – VALOR LÍQUIDO
O goodwill é atribuído às unidades geradoras de flu-xos de caixa (UGCs) do Grupo, as quais correspon-dem às geografias onde o Grupo opera, conforme segue:
31/12/2019 31/12/2018Valores em Euros
84.075.300
-
19.401.908
46.897.470
83.487.482
10.990.278
17.641.029
48.452.125
Portugal
Líbano
Tunísia
Brasil
150.374.678 160.570.914
MOVIMENTOS DO PERÍODO
2019 2018Valores em Euros
160.570.914
(11.237.745)
1.041.509
169.026.493
-
(8.455.579)
Valor líquido no início do período
Imparidade (Nota 3.7 e Nota 6.1)
Ajustamento Cambial
150.374.678 160.570.914 Valor líquido no final do período
INVESTIMENTOSSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
84
3.2. ATIVOS INTANGÍVEIS
INVESTIMENTOS
03.
Políticas contabilísticasOs ativos intangíveis encontram-se registados ao cus-to de aquisição deduzido de amortizações e perdas por imparidade, pelo método das quotas constantes durante um período que varia entre 3 e 5 anos.
Direitos de emissão de gases com efeito de estufa (CO2)Dada a ausência de normativo contabilístico para o reconhecimento e mensuração das licenças de CO2 a política definida pela gestão é como segue:
As licenças de emissão de CO2 atribuídas ao Grupo no âmbito do CELE (Comércio Europeu de Licenças de Emissão de gases com efeito de estufa) 2013-2020, a título gratuito, são registadas na rubrica “Ativos intangíveis”, ao justo valor na data da atribuição, por contrapartida de um subsídio, reconhecido na rubrica “Valores a pagar correntes” (Nota 4.3).As licenças de emissão de CO2 adquiridas para utilização são registadas pelo seu custo de aquisição na rubrica “Ativos intangíveis”.
Reconhecimento e mensuração inicial
As licenças de emissão de CO2 são sujeitas a amortização, no entanto não estão a gerar amortizações, considerando que ao custo de aquisição é deduzido o valor residual, o qual corresponde ao valor de mercado das licenças de emissão de CO2. Assim, à data de relato, caso o valor de mercado das licenças seja inferior ao valor escriturado das licenças em carteira, é reconhecida uma imparidade, por contrapartida da rubrica “Depreciações, amortizações e perdas por imparidade em ativos não financeiros” (Nota 3.7).
Mensuração subsequente e imparidades
Pela emissão de CO2 efetuada, o Grupo regista um gasto, na rubrica Provisões por contrapartida de uma responsabilidade na rubrica “Provisões” (Nota 9.1). A emissão de CO2 é mensurada ao valor contabilístico das licenças detidas, segundo a fórmula de custeio FIFO.Caso as emissões efetuadas venham a ser liquidadas, no ano seguinte, com licenças em carteira atribuídas a título gratuito, é reconhecido um ganho, na rubrica “Outros rendimentos e ganhos operacionais” (Nota 2.2), pelo reconhecimento do subsídio correspondente, por contrapartida da rubrica “Valores a pagar correntes” (Nota 4.3).Na data da liquidação das emissões efetuadas, com a entrega das licenças de emissão de CO2, o ativo intangível e a provisão constituída (Nota 9.1) são desreconhecidos.A alienação de licenças de emissão de CO2 dá origem a um ganho ou perda, apurado entre o valor de realização e o respetivo custo de aquisição, deduzido do correspondente subsídio, registado na rubrica “Outros rendimentos e ganhos operacionais” (Nota 2.2) ou “Outros gastos e perdas operacionais”, respetivamente.
Reconhecimentoem resultados
INVESTIMENTOSSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
85
Marcas
Sempre que numa concentração de atividades empresariais sejam identificadas marcas, o Grupo procede ao seu reconhecimento em separado, mensuradas ao justo valor na data da aquisição.O justo valor das marcas reconhecido na data da aquisição encontra-se deduzido das amortizações e perdas por imparidade acumuladas até 31 de dezembro de 2017, de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal.
Reconhecimento e mensuração inicial
Ao custo deduzido de perdas por imparidade acumuladas. As marcas não se encontram sujeitas a amortização por se considerar não terem vida útil definida.
Mensuração subsequente e imparidades
Intangíveis desenvolvidos internamenteAs despesas de desenvolvimento apenas são reco-nhecidas como ativo intangível na medida em que se demonstre a capacidade técnica para completar o desenvolvimento do ativo e que este está disponível para uso próprio ou comercialização. Caso as despe-sas não satisfaçam esses requisitos, nomeadamente as despesas com investigação, são registados como custo quando incorrida.
INVESTIMENTOSSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
86
Estimativas e julgamentos contabilísticos
Marcas - Testes de imparidadePara efeitos de testes de imparidade às marcas, são preparadas avaliações anuais por entidade independente com base no income-split method, um modelo de fluxos de caixa pós-imposto associados à influência da marca (diferença entre a margem líquida da marca deduzida de investimentos em marketing e a margem líquida da marca branca associada), descontados para o momento da avaliação com base numa taxa de desconto específica, tendo em consideração as diferentes dinâmicas expectadas de mercado.
Taxa ImpostoMarca
34,00%Supremo Cimentos
Taxa ImpostoMarca
34,00%Supremo Cimentos
2019
2018
Teste de imparidadeEm resultado das avaliações efetuadas em 2019 e 2018, não foi identificada qualquer perda por impari-dade ma marca Supremo Cimentos.
Análise de sensibilidadeForam efetuadas análises de sensibilidade aos pres-supostos fundamentais considerados nas avaliações realizadas, nomeadamente: 1) redução do indicador EVA em 5%, face ao utilizado no cenário base, e 2) aumento de 50 pontos base na taxa WACC em euros
PRINCIPAIS PRESSUPOSTOS UTILIZADOS NAS AVALIAÇÕES DAS MARCAS
MercadoTaxa
de desconto
8,40%Brasil
MercadoTaxa
de desconto
10,44%Brasil
utilizada no cenário base. Estas análises de sensibili-dade foram realizadas de forma independente para cada pressuposto. Caso tivessem sido adotados estes pressupostos às marcas identificadas, esta análise de sensibilidade não determinaria qualquer perda por imparidade.
INVESTIMENTOSSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
87
Movimentos em ativos intangíveisNos períodos findos em 31 de dezembro de 2019 e 2018, o movimento ocorrido na rubrica Ativos intangíveis e nas respetivas amortizações e perdas de imparidade é conforme se segue:
Valores em Euros
Aquisições/Atribuições
Alienações
Licenças devolvida à Entidade Coordenadora do Licenciamento
Regularizações, transferências e abates
Ajustamento cambial
Propriedade industrial e
outros direitos
Licençasde Emissão
de CO2
22.570.591
(4.035.273)
(8.175.692)
-
-
-
-
-
25.688
-
Marcas
-
-
-
-
(2.458.421)
Ativos intangíveis
em curso Total
22.574.103
(4.035.273)
(8.175.692)
14.188
(2.458.421)
3.512
-
-
(11.500)
-
Outrosativos
Intangíveis
-
-
-
-
-
Valor bruto
Saldo a 1 de janeiro de 2018 13.416.634 276.537 23.215.346 36.999.096 11.503 79.076
Saldo a 31 de dezembro de 2018 23.776.260 302.225 20.756.926 44.918.001 3.515 79.076
Variação de perímetro
Aquisições/Atribuições
Alienações
Licenças devolvida à Entidade Coordenadora do Licenciamento
Ajustamento cambial
-
51.128.650
(5.958.532)
(11.710.681)
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
(419.281)
-
51.420.189
(6.037.608)
(11.710.681)
(419.281)
-
291.539
-
-
-
-
-
(79.076)
-
-
Saldo a 31 de dezembro de 2019 57.235.697 302.225 20.337.645 78.170.620 295.054 -
Amort. acumuladas e perdas por imparidade
Saldo a 1 de janeiro de 2018 - (248.419)(4.643.069) (4.969.671)- (78.183)
Amortizações do período (Nota 3.7)
Alienações
Ajustamento cambial
-
-
-
(17.010)
(14.190)
(0)
-
-
491.684
(17.010)
(14.190)
491.684
-
-
-
-
-
-
Saldo a 31 de dezembro de 2018 -(279.620)(4.151.385) (4.509.188)-(78.183)
INVESTIMENTOSSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
88
Valores em Euros
Amortizações do período (Nota 3.7)
Perdas por imparidade do período (Nota 3.7)
Alienações
Ajustamento cambial
Propriedade industrial e
outros direitos
Licençasde Emissão
de CO2
-
(1.782.393)
-
-
(12.578)
-
-
-
Marcas
-
-
-
83.856
Ativos intangíveis
em curso Total
(12.578)
(1.782.393)
78.183
83.856
-
-
-
-
Outrosativos
Intangíveis
-
-
78.183
-
Valor bruto
Valor líquido a 1 de janeiro de 2018
Valor líquido a 31 de dezembro de 2018
Valor líquido a 31 de dezembro de 2019
13.416.634
23.776.260
55.453.304
28.118
22.605
10.027
18.572.277
16.605.540
16.270.116
32.029.425
40.408.813
72.028.500
11.503
3.515
295.054
893
893
-
Saldo a 31 de dezembro de 2019 (1.782.393)(292.198)(4.067.529) (6.142.120)- -
31/12/2019 31/12/2018Valores em Euros
16.270.116 16.605.540Supremo (Brasil)
MarcasEm 31 de Dezembro de 2019 e 2018 o valor líquido das marcas detalha-se como segue:
31/12/2019 31/12/2018Valores em Euros
2.515.733
22,8
2.509.597
9,47
Licenças CO2 (ton)
Valor unitário médio
Licenças de emissão de gases com efeito de estufa (CO2)Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, o Grupo detinha licenças de CO2 registadas em conformidade com a política acima descrita, com o seguinte detalhe:
57.235.697 23.776.260
24,9 24,1 Cotação de mercado
INVESTIMENTOSSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
89
Licenças de de gases com efeito de estufa (CO2) movimentos do períodoNos períodos findos em 31 de dezembro de 2019 e 2018, o movimento ocorrido nas licenças de emissão de gases com efeito de estufa é conforme segue:
ToneladasValores em Euros
2.041.191
(566.125)
(1.603.656)
22.570.591
(4.035.273)
(8.175.692)
Licenças atribuídas gratuitamente
Licenças alienadas
Licenças devolvidas à Entidade Coordenadora de Licenciamento
2019 2018
Valor Toneladas Valor
51.128.650
(5.958.532)
(11.710.681)
2.002.689
(528.100)
(1.468.453)
Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2019 e 2018, o Grupo alienou 528.100 e 566.125 toneladas de licenças de CO2, respetivamente, pelo valor de Euros 13.338.023 e Euros 9.824.690 (Nota 2.2).
2.509.597Saldo inicial 23.776.260 2.638.187 13.416.634
2.515.733Saldo final 57.235.697 2.509.597 23.776.260
INVESTIMENTOSSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
90
3.3. ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS
INVESTIMENTOS
03.
Políticas contabilísticasOs ativos fixos tangíveis do Grupo são constituídos pelo equipamento básico utilizado na extração de calcário e britas (britadores) e na produção de clín-quer, cimento (fornos, moinhos) e betão (centrais de betão e pás carregadoras).
Os ativos fixos tangíveis adquiridos até 1 de janeiro de 2019 (data de transição para IFRS), encontram-se registados ao custo de aquisição, ou custo de aquisição reavaliado de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal até àquela data, deduzido das amortizações e das perdas por imparidade acumuladas.Os ativos fixos tangíveis adquiridos posteriormente à data de transição são apresentados ao custo de aquisição deduzido de depreciações e perdas por imparidade.
Reconhecimento e mensuração inicial
As depreciações são calculadas, pelo método da linha reta, a partir do momento em que o bem se encontra disponível para uso, utilizando-se as taxas que melhor refletem a sua vida útil estimada.A depreciação dos terrenos de exploração resulta da estimativa de vida útil média das reservas, tendo em consideração o período de extração.
Terrenos de exploração
Edifícios e outras construções
Equipamento básico
Equipamento de transporte
Equipamento administrativo
Outros ativos fixos tangíveis
Vida útil média estimada (anos)
Depreciaçõese imparidade
14
7 - 50
3 - 20
6 - 20
4 - 16
4 - 20
Os valores residuais dos ativos e as respetivas vidas úteis são revistos e ajustados, se necessário, na data da Posição financeira consolidada. Se a quantia escriturada é superior ao valor recuperável do ativo, procede-se ao seu reajustamento para o valor recuperável estimado mediante o registo de perdas por imparidade (Nota 3.7).
Os gastos subsequentes são incluídos no custo de aquisição do ativo fixo ou reconhecidos como ativos separados, conforme apropriado, somente quando é provável que benefícios económicos futuros fluirão para a empresa e o respetivo gasto possa ser mensurado com fiabilidade. Os demais dispêndios com reparações e manutenção são reconhecidos como um gasto no período em que são incorridos.
Gastossubsequentes
INVESTIMENTOSSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
91
As peças de reserva são consideradas estratégicas quando a sua utilização não se destina ao consumo no âmbito do processo produtivo e se espera que a sua utilização se venha a prolongar por mais que um período económico, e ainda as peças de manutenção consideradas como “peças de substituição críticas” são reconhecidas no ativo não corrente, como Ativos fixos tangíveis. Respeitando esta classificação, as peças de reserva são depreciadas desde o momento em que se tornam disponíveis para uso e é-lhes atribuída uma vida útil que segue a natureza dos equipamentos onde se prevê que venham a ser integradas, não ultrapassando a vida útil remanescente destes.As peças de manutenção de valores considerados imateriais e cuja utilização prevista seja por período inferior a um ano são classificadas como inventários.
Peçasde reserva
Os encargos financeiros de empréstimos diretamente relacionados com a aquisição ou construção (caso o período de construção ou desenvolvimento exceda um ano) de ativos fixos são capitalizados, fazendo parte do custo do ativo.No decurso dos períodos apresentados, não foram capitalizados quaisquer encargos financeiros de empréstimos diretamente relacionados com a aquisição ou construção de ativos fixos tangíveis.
Encargos financeiroscom empréstimos
Os ganhos ou perdas provenientes do abate ou alienação são determinados pela diferença entre os recebimentos das alienações quando aplicável deduzido dos custos de transação e a quantia escriturada do ativo, e são reconhecidos na demonstração dos resultados, como Outros rendimentos e ganhos operacionais (Nota 2.2) ou Outros gastos e perdas operacionais (Nota 2.4).
Abatese alienações
Os subsídios ao investimento recebidos com o objetivo de compensar o Grupo por investimentos efetuados em ativos fixos tangíveis são registados a deduzir ao ativo e são reconhecidos em resultados durante a vida útil estimada dos respetivos ativos subsidiados, sendo deduzido à depreciação do período, para efeitos de apresentação.
Subsídios ao investimento - Reconhecimento inicial e em resultados
INVESTIMENTOSSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
92
Estimativas e julgamentos contabilísticos
Recuperabilidade dos ativos fixos tangíveisA recuperabilidade dos ativos fixos tangíveis requer a definição de estimativas e pressupostos por parte da Gestão, nomeadamente, quando aplicável, no que diz respeito ao apuramento do valor de uso no âmbito dos testes de imparidade às unidades geradoras de caixa do Grupo.
Vida útil e depreciação Os ativos fixos tangíveis representam a componente mais significativa do Ativo total do Grupo. Estes ativos são sujeitos a uma depreciação sistemática pelo período que se determina ser a sua vida útil económica. A determinação das vidas úteis dos ativos, bem como o método de depreciação a aplicar é essencial para determinar o montante das depreciações a reconhecer na Demonstração dos resultados consolidados de cada período.
Estes dois parâmetros são definidos de acordo com o melhor julgamento do Conselho de Administração para os ativos e negócios em questão, considerando também as práticas adotadas por empresas do setor ao nível internacional e a evolução das condições económicas em que o Grupo atua.
A existência de unidades de produção localizadas em países com risco político relevante, incluindo geografias com risco de/ou conflito efetivo, exige uma maior monitorização e acompanhamento no desenvolvimento de testes de imparidade regulares.
INVESTIMENTOSSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
93
150.000
24.405.627
(6.885.818)
4.743.145
(60.049.897)
(18.072.538)
Variação de perímetro
Aquisições
Alienações
Regularizações, transferências e abates
Ajustamento cambial
Ativos detidos para venda
-
-
-
-
-
-
-
3.259.591
-
(1.547.651)
(45.532)
-
-
19.014.161
-
(6.971.652)
(2.777.899)
(19.374.713)
150.000
1.098.165
(5.285.255)
11.758.102
(33.818.103)
338.159
-
213.847
(1.121.413)
886.168
(11.763.099)
-
-
819.863
(479.150)
618.178
(11.645.264)
964.016
-
-
-
-
-
-
2.234.994.712 Saldo em 1 de janeiro de 2018 - 932.816 33.269.241 1.491.794.956 479.403.606 223.988.910 5.605.183
Custo de aquisição
Valores em Euros TotalSubsídios ao
InvestimentoAdianta-
mentos
Ativos fixos tangíveis em curso
Equipamen-tos e outros
tangíveis
Edifícios e outras
construções
Terrenos e recursos
naturaisRecuperação
paisagística
7.333.037
42.976.686
(14.864.862)
(12.533.325)
8.631.516
Variação de perímetro
Aquisições
Alienações
Regularizações, transferências e abates
Ajustamento cambial
-
-
-
-
-
-
6.459.021
-
(7.329.061)
2.432
-
32.649.450
-
(16.149.490)
(1.191.237)
7.333.037
2.968.756
(12.241.277)
(8.613.648)
7.020.339
-
203.415
(1.765.317)
2.998.811
420.463
-
696.044
(858.268)
7.797.825
2.381.379
-
-
-
8.762.238
(1.860)
2.179.285.231 Saldo em 31 de dezembro de 2018 - 2.599.224 23.159.138 1.466.036.024 467.619.109 214.266.553 5.605.183
-
(37.745.122)
(727.005)
4.701.384
(1.968.182)
2.483.357
23.645.995
13.074.994
Variação de perímetro
Depreciações do período (Nota 3.7)
Subsídios recebidos no período
Alienações
Perdas por imparidade (Nota 3.7)
Regularizações, transferências e abates
Ajustamento cambial
Ativos detidos para venda
-
852.454
(727.005)
-
-
-
5.448
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
(1.950.000)
229.625
1.157.999
13.344.713
-
(28.998.693)
-
3.998.759
(73.706)
717.839
17.339.348
(269.719)
-
(7.531.572)
-
702.625
55.524
564.851
2.879.476
-
-
(1.953.147)
-
-
-
971.042
2.263.724
-
-
(114.164)
-
-
-
-
-
-
2.210.828.283 Saldo em 31 de dezembro de 2019 - 1.731.616 38.467.861 1.462.503.231 469.476.481 224.283.533 14.365.561
Depreciações acumuladas e perdas por imparidade
(1.664.681.283)Saldo em 1 de janeiro de 2018 (840.515)(267.500)(11 433 133)(1.253.249.265)(346.265.638)(50.098.870) (2.526.362)
(735.911)
(40.429.100)
12.706.654
(1.918.108)
12.281.964
(6.286.357)
1.000.000
Variação de perímetro
Depreciações do período (Nota 3.7)
Alienações
Perdas por imparidade (Nota 3.7)
Regularizações, transferências e abates
Ajustamento cambial
Ativos detidos para venda
-
119.715
-
-
-
(2.407)
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
(786)
-
461.178
-
(735.911)
(28.639.772)
11.101.892
(1.957.444)
15.549.188
(7.269.939)
1.000.000
-
(7.472.747)
1.597.061
40.122
230.214
(714.784)
-
-
(3.149.796)
7.701
-
(3.497.438)
1.239.595
-
-
(1.286.500)
-
-
-
-
-
(1.661.215.862)Saldo em 31 de dezembro de 2018 (709.618)(267.500)1.349.204 (1.260.535.437)(349.594.734)(48.817.251) (2.640.526)
(1.684.596.720)Saldo em 31 de dezembro de 2019 (592.310)(267.500)1.809.596 (1.271.487.423)(355.914.868)(54.217.189) (3.927.026)
570.313.429 Valor liquido em 1 de janeiro de 2018 (840.515)665.316 21.836.108 238.545.691 133.137.968 173.890.040 3.078.821
518.069.369 Valor liquido em 31 de dezembro de 2018 (709.618)2.331.724 24.508.342 205.500.587 118.024.375 165.449.302 2.964.657
526.231.563 Valor liquido em 31 de dezembro de 2018 (592.310)1.464.116 40.277.457 191.015.808 113.561.613 170.066.343 10.438.535
Movimentos em ativos fixos tangíveisNos períodos findos em 31 de dezembro de 2019 e 2018, o movimento ocorrido nos Ativos fixos tangíveis e nas respetivas depreciações e perdas de imparidade é conforme se segue:
INVESTIMENTOSSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
94
No período findo em 31 de dezembro de 2018, foram reconhecidos como ativos não correntes detidos para venda, equipamentos industriais adquiridos no período de 2016, no montante, líquido de perdas por imparidade, de Euros 6.030.000 (Nota 3.6). Adicionalmente, foram desreconhecidas como ativos não correntes detidos para venda as centrais de betão, no montante de Euros 1.032.456.
Em 2019 e 2018, as Regularizações, transferências e abates referem-se, essencialmente, à transferência de investimentos em curso para as restantes rubricas de ativos fixos tangíveis firmes, efetivada no momento em que os mesmos ficaram disponíveis para o uso pretendido.
No decurso dos exercícios de 2019 e 2018 não foram capitalizados quaisquer encargos financeiros de empréstimos diretamente relacionados com a aquisição, construção ou produção de ativos fixos tangíveis.
» Os compromissos assumidos pelo Grupo para a aquisição de ativos fixos tangíveis são detalhados na Nota 9.2 – Compromissos.
INVESTIMENTOSSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
95
3.4. ATIVOS SOB DIREITO DE USO
INVESTIMENTOS
03.
Políticas contabilísticas
Na data da entrada em vigor da locação, o Grupo reconhece um ativo sob direito de uso pelo valor do seu custo o qual corresponde ao montante inicial do passivo da locação ajustado de: i) quaisquer pagamentos antecipados; ii) incentivos à locação recebidos; e iii) custos direto iniciais incorridos. Ao ativo sob direito de uso, poderá acrescer a estimativa de remover e/ou restaurar o ativo subjacente e/ou o local onde se situa, quando exigido pelo contrato de locação.
Reconhecimento e mensuração inicial
O ativo sob direito de uso é subsequentemente depreciado usando o método linear a partir da data de entrada em vigor até ao menor entre o final da vida útil do ativo e o termo da locação. Adicionalmente, o ativo sob direito de uso é reduzido de perdas por imparidade, se existirem, e ajustado por eventuais remensurações do passivo de locação. A vida útil considerada para cada classe de ativos sob direito de uso é igual à vida útil dos ativos fixos tangíveis (Nota 3.3) na mesma classe quando existe opção de compra e o Grupo espera exercê-la.
Depreciações, remensuraçõese imparidades
INVESTIMENTOSSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
96
Movimentos em ativos sob direito de usoNos períodos findos em 31 de dezembro de 2019 e 2018, o movimento ocorrido nos Ativos sob direito de uso e nas respetivas depreciações é conforme se segue:
Valores em Euros
Aquisições
Regularizações, transferências e abates
Ajustamento cambial
Propriedadeindustrial
e outros direitos
Terrenose recursos
naturais
747.287
1.308.837
(11.518)
5.008
-
-
Equipamentose outros
tangíveis Total
8.810.556
5.503.843
(80.798)
7.037.465
4.238.916
(44.006)
Edifíciose outras
construções
1.020.796
(43.910)
(25.274)
Custo de aquisição
Saldo em 1 de janeiro de 2019 (Nota 1.5.2) 10.098.040 848.223 19.840.485 5.624.944 3.269.278
Saldo em 31 de dezembro de 2019 12.142.646 853.231 34.074.086 16.857.319 4.220.890
Amortizações, depreciações e perdas por imparidade acumuladas
Saldo em 1 de janeiro de 2019 -- ---
Depreciações (Nota 3.7)
Perdas por imparidade (Nota 3.7)
Regularizações, transferências e abates
Ajustamento cambial
(1.673.146)
-
7.698
3.279
(70.683)
-
-
-
(7.701.403)
-
887.795
27.761
(4.311.544)
-
872.329
13.041
(1.646.030)
-
7.768
11.441
» O impacto da adoção da IFRS 16 “Locações” a 1 de janeiro de 2019 é apresentada na Nota 1.5.2 - Adoção da IFRS 16.
Saldo em 31 de dezembro de 2019 (1.662.169)(70.683) (6.785.847)(3.426.174)(1.626.821)
Valor líquido em 31 de dezembro de 2019 10.480.478 782.548 27.288.240 13.431.145 2.594.069
INVESTIMENTOSSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
97
3.5. PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO
INVESTIMENTOS
03.
Políticas contabilísticas
Uma propriedade de investimento é mensurada inicialmente pelo seu custo de aquisição ou produção, incluindo os custos das transações que lhe sejam diretamente atribuíveis. Após o reconhecimento inicial, as propriedades de investimento são mensuradas ao custo deduzido das amortizações e perdas por imparidade acumuladas.Os custos subsequentes com as propriedades de investimento só são adicionados ao custo do ativo se for provável que deles resultarão benefícios económicos futuros acrescidos face aos considerados no reconhecimento inicial.
Mensuração
O Grupo class if ica como propr iedades de investimento nas demonstrações financeiras consolidadas os imóveis detidos com o objetivo de valorização do capital e/ou obtenção de rendas de terceiros.
INVESTIMENTOSSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
98
Movimentos em propriedades de investimentoNos períodos findos em 31 de dezembro de 2019 e 2018, o movimento ocorrido nas Propriedades de investimento e nas respetivas amortizações é conforme se segue:
Valores em Euros Terrenos Edifícios Total
Valor bruto
Saldo em 1 de janeiro de 2018 255.743 38.304 294.047
Saldo em 31 de dezembro de 2018 255.743 38.304 294.047
Regularizações, transferências e abates (9.147) - (9.147)
Saldo em 31 de dezembro de 2019 246.596 38.304 284.900
Amortizações acumuladas e perdas por imparidade
Saldo em 1 de janeiro de 2018 (1.718) (6.129) (7.847)
Amortizações e perdas por imparidade (Nota 3.7) - (767) (767)
Saldo em 31 de dezembro de 2018 (1.718) (6.896) (8.614)
Valor bruto
Amortizações e perdas por imparidade (Nota 3.7)
Regularizações, transferências e abates
- 1.718
(766)
-
(766)
1.718
Saldo em 31 de dezembro de 2019 - (7.662) (7.662)
Valor líquido em 1 de janeiro de 2018 254.025 32.175 286.201
Valor líquido em 31 de dezembro de 2018 254.025 31.408 285.434
Valor líquido em 31 de dezembro de 2019 246.596 30.642 277.239
Estes ativos compostos essencialmente por terrenos e imóveis detidos para obtenção de rendas e/ou valorizações do capital não se encontram afetos à atividade operacional do Grupo, nem têm uso futuro determinado.
INVESTIMENTOSSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
99
3.6. ATIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA
INVESTIMENTOS
03.
Políticas contabilísticasOs ativos não correntes (ou operações descontinua-das) são classificados como detidos para venda se o respetivo valor for realizável principalmente através de uma transação de venda ao invés de ser através do seu uso continuado.
Considera-se que esta situação se verifica apenas quando i) a venda é muito provável e o ativo está disponível para venda imediata nas suas atuais condições; ii) o Grupo assumiu um compromisso de vender; e iii) é expectável que a venda se concretize num período de 12 meses.
A partir do momento em que ativos tangíveis são classificados como ativos não correntes, detidos para venda, são mensurados pelo menor do valor contabilístico ou do justo valor deduzido dos custos de venda, cessando a sua depreciação. Quando o justo valor deduzido dos custos de venda é inferior ao valor contabilístico, a diferença é reconhecida em resultados na rubrica Depreciações, amortizações e perdas por imparidade em ativos não financeiros (Nota 3.7).
Mensuraçãoe apresentação
Os ganhos ou perdas nas alienações de ativos não correntes, determinados pela diferença entre o valor de venda e o respetivo valor líquido contabilístico, são reconhecidos em resultados como Outros rendimentos e ganhos operacionais (Nota 2.2) ou Gastos e perdas operacionais (Nota 2.3).
Alienações
Composição dos Ativos detidos para vendaEm 31 de dezembro de 2019 e 2018, os Ativos detidos para venda apresentam a seguinte composição:
Valores em Euros 31/12/2019 31/12/2018
6.030.000
2.504.209
Equipamentos industriais
Ativos por impostos diferidos
5.030.000
2.779.209
Ativos detidos para venda 7.809.209 8.534.209
INVESTIMENTOSSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
100
3.7. DEPRECIAÇÕES, AMORTIZAÇÕES E PERDAS POR IMPARIDADE
INVESTIMENTOS
03.
Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2019 e 2018, as Depreciações, amortizações e perdas por imparidade” apresentam a seguinte composição:
Valores em Euros 2019 2018
38.597.576
(852.454)
Depreciações de ativos fixos tangíveis do período
Utilização de subsídios ao investimento
40.548.815
(119.715)
Depreciações de ativos fixos tangíveis, líquidos de subsídios utilizados (Nota 3.3) 40.429.100 37.745.122
(1.398.743)
1.968.182
-
17.010
-
-
-
767
PIS e COFINS sobre depreciações
Imparidades em ativos fixos tangíveis do período (Nota 3.3)
Imparidades de goodwill (Nota 3.1)
Amortizações em ativos intangíveis do período (Nota 3.2)
Imparidades em ativos intangíveis do período (Nota 3.2)
Depreciações de ativos sob direito de uso do período (Nota 3.4)
Imparidades em ativos detidos para venda (Nota 3.6)
Depreciações de propriedades de investimento (Nota 3.5)
(1.372.988)
918.108
11.237.745
12.578
1.782.393
7.701.403
1.000.000
766
61.709.105 38.332.338
04.FUNDO DE MANEIO
FUNDO DE MANEIOSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
102
FUNDO DE MANEIO
04.
Nota 31/12/2019 31/12/2018Valores em Euros
4.1
4.2
4.2
4.3
4.3
87.719.974
5.272.430
101.028.231
-
172.281.372
89.814.381
4.492.656
94.026.554
316.310
143.618.347
Demonstração da posição financeira
Ativo
Inventários
Valores a receber não correntes
Valores a receber correntes
Passivo
Valores a pagar não correntes
Valores a pagar correntes
366.302.007 332.268.248
4.1
4.1
4.1
(157.781.405)
1.939.679
126.117
(151.416.045)
(1.735.779)
(120.708)
Demonstração dos Resultados
Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas
Imparidade em Inventários
Variação da produção
FUNDO DE MANEIOSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
103
FUNDO DE MANEIO
04.
4.1. INVENTÁRIOS
Políticas contabilísticas
Ao custo de aquisição, o qual inclui as despesas incorridas até ao armazenamento.Mensuração inicial
Mercadoria e Matérias Primas
Ao mais baixo entre o custo de aquisição e o valor realizável líquido.As diferenças entre o custo e o valor realizável líquido, se inferior, são registadas na rubrica “Imparidade de inventários”.
Mensuração subsequente
Custo médio ponderado.Custeio
Produtos acabados, intermédios e trabalhos em curso
Ao mais baixo de entre o custo de produção (que inclui o custo das matérias-primas incorporadas, mão-de-obra e gastos gerais de fabrico, tomando por base o nível normal de produção) e o valor realizável líquido.O valor realizável líquido corresponde ao preço de venda estimado deduzido dos custos estimados de acabamento e de comercialização.As diferenças entre o custo e o valor realizável líquido, se inferior, são registadas na rubrica “Imparidade de inventários”.
Valorização
Custo médio ponderado.Custeio
FUNDO DE MANEIOSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
104
31/12/2019 31/12/2018Valores em Euros
50.848.315
15.220.328
58.369.560
8.884.727
Matérias primas
Mercadorias
Inventários - detalhe por naturezaEm 31 de Dezembro de 2019 e 2018, os inventários líquidos de perdas por imparidade acumuladas, apresentam o seguinte detalhe:
66.068.643 67.254.287 Subtotal
19.121.055
2.526.578
20.239.764
2.301.458
Produtos acabados e intermédios
Produtos e trabalhos em curso
21.647.633 22.541.222 Subtotal
3.698 18.872 Adiantamento por conta de compras
87.719.974 89.814.381 Total
Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, não existem inventários cuja posse seja restrita e/ou penhoradas como garantia de passivos.
Custo das mercadorias vendidas e matérias consu-midas no períodoO custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas reconhecido nos períodos findos em 31 de dezembro de 2019 e 2018, é detalhado conforme se segue:
31/12/2019 31/12/2018Valores em Euros
67.254.287
156.595.761
66.068.643
68.879.838
149.790.494
67.254.287
Saldo Inicial
Compras
Saldo Final
(157.781.405) (151.416.045)Custo das mercadorias vendidas e matérias consumidas
FUNDO DE MANEIOSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
105
Variação da produção no períodoA variação da produção reconhecida nos períodos findos em 31 de dezembro de 2019 e 2018, é detalhada conforme se segue:
31/12/2019 31/12/2018Valores em Euros
(22.541.222)
1.019.706
21.647.633
(23.041.179)
379.249
22.541.222
Saldo Inicial
Regularizações
Saldo Final
126.117 (120.708)Variação da produção
Movimentos em perdas por imparidade em inven-táriosOs movimentos ocorridos nas perdas por imparida-de acumuladas em inventários, nos períodos findos em 31 de dezembro de 2019 e 2018, é conforme se segue:
31/12/2019 31/12/2018Valores em Euros
3.266.353
(1.326.674)
1.953.731
(3.689.510)
Aumentos
Reposições
1.939.679 (1.735.779)Impacto em resultados do período (Nota 2.4)
11.668.512 13.953.813 Saldo Inicial
(4.121)
165.134
(5.258)
(544.264)
Utilizações
Ajustamento cambial
13.769.204 11.668.512 Saldo Final
FUNDO DE MANEIOSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
106
FUNDO DE MANEIO
04.
4.2. VALORES A RECEBER
Políticas contabilísticas
Os saldos a receber de clientes resultam das atividades principais do Grupo e o modelo de negócio seguido é “deter para cobrar”, embora pontualmente o Grupo utilize o confirming. Saldos de outros devedores são tipicamente do modelo “deter para cobrar”.
Classificação
Clientes e outros devedores
Ao justo valor.Mensuração inicial
Ao custo amortizado, deduzido de perdas por imparidade.Mensuração subsequente
As perdas por imparidade são registadas com base no modelo simplificado previsto na IFRS 9 registando as perdas esperadas até à maturidade. As perdas esperadas são determinadas tendo por base a experiência de perdas reais históricas ao longo de um período estatisticamente relevante e representativas das características específicas do risco de crédito subjacente (ver Nota 8.1.4).
Imparidadede clientes
As perdas por imparidade são registadas com base no modelo geral de perdas de crédito estimadas da IFRS 9 (ver Nota 8.1.4).
Imparidade de outros devedores
FUNDO DE MANEIOSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
107
Valores a receber - detalheEm 31 de dezembro de 2019 e 2018 os valores a receber, líquidos de perdas de imparidade acumuladas, são detalhados conforme se segue:
60.123.200
783.771
16.812.309
1.792.397
760.810
1.774.965
1.256.428
1.466.552
517.673
7.844.125
5.386.981
Clientes
Contas a receber - Partes relacionadas (Nota 10.4)
Estado
Adiantamentos a fornecedores
Acréscimos de rendimento
Gastos diferidos
Instrumentos financeiros derivados (Nota 8.2.2)
Cauções prestadas a favor de terceiros
Depósito caução
Penhor sobre depósitos
Outros
60.123.200
783.771
16.812.309
1.792.397
760.810
1.774.965
1.256.428
-
-
5.571.124
5.151.551
-
-
-
-
-
-
-
1.466.552
517.673
2.273.001
235.430
61.315.517
950.084
20.937.398
1.984.888
1.135.917
1.067.920
1.141.004
1.361.211
342.569
10.313.041
5.751.112
61.315.517
950.084
20.937.398
1.984.888
1.135.917
1.067.920
1.141.004
-
-
7.185.129
5.310.374
-
-
-
-
-
-
-
1.361.211
342.569
3.127.912
440.738
31/12/2019
Valores em Euros TotalCorrenteNão CorrenteTotalCorrenteNão Corrente
31/12/2018
98.519.210 94.026.554 4.492.656 106.300.661 101.028.231 5.272.430
» Os valores acima são apresentados líquidos de perdas de imparidade acumuladas. A análise de imparidade dos valores a receber é apresentada na Nota 8.1.4 - Risco de crédito.
FUNDO DE MANEIOSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
108
Estado - detalheEm 31 de dezembro de 2019 e 2018, o Estado detalha-se conforme se segue:
31/12/2019 31/12/2018Valores em Euros
7.176.212
865.170
771.192
11.947.233
177.591
2.039.544
1.117.640
459.754
13.083.718
111.653
Imposto sobre o Valor Acrescentado
Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços ((ICMS):
Programa Paraná Competitivo
ICMS - Outros
PIS e COFINS sobre ativos fixos
Restantes Impostos
20.937.398 16.812.309
O Programa Paraná Competitivo, concedido pelo Governo do Estado do Paraná à subsidiária Margem – Companhia de Mineração, SA, refere-se a um incentivo fiscal que tem os seguintes benefícios: a) parcelamento do ICMS incremental; b) diferimento do pagamento do ICMS da energia elétrica e do gás natural por um período de 96 meses, com inicio em agosto de 2015; c) parcelamento, até o vencimento, do ICMS declarado, no caso de recuperação judicial; e d) concessão de crédito presumido em razão da realização de obra de infraestrutura em território paranaense.
Em 31 de dezembro de 2019 e 2018 o PIS e COFINS sobre ativos fixos, no montante de Euros 11.947.233 e de Euros 13.083.718, respetivamente, refere-se à estimativa de crédito de PIS e COFINS das subsidiárias Supremo Cimentos, SA e Margem Companhia de Mineração, SA, sobre itens específicos dos ativos fixos, conforme previsto na Lei 10.673/2002 (PIS) e Lei 10.833/2003 (COFINS) o qual está a ser recuperado na mesma cadência da depreciação dos respetivos ativos.
FUNDO DE MANEIOSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
109
Acréscimos de rendimentos - detalheEm 31 de dezembro de 2019 e 2018, os acréscimos de rendimentos detalham-se conforme se segue:
31/12/2019 31/12/2018Valores em Euros
275.192
860.725
256.023
504.787
Juros a receber
Outros
1.135.917 760.810
Gastos diferidos - detalheEm 31 de dezembro de 2019 e 2018, os gastos diferidos detalham-se conforme se segue:
Valores em Euros 31/12/2019 31/12/2018
749.191
318.729
1.352.265
422.699
Seguros
Outros
1.067.920 1.774.965
FUNDO DE MANEIOSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
110
FUNDO DE MANEIO
04.
4.3. VALORES A PAGAR
Políticas contabilísticas
Ao justo valor, líquido dos custos de transação incorridos.Mensuração inicial
Passivos financeiros ao custo amortizado
Ao custo amortizado, utilizando o método da taxa de juro efetiva.
A diferença entre o valor de reembolso e o valor da mensuração inicial é reconhecida nos resultados ao longo do período da dívida em “Juros de outros passivos financeiros ao custo amortizado” (Nota 5.10).
Mensuração subsequente
Valores a pagar - detalheOs valores a pagar, em 31 de dezembro de 2019 e 2018, são detalhados conoforme se segue:
67.690.357
3.410.022
22.584.327
3.165.806
2.993.967
2.632.880
3.491.139
24.955.636
326.956
12.350.164
333.403
Fornecedores c/c
Fornecedores - Partes relacionadas (Nota 10.4)
Estado
Fornecedores de investimentos c/c
Adiantamentos de clientes
Obrigação por aquisição de investimentos
Outros credores
Acréscimos de gastos
Acréscimos de gastos - Partes relacionadas (Nota 10.4)
Rendimentos diferidos
Instrumentos financeiros derivados (Nota 8.2.2)
67.690.357
3.410.022
22.584.327
3.165.806
2.993.967
2.632.880
3.491.139
24.955.636
326.956
12.350.164
17.093
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
316.310
74.013.573
4.735.518
25.444 .896
4.314.301
729.476
2.654.584
4.466.259
26.234.743
7.290
28.599.867
1.080.865
31/12/2019
Valores em Euros TotalCorrenteNão CorrenteCorrente
31/12/2018
143.934.657 143.618.347 316.310 172.281.372
FUNDO DE MANEIOSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
111
Estado - detalheEm 31 de dezembro de 2019 e 2018, o Estado detalha-se conforme se segue:
31/12/2019 31/12/2018Valores em Euros
1.351.345
2.877.534
1.851.303
1.043.850
17.040.791
483.296
796.777
1.376.242
3.718.081
1.679.262
1.299.679
13.109.455
488.428
913.180
Retenções de Imposto sobre o Rendimento
Imposto sobre o Valor Acrescentado
Contribuições para a Segurança Social
ICMS - Imposto sobre circulação de mercadorias e serviços:
Programa de Desenvolvimento da Empresa Catarinense (PRODEC)
Programa Paraná Competitivo
ICMS - Outros
Outros
25.444.896 22.584.327
O montante apresentado em 31 de dezembro de 2019 e 2018 na rubrica “Programa de Desenvolvimento da Empresa Catarinense (PRODEC)”, no montante de Euros 1.043.850 e de Euros 1.299.679, respetivamente, refere-se a um benefício fiscal atribuído à subsidiária Supremo Cimentos S.A., que consiste no diferimento, por um período de 48 meses, do prazo de pagamento do ICMS devido sobre a receita de vendas, cujo pagamento se iniciou em 10 de abril de 2014. Os montantes apresentados encontram-se descontados para o seu valor presente.
O Programa Paraná Competitivo, concedido pelo Governo do Estado do Paraná à subsidiária Margem – Companhia de Mineração, SA, refere-se a um incentivo fiscal que tem os seguintes benefícios:
a) parcelamento do ICMS incremental;
b) diferimento do pagamento do ICMS da energia elétrica e do gás natural por um período de 96 meses, com início em agosto de 2015;
c) parcelamento, até ao vencimento, do ICMS declarado, no caso de recuperação judicial; e
d) concessão de crédito presumido em razão da realização de obra de infraestrutura em território paranaense.
Obrigações por aquisição de investimentos Refere-se ao pagamento diferido da aquisição de controlo do Grupo Supremo Cimentos, S.A. pela subsidiária Secil Brasil Participações S.A. em julho de 2015, repartido em Euros 130.547 de capital e Euros 2.502.333 de juros.
FUNDO DE MANEIOSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
112
Acréscimos de gastos - detalheEm 31 de dezembro de 2019 e 2018, o Estado detalha-se conforme se segue:
31/12/2019 31/12/2018Valores em Euros
12.168.603
2.378.135
3.158.555
1.867.891
6.661.559
11.625.650
3.029.148
2.293.205
1.476.951
6.530.682
Gastos com o pessoal
Juros a pagar
Consultoria
Gastos com energia
Outros
26.234.743 24.955.636
Rendimentos diferidos - detalheEm 31 de dezembro de 2019 e 2018, os rendimentos diferidos detalham-se conforme se segue:
31/12/2019 31/12/2018Valores em Euros
26.137.942
585.076
1.876.848
11.912.487
350.400
87.277
Licenças de emissão CO2
Tratamento de resíduos
Outros
28.599.867 12.350.164
05.ESTRUTURADE CAPITAL
ESTRUTURA DE CAPITALSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
114
ESTRUTURADE CAPITAL
05.
Nota 31/12/2019 31/12/2018Valores em Euros
5.2
5.3
5.4
5.4
5.5
224.183.484
133.000.000
(93.246.083)
25.868.818
28.039.255
224.183.484
136.500.000
(101.615.381)
16.668.980
11.935.919
Demonstração da posição financeira
Capital próprio
Capital social
Outros instrumentos de capital
Reservas
Resultados transitados
Resultados do período
317.845.474 287.673.002
5.6
5.7
5.8
454.922.168
26.387.848
96.907.045
485.805.619
-
99.443.113
Passivo
Financiamentos obtidos
Passivos de Locação
Caixa e equivalentes de caixa
578.217.061 585.248.732
5.9 (61.852.480) (75.604.456)
Demonstração dos fluxos de caixa
Fluxos de caixa de atividades de financiamento
5.10 (25.849.927) (32.040.431)
Demonstração dos resultados
Rendimentos e gastos financeiros
ESTRUTURA DE CAPITALSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
115
5.1. GESTÃO DE CAPITAL
!! Política de gestão de capitalPara efeitos de gestão de capital, considera-se o Capital Próprio e a Dívida Líquida levantada pelo Grupo junto de terceiros.
A política de gestão de capital do Grupo visa a otimização da estrutura de capitais de modo a:
a) Manter níveis de financiamento adequados à operação e desenvolvimento de cada unidade de negócio;
b) Reduzir o custo do capital minimizando custos e potenciando o resultado do Grupo
c) Proporcionar o retorno acionista e o pontual cumprimento com os credores
d) Assegurar a liquidez e a solvabilidade do Grupo.O Grupo monitoriza o seu nível de endividamento essencialmente através do rácio de Dívida Líquida/EBITDA e do rácio de Autonomia Financeira.
O Grupo tem como política privilegiar a contratação de financiamento local, de modo a manter em cada geografia estruturas de financiamento equilibradas, a fomentar o relacionamento com o mercado financeiro local e a assegurar uma cobertura natural do risco de câmbio.
O Grupo Secil tem ainda como política efetuar a renegociação/ renovação dos financiamentos antes da sua maturidade, de forma a manter um nível adequado de linhas de crédito disponíveis e os prazos de vencimento da dívida fixados no médio/longo prazo.
ESTRUTURADE CAPITAL
05.
ESTRUTURA DE CAPITALSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
116
5.2. CAPITAL SOCIAL E AÇÕES PRÓPRIAS
ESTRUTURADE CAPITAL
05.
Políticas contabilísticas
O capital subscrito e não realizado é registado na rubrica “Valores a receber”.Reconhecimento
Capital social
Os custos diretamente atribuíveis à emissão de novas ações ou outros instrumentos de capital próprio são apresentados como uma dedução, líquida de impostos, ao valor recebido.Os custos diretamente imputáveis à emissão de novas ações ou opções, para a aquisição de um negócio são incluídos no custo de aquisição, como parte do valor de compra.
Emissãode novas ações
Ao valor de aquisição, como uma redução do capital próprio.Reconhecimento
Ações próprias
Quando alguma empresa do Grupo adquire ações da empresa-mãe, o pagamento, que inclui os custos incrementais diretamente associados, é deduzido ao capital próprio atribuível aos detentores do capital da empresa-mãe até que as ações sejam canceladas, reemitidas ou alienadas.
Aquisições por empresa do Grupo
Quando as ações próprias são subsequentemente vendidas ou reemitidas, qualquer recebimento, líquido de custos de transação diretamente atribuíveis e de impostos, é refletido no capital próprio dos detentores do capital da empresa em Outras reservas (Nota 5.5).
Alienaçãode ações próprias
A extinção de ações próprias é refletida nas demonstrações financeiras consolidadas como uma redução do Capital social e na rubrica Ações próprias, pelo valor equivalente ao valor nominal e de aquisição, respetivamente, sendo o diferencial apurado entre os dois montantes registado em outras reservas.
Extinçãode ações próprias
ESTRUTURA DE CAPITALSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
117
Detentores de capital da SecilO capital social da Secil encontra-se totalmente subscrito e realizado, sendo totalmente representado por 48.735.540 ações com o valor nominal de Euros 4,60.
O capital social da sociedade, em 31 de dezembro de 2019 e 2018, é detido pelas seguintes pessoas coletivas:
Nº de Ações %Denominação
48.734.540
1.000
100,00%
0,00%
Ações com valor nominal de 4,60 Euros
Semapa, S.G.P.S., S.A.
CIMO - Gestão de participações, SGPS, S.A.
Nº de Ações %
48.734.540
1.000
100,00%
0,00%
31/12/2019 31/12/2018
48.735.540 100,00%48.735.540 100,00%
Redução de capital socialPor deliberação da Assembleia Geral realizada em 31 de maio de 2018, o capital social foi reduzido no montante de 40.416.516 Euros, da seguinte forma:
• Extinção de 4.184.460 ações próprias no valor total de 20.922.300 Euros; e
• Redução do valor nominal das restantes ações em 0,40 Euros, utilizado para cobertura de perdas no montante de 19.494.216 Euros.
Em resultado desta operação, em 31 de dezembro de 2018, o capital social da Empresa passou a ser representado por 48.735.540 ações com o valor nominal de 4,60 Euros (previamente, 5,00 Euros), encontrando-se totalmente subscrito e realizado.
Ações próprias - movimentosNo decurso do período findo em 31 de dezembro de 2018, foram extintas 4.184.460 ações próprias com o valor contabilístico de Euros 22.609.745.
ESTRUTURA DE CAPITALSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
118
5.3. OUTROS INSTRUMENTOS DE CAPITAL PRÓPRIO
ESTRUTURADE CAPITAL
05.
Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2019 e 2018, o movimento ocorrido nos Outros instrumentos de capital próprio é conforme se segue:
31/12/2019 31/12/2018Valores em Euros
136.500.000
(3.500.000)
140.000.000
(3.500.000)
Saldo inicial
Reembolso de Prestações acessórias
133.000.000 136.500.000 Saldo final
Os montantes registados nesta rubrica respeitam a prestações acessórias concedidas pelo acionista Semapa-Sociedade de Investimentos e Gestão, SGPS, S.A..
Nos termos estatutários, estas prestações apenas podem ser restituídas aos acionistas desde que o capital próprio não fique inferior à soma do capital social e da reserva legal.
ESTRUTURA DE CAPITALSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
119
Políticas contabilísticas
5.4. RESERVAS E RESULTADOS TRANSITADOS
ESTRUTURADE CAPITAL
05.
A reserva de conversão cambial corresponde ao montante acumulado relativo à apropriação pelo Grupo das diferenças cambiais resultantes da conversão das demonstrações financeiras das subsidiárias e associadas goodwill (Nota 3.1) e empréstimos que qualificam como extensões do investimento líquido) que operam fora da zona Euro, essencialmente no Brasil, Tunísia, Líbano e Angola.
Reconhecimento
Reserva de conversão cambial
Corresponde à variação acumulada do justo valor dos instrumentos financeiros derivados classificados como de cobertura (Nota 8.2), e dos investimentos financeiros mensurados ao justo valor através de outros rendimentos integrais (Nota 8.3), líquida de impostos diferidos.
Reconhecimento
Reserva de justo valor
A legislação comercial estabelece que, pelo menos, 5% do resultado líquido anual tem de ser destinado ao reforço da reserva legal até que esta represente pelo menos 20% do capital social. Esta reserva não é distribuível a não ser em caso de liquidação da sociedade. Poderá, contudo, ser utilizada para absorver prejuízos, depois de esgotadas as outras reservas, ou incorporada no capital.
Reconhecimento
Reserva legal
Corresponde à reavaliação dos ativos fixos tangíveis e propriedades de investimento, efetuada nos termos da legislação aplicável, que ainda não foi realizada.Esta reserva não se encontra disponível para distribuir aos acionistas do Grupo.
Reconhecimento
Excedentes de revalorização
Esta rubrica corresponde a reservas constituídas através da transferência de resultados de períodos anteriores e outros movimentos. Não é distribuível a parte do saldo correspondente ao valor de aquisição das ações próprias detidas (Nota 5.2).
Reconhecimento
Outras reservas
ESTRUTURA DE CAPITALSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
120
Reservas - detalheEm 31 de dezembro de 2019 e 2018, as Reservas são detalhadas conforme segue:
31/12/2019 31/12/2018Valores em Euros
(150.986.421)
(46.227)
40.874.278
539.168
16.373.119
(156.628.579)
(229.324)
40.680.725
539.168
14.022.629
Reserva de conversão cambial
Reserva de justo valor
Reserva legal
Excedentes de revalorização
Outras reservas
(93.246.083) (101.615.381)
Reserva de conversão cambialNos períodos findos em 31 de dezembro de 2019 e 2018, o movimento ocorrido na Reserva de conversão cambial, por divisa, é conforme se segue:
31/12/2019 31/12/2018Valores em Euros
(3.146.394)
5.627.597
1.374.159
782.740
1.004.061
(6)
(20.377.136)
(10.328.277)
3.288.231
1.814.786
683.655
926
Real Brasileiro
Dinar Tunisino
Libra Libanesa
Dólar Americano
Kwanza Angolano
Metical Moçambicano
(150.986.421) (156.628.579)
(156.628.579) (131.710.764)Saldo inicial
Saldo final
ESTRUTURA DE CAPITALSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
121
Reserva de justo valorNos períodos findos em 31 de dezembro de 2019 e 2018, o movimento ocorrido na Reserva de justo valor é conforme se segue:
31/12/2019 31/12/2018Valores em Euros
(229.324)
252.548
(69.451)
(146.713)
(113.946)
31.335
Saldo inicial
Aumentos de justo valor (Nota 8.2.1)
Efeito de imposto
(46.227) (229 .324)Saldo final
Reserva legalNos períodos findos em 31 de dezembro de 2019 e 2018, o movimento ocorrido na Reserva legal é conforme se segue:
31/12/2019 31/12/2018Valores em Euros
40.680.725
193.553
40.680.725
-
Saldo inicial
Aplicação do resultado do período anterior
40.874.278 40.680.725Saldo final
ESTRUTURA DE CAPITALSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
122
Outras reservasNos períodos findos em 31 de dezembro de 2019 e 2018, o movimento ocorrido nas Outras reservas é conforme se segue:
31/12/2019 31/12/2018Valores em Euros
14.022.629
2.542.528
(89.718)
25.603
(127.923)
-
15.886.545
-
(1.079.243)
281.580
621.192
(1.687.445)
Saldo inicial
Aplicação do resultado do período anterior
Remensuração de benefícios pós-emprego
Remensurações
Efeito de imposto
Aquisições/Alienações a interesses que não controlam
Extinção de ações próprias
16.373.119 14.022.629Saldo final
Resultados transitados - movimentoNos períodos findos em 31 de dezembro de 2019 e 2018, o movimento ocorrido nos Resultados transitados é conforme se segue:
31/12/2019 31/12/2018Valores em Euros
16.668.980
9.199.838
-
-
17.803.613
(20.629.181)
332
19.494.216
Saldo inicial
Transferência do resultado líquido do período anterior para resultados transitados
Impostos sobre itens incluídos diretamente no capital próprio - Terrenos
Cobertura de perdas
25.868.818 16.668.980Saldo final
ESTRUTURA DE CAPITALSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
123
5.5. RESULTADO POR AÇÃO
ESTRUTURADE CAPITAL
05.
Políticas contabilísticas
O resultado básico por ação é apurado com base na divisão dos lucros ou prejuízos atribuíveis aos detentores de capital próprio ordinário da Secil pelo número médio ponderado de ações ordinárias em circulação durante o período.Para a finalidade de calcular o resultado diluído por ação, a Secil ajusta os lucros ou prejuízos atribuíveis aos detentores ordinários de capital próprio, bem como o número médio ponderado de ações em circulação, para efeitos de todas as potenciais ações ordinárias diluidoras.
Reconhecimento
Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2019 e 2018, o resultado por ação é determinado conforme se segue:
2019 2018Valores em Euros
28.039.255 11.935.919 Resultado atribuível aos Acionistas da Secil
48.735.540 48.735.540 Número médio ponderado de ações (Nota 5.2)
0,575
0,575
0,245
0,245
Resultado básico por ação
Resultado diluído por ação
Não existem instrumentos financeiros convertíveis sobre as ações da Secil, pelo que não existe diluição dos resultados.
ESTRUTURA DE CAPITALSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
124
Políticas contabilísticas
5.6. FINANCIAMENTOS OBTIDOS
ESTRUTURADE CAPITAL
05.
Ao justo valor, líquido dos custos de transação incorridos.Mensuração inicial
Os financiamentos obtidos incluem empréstimos por obrigações, papel comercial, empréstimos bancários e outros financiamentos.
Ao custo amortizado, utilizando o método da taxa de juro efetiva.A diferença entre o valor de reembolso e o valor da mensuração inicial é reconhecida na Demonstração dos resultados ao longo do período da dívida em “Juros suportados com outros empréstimos obtidos” na Nota 5.10 – Rendimentos e gastos financeiros.
Mensuração subsequente
O valor contabilístico dos financiamentos obtidos de curto prazo ou contratados com taxas de juro variáveis aproxima-se do seu justo valor.O justo valor dos financiamentos obtidos que são remunerados a taxa fixa é divulgado na Nota 8.4 – Ativos e passivos financeiros.
Justo valor
No passivo corrente, exceto se o Grupo detiver um direito incondicional de diferir a liquidação do passivo por pelo menos 12 meses após a data de relato.
Apresentação
Estimativas e julgamentos contabilísticos
Papel comercialO Grupo tem diversos programas de emissão de papel comercial negociados, de acordo com os quais é frequente a realização de emissões com maturidade contratual inferior a um ano, mas com natureza revolving. Nos casos em que o Grupo espera realizar o roll over destes financiamentos, apresenta os mesmos como passivos não correntes.
ESTRUTURA DE CAPITALSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
125
Financiamentos obtidos - detalheEm 31 de dezembro de 2019 e 2018, os financiamen-tos obtidos são detalhados conforme se segue:
236.000.000
125.000.000
122.607.544
(3.138.559)
Empréstimos por obrigações
Papel Comercial
Empréstimos bancários
Encargos com emissão de empréstimos
-
-
61.583.432
(1.354.928)
236.000.000
125.000.000
61.024.112
(1.783.631)
236.000.000
65.000.000
153.812.249
(2.792.806)
88.571.429
15.000.000
102.592.453
(1.486.278)
147.428.571
50.000.000
51.219.796
(1.306.528)
31/12/2019
Valores em Euros TotalCorrenteNão CorrenteTotalCorrenteNão Corrente
31/12/2018
480.468.985 60.228.504 420.240.481 452.019.443 204.677.604 247.341.839 Dívida bancária remunerada
4.105.680
-
1.230.954
Descobertos bancários
Outros não remunerados
Locações financeiras (antes da adoção da IFRS 16)
4.105.680
-
125.209
-
-
1.105.745
2.747.547
155.178
-
2.747.547
155.178
-
-
-
-
5.336.634 4.230.889 1.105.745 2.902.725 2.902.725 - Outros financiamentos obtidos
485.805.619 64.459.393 421.346.226 454.922.168 207.580.329 247.341.839 Total financiamentos obtidos
Empréstimos por obrigaçõesEm 31 de dezembro de 2019 e 2018, os empréstimos por obrigações são detalhados conforme se segue:
Vencimento Taxa de JuroValores em Euros
2020
2021
2022
2023
2023
2026
Fixa
Fixa
Fixa
Fixa
Fixa
Fixa
Secil 2015 / 2020
Secil 2016 / 2021
Secil 2017 / 2022
Secil 2016 / 2023
Secil 2018 / 2023
Secil 2019 / 2026
31/12/2019 31/12/2018
80.000.000
26.000.000
20.000.000
30.000.000
20.000.000
60.000.000
140.000.000
26.000.000
20.000.000
30.000.000
20.000.000
-
236.000.000 236.000.000
ESTRUTURA DE CAPITALSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
126
Papel comercialEm 31 de dezembro de 2019 os montantes de Papel Comercial contratados e utilizados são detalhados conforme se segue:
Indexada a Euribor 6M
Indexada a Euribor 6M
Indexada a Euribor 6M
Indexada a Euribor 6M
Indexada a Euribor 6M
Fixa
2022
2021
2021
2023
2021
2021
-
35.000.000
-
-
-
30.000.000
Montante utilizado
Taxa de JuroData de
VencimentoTotal
-
-
-
-
-
15.000.000
Corrente
-
35.000.000
-
-
-
15.000.000
Não corrente
20.000.000
75.000.000
25.000.000
50.000.000
20.000.000
30.000.000
Montantecontratado
65.000.000 15.000.000 50.000.000 220.000.000
Em 31 de dezembro de 2018 os montantes de Papel Comercial contratados e utilizados são detalhados conforme se segue:
Indexada a Euribor 6M
Fixa
Indexada a Euribor 6M
Indexada a Euribor 6M
Indexada a Euribor 6M
2019
n.a.
2021
2022
2023
-
-
105.000.000
-
20.000.000
Montante utilizado
Taxa de JuroData de
VencimentoTotal
-
-
-
-
-
Corrente
-
-
105.000.000
-
20.000.000
Não corrente
55.000.000
50.000.000
150.000.000
20.000.000
50.000.000
Montantecontratado
125.000.000 -125.000.000 325.000.000
ESTRUTURA DE CAPITALSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
127
Empréstimos bancáriosEm 31 de dezembro de 2019 e 2018, os montantes de Empréstimos bancários contratados a taxa fixa, taxa variável e indexante associado são detalhados con-forme se segue:
121.935.753
671.791
Taxa variável
Taxa fixa
60.911.641
671.791
61.024.112
-
96.285.999
57.526.250
96.242.344
6.350.109
43.655
51.176.141
31/12/2019
Valores em Euros TotalCorrenteNão CorrenteTotalCorrenteNão Corrente
31/12/2018
31.758.595
44.071.150
11.563.790
671.791
12.337.847
22.204.371
TJLP/Cesta Moedas/Fixa e US$
CDI
TMM
Taxa fixa
Euribor
Outros
12.895.447
19.224.925
5.597.278
671.791
4.128.116
19.065.875
18.863.148
24.846.225
5.966.512
-
8.209.731
3.138.496
19.427.513
67.395.876
14.343.379
6.393.762
8.204.515
38.047.204
13.273.456
47.477.778
10.397.075
6.350.107
3.568.330
21.525.707
6.154.057
19.918.098
3.946.304
43.655
4.636.185
16.521.497
31/12/2019
Indexante TotalCorrenteNão CorrenteTotalCorrenteNão Corrente
31/12/2018
122.607.544 61.583.432 61.024.112 153.812.249 102.592.453 51.219.796
122.607.544 61.583.432 61.024.112 153.812.249 102.592.453 51 .219.796
ESTRUTURA DE CAPITALSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
128
Prazos de reembolso dos empréstimosA parcela classificada como não corrente em 31 de dezembro de 2019 e em 2018 tem o seguinte plano de reembolso definido:
31/12/2019 31/12/2018Valores em Euros
104.539.491
42.290.759
32.916.220
4.938.191
62.657.179
168.329.640
154.844.634
36.002.915
54.530.211
7.638.826
1 a 2 anos
2 a 3 anos
3 a 4 anos
4 a 5 anos
Mais de 5 anos
247.341.839 421.346.226 Total
Covenants financeiros em vigorPara determinado tipo de operações de financiamento, existem compromissos de manutenção de certos rácios financeiros cujos limites se encontram previamente negociados. Os covenants existentes referem-se nomeadamente a cláusulas de Cross default, Pari Passu, Negative pledge, Ownership-clause, cláusulas relacionadas com a manutenção das atividades do Grupo, manutenção de rácios financeiros, nomeadamente de Dívida Líquida/EBITDA comuns nos contratos de financiamento.
Adicionalmente, o Grupo cumpre os rácios a que está obrigado pelos contratos de financiamento em vigor em 31 de dezembro de 2019 e 2018.
ESTRUTURA DE CAPITALSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
129
Políticas contabilísticas
5.7. PASSIVOS DE LOCAÇÃO
ESTRUTURADE CAPITAL
05.
Na data de início da locação, o Grupo reconhece passivos de locação mensurados ao valor presente dos pagamentos futuros da locação, os quais incluem pagamentos fixos deduzidos de incentivos de locação a receber, de pagamentos variáveis da locação, e valores que se esperam pagar a título de valor residual garantido. Os pagamentos de locação incluem ainda o preço de exercício de opções de compra ou renovação razoavelmente certas de serem exercidas pelo Grupo ou pagamentos de penalidades de rescisão de locações, se o prazo da locação refletir a opção do Grupo de rescindir o contrato.No cálculo do valor presente dos pagamentos futuros da locação, o Grupo usa a uma taxa de juro incremental de financiamento se a taxa de juro implícita na locação não for facilmente determinável.
Mensuração inicial
Subsequentemente, o valor dos passivos de locação é incrementado pelo valor dos juros (Nota 5.10 - Rendimentos e gastos financeiros) e diminuído pelos pagamentos de locação (rendas).
Mensuração subsequente
Não corrente Corrente TotalValores em Euros
-
-
247.687
18.482.066
99.072
5.292
2.229.366
141.788
5.182.577
-
5.292
2.229.366
389.474
23.664.643
99.072
Angola
Brasil
Líbano
Portugal
Tunísia
7.559.023 26.387.847
Em 31 de dezembro de 2019, os montantes de “Passivos de locação” respeitam aos seguintes direitos de uso por segmento geográfico:
18.828.825
31/12/2019
» A análise de maturidade dos passivos de locação é apresentada na Nota 8.1.3 - Risco de liquidez.
ESTRUTURA DE CAPITALSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
130
Políticas contabilísticas
5.8. CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA
ESTRUTURADE CAPITAL
05.
A rubrica de Caixa e equivalentes de caixa inclui caixa, depósitos bancários e outros investimentos de curto prazo com maturidade inicial até 3 meses, que possam ser imediatamente mobilizáveis sem risco significativo de flutuações de valor.
Reconhecimento
Para efeitos da demonstração de fluxos de caixa, esta rubrica inclui também os descobertos bancários, os quais são apresentados na Posição financeira consolidada, no passivo corrente, na rubrica Financiamentos obtidos (Nota 5.6).
Apresentação
31/12/2019 31/12/2018Valores em Euros
422.417
102.224.498
-
119.627
100.811.513
495.038
Numerário
Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis
Outras aplicações de tesouraria
Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, os saldos de “Caixa e equivalentes de caixa” são conforme se segue:
102.646.915 101.426.178 Caixa e equivalentes de caixa - valor bruto
(5.739.870) (1.983.065)Imparidades decorrentes da aplicação da IFRS 9
96.907.045 99.443.113 Caixa e equivalentes de caixa - valor líquido
(2.747.547) (4.105.680)Descobertos bancários (Nota 5.6)
94.159.498 95.337.433 Caixa e equivalentes de caixa na demonstração de fluxosde caixa consolidada
Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, não existem saldos significativos em “Caixa e equivalentes de caixa” que estejam sujeitos a restrições de uso do Grupo.
» Os saldos relativos a depósitos bancários sobre os quais existem penhores estão incluídos na Nota 4.2 – Valores a receber.
ESTRUTURA DE CAPITALSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
131
5.9. FLUXOS DE CAIXA DE ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO
ESTRUTURADE CAPITAL
05.
Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2019 e 2018, os movimentos ocorridos nos passivos de atividades de financiamento do Grupo são conforme se segue:
236.000.000
65.000.000
153.812.249
2.747.547
(2.792.806)
2.902.725
26.387.847
Financiamentos obtidos (Nota 5.6)
Empréstimos por obrigações
Papel comercial
Empréstimos bancários
Descobertos bancários
Encargos com emissão de empréstimos
Outros financiamentos
Passivos de locação (Nota 5.7)
-
-
(4.980.140)
276.002
(19.556)
-
(57.994)
-
-
-
-
-
5.774.083
-
-
-
3.357.324
-
-
-
-
-
-
-
8.810.556
-
(60.000.000)
36.184.846
(1.634.136
(2.992.015)
(2.433.909
(7.979.283)
Valores em Euros 31/12/2019Diferenças
cambiaisEspecialização
de jurosAmortizaçãode encargos
Reconhecimen-to de locações
Fluxos de caixa de atividades de
financiamento
Transações que não afetam caixa e equivalentes de caixa
236.000.000
125.000.000
122.607.544
4.105.680
(3.138.559)
5.336.634
19.840.485
01/01/2019
484.057.562 Total (4.781.688)5.774.083 3.357.324 8.810.556 (38.854.497)509.751.784
236.000.000
125.000.000
122.607.544
4.105.680
(3.138.559)
5.336.634
Financiamentos obtidos (Nota 5.6)
Empréstimos por obrigações
Papel comercial
Empréstimos bancários
Descobertos bancários
Encargos com emissão de empréstimos
Outros financiamentos
-
-
(8.681.445)
(393.427)
(224.531)
-
-
-
-
3.300.969
-
20.000.000
(42.000.000)
(18.482.128)
2.371.643
(2.096.966)
3.209.170
Valores em Euros 31/12/2018Diferenças
cambiaisAmortizaçãode encargos
Fluxos de caixa de atividades de
financiamento
Transações que não afetam caixae equivalentes de caixa
216.000.000
167.000.000
149.771.117
2.127.464
(4.118.031)
2.127.464
01/01/2018
489.911.299 Total (9.299.404)3.300.969 (36.998.280)532.908.014
ESTRUTURA DE CAPITALSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
132
Políticas contabilísticas
5.10. RENDIMENTOS E GASTOS FINANCEIROS
ESTRUTURADE CAPITAL
05.
O Grupo classifica como “Rendimentos e gastos financeiros”:- os rendimentos e ganhos que resultam da atividade de gestão de tesouraria tais como: i) os juros obtidos pela aplicação de excedentes de tesouraria; e ii) as variações de justo valor de instrumentos financeiros derivados negociados para a cobertura do risco de taxa de juro e taxa de câmbio dos financiamentos, independentemente da designação formal de cobertura.
Apresentação
ESTRUTURA DE CAPITALSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
133
31/12/2019 31/12/2018Valores em Euros
(18.151.966)
(8.529)
(18.791.097)
(40.073)
Juros suportados com títulos de dívida e dívida bancária
Juros suportados com outros financiamentos obtidos
Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, o detalhe dos Rendimentos e gastos financeiros é conforme se segue:
(18.160.495) (18.831.170)Juros suportados por aplicação do método do juro efetivo
(3.357.324)
(1.481.553)
(1.033.081)
(3.300.969)
(3.780.921)
-
Comissões de empréstimos e gastos com aberturas de crédito
Diferenças de câmbio desfavoráveis em financiamentos obtidos e passivos de locação
Juros suportados com passivos de locação
(5.871.958) (7.081.890)Gastos financeiros relativos à estrutura de capital do Grupo
(265.628)
(8.354.472)
(1.119.024)
(9.053.954)
(4.704.104)
(309.709)
(17.815.054)
595.716
(93.874)
(509.380)
Desconto financeiro de provisões (Nota 9.1)
Outras diferenças de câmbio desfavoráveis
Perdas com instrumentos derivados de negociação (Nota 8.2)
Juros incorridos com instrumentos derivados
Outros gastos e perdas financeiros
(47.529.635) (44.045.361)Gastos e perdas financeiros
15.895.612
5.285.726
498.370
2.534.925
9.356.525
113.480
Juros obtidos de ativos financeiros ao custo amortizado
Diferenças de câmbio favoráveis
Outros rendimentos e ganhos financeiros
21.679.708 12.004.930 Rendimentos e ganhos financeiros
(25.849.927) (32.040.431)Resultados financeiros
As diferenças de câmbio em financiamentos obtidos e direitos de uso resultam, essencialmente, da atualização cambial dos financiamentos contratados em USD pelas subsidiárias Supremo Cimentos, S.A. e Margem - Companhia de Mineração, SA.
Em 2019, a rubrica Outros gastos e perdas financeiros inclui Euros 3.732.586 resultantes do reconhecimento de imparidades decorrentes da aplicação da IFRS 9 sobre saldos de Caixa e equivalentes de caixa.
06.IMPOSTO SOBREO RENDIMENTO
IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTOSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
135
IMPOSTO SOBREO RENDIMENTO
06.
Nota 31/12/2019 31/12/2018Valores em Euros
6.1
6.2
6.450.566
73.185.310
5.112.451
52.800.118
Demonstração da posição financeira
Ativo
Imposto sobre o rendimento
Ativos por impostos diferidos
6.1
6.2
16.108.704
53.907.577
17.175.783
48.938.481
Passivo
Imposto sobre o rendimento
Passivos por impostos diferidos
6.1
6.1
6.1
10.946.304
(1.008.834)
(16.368.529)
7.571.360
(5.326.546)
(4.282.808)
Demonstração dos Resultados
Imposto corrente
Variação de posições fiscais incertas no período
Imposto diferido
(6.431.059) (2.037.994)
IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTOSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
136
IMPOSTO SOBREO RENDIMENTO
06.
Políticas contabilísticas
6.1. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTODO PERÍODO
O imposto corrente do período e de períodos anteriores é, na medida em que não esteja pago, reconhecido como passivo, na rubrica “Imposto sobre o rendimento”.Se a quantia já paga, com respeito ao período e períodos anteriores, exceder a quantia devida para esse período, o excesso é reconhecido como um ativo, na rubrica “Imposto sobre o rendimento”.
Reconhecimentode passivos e ativos
Os passivos (ativos) por imposto corrente do período e períodos anteriores são mensurados pela quantia que se espera que seja paga (recuperada) às autoridades fiscais, usando as taxas fiscais (e leis fiscais) que tenham sido decretadas.
Mensuração
O imposto corrente sobre o rendimento é determinado com base nos resultados líquidos do período das várias entidades incluídas no perímetro de consolidação, ajustados em conformidade com a respetiva legislação fiscal vigente à data da Posição financeira consolidada.O lucro tributável difere do resultado contabilístico, uma vez que exclui diversos gastos e rendimentos que apenas serão dedutíveis ou tributáveis noutros períodos. O lucro tributável exclui ainda gastos e rendimentos que nunca serão dedutíveis ou tributáveis.
Reconhecimentoem resultados
A Secil e algumas das suas subsidiárias residentes em Portugal integram, desde 1 de janeiro de 2014, o grupo fiscal do qual a Semapa, SGPS, S.A. é a sociedade dominante, sendo tributadas pelo Regime Especial de Tributação de Grupos de Sociedades (RETGS), constituído pelas empresas com uma participação igual ou superior a 75% e que cumprem as condições previstas no artigo 69º e seguintes do código do IRC.As empresas que integram o perímetro do grupo de sociedades sujeitas a este regime apuram e registam o imposto sobre o rendimento tal como se fossem tributadas numa ótica individual. O imposto apurado, a pagar ou receber, é reconhecido, como passivo ou ativo, na rubrica “Imposto sobre o rendimento”, no entanto a pagar ou reembolsar à sociedade dominante do grupo fiscal, atualmente a Semapa, SGPS, S.A. (Nota 10), a quem compete o apuramento global e a autoliquidação do imposto.
Empresas tributadas pelo Regime Especial de Tributação de Grupos de Sociedades (RETGS)
IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTOSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
137
Estimativas e julgamentos contabilísticos
Passivos para liquidações adicionasO Grupo reconhece passivos para liquidações adicionais de impostos que possam resultar de revisões efetuadas pelas autoridades fiscais dos diferentes territórios onde o Grupo desenvolve atividade. Quando o resultado final destas situações é diferente dos valores inicialmente registados, as diferenças terão impacto no imposto sobre o rendimento, no período em que tais diferenças se constatam.
Em Portugal, as declarações anuais de rendimentos estão sujeitas a revisão e eventual ajustamento por parte das autoridades fiscais durante um período de 4 anos. Contudo, no caso de serem apresentados prejuízos fiscais estes podem ser sujeitos a revisão pelas autoridades fiscais por um período de 6 anos. Noutros países em que o Grupo desenvolve a sua atividade estes prazos são diferentes, em regra superiores.
O Conselho de Administração entende que eventuais correções àquelas declarações em resultado de revisões/inspeções por parte das autoridades fiscais não terão efeito significativo nas demonstrações financeiras consolidadas em 31 de dezembro de 2019, sendo certo que já foram revistos pela Autoridade Tributária e Aduaneira os períodos até 2015, inclusive.
Posições fiscais incertasO montante dos ativos e passivos estimados, registados por conta de processos fiscais, decorre de uma avaliação efetuada pelo Grupo com referência à data da Demonstração da posição financeira consolidada, quanto a potenciais divergências de entendimento com a Administração Tributária, tendo em conta os desenvolvimentos que vão ocorrendo nas matérias fiscais.
O Grupo, no que se refere à mensuração das posições fiscais incertas, tem em consideração o disposto na IFRIC 23 – ‘Incerteza quanto aos impostos sobre o rendimento’, nomeadamente na mensuração dos riscos e incertezas na definição da melhor estimativa do gasto exigido para liquidar a obrigação, através da ponderação de todos os possíveis resultados por si controlados e respetivas probabilidades associadas.
IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTOSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
138
Imposto reconhecido na demonstração dos resul-tados consolidadosEm 31 de dezembro de 2019 e 2018, o detalhe do “Imposto sobre o rendimento” é conforme se segue:
2019 2018Valores em Euros
10.946.304
(1.008.834)
(16.368.529)
7.571.360
(5.326.546)
(4.282.808)
Imposto corrente
Variação de posições fiscais incertas no período
Imposto diferido (Nota 6.2)
(6.431.059) (2.037.994)
Em 2019 e 2018 esta rubrica reflete um conjunto de reversões de provisões fiscais, em consequência do encerramento de alguns processos de inspeção fiscal e de decisões dos tribunais favoráveis ao Grupo.
TAXA DE IMPOSTO NOMINAL NAS PRINCIPAIS GEOGRAFIAS ONDE O GRUPO OPERA
2019 2018
21,0%
1,5%
21,0%
1,5%
Portugal
Taxa nominal de imposto sobre o rendimento
Derrama municipal
22,5% 22,5%
3,0%
5,0%
9,0%
3,0%
5,0%
9,0%
Derrama estadual - sobre as partes dos lucros tributáveis entre 1.500.000 Euros e 7.500.000 Euros
Derrama estadual - sobre as partes dos lucros tributáveis entre 7.500.000 Euros e 35.000.000 Euros
Derrama estadual - sobre as partes dos lucros tributáveis acima de 35.000.000 Euros
34,0%
25,0%
17,0%
30,0%
34,0%
25,0%
17,0%
30,0%
Outros países
Brasil - taxa nominal
Tunísia - taxa nominal
Líbano - taxa nominal
Angola - taxa nominal
IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTOSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
139
RECONCILIAÇÃO DA TAXA EFETIVA DE IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO DO PERÍODO
2019 2018
4.602.107
1.022.690
3.280.670
729.038
Imposto esperado à taxa nominal (22,5%)
Derrama estadual (5,0%)
Valores em Euros
20.453.808 14.580.756 Resultado antes de impostos
5.624.797 4.009.708 Imposto resultante da taxa aplicável
8.930.384
461.597
(795.258)
2.432.787
(1.008.834)
(1.417.055)
118.786
(21.640.344)
862.081
1.202.060
(238.932)
(775.645)
4.709.274
(5.326.546)
(3.016.676)
448.929
(4.450.665)
1.400.499
Diferenças (a)
Imposto relativo a períodos anteriores
Prejuízos fiscais recuperáveis
Prejuízos fiscais não recuperáveis
Liquidações adicionais de imposto
Efeito de taxas de imposto diferentes
Retenção na fonte a título definitivo
Benefícios fiscais
Outros ajustamentos à coleta (b)
(6.431.059) (2.037.994)
-31,44% -13,98%Taxa efetiva de imposto
2019 2018(a) Este valor respeita essencialmente a:
(1.719.099)
225.831
(960.781)
9.426.677
(2.454.111)
(6.140.488)
17.068.045
11.237.745
2.519.488
3.270.818
(1.182.762)
241.132
(681.546)
916.102
(1.433.046)
(952.052)
5.129.221
-
2.589.828
(255.751)
Efeito da aplicação do método da Equivalência Patrimonial (Nota 10.3)
Mais / (Menos) valias fiscais
(Mais) / Menos valias contabilísticas
Imparidades e provisões tributadas
Benefícios fiscais
Redução de imparidades e provisões tributadas
Resultados intra-grupo sujeitos a tributação
Amortização e perdas por imparidade do goodwill (Nota 3.1)
Reporte dos gastos de financiamento líquidos de períodos anteriores
Outros
32.474.125 4.371.126
8.930.384 1.202.060 Impacto fiscal (27,5%)
(b) O montante mostrado na rubrica “Ajustamentos à coleta” respeita essencialmente à tributação autónoma.
IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTOSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
140
Imposto reconhecido na demonstração da posição financeira consolidadaEm 31 de dezembro de 2019 e 2018, o detalhe do “Imposto sobre o rendimento” é conforme se segue:
6.450.566 5.112.451
Ativo
Imposto sobre o rendimento
31/12/2019 31/12/2018Valores em Euros
6.450.566 5.112.451
4.399.076
11.709.628
4.514.205
12.661.578
Passivo
Imposto sobre o rendimento
Responsabilidades adicionais de imposto
16.108.704 17.175.783
DECOMPOSIÇÃO DA RUBRICA IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO
31/12/2019 31/12/2018Valores em Euros
5.821.298
63.444
(1.569.599)
(788.932)
(1.208.352)
5.778.766
(60.000)
(1.145.818)
(342.428)
(810.165)
Imposto sobre o rendimento
Imposto sobre o rendimento do período
Ajustamento cambial
Pagamentos por conta, especiais e adicionais por conta
Retenções na fonte a recuperar
Imposto sobre o rendimento de períodos anteriores
2.317.859 3.420.355
4.544.623
(5.295.068)
(3.618.904)
-
1.582.597
(2.236.098)
(3.367.115)
2.015
Imposto sobre o rendimento - Grupo fiscal Semapa
Imposto sobre o rendimento do período
Pagamentos por conta, especiais e adicionais por conta
Retenções na fonte a recuperar
Imposto sobre o rendimento de períodos anteriores
(4.369.349) (4.018.601)
(2.051.490) (598.247)
Nota
10.4
IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTOSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
141
POSIÇÕES FISCAIS INCERTAS - PASSIVOS
31/12/2019 31/12/2018Valores em Euros
503.781
(1.512.615)
-
-
56.884
1.009.819
(6.336.365)
(303.952)
(93.697)
(296.443)
Aumentos
Reversões
Transferências
Utilizações
Ajustamento cambial
12.661.578 18.682.216 Saldo no início do período
11.709.628 12.661.578 Saldo no final do período
(1.008.834) (5.326.546)Montante reconhecido em resultados do período - (ganho) / perda
IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTOSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
142
IMPOSTO SOBREO RENDIMENTO
06.
Políticas contabilísticas
6.2. IMPOSTOS DIFERIDOS
O imposto diferido é calculado com base na responsabilidade da Posição financeira consolidada, sobre as diferenças temporárias entre os valores contabilísticos dos ativos e passivos e a respetiva base de tributação.São reconhecidos ativos por impostos diferidos sempre que exista razoável segurança de que serão gerados lucros tributáveis futuros contra os quais poderão ser utilizados.
Reconhecimentode passivos e ativos
Para a determinação do imposto diferido é utilizada a taxa fiscal que se espera estar em vigor no período em que as diferenças temporárias serão revertidas.
Mensuração
Os impostos diferidos são registados como gasto ou rendimento do período, exceto se resultarem de valores registados diretamente em capital próprio, situação em que o imposto diferido é também registado na mesma rubrica. Os incentivos fiscais atribuídos no âmbito de projetos de investimento a desenvolver pelo Grupo são reconhecidos em resultados do período na medida da existência de matéria coletável nas empresas beneficiárias que permita a sua utilização.
Reconhecimentoem resultados
Estimativas e julgamentos contabilísticos
Impostos diferidos reconhecidos em relação a pre-juízos fiscais por utilizarOs ativos por imposto diferido registados em relação a prejuízos fiscais por utilizar com referência a 31 de dezembro de 2019 e 2018, são integralmente referentes à subsidiária Margem Companhia de Mineração, S.A., subsidiária do Grupo sedeada no Brasil detentora da nova fábrica de Cimento construída pelo Grupo em Adrianópolis, Estado do Paraná, que entrou em funcionamento no segundo semestre de 2015. Na medida em que a legislação fiscal brasileira em vigor não impõe qualquer limite temporal para a sua utilização contra lucros tributáveis futuros, é convicção da gestão que, de acordo com o plano de negócios de médio prazo, o projeto venha a gerar lucros tributáveis que serão compensados com os prejuízos fiscais acumulados nestes primeiros anos de arranque.
Adicionalmente, salienta-se que as depreciações fiscais da Margem Companhia de Mineração, S.A. são mais aceleradas do que as depreciações económicas, gerando impacto negativo significativo no resultado fiscal da referida subsidiária.
Impostos diferidos reconhecidos em relação a cré-ditos fiscais por utilizarOs ativos por impostos diferidos registados em relação a créditos fiscais por utilizar com referência a 31 de dezembro de 2019, são referentes à Secil e às subsidiárias residentes em Portugal que obtiveram créditos de imposto decorrentes de dispêndios realizados em investigação e desenvolvimento.
De acordo com o plano de negócios de médio prazo, a Secil e as subsidiárias referidas geram lucros tributáveis e consequentemente coleta suficiente para utilizar os créditos de imposto disponíveis.
IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTOSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
143
-
-
-
-
-
-
-
(1.000.000)
-
Valores em Euros 31/12/2019
Reclassificação para ativos
detidos para venda
Movimentos em impostos diferidosNo decurso dos períodos findos em 31 de dezembro de 2019 e 2018, os movimentos ocorridos nos ativos e passivos por impostos diferidos, são os seguintes:
81.798.374
6.689.162
21.144.154
4.028.428
2.029.794
1.627.125
60.645.084
3.153.805
10.724.322
Diferenças temporárias que originam ativos por impostos diferidos
Prejuízos fiscais reportáveis
Provisões para recuperação ambiental e paisagística
Provisões e imparidades tributadas
Benefícios pós-emprego e outros benefícios de longo prazo
Mais-valias contabilísticas diferidas (intra-grupo)
Justo valor apurado em combinações empresariais
Amortizações de ativos intangíveis
Imparidades em ativos fixos
Outras diferenças temporárias
(1.000.000) 191.840.248
-
-
-
-
-
-
-
-
-
(44.680.764)
1.568.413
(477.070)
(48.285.783)
-
-
(75.561.496)
(1.504.944)
(663.431)
Diferenças temporárias que originam passivos por impostos diferidos
Reavaliação de ativos fixos tangíveis
Instrumentos financeiros
Diferimento da tributação de mais-valias
Acréscimos de depreciações
Subsídios ao investimento
Licenças emissão de gases com efeito de estufa
Justo valor apurado em combinações empresariais
Excesso do fundo de pensões
Outras diferenças temporárias
- (169.605.075)
(275.000) 73.185.310 Ativos por impostos diferidos
- (53.907.577)Passivos por impostos diferidos
-
-
-
285.329
-
-
-
-
(252.548)
-
(849.344)
(5.196.302)
(620.318)
(44.406)
-
(3.605.360)
(1.930.837)
(11.509)
9.222.704
4.141.180
10.418.295
127.860
467.724
-
-
1.999.358
527.202
CapitalpróprioReduçõesAumentos
(1.734.980)
(157)
286.246
4.560
(41)
30.731
31.474
-
(10.830)
Ajustamento Cambial
74.310.650
3.397.483
15.635.915
4.230.997
1.606.517
1.596.394
64.218.970
4.085.284
10.472.007
01/01/2019
Demonstração de resultados
32.781 (12.258.076)26.904.323 (1.392.997)179.554.217
-
-
-
-
-
-
-
(194.471)
-
531.989
564.051
31.007
-
-
-
9.090.362
-
48.417
-
-
-
(7.963.553)
-
-
-
(22.053)
(69.450)
880.223
(35.308)
-
360.816
-
-
(2.759.629)
(2.000)
5.104
(46.092.976)
1 039.670
(508.077)
(40.683.046)
-
-
(81.892.229)
(1.286.420)
(647.502)
(194.471)10.265.826 (8.055.056)(1.550.794)(170.070.580)
7.406 (3.013.647)24.192.068 (525.635)52.800.118
(50.969)2.173 .037 (6.982.929)(108.235)(48.938.481)
IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTOSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
144
-
-
-
-
-
-
-
(8.806.215)
-
-
-
-
(34.958)
-
-
-
-
-
-
-
-
138.062
-
-
-
-
113.945
-
(153.617)
(8.218.115)
(678.115)
(86.322)
-
(3.475.000)
(766.728)
1.466.088
13.980.125
300.010
7.397.403
235.359
(335.835)
-
1.329.677
1.950.000
4.885.008
Valores em Euros 31/12/2018
Reclassificação para ativos
detidos para vendaTransferências
CapitalpróprioReduçõesAumentos
(7.602.039)
(800)
(633.393)
(4.600)
(8.327)
72.230
49.058
-
(241.758)
Ajustamento Cambial
74.310.650
3.397.483
15.635.915
4.230.997
1.606.517
1.596.394
64.218.970
4.085.284
10.472.007
Diferenças temporárias que originam ativos por impostos diferidos
Prejuízos fiscais reportáveis
Provisões para recuperação ambiental e paisagística
Provisões e imparidades tributadas
Benefícios pós-emprego e outros benefícios de longo prazo
Mais-valias contabilísticas diferidas (intra-grupo)
Justo valor apurado em combinações empresariais
Amortizações de ativos intangíveis
Imparidades em ativos fixos
Outras diferenças temporárias
67.932.564
3.251.890
17.090.020
4.575.249
2.037.001
1.524.164
66.315.235
11.708.227
4.248.724
01/01/2018
Demonstração de resultados
(8.806.215)(34.958)252.007 (11.911.809)29.741.747 (8.369.629) 179.554.217 178.683.074
-
-
-
-
259.364
-
-
-
-
-
-
-
34.958
-
-
-
-
-
1.477
942.443
-
1.128.433
-
33.728
-
6.777.931
-
229.150
(51.002)
(103.000)
-
(10.766.143)
-
(128.004)
-
5.259.974
(131.972)
-
4.045.599
5.982.113
1.658
48.695
(46.092.976)
1.039.670
(508.077)
(40.683.046)
(81.892.229)
(1.286.420)
(647.502)
Diferenças temporárias que originam passivos por impostos diferidos
Reavaliação de ativos fixos tangíveis
Instrumentos financeiros
Diferimento da tributação de mais-valias
Acréscimos de depreciações
Justo valor apurado em combinações empresariais
Excesso do fundo de pensões
Outras diferenças temporárias
(52.430.381)
1.274.642
(541.805)
(33.962.502)
(94.913.114)
(2.137.475)
(925.347)
259.364 34.958 943.920 8.169.242 (11.048.149)15.206.067 (170.070.580)(183.635.982)
(2.421.709)(8.739)69.154 (2.617.354)8.334.674 (2.860.483) 52.800.118 52.304.575 Ativos por impostos diferidos
(64.482)8.739 243.803 1.715.094 (3.149.606)4.834.127 (48.938.481)(52.526.156)Passivos por impostos diferidos
IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTOSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
145
Prejuízos fiscais por utilizar sem impostos diferidos reconhecidosOs prejuízos fiscais sobre os quais o Grupo considera, nesta data, não existir a capacidade de dedução de lucros tributáveis futuros, e como tal sem imposto diferido ativo, detalham-se por ano de prescrição conforme se segue:
131.822
151.348
11.918
-
-
14.669.847
-
64.132
8.170.054
46.376.238
Não tributadas pelo RETGS
ALLMA - Microalgas, Lda.
Florimar- Gestão e Participações, S.G.P.S., Lda.
Madebritas - Sociedade de Britas da Madeira, Lda.
Secil Angola, SARL
Secil - Companhia de Cimento do Lobito, S.A.
Silonor, S.A.
Soime, S.A.L.
Zarzis Béton
Secil Brasil Participações, S.A.
Supremo Cimentos, S.A.
78
480.004
-
-
-
-
-
-
-
-
20.401
36.965
-
-
-
-
-
-
-
-
300
20.602
-
-
2.441.024
-
45.505
-
-
-
-
-
-
568.284
655.220
-
108.098
-
-
-
-
-
-
597.336
92.710
-
260.537
-
-
-
31/12/2019Valores em Euros
2025 e posteriores20242023202220212020
152.601
688.919
11.918
1.165.620
3.188.954
14.669.847
414.140
64.132
8.170.054
46.376.238
Total
69.575.359 480.082 57.366 2.507.431 1.331.602 950.583 74.902.423
41.388
168.177
8.598.050
-
21.005.130
236.982
3.680.035
40.924
17.676
3.503.714
Tributadas pelo RETGS
Allmicroalgae - Natural products, S.A.
Argibetão - Sociedade de Novos Produtos de Argila e Betão, S.A.
Ciminpart - Investimentos e Participações, S.G.P.S., S.A.
Hewbol, S.G.P.S., Lda.
Secil - Companhia Companhia Geral de Cal e Cimento, S.A.
Secil Brands - Marketing, Publicidade, Gestão e Desenvolvimento de Marcas, Lda.
Secil Prébetão, S.A.
Serife - Sociedade de Estudos e Realizações Industri-ais e de Fornecimento de Equipamento, Lda.
SPB - S.G.P.S., Lda.
Unibetão - Indústrias de Betão Preparado, S.A.
-
89.667
627.316
5.324
-
217.758
295.452
10.285
4.403
-
22.433
303.923
6.586.938
17.247
37.214
230.864
657.310
80
4.743
-
106.626
256.334
7.214.482
871.318
-
693.055
239.207
10.617
6.268
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
170.447
818.102
23.026.786
893.889
21.042.344
1.378.659
4.872.004
61.906
33.090
3.503.714
37.292.076 1.250.206 7.860.752 9.397.907 - - 55.800.941
106.867.435 1.730.288 7.918.118 11.905.338 1.331.602 950.583 130.703.364
IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTOSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
146
131.822
171.950
10.013
-
4.336.684
17.676
-
390.279
14.259.257
-
58.311
-
7.917.965
44.741.825
Não tributadas pelo RETGS
ALLMA - Microalgas, Lda.
Florimar- Gestão e Participações, S.G.P.S., Lda.
Madebritas - Sociedade de Britas da Madeira, Lda.
Secil Angola, SARL
Secil Prébetão, S.A.
SPB - S.G.P.S., Lda.
Secil - Companhia de Cimento do Lobito, S.A.
Secil Cement, B.V. (ex Seciment Investments, B.V.)
Silonor, S.A.
Soime, S.A.L.
Zarzis Béton
Sociedade de Inertes, Lda.
Secil Brasil Participações, S.A.
Supremo Cimentos, S.A.
20.401
-
-
-
239.218
4.743
-
-
-
-
-
-
-
-
300
-
-
-
-
6.268
-
-
-
-
-
211.812
-
-
-
-
-
-
-
-
1.021.777
-
-
29.201
-
27.507
-
-
-
-
-
557.563
-
-
144.576
-
-
106.056
-
53.638
-
-
-
59.579
-
586.068
3.545.712
-
706.623
-
-
376.630
-
76.586
-
-
31/12/2018Valores em Euros
2024 e posteriores20232022202120202019
152.523
231.529
10.013
1.143.631
8.121.614
28.687
1.872.976
390.279
14.259.257
511.887
58.311
369.543
7.917.965
44.741.825
Total
72.035.782 264.362 218.380 1.078.485 861.833 5.351.198 79.810.040
94.254
477.863
15.184.988
17.247
21.963.990
467.610
373.253
50.942
5.697.885
Tributadas pelo RETGS
Allmicroalgae - Natural products, S.A.
Argibetão - Sociedade de Novos Produtos de Argila e Betão, S.A.
Ciminpart - Investimentos e Participações, S.G.P.S., S.A.
Hewbol, S.G.P.S., Lda.
Secil - Companhia Companhia Geral de Cal e Cimento, S.A.
Secil Brands - Marketing, Publicidade, Gestão e Desenvolvimento de Marcas, Lda.
Secil Britas, S.A.
Serife - Sociedade de Estudos e Realizações Industriais e de Fornecimento de Equipamento, Lda.
Unibetão - Indústrias de Betão Preparado, S.A.
106.626
256.334
7.214.482
871.318
-
693.055
-
10.617
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
200.880
734.197
22.399.470
888.565
21.963.990
1.160.665
373.253
61.559
5.697.885
44.328.032 9.152.432 - - - - 53.480.464
116.363.814 9.416.794 218.380 1.078.485 861.833 5.351.198 133.290.504
07.PESSOAL
PESSOALSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
148
PESSOAL
07.
Nota 31/12/2019 31/12/2018Valores em Euros
7.2 1.898.374 2.337.633
Demonstração da posição financeira
Passivo
Responsabilidades por benefícios de longo prazo aos empregados
7.1 79.708.600 79.444.575
Demonstração dos resultados
Gastos com o pessoal
PESSOALSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
149
PESSOAL
07.
Políticas contabilísticas
7.1. GASTOS COM O PESSOAL
Estas responsabilidades são registadas no período em que os empregados adquirem o respetivo direito, por contrapartida da demonstração dos resultados, independentemente da data do seu pagamento, e o saldo por liquidar à data da Posição financeira consolidada está relevado na rubrica de Valores a pagar correntes.
Férias e subsídio de fériasDe acordo com a legislação vigente, os empregados têm, anualmente, direito a 22 dias úteis de férias, bem como um subsídio de férias, direito esse adquirido no ano anterior ao do seu pagamento.
Remuneração variávelDe acordo com o sistema de gestão de desempenho vigente, os empregados podem vir a receber uma remuneração variável no caso de cumprirem determinados objetivos, direito esse normalmente adquirido no ano anterior ao do seu pagamento.
Benefíciosde curto prazo
Os benefícios de cessação de emprego são reconhecidos quando o Grupo deixa de poder retirar a oferta dos benefícios; ou na qual o Grupo reconhece os gastos de uma reestruturação, no âmbito do registo das provisões. Os benefícios devidos a mais de 12 meses após o final do período de reporte são descontados para o seu valor presente.
Benefícios de cessação de emprego
Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, o detalhe dos Gastos com o pessoal é conforme se segue:
2019 2018Valores em Euros
5.014.154
52.176.696
1.459.799
48.634
404.601
12.993.314
487.166
5.565.875
1.558.361
5.610.558
51.627.807
1.275.290
153.080
488.825
13.286.134
487.147
5.528.073
987.662
Remunerações dos Órgãos Sociais (Nota 7.3)
Remunerações do pessoal
Benefícios de pós emprego (Nota 7.2.4)
Outros benefícios de longo prazo (Nota 7.2.4)
Indemnizações
Contribuições para a Segurança social e similares
Seguros
Gastos de ação social
Outros gastos com o pessoal
79.708.600 79.444.575
PESSOALSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
150
31/12/2019 31/12/2018 Var. 2019/2018Valores em Euros
945
444
282
153
551
941
486
319
159
565
4
(42)
(37)
(6)
(14)
Portugal
Líbano
Tunísia
Angola
Brasil
2.375 2.470 (95)
NÚMERO DE EMPREGADOS NO FINAL DO PERÍODO
PESSOALSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
151
PESSOAL
07.
7.2. BENEFÍCIOS AOS EMPREGADOS
O Grupo atribui aos seus trabalhadores diversos benefícios pós emprego (benefício definido e de contribuição definida) e outros benefícios de longo prazo (prémios de antiguidade e subsídio por morte).
!! Política de gestão do risco associado a pla-nos de benefício definidoDe forma transversal ao Grupo, a exposição ao risco encontra-se limitada ao número de beneficiários já existentes e terá tendência a diminuir, uma vez que não existem no Grupo planos de benefício definido abertos à adesão de novos empregados.
Os riscos mais significativos a que o Grupo se encontra exposto através dos planos de benefício definido incluem:
a) Risco de alteração da longevidade dos participantes;
b) Risco de variação das taxas de mercado – a variação de taxas impacta a taxa utilizada para descontar as responsabilidades (taxa de juro técnica) que se baseia em curvas de rentabilidade (yield) de obrigações com notação de rating elevada e com maturidades semelhantes às datas de termo das responsabilidades e à taxa de rendimento dos ativos;
c) Risco de alteração da taxa de crescimento salarial e de pensões;
d) Risco de alteração da legislação da segurança social - em Portugal os planos de Benefício Definido do Grupo asseguram um complemento face à pensão da Segurança Social, pelo que a alteração das regras desta terá impacto no valor das responsabilidades.
O nível de financiamento do fundo pode variar em função não só dos riscos enunciados, mas também da rentabilidade dos ativos financeiros do fundo.
Apesar do perfil conservador e da diversificação do fundo, a verificação dos riscos atrás referidos poderá levar à necessidade de contribuições adicionais para o fundo considerando a natureza de benefício definido.
O Grupo mantém no mínimo o nível de cobertura das responsabilidades calculadas com os pressupostos definidos pela Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões.
PESSOALSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
152
Políticas contabilísticas
A Secil e algumas subsidiárias do Grupo assumiram o compromisso de pagar aos seus empregados prestações pecuniárias a título de complementos de pensões de reforma por velhice, invalidez, reforma antecipada e pensões de sobrevivência, constituindo planos de benefício definido.
Com o objetivo de financiar uma parte das suas responsabilidades, o Grupo constituiu Fundos de Pensões autónomos. A maioria das empresas residentes em Portugal, passaram a integrar o Fundo de Pensões do Grupo Secil, que resultou da alteração do contrato constitutivo do Fundo de Pensões Secil, substituindo integralmente os anteriores contratos e produzindo efeitos a 1 de janeiro de 2010. Este Fundo é o suporte financeiro para pagamento dos benefícios previstos nos Planos de Pensões de cada associada (agora geridos conjuntamente).
Com base no método das unidades de crédito projetadas, o Grupo reconhece os custos com a atribuição destes benefícios à medida que os serviços são prestados pelos empregados. Deste modo a responsabilidade total do Grupo é estimada, à data do fecho anual de contas, para cada plano separadamente, por uma entidade especializada e independente.
A responsabilidade assim determinada é apresentada na Posição financeira consolidada, deduzida do justo valor dos fundos constituídos, na rubrica Pensões e outros benefícios pós-emprego.
Os desvios atuariais que resultam da alteração no valor das responsabilidades estimadas, como consequência de alterações aos pressupostos financeiros e demográficos utilizados e ganhos de experiência, adicionadas do diferencial entre o retorno real dos ativos do fundo e a quota parte estimada no juro líquido, são designados por remensurações e registados diretamente na Demonstração do rendimento integral, em resultados transitados.
O juro l íquido corresponde à aplicação da taxa de desconto ao valor das responsabilidades líquidas (valor das responsabilidades deduzido do justo valor dos ativos do fundo) e é reconhecido nos resultados do período, na rubrica de Gastos com o pessoal.
Os ganhos e perdas gerados por um corte ou uma liquidação de um plano de pensões de benefícios definidos são reconhecidos em resultados do período quando o corte ou a liquidação ocorrer. Um corte ocorre quando se verifica uma redução material no número de empregados.
Os custos por responsabilidades passadas, que resultem da implementação de um novo plano ou acréscimos nos benefícios atribuídos, são reconhecidos imediatamente em resultados do período.
Planos de benefícios definidos
Benefícios pós-emprego
PESSOALSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
153
A Secil e algumas subsidiárias do Grupo assumiram compromissos relativos à contribuição para planos de contribuição definida, de uma percentagem dos vencimentos dos empregados abrangidos por esses planos, por forma a proporcionar um complemento de pensões de reforma por velhice, invalidez e pensões de sobrevivência.
Para este efeito, foram constituídos Fundos de Pensões que visam a capitalização daquelas contribuições, para os quais os empregados podem ainda efetuar contribuições voluntárias, que nesse caso serão acrescidas de uma contribuição de incentivo efetuada pela empresa, correspondente a uma percentagem desta sujeita a um valor máximo. O Grupo não assume responsabilidades de contribuição adicionais ou um retorno pré-fixado. Desta forma, as contribuições efetuadas são registadas como gastos do período, no qual são reconhecidas, independentemente do momento da sua liquidação.
Planos de contribuição definida
Benefício definido.Classificação
Complementos de pensões de reforma e sobrevivência (a cargo do Grupo)
As responsabilidades decorrentes dos reformados da Secil, à data de constituição do Fundo de Pensões, 31 de dezembro de 1987, são asseguradas diretamente pela Secil. De igual forma, as responsabilidades assumidas pela subsidiária Secil Martingança, S.A. são asseguradas diretamente pela empresa.
Estes planos são igualmente avaliados semestralmente, por entidades independentes, utilizando o método de cálculo dos capitais de cobertura correspondentes aos prémios únicos das rendas vitalícias imediatas, na avaliação das responsabilidades com atuais pensionistas e o método de crédito da unidade projetada, na avaliação das responsabilidades com ativos.
Entidade Empregadora /Beneficiários
Complemento de pensão de reforma por velhice e sobrevivência.Benefício atribuído
Benefício definido.Classificação
Complementos de pensões de reforma e sobrevivência (com Fundo gerido por Terceiro)
Secil e CMP – Todos os colaboradores admitidos até 31 de dezembro de 2009, com contrato sem termo, que não optaram pela transição para o Plano de contribuição definida e os reformados e pensionistas àquela data.
Unibetão – Todos os trabalhadores abrangidos pelo CCT celebrado entre a APEB e a FEVICCOM, com contrato sem termo, e os reformados e pensionistas à data de 31 de dezembro de 2009.
Beto Madeira - Todos os trabalhadores abrangidos pelo CCT celebrado entre a APEB e a FEVICCOM, com contrato sem termo, e os reformados e pensionistas à data de 31 de dezembro de 2010.
Cimentos Madeira – Os reformados e pensionistas à data de 31 de dezembro de 2011.
Entidade Empregadora /Beneficiários
Complemento de pensão de reforma por velhice e invalidez, reforma antecipada e pensão de sobrevivência.
Benefício atribuído
Fundo de Pensões do Grupo Secil.Fundo constituído
Benefício definido.Classificação
Subsídios de reforma por velhice e invalidez
SCG – Colaboradores no ativo.Entidade Empregadora /Beneficiários
Pagamento de um subsídio de reforma por velhice e por invalidez com base no Acordo Coletivo de Trabalho, artigo 52.
Benefício atribuído
Apólice de seguro.Fundo constituído
PESSOALSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
154
Benefício definido.Classificação
Assistência na doença
Cimentos Madeira - Aplicável apenas aos colaboradores reformados à data de início da apólice de seguro.
Entidade Empregadora /Beneficiários
Regime de assistência na doença, de natureza supletiva relativamente aos serviços oficiais de saúde, para os reformados.
Benefício atribuído
Seguro de saúde.Fundo constituído
Contribuição definida.Classificação
Plano de pensões
Secil e CMP– Todos os colaboradores que à data de 31 de dezembro de 2009, optaram pelo Plano de Contribuição Definida e todos os trabalhadores admitidos após essa data. Sendo também aplicável aos membros dos órgãos de administração.
Unibetão – Todos os colaboradores no ativo à data de 31 de dezembro de 2009 e admitidos após essa data, exceto os trabalhadores abrangidos pelo CCT celebrado entre a APEB e a FEVICCOM. Sendo também aplicável aos membros dos órgãos de administração.
Beto Madeira - Todos os colaboradores no ativo à data de 31 de dezembro de 2010 e admitidos após essa data, exceto os trabalhadores abrangidos pelo CCT celebrado entre a APEB e a FEVICCOM.
Secil Britas - Todos os colaboradores no ativo à data de 31 de dezembro de 2009 e admitidos após essa data. Sendo também aplicável aos membros dos órgãos de administração.
Brimade - Todos os colaboradores no ativo à data de 1 de julho de 2012 e admitidos após essa data.
Cimentos Madeira - Todos os colaboradores no ativo à data de 1 de janeiro de 2012 e admitidos após essa data. Sendo também aplicável aos membros dos órgãos de administração.
Entidade Empregadora /Beneficiários
A Secil e a subsidiária CMP, assumiram com os seus empregados a responsabilidade pelo pagamento de prémios de antiguidade e subsídios por morte, sendo a responsabilidade reconhecida no balanço, por contrapartida de Gastos com o pessoal, correspondente ao valor presente da obrigação destes benefícios, determinada de acordo com as avaliações atuariais em cada data de relato anual.
Ganhos e perdas atuariais e todo o custo dos serviços passados são reconhecidos de imediato como rendimento ou gasto do período.
Reconhecimentoe mensuração
Benefícios de longo prazo
Benefício de longo prazo.Classificação
Subsídios por morte
Secil – Colaboradores no ativo, que tenham sido admitidos até 01-01-2012.CMP – Colaboradores no ativo, que tenham sido admitidos até 01-01-2012.
Entidade Empregadora /Beneficiários
Subsídio por morte.Benefício atribuído
PESSOALSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
155
Benefício de longo prazo.Classificação
Prémio por antiguidade
Secil – Colaboradores no ativoCMP – Colaboradores no ativo
Entidade Empregadora /Beneficiários
Prémio pago aos trabalhadores que:(i) atingem os 25 anos ao serviço da empresa.(ii) no ano de 2011 tenham uma antiguidade superior a 25 anos e inferior a 35 anos e atingem os 35 anos ao serviço da empresa.
Benefício atribuído
Estimativas e julgamentos contabilísticos
Pressupostos atuariaisO Grupo considerou os seguintes pressupostos atuariais, associados a indicadores económicos e demográficos, na avaliação das responsabilidades com benefícios definidos:
31/12/2019 31/12/2018
EKV 80
TV 88/90
1,00%
1,50%
0,45%
4,60%
EKV 80
TV 88/90
1,00%
2,00%
0,45%
4,60%
Fórmula de Benefícios da Segurança Social
Tabelas de invalidez
Tabelas de mortalidade
Taxa de crescimento salarial
Taxa de juro técnica
Taxa de crescimento das pensões
Taxa de crescimento dos prémios do seguro de saúde
Decreto-Lei nº 187/2007 de 10 de maio
Alterações nestes pressupostos podem ter um impacto relevante no cálculo das responsabilidades.
Análise de sensibilidadeO Grupo considera a taxa de juro técnica e a taxa de crescimento salarial esperada como as variáveis mais significativas no cálculo das responsabilidades referentes a planos de benefícios definidos. De seguida apresenta-se uma análise de sensibilidade à variação da taxa de juro técnica e à taxa de crescimento salarial:
31/12/2019
761.406
85.310
Redução de 0,5% na taxa de juro técnica
Acréscimo das responsabilidades assumidas
Aumento de 0,5% na taxa de crescimento salarial
Acréscimo das responsabilidades assumidas
PESSOALSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
156
7.2. BENEFÍCIOS AOS EMPREGADOS
7.2.1. RESPONSABILIDADES LÍQUIDAS
PESSOAL
07.
Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, as responsabili-dades líquidas refletidas na demonstração da posição financeira consolidada e o número de beneficiários dos planos de benefícios de reforma e sobrevivência em vigor no Grupo detalham-se como segue:
124.756
17.111.754
(18.476.439)
142.667
(173.804)
(608.095)
Responsabilidades com Pensões
Ativos
Aposentados
Valor de mercado dos Fundos de pensões (Nota 7.2.3)
Subsídios por reforma - Capital seguro
Apólices de Seguro (Nota 7.2.3)
Conta reserva*
72
560
-
108
-
-
Valores em Euros ValorNº Benef.
31/12/2018
47.958
16.462.124
(18.000.254)
223.392
(163.567)
(626.265)
64
537
-
104
-
-
ValorNº Benef.
31/12/2019
3.697.922 Aposentados 177 3.428.816 163
3.697.922 Responsabilidades com Pensões - sem fundo afeto 177 3.428.816 163
1.818.761 Responsabilidades com Pensões - líquidas 917 1.372.205 868
43.164
25.325
Outras Responsabilidades sem fundo afeto
Assistência na doença
Subsídios por reforma
5
129
44.250
33.376
5
120
1.887.250 Total responsabilidades pós-emprego 1.051 1.449.831 993
64.527
385.856
Outros benefícios de longo prazo
Subsídios por morte
Prémio de antiguidade
420
420
65.669
382.874
407
407
450.383 Total Outros benefícios de longo prazo 420 448.543 407
2.337.633 Total responsabilidades líquidas 1.051 1.898.374 993
* Excesso de fundo na passagem a CD e saldos de colaboradores que tenham saído da Empresa sem direito à totalidade das contri-buições efetuadas por esta.
(1.879.161)Responsabilidades com Pensões - com fundo afeto 740 (2.056.611)705
PESSOALSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
157
Informação histórica - últimos cinco anos No decurso dos últimos cinco anos, as responsabili-dades e o justo valor dos ativos e conta reserva regis-taram a seguinte evolução:
20.688.459
18.790.086
Valor presente das obrigações
Justo valor dos ativos e conta reserva
21.595.971
19.258.338
23.579.144
21.785.696
25.655.742
23.260.088
28.189.899
24.818.761
28.524.087
27.371.925
Valores em Euros 201920182017201620152014
Excedente / (défice) 1.898.374 2.337.633 1.793.448 2.395.654 3.371.138 1.152.162
Remensurações (90.858)(1.079.410)(77.786)203.825 (3.349.655)268.897
PESSOALSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
158
7.2. BENEFÍCIOS AOS EMPREGADOS
7.2.2. RESPONSABILIDADES COM PENSÕES E OUTROS BENEFÍCIOS PÓS-EMPREGO E DE LONGO PRAZO
PESSOAL
07.
Em 2019 e 2018 as responsabilidades com pensões e outros benefícios pós-emprego e de longo prazo registam a seguinte evolução:
3.428.816
16.510.082
223.392
44.250
33.376
Pensões a cargo do Grupo
Pensões com fundo autónomo
Subsídios por reforma - Capital seguro
Assistência na doença
Subsídios por reforma
(563.083)
(1.902.812)
(34.529)
(2.808)
-
225.978
1.198.126
96.340
3.301
250
67.999
(24.886)
(2.319)
(242)
2.092
-
3.144
4.841
835
3.084
-
-
16.392
-
2.625
Valores em EurosSaldo
finalPagamentos
efetuadosDesvios
atuariaisJuro
líquido
Custo serviços
correntesVariação cambial
3.697.922
17.236.510
142.667
43.164
25.325
Saldoinicial
2019
Total responsabilidades - Benefícios pós-emprego 20.239.916 (2.503.232)1.523.995 42.644 11.904 19.017 21.145.588
65.669
382.874
Subsídios por morte
Prémio de antiguidade
-
(50.474)
(3.646)
12.931
1.359
7.749
3.429
26.812
-
-
64.527
385.856
Total responsabilidades - Outros benefíciosde longo prazo
448.543 (50.474)9.285 9.108 30.241 -450.383
Total responsabilidades 20.688.459 (2.553.706)1.533.280 51.752 42.145 19.017 21.595.971
3.697.922
17.236.510
142.667
43.164
25.325
Pensões a cargo do Grupo
Pensões com fundo autónomo
Subsídios por reforma - Capital seguro
Assistência na doença
Subsídios por reforma
(607.935)
(2.009.096)
(47.742)
(2.697)
-
140.410
422.707
25.892
(470)
(7.819)
75.381
(42.544)
2.306
-
2.324
-
2.300
5.529
881
2.843
-
-
(27.368)
-
(4.534)
Valores em EurosSaldo
finalPagamentos
efetuadosDesvios
atuariaisJuro
líquido
Custo serviços
correntesVariação cambial
4.090.066
18.863.143
184.050
45.450
32.511
Saldoinicial
2018
Total responsabilidades - Benefícios pós-emprego 21.145.588 (2.667.470)580.720 37.467 11.553 (31.902)23.215.220
64.527
385.856
Subsídios por morte
Prémio de antiguidade
-
(66.621)
(483)
119.909
1.275
5.868
3.177
23.334
-
-
60.558
303.366
Total responsabilidades - Outros benefíciosde longo prazo
450.383 (66.621)119.426 7.143 26.511 -363.924
Total responsabilidades 21.595.971 (2.734.091)700.146 44.610 38.064 (31.902)23.579.144
A duração média esperada das responsabilidades por benefícios definidos é de 7 anos.
PESSOALSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
159
7.2. BENEFÍCIOS AOS EMPREGADOS
7.2.3. FUNDOS
PESSOAL
07.
Fundos afetos aos planos de pensões de benefício definido - evoluçãoEm 2019 e 2018, os fundos afetos a planos de pensões de benefício definido registam a evolução seguinte:
Valores em Euros
Valor no início
Variação cambial
Dotação efetuada
Juros
Pensões pagas
Reformas processadas
Fundo autónomo Capital seguro
18.476.439
-
1.328
1.425.301
(1.902.814)
-
173.804
16.456
-
7.836
-
(34.529)
2019
Fundo autónomo Capital seguro
20.990.315
-
-
(504.780)
(2.009.096)
-
149 093
(29.026)
95.389
6.090
-
(47.742)
2018
Valor no fim do período (Nota 7.2.1) 18.000.254 163.567 18.476.439 173.804
No decurso dos períodos de 2019 e 2018, as contribuições para os planos de benefício definido apresentadas supra como Dotação efetuada foram integralmente realizadas pelas subsidiárias do Grupo não se tendo verificado quaisquer contribuições por parte dos participantes dos mesmos.
PESSOALSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
160
Fundos afetos a planos de benefício definido - contribuições estimadas no próximo período As contribuições previstas para o próximo período de relato anual estão, entre outros fatores, dependentes da relação entre a rentabilidade dos ativos dos fundos e a taxa de juro técnica.
Fundos afetos a planos de benefício definido - composição do patrimónioEm 31 de dezembro de 2019 e 2018, a composição do património do Fundo é conforme se segue:
Valores em Euros
Títulos cotados em mercado ativo
Obrigações
Ações
Dívida pública
Imobiliário
Outras aplicações
Títulos não cotados
Liquidez
2019 %
1.800.226
3.705.123
9.720.286
-
2.697.663
76.956
10,0%
20,6%
54,0%
0,0%
15,0%
0,4%
2018 %
1.852.312
3.352.795
10.308.827
9.050
2.794.536
158.919
10,0%
18,1%
55,8%
0,0%
15,1%
0,9%
18.000.254 100% 18.476.439 100%
Os montantes evidenciados, com exceção da Liqui-dez, correspondem aos justos valores destes ativos, integralmente determinados com base nas cotações observáveis em mercados líquidos ativos (regulamen-tados) à data de referência da Demonstração da po-sição financeira consolidada.
PESSOALSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
161
7.2. BENEFÍCIOS AOS EMPREGADOS
7.2.4. GASTOS SUPORTADOS COM PLANOS DE BENEFÍCIOS PÓS-EMPREGO E DE LONGO PRAZO
PESSOAL
07.
Os gastos suportados com os planos de benefícios pós emprego, nos períodos findos em 31 de dezembro de 2019 e 2018, são conforme se segue:
75.381
(40.244)
7.835
5.167
881
1.226.270
Pensões a cargo do Grupo
Pensões com fundo autónomo
Apólice de Seguro
Subsídios por reforma
Assistência na doença
Contribuições para planos CD
-
-
-
-
-
1.226.270
-
-
-
-
-
-
75.381
(42.544)
2.306
2.324
-
-
-
2.300
5.529
2.843
881
-
67.999
(21.742)
2.522
5.176
593
1.405.251
Valores em Euros
Impacto no resultado
líquido (Nota 7.1)
Planos CD Contribuições
do períodoDesvios
atuariaisJuro
líquido
Custoserviços
correntes
Impacto no resultado
líquido(Nota 7.1)
-
-
-
-
-
1.405.251
Planos CD Contribuições
do período
2019
-
-
-
-
-
-
67.999
(24.886)
(2.319)
2.092
(242)
-
Desvios atuariais
Jurolíquido
-
3.144
4.841
3.084
835
-
Custoserviços
correntes
2018
Benefícios pós-emprego 1.275.290 1.226.270 - 37.467 11.553 1.459.799 1.405.251 - 42.644 11.904
3.969
149.111
Subsídios por morte
Prémio de antiguidade
-
-
(483)
119.909
1.275
5.868
3.177
23.334
1.142
47.492
-
-
(3.646)
12.931
1.359
7.749
3.429
26.812
Outros benefícios de longo prazo 153.080 - 119.426 7.143 26.511 48.634 -9.285 9.108 30.241
1.428.370 1.226.270 119.426 44.610 38.064 1.508.433 1.405.251 9.285 51.752 42.145
PESSOALSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
162
7.2. BENEFÍCIOS AOS EMPREGADOS
7.2.5. REMENSURAÇÕES RECONHECIDAS DIRETAMENTE EM OUTROS RENDIMENTOS INTEGRAIS
PESSOAL
07.
As remensurações reconhecidas diretamente em outros rendimentos integrais, nos períodos findo em 31 de dezembro de 2019 e 2018, são conforme se segue:
Valores em Euros
Benefícios pós emprego
Pensões a cargo do Grupo
Pensões com fundo autónomo
Subsídios por reforma
Assistência na doença
Impactonos Capitais
próprios
(163.870)
101.627
(103)
(2.624)
Imposto diferido
62.108
(37.044)
147
677
Valor bruto
(225.978)
138.671
(250)
(3.301)
Retornosobre ativos
dos planos
-
1.070.651
-
-
Ganhos e perdas
(225.978)
(931.980)
(250)
(3.301)
2019
(64.970)25.888 (90.858)1.070.651 (1.161.509)
Valores em Euros
Benefícios pós emprego
Pensões a cargo do Grupo
Pensões com fundo autónomo
Subsídios por reforma
Assistência na doença
Impactonos Capitais
próprios
(101.830)
(702.467)
6.138
371
Imposto diferido
38.580
244.822
(1.681)
(99)
Valor bruto
(140.410)
(947.289)
7.819
470
Retorno sobre ativos
dos planos
-
(907.266)
-
-
Ganhos e perdas
(140.410)
(40.023)
7.819
470
2018
(797.788)281.622 (1.079.410)(907.266)(172.144)
PESSOALSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
163
7.3. REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DOS ÓRGÃOS SOCIAIS
PESSOAL
07.
Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2019 e 2018, as remunerações dos Membros dos Órgãos Sociais são conforme se segue:
Valores em Euros
Órgãos Sociais da Secil
Conselho de Administração
Órgãos Sociais de Outras empresas do Grupo
2019 2018
3.297.123
1.717.031
3.867.500
1.743.058
5.014.154 5.610.558 Total
Remuneração dos Membros do Conselho de AdministraçãoEm 31 de dezembro de 2019 e 2018, relativamente aos membros do Conselho de Administração da Secil, não existiam: i) quaisquer responsabilidades adicionais afetas a benefícios pós-emprego, ii) benefícios de cessação de emprego, iii) pagamentos com base em ações atribuídas nem iv) quaisquer saldos pendentes.
08.INSTRUMENTOS FINANCEIROS
INSTRUMENTOS FINANCEIROSSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
165
8.1. GESTÃO DO RISCO FINANCEIRO
INSTRUMENTOS FINANCEIROS
08.
O Grupo Secil tem definida uma política de gestão dos riscos financeiros que traça as diretrizes transversais a todo o Grupo, com vista a identificar, medir e gerir os diferentes riscos a que está exposto.
A referida política de gestão cobre, entre outros, o risco de taxa de câmbio, de taxa de juro, de liquidez e de crédito.
A gestão do risco é conduzida pela Direção Financeira do Grupo, que analisa regularmente a evolução dos mercados financeiros, monitoriza o grau de exposição do Grupo aos diferentes riscos identificados, adota medidas de gestão dos mesmos e realiza coberturas com recurso a instrumentos financeiros sempre que se entenda como adequado.
INSTRUMENTOS FINANCEIROSSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
166
INSTRUMENTOS FINANCEIROS
08.
8.1. GESTÃO DO RISCO FINANCEIRO
8.1.1. RISCO CAMBIAL
!! Política de gestão do risco cambialA exposição cambial do Grupo surge principalmente dos investimentos detidos em diversos países fora da Zona Euro, dado que o Grupo prepara as suas demonstrações financeiras consolidadas em Euros. As principais divisas a que o Grupo está exposto são o BRL (real brasileiro), o TND (dinar tunisino), o AOA (kwanza angolano), a LBP (libra libanesa) e o USD (dólar norte-americano).
O Grupo apresenta também exposição cambial aos fluxos operacionais em USD, nomeadamente os relativos às compras de combustíveis e fretes de navios.
O Grupo procura mitigar a exposição cambial dos seus ativos nas diversas geografias em que opera através da contratação de financiamentos locais, emitidos na mesma moeda dos respetivos ativos.
Complementarmente, e com vista à proteção do risco dos fluxos em divisas, o Grupo tem como política maximizar o potencial de cobertura natural da sua exposição cambial, via compensação dos fluxos cambiais intra-grupo. O controlo da exposição cambial do Grupo é feito de forma integrada tendo em consideração os fluxos globais.
Utilização de instrumentos financeiros derivadosPontualmente, quando tal se afigura oportuno, o Grupo recorre à utilização de instrumentos financeiros derivados para a gestão do risco cambial, de acordo com uma política definida.
Nos períodos apresentados, o Grupo detém derivados que se encontram a cobrir o risco cambial de operações futuras em moeda diferente da moeda de apresentação (ver Nota 8.2 – Instrumentos financeiros derivados).
INSTRUMENTOS FINANCEIROSSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
167
Exposição dos ativos e passivos financeiros ao risco cambial e análise de sensibilidade Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, a exposição do Grupo ao risco de taxa de câmbio, com base nos valores dos ativos e passivos financeiros, convertidos para Euros, tendo por base as taxas de câmbio nessa data, é conforme se segue:
Taxa de câmbio no final do período
Valorização/(desvalorização) face ao ano anterior
Taxa de câmbio médio período
Valorização/(desvalorização) face ao ano anterior
564,241
(55,9%)
419,996
(38,4%)
3,176
9,1%
3,282
(5,0%)
1,694
1,9%
1,688
5,2%
4,530
(2,1%)
4,415
(2,5%)
31/12/2019
1,123
1,9%
1,120
5,2%
Dólar Norte Americano
Total de ativos financeiros 110.163.164 462.802.784 35.179.244 6.265.499 55.219.849 92.540.718
Total (Euros)
Kwanza Angolano
Dinar Tunisino
Libras Libanesas
Real Brasileiro
Valores em Divisas
Caixa e equivalentes de caixa
Valores a receber
308.715.342
154.087.442
8.547.794
26.631.450
5.392.030
873.469
16.187.443
39.032.407
72.803.953
19.736.765
74.802.970
35.360.194
Financiamentos
Valores a pagar
(1.745.376.394)
(289.041.798)
(50.311.246)
(30.745.475)
(5.817.320)
(16.869.952)
(490.000.056)
(168.768.917)
(20.910.756)
(11.031.267)
(149.156.845)
(67.232.044)
Total de passivos financeiros (216.388.889)(2.034.418.192)(81.056.721)(22.687.272)(658.768.973)(31.942.024)
Posição financeira líquida em moeda estrangeira (1.571.615.408)(45.877.477)(16.421.773)(603.549.124)60.598.694
Posição financeira líquida em Euros (106.225.725)(2.785.362)(14.445.959)(9.696.943)(133.239.685)53.942.224
Impacto da variação de +10% na taxa de câmbio (10.622.572)(278.536)(1.444.596)(969.694)(13.323.968)5.394.222
Impacto da variação de -10% na taxa de câmbio 10.622.572 278.536 1.444.596 969.694 13.323.968 (5.394.222)
Impacto da variação de + 10% em todas as taxas de câmbio nos resultados do período (925.192)
Impacto da variação de -10% em todas as taxas de câmbio nos resultados do período 1.130.790
-
-
-
-
-
INSTRUMENTOS FINANCEIROSSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
168
Taxa de câmbio no final do período
Valorização/(desvalorização) face ao ano anterior
Taxa de câmbio médio período
Valorização/(desvalorização) face ao ano anterior
361,823
(78,3%)
303,491
(59,2%)
3,493
(18,6%)
3,125
(15,0%)
1,726
4,5%
1,780
(4,5%)
4,438
(11,8%)
4,309
(19,4%)
31/12/2018
1,145
4,5%
1,181
(4,5%)
Dólar Norte Americano
Total de ativos financeiros 99.612.550 324.730.612 32.192.800 45.121.211 83.597.966 80.908.653
Total (Euros)
Kwanza Angolano
Dinar Tunisino
Libras Libanesas
Real Brasileiro
Valores em Divisas
Caixa e equivalentes de caixa
Valores a receber
204.613.834
120.116.778
4.994.714
27.198.086
16.846.533
28.274.677
45.545.321
38.052.645
74.971.931
5.936.722
77.735.064
21.877.485
Financiamentos
Valores a pagar
(1.393.883.953)
(230.051.778)
(52.272.287)
(28.059.515)
(6.118.200)
(34.661.055)
(334.259.611)
(124.937.903)
(18.374.811)
(7.915.818)
(113.723.042)
(63.813.227)
Total de passivos financeiros (177.536.269)(1.623.935.731)(80.331.802)(40.779.255)(459.197.515)(26.290.628)
Posição financeira líquida em moeda estrangeira (1.299.205.119)(48.139.003)4.341.955 (375.599.549)54.618.025
Posição financeira líquida em Euros (77.923.719)(3.590.720)(13.782.353)2.515.472 (84.626.895)47.701.332
Impacto da variação de +10% na taxa de câmbio (5.178.218)(359.072)(1.378.235)251.547 (8.462.690)4.770.133
Impacto da variação de -10% na taxa de câmbio 5.178.218 359.072 1.378.235 (251.547)8.462.690 (4.770.133)
Impacto da variação de + 10% em todas as taxas de câmbio nos resultados do período (469.936)
Impacto da variação de -10% em todas as taxas de câmbio nos resultados do período 574.366
70,615
(0,6%)
71,248
0,4%
69.570
Metical Moçambicano
69.570
-
-
-
-
69.570
985
99
(99)
-
-
-
-
-
INSTRUMENTOS FINANCEIROSSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
169
INSTRUMENTOS FINANCEIROS
08.
8.1. GESTÃO DO RISCO FINANCEIRO
8.1.2. RISCO DE TAXA DE JURO
!! Política de gestão do risco de taxa de juroA exposição ao risco de taxa de juro do Grupo encontra-se associada à dívida líquida remunerada contratada pelo Grupo, sendo o objetivo de gestão do risco de taxa de juro reduzir a volatilidade dos custos financeiros na demonstração dos resultados.
A estratégia de gestão do risco de taxa de juro é revista anualmente, em função da expetativa da evolução das taxas em cada mercado onde o Grupo está presente. Atualmente a estratégia de gestão do risco de taxa de juro passa por reduzir a exposição às taxas variáveis através da contratação de dívida a taxa fixa.
Utilização de instrumentos financeiros derivadosNos casos em que a Administração considera adequado, o Grupo recorre à uti l ização de Instrumentos financeiros derivados (Nota 8.2), para a gestão do risco de taxa de juro, tendo estes instrumentos como objetivo fixar a taxa de juro dos empréstimos que obtém, dentro de determinados parâmetros, considerados adequados pelas políticas de gestão de risco do Grupo.
Estimativas e julgamentos
Análise de sensibilidadeO Grupo utiliza a técnica da análise de sensibilidade que mede as alterações estimadas nos resultados e capitais de um aumento ou diminuição imediata das taxas de juro de mercado, com todas as outras variáveis constantes. Esta análise é apenas para fins ilustrativos, já que na prática as taxas de mercado raramente se alteram isoladamente.
A análise de sensibilidade é baseada nos seguintes pressupostos:• Alterações nas taxas de juro do mercado afetam rendimentos ou despesas de juros de Instrumentos financeiros variáveis;
• Alterações nas taxas de juro de mercado afetam o justo valor de Instrumentos financeiros derivados e outros ativos e passivos financeiros;
• Alterações no justo valor de Instrumentos financeiros derivados e outros ativos e passivos financeiros são estimados descontando os fluxos de caixa futuros de valores atuais líquidos, utilizando taxas de mercado do final do ano.
INSTRUMENTOS FINANCEIROSSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
170
Sob estes pressupostos, o impacto de um aumento de 0,5% nas taxas de juro, para todos os empréstimos ou instrumentos financeiros derivados contratados pela Empresa a 31 de dezembro de 2019 e 2018, é conforme se segue:
Valores em Euros
Aumento de 0.5% nas taxas de juro de mercado
Impacto no resultado antes de importo - aumento / (diminuição)
31/12/2019 31/12/2018
(1.815.111) (1.938.418)
INSTRUMENTOS FINANCEIROSSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
171
Exposição ao risco de taxa de juro Os ativos e passivos financeiros remunerados a taxa fixa (que não expõem o Grupo ao risco de taxa de juro) e remunerados a taxa variável (que expõem o Grupo ao risco de taxa de juro) detalham-se como segue:
102.646.916
31/12/2019
Ativos
Correntes
Caixa e equivalentes de caixa (Nota 5.8) -1.609.359 14.887.186 18.452.072 67.698.298
Valores em Euros Total+ de 5 anos 1-5 anos3-12 meses1-3 meses - 1 mês
Total de ativos financeiros 102.646.916 -1.609.359 14.887.186 18.452.072 67.698.298
248.648.367
206.163.882
1.080.865
Passivos
Não correntes
Financiamentos obtidos (Nota 5.6)
Correntes
Financiamentos obtidos (Nota 5.6)
Instrumentos financeiros derivados (Nota 8.2)
62.714.133
-
-
150.934.234
-
-
-
162.916.054
1.080.865
20.000.000
14.159.483
-
15.000.000
29.088.346
-
Total de passivos financeiros 455.893.115 62.714.133 150.934.234 163.996.919 34.159.483 44.088.346
Posição financeira líquida de balanço (353.246.199)(62.714.133)(149.324.875)(149.109.732)(15.707.411)23.609.952
101.426.178
31/12/2018
Ativos
Correntes
Caixa e equivalentes de caixa (Nota 5.8) -495.037 1.686.845 30.032.472 69.211.824
Valores em Euros Total+ de 5 anos 1-5 anos3-12 meses1-3 meses - 1 mês
Total de ativos financeiros 101.426.178 -495.037 1.686.845 30.032.472 69.211.824
422.024.112
61.583.431
333.403
Passivos
Não correntes
Financiamentos obtidos (Nota 5.6)
Correntes
Financiamentos obtidos (Nota 5.6)
Instrumentos financeiros derivados (Nota 8.2)
6.890.762
-
-
320.133.350
-
316.310
-
2.609.645
17.093
-
4 043 950
-
95.000.000
54.929.836
-
Total de passivos financeiros 483.940.946 6.890.762 320.449.660 2.626.738 4.043.950 149.929.836
Posição financeira líquida de balanço (382.514.768)(6.890.762)(319.954.623)(939.893)25.988.522 (80.718.012)
INSTRUMENTOS FINANCEIROSSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
172
INSTRUMENTOS FINANCEIROS8.1. GESTÃO DO RISCO FINANCEIRO
8.1.3. RISCO DE LIQUIDEZ
!! Política de gestão do risco de liquidezO Grupo gere o risco de liquidez por duas vias:
• garantindo que a sua dívida financeira tem uma componente elevada de médio e longo prazo com maturidades adequadas às características das indústrias onde exerce a sua atividade, e
• através da contratação com instituições financeiras de linhas de crédito disponíveis a todo o momento, por um montante que garanta uma liquidez adequada.
A previsão dos fluxos de caixa é realizada pelas entidades operacionais do Grupo e agregada pela Direção Financeira do Grupo Secil na preparação do orçamento anual . É da responsabil idade dessa Direção a monitorização das previsões de necessidades de liquidez do Grupo de forma a garantir a manutenção de um nível adequado de disponibilidades para responder às necessidades de financiamento de cada unidade operacional.
Os planos de financiamento do Grupo têm em consideração os objetivos definidos para cada geografia, no que respeita aos montantes e prazos de financiamento que se pretende assegurar e ao cumprimento de rácios de endividamento.
08.
INSTRUMENTOS FINANCEIROSSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
173
Maturidade contratual dos passivos financeiros (fluxos não descontados, incluindo juros) Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, a liquidez dos passivos financeiros contratados originará os seguin-tes fluxos monetários não descontados, incluindo juros, tendo por base o período remanescente até à maturidade contratual:
236.000.000
65.000.000
153.812.250
26.387.848
1.080.865
171.200.507
Financiamentos obtidos (Nota 5.6)
Empréstimos por obrigações
Papel comercial
Empréstimos bancários
Passivos de locação (Nota 5.7)
Valores a pagar (Nota 4.3)
Instrumentos financeiros derivados (Nota 8.2)
Outros passivos financeiros
60.000.000
35.000.000
2.714.133
9.204.868
-
-
87.428.571
15.000.000
48.505.663
9.623.957
-
-
88.571.429
15.000.000
59.344.625
733.693
1.080.865
171.200.507
-
-
14.159.483
730.259
-
-
-
-
29.088.346
6.095.071
-
-
Valores em Euros Total+ de 5 anos 1-5 anos3-12 meses1-3 meses - 1 mês
Total passivos 653.481.469 106.919.001 160.558.191 335.931.119 14.889.742 35.183.417
31/12/2019
236.000.000
125.000.000
122.607.543
3.720.069
145.294.587
Financiamentos obtidos (Nota 5.6)
Empréstimos por obrigações
Papel comercial
Empréstimos bancários
Valores a pagar (Nota 4.3)
Instrumentos financeiros derivados (Nota 8.2)
Outros passivos financeiros
-
-
7.082.905
-
-
236.000.000
125.000.000
53.941.207
316.310
-
-
-
45.179.355
17.093
143.601.254
-
-
6.333.312
1.693.333
-
-
-
10.070.764
1.693.333
1.693.333
31/12/2018
Total passivos 632.622.1997.082.905 415.257.517 188.797.702 8.026.64513.457.430
» A maturidade contratual dos financiamentos obtidos apresentada pressupõe o cumprimento de covenants financeiros, conforme detalhados na Nota 5.6 – Financiamentos obtidos.
INSTRUMENTOS FINANCEIROSSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
174
Linhas de créditos disponíveis e não utilizadas Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, a Empresa possui linhas de créditos bancários disponíveis e não utiliza-dos conforme se segue:
Valores em Euros
Linhas de crédito não utilizadas
Papel comercial
Outras linhas de crédito
31/12/2019 31/12/2018
155.000.000
82.893.020
200.000.000
5.519.998
237.893.020 205.519.998 Total
INSTRUMENTOS FINANCEIROSSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
175
INSTRUMENTOS FINANCEIROS8.1. GESTÃO DO RISCO FINANCEIRO
8.1.4. RISCO DE CRÉDITO
!! Política de gestão do risco de créditoO Grupo encontra-se sujeito a risco de crédito sobre os saldos a receber dos clientes e a outros devedores, tendo adotado uma política de gestão de cobertura de risco dentro de determinados níveis através de seguros de crédito com entidades independentes especializadas.
O Grupo adotou uma política de seguro de crédito para a generalidade dos saldos a receber de clientes. Desta forma considera-se que a exposição efetiva do Grupo ao risco de crédito se encontra mitigada a níveis aceitáveis relativamente às vendas.
No entanto, o agravamento das condições econó-micas globais ou adversidades que afetem apenas as economias a uma escala local pode originar uma deterioração na capacidade dos clientes da Empresa em saldar as suas obrigações, levando a que as en-tidades que prestam o seguro de crédito diminuam significativamente o montante das linhas que dispo-nibilizam para esses clientes, o que pode resultar em limitações nos montantes que se conseguem vender a alguns clientes, sem incorrer diretamente em níveis de risco de crédito enquadráveis na política de risco nesta área.
Equivalentes de caixaO Grupo tem uma política rigorosa de aprovação das suas contrapartes financeiras, limitando a sua exposição de acordo com uma análise individual de risco e com plafonds previamente aprovados.
A análise da qualidade do risco de crédito das contrapartes baseia-se sempre que possível na respetiva notação de rating.
08.
INSTRUMENTOS FINANCEIROSSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
176
Políticas contabilísticas
O Grupo avalia, numa base prospetiva, as perdas de crédito esperadas associadas aos seus ativos financeiros mensurados ao custo amortizado conforme o detalhe apresentado na Nota 8.4.1 – Categorias de instrumentos financeiros da Empresa.
Perdas de crédito esperadas
As perdas por imparidade dos saldos de clientes são registadas com base no modelo simplificado previsto na IFRS 9 registando as perdas esperadas até à maturidade. As perdas esperadas são determinadas tendo por base a experiência de perdas reais históricas ao longo de um período estatisticamente relevante e representativas das características específicas do risco de crédito subjacente.
O modelo seguido na avaliação das imparidades de acordo com a IFRS 9 é como segue:1. Apurar o perfil de pagamento dos clientes, definindo intervalos de periodicidade de recebimento;2. Com base em 1. supra, estimar a probabilidade de default (ou seja, o montante de cobrança duvidosa apurado em 1. comparado com saldo de vendas em aberto em cada intervalo calculado em 2);3. Ajustar as percentagens obtidas em 3. relativamente às projeções futuras;4. Aplicar as percentagens de default conforme calculadas em 4. aos saldos de clientes aberto na data de relato.
O Grupo reconhece ainda imparidades em base casuística, com base em saldos específicos e eventos passados específicos, tendo em conta a informação histórica das contrapartes, o seu perfil de risco e outros dados observáveis de forma a registar imparidade para esses ativos financeiros.
Reconhecimentode imparidades
Os ativos financeiros são desreconhecidos quando não há expectativa real de recuperação, sendo considerados como incobráveis.
Apesar de ser desreconhecido, a Empresa continua a tomar diligências para reaver os valores devidos. Em casos de sucesso com a recuperação de valores, tais quantias são reconhecidas nos resultados do período.
Desreconhecimento do ativo
INSTRUMENTOS FINANCEIROSSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
177
Exposição máxima ao risco de crédito A exposição máxima do Grupo ao risco de crédito de ativos financeiros corresponde ao valor líquido dos mesmos, conforme segue:
Valores em Euros
Não correntes
Outros investimentos financeiros (Nota 8.3)
Valores a receber (Nota 4.2)
Correntes
Valores a receber (Nota 4.2)
Instrumentos financeiros derivados (Nota 8.2)
Caixa e equivalentes de caixa (Nota 5.9)
31/12/2019 31/12/2018
375.175
5.272.430
78.949.829
1.141.004
96.484.628
193.833
4.492.656
75.957.817
1.256.428
99.323.486
182.223.066 181.224.220 182.223.066 181.224.220
INSTRUMENTOS FINANCEIROSSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
178
Estrutura de antiguidade de saldos de clientes Em 31 de Dezembro de 2019 e 2018, os créditos a receber de clientes apresentavam a seguinte estrutura de antiguidade, considerando como referência a data de vencimento dos valores em aberto:
Valores em Euros
Valores não vencidos
Valores vencidos:
De 1 a 90 dias
De 91 a 180 dias
De 181 a 360 dias
De 361 a 540 dias
De 541 a 720 dias
A mais de 721 dias
31/12/2019 31/12/2018
37.798.090
21.265.884
1.690.925
1.319.101
925.226
547.069
4.955.463
38.988.811
17.449.647
2.424.632
2.182.302
1.275.370
754.136
10.334.840
68.501.758 73.409.738
Em contencioso de cobrança
Imparidades
19.407.588
(26.593.829)
12.085.959
(25.372.497)
Saldo de clientes (Nota 4.2) 61.315.517 60.123.199
Limite de seguro de crédito contratado 113.742.484 95.374.025
Os valores apresentados correspondem aos valores em aberto, face aos prazos de vencimento contratados. Apesar de existirem atrasos na liquidação de alguns valores face a esses prazos, tal não resulta na identificação de situações de imparidade para além das consideradas através das correspondentes perdas.
Estas são apuradas atendendo à informação regular-mente reunida sobre o comportamento financeiro dos clientes do Grupo, que permite, em conjugação com a experiência reunida na análise da carteira e em conjugação com os sinistros de crédito que se verifi-quem, na parte não atribuível à seguradora, definir o valor das perdas a reconhecer no período.
INSTRUMENTOS FINANCEIROSSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
179
Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, a análise de antiguidade de saldos devedores que já se encontram vencidos, e respetivas perdas por imparidade, é a seguinte:
Valores em Euros
Saldos devedores vencidos não considerados em imparidade:
Vencidos há menos de 3 meses
Vencidos há mais de 3 meses
Justo Valor Garantias
-
1.794.287
Valor Bruto
17.380.267
4.599.257
31/12/2018
1.794.287 21.979.524
Justo Valor Garantias
1.404.376
315.064
Valor Bruto
21.199.504
2.334.734
1.719.440 23.534.238
31/12/2019
Saldos devedores vencidos considerados em imparidade:
Vencidos há menos de 3 meses
Vencidos há mais de 3 meses
-
-
69.379
24.457.983
-
-
66.380
26.510.638
- 24.527.362 - 26.577.017
1.794.287 46.506.886 1.719.440 50.111.256
INSTRUMENTOS FINANCEIROSSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
180
Risco de crédito de equivalentes de caixa Em 31 de Dezembro de 2019 e 2019, a qualidade do risco de crédito do Grupo face a ativos financeiros (depósitos bancários, aplicações de tesouraria e instrumentos financeiros derivados com justo valor positivo) cujas contrapartes sejam instituições financeiras, detalha-se como se segue:
Valores em Euros
A+
A
A-
BBB+
BBB
BBB-
BB+
BB
BB-
B+
B
B-
CCC+
SD
Sem rating
31/12/2019 31/12/2018
1.511.385
-
441.244
552.187
1.562.487
526.065
502.834
9.269.711
3.558.290
1.331.790
488.652
106.958
15.991.556
35.275.095
31.106.244
-
-
693.436
-
2.786
3.801.104
-
4.222.692
10.261.884
5.471
151.603
32.025.283
14.766.243
-
35.495.676
102.224.499 101.426.178
Instrumentos financeiros derivados (Nota 8.2) 1.141.004 1.256.428
103.365.503 102.682.606
INSTRUMENTOS FINANCEIROSSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
181
Imparidade de clientes e outros devedores Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2019 e 2018, os movimentos ocorridos nas perdas acumuladas por imparidade de clientes e outras dívidas a receber são conforme se segue:
Valores em Euros
Variações devidas a:
Reforço
Reversões
31/12/2019 31/12/2018
1.861.928
(1.222.207)
1.532.339
(1.152.646)
Imparidades acumuladas no início do período 34.016.671 36.652.892
Variações reconhecidas em resultados do período (Nota 2.4) 639.721 379.693
Ajustamento cambial
Utilizações
45.791
(217.217)
(759.067)
(2.256.847)
Imparidades acumuladas no final do período 34.484.966 34.016.671
INSTRUMENTOS FINANCEIROSSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
182
INSTRUMENTOS FINANCEIROS8.2. INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVADOS
Políticas contabilísticas
O justo valor dos Instrumentos financeiros derivados encontra-se incluído na rubrica de Valores a pagar (Nota 4.3), quando negativos e na rubrica Valores a receber (Nota 4.2), quando positivo.
Tendo adotado pela primeira vez as IFRS com data de transição a 1 de janeiro de 2019, o Grupo aplica os requisitos da contabilidade de cobertura presentes na IFRS 9 – Instrumentos financeiros.
Apresentação
Apesar de os derivados contratados pelo Grupo corresponderem a instrumentos eficazes na cobertura económica de riscos, nem todos se qualificam como instrumentos de cobertura contabilística de acordo com as regras e requisitos aplicáveis. Os instrumentos que não se qualifiquem como instrumentos de cobertura contabilística são registados na Posição financeira pelo seu justo valor e as variações no mesmo são reconhecidas em Rendimentos e gastos financeiros (Nota 5.10), quando relativas a operações de financiamento, ou em Fornecimentos e Serviços Externos (Nota 2.3) ou Rédito (Nota 2.2), quando se refiram à cobertura de riscos cambiais sobre a compra de matérias primas ou fluxos de recebimento de vendas em moeda diferente da moeda de apresentação.
Instrumentos financeiros derivados ao justo valor através de resultados
Os Instrumentos financeiros derivados utilizados para fins de cobertura podem ser classificados contabilisticamente como de cobertura desde que cumpram, cumulativamente, com as condições definidas na IFRS 9.
Instrumentos financeiros derivados de cobertura
O Grupo na sua gestão da exposição às taxas de juro e de câmbio, realiza cobertura de fluxos de caixa.
Estas operações são registadas na Demonstração da posição financeira intercalar pelo seu justo valor e, na medida em que sejam consideradas coberturas eficazes, as variações no justo valor são inicialmente registadas no outro rendimento integral do período. Se as operações de cobertura se apresentarem como ineficazes, o ganho ou a perda daí decorrente é registada diretamente em resultados.
Os montantes acumulados em capital próprio são transferidos para resultados quando o item coberto afeta a Demonstração dos resultados (por exemplo, quando a venda futura coberta se materializa). O ganho ou a perda correspondente à componente eficaz dos swaps de taxa de juro que se encontrem a cobrir financiamentos de taxa variável, é reconhecido na rubrica de Rendimentos e gastos financeiros (Nota 5.10). No entanto, quando a transação futura que se encontra coberta, origina o reconhecimento de um
Cobertura de fluxos de caixa (risco de taxa de juro e de câmbio)
08.
INSTRUMENTOS FINANCEIROSSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
183
ativo não financeiro (por exemplo, inventários ou ativos fixos tangíveis), os ganhos e perdas anteriormente diferidos no capital próprio são incluídos na mensuração inicial do custo do ativo.
Quando um instrumento de cobertura matura ou é vendido, ou quando deixa de cumprir os critérios exigidos para que seja reconhecido contabilisticamente como de cobertura, os ganhos e perdas acumuladas no capital próprio são reciclados para a Demonstração dos resultados, exceto quando o item coberto é uma transação futura em que os ganhos e perdas acumuladas constantes do capital próprio a essa data permaneçam no capital próprio, caso em que apenas serão reciclados para a Demonstração dos resultados quando a transação for reconhecida na Demonstração dos resultados.
Cobertura de investimento líquido no estrangeiro (risco de taxa de câmbio).
O Grupo, na sua gestão da exposição às taxas de juro e de câmbio, realiza cobertura de fluxos de caixa.
Estas operações são registadas na Demonstração da posição financeira intercalar pelo seu justo valor e, na medida em que sejam consideradas coberturas eficazes, as variações no justo valor são inicialmente registadas no outro rendimento integral do período. Se as operações de cobertura se apresentarem como ineficazes, o ganho ou a perda daí decorrente é registada diretamente em resultados.
Os montantes acumulados em capital próprio são transferidos para resultados quando o item coberto afeta a Demonstração dos resultados (por exemplo, quando a venda futura coberta se materializa). O ganho ou a perda correspondente à componente eficaz dos swaps de taxa de juro que se encontrem a cobrir financiamentos de taxa variável, é reconhecido na rubrica de Rendimentos e gastos financeiros (Nota 5.11). No entanto, quando a transação futura que se encontra coberta, origina o reconhecimento de um ativo não financeiro (por exemplo, inventários ou ativos fixos tangíveis), os ganhos e perdas anteriormente diferidos no capital próprio são incluídos na mensuração inicial do custo do ativo.
Quando um instrumento de cobertura matura ou é vendido, ou quando deixa de cumprir os critérios exigidos para que seja reconhecido contabilisticamente como de cobertura, os ganhos e perdas acumuladas no capital próprio são reciclados para a Demonstração dos resultados, exceto quando o item coberto é uma transação futura em que os ganhos e perdas acumuladas constantes do capital próprio a essa data permaneçam no capital próprio, caso em que apenas serão reciclados para a Demonstração dos resultados quando a transação for reconhecida na Demonstração dos resultados.
Cobertura de investimento líquido no estrangeiro (risco de taxa de câmbio).
Cobertura de investimento líquido no estrangeiro (risco de taxa de câmbio)
O Grupo efetua muito pontualmente operações de cobertura de vendas em moeda diferente da moeda de apresentação e efetua cobertura das aquisições futuras de combustível, nomeadamente do petcoke.
Cobertura de risco cambial na exportação e na aquisição de combustíveis
Quando uma operação estrangeira do Grupo contrai empréstimos em moeda que não seja a moeda funcional no país de atividade dessa operação, o Grupo efetua operações de cobertura de forma a que a exposição reflita a moeda funcional.
Cobertura de fluxosde caixa/ taxa de Jurode empréstimosa operações estrangeiras
INSTRUMENTOS FINANCEIROSSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
184
Estimativas e julgamentos
Justo valor de instrumentos financeiros derivadosSempre que possível, o justo valor dos derivados é estimado com base em instrumentos cotados. Na ausência de preços de mercado, o justo valor dos derivados é estimado através do método de fluxos de caixa descontados e modelos de valorização de opções, de acordo com pressupostos geralmente utilizados no mercado.
INSTRUMENTOS FINANCEIROSSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
185
INSTRUMENTOS FINANCEIROS8.2. INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVADOS
8.2.1. MOVIMENTOS EM INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVADOS
Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2019 e 2018, o movimento ocorrido no justo valor dos instrumentos financeiros é como se segue:
595.716
(113.946)
20.454
Variação de justo valor em resultados (Nota 5.10)
Variação de justo valor em outro rendimento integral
Ajustamento cambial
-
(113.946)
-
595.716
-
20.454
Valores em EurosTotal
líquidoDerivados de
coberturaDerivados de
negociação
Saldo no início do período
2018
420.801 (202.364)623.165
(1.119.024)
252.548
3.590
-
252.548
-
(1.119.024)
-
3.590
Totallíquido
Derivados de cobertura
Derivados de negociação
2019
923.025 (316.310) 1.239.335
Saldo no final do período 923.025 (316.310)1.239.335 60.139 (63.762)123.901
08.
INSTRUMENTOS FINANCEIROSSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
186
INSTRUMENTOS FINANCEIROS8.2. INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVADOS
8.2.2. DETALHE E MATURIDADE DOS INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVADOS POR NATUREZA
Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, o justo valor dos instrumentos financeiros derivados detalha-se como se segue:
(63.762)
De cobertura
Swaps de taxa de juro (Swaps) (63.762)-
31/12/2019Valores em Euros Líquido
Negativos (Nota 4.3)
Positivos (Nota 4.2)
2020EUR80.000.000
MaturidadeMoedaNocional
(63.762)(63.762)-
5.940
23.838
(61.750)
155.873
De negociação
Non Deliverable Forward (NDF)
Cross currency interest rate swap
Cross currency interest rate swap
Non Deliverable Forward (NDF)
-
(955.353)
(61.750)
-
5.940
979.191
-
155.873
2020
2020
2020
2020
BRL
USD
EUR
EUR
14.404.766
41.000.000
6.673.340
15.000.000
123.901 (1.017.103) 1.141.004
60.139 (1.080.865) 1.141.004
(316.310)
De cobertura
Swaps de taxa de juro (Swaps) (316.310)-
31/12/2018Valores em Euros Líquido
Negativos (Nota 4.3)
Positivos (Nota 4.2)
2020EUR140.000.000
MaturidadeMoedaNocional
(316.310)(316.310)-
(17.093)
1.107.459
148.969
De negociação
Non Deliverable Forward (NDF)
Cross currency interest rate swap
Non Deliverable Forward (NDF)
(17.093)
-
-
-
1.107.459
148.969
2019
2019
2019
BRL
USD
EUR
10.564.866
25.139.298
6.133.306
1.239.335 (17.093) 1.256.428
923.025 (333.403) 1.256.428
Derivados ao justo valor através de resultadosEm janeiro de 2019, a subsidiária Supremo, contratou junto de uma instituição financeira brasileira um financiamento externo de EUR 10.000.000 com maturidade em janeiro de 2020, com pagamento de juros trimestrais e postecipados e amortização única
no vencimento. Na mesma data, foram celebrados 4 Non-Deliverable Forward no montante dos juros e do capital nas respetivas datas de pagamento de juros e amortização de capital.
08.
INSTRUMENTOS FINANCEIROSSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
187
Em fevereiro de 2019, a subsidiária Margem, contratou junto de uma instituição financeira brasileira um financiamento externo no montante de USD 16.000.000 com maturidade em fevereiro de 2020, com uma única amortização no vencimento. Nessa mesma data, foi celebrado um contrato cross currency interest rate swap com o objetivo de cobrir a exposição à taxa de câmbio. Este derivado permitiu à Margem a fixação do valor nominal do financiamento em BRL e o pagamento de juros à taxa CDI acrescida de um spread, replicando integralmente o plano de amortização do referido financiamento em USD.
Em outubro de 2019, a subsidiária Margem, contratou os seguintes financiamentos externos no montante:• em euro equivalente a BRL 30.000.000 com maturidade em outubro de 2020, com uma única amortização no vencimento. Nessa mesma data, foi celebrado um contrato cross currency interest rate swap com o objetivo de cobrir a exposição à taxa de câmbio. Este derivado permitiu à Margem a fixação do valor nominal do financiamento em BRL e o pagamento de juros à taxa CDI acrescida de um spread, replicando integralmente o plano de amortização do referido financiamento em EUR;
• de EUR 5.000.000 com maturidade em outubro de 2020, com uma única amortização no vencimento. Na mesma data, foi celebrado um Non-Deliverable Forward no montante no montante total de EUR 5.000.000 com vencimento em outubro de 2020;
• de USD 7.000.000 com maturidade em dezembro de 2020, com uma única amortização no vencimento. Nessa mesma data, foi celebrado um contrato cross currency interest rate swap com o objetivo de cobrir a exposição à taxa de câmbio. Este derivado permitiu à Margem a fixação do valor nominal do financiamento em BRL e o pagamento de juros à taxa CDI acrescida de um spread, replicando integralmente o plano de amortização do referido financiamento em USD.
Em outubro de 2019, a subsidiária Supremo, contratou um financiamento externo no montante de USD 18.000.000 com maturidade em dezembro de 2020, com uma única amortização no vencimento. Nessa mesma data, foi celebrado um contrato cross currency interest rate swap com o objetivo de cobrir a exposição à taxa de câmbio. Este derivado permitiu à Margem a fixação do valor nominal do financiamento em BRL e o pagamento de juros à taxa CDI acrescida de um spread, replicando integralmente o plano de amortização do referido financiamento em USD.
A Secil concedeu um financiamento intercompany em Reais Brasileiros (BRL) à subsidiária Supremo e contratou um instrumento financeiro para cobrir o recebimento em euros do financiamento, nomeadamente um Non-deliverable Forward no montante total de BRL 14.404.766 com vencimento em fevereiro de 2020.
Cobertura de fluxos de caixaEm 2015 a Secil contratou um empréstimo obriga-cionista de EUR 80.000.000, com reembolso integral ao par em maio de 2020, com pagamento de juros semestrais e postecipados. Em 23 de junho de 2016, foi contratado um derivado de cobertura de risco de taxa de juro, através de um interest rate swap (IRS) com valor nominal de EUR 80.000.000, com inicio em 25 de novembro de 2016 e vencimento a 25 de maio 2020.
INSTRUMENTOS FINANCEIROSSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
188
INSTRUMENTOS FINANCEIROS8.3. OUTROS INVESTIMENTOS FINANCEIROS
Políticas contabilísticas
Estes investimentos financeiros são reconhecidos como:a) Ao justo valor através dos resultados, quando o Grupo os detém com o objetivo de negociar; eb) Ao justo valor através de outro rendimento integral, os restantes investimentos financeiros.
Mensuração
Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, os outros investimentos financeiros, são detalhados conforme se segue:
Valores em Euros
Ativos financeiros ao justo valor através de resultados
C5LAB - Sustainable Construction Materials Association
Foire Internationale de Gabés
TCG - Terminale Cimentier de Gabés
Sté Zone Franche de Zarzis
Outros
31/12/2019 31/12/2018
35.000
7.872
191.763
114.711
25.829
-
7.158
57.261
104.301
25.115
375.175 193.833
08.
INSTRUMENTOS FINANCEIROSSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
189
INSTRUMENTOS FINANCEIROS8.4. ATIVOS E PASSIVOS FINANCEIROS
8.4.1. CATEGORIAS DE INSTRUMENTOS FINANCEIROS DO GRUPO
Os instrumentos financeiros incluídos em cada rubrica da demonstração da posição financeira consolidada são classificados como segue:
375.175
106.300.661
94.159.498
7.809.209
Outros investimentos financeiros
Valores a receber
Caixa e equivalentes de caixa
Ativos não correntes detidos para venda
-
3.052.808
-
7.809.209
AtivosValores em Euros Total
Ativos não financeiros
-
1.141.004
-
-
375.175
-
-
-
Instrumentos financeiros
derivados de negociação
Ativos financeiros
ao justo valor através de resultados (excluindo derivados)
-
102.106.849
94.159.498
-
Ativos financeiros
ao custo amortizado
8.3
4.2
5.9
3.7
Nota
Total de ativos 208.644.544 10.862.017 1.141.004 375.175 196.266.347
193.833
98.519.210
95.337.433
8.534.209
31/12/2018
Outros investimentos financeiros
Valores a receber
Caixa e equivalentes de caixa
Ativos não correntes detidos para venda
-
3.567.362
-
8.534.209
-
1.256.428
-
-
193.833
-
-
-
-
93.695.421
95.337.433
-
8.3
4.2
5.8
3.7
Total de ativos 202.584.686 12.101.571 1.256.428 193.833 189.032.854
454.922.168
26.387.847
172.281.372
31/12/2019
Financiamentos obtidos
Passivos de locação
Valores a pagar
-
-
29.329.343
PassivosValores em Euros Total
Passivos não financeiros
-
26.387.847
-
-
-
1.017.103
Passivos financeiros
fora do âmbito da IFRS 9
Instrumentos financeiros
derivados de negociação
-
-
63.762
Instrumentos financeiros
derivados de cobertura
5.6
5.7
4.3
Nota
454.922.168
-
141.871.164
Passivos financeiros
ao custo amortizado
653.591.387 Total de passivos 29.329.343 26.387.847 1.017.103 63.762 596.793.332
485.805.619
143.934.657
31/12/2018
Financiamentos obtidos
Valores a pagar
-
15.344.131
-
-
-
(17.093)
-
(316.310)
5.6
4.3
485.805.619
128.923.929
629.740.275 Total de passivos 15.344.131 -(17.093)(316.310)614.729.547
08.
09.PROVISÕES, COMPROMISSOSE CONTINGÊNCIAS
PROVISÕES, COMPROMISSOS E CONTINGÊNCIASSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
191
PROVISÕES, COMPROMISSOSE CONTINGÊNCIAS
09.
Valores em Euros
Provisões
Compromissos
Ativos e passivos contingentes
31/12/2019 31/12/2018
61.018.374
103.274.972
72.989.517
34.074.505
114.244.385
71.801.172
Nota
9.1
9.2
9.3
PROVISÕES, COMPROMISSOS E CONTINGÊNCIASSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
192
PROVISÕES, COMPROMISSOSE CONTINGÊNCIAS
09.
9.1. PROVISÕES
Políticas contabilísticas
São reconhecidas provisões sempre que:• o Grupo tenha uma obrigação legal ou construtiva, como resultado de acontecimentos passados;• seja provável que uma saída de fluxos e/ou de recursos se torne necessária para liquidar a obrigação; e• possa ser efetuada uma estimativa fiável do montante da obrigação.
Reconhecimento e mensuração inicial
Provisões de recuperação paisagística são reconhecidas por contrapartida da rubrica de ativos fixos tangíveis (Nota 3.3).
Algumas empresas do Grupo têm como responsabilidade a recuperação ambiental e paisagística das pedreiras afetas à exploração nos termos da legislação aplicável. Os trabalhos de reabilitação incluem essencialmente a limpeza e regularização das áreas destinadas à recuperação, a modelação e preparação do terreno, o transporte e espalhamento de materiais rejeitados para aterro, a fertilização, a execução do plano geral de revestimento com hidrossementeiras e plantações e a manutenção e conservação das zonas recuperadas após a implantação.
Capitalizaçãode dispêndios
As provisões são revistas na data da Posição financeira consolidada e são ajustadas de modo a refletir a melhor estimativa a essa data.
As provisões de recuperação paisagística são remensuradas em função do efeito temporal do dinheiro, por contrapartida da rubrica “Desconto financeiro de provisões” na Nota 5.10 – Rendimentos e gastos financeiros e consumidas pelos dispêndios efetuados pelo Grupo com a recuperação, na data em que estes ocorrem.
Mensuração subsequente
Estimativas e julgamentos
Processos judiciais e fiscaisEstas provisões foram constituídas de acordo com as avaliações de risco efetuadas internamente pelo Grupo com o apoio dos seus consultores legais, baseadas na probabilidade de a decisão ser favorável ou desfavorável ao Grupo.
PROVISÕES, COMPROMISSOS E CONTINGÊNCIASSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
193
Recuperação ambientalA extensão dos trabalhos necessários e dos respetivos custos a incorrer foram determinados tendo por base os planos de lavra das pedreiras e estudos preparados por entidades independentes, sendo que a responsabilidade total foi mensurada pelo valor esperado dos fluxos de caixa futuros, descontados a valor presente.
Juízos de valor e estimativas estão envolvidos na formação de expectativas sobre atividades futuras e no montante e período de tempo dos fluxos de caixa associados. Estas perspetivas são efetuadas com base na envolvente existente e regulamentação em vigor.
No caso das pedreiras cuja reconstituição apenas é possível no fim da exploração, o Grupo solicitou a entidades independentes e especializadas a avaliação dessas responsabilidades, bem como o período estimado de exploração, reconhecendo provisões para este efeito.
PROVISÕES, COMPROMISSOS E CONTINGÊNCIASSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
194
Movimentos em provisõesNo decurso dos períodos findos em 31 de dezembro de 2019 e 2018, os movimentos ocorridos nas Provisões são conforme se segue:
Valores em Euros
Aumentos
Reversões
Total
21.547.317
(4.210.447)
Outras
9.730.234
(4.053.149)
Licenças Emissão
de CO2
11.816.568
-
RecuperaçãoAmbiental
515
(157.298)
01/01/2018 31.097.072 15.347.976 8.222.899 7.526.197
Impacto em resultados do período 17.336.870 5.677.085 11.816.568 (156.783)
Utilizações
Ajustamento cambial
Descontos financeiros (Nota 5.11)
Transferências e regularizações
(14.898.376)
(74.724)
309.709
303.954
(6.627.543)
(73.924)
-
303.954
(8.175.693)
-
-
-
(95.140)
(800)
309.709
-
31/12/2018 34.074.505 14.627.548 11.863.774 7.583.183
Aumentos
Reversões
37.705.316
(4.479.322)
5.937.580
(2.389.287)
29.292.046
(138.308)
2.475.690
(1.951.727)
Impacto em resultados do período 33.225.994 3.548.293 29.153.738 523.963
Variação de perímetro
Utilizações
Ajustamento cambial
Descontos financeiros (Nota 5.11)
Transferências e regularizações
28.413
(15.554.266)
215.863
265.628
8.762.237
28.413
(3.669.134)
217.879
-
(197.157)
-
(11.710.682)
-
-
-
-
(174.450)
(2.016)
265.628
8.959.394
31/12/2019 61.018.374 14.555.842 29.306.830 17.155.702
PROVISÕES, COMPROMISSOS E CONTINGÊNCIASSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
195
Recuperação ambientalDo valor apresentado em Transferências e regula-rizações, no montante de Euros 8.959.394, Euros 8.762.237 correspondem à revisão dos planos de pedreira e recuperação paisagística realizados no período de 2019, nomeadamente revisão de gastos e de taxa de juro. Desta revisão resultou igualmente o reconhecimento de um aumento dos Ativos de recu-peração paisagística no mesmo montante (Nota 3.3).
Licenças de emissão de CO2Na rubrica de provisões estão registadas as responsabilidades associadas à obrigação para devolução das licenças de emissão de CO2, decorrentes das emissões de CO2 registadas em 2019. Assim, na data da liquidação das emissões efetuadas, com a entrega dessas licenças, a provisão é desreconhecida.
Em 2019 e 2018, nas utilizações verificou-se o desreconhecimento das licenças de emissão de CO2, pelos consumos de 2018 e 2017, respetivamente. Este movimento encontra-se refletido no movimento de Ativos Intangíveis (Nota 3.2).
Outras provisõesRefere-se a provisões para fazer face a riscos relacionados com eventos de natureza diversa, de cuja resolução poderão resultar saídas de fluxos de caixa, nomeadamente processos de reestruturação organizacional, complementos ao fundo nacional de segurança social Libanês, riscos de posições contratuais assumidas em investimentos, entre outras.
PROVISÕES, COMPROMISSOS E CONTINGÊNCIASSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
196
PROVISÕES, COMPROMISSOSE CONTINGÊNCIAS
09.
9.2. COMPROMISSOS
Compromissos de compraEm 31 de dezembro de 2019 e 2018, os compromissos assumidos pelo Grupo respeitam a aquisições de ativos fixos tangíveis e a bens e serviços, detalhados conforme se segue:
Valores em Euros
Ativos fixos tangíveis
Energia elétrica
Matérias primas - Petcoque e Carvão
Serviços
Outros
31/12/2019 31/12/2018
10.776.242
10.287.430
6.105.205
2.210.574
906.003
4.772.692
18.029.651
13.689.302
2.998.057
2.953.512
30.285.454 42.443.213
PROVISÕES, COMPROMISSOS E CONTINGÊNCIASSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
197
Garantias prestadas a terceirosEm 31 de dezembro de 2019 e 2018, o Grupo apresenta garantias prestadas a terceiros conforme se segue:
Valores em Euros
Garantias prestadas
IAPMEI (âmbito do QREN)
IAPMEI (âmbito do PEDIP)
APSS - Admi. dos Portos de Setúbal e Sesimbra
Comissão de Coordenação e Desenv. Regional LVT
Conselho de Emprego, Indústria e Turismo (Espanha)
Banco Caixa Geral Brasil
APDL - Administração do Porto de Leixões
ICNF - Inst. da Conserv. Natur. e das Florestas, I.P.
Comissão de Coordenação e Desenv. Regional Norte
Comissão de Coordenação e Desenv. Regional Centro
Comissão de Coordenação e Desenv. Regional Algarve
Tribunal do Trabalho
Mercedes Benz - Aluguer de veículos
Livranças, avais e fianças
Secretaria Regional do Ambiente e Recursos Naturais
Agência de Desenvolvimento e Coesão
Outras
31/12/2019 31/12/2018
443.157
209.305
2.605.009
1.247.478
14.547
-
720.657
474.444
236.403
869.647
534.620
217.324
-
-
274.595
1.047.365
1.987.925
252.157
209.305
2.605.009
1.175.010
954.118
791.667
720.657
474.444
236.403
745.825
534.620
217.324
500.000
833.625
-
-
616.951
10.882.476 10.867.115
Hipotecas sobre Terrenos, Imóveis e Equipamentos 62.107.042 60.934.057
72.989.517 71.801.172
10.ESTRUTURADO GRUPO
ESTRUTURA DO GRUPOSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
199
ESTRUTURADO GRUPO
10.
Empresas incluídas na consolidação
Interesses que não controlam
Variações do perímetro de consolidação
Investimentos em associadas e empreendimentos conjuntos
Transações com partes relacionadas
Nota
10.1
10.1
10.2
10.3
10.4
ESTRUTURA DO GRUPOSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
200
ESTRUTURADO GRUPO10.1. EMPRESAS INCLUÍDAS NA CONSOLIDAÇÃO
10.
Políticas contabilísticas
A Secil controla uma entidade (subsidiária) quando está exposta a, ou tem direitos sobre os retornos variáveis gerados, em resultado do seu envolvimento com a entidade, e tem a capacidade de afetar esses retornos variáveis através do poder que exerce sobre as suas atividades relevantes.
O capital próprio e o resultado líquido destas empresas correspondentes à participação de terceiros nas mesmas são apresentados nas rubricas de interesses que não controlam (Nota 5.6).
Entidades controladaspelo Grupo
É utilizado o método de compra para contabilizar a aquisição de atividades que constituam um negócio. O custo de uma aquisição é mensurado pelo justo valor dos bens entregues, dos instrumentos de capital emitidos e dos passivos incorridos, ou assumidos na data de aquisição.
Os ativos identificáveis adquiridos e os passivos e passivos contingentes assumidos numa concentração empresarial são mensurados ao justo valor na data de aquisição, independentemente da existência de interesses não controlados. O excesso do custo de aquisição relativamente ao justo valor da parcela do Grupo nos ativos e passivos identificáveis adquiridos é registado como goodwill (Nota 3.1).
O custo de aquisição é ajustado subsequentemente quando o preço de aquisição/ atribuição é contingente à ocorrência de eventos específicos acordados com o vendedor/ acionista (ex.: realização de justo valor de ativos adquiridos).
Quaisquer pagamentos contingentes a efetuar pelo Grupo são reconhecidos ao justo valor na data de aquisição. Caso a obrigação assumida constitua um passivo financeiro, as alterações subsequentes do justo valor são reconhecidas em resultados. Caso a obrigação assumida constitua um instrumento de capital não há lugar a alteração do valor estimado inicialmente. Se o custo de aquisição for inferior ao justo valor dos ativos líquidos da subsidiária adquirida (goodwill negativo ou badwill), a diferença é reconhecida diretamente em resultados na rubrica de Outros rendimentos e ganhos operacionais (Nota 2.2). Os custos de transação diretamente atribuíveis são imediatamente reconhecidos em resultados.
Quando à data de aquisição do controlo o Grupo já detém uma participação adquirida previamente, o justo valor dessa participação concorre para a determinação do goodwill ou badwill.
Quando a aquisição do controlo é efetuada em percentagem inferior a 100%, na aplicação do método da compra, os interesses que não controlam podem ser mensurados ao justo valor, ou na proporção do justo valor dos ativos e passivos adquiridos, sendo essa opção definida em cada transação.
Concentração de atividades empresariais
ESTRUTURA DO GRUPOSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
201
As subsidiárias são consolidadas, pelo método integral, a partir da data em que o controlo é transferido para o Grupo. Na aquisição de parcelas adicionais de capital em sociedades já controladas pelo Grupo, o diferencial apurado entre a percentagem de capitais adquiridos e o respetivo valor de aquisição é registado diretamente no capital próprio (Nota 5.5).
As políticas contabilísticas das subsidiárias foram alteradas, sempre que necessário, de forma a garantir consistência com as políticas adotadas pelo Grupo.
As transações internas, saldos, ganhos não realizados em transações e dividendos distribuídos entre empresas do grupo são eliminados. As perdas não realizadas são também eliminadas, exceto se a transação revelar evidência de imparidade de um ativo transferido.
Consolidação
Alienações com perda de controloNo caso de alienações de participações das quais resulte a perda de controlo sobre uma subsidiária, qualquer participação remanescente é reavaliada ao valor de mercado na data da venda e o ganho ou perda resultante dessa reavaliação é registado por contrapartida dos resultados, assim como o ganho ou perda resultante dessa alienação.
Transações sem perda de controloTransações subsequentes de alienação ou aquisição de participações a interesses que não controlam, que não implicam alteração do controlo, não resultam no reconhecimento de ganhos, perdas ou goodwill, sendo qualquer diferença apurada entre o valor da transação e o valor contabilístico da participação transacionada, reconhecida no capital próprio, na rubrica de Resultados transitados. Os resultados negativos gerados em cada período pelas subsidiárias com interesses que não controlam são alocados na percentagem detida por estes, independentemente de assumirem um saldo negativo.
Transações subsequentes de subsidiárias
ESTRUTURA DO GRUPOSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
202
Empresas incluídas na consolidaçãoEm 31 de dezembro de 2019 e 2018, o Grupo apre-senta as seguintes subsidiárias:
100,00
-
100,00
62,50
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
98,72
98,72
98,52
100,00
51,00
100,00
100,00
100,00
75,00
100,00
99,53
100,00
70,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
51,05
51,05
100,00
100,00
100,00
51,00
100,00
100,00
100,00
Empresa-mãe:
Secil
Subsidiárias:
Hewbol, S.G.P.S., Lda.
Betotrans - Transportes e Serviços, Lda.
Secil Cabo Verde Comércio e Serviços, Lda.
ICV - Inertes de Cabo Verde, Lda.
Florimar - Transporte Marítimo, Navios e Participações, Lda.
Sociedade de Inertes, Lda. (a)
Secil Cement, B.V.
Serife - Sociedade de Estudos e Realizações Industriais e de Fornecimento de Equipamento, Lda.
Silonor, S.A.
Société des Ciments de Gabés
Sud- Béton - Société de Fabrication de Béton du Sud
Zarzis Béton
Secil Angola, SARL
Secil - Companhia de Cimento do Lobito, S.A.
Unibetão - Indústrias de Betão Preparado, S.A.
Secil Britas, S.A.
Secil Martingança - Aglomerantes e Novos Materiais para a Construção, S.A.
IRP - Industria de Rebocos de Portugal, S.A.
Allmicroalgae - Natural Products, S.A.
Argibetão - Sociedade de Novos Produtos de Argila e Betão, S.A.
Ciminpart - Investimentos e Participações, S.G.P.S., S.A.
ALLMA - Microalgas, Lda.
Secil Brasil Participações, S.A.
Supremo Cimentos, SA
Margem - Companhia de Mineração, SA
Secil Brands - Marketing, Publicidade, Gestão e Desenvolvimento de Marcas, Lda.
CMP - Cimentos Maceira e Pataias, S.A.
Ciments de Sibline, S.A.L.
Soime, S.A.L.
Cimentos Madeira, Lda.
Beto Madeira - Betões e Britas da Madeira, S.A.
Brimade - Sociedade de Britas da Madeira, S.A.
Madebritas - Sociedade de Britas da Madeira, Lda.
SPB, SGPS, Lda.
Secil Prébetão, S.A.
Cementos Secil, SLU
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
-
100,00
100,00
100,00
98,72
98,72
98,52
100,00
51,00
100,00
100,00
100,00
75,00
100,00
99,53
100,00
70,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
51,05
51,05
100,00
100,00
100,00
51,00
100,00
100,00
100,00
Denominação Social TotalTotal
-
100,00
0,20
25,00
-
-
-
-
-
-
98,72
98,52
-
51,00
-
-
-
75,00
-
-
-
70,00
100,00
100,00
100,00
-
-
22,41
51,05
42,86
100,00
100,00
51,00
-
100,00
-
Indireta
100,00
-
99,80
75,00
100,00
-
100,00
100,00
100,00
98,72
-
-
100,00
-
100,00
100,00
100,00
-
100,00
99,53
100,00
-
-
-
-
100,00
100,00
28,64
-
57,14
-
-
-
100,00
-
100,00
Direta
Portugal
Portugal
Portugal
Cabo Verde
Cabo Verde
Portugal
Moçambique
Holanda
Portugal
França
Tunísia
Tunísia
Tunísia
Angola
Angola
Portugal
Portugal
Portugal
Portugal
Portugal
Portugal
Portugal
Portugal
Brasil
Brasil
Brasil
Portugal
Portugal
Líbano
Líbano
Portugal
Portugal
Portugal
Portugal
Portugal
Portugal
Espanha
Sede
% do capital detidopela Secil
% do capital detidopela Secil
31/12/201831/12/2019
(a) Empresa liquidada no exercício de 2019.
ESTRUTURA DO GRUPOSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
203
Interesses que não controlam - detalhe de por subsidiáriaEm 31 de dezembro de 2019 e 2018, o detalhe dos interesses que não controlam, apresentados na de-monstração dos resultados e no capital próprio é conforme se segue:
31/12/2018
Capitais Próprios
Société des Ciments de Gabés e subsidiárias
IRP - Industria de Rebocos de Portugal, S.A.
Secil - Companhia de Cimento do Lobito, S.A.
Ciments de Sibline, S.A.L e subsidiária
Outros
496.823
367.794
(2.025.265)
56.711.686
857.903
31/12/2019
547.578
408.109
(2.501.785)
55.266.464
194.219
2018
45.713
178.246
(1.041.672)
5.414.956
85.587
2019
57.601
217.815
(1.616.257)
193.084
(6.631)
Resultado
% detida
1,28
25,00
49,00
48,95
56.408.940 53.914.585 4.682.831 (1.154.388)
Interesses que não controlam - movimentosNos períodos findos em 31 de dezembro de 2019 e 2018, o movimento ocorrido em Interesses que não controlam é conforme se segue:
63.005.558
Variação de perímetro
Dividendos
Transposição das demonstrações financeiras de subsidiárias estrangeiras
Alterações nos pressupostos atuariais
Outros movimentos nos capitais próprios
Resultado líquido do período
(5.128.612)
(10.180.618)
4.041.960
(125)
(12.054)
4.682.831
56.408.940
(772.077)
(2.722.995)
2.155.960
(855)
-
(1.154.388)
56.408.940 53.914.585
Saldo inicial
31/12/201831/12/2019
ESTRUTURA DO GRUPOSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
204
ESTRUTURADO GRUPO10.2. VARIAÇÕES DO PERÍMETRO DE CONSOLIDAÇÃO
10.
Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2019 e 2018, o perímetro foi alterado face ao exercício precedente pelas seguintes operações de reorganização societária:
Aquisição de participação
Betotrans - Transportes e Serviços, Lda.
Aquisição de participação adicional em subsidiária
ICV - Inertes de Cabo Verde, Lda.
Liquidações
Sociedade de Inertes, Lda.
Data
Set/19
Jul/19
Fev/19
2019
Aquisição de participação adicional em subsidiária
Cimentos Madeira, Lda.
Liquidações
Uniconcreto – Betão Pronto, S.A.
I3 Participações e Serviços, Ltda.
Fusão por incorporação de subsidiárias em outras subsidiárias, sem alteração do interesse do Grupo
Lusoinertes, S.A., incorporada na Secil Britas, S.A.
Promadeira, Lda., incorporada na Brimade – Sociedade de Britas da Madeira, S.A.
Pedra Regional, S.A., incorporada na Brimade – Sociedade de Britas da Madeira, S.A.
Secil Cement, BV (Ex Finlandimmo Holding BV) na Secil Cement, BV (Ex-Seciment Investment BV)
Data
Mar/18
Out/18
Dez/18
Nov/18
Dez/18
Dez/18
Dez/18
2018
ESTRUTURA DO GRUPOSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
205
ESTRUTURADO GRUPO10.3. INVESTIMENTOS EM ASSOCIADAS E EMPREENDIMENTOS CONJUNTOS
10.
Políticas contabilísticas
São todas as entidades sobre as quais o grupo exerce influência significativa, mas não possui controlo, geralmente com investimentos representando entre 20% a 50% dos direitos de voto.
Associadas
São acordos que conferem ao Grupo controlo conjunto (estabelecido contratualmente) e relativamente aos quais o Grupo detém um interesse nos ativos líquidos.
Empreendimentos conjuntos
Os investimentos em associadas e empreendimentos conjuntos são contabilizados pelo método de equivalência patrimonial. As participações financeiras são registadas pelo seu custo de aquisição, ajustado pelo valor correspondente à participação do Grupo nas variações de capitais próprios (incluindo o resultado líquido) das associadas e empreendimentos conjuntos, por contrapartida de Resultados de associadas e empreendimentos conjuntos, e dividendos.
Quando a participação do Grupo nas perdas da associada ou empreendimentos conjuntos iguala ou ultrapassa o seu investimento nestas sociedades, o Grupo deixa de reconhecer perdas adicionais, exceto se tiver incorrido em responsabilidades ou efetuado pagamentos em nome destas.
Método da equivalência patrimonial
Os ganhos não realizados em transações com as associadas e empreendimentos conjuntos são eliminados na extensão da participação do Grupo nas mesmas. As perdas não realizadas são também eliminadas, exceto se a transação revelar evidência de imparidade de um bem transferido.
Ganhos e perdas não realizados em transações com o Grupo
ESTRUTURA DO GRUPOSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
206
Investimentos em associadas e empreendimentos conjuntosEm 31 de dezembro de 2019 e 2018, os investimentos em associadas e empreendimentos conjuntos deta-lham-se conforme se segue:
Valor
31/12/2018
Associadas
Setefrete, SGPS, S.A.
MC - Materiaux de Construction
J.M.J. - Henriques, Lda.
Ave, S.A.
Empreendimentos conjuntos
Utis - Ultimate Technology To Industrial Savings, Lda.
1.507.381
1.432
373.235
172.850
541.876
% detida
25,00%
49,36%
50,00%
35,00%
50,00%
Valores em Euros Valor
31/12/2019
1.295.307
1.574
364.476
212.318
1.462.641
% detida
25,00%
49,36%
50,00%
35,00%
50,00%
2.596.774 3.336.316
Movimentos em associadas e empreendimentos conjuntosNos períodos findos em 31 de dezembro de 2019 e 2018, o movimento ocorrido nos investimentos em associadas e empreendimentos é conforme se segue:
2018
Aquisições
Resultado líquido - associadas
Resultado líquido - empreendimentos conjuntos
Dividendos atribuídos
Ajustamento cambial
300.000
940.886
241.876
(867.174)
(265)
2019
-
798.338
920.761
(979.701)
144
Valores em Euros
2.596.774 3.336.316 Saldo final
1.981.4512.596.774Saldo incial
ESTRUTURA DO GRUPOSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
207
Informação de associadas e empreendimentos conjuntosNos períodos findos em 31 de dezembro de 2019 e 2018, as subsidiárias com interesses que não controlam significativos apresentam nas suas contas os valores que se seguem:
(86.427)
(17.517)
2.034.181
545.658
1.841.524
Associadas
MC- Materiaux de Construction
J.M.J. - Henriques, Lda.
Setefrete, SGPS, S.A.
Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A.
Empreendimentos conjuntos
Utis - Ultimate Technology To Industrial Savings, Lda.
2019Valores em Euros
ResultadoLíquido
2.782.624
-
34.271
5.210.750
1.217.450
Rédito do período
8.067
728.952
4.742.105
606.624
2.925.276
CapitalPróprio
2.588.957
345.409
469.692
6.668.730
3.611.325
PassivosTotais
2.597.024
1.074.363
5.211.797
7.275.354
6.536.602
AtivosTotais
b)
a)
c)
b)
a)
a) A informação financeira apresentada está de acordo com as demonstrações financeiras da associada para o período findo em 31/12/2019
b) A informação financeira apresentada está de acordo com as demonstrações financeiras da associada para o período findo em 30/11/2019
c) A informação financeira apresentada está de acordo com as demonstrações financeiras ajustadas da associada para o período findo em 30/11/2019
166.619
(3.563)
2.741.254
432.898
483.751
Associadas
MC- Materiaux de Construction
J.M.J. - Henriques, Lda.
Setefrete, SGPS, S.A.
Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A.
Empreendimentos conjuntos
Utis - Ultimate Technology To Industrial Savings, Lda
2018Valores em Euros
ResultadoLíquido
2.188.447
-
94.328
9.023.866
1.909.071
Rédito do período
26.859
746.471
6.029.521
493.869
1.038.751
CapitalPróprio
769.644
335.521
27.199
4.072.738
2.074.987
PassivosTotais
796.503
1.081.992
6.056.720
4.566.607
3.158.738
AtivosTotais
a)
a)
b)
b)
a)
a) A informação financeira apresentada está de acordo com as demonstrações financeiras da associada para o período findo em 31/12/2018
b) A informação financeira apresentada está de acordo com as demonstrações financeiras da associada para o período findo em 30/11/2018
ESTRUTURA DO GRUPOSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
208
ESTRUTURADO GRUPO10.4. TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS
10.
Saldos com partes relacionadasEm 31 de dezembro de 2019 e 2018, o Grupo apresenta os seguintes sa ldos com par tes relacionadas:
-
4.018.601
-
Acionistas
Semapa, SGPS, S.A.
Semapa, SGPS, S.A. - RETGS
CIMO - Gestão de participações, SGPS, S.A.
Valores em Euros
Imposto sobre o
Rendimento (Nota 6.1)
934.286
-
-
Valores a pagar
(Nota 4.3)
1.000
-
-
Valores a receber
(Nota 4.2)
-
4.369.349
-
Imposto sobre o
Rendimento (Nota 6.1)
31/12/2019
2.589.181
-
1.160
Valoresa pagar
(Nota 4.3)
438
-
-
Valores a receber
(Nota 4.2)
31/12/2018
4.018.601 934.286 1.0004.369.349 2.590.341 438
-
-
-
-
-
Associadas e Empreendimentos conjuntos
J.M.J. Henriques, Lda.
Inertogrande
Setefrete - Soc. Tráfego Cargas, S.A.
Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A.
Utis - Ultimate Technology To Industrial Savings, Lda.
-
-
187.913
202.631
-
127.533
214.674
36.039
109.264
-
-
-
-
-
-
-
-
394.921
392.192
94.503
131.925
219.303
-
182.785
250.353
-390.544 487.510 -881.616 784.366
-
-
-
-
Outras entidades relacionadas
Cotif Sicar
Grupo Navigator
Eng. Silva Dias
Outros acionistas de subsidiárias e outras partes relacionadas
78.294
333.837
19.849
1.980.168
-
295.261
-
-
-
-
-
-
8.999
13.837
20.183
1.227.832
-
165.280
-
-
4.018.601 3.736.978 783.771 4.369.349 4.742.808 950.084
ESTRUTURA DO GRUPOSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
209
Transações do período com partes relacionadasNo decurso dos períodos findos em 31 de dezembro de 2019 e 2018, o Grupo realizou as seguintes transações com partes relacionadas:
(39.739)
Acionistas
Semapa, SGPS, S.A.
Valores em Euros
(Gastos)/rendimentos
financeiros
159
Outros rendimentos operacionais
1.617
Vendas ePrestações de serviços
(4.277.871)
Compras de serviços
31/12/2019
-
Outros rendimentos operacionais
-
Vendas ePrestações de serviços
31/12/2018
(4.643.969)
Compras de serviços
(39.739)159 1.617 (4.277.871)- - (4.643.969)
-
-
-
-
-
Associadas e Empreendimentos conjuntos
J.M.J. Henriques, Lda.
Inertogrande
Setefrete - Soc. Tráfego Cargas, S.A.
Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A.
Utis - Ultimate Technology To Industrial Savings, Lda.
1.800
1.800
66.867
145.022
-
-
-
-
57.593
-
-
-
(2.778.726)
(2.030.784)
-
1.800
1.800
-
197.008
204.813
-
-
-
53.817
-
-
-
(2.076.051)
(2.635.027)
(422.331)
-215.489 57.593 (4.809.510)405.421 53.817 (5.133.409)
-
(334)
Outras entidades relacionadas
Grupo Navigator
Eng. Silva Dias
23.165
-
1.496.767
-
(441.125)
-
-
-
247.816
-
(327.451)
-
(334)23.165 1.496.767 (441.125)-247.816 (327.451)
(40.073)238.813 1.555.977 (9.528.506)405.421 301.633 (10.104.829)
11.GESTÃO DE RISCOS OPERACIONAIS
GESTÃO DE RISCOS OPERACIONAISSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
211
GESTÃO DE RISCOS OPERACIONAIS
11.
O Grupo está presente no setor da construção, o qual está sujeito a riscos diversos, que podem ter um efeito significativo na atividade que exerce, nos seus resultados operacionais, nos fluxos de caixa que gera e na sua posição financeira.
Os fatores de risco operacional analisados neste capítulo podem ser estruturados da seguinte forma:
• Abastecimento de matérias-primas• Preço de venda• Procura dos produtos do Grupo• Concorrência• Custos energéticos• Risco país – Brasil, Tunísia, Líbano e Angola• Legislação ambiental
Abastecimento de matérias-primasNo que se refere ao cimento e outros materiais, as principais matérias-primas do processo de fabrico do cimento são os calcários e as margas ou argilas, cuja extração é efetuada em pedreiras próprias, localizadas no perímetro fabril, dispondo o Grupo de reservas que asseguram a exploração sustentada nos próximos anos.
Preço de vendaUma vez que o Grupo desenvolve a sua atividade em mercados geograficamente diversos, os preços praticados, dependem essencialmente, da conjuntura económica e da concorrência de cada país.
Procura dos produtos do GrupoO volume de negócios do Grupo deriva do nível de atividade no setor da construção em cada um dos mercados geográficos em que opera. O setor da construção tende a ser cíclico, especialmente em economias maduras, e depende do nível de construção residencial e comercial, bem como do nível de investimentos em infraestruturas.
O setor da construção é sensível a fatores como as taxas de juro e uma quebra da atividade económica numa dada economia pode conduzir a uma recessão neste setor.
Apesar do Grupo considerar que a sua diversificação geográfica é a melhor forma de conseguir a estabilização dos seus resultados, a sua atividade, situação financeira e resultados operacionais podem ser negativamente afetados por uma quebra do setor da construção em qualquer mercado significativo em que opere.
ConcorrênciaAs empresas do Grupo desenvolvem a sua atividade num ambiente competitivo. No caso do mercado português, dada a conjuntura dos últimos anos, que tem motivado um forte declínio do setor, excessos de capacidade dos operadores nacionais em conjugação com importações, poderão afetar a performance nesse segmento.
O mesmo se verifica no Brasil, país sob recessão e atualmente com excesso de capacidade instalada que tem impactado negativamente os preços. Na Tunísia, o excesso de oferta tem igualmente pressionado os preços em baixa.
Custos EnergéticosUma parte significativa dos custos do Grupo está dependente dos custos energéticos. A energia é um fator de custo com peso significativo na atividade da Secil e das suas participadas. O Grupo protege-se, em certa medida, contra o risco da subida do preço da energia através da possibilidade de algumas das suas fábricas utilizarem combustíveis alternativos e de contratos de fornecimento de energia elétrica de longo prazo para algumas das necessidades energéticas. Apesar destas medidas, flutuações significativas nos custos da eletricidade
GESTÃO DE RISCOS OPERACIONAISSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
212
e dos combustíveis podem afetar negativamente a sua atividade, situação financeira e resultados operacionais.
Risco país – Brasil, Tunísia, Líbano e AngolaO Grupo encontra-se exposto ao risco país do Brasil, Tunísia, Líbano e Angola nos quais detém investimentos em unidades produtivas.
O caso do Líbano merece uma análise mais detalhada dada a severidade da sua situação económica, política e social em que vive atualmente. A crise existente deu origem a fortes convulsões sociais que se focaram na alegada corrupção dos seus governantes e foram potenciadas pelo influxo de migrantes Sírios, alto desemprego e custo de vida. Estas convulsões levaram à queda do governo em outubro de 2019. Do ponto de vista económico, o desempenho continuou a agravar-se no final de 2019 e início de 2020.
Mais recentemente, o país deu passos importantes com vista à estabi l ização da sua s ituação, destacando-se a nomeação de um novo primeiro-ministro, a aprovação do orçamento do estado pelo parlamento e o princípio de acordo com o FMI para obter apoio técnico (e não financeiro) para estudar e ajudar a implementar um pacote de reformas económicas estruturais que contenham a inflação e restabeleçam a confiança e estabilidade dos sistemas de financiamento, comércio e pagamentos.
Como consequência do contexto apresentado acima, os principais riscos identificados pelo World Economic Forum para o país são o desemprego, a falha de governação do país, crises fiscais e colapso ou crise do estado.
Legislação AmbientalNos últimos anos, a legislação da União Europeia em matéria ambiental tem vindo a tornar-se mais restritiva no que respeita ao controlo das emissões ambientais.
É parte integrante da Política Integrada do Grupo Secil o estrito cumprimento das exigências legais em ma-téria de Ambiente que lhe são aplicáveis bem como a melhoria contínua do seu desempenho.
Em 2013, foi aprovado o BREF (Best Available Tech-nologies Reference Documents) - Conclusões sobre as Melhores Técnicas Disponíveis do Documento de Referência - para os setores do cimento, cal e óxido de magnésio que contém os novos limites e requisitos para estes setores, dispondo as empresas de quatro anos para promover as necessárias adaptações às suas práticas e equipamentos. Tais exigências foram vertidas nas Licenças Ambientais que regulam a ati-vidade de exploração de pedreiras e produção de cimento.
Como tal, o Grupo Secil tem vindo a acompanhar o desenvolvimento técnico desta matéria, procurando antecipar e planear as melhorias necessárias nos seus equipamentos para os fazer cumprir com os limites a publicar, existindo assim a possibilidade do Grupo necessitar de realizar investimentos adicionais nesta área, de modo a cumprir com eventuais alterações nos limites e regras ambientais que venham a ser aprovados.
À data, as alterações legislativas que se conhecem prendem-se também com a evolução do regime de atribuição de comércio europeu de emissão de gases com efeito de estufa (CELE), criado pela Diretiva nº 2003/87/CE, alterada pela Diretiva nº 2009/29/CE (nova diretiva CELE), a qual apresenta o quadro legal do CELE para o período 2013-2020 e que foi transposta para o ordenamento jurídico nacional pelo Decreto-Lei 38/2013 de 15 de Março, que veio a resultar na redução do âmbito de atribuição gratuita de licenças de emissão de CO2. A nível da Comunidade Europeia a revisão desta última diretiva para enquadrar o período post-2020, ou seja, o período 2021 a 2030 está na sua fase final.
GESTÃO DE RISCOS OPERACIONAISSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
213
Foi aprovada a Diretiva UE 2018/410, de 14 de março, que altera a Diretiva 2003/87/CE para reforçar a relação custo-eficácia das reduções de emissões e o investimento nas tecnologias hipocarbónicas. A Diretiva EU 2018/410, enquadra entre outros aspetos o novo período CELE a vigorar entre 2021-2030, no qual se vai verificar uma redução da quantidade de licenças de emissão de CO2 atribuídas de forma gratuita.
Com entrada da nova Comissão foi publicado no final de 2019 o Acordo Verde Europeu traçando o roteiro para uma economia sustentável europeia. A maior ambição de redução de emissões carbónicas expressa neste documento levará a uma revisão intermédia com provável efeito no subperíodo de 2026 a 2030.
Esta evolução trará novos desafios para a indústria cimenteira. No sentido de mitigar os efeitos resultantes das sucessivas revisões desta legislação, há muito que o Grupo empreendeu uma série de investimentos de natureza ambiental que, entre outras vantagens, tem permitido a redução continuada da emissão de CO2, destacando o investimento em equipamentos que permitem a valorização energética de combustíveis alternativos, a aposta em cimentos com menor incorporação de clínquer e o investimento em equipamentos de menor consumo energético.
Não é expectável que as tecnologias existentes permitam a redução das emissões de forma a garantir as atuais capacidades de produção com recurso a emissões gratuitas, pondo em causa a competitividade das exportações de clínquer e cimento. Estão em curso vários projetos de investigação no sentido de capturar, armazenar e reutilizar o CO2, não tendo nenhum deles até à data confirmado viabilidade económica, havendo, no entanto, soluções que passarão pelo lançamento de
novos tipos de cimento. Acreditamos que as soluções só vão ser implementadas após o conhecimento, em 2020, das licenças de CO2 que vão ser atribuídas às instalações para o período 2021 a 2030. Em Portugal foi criado em 2019 um laboratório colaborativo entre empresas, universidades e centros de investigação, cujo objetivo é desenvolver linhas de investigação para redução das emissões de CO2.
Consciente de que a exploração de pedreiras tem impactes na paisagem, na alteração do relevo, na remoção do solo e do coberto vegetal e na diminuição de refúgios/alimentos para a fauna. O Grupo assume a minimização destes impactos e aceleração do processo de colonização natural, não só através de programas de recuperação da composição e estrutura das comunidades vegetais e animais, mas também da recuperação das funções e dos processos naturais do ecossistema.
Por outro lado, cumprindo com o Decreto-Lei nº 147/2008 de 29 de junho, que transpôs para o normativo Nacional a Diretiva 2004/35/CE, o Grupo assegurou os seguros ambientais exigidos por aquele normativo, garantindo o cumprimento dos regulamentos em vigor e mitigando os riscos de natureza ambiental a que se encontra exposto.
214
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃOSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
João Nuno de Sottomayor Pinto de Castelo BrancoPresidente
Otmar HübscherVice-Presidente
Gonçalo de Castro Salazar LeiteVice-Presidente
Carlos Alberto Medeiros AbreuVogal
João Luís Barbosa Pereira de VasconcelosVogal
Manuel António de Sousa MartinsVogal
Sérgio António Alves MartinsVogal
Francisco José de Melo e Castro GuedesVogal
José António do Prado FayVogal
Ricardo Miguel dos Santos Pacheco PiresVogal
Vítor Paulo Paranhos PereiraVogal
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
IIICERTIFICAÇÃOLEGAL DO REVISORE RELATÓRIODO CONSELHOFISCAL RELATIVOÀS CONTASCONSOLIDADAS
CERTIFICAÇÃO LEGAL DO REVISOR E RELATÓRIO DO CONSELHO FISCAL RELATIVO ÀS CONTAS CONSOLIDADASSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
216
KPMG & Associados - Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, S.A. Edifício FPM41 - Avenida Fontes Pereira de Melo, 41 - 15º 1069-006 Lisboa - Portugal +351 210 110 000 | www.kpmg.pt
KPMG & Associados – Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, S.A., a firma portuguesa membro da rede KPMG, composta por firmas independentes afiliadas da KPMG International Cooperative (“KPMG International”), uma entidade suíça.
KPMG & Associados – Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, S.A. Capital Social: 3.916.000 Euros - Pessoa Coletiva Nº PT 502 161 078 - Inscrito na O.R.O.C. Nº 189 - Inscrito na C.M.V.M. Nº 20161489 Matriculada na Conservatória do registo Comercial de Lisboa sob o Nº PT 502 161 078
CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS
RELATO SOBRE A AUDITORIA DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS Opinião Auditámos as demonstrações financeiras consolidadas anexas da Secil – Companhia Geral de Cal e Cimento, S.A. (o Grupo), que compreendem a demonstração da posição financeira consolidada em 31 de dezembro de 2019 (que evidencia um total de 1.158.284.476 euros e um total de capital próprio de 371.760.059 euros, incluindo um resultado líquido de 28.039.255 euros), a demonstração dos resultados consolidados, a demonstração do rendimento integral consolidado, a demonstração das alterações nos capitais próprios consolidados e a demonstração dos fluxos de caixa consolidados relativas ao ano findo naquela data, e as notas anexas às demonstrações financeiras consolidadas que incluem um resumo das políticas contabilísticas significativas.
Em nossa opinião, as demonstrações financeiras consolidadas anexas apresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspetos materiais, a posição financeira consolidada da Secil – Companhia Geral de Cal e Cimento, S.A. em 31 de dezembro de 2019 e o seu desempenho financeiro e fluxos de caixa consolidados relativos ao ano findo naquela data de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS) tal como adotadas na União Europeia.
Bases para a opinião A nossa auditoria foi efetuada de acordo com as Normas Internacionais de Auditoria (ISA) e demais normas e orientações técnicas e éticas da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas. As nossas responsabilidades nos termos dessas normas estão descritas na secção “Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações financeiras consolidadas” abaixo. Somos independentes das entidades que compõem o Grupo nos termos da lei e cumprimos os demais requisitos éticos nos termos do código de ética da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas.
Estamos convictos de que a prova de auditoria que obtivemos é suficiente e apropriada para proporcionar uma base para a nossa opinião.
CERTIFICAÇÃO LEGAL DO REVISOR E RELATÓRIO DO CONSELHO FISCAL RELATIVO ÀS CONTAS CONSOLIDADASSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
217
2
Ênfase Conforme referido na nota 1.3, a economia e as empresas a nível mundial enfrentam desafios inesperados em resultado da rápida disseminação do Coronavírus (“COVID-19”), declarada em março de 2020 e, como tal, um evento não ajustável. O Grupo está a acompanhar em permanência a evolução da pandemia do COVID-19 através dos respetivos órgãos próprios e, procurando minimizar os possíveis riscos associados ao surto implementou Planos de Contingência com o objetivo de garantir a segurança dos seus colaboradores e comunidade em geral, bem como assegurar a continuidade das operações. Até ao momento, as operações do Grupo têm decorrido com normalidade e sem disrupção, não sendo ainda possível estimar com razoável grau de confiança, eventuais impactos na atividade do Grupo face ao atual enquadramento de elevada incerteza e rápida evolução. A nossa opinião não é modificada em relação a esta matéria.
Responsabilidades do órgão de gestão e do órgão de fiscalização pelas demonstrações financeiras consolidadas O órgão de gestão é responsável pela:
— preparação de demonstrações financeiras consolidadas que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira, o desempenho financeiro e os fluxos de caixa do Grupo de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS) tal como adotadas na União Europeia;
— elaboração do relatório de gestão nos termos legais e regulamentares aplicáveis;
— criação e manutenção de um sistema de controlo interno apropriado para permitir a preparação de demonstrações financeiras consolidadas isentas de distorção material devido a fraude ou erro;
— adoção de políticas e critérios contabilísticos adequados nas circunstâncias; e
— avaliação da capacidade do Grupo de se manter em continuidade, divulgando, quando aplicável, as matérias que possam suscitar dúvidas significativas sobre a continuidade das atividades.
O órgão de fiscalização é responsável pela supervisão do processo de preparação e divulgação da informação financeira da Entidade.
Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações financeiras consolidadas A nossa responsabilidade consiste em obter segurança razoável sobre se as demonstrações financeiras consolidadas como um todo estão isentas de distorções materiais devido a fraude ou erro, e emitir um relatório onde conste a nossa opinião. Segurança razoável é um nível elevado de segurança mas não é uma garantia de que uma auditoria executada de acordo com as ISA detetará sempre uma distorção material quando exista. As distorções podem ter origem em fraude ou erro e são consideradas materiais se, isoladas ou conjuntamente, se possa razoavelmente esperar que influenciem decisões económicas dos utilizadores tomadas com base nessas demonstrações financeiras.
Como parte de uma auditoria de acordo com as ISA, fazemos julgamentos profissionais e mantemos ceticismo profissional durante a auditoria e também:
— identificamos e avaliamos os riscos de distorção material das demonstrações financeiras consolidadas, devido a fraude ou a erro, concebemos e executamos procedimentos de auditoria que respondam a esses riscos, e obtemos prova de auditoria que seja suficiente e apropriada para proporcionar uma base para a nossa opinião. O risco de não detetar uma distorção material devido a fraude é maior do que o risco de não detetar uma distorção material devido a erro, dado que a fraude pode envolver conluio, falsificação, omissões intencionais, falsas declarações ou sobreposição ao controlo interno;
CERTIFICAÇÃO LEGAL DO REVISOR E RELATÓRIO DO CONSELHO FISCAL RELATIVO ÀS CONTAS CONSOLIDADASSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
218
3
— obtemos uma compreensão do controlo interno relevante para a auditoria com o objetivo de conceber procedimentos de auditoria que sejam apropriados nas circunstâncias, mas não para expressar uma opinião sobre a eficácia do controlo interno do Grupo;
— avaliamos a adequação das políticas contabilísticas usadas e a razoabilidade das estimativas contabilísticas e respetivas divulgações feitas pelo órgão de gestão;
— concluímos sobre a apropriação do uso, pelo órgão de gestão, do pressuposto da continuidade e, com base na prova de auditoria obtida, se existe qualquer incerteza material relacionada com acontecimentos ou condições que possam suscitar dúvidas significativas sobre a capacidade do Grupo para dar continuidade às suas atividades. Se concluirmos que existe uma incerteza material, devemos chamar a atenção no nosso relatório para as divulgações relacionadas incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas ou, caso essas divulgações não sejam adequadas, modificar a nossa opinião. As nossas conclusões são baseadas na prova de auditoria obtida até à data do nosso relatório. Porém, acontecimentos ou condições futuras podem levar a que o Grupo descontinue as suas atividades;
— avaliamos a apresentação, estrutura e conteúdo global das demonstrações financeiras consolidadas, incluindo as divulgações, e se essas demonstrações financeiras representam as transações e acontecimentos subjacentes de forma a atingir uma apresentação apropriada; e,
— obtemos prova de auditoria suficiente e apropriada relativa à informação financeira das entidades ou atividades dentro do Grupo para expressar uma opinião sobre as demonstrações financeiras consolidadas. Somos responsáveis pela orientação, supervisão e desempenho da auditoria do Grupo e somos os responsáveis finais pela nossa opinião de auditoria; e,
— comunicamos com os encarregados da governação, incluindo o órgão de fiscalização, entre outros assuntos, o âmbito e o calendário planeado da auditoria, e as conclusões significativas da auditoria incluindo qualquer deficiência significativa de controlo interno identificada durante a auditoria.
A nossa responsabilidade inclui ainda a verificação da concordância da informação constante do relatório de gestão com as demonstrações financeiras consolidadas.
RELATO SOBRE OUTROS REQUISITOS LEGAIS E REGULAMENTARES Sobre o relatório de gestão Dando cumprimento ao artigo 451.º, n.º 3, al. e) do Código das Sociedades Comerciais, somos de parecer que o relatório de gestão foi preparado de acordo com os requisitos legais e regulamentares aplicáveis em vigor, a informação nele constante é concordante com as demonstrações financeiras consolidadas auditadas e, tendo em conta o conhecimento e apreciação sobre o Grupo, não identificámos incorreções materiais.
Lisboa, 30 de abril de 2020 KPMG & Associados Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, S.A. (n.º 189) representada por Pedro Jorge Quental e Cruz (ROC n.º 1765)
CERTIFICAÇÃO LEGAL DO REVISOR E RELATÓRIO DO CONSELHO FISCAL RELATIVO ÀS CONTAS CONSOLIDADASSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
219
CERTIFICAÇÃO LEGAL DO REVISOR E RELATÓRIO DO CONSELHO FISCAL RELATIVO ÀS CONTAS CONSOLIDADASSECIL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
220
SECILCompanhia Geral de Cal e Cimentos, S.A.
Sede, Outão. Apartado 71 | 2901-864 SetúbalT. 212 198 100 / 265 534 766
F. 265 234 629
www.secil.pt