RELATÓRIO E CONTAS
Previsão, SGFP, S.A.
Capital Social 2 947 000 euros
Matrícula na Conservatória
do Registo Comercial de Lisboa
e Pessoa Coletiva nº 502 073 942
Rua de Entrecampos, 28-4º Piso Bloco A
1749-076 Lisboa
PREVISÃO | Relatório e Contas 2015 3
Relatório e Contas de 2015
Mensagem do Presidente do Conselho de Administração 5
Relatório de Gestão 7
Enquadramento Macroeconómico 9
Mercados Financeiros 12
Mercado de Fundos de Pensões 16
Envolvente Regulamentar 17
Relações Associativas 18
Políticas de Investimento 19
Atividade de Gestão dos Fundos 20
Organização e Recursos Humanos 21
Controlo Interno 22
Comunicação 23
Análise Económica e Financeira 24
Principais Riscos e Incertezas 26
Perspetivas 27
Proposta de Aplicação de Resultados 28
Demonstrações Financeiras 31
Balanços 33
Demonstrações dos Resultados 34
Demonstrações das Alterações nos Capitais Próprios 35
Demonstrações dos Fluxos de Caixa 36
Anexo às Demonstrações Financeiras em 31 de dezembro de 2015 37
Certificação Legal das Contas 55
Relatório e Parecer do Fiscal Único 59
Política de Remunerações 63
Corpos Sociais 71
4 PREVISÃO | Relatório e Contas 2015
Estrutura Acionista
Em 31 de dezembro de 2015 a estrutura acionista da Previsão era a seguinte:
PT Portugal, SGPS, S.A. 82,05 %
Banco Santander Totta, S.A. 10,09 %
Banco Comercial Português, S.A. 2,86 %
Citibank International Limited, Sucursal em Portugal 2,50 %
Companhia de Seguros Allianz Portugal, S.A. 2,50 %
Principais Atividades e Eventos
Fevereiro
Relatório do Atuário Responsável
Março
Relatórios e Contas dos Fundos de Pensões
Abril
Relatório de Governance
Maio
Relatório de Gestão de Riscos
Junho
Altice adquire participação qualificada indireta na Previsão
Relatórios de Auditoria Interna ao Manual de Controlo Interno
Julho
Alterações na composição do Conselho de Administração
Informação aos participantes sobre direitos em formação
Agosto
Rebalanceamento da estrutura de composição de ativos dos Fundos de Pensões
Novembro
Alterações ao modelo de fiscalização da Sociedade
Dezembro
Rebalanceamento da estrutura de composição de ativos dos Fundos de Pensões
PREVISÃO | Relatório e Contas 2015 5
Mensagem do Presidente do Conselho de Administração
Senhores Acionistas,
A Previsão continua a assegurar a gestão dos fundos de pensões dos trabalhadores da PT Portugal
(MEO), que se destinam a financiar responsabilidades com benefícios de reforma de natureza
complementar. Mais precisamente: os Fundos de Pensões do Pessoal dos TLP, da TDP – Teledifusora
de Portugal S.A. e o Fundo de Pensões Marconi, abrangendo os trabalhadores oriundos das referidas
empresas. Estes Planos de Pensões, de benefício definido, no final de 2015 tinham uma população de
cerca de 12 mil indivíduos, dos quais 8 mil pensionistas, ascendendo o seu património a 86 milhões de
euros.
Em 2015 não se registaram alterações ao nível da filosofia e Políticas de Investimento dos Fundos de
Pensões cujas carteiras observam um elevado nível de diversificação, em termos de geografias e
classes de ativos, a par de um asset allocation com um risco conservador, através de uma exposição de
cerca de 62,5% a obrigações e apenas 20% a ações, em linha com os respetivos níveis de
financiamento e perfil das responsabilidades.
Apesar do comportamento menos favorável das economias e dos mercados financeiros internacionais
no 2º semestre do ano, essencialmente determinado pela situação verificada na China e
concomitantemente no preço das commodities, sobretudo do petróleo, que ditaram uma enorme
volatilidade nos mercados, a rendibilidade dos Fundos foi positiva pelo quarto ano consecutivo.
No âmbito da gestão das carteiras de ativos, prosseguiu-se pois com a disciplina no processo de
investimento, em particular com os processos de rebalanceamento semestral, as aplicações das
contribuições do Associado, e os processos de monitorização e optimização dos instrumentos em
carteira, tudo isto no quadro de uma observância rigorosa das Políticas de Investimento.
A aquisição da PT Portugal pela Altice em junho de 2015 alterou, ainda que de forma indireta, a
estrutura acionista da Previsão, com reflexos sobretudo no seu modelo de governance.
Em termos de governação e organizacionais, procedeu-se, em linha com o registado em todas as
empresas do universo PT, a uma redução do número de membros do Conselho de Administração,
neste caso de 5 para 3 membros, a par da indicação de um Responsável pela Previsão com reporte
direto ao Comité Executivo da PT Portugal e à substituição do Conselho Fiscal por um Fiscal Único. A
nível mais operacional não se registaram alterações significativas.
6 PREVISÃO | Relatório e Contas 2015
No exercício de 2015 prosseguiram os mecanismos de Controlo Interno e Gestão de Riscos requeridos
nomeadamente em termos regulamentares - a Auditoria Interna manteve a sua função através de
auditorias regulares às atividades de gestão dos Fundos e da Sociedade e restantes Controlos do
Grupo PT, permitindo concluir pela sua efetividade - e aprofundaram-se as políticas de racionalização
de recursos, incluindo os financeiros.
Os Rendimentos Operacionais da Previsão, que correspondem, no essencial, ao seu management fee,
situaram-se, no ano de 2015, em 728 milhares de euros, menos cerca de 25% que o registado no ano
anterior. Conforme estipulado no Contrato de Gestão celebrado com o Associado, este valor foi
integralmente suportado pelos Fundos.
Os Gastos Operacionais foram de 645 milhares de euros, inferiores aos do exercício de 2014 em 173
milhares de euros, a que corresponde uma redução de cerca de 21%. Excluindo Provisões e
Amortizações, a redução foi de 11% fruto de um esforço acrescido de racionalização da Empresa com
reflexos quer ao nível dos Fornecimentos e Serviços Externos (- 9%), quer dos Gastos com Pessoal
(-12%).
Apesar da forte redução dos Rendimentos, os Resultados Operacionais foram assim positivos em 83
milhares de euros e obteve-se um Resultado Líquido no exercício de 61 milhares de euros, que
permitiu aumentar a Margem de Solvência da Sociedade Gestora para 2.637 milhares de euros.
Agradeço aos Senhores Acionistas o apoio e confiança manifestada, assim como agradeço também
aos restantes membros dos Órgãos Sociais e sobretudo aos nossos Colaboradores pelo contributo
para os Resultados que se apresentam, só possíveis com a sua dedicação e profissionalismo.
João Zúquete Dutschmann de Jesus da Silva
Presidente do Conselho de Administração
PREVISÃO | Relatório e Contas 2015 7
Relatório de Gestão
8 PREVISÃO | Relatório e Contas 2015
[Página intencionalmente deixada em Branco]
PREVISÃO | Relatório e Contas 2015 9
Enquadramento Macroeconómico
Em 2015, o crescimento económico global voltou a ficar aquém das expectativas, registando o pior
desempenho desde 2009, não obstante o conjunto de medidas de estímulo adotadas,
designadamente no âmbito das políticas monetárias nos países desenvolvidos.
Estima-se que o crescimento económico nas economias desenvolvidas tenha atingido os 2% em 2015,
o que representa uma recuperação modesta face ao valor registado no ano anterior, enquanto nas
emergentes, responsáveis por cerca de 70% do crescimento global, o crescimento do PIB reduziu-se
pelo quinto ano consecutivo, não tendo ultrapassado os 4%, face aos 4,6% observados em 2014. O
peso crescente das maiores economias emergentes no PIB global e a sua maior interligação com o
bloco de países desenvolvidos têm-se traduzido numa maior capacidade de contágio em situações de
arrefecimento da economia (China) ou mesmo de recessão (Brasil e Rússia).
Em 2015, o desempenho das economias emergentes foi condicionado por diversos fatores, com
destaque para o abrandamento da economia chinesa, a queda abrupta dos preços do petróleo, o
agravamento das dificuldades de financiamento e a redução dos fluxos de capitais, que refletiram os
desequilíbrios e vulnerabilidades destas economias.
A economia chinesa terá abrandado o seu ritmo de crescimento para 6,9% em 2015 (7,3% em 2014),
denotando a alteração estrutural da sua economia, num processo de transição para uma menor
dependência do investimento e do setor industrial, compensado com o aumento do peso do
consumo interno e dos serviços. Este rebalanceamento da economia teve como consequência a
queda dos indicadores de produção industrial, num contexto de redução do investimento no setor
imobiliário e queda das exportações, afetando em particular os países com quem a China mantinha
um maior volume de trocas comerciais, designadamente os mais dependentes de exportação de
commodities, casos do Brasil e da Austrália.
A queda drástica do preço das commodities, em particular do petróleo, afetou especialmente as
economias exportadoras desta matéria-prima, que se viram forçadas a reduzir a despesa pública e a
promover fontes de receitas alternativas de modo a compensar a queda de receitas fiscais, ao mesmo
tempo que desvalorizavam as taxas de câmbio das suas divisas.
Na região da América Latina, o crescimento económico terá mesmo registado uma contração em
2015, fruto dos constrangimentos internos do Brasil, maior economia da região, que enfrenta a maior
recessão desde 1930, e do contexto externo desfavorável.
10 PREVISÃO | Relatório e Contas 2015
Entre as principais economias desenvolvidas, a dos EUA terá registado o ritmo de crescimento mais
sólido em 2015, estimado em 2,4%, refletindo um maior dinamismo do consumo privado, suportado
pela robustez do mercado de trabalho, e a melhoria no setor imobiliário e aceleração da atividade no
setor da construção. Em contrapartida, as exportações abrandaram significativamente, denotando o
impacto da valorização do dólar, e a queda dos preços do petróleo teve um efeito negativo no
investimento.
Na Zona Euro, a recuperação da atividade económica em 2015 foi mais lenta que o inicialmente
esperado e ainda inferior ao padrão histórico, tendo-se observado naturalmente um ritmo de
crescimento diferenciado entre os vários países membros: maior vigor na recuperação da atividade
em Espanha, ainda incipiente na Alemanha e maior atraso em França e Itália. O principal fator
responsável pela retoma foi a recuperação do consumo privado, suportado pela política monetária
acomodatícia e pelos baixos preços do petróleo, tendo-se verificado uma melhoria do crescimento do
crédito e uma redução ligeira da taxa de desemprego.
A economia japonesa terá crescido cerca de 0,5% em 2015, em consequência do efeito desfavorável
nas exportações do enfraquecimento da procura chinesa e de outros países asiáticos, apesar dos
fortes estímulos à economia por parte das autoridades japonesas. O consumo privado registou uma
contração, face à manutenção do nível salarial num ambiente de subida moderada da inflação, e o
investimento das empresas cresceu a um ritmo mais moderado, num sinal de prudência dos
empresários em relação ao abrandamento na região.
Indicadores Económicos Globais
EUA Zona Euro Japão China OECD
Crescimento Real PIB 2,4% 1,5% 0,5% 6,9% 2,0%
Inflação 0,1% 0,0% 0,8% 1,4% 0,8%
Taxa de Desemprego 5,3% 10,9% 3,4% 4,1% 6,8%
Fonte: Bloomberg, OECD, Banco Mundial
A taxa de inflação manteve-se abaixo dos níveis objetivo nos principais países desenvolvidos, tendo
atingido valores praticamente nulos na Zona Euro e nos EUA, refletindo sobretudo a redução
acentuada dos preços da energia e ainda, no caso norte-americano, os efeitos da valorização do dólar
(descida do preço dos bens importados).
As condições financeiras nas economias avançadas mantiveram-se extremamente acomodatícias, em
particular na Europa e no Japão, começando, no entanto, a surgir os primeiros sinais de divergência de
PREVISÃO | Relatório e Contas 2015 11
posicionamento face aos diferentes estádios do ciclo económico, com a Reserva Federal norte-
americana a iniciar o ciclo de normalização da taxa de juro de referência no final do ano, após alguns
adiamentos face ao inicialmente previsto, numa postura de prudência face aos sinais de arrefecimento
da economia chinesa.
As taxas de juro de curto prazo atingiram no último mês do ano níveis historicamente baixos na Zona
Euro, em linha com a decisão do Banco Central Europeu de incrementar o cariz acomodatício da sua
política, com destaque para o prolongamento do programa alargado de compra de ativos até março
de 2017 e a redução da taxa de juro aplicável à facilidade permanente de depósitos para -0,30%
(anteriormente em -0,20%). Esta decisão teve em consideração o enfraquecimento do ritmo de
crescimento dos preços no consumidor resultante das quedas adicionais do preço do petróleo na
segunda metade do ano, bem como a manutenção das fragilidades no mercado de trabalho.
O Banco do Japão manteve-se centrado no esforço de inflacionar a sua economia, tendo surpreendido
o mercado no final do ano com o anúncio de alterações às medidas de política não convencional,
incluindo a extensão de maturidades das compras de títulos de dívida pública até 12 anos e compras
adicionais de fundos de investimento mobiliários e imobiliários.
Nos EUA, pelo contrário, acentuou-se a tendência de subida de taxas de juro de curto prazo, com a
Reserva Federal a optar por aumentar as taxas de juro para o intervalo entre 0,25% e 0,50%, face ao
intervalo entre 0% e 0,25% em que se encontravam desde 2008, perante os sinais de retoma
moderada da economia norte-americana, designadamente no que respeita ao comportamento do
mercado de trabalho.
Em 2016, o comportamento da economia global poderá ser influenciado por diversos fatores de risco
e incerteza, principalmente centrados nas economias emergentes e em desenvolvimento, de que se
destacam o abrandamento económico superior ao previsto na China, com reflexos no comércio
mundial, a continuada redução dos preços das commodities, o possível impacto adverso da alteração
do ciclo de política monetária nos EUA nos níveis de atividade e de confiança, agravando os níveis de
volatilidade e aversão ao risco nos mercados, bem como o escalar de tensões geopolíticas em diversas
regiões.
12 PREVISÃO | Relatório e Contas 2015
Mercados Financeiros
O ano de 2015 terá sido um dos anos mais difíceis das últimas décadas para gerar retorno nos
mercados financeiros. As atenções dos investidores centraram-se essencialmente no impacto do
rebalanceamento da economia chinesa, nas implicações da normalização do ciclo de taxas de juro
norte-americanas e no efeito da descida do preço das commodities nos mercados emergentes, o que
determinou um elevado grau de dispersão e volatilidade nos mercados, num contexto de
rendibilidades praticamente nulas ou negativas na generalidade das classes de ativos, incluindo o
cash.
Face às expectativas iniciais, o comportamento dos mercados acionistas surpreendeu pela negativa
em 2015, com retornos próximos de zero nos mercados desenvolvidos: o índice MSCI World teve o
comportamento mais fraco desde 2011, registando uma ligeira desvalorização de 0,2%. Os mercados
emergentes foram severamente penalizados, com o índice MSCI Emerging Markets (versão total
return) a apresentar uma queda de 15% ao longo do ano. Em contrapartida, o mercado obrigacionista
surpreendeu pela positiva, apresentando ainda em termos globais retornos positivos, apesar de
modestos, face à expectativa inicial de desvalorização desta classe de ativos.
Nos EUA, os índices acionistas fecharam o ano praticamente inalterados, não obstante se terem
verificado níveis de volatilidade de que não havia registo desde 2011. O índice S&P 500 atingiu novo
máximo histórico no mês de maio, seguindo-se posteriormente um período de elevada turbulência
nos mercados a partir do final de agosto, com os receios de que as metas de crescimento económico
da China pudessem estar comprometidas, o que abalou a confiança dos investidores. Após três anos
seguidos com subidas de dois dígitos, o desempenho do mercado de ações nos EUA espelhou ainda
as dificuldades das empresas norte americanas em apresentarem lucros, refletindo, por um lado, os
constrangimentos sentidos no setor energético e, por outro, o impacto do dólar forte e a dificuldade
em expandir margens, num contexto de recuperação do mercado laboral (crescimento de salários).
As bolsas europeias e japonesas iniciaram o ano com um comportamento favorável, beneficiando dos
estímulos monetários dos respetivos bancos centrais, chegando a apresentar valorizações de dois
dígitos. Contudo, no segundo semestre, vários eventos despoletaram a pressão vendedora nos
mercados, designadamente os já referidos receios em torno do abrandamento da economia chinesa e
do adiamento em setembro da normalização da política monetária nos EUA, a que acresceu a
revelação de que a Volkswagen havia adulterado os níveis de emissões de gases em alguns modelos
dos seus automóveis. Condicionados por estes fatores, os mercados acionistas europeus fecharam o
PREVISÃO | Relatório e Contas 2015 13
ano com uma valorização de cerca de 2% (medida pelo índice MSCI Europe Local), enquanto o índice
acionista japonês Nikkei registou uma valorização de 9%.
O índice acionista chinês Shangai Composite (A-shares, destinadas a investidores domésticos) mais do
que duplicou nos 12 meses anteriores a junho de 2015, tendo sofrido a partir desta altura um
movimento de forte correção, na sequência da incapacidade de muitos investidores de retalho em
manterem as posições significativas e alavancadas em ações que vinham acumulando, por não
conseguirem cumprir os requisitos de margem exigidos para negociação das suas carteiras. Este
índice acabou por terminar o ano de 2015 com uma valorização de cerca de 11%, ajudado pelas
medidas das autoridades chinesas para conter as quedas, nomeadamente a proibição de short-selling
e de venda de participações qualificadas, bem como a suspensão de negociação das ações de cerca
de 1.400 empresas.
Indicadores de Mercados Financeiros
2015 2014 ∆
ECB Refi Rate 0,05% 0,05% 0 pb
Euro 3 Month Rate -0,13% 0,08% -21 pb
German 10 year Bond Yield 0,63% 0,54% 9 pb
US Fed Funds Target Rate 0,50% 0,25% 25 pb
US Treasury 3 Month Rate 0,26% 0,02% 24 pb
US 10 year Bond Yield 2,27% 2,17% 10 pb
S&P 500 Index Price 2.043,9 2.058,2 -0,7%
MSCI Europe Index Price 1.412,6 1.381,7 +2,2%
Nikkei 225 Index Price 19.033,7 17.450,8 +9,1%
MSCI AC Pacific ex-Japan Index Price (local) 460,6 494,5 -6,9%
MSCI EM Latin America Price (local) 59.271,0 66.791,1 -11,3%
Fonte: Bloomberg
O comportamento dos mercados de dívida em 2015 foi determinado pelas políticas ultra
acomodatícias dos principais bancos centrais, pela persistência de níveis reduzidos de inflação e pela
incerteza relativamente aos efeitos de um crescimento mais fraco nas economias emergentes, em
particular na China. Esta conjugação de fatores contribuiu para a manutenção das yields de longo
prazo próximos de níveis mínimos.
14 PREVISÃO | Relatório e Contas 2015
Na Europa, a yield a 10 anos do Bund alemão terminou o ano nos 0,6%, sensivelmente ao mesmo nível
do ano anterior (+9 pontos base), enquanto nos EUA, a yield a 10 anos dos US Treasuries se situava em
2,3%, registando também uma subida de 10 pontos base face ao valor observado no final de 2014. No
curto prazo, a yield dos US Treasuries a dois anos subiu cerca de 25 pontos em 2015, refletindo o
aumento de taxas de juro pela Reserva Federal norte-americana em dezembro, o que provocou uma
redução da inclinação da curva de yields, num sinal de que o mercado perspetiva baixos níveis futuros
de crescimento e inflação.
Na Europa, o movimento de subida de yields que se verificou ao longo do segundo trimestre, em
particular nos Bunds, não perdurou, devido aos efeitos na inflação da queda do preço do petróleo, que
conduziu inclusivamente o BCE a estender o prazo de finalização do programa de compra de dívida
pública, no valor de 60 mil milhões de euros por mês, até março de 2017. Nas maturidades mais
curtas, até cinco anos, registaram-se taxas de juro negativas nos países europeus com melhor
qualidade de risco.
Na dívida pública portuguesa, o prémio de risco das Obrigações do Tesouro (OTs) a 10 anos face ao
Bund alemão oscilou em torno dos 200 pontos base ao longo do ano, tendo fechado o ano com uma
redução ligeira face ao valor de início de ano, refletindo sobretudo a aquisição deste tipo de dívida por
parte do BCE. O Banco de Portugal concluiu recentemente que o programa de compra de dívida
pública pelo BCE reduz em cerca de 2,5 pontos percentuais a taxa de juro das OTs a 10 anos, face à
que resultaria dos fundamentos macroeconómicos portugueses.
No mercado de crédito da Zona Euro (Investment Grade) assistiu-se a um volume recorde de emissões
no primeiro semestre de 2015, beneficiando de condições de mercado extremamente favoráveis na
sequência da expansão do programa de quantitative easing por parte do BCE, que veio a esbater-se na
segunda metade do ano, devido a preocupações macroeconómicas, com reflexos no aumento da
volatilidade dos mercados. O alargamento dos spreads de crédito no segundo semestre, em particular
no mês de setembro, anulou a maioria do retorno obtido via cupão, refletindo a preocupação dos
investidores relativamente a taxas de default e riscos de liquidez. Neste contexto, os principais índices
de obrigações corporate europeias registaram em 2015 rendibilidades moderadamente negativas, na
ordem dos -0,5%.
Os segmentos de rendimento fixo de maior risco, como as obrigações de mercados emergentes e
high-yield, depararam-se com níveis de volatilidade acrescida, com as obrigações de mercados
emergentes em moeda local a serem influenciadas pela fraca performance da maioria das suas divisas
face ao dólar, enquanto o segmento de high-yield, nomeadamente nos EUA, era penalizado pelos
PREVISÃO | Relatório e Contas 2015 15
constrangimentos associados aos preços das commodities, em particular nos setores de energia e
mineiro.
Indicadores de Mercados Financeiros
2015 2014 ∆%
Brent Crude (USD/barril) 37,3 58,2 -35,9
CRB Commodity Futures Index 379,3 447,4 -15,2
Gold (USD/onça) 1.061,1 1.184,4 -10,4
EUR/USD 1,0862 1,2098 -10,2
USD/JPY 120,2 119,8 +0,3
GBP/USD 1,4736 1,5577 -5,4
Fonte: Bloomberg
Em 2015 assistiu-se a uma queda significativa do preço das matérias-primas, com o índice CRB
Commodity Futures a registar uma desvalorização de 15%, motivada essencialmente pela
manutenção de um nível de oferta excessivo face à fraca procura na generalidade das commodities.
Nos produtos agrícolas, o elevado volume de stocks a nível global e a desvalorização das divisas dos
países produtores provocaram a queda de preços, enquanto nos metais para a indústria,
nomeadamente no caso do cobre, os preços foram pressionados pelo abrandamento da procura na
China.
O preço do petróleo teve uma queda adicional de 35% em 2015, não obstante a descida de 50%
registada em 2014. A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), liderada pela Arábia
Saudita, manteve a sua estratégia de não redução das quotas de produção dos países do cartel,
deixando assim cair os preços, na tentativa de anular a produção de shale oil nos EUA, cuja extração,
através do xisto, tem associados custos de produção mais elevados. A perspetiva de regresso ao
mercado do petróleo do Irão, com o fim das sanções económicas impostas pelo Ocidente, contribuiu
ainda para o agravamento da pressão sobre o preço desta matéria-prima.
Em 2015, a generalidade das divisas das economias emergentes e desenvolvidas desvalorizaram-se
face ao dólar norte-americano, assentes na perspetiva de subida de taxas de juro por parte da Reserva
Federal, o que afetaria em particular os mercados emergentes, com maior dependência de
financiamentos em dólares. O euro perdeu 10% face ao dólar em 2015, refletindo a orientação
divergente da política monetária entre as duas regiões. A redução do preço das commodities,
nomeadamente do petróleo, provocou ainda depreciações adicionais nas moedas dos países
exportadores desta matéria-prima (Canadá, Austrália, Noruega e Rússia). O Banco Popular da China
surpreendeu o mercado em agosto, cerca de dois meses após o crash na bolsa chinesa, com
16 PREVISÃO | Relatório e Contas 2015
desvalorizações da sua divisa, sendo estas medidas encaradas como um primeiro passo no sentido de
gerir futuramente a divisa contra um cabaz de moedas e não contra o dólar americano. A moeda
nipónica manteve-se estável face ao dólar, assumindo um papel de refúgio.
Mercado de Fundos de Pensões
O desenvolvimento registado nas últimas quatro décadas no sistema financeiro português, a par de
uma tendência para uma maior partilha de responsabilidades com prestações pós-reforma entre o
Estado e o setor privado, este nos denominados segundo e terceiro pilares, têm sido os principais
drivers para o desenvolvimento do mercado nacional de fundos de pensões.
Mais recentemente temos assistido a um aumento das preocupações em torno da sustentabilidade do
sistema público de pensões, que assenta num mecanismo de repartição cada vez mais ameaçado pela
evolução esperada da estrutura etária da população, situação esta que tem obrigado o Estado a
sucessivas alterações no algoritmo de cálculo das pensões de reforma, com o objetivo de garantir a
manutenção do contrato intergeracional.
Esta pressão, que se presume possa vir a tornar-se mais forte, tem aumentado o nível de expectativas
relativamente às respostas que poderão ser dadas pelo setor privado. Contudo e enquanto se
mantiver o atual nível de impostos e uma política fiscal muito marcada por ciclos políticos e
ideológicos, não será fácil que o mercado de fundos de pensões possa dar o contributo que dele se
espera e alcançar fortes níveis de crescimento.
Ainda assim, no ano de 2015 os ativos sob gestão de fundos de pensões registaram um acréscimo de
3,1% (ou 547 milhões de euros), para os 18.053 milhões de euros.
Em 31 de dezembro de 2015 operavam no mercado 22 entidades gestoras, tantas quanto as do ano
anterior, tendo-se assistido à extinção de oito fundos de pensões fechados, dos quais dois foram
transferidos para a Caixa Geral de Aposentações e os restantes seis integrados em outros fundos já
existentes, apenas se constituindo um fundo de pensões aberto, pelo que o número total de fundos
diminuiu 3% (ou 7 fundos), para 217 fundos de pensões.
Em 2015, o mercado continuou a apresentar as mesmas caraterísticas de anos anteriores, com as
sociedades gestoras a manterem, face a 2014, uma quota de mercado de 84% e com o mesmo grau de
PREVISÃO | Relatório e Contas 2015 17
concentração, já que cinco destas sociedades representavam 80% do mercado, tal como no ano
anterior. O setor bancário representa perto de 70% dos ativos sob gestão.
Envolvente Regulamentar
Temos assistido nos últimos anos a um crescimento significativo da regulação nos mais diversos
setores de atividade a uma escala transnacional, não só em consequência da forte crise financeira de
2008, que ditou a necessidade de rever as regras então em vigor, incapazes de evitar uma crise sem
precedentes e cujos vestígios ainda hoje são visíveis, mas também como reflexo da harmonização de
boas práticas na Europa e entre esta e os EUA.
A necessidade de garantir um mercado mais transparente, competitivo, concorrencial e, no limite,
mais saudável, tem estado na origem deste processo, o qual tem exigido dos operadores um conjunto
de atividades, outrora menos expressivas ou mesmo inexistentes, com impacto no preço final dos
produtos e serviços disponibilizados nos mais diversos setores.
É neste contexto que o mercado português de fundos de pensões registou em 2015 um conjunto
relevante de alterações à legislação e regulamentação em vigor, tendo sempre presente a
necessidade de aprofundar a integração europeia, a difusão de boas práticas e uma gestão mais eficaz
dos riscos.
Salienta-se, neste âmbito, a publicação do Decreto-Lei n.º124/2015, 7 de julho, que transpõe para a
ordem jurídica interna um conjunto de Diretivas Europeias e que vem alterar o Decreto-Lei
n.º12/2006, de 20 de janeiro, em matérias relacionadas com a subcontratação e a política de
investimento, nomeadamente no que respeita à necessidade desta identificar métodos de avaliação
do risco de investimento e incentivos à atenuação do impacto de referências a notações de risco
emitidas por agências de rating.
Mais profunda é a alteração introduzida à lei-quadro do setor pela Lei n.º147/2015, de 9 de setembro,
a qual, transpondo a Directiva 2009/138/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 25 de
novembro de 2009, altera igualmente o regime processual aplicável às contraordenações, cujo
processamento compete à Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões, e o regime
jurídico de acesso e exercício da atividade seguradora e resseguradora.
18 PREVISÃO | Relatório e Contas 2015
Efetivamente, com esta revisão – a quinta - do Decreto-Lei n.º12/2006, de 20 de janeiro, para além do
aprofundamento de conceitos e um vasto conjunto de precisões, destaca-se a possibilidade dos
fundos de pensões financiarem os denominados Mecanismos Equivalentes, alternativos ao Fundo de
Compensação do Trabalho, as alterações introduzidas às regras de duração, extinção e liquidação dos
fundos de pensões e aos elementos que devem constar dos respetivos contratos constitutivos e de
gestão, sendo igualmente de referir a autonomização do regime contraordenacional aplicável à
atividade de gestão de fundos de pensões, que anteriormente se regia subsidiariamente pelas regras
aplicáveis às seguradoras.
Por fim, de referir ainda que foi publicada: (i) a Lei n.º148/2015, de 9 de setembro, que transpõe para a
esfera jurídica nacional a Diretiva 2014/56/UE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 16 de abril
de 2014, e que vem estabelecer os requisitos específicos para a revisão legal de contas das entidades
de interesse público, incluindo os Fundos de Pensões, e (ii) o Regulamento da CMVM n.º4/2015, de 18
de dezembro, que passa a regular o registo dos revisores de contas das entidades de interesse público
junto da CMVM, os princípios a seguir na sua seleção e o reporte de informações à CMVM, quer pelos
auditores quer pelas referidas entidades de interesse público.
Relações Associativas
A Previsão manteve a sua colaboração com a APFIPP – Associação Portuguesa dos Fundos de
Investimento, Pensões e Patrimónios, privilegiando os contactos com a respetiva Comissão Consultiva
para os Fundos de Pensões.
Dando continuidade ao trabalho que tem vindo a ser desenvolvido pela APFIPP e que se reconhece de
grande utilidade para as suas Associadas, é de realçar o importante trabalho desenvolvido no ano de
2015, especialmente em matérias relacionadas com a arquitetura jurídica do setor.
Efetivamente, procedeu-se ao acompanhamento das alterações introduzidas ao Decreto-Lei
n.º12/2006, de 20 de janeiro, pelo Decreto-Lei n.º124/2015, de 7 de julho, e pela Lei n.º147/2015, de 9
de setembro, a qual vem reformular de forma mais expressiva a lei-quadro da atividade de gestão de
fundos de pensões.
Ainda de destacar o acompanhamento e informação disponibilizada às suas Associadas no âmbito da
regulação dos processos de auditoria às entidades de interesse público.
PREVISÃO | Relatório e Contas 2015 19
Políticas de Investimento
No ano de 2015 mantiveram-se em vigor as orientações previstas nas Políticas de Investimento dos
Fundos de Pensões geridos pela Previsão aprovadas no ano anterior, assentes numa estratégia
conservadora de longo prazo, que privilegia uma exposição maioritária a ativos mais correlacionados
com as responsabilidades (mínimo de 60% à classe de Obrigações Euro), mas com uma estrutura de
composição de ativos diversificada:
Estrutura de Composição de Ativos Recomendada
FP TLP FP TDP FP MARCONI
Classe / Segmento de Ativos Estrutura
Recomendada Limites de Exposição
Estrutura Recomendada
Limites de Exposição
Estrutura Recomendada
Limites de Exposição
Ações 20,0% 20,0% 22,5%
Ações Europa 6,0% +/- 2 6,0% +/- 2 7,0% +/- 2
Ações EUA 8,0% +/- 3 8,0% +/- 3 9,0% +/- 3
Ações Japão 1,0% +/- 1 1,0% +/- 1 1,0% +/- 1
Ações Ásia Pacífico ex-Japão 5,0% +/- 2 5,0% +/- 2 5,5% +/- 2
Commodities 7,50% +/- 3 7,50% +/- 3 7,50% +/- 3
Retorno Absoluto 4,0% +/- 2 2,5% +/-1 1,5% +/- 1
Obrigações Euro 60,0% 61,5% 60,0%
Obrigações Governamentais 30,0% +/- 5 30,0% +/- 5 30,0% +/- 5
Obrigações Corporate 30,0% +/- 5 31,5% +/- 5 30,0% +/- 5
Obrigações Mercados Emergentes 2,5% +/- 1 2,5% +/- 1 2,5% +/- 1
Liquidez e Equivalentes 6,0% + 3 6,0% + 3 6,0% + 3
TOTAL 100,0% 100,0% 100,0%
As orientações de Política de Investimento e asset allocation para os Fundos de Pensões caraterizam-
se pelas seguintes linhas gerais:
• Objetivo de investimento orientado para o crescimento do capital investido numa perspetiva de
médio/longo prazo, através da diversificação da carteira e da preservação de elevados graus de
liquidez dos ativos;
• Estratégia de investimento de longo prazo assente na implementação de uma estrutura de
composição dos ativos com um perfil de risco conservador, considerado adequado pelo
Associado, com base em estudos de gestão conjunta de ativos e responsabilidades desenvolvidos
para o efeito;
20 PREVISÃO | Relatório e Contas 2015
• Modelo de investimento disciplinado, baseado em procedimentos sistematizados de gestão da
estrutura da composição dos ativos e de cobertura da exposição cambial;
• Possibilidade de ativar casuisticamente mecanismos de proteção de risco, com o objetivo de
assegurar a preservação do capital em ambientes de mercado adversos;
• Outsourcing da gestão dos ativos, por recurso à participação em veículos de investimento de
gestores de primeira linha, em regime de gestão ativa ou passiva, numa perspetiva especializada
por classe de ativo e zona geográfica;
• Otimização dos custos de gestão, através da incorporação de veículos de investimento eficientes
do ponto de vista do custo;
• Processo de investimento e atividade de gestão de acordo com as best practices, nomeadamente
quanto à transparência, integridade, gestão de risco e procedimentos de execução e controlo
interno;
• Custódia dos ativos passíveis de registo ou depósito concentrada num único custodiante global
de primeira linha.
As Políticas de Investimento incorporam princípios e regras prudenciais que, no quadro do modelo de
gestão adotado e face ao âmbito e frequência do processo de revisão da estratégia de investimento,
permitem enquadrar os riscos subjacentes ao investimento do património dos Fundos de Pensões,
incluindo os enunciados na Norma Regulamentar nº 9/2007-R, de 28 de junho, nomeadamente no
que se refere à adequação do património às responsabilidades em financiamento e às regras de
diversificação e dispersão de riscos.
Atividade de Gestão dos Fundos
Ao longo de 2015, a atividade de gestão dos Fundos de Pensões desenvolveu-se no âmbito das
orientações estratégicas previstas nas Políticas de Investimento em vigor.
No início de fevereiro, concluído o processo de reavaliação do veículo de investimento utilizado na
classe de commodities e não tendo sido identificado, numa primeira fase, um veículo alternativo com
as caraterísticas pretendidas para o mesmo universo de investimento, concretizou-se o reforço de
investimento previsto no rebalanceamento de dezembro de 2014 para esta classe, que havia sido
mantido temporariamente em liquidez, no mesmo veículo. Seguidamente, lançou-se uma consulta
direta ao mercado com vista à eventual substituição da totalidade da exposição, não tendo uma vez
PREVISÃO | Relatório e Contas 2015 21
mais sido identificados produtos em conformidade com os objetivos delineados (diferentes
benchmarks, maior exposição ao setor energético, ausência de técnicas de enhancement, etc.).
Em maio, na sequência da contribuição em numerário realizada pelo Associado para um Fundo de
Pensões, procedeu-se à aplicação parcial do valor recebido nas classes de ativos que evidenciavam
subexposição face à estrutura de composição de ativos recomendada, de forma a atingir os níveis de
exposição objetivo, mantendo-se em liquidez o valor remanescente até à operação de
rebalanceamento seguinte, prevista para o mês de junho.
Ao longo do ano, foram realizadas chamadas de capital num fundo de private equity em carteira,
tendo-se recebido uma distribuição de capital referente ao mesmo fundo no final do ano. Foram ainda
efetuadas quatro distribuições de capital em 2015 referentes a dois fundos alemães do setor
imobiliário em fase de liquidação.
No âmbito da estratégia de cobertura cambial preconizada para investimentos não denominados em
euro, foram executadas operações de cobertura de exposição cambial ao dólar americano, mantendo-
se a exposição às restantes divisas em aberto, dada a pouca relevância material das posições detidas.
Em conformidade com as linhas de orientação de Política de Investimento, procedeu-se, em julho e
dezembro, ao rebalanceamento das carteiras de ativos dos Fundos de Pensões, de forma a atingir a
estrutura de composição dos ativos recomendada, com exceção da classe de commodities, em que
foram mantidas subexposições face aos níveis objetivo, e da classe de retorno absoluto, em virtude da
reduzida liquidez dos ativos que a compõem. O rebalanceamento previsto para o final do primeiro
semestre só veio a realizar-se no mês de julho, devido a constrangimentos de ordem operacional
associados à alteração da gestão da Previsão.
Organização e Recursos Humanos
A organização societária da Previsão comporta duas dimensões: a relacionada com o sistema de
governance, implementado no ano 2005 e sujeito desde então a diversos aperfeiçoamentos, não só no
âmbito da otimização de processos como também fruto da necessidade de dar cumprimento à
regulamentação em vigor, e a que tem que ver com a sua estrutura organizacional, numa perspetiva
mais operacional.
22 PREVISÃO | Relatório e Contas 2015
Em junho de 2015, a aquisição da PT Portugal, SGPS, S.A., que detém uma participação qualificada de
82,05% no capital social da Previsão, pela Altice Portugal, S.A., veio alterar, ainda que de forma
indireta, a estrutura acionista desta sociedade gestora, tendo-se revelado determinante para as
alterações posteriormente registadas ao nível das estruturas de governance.
Efetivamente, o modelo que vinha sendo seguido foi sujeito a uma simplificação, em linha com o que
se registou em todas as empresas do universo PT Portugal, sendo de destacar a redução do número
de membros do Conselho de Administração, de 5 para 3 membros, a criação da figura do Responsável
da Previsão, com reporte direto ao Comité Executivo da PT Portugal e a substituição do Conselho
Fiscal por um Fiscal Único, alterações estas que foram realizadas após a anuência dos acionistas e a
autorização do Regulador, quando tal se veio a revelar necessário.
A nível mais operacional, a atividade desenvolvida não apresentou qualquer alteração relevante,
sendo apenas de referir que, para garantir um nível superior de segregação, a área responsável pela
Gestão Operacional da Carteira, Contabilidade, Tesouraria e Sistemas de Informação foi sujeita a uma
separação em duas: a área de Contabilidade e a área de Transações e Valorizações, que para além da
gestão operacional da carteira, propriamente dita, agregou a Tesouraria e os Sistemas de Informação
na parte relativa à gestão dos contratos considerados críticos para garantir a continuidade na gestão
dos Fundos de Pensões.
Não obstante o acima exposto, no ano de 2015 a Sociedade manteve o seu quadro de pessoal, com
um total de 6 colaboradores, com a seguinte repartição funcional: 1 nos Investimentos, 2 no Controlo,
Regulação e Compliance, e 1 em cada uma das seguintes áreas: Transações e Valorizações,
Contabilidade e Apoio Transversal. Todos estes colaboradores reportam ao Responsável da Previsão.
Controlo Interno
O modelo de Controlo Interno da Previsão foi estabelecido em 2011 e sujeito a uma primeira revisão
em 2013, com o objetivo de introduzir não só as propostas de melhoria que nos haviam sido sugeridas
pela função chave de Auditoria Interna, mas também em resultado da necessidade de rever a
descrição de algumas atividades de controlo, fruto de alterações ocorridas ou da identificação de
oportunidades de melhoria.
Entretanto, desde meados de 2014 que o acionista maioritário desta Sociedade tem vindo a registar
um processo de transformação muito significativo, que esteve na origem dos ajustamentos
PREVISÃO | Relatório e Contas 2015 23
introduzidos ao seu modelo de governance e que se têm inevitavelmente repercutido em todas as
suas participadas, de que a Previsão faz parte, designadamente ao nível do modelo de controlo
interno existente, que terá de refletir as alterações ocorridas.
Neste momento, encontrando-se já terminada a reorganização societária da Previsão, esperamos
poder concluir a segunda alteração ao seu Manual de Controlo Interno (MCI) até final do primeiro
semestre de 2016.
Em 2015 e não obstante já se ter iniciado o trabalho de revisão do MCI, a função chave de Auditoria
Interna avaliou, como habitualmente, cada um dos cerca de 250 controlos existentes, 99% dos quais
foram efetivos.
Ao longo destes últimos cinco anos tem-se verificado um robustecimento dos mecanismos de
monitorização e controlo da atividade desenvolvida, com acréscimo dos seus níveis de eficácia,
situação para a qual tem sido de particular relevância o contributo sempre prestado pela Auditoria
Interna e pelo ROC da Sociedade e dos Fundos, para além naturalmente do trabalho desenvolvido, a
este nível, por todos os colaboradores.
Comunicação
Desde 2005 que o website da Previsão disponibiliza informação sobre a Empresa, designadamente o
seu posicionamento comercial, os fundos sob gestão e suas caraterísticas, para além naturalmente de
ser o meio privilegiado para dar cumprimento à regulamentação em vigor em termos de publicitação
de documentação diversa. O Associado tem, a este nível, dado um importante contributo, ao
disponibilizar o seu portal para uma mais eficaz divulgação de alguma informação.
Por outro lado, continuamos a privilegiar a prestação regular de informação de qualidade às
Comissões de Acompanhamento dos Planos de Pensões e aos participantes e beneficiários dos
Fundos de Pensões, muito para além da informação mínima a que estamos obrigados a divulgar, a
qual é igualmente por se considerar que os elementos facultados são relevantes para um melhor
acompanhamento da atividade desenvolvida.
24 PREVISÃO | Relatório e Contas 2015
Análise Económica e Financeira
Os Rendimentos Operacionais da Previsão foram de 728 milhares de euros em 2015. A remuneração
de gestão, suportada diretamente pelos Fundos de Pensões e, portanto, sem impacto direto nas
contas do Associado, foi de 726 milhares de euros, inferior em 25% (ou 246 milhares de euros), à
registada no ano anterior.
Unidade: mil euros
RUBRICAS 2015 2014
Prestações de Serviços 726 972
Outros Rendimentos 2 1
TOTAL 728 973
No final do ano, os Gastos Operacionais foram de 645 milhares de euros, inferiores aos do exercício de
2014 em 21% (ou 173 milhares de euros), 11% excluindo provisões e amortizações, redução esta que
traduz o esforço muito significativo que tem vindo a ser introduzido no processo de racionalização da
Empresa, com especial incidência nos Gastos com o Pessoal e nos Fornecimentos e Serviços Externos,
com decréscimos de 12% (ou 54 milhares de euros) e de 9% (ou 22 milhares de euros),
respetivamente.
De referir, ainda, que em 2015 apenas se reforçou em 1 milhar de euros (92 milhares de euros em
2014), a provisão que havia sido constituída em 2010 para financiamento de responsabilidades com
prestações de pré-reforma.
Unidade: mil euros
RUBRICAS 2015 2014
Fornecimentos e Serviços Externos 214 236
Gastos com o Pessoal 409 463
Amortizações 14 16
Gastos com benefícios de reforma e programa de
redução de efetivos 1 92
Outros Gastos 7 11
TOTAL 645 818
Em 2015, os Resultados Operacionais foram de 83 milhares de euros, inferiores em 72 milhares de
euros aos do ano 2014, uma vez que foi possível registar um maior decréscimo no valor da Prestação
PREVISÃO | Relatório e Contas 2015 25
de Serviços, quando comparado com o obtido nos Gastos Operacionais, já que não foi necessário
proceder a qualquer reforço da Margem de Solvência disponível.
Os Juros e Rendimentos Similares Líquidos alcançados, no valor de 1 milhar de euros, quando em
2014 e 2013 estes foram de 24 milhares de euros e 40 milhares de euros, respetivamente, refletem a
acentuada redução que nos últimos anos se tem vindo a registar na taxa média de remuneração dos
depósitos a prazo.
Em 2015, o Resultado Líquido foi de 61 milhares de euros, inferior em 70 milhares de euros (ou 53%),
ao registado no ano anterior.
Unidade: mil euros
RUBRICAS 2015 2014
Resultados Operacionais 83 155
Juros e Rendimentos Similares Líquidos 1 24
Resultados Correntes 84 179
Resultado Líquido do Exercício 61 131
Meios Libertos 98 263
O Capital Social manteve-se em 2.947 milhares de euros, tendo os Capitais Próprios registado um
acréscimo, face ao ano anterior, de 63 milhares de euros (ou 2,4%), para os 2.637 milhares de euros.
Este volume de capitais respeita as disposições legais e normas regulamentares em vigor.
Unidade: mil euros
RUBRICAS 2015 2014
Capital Social 2.947 2.947
Reservas 978 963
Resultados Transitados (1.349) (1.467)
Resultado Líquido 61 131
TOTAL 2.637 2.574
Em 31 de dezembro de 2015, a Margem de Solvência da Sociedade Gestora era de 2.637 milhares de
euros, superior em 63 milhares de euros (ou 2,4%) à verificada no final do exercício anterior,
encontrando-se, à luz da legislação em vigor, compatível com o montante dos Fundos de Pensões sob
gestão.
26 PREVISÃO | Relatório e Contas 2015
Os indicadores chave da Sociedade registaram a evolução conforme o quadro seguinte:
RUBRICAS 2015 2014
Taxa de cobertura da Margem de Solvência 3,30 3,22
Solvabilidade 2,47 4,18
Autonomia Financeira 0,71 0,81
Rendibilidade do Capital Próprio 0,02 0,05
Notas: Taxa de Cobertura da Margem de Solvência = Elementos constitutivos da Margem de Solvência /
Montante Total da Margem a constituir Solvabilidade = Capital Próprio / Passivo Total Autonomia Financeira = Capital Próprio / Ativo Líquido Rendibilidade Capital Próprio = Resultados Líquidos / Capital Próprio
Principais Riscos e Incertezas
Entre os riscos a que os Fundos e a Sociedade se encontram expostos, o que poderá ser a prazo mais
significativo é o risco de investimento, face à atual situação e perspetivas para os mercados
financeiros. Contudo, a elevada diversificação da carteira e a estrutura de asset allocation, com uma
exposição limitada a ativos de maior volatilidade, que representam cerca de 28% do total, é, já por si,
um fator de mitigação.
Por outro lado, a definição de Políticas de Investimento suportadas por estudos de Asset/Liability
Modelling (ALM), permite uma abordagem prudente aos riscos de financiamento e de não adequação
da estrutura de composição dos ativos às responsabilidades em financiamento (ALM), porventura o
risco de maior impacto económico, assim como a implementação de modelos mais adequados para a
sua monitorização.
A estrutura de composição dos ativos subjacente às Políticas de Investimento dos Fundos sob gestão
da Previsão é objeto regular destas análises, com uma periodicidade pelo menos trianual, tal como
exigido pela regulamentação em vigor, pelo que se deverá proceder à realização de novo estudo de
ALM a partir do final do corrente ano, caso não ocorram entretanto acontecimentos que nos possam
obrigar à sua antecipação.
A gestão dos Fundos é sujeita a uma apertada monitorização com uma periodicidade diária (semanal
e mensal), e difusão por todos os níveis de gestão, incluindo o reporte regular ao Associado. Ainda, no
âmbito dos atuais modelos de Controlo Interno e Gestão do Risco, está instituído um sistema de
PREVISÃO | Relatório e Contas 2015 27
acompanhamento periódico do Value at Risk, que permite medir objetivamente os riscos de
investimento e de financiamento.
No âmbito dos Sistemas de Compliance e Reporting tem sido dada particular atenção ao processo de
controlo dos ativos elementares, depositados no custodiante e valorizados diariamente, aos métodos
e técnicas de seleção e transação de instrumentos de investimento e de valorização dos títulos, com
impacto numa significativa redução dos riscos operacionais.
Iniciadas em 2012, foram mantidas no presente exercício auditorias regulares a todas as atividades de
controlo, realizadas pela função de Auditoria Interna no âmbito da sua função chave, que é
assegurada pela Auditoria Interna Corporativa da PT Portugal, para além das por esta realizadas no
âmbito corporativo.
Não obstante a sua dimensão, a Previsão dispõe pois de um modelo de governance que, dando
cumprimento às disposições regulamentares ao nível da gestão de riscos e controlo interno, procura
garantir uma adequada segregação de funções, um sistema de reporting exigente e órgãos de
fiscalização ativos e abrangentes, tudo isto visando a atenuação dos principais riscos e incertezas.
Perspetivas
As alterações societárias ocorridas ao nível da PT Portugal, Sponsor dos Fundos de Pensões e acionista
maioritário da Previsão, e as opções estratégicas que possam vir a ser tomadas a esse nível,
continuarão, como até aqui, a condicionar as perspetivas futuras para esta entidade.
Está atualmente em curso uma revisão do modelo de governação e controlo interno ao nível das
primeiras linhas de gestão que será em breve concluída. Este ajustamento refere-se à eliminação da
figura de Administrador Delegado e consequente formalização e delimitação de responsabilidades no
processo de articulação do Conselho de Administração, quer com a gestão operacional da Previsão e
dos Fundos, quer com o Comité Executivo da PT.
De qualquer modo e na sequência das práticas mantidas no exercício de 2015, prosseguirá
obviamente a full compliance regulamentar, não só no controlo interno e gestão dos riscos, como a
todos os níveis.
28 PREVISÃO | Relatório e Contas 2015
A atividade desenvolvida continuará a ser pautada pelo acréscimo de eficiência na Sociedade Gestora
e na gestão dos Fundos, por forma a garantir a sua competitividade, minimizando os custos a suportar
pelos Fundos, sob a forma de comissão de gestão, e as contribuições a realizar pelo Associado.
Dado o atual enquadramento de mercado internacional, o comportamento dos fundos será objeto de
um acompanhamento ainda mais apertado de modo a ponderar eventuais medidas de proteção do
risco previstas nas Políticas de Investimento e mesmo a sua adequação. De qualquer modo estas terão
que ser revistas, como referido, em 2016/2017.
Preconiza-se, até lá, uma observância rigorosa e cumprimento integral dos princípios, filosofia e
orientações específicas das Políticas de Investimento vigentes, a corporizar nos processos de
rebalanceamento semestrais, na aplicação das contribuições e na contínua monitorização dos
veículos de investimento.
Para além destas perspetivas imediatas, eventuais novas orientações do Sponsor continuarão sempre
a ter como principal desígnio a preservação e conciliação dos interesses de todos os stakeholders:
Participantes e Beneficiários dos Fundos, Regulador, Associado, Acionistas e Colaboradores.
Proposta de Aplicação de Resultados
Nos termos das disposições legais e estatutárias, propõe-se que o Resultado Líquido do exercício findo
em 31 de dezembro de 2015, no valor de 61.440,79 euros, tenha a seguinte aplicação:
Unidade: euros
Reserva Legal 6.144,08
Resultados Transitados 55.296,71
Lisboa, 29 de fevereiro de 2016
PREVISÃO | Relatório e Contas 2015 29
O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
João Zúquete Dutschmann de Jesus da Silva – Presidente
Jérémie Jean Bonin – Administrador
François Jean Marc-Antoine Vauthier – Administrador
30 PREVISÃO | Relatório e Contas 2015
[Página intencionalmente deixada em Branco]
PREVISÃO | Relatório e Contas 2015 31
Demonstrações Financeiras
32 PREVISÃO | Relatório e Contas 2015
[Página intencionalmente deixada em Branco]
PREVISÃO | Relatório e Contas 2015 33
euros
Notas 2015 2014
ATIVOAtivo não corrente
Ativos fixos tangíveis 6 49.667 77.208Ativos por impostos diferidos 7 53.399 67.649Total do ativo não corrente 103.066 144.857Ativo corrente
Clientes 8 e 10.1 62.356 43.260Clientes por acréscimos de rendimentos 8 e 10.1 25.826 246.372Estado e outros entes públicos 9 36.563 12.202Outras contas a receber 10 177.587 36.318Diferimentos 11 2.702 3.591Caixa e depósitos bancários 4.c) 3.296.668 2.703.363Total do ativo corrente 3.601.702 3.045.106Total do ativo 3.704.768 3.189.963
CAPITAL PRÓPRIO
Capital realizado 12 2.947.000 2.947.000
Reserva legal 12 325.911 312.779
Outras reservas 12 651.739 650.189
Resultados transitados 12 (1.349.236) (1.467.424)
Resultado líquido 12 61.441 131.320Total do capital próprio 2.636.855 2.573.864
PASSIVO
Passivo não corrente
Financiamentos obtidos 13 27.180 55.347
Responsabilidades por benefícios pós-emprego 14 237.328 300.664Total do passivo não corrente 264.508 356.011
Passivo corrente
Financiamentos obtidos 13 18.602 32.009
Fornecedores 15 551.596 16.519
Credores por acréscimos de gastos 15 109.152 133.564
Estado e outros entes públicos 9 14.996 68.785
Outras contas a pagar 10 109.059 9.211Total do passivo corrente 803.405 260.088Total do passivo 1.067.913 616.099Total do capital próprio e do passivo 3.704.768 3.189.963
CONTAS EXTRAPATRIMONIAISFUNDOS DE PENSÕES 24 86.081.810 91.994.577GESTÃO DE FUNDOS DE PENSÕES 24 86.081.810 91.994.577
Contabilista Certificado Conselho de Administração
PREVISÃO, SOCIEDADE GESTORA DE FUNDOS DE PENSÕES, S.A.
BALANÇOS
EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 E 2014
As notas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras.
34 PREVISÃO | Relatório e Contas 2015
euros
Notas 2015 2014
Serviços prestados 16 e10.1 725.984 971.618
Marketing e publicidade (185) (185)
Fornecimentos e serviços externos 17 (213.362) (235.762)
Gastos com o pessoal 18 (408.584) (462.653)
Custos com benefícios de reforma 14 (1.000) (11.748)
Custos com o programa de redução de efetivos 14 - (80.638)
Impostos indiretos e taxas (725) (845)
Outros rendimentos e ganhos 19 2.007 1.770
Outros gastos e perdas 20 (6.437) (10.514)RESULTADO ANTES DE DEPRECIAÇÕES, GASTOS DE FINANCIAMENTO E IMPOSTOS 97.698 171.043
Depreciações e amortizações ((gastos)/reversões) 21 (14.517) (15.983)RESULTADO OPERACIONAL (ANTES DE GASTOS DE FINANCIAMENTO E IMPOSTOS) 83.181 155.060
Juros e rendimentos similares obtidos 22 5.799 28.211
Juros e gastos similares suportados 22 (4.955) (3.757)RESULTADO ANTES DE IMPOSTOS 84.025 179.514
Imposto sobre o rendimento 7 (22.584) (48.194)RESULTADO LÍQUIDO 61.441 131.320
Resultado líquido por ação básico 23 0,09 0,19
Contabilista Certificado Conselho de Administração
PREVISÃO, SOCIEDADE GESTORA DE FUNDOS DE PENSÕES, S.A.
DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS
DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 E 2014
As notas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras.
PREVISÃO | Relatório e Contas 2015 35
euros
Capital realizado
Reserva legal
Outras reservas
Resultados transitados
Resultado líquido
Total do capital próprio
Posição em 31 de dezembro de 2013 A 2.947.000 282.805 708.314 (1.737.194) 299.744 2.500.669
Alterações:
Ajustamentos por impostos diferidos (Notas 7.2 e 12.3) - - 16.875 - - 16.875
Outras alterações reconhecidas no capital próprio (Nota 12.3) - - (75.000) - - (75.000)
B - - (58.125) - - (58.125)
Resultado líquido C 131.320 131.320
Resultado integral B+C 73.195
Operações com detentores de capital
Aplicação de resultados (Nota 12.4) - 29.974 - 269.770 (299.744) -
D - 29.974 - 269.770 (299.744) -
Posição em 31 de dezembro de 2014 E=A+B+C+D 2.947.000 312.779 650.189 (1.467.424) 131.320 2.573.864
Alterações:
Ajustamentos por impostos diferidos (Notas 7.2 e 12.3) - - (450) - (450)
Outras alterações reconhecidas no capital próprio (Nota 12.3) - - 2.000 - - 2.000
F - - 1.550 - - 1.550
Resultado líquido G 61.441 61.441
Resultado integral F+G 62.991
Operações com detentores de capital
Aplicação de resultados (Nota 12.4) - 13.132 - 118.188 (131.320) -
H - 13.132 - 118.188 (131.320) -
Posição em 31 de dezembro de 2015 E+F+G+H 2.947.000 325.911 651.739 (1.349.236) 61.441 2.636.855
Contabilista Certificado Conselho de Administração
PREVISÃO, SOCIEDADE GESTORA DE FUNDOS DE PENSÕES, S.A.
DEMONSTRAÇÕES DAS ALTERAÇÕES NOS CAPITAIS PRÓPRIOS
DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 E 2014
As notas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras.
36 PREVISÃO | Relatório e Contas 2015
euros
Notas 2015 2014
ATIVIDADES OPERACIONAIS
Recebimentos de clientes 903.123 955.980
Pagamentos a fornecedores 4.(e) (103.269) (381.008)
Pagamentos ao pessoal 4.(e) (223.452) (454.922)
Caixa gerada pelas operações 576.402 120.050
Pagamento do imposto sobre o rendimento 4.(a) e 4.(e) (15.472) (1.294)
Outros recebimentos (pagamentos) 4.(c) e 4.(e) 55.977 (7.992)
Fluxos das atividades operacionais (1) 616.907 110.764
ATIVIDADES DE INVESTIMENTO
Recebimentos provenientes de:
Juros e rendimentos similares 3.580 28.799
Ativos fixos tangíveis 10 6.343
3.590 35.142
Pagamentos respeitantes a:
Ativos fixos tangíveis (1.240) (1.725)
(1.240) (1.725)
Fluxos das atividades de investimento (2) 2.350 33.417
ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO
Pagamentos respeitantes a:
Financiamentos obtidos 4.(b) (21.034) (19.620)
Juros e gastos similares (4.815) (3.679)
(25.849) (23.299)
Fluxos das atividades de financiamento (3) (25.849) (23.299)
Variação de caixa e seus equivalentes (4)=(1)+(2)+(3) 593.408 120.882
Efeito das diferenças de câmbio (103) -
Caixa e seus equivalentes no início do período 2.703.363 2.582.481
Caixa e seus equivalentes no fim do período 4.(d) 3.296.668 2.703.363
Contabilista Certificado Conselho de Administração
PREVISÃO, SOCIEDADE GESTORA DE FUNDOS DE PENSÕES, S.A.
DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA
DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 E 2014
As notas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras.
PREVISÃO | Relatório e Contas 2015 37
Previsão, Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A.
Anexo às Demonstrações Financeiras
Em 31 de dezembro de 2015
(Montantes expressos em euros)
1. Nota introdutória
A PREVISÃO, Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A. (adiante “Empresa” ou “Previsão”) foi constituída em 27 de
outubro de 1988 e tem por objeto a gestão de Fundos de Pensões. A Empresa é participada maioritariamente pela PT
Portugal, SGPS, S.A. (“PT Portugal”), a qual sucedeu à Portugal Telecom, SGPS, S.A. após transmissão da correspondente
participação qualificada com efeitos a 4 de março de 2014.
De acordo com o regime jurídico aplicável às sociedades gestoras de fundos de pensões, a Previsão encontra-se sujeita à
supervisão da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (“ASF”).
Em 31 de dezembro de 2015, a Empresa era responsável pela gestão dos seguintes Fundos de Pensões:
• Fundo de Pensões do Pessoal dos TLP;
• Fundo de Pensões da TDP – Teledifusora de Portugal, S.A.; e
• Fundo de Pensões Marconi.
O Associado dos Fundos acima mencionados é a MEO – Serviços de Comunicações e Multimédia, S.A. (“MEO”), com quem a
Empresa estabeleceu contratos de gestão. A MEO é integralmente detida pela PT Portugal.
2. Referencial contabilístico de preparação das demonstrações financeiras
As demonstrações financeiras anexas foram preparadas no quadro das disposições legais em vigor em Portugal, vertidas no
Decreto-Lei nº 158/2009, de 13 de julho, que aprovou o Sistema de Normalização Contabilística (“SNC”), e de acordo com a
estrutura conceptual, Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro (“NCRF”) e Normas Interpretativas consignadas,
respetivamente, nos avisos 15652/2009, 15653/2009 e 15655/2009, da Secretaria-Geral do Ministério das Finanças, de 07 de
setembro.
Conforme previsto no Anexo ao Decreto-Lei nº 158/2009, a Empresa aplica supletivamente as Normas Internacionais de
Contabilidade e de Relato Financeiro (“IAS/IFRS”) e as respetivas interpretações (“SIC/IFRIC”) do IASB, conforme adotadas pela
União Europeia, de forma a colmatar lacunas ou omissões relativas a aspetos específicos de algumas transações ou situações
particulares não previstas no SNC.
3. Principais políticas contabilísticas, julgamentos e estimativas
As demonstrações financeiras anexas foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações. As principais
políticas contabilísticas adotadas na preparação destas demonstrações financeiras estão descritas abaixo e foram
consistentemente aplicadas, salvo indicação em contrário.
3.1. Ativos fixos tangíveis
Os ativos fixos tangíveis são registados ao custo de aquisição ou produção, o qual inclui o custo de compra e quaisquer
custos diretamente atribuíveis à colocação dos ativos na localização e condição necessárias para operarem da forma
pretendida.
Os gastos subsequentes são incluídos na quantia escriturada do ativo somente quando é provável que benefícios
económicos futuros fluam para a Empresa e o custo possa ser mensurado com fiabilidade. Os custos com manutenção e
38 PREVISÃO | Relatório e Contas 2015
reparação não suscetíveis de gerar benefícios económicos futuros são reconhecidos como um gasto no período em que são
incorridos.
A depreciação dos ativos fixos tangíveis é reconhecida, após o momento em que o bem se encontra em condições de ser
utilizado, de acordo com o método das quotas constantes, com imputação duodecimal. As taxas anuais aplicadas refletem a
vida útil estimada para cada classe de bens, como segue:
A vida útil e o método de amortização são revistos regularmente, sendo o efeito de alguma alteração a estas estimativas
reconhecido de forma prospetiva na demonstração dos resultados.
Os ganhos ou perdas provenientes do abate ou alienação são determinados pela diferença entre o montante recebido e a
quantia escriturada do ativo, e são reconhecidos na demonstração dos resultados.
3.2. Locações
Os contratos de locação são classificados como locações financeiras se, através deles, forem transferidos para o locatário
substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse dos ativos correspondentes. Os restantes contratos de
locação são classificados como locações operacionais. A classificação das locações é feita em função da substância e não da
forma do contrato.
Os ativos adquiridos mediante contratos de locação financeira, bem como as correspondentes responsabilidades, são
registados no início da locação pelo menor de entre o justo valor dos ativos e o valor presente dos pagamentos mínimos da
locação. As rendas incluem o gasto financeiro e a amortização do capital, sendo que os gastos financeiros são imputados de
acordo com uma taxa de juro periódica constante sobre o saldo remanescente da responsabilidade.
Nas locações consideradas como operacionais, as rendas devidas são reconhecidas como gasto numa base linear durante o
período da locação.
3.3. Benefícios pós-emprego – pré-reformas
No âmbito dos programas de pré-reforma é reconhecido um passivo no Balanço correspondente ao valor presente dos
salários a pagar até à idade da reforma. O respetivo custo é registado na Demonstração de Resultados nas rubricas “Custos
com benefícios de reforma” e “Custos com o programa de redução de efetivos” (Nota 14).
3.4. Regime do acréscimo
A Empresa regista os seus rendimentos e gastos de acordo com o regime contabilístico do acréscimo, pelo qual os
rendimentos e gastos são reconhecidos à medida que são gerados ou incorridos, independentemente do momento em que
são recebidos ou pagos, respetivamente.
3.5. Imposto sobre o rendimento
O imposto sobre o rendimento corresponde à soma dos impostos correntes com os impostos diferidos, os quais são
registados em resultados salvo quando se relacionam com itens registados diretamente no capital próprio, situação em que
são igualmente registados no capital próprio.
A estimativa de imposto sobre o rendimento é efetuada com base na estimativa da matéria coletável em sede de Imposto
sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (“IRC”).
Classe de ativo Anos de vida útil
Equipamento de transporte 4-5
Equipamento básico 8
Equipamento administrativo 1-8
Outros ativos fixos tangíveis 1-10
PREVISÃO | Relatório e Contas 2015 39
O imposto sobre o rendimento do exercício registado nas demonstrações financeiras é apurado de acordo com o
preconizado pela “NCRF 25 Impostos sobre o Rendimento”. Na mensuração do custo relativo ao imposto sobre o rendimento
do exercício, para além do imposto corrente determinado com base no resultado antes de impostos corrigido de acordo com
a legislação fiscal, são também considerados os efeitos resultantes das diferenças temporárias entre o resultado antes de
impostos e o lucro tributável originadas no exercício ou em exercícios anteriores.
Os impostos diferidos referem-se às diferenças temporárias entre os montantes dos ativos e passivos para efeitos de reporte
contabilístico e os respetivos montantes para efeitos de tributação. Os ativos e passivos por impostos diferidos são
calculados e avaliados anualmente, utilizando as taxas de tributação que se espera estejam em vigor à data da reversão das
diferenças temporárias.
Os ativos por impostos diferidos são registados unicamente quando existem expectativas razoáveis de lucros fiscais futuros
suficientes para os utilizar. À data do balanço é efetuada uma reapreciação das diferenças temporárias subjacentes aos ativos
por impostos diferidos, no sentido de reconhecer ativos por impostos diferidos não registados anteriormente por não terem
preenchido as condições para o seu registo e/ou para reduzir o montante dos ativos por impostos diferidos que se
encontram reconhecidos em função da expectativa atual da sua recuperação futura.
3.6. Contas a receber de clientes e outros devedores
As contas a receber de clientes e outros devedores são inicialmente reconhecidas ao justo valor, sendo subsequentemente
mensuradas ao custo amortizado, utilizando o método da taxa efetiva, deduzido de perdas por imparidade.
As imparidades para dívidas de cobrança duvidosa são calculadas com base na avaliação dos riscos estimados decorrentes
da não cobrança das contas a receber. As perdas por imparidade são reconhecidas na demonstração dos resultados.
3.7. Financiamentos obtidos
Os financiamentos obtidos são inicialmente reconhecidos ao justo valor, líquido de custos de transação incorridos, sendo
subsequentemente apresentados ao custo amortizado, utilizando o método da taxa efetiva.
3.8. Férias e subsídios de férias
As férias e subsídios de férias e correspondentes encargos patronais são registados como gasto do período em que os
empregados adquirem o direito ao seu recebimento. Consequentemente, o valor de férias e subsídios de férias e
correspondentes encargos patronais vencidos e não pagos à data do balanço foi estimado e incluído na rubrica “Credores
por acréscimos de gastos”.
3.9. Classificação do balanço
Os ativos realizáveis e os passivos exigíveis a mais de um ano da data do balanço são classificados, respetivamente, no ativo e
no passivo não corrente, pelo seu valor presente.
3.10. Rédito
O rédito é mensurado pelo justo valor da contraprestação recebida ou a receber. O rédito a reconhecer é deduzido do
montante estimado de descontos e outros abatimentos, e não inclui o Imposto sobre o Valor Acrescentado (“IVA”) e outros
impostos liquidados relacionados com a prestação de serviços.
O rédito proveniente da prestação de serviços é reconhecido com referência à fase de acabamento da transação à data de
relato, desde que todas as seguintes condições sejam satisfeitas: (1) o montante do rédito possa ser mensurado com
fiabilidade; (2) seja provável que benefícios económicos futuros associados à transação fluam para a Empresa; (3) os custos
incorridos ou a incorrer com a transação possam ser mensurados com fiabilidade; e (4) a fase de acabamento da transação à
data de relato possa ser razoavelmente estimada.
40 PREVISÃO | Relatório e Contas 2015
Os serviços prestados pela Previsão, no âmbito da gestão dos Fundos de Pensões, são remunerados sob a forma de
comissões, as quais são registadas na rubrica “Serviços prestados” da demonstração dos resultados, no momento da
prestação dos serviços. Estas comissões são faturadas periodicamente aos Fundos de Pensões e encontram-se definidas nos
contratos de gestão dos Fundos de Pensões.
As receitas relativas a pagamentos antecipados efetuados por clientes são diferidas, sendo reconhecidas apenas no
momento da prestação do serviço.
O rédito de juros é reconhecido com base no método do juro efetivo.
3.11. Ativos e passivos financeiros
Os ativos e os passivos financeiros são reconhecidos no balanço quando a Empresa se torna parte das correspondentes
disposições contratuais, sendo classificados na categoria “ao custo ou custo amortizado” os ativos e os passivos financeiros
que apresentem as seguintes caraterísticas: (a) sejam à vista ou tenham uma maturidade definida; (b) tenham associado um
retorno fixo ou determinável; e (c) não sejam um instrumento financeiro derivado ou não incorporem um instrumento
financeiro derivado.
Os ativos e passivos financeiros considerados nesta categoria são mensurados ao custo amortizado deduzido de perdas por
imparidade acumuladas (no caso de ativos financeiros) e correspondem essencialmente às seguintes rubricas de ativos e
passivos constantes do balanço da Empresa:
• Financiamentos obtidos
• Clientes
• Fornecedores
• Clientes por acréscimos de rendimentos e credores por acréscimos de gastos
• Estado e outros entes públicos
• Outras contas a receber e a pagar
• Caixa e depósitos bancários
O custo amortizado é determinado através do método do juro efetivo. A taxa de juro efetiva é a taxa que desconta
exatamente os pagamentos ou recebimentos futuros estimados durante a vida esperada do instrumento financeiro na
quantia líquida escriturada do ativo ou passivo financeiro.
(a) Imparidade de ativos financeiros
Os ativos financeiros classificados na categoria “ao custo ou custo amortizado” são sujeitos a testes de imparidade no final de
cada exercício. Tais ativos financeiros encontram-se em imparidade quando existe uma evidência objetiva de que, em
resultado de um ou mais acontecimentos ocorridos após o seu reconhecimento inicial, os seus fluxos de caixa futuros
estimados serão afetados.
Para os ativos financeiros mensurados ao custo amortizado, a perda por imparidade corresponde à diferença entre a quantia
escriturada do ativo e o valor presente dos novos fluxos de caixa futuros estimados descontados à respetiva taxa de juro
efetiva original. Para os ativos financeiros mensurados ao custo, a perda por imparidade corresponde à diferença entre a
quantia escriturada do ativo e a melhor estimativa do justo valor do ativo.
Subsequentemente, se ocorre uma diminuição da perda por imparidade em resultado de um acontecimento que teve lugar
após o reconhecimento inicial da perda, a imparidade deve ser revertida por resultados. A reversão é efetuada até ao limite
da quantia que estaria reconhecida (custo amortizado) caso a perda não tivesse sido inicialmente registada.
As perdas por imparidade e respetivas reversões são registadas em resultados essencialmente na rubrica “Imparidade de
dívidas a receber (perdas)/reversões”.
PREVISÃO | Relatório e Contas 2015 41
(b) Desreconhecimento de ativos e passivos financeiros
A Empresa desreconhece ativos financeiros apenas quando expiram os seus direitos contratuais aos fluxos de caixa
provenientes desses ativos, ou quando transfere para outra entidade os ativos financeiros e todos os riscos e benefícios
significativos associados à posse dos mesmos. São desreconhecidos os ativos financeiros transferidos relativamente aos
quais a Empresa reteve alguns riscos e benefícios significativos, desde que o controlo sobre os mesmos tenha sido cedido.
A Empresa desreconhece passivos financeiros apenas quando a correspondente obrigação seja liquidada, cancelada ou
expire.
3.12. Contas extra patrimoniais
A atividade da Previsão, no que se refere à gestão contratada de Fundos de Pensões, encontra-se relevada em rubricas extra
patrimoniais. Os ativos dos Fundos são valorizados em conformidade com as regras definidas pela ASF na Norma
Regulamentar nº 9/2007-R, de 28 de junho.
3.13. Principais estimativas contabilísticas e julgamentos
Na preparação das demonstrações financeiras de acordo com as NCRF, o Conselho de Administração da Empresa utiliza
estimativas e pressupostos que afetam a aplicação de políticas e os montantes reportados. As estimativas e julgamentos são
continuamente avaliados e baseiam-se na experiência de eventos passados e em outros fatores, incluindo expectativas
relativas a eventos futuros considerados prováveis face às circunstâncias em que as estimativas são baseadas ou em
resultado de uma informação ou experiência adquirida. As estimativas contabilísticas mais significativas refletidas nas
demonstrações financeiras são as seguintes:
(a) Benefícios pós-emprego
O valor presente das responsabilidades com benefícios pós-emprego é calculado com base em metodologias atuariais, as
quais utilizam determinados pressupostos atuariais que são revistos anualmente pela Empresa. Quaisquer alterações desses
pressupostos terão impacto no valor contabilístico das responsabilidades. Os principais pressupostos atuariais utilizados
estão descritos na Nota 14.
(b) Vida útil de ativos fixos tangíveis
A Empresa utilizou estimativas de forma a calcular a vida útil dos ativos fixos tangíveis. As estimativas foram determinadas
com base na melhor informação disponível à data da preparação das demonstrações financeiras. No entanto, poderão
ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data, não foram consideradas nessas estimativas.
Conforme disposto pela “NCRF 4 Políticas Contabilísticas, Alterações nas Estimativas Contabilísticas e Erros” (“NCRF 4”),
alterações a estas estimativas, que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras, são corrigidas em
resultados de forma prospetiva. Por este motivo e dado o grau de incerteza associado, os resultados reais das transações em
questão poderão diferir das correspondentes estimativas.
3.14. Acontecimentos ocorridos após a data do balanço
Os acontecimentos ocorridos após a data do balanço que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam
à data do balanço são refletidos nas demonstrações financeiras. Os eventos após a data do balanço que proporcionem
informação sobre condições que ocorram após a data do balanço não são refletidos nas demonstrações financeiras, sendo
apenas divulgados se forem considerados materialmente relevantes.
42 PREVISÃO | Relatório e Contas 2015
4. Fluxos de caixa
Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a rubrica “Caixa e seus equivalentes” inclui numerário, depósitos bancários
imediatamente mobilizáveis e outros investimentos de curto prazo de elevada liquidez e sem risco de perda de valor e com
maturidades iniciais até três meses, líquidos de descobertos bancários.
A Empresa está sujeita a um risco de liquidez se as fontes de financiamento, como sejam as disponibilidades, os fluxos de
caixa operacionais e os fluxos de caixa provenientes de operações de desinvestimento e financiamento, não satisfizerem as
necessidades existentes, como sejam as saídas de caixa relacionadas com as atividades operacionais e de financiamento, os
investimentos, a remuneração dos acionistas e o reembolso de dívida. Com base nos fluxos de caixa gerados pelas suas
operações e nas disponibilidades de caixa, a Empresa entende que tem capacidade para cumprir as suas obrigações. A
demonstração dos fluxos de caixa foi preparada de acordo com a “NCRF 2 Demonstração de Fluxos de Caixa”, havendo os
seguintes aspetos a salientar:
(a) Pagamentos do imposto sobre o rendimento
Nos exercícios de 2015 e 2014 esta rubrica tinha a seguinte composição:
(b) Pagamentos relativos a financiamentos obtidos
Nos exercícios de 2015 e 2014 os montantes registados nesta rubrica resultaram da amortização de contratos de locação
financeira.
(c) Outros recebimentos (pagamentos) operacionais
Nos exercícios de 2015 e 2014 esta rubrica incluía os pagamentos de benefícios pós-emprego no montante anual de 62.336
euros.
(d) Caixa e seus equivalentes
Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, esta rubrica apresentava a seguinte composição:
(e) Fluxos das atividades operacionais
A partir do mês de junho de 2015 e na sequência de alterações ao nível do Conselho de Administração da Empresa, que
implicaram diversas atualizações de informação, nomeadamente bancária, alguns pagamentos (fornecedores, pessoal e
impostos) foram efetuados diretamente pela PT Portugal, por conta da Empresa, de modo a que todas as suas obrigações
fossem cumpridas. Este procedimento justificou, essencialmente, o diferencial no comparativo da rubrica “Fluxos das
atividades operacionais” entre os exercícios de 2015 e 2014.
euros
2015 2014
Pagamento por conta (13.213) -
Pagamento especial por conta (1.372) -
Retenções na fonte (887) (7.171)
Reembolso de IRC - 5.877
(15.472) (1.294)
euros
2015 2014
Numerário 1.500 1.500
Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis 3.295.168 2.701.863
Caixa e depósitos bancários 3.296.668 2.703.363
PREVISÃO | Relatório e Contas 2015 43
5. Alterações de políticas e estimativas contabilísticas e erros
Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2015, não foram adotadas normas ou interpretações novas ou revistas, não
ocorreram quaisquer alterações voluntárias de outras políticas contabilísticas, nem se verificaram alterações em estimativas
contabilísticas.
No exercício findo em 31 de dezembro de 2015, a Empresa não ajustou as suas demonstrações financeiras por quaisquer
correções de erros materiais de exercícios anteriores.
6. Ativos fixos tangíveis
Durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, os movimentos ocorridos nos ativos fixos tangíveis foram
os seguintes:
euros
2015
Equipamento básico
Equipamento de transporte
Equipamento administrativo
Outros ativos fixos tangíveis Total
Valores brutos
Saldo inicial 26.591 93.712 475.339 7.453 603.095
Aquisições - - 2.360 - 2.360
Alienações - (13.357) (380) - (13.737)
Transferências e abates - (9.355) - - (9.355)
Saldo final 26.591 71.000 477.319 7.453 582.363
Depreciações acumuladas e perdas por imparidade
Saldo inicial 26.591 20.205 471.638 7.453 525.887
Depreciações do exercício (Nota 21) - 10.206 4.311 - 14.517
Alienações - (4.452) (380) - (4.832)
Transferências e abates - (2.876) - - (2.876)
Saldo final 26.591 23.083 475.569 7.453 532.696
Ativos fixos tangíveis liquidos - 47.917 1.750 - 49.667
euros
2014
Equipamento básico
Equipamento de transporte
Equipamento administrativo
Outros ativos fixos tangíveis Total
Valores brutos
Saldo inicial 26.591 102.712 473.625 7.453 610.381
Aquisições - 71.000 1.714 - 72.714
Alienações - (80.000) - - (80.000)Saldo final 26.591 93.712 475.339 7.453 603.095
Depreciações acumuladas e perdas por imparidade
Saldo inicial 26.591 77.978 468.299 7.453 580.321
Depreciações do exercício (Nota 21) - 12.644 3.339 - 15.983
Alienações - (70.417) - - (70.417)
Saldo final 26.591 20.205 471.638 7.453 525.887
Ativos fixos tangíveis liquidos - 73.507 3.701 - 77.208
44 PREVISÃO | Relatório e Contas 2015
7. Imposto sobre o rendimento
7.1. Enquadramento
A partir de 1 de janeiro de 2015, no seguimento de uma alteração na legislação fiscal, a Empresa passou a ser tributada em
sede de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (IRC) à taxa de 21%, acrescida da derrama de até um máximo de
1,5% sobre a matéria coletável de IRC e de derrama estadual, quando aplicável, cuja taxa é variável em função da matéria
coletável. Em 2014, a taxa base de IRC era de 23%, acrescida da derrama d.e até um máximo de 1,5% sobre a matéria
coletável de IRC.
Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014, a Empresa apurou lucro fiscal, pelo que aplicou as taxas de
imposto de 22,5% e 24,5% para calcular a estimativa de imposto sobre o rendimento, respetivamente.
No cálculo dos resultados tributáveis, aos quais é aplicada a referida taxa de imposto, os gastos e rendimentos não aceites
fiscalmente são acrescidos ou deduzidos aos resultados contabilísticos.
De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correção por parte das autoridades
fiscais durante um período de quatro anos (cinco anos para a Segurança Social), exceto quando tenham havido prejuízos
fiscais, tenham sido concedidos benefícios fiscais ou estejam em curso inspeções, reclamações ou impugnações, casos em
que, dependendo das circunstâncias, os prazos são alongados ou suspensos.
7.2. Impostos diferidos
Na mensuração do gasto relativo aos impostos sobre o rendimento do exercício, para além do imposto corrente
determinado com base no resultado antes de impostos corrigido de acordo com a legislação fiscal, são também
considerados os efeitos resultantes das diferenças temporárias entre o resultado antes de impostos e o lucro tributável,
originadas no exercício ou em exercícios anteriores.
Os movimentos ocorridos nos ativos por impostos diferidos, respeitantes a benefícios de reforma, durante os exercícios de
2015 e 2014, foram como segue:
(a) Provisão referente a encargos com responsabilidades por benefícios pós-emprego.
euros
2015 2014
Saldo inicial 67.649 47.864
Aumentos (reduções)
Resultado líquido (Nota 7.3) (a) (13.800) 7.423
Capital próprio (Nota 12.3) (450) 18.375
Alteração da taxa de imposto
Resultado líquido (Nota 7.3) - (4.513)
Capital próprio (Nota 12.3) - (1.500)
Saldo final 53.399 67.649
PREVISÃO | Relatório e Contas 2015 45
7.3. Reconciliação da taxa de imposto
Nos exercícios de 2015 e 2014, a reconciliação entre o montante teórico resultante da aplicação da taxa nominal de imposto
ao resultado antes de impostos e o gasto com imposto sobre o rendimento foram como segue:
(a) As diferenças permanentes apresentam a seguinte composição:
8. Clientes e Clientes por acréscimos de rendimentos
Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, estas rubricas apresentavam a seguinte composição:
A Empresa não está exposta a um risco de crédito significativo na medida em que o saldo das contas a receber de clientes
deriva, essencialmente, de dívidas de partes relacionadas (Fundos de Pensões e Empresas do Grupo PT Portugal) e não
apresentam antiguidade significativa.
9. Estado e outros entes públicos
Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, os saldos devedores e credores com o Estado e outros entes públicos tinham a seguinte
composição:
euros
2015 2014
Resultado antes de impostos 84.025 179.514
Taxa nominal de imposto 22,5% 24,5%
Imposto esperado 18.906 43.981
Insuficiência de estimativa para impostos sobre o rendimento 2.078 715
Diferenças permanentes (a) 1.600 (1.400)
Alteração na taxa de imposto em vigor em Portugal de 25% para 23% - 4.513
Ajustamentos à coleta - 385
22.584 48.194
Imposto sobre o rendimento
Imposto corrente 8.784 51.104
Imposto diferido do exercício (Nota 7.2) 13.800 (2.910)
22.584 48.194
euros
2015 2014
Depreciações e amortizações não aceites 5.250 2.625
Mais e menos valias (928) (17.732)
Outros 2.791 9.393
7.113 (5.714)
Taxa nominal de imposto 22,5% 24,5%
1.600 (1.400)
euros
Contas a receber de clientes (Nota 10.1) 62.356 43.260
Clientes por acréscimos de rendimentos (Nota 10.1) 25.826 246.372
88.182 289.632
2015 2014
euros
Saldo devedor Saldo credor Saldo devedor Saldo credor
Imposto sobre o rendimento das pessoas coletivas 36.563 - 12.202 43.219
Segurança Social - 8.584 - 12.862
Retenções de imposto sobre o rendimento - 6.336 - 11.452
Imposto sobre o valor acrescentado - 76 - 1.252
36.563 14.996 12.202 68.785
2015 2014
46 PREVISÃO | Relatório e Contas 2015
10. Outras contas a receber e a pagar
Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, estas rubricas apresentavam a seguinte composição:
10.1. Saldos e transações com partes relacionadas
A natureza e o detalhe dos principais saldos com partes relacionadas em 31 de dezembro de 2015 e 2014 eram conforme
segue:
(a) Em 23 de dezembro de 2015, as empresas PT Centro Corporativo, S.A. e PT PRO, Serviços Administrativos e de Gestão Partilhados, S.A., foram incorporadas na
MEO, com data efetiva a 1 de janeiro de 2015.
(a) Em 31 de dezembro de 2015, a rubrica “Fornecedores” incluía, essencialmente montantes relativos aos pagamentos em nome e por conta efetuadas pela PT
Portugal.
euros
2015 2014
OUTRAS CONTAS A RECEBER
Corrente
Empresas PT Portugal (Nota 10.1) 175.347 36.297
Juros de depósitos a prazo 2.240 21
Total das outras contas a receber 177.587 36.318
OUTRAS CONTAS A PAGAR
Corrente
Empresas PT Portugal (Nota 10.1) 109.030 9.202
Pessoal 29 -
Outros credores - 9
Total das outras contas a pagar 109.059 9.211
euros
2015
Clientes
Clientes por acréscimos de rendimentos
Outras contasa receber(Nota 10)
Total decontas
a receber
MEO - Serviços de Comunicações e Multimédia, S.A. (a) 1.459 97.409 98.868
Fundo de Pensões do Pessoal dos TLP 35.882 9.882 - 45.764
Fundo de Pensões Marconi 17.396 4.979 - 22.375
Fundo de Pensões da TDP - Teledifusora de Portugal, S.A. 7.619 3.566 - 11.185
PT Prestações - Mandatária de Aquisições e Gestão de Bens, S.A. - 7.399 78.000 85.399
PT Contact, S.A. - - (62) (62)
62.356 25.826 175.347 263.529
euros
2015
Fornecedores
Credores por acréscimos de gastos
Outras contasa pagar
(Nota 10)
Total decontasa pagar
PT Portugal, SGPS, S.A. (a) 403.450 - - 403.450
MEO - Serviços de Comunicações e Multimédia, S.A. 117.810 57 109.030 226.897
PT - Associação de Cuidados de Saúde 65 65 - 130
521.325 122 109.030 630.477
PREVISÃO | Relatório e Contas 2015 47
Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014, a natureza e o detalhe das principais transações com partes
relacionadas eram conforme segue:
euros
2014
Clientes
Clientes por acréscimos de rendimentos
Outras contasa receber(Nota 10)
Total decontas
a receber
Fundo de Pensões do Pessoal dos TLP - 175.650 - 175.650
Fundo de Pensões Marconi - 49.216 - 49.216
Fundo de Pensões da TDP - Teledifusora de Portugal, S.A. - 12.773 - 12.773
PT Prestações - Mandatária de Aquisições e Gestão de Bens, S.A. - 8.733 36.297 45.030
PT Centro Corporativo, S.A. 31.372 - - 31.372
PT Contact, S.A. 7.956 - - 7.956
PT PRO, Serviços Administrativos e de Gestão Partilhados, S.A. 3.942 - - 3.942
MEO - Serviços de Comunicações e Multimédia, S.A. (10) - - (10)
43.260 246.372 36.297 325.929
euros
2014
Fornecedores
Credores por acréscimos de gastos
Outras contasa pagar
(Nota 10)
Total decontasa pagar
MEO - Serviços de Comunicações e Multimédia, S.A. (1.155) 752 7.261 6.858
PT Centro Corporativo, S.A. 4.128 2.005 - 6.133
PT Inovação e Sistemas, S.A. 6.094 - - 6.094
PT PRO, Serviços Administrativos e de Gestão Partilhados, S.A. 1.789 - 1.941 3.730
PT - Associação de Cuidados de Saúde 181 - - 181
11.037 2.757 9.202 22.996
euros
2015
Serviçosprestados(Nota 16)
Fornecimentose serviçosexternos
Gastoscom o
pessoal (a)
Outros rendimentos e
ganhos
Fundo de Pensões do Pessoal dos TLP 428.993 - - -
Fundo de Pensões Marconi 207.157 - - -
Fundo de Pensões da TDP - Teledifusora de Portugal, S.A. 89.833 - - -
PT Prestações - Mandatária de Aquisições e Gestão de Bens, S.A. (b) - 32.119 60.919 - PT Portugal, SGPS, S.A. - - (3.686) -
MEO - Serviços de Comunicações e Multimédia, S.A. - (48.968) (11.832) 1.847
PT - Associação de Cuidados de Saúde - - (778) -
725.984 (16.849) 44.623 1.847
48 PREVISÃO | Relatório e Contas 2015
(a) As transações com partes relacionadas incluídas nesta rubrica incluem a recuperação de encargos com pessoal cedido a empresas PT Portugal.
(b) Valores decorrentes do acordo de repartição de gastos.
10.2. Outras informações
As remunerações atribuídas aos membros dos órgãos sociais da Empresa nos exercícios de 2015 e 2014 foram as seguintes:
(a) Deixou de ser Administrador da Previsão em 2 de junho de 2015.
(b) No exercício de 2015 os gastos com o Revisor Oficial de Contas foram reclassificados para a rubrica “Fornecimentos e serviços externos”.
11. Diferimentos
Em 31 de dezembro de 2015 e 2014 estas rubricas apresentavam a seguinte composição:
euros
2014
Serviçosprestados(Nota 16)
Fornecimentose serviçosexternos
Gastoscom o
pessoal (a)
Fundo de Pensões do Pessoal dos TLP 612.289 - -
Fundo de Pensões Marconi 257.005 - -
Fundo de Pensões da TDP - Teledifusora de Portugal, S.A. 102.324 - -
PT Prestações - Mandatária de Aquisições e Gestão de Bens, S.A. (b) - 50.167 62.688
PT Centro Corporativo, S.A. - (20.232) 93.450
PT PRO, Serviços Administrativos e de Gestão Partilhados, S.A. - (11.058) 25.681
PT - Sistemas de Informação, S.A. - (6.094) -
PT Inovação e Sistemas, S.A. - (31.036) -
MEO - Serviços de Comunicações e Multimédia, S.A. - (4.048) (41.896)
PT Contact, S.A. - - 23.725
PT - Associação de Cuidados de Saúde - - (900)
971.618 (22.300) 162.749
euros
2015 2014
Fixo VariávelTotal
(Nota 18) Fixo VariávelTotal
(Nota 18)
Conselho de Administração
Vitor José Gama Sequeira, Administrador Delegado (a) 36.547 - 36.547 129.668 13.400 143.068
Conselho Fiscal
Mário João de Matos Gomes, Presidente 7.838 - 7.838 7.838 - 7.838
Maria Cristina Machado Beirão Reis de Melo Antunes, Vogal 6.137 - 6.137 6.137 - 6.137
Ascenção, Gomes, Cruz & Associados - S.R.O.C., Lda.,Vogal (b) - - - 9.840 - 9.840
13.975 - 13.975 23.815 - 23.815
50.522 - 50.522 153.483 13.400 166.883
euros
2015 2014
GASTOS A RECONHECER
Corrente
Manutenção e conservação 1.932 1.932
Trabalhos especializados - 719
Outros 770 940
Total dos gastos a reconhecer 2.702 3.591
PREVISÃO | Relatório e Contas 2015 49
12. Capital próprio
12.1. Capital realizado
Em 31 de dezembro de 2015 o capital social da Previsão era de 2.947.000 euros, inteiramente subscrito e realizado,
representado por 700.000 ações ordinárias nominativas, no valor nominal unitário de 4,21 euros cada, detidas como segue:
12.2. Reserva legal
A alínea a) do artigo 15º dos estatutos da Sociedade estipula que anualmente será transferido para a reserva legal o
montante correspondente a pelo menos 10% do resultado líquido anual até que esta represente 20% do capital. Esta reserva
não é distribuível a não ser em caso de liquidação da Empresa, mas pode ser utilizada para absorver prejuízos, depois de
esgotadas as outras reservas, ou para incorporação no capital.
No exercício findo em 31 de dezembro de 2015 a reserva constituída ascendia a 325.911 euros.
12.3. Outras reservas
As reservas livres existentes na Empresa podem ser distribuídas aos acionistas, nos termos legais aplicáveis, ou utilizadas para
cobertura de resultados transitados negativos.
Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, o detalhe desta rubrica foi como se segue:
12.4. Aplicação de resultados
Em 2015, conforme deliberado na Assembleia Geral de Acionistas de 25 de março de 2015, do resultado líquido do exercício
de 2014, no valor de 131.320 euros, 13.132 euros foram transferidos para reserva legal e 118.188 euros foram transferidos
para resultados transitados.
Em 2014, conforme deliberado na Assembleia Geral de Acionistas de 31 de março de 2014, do resultado líquido do exercício
de 2013, no valor de 299.744 euros, 29.974 euros foram transferidos para reserva legal e 269.770 euros foram transferidos
para resultados transitados.
%
PT Portugal, SGPS, S.A. 82,05
Banco Santander Totta, S.A. 10,09
Banco Comercial Português, S.A. 2,86
Citibank Internacional Limited, Sucursal em Portugal 2,50
Companhia de Seguros Allianz Portugal, S.A. 2,50
100,00
euros2015 2014
Reservas livres 708.314 708.314
Outras reservas
(Perdas) / Ganhos atuariais
Base (73.000) (75.000)
Efeito fiscal (Nota 7.2) 16.425 16.875
(56.575) (58.125)
651.739 650.189
50 PREVISÃO | Relatório e Contas 2015
13. Financiamentos obtidos
Os financiamentos obtidos em 31 de dezembro de 2015 e 2014 apresentavam a seguinte composição:
13.1. Locação financeira
As obrigações com contratos de locação financeira resultam de contratos de locação de equipamentos de transporte, no
âmbito dos quais existem geralmente opções de compra no termo dos mesmos.
Em 31 de dezembro de 2015 e 2014 os bens em regime de locação financeira registados no balanço da Empresa tinham um
valor contabilístico de 47.917 euros e 73.507 euros, respetivamente, e correspondem à rubrica de equipamentos de
transporte dos ativos fixos tangíveis.
As maturidades dos pagamentos mínimos dos contratos de locação financeira em 31 de dezembro de 2015 e 2014 eram
conforme segue:
14. Responsabilidades por benefícios pós-emprego
Conforme referido na Nota 3, a Previsão é responsável, desde ao ano 2011, pelo pagamento de salários a 2 colaboradoras
pré-reformadas até que atinjam a idade de reforma definida no Regime Geral da Segurança Social.
Os estudos atuariais que apuram as responsabilidades da Empresa, com referência a 31 de dezembro de 2015 e 2014, foram
elaborados com base no Método da Unidade de Crédito Projetada e utilizaram essencialmente os seguintes pressupostos
financeiros e demográficos:
(a) Para os salários a pagar entre 2016 e 2017, a taxa de crescimento considerada foi de 0,00%. A partir de 2018, a taxa de crescimento salarial será de 1,75%.
(b) A idade normal de reforma está em linha com o disposto no Decreto-Lei n.º 167-E/2013, de 31 de dezembro e com as projeções realizadas no estudo "2014
Ageing Working Group pension projection exercise" elaborado pelo GPEARI - Gabinete de Planeamento, Estratégia, Avaliação e Relações Internacionais do
Ministério das Finanças de Portugal.
euros
2015 2014
Não corrente Corrente Não corrente Corrente
Locação financeira 27.180 18.602 55.347 32.009
27.180 18.602 55.347 32.009
euros
2015 2014
Capital Juros Total Capital Juros Total
Até 1 ano 18.602 1.742 20.344 32.009 2.989 34.998
Entre 1 ano e 2 anos 16.625 831 17.456 19.912 2.136 22.048
Entre 2 anos e 3 anos 4.981 380 5.361 17.928 1.225 19.153
Entre 3 anos e 4 anos 5.574 144 5.718 6.284 774 7.058
Entre 4 anos e 5 anos - - - 11.223 177 11.400
45.782 3.097 48.879 87.356 7.301 94.657
2015 2014
Pressupostos financeiros
Taxas de desconto 0,50% 0,50%
Taxas de crescimento salarial (a) 0,00% - 1,75% 0,00% - 1,75%
Taxas de inflação 2,00% 2,00%
2015 2014
Pressupostos demográficos
Tábuas de mortalidade para os beneficiários ativos PA(90)f ajustada PA(90)f ajustada
Idade de Reforma (b) 66 66
Tabela de Invalidez (Swiss Reinsurance Company) 25% 25%
PREVISÃO | Relatório e Contas 2015 51
Estes pressupostos atuariais foram definidos tendo em consideração os seguintes aspetos:
• A taxa anual de desconto das responsabilidades foi estimada com base em taxas de descontos de longo prazo de
obrigações da Zona Euro de elevado rating à data do Balanço, com maturidades equiparáveis às das
responsabilidades com os salários em pagamento;
• A taxa anual de crescimento salarial foi determinada de acordo com a política salarial definida pela Empresa;
• Os pressupostos demográficos considerados têm por base as tábuas de mortalidade geralmente aceites para efeitos
de valorização atuarial, sendo estas tabelas ajustadas periodicamente de modo a refletir a experiência de mortalidade
ocorrida no universo da PT Portugal.
Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014, o impacto total das alterações nos pressupostos atuariais
correspondeu a variações líquidas de 1.550 e (58.125) euros, respetivamente, e foi reconhecido diretamente nas
Demonstrações de Alterações nos Capitais Próprios.
Durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014, o movimento ocorrido no valor atual das responsabilidades
projetadas foi como segue:
Em 31 de dezembro e 2015 e 2014, o valor anual das responsabilidades assumidas pela Empresa para pagamento de
benefícios pós-emprego é de 237.328 euros e 300.664 euros, respetivamente. Os ganhos e perdas atuariais resultam
essencialmente da alteração dos pressupostos atuariais e das diferenças entre esses mesmos pressupostos e os dados reais,
sendo reconhecidos diretamente no Capital próprio (Nota 12.3).
15. Fornecedores e Credores por acréscimos de gastos
Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, estas rubricas apresentavam a seguinte composição:
Em 31 de dezembro de 2015, a rubrica “Fornecedores” incluía, essencialmente, montantes relativos aos pagamentos em
nome e por conta efetuados pela PT Portugal.
euros
2015 2014
Saldo inicial 300.664 195.362
Aumentos 1.000 167.638
Utilizações (64.336) (62.336)
Saldo final 237.328 300.664
euros
2015 2014
Fornecedores 551.596 16.519
Credores por acréscimos de gastos
Encargos com férias, subsídios de férias e outros encargos com o pessoal 76.393 100.217
Trabalhos especializados 30.472 25.561
Serviços de suporte - 2.005
Outros fornecimentos e serviços externos 2.287 5.781
109.152 133.564
660.748 150.083
52 PREVISÃO | Relatório e Contas 2015
16. Serviços prestados
Os movimentos ocorridos nesta rubrica nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014, nos montantes de 725.984
euros e 971.618 euros, respetivamente, respeitavam às comissões de gestão dos Fundos de Pensões no âmbito dos contratos
de gestão em vigor (Notas 1 e 10.1).
17. Fornecimentos e serviços externos
Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014, esta rubrica apresentava a seguinte composição:
18. Gastos com o pessoal
Nos exercícios de 2015 e 2014, esta rubrica apresentava a seguinte composição:
19. Outros rendimentos e ganhos
Nos exercícios de 2015 e 2014, o detalhe desta rubrica era conforme segue:
20. Outros gastos e perdas
Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014, o detalhe desta rubrica era conforme segue:
euros
2015 2014
Trabalhos especializados 74.569 80.293
Rendas e alugueres 61.032 50.956
Serviços de suporte 36.477 41.266
Manutenção e reparação 20.361 20.758
Comunicação 4.556 8.595
Outros 16.367 33.894
213.362 235.762
euros
2015 2014
Remunerações
Órgãos sociais (Nota 10.2) 50.522 166.883
Pessoal 274.928 206.126
Encargos sociais
Órgãos sociais 10.077 34.537
Pessoal 56.069 43.448
Cuidados de saúde 2.596 1.799
Ação social 2.520 2.280
Formação 2.390 96
Outros 9.482 7.484
408.584 462.653
euros
2015 2014
Ganhos na alienação de ativos fixos tangíveis 1.855 1.742
Diferenças de câmbio favoráveis 152 28
2.007 1.770
euros
2015 2014
Quotizações 5.400 5.400
Multas 578 26
Diferenças de câmbio desfavoráveis 459 105
Perdas na alienação de ativos fixos tangíveis - 4.983
6.437 10.514
PREVISÃO | Relatório e Contas 2015 53
21. Depreciações e amortizações ((gastos) /reversões)
A composição desta rubrica nos exercícios de 2015 e 2014 era conforme segue:
22. Juros e rendimentos/ gastos similares
Nos exercícios de 2015 e 2014, esta rubrica apresentava a seguinte composição:
(a) Os movimentos ocorridos nesta rubrica resultam de juros obtidos no âmbito de aplicações financeiras de tesouraria.
23. Resultado líquido por ação
O resultado líquido por ação nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014 foi calculado da seguinte forma:
Não existem quaisquer situações que originem um efeito de diluição, pelo que o resultado líquido por ação diluído é igual ao
resultado líquido por ação básico.
24. Contas extra patrimoniais
Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, esta rubrica correspondia ao valor dos Fundos de Pensões sob gestão da Empresa, de
acordo com o seguinte detalhe:
euros
2015 2014
Activos fixos tangíveis (Nota 6) (14.517) (15.983)
(14.517) (15.983)
euros
2015 2014
Juros e rendimentos similares obtidos
Juros obtidos (a) 5.766 28.211
Outros 33 -
5.799 28.211
Juros e gastos similares suportados
Locação financeira 2.834 1.289
Comissões e outros encargos bancários 1.533 2.433
Juros suportados 470 -
Diferenças de câmbio desfavoráveis 103 -
Outros 15 35
4.955 3.757
euros
2015 2014
Resultado líquido 61.441 131.320
Número de ações 700.000 700.000
Resultado líquido por ação básico 0,09 0,19
euros
Património líquido (nota introdutória) 2015 2014
Fundo de Pensões do Pessoal dos TLP 62.798.332 67.997.627
Fundo de Pensões Marconi 18.474.655 19.052.490
Fundo de Pensões da TDP - Teledifusora de Portugal, S.A. 4.808.823 4.944.460
86.081.810 91.994.577
54 PREVISÃO | Relatório e Contas 2015
25. Acontecimentos ocorridos após a data do balanço
Não ocorreram acontecimentos significativos após 31 de dezembro de 2015 que requeiram ajustamento ou divulgação
nestas demonstrações financeiras.
As demonstrações financeiras para o exercício findo em 31 de dezembro de 2015 foram aprovadas pelo Conselho de
Administração e autorizadas para emissão em 29 de fevereiro de 2016, estando ainda sujeitas a aprovação pela Assembleia
Geral de Acionistas, nos termos da legislação comercial em vigor em Portugal.
PREVISÃO | Relatório e Contas 2015 55
Certificação Legal das Contas
56 PREVISÃO | Relatório e Contas 2015
[Página intencionalmente deixada em Branco]
PREVISÃO | Relatório e Contas 2015 59
Relatório e Parecer do
Fiscal Único
60 PREVISÃO | Relatório e Contas 2015
[Página intencionalmente deixada em Branco]
[Página intencionalmente deixada em Branco]
PREVISÃO | Relatório e Contas 2015 63
Política de Remunerações
64 PREVISÃO | Relatório e Contas 2015
[Página intencionalmente deixada em Branco]
DECLARAÇÃO DA COMISSÃO DE VENCIMENTOS SOBRE A POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DOS
MEMBROS DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E DE FISCALIZAÇÃO DA
PREVISÃO – SOCIEDADE GESTORA DE FUNDOS DE PENSÕES, S.A.
Tendo em conta o disposto na Lei n.º 28/2009, de 19 de junho, e na Circular da Autoridade de
Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões n.º 6/2010, de 1 de abril, e bem assim que o único
membro dos órgãos sociais da PREVISÃO – SOCIEDADE GESTORA DE FUNDOS DE PENSÕES, S.A.
(“Previsão”) que é remunerado pelo exercício de funções nesta Sociedade é o Fiscal Único, o Conselho
de Administração vem submeter à aprovação da Assembleia Geral de Acionistas a declaração que se
segue sobre a política de remuneração dos membros dos órgãos sociais da Previsão.
A Previsão, Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A., é participada maioritariamente pela PT
Portugal, SGPS, S.A. (PT Portugal), a qual sucedeu à Portugal Telecom, SGPS, S.A., após transmissão da
correspondente participação qualificada, com efeitos a 4 de março de 2014, no âmbito do processo de
intenção de combinação de negócios entre a Oi, S.A. e a PT.
O exercício de 2013 foi o primeiro exercício completo subsequente à conclusão do processo de
reorganização interna sofrido pela Previsão, na sequência da transferência para a Caixa Geral de
Aposentações das responsabilidades com benefícios de reforma até então asseguradas pela PT
Comunicações, S.A. a parte dos seus trabalhadores e ex-trabalhadores e, em consequência, dos fundos
de pensões constituídos para fazer face a tais responsabilidades, abrangidos pelo Plano de Pensões do
Pessoal da Portugal Telecom/CGA, pelo Plano de Pensões Regulamentares da Companhia Portuguesa
Rádio Marconi e pelo Plano de Pensões Marconi, na parcela respeitante ao benefício de sobrevivência,
o que implicou uma adaptação da estrutura da Previsão a uma nova realidade e, em particular, ao
volume de ativos sob sua gestão, o qual se mantém.
Entretanto, em junho de 2015, a aquisição da totalidade do capital social da PT Portugal, que detém
uma participação qualificada de 82,05% no capital social da Previsão, pela Altice Portugal, S.A., veio
alterar, ainda que de forma indireta, a estrutura acionista desta Sociedade Gestora, tendo-se revelado
determinante para as alterações posteriormente registadas ao nível das suas estruturas de
governance.
Efetivamente, o modelo de governance que vinha sendo seguido foi sujeito a uma simplificação, em
linha com o que se registou em todas as empresas do universo PT Portugal, sendo de destacar a
redução do número de membros do Conselho de Administração, de 5 para 3 membros, a criação da
figura do Responsável pela Previsão, com reporte direto ao Comité Executivo da PT Portugal e a
substituição do Conselho Fiscal por um Fiscal Único, alterações estas que foram realizadas após a
anuência dos Acionistas e a autorização do Regulador, quando tal se veio a revelar necessário.
I. Política de Remuneração dos membros do Conselho de Administração
A) Mecanismos que permitam o alinhamento dos interesses dos membros do órgão de administração
com os interesses da sociedade
No passado dia 15 de julho de 2015, os Acionistas da Previsão deliberaram unanimemente
proceder à eleição de novos membros para o Conselho de Administração para o triénio 2015 a
2017 e, simultaneamente, que estes não seriam remunerados pelo exercício destas suas funções.
Efetivamente, o facto da Previsão se encontrar inserida num grupo económico de âmbito
internacional, que fomenta a implementação de estruturas simples e eficientes com o objetivo de
facilitar o processo de tomada de decisões, determinou a redução, de 5 para 3, do número de
membros do Conselho de Administração, os quais assumem funções de gestão igualmente em
outras empresas do Grupo PT Portugal.
Ainda assim, a solução implementada é de forte compromisso entre os interesses dos membros
do órgão de administração e os interesses da Sociedade, na justa medida em que os referidos
administradores assumem relevantes cargos de gestão no seio do Grupo PT Portugal, tendo, nesse
âmbito, de responder pelos resultados obtidos por esta Sociedade Gestora.
B) Critérios de definição da componente variável da remuneração
Atualmente, os membros do Conselho de Administração não são remunerados, pelo que esta
disposição não se lhes aplica.
C) Existência de planos de atribuição de ações ou de opções de aquisição de ações por parte de membros
dos órgãos de administração e de fiscalização
Não se encontra em vigor na Previsão qualquer plano de atribuição de ações ou de opções de
aquisição de ações por parte dos membros dos seus órgãos de administração e de fiscalização.
D) Possibilidade do pagamento da componente variável da remuneração, se existir, ter lugar, no todo ou
em parte, após o apuramento das contas de exercício correspondentes a todo o mandato
Atualmente os membros do Conselho de Administração não são remunerados, pelo que esta
disposição não se lhes aplica.
E) Mecanismos de limitação da remuneração variável, no caso de os resultados evidenciarem uma
deterioração relevante do desempenho da empresa no último exercício apurado ou quando esta seja
expectável no exercício em curso
Atualmente os membros do Conselho de Administração não são remunerados, pelo que esta
disposição não se lhes aplica.
II. Política de Remuneração dos Membros do Órgão de Fiscalização
A) Mecanismos que permitam o alinhamento dos interesses dos membros do órgão de fiscalização com
os interesses da sociedade
Em linha com o disposto no n.º 1 do artigo 422.º-A do Código das Sociedades Comerciais, a
remuneração dos membros do Órgão de Fiscalização da Previsão é exclusivamente constituída
por uma componente fixa.
Em 20 de novembro de 2015, os acionistas decidiram que a fiscalização da Sociedade, no triénio
2015 a 2017, deveria ser assegurada por um Fiscal Único.
O montante da remuneração é determinado tendo por referência os seguintes elementos,
indicados por ordem aleatória:
(i) Práticas remuneratórias de outras sociedades do mesmo setor de atividade e com dimensão
semelhante à da Previsão;
(ii) Níveis de qualificação, competência e experiência requeridos para o desempenho das
funções em causa;
(iii) Natureza e complexidade das funções em causa;
(iv) Necessidade de garantir um adequado nível de independência e imparcialidade dos
membros do Conselho Fiscal no exercício das suas funções.
B) Critérios de definição da componente variável da remuneração
Não aplicável.
C) Existência de planos de atribuição de ações ou de opções de aquisição de ações por parte de membros
dos órgãos de administração e de fiscalização
Não aplicável.
D) Possibilidade do pagamento da componente variável da remuneração, se existir, ter lugar, no todo ou
em parte, após o apuramento das contas de exercício correspondentes a todo o mandato
Não aplicável.
E) Mecanismos de limitação da remuneração variável, no caso de os resultados evidenciarem uma
deterioração relevante do desempenho da empresa no último exercício apurado ou quando esta seja
expectável no exercício em curso
Não aplicável.
Lisboa, 29 de fevereiro de 2016
O Conselho de Administração
PREVISÃO | Relatório e Contas 2015 69
Corpos Sociais
70 PREVISÃO | Relatório e Contas 2015
[Página intencionalmente deixada em Branco]
PREVISÃO | Relatório e Contas 2015 71
Corpos Sociais
Mesa da Assembleia Geral Presidente Vasco Vieira de Almeida
Secretário Maria de Lourdes Vasconcelos Pimentel da Cunha Trigoso
Fiscal Único Efetivo Deloitte & Associados, Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, S.A.
representada por Tiago Nuno Proença Esgalhado
Suplente Duarte Nuno Passos Galhardas
Conselho de Administração Presidente João Zúquete Dutschmann de Jesus da Silva
Vogal Jérémie Jean Bonin
Vogal François Jean Marc-Antoine Vauthier