REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE
MINISTÉRIO DA TERRA, AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO RURAL
ADMINISTRAÇÃO NACIONAL DAS ÁREAS DE CONSERVAÇÃO
PROJECTO MOZBIO
PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL
CONSTRUÇÃO DA PONTE-CAIS DE TANDANHANGUE
PROVÍNCIA DE CABO-DELGADO
SFG2285P
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REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE
MINISTÉRIO DA TERRA, AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO RURAL
ADMINISTRAÇÃO NACIONAL DAS ÁREAS DE CONSERVAÇÃO
PROJECTO MOZBIO
PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL
CONSTRUÇÃO DA PONTE-CAIS DE TANDANHANGUE
PROVÍNCIA DE CABO-DELGADO
MAPUTO, MAIO, 2016
i
RESUMO NÃO TÉCNICO
INTRODUÇÃO O presente documento constitui o Plano de Gestão Ambiental e Social (PGAS) da Ponte-Cais de Tandanhangue localizada no Distrito de Quissanga, Província de Cabo Delgado. O PGAS é um elemento norteador das acções de minimização e prevenção dos efeitos ambientais e sociais adversos gerados pela construção e operação da Ponte-Cais. Portanto, o PGAS descreve e caracteriza as acções propostos para a protecção ambiental e social. DESCRIÇÃO DO PROJECTO A ANAC está a implementar o projecto Áreas de Conservação de Moçambique para Biodiversidade e Desenvolvimento Sustentável (MozBio) cujo objectivo é aumentar a gestão efectiva das áreas de conservação e melhorar as condições de vida das comunidades dentro e em volta das áreas de conservação. Parte dos fundos do MozBio serão utilizados para financiar a construção da Ponte Cais de Tandanhangue, localizada em Cabo Delgado, no distrito de Quissanga, no Parque Nacional das Quirimbas.
Localização do Projecto da Ponte Cais O projecto de construção da Ponte-Cais de Tandanhangue localiza-se na zona costeira, 5 km a nordeste e 10 km a sudoeste das sedes dos Distritos de Quissanga e do Ibo, respectivamente. Portanto, insere-se na aldeia Tandanhangue, na localidade Quissanga-Sede, Posto Administrativo de Quissanga, no distrito do mesmo nome,
na Província de Cabo Delgado, mais precisamente nas coordenadas 12º 23' 44.29" S e 40º 31' 12.33" E e está inserido dentro do Parque Nacional de Quirimbas. Caracterização do Projecto da Ponte Cais O projecto pretende construir uma Ponte-Cais de madeira para atraque de barcos de pequena e média dimensão. O projecto proposto da Ponte-Cais foi desenhado tomando em consideração o tipo de barco de 1,5 m de profundidade sob a água; 2,5 m de largura e 15 m de comprimento; com capacidade de 2-3 toneladas e 10-15 pessoas. O projecto consiste na construção de uma Ponte-Cais, composto por uma plataforma de madeira horizontal de 263 m de comprimento por 1,90 m de largura. A plataforma de madeira vai ser construída mediante pranchas de pavimento de madeira, as quais vão apoiar-se sobre uma estrutura de madeira, formada por vigas e travamentos, com 14 escadas verticais num só lado do dique e degraus horizontais para um melhor acesso das 3 plataformas do dique pelos barcos.
POLÍTICAS DE SALVAGUARDAS E LEGISLAÇÃO NACIONAL As políticas de salvaguardas do Banco Mundial representam a pedra angular dos esforços do Banco para proteger as pessoas e o meio ambiente e a lesgilação nacional promove um desenvolvimento que seja socialmente justo, economicamente viável e
ii
ecologicamente sustentável. As mais relevantes políticas de salvaguardas ambientais e sociais para o Projecto Ponte-Cais de Tandanhangue sao as mesmas accionadas para o Projecto Mozbio, e descritas no ESMF, nomeadamente: Avaliação Ambiental (OP 4.01); Habitats Naturais (OP 4.04); Gestão de Pragas (OP 4.09); Recursos Culturais Físicos (OP 4.11); Reassentamento Involuntário (OP 4.12); Florestas (OP 4.36), enquanto a nível de lesgislação nacional os mais relavante incluem: Lei do Ambiente; Lei de Conservação; Lei sobre a Protecção do Património Cultural; Regulamento sobre Padrões de Qualidade Ambiental e de Emissão de Efluentes; Regulamento sobre o Processo de Avaliação do Impacto Ambiental. SITUAÇÃO DE REFÊRENCIA DA ÁREA DO PROJECTO Caracterização Abiótica O clima do distrito de Quissanga é fortemente influenciada pela Zona de Convergência Inter-tropical (ZCIT) e caracteriza-se por apresentar o clima sub húmido seco, onde a precipitação média anual varia entre 900 a 1200 mm, sendo a média mensal de 40.2 mm e a temperatura média é de 22 ºC, sendo máxima absoluta de 31.2 ºC e minima absoluta de 14.5ºC. Os Ventos são influenciados pelos sistemas de monções com ventos NE durante o verão e ventos de SW durante o inverno. O distrito de Quissanga apresenta um relevo caracterizado por planícies e planaltos. A altitude aumenta à medida que se desloca da costa para o interior, desde os 0 m, alcançando cerca de 500 m acima do nível do mar. Caracterização Biótica Vegetação - o distrito de Quissanga apresenta 8 vários tipos florestais incluíndo outras formações de vegetação não florestais nomeadamente áreas agrícolas. A classificação florestal do distrito obedece aos diferentes tipos,
variando do mosaico de diversas fáceis da série dos miombos de tipo caducifólio tardio, agricultura, mosaico de miombos tipico e savanas, mosaico de savanas climácicas e formações arbustivas, formações arbustivas sub-litorais (em plataforma e alcantilados calcários ou em areais arenosas), mangal, zonas limosas e saladares na região itermareal e paisagem antroporizada. Fauna - a ocorrência de espécies faunísticas terrestres de grande e médio porte incluindo cabrito cinzento, elefante, cão-selvagem, porco-selvagem, mangul ou cabrito vermelho, pala-pala, chango, macacos-cão cinzento. Contudo no interior, sobre tudo na região mais a norte de Quissanga especificamente em Macomia, é reconhecido por acomodar maior diversidade de espécies faunísticas terrestres principalmente ao longo do rio Messalo. Os recursos marinhos são relativamente ricos, verificando-se uma abundância de espécies de peixe de elevado valor comercial, destacando-se o camarão, polvo, lula, caranguejo e inúmeros mariscos. De realçar que há diversas espécies de peixes: carapau, garoupas, pescadinha, peixe vermelho, peixe ladrão; camarão, lagostas, polvo e diversas espécies de crustáceos. Caracterização Socioeconómica Segundo os resultados do III Recenseamento Geral da População e Habitação de 2007, o distrito de Quissanga contava com 37.771 habitantes, espalhadas numa superficie de 2.150 km², o que resulta numa densidade populacional de 18.6 ha/Km², representando 2.7% do total da população da Provincia. Contudo, dados mais actualizados (2012), apontavam para uma população estimada em 39.928 hab, o que se traduz num incremento de cerca de 2.157 hab, num espaço de 5
iii
anos.
POTENCIAIS IMPACTOS E MEDIDAS DE MITIGAÇÃO Foram identificados os potenciais impactos ambientais e sociais nas diferentes fases do projecto: planeamento, construção, operação e encerramento. A seguir apresenta-se algumas das medidas de mitigação:
As áreas a serem afectadas pelas actividades de construção devem ser mantidas ao minímo, somente suficientes para levar a cabo as actividades necessárias.
Todos os residentes em redor ao local do projecto, principalmente os próximos, serão sensibilizados sobre os principais impactos do projecto através de reuniões antes da construção.
O empreiteiro deverá asseguar que sinais de alerta de perigo são erguidos em todo limite da vedação.
A integridade do habitat natural em torno da instalação da Ponte-Cais de Tandanhangue deverá ser mantida.
O uso de herbicidas e pesticidas e outros produtos químicos hortícolas relacionados devem ser cuidadosamente controlado e apenas aplicado por pessoal devidamente certificado para aplicar pesticidas e herbicidas.
O combustível inflamável e gás serão mantidos separado das actividades de solda, áreas de montagem e cais de carga.
O corte das árvores de mangal ou remoção de espécies protegidas
deverá ser evitado ao máximo possível.
A abertura ou alargamento das estradas de acesso devem ser adequadamente mantidas para minimizar as poeiras, erosão e danificação indesejada da superfície. A mistura de cimento deve ocorrer numa área designada, numa superfície impermeável onde o lixiviamento pode ser apropriamente contido, e dentro do estaleiro. INDICADORES E PLANO DE MONITORIA O PGAS identifiou indicadores de monitoria social e ambiental e definiu a reponsabilidade e periodicidade com que estes se efecturão. Alguns dos indicadores incluem: tamanho da área ocupada e quantidade de operários residentes; reportagem de casos e medidas de prevenção, etc. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES Todos impactos biofísicos, socioeconómicos e de saúde e segurança ocupacional são altamente mitigáveis e localizados. Por outro lado, a área possui um Plano de Maneio aprovado a 31 de Dezembro de 2014, cuja implementação é monitorada pela Administração do Parque Nacional das Quirimbas. Os potenciais impactos ambientais e sociais identificados neste projecto são controlados através de medidas de mitigação, gestão e monitorização constantes neste PGAS. A responsabilidade de garantir a implementação das acções de gestão ambiental formuladas no PGAS recai sobre ANAC, na qualidade de proponente da obra.
iv
INDÍCE
RESUMO NÃO TÉCNICO............................................................................................ i ÍNDICE DE FIGURAS ................................................................................................ vi ÍNDICE DE TABELAS .............................................................................................. vii LISTA DE ACRÓNIMOS .......................................................................................... viii 1. INTRODUÇÃO .................................................................................................... 1 2. DESCRIÇÃO DO PROJECTO ................................................................. 2 2.1. Localização do Projecto ............................................................................ 2 2.2. Caracterização do Projecto ................................................................................. 3 3. POLÍTICAS DE SALVAGUARDAS DO BANCO MUNDIAL E LEGISLAÇÃO NACIONAL ................................................................................................................. 6 3.1. Políticas de Salvaguardas do Banco Mundial ..................................................... 7 3.2. Legislação Nacional .................................................................................. 8 3.3. Processo de Avaliação de Impacto Ambiental ........................................ 17
4. SITUAÇÃO DE REFÊRENCIA NA ÁREA DO PROJECTO ............................. 19 4.1. Caracterização Abiótica .......................................................................... 19 4.1.1. Clima............................................................................................................... 19 4.1.2. Ventos ............................................................................................................. 19 4.1.3. Topografia ....................................................................................................... 20 4.1.4. Batimetria ........................................................................................................ 20 4.1.5. Ciclones e Nível do Oceano ........................................................................... 20 4.1.6. Marés .............................................................................................................. 21 4.1.7. Solos ............................................................................................................... 21 4.2. Caracterização Biótica ............................................................................ 22 4.2.1. Vegetação ....................................................................................................... 22 4.2.2. Fauna terrestre ............................................................................................... 23 4.2.3. Fauna marinha ................................................................................................ 24 4.3. Caracterização Socioeconómica ............................................................. 24
5. POTENCIAIS IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS E MEDIDAS DE MITIGAÇÃO .............................................................................................................. 26 5.1. Potenciais Impactos Ambientais e Medidas de Mitigação ...................... 26 5.1.1. Fase de Planeamento ............................................................................. 26 5.1.2. Fase de construção ................................................................................. 27 5.1.3. Fase de Operação ................................................................................... 29 5.2. Potenciais Impactos Sociais e Medidas de Mitigação ................................ 30 5.2.1. Fase de Planeamento ............................................................................. 30 5.2.2. Fase de Construção ................................................................................ 31 5.2.3. Respeito pela cultura e tradições da comunidade local ........................... 33 5.2.4. Operação ................................................................................................. 34
v
6. MECANISMO DE QUEIXAS E RECLAMAÇÕES ............................................ 34 7. INDICADORES DE MONITORIA ..................................................................... 35 7.1. Indicadores de Monitoria Ambiental ........................................................ 35 7.2. Monitoria de Impactos Sociais ................................................................ 36 8. Plano de Monitoria do Cumprimento do PGA da Ponte Cais de Tandanhangue ............................................................................................... 37
9. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES ........................................................... 38 10. REFERÊNCIAS ................................................................................................ 39 ANEXO I – Matriz Resumo Dos Impactos E Medidas De Mitigação .................... 40
vi
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1. Localização da Ponte-Cais de Tandanhangue. ...............................................................2
Figura 2. Desenho arquitetônico da Ponte-Cais de Tandanhangue. ............................................3
Figura 3. Localização do traçado da Ponte-Cais de Tandanhangue. ...........................................4
Figura 4. Tramos da Ponte-Cais de Tandanhangue. ......................................................................5
Figura 5. Escadas horizontais (em circulo) e verticais da Ponte-Cais de Tandanhangue. .......5
Figura 6. Constituição do muro em betão ciclópico de: (a) Parede do banco dos passeios; (b)
Parede da rampa; (c) Parede dos bancos; e (d) Parede do encosto da Ponte-Cais. ................6
Figura 8. Fases do processo de Avaliação de Impacto Ambiental segundo Decreto 54/2015
de 31 de Dezembro. ........................................................................................................................... 18
vii
ÍNDICE DE TABELAS
Tabela 1. Políticas de salvaguardas ambientais e sociais accionadas as Projecto
Mozbio e aplicáveis ao projecto da Ponte-Cais de Tandanhangue. ........................... 7
Tabela 2 Legislação ambiental e sectorial relevante para a actividade proposta. ....... 9
Tabela 3. Espécies faunísticas que ocorrem na área do projecto. ............................ 24
Tabela 4. Distribuição da População de Quissanga, Por Posto Administrativo ......... 25
Tabela 5. Potenciais Impactos Ambientais e Medidas de Mitigação na fase de
planeamento. ............................................................................................................. 26
Tabela 6. Potenciais impactos ambientais e medidas de mitigação na fase de
construção. ................................................................................................................ 28
Tabela 7. Potenciais impactos ambientais e medidas de mitigação na fase de
operação. .................................................................................................................. 29
viii
LISTA DE ACRÓNIMOS
AC Áreas de Conservação
AIA Avaliação de Impacto Ambiental
ANAC Administração Nacional das Áreas de Conservação
DPTADER Direcção Provincial de Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural
DPTC Direcção Provincial dos Transportes e Comunicações
EAS Estudo Ambiental Simplificado
EPDA Estudo de Pré-viabilidade Ambiental e Definição do Âmbito
MITADER Ministério da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural
MozBio
Áreas de Conservação de Moçambique para Biodiversidade e
Desenvolvimento Sustentável
OSAC Oficial de Saúde, Ambiente e Segurança Ocupacional
OS Oficial de Segurança
PGA Plano de Gestão Ambiental
PNQ Parque Nacional das Quirimbas
TdR Termos de Referência
ZCIT Zona de Convergência Inter-tropical
1
1. INTRODUÇÃO
O presente documento constitui o Plano de Gestão Ambiental e Social (PGAS) da
Ponte-Cais de Tandanhangue localizada no Distrito de Quissanga, Província de Cabo
Delgado. O PGAS é um elemento norteador das acções de minimização e prevenção
dos efeitos ambientais e sociais adversos gerados pela construção e operação da
Ponte-Cais. Portanto, o PGAS descreve e caracteriza as acções propostos para a
protecção ambiental e social.
A construção desta infra-estrutura é de iniciativa do Governo da Província de Cabo
Delgado através da Direcção Provincial dos Transportes e Comunicações (DPTC) que
é a instituição responsável pela planificação, direcção e coordenação da área socio-
económica dos transportes e comunicações (Decreto n.o 21/2015 de 9 de Setembro).
A construção da Ponte-Cais de Tandanhangue conta com financiamento do Banco
Mundial, através do projecto das Áreas de Conservação para a Biodiversidade e
Desenvolvimento (MozBio), implementado pela Administração Nacional das Áreas de
Conservação (ANAC).
A legislação nacional (Decreto 54/2015 de 31 de Dezembro) e as políticas do Banco
Mundial requerem que seja feita uma avaliação ambiental dos projectos propostos
antes da sua construção de modo a assegurar que os mesmos sejam socialmente e
ambientalmente sustentáveis. Mais além, tanto as Políticas de Salvaguardas do
Banco Mundial como as leis nacionais definem os procedimentos operacionais que
devem ser utilizados durante a implementação dos projectos. Neste contexto, torna-
se necessário tomar em consideração estas políticas e procedimentos bem como a
observância da legislação ambiental vigente no país de modo que a construção da
infra-estrutura Ponte-Cais de Tandanhangue seja sócio e ambientalmente
sustentável.
2
2. DESCRIÇÃO DO PROJECTO
A ANAC está a implementar o projecto Áreas de Conservação de Moçambique para
Biodiversidade e Desenvolvimento Sustentável (MozBio) cujo objectivo é aumentar a
gestão efectiva das áreas de conservação e melhorar as condições de vida das
comunidades dentro e em volta das áreas de conservação. Uma das componentes do
projecto está ligada a melhorar a gestão das áreas de Conservação, onde parte dos
fundos é direccionada a financiar infra-estruturas. Em 2015, o Parque Nacional das
Quirimbas foi solicitado pela Direcção Provincial dos Transportes e Comunicação de
Cabo Delgado, no sentido de enquadrar o projecto da Ponte Cais de Tandanhangue
no plano das infra-estruturas do PNQ. Neste contexto, parte dos fundos do MozBio
serão utilizados para financiar a construção da Ponte Cais de Tandanhangue,
localizada em Cabo Delgado, no distrito de Quissanga, no Parque Nacional das
Quirimbas.
2.1. Localização do Projecto
O projecto de construção da Ponte-Cais de Tandanhangue localiza-se na zona
costeira, 5 km a nordeste e 10 km a sudoeste das sedes dos Distritos de Quissanga
e do Ibo, respectivamente. Portanto, insere-se na aldeia Tandanhangue, na localidade
Quissanga-Sede, Posto Administrativo de Quissanga, no distrito do mesmo nome, na
Província de Cabo Delgado, mais precisamente nas coordenadas 12o 23' 44.29" S e
40o 31' 12.33" E. Esta secção do Distrito de Quissanga faz parte do Parque Nacional
das Quirimbas (PNQ) criado em 2002 através do Decreto n.º 4/2002, de 6 de Junho
(Figura 1).
Figura 1. Localização da Ponte-Cais de Tandanhangue.
3
2.2. Caracterização do Projecto
O projecto pretende construir uma Ponte-Cais de madeira para atraque de barcos de
pequena e média dimensão na Aldeia de Tandanhangue. Em tempos, esta aldeia foi
um dos principais povoados de África e o mais importante ponto de travessia para a
Ilha do Ibo por ser o ponto mais próximo do lado do continente. Devido ao forte
desenvolvimento que a Ilha de Ibo enfrenta e também para promover o turismo e
desenvolvimento sustentável local é necessário melhorar as infraestruturas portuárias
que facilitarão a carga e a descarga de pessoas e bens, indo e saindo da Ilha de Ibo.
Figura 2. Desenho arquitetônico da Ponte-Cais de Tandanhangue.
Desta forma, o projecto proposto da Ponte-Cais foi desenhado tomando em
consideração o tipo de barco de 1,5 m de profundidade sob a água; 2,5 m de largura
e 15 m de comprimento; com capacidade de 2-3 toneladas e 10-15 pessoas. E que a
altura da maré: de acordo com as medições levantadas na zona onde vai ser feita a
obra e das informações tiradas do livro “Tabela de marés - 2014. Ano – XXIX.
Moçambique” do Instituto Nacional de Hidrografía e Navegaçâo, é possível estimar a
maré máxima vai-se situar no ponto 4,46 m, correspondente a uma diferença de marés
de 4,25 m. Portanto, segundo o estudo das marés feito, esta solução vai permitir um
incremento no tempo de utilização Ponte-Cais em 40%, alcançando as 12 horas de
utilização por dia.
O projecto consiste na construção de uma Ponte-Cais, composta por uma plataforma
de madeira horizontal de 263 m de comprimento por 1,90 m de largura. A Ponte-Cais
iniciará na linha final do nível das marés, próximo do Embondeiro (12°23'44.58"S e
40°31'10.23"E) que corresponde ao ponto mais alto e que as marés não atingem,
direccionando-se ao canal marinho, até a saída do mangal que se encontra nas
laterais da área de atraque dos barcos (Figura 3).
4
Figura 3. Localização do traçado da Ponte-Cais de Tandanhangue.
A plataforma de madeira vai ser construída mediante pranchas de pavimento de
madeira, as quais vão apoiar-se sobre uma estrutura de madeira, formada por vigas
e travamentos. Estes elementos vão se situar sobre umas colunas verticais
introduzidas em terra por meio manual nos dois primeiros tramos (A=37.5m e
B=37.5m) e por meio de finca das colunas nos restantes quatro vãos (C=75.0m;
D=100.0m e E=11.6m) (Figura 4).
Para o acesso em barco à plataforma, vai se dispor de 14 escadas verticais e de uma
série de degraus horizontais segundo se mostra na Figura 5, e que seguidamente se
procede a descrição:
Escada Verticais: Vai se dispor no dique de 14 escadas verticais num só lados
do dique. Estes elementos vão ser feitos com 2 pranchas de madeira verticais
de dimensões 10x10 cm e 5 m de comprimento. Para os 11 degraus que
compõem as escadas, vai se usar pranchas de madeira de 10x5 cm e de 60
cm de comprimento.
5
Degraus Horizontais: Para um melhor acesso à plataforma do dique, vai se
executar degraus horizontais (num só lado do dique) a modo de plataformas
horizontais de 0.75 metros de largura e 4 metros de comprimento, cada uma a
uma diferença de altura de 50 cm. A ideia é permitir a colocação dos barcos
perto dum destes degraus, a depender da altura do mar. As plataformas
horizontais vêm constituídas por 3 pranchas de madeira de dimensões 25x4
cm e 4 m de comprimento, as quais vai se apoiar em vigas perpendiculares a
estas apoiadas sobre colunas de vários comprimentos, dependendo do tramo,
e de secção quadrada de 20x20 cm, com uma penetração mínima no terreno
de 1,6 metros.
Figura 4. Tramos da Ponte-Cais de Tandanhangue.
Figura 5. Escadas horizontais (em circulo) e verticais da Ponte-Cais de Tandanhangue.
Para o encoste da plataforma, no início da ponte, será feita de uma parede de betão
ciclópico para a protecção das terras e também será construída uma parede de
retenção de terras próxima do Embondeiro. Entre os muros será aterrada e
compactada com areias e construída uma laje em pedra rachão com 30 cm de
espessura. Para o revestimento dos muros utilizar-se-á argamassa ao traço 1:2 em
volume de cimento de tipo Portland 42 e areia de rio. O acabamento deve ser do tipo
queimado com cimento á colher de pedreiro.
(a) (b)
6
(c) (d)
Figura 6. Constituição do muro em betão ciclópico de: (a) Parede do banco dos passeios; (b) Parede da rampa; (c) Parede dos bancos; e (d) Parede do encosto da Ponte-Cais.
A madeira que se utilizará será do tipo Messinge com as seguintes características: (i)
nome científico: Terminalia stenostachya; (ii) família: Combretaceae; (iii) nome
comercial: Messinge; (iv) nome vernácular: Nomba; (v) densidade: 0,85 t/m3 à 12% de
humidade; tensão de roptura: 105 kN/m2; compressão axial - tensão de roptura: 60
103 kN/m2
3. POLÍTICAS DE SALVAGUARDAS DO BANCO MUNDIAL E LEGISLAÇÃO NACIONAL
As políticas de salvaguardas do Banco Mundial representam a pedra angular dos
esforços do Banco para proteger as pessoas e o meio ambiente, e para garantir
resultados na erradicação da pobreza extrema e promover a prosperidade
compartilhada de maneira sustentável em todos os países parceiros. De igual modo,
a lesgilação nacional promove um desenvolvimento que seja socialmente justo,
economicamente viável e ecologicamente sustentável.
7
3.1. Políticas de Salvaguardas do Banco Mundial
As políticas de salvaguardas do Banco Mundial são amplamente consideradas como
um meio eficaz para assegurar que as preocupações ambientais e sociais e as vozes
das comunidades sejam representadas na formulação e implementação dos projectos
por si financiados. Estas políticas de salvaguardas estão agrupadas em dez Políticas
Operacionais, nomeadamente: Avaliação Ambiental (OP 4.01), Habitats Naturais (OP
4.04), Gestão de Pragas (OP 4.09), Povos Indígenas (OP 4.10), Recursos Culturais
Físicos (OP 4.11), Reassentamento Involuntário (OP 4.12), Florestas (OP 4.36),
Segurança de Barragens (OP 4.37), Águas Internacionais (OP 7.50), e Áreas em
Litigio (OP 7.60). Para o Projecto MozBio onde a a infraestrutura da Ponte Cais de
Tandanhangue se insere seis destas dez políticas de salvaguardas ambientais e
sociais são relevantes e serão seus requesitos serão observados durante a
construção e/ou operação da Ponte-Cais, de acordo com o apresentado na tabela
abaixo (Tabela 1).
Tabela 1. Políticas de salvaguardas ambientais e sociais accionadas pelo Projecto Mozbio e
aplicáveis ao projecto da Ponte-Cais de Tandanhangue.
Políticas do Banco
Mundial
Enquadramento no Projecto Ponte-Cais de Tandanhangue
Avaliação Ambiental (OP
4.01)
Considerando o Quadro de Gestão Ambiental e Social (QGAS)
aprovado para o MozBio, bem como a respectiva Ficha de Avaliação
Ambiental e Social classificou o projecto como sendo de Categoria B.
No entanto, segundo a legislação nacional, Decreto 54/2015 de 31 de
Dezembro, intruiu-se o processo de Categorização junto a DPTADER
de Cabo Delgado para observância de todos os requisitos tanto das
políticas de salvaguarda do Banco Mundial como da legislação da
República de Moçambique.
Habitats Naturais (OP
4.04)
A actividade da empreitada vai interferir nos habitatess marinhos assim
como terrestres. Estes habitates deverão ser compensados nas áreas
ecologicamente similares de maior ou igual tamanho.
Gestão de Pragas (OP
4.09)
O empreiteiro vai adquirir madeiras tratadas para a execução da obra,
pelo que não há previsão de uso de pesticidas ou outros produtos,
portanto não se prevê que haja propagação de pragas.
Povos Indígenas (OP
4.10)
Não existem povos indígenas na área do projecto, considerando o
conceito da política
Recursos Culturais
Físicos (OP 4.11)
A construção da Ponte Cais não prevê interferência com recursos
culturais físicos. Caso sejam encontrados artefactos arqueológicos,
arquitectura especiais ou qualquer recurso cultural físico, durante as
escavações, denotando a presença humana no passado, deve se
proceder com a observância da Lei sobre a Protecção do Património
Cultural (Lei n.° 10/88 de 22 de Dezembro).
Reassentamento
Involuntário (OP 4.12)
A zona de implantação da Ponte-Cais de Tandanhangue é uma zona
sem assentamentos humanos, pelo que não prevê nenhum tipo de
reassentamento, nem campo campos agricolas. No entanto, durante a
construção da Ponte-Cais poderá haver necessidade de limitar o acesso
à este ponto de travessia pelas comunidades locais para dar lugar as
obras de construção a fim de garantir a segurança de ambos
intervinientes, população e proponente. Apesar disso, não se prevê que
acção gere impactos negativos sobre seus meios de subsistência uma
vez que a prior encontrar-se-á alternativas viavéis de travessia nos
8
pontos e far-se-á a observância do Decreto n.º 31/2012, de 8 de Agosto:
o Regulamento sobre o Processo de Reassentamento resultante de
Actividades Económicas.
Florestas (OP 4.36)
De um modo geral uma pequena parte da zona isolada durante a fase
de construção vai interferir com a floresta do tipo mangal.
Segurança de Barragens
(OP 4.37)
A construção da ponte cais de Tandanhangue não prevê nenhum tipo
de actividades que impliquem a construção de represas ou barragens
com paredões acima de 15 metros de altura-
Águas Internacionais (OP
7.50)
O empreendimento em causa não será realizado em áreas
transfronteiriças que envolvam cursos de águas internacionais.
Áreas em Litigio (OP 7.60) O Projecto proposto não será implementado em áreas em disputa.
3.2. Legislação Nacional
A construção da Ponte-Cais de Tandanhangue também será implementada a luz da
reforma da lesgislação do sector do ambiente na República de Moçambique em
termos de cumprimento de uma séria de convenções e protocolos internacionais de
protecção ambiental, social e conservação.
Os instrumentos legais que garantem o desenvolvimento sustentável da actividade
em conformidade com os planos previamente traçados pelo Governo, a AIA deve
seguir-se pela legislação nacional vigente bem como normas e práticas
ambientalmente aceites a nível internacional. Neste contexto quer as políticas de
salvaguardas do BM, quer os regulamentos vigentes na República de Moçambique
serão aplicados para garantir que os impactos ambientais e sociais negativos sobre o
recurso como terra, solos, água, biodiversidade, vegetação, comunidades locais e a
sociedade no geral sejam adequadamente geridos garantindo assim que os impactos
positivos com a construção da Ponte-Cais de Tandanhangue sejam alcançados.
A legislação de Moçambique contém uma série de disposições legais de prevenção e
controlo, que asseguram o uso sustentável dos recursos naturais, mantendo a
capacidade de renovação, estabilidade ecológica, direitos Humanos, as quais estão
ilustradas na Tabela 2 do presente PGAS.
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Tabela 2 Legislação ambiental e sectorial relevante para a actividade proposta.
Decreto / Regulamento / Política
Breve Descrição Relevância para o projecto
Constituição da República de 2004 (aprovada pela Assembleia da
República a 16 de Novembro)
A Constituição da República de Moçambique contém as bases
da organização do Estado moçambicano, dentre os quais
podemos encontrar referências aos mecanismos para a
defesa e protecção do meio ambiente.
O proponente tem a responsabilidade de assegurar que o empreiteiro e outros trabalhadores contratados para construção e exploração do projecto responsabilidades ambientais no local e enquanto prestam serviços.
Política Nacional do Ambiente (Resolução no 05/1995 de 3 de Agosto)
Estabelece a base para toda a legislação ambiental. De
acordo com o artigo 2.1, o principal objectivo desta política é
garantir o desenvolvimento sustentável, a fim de manter um
equilíbrio aceitável entre o desenvolvimento socioeconómico
e a protecção ambiental.
O proponente tem a responsabilidade de assegurar que as actividades propostas estão em conformidade com esta política e assegurar a sustentabilidade ambiental do projecto.
Política Nacional de Águas
(Resolução nº 46/2007 de 30
de Outubro)
Promove a conservação da água na gestão dos recursos
hídricos e os padrões de qualidade de água introduzindo
medidas para prevenção da poluição e mitigação dos seus
efeitos.
As actividades de construção podem causar
implicações negativas nos ecossistemas aquáticos,
águas superficiais ou subterrâneas.
Política Pesqueira e a
respectiva Estratégia de
Implementação (Resolução
n.° 11/96, de 28 de Maio)
Proíbe o lançamento de despejos e lixos no recinto do cais fora dos locais apropriados ou terrenos adjacentes.
As actividades de contrução e operação poderão
produzir despejos e lixos e que ou seu
manuseamento e elinação deve estar de acordo
com a legislação vigente.
Política Nacional de Terra e a
Estratégia de
Implementação (Resolução
nº 10/1995, de 17 de Outubro)
Advoca o uso sustentável dos recursos naturais de forma a garantir a qualidade de vida para os presentes e futuras gerações, assegurando que as zonas de protecção total e parcial mantenham a qualidade ambiental e os fins os fins ambientais para que foram constituídos.
O proponente tem a responsabilidade de assegurar
que as actividades propostas não comprometam a
qualidade de vida para os presentes e futuras
gerações
10
Decreto / Regulamento / Política
Breve Descrição Relevância para o projecto
Política do Turismo e
Estratégia da sua
Implementação (Resolução
n˚ 14/2003, de 4 de Abril)
Encoraja o desenvolvimento de infraestruturas de suporte para o turismo desde que sejam geridas de acordo com os princípios de sustentabilidade ambiental, económica e social, preservando a biodiversidade e assegurando a sustentabilidade natural e cultural.
A construção e exploração das infraestruturas
propostas podem alterar a situação ambiental,
económica, social e cultural.
Política de Conservação e
Estratégia da
Implementação (Resolução
nº 63/2009, de 2 de
Novembro)
Incorpora o princípio da responsabilidade ambiental em que quem danifica a biodiversidade sem o devido licenciamento tem o dever de repor a biodiversidade danificada e/ou pagar os custos para a prevenção e eliminação dos danos por si causados.
O proponente deve garantir que todas licenças são obtidas previamente ao início de qualquer actividade.
Politica e Estratégia de
Florestas e Fauna Bravia
(Resolução n.º 8/97, de 1 de
Abril)
Tem como uma das prioridades o melhoramento da
protecção, maneio e uso das áreas de conservação de
florestas e fauna bravia, com vista a contribuir para o
desenvolvimento sustentável nacional e local, uso apropriado
da terra e conservação da biodiversidade”;
O projecto proposto irá garantir a presença
permanente do corpo administrativo e dos fiscais do
PNM no terreno contribuindo para melhor
conservação e desenvolvimento.
Lei da revisão do Código
Penal (Lei n.º 35/2014, de 31
de Dezembro)
Estabelece os crimes contra o ambiente: exploração ilegal de recursos florestais, abate de espécies protegidas ou proíbdas, poluição da aguá e solo e não recuperação natural da área explorada.
O proponente tem a responsabilidade de assegurar
que as actividades propostas não violem o Código
Penal.
Lei de Ordenamento do
Território (Lei n.º 19/2007, de
18 de Julho) e Regulamento
da Lei de Ordenamento do
Território (Decreto n.º
23/2008 de 1 de Julho)
A lei e o regulamento estabelecem os princípios e normas de sustentabilidade para agregar valor ao espaço físico, a igualdade de acesso à terra e aos recursos naturais e precaução, priorizando a criação de sistemas de prevenção para minimizar os impactos significativos ou irreversíveis ao meio ambiente.
O projecto irá mudar o padrão actual do uso do solo
na região.
Lei de Terras (Lei n.º 19/97,
de 1 de Outubro) e
Regulamento da Lei de
Esta lei e o seu regulamento indicam quais as áreas que
constituem zonas de protecção total e parcial e fixa que nas
zonas de protecção total e parcial não podem ser adquiridos
A Construção da Ponte Cais de Tandanhangue no
Parque Nacional das Quirimbas (PNQ) inclui por
exemplo área para actividade comercial como loja
11
Decreto / Regulamento / Política
Breve Descrição Relevância para o projecto
Terras (Decreto n.º 66/98, de
8 de Dezembro),
direitos de uso e aproveitamento da terra, podendo, no
entanto, ser emitidas licenças especiais para o exercício de
actividades determinadas.
de conveniência e parque de estacionamento de
viaturas que necessitaram respectivas licenças
sectoriais.
Lei de Pescas (Lei n.º 3/90,
de 26 de Setembro)
Determina que os recursos pesqueiros das águas
jurisdicionais moçambicanas são de domínio público e
consagra ainda medidas de conservação e gestão dos
recursos pesqueiros e define as competências para o regime
de licenciamento.
Durante a construção do complexo o empreiteiro ou os trabalhadores contratados podem se envolver na cadeia de comercialização do pescado afectando directa ou indirectamente a proliferação de pesca ilegal.
Lei do Ambiente (Lei nº 20/1997, de 1 de Outubro)
Estabelece os princípios básicos gerais de gestão ambiental,
dentre outros, a utilização racional dos componentes
ambientais de forma a promover a melhoria da qualidade de
vida dos cidadãos e a valorizar as tradições e o saber das
comunidades locais.
A construção e exploração da Ponte Cais de
Tandanhangue poderá influenciar no ambiente e
nos meios de subsistência da comunidade local.
Lei de Florestas e Fauna
Bravia (Lei nº 10/99, de 7 de
Julho) e Regulamento da Lei
de Floresta e Fauna Bravia
(Decreto nº 12/2002 de 6 de
Junho)
Define os princípios e normas básicas sobre a protecção, conservação e utilização sustentável dos recursos florestais e faunísticos no âmbito de uma gestão integrada, com vista ao desenvolvimento socioeconómico do país, portanto define espécies de fauna e flora que são protegidos por lei.
O projecto pode afectar as áreas circundantes de
protecção total e parcial (extracção do mangal para
construção e como combustível lenhoso) e outras
espécies faunísticas protegidas por lei.
Lei do Trabalho (Lei n.º 8/98
de 10 de Julho)
Do ponto de vista ambiental esta lei é relevante para o projecto proposto pois a mesma contém cláusulas relativas à Saúde e Segurança dos trabalhadores que como forma de minimizar os riscos de acidentes no trabalho e garantir o bem-estar dos trabalhadores devem ser observadas.
A fase de construção irá envolver manuseamento de equipamento e material que poderá resultar em ferimentos e acidentes se a normas de segurança e protecção não serem observadas.
Lei de Águas (Lei n.º 16/91,
de 3 de Agosto)
Determina que as águas interiores constituem o domínio
público hídrico do Estado. Entre as suas normas, a Lei de
Águas determina medidas para prevenção e controlo de
O proponente tem a responsabilidade de
implementar medidas que evitem a poluição de
12
Decreto / Regulamento / Política
Breve Descrição Relevância para o projecto
contaminação das águas, licenciamento de actividades nas
zonas de protecção adjacentes aos recursos hídricos e regras
para autorização de despejo de efluentes.
quaisquer recursos de água durante e depois da
implementação do projecto.
Lei do Mar (Lei n.º 4/96 de 4
de Janeiro)
A Lei nº 4/96, define os direitos de jurisdição sobre a faixa do
mar ao longo da costa moçambicana. Esta lei cria a Zona
Económica Exclusiva e confere direitos soberanos ao Estado
para fins de exploração, aproveitamento, conservação e
gestão de recursos naturais vivos ou não das águas
subjacentes ao leito do mar e subsolo, bem como no que se
refere a outras actividades com vista à exploração e
aproveitamento da zona para fins económicos e para a
produção de energia a partir da água, das correntes e dos
ventos.
Nos parques nacionais marinhos é interdita toda e qualquer actividade de pesca, incluindo a pesca de subsistência, a pesca recreativa e desportiva e a pesca submarina. Nas reservas naturais marinhas com carácter total pode ser exercida a pesca de subsistência, enquanto que, nas reservas naturais marinhas com carácter parcial podem ser exercidas para além da pesca de subsistência, a pesca artesanal e a pesca recreativa e desportiva, desde que em ambos casos as actividades piscatórias não prejudiquem o interesse de proteger.
Lei do Turismo (Lei nº
4/2004, de 17 de Junho)
Estabelece o quadro legal para o fomento e exercício de
actividades turísticas. Esta lei determina ainda que as
actividades turísticas devem ser desenvolvidas respeitando o
ambiente e com vista ao crescimento económico sustentável.
O proponente deve fazer uma gestão adaptativa
para assegurar que na fase de operação e
exploração da Ponte Cais os benefícios sejam
tangíveis e ocorra um crescimento económico
sustentável.
Lei sobre a Protecção do
Património Cultural (Lei n°
10/88 de 22 de Dezembro)
Objectiva proteger legalmente os bens materiais e imateriais
do património cultural moçambicano. Nos termos desta lei, o
património cultural é definido como um grupo de activos
materiais e não materiais criados ou integrados pelo povo de
Moçambique através da história, com relevância para a
definição da identidade cultural de Moçambique.
Alguns objectos arqueológicos podem ser encontrados durante a fase de construção do projecto. Se isso acontecer, o proponente deve comunicar imediatamente à agência de património cultural relevante.
Lei de Conservação (Lei
16/2014 de 20 de Junho)
Esta lei prevê que a administração da área de conservação
deva procurar salvaguardar os valores que motivaram a sua
As actividades de construção podem afectar
negativamente o ambiente envolta do complexo,
deste modo o PNM e/ou ANAC deverão sempre que
possível estabelecer formas de evitar, minimizar,
13
Decreto / Regulamento / Política
Breve Descrição Relevância para o projecto
declaração, manter a qualidade ambiental e, quanto possível,
restaurar o meio.
mitigar e restaurar os impactos a fim de manter a
qualidade do habitat.
Regulamento sobre Padrões
de Qualidade Ambiental e de
Emissão de Efluentes
(Decreto nº 18/2004, de 2 de
Junho)
Estabelece padrões de qualidade ambiental e de emissão
de efluentes, tendo em vista o controlo e a manutenção dos
níveis admissíveis de poluição sobre os componentes
ambientais. Nele se definem parâmetros e metodologias de
controlo para a manutenção da qualidade do ar, da água,
do solo e para emissões de ruído.
As fases de construção e operação devem levar em
consideração as normas ambientais sobre a
qualidade da água, qualidade do ar, ruído, etc
estabelecidos por lei.
Regulamento sobre a Gestão
de Resíduos (Decreto n.º 13
/2006, de 15 de Junho)
Estabelece regras relativas à produção, ao depósito no solo
e subsolo, bem como ao lançamento para a água ou para a
atmosfera de toda e qualquer substância tóxica ou poluidora,
tendo em vista prevenir ou minimizar os seus impactos
negativos sobre a saúde e o ambiente. Define as obrigações
das entidades produtoras e gestoras de resíduos e estabelece
regras para a recolha, movimentação, acondicionamento,
tratamento e valorização de resíduos.
Durante a fase de construção e operação haverá
uso de máquinas e material de construção que muito
provavelmente irão gerar resíduos sólidos que
podem contaminar a água, o solo ou a atmosfera.
Regulamento sobre o
Processo de Avaliação do
Impacto Ambiental (Decreto
54/2015 de 31 de Dezembro)
Estabelece os procedimentos e condições para o
licenciamento ambiental e classifica as actividades e os
impactos que podem ser causados dependendo do bem em
causa em categorias A+, A, B ou C, determinando
respectivamente em consequência a necessidade de um
estudo de impacto ambiental com revisão de especialista,
estudo de impacto ambiental, estudo ambiental simplificado
ou, casos de isenção de licença ambiental, devendo observar
as normas básicas de gestão ambiental.
O desenvolvimento do projecto deve seguir os
procedimentos de avaliação de impacto ambiental
antes da construção e operação.
Regulamento sobre a
Inspecção Ambiental
Regula a actividade de supervisão, controlo e fiscalização do
cumprimento das normas de protecção ambiental a nível
Durante a implementação do projecto, o projecto
estará sujeito a inspecções do MITADER a fim de
14
Decreto / Regulamento / Política
Breve Descrição Relevância para o projecto
(Decreto n.º 11/2006, de 15
de Julho)
nacional e define os trâmites processuais a serem
respeitados. A inspecção ambiental, que pode ser ordinária ou
extraordinária.
verificar o cumprimento da legislação ambiental e do
PGA. O PNQ e a ANAC devem permitir e facilitar tais
inspecções.
Regulamento sobre o
Processo de Auditoria
Ambiental (Decreto nº
32/2003 de 12 de Agosto)
O regulamento estabelece parâmetros para a realização
de auditorias ambientais, a que estão sujeitas todas as
actividades públicas ou privadas que, durante a
implementação, possam, directa ou indirectamente, ter
impacto no ambiente. A Auditoria ambiental pode ser
“pública” (i.e. realizada pelo órgão estatal competente para
o efeito, no caso o MITADER) ou “privada” (o mesmo
que “interna”, ou seja, realizada pelo Proponente).
Depois do início da construção e mesmo na fase da
operação, o proponente deverá organizar a
realização de auditorias ambientais independentes
a ser realizado pelo menos duas vezes por ano, sem
prejuízo da auditoria ambiental pública que pode
estar sujeito no âmbito do presente decreto.
Regulamento para a
Prevenção de Poluição e
Protecção do Ambiente
Marinho e Costeiro (Decreto
n.º 45/2006 de 30 de
Novembro)
O Regulamento para a Prevenção da Poluição e Protecção do
Ambiente Marinho e Costeiro, foi aprovado pelo Decreto nº
45/2006, de 30 de Novembro, e tem como objecto prevenir e
limitar a poluição derivada das descargas ilegais efectuadas
por navios, plataformas ou por fontes baseadas em terra, ao
largo da costa moçambicana, bem como o estabelecimento
de bases legais para a protecção e conservação das áreas
que constituem domínio público marítimo, lacustre e fluvial,
das praias e dos ecossistemas frágeis. Daí que, todas as
pessoas singulares ou colectivas, nacionais ou estrangeiras,
que exerçam actividades susceptíveis de causar impacto no
ambiente nas áreas que constituem domínio público marítimo,
lacustre e fluvial, incluindo, todos ecossistemas frágeis
localizados junto à costa e águas interiores, são abrangidos
por este regulamento.
Nos termos deste regulamento é necessário que no exercício de qualquer actividade adoptem-se medidas para a gestão dos riscos de poluição e gestão dos diversos resíduos gerados ou provenientes das actividades de movimentação e armazenamento de óleos e substâncias nocivas ou perigosas.
Regulamento da exploração
dos cais do porto de
Lourenço Marques,
Inhambane, Qulimane,
Regula as actividades e operações portuárias e de carga/descarga de navios e de ponte-cais, embora alguns artigos referem-se ao meio ambiente, saúde e segurança.
O artigo 42 refere-se à necessidade de monitorar as actividades em terra (por exemplo, introdução de combustível, derrames de petróleo), que possa ter impacto das águas marinhas que rodeiam a ponte-cais.
15
Decreto / Regulamento / Política
Breve Descrição Relevância para o projecto
Moçambique (Ponte-cais do
Lumbo), Nacala, Porto
Amélia e Mocímboa da Praia
(Portaria nº 18630, de 24 de
Abril de 1965)
Regulamento do Transporte
Comercial Marítimo (Decreto
n.o 18/2002, de 27 de Junho)
Estabelece que as embarcações empregues no transporte comercial marítimo estão sujeitas à legislação nacional e internacional ractificada pela República de Moçambique sobre segurança marítima e proteção do meio ambiente marinho.
O proponente do projecto deve asseguarar as actividades de construção e operação estão de acordo com a Convenções Internacionais relevantes para área marinha e costeira que Moçambique ractificou por exemplo: a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar; Convenção para a Proteção, Gestão e Desenvolvimento do Meio Ambiente Marinho e Costeiro da Região da África Oriental (a Convenção de Nairóbi).
Regulamento da Pesca
Recreativa e Desportiva
(Decreto n.o 51/99, de 31 de
Agosto)
Inclui uma lista de espécies marinhas protegidas por exemplo: dugongos, baleias e golfinhos, tartarugas marinhas e algumas espécies de peixes, bivalves e gastrópodes.
O desenvolvimento do projecto pode impactar de algumas espécies marinhas.
Directiva Geral para Estudos
do Impacto Ambiental
(Diploma Ministerial n.º
129/2006, de 19 de Julho)
Estabelece uma série de normas e procedimentos, bem como de linhas mestras que deverão orientar a realização dos Estudos de Impacto Ambiental.
O relatório do EIA deve estar em conformidade com
as orientações descritas neste Diploma Ministerial.
Directiva Geral para a
Participação Pública no
Processo de Avaliação de
Impacto Ambiental (Diploma
Ministerial n.º 130/2006, de 19
de Julho)
Aprova os princípios básicos a considerar num processo de participação pública, bem como as metodologias e procedimentos a serem adoptados. Para projectos de Categoria A, a Consulta Pública é um processo de realização obrigatória, mas sendo facultativa para actividades de categoria “B”. No entanto deve ocorrer sempre que implique houver deslocação permanente ou temporária de
Se houver necessidade de levar a cabo o processo
de consulta pública e neste caso é de carácter
obrigatório, dever-se-á usar as orientações
fornecidas neste Diploma Ministerial.
16
Decreto / Regulamento / Política
Breve Descrição Relevância para o projecto
comunidades ou de bens ou restrição no uso dos recursos naturais.
Estratégia de Gestão do
Conflito Homem/Fauna
Bravia (Resolução n.º
68/2009, de 29 de Dezembro)
Esta Estratégia define mecanismos de conservação, as medidas de prevenção de conflito e avança com propostas de categorias de áreas de conservação do domínio público e um plano de uso da terra e de reassentamento da população.
A existência de fauna bravia no local e o aumento da presença humana no local pode resultar num aumento dos encontros fauna bravia e homem resultando em ferimentos ou mortes.
17
3.3. Processo de Avaliação de Impacto Ambiental
De modo a descrever com mais detalhe a Politica Operacional (OP.4.01) que também
é fundamentada no Decreto 54/2015 de 31 de Dezembro do processo de
Licenciamento Ambiental, torna-se necessário atribuir as responsabilidades e a
demostrar o fluxograma (Figura 8).
É da inteira responsabilidade da instituição contratante, a Administração Nacional das
Áreas de Conservação (ANAC), obter a licença ambiental para a construção da Ponte-
Cais de Tandanhangue de modo a alinhar, em termos de sustentabilidade ambiental,
a Politica Operacional OP.4.01 do Banco Mundial e cumprir-se com todas as
obrigações patentes no Decreto 54/2015 de 31 de Dezembro sobre o Regulamento
do Processo de Avaliação do Impacto Ambiental. É de salientar também que a obra
de construção da Ponte-Cais de Tandanhangue só terá início depois da aprovação do
PGAS respectivo o que não obsta a tramitação em curso para a obtenção da licença
ambiental.
O Regulamento de AIA determina a classificação do projecto durante a fase de
instrução do processo entre quatro categorias (Figura 7), identificando o nível
adequado de Avaliação de Impacto Ambiental necessário, nomeadamente:
Categoria A+: refere-se a projectos que podem ter impactos significativos devido às
actividades propostas ou à sensibilidade da área, estão sujeitas a realização de um
EIA e supervisão por Revisores Especialistas independentes com experiência
comprovada. Os projectos de Categoria A+ estão listados no anexo I do Regulamentos
de AIA.
Categoria A: refere-se a projectos que podem ter impactos significativos devido às
actividades propostas ou à sensibilidade da área, requerem uma AIA completa,
incluindo um Plano de Gestão Ambiental (PGA). Os projectos classificados como
projectos de Categoria A estão listados no anexo II do Regulamentos de AIA.
Categoria B: corresponde a projectos com impactos negativos de curta duração,
intensidade, extensão, magnitude e/ou relevância, que requerem uma AIA e PGA
simplificados. O anexo III do Regulamento de AIA de projectos de categoria B
descreve as actividades de baixo impacto ambiental, elegíveis para um Estudo
Ambiental Simplificado (EAS).
Categoria C: para projectos que não necessitam de qualquer AIA, mas que estão
sujeitos à apresentação de procedimentos de Boas Práticas de Gestão Ambiental,
incluídas em directivas específicas, a serem elaborados pelo proponente do projecto
e aprovados pela entidade que superintende a área de AIA.
18
Figura 8. Fases do processo de Avaliação de Impacto Ambiental segundo Decreto 54/2015 de 31 de Dezembro.
A Instrução do Processo fornece informações suficientes sobre o projecto para a autoridade reguladora do ambiente de modo a categorizá-lo através da Pre-Avaliação.
O EPDA visa determinar a possível existência de questões fatais relativo a implementação da actividade, enquanto que os TdR constituem um guião para elaboração do EIA.
Durante esta fase analisa-se de forma técnica e científica as consequências da implantação do projecto no ambiente para melhor ou pior, especialmente com efeitos no ar, terra, água e saúde e bem- estar humano.
Nesta fase emite-se o certificado confirmando a viabilidade ambiental do projecto.
19
4. SITUAÇÃO DE REFÊRENCIA NA ÁREA DO PROJECTO
4.1. Caracterização Abiótica
4.1.1. Clima
Em relação ao clima, dados climáticos da área de Tandanhangue são incipientes, o
que se acredita estar relacionado com a sua localização insular. Os dados disponíveis
referem-se apenas a duas localizações costeiras da província de Cabo Delgado,
nomeadamente, Pemba e Mocimboa da Praia. Deste modo, é apenas possível uma
caracterização climática geral da zona.
O clima do distrito de Quissanga e da zona da província de Cabo Delgado é fortemente
influenciada pela Zona de Convergência Inter-tropical (ZCIT). A zona de localização
do projecto, caracteriza-se por apresentar o clima sub húmido seco, onde a
precipitação média anual varia entre 900 a 1200 mm, sendo a média mensal de 40.2
mm e a temperatura média é de 22 ºC, sendo máxima absoluta de 31.2 ºC e minima
absoluta de 14.5ºC. A maior parte do territorio de Quissanga, que comprende quase
a totalidade dos Postos Administrativos de Quissanga Sede, Mahate e Bilibiza
apresenta uma temperatura média anual que oscila entre os 25 a 26 graus. A noroeste
de Quissanga Sede, numa faixa de pequena proporção, zona contigua ao distrito de
Macomia, a média anual é de 24 a 26 e no extremo mais a meridional de Bilibiza,
numa faixa de pequena dimensão a média é de 26 a 27 graus.
A pluviosidade varia do litoral para a região do interior do distrito, verificando-se uma
ligeira subida à medida que se caminha naquela direcção. Ao longo da faixa costeira
a média anual varia entre os 900 a 1000 mm, na região central, particularmente no PA
de Quissanga e no extremo Sudoeste do PA de Mahate a média anual é de 1000 a
1100 mm e finalmente numa faixa mais a setentrional - noroeste do PA de Quissanga
sede a média oscila entre 1100 a 1200 mm.
4.1.2. Ventos
De acordo com Impacto (2008), os ventos na região norte de Moçambique são
influenciados pelos sistemas de monções com ventos NE durante o verão e ventos de
SW durante o inverno. A análise do comportamento dos ventos na área entre os
distritos de Macomia e Palma, distinguem-se quatro períodos com características
determinantes durante os meses de Janeiro (meio da estação chuvosa), Abril, Julho
(meio da estação seca) e Setembro.
Em Janeiro, são registados ventos com direcção norte (27%), sendo dominantes os
ventos de noroeste (51%). Durante este mês, são comuns ventos com uma velocidade
média que varia entre os 5 e os 10 km/h (Impacto, 2008).
20
Ainda que, no mês de Abril os ventos são predominantemente de direcção Sul (59%)
e sudoeste (37%). Os ventos mais frequentes apresentam uma velocidade média que
varia entre os 10 e os 15 km/h.
Relatório da empresa Impacto (2008) reporta que, os ventos mais fortes registam-se
durante o mês de Julho, atingindo velocidades entre 15 e os 20 km/h, e no mês de
Setembro, os ventos apresentam uma direcção predominantemente de sudeste
(34%). Os ventos mais comuns registam velocidade entre 10 e 15 km/h.
4.1.3. Topografia
O distrito de Quissanga apresenta um relevo caracterizado por planícies e planaltos.
A altitude aumenta à medida que se desloca da costa para o interior, desde os 0 m,
alcançando cerca de 500 m acima do nível do mar.
As planícies costeiras da região são dissecadas por alguns rios que sobem da costa
para o interior, que gradualmente passa para um relevo mais dissecado com encostas
mais de clivosas intermédias, da zona sub planaltica de transição para a zona litoral.
A larga maioria do território de Quissanga apresenta um relevo predominantemente
de planicie, entre os 100 e 200 m, com dominância de planícies costeiras dissecadas,
e mais ao interior, a noroeste do PA de Quissanga sede - fronteira com Macomia – e
a sul de Bilibiza e Mahate apresentam um relevo caracterizado por encostas
declivosas intermédias - zona subplanaltica – com a elevação de 200 a cerca de 500
m Relevo.
4.1.4. Batimetria
A batimetria do litoral das Ilhas do Arquipélago das Quirimbas, é caracterizada por não
apresentar grandes variações de profundidade, apresentando valores que variam de
90 m a 400 m de profundidade. Esta variação da profundidade do mar é descrita por
ser responsável pelo efeito de difracção das ondas ao longo de todo o litoral. Este
fenómeno é extremamente importante pois reduz o impacto da velocidade de
propagação e de oscilação das ondas do mar. Uma das grandes particularidades da
zona costeira até o banco de São Lázaro, que constitui um monte “ilha” no fundo do
mar (FAO, 1995, Plano de Maneio 2012-2021).
4.1.5. Ciclones e Nível do Oceano
Em termos de tendências de ciclones na área, a região norte de Moçambique segue
a tendência do resto do país onde a maioria da população vive ao longo da costa.
Estas áreas são constituídas maioritariamente por terras baixas, caracterizadas por
ecossistemas arenosos, estuários e mangais. A sobrevivência das comunidades
basicamente depende da pesca de pequena escala e agricultura de subsistência.
21
As infra-estruturas são precárias e ou mesmo inexistentes. Estas condições significam
alta vulnerabilidade tanto de pessoas como de paisagens a ciclones tropicais e
elevação do nível de oceanos (INGC, 2009). O relatório da INGC (2009), relata ainda
que do total de 56 ciclones tropicais que entraram através do canal de Moçambique,
total de 4 atingiu toda a região norte, causando destruição das infra-estruturas e
desalojamento da população.
O modelamento de cenários de ciclones mostra que devido ao fenómeno de
mudanças climáticas, há indicações de que haverá na região aumento da frequência
e intensidade dos ciclones ao longo do Oceano Indico. Em termos de nível do oceano,
para além do que já se verifica, há previsão de verificação de episódios repetidos e
frequentes de inundações, e o SLR previsto é de 30cm, algumas ilhas poderão sofrer
grandes impactos ou mesmos sujeitos ao desaparecimento, acumulando com efeitos
directos de ciclones, a erosão resultante ao longo da costa atingirá cerca de 500 m.
Portanto, aspectos ligados ao desenvolvimento socioeconómico ao longo da costa
demanda adaptação às mudanças climáticas.
Durante a época quente e chuvosa, a zona Norte do país, sofre frequentemente a
influência de ciclones da ilha de Madagáscar e do canal de Moçambique. E pelos
registos existentes, a zona do distrito de Quissanga não é propensa a ciclones.
4.1.6. Marés
As marés são oscilações verticais do nível das águas. A origem das marés é
astronómica e resulta das atracções gravitacionais exercidas sobre o conjunto dos
oceanos pela Lua e pelo Sol. Esta atracção pode provocar as chamadas ondas de
maré e correntes de maré. A preia-mar e a baixa-mar de águas vivas e de águas
mortas registam-se quando a Lua e o Sol se encontram em conjuntura e quadratura,
respectivamente. As marés vivas alternam-se com as mortas durante o ciclo lunar de
28 dias. As marés ao longo de toda a costa moçambicana são semi-diúrnas com
amplitude de ondas entre 2 e 6,5 metros. Uma das maiores amplitudes na costa
africana ocorre na Beira (6,3m) e está relacionada com a longa plataforma continental
(140 km de largura) pouco profunda neste ponto. As marés ao longo da costa,
incluindo a região que abrange o projecto, apresentam oscilações características
associadas a configuração da costa, estas, tem grande influência a todos aspectos
sociais e ecológicos, por exemplo, todas as actividades, movimentações dependem
extremamente do padrão e comportamento das marés na região.
Em Pemba o registo de maior amplitude média de onda durante a maré alta é de 4 m,
enquanto que a amplitude da onda para a maré baixa é 2,8 m.
4.1.7. Solos
O distrito de Quissanga apresenta uma diversidade de tipos de solos, ocorrendo ao
todo 11 principais agrupamentos de solos, nomeadamente solos arenosos
amarelados, solos arenosos não especificados, solos argilosos castanho acizentados,
22
solos de aluviões estratificados de textura grossa, solos de dunas costeiras, solos de
mananga com cobertura arenosa de espessura variada, solos de sedimentos marinho
estuarinos, solos líticos, solos pouco profundos sobre rocha calcaria, solos pouco
profundos sobre rocha não calcária e solos vermelhos de textura média amarelados.
Especificamente na área de implatação da Ponte-Cais ocorrem os solos de dunas
costeiras e solos líticos.
4.2. Caracterização Biótica
4.2.1. Vegetação
O distrito de Quissanga apresenta 8 tipos florestais incluíndo outras formações de
vegetação não florestais nomeadamente áreas agrícolas. A classificação florestal do
distrito obedece aos diferentes tipos, variando do mosaico de diversas fáceis da série
dos miombos de tipo caducifólio tardio, agricultura, mosaico de miombos tipico e
savanas, mosaico de savanas climácicas e formações arbustivas, formações
arbustivas sub-litorais (em plataforma e alcantilados calcários ou em areais arenosas),
mangal, zonas limosas e saladares na região itermareal e paisagem antroporizada.
A seguir se descrevem algumas das caracteristicas das formações vegetais deste
acima identificadas.
Agricultura - representam áreas submetidas a uma forte exploração agrícola que tem
modificado drasticamente as características do habitat original. Localmente podem
manter formações de matagal ou bosques que representam etapas de sucessão
ecológica, terras em abandono, associado às próprias práticas agrícolas. Os tipos de
cultivo incluem a mandioca, milho e mapira e hortícolas.
Mosaico de miombos tipico e savanas - Formação exclusiva de Moçambique sobre
solos rochosos ou cinzentos procedentes da decomposição de complexo granítico-
gnéissico encontra-se maioritariamente na área correspondente ao zócalo paleozóico
da Província de Cabo Delgado. Geralmente nesta unidade vegetal, há alternância de
miombos pouco cerrados de brachystegia spp. e Julbernardia globiflora com savanas
ou bosques abertos de Acácia spp., Cássia spp., Sterculia spp., etc. Um aspecto
essencial para diferenciar as savanas e os tipos de miombos deriva do estrato
herbáceo. O miombo, embora seja claro, o estrato superior, arbóreo, cujas copas não
tem que estar necessariamente travadas, deve ser o suficiente denso como para
determinar um estrato herbáceo diferente das savanas (GENTINSA/AECI 1996).
Mosaico de savanas climaticas e formações arbustivas - Trata-se de paisagens
abertas sobre materiais arenosos ou areno-argiloso, constituído por bosques
alterados e aclarados, com cobertura de 10-40% ou matagais de substituição com
árvores entre 3-7 metros. O dossel arbóreo é nitidamente descontínuo, com árvores
de copa pouco apertada e que deixam entre uns e outros espaços abertos,
frequentemente como consequência de acção antrópica. Fisionomicamente se
reconhece uma savana onde dominam as Leguminosas (Acácias spp. – mauexe,
23
mekaja, Cássia spp.) e na que as combretáceas cumprem um importantíssimo papel
como pioneiras na recuperação das “machambas” abandonadas. A árvore que
alcança maior altura é a Adansonia digitata (embondeiro), em especial nas
proximidades do litoral.
Paisagem antroporizada - correspondem a zonas agrícolas, cultivos arbóreos e
habitats transformados pelo homem no distrito.
Formações arbustivas sub-litorais(em plataforma e alcantilados calcários ou em areais
arenosas) - caracteriza-se por apresentar bosques alterados e aclarados, com
cobertura de 10 a 40% ou matagais de substituição com árvores entre 3 a 7 metros.
A brisa marinha condiciona a fisionomia da formação, ao mesmo tempo que ocasiona
um stress hídrico que explica a frequência de certas soluções adaptativas:
Crasulência, redução das folhas, estreitamento do período assimilador, escassamente
estratificadas, das que sobressaem pela sua altura os embondeiros. As espécies
características variam em função da natureza do substrato: sobre materiais arenosos,
com ou sem argila, se desenvolvem matorrais caducifólios que correspondem a
paisagens de arbustos e pequenas árvores de 3-7 m de altura, muito intrincadas,
sobre as que destacam algumas árvores formando um dossel superior de baixa
densidade: Andosonia digitata, Sterculia appendiculata (metil)., Hymenaea verrucosa.
Mangal - são bosques estruturados em bandas que responde as peculiaridades
ecológicas do litoral (profundidade de água, gradiente de salinidade, dinâmica
intermareal, etc). Estão constituídos por um número reduzido de espécies que
apresentam soluções adaptativas muito originais. A composição específica é silmilar
á da província, podendo se encontrar espécies como Avicennia marina (mucho),
Lummitzera racemosa, Ceriops tagal (Ncandala), Rhizophora mucronata (Ntundo) ,
Xilocarpus granatum e Sonneratia alba. Em termos de zoneamento, normalmente há
uma primeira banda alta constituída maioritariamente por Sonneratia alba e na que
aparecem alguns exemplares de Avicennia marina, segue uma zona de maior
diversidade (Rhizophora mucronata, Ceriops tagal, Bruguiera gymnorhiza
(mussemaci), Lunmitzena racemosa, Avicennia marina, Xylocarpus granatum) que é
substituída nas áreas mais salinas e limosas por formações puras de Avicennia
marinha ou por Chenopodiaceas.
4.2.2. Fauna terrestre
A ocorrência de espécies faunísticas de grande e médio portes, limitam-se apenas no
continente, contudo no interior sobre tudo na região mais a norte de Quissanga
especificamente em Macomia é reconhecido por acomodar maior diversidade de
espécies faunísticas terrestres principalmente ao longo do rio Messalo.
24
Tabela 3. Espécies faunísticas que ocorrem na área do projecto.
NOME LOCAL NOME CIENTÍFICO
Cabrito cinzento Sylyicapra grimmia
Elefante Laxodontus africanos
Mabecos (Cão-Selvagem) Lycaon pictus
Porco-selvagem Potamocherus porcus
Mangul ou cabrito vermelho Cephalophus natalensis
Pala-pala Hipppotragus niger
Chango Redunca arundium
Macacos-Cão cinzento Papio ursinus
Fonte: Clark & Begg, 2010
Ocorrem igualmente répteis, com particular destaque a serpentes, Naja melanoceuca
e Dasypeltis medici e roedores, principalmente o Rattus rattus. Para além de espécies
de morcegos. A grande heterogeneidade de ecossistemas no PNQ resulta numa
grande variedade de espécies de aves, desde típicas de espaços intertidais, mangal,
pradarias, corpos de água interiores/terras húmidas, ilhas, matas de regeneração,
matas de miombo, florestas cultivados e ambientes aquáticos. A maior concentração
de aves regista-se nos lagos e rios com água permanente, nas florestas e outras
matas associadas a rios.
4.2.3. Fauna marinha
Os recursos marinhos são relativamente ricos, verificando-se uma abundância de
espécies de peixe de elevado valor comercial, destacando-se o camarão, polvo, lula,
caranguejo e inúmeros mariscos. De realçar por diversas espécies de peixes:
carapau, garoupas, pescadinha, peixe vermelho, peixe ladrão; camarão, lagostas,
polvo e diversas espécies de crustáceos.
Nos bancos de areia, entre o continente e as ilhas ocorrem espécies como golfinhos
Tursiops truncantus, Sousa chinensis, que ocorrem sazonalmente em movimentos
ascendentes e descendentes nas suas rotas migratórias. Há registo de existência de
tartarugas marinhas, destacando-se Eretmochelys imbrica, Caretta caretta,
Lepidochelys olivacia e Dermochelys coriacea. Uma diversidade de crustáceos
abunda na área de influência do projecto como Palunirus homarus, Palunirus
versicolor, Portunus pelagicus, Alphos lotteni, Atergatis floridus, Chanthamalus
dentatus, Matuta Spp, Ocypode ceratophthaalmus, Ocipodi ryderi, Stenopus hispidus,
Trapezia spp, entre outros.
4.3. Caracterização Socioeconómica
Segundo os resultados do III Recenseamento Geral da População e Habitação de
2007, o distrito de Quissanga contava com 37.771 habitantes, espalhadas numa
superficie de 2.150 km², o que resulta numa densidade populacional de 18.6 ha/Km²,
representando 2.7% do total da população da Provincia. Contudo, dados mais
25
actualizados (2012), apontavam para uma população estimada em 39.928 hab, o que
se traduz num incremento de cerca de 2.157 hab, num espaço de 5 anos.
A população do Distrito de Quissanga encontra-se organizada em postos
administrativos, localidades, aldeias. povoados, bairros e quarteirões.
Tabela 4. Distribuição da População de Quissanga, Por Posto Administrativo
DISTRITO DE QUISSANG A TOTAL HOMENS MULHERES
PA Quissanga-sede 4.513 2.134 2.379
Localidade de Quissanga- Sede 4.513 2.134 2.379
PA Mahate 19.870 9.663 10.207
Localidade de Mahate- Sede 13.554 6.599 6.955
PA Bilibiza 13.388 6.431 6.957
Localidade de Bilibiza 6.650 3.229 3.421
Fonte: INE, 2007.
Mais de 90% das famílias dependem da actividade agrícola que é praticada em
moldes de subsistência com uma pesada dependência das condições climáticas
naturais para o sucesso das campanhas agrícolas. Os instrumentos mais usados são
as enxadas de cabo curto, catanas e machados.
As principais culturas alimentares praticadas no distrito são os cereais, leguminosas,
oleaginosas, raizes, tuberculos e cucurbitaceas. As culturas de rendimento fazem
parte da produção agricola do distrito, sendo a mais destacada o gergelim.
O distrito de Quissanga encontra-se localizado numa zona privilegiada para o
desenvolvimento da actividade piscatória, pois possui uma orla marítima extensa, uma
rede hidrográfica, lacustre e marinha bastante significativas, se comparado com outros
distritos da província, sobretudo os situados no interior.
A actividade piscatória neste distrito constitui uma das formas que parte da população,
principalmente a que vive no litoral desenvolve para garantir a segurança alimentar e
nutricional. Através da comercialização do pescado as comunidades locais obtêm
bens e produtos necessários para as suas vidas.
Os recursos marinhos deste distrito são relativamente ricos, verificando-se uma
abundância de espécies de peixe de elevado valor comercial, para além do camarão,
polvo, lula, caranguejo e mariscos. Esta riqueza marinha ao largo de Quissanga deve-
se, em parte, às grandes extensões de mangal, locais de reprodução para algumas
destas espécies, e à ausência da pesca industrial.
O distrito de Quissanga possui um potencial para o desenvolvimento da actividade
turística, sobretudo por estar inserido no Parque Nacional das Quirimbas, uma área
de conservação que por si só constitui uma grande atracção turística, dadas as
potencialidades em recursos florestais e faunisticas peculiares, tudo isso aliado com
os rios, lindas praias e ainda um património histórico/cultural das suas terras e
populações. Não obstante o distrito de Quissanga apresentar um forte potencial para
a exploração turistica nas suas variadas vertentes, o cenário afigura-se bastante
26
desiquilibrado, uma vez que, o distrito conta actualmente com 3 estabelecimentos de
alojamento com aproximadamente 30 camas. Estes dados são indicativo de que o
governo local junto ao sector privado deverão empreender um enorme esforço com
vista a reverter a actual situação prevalecente da falta de estabelecimentos de
alojamento, de modo a catapultar nos próximos anos as potencialidades turisticas
existentes.
5. POTENCIAIS IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS E MEDIDAS DE MITIGAÇÃO
A interferência da Ponte Cais de Tandanhangue vai resultar em impactos que serão
classificados em negativos ou positivos. A presente secção aborda impactos e
identifica as respectivas medidas de mitigação.
As tabelas abaixo reflectem os potenciais impactos e as medidas de mitigação durante
as diferentes fases se construção da ponte cais de Tandanhangue, no entanto os
detalhes das medidas de mitigação se encontram no Anexo I.
5.1. Potenciais Impactos Ambientais e Medidas de Mitigação
A Tabela 5, Tabela 6, e Tabela 7 a baixo identificam os potenciais impactos e as
medidas de mitigação durante as diferentes fases planeamento da Ponte-Cais de
Tandanhangue. No entanto no Anexo I, encontram-se descritas os detalhes das
medidas de mitigação no que concerne as aspectos específicos ambientais: G –
Visual; H – Ruído; J - Solos, Uso de Terra e Aptidão dos Solos; K - Qualidade do Ar;
L - Geologia e Topografia; M - Uso da Água e Resíduos Sólidos; e N – Biodiversidade.
5.1.1. Fase de Planeamento
Tabela 5. Potenciais Impactos Ambientais e Medidas de Mitigação na fase de planeamento.
Impacto/Riscos Medidas de Mitigação/Detalhes
Responsabilidade de Execução
Período de Execução
O planeamento e desenvolvimento do projecto não está de acordo as normas e procedimentos afectando assim negativamente a componente ambiental do local
- Necessidade de enquadrar os desenhos ao ambiente e biodiversidade local. - Escolha de materiais adequados ao ambiente local. - Projecto executivo, desenhos técnicos e estudo ambiental, contratação da empreitada observão normas e procedimentos
ANAC DPTC
Fase de elaboração e aprovação do projecto executivo
Degradação dos solos
- Estudos topográficos do terreno são levados a cabo. - Mapas da área do projecto são suficientemente detalhados para melhor informação e tomada de decissão na fase de contrução.
ANAC Fase de implantacao do projecto executivo na área de execução
Conflitos sóciais com as comunidades locais
- Consulta pública sobre a terra e engajamento com as comunidades.
DPTC Fase de planeamento com
27
- Prevençao de prováveis conflitos de terra na área do projecto a transparência e participação dos processos de consulta.
verificações trimestrais
Danos ambientais causados devido a falta de informação suficiente
- Estudo do Impacto Ambiental são levados a cabo para minimizar, mitigar, restaurar e compensar pontecias impactos na área do projecto.
ANAC Fase de Planeamentoe Fase de Construção
Opinião pública não a favor da construção da Ponte-Cais de Tandanhangue.
- Informação pública relevante sobre o projecto é divulgada a todas as partes afectadas e interessadas; - Todos intervinientes são informados sobre o decurso do projecto. - Comunicação e divulgação do projecto mensal
DPTC Mensal
5.1.2. Fase de construção
Trabalhos preliminares (Montagem de Estaleiro)
Uma das fases preliminares do trabalho na zona de implantação da Ponte Cais de
Tandanhangue consistirá na escolha e montagem do estaleiro de operação.
Remoção da cobertura vegetal - depois de ter identificado o local de implantação do
estaleiro, correrá o processo de remoção da cobertura vegetal que vai ser
caracterizada por um movimento de maquinaria como pás escavadoras, Buldózer, etc.
afectando o habitat natural local com consequente impactos negativos ao ambiente,
fauna e flora localizados. Assim, podemos destarcar os seguinte principais impactos
negativos resultantes desta acção:
A abertura de acessos temporários para o movimento de maquinas e pessoal
da obra irá resultar na compactação dos solos, ruídos, derrame de óleos
resultantes dos veículos e máquinas, poeiras, interferência com os habitas
naturais, perturbações visuais, etc.Estes impactos podem ocorrer no processo
de preparação, contudo, o empreiteiro tem instruções para optar por locais de
que resultem em mínimos de impactos. Relativamente a criação de camaras
receptores do material resultante da desmatação e remoção do material vegetal
será feita um replatio da vegetação nativa após a conclusão da construção.
Armazenamento de equipamentos e materiais e poluição por resíduos sólidos -
Os materiais e os equipamentos armazenados deverão obedecer a técnica de stocks,
havendo necessariamente a marcação de cada categoria de materiais. Serão usados
depósitos separados de acordo com o tipo de lixo e medidas de reciclagem serão
implementadas.
28
Poluição sonora - Durante a construção prevê-se o uso de maquinaria e veículos
automóveis na área afectada, nomeadamente retroescavadora, camiões basculantes
e betoneira. A localização da aldeia de Tandanhangue, não impacta com a quantidade
de decibéis toleráveis ao ouvido humano de acordo com as directrizes da OMS, visto
que ela se localiza a mais de um quilómetro do local das obras. Pelo que, o Empreiteiro
activará um plano de uso de maquinaria e operações de alta intensidade sonora
(através de aviso prévio) em coordenação com as autoridades.
Tabela 6. Potenciais impactos ambientais e medidas de mitigação na fase de construção.
Impacto/Riscos Medidas de Mitigação/Detalhes
Responsabilidade de Execução
Período de Execução
Perda da biodiversidade floral e macrofauna do solo e aumento da susceptibilidade a erosão
- Desmatar apenas as áreas da implantação da obra; - Guardar a terra removida para posterior utilização na recuperação da paisagem;
- Empreiteiro (oficial de higiene e segurança no trabalho) - Fiscal de obras - Salvaguardas
(Maio, Junho) 2016
Perda de habitats sensíveis
- Escolha adequada do local para implantação do estaleiro onde o impacto na paisagem será minímo
Empreiteiro (oficial de higiene e segurança no trabalho) - Fiscal de obras - Salvaguardas
(Maio, Junho) 2016
Fragmentação de habitats
- Evitar abrir várias trilhas que sirvam para mesmos fins
Empreiteiro (oficial de higiene e segurança no trabalho) -Fiscal de obras -Salvaguardas
Agosto 2016 – Junho 2017 (contínuo)
Perda da capacidade de infiltração da água no solo.
- Minimizar a circulação de veículos muito pesados.
Empreiteiro (oficial de higiene e segurança no trabalho) -Fiscal de obras -Salvaguardas
Agosto 2016 – Junho 2017 (contínuo)
Distúrbio dos locais de nidificação de aves e potencial Afugentamento da fauna devido a ruídos provocados pela maquinária
- Limitar as horas de modo a evitar ruídos e vibrações nocturnas - Usar equipamentos que produzão e façam menos ruídos e vibração, respectivamente.
Empreiteiro (oficial de higiene e segurança no trabalho) -Fiscal de obras -Salvaguardas
Agosto 2016 – Junho 2017 (contínuo)
Poluição marinha - Evitar derramar combustíveis e outras substâncias nocivas ao mar
Empreiteiro (oficial de higiene e segurança no trabalho) -Fiscal de obras -Especialista de Salvaguardas do MozBio
Agosto 2016 – Junho 2017 (contínuo)
29
Desmatamento da floresta de mangal e diminuição das espécies associadas.
- Minimizar interferência com o mangal obedecendo rigidamente o traçado da infra-estrutura
Empreiteiro (oficial de higiene e segurança no trabalho) -Fiscal de obras - Especialista de Salvaguardas do MozBio
Agosto 2016 – Junho 2017 (contínuo)
Poluição e degradação do habitat marinho resultante da deposição de resíduos sólidos e efluentes (restos de madeira, cimento, betão, etc.)
- Recolher os resíduos sólidos e colocar em sacos prórpios no fim de cada jornada laboral - Depositar os resíduos no aterro, quando possível. - Reaproveitamento do material.
Empreiteiro (oficial de higiene e segurança no trabalho) -Fiscal de obras - Especialista de Salvaguardas do MozBio
Agosto 2016 – Junho 2017 (contínuo)
Manuseio ilicíto de maquinária e produtos perigosos causando incidentes ambientais graves na área do projecto.
Criação de vedação na área de influência directa do empreendimento evitando a entrada de pessoal não autorizado que possa sujeitar a riscos
Empreiteiro (oficial de higiene e segurança no trabalho) -Fiscal de obras - Especialista de Salvaguardas do Mozbio
Agosto 2016 – Junho 2017 (contínuo)
Redução da qualidade do ar
Redução da emissão de poeiras e poluentes provenientes dos gazes de escape através de manutenção regular da maquinaria.
Empreiteiro (oficial de higiene e segurança no trabalho) -Fiscal de obras - Especialista de Salvaguardas do MozBio
Agosto 2016 – Junho 2017 (contínuo)
5.1.3. Fase de Operação
Tabela 7. Potenciais impactos ambientais e medidas de mitigação na fase de operação.
Impacto/Riscos Medidas de Mitigação/Detalhes
Responsabilidade de Execução
Período de Execução
Poluição e contaminação dos solos
- Proceder com a recolha para reciclagem de todo material usado. - Separar o lixo tóxico do doméstico - Transporte seguro do lixo para fora da AC
Administração PNQ Oficiais de Salvaguardas
No final da obra
30
5.2. Potenciais Impactos Sociais e Medidas de Mitigação
Na componente social existe potenciais impactos que derivam do trabalho com solo,
vegetação, recursos marinhos, poluição bem como dos impactos na Saúde e
Segurança Ocupacional, que foram abordados detalhadamente na componente
ambiental, mas que aqui serão revisitados no âmbito da mitigação social, ilustrando
os ganhos e perdas das partes interessadas e afectadas pela Ponte-Cais. Mais além,
no Anexo I encontram-se descritos mais detalhes das medidas de mitigação: A –
Administração; B - Estaleiro e acesso ao local; C - Treinamento e Consciêncialização;
D – Socioeconomia; E - Segurança e Saúde no Trabalho; F - Património e Cultura; e
I – Tráfego.
5.2.1. Fase de Planeamento
Ocupação da Terra
A área de construção da Ponte-Cais não apresenta parcelas ocupadas pois constituí
uma zona inóspita para habitação, zona inter-marés e aquática. Portanto a construção
da Ponte-Cais não implicará o reassentamento involuntário das comunidades locais.
Assim, o projecto apenas poderá interferir com a parte marinha do canal de acesso
ao mar aberto e o ponto de carga e descarga de passageiros e pescado.
Compensação derivada de impedimento de exercício da actividade da renda
familiar
Durante a fase de construção assim como na operacional não haverá perturbação
das actividades geradoras de renda e de sustento da comunidade, a Ponte Cais
percorre o perímetro interior do mangal, deixando o canal livre para as comunidades
desenvolverem as suas actividades quotidianas com normalidade, não havendo a
necessidade compensatória face ao lucro cessante.
Acessibilidade e Segurança Pedonal
No projecto executivo será incluído o parapeito para os peões, facilidade de rampa na
entrada da ponte assim como nos barcos atracados será adequada as necessidades
operacionais dos passageiros. Os sinais reflectores laterais e passadeiras, com a
respectiva divisão de áreas de carga geral e corredores pedonais estão previstas. Na
fase operacional um fiscal será indigitado para o controle e implementação de todas
as medidas de segurança pedonal.
Plano de Segurança Face ao Trafego Rodoviário
A quantidade de veículos previstos no projecto é mínima, são três camiões de 15t,
previstos para o serviço de apoio e logística das obras da Ponte Cais. A zona tem uma
circulação média diária de 10 viaturas de transporte de passageiros a uma velocidade
média de 30km/h e é classificada como área classificada como área Zero em
acidentes rodoviários.
31
Medidas de restrição de velocidades, treinamento dos motoristas da obra em
condução defensiva e treinamento da comunidade para obediência da sinalização
provisória na passagem dos camiões da logística nas entradas e saidas das aldeias
bem como na chegada da área da ponte serão medidas a activar pelo empreiteiro.
Requere-se por outro lado a colocação de sinais provisórios de estrada, visando a
redução de marcha, zonas de manobras, travessia de peões, escolas e anúncio do
horário da circulação, durante a fase de construção da ponte cais.
5.2.2. Fase de Construção
Exploração do mangal como biomassa
A floresta local predominante é o mangal, o PNQ assim como as comunidades
residentes tiverão as respectivas campanhas de sensibilização e protecção do
mangal. O empreiteiro terá a posse do Plano de Maneio no qual medidas de protecção
estão bem definidas. Durante as obras da Ponte-Cais, serão vedados alguns carreiros
interiores do mangal, como parte de prevenção dos acidentes. O Empreiteiro abrirá
novos acessos ao mangal para o uso quotidiano da comunidade.
No contexto social do sustento da mão-de-obra da construção da ponte cais, deverá
ser vedado o corte de mangal para o uso como energia de biomassa e estacas de
construção ao serviço da Ponte-Cais. Todas as necessidades de energia biomassa e
de material vegetal para uso durante as obras será obtido de outras zonas declaradas
e autorizadas para efeito. O empreiteiro garantirá o cumprimento desta medida sob
supervisão do PNQ e dos Especialistas das Salvaguardas Sociais e Ambientais.
Acesso e atracagem de barcos durante as obras
Na área da implantação da ponte não pode afectar o movimento diário dos barcos da
escala de passageiros e de pescadores. O actual ponto de acostagem dos barcos
continuará em uso pelos utentes durante as obras. O Empreiteiro deverá colocar uma
sinalização e letreiros luminosos adequados para facilitação de embarque e
desembarque de passageiros dentro do perímetro afectado pela infra-estrutura,
garantindo a navegabilidade a qualquer momento do dia, de acordo com a
periodicidade das marés, merecendo a demarcação de um espaço de acostagem
prioritária para o Barco Ambulância, que opera nas emergências inter-hospitalar de
Ibo, Quissanga e Pemba.
Recursos marinhos
A pesca e colecta de mariscos na área do canal, continuará a ser feita sem restrições.
As mulheres e crianças é o grupo afectado por esta actividade e vão continuar a usar
o actual troço como acesso ao mar aberto no período de maré vazia para apanha de
mariscos sem nenhuma limitação. Faixas indicativas do percurso da ida e volta da
faina serão feitas pelo empreiteiro de modo a não interferir na zona das obras.
32
Saúde e Segurança Ocupacional
Proliferação de DTS e HIV/SIDA devido ao aumento do numero de trabalhadores
sazonais da zona
O Pessoal afecto à obra apresentará um plano de mitigação de HIV-Sida na Empresa
de acordo com a legislação vigente. Este plano será discutido e avaliado numa base
trimestral. A Administração do PNQ e as estruturas de Saúde do Distrito de
Quissanga, farão o devido acompanhamento, palestras e campanhas de
sensibilização periódicas dentro da Estratégia Nacional do Combate de HIV-Sida e
quadro legislativo Nacional. O empreiteiro assumirá a operacionalização desta
campanha, suportando as despesas de deslocação do técnico de saúde e
disponibilização de preservativo.
Incidência de doenças de transmissão sexual
Durante os trabalhos da construção e derivada da vinda da mão-de-obra migratória,
prevê-se uma subida de casos de doenças sexualmente transmissíveis, as medidas
mitigatórias incluem a construção e melhoramento dos sanitários e a respectiva
separação entre homens e mulheres, as campanhas de sensibilização e prevenção e
um controlo e monitoramento por parte das entidades da saúde da zona. A empresa
facilitará este processo a nível dos seus colaboradores.
Proliferação de malária entre os trabalhadores envolvidos na construção
A zona das obras da ponte é endémica a malaria e ocasionalmente registaram-se
casos de Dengue em 1983 e 2014, segundo as autoridades sanitárias locais. Para a
fase das construções e prevendo que as obras continuam no período chuvoso, as
medidas de combate a malaria serão implementadas na totalidade tais como: uso de
redes mosquiteiras, repelentes anti maláricos e limpeza e tratamento dos focos de
disseminação de mosquitos serão implementados adequadamente seguindo
estritamente a política nacional de combate a málaria. Esta campanha será extensiva
a comunidade residente na aldeia.
Risco de contaminação de doenças transmissíveis através de água
O nível do lençol freático é alto em Tandanhangue e foram registados casos de cólera
com uma incidência periódica, todas medidas relativas uso e consumo de agua
potável são necessárias à sua implementação nomeadamente filtros, cloro, “certeza”
e outros purificadores de água dentro das medidas previstas e aprovadas pela OMS.
As campanhas de sensibilização, saneamento básico e construção de latrinas
melhoradas também serão activadas e extensivas aos moradores da aldeia de
Tandanhangue.
Possibilidade de ocorrência de sobrepesa por parte de alguns trabalhadores e
comunidade local.
Na fase da construção será mobilizada a mão-de-obra emigrante com crescente
necessidade alimentar e sustento indirecto dos seus dependentes. Existem medidas
previstas no âmbito da implementação do Plano de Maneio, os fiscais vão garantir o
cumprimento das quotas de pesca estabelecidas, evitando a sobrepesa.
33
Toda actividade de pesca, por parte dos trabalhadores afectos a obra, será vedada,
podendo estes adquirir os produtos marinhos através da comunidade piscatória local
devidamente licenciada. Por outro lado, deve ser sensibilizada a comunidade local
para que a sua pesca ocorra dentro do esquema adoptado pélas medidas de gestão
do Parque Nacional das Quirimbas.
Acidentes de trabalho ou fatalidades durante as obras de construção
A obra representa algum risco moderado sobre as pessoas afectadas pela construção
da mesma e com um risco baixo para visitantes e comunidade local, medidas
mitigatórias estão inclusas na legislação laboral, no Regulamento das Empreitadas da
construção Civil e Obras Públicas e na Segurança Social. Todas as medidas de
protecção previstas são de cumprimento obrigatório bem como o uso de equipamento
de protecção do pessoal aprovado pélas Directrizes de Higiene e Segurança no
Trabalho.
Riscos de explosões, incêndios associados ao uso e armazenamento de materiais
inflamáveis
Dentre os materiais solicitados pela empreitada, para a construção, se prevê material
inflamável susceptível de criar incêndio, nomeadamente combustíveis, material
lenhoso entre outros; uma separação e classificação dos stocks, extintores, quebra
fogos e pelo menos uma boca-de-incêndio serão activados pelo Empreiteiro como
medidas preventivas.
Uso de menores no trabalho e outras formas de exploração da mulher e criança
Estão vedadas todas as formas de exploração do trabalho infantil incluindo, a
violência, turismo e assédio sexual, por parte de todos os colaboradores afectos ao
projecto. Medidas especiais serão accionadas para combater qualquer atitude ou
suspeita de casos de género, o cumprimento da legislação nacional relativa a matéria
é de caracter obrigatório
No tocante ao trabalho será valorizada a equidade do género, no contexto de trabalho
igual e salario e responsabilidade igual, sem descriminação do género respeitando-se
a idade mínima de ingresso ao trabalho e a etapa de aprendizagem aprovados na
legislação nacional.
5.2.3. Respeito pela cultura e tradições da comunidade local
A zona da obra, segue as tradições culturais islâmica, a equipa de Salvaguardas
Sociais e Ambientais vai facilitar o processo de indução do Empreiteiro, de acordo
com as normas socio culturais vigentes, e sempre haverá lugar a negociação com as
autoridades religiosas e administrativas locais no tocante a indumentária, horários de
trabalhos, sazonalidade, eventos socio religiosos e usos e costumes de acordo com
as recomendações do Quadro de Gestão Ambiental e Social aprovado pelo projecto
MozBio.
34
5.2.4. Operação
Melhoramento da qualidade de vida da comunidade do Parque Nacional das
Quirimbas
O projecto da Ponte Cais tem uma finalidade de melhoramento da qualidade da vida
das comunidades locais, vai incrementar a renda familiar e criar postos de emprego
para a mão-de-obra especializada e não especializada local.
Para um bom alcance, dos propósitos da ponte incluindo a impulsão da economia
local, será incentivada pelo Projecto, a aquisição dos serviços básicos localmente,
como géneros alimentícios, culinária local, rede de transportes locais, dormitórios e
armazenamento específico, actividades de lazer e desporto.
6. MECANISMO DE QUEIXAS E RECLAMAÇÕES
A ANAC estabelecerá um mecanismo de reclamação formal através do qual as
pessoas afectadas, podem apresentar uma queixa e garantir a rápida resolução, a
equipa dos salvaguardas baseada na Anac, fará o acompanhamento de todas as
queixas e reclamações observadas no âmbito da implementação do projecto da
Ponte.
O PNQ, a entidade subordinada da ANAC, a nível local manterá um "Registo de
Reclamações " no local. O registo da queixa deve conter:
a) os detalhes de contacto do queixoso e informações sobre a denúncia em si;
b) as investigações e respostas fornecidas;
c) as medidas tomadas pela entidade gestora do projecto;
c) as acções de seguimento necessárias;
d) as comunicações internas efectuada face as reclamações e as soluções;
Em todas as situações de queixas o Projecto MozBio é obrigado a investigar a queixa
e resolve-la internamente aplicando o Manual do Quadro do Processo Participativo
em uso no Projecto.
35
7. INDICADORES DE MONITORIA
O monitoramento ambiental e social durante a fase de construção será levado a cabo como forma de garantir a implementação das
medidas de mitigação, bem como detectar e responder a questões não previstas no presente PGAS. A tabela abaixo apresenta os
indicadores de monitoria para a implementação das medidas de mitigação. Todos os indicadores serão monitorados pelo Fiscal da Obra,
com a supervisão periódica por parte da equipe de salvaguardas do MozBio.
7.1. Indicadores de Monitoria Ambiental Actividades Impacto Ambiental Monitoramento Cronograma Indicador Orçamento (MZN)
Edificação de estaleiro, implantação da obra
Produção de resíduos solidos
Verificação da recolha e maneio de lixo
Diária Quantidade de lixo adequadamente armazenado
100.000,00
Poluição do ar Retenção de poeiras, barreiras físicas, aspersão de água
Diária ..Quantidade de poeira dispersa no ar.
100.000,00
Erosão pluvial, marinha, eólica
Desmatacao e exposição de solos controladas, controle de circulação de veículos, reposição da vegetação.
Mensal
Area com reposição de solos e vegetação
200,000,00
Compactação dos solos Regular a movimentação de viaturas pesadas
Diário Capacidade de infiltração da água superficial
50.000,00
Interferência com vegetação
Sempre que possível evitar cortar o mangal, uso regular dos mesmos trilhos ou mesmo traçado
Diário Area desmatada e quantidade de novos trilhos
200.000,00
36
7.2. Monitoria de Impactos Sociais
Actividades Impacto Social Monitoramento Cronograma Indicador Orçamento
Edificação do estaleiro e
implantação da Ponte
Disputa de terra na área
prevista para o estaleiro
Avaliação do provável conflito de terra
da área sugerida para o estaleiro
Semestral Tamanho da área ocupada e
quantidade de operários
residentes
50.000,00
Exploração e Uso da
biomassa
Não se deve usar o mangal como
biomassa nem como estacas ao
serviço da ponte
Semanal Modelo de cozinha, tipo de
material vegetal em uso nas
obras
50.000,00
Construcao da Ponte Cais
Restrição de atracagem de
barcos da área afectada
Acesso livre de barcos para embarque
e desembarque de pessoas e bens
Diário Barcos ancorados e pessoas e
bens desembarcados
-
Restricao de acesso a
recursos marinhos
Pesca e colecta sem restrições
durante as obras
Diário Número de queixas pela
comunidade
-
Sobre Pesca Proibição de pesca ao pessoal afecto
a obra da Ponte;
Captura de pescadores ilegais pela
fiscalização
Diário Casos de incidência, sanções
aplicadas
100.000,00
Proliferação DTS, HIV,
Malaria e doenças derivados
de água
Campanha de sensibilização, controlo
e profilaxia adequada a casos
específicos
Mensal Reportagem de casos e
medidas de prevenção
250.000,00
Acidentes e fatalidades Aplicação das directrizes de Higiene e
Segurança no trabalho
Diário Número de acidentes e danos
humanos e materiais
-
37
8. PLANO DE MONITORIA DO CUMPRIMENTO DO PGA DA PONTE CAIS
DE TANDANHANGUE
Para o controlo do cumprimento das obrigações estabelecidas no presente PGA da
construção da Ponte Cais de Tandanhangue a equipe de Salvaguardas da entidade
contratante em conjunto com a equipe de Salvaguardas do Banco Mundial farão uma
supervisão contínua da qualidade ambiental da área de implementação do projecto.
O empreiteiro terá a obrigação de remeter a instituição contratante relatórios mensais
contendo toda informação sobre os progressos, nível de execução das obras e do
PGAS, sujeito a aprovação pela coordenação do Projecto MozBio.
Um Oficial de Higiene, Segurança e Ambiente será nomeado pelo empreiteiro e fará
o cumprimento das acções previstas neste PGAS e reportar aos Salvaguardas Sociais
e Ambientais mensalmente.
Todas as medidas sociais e ambientais não previstas neste Plano de Gestão
Ambiental e Social serão remetidos a legislação nacional vigente e ao Quadro Gestão
Ambiental e Social aprovado pelo Projecto MozBio.
38
9. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
O presente PGAS é referente a construção e operação da Ponte Cais de
Tandanhange, cujo projecto não apresenta impactos significativos que levem à sua
inviabilização.
Todos impactos biofísicos, socioeconómicos e de saúde e segurança ocupacional são
altamente mitigáveis e localizados. Por outro lado, a área possui um Plano de Maneio
aprovado a 31 de Dezembro de 2014, cuja implementação é monitorada pelo Parque
Nacional das Quirimbas.
O Plano de Maneio dispõe de práticas de gestão que garantem a preservação eficaz
dos recursos naturais e uso sustentável pelas comunidades locais.
Os potenciais impactos ambientais e sociais identificados neste projecto são
controlados através de medidas de mitigação, gestão e monitorização constantes
neste PGAS.
A responsabilidade de garantir a implementação das acções de gestão ambiental
formuladas no PGAS recai sobre ANAC, na qualidade de proponente da obra.
Revisitando todo o conteúdo do PGAS concluímos que o mesmo é aplicável as fases
de planeamento, construção e operação da Ponte, devendo cópias do mesmo ser
anexas aos documentos oficiosos do empreiteiro e partes afectadas e interessadas
pela infra-estrutura.
39
10. REFERÊNCIAS
Constituição da República de 2004 (aprovada pela Assembleia da República a 16
de Novembro)
Decreto 23/2008, de 1 de Julho: Regulamento da Lei de Ordenamento do
Território. Boletim da República, I Série – Número 26, de 1/06/2008.
Decreto n.º 11/2011, de 25 de Maio: Cria a Administração Nacional das Áreas de
Conservação. Boletim da República, I Série – Número 21, de 25/05/20011.
Decreto n.º 54/2015, de 31 de Dezembro: Regulamento sobre o Processo de
Avaliação de Impacto Ambiental. Boletim da República, I Série – Número 104, de
31/12/20015.
Decreto Presidencial n.º 3/2015, de 20 de Fevereiro de 2015: Cria a Comissão
Interministerial da Administração Pública, abreviadamente designada CIAP, e
revoga o Decreto Presidencial n.º 12/2008, de 20 de Dezembro. Boletim da
República, I Série – Número 15,
Directiva Geral para a Participação Pública no Processo de Avaliação de Impacto
Ambiental (Diploma Ministerial n.º 130/2006, de 19 de Julho)
Directiva Geral para Estudos do Impacto Ambiental (Diploma Ministerial n.º
129/2006, de 19 de Julho)
INE Instituto Nacional de Estatistica. 2007. Censo Populacional de 2007.
Moçambique.
Lei de Águas (Lei n.º 16/91, de 3 de Agosto)
Lei de Conservação (Lei 16/2014 de 20 de Junho)
Lei de Florestas e Fauna Bravia (Lei nº 10/99, de 7 de Julho) e
Lei de Ordenamento do Território (Lei n.º 19/2007, de 18 de Julho)
Lei de Pescas (Lei n.º 3/90, de 26 de Setembro)
Lei de Terras (Lei n.º 19/97, de 1 de Outubro) e Regulamento da Lei de Terras
(Decreto n.º 66/98, de 8 de Dezembro),
Lei do Ambiente (Lei nº 20/1997, de 1 de Outubro)
Lei do Trabalho (Lei n.º 8/98 de 10 de Julho)
Lei do Turismo (Lei nº 4/2004, de 17 de Junho)
Lei n.º 8/2003, de 19 de Maio de 2003: Boletim da República, I Série – Número 20,
de 19 de Maio de 2003.
Lei nº 16/2014, de 16 de Junho: Lei da Conservação. Boletim da República, I Série
– Número 50, de 20/06/2014.
Lei nº 20/1997, de 1 de Outubro: Lei do Ambiente. Boletim da República, I Série –
Número 40, de 7/10/2014.
Lei sobre a Protecção do Património Cultural (Lei n° 10/88 de 22 de Dezembro)
MAE Ministério da Administração Estatal. 2005. Perfil do Distrito de Mágoè,
Província de Tete. MAE, Moçambique.
40
Política de Conservação e Estratégia da Implementação (Resolução nº 63/2009,
de 2 de Novembro)
Política do Turismo e Estratégia da sua Implementação (Resolução n˚ 14/2003, de
4 de Abril)
Politica e Estratégia de Florestas e Fauna Bravia (Resolução n.º 8/97, de 1 de
Abril)
Política Nacional de Águas (Resolução nº 46/2007 de 30 de Outubro)
Política Nacional de Terra e a Estratégia de Implementação (Resolução nº
10/1995, de 17 de Outubro)
Política Nacional do Ambiente (Resolução no 05/1995 de 3 de Agosto)
Regulamento da Lei de Florestas e Fauna Bravia (Decreto nº 12/2002 de 6 de
Junho)
Regulamento da Lei de Ordenamento do Território (Decreto n.º 23/2008 de 1 de
Julho)
Regulamento sobre a Gestão de Resíduos (Decreto n.º 13 /2006, de 15 de Junho)
Regulamento sobre a Inspecção Ambiental (Decreto n.º 11/2006, de 15 de Julho)
Regulamento sobre o Processo de Auditoria Ambiental (Decreto nº 32/2003 de 12
de Agosto)
Regulamento sobre o Processo de Avaliação do Impacto Ambiental (Decreto
54/2015 de 31 de Dezembro)
Regulamento sobre Padrões de Qualidade Ambiental e de Emissão de Efluentes
(Decreto nº 18/2004, de 2 de Junho)
Resolução no 14/2003, de 4 de Abril: Política do Turismo e Estratégia de sua
Implementação. Boletim da República, I Série – Número 18, de 4/04/2003.
Resolução no 45/2006, de 26 de Dezembro: Estratégia de Marketing Turístico
2006-2013. Boletim da República, I Série – Número 51, de 26/12/2006.
41
Medidas de Mitigação e de Gestão
Aspectos Ambientais Fase do Projecto Responsabilidade
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A responsabilidade geral da gestão ambiental e seus custos associados a implementação do PGAS é da ANAC.
A ANAC deve garantir que todos os trabalhadores temporários ou permanentes, sub-empreteiros e empreteiros entendem, e estão cientes das obrigações e aderem ao PGAS.
O empreiteiro irá indicar um funcionário que estará directamente involvido nas actividades de construção e operação como Oficial de Saúde, Ambiente e Segurança Ocupacional (OSAC) .
O OSAC será responsável por assegurar o seguinte em relação ao PGAS: ■ Implementação contínua;
ANEXO I – Matriz Resumo Dos Impactos E Medidas De Mitigação
42
Medidas de Mitigação e de Gestão
Aspectos Ambientais Fase do Projecto Responsabilidade
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■ Monitoria interna semanal das actividades para asseguar o cumprimento;
■ Assegurar a educação ambiental de todos trabalhadores;
■ Implementar e corrigir acções que não estejam em conformidade; e
■ Reportar todos os acidentes ambientais observados no local na ficha de acidentes ambientais.
A ANAC será responsável por indicar um auditor ambiental independente externo para levar a cabo auditorias ambientais mensais para assegurar o cumprimento do PGAS, incluindo os aspectos ambientais mencionados acima.
O OSAC irá assegurar que os aspectos cumpridos e não
ANEXO I – Matriz Resumo Dos Impactos E Medidas De Mitigação
43
Medidas de Mitigação e de Gestão
Aspectos Ambientais Fase do Projecto Responsabilidade
Ge
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cumpridos, bem como a lista de todos incidentes ambientais, são registados e disponíveis ao MITADER/DPADER quando solicitado.
As observações e descobertas do não-cumprimento que foram registados durante as auditorias ambientais internas e externas e os acidentes registados na ficha de reclamações ambientais serão resolvidos pela ANAC após a aprovação das medidas de mitigação e rectificação adequada.
É de responsabilidade do gestor do projecto e do empreiteiro monitorar o desempenho dos funcionários, sub-empreiteiros e trabalhadores dos empreiteiros para asseguar que os pontos ensinados durante o treino de indução são adequadamente percebidos e cumpridos. Se necessário, o OSAC deverá ser para explicar os aspectos contidos no PGAS. O
ANEXO I – Matriz Resumo Dos Impactos E Medidas De Mitigação
44
Medidas de Mitigação e de Gestão
Aspectos Ambientais Fase do Projecto Responsabilidade
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pessoal no local deve reconhecer seu conhecimento do PGAS através da assinatura da ficha de presenças do treino de indução.
As principais rotas de entrada e entrega de materiais serão visivilmente sinalizadas.
Um parque adequado será disponibilizado para todos trabalhadores, empreteiros, sub-empreiteiros e visitantes e não deverá afectar negativamente as áreas abertas nas proximidades.
As áreas a serem afectadas pelas actividades de construção devem ser mantidas ao minímo, somente suficientes para levar a cabo as actividades necessárias.
Actividades de corte de árvores insoladas ou a transformação de parcelas de terra irá ocorrer no entanto, de forma a evitar ou limitar estas actividades, é da responsabilidade da ANAC
ANEXO I – Matriz Resumo Dos Impactos E Medidas De Mitigação
45
Medidas de Mitigação e de Gestão
Aspectos Ambientais Fase do Projecto Responsabilidade
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investigar alternativas, se existirem.
A abertura ou alargamento das estradas de acesso devem ser adequadamente mantidas para minimizar as poeiras, erosão e danificação indesejada da superfície.
Um oficial de segurança deve estar em serviço no local por 24 horas e aos fim de semana, para previnir acesso não autorizado e manipulação de equipamento e materiais. Uma ficha de registo de entrada e de reclamações deve ser instalada no portão de segurança.
Perigos à Segurança e Saúde no local devem ser claramente sinalizados.
Proíbido fazer fogos no local.
Equipamento de combate ao incêndio, como extintores de fogo, devem existir no local e o pessoal deve ter conciência das medidas de combate e prevensão a
ANEXO I – Matriz Resumo Dos Impactos E Medidas De Mitigação
46
Medidas de Mitigação e de Gestão
Aspectos Ambientais Fase do Projecto Responsabilidade
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incêndios. O equipamento de combate a incêndios ser armazenado em segurança e inspencionado mensalmente.
A estação de tratamento de madeira deve ser regularmente mantido. O registo de tal manutenção e limpeza deve ser guardado no local.
A libertação de poeiras no ambiente em volta deve ser efectivamente controlado através do uso de aspersor de água. A velocidade dos veículos deve ser estritamente controlada a fim de evitar situações de perigo, excesso de poeiras ou deteriorização das estradas usadas.
A mistura de cimento deve ocorrer numa área designada, numa superfície impermeável onde o lixiviamento pode ser apropriamente contido, e dentro do estaleiro. As áreas onde ocorrem a mistura devem ser limpas depois
ANEXO I – Matriz Resumo Dos Impactos E Medidas De Mitigação
47
Medidas de Mitigação e de Gestão
Aspectos Ambientais Fase do Projecto Responsabilidade
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do uso. A mistura do cimento deve ser controlada e medida de acordo com as necessidades da actividades para evitar desperdícios.
Fotografias do local, em pontos fixos, serão regularmente tiradas para fornecer um registo do desenvolvimento.
A ANAC deve asseguar que o PGAS faz parte do processo formal de indução de todos trabalhadores, empreiteiro e sub-empreiteiro, preferencialmente na sua língua nativa. Todos empreteiros, sub-empreteiros e funcionários devem reconhecer sua compreensão do PGAS e as responsabilidades ambientais através da assinatura da lista de presenças da indução.
Um programa de educação ambiental será implementado para todo o pessoal no local descrevendo aspectos chaves
ANEXO I – Matriz Resumo Dos Impactos E Medidas De Mitigação
48
Medidas de Mitigação e de Gestão
Aspectos Ambientais Fase do Projecto Responsabilidade
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ambientais e potenciais impactos do projecto.
Empreiteiros, sub-empreiteiros e trabalhadores serão treinados em políticas ambientais e de saúde e segurança, educação ambiental e preparação para situações de emergência.
Será fornecido treino suficiente para todos trabalhadores, empreiteiros e sub-empreteiros para assegurar tarefas específicas são desepenhadas adequadamente.
Nenhum trabalhador, empreiteiro ou sub-empreiteiro será permitido operar maquenária crítica, veículos ou equipamento sem passar por treinamento necessário por indivíduos competentes.
Treino durante o serviço, quando possível, será administrado aos trabalhadores e empreiteiros.
O empreteiro é obrigado a ter discussões semanis informais em
ANEXO I – Matriz Resumo Dos Impactos E Medidas De Mitigação
49
Medidas de Mitigação e de Gestão
Aspectos Ambientais Fase do Projecto Responsabilidade
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grupos sobre segurança no trabalho.
Os trabalhadores serão treinados e sensibilizados a reduzir a geração de residúos sólidos no local do projecto.
A ANAC irá estabelecer um mecanismo de reclamações que especifica os procedimentos de como reclamar, registrar as reclamções – das partes externas (e.g. população local), funcionários bem como funcinários terceirizados – e as e responder as preocupações dentro dum limite de tempo. O mecanismo de reclamações será aplicado em todas fases do projecto e em qualquer uma das áreas de operação ou de impacto.
Todos os residentes em redor ao local do projecto, principalmente os próximos, serão sensibilizados através de reuniões antes da construção e serão apresentados
ANEXO I – Matriz Resumo Dos Impactos E Medidas De Mitigação
50
Medidas de Mitigação e de Gestão
Aspectos Ambientais Fase do Projecto Responsabilidade
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aos principais intervinientes como o Empreiteiro e o Representante do Cliente, e também será fornecida informação sobre os impactos negativos e o mecanisno de reclamação. As reuniões serão levadas a cabo em língua local ou em Português.
A ANAC irá assegurar que a política de ”os locais primeiro” seja implementada.
A ANAC irá asseguar que o empreteiro tenha uma política de ”Desenvolvimento de capacidades” e que a política seja adequadamente implementada. d.
Durante a construção a área da ponte-cais sera vedada para previnir o acesso. No entanto, a ANAC irá asseguar rotas alternativas para os residentes locais e comunidades circunvizinhas fazerem a travesia Quissanga-Ibo e vice-versa.
ANEXO I – Matriz Resumo Dos Impactos E Medidas De Mitigação
51
Medidas de Mitigação e de Gestão
Aspectos Ambientais Fase do Projecto Responsabilidade
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O empreiteiro irá asseguar que sinais de alerta de perigo, que devem ser gráficas e no idioma vernacular relevante, são erguidos em todo limite da vedação avisando contra a entrada na área de construção.
A vedação será inspecionada semanalmente e mantida adequadamente até a fase de operação do projecto.
O empreiteiro desenvolverá programas de educação pública, com a comunidade, para identificar áreas de particular risco e abordagens para reduzir esses riscos. Portanto, incluirá programa de educação nas escolas, áreas residenciais e nas igreijas e mesquitas, alertando as crianças e adultos sobre os perigos de tráfego bem como outras actividades nas imediações.
Assegurar que os níveis de HIV/SIDA não são exacerbados, o
ANEXO I – Matriz Resumo Dos Impactos E Medidas De Mitigação
52
Medidas de Mitigação e de Gestão
Aspectos Ambientais Fase do Projecto Responsabilidade
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empreiteiro irá palestrar sobre os riscos à saúde. Isto deverá ser incluído uma acção dentro do Plano de Segurança e Saúde preparado pelo empreiteiro.
O empreteiro deve, em consulta com organizações locais que trabalham em HIV/SIDA e estruturas governmentais, desenhar e implementar campanhas de prevenção e educação sobre HIV/AIDS.
O empreiteiro irá usar a participação no programa de prevenção e educação sobre HIV/AIDS como uma condição para contractar fornecedores e sub-empreiteiros.
O empreiteiro irá fornecer preservativos gratuitos para todos trabalhadores. O preservativos estarão localizados nas casas de banho do local de construção.
Os números de preservativos disponíveis será estimado usando
ANEXO I – Matriz Resumo Dos Impactos E Medidas De Mitigação
53
Medidas de Mitigação e de Gestão
Aspectos Ambientais Fase do Projecto Responsabilidade
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o número de trabalhadores no local, garantindo que sempre há disponibilidade.
Será incentivado a participação em programas de aconselhamento e testagem voluntária durante as fases de construção e operação.
Princípios de igualdade de oportunidades, igualdade de género, e não descriminação será implementados.
O empreiteiro deve asseguar que todos os trabalhadores no local possuem documento de identificação ou uma licença de trabalho válida.
Todo contacto com as parte afectadas deverá ser sempre cortês, e o direitos das pessoas afectadas deverá ser respeitado a todo momento.
ANEXO I – Matriz Resumo Dos Impactos E Medidas De Mitigação
54
Medidas de Mitigação e de Gestão
Aspectos Ambientais Fase do Projecto Responsabilidade
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O perído de construção deve ser mantido ao minímo (actualmente estimado em 6 meses).
Um mecanismo de reclamação e de registo deverá ser criado e implementado. O seguinde deve ser registado: ■ Hora, data e natureza da
reclamação;
■ Resposta e investigação levada a cabo; e
■ Acções de correção e prevenção tomadas e por quêm.
O empreiteiro deverá desenvolver um Plano de Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho e todos os trabalhadores e as partes potencialmente afectadas devem estar cientes da sua existência e dos procedimentos contidos nele (medidas de segurança, procedimentos de trabalho,
ANEXO I – Matriz Resumo Dos Impactos E Medidas De Mitigação
55
Medidas de Mitigação e de Gestão
Aspectos Ambientais Fase do Projecto Responsabilidade
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medidas de primeiros socorros, etc.)
Todos o visitantes ao local do projecto serão induzidos nas normas de segurança e saúde.
Somente peossal propriamente treinado será permitido operar maquinaria e equipamente de construção ou gerir estruturas do local.
O empreiteiro irá contratar seguranças da obra e assegurar que os seguranças participam nos foruns de policiamento comunitário ou equivalentes.
O acesso a qualquer parte do local da construção e entrega de materiais por veículos será controlado por um entrada de segurança.
As áreas de armazenamento de combustíveis e outro materias inflamáveis irá cumprir com as normas e padrões de segurança de incêndios.
ANEXO I – Matriz Resumo Dos Impactos E Medidas De Mitigação
56
Medidas de Mitigação e de Gestão
Aspectos Ambientais Fase do Projecto Responsabilidade
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Todos os tanques de armazenamento de produtos químicos (e.g. substâncias para tratar as madeiras) e ou outros produtos perigosos mantidos de acordo com as normais vigentes no país ou segundo a melhores práticas internacionais.
No caso de derrame de materiais químicos no local de construção, o derrame, juntamente com o solo contaminado, deve ser contido e tratado usando o pacote de materiais para o controle de derrames, i.e. material absorvente como Drizit..
O combustível inflamável e gás será mantido separado das actividades de solda, áreas de montagem e cais de carga.
Instalações e abluções sanitárias adequadas será fornecida para a equipe de construção, com uma proporção máxima recomendada
ANEXO I – Matriz Resumo Dos Impactos E Medidas De Mitigação
57
Medidas de Mitigação e de Gestão
Aspectos Ambientais Fase do Projecto Responsabilidade
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de 20 trabalhadores por uma instalação de ablução.
Será disponibilizado água suficiente para beber a todos os empreiteiros, sub-empreiteiros e pessoal do projecto. O recipiente de água potável será estrategicamente localizado e será sinalizado como água potável.
Actividades sociais não autorizadas serão proibidas, que inclui, mas não está limitado ao consumo de ou venda ilegal de mercadorias, utilização ou venda de drogas e prostituição no local.
Todos os motoristas deverão estar na posse de uma carta de condução válida.
Viagens depois de escurecer serão evitadas sempre que possível.
Dirigir sob a influência de álcool é proibido.
Nenhuma arma de fogo poderá ser permitida no local.
ANEXO I – Matriz Resumo Dos Impactos E Medidas De Mitigação
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Medidas de Mitigação e de Gestão
Aspectos Ambientais Fase do Projecto Responsabilidade
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Não será permitido trespasse em torno do local do projecto.
Os materiais inflamáveis devem ser armazenados em zonas delimitadas e impermeáveis, bem ventiladas e adequadamente sinalizadas.
Pocedimento de prontidão e capacidade de resposta de emergências será fornecida caso ocorra um incidente ou o derrame de produtos químicos perigosos.
Os equipamentos de prevenção de incêndios estarão disponíveis em todas as instalações de armazenamento e serão inspecionados regularmente.
As áreas de reifeição devem ser mantidas limpas para assegurar a higiene e assepsia suficiente.
Um Oficial de Segurança (OS) será nomeado pelo empreteiro.
Serão mantidos os registos de incidentes de saúde e segurança, bem como medidas de mitigação.
ANEXO I – Matriz Resumo Dos Impactos E Medidas De Mitigação
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Medidas de Mitigação e de Gestão
Aspectos Ambientais Fase do Projecto Responsabilidade
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Quaisquer incidente de saúde e segurança deve ser comunicado ao responsável pela segurança, OS, OSAC ou Gestor do Projecto o mais rapidamente possível.
Kit de primeiros socorros estarão disponíveis no local.
A localização do Posto de Saúde local onde haverá mais cuidados e e aconselhamento será será indicado.
Equipamentos de Proteção Individual (EPI) serão disponibilizados a todos os empreiteiros, sub-empreiteiros e funcionários. Um registo EPI será mantido para fins de auditoria.
Áreas de alto risco, incluindo, mas não limitado a andaimes, alturas e escavações abertas serão demarcadas e claramente marcados e incluirá, onde relevante, sinais de alerta adequados.
ANEXO I – Matriz Resumo Dos Impactos E Medidas De Mitigação
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Medidas de Mitigação e de Gestão
Aspectos Ambientais Fase do Projecto Responsabilidade
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Fumar só pode ter lugar em áreas demarcadas.
Soldagem e outras fontes de materiais de aquecimento serão realizadas em um ambiente controlado, sempre que possível e sob a supervisão do pessoal relevante.
No caso de ocorrer um incidente de poluição no local deve-se realizar os seguintes procedimentos: ■ Notificar imediatamente o
OSAC sobre o incidente; ■ Notificar a ANAC; ■ Notificar todas as pessoas cuja
saúde pode ser afectada pelo incidente;
■ Implementar imediatamente medidas razoáveis para conter e minimizar os impactos do incidente;
■ Imediatamente realizar os procedimentos limpeza;
ANEXO I – Matriz Resumo Dos Impactos E Medidas De Mitigação
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Medidas de Mitigação e de Gestão
Aspectos Ambientais Fase do Projecto Responsabilidade
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■ Registrar o incidente na ficha de registo de incidente ambientais;
■ Identificar medidas para resolver o incidente, incluindo ações a serem tomadas; e
■ Implementar ações preventivas para evitar que incidentes similares ocorram no futuro.
Todos os achados arqueológicos serão geridos de acordo com as exigências da Lei sobre a Protecção do Património Cultural (Lei n° 10/88 de 22 de Dezembro). Coso não exista legislação específica relativa à protecção.
A necessidade de comunicar qualquer descoberta de um artefacto arqueológico será incluída na indução ao local do projecto.
ANEXO I – Matriz Resumo Dos Impactos E Medidas De Mitigação
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Medidas de Mitigação e de Gestão
Aspectos Ambientais Fase do Projecto Responsabilidade
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A ANAC tomará as devidas precauções para evitar que qualquer pessoa possa remover ou danificar qualquer artigo e irão imediatamente após a descoberta do mesmo, informar o OSAC ou Gestor do Projecto da descoberta.
Toda vegetação de mangal removida nos lados da ponte-cais para permitir a sua construção deve ser replantada. No entanto o re-plantio do mangal e outras árvores deve ser feita dentro da área local (mas fora da zona de segurança da ponte-cais), para permitir uma integração visual mais eficaz com a paisagem circundante coberta de árvores.
Garantir que a vegetação alienígena não substitui a área limpa de vegetação nativa.
As actividades de construção devem ser limitadas às horas da luz do dia. As vezes em que serão necessárias actividades de
ANEXO I – Matriz Resumo Dos Impactos E Medidas De Mitigação
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Medidas de Mitigação e de Gestão
Aspectos Ambientais Fase do Projecto Responsabilidade
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construção depois de escurecer, uma notificação deve ser enviada ao Chefe da Administração e um aviso feito aos membros da comunidade que residem nas áreas que circundam o local.
Certificar-se que são empregues tecnologias ruído reduzido e que estajam mantidos em boas condições de funcionamento.
Actividades de construção e operação irão cumprir com as normas e diretrizes internacionais pois actualmente não existem normas ou orientações de ruído ambiental para Moçambique (Artigo 20 do Decreto n.º 18/2004).
Todos os equipamentos, máquinas e veículos devem ser mantidos em boas condições de funcionamento e serem inspecionados regularmente para garantir a integridade e confiabilidade e evitar o ruído excessivo. Veículos, máquinas e equipamento que
ANEXO I – Matriz Resumo Dos Impactos E Medidas De Mitigação
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Medidas de Mitigação e de Gestão
Aspectos Ambientais Fase do Projecto Responsabilidade
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gerem ruído excessivo devem ser equipados com equipamentos apropriados de redução do ruído.
O pessoal que for a trabalhar em áreas de ruído excessivo (acima de 75 dBA) deve ser fornecido equipamento de proteção auditiva (equipamento de protecção individual).
Qualquer reclamação do público proveniente de problemas de ruído será registado e adequadamente tratado no prazo de 14 dias. Um registo das queixas estarão disponíveis no escritório do local do projecto.
Medidas de acalmia do tráfego e controle de velocidade serão implementados em consulta com o Governo do Distrito de Quisssanga.
Todos os veículos de construção e manutenção que viajarem no âmbito do projecto de e para Tandanhangue irão ter de aderir às
ANEXO I – Matriz Resumo Dos Impactos E Medidas De Mitigação
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Medidas de Mitigação e de Gestão
Aspectos Ambientais Fase do Projecto Responsabilidade
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leis e regulamentos de tráfego relevantes.
Nenhum desvio das rotas de acesso aprovados, as estradas primárias e secundárias, serão permitidas.
Em geral as regras de trânsito serão aplicadas e cumpridas em todos os momentos.
Durante o fornecimento de combustível, o motorista de camião e o pessoal qualificado associado devem estar presente em todos os momentos durante descarrego do produto.
Um sinal de emergência será instalado devidamente caso ocorra um derrame acidental de combustível ou acidente de viação.
Antes do início das actividades de construção, o local do projeto será claramente demarcado com uma
ANEXO I – Matriz Resumo Dos Impactos E Medidas De Mitigação
66
Medidas de Mitigação e de Gestão
Aspectos Ambientais Fase do Projecto Responsabilidade
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vedação. Portanto, não haverá actividades de construção do projecto fora da área.
Como o local do projecto será vedado, a ANAC deverá assegurar o fornecimento de rotas as comunidades locais vizinhas para ter acesso e uso dos recursos que anteriormente o faziam.
O empreiteiro deve fornecer uma metodologia de construção, incluindo um plano fisíco de ocupação das zonas de empréstimo antes de iniciar a construção. Assim o empreiteiro deve indicar todas as áreas de armazenamento de material, escritórios e outras infra-estruturas locais, áreas de eliminação de resíduos / armazenamento etc., destinados a minimizar a remoção da vegetação e danos às áreas circundantes.
O desmatamento será realizado em fases para garantir que uma
ANEXO I – Matriz Resumo Dos Impactos E Medidas De Mitigação
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Medidas de Mitigação e de Gestão
Aspectos Ambientais Fase do Projecto Responsabilidade
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área mínima do solo fica potencialmente exposta à erosão.
Nenhuma área o solo deve ser descoberta se não for necessária para as obras de construção do empreiteiro.
O solo despojado a uma profundidade de 300 mm nas áreas de construção, quando possível, deverão ser estocados em uma área designada, mas nunca numa altura superior a 2 m. O estoque deve estar localizado longe das zonas de infiltração, áreas inundáveis, cursos de água e outras áreas ecologicamente sensíveis.
O subsolo e os desperdícios serão armazenados separadamente do solo, a fim de ser devolvidos para aterro (quando aplicável) nos horizontes correspondentes das camadas do solo.
As medidas de controle de erosão, tais como sacos de areia, plantio
ANEXO I – Matriz Resumo Dos Impactos E Medidas De Mitigação
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Medidas de Mitigação e de Gestão
Aspectos Ambientais Fase do Projecto Responsabilidade
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de vegetação, hidrossemeadura, estoques subsolo, retenção de vegetação, etc., serão realizadas quando necessário para impedir o transporte de sedimentos em linhas de drenagem natural e a zona húmida ou entre-marés de Tandanhangue.
As medidas de controle de erosão serão mantidas regularmente.
O uso de herbicidas e pesticidas e outros produtos químicos hortícolas relacionados devem ser cuidadosamente controlada e apenas aplicado por pessoal devidamente certificados para aplicar pesticidas e herbicidas.
Todas as atividades no local irão cumprir com a os requisitos do Decreto nº 18/2004: Regulamento sobre Padrões de Qualidade Ambiental e de Emissão de Efluentes bem como com as normas e diretrizes internacionais.
ANEXO I – Matriz Resumo Dos Impactos E Medidas De Mitigação
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Medidas de Mitigação e de Gestão
Aspectos Ambientais Fase do Projecto Responsabilidade
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Minimizar a área de superfície dos estoques para reduzir a área exposta ao vento.
Sempre que possível a vegetação será mantida para reduzir a geração de poeira.
Quanto possível a superfície do solo exposto deve ser reabilitado, logo após a conclusão dos trabalhos de terraplenagem.
Onde exister excesso de poeira devido a construção deve-se realizar a rega.
O uso de carrinhos de água para humedecer superfícies da estrada serão empregados, de preferência contendo agentes aglutinantes químicos e outros inibidores de poeiras. A frequência destes será determinada pelo estado das estradas, as condições meteorológicas e do número de veículos existentes no local no momento.
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Medidas de Mitigação e de Gestão
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Um limite de velocidade de 40 km / h, não será ultrapassado por veículos contratado ou sub-contratados pelo projecto.
Nenhuma queima de resíduos sólidos, como lixo, sacos de plástico e sacos de cimento serão permitidos no local.
Ablução em qualquer outro lugar que não seja em instalações sanitárias previstas não será permitido.
Escavar unicamente nas áreas necessárias para a colocação das estruturas.
A gestão de todos os resíduos gerados após a construção é de responsabilidade do operador.
Garantir o fornecimento de contentores de lixo adequados em todas as áreas onde os resíduos são gerados.
Inspecionar as áreas onde os resíduos são armazenados em numa base regular (por exemplo,
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Medidas de Mitigação e de Gestão
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mensalmente) para verificar se todos os procedimentos e regras estão sendo aplicados.
Proporcionar a todos os trabalhadores relevantes com formação de gestão de resíduos.
Um documento de eliminação segura deve emitido sempre que os resíduos perigosos sejam removidos e destruídos.
Especificações das áreas de armazenamento de resíduos gerais e resíduos perigosos deve compreender uma laje impermeável e deve ser separado do sistema área de drenagem, no entanto estas áreas de armazenamento de resíduos gerais e perigosos devem estar separadas.
Um sistema de codificação de cores para todos os recipientes dos resíduos deve ser implementada da seguinte forma: Azul - resíduos gerais domésticos e industriais;
ANEXO I – Matriz Resumo Dos Impactos E Medidas De Mitigação
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Medidas de Mitigação e de Gestão
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Vermelho - resíduos sólidos perigosos; Amarelo - óleo usado e Preto - Resíduos Sucata.
Água de preparo e lavagem do cimento deve ser capturado e depositado em tanques de decantação antes da remoção do lodo.
Antes de iniciar a construção e limpeza do terreno deve-se procurar por espécies raras em todo o local, e se forem encontradas, serão removidos para áreas quase não perturbadas.
As áreas verdes devem ser re-vegetadas particularmente no entorno da Ponte-Cais onde possivelmente ocorrerá remoção do mangal. As ONGs, instituições de ensino ou de investigação, incluindo organizações de base comunitária (OCBs) podem desempenhar um papel na
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Medidas de Mitigação e de Gestão
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recuperação e sustentabilidade deste habitat.
Onde forem encontrados ninhos de pássaros com ovos, a área será marcada com fita adesiva, e a actividade dentro dessa área sera proíbida até um biólogo ou técnico especializado fazer a transferência do mesmo.
O corte das árvores de mangal ou remoção de espécies protegidas será evitado ao máximo possível.
Os trabalhadores serão sensibilizados para minimizar mortes acidentais de animais durante a fase de pré-construção.
O movimento de qualquer animal que pretenda fugir da área afectada não será obstruída. Não será permitido o abuso, perseguição e caça de animais por parte dos trabalhadores.
Não será permitida a colheita de plantas medicinais tradicionais e
ANEXO I – Matriz Resumo Dos Impactos E Medidas De Mitigação
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Medidas de Mitigação e de Gestão
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nenhuma área de vegetação será limpa para fins de acampamento.
As interações entre os trabalhores e a fauna venenosa será reduzida por meio de cursos de sensibilização, cartazes e outras formas de educação.
A integridade do habitat natural em torno da instalação da Ponte-Cais de Tandanhangue será mantida.
A área e os ecossistemas associados serão monitorados (para verificar sinais de stress: serão feitas medições tais como cobertura da folhagem, mortalidade e taxa de recrutamento, etc.,) de uma forma contínua para investigar as mudanças negativas significativas.
Um programa de monitoria de fauna e flora deve ser compilado e implementado numa base sazonal para assegurar a protecção das espécies migratórias e não só, bem como para garantir que não houve
ANEXO I – Matriz Resumo Dos Impactos E Medidas De Mitigação
75
Medidas de Mitigação e de Gestão
Aspectos Ambientais Fase do Projecto Responsabilidade
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impactos ambientais negativos significativos sobre as espécies da fauna e flora, marinha e terrestre, que habitam o local do projecto.
ANEXO I – Matriz Resumo Dos Impactos E Medidas De Mitigação