COOPERAÇÃO TÉCNICA PARA APOIO À CRIAÇÃO E GESTÃO DE RPPN
NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
RESERVAS DE VALOR
SEMINÁRIO SOBRE RPPN E ICMS-ECOLÓGICO Centro de Vivência da Reserva Biológica União, Casimiro de Abreu/RJ
08 de novembro de 2010
SÍNTESE DO EVENTO
EXECUÇÃO
Associação Mico-Leão-Dourado Rosan Valter Fernandes – Coordenação
Marília Salgado Martins Juliano Barros Ventorim
APOIO TÉCNICO
Instituto Estadual do Ambiente Roberta Guagliardi
José Luiz Monsores Junior
Instituto BioAtlântica Gabriela Viana – IBio Thadeu Mello – IBio
DEZEMBRO DE 2010
1) INTRODUÇÃO
A criação e gestão de áreas protegidas estão em pauta entre os governos municipais fluminenses desde a
promulgação da Lei Est. nº 5.100/07, regulamentada pelo Decr. Est. nº 41.844/09, que instituiu o ICMS-Ecológico
(ICMS-E). A grande maioria dos gestores municipais pouco conhece sobre o mecanismo do ICMS-E. A fim de
fortalecerem-se mutuamente no trabalho voltado ao apoio às RPPN, a Associação Mico-Leão-Dourado, o INEA –
Instituto Estadual do Ambiente e o IBio – Instituto BioAtlântica, firmaram Termo de Cooperação Técnica, que
objetiva o apoio a criação e gestão das RPPN no estado do RJ, como meta de criação de 10.000 ha de RPPN
estadual, durante dois anos. Estas instituições realizaram o evento RESERVAS DE VALOR – SEMINÁRIO SOBRE
RPPN & ICMS-ECOLÓGICO, em 08 de novembro de 2010, na Reserva Biológica União/ICMBio, em Casimiro de
Abreu/RJ, com o público de Prefeitos e Secretários Municipais de Meio Ambiente, Fazenda, Planejamento e
Agricultura dos municípios de Silva Jardim, Casimiro de Abreu, Rio Bonito, Araruama, Cabo Frio, Cachoeiras de
Macacu, Rio das Ostras, São Pedro da Aldeia, Macaé, Saquarema e Marica, representantes do Legislativo
Municipal, da EMATER, de associações e sindicatos de proprietários rurais e proprietários de RPPN da região. O
evento teve apoio da Prefeitura Municipal de Casimiro de Abreu, do Programa de Incentivo às RPPN da Mata
Atlântica e do ICMBio.
2) OBJETIVOS
- Promover o nivelamento de informações sobre o ICMS-E e as áreas protegidas; e
- Promover a criação de programas municipais de apoio a RPPN, visando o incremento do repasse do ICMS-E na
região da bacia do rio São João e adjacências.
3) MÉTODO
O Seminário se deu em duas partes: (i) apresentações sobre o tema (nivelamento de informações); e (ii) construção
de modelos de programas municipais de apoio a RPPN em grupos de trabalho. O evento foi aberto com mesa de
honra com representantes da Assoc. Mico-Leão-Dourado, SEMMA de Casimiro de Abreu, Dir. de Biodivers. e Áreas
Protegidas do INEA; Pref. de Casimiro de Abreu; IBio; e Assoc. Patrimônio Natural/RJ. Seguiram apresentações
sobre Conceito e História da RPPN, Procedimento para Criação de RPPN Estadual, ICMS-Ecológico: Aspectos
Gerais e a Contribuição das RPPN e Experiência do Programa Municipal de Apoio às RPPN de Teresópolis. Depois,
a plenária foi dividida em quatro grupos de trabalho e foram orientados a construir modelos de programa municipal
de apoio às RPPN (roteiro anexo) e receberam tarjetas coloridas para sintetizar os níveis do Programa – meta,
estratégia, linha de ação, responsável e prazo. Cada grupo apresentou seus resultados, com sugestões da plenária,
discussões sobre a exequibilidade dos programas propostos e esclarecimento de dúvidas. Ao final, os
organizadores se comprometeram a contribuir com os municípios parta implantação dos planos propostos.
4) PRINCIPAIS RESULTADOS
- 66 participantes, de nove prefeituras, de seis RPPN e das instituições organizadoras e parceiras (lista anexa).
4.1. NIVELAMENTO DE INFORMAÇÕES
PALESTRA 1 – APRESENTAÇÃO SOBRE CONCEITO E HISTÓRIA DA RPPN (Beto Mesquita – IBio)
Abordagem:
• O PSA pode beneficiar a RPPN. O fato de ser RPPN não garante o direito ao pagamento por PSA, mas no caso de um programa regional neste sentido, as RPPN seriam alvo direto. O acesso a recursos financeiro está escrito
na Lei, mas a aplicação ou o benéfico é nulo (não existe nenhum caso de concessão de financiamento usando da RPPN) e dificultoso.
• O acesso a fontes de financiamento, como FNMA é feito, mas não diretamente ao produtor e sim a associação, etc. Isso tem a ver com o fato de que como o recurso é publico, não pode ir direto para a mão do proprietário (constituição).
• Estados como PR, MG, MT, PE, PB, SC, MG possuem legislação própria para RPNN, mas estas devem ter o mesmo tipo de restrição e documentação exigida para criação que a Federal, não podendo ser menos restritiva.
• Manaus – MA, Cavalcante – GO, Miguel Pereira – RJ e Curitiba – PR, possuem legislação própria para a criação de RPPN municipal, com as mesmas orientações que as estaduais.
• A Amazônia possui 47 RPPN. A sua criação é dificultada pela questão fundiária na Amazônia Legal. Nos ecossistema costeira, tem-se dez RPPN, 45 na caatinga, no pantanal 23 RPPN (268.000ha). Neste ultimo, a situação fundiária se caracteriza por grandes propriedades rurais, o que provoca o número da hectares protegidos. Na Mata Altantica, estão 65% das RPPN do Brasil, quase 500, com tamanho médio de 200 ha, devido a situação fundiária estabelecida e propriedades pequenas.
• Cadastro Nacional de RPPN – fonte de informações sobre RPPN em nível nacional (Mapa de RPPN por município) – www.reservasparticulares.org.br.
• Atualmente, existem 16 associações estaduais de proprietários de RPPN, sendo a 1° a APN no estado do RJ. E essas 16 associações se congregam na Confederação de RPPN do Brasil e na Aliança Latino americana de Reservas Privadas.
• A lista das RPPN existentes pode ser acessada no link: www4.icmbio.gov.br/rppn • Desafios atuais: ajustes no marco legal (as RPPN não podem receber dinheiro de compensação ambiental,
porque elas são de US mas de fato proteção integral. Esse conflito também impossibilita a coleta de sementes e alguns tipos de PSA.
• Oportunidade: doações para projetos ambientais não se aplicam na Lei Ruanet (desconta do ICMS das empresas quando elas apóiam estes projetos).
PALESTRA 2 – PROCEDIMENTO PARA CRIAÇÃO DE RPPN ESTADUAL (Roberta Guagliardi – INEA)
Abordagem:
• O que é uma RPPN: ato voluntário. O órgão reconhece se a propriedade merece o status de RPPN. • Atividades permitidas: as de uso indireto do recurso natural, educação ambiental, pesquisa, atividades
recreativas. • Na essência é uma unidade de conservação de proteção integral. No SNUC consta como uso sustentável,
devido ao veto presidencial ao parágrafo que referente a extração de recursos naturais neste tipo de unidade. • O acesso aos recursos oriundos da câmara de compensação ambiental para a RPPN só é possível se a unidade
estiver na área de abrangência direta do empreendimento. Isso porque existe uma ordem de prioridade de repasse de recurso, e prioritariamente são as unidades de conservação de proteção integral.
• Destacou que a RPPN pode ser averbada na mesma matricula da RL, indo direto para o setor do núcleo de RPPN, o que agiliza o processo. Anteriormente, passava pelo setor de reserva legal do INEA e depois ia para o de RPPN. Agora o processo é mais rápido.
• A importância das RPPN cresceu pelo fato do estado do RJ ter como meta duplicar as unidades de conservação de proteção integral. E neste caso, as RPPN são importantes. Outra importância das RPPN são nos corredores, como o do Muriqui (IBio).
• Reserva legal x RPPN: A área da RL que for sobreposta com a RPPN não pode ser manejada. • Em 2007 saiu a Lei onde o estado pode criar a RPPN e logo em seguida saiu o decreto e a resolução que dizia
qual a documentação necessária para a criação. • Uma das etapas, a vistoria é importante porque o decreto de criação diz que a área tem que ser de interesse
público e só depois da vistoria é que a se diz sim ou não para a criação (do ponto de vista do estado).
• CCIR - vale o pedido ao INCRA de atualização, em caso de CCIR desatualizado.
PALESTRA 3 – O ICMS-ECOLÓGICO – ASPECTOS GERAIS E A CONTRIBUIÇÃO DAS RPPN (Lucas Moura –
Secretaria Estadual do Ambiente) Abordagem:
• Repasse do ICMS-E a proprietários é muito complicado. Segundo a Constituição Federal, do total que o Estado arrecada com o ICMS 25% deve ser repassado aos municípios e destes, uma parte o Estado diz a quais municípios o repasse será ser o feito. Para calcular o valor, existem alguns critérios, como dados populacionais.
• ICMS ecológico é a variável ambiental inserida nos critérios. Não aumento os 25% só é mais um peso a mais para calcular quanto o município recebe.
• Foi instituído em 2007. • Contempla três temas básicos: UC – peso 45%; MRS – peso 25% e RH – peso 30%. • A lei diz que para os municípios de beneficiarem devem ter órgão administrativo da política ambiental, como
conselhos municipais de meio amb. ou fundo municipal do meio amb. e guarda ambiental. Isto é pré-requisito. Atualmente, essa exigência é parcial. A partir de 2011, os municípios terão que ter todos estes pré-requisitos.
• No caso de manancial de abastecimento: se enquadram os municípios que captam água de outra bacia, a qual não pertencem.
PALESTRA 4 – POLÍTICA MUNICIPAL DE FOMENTO ÀS RPPN Em TERESÓPOLIS
(Flávio Jesus – Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Teresópolis)
Abordagem:
• Projeto iniciado em 2009
• Inicialmente existiam duas RPPN em Teresópolis – RPPN Maria Francisca Guimarães e RPPN Suspiro;
• Parceria SMMADC/SEA/INEA;
• Projeto previsto no Código Municipal de Meio Ambiente (Lei Municipal nº 2.925, de 27 de maio de 2010, artigo 19);
• Recursos são provenientes do Fundo de Meio Ambiente, instituído pela Lei Municipal nº 1.642/1995;
• Os principais apoios são voltados a: Unidades de Conservação e entorno; Resíduos Sólidos; Recursos Hídricos; Monitoramento da Qualidade Ambiental; e Saneamento Ambiental;
• Plano prevê isenção de IPTU para RPPN Urbana;
• Município prevê Compensação Ambiental (Decreto Municipal nº3289/05), para atividades com potencial impacto ambiental – recurso vai para o Fundo Municipal.
• Resultado: hoje existem quatro RPPN no município: Fazenda Suspiro, Mª Francisca Guimarães, Olho D’Agua e Sítio Serra Negra;
• Metas para 2011: criação de duas novas RPPN; divulgação semestral de editais de apoio; criação do decreto municipal: “Politicas de Fomentos as Reservas Particulares”; e
• Metas 2012: atingir o número de 10 RPPN em Teresópolis.
4.2. TRABALHO EM GRUPOS Grupo 1 – Casimiro de Abreu 1. Cristiane Benevenuto – CECRO/ATES 2. Eliane Benjamim Paes – Prefeitura de Magé 3. José Marcos C. Fochi – Sítio da Luz - RPPN 4. Renata Gomes de Souza – SEMMADS – Casimiro de Abreu 5. Roberta Guagliardi – Núcleo RPPN INEA
META ESTRATÉGIA LINHA DE AÇÃO PRAZO RESPONSÁVEL
Atingir 2.000 ha de novas RPPN até 2015, via INEA
Mobilizar os proprietários rurais através dos RPPNistas (cada RPPNista
Apoio da prefeitura às RPPN já criadas (via $ do ICMS-Ecológico)
Contínuo (até 2015)
Prefeitura
Pode público realizará entre 2011-2013 10 seminários com proprietários rurais
Até 2013 Prefeitura; INEA; ONG
amadrinha outro) Chamamento Aos proprietários rurais sobre Reserva Legal
Até outubro de 2011
Ministério Público; Prefeitura; INEA e ONG
Elaboração de Lei Municipal de Fomento às RPPN
Criação de grupo de trabalho para elaboração da minuta de Lei
6 meses Prefeitura; ONG
Sensibilização do Poder Legislativo Municipal
6 meses Prefeitura
Publicação da Lei Final de 2011 Poderes Legislativo e Executivo Municipais
Promover apoio técnico para a criação de RPPN
Análise do cadastro das propriedades rurais (AMLD – total de 900 propriedades na bacia do S.João)
6 meses Prefeitura; ONG
Custear os serviços de georeferenciamento com $ do fundo (municipal)
Até 2012 Prefeitura
Parceria com o Núcleo de RPPN do INEA
Até 2015 Prefeitura; INEA; ONG parceiras
Grupo 2 – Cachoeiras de Macacu e Itaboraí 1. Carlos Henrique Martins Gomes – INEA – APA Macaé de Cima 2. Eliane Siqueira B. Costa – Prefeitura Magé 3. Lucien dos Santos Amorim – SMTMA - Magé 4. Nelson Barroso da Conceição – SMTMA - Magé 5. Pedro Henrique de Noronha Martins – Latitude 22 – fomentação de RPPN 6. Simone Antunes Nunes da Costa – Universidade Candido Mendes 7. Thabta Matos da Mata – Sec. Meio Amb. de Cachoeiras de Macacu
META ESTRATÉGIA LINHA DE AÇÃO PRAZO RESPONSÁVEL
Criar Lei que estabelece o Programa Municipal de Incenttivo e Apoio Técnico e Financeiro à Criação e Implementação de RPPN, em 6 meses
Organização de Equipe técnica para elaboração dos projetos de Lei
Compor corpo técnico 3 meses
Articulação entre executivo e legislativo municipais
Busca de parcerias 2 meses
Secretaria de Meio Ambiente e Conselho Municipal de Meio Ambiente / Fundo Municipal de Meio Ambiente
Apresentação do projeto de Lei à Câmara Municipal
Protocolo de acompanhamento de processo
1 mês
Câmara municipal; Fórum da Agenda 21 Local; Conselhos Municipais; Associação Comercial
Criação de 15 Identificação de Áreas Equipamentos (computadores, 8 meses
RPPN em 36 meses
Elegíveis para a criação de RPPN
softwares, imagens); equipe técnica
Mobilização e sensibilização dos proprietários
Busca de parcerias através de instituições locais;
Liderança comunitária e equipe técnica do INEA
18 meses
Qualificação dos conselheiros municipais
10 meses
Cadastro de propriedades
Auxílio administrativo e encaminhamento ao órgão estadual
Grupo 3 – Macaé 1. Gleidson Leite Madalena – Prefeitura de Macaé 2. Guilherme Hissa Villas Boas – Núcleo RPPN INEA 3. Juliano Barros Ventorim – AMLD 4. Julio Cesar Marques Carvalho – Prefeitura de Macaé 5. Lucas Moura – Secretaria de Estado do Ambiente - SEA 6. Maxwell Souza Vaz – Prefeitura de Macaé 7. Mônica Debuche de Paiva – Núcleo RPPN INEA 8. Nara Martins Conceição – Sec. Meio Ambiente de Macaé 9. Paulo Moraes – Prefeitura de Macaé 10. Raimundo da Silva Neto – Prefeitura de Macaé 11. Thadeu Melo – Instituto BioAtlântica
META ESTRATÉGIA LINHA DE AÇÃO PRAZO RESPONSÁVEL
500ha em RPPN para 2012
Programa de Apoio e Incentivo à criação de RPPN
Buscar parcerias junto aos órgãos públicos e não governamentais / sociedade civil;
2012
Nara – SEMA Program de Apoio e Incentivo às RPPN;
Dimensionar o corpo técnico, equipamentos;
Divulgar os benefícios para criação de RPPN.
Lei municipal de Certificação de RPPN
Articulação polÍtica junto à prefeitura e à Câmara de Vereadores
Elaboração da minuta do projeto de Lei; 2011
Dr. Júlio – Procuradoria Geral; Dr. Maxwell – Secretário de Meio Ambiente
Agendar reunião com chefe do executivo e legislativo.
Grupo 4 – Silva Jardim e Araruama 1. Carlos Roberto do S. Marchon Leão – Pref. Araruama – Sec. Fazenda 2. Ezequiel Moraes – Pref. Mun. Silva Jardim 3. Gustavo Barros Ventorim – Associação Mico-Leão-Dourado 4. José Eduardo B. de Almeida – Pref. Araruama - SEGOV 5. José Luiz Monsores Jr – Núcleo RPPN INEA 6. Leoni Carlos da Costa e Silva – Pref. Araruama – SEMAM
META ESTRATÉGIA LINHA DE AÇÃO PRAZO RESPONSÁVEL
Criação do Programa Municipal de Apoio às RPPN (SJ e Araruama)
Inclusão do Programa ao Código Ambiental do Município (SJ)
Manejo, Criação; Infraestrutura; Fiscalização; Proteção; Sustentabilidade (turismo rural; ecoturismo; educação ambiental)
Até março de 2011
Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SEMMA); Conselho de MA (CODEMA); Fundo Municipal de MA (FMMA)
Elaboração de Lei de Apoio à Criação de RPPN (Araruama)
5) AVALIAÇÃO SOBRE O EVENTO
Os principais pontos apresentados foram:
• O evento alcançou seus objetivos e estes foram inovadores;
• As atividades e resultados alcançados estão “fazendo escola” no apoio a RPPN;
• A presença de secretários e demais representantes das prefeituras foi um importante ponto;
• A falta da imprensa foi ponto negativo, mesmo sendo circulado aviso de pauta; não existe controle de possível veiculação em jornais escritos;
• Baixo número de proprietários de RPPN; salientou-se que todos os proprietários da região foram convidados; ainda, que falta integração entre proprietários de RPPN, lembrando-se isto é um dos papeis da APN/RJ; e
• Os municípios passaram a percebem melhor a importância das RPPN.
6) DISCUSSÕES E CONCLUSÕES
A significativa participação do público alvo pode ser devida à soma de fatores: efetividade da estratégia de
comunicação, convite e confirmação da presença; real interesse dos gestores públicos no entendimento do
mecanismo do ICMS-Ecológico e ampliação de sua arrecadação; e importância que a gestão ambiental vem
tomando junto aos municípios fluminense. A participação de proprietários das RPPN, Fazenda Três Morros,
Matumbo, Fazenda Bom Retiro, Cachoeirinha, Rabicho da Serra e Sítio da Luz (esta em processo de criação) foi
importante; e estes contribuíram sobremaneira, em especial nas discussões dos grupos, sobre os principais
entraves à criação e, principalmente, as reais necessidades para a gestão das RPPN. Este evento proporcionou
interlocução entre sociedade civil e poder público sobre RPPN. Todos têm a ganhar com o aumento da proteção dos
fragmentos florestais pela RPPN. Foram reforçados e/ou criados laços de parceria entre estes segmentos. Os seis
municípios tiveram a criação de RPPN nos modelos de Programas Municipais de Apoio às RPPN, o que mostra
interesse do poder público no aumento das RPPN na região). Sobre a implantação de RPPN, foram contemplados:
manejo, infraestrutura externa, fiscalização, proteção, sustentabilidade e dentre outros. O Seminário foi um trabalho
inédito que juntou importantes segmentos da sociedade em discussões sobre novos rumos para efetividade na
proteção dos remanescentes de Mata Atlântica de terras privadas no estado do RJ.
ANEXO 1 – PROGRAMAÇÃO DO EVENTO
RESERVAS DE VALOR SEMINÁRIO SOBRE RPPN & ICMS-ECOLÓGICO
PROGRAMAÇÃO
08/11/2010 (segunda-feira)
09h CAFÉ DE BOAS VINDAS
09h30 ABERTURA
MESA DE HONRA:
- Rosan Fernandes – Associação Mico-Leão-Dourado
- Vânia Batista – Subsecretaria de Meio Amb. de Casimiro de Abreu
- Daniela Albuquerque – Dir. Biodiversidade e Áreas Protegidas INEA
- Eliane Benjamin – Secretaria de Fazenda de Casimiro de Abreu
- Beto Mesquita – Diretor do Instituto BioAtlântica
- Jurgen Dobereiner – Pres. da Assoc. Patrimônio Natural – APN/RJ
10h APRESENTAÇÃO SOBRE CONCEITO E HISTÓRIA DA RPPN
Beto Mesquita – Instituto BioAtlântica
10h20 PROCEDIMENTO PARA CRIAÇÃO DE RPPN ESTADUAL
Roberta Guagliardi – Instituto Estadual do Ambiente
10h40 O ICMS-ECOLÓGICO: ASPECTOS GERAIS E A CONTRIBUIÇÃO DAS RPPN
Lucas Moura – Secretaria Estadual do Ambiente
11h PROGRAMAS MUNICIPAIS DE APOIO A RPPN
Flávio de Jesus – Secretário de Meio Ambiente de Teresópolis, RJ;
11h30 PERGUNTAS DA PLENÁRIA E ESCLARECIMENTOS PELOS
PALESTRANTES
12h ALMOÇO NO LOCAL
13h CONSTRUÇÃO PARTICIPATIVA DE MODELOS DE PROGRAMA
MUNICIPAL DE APOIO A RPPN, COM GRUPOS DE TRABALHO
16h APRESENTAÇÃO DOS MODELOS PELOS GRUPOS DE TRABALHO E DEBATE
17h ENCERRAMENTO, COM CAFÉ
ANEXO 2 – LISTA DE PRESENÇA DO EVENTO – RESERVAS DE VALOR – SEMINÁRIO SOBRE RPPN & ICMS-ECOLÓGICO.
N NOME REPRESENTAÇÃO (INSTITUIÇÃO/POSIÇÃO) CONTATOS (EMAIL-TELEFONE)
01 Alexandre Magno T. Pinto Fundação Municipal Casimiro de Abreu [email protected]
02 Aline Almeida RPPN Fazenda Bom Retiro [email protected]
03 Ana Beatriz Cordeiro RPPN Cachoeirinha e Rabicho da Serra [email protected]
04 André Reis Fazenda Três Morros – RPPN [email protected]
05 Antonio S. M. Fachas Sec. Mun. Fazenda Casimiro de Abreu [email protected]
06 Anselmo Nazareno CEDRO/ATES (22)9207-6444 [email protected]
07 Beto Mesquita Instituto BioAtlântica (21)2535-3940 [email protected]
08 Carlos Henrique Martins Gomes INEA – APA Macaé de Cima [email protected]
09 Carlos Roberto do S. Marchon Leão Pref. Araruama – Sec. Fazenda [email protected]
10 Cilmar Lopes Paixão Instituto Vida Sustentável (22)9928-6611 [email protected]
11 Clarice Albuquerque APN – RJ [email protected]
12 Cristiane Benevenuto CECRO/ATES (22)9879-9874 [email protected]
13 Darlin Grativol Subsecretário Agricultura Macaé [email protected] [email protected]
14 Dayse Said de Barros Pref. De Rio Bonito – Sec. Agricultura [email protected]
15 Denise Rambaldi Sec. Mun. de Meio Ambiente e Desenv. Sustentável de Casimiro de Abreu / AMLD
16 Desconhecido ASCOM – Araruama [email protected]
17 Eliane Benjamim Paes Prefeitura de Casimiro de Abreu [email protected]
18 Eliane Siqueira B. Costa Prefeitura Magé [email protected]
19 Ezequiel Moraes Pref. Mun. Silva Jardim [email protected]
20 Flavio Castro Prefeitura Municipal de Teresópolis (21)2643-5370 [email protected]
21 François Ranieri M. Fosso Câmara Mun. Rio Bonito [email protected]
22 Gabriela Viana Instituto BioAtlântica (21)8372-0130 [email protected]
23 Geise Antunes Marinho Associação Mico-Leão-Dourado [email protected]
24 Gleidson Leite Madalena Prefeitura de Macaé (22)7835- 9779 [email protected]
25 Guilherme Hissa Villas Boas Núcleo RPPN INEA [email protected]
26 Gustavo Barros Ventorim Associação Mico-Leão-Dourado [email protected]
27 Joaquim Renato C. J. Gomes Pref. De Rio Bonito – Sec. Agricultura [email protected] ou [email protected]
28 Jonas de Siqueira Cesar Sub-secretario Agricultura Macaé
29 José Eduardo B. de Almeida Pref. Araruama - SEGOV [email protected]
30 José Luiz Monsores Jr Núcleo RPPN INEA [email protected]
31 José Marcos C. Fochi Sítio da Luz - RPPN (21)9326-1550 [email protected]
32 Juliano Barros Ventorim AMLD (22)9715-0268 [email protected]
33 Julio Cesar Marques Carvalho Prefeitura de Macaé (22)9845-1687
34 Jürgen Döbereiner APN – RJ [email protected]
35 Leoni Carlos da Costa e Silva Pref. Araruama - SEMAM [email protected]
36 Lohan Galvão Boucinha Associação Mico-Leão-Dourado (22) 9994-4654
37 Luana Azevedo ASCOM – Casimiro de Abreu [email protected] [email protected]
38 Lucas Moura Secretaria de Estado do Ambiente - SEA [email protected]
39 Lucia Lopes RPPN Matumbo [email protected]
40 Lucien dos Santos Amorim SMTMA - Magé [email protected]
41 Luiz Nelson Faria Cardoso RPPN Fazenda Bom Retiro [email protected]
42 Maxwell Souza Vaz Prefeitura de Macaé [email protected]
43 Miguel Vianna Câmara de Vereadores Cachoeiras de Macacu (21)9215-9378 [email protected]
44 Mônica Debuche de Paiva Núcleo RPPN INEA [email protected]
45 Marcus V. M. Botelho Câmara Mun. Rio Bonito [email protected]
46 Marília Salgado Martins Associação Mico-Leão-Dourado (22)8111-3676 [email protected]
47 Mauricio Porto Sec. Mun. de Agricultura e Pesca – Casimiro de Abreu (22)2778-1619 [email protected]
48 Nara Martins Conceição Sec. Meio Ambiente de Macaé [email protected]
49 Nelson Barroso da Conceição SMTMA - Magé [email protected]
50 Pablo Esteves da Silva Subsecretário Agricultura Macaé [email protected]
51 Paula Campos Lara Moura Sítio da Luz - RPPN (22)9947-7764 [email protected]
52 Paulo Moraes Prefeitura de Macaé (22)8828-3131 [email protected]
53 Pedro Henrique de Noronha Martins Latitude 22 – fomentação de RPPN (22)9273-7398
54 Raimundo da Silva Neto Prefeitura de Macaé (22)8809-8850/2791-9008 ramal 198 [email protected]
55 Rafael Copolillo Sec. Fazenda Casimiro de Abreu [email protected]
56 Renata Alves ASCOM – Casimiro de Abreu [email protected]
57 Renata Gomes de Souza Sec. Mun. de Meio Ambiente e Desenv. Sustentável – Casimiro de Abreu
(22)2778-1732 [email protected]
58 Roberta Guagliardi Núcleo RPPN INEA [email protected]
59 Rodrigo Leite de Andrade Prefeitura Municipal de Teresópolis (21)7667-1462 [email protected]
60 Rosan Valter Fernandes Associação Mico-Leão-Dourado [email protected]
61 Simone Antunes Nunes da Costa Universidade Candido Mendes [email protected]
62 Tatiana da Silva Costa Pinto REBIO União (22) 2777-1113 [email protected]
63 Thabta Matos da Mata Sec. Meio Ambiente de Cachoeira de Macacu (21)9713-6677 [email protected]
64 Thadeu Melo Instituto BioAtlântica (21)2535-3940 [email protected]
65 Vânia Batista Subsecretaria Mun. de Meio Ambiente e Desenv. Sustentável – Casimiro de Abreu
66 Whitson José da Costa Jr REBIO União / ICMBio (22)2777-1113
ANEXO 3 – PROPOSTA DE LINHAS DE AÇÃO PARA MODELO DE PROGRAMA MUNICIPAL DE APOIO A RPPN.
ETAPAS AÇÕES
CRIAÇÃO Corpo técnico; Equipamentos; Busca de parcerias; eProtocolo e acompanhamento de processo
MANEJO Plano de Manejo; Divulgação; Infraestrutura local (trilha, p. ex.); e Restauração florestal
INFRAESTRUTURA EXTERNA Acesso (estradas); Eletricidade; Telecomunicações (internet, telefonia)
FISCALIZAÇÃO Fiscalização integrada; Mapas de acesso às RPPN
PROTEÇÃO Brigada municipal; Aceiros; Torres de observação de incêndio; Isolamento (cerca)
SUSTENTABILIDADE Trabalho com entorno; Ecoturismo; Marketing; Serviços ambientais; Pagamento por serviços ambientais; Agregação de valor para produção no entorno (selo); Captação de recursos
VONTADES DOS PROPRIETÁRIOS Ouvir proprietário
ANEXO 4 – FOTOS DO EVENTO.
Abertura do Seminário com representantes das
instituições organizadoras e patrocinadoras.
Público presente no Seminário.
Trabalho em grupos.
Participantes ao final do Seminário.