Resoluções das Atividades
VOLUME 2 | HISTÓRIA 2
Pré-Universitário | 1
Sumário
Aula 6 – As revoltas coloniais – Movimentos nativistas e emancipacionistas ..1
Aula 7 – Período joanino e a transição para a independência ..........................2
01 E
A Conjuração Baiana de 1798, posterior à Inconfidência Mineira, é normalmente comparada com a sua antecessora. O movimento baiano é considerado como “popular”, inspi-rado nos ideais jacobinos de igualdade que pressupunham o modelo republicano e os mesmos direitos para todos os homens. Os baianos defenderam ainda o fim da escravidão.
02 A
Por seu caráter abolicionista, a Independência do Haiti teve grande influência em manifestações dos negros e segmen-tos populares contrários à sua situação. A Conjuração Baiana (Revolta dos Alfaiates) de 1798, que teve caráter popular, além das influências da independência das Treze Colônias Inglesas, dos ideais iluministas, republicanos e emancipacionistas difun-didos por uma parte da elite culta, reunida em associações como a Loja Maçônica Cavaleiros da Luz, teve forte influência do processo de independência do Haiti, ou haitianismo. Os revoltosos pregavam a libertação dos escravos, a instauração de um governo igualitário (defesa dos méritos e capacidades), além da instalação de uma República baianense, da liberdade de comércio e do aumento dos salários dos soldados.
03 A
No século XVIII, o desenvolvimento da atividade mine-radora no Brasil levou a Coroa Portuguesa a estabelecer uma rígida política fiscal sobre a colônia desagradando colonos das Minas Gerais, que reagiram com manifesta-ções de revolta, como a liderada por Filipe dos Santos em 1720. Para conter novas manifestações, a Coroa reforçou os mecanismos de controle sobre os colonos, o que não impediu, em 1789, o movimento da Inconfidência Mineira, com proposições separatistas.
04 D
Os primeiros ocupantes da Região das Minas foram os paulistas de origem bandeirante, que sonhavam em
01 E
A Inconfidência Mineira e a Conjuração Baiana receberam influência das ideias iluministas, presentes na independên-cia dos Estados Unidos e na Revolução Francesa. A prega-ção libertária baseada nos princípios de liberdade indivi-dual, igualdade jurídica e defesa da propriedade privada acabou por atender os interessados de diferentes grupos: populares, classe média e aristocratas, que integraram os referidos movimentos emancipacionistas e se opuseram à estrutura do sistema colonial.
02 A
Comentário de História: O poema denuncia os governantes e os mercadores usurários, que abusam do poder e dos privi-légios que possuem, como representantes diretos da metró-pole. Pode ser compreendido como expressão do nativismo, que antecede a defesa da independência colonial.
Comentário de Literatura: Gregório de Matos, autor inse-rido no Barroco brasileiro (1601-1768), não poderia apre-sentar características neoclássicas típicas do estilo subse-quente, o Arcadismo (1768-1836), muito menos valorizar a estética parnasiana do final do século XIX ou desenvolver temática típica do Modernismo brasileiro das primeiras décadas do século XX, o que invalida as opções c, d, e. Embora a preocupação do texto seja claramente a de sati-rizar a situação em que na época se encontrava a cidade da Bahia, não se pode afirmar que o texto faça apologia da independência brasileira, como é afirmado em b.
Nem todas as motivações foram iguais, pois a Conjuração Baiana almejava a abolição da escravidão.
enriquecer com o ouro encontrado. No entanto, toda a estruturação da exploração aurífera ficou sob controle de representantes da metrópole, que distribuíram as terras àqueles que possuíam escravos – normalmente vindos da região açucareira em crise – e privilegiavam mercadores de origem portuguesa, muitos vindos da cidade do Rio de Janeiro. Esses dois grupos, que chegaram posteriormente, eram vistos como “forasteiros” pelos primeiros ocupantes da região e seus privilégios foram contestados em um movimento que resultou em uma guerra, com violenta repressão sobre os pequenos mineradores.
Aula 6 As revoltas coloniais – Movimentos nativistas e emancipacionistas
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VOLUME 2 | HISTÓRIA 2
01 D
Uma das afirmações mais tradicionais na História do Bra-sil, apoiada no senso comum, é de que a Independência foi pacífica, sem derramamento de sangue. Essa ideia está baseada na participação ativa das elites agrárias no pro-cesso de Independência como forma de garantir uma rup-tura política frente à metrópole, e ao mesmo tempo garan-tir a preservação da estrutura socioeconômica apoiada no latifúndio e na escravidão.
02 C
A grande presença de produtos ingleses no Brasil foi fruto da abertura dos portos às nações amigas em 1808 e dos Tratados de 1810. Primeiro, cabe lembrar que já existiam produtos ingleses aqui, antes de 1808, porém em pequena quantidade, pois ainda havia na prática o Pacto Colonial. Os Tratados de 1810 favoreceram principalmente as importa-ções da Inglaterra e não estão relacionados aos produtos exportados, nem pelo Brasil nem pelas colônias da Espanha.
03 B
A transferência da Corte portuguesa para o Brasil se insere em um contexto de crise do Antigo Regime na Europa, com o avanço dos interesses capitalistas, principalmente ingleses, mas também franceses. A abertura dos portos às nações amigas favoreceu o comércio e a indústria da Inglaterra e colocou o Brasil em contato direto com novos mercados, eliminando, na prática, o monopólio lusitano.
04 A
A questão trata da vinda da Família Real para o Brasil no contexto das guerras napoleônicas, tal como a fonte do trecho indica. A resolução depende de uma leitura atenta do texto, o que eliminaria as alternativas b e c, pois o epi-sódio referenciado é o embarque da comitiva real. O aluno ainda deveria recordar que, embora o destino final fosse o Rio de Janeiro, D. João, então príncipe-regente, desem-barcou inicialmente na cidade de Salvador, local onde assinou a Carta Régia declarando a abertura dos portos às nações amigas, em 28 de janeiro de 1808.
01 D
Sitiado pelas tropas de Artigas, o vice-rei do Prata obteve apoio do governo de D. João VI, regente português no Brasil. A situação retrata o processo de independência na Região do Prata e a futura anexação da Cisplatina pelo Bra-sil, como descrevem as afirmações I e II. De 1816 a 1828, a região (futuro Uruguai) ficou sob domínio brasileiro.
03 B
Em função da exploração exagerada da Metrópole, ocor-reram várias revoltas e conflitos nesse período.
04 D
Desde o meado do século XVII, as jazidas de ouro em Minas Gerais começavam a se esgotar, fato não compreendido pela Coroa, que instituiu a cobrança da Derrama na região, uma taxação compulsória em que a população deveria completar a cota imposta por lei de 100 arrobas de ouro (1.500 quilogramas) anuais quando esta não era atingida. Os escravos não participaram, pois foi um movimento elitista.
05 E
No século XVIII, podemos observar que algumas revoltas foram fruto da incompatibilidade de interesses existentes entre os colonos e os portugueses. Algumas vezes, a situ-ação de conflito não motivou uma ruptura radical com a ordem vigente, mas apenas a manifestação por simples reformas que se adequassem melhor aos interesses locais.
06 D
Mesmo preconizando os ideais iluministas e liberais, as revoltas acontecidas no Brasil eram cercadas por uma série de limites. O mais visível deles se manifestava na conserva-ção da ordem escravocrata e a limitação do poder político aos membros da elite econômica local.
07 E
Até a primeira metade do século XVIII, diversos movimen-tos nativistas realizaram-se no Brasil. O que caracterizou esses movimentos foi a negação dos abusos portugueses sem, no entanto, contestar o domínio luso. Baseavam--se, portanto, na defesa dos interesses locais e regionais, porém, sem questionar o Pacto Colonial.
Já os movimentos emancipacionistas, ocorridos da segunda metade do século XVIII ao primeiro quartel do XIX, trataram-se de revoltas contra a subordinação da Colônia ao poder da Coroa portuguesa.
08 A
As ideias liberais que entravam no Brasil junto com os viajan-tes estrangeiros e por meio de livros e de outras publicações incentivavam o sentimento de revolta entre a elite pernam-bucana, que participava ativamente, desde o fim do século XVIII, de sociedades secretas, como as lojas maçônicas.
09 E
A Inconfidência Mineira não teve diversidade social, sendo um movimento elitista.
10 D
Nem todas as motivações foram iguais, pois a Conjuração Baiana almejava a abolição da escravidão.
Aula 7 Período joanino e a transição para a independência
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02 C
O governo de D. João VI no Brasil tomou diversas pro-vidências no intuito de estabilizar a administração do Império colonial luso; dentre elas está a abertura dos portos às nações amigas, o que tornou o Rio de Janeiro um porto internacional para intercâmbio com a Europa, principalmente no que concernia à Inglaterra, liderança industrial e comercial privilegiada no Brasil por acordos comerciais com Portugal, os quais concediam à potência inglesa tarifas preferenciais e liberdade de comércio nos portos brasileiros.
03 A
Se, no geral, o governo de D. João VI (rei a partir de 1816, quando do falecimento de D. Maria I) foi benéfico para o Brasil, em Portugal, ele gerou fortes ressentimentos – sobretudo entre a burguesia, que desde 1808 perdera o lucrativo monopólio do comércio com o Brasil.
04 C
De um modo geral, a aristocracia rural brasileira aceitou de bom grado a administração joanina. Tal avaliação, porém, não se aplica a Pernambuco. Acrescentem-se a esse qua-dro o aumento de impostos para sustentar a Corte portu-guesa no Brasil e a crise nas exportações do açúcar.
05 B
É verdade que, pelos tratados de 1810, o governo por-tuguês concedeu ao comércio e aos cidadãos britânicos condições privilegiadas para atuar no Brasil. Mas outra não poderia ser a atitude lusitana, tendo em vista a fragilidade da posição de Portugal em face de seu poderoso aliado.
06 A
No Brasil, as novas sobre a Revolução do Porto tiveram boa aceitação, tanto entre a aristocracia rural como entre os comerciantes portugueses aqui radicados. D. João VI, confrontado com uma grande manifestação popular, jurou respeitar a Constituição que iria ser feita em Portugal.
07 A
No plano sul-americano, o governo joanino empreen-deu duas ações militares. A primeira, como uma retalia-ção à invasão napoleônica de Portugal, foi a ocupação da Guiana Francesa. Já a segunda ação militar teve maior importância. Aproveitando a ebulição emancipacionista que agitava a Bacia Platina, D. João determinou a invasão da chamada Banda Oriental (atual Uruguai), que integrava o Vice-Reino do Prata. A Confederação do Equador acon-teceu durante o governo de D. Pedro I.
08 A
Uma das principais medidas tomadas por D. João foi abrir o comércio brasileiro aos países amigos de Portugal. A principal beneficiada com a medida foi a Inglaterra, que
passou a ter vantagens comerciais e dominar o comércio com o Brasil.
09 C
Em janeiro de 1808, Portugal estava prestes a ser invadido pelas tropas francesas comandadas por Napoleão Bona-parte. Sem condições militares para enfrentar os franceses, o príncipe regente de Portugal, D. João, resolveu transferir a Corte portuguesa para sua mais importante colônia, o Brasil. Contou, nesse empreendimento, com a ajuda dos aliados ingleses.
10 E
Para sustentar o luxo, o Governo Joanino tratou logo de aumentar os impostos, causando manifestações dos que arcaram com esse aumento.