Download - Revista Bens & Serviços
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Revista da Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado do Rio Grande do Sul
BENS SERVIÇOS
tENdêNciaS
crowdfunding pode ser alternativa para empresas
NEgócioS o que aprender com as empresas que são referência em suas regiões
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Entrevista o especialista marcos freitas fala sobre a crise hídrica no país e possíveis alternativas
o barato que sai caro para toda a sociedade
doSSiê saiba mais sobre a bicicleta, da sua origem
à retomada urbana
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luiz carlos bohnPresidente do Sistema Fecomércio-RS/Sesc/Senac
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A inFoRMAlidAde eStá Punindo todos nós da maneira mais perversa possível. Em um ano de resultado econômico pífio, inclusive, com perspectiva de PIB negativo, como foi 2014, estima-se que a economia subterrânea tenha movimentado R$ 830 bilhões. Qual é o nicho de mercado que gira um volume tão grande quanto esse atualmente? Para efeitos comparativos, R$ 830 bilhões é mais de 20 vezes o volume movimentado por todo o comércio eletrônico no ano passado.
Outro dado que mostra o quanto essa quantia é elevada é o total movimentado pelo segmento de serviços, que responde por 70% da riqueza gerada no país. De acordo com a Pesquisa Anual de Serviços (PAS), realizada pelo IBGE, os serviços movimentaram R$ 1,1 trilhão em 2012. Infelizmente, esse é o resultado mais recente da série e foi divulgado em novembro do ano passado, mas ainda assim é emblemático: não podemos ter um mercado informal tão grande a ponto de alcançar quantias que facilmente poderiam chegar ao mesmo nível das auferidas por setores produtivos inteiros.
É alarmante constatar que a economia sub-terrânea representa mais de 16% do nosso PIB. Para a classe empresarial esse é um pro-blema antigo e parece cada vez mais distante de uma solução. A informalidade prejudica os negócios ao gerar a concorrência desleal. Estar à frente no mercado é o desejo de todo empresário, mas quando esse avanço se dá por vantagens ilegais, como o descumpri-mento de obrigações tributárias, pune todos os demais empresários que geram renda e emprego formais, contribuindo com a for-mação da riqueza do país.
Esse prejuízo se estende para toda a sociedade. Na questão do emprego, há a perda de todas as garantias do sistema formal, inclusive na questão da saúde e segurança do trabalhador. A arrecadação, reduzida, também gera menos retorno em investimento em saúde, educação e infraestrutura. No final, como sabemos, todos pagamos essa conta. E, dessa forma, a classe empresarial é prejudicada mais uma vez. O combate à informalidade exige atenção maior do poder público e pode ser um grande aliado em tempos de crise.
Um mercado volUmoso e perverso
especial / informalidade
revista bens & serviços / 119 / março 2015
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o mercado da
informalidade
movimentou mais de
r$ 800 bilhões no ano
passado no brasil,
prejudicando não só
empresários afetados pela
concorrência desleal
como toda a sociedade
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nicho
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negóciosmercado
ganhar projeção e se tornar
ponto de referência da região
é mérito para poucos negócios
que sabem se diferenciar
24
quer se renovar para manter
a clientela? preste atenção
nas mudanças para não
deixar clientes órfãos
medidas econômicas impactam
no mercado imobiliário, mas
não tiram o otimismo dos
empreendedores do setor
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Dicas do Mês
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Liberdade
“A liberdade não é nada
simples! A maior parte das
pessoas abre mão dela
facilmente. Você paga um
preço por ela. Há pessoas
que brigam com você porque pen-
sam diferente. Ou você não quer
desagradar a alguém e mente por,
digamos, generosidade. Só que isso
vai ficando pesado. A liberdade tem
uma relação com a verdade. Uma
pessoa livre é verdadeira quanto ao
que pensa, ao que sente. Mas hoje
muita gente confunde dizer o que
pensa com dizer o que passa na ca-
beça. Não é a mesma coisa. Ser livre
dá trabalho! Inclusive o de pensar.”
renato janine ribeiro, professor titular de Ética e Filosofia Política na USP
Não alcançamos a liberdade buscando a liberdade, mas sim a verdade. A liberdade não é um fim, mas uma consequência.“
Liev toLstói Escritor russo (1828-1910)
Um ideal oU Um valor legítimo conqUistado pelos
homens? mesmo qUe não seja plena, a liberdade
é desejada pela sUa capacidade de exterminar as
amarras qUe nos prendem a algo.
ela se encontra na fronteira entre a aUtonomia
e o viver coletivo; por isso, deve ser qUestionada
levando em conta os âmbitos interior e exterior
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“A concepção tradicional de liberdade, feita por Aristóteles, diz que ela se situa na capacidade do ser humano de agir ou não agir, expressa pela própria vontade racional. Os filósofos que defendem a liberdade acreditam neste pres-suposto, como Santo Agostinho, São Tomás
de Aquino, Adam Smith e Sartre. Porém, há quem discorde da possibilidade aristotélica de agirmos pela própria vontade racional. O primeiro grupo de pensadores deterministas, como João Calvino, Espinoza, Schopenhauer, Lukács e Einstein, entre outros, acredita que as causas naturais e históricas determinam nossas ações e decisões sem que possamos perceber. O segundo grupo, que tem Nietzsche e Freud como principais teóricos, acredita que nossas forças instintivas e impulsionais são in-conscientes. Nossas decisões são tomadas por impulsos sexuais ou destrutivos, mas para encobrir essas decisões socialmente condenadas criamos uma instância justificativa chamada de ‘razão’. Para concluir, o único consenso sobre a liberdade foi formulado por Kant: ‘A liberdade não pode ser provada ou desmentida pela observação empírica ou pela lógica, logo ela se inclui como um tema ‘suprassensível’.”
CLóvis de barros FiLho, professor livre-docente pela ECA-USP
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Saldo na geração de emprego para janeiro é o menor deSde 2009O número de trabalhadores demitidos superou o índice de admitidos em janeiro deste ano. No primeiro mês do ano foram registradas, ao todo, 1.600.094 admissões, contra 1.681.868 desligamentos. Os dados foram divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).O ministro do Trabalho, Manoel Dias, declarou, em nota divulgada pelo ministério, que “os setores que tradicionalmente fazem demissões nesse período, por questões como o fim do período de férias, foram os que mais perderam vagas”. De acordo com os dados do Caged, o comércio varejista teve redução de 1,25% nos postos de trabalho em comparação a janeiro de 2013.
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FechamentO de empresas passa a ser realizadO em apenas um dia O programa Bem Mais Simples, lançado
em fevereiro deste ano pelo governo, viabiliza medidas para desburocratizar a abertura e o fechamento de
empresas. Com isso, o prazo para encerramento passa a ser de um dia – antes chegava a 102,5 dias em média.
Já a abertura de um empreendimento será feita em até cinco dias a partir de junho. O governo federal propôs
também um documento único que reúne informações, como identidade e CPF, para facilitar os processos. De
acordo com o ministro da Secretaria da Micro e Pequena Empresa, Guilherme Afif, o projeto será desenvolvido e
aprimorado pelos próximos três anos.
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a desoneração da folha de pagamentos foi reduzida com a decisão recente de elevação das alíquotas cobradas das empresas, conforme determina a Medida Provisória 669, publicada no Diário Oficial da União em 27 de fevereiro. A desoneração permite que alguns seto-res produtivos paguem contribuição à Previdência Social com base na receita bruta, e não sobre a folha de pagamentos. Os setores que antes pagavam 1% sobre o faturamento passarão a arrecadar 2,5%, e as empresas que pagavam 2% recolherão ao INSS 4,5% sobre o fatura-mento. As novas alíquotas começam a vigorar a partir de junho.
eSpaço Sindical
sindilOjas Gravataí e nOva central de
videOmOnitOramentO No mês de feverei-
ro, o Sindilojas Gravataí participou de uma
reunião sobre o novo Centro Integrado de
Videomonitoramento da cidade. O projeto
objetiva melhorar o nível de segurança do
local. O encontro foi coordenado pela Secre-
taria Municipal para Assuntos de Segurança
Pública e reuniu o presidente da Acigra, Regis
Albino Marques Gomes, o vice-presidente do
Sindilojas, Airton Duarte, e representantes de
várias secretarias e órgãos do governo.
secOvi zOna sul hOmenaGeia presidente da
FecOmérciO-rs O Secovi/Zona Sul homena-
geou o presidente do Sistema Fecomércio-RS,
Luiz Carlos Bohn, com o Troféu Patrono Flávio
José Gomes. A entrega do troféu foi feita pelo
presidente do sindicato, Sérgio Cogoy, durante o
jantar de confraternização e encerramento do
5º Festival Internacional Sesc de Música, no mês
de janeiro, em Pelotas.
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sindilOjas reGiãO centrO cOmpleta 68
anOs Em janeiro, o Sindilojas Região Centro, de
Santa Maria, completou 68 anos de atividades.
A entidade, que representa aproximadamente 5
mil empresas da região, é presidida pelo empre-
sário Ademir José da Costa.
sescOn-rs Faz visita a GOvernadOr Com
intenção mútua de parcerias futuras, o gover-
nador José Ivo Sartori recebeu lideranças do
segmento contábil no Palácio Piratini, em janeiro.
Na reunião, o presidente do Sescon-RS, Diogo
Chamun, apresentou a entidade e mencionou
o Projeto Gestão Pública Eficaz. O encontro
também teve a participação do presidente da
Federacon, Sérgio Rossetto, e do CRC-RS, Antô-
nio Carlos Palácios.
maiS startups entram no clube do uS$ 1 bilhãoO The Wall Street Journal e a Dow Jones Dow Jones VentureSource monitoraram empresas de capital fechado avaliadas em US$ 1 bi-lhão ou mais por investidores de risco. O acompanhamento ocorreu através do projeto Clube das Startups de Um Bilhão de Dólares, no site do WSJ. O valor estipulado para as empresas, embora seja alto, não é mais uma raridade para esses empreendimentos. Segundo a análise do jornal, pelo menos 73 empresas de capital fechado no mundo es-tão avaliadas em US$ 1 bilhão ou mais. No ano passado, 48 empresas
estavam nesse patamar. O motivo para tamanho suces-so é que os negócios estão esperando mais para abrir o capital e passaram a faturar com os serviços oferecidos para smartphones.
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governo eleva contribuição para empreSaS com deSoneração
receita Federal cria malha Fina para pessOa jurídica
Em março, a Receita Federal lançou o sistema de malha
fina para pequenas e médias empresas. Com o novo
recurso, a pessoa jurídica que apresentar inconsistências no
preenchimento da declaração do Imposto de Renda será
notificada e deverá regularizar sua situação com o Fisco. A
Receita já está notificando 26 mil empresas com suspeita
de irregularidade em suas declarações passadas. Se as
sonegações forem confirmadas, o valor da dívida pode
chegar a R$ 7,2 bilhões.
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trêS perguntaS
Mariela Schilieper é diretora do Estalagem
St. Hubertus, localizado em Gramado, no
Rio Grande do Sul. O hotel foi reconhe-
cido pela TripAdvisor como o melhor do
brasil, além de ter recebido o Travellers’
Choice 2015, prêmio internacional que o
destacou como o 9º melhor do mundo.
O que é necessáriO para administrar um bOm hO-
tel? Em primeiro lugar é preciso gostar da hotelaria, pois
os desafios são diários e constantes. Acredito que fazer
o que se gosta, com dedicação e carinho, é a melhor
receita de sucesso sempre. Gosto muito desta frase e
ela traduz muito bem nosso trabalho: “Hospedar alguém
é uma questão técnica. Aconchegar alguém é uma
arte que vem do amor”.
cOmO alcançaram esta pOsiçãO em um rankinG
internaciOnal? Com trabalho. Não tem outra manei-
ra de se alcançar o sucesso. Todo prêmio é reflexo de
um trabalho bem realizado, porém não é garantia de
sucesso permanente. Em 2014 fomos agraciados como
Melhor Hotel do Brasil e 6° Melhor Hotel da América Lati-
na, e em 2015 recebemos o prêmio de 9° Melhor Hotel
do Mundo e Melhor Hotel do Brasil, resultado da análise
e opinião dos viajantes, usuários do site, que é indiscu-
tivelmente hoje é o maior site de viagens do mundo. É
realmente motivo de muito orgulho para mim e toda
minha equipe. Também é importante se ter consciência
que esta conquista é construída diariamente. Fazemos
nosso trabalho com muita dedicação, e procuramos
no dia a dia melhorar nossas instalações e serviços para
cada vez mais encantar nossos hóspedes.
de que maneira Os seus serviçOs se diFerenciam
dOs demais? Além de uma excelente equipe, bem trei-
nada e valorizada, a Estalagem está localizada em um
local privilegiado, no Lago Negro, que por si só já é ins-
pirador. Para nós, todo hóspede é único, e procuramos
fazer com que os momentos passados na Estalagem St.
Hubertus sejam inesquecíveis e singulares, e que todos os
sonhos sejam realizados. Não tem muito segredo.
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eStadoS e municípioS têm maior Superávit deSde 2001em janeiro, os governos dos estados e municípios econo-mizaram R$ 10,544 bilhões para pagamento dos juros da dívida. O resultado dos governos regionais foi o melhor já registrado desde o início da série histórica do Banco Cen-tral (BC), em 2001. Conforme o chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, o início dos governos nos estados e a reavaliação das contas podem ter contribuído para o número favorável. De acordo com Maciel, mesmo com o costumeiro aumento de receitas no início do ano, como o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Auto-motores (IPVA) e o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), o resultado obtido foi bom. No mesmo mês, em 2014, o superávit foi de R$ 7,2 bilhões.
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balneário pinhal conta com balcão SeSc/Senaca população do Litoral Norte ganhou mais qualificação profissional e bem-estar social com a inauguração do Balcão Sesc/Senac Balneário Pinhal (Av. General Osó-rio, nº 1030), no dia 24 de fevereiro. “Grande parte dos resultados do comércio está atrelada ao engajamento dos trabalhadores. Pontos de atendimento como esse auxiliam na formação profissional e na qualidade de vida”, disse o presidente do Sistema Fecomércio-RS/Sesc/Senac, Luiz Carlos Bohn. Na estrutura de 184 m² serão desenvolvidos cursos nas áreas de Informática, Gestão e Idiomas, bem como ações de Turismo Social, projetos esportivos e culturais. A prefeitura disponibi-lizou o prédio.
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Inscreva-se no canal da Fecomércio-RS no Youtube. Na página estão disponíveis vídeos com informações
econômicas e orientações sobre gestão de negócios. Acesse em https://www.youtube.com/user/videosfecomerciors
ÓrgãoS federaiS têm limite de gaStoS de janeiro a abril, os órgãos federais poderão gastar até R$ 75,2 bilhões. O valor consta no decreto que limita os gastos discricionários (não obrigatórios) da União no pri-meiro quadrimestre, publicado no primeiro mês do ano em
edição extraordinária do Diário Oficial da União. Do montante total, R$ 60 bilhões devem ser desti-nados aos gastos de cus-teio não obrigatórios e de investimentos federais, como obras públicas e compras de equipamen-tos. Os R$ 15,2 bilhões res-tantes dizem respeito ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
conSumidor tem maiS cautela na buSca por crédito em fevereiro, a quantidade de pessoas dispostas a solicitar crédito diminuiu 10,7% em comparação ao mês anterior. O dado é do Indicador Serasa Experian da Demanda do Consumidor por Crédito. Para a entidade, o baixo grau de con-fiança dos consumidores, a elevação das taxas de juros cobrados após a conces-são do dinheiro e a menor quantidade de dias úteis – devido ao feriado do car-naval – reduziram a procura do consumidor por crédito no mês de fevereiro. A procura dos consumidores que possuem renda mensal de até R$ 500 caiu 11%. O mesmo percentual foi constatado entre os que recebem de R$ 500 a R$ 1.000 mensais. A maior redução ocorreu no Centro-Oeste (-12,5%), seguida do Nordeste (-12,2%), Sul (-10,5%), Sudeste (-10,1% ) e Norte (-8%).
cnc vOlta a cOrtar prOjeçãO
de vendas nO varejO restritO A
estagnação do consumo brasileiro
levou a Confederação Nacional de
Comércio, Bens e Serviços (CNC)
a reduzir a projeção de aumento
para o volume de vendas do varejo
restrito em 2015. No ano passado, a
expectativa de crescimento chegou a
2,4%. Já para 2015, a previsão é que
ela seja de 1,7%. A menor disposição
para novas compras aparece na
Intenção de Consumo das Famílias
(ICF), apurado em fevereiro deste
ano. O endividamento das pessoas
e os altos juros cobrados estão entre
os fatores que justificam a baixa
intenção de compra.©
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tendências
nunca fez tanto sentido como hoje em dia. Com o surgimento do chamado crowdfunding, que no Brasil ganhou o nome de financiamento coletivo, conseguir verba para iniciar um projeto agora é possível de real em real, ou melhor, de doação em doação.
A iniciativa funciona mais ou menos assim: uma pessoa ou grupo publica num site de financiamento coletivo uma ideia ou um negócio que quer iniciar. Lá, ela coloca o valor que precisa para dar o pontapé inicial e justifica, argumen-tando os benefícios do projeto. Se a pessoa que ler achar que vale a pena, ela doa um valor para a causa. E assim sucessi-vamente até o projeto conseguir arrecadar o montante ne-cessário para alçar os primeiros voos.
“O financiamento coletivo ocupou uma grande falha dos sistemas tradicionais de financiamentos culturais, sociais, científicos, empreendedores. Uma grande demanda reprimida por falta de financiamento encontrou menos burocracia, ris-co quase zero, mais agilidade e independência do financiador, além de um potencial de financiamento ilimitado”, explica Fe-lipe Caruso, autointitulado missionário do coletivismo e coor-denador de Comunicação do Catarse, primeira plataforma de financiamento coletivo para projetos criativos no Brasil.
A plataforma entrou no ar em 17 de janeiro de 2011. De lá para cá, mais de 1,6 mil projetos já foram financiados por aproximadamente 190 mil pessoas, que doaram cerca de R$ 27 milhões. No topo da lista das ideias mais bem aceitas pelos bra-sileiros estão iniciativas que envolvem música, TV e cinema, quadrinhos e teatro. Mas também há projetos de gastronomia, mobilidade urbana e causas sociais, como o Repense, projeto que buscou no financiamento coletivo verba para produzir uma campanha sobre os benefícios do canabidiol – medica-mento derivado da maconha capaz de melhorar a qualidade de vida de crianças com crises convulsivas e que até o início deste ano era proibido no Brasil. Os idealizadores pediram R$ 12 mil, mas levaram R$ 22 mil de 362 doadores.
O velhO ditO pOpular “de grãO em grãO a galinha enche O papO”
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Crowdfunding, o chamado
financiamento coletivo,
coloca o cidadão comum
como protagonista no
aporte financeiro de novas
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Quando a doação faz a força
texto micheli aguiar
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“O crowdfunding representa a possibilidade de mobiliza-ção para que nós mesmos tiremos nossas ideias do papel, in-dependentemente do apoio do poder público ou da iniciativa privada. É um caminho sem volta, de mais independência, contato, proximidade, honestidade, transparência, agilidade e afeto em diversas cadeias produtivas”, afirma Caruso.
ALTERNATIVA PARA AS STARTUPS
Muito comum e incentivadas em países como Estados Unidos, Alemanha e Inglaterra, as startups – empresas ini-ciantes, geralmente na área de tecnologia, e que querem colocar no mercado um produto inovador – têm potencia-lidade de gerar lucros, mas sem capital inicial esbarram na burocracia dos financiamentos tradicionais.
Para Cássio Spina, especialista em startups e fundador da Anjos do Brasil, organização sem fins lucrativos voltada à pro-moção do investimento-anjo – quando uma pessoa física usa capital próprio em empresas nascentes com alto potencial de crescimento –, o crowdfunding pode ser uma ferramenta real-mente eficaz para projetos entre R$ 500 e R$ 5 mil e que sejam bem definidos. “O crowdfunding exige um trabalho de divulga-ção amplo antes sequer de ter a startup e o produto; não basta apenas inserir seu projeto em uma plataforma e esperar que as pessoas vejam. É necessário divulgar por todos os meios a que se tiver acesso para conseguir ter resultado”, explica.
Autor do livro Investidor Anjo – Como conseguir investimen-to para seu negócio, Spina lembra ainda que o financiamen-to coletivo exige que a startup abra suas informações, pois precisa descrever em um site tudo que envolve seu produto para poder conquistar a doação. “Uma das grandes vanta-gens do crowdfunding é poder testar o interesse pelo seu pro-duto/negócio antes de investir. Se ele atingir o valor alvo de captação é um indicativo de que tem demanda.”
Para o especialista, o crowdfunding tem ainda muito que crescer no Brasil. Para isso nosso mercado precisa ficar mais maduro. “Ainda temos de trabalhar para a disseminação de conhecimento sobre o tema”, enfatiza.
CINEMA EM REDE
Em Porto Alegre, o colombiano Juan Zapata, que vive há dez anos no Brasil, junto com parceiros da área do audio-
visual e a Zapata Filmes, criou um human funding chamado Cinema de Rede – um tipo de financiamento coletivo, não só de dinheiro, mas, principalmente, de serviços e pessoas que atuem na área do audiovisual.
A ideia surgiu em 2012, depois de uma experiência no Catarse, para ajudar na produção do longa-metragem Si-mone, que foi lançado em 2013. “Nós conseguimos pouco recurso financeiro, mas recursos humanos foram inúme-ros. Além do mais, conseguimos criar uma rede de parce-ria entre essas pessoas para oportunizar novos projetos”, afirma Zapata.
O Cinema de Rede não ficou apenas no longa-metragem, o projeto tem como objetivo seguir promovendo o desen-volvimento de outras realizações audiovisuais através de divulgação e captação de recursos. “Estamos muito satisfei-tos, pois o Cinema de Rede permite valorizar projetos e unir pessoas pelo mesmo objetivo”, conclui o cineasta.
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Longa-metragem Simone foi produzido
com o financiamento coletivo
Doação – sem contrapartida para os participantes
empréstimo – podendo haver devolução do dinheiro
arrecadado
Retribuição – quando o doador recebe uma recompensa do
projeto financiado
Participação/equity – quando o solicitante cede uma parte
do seu negócio aos participantes
PrinciPais tiPos de crowdfunding
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Produtividade
Eficiência aprimorada
T er um rendimento melhor depende de foco e da organização da
rotina corporativa. de quebra, a atitude proativa ainda favorece o
atingimento de melhores resultados, sem o estresse da “última hora”
Tenha um objeTivo
Para o Ceo da DbbS business Solutions, Deni belotti, especialista em conhecimento
do comportamento humano, é fundamental estar focado no propósito do seu tra-
balho. “Se você não estiver empenhado em executar o que lhe é pedido, tudo será
feito de maneira robótica e aquém do que poderia ser. Tenha um objetivo em todo
trabalho que iniciar e, durante esse período, esqueça o mundo ao redor.”
não DeSPerDiCe TemPo
muitas vezes permitimos que as ferramentas de comunicação mais nos prejudiquem do
que nos favoreçam. o excesso de sons e sinais ao nosso redor, como ocorre com as re-
des sociais, e-mails, smartphones, apps e tablets, é um exemplo, cita belotti. “Dá a falsa
sensação de que estamos ‘em atividade’, quando, não poucas vezes, estamos apenas
nos permitindo e até gostando dos ‘sabotadores’ que nos desviam daquilo que realmen-
te interessa. Seu tempo é o ativo mais valioso. não desperdice.”
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Defina PrioriDaDeS
um conselho importante: evite desviar sua atenção de algo importante para responder
a e-mails ou mensagens que ‘parecem’ urgentes. a caixa de entrada é a atual inimiga
da concentração nos escritórios modernos. “faça um teste simples: por duas horas anote
todas as suas ações detalhadamente. você perceberá que é impossível concluir qualquer
tarefa importante se você considera como urgente cada atualização em sua rede de
relacionamentos. Lembre-se: você é o único responsável por seus resultados.”
Seja SinCero ConSigo
embora seja difícil vencer a correria e a pressão do dia a dia, não minta para si
mesmo tentando justificar desvios constantes de atenção. “assuma o controle de
sua vida e não permita desvios em sua jornada. atalhos são caminhos que levam
de nada a coisa nenhuma”, aconselha belotti.
anoTe TuDo
“anote todas as suas ideias, reflexões, dúvidas e fatos importantes. isso ajudará seu
cérebro a estabelecer um comportamento produtivo em relação ao seu dia a dia”,
indica o especialista. Porém, é importante que, além de fazer os registros, você te-
nha o hábito de reler periodicamente as notas. “acredite: você ficará surpreso com
quanta coisa boa encontrará ao revisar suas anotações algum tempo depois.”
oTimize o TemPo Livre
mesmo durante a jornada de trabalho, temos momentos que poderiam ser mais bem
aproveitados. É o caso da hora em que se aguarda uma reunião, que pode ser usada
para reflexão sobre como a sua rotina de trabalho pode ser aproveitada.
“Lembre-se de que um pequeno espaço de tempo pode ser o gerador de uma
grande ideia. Insights vêm com mais frequência a partir de uma mente preparada e
disponível”, destaca belotti.
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Produtividade10 passos
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reLaxe
não há nenhuma incoerência nesta dica: você realmente precisa combater o
estresse para obter resultados melhores. Para belotti, o estresse leva à desorganização.
“os experts em relaxamento dizem que 20 minutos por semana são suficientes para
colocar as ‘prateleiras mentais’ em ordem. relaxar não é crime, pelo contrário. na
medida certa, relaxar vai trazer benefícios impressionantes à sua performance.”
aPrenDa a Dizer não
Saber que o seu tempo é precioso e não pode ser desperdiçado é o primeiro passo
para uma boa organização. “o principal motivo de se estabelecerem objetivos em
uma agenda é o fato de que não podemos fazer tudo ao mesmo tempo. assumir ta-
refas além de sua capacidade pode acabar resultando na concretização de nenhu-
ma delas. aprenda a dizer não. você não faz ideia de como isto pode ser libertador!”
Diga aDeuS à ProCraSTinação
“Tem gente que diz que a procrastinação não te leva a lugar algum. mentira.
Procrastinar te levará para trás e para baixo”, sacramenta belotti. Para ele a atitude
é grave não só porque impacta no resultado imediato como porque cria um
comportamento cada vez mais permissivo, que leva a atrasos e entrega aquém da
esperada. “o que vem depois disto são justificativas e culpa.”
PLaneje o Dia
utilize a última meia hora do dia para planejar o dia seguinte. “o pior dos hábitos
é chegar para um dia de trabalho sem ter a mínima ideia de por onde começar.
Pense no seu dia útil como um livro: anote onde parou e comece a partir dali,
sem necessidade de recapitulação. Crie hábitos saudáveis de planejamento e
avaliação. isto fará uma grande diferença.”
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Uma boa política de cargos e salários é cada vez mais imprescindível para as empre-sas, fato comprovado por pesquisa realizada pela consultoria Hay Group, com 906 empresas nacionais e multinacionais de todo o país. Os dados mostram os temas que estão entre as principais motivações para pedidos de demissão: proposta com um salário maior no mesmo cargo, maior remuneração em cargo mais elevado e trabalhadores que não obser-vam oportunidades de crescimento. Assim, elenquei pontos pertinentes para as empresas implantarem essas políticas:
Importância dessa política – É importante para que a empresa tenha uma política salarial gal-gada no equilíbrio interno e externo. Se deve apresentar de forma transparente o caminho que o colaborador deve seguir para assumir novos postos na empresa. A união desses dois fatores proporciona maior motivação e faz com que o colaborador tenha objetivos mais claros, sendo imprescindível para uma ade-quada retenção de profissionais.
O que é? – É uma ferramenta estratégica para pagar o salário de acordo com as responsa-bilidades e exigências do cargo, comparando o mesmo com a realidade de seu mercado. Torna-se essencial para que a empresa possa desenvolver uma gestão transparente, através de mérito pelos resultados obtidos
e evolução técnicas, por meio de critérios lógicos e bem definidos.
Como implantar? – Buscar apoio da alta ad-ministração e de seus gestores stakeholders, apresentando aos mesmos todo projeto e suas vantagens. Além de identificar profissionais de RH que conheçam as metodologias de avaliação de cargos e construção de tabelas equilibradas e de realizar um detalhamento na descrição clara e objetiva.
Definição dos salários – Os salários devem ser comparados com o mercado, em um equi-líbrio entre a oferta externa e a realidade econômica da empresa.
Avaliação dos cargos – As avaliações devem ser realizadas de acordo com seu peso de im-portância no core business da empresa, sendo que as atribuições devem ser detalhadas no documento chamado Descrição de cargos com a participação do Gestor, RH e ocupante do cargo, através de questionários e entrevistas.
Reconhecimento dos colaboradores – É necessário o desenvolvimento de uma política transpa-rente e definindo as regras para essa evolu-ção, onde todos tenham consciência de suas responsabilidades e de que devem se atualizar para o crescimento. A motivação será conse-quência dos critérios cumpridos.
Celso eduardo Bazzolaconsultor em recursos Humanos e diretor-executivo da bazz estratégia e operação de rH
Dicas para implantar políticas De cargos
e salários
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entrevista
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Marcos Freitas
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Sempre deStacamoS o BraSil como um paíS rico em água,
na comparação com outroS paíSeS. a criSe hídrica de
São paulo acendeu um alerta de que não eStamoS tão
confortáveiS aSSim? O país vive de uma ilusão, uma ilusão que é fácil de compreender por conta da bacia amazônica, que tem 16% da água doce superficial do planeta (descon-sidera os aquíferos). O Brasil, como um todo tem 19,3% da disponibilidade de água doce do mundo. Se desconsiderar a Amazônia, sobram 3%, o que ainda é muita água. Amazô-nia e Tocantins ficam com 85% da água superficial e sobram 15% da água para 90% da população. E água não se transpor-ta por grandes distâncias, não por enquanto, não é como a distribuição energética. O que ocorre é que no Sudeste e no Nordeste a disponibilidade hídrica é relativamente limita-da, seja porque as populações são maiores ou porque não
há tanta água assim. No caso de São Paulo, propriamente dito, que é a maior concentração habitacional do país e uma das maiores do mundo, são quase 20 milhões de habitantes, em uma área que está a 700 metros de altura, onde os rios não são caudalosos e os que existem estão poluídos, como é o caso do Tietê e do Pinheiros. Então, a crise já é previsí-vel há muitos anos. Para cada novo habitante, aumenta em dois o consumo de água. Esse nosso padrão demanda água. Fora isso, temos a questão da poluição dos rios, o que reduz ainda mais a disponibilidade. As pessoas usam o rio para di-luir esgoto. Por outro lado, as companhias de saneamento perdem em média 30%. Então, uma vez tratada a água do rio se perdem de 30% a 40%. No caso do Rio de Janeiro, te-mos o problema da urbanização. A partir dos anos 1950 as
m 2001, a revista superinteressante desafiou a formadores de opinião de
diversas áreas para que fizessem previsões para o ano de 2015. uma delas foi
a do então presidente da agência nacional de águas (ana), marcos freitas,
que acertou na projeção: enfrentaríamos uma crise hídrica. hoje, ele é
coordenador executivo do instituto virtual internacional de mudanças
globais (ivig) e faz um balanço da atual gestão de recursos hídricos
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eUma crise anUnciada
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pessoas foram morar muito em prédios, isso foi limitando a micromedição, e as pessoas não têm noção de quanto gastam individualmente. Como você vai economizar o que não sabe que consome? Aí quando se passa por um período mais seco, esses conflitos eclodem. Se estivésse-mos trabalhando com esses fatores mais controlados, se-ria possível minimizar a crise.
o Senhor acredita que a criSe trouxe eSSe componen-
te de conScientização daS peSSoaS? Quando tivemos a crise energética de 2001, mudamos alguns hábitos, como a troca de lâmpadas. Isso aconteceu e foi de certa forma um momento importante. Agora, depois que passa a cri-se, no caso da água, se voltar a chover, as pessoas tendem a abandonar. Algumas mudanças têm que ser estruturais, tem que mudar marco regulatório, como a micromedição, ou atacar a questão da poluição. A crise assusta e é um bom momento para tomar uma série de decisões.
tradicionalmente, aS empreSaS têm que penSar no lon-
go prazo. eSSa caracteríStica de planejamento talvez
leve aS empreSaS a oBServarem a queStão com maiS
atenção ou elaS ainda eStão no meio-termo? Estão no meio-termo. Algumas que estão no fogo começam a ter que pensar em alterações. Vamos olhar para outras cidades que enfrentaram esse problema: a Califórnia é um lugar
de semiárido que passou por uma seca dura há dois anos e teve que adotar medidas de restrição que acabaram invia-bilizando alguns negócios, como a produção de alimentos e vinho, pois não se tinha água para irrigar. Eu diria que se eu fosse dono de uma empresa que tem uma deman-da importante de água, a primeira coisa com que eu me preocuparia seria o reúso de água e olharia também pelo lado do consumo para ver se está havendo perda, o que é óbvio para evitar desperdício. Essa questão do reúso já aconteceu em siderúrgicas e metalúrgicas. Muitas vezes as indústrias se iludem com o uso da água subterrânea pelo fato de terem um poço, muitas vezes sem outorga, o que deveria ter. Mas vai se imaginando que aprofundando o poço se consegue mais água, quando muitas vezes estão inviabilizando a captação.
como o Senhor vê a queStão da geStão doS recurSoS hí-
dricoS por parte doS municípioS, eStadoS e da federação?
oS governoS oBServam eSSa queStão com a atenção ne-
ceSSária? Certamente não, em todos os níveis. O primeiro si-nal de que não estão olhando é a velocidade baixíssima com que se resolvem os problemas de saneamento nas áreas urba-nas. Enquanto temos um nível de universalização de energia ultrapassando 95% dos lares do país, o índice de tratamento do esgoto está em 35%, além de outros resíduos que vão para o rio também. No Rio de Janeiro, que tem muitas comunida-des, o que não falta é sujeira em rio. Vamos passar vergonha nos jogos olímpicos, com “n” áreas de uso, como a lagoa Ro-drigo de Freitas e o caso da própria Baía de Guanabara, com um índice elevado de poluição que vem dos rios.
Marcos Freitas
“Em geral, a regulação anda muito bem quando
é para tratar dos privados. Aí o Estado vai a ferro e fogo. Quando é público, dificilmente o
governo consegue bater em si próprio.”
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depois. Foi o que aconteceu. Logicamente, não previ falta de chuva. O que eu previ foi aumento do consumo e dificuldade de governança para tratar do problema da poluição.
eSSa previSão pode Se repetir noS próximoS 14 anoS? Es-pero eu que não, porque rios como o Tâmisa, na Inglaterra, e o Senna, na França, já foram considerados bastante polu-ídos, hoje estão em uma situação bastante confortável. Em Brasília, no Lago Paranoá, colocaram duas estações de tra-tamento de esgoto em cada lado do lago. Era um lago que no fim dos anos 1980 era um nicho de poluição, cheirando mal, mas que de 1995 em diante foi se despoluindo, e hoje as pessoas nadam nele. Eu mesmo, quando morei em Brasília de 1998 a 2004, nadei várias vezes nesse lago.
É poSSível que deSta vez Se tenha Seriedade com eSSa
queStão da deSpoluição doS rioS? É o que se espera, mas as companhias de saneamento estão em uma situação muito confortável. Cobram pelo esgoto tratado e não tratam.
neSSe caSo entra a queStão da regulação do eStado?
Em geral, a regulação anda muito bem quando é para tratar dos privados. Aí o Estado vai a ferro e fogo. Quando é público, dificilmente o governo consegue bater em si próprio. Imagina sua direita batendo na esquerda. Ela dá o primeiro tapa, mas no segundo, ela desiste porque vai sentir dor, porque o corpo é o mesmo. Você vê que tanto a crise de Belo Horizonte quan-to a de São Paulo e Rio de Janeiro são companhias estaduais, todas as três. E aí o órgão regulador, que poderia ter inibido e dado multa para fomentar a pressão, recua. Não consegue apertar. Não que eu seja a favor de privatizações, mas acho que é melhor estabelecer contratos bem-feitos e cobrar.
o próprio caSo de São paulo foi deStacado pela mídia
eStrangeira pelo fato diScrepante de enfrentar uma cri-
Se hídrica tendo doiS rioS poluídoS importanteS cortan-
do a cidade... É discrepante mesmo. Os investimentos em várias áreas são volumosos, não que no caso do saneamento seja barato, é um investimento caro, mas precisa ser feito. Olhando por esse lado, a gestão pública não está adequada.
eSSe É um componente grave neSSa Situação de criSe?
É um componente gravíssimo, mas é um investimento de médio prazo. Isso deveria ser combinado entre estados e municípios, porque saneamento também é função dos mu-nicípios, não só do governo estadual.
há 14 anoS, o Senhor previu eSSa criSe em São paulo, o
que viSlumBrava naquela Época? Para mim, que estava vi-vendo a crise de energia daquele ano, que também era uma crise de água, só que diferente, me parecia muito claro que se alguém não fizesse nada ia dar uma confusão danada 14 anos
“Vamos olhar para outras cidades que enfrentaram
esse problema: a Califórnia é um lugar de semiárido que passou por uma seca dura há dois anos e teve que adotar medidas de restrição que acabaram inviabilizando alguns negócios, como a produção de alimentos e
vinho, pois não se tinha água para irrigar.”
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gestão
Quando em excesso, o es-toque pode ser um problema grave para as empresas, pois representa custos com espaço, segurança e cuidados com o armazenamento, fora a depreciação de insumos e produ-tos. O dinheiro parado também é outro ponto prejudicial. Na outra ponta, quando o estoque está reduzido, pode re-presentar problemas operacionais, dificultando a produ-ção, elevando o prazo do processo produtivo e impactando negativamente na produtividade. Quanto às vendas, é fácil perceber problema quando o cliente chega à loja e não en-contra o que procura.
Quanto mais diversificados forem os itens com os quais a empresa atua, mais complexo se torna o processo, por isso, é importante envolver pessoas capacitadas nes-se segmento e seguir um check-list de operações condi-zente com a complexidade do estoque, aconselha o dire-tor da RTC Consultoria, Romualdo Teixeira. As empresas precisam ter foco em quatro áreas da gestão do estoque:
Gerenciar estoques é uma tarefa árdua, pois envolve uma série de variáveis.
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armazenamento de
suprimentos e produtos
garante as operações
das empresas quanto à
produção e à venda, por
isso o gerenciamento dessa
área é tão fundamental
oEstoquE sob mEdida
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Pegada sustentável
Depois de uma viagem de um ano para estudar susten-tabilidade, os administradores franceses François-Ghis-lain Morillion e Sébastien Kopp decidiram que apostariam em um negócio que fosse, em sua essência, sustentável. O ramo ao qual se dedicariam era a fabricação de tênis, setor em que grandes marcas contratam mão de obra ba-rata, mas com preço elevado para o consumidor final. Os franceses queriam fazer diferente e construir uma cadeia produtiva com boa remuneração da mão de obra, desde os fornecedores de matéria-prima até trabalhadores fa-bris, e foi com essa prerrogativa que fundaram há 10 anos a Vert Shoes.
O país que escolheram para produzir foi o Brasil. As matérias-primas básicas na fabricação dos tênis da marca são lona, algodão e borracha, que vêm das regiões Norte e Nordeste. Em todas as etapas de produção, os fornece-dores não recebem pelo preço de mercado, mas de acordo com valores previamente combinados entre a empresa e as cooperativas.
Por ano, cerca de 100 mil pares de calçados são fabri-cados, a um custo de produção, obviamente, superior ao dos concorrentes, mas isso não chega a impactar nos ne-gócios. Morillion explica que para ter a sua marca com-petindo em igualdade com as tops do mercado, as escolhas estratégicas da empresa são fundamentais, por isso a Vert Shoes não tem verba para publicidade, por exemplo.
A marca se vende de consumidor para consumidor. São os próprios clientes que costumam propagar a boa iniciativa da empresa. “Quando você compra um tênis, 70% do preço dos produtos tradicionais é destinado à pu-blicidade”, justifica.
Com preço médio acessível, em torno de R$ 200, in-ferior, inclusive, ao dos principais concorrentes, a Vert Shoes adotou, também, outra prática que garante a com-petitividade da empresa no mercado: estoque sob deman-da. Morillion comenta que a Vert produz exatamente o quanto vende, não tendo custo com o estoque excedente. É a produção acima da demanda que justifica, segundo ele, o fenômeno das outlets, em que produtos produzidos em larga escala, sem análise da demanda, acabam sendo vendidos com preços reduzidos para escoar estoques.
processos, pessoas, tecnologia e infraestrutura. Todos eles deixam impacto nas operações corporativas, desde a compra junto aos fornecedores até a venda final.
Financeiramente, no momento da compra, o gestor precisa avaliar os prazos para pagamentos dos produtos ou insumos adquiridos, para ponderar qual é a quantia economicamente viável a adquirir e se ela preenche as necessidades da empresa no prazo compreendido entre a compra e o pagamento aos fornecedores.
“Até pouco tempo atrás as empresas não davam tanta importância para a estruturação de um centro de distribui-ção”, comenta o diretor da RTC Consultoria. “Hoje, muitas ainda tem muita dificuldade nos processos de logística, por-que a maioria das empresas sempre viu a logística como fon-te geradora de despesa e não de receita”, acrescenta.
Teixeira explica que a efetivação de uma cadeia de abastecimento saudável pode reduzir os níveis de esto-que de um padrão de 37 dias para 30 dias. Essa estrutura-ção tem que levar em conta a adoção de práticas que tornem os processos mais dinâmicos, como uso de ferramentas de comunicação instantâneas (picking by voice), permitindo que as mercadorias sejam separadas assim que a necessidade é comunicada, detalha Teixeira.
O estoque é uma balança a ser equilibrada pelo ges-tor: não pode ser excessivo a ponto de gerar de custos e perdas e nem tão escasso gerando falta de suprimen-tos para produção e vendas. Ou seja, é uma área funda-mental para manter a competitividade da empresa. O Programa Sebrae para Empresas Avançadas indica os controles que facilitam o gerenciamento:
controle físico e financeiro de estoques
política de compras
análise comparativa: estoque atual/estoque desejado
análise comparativa: estoque atual/valores a pagar aos
fornecedores
custo econômico dos estoques excedentes
armazenagem e arrumação adequada dos produtos
Em pErfEito Equilibrio
fonte: sebrae nacional
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mercado
do nosso tempo e mostram o quanto é determinante ser dinâmico para ganhar competitivi-dade. Por isso, o termo flexibilidade ganhou tanta importância no mundo corporativo. Afinal de contas, mudar pode ser im-prescindível para a sobrevivência empresarial.
Mas antes de promover mudanças, por melhor que elas pa-reçam, atente para os sinais vindos do seu negócio. Muitas ve-zes esses apontamentos vão determinar se, de fato, é hora de se renovar. É possível adotar uma série de parâmetros para avaliar os rumos de um negócio, desde os métodos mais complexos, como a análise macroeconômica e de tendências de consumo, aos mais simples, vinculados à rotina burocrática e operacional da empresa. Mas nenhum sinal é mais determinante do que o desinteresse dos clientes. Queda na procura e no faturamento podem ser efeitos de um cenário externo e, muitas vezes, tran-sitório, mas esses sinais podem ser indícios, também, de que
Tecnologia e mudanças comporTamenTais são a marca
mpresas precisam estar
sempre preparadas para
as mudanças. porém, essa
condição chega a ser
trivial em ramos que estão
em constante renovação,
exigindo do empreendedor
fôlego para encarar novos
desafios com frequência
e
Em constantE transformação
©istock.com/arkadiy Yarmolenko
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você está ficando para trás. Na dúvida, investigar esse fenôme-no é sempre o melhor caminho antes de dar um passo decisivo. No entanto, alguns segmentos não têm como escapar da re-novação, geralmente são as áreas em que as novas tecnologias e mídias estão em evidência. O espírito empreendedor, nesses casos, precisa ser ainda mais aguçado.
Consumidor órfão
Renata Natacci, diretora da Troiano Branding, observa a relação das empresas com seus consumidores a partir do con-ceito de marca. Ela chama atenção para o fato de que a decisão de mudança de uma empresa que opte pela descontinuidade de oferta de um produto ou serviço deixa clientes órfãos. Há casos em que, apesar dos baixos resultados, é preciso ponderar se vale a pena mudar a ponto de perder consumidores tradicio-nais. “Este é o primeiro cuidado que se tem que ter: quantos e quais consumidores a empresa deixará órfãos?”
Renata diz que o empreendedor precisa fazer uma análi-se mais aprofundada, buscando entender quais são os limites de sua marca. Ou, melhor, qual é a permissão que o consumi-dor dá para que a marca vá além. “É preciso entender o que se pode fazer para se adaptar e não perder o ativo de negócios que é a marca”, pontua. Muitas vezes o fato de não mudar é que torna negócios interessantes. Os compradores de discos de vinil são um exemplo caricato, mas que comprova que alguns segmentos podem ser mantidos com um público segmentado. “Nesse caso, o que tem que ser levado em conta é se a empresa consegue ser rentável atendendo a um nicho específico.” E há exemplos bastante lucrativos. “Toda marca de luxo requer ex-clusividade”, exemplifica.
PúbliCo fiel
Com duas lojas em Porto Alegre, a Espaço Vídeo está no mercado de filmes há 30 anos. Nessas três décadas, a sócia-proprietária Eliane Kives viu o mercado sofrer mudanças con-sideráveis. A mais marcante foi a transição das fitas em VHS para o DVD. “Sempre buscamos estratégias para permanecer no mercado”, enfatiza. Depois do DVD, veio o blu-ray e agora a tendência é aquisição de filmes on demand. Cada uma dessas mudanças exige um olhar atento e de estratégia por parte da empresa. Para Eliane, a realidade tecnológica é um fato com
o qual a Espaço Vídeo precisa saber conviver. E é dessa forma que a empresa tem enfrentado situações que poderiam invia-bilizar suas operações, como é o caso da pirataria. Para vencê-la, a empresa comercializa filmes usados a um preço reduzido (três filmes por R$ 10). Outra vantagem: “No mercado pirata não existe acervo. Nós temos filmes clássicos, em outros idio-mas além do inglês, e somos procurados por essa diversidade.” A Espaço Vídeo é um estabelecimento tradicional na cidade porque atende um público que ainda aprecia o hábito de ir a uma videolocadora. “O que fizemos até hoje para sobreviver foi apostar no nicho de mercado, acreditar nele.”
Negócios que precisam se renovar constantemente são empreendimentos que dependem da inovação. Que tal apostar nisso?
1 – Inovação é diferente de invenção
É muito comum associar inovação ao empreendedor
“professor pardal”, que fica trancado em um laboratório
pensando em novas tecnologias. na prática, inovação não
está necessariamente ligada à tecnologia. existem diversos
casos de empresas que conquistaram forte diferencial
competitivo inovando no atendimento, por exemplo.
2 – Da concepção ao desenvolvimento
normalmente associamos inovação a ideias geniais, mas
ter ideias não é suficiente. a verdadeira inovação acontece
quando, além da concepção, o empreendedor sabe
transformá-las em diferencial competitivo e passa a vender
mais ou colher melhores resultados com isso.
3 – Para ter boas ideias, tenha muitas ideias
a melhor forma de ter boas ideias é ter muitas. o empreende-
dor que está sempre pensando em formas de inovar tem pro-
babilidade muito maior de ter boas ideias do que aquele que
espera o momento mágico em que uma ideia genial surgirá.
4 – Mesmo as melhores ideias são rejeitadas no começo
inovação normalmente envolve novos comportamentos por
parte do cliente. Qualquer coisa que envolva mudanças
normalmente não é bem recebida no início. o importante
é testar os conceitos de forma rápida e barata, sabendo
que existe alta probabilidade de a ideia ser rejeitada. ao
entender os motivos que levaram à rejeição de uma ideia, o
empreendedor deve melhorá-la.
o caminho da inovação
Fonte: sebrae nacional
especial
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O baratO que sai carO
informalidade engloba 22% da população empregada no
brasil e movimenta valores equivalentes a 16,2% do pib do
país. para combatê-la, lojistas defendem a simplificação
tributária, reformas nas leis trabalhistas e a criminalização de
compradores de produtos piratas ou falsificados
Aem 2014, cerca de R$ 833 bilhões, ou
16,2% do PIB. Como comparativo, o valor equivale a tudo o que produz o Chile em um ano. A informalidade, ou seja, o conjunto de atividades de produção de bens e serviços não reportadas ao governo intencionalmente, abrange 22% da população empre-gada. É um fenômeno que, embora viesse reduzindo seu espec-tro desde 2013, praticamente permaneceu no mesmo patamar nos últimos 12 meses, em virtude da recessão econômica. É a hora de novas medidas serem implementadas.
Segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Ética Concor-rencial (Etco), em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV), a tendência de redução nos índices de queda da econo-mia subterrânea preocupa. De 2013 para 2014, o decréscimo foi de apenas 0,1 ponto percentual. É a menor redução do Índice já
texto Diego Castro
imagem de abertura ©iStock.com/Rapid Eye
A EConomiA SubtERRânEA no bRASil movimEntou,
info
rmalidade
informalidade
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verificada desde o início do levantamento (em 2003, um total de 21% do PIB era gerado pela informalidade). De acordo com os especialistas responsáveis pelo índice, a tendência para os próximos meses é de que o ritmo de queda da informalidade se reduza, especialmente se confirmados os prognósticos de bai-xo crescimento da economia observados até agora.
Muitas ações e frentes têm sido levantadas para comba-ter a ilegalidade no comércio e na prestação de serviços. A Fecomércio-RS, por exemplo, possui a Comissão de Combate à Informalidade, com a participação de representantes de di-versas outras entidades do setor. O Ministério da Justiça fez o mesmo. Há um projeto de lei na Câmara Federal que prevê penalidades ao comprador ou distribuidor de mercadorias provenientes de crime. Tudo isso ajuda; todavia, é insuficien-
te sem mudanças macroestruturais e culturais. Os analistas do setor afirmam que o país precisa reduzir e desburocratizar sua carga tributária, rever as leis trabalhistas e apostar alto em educação. É preciso, também, que o brasileiro abandone o hábito de querer levar vantagem em tudo.
O vice-presidente financeiro da Fecomércio-RS, André Ron-catto, preside a Comissão de Combate à Informalidade (CCI) e integra também o Conselho Nacional de Combate à Informali-dade e Delitos Contra a Propriedade Intelectual, vinculado ao governo federal por meio do Ministério da Justiça (CNCP-MJ). Os órgãos têm a missão de analisar dificuldades e discutir en-caminhamentos, contribuindo com informações e denúncias. “Pesquisas revelam que houve aumento de consumo de pro-dutos piratas pelas classes A e B, então essa não é uma questão
especial
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relacionada somente à falta de recursos, mas ao fato de querer tirar vantagem sobre uma oportunidade. Está na hora de aca-barmos com essa lei de Gérson (levar vantagem em tudo). Só a partir de um comportamento legal nós vamos estabelecer os alicerces de uma sociedade que todos queremos”, afirma.
Grande parte da economia subterrânea é fomentada pelo desejo de ganho fácil e descompromisso com a qualidade. O problema é mundial e tem laços íntimos com o crime organi-zado. Estudos mostram que a pirataria, por exemplo, utiliza as mesmas rotas das drogas ao ingressar no país. “É preciso realmente estabelecer uma cruzada contra isso. Quem opta por este caminho foge da tributação, traz prejuízo aos cofres públicos, se favorece por cópias, prejudica direitos intelectu-ais e lesa o consumidor, que pensa estar fazendo economia. Não há controle na fabricação e danos físicos podem aconte-cer”, avisa. Roncatto diz que a cada dia são descobertas novi-dades. “Já identificamos avanços da pirataria para o setor de rolamentos automotivos, e isso aumenta o risco de acidentes, na medida em que as peças não passam por avaliação de segu-rança”, conta. “Temos relatos também de oferta de produtos de limpeza doméstica sem critérios de segurança de saúde.”
ações de combate
A Comissão presidida por Roncatto acompanha o PL 7.382/2014, do deputado federal gaúcho Alceu Moreira, cujo texto estabelece sanção para pessoas físicas e jurídicas que adquiram, distribuam, transportem, estoquem, revendam ou exponham à venda, de maneira direta ou indireta, mer-cadorias provenientes de crime. O objetivo do projeto, caso seja sancionado, é impedir a pessoa física ou jurídica, que for pega com a mercadoria contrabandeada, de voltar a tra-balhar com o mesmo produto. O projeto está em apreciação do Plenário da Câmara Federal.
No âmbito do Rio Grande do Sul, a CCI quer contribuir com Projeto de Lei 248/14, do deputado Marlon Santos, que tem por objetivo a cassação da eficácia da inscrição de contribuintes do ICMS quando houver descaminho, venda de produtos roubados ou furtados. A intenção é inserir no PL os produtos contrabandeados e informais. Além disso, os varejistas foram ao Ministério Público do Rio Grande do Sul solicitar a reativação de Comitê de Combate à Pirataria e Informalidade, com participação da Brigada Militar, Polícia Civil e Secretaria Estadual da Fazenda. Porto Alegre, por sua vez, é uma das signatárias do projeto Cidade Livre de Pira-taria, do CNCP-MJ, e, no entanto, seu centro é o local onde mais se encontram sinais dos problemas relatados.
“Os setores que estão sofrendo prejuízo direto merecem ter uma carga tributária diferenciada dos demais, pois so-frem concorrência desleal”, defende Roncatto. O produto
Divulgação/Fecomércio-RS
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Quem opta por este caminho prejudica direitos
intelectuais e lesa o consumidor, que pensa estar
fazendo economia.
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andré roncatto
Presidente da Comissão de
Combate à informalidade da
Fecomércio-RS
Comissão reúne entidades interessadas em
ações que possam coibir informalidade
informalidade
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legal envolve o esforço de criação, materiais de qualidade para seu desenvolvimento, passagem por rigorosos testes de resistência e saudabilidade, bem como custos de desen-volvimento de marca. “Alguns tênis falsos apresentam me-tais pesados na sua composição e ninguém sabe”, diz. No Ministério da Justiça, foi desenvolvida uma cartilha na qual o pai, ao passear com o filho, mostra a ele várias situações de comércio ilícito, desenvolvendo seu senso crítico. “É im-portante que o comprador saiba avaliar as consequências de seus atos, pois cada vez que se consome este tipo de produto é um assento a menos na escola pública, um leito a menos no hospital”, complementa o presidente da Comissão.
desburocratização necessária
A assessora tributária da Fecomércio-RS, Tatiane Correa, lembra que há práticas econômicas “socialmente aceitas”, como omissão de renda, propriedade, salários, aluguéis, ju-ros, lucros, permuta de produtos e serviços e recebimento de salários. Em função disso, há dificuldades de se calcular o real movimento econômico subterrâneo. Já as atividades claramente ilegais compõem-se da venda de produtos rou-bados, falsificados, contrabandeados, tráfico e outras ativi-dades correlatas.
“É importante destacar que as principais medidas para minimizar os impactos da informalidade no comércio for-mal devem passar pela desburocratização, facilitando o de-sempenho das atividades e, especialmente, a conscientiza-ção do consumidor, pois enquanto existirem clientes para adquirir esse tipo de produto será muito difícil extinguir essas práticas”, relata.
Neste ano, com a atualização da lei do Simples (em vigor desde 1º de janeiro), cerca de 140 atividades passaram a ter a opção de ingressar no Regime Unificado de Tributação, segundo dados do Sebrae. Para o ano-calendário 2015, 500 mil empresas fizeram a adesão, fato que eleva a expectativa de redução da informalidade. Uma das vantagens da nova lei é justamente o pagamento de até oito impostos (munici-pais, estaduais e federais) em um único boleto, com redução de até 40% no valor. A categoria dos microempreendedores individuais (MEIs) também auxilia na redução da informa-lidade e representou 72% de todos os negócios criados nos primeiros nove meses de 2014, segundo o IBGE.
aumento do nível educacional
A tendência de estabilização na redução da informa-lidade dá indicativos de que algumas correções se fazem necessárias neste momento, segundo o presidente-execu-tivo do ETCO, Evandro Guimarães. Em relação ao aspecto tributário, as iniciativas governamentais para promover a simplificação, tais como a implantação, em 2013, da MP 615/13, que estendeu desonerações para novas atividades econômicas, são insuficientes para fazer frente ao baixo desempenho econômico, que afeta diretamente o cresci-mento da economia informal. “Para reverter esse quadro, é preciso simplificar e racionalizar o sistema tributário; modernizar o sistema de cobrança e tornar o cumprimento da lei menos penoso para a população”, observa.
O ETCO, em conjunto com diversas outras entidades, enviou à presidente Dilma Rousseff em 2013 a proposta do Programa de Simplificação e Racionalização do Siste-ma Tributário, que compreende um conjunto de normas que pode melhorar o cenário. Ele inclui uma proposta de emenda constitucional (PEC), um anteprojeto de lei com-plementar (PLC) e um anteprojeto de lei ordinária (PL). São medidas conectadas cujo objetivo é agilizar processos, dar maior segurança jurídica, alterar dispositivos do Código Tributário Nacional e adequar a legislação às demandas atuais do País. Nos anteprojetos de lei, por exemplo, são reivindicadas a regulamentação de financiamentos e refi-nanciamentos de débitos tributários, restrição de anistia para que esse tipo de benefício seja concedido apenas em casos de calamidades e dívidas de pequeno valor. Também
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é sugerida a obrigatoriedade de a Fazenda Pública oficiali-zar, no exercício anterior, os critérios da malha fina, além da fixar valores máximos para as multas.
Em relação ao aspecto trabalhista, Guimarães defen-de a modernização das leis, de forma a desonerar a folha de pagamento. “É preciso ainda aumentar a fiscalização, com a finalidade de reduzir a parcela de informalidade em salários de empregados contratados pelo regime CLT”, acrescenta. Outras medidas necessárias, na visão dele, in-cluem o aumento do nível educacional e a redução do ín-dice de desemprego. “O aumento do nível de escolaridade fará com que mais pessoas tenham capacitação para atuar em setores formais da economia. Vale ressaltar também que os investimentos em educação são uma obrigação para uma nação que se pretende forte”, diz. Na última década, a informalidade no mercado de trabalho caiu mais de 10 pontos porcentuais, saindo de 33% para 22% do total da
população empregada. O aumento da escolaridade média do trabalhador responde por até 64% da queda.
No entender do executivo, muitas vezes a falta de in-formação e a ausência de campanhas de conscientização fazem com que as pessoas desconheçam que o comércio de produtos ilegais está vinculado a uma série de outros tipos de crimes muito mais graves, como tráfico de armas, mu-nição e de drogas, lavagem de dinheiro, roubo, sequestro e tráfico de pessoas. “Por trás das compras realizadas em ca-melôs existe a atuação de sofisticadas redes criminosas que movimentam bilhões de reais. Só na cidade de São Paulo, entre 2010 e 2012 foram apreendidos mais de R$ 2 bilhões em mercadorias ilegais. Há apenas 36 postos de fiscalização para 16 mil quilômetros de fronteiras no Brasil. A partir do momento em que as pessoas passarem a fazer essa conexão entre as compras nos camelôs e o crime organizado, pode-mos esperar redução”, frisa.
O impactO da ilegalidade
A maior parte dos brasileiros compra no comércio informal ou adquire produtos falsificados com alguma frequência. É o que mostra uma pesquisa do Ibope enco-mendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). De acordo com o levantamento, 75% dos participantes admitiram que compram de ambulantes ou lojas infor-mais e 71% informaram que adquirem produtos piratas ou imitações de marcas famosas, seja sempre, às vezes ou raramente. A pesquisa entrevistou 15.414 pessoas em 727 municípios brasileiros.
Segundo estudos da Associação da Indústria Farma-cêutica de Pesquisa em 2011, 6% dos entrevistados ad-quiriram seus medicamentos em camelôs ou barracões de rua, participação que chegou a 13% para as regiões Centro-Oeste e Norte. Além disso, 15% compraram re-médios de tarja vermelha ou preta sem apresentação de receita médica.
No âmbito dos serviços, a pesquisa Furto de Sinal verificou que, em abril de 2014, 18,4% dos domicílios com acesso a canais fechados estabeleciam sua conexão de forma clandestina. Esta é uma prática mais recor-
rente no interior dos estados, onde 45% do total de acessos são clandestinos.
Em 2013, um levantamento da The Compliance Gap – BSA Global Softway Survey revelou que metade dos softwares utilizados no Brasil, tanto por usuários do-mésticos como por empresas, não possuía licença. A fatia representa US$ 2,8 bilhões.
No segmento audiovisual brasileiro, um estudo de-senvolvido por Ipsos/Oxford Economics apurou que 55% da população adulta urbana brasileira participou da pi-rataria de filmes nos 12 meses anteriores à pesquisa. A perda direta de gastos dos consumidores representou um prejuízo de R$ 4 bilhões para a indústria cinemato-gráfica e o setor varejista. Além disso, significou 92 mil postos de trabalho a menos.
De cada dez cigarros vendidos, três são falsificados. O governo deixou de arrecadar R$ 2 bilhões por ano em função do contrabando; o setor de materiais de limpeza deixa de ganhar anualmente cerca de R$ 600 milhões com produtos falsificados. Uma a cada duas garrafas de água sanitária vendidas é produzida de maneira clandestina.
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malefícios para a saúde
No setor ótico, cerca de 60% dos produtos vendidos têm origem ilícita no Brasil. No Rio Grande do Sul, o índice é me-nor: 30% do mercado é informal, graças ao engajamento do Sindióptica. Mesmo assim, o assédio dos vendedores ambu-lantes nas ruas é grande e o preço baixo atrai consumidores que, na maioria das vezes, desconhecem os riscos inerentes aos produtos falsificados. “O barato pode sair caro, na me-dida em que os óculos piratas não oferecem proteção contra os raios ultravioleta, e mesmo assim estimulam a dilatação da pupila. Lentes sem essa proteção podem causar catarata e danos cumulativos aos olhos”, lembra a diretora do Sindi-óptica, Patrícia Rodel.
Outro problema para o setor são as boutiques e lojas de surf que comercializam óculos de proteção solar, pois não pos-suem o alvará da Vigilância Sanitária para isso e tampouco o técnico responsável pela venda, como exige a lei. Como a mercadoria entra facilmente no Brasil por terra, água e ar a preços muito baixos, vinda da Ásia, alguns lojistas aproveitam a oportunidade de negócio com grande margem de lucro, na informalidade. “As estruturas de fiscalização são ineficazes, apesar de nossos esforços”, reclama a empresária.
A recessão econômica é outro fator de preocupação para Patrícia. Além de favorecer quem procura apenas preço bai-xo, trouxe reflexos em suas negociações com fornecedores. “Algumas importadoras de São Paulo estavam negando a nota fiscal, em janeiro, e inventando desculpas para isso”, conta. Além disso, há concorrência com a internet. “Ré-plicas ou produtos de segunda linha nada mais são do que
falsificações, embora muito parecidas, e podem apresentar efeitos prismáticos nas lentes”, conclui.
Assim como o Sindióptica, o Sindicato do Comércio Va-rejista de Produtos Farmacêuticos (Sinprofar) também inte-gra a Comissão de Combate à Informalidade. “Ingressam no mercado brasileiro produtos farmacêuticos de outros países, como o Paraguai e o Uruguai, e isso nos preocupa. Sabemos que a fiscalização é deficiente, ainda encontramos versões do Cytotec, o ‘Viagrinha’, sendo vendidas em bancas no centro de Porto Alegre. No passado, vimos a falsificação de anticon-cepcionais também, sem falar no roubo de cargas”, comenta o secretário-executivo da entidade, Guilherme Leipnitz.
A informalidade, por sua vez, também é praticada por al-guns estabelecimentos legais. É a venda de remédios tarja preta sem receita, ou a compra de mercadoria com meia nota. “São irregularidades que podem ser severamente punidas”, pontua. Os tributos no setor de farmácias correspondem a 35% dos ga-nhos, o que se torna um fator desencadeador de ilicitudes. “O mar de corrupção que vemos no país é fruto de uma cultura que transcende, levará décadas para mudarmos”, diz.
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As estruturas de fiscalização são ineficazes,
apesar dos nossos esforços.”“
patrícia rodel
Diretora do Sindióptica
Produtos contrabandeados, quando
apreendidos, são inutilizados pelo poder público
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mais
EMPRESAS / Brasil tem mais de 5,5 milhões de mulheres empreendedoras
Segundo pesquisa realizada pela Sera-sa Experian, 8% da população femini-na do Brasil é sócia de algum empre-endimento, configurando um número superior a 5,5 milhões. Ou seja, quase a metade (43%) das proprietárias de negócios do país são mulheres. Deste
total, 35,8% possuem empresa de micro porte, 37,1% de pequeno, 1,7% de mé-dio, 0,2% de grande e 25,2% são Microempreendedores Individuais (MEI). O es-tudo ainda revela outros dados curiosos, como a idade média (44 anos), signos das entrevistadas (Áries, Leão e Virgem) e nomes mais comuns (Maria, Ana e Márcia). A maior concentração de empresárias localiza-se na região Sudeste (52,06%), seguido pelo Sul (19%) e Nordeste (16,53%).
mais & menos
E-coMMERcEDe acordo com pesquisa encomendada
pelo MercadoLivre ao Ibope Conecta,
a grande maioria dos empreendedores
digitais está otimista em relação ao
setor de e-commerce e às suas vendas
em 2015. Dos 520 empreendedores
entrevistados, 85% deles apostam que
o setor de comércio eletrônico crescerá
no Brasil neste ano.
BElEzAUma pesquisa realizada com 20 mil
assinantes dos serviços da Glambox,
empresa que envia mensalmente
lançamentos do mercado de beleza
para serem experimentados pelas
clientes, constatou que o gasto médio
das mulheres com produtos de beleza
por mês chega a R$ 200.
EndividAMEntoDe acordo com a Confederação
Nacional da Indústria (CNI), o número
de empresas muito acima do limite de
endividamento passou de 11,4% em
2012 para 13,5% em 2014. Segundo o
balanço, 36,9% das empresas estão
endividadas.
REndAOs 12,3 milhões de moradores nas
favelas brasileiras movimentam por
ano R$ 68,6 bilhões, revela a
pesquisa inédita do instituto Data Favela,
realizada com apoio do Data Popular e
da CUFA (Central Única das Favelas) em
fevereiro. Foram ouvidos 2 mil moradores
de 63 favelas localizadas em nove
regiões metropolitanas e também no
Distrito Federal.
doMicílioSEm 2014, o rendimento nominal domiciliar
per capita médio do brasileiro foi de
R$ 1.052 mil, segundo a Pesquisa
Nacional por Amostra de Domicílios
(Pnad) Contínua do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE).
SUStEntABilidAdE / FrankFurt é eleita a cidade mais sustentável do mundoo Índice de Cidades Sustentáveis, promovido pela consultoria Arcadis, elegeu Frankfurt como o local mais sustentável do mundo. Nas segunda e terceira posições da tabela, formada por 50 cidades, ficaram Londres e Copenhagen, respectivamente. Entre os municípios brasileiros, as mais altas colocações fo-ram para São Paulo (31º) e Rio de Janeiro (40º). O ranking analisou 20 indicadores divididos em cinco áreas-chave (economia, negócios, risco, infraestru-tura e finanças) e três subitens (lucro, pessoas e pla-neta). O último lugar foi para Nairóbi, no Quênia.
QUAliFicAÇÃo / BRASil EvolUi EM índicE dE dESEnvolviMEnto PRoFiSSionAl
O Índice Global de Competitividade de Talentos (GTCI) 2014 revelou
uma evolução do Brasil em se tratando de educação profissional. O país
passou da 59ª para a 49ª posição no ranking constituído por 93 nações,
destacando-se nas categorias de instituições que oferecem treinamento
formal (15º), universidades (22º), aprendizado ao longo da vida (33º) e
qualidade das escolas de gestão (37º). Suíça, Cingapura e Luxemburgo
lideram as primeiras colocações da lista. O indicador é organizado pela
empresa de recursos humanos Adecco em parceria com o Insead e
o Human Capital Leader Institutive. Ele classifica os países segundo a
atratividade e oportunidades de capacitação de seus especialistas.
1. Frankfurt 2. Londres 3. Copenhagen 4. Amsterdã 5. Rotterdam 6. Berlim 7. Seul 8. Hong Kong 9. Madri 10. Cingapura 31. São Paulo 40. Rio de Janeiro
©iStock.com/People Images
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tEcnoloGiA / Biometria para desBloqueio de aparelhos é a nova tendênciaA era das senhas está chegando ao fim. Muitas empresas já deram início ao pro-cesso de substituição destas pela impressão digital. A Microsoft, por exemplo, anunciou que a próxima versão de seu sistema operacional – o Windows 10 – terá suporte ao método de identificação via biometria da Fido Alliance. O acesso aos aparelhos da marca, bem como o login em seus serviços (OneDrive, Outlook e ou-tros), também poderá ser feito por meio de chaves USB. Assim, é eliminada a de-pendência de senhas, facilitando a vida do usuário. A Fido Alliance compõe-se por uma coalisão de diversas empresas dos ramos financeiro e tecnológico. Seu obje-tivo é desenvolver um padrão de autenticação seguro, barato e simples.
MEio AMBiEntE / aeroportos terão reciclagem de resíduos sólidosA pós o estabelecimento de um acordo entre a Infraero e a empresa Coletiva, os dez maiores terminais aéreos bra-sileiros passarão a dispor, em 2015, de espaços voltados ao descarte de resíduos sólidos. Para tanto, mais de 980 coletores já foram instalados nos aeroportos do Rio de Ja-neiro, São Paulo, Salvador e Belo Horizonte. O projeto está de acordo com a Lei Federal 12.305/10, que exige a imple-mentação de práticas sustentáveis dentro de todas as cor-porações a partir do início deste ano. A iniciativa também prevê o encaminhamento adequado dos lixos recicláveis a cooperativas de catadores. Estima-se que serão coletadas aproximadamente 2,5 toneladas diárias.
cARREiRA / tEcnoloGiA tAnto
AUxiliA QUAnto diFicUltA AS
FUnÇõES do lídER Conforme
um estudo realizado pela
consultoria americana
Accenture, 64% dos profissionais
acreditam que o universo
corporativo digital tornou mais
difícil o diálogo entre colegas,
superiores ou subordinados.
Uma grande parte (80%) diz
realizar outras atividades (ler
notícias, responder a e-mails
e visitar redes sociais) durante
conference calls. Contudo, a
possibilidade de multitarefas
contribui para o alcance de
resultados mais eficientes,
de acordo com 66% dos
entrevistados. Simultaneamente,
36% informam que as distrações
fornecidas pelas tecnologias
dificultam a execução de seu
trabalho. Para a elaboração
da pesquisa foram consultados
3.600 funcionários de 30 países,
sendo o Brasil um deles.
©iStock.com/Honest Mike
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volta às aulas nas Escolas
sEsc dE Educação InfantIl foI
um momEnto aguardado pElas
famílIas. a polítIca pEdagógIca
dos sEsquInhos prEconIza o
dEsEnvolvImEnto crítIco E a
autonomIa das crIanças
Ado Sesc-RS retomaram as
suas atividades. O momento, em geral, envolve as famílias beneficiadas em grandes expectativas pelo ensino gratuito e integral, que inclui uniforme, alimentação e material escolar. Os Sesquinhos, como são conhecidos, preconizam a formação das crianças como cidadãs críticas, autônomas e participati-vas, por meio de diversas atividades complementares ao am-biente doméstico.
O processo de seleção, depois das inscrições, envolve en-trevista e visita às casas, muitas em situação precária. Em Viamão, por exemplo, a pequena Yasmin, 3 anos, filha da co-merciária Jéssica, mora com a mãe nos fundos da casa do avô, num espaço úmido, pequeno e de chão batido. “Conhecer o contexto da família nos ajuda muito para sabermos a baga-gem que a criança traz, até mesmo porque a educação envol-ve a família”, explica a coordenadora de Educação do Sesc-RS,
No diA 18 de fevereiro, As 18 escolAs de educAção iNfANtil
InfâncIa crIatIva e autônoma
João Alves/sesc-rs
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Encontro Sorrindo para o futuro centenas de
profissionais da saúde e educadores reuniram-se, no
dia 10/3, em Gravataí, durante o 10º encontro estadual
do Programa sesc sorrindo para o futuro. Na ocasião,
os municípios que obtiveram melhoria contínua
em saúde bucal dos estudantes em 2014 foram
premiados: Novo Xingu e viamão. foram apresentados
também os dados da pesquisa que mostra que 49%
das crianças examinadas no início do ano letivo no
rs necessitavam de tratamento clínico odontológico,
entre as 60.392 mil avaliadas.
Santa Maria SESc circo EStrEia EM abril A magia do
circo tomará conta de santa Maria entre os dias 12 e 17
abril. o santa Maria sesc circo, realização do sesc e da
prefeitura da cidade, com apoio da Aliança francesa,
conta com apresentações de circo contemporâneo,
além de oficinas relacionadas ao mundo circense.
o lançamento da programação ocorrerá em 30 de
março, às 19h, na sede do executivo municipal.
o evento terá a presença de autoridades, parceiros e
imprensa. diversas atrações nacionais e internacionais
integram o festival, com apresentações em vários locais
da cidade. As atividades são gratuitas e voltadas à
comunidade. interessados em participar podem buscar
mais informações no sesc santa Maria (Av. itaimbé, 66).
contatos pelo telefone (55) 3223-2288.
Andrea de Souza. “O objetivo é levarmos o novo a eles, desde os hábitos de higiene à alimentação, com controle de peso e altura. A visita também ajuda na adaptação à escola.”
A política pedagógica valoriza a formação da criança como cidadã crítica, com protagonismo e autonomia. O adulto de-sempenha o importante papel de mediador, utilizando sua sensibilidade. “As crianças fazem as escolhas, mas cabe aos co-laboradores mostrar a elas a importância do sono na hora cer-ta, para que não se sintam cansadas em meio a uma atividade, ou ressaltar os nutrientes de verduras e legumes, para que não se sirvam só de arroz e carne nas refeições”, revela Andrea.
Não às respostas proNtas
É trabalho de formiga e também um exercício para o ins-trutor pedagógico, no entender da coordenadora. Os resulta-dos são percebidos com o passar do tempo, em diversas ações. “As perguntas são mais bem planejadas, e isso nos ajuda muito a qualificar esse projeto. Uma vez, os alunos encontraram ovo de pomba no pátio de uma escola, mas a instrutora pedagógi-ca os deixou pensando em quais bichos poderiam ter entrado na pracinha para deixa-lo lá. O grupo pesquisou como eram os ovos de tartarugas, cobras e pássaros. Assim que funciona. Não existem verdades fechadas e absolutas.”
Além de oferecerem toda a infraestrutura para fazer da criança sujeito ativo de seu processo de conhecimento, os Ses-quinhos também possuem a Certificação de Qualidade NBR ISO 9001:2008. “Vejo o certificado como uma consequência do nosso trabalho. Estou na área há 24 anos e desconheço outra escola que pense desde a qualidade do alimento que vem lá do fornecedor – e nós visitamos o fornecedor – até o planeja-mento das aulas, da instrutora pedagógica com as crianças e o atendimento com os pais”, conclui Andrea.
agenda de eventos
17 a 23/Marturnê de espetáculo sobre Qorpo Santo
o programa arte sesc promove turnê do espetáculo
O Santo Qorpo ou o Louco da Província, que passará
por Passo fundo (17/03), frederico Westphalen
(18/03), santa rosa (20/03) e uruguaiana (22/03).
29/Marcircuito Sesc de corridas
nesta data, ocorre a etapa de caxias do sul. as ins-
crições podem ser feitas pelo pelo site www.sesc-rs.
com.br/circuitodecorridas. serão 13 etapas ao todo.
as provas infantis largam às 9h (1km e 2km) e as
provas adultas às 9h15 (3km) e 9h18 (5 e 10km).
divulgação sesc-rs
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negócios
respondida, principalmente por aquelas empresas que já passaram pelo caminho das pedras e, hoje, são destaque no seu segmento de atuação. Aliás, definir o foco e estudar a fundo o mercado em que se quer atuar é um dos segredos para o suces-so. Ser referência, no entanto, exige mais. Precisa de sabedoria para novos investimentos, equipe qualificada, produto de ex-celência e, muito importante, clientes fiéis.
Para a professora do Programa de Pós-Graduação em Admi-nistração da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) Aurora Zen, um empreendedor precisa conhecer o mercado, seus clientes potenciais e as principais características dos seus concorrentes. “Planejamento é fundamental. Definir os objeti-vos do empreendimento e como pretende atingi-los, também”, afirma, destacando a importância do relacionamento com o cliente. “Serviço de qualidade com excelente nível de atendi-mento faz toda a diferença para o cliente. Ele se torna especial e até quando a empresa erra é possível contornar a situação.”
pergunta difícil, mas não impossível de ser
sucesso passa por um bom
planejamento, atendimento de
excelência e relacionamento de
qualidade com o cliente. para
ser referência, no entanto, é
preciso ir além
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O que leva uma empresaa ser referência?
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Há mais de três décadas atuando no mercado e pioneiro com a temática medicina preventiva no Brasil, o Kurotel Centro Mé-dico de Longividade e SPA, de Gramado, sabe exatamente o que significa o pilar planejamento, atendimento e relacionamento. Com mais de 2 mil atendimentos por ano, todos pensados in-dividualmente para cada cliente, o Kurotel consegue a façanha de ter 96% dos seus clientes satisfeitos e dispostos a indicar os seus serviços. Tamanho sucesso com o público classe A rendeu ao negócio reconhecimento internacional. Em 2014, o Kurotel ganhou o prêmio de Melhor Spa de Luxo do mundo do Seven Star Global Luxury Award, e este ano está concorrendo nova-mente. “É o reconhecimento de que os valores que seguimos, como pioneirismo, credibilidade, requinte, respeito ao cliente, personalização e dedicação, estão no caminho certo”, afirma a relações públicas do Kurotel, Lara Oliveira.
FOCAR EM APENAS UM NICHO
Encontrar um nicho e ser referência no segmento sempre foi o objetivo da HD Sport Center, de Porto Alegre. Há quase duas décadas atuando no mercado de locação de quadras es-portivas, a empresa está entre as preferidas dos usuários da capital. “O sucesso está no atendimento diferenciado e na qua-lidade dos serviços. Zelamos muito por isso”, afirma uma das sócias-proprietárias, Luciana Herrlein Duarte. No total, a em-presa oferece dez quadras para futebol, entre Futebol Society e de Cinco, natação, quadras de tênis de saibro e salões de festas. Cerca de 20 funcionários fazem o atendimento dos clientes, que podem marcar jogos a partir das 9 horas da manhã e que não têm hora para deixar o local.
Nem sempre foi assim. Lá no início, em 1996, com apenas duas quadras simples de futebol, a empresa precisou entender o mercado e investiu forte em publicidade. Em apenas dois anos, a HD já estava em dois endereços e contava com seis qua-dras. Mas como nem tudo foi fácil, a empresa teve de lidar com as mudanças do mercado. “Tínhamos quadras dentro do Está-dio dos Eucaliptos, investimos forte lá, mas o Inter vendeu o es-paço e tivemos de sair. Perdemos dinheiro lá”, afirma Luciana.
Hoje, a realidade é outra. Mesmo vislumbrando um cenário nebuloso pela frente, a empresária acredita que o negócio não sofrerá grandes impactos. “O momento é de cautela, não fare-mos novos investimentos. Nós vamos qualificar nossos servi-ços e reformar nossas quadras.”
Em Santa Clara do Sul, cidade de pouco menos de 6 mil habi-tantes, no Vale do Taquari, se perguntar pela Pizzaria Recanto Verde todo mundo conhece. O lugar é famoso na região e já faz parte do roteiro turístico de quem passa pelas proximidades. Prova disso, é a clientela: 98% vem de fora do município. “O nosso boca a boca é muito bom”, brinca o proprietário Gilberto Dessoy, lembrando que os moradores da cidade sempre trazem amigos e parentes que moram fora para conhecer o lugar.
O boca a boca realmente é o carro-chefe da divulgação da pizzaria. A Recanto Verde não faz grandes investimentos em publicidade, e nas redes sociais a pizzaria tem uma fanpage, ad-ministrada pelos filhos de Dessoy, que valoriza o ambiente e também o público. “Valorizamos as pessoas e elas retribuem falando bem do nosso negócio”, comemora. E, pelo visto, tem dado certo. Dessoy inaugurou a pizzaria nos anos 2000, en-quanto ainda trabalhava na área de calçados. Abrindo apenas nas sextas-feiras à noite e sábados para almoço e jantar – roti-na que se mantém até hoje –, o negócio começou pequeno, com 70 m2. “Quando chegou o asfalto na cidade”, em 2003, lembra o empresário, “as coisas mudaram”. “Nossa clientela começou a aumentar e precisamos ampliar o local e o leque de pratos. Hoje, oferecemos, além das pizzas, filés, frangos, peixe, polenta e batata-frita em 500 m2 de área e temos condições de servir 260 clientes ao mesmo tempo”, conta Dessoy. E o nome Recanto Verde também faz jus. A pizzaria tem um espaço externo com uma área verde que convida para uma refeição ao ar livre.
1 – conheça o seu mercado de atuação
2 – saiba o que seu concorrente está fazendo
3 – faça um planejamento e saiba aonde sua empresa
quer chegar
4 – pense no financeiro
5 – aproveite as oportunidades
6 – ofereça um produto de excelência e diferenciado
7 – use o marketing a seu favor
8 – forme uma equipe de excelência
9 – Zele pelo melhor atendimento
10 – tenha um bom relacionamento com o seu cliente
10 dicas para que seu negóciO seja um sucessO
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como ação estratégica da instituição para qualificar a oferta de educação profissio-nal em todo o país. Uma das iniciativas dessa ação consiste na elaboração de planos de cursos únicos para todo o território nacional. Participaram do projeto técnicos de Diretorias de Educação Profissional (DEPs), representantes das cinco regiões do país no Grupo de Trabalho da DEP, e técnicos dos seguintes departamentos regionais sede da Rede Nacional de Educação a Distância: Amazonas, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.
A perspectiva colaborativa é a base desse trabalho, o que gera identidade na elaboração de todos os Planos de Cursos Na-cionais. O Senac defende a articulação nacional como caminho
O desenvOlvimentO dO mOdelO PedagógicO naciOnal dO senac iniciOu
Modelo pedagógico
linhamento é a palavra-chave
do modelo pedagógico do
senac. o senac-rs participou
da elaboração do modelo
para para o desenvolvimento
de cursos da instituição
a
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Senac camaquã realiza Feira da Beleza O senac
camaquã, apoiado pelo sesc e sindilojas costa doce,
promoveu uma Feira da Beleza no município, entre 2 e 5
de março, disponibilizando oportunidades de capacitação
profissional à comunidade local. durante os três dias, o
público teve acesso a diversas atividades de instrução. as
palestras, oficinas e workshops debateram assuntos como
moda, beleza, saúde, idiomas, gestão e informática.
Senac Bento GonçalveS na Femaçã 2015 Programa-
da para ocorrer de 10 a 12 e de 17 a 21 de abril, em
veranópolis, a Festa nacional da maçã (Femaçã) 2015
contará com a participação do senac Bento gonçal-
ves. no tradicional evento da terra da longevidade, o
senac-Rs estará em dois espaços, um destinado à gas-
tronomia e outro à beleza. no primeiro, serão realizadas
oficinas, em que o público poderá assistir, gratuitamente,
ao preparo de pratos feitos pelos chefs, seguido de
degustação. no espaço da beleza, instrutores dos cursos
de manicure e cabeleireiro estarão a postos para ofere-
cer os serviços, também de forma gratuita. mais informa-
ções podem ser obtidas pelo telefone (54) 3452-4200 ou
no site www.senacrs.com.br/bentogoncalves.
agenda de eventos
para cumprir com excelência a missão de educar para o traba-lho em atividades do comércio de bens, serviços e turismo.
Segundo o gerente do Núcleo de Educação Profissional (NEP) Senac-RS, Roberto Sarquis Berte, no ano passado algu-mas turmas já iniciaram esse processo, que será gradual. Em 2014, o curso contemplado com a mudança foi o de Recepcio-nista em Meios de Hospedagem da Faculdade Senac Porto Ale-gre e da Escola de Educação Profissional Senac Caxias do Sul. “Os alunos gostaram da metodologia”, conta. “Os professores também se sentem à vontade, porque conseguem ter clareza das competências que o aluno deverá desenvolver no decorrer do curso para atender o perfil profissional de conclusão.”
No total, 29 cursos foram adequados ao Modelo Pedagógico Nacional e serão implementados gradativamente ao longo de 2015. A coordenadora de Desenvolvimento Educacional do NEP Senac-RS, Jacqueline Gisler, acrescenta que o desenvolvimen-to do curso piloto no ano passado reduziu o índice de evasão. “Um dos pontos mais interessantes é que o aluno passa a ser protagonista do seu próprio aprendizado”, resume. O modelo pedagógico reforça e destaca as marcas formativas do Senac, identificando e diferenciando, no mercado de trabalho, os pro-fissionais formados nos cursos da instituição em todo o Brasil.
Em sintonia com o mErcado
Um dos aspectos que fortalece ainda mais o novo modelo pedagógico é a adequação do currículo ao mercado de traba-lho, a partir do diálogo com os diferentes agentes por intermé-dio dos Fóruns Técnicos Setoriais. O conceito de competências que faz parte da metodologia determina, exatamente, os co-nhecimentos que o aluno precisa ter para atender às expectati-vas profissionais da área. O gerente do NEP Senac-RS, Roberto Sarquis Berte, explica que essa metodologia é uma das possibi-lidades de encurtar as distâncias entre os mundos do trabalho e da educação profissional.
Jacqueline Gisler define o processo de construção das com-petências como um mapeamento funcional. A coordenadora reforça que o modelo garante um processo dinâmico que se atualizará constantemente: “As competências expressam as capacidades requeridas do trabalhador para atingir o desem-penho adequado”. A implementação do modelo pedagógico no Rio Grande do Sul ocorrerá semestralmente. Os especialistas das unidades auxiliarão na implementação do projeto.
16/marSemana da água
para comemorar o dia Mundial da Água (22 de mar-
ço), o senac Floresta (av. Farrapos, 146/porto ale-
gre) dedicará uma semana para debater o tema. as
atividades começarão no dia 16, às 14h30, com a pa-
lestra Problemáticas Ambientais, apresentada pela
secretária Municipal de Meio ambiente (smam).
informações em www.senacrs.com.br/floresta.
24/marSenatech erechim
O futuro da TI: a internet das coisas é o tema da
palestra gratuita do mestre e coordenador do curso
superior de tecnologia em produção Multimídia da
Faculdade senac porto alegre Franz Josef Figueroa
da programação do senatech erechim, às 20h no
auditório URi (av. sete de setembro 1621). infor-
mações no www.senacrs.com.br/erechim.
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dossiê / Bicicleta
bicicleta é comprovadamente
o veículo de locomoção
mais rápido em cidades com
trânsito. transporte não
poluente e fonte de saúde,
criada no século 19, evoluiu a
ponto de tornar-se modalidade
esportiva e sonho de consumo
AMilhões de pes-
soas, no mundo todo, a utilizam diariamente para os deslo-camentos casa/trabalho. Na infância, aprender a se equili-brar sobre as duas rodas é um desafio. A memória motora, contudo, permanece para toda a vida, e por isso o ditado compara aquilo que nunca se esquece a andar de bike. Com quase dois séculos de história, ela está presente no varejo em diversos modelos, adaptáveis ao gosto do freguês.
O barão alemão e engenheiro agrônomo Karl von Drais pode ser considerado o inventor da bicicleta, em 1817, em-bora haja modelos de veículos semelhantes projetados an-tes, até mesmo por Leonardo da Vinci. Ele construiu um brinquedo em madeira que se chamava celerífero, com duas rodas interligadas por uma viga e um suporte para o apoio
BicicletA é modA, é estilo, trAnsporte, lAzer, esporte e sonho de consumo.
ExErcício E lazEr
©istock.com/pix de luxe
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das mãos. Não havia pedal, a tração era feita pelos pés de quem o guiava, postado sobre a viga de madeira. Drais elaborou um sistema de direção – guidom – que permitia fazer curvas e com isto manter o equilíbrio da bicicleta quando em movimento, além de um rudimentar sistema de frenagem. O invento foi pa-tenteado um ano depois, mas o sucesso não foi imediato.
Não demorou muito para que a ‘draisiana’ fosse modi-ficada e melhorada, num século de grandes revoluções. O veículo ganharia uma estrutura de ferro e também uma sela, melhorando em resistência e conforto. Os avanços im-plementados têm a função de dar maior estabilidade e se-gurança, uma vez que o equipamento de madeira era muito pesado. O pedal, por exemplo, só surgiria em 1855, pelas mãos do carroceiro francês Ernest Michaux. Ele os instalou num locomotor de duas rodas traseiras, sendo o pedal liga-do na roda dianteira. Foi o nascimento do velocípede, mais conhecido hoje como triciclo.
Ainda no final do século 19, diversos progressos foram fei-tos, à medida que a popularização das bicicletas aumentava. Surgem as correias entre pedal e eixo traseiro, bem como as rodas de borracha, com câmaras de ar, melhorando a suspen-são. Os primeiros relatos das ‘magrelas’ no Brasil é dessa épo-ca, mais precisamente em Curitiba (PR) e em São Paulo (SP), onde aportavam muitos imigrantes europeus. A primeira, por exemplo, já tinha um clube de ciclistas alemães em 1895.
Modelos para diferentes usos
Atualmente, há modelos distintos de bicicletas para várias finalidades diferentes. No varejo, o importante é saber como o consumidor pretende usar a bicicleta, para poder oferecer a ele as melhores dicas. Quatro tipos se destacam no mercado: a Urbana (usada para transporte na cidade, inclusive de carga), a Mountain Bike (a mais comum, com pneus largos e com cra-vos), a Speed (com pneu fino) e a Híbrida (uma mistura entre a Speed e a Mountain). As mais indicadas para os iniciantes são as urbanas e híbridas, pois elas têm o quadro com maior distância entre os eixos e assim o ciclista pedala em uma po-sição mais ereta. Essa posição favorece mais a visibilidade e o conforto, mas diminui a performance.
As mountain-bikes (MTB), muito populares no Brasil, são bicicletas feitas para andar no campo, em trilhas, mas que também podem ser utilizadas sem problemas nas cidades.
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Elas apresentam rodas mais largas e com cravos, que aju-dam a absorver impactos e dão mais aderência em terrenos de lama. A Speed, como indica o nome, é feita para quem
as 10 mElhorEs cidadEs do mundo para andar dE biciclEta
A consultoria Copenhagenize formulou um ranking das melhores cidades do mundo para os amantes do ciclismo. A pesquisa avaliou 13 critérios: infraestrutu-ra (existência de ciclovias, sinalização, estacionamen-tos), amparo legal (permissão para levar as bicis no metrô ou em ônibus, além de fiscalização), programas de aluguel e sensação de segurança em relação aos de-mais modais de transporte, entre outros fatores. Ne-nhuma cidade de fora da Europa figura na lista. Não é à toa que lá se vendem mais ‘magrelas’ do que carros. Nas duas primeiras colocadas, mais de metade da po-pulação se locomove de bicicleta cotidianamente.
1 – Amsterdã, holanda
2 – copenhagen, dinamarca
3 – utrecht, holanda
4 – sevilha, espanha
5 – Bordeaux, França
6 – nantes, França
7 – eindhoven, holanda
8 – malmö, suécia
9 – Berlim, Alemanha
10 – dublin, irlanda
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dossiê / Bicicleta
curiosidAdes
entregas cidades como são paulo e porto
Alegre já contam com o serviço
de bike courier. o ciclista trabalha
fazendo entregas e pequenos
serviços. em um raio de 15 km, há
vantagem: a bicicleta não para em
congestionamentos e não perde
tempo estacionando.
patrulhaem itapema, no litoral catarinense,
os bombeiros e a polícia militar
utilizam bicicletas para atender
intercorrências. em campinas,
cidade de são paulo, a Guarda
municipal também faz a segurança
em parques municipais e no centro
comercial desta forma.
dinheiro extrao governo francês lançou, no segundo
semestre de 2014, um projeto espe-
cial para estimular o uso da ‘magrela’
como transporte, pagando ao con-
dutor 1 euro por km rodado. mais de
10 mil funcionários de 20 empresas
participaram da experiência. há outras
iniciativas semelhantes nos euA.
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preza a velocidade, a competição. O ciclista pedala bastante curvado para melhorar a aerodinâmica, mas em pisos irre-gulares o risco de queda aumenta.
rapidez coMprovada
A bicicleta já provou ser o veículo mais rápido e mais efi-ciente para se locomover em grandes cidades. Em São Paulo e Porto Alegre, por exemplo, o Desafio Intermodal colocou lado a lado carros, ônibus, motos e bicicletas, percorrendo um mes-mo trajeto. Em ambos os casos, a ‘magrela’ venceu os veículos motorizados. Na capital gaúcha (onde existe um automóvel para cada 1,8 habitante), a bike percorreu os 5 km entre o Rua da Praia Shopping e a rua Marcílio Dias em 14 minutos, tempo bem inferior aos concorrentes. Em São Paulo, a bici só perdeu para o helicóptero, no último desafio realizado.
Meio de transporte não poluente, sustentável, a bicicle-ta ainda traz diversos benefícios à saúde para o seu condu-tor: há aumento de massa muscular, queima de calorias e melhoria da capacidade respiratória. É uma academia ao ar livre, um exercício que pode ser encarado mais como pra-zer do que como obrigação, já que sua utilização como meio
de transporte não é um compromisso a mais para encaixar na agenda: passa a fazer parte da rotina. Outra importante vantagem em relação ao automóvel é a baixa manutenção. Suas peças são mais baratas e mais facilmente encontradas. E ela não paga seguro, combustível e estacionamento, des-pesas pesadas associadas ao carro.
novidades no Mercado
As bicicletas dobráveis são uma das tendências entre os amantes da bicicleta e atraem pela sua praticidade. Elas são fáceis de carregar para todos os lugares. Compactas, facilitam a vida de quem não tem muito espaço em casa ou no escritó-rio, pois cabem até dentro de uma mochila. Dá para pedalar um trecho do trajeto e aproveitar o metrô, ônibus e até mes-mo uma carona de carro para chegar ao destino final.
Outra novidade é a bicicleta elétrica, que facilita o traba-lho para quem carece de preparo físico. Ela ajuda nos trajetos com muitas subidas e pode agilizar o transporte de mercado-rias. São movidas a bateria e foram, em junho, equiparadas às tradicionais pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran). A maior crítica a esse modelo é o incentivo ao sedentarismo.
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Tivemos no primeiro mandaTo do atual governo uma política econômica calcada em premissas questionadas pelos empresários e defendidas nos discursos oficiais. Iniciado o segundo governo, a “marolinha” virou tsunami. Uma nova equipe assumiu, e disse laconicamente: “Foi mal. Agora precisamos do esforço de todos”. De todos não, dos mesmos. E o sistema tributário foi, outra vez, retorcido para tapar os buracos. Esse talvez seja o principal motivo por que uma reforma tributária eficiente e racional nunca conseguiu avançar no Brasil.
Não há contexto econômico que permita uma discussão sincera de um modelo mais competitivo. As despesas e crises institucionais não permitem. A última novidade foi a “oneração da desoneração” (sic), criada pela MP 669/2015. As contribuições previdenciárias incidentes sobre o faturamento (substitutivas) tiveram suas alíquotas majoradas de 1% para 2%, e de 2% para 4,5%, respectivamente. O novo regime, ao menos, agora é opcional.
Uma simulação revela que, em relação ao segmento mais prejudicado, a conveniência do recolhimento da contribuição sobre a receita existirá, apenas, quando a despesa
com a folha for superior a 22,5% da receita. Isso porque, aplicando-se a alíquota de 20% sobre a base de cálculo de 22,5% da receita, chega-se ao resultado de 4,5% da receita.
Ultrapassada a matemática, o fato é que a “oneração da desoneração” reafirma a desordenada realidade tributária (e linguística) brasileira. Tínhamos uma linha claramente definida de substituição gradativa da contribuição sobre a folha pela incidente sobre a receita.
Esse norte – embora precisasse de algumas correções – estimulava a contratação de empregados e a competitividade de alguns setores da economia. Agora, a linha foi subitamente quebrada pela necessidade do superávit primário.
A instabilidade e a imprevisibilidade das regras tributárias constituem um dos grandes entraves ao crescimento da nossa economia. Talvez a jinga herdada da capoeira seja a melhor explicação sobre como um empresário honesto consegue sobreviver e crescer num ambiente econômico tão adverso, como o brasileiro. Como ensina o mestre Vinicius de Moraes, “capoeira que é bom não cai e, se um dia ele cai, cai bem”.
Rafael PandolfoConsultor tributário da Fecomércio-rs
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Capoeira
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é algo comum e até esperado no Brasil, como se uma coisa estivesse diretamente vinculada à outra. E em muitos casos, esse vínculo existe. A aquisição da casa própria alimenta o imaginário popular e um mercado que até sofre com as oscilações econômicas, mas que perma-nece após a turbulência, e volta a crescer.
Os negócios imobiliários, nos últimos anos, estiveram no ápice dessa montanha-russa. O estímulo à realiza-ção do sonho de muitos brasileiros e os ganhos de ren-da acima da inflação sustentaram a alta dos preços, que aproveitaram o momento para se recomporem. É de ci-clos assim que vive o segmento. Tanto a euforia quanto o
Usar as palavras sonho e casa própria em Uma mesma frase
compra da casa própria é
para muitos brasileiros uma
conquista e um investimento
seguro. é essa característica
que assegura a viabilidade do
mercado imobiliário, mesmo em
períodos de crise
a
EntrE o sonho E a rEalização
©istock.com/andy Dean photography
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pessimismo convergem para um ponto de equilíbrio. É a fase que vivemos agora. Os valores chegaram a patama-res elevados e agora se acomodaram. Mas a máquina dos negócios imobiliários não para de rodar.
A oferta de imóveis para venda e para locação é a prin-cipal atribuição relacionada ao serviço prestado pelas imo-biliárias, porém não é a atividade exclusiva. A gestão dos contratos e até serviços de administração de condomínios também fazem parte dos negócios, ampliando o horizonte dos empreendedores do setor.
InvestImento tradIcIonal
É com a perspectiva de realizar um investimento que um imóvel é adquirido. A compra do patrimônio é influen-ciada por inúmeros fatores. “Já diz o ditado ‘Quem casa, quer casa’. Mas assim como os casamentos influenciam o mercado imobiliário, o número de divórcios também con-tribui. Os novos arranjos familiares, como a redução no número de filhos por casais, as residências unipessoais, as mulheres sem cônjuge e com filho, os casais sem filho, en-tre outros, também exercem influência nesse setor”, avalia o sócio-diretor da Guarida Imóveis, Giuliano Spolavori.
Há ainda outros componentes que justificam a compra, e principalmente determinam a escolha do imóvel, como a mobilidade urbana. Spolavori exemplifica citando o caso de Porto Alegre, em que pesam os investimentos no ae-romóvel, no metrô e na ampliação do metrô; a duplicação de avenidas; construções de novos viadutos; inauguração da Arena do Grêmio; revitalização do cais do Porto; novos shoppings e hipermercados instalados na cidade; e as obras de saneamento e esgoto.
Em suma, “bons negócios surgem o tempo todo, basta estar atento e contar com apoio de uma empresa especia-lizada no assunto”, pontua. Bom negócio, nesse caso, pode ser resumido em uma palavra: valorização.
O presidente do Sindicato da Habitação do Rio Grande do Sul (Secovi-RS), Moacyr Schukster, detalha que essa rentabilidade pode ser percebida mês a mês pelo pro-prietário do imóvel. Como ponto a favor do segmento, ele lembra que “o imóvel continua sendo um grande investi-mento”. Essa percepção é histórica. “O imóvel tradicio-nalmente rende, todos os meses, 0,5% do valor dele por
locação. Existem imóveis em que essa margem chega a 1% ao mês. O 0,5% praticamente se iguala ao rendimento da poupança, com o diferencial de que o imóvel é uma reserva de valor consagrada ao longo dos séculos como extraordinária. Na linha do tempo, o imóvel sempre valo-rizou muito”, diz.
Para comparar, o presidente do Secovi-RS comenta que o valor desse bem, no Brasil, praticamente dobrou de 2009 para 2014. “Os preços dos imóveis atualmente estão acompanhando a inflação, mas é um patrimônio que se valorizou muito nos últimos anos. Quem tem imóvel con-seguiu se proteger desse período atual e está bem prepa-rado para aguentar a acomodação de preços. Essa questão de reserva de valor é um trunfo para quem tem imóvel”, dimensiona Schukster.
dIversIfIcação e expansão
No mercado desde 1977, quando atuava exclusivamen-te com a intermediação de compra e venda de imóveis, a Guarida Imóveis é, desde 2011, uma rede de franquias. Nesse meio-tempo, incorporou novos serviços que forta-leceram a empresa para que desse o salto recente. Além da compra e da venda, passou a atuar com aluguéis e con-domínios. “Em 2011, lançamos um projeto de franquias na área de compra e venda de imóveis. A estratégia deu certo e essa ampliação fez com que a Guarida se tornas-se uma das principais prestadoras de serviço do ramo no
A Consultoria Ricam, em parceria com a Ilumeo, avaliou a percepção de 1.455 brasileiros sobre o mer-cado imobiliário, definindo o seguinte perfil entre en-trevistados que estão dispostos a adquirir um imóvel:
46% pretendem comprá-lo nos próximos dois anos
para 61% será o primeiro imóvel
64% preferem um imóvel novo
89% pretendem financiá-lo
61% estimam pagar apenas 20% do valor de entrada
QuEm QuEr comprar?
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Brasil. Atualmente são 30 agências espalhadas por todo o Estado”, explica o sócio-diretor da empresa, Giuliano Spolavori.
Com otimismo, Spolavori afirma que a rede de franquias concluirá sua meta de expansão neste ano. Atualmente, a Guarida atende cerca de 100 mil clientes e possui mais de 900 colaboradores. “Na Guarida levamos como lema o otimismo e a constante busca de novas oportunidades. As ex-pectativas são positivas. Atendemos um escopo
completo no setor imobiliário, atuando na administração de condomínios, aluguéis e vendas de imóveis, tendo como ponto convergente de todos os esforços, o cliente.”
termômetro das vendas
O ano passado foi de resultados modestos para o merca-do imobiliário, o que gerou uma perspectiva de crescimen-to baixa também para 2015. O cenário econômico, segundo a percepção do presidente do Secovi-RS, Moacyr Schuks-ter, ainda é incerto para este ano e vai ser preponderante para definir os resultados do segmento. “A venda de imó-veis vai depender da economia. Segundo especialistas, o PIB estará próximo de zero. Isso significa que os negócios estarão menos dinâmicos e poderá haver desemprego. O desemprego cria inibição dos compradores. As pessoas me-nos confiantes no futuro preferem guardar o dinheiro ou até mesmo não querem assumir financiamento”, elenca.
Porém, diferentemente do que muitos pretensos com-pradores esperam, não há sinal de bolha imobiliária. “Acreditamos que o mercado continuará estável, com preços acompanhando a inflação”, aponta Schukster. O esforço de vendas terá que contar com um aditivo a mais, que deve vir na forma de condições especiais oferecidas pelas construtoras.
No litoral, o verão é o principal período de vendas do ano e serve como um termômetro do setor, define o presi-dente da Associação dos Corretores de Imóveis de Capão da Canoa (Acica) e diretor da Nobilitá Imóveis, Evandro Ribei-ro. Basta olhar para trás para constatar o que Ribeiro diz. No início de 2014, as vendas decepcionaram em relação a 2013 e essa condição se estendeu por todo o ano. Agora, Ri-beiro projeta 20% de aumento na comercialização, além de
boas vendas o ano todo, e não só para o litoral. “Este início de ano começou bastante aquecido. Temos a impressão de uma alta significativa nas vendas”, comemora.
atrasos nos alvarás
O contexto econômico, embora pareça grave para muitos segmentos, não é o maior problema do mercado imobiliário. “Atualmente, temos preços estáveis, oferta de imóveis, crédito imobiliário disponível e público inte-ressado”, argumenta o sócio-diretor da Guarida Imóveis, Giuliano Spolavori. “A maior dificuldade tem sido alguns entraves burocráticos para liberação de alvarás, habite-se e Plano de Proteção Contra Incêndio (PPCI), compro-metendo a entrega de diversos empreendimentos.”
Essa queixa repercute em todo o mercado de imóveis do Rio Grande do Sul desde a publicação da Lei Kiss, ela-borada após o incêndio que vitimou mais de 240 pesso-as em Santa Maria em janeiro de 2013. “Se criou uma lei muito boa, muito bem feita, mas que, no entanto, o nosso corpo de bombeiros é insuficiente para observar todas as exigências da lei”, pondera o presidente do Secovi-RS, Moacyr Schukster.
Os prejuízos, destaca o dirigente, não são exclusivos dos novos empreendimentos. “O PPCI está travando os negócios de locação, porque enquanto os bombeiros não fazem a vistoria, a prefeitura não concede o alvará de fun-cionamento”, crítica. De acordo com Schukster, só com aumento do efetivo do Corpo de Bombeiros é possível re-verter os atrasos, que têm feito com que imóveis recém-construídos esperem até o meio ano para a liberação.
prEço E dEcisão dE compra
A pesquisa Ricam/Ilumeo sobre o mercado imobiliá-rio mostra que o brasileiro anda preocupado com os pre-ços dos imóveis, entre os mais de 1,4 mil entrevistados:
70% consideram que os preços dos imóveis estão muito altos
para 77%, os preços estão aumentando
16% declararam que desistirão da compra por conta dos
altos preços
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pelo mundo
SELFIE DE PÃOA empresa Burnt Impressions, especializada em criar impressões em pães, lançou recentemente
a Selfie Toaster, um produto capaz de customizar torradas com fotografias. O preço para ter sua face estampada em um pedaço de pão é US$ 75. O artigo,
porém, tem suas limitações: detalhes como pouco contraste, escassez de sombras e má iluminação são fatores decisivos para a qualidade da peça final. As imagens também precisam estar em alta resolução,
e é recomendado imprimir apenas um rosto por fatia. A marca ainda é dona de outras ideias
inusitadas, tais quais as torradas ilustradas com os semblantes de Jesus e Virgem Maria, custando US$
35 e US$ 25, respectivamente.
FIM DAS SENHAS O prédio Epicenter, localizado no centro de Estocolmo, adotou um método alternativo de acesso ao seu interior. Nele, as portas são destrancadas não com senhas, crachás ou cartões, mas com o uso de um microchip introduzido nas mãos nos funcionários. O sistema de identificação funciona por radiofrequência (RFID) e também permite o pagamento de contas no restaurante do edifício e desbloqueio de impressoras. Um grupo de bio-hacking sueco, o BioNyfiken, é quem realiza a inserção do dispositivo. Segundo a empresa, o aparato tem o tamanho de um grão de arroz e o processo é tão dolorido quanto uma injeção. O imóvel Epicenter foi projetado para abrigar escritórios de startups hightec.
PREÇO JUSTO Nos últimos anos, uma nova iniciativa surgiu no mundo do marketing. O Trendwatching, informativo mensal sobre as tendências do mercado, denomina-a de Democratic Pricing. Basicamente, a expressão representa negócios que permitem ao consumidor definir o quanto valem seus produtos e serviços. Inspirada pela explosão do e-commerce e seus mecanismos de busca e comparação de preços, a ideia vem sendo utilizada por diversas empresas. A marca brasileira Techboy, por exemplo, passou a oferecer, ao fim de seu atendimento, a opção de o cliente precificar o trabalho em R$ 30, R$ 50 ou um valor qualquer. Escolhendo a última alternativa, é possível até mesmo decidir não pagar nada. Ainda assim, a Techboy afirma que entre 70% e 80% das pessoas repassam alguma quantia – normalmente, as sugeridas.
Reprodução/Techboy
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Reprodução/Bio Nyfiken
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Aceitei o desAfio proposto pelo presiden-te da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn, de per-correr o Estado em 2015 para conversar com dirigentes de sindicatos sobre as responsabili-dades e desafios do empresário líder sindical. Preparando a apresentação, deixei a memória galopar, recordando meus primeiros passos na federação. O ano era 1985. A entidade ocupava um sobrado na rua Dr. Timóteo e os sindicatos filiados eram em torno de 20. A atuação da federação se limitava a assistir seus filiados em processos de dissídio coletivo e negociações trabalhistas, ou seja, a base de toda a ação sindical era a atuação da consultoria trabalhis-ta (a Flávio Obino Advogados já era parceira da Fecomércio-RS desde 1960 – hoje 55 anos). A política era gastar pouco e entesourar as recei-tas das contribuições compulsórias, máxima que se refletia nos sindicatos de base. O grande objetivo era a compra da sede própria, e apor-tes eram feitos para auxiliar na aquisição. As administrações de Sesc e Senac também não eram exercidas pela federação.
Os sindicatos eram entidades amordaçadas pelo Ministério do Trabalho. Clubes e asso-ciações empresariais, livres das algemas, é que funcionavam como entes de reivindica-ção. Os ventos do novo sindicalismo já so-pravam, mas o sindicalismo patronal ainda estava engatinhando. Vivi com a federação a revolução do desatrelamento do Estado con-sagrado na Constituição de 1988, e nesses
últimos 25 anos sou testemunha presente do fortalecimento do sindicalismo patronal. As contribuições sindicais obrigatórias foram mantidas, a representação universal refor-çada e as entidades foram legitimadas como agentes de reivindicação, podendo atuar administrativa e judicialmente em nome de toda a categoria. Olhando para a fotografia de 1985 ninguém reconheceria o Sistema Fecomércio que foi edificado.
As entidades sindicais, na atual ordem cons-titucional, são trincheiras onde se abrigam os empresários do comércio. Os sindicatos têm a obrigação de desempenhar o papel de interlo-cutores dos empresários nas discussões com o executivo e legislativo, bem como patroci-nar ações judiciais de interesse da categoria representada. Internamente o desafio é o de respeitar a categoria como um todo, sendo inadmissível o patrocínio ou a inserção de cláusula coletiva que venha em prejuízo da liberdade de comerciar e da livre concorrên-cia, como as de limitação de funcionamento de lojas. A responsabilidade na negociação coletiva permanece. O líder sindical que assina uma convenção coletiva age como se legisla-dor fosse. Ele deve ter sempre em mente que a convenção será lei de observância obrigatória por toda a categoria. Assim, ficam a lembran-ça e a advertência: quanto mais legítimo o sin-dicato, maior o desafio e maiores as responsa-bilidades do empresário líder sindical.
Flávio obino FilhoAdvogado trabalhista-sindical da fecomércio-rs
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O empresáriO líder sindical
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monitor de juros mensal
O Monitor de Juros Mensal é uma publicação que objetiva auxiliar as empresas no processo de tomada de
crédito, disseminando informações coletadas pelo Banco Central junto às instituições financeiras.
O Monitor compila as taxas de juros médias (prefixadas e ponderadas pelos volumes de concessões na primeira
semana do mês) praticadas pelos bancos com maior abrangência territorial no Rio Grande do Sul, para seis
modalidades de crédito à pessoa jurídica.
Capital de Giro Com prazo até 365 dias
Cheque espeCial
anteCipação de Faturas de Cartão de Crédito
no
tas
Capital de Giro Com prazo aCima de 365 dias
Conta Garantida
desConto de Cheques
Na modalidade de capital de giro com
prazo até 365 dias, Citibank e HSBC se
mantêm nas primeiras posições,
seguidos pelo Banco do Brasil.
Apesar de o Bradesco ter passado a
maior parte do mês anterior liderando
como a maior taxa de juros média da
modalidade, foi ultrapassado pelo Itaú
na semana de referência em
decorrência de uma subida abrupta.
Na modalidade de cheque
especial, a Caixa, instituição que
tradicionalmente apresentava a taxa
média de concessão mais baixa,
registrou novo aumento em
janeiro, aproximando-se do
Banco Safra, que ocupa o
segundo posto. O Santander
se mantém com a taxa mais
elevada da modalidade.
Na modalidade de antecipação de
faturas de cartão, o Banco Safra
mantém-se como a taxa média
mais baixa em fevereiro. Banco do
Brasil e Santander aparecem na
segunda e terceira colocações. O
Itaú permanece com a média mais
alta da modalidade.
Na modalidade de capital de
giro com prazo mais longo, a
Caixa assumiu a primeira posição
como a taxa de juros média mais
baixa para a modalidade, apesar de
ter assumido trajetória crescente
ao longo do mês anterior. O
Banco Safra e o HSBC
ocupam, respectivamente, o
segundo e terceiro lugares.
Na modalidade de conta
garantida, o Banco do Brasil
registrou a menor taxa média de
juros, que se manteve praticamente
estável desde a última divulgação
do Monitor de Juros. O HSBC, que
apresentou na data de referência
anterior a maior taxa média, ficou
no segundo lugar. O Banco Safra
registrou a maior taxa de juros
média da modalidade.
Na modalidade de desconto de
cheques, houve elevação quase
generalizada das taxas no mês de
janeiro. O Banco Safra depois de
apresentar elevação ao longo do mês
anterior, iniciou fevereiro com taxa
média inferior à registrada na semana
de referência de janeiro. O Santander
assumiu a segunda colocação, en-
quanto o Bradesco ficou em último.
1) A fonte das informações utilizadas no Monitor de Juros Mensal é o Banco Central do Brasil, que as coleta das instituições financeiras. Como cooperativas de crédito efinanceiras não prestam essa classe de informações ao Banco Central, elas não são contempladas no Monitor de Juros Mensal2) As taxas apresentadas referem-se ao custo efetivo médio das operações, incluindo encargos fiscais e operacionais incidentes sobre as mesmas3) Período de coleta das taxas de juros: 02/02/2015 a 06/02/2015.
Instituição
Instituição
Instituição
Instituição
Instituição
Instituição
Taxa de juros(% a.m.)
Taxa de juros(% a.m.)
Taxa de juros(% a.m.)
Taxa de juros(% a.m.)
Taxa de juros(% a.m.)
Taxa de juros(% a.m.)
Jan
1,38
1,47
2,77
2,10
1,64
2,15
2,29
2,50
Jan
8,70
8,78
9,05
9,33
9,44
11,10
12,74
Jan
1,26
2,41
2,56
2,91
2,74
3,63
Jan
1,60
1,91
1,90
2,24
2,78
2,47
2,17
Jan
2,27
7,53
2,55
3,26
2,27
3,88
6,44
Citibank
HSBC
Banco do Brasil
Banco Safra
Caixa
Santander
Bradesco
Itaú
Caixa
Banco Safra
Banco do Brasil
Itaú
Bradesco
HSBC
Santander
Banco Safra
Banco do Brasil
Santander
HSBC
Bradesco
Itaú
Caixa
Banco Safra
HSBC
Santander
Banco do Brasil
Itaú
Bradesco
Banco do Brasil
HSBC
Santander
Itaú
Citibank
Bradesco
Banco Safra
Banco Safra
Santander
Caixa
HSBC
Banco do Brasil
Itaú
Bradesco
FEV
1,39
1,41
1,74
1,98
2,04
2,05
2,35
2,47
FEV
8,67
8,74
9,15
9,47
9,95
11,28
12,71
FEV
1,13
2,29
2,36
2,92
2,99
3,68
FEV
1,71
1,72
1,88
1,92
2,11
2,24
2,27
FEV
2,29
2,38
2,56
3,20
3,64
4,04
6,11
FEV
1,82
2,30
2,44
2,65
2,89
3,01
3,15
Jan
2,14
2,42
2,41
2,60
2,94
2,89
2,98
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/ fevereiro 2015
50
Mar
ço 2
015
119
film
e
emPReeNDeDORiSmO e fiCÇÃOSão muitos os livros criados para fomentar o debate ou ensinar truques sobre gestão empresarial. O segredo de Luísa, obra de Fernando Dolabela, difere dos demais por não ser apenas mais um escrito didático entre tantos outros. Inovador, discute o tema empreendedorismo utilizando-se da ficção como fio condutor. A história contada é a de Luísa, jovem mineira interessada em abrir uma empresa para vender goiabada produzida por sua tia. Ao longo da trama, o autor apresenta conflitos e reviravoltas intrigantes, fazendo o leitor apegar-se a Luísa e sua luta. Assim, sem mesmo notar, acabamos aprendendo lições de marketing, finanças, administração, organização corporativa e planos de negócios, enquanto torcemos para a protagonista. Adotada por diversas universidades e MBAs brasileiros, a publicação já ultrapassou a marca de 150 mil exemplares comercializados, transformando-se em referência no campo do empreendedorismo.
DICAS DO MÊS
apl
icativo
CONTROle RemOTO AlTeRNATiVO O aplicativo Remote Mouse transforma qualquer tablet ou smartphone em um controle
remoto, simulando precisamente as funcionalidades de teclados e touchpads. Para utilizá-lo, é necessário instalar o programa tanto em seu celular quanto no computador, e ambos devem estar conectados à mesma rede Wi-Fi. O app está disponível gratuitamente, em inglês, nos sistemas operacionais Android, iPhone, iPad e Windows Phone.
Ele ainda oferece itens extras e avançados para a compra, com preços variando entre US$ 1,50 e US$ 3. O download da versão de
computador, compatível com PC e Mac, pode ser feito em remote-mouse.net. Os usuários também são convidados a auxiliarem na
tradução do software para outras línguas. Quem ajuda recebe sem custo algum o Remote Mouse Pro, a opção mais completa do aplica-tivo. No site da empresa é
possível descobrir como participar do projeto e
outras informações sobre o produto.
Ficha técnicaTíTulo: O segredo de Luísa
auTor: Fernando Dolabela
ediTora: Sextante
ano: 2008
páginas: 304
liVRO
liÇÕeS em meiO À GUeRRABaseado na obra literária de mesmo nome, o filme A menina que roubava
livros se passa durante a Segunda Guerra Mundial e conta a história de Liesel
Meminger (Sophie Nélisse), uma jovem que vai morar na residência de Hans
(Geoffrey Rush) e Rosa Hubermann (Emily Watson)
após sua mãe ser acusada de comunismo pelo
governo alemão. Ali, faz amizade com um vizinho,
Rudy (Nico Liersh). Na companhia do menino e
auxiliada pelo pai adotivo, Liesel aprende a ler
e adquire um novo hábito: roubar livros. A vida
da família muda quando decidem abrigar um
judeu refugiado chamado Max Vandenburg
(Bem Schnetzer), para quem a garota começa
a narrar as obras furtadas. O enredo é contado
pela Morte (Roger Allam). A trilha sonora,
criada por John Williams, é um dos pontos
altos da trama. Retratando as batalhas e suas
consequências com perfeição, a fotografia e
arte também se destacam. Em suma, o longa,
dirigido por Brian Percival, é um drama sensível e
interessante de assistir.
Ficha técnicaTíTulo: A menina que roubava livros
gênero: Drama, guerra
direção: Brian Percival
roTeiro: Markus Suzak e
Michael Petroni
duração: 131 minutos
Rep
rod
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