Download - Revista BrOffice 014
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8/7/2019 Revista BrOffice 014
1/50| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 1 Agosto | 2010Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista Diagramado no BrOffice.org Draw
Ano 4 | N 14 |Agosto 2010
Revista
Artigos | Dicas | Tutoriais | e muito mais...
Escritrio abertoModelos de documentospara fazer bonito na horade conseguir umemprego
SpechOONo fico cientfica! Extenso emdesenvolvimento permitir digitar textospor comando de voz
BrOffice.org mais rpidoSaiba o que fazer para abrir efechar o aplicativo com maisagilidade
Organize-se!Aprenda a usar o Base paraarmazenar a sua agenda decontatos
Fique ligado!O sonho da construo de uma carreira no setor pblico pode passar pelo conhecimentono aplicativo. Veja como se preparar!
EntrevistaRevista BrOffice.orginspira criadores do sitePASL, portal gratuito deoferta e busca de suporteem software livre
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8/7/2019 Revista BrOffice 014
2/50| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 2 Agosto | 2010
nathancolquhoun
| carta do leitor
Carta do leitor 04
| como ns ...
fazemos a traduo da RevistaBrOffice.org
06
| reportagem
10 anos de projeto - Comemoraescomeam no OOoCon, em Budapeste
09
| artigo
A co-autoria na era das redes
informacionais
11
| entrevista
26As pginas amarelas do Software Livre
| cultura
Redblade Episdio 05 - Quatro num carro 46
Dica de filme - Invasor de Mentes 48
| dica
Abrir e salvar documentos BrOffice.orgmais rpido
32
Edio de duas ou mais sees de umdocumento
33
| tutorial
Agenda de contatos usando assistente debanco de dados
35
Gerenciamento Eletrnico de DocumentosIntegrao do BrOffice.org
41
| resumo do ms
Resumo do ms 49
| dica rpida
31Dica rpida
ndice |
BrOffice.org em Concursos Pblicos 14
| escritrio aberto
20Concurso Pblico
Fisl11: Evento Comunitrio BrOffice.org 21
| novas tecnologias
23Reconhecimento de voz para BrOffice.org
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8/7/2019 Revista BrOffice 014
3/50| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 3 Agosto | 2010
Colaboradores desta edioRedao:Carlisson GaldinoCcero RochaClvis TristoLuiz OliveiraPedro CiracoRochele Prass
Dicas e tutorial:Edgard CostaRaul Pacheco da SilvaWilkens Lenon
Diagramao:Ccero RochaDuilio NetoEliane DomingosLuiz OliveiraMaria Aparecida ColtroRochele Prass
Reviso:Antonio HermidaCcero RochaClaudia FonteneleClvis TristoFtima ContiLuiz OliveiraMaria Aparecida ColtroPetro CiracoRenata MarquesRochele Prass
Capa:Duilio Neto
Edio:Luiz OliveiraRochele [email protected]
Jornalista responsvel:Luiz Oliveira Mtb.31064 | [email protected]
Coordenador Geral BrOffice.org:
Claudio Ferreira Filho | [email protected] para a Revista BrOffice.org:[email protected]
Edies anteriores: www.broffice.org/revistaO contedo assinado e as imagens que o integram so de inteiraresponsabilidade de seus respectivos autores, no representandonecessariamente a opinio da revista BrOffice.org e de seusresponsveis. Todos os direitos sobre as imagens so reservados aseus respectivos proprietriosO que o BrOffice.org o produto, ferramenta de escritrio multiplataforma, livre, em bomportugus, desenvolvido sob os termos da licena LGPL, compostopor editor de texto, planilha de clculo, apresentao, matemtico ebanco de dados, mantido pela comunidade e OSCIP, que trabalhapara a difuso do SL/CA no Pas.DesenvolvimentoEsta revista foi elaborada no BrOffice.org, editor de texto, planilha ele-trnica, apresentao e, diagramao. A reproduo do material con-tido nesta revista permitida desde que se incluam os crditos aos au-tores e a frase: Reproduzido da Revista BrOffice.org www.broffice.org/revista em local visvel.O BrOffice.org declara no ter interesse de propriedade nas imagens.Os direitos sobre as mesmas pertencem a seus respectivosautores/proprietrios.O contedo da Revista Broffice.org est protegido sob a licena Crea-tive Commons BY-NC-SA, disponvel nowww.creativecommons.org.br. Esta licena no se aplica a nenhumaimagem exibida na revista, e para utilizao delas obtenha autorizaojunto ao respectivo autor.
|editorial
Revista BrOffice.org: Comunidade viva e atuanteRevista BrOffice.org: Comunidade viva e atuante
m tempos nos quais valores individuais, muitas vezes,
falam mais alto, a Revista BrOffice.org mostra como fazer
a diferena. No somos melhores. Nem piores. Tambm no somos
medocres. Mas acreditamos que fazemos a diferena na vida das
pessoas. Somos muito mais que bases instaladas. Somos muito
mais que linhas de cdigo, bits e escolhas mecnicas de como
resolver um problema. Somos um exemplo do que o trabalho
colaborativo capaz de fazer. Uma comunidade vibrante, atuante e
dona da prpria histria.
Quando vocs, leitores, baixam a Revista BrOffice.org, leem artigos,
reportagens, dicas e tutoriais, esto fazendo download de um
trabalho que s pode existir com o comprometimento de muitas
pessoas. Na equipe, impera a lgica da colaborao, do exerccio
do que existe de melhor no ser humano: a capacidade de
compreender dificuldades, de doar tempo (seja qual for) para somar
esforos em favor de pessoas que, muitas vezes (a maioria das
vezes), no conhecemos.
Nossa meta a perfeio que, sabemos, jamais poderemos atingir.
No porque nos falta competncia e qualidade, mas porque
sabemos da impossibilidade da tarefa. Por outro lado, temos
conscincia da nossa responsabilidade com os leitores e isso nos
faz acreditar que, se a perfeio impossvel, busc-la,
cotidianamente, a nossa misso maior.
Mas de onde vem essa vontade? Vem do esprito de nobreza dos
envolvidos nesta empreitada. E vem dos retornos que recebemos
de vocs, leitores. No se trata apenas dos elogios e parabns, mas
sim do reconhecimento e respeito que demonstram em suas
manifestaes, nas suas sugestes, que engrandecem o nosso
trabalho e agregam. E com este sentimento que um grupo de
pessoas conseguiu um feito histrico: a internacionalizao da
Revista BrOffice.org. Sim! Em poucas semanas, um grupo de
colaboradores assumiu o projeto que estava parado e finalizou duas
edies da Revista para o ingls. Se a comunidade brasileira j eravitrine nos encontros internacionais agora passou a ser modelo a
ser seguido, um case de sucesso.
Enfim, ao ler as pginas que relatam inovaes, como o SpechOO,
as dicas e tutoriais publicados para facilitar o dia a dia dos usurios,
a entrevista que relata uma iniciativa em prol do Software Livre,
queremos que compreendam que por trs desse trabalho h um
corao que pulsa forte, que chora, que sonha, que se desespera e
at pensa em desistir por limitaes humanas, mas sempre aparece
uma mo salvadora, duas mos, trs, provando mais uma vez que
juntos podemos muito mais. Boa leitura!Luiz Oliveira e Rochele Prass
EE
http://www.broffice.org/revistamailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]://www.broffice.org/revistahttp://www.broffice.org/revistahttp://www.creativecommons.org.br/http://www.creativecommons.org.br/http://www.broffice.org/revistahttp://www.broffice.org/revistamailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]://www.broffice.org/revista -
8/7/2019 Revista BrOffice 014
4/50| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 4 Agosto | 2010
carta do leitor |
Esta a sua seo! Na Carta do Leitor, voc pode tirar dvidas
sobre o BrOffice.org, seja produto, comunidade ou desenvolvi-
mento, enviar crticas ou sugestes que possam enriquecer ainda
mais a nossa revista.
Envie um email para [email protected].
Participe!
Oi!
Sem dvida, um trabalho maravilhoso.
Estou aproveitando que a maioria de meus clientes e
colaboradores no se adaptaram interface Ribbon
do Office 2007 e estou "implantando" licenas do
BrOffice.org. Sem pirataria para alguns e sem custo
para outros.
Mais uma vez, parabns pelo trabalho da equipe!
Reinaldo de Oliveira Pereira
Ol! Parabns!
Tenho o orgulho de ser um participante do BrOffice.org.
Obrigado!
Dominique Silva Neves
Opinio
maravilhoso poder participar junto com vocs, pois
esta revista sensacional. Faz com que as pessoas
se conscientizem. Desde j, estou agradecida.
Cleonice de Souza Naice
S parabns...
Pois , s passei para dar parabns mesmo.
Primeiramente ao trabalho na revista apresentandotima qualidade nos assuntos debatidos e excelente
meio de divulgao de novidades...
Tambm gostaria de agradecer aos palestrantes que
esto enriquecendo o fisl11 com assuntos e
novidades sobre o BrOffice.org. Hoje (22/7) participei
da palestra do Willian (Colen), que falou sobre
extenses, muito bom!!!
...mais uma vez, valeu pessoal!
Luciano da Cunha
Promoo!Promoo!Concorra a cinco ingressos para o Solisc 2010
Quer ganhar um ingresso para o 5 Congresso Catarinense do
Software Livre? Ento escreva para a Revista BrOffice.org! Envieum e-mail com o assunto Ingresso Solisc para revista@broffi-
ce.org com seu nome completo, RG e o local em que voc mora.
Sero cinco ingressos sorteados, atravs de parceria entre a
Revista BrOffice.org e a organizao do evento.
O sorteio ser realizado no dia 30 de setembro pela equi-
pe da Revista. Os ganhadores sero contatados pela or-ganizao do Solisc e recebero um cdigo para retirada
do ingresso no local do evento, que acontece em Floria-
npolis, nos dias 22 e 23 de outubro.
Confira o site do Solisc: http://www.solisc.org.br/2010/
http://www.broffice.org/revistahttp://www.solisc.org.br/2010/http://www.solisc.org.br/2010/http://www.solisc.org.br/2010/http://www.broffice.org/revista -
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5/50| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 5 Agosto | 2010
http://www.broffice.org/revistahttp://www.broffice.org/revista -
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6/50| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 6 Agosto | 2010
nathancolquhoun
como ns ... |
desafio como sempre foi o tempo. Colocamos
como meta deixar pelo menos duas edies pron-
tas antes da Conferncia Internacional do
OpenOffice.org que acontece em Budapeste de 31 de
agosto a 03 de setembro. Paralelamente, havia a produ-
o desta edio e o planejamento de edies especiais;
um presente que queremos oferecer ao nosso pblico lei-
tor que em breve vai saber mais detalhes.
Voltando ao assunto, o projeto de traduo j existia;
equipes j haviam sido formadas. H projetos de traduo
em andamento para o Galego, Francs, Ingls e Caste-lhano. Tambm h pessoas interessadas em traduzir a
Revista para o Japons, Alemo e Hindi. Entretanto, a
Zine 01 e a Zine 09 so as primeiras tradues a sarem.
Textos traduzidos por equipes anteriores e disponveis em
nosso Wiki foram aproveitados. Da a importncia do tra-
balho coletivo.
E quanto aos novos desafios? A ideia traduzir todas as
edies anteriores para o Ingls at chegarmos ao ponto
de termos edies bilngues saindo simultaneamente. E
se voc quiser integrar a equipe de traduo mande-nosum email: [email protected].
...fazemos atraduo da
RevistaBrOffice.orghttp://www.openclipart.org/detail/13039
A ideia traduzir
todas asedies parao ingls.
OO
Por Luiz Oliveira
http://www.broffice.org/revistahttp://www.flickr.com/photos/nathancolquhoun/861771142/http://www.flickr.com/photos/nathancolquhoun/861771142/http://www.flickr.com/photos/nathancolquhoun/861771142/http://www.flickr.com/photos/nathancolquhoun/861771142/http://www.flickr.com/photos/nathancolquhoun/861771142/http://www.flickr.com/photos/nathancolquhoun/861771142/http://www.flickr.com/photos/nathancolquhoun/861771142/http://www.flickr.com/photos/nathancolquhoun/861771142/http://www.flickr.com/photos/nathancolquhoun/861771142/http://www.flickr.com/photos/nathancolquhoun/861771142/http://www.flickr.com/photos/nathancolquhoun/861771142/http://www.flickr.com/photos/nathancolquhoun/861771142/http://www.flickr.com/photos/nathancolquhoun/861771142/http://www.flickr.com/photos/nathancolquhoun/861771142/http://www.flickr.com/photos/nathancolquhoun/861771142/mailto:[email protected]:[email protected]://www.flickr.com/photos/nathancolquhoun/861771142/http://www.broffice.org/revista -
8/7/2019 Revista BrOffice 014
7/50| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 7 Agosto | 2010
como ns ... |...fazemos a traduo da Revista BrOffice.org | Por Luiz Oliveira
Quando me juntei ao grupo daRevista BrOffice.org, em novembro
de 2009, fui muito bem recebido.
Algum tempo depois soube da in-
teno de se fazer edies em In-
gls da revista, que j contava
com projetos semelhantes para
Francs, Galego e Castelhano.
Mas foi no IV Encontro Nacional
BrOffice.org que o desafio de lan-
armos a revista em Ingls, em de-finitivo ganhou corpo. A forma de
se fazer isso ficou para o time de
traduo decidir. Aps algumas
conversas preliminares surgiu a
principal dvida: O que precisar-
amos para viabilizar o projeto? Na
minha opinio um revisor, de pre-
ferncia nativo no idioma, pois tra-
duzir do ingls para o portugus
uma coisa. O contrrio mais dif-
cil para quem no tem um conhe-
cimento muito ntimo do idioma.
Curiosamente, no mesmo dia em
que disse isso, o Rogrio Luz se
disps a comear como tradutor
na revista, mas ele foi escalado
para ser revisor j que estudou e
viveu fora do Brasil muitos anos. Apartir da comeamos a traduzir.
Levamos algum tempo para aparar
algumas arestas. Mas, devagar
fomos prosseguindo. No incio do
ms de Agosto, tnhamos traduzi-
do metade da edio 9, mas ainda
faltava muito. O objetivo era tradu-
zir a edio 9 e a 1 totalmente,
alm de produzir uma edio es-
pecial bilngue. Isso coincidiu comvrios contratempos. Mas, logo o
Clvis deu um gs que eu no
acreditei. Em uma semana tradu-
zimos a edio 9, na semana se-
guinte a 1. Combinamos de eu re-
visar os textos do Clvis e ele os
meus. Em seguida, o Rogrio co-
meou o trabalho para tornar os
textos inteligveis para "los grin-
gos".
Pareceu uma coisa muito desor-
ganizada e mal feita, mas as coi-
sas fluram de uma maneira to
natural que me fez crer que o tal
modelo "bazar" funciona de manei-
ras muito alm da nossa imagina-
o. um grande prazer e um pri-
vilgio fazer parte desse time.
A seguir, trs depoimentos sobre o trabalho de traduo da Revista BrOffice.org
pelos prprios tradutores, Paulo S. Lima, Rogrio Luz e Clvis Tristo:
No tardou para eu ter no uma, masduas revistas inteiras para fazerreviso.
(Rogrio Luz)
Eu pensei: "tudo bem, eu j nem estou atolado de trabalho, mascomo as coisas devem ir num ritmo lento eu topo". Obviamente eu
no sabia que existia um compl contra a minha vida, o Clvis e oPaulo decidiram que seriam duas metralhadoras de tradues e notardou eles tinham a traduo no de uma, mas de duas revistas in-
teiras para eu revisar ... claro, amigo leitor que me vi em apuros.Mas dei uma olhada nas tradues, uma correozinha aqui e ali, etoca a lenha. Ambas as tradues esto decentes, e se gringo noentender porque no quer se esforar (brincadeirinha). Eles vivemtentando me dar crdito por algum processo de reviso que eu tenhafeito (acho que eles tm medo de me assustar com a quantidade evelocidade da traduo que so capazes) mas a verdade que tantoa RB09 quanto a Zine1 no tem quase um dedo sequer meu. Esses
dois e sua fbrica de tradues so a alma do projeto do qual meorgulho de poder participar de vez em quando. Parabns ao Clvis eao Paulo e a equipe da Revista BrOffice.org por mais essa iniciativa.
Eu me envolvi com a Revista BrOf-fice.org quando fui convidado a fa-zer um artigo com base em umpost que fiz no Grupo de usurios.Fiz o artigo, foi publicado e achei aexperincia toda o mximo! Em 15dias me convidaram para ver comoorganizaramos um grupo de tra-
duo bilngue ingls/portugus.
um grande prazer e um privilgio fazerparte desse time
(Paulo S. Lima)
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8/7/2019 Revista BrOffice 014
8/50| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 8 Agosto | 2010
A nossa equipe bem unida, basta apenas um cha-
mado e todos j se mobilizam e ajudam como podem;
essa ideia de bazar funciona mesmo. Unidos somos
fortes...
O texto do Paulo resume todo o processo quepassamos para a traduo dos exemplares Zine01 e
RB09.
No tenho muito o que acrescentar. Essa ideia de
Bazar citada pelo Paulo, funciona bem, pois cada um
d o seu esforo e tempo na medida certa, sem
muitas cobranas. Bom, aqui vai um bit de informao
sobre a minha impresso de todo o processo:
"Quando o Luiz me ligou dizendo que precisava de
uma ajuda na traduo da Revista BrOffice.org 09 e
Arquivopessoal
como ns ... |...fazemos a traduo da Revista BrOffice.org | Por Luiz Oliveira
A nossaequipe
bemUnida(ClvisTristo)
da Zine 01 para o Ingls, a mosca da curiosidade ali-
ada ao desafio me "picou". Afinal, somos movidos por
desafios e superao de metas a todo o momento. Fi-
quei me perguntando, ser que consequimos fazer
isso em uma semana? Coloquei isso como meta, ecomecei a trabalhar nas tradues, conversando com
o Paulo, traamos objetivos e prazos. Como ele e Ro-
grio j estavam com o processo de traduo iniciado
na RB09, propus terminarmos a traduo da RB09 e
depois comearmos a Zine 01, que j tinha algumas
matrias traduzidas. Para minha surpresa, todo esse
processo da RB09 e Zine01, foi realizado em uma
semana. Pra ser mais exato, conclumos o processo
em 02 noites.
Uma ideia que tive e passei para o Paulo, era de tra-duzir direto no Draw, assim o processo de cpia e
cola, ficou bem mais rpido, agilizando os trabalhos
de reviso e diagramao, pois a revista j sai pronta,
com o formato do modelo original e texto em ingls.
A minha inteno, para o futuro, seria a traduo para
o Ingls de todas as Revistas BrOffice.org. E sendo
mais ousado, lanamento das prximas edies nas
verses em portugus e ingls."
A Catedral e o Bazar (em ingls: The Cathedral and the Bazaar) um ensaio de Eric S. Raymond sobre mtodos
de engenharia de software, baseado em suas observaes do processo de desenvolvimento do Linux e suas
experincias administrando o projeto open source fetchmail. Foi primeiramente apresentado pelo autor no Linux
Kongress em 27 de Maio de 1997 e publicado como parte do livro com o mesmo nome em 1999. normalmente
considerado como o manifesto do movimento Open source.
O ensaio apresenta dois diferentes modelos de desenvolvimento de um software livre:
* O modelo Catedral, no qual o cdigo fonte est disponvel para cada release do software, mas o cdigo
desenvolvido entre dois releases restrito a um exclusivo grupo de desenvolvedores. Os projetos Emacs e GCC
so apresentados no ensaio como exemplos.
* O modelo Bazar, no qual o cdigo desenvolvido de forma totalmente aberta e pblica, utilizando a Internet.
Raymond credita Linus Torvalds, lder do projeto Linux, como o inventor deste modelo de desenvolvimento de
software. Ele tambm fornece alguns relatos anedticos da aplicao desse modelo ao projeto Fetchmail.
A tese central do ensaio de Raymond que "Dado um nmero de olhos suficiente, todos os erros so triviais" (que
o enunciado da Lei de Linus): se o cdigo fonte est disponvel para teste, escrutnio e experimentao pblica,
ento os erros sero descobertos rapidamente. Em contraste, Raymond alega que uma irregular quantidade de
tempo e energia devem ser gastos procurando por erros no modelo da Catedral, quando as diversas verses de
cdigo so avaliadas por um nmero limitado de desenvolvedores.
Este ensaio ajudou a convencer a maioria dos projetos open source e softwares livres a adotar o modelo do Bazar,
completa ou parcialmente incluindo os projetos Emacs e GCC, os exemplos originais para um modelo Catedral.
Mais notavelmente, isso ainda providenciou o empurro final para a Netscape Communications Corp abrir o cdigo
fonte do Netscape Communicator e iniciar o projeto Mozilla.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/A_Catedral_e_o_Bazar
http://www.broffice.org/revistahttp://www.broffice.org/revista -
8/7/2019 Revista BrOffice 014
9/50| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 9 Agosto | 2010
A conferncia de 2010 no ser ape-nas um encontro anual para desenvol-
vedores, adeptos, entusiastas, evange-
lizadores, mas tambm ser o incio
das comemoraes das comunidades
locais ao redor do mundo. Conforme
dados do Marketing Internacional
OpenOffice.org, estudos mostram que
a sute de escritrios ocupa mais de
20% do mercado. Desde a sua cria-
o, em 2000, mais de 300 milhes de
downloads j foram registrados. So-
mente na verso atual, a 3.2, foram
mais de 43 milhes de downloads. A
sute est disponvel para mais de 90
idiomas e tem suporte para os princi-
pais sistemas operacionais.
"Nossa equipe tem trabalhado muito
duro para fazer desta conferncia de
aniversrio a melhor OOoCon de to-
dos os tempos", afirma Peter Szakal
da SKM Open, lder da equipe e docomit de organizao em Budapeste,
encarregados de hospedar o evento.
Por Clvis Tristo e Rochele Prass
nathancolquhoun
reportagem |
10 anos de projeto10 anos de projeto10 anos de projeto10 anos de projetoComemoraes comeamComemoraes comeamno OOoCon, em Budapesteno OOoCon, em Budapeste
Conferncia Anual do Proje-
to OpenOffice.org, que
acontece dos dias 31 de
agosto a 3 de setembro, em Budapes-
te, marcada pelo aniversrio de 10
anos do aplicativo. Organizada pela
comunidade local, apoiada por patro-
cinadores, a Conferncia
OpenOffice.org OOoCon, o princi-
pal evento da comunidade internacio-
nal do projeto. O encontro rene re-presentantes de vrios pases para
celebrar, trocar conhecimento sobre
as realizaes ao longo do ano, alm
de discutir estratgias e desafios.
Neste ano, novamente o BrOffice.org
estar presente no evento, sendo re-
presentado por uma comitiva. Alm
do Coordenador Geral da BrOffi-
ce.org, Claudio Ferreira Filho, e o Di-
retor da Associao BrOffice.org, Oli-vier Hallot, que tambm integrante
do Conselho Internacional
OpenOffice.org, esta edio do even-
to contar com a presena de Carlos
Braguini e Gustavo Pacheco, ambos
colaboradores da comunidade brasi-
leira e conselheiros da Oscip. Minha
expectativa de representar bem to-
dos que se mobilizam e trabalham a
favor do projeto, especialmente aos
que se entregam s diversas ativida-des de organizao e mobilizao do
Encontro Nacional, diz Braguini.
AAAA
"Com a ajuda de nossos patrocinado-res, e com o apoio no s da comuni-
dade local, mas dos projetos ao redor
do mundo, ns estamos diante de um
acontecimento extraordinrio na capi-
tal da Hungria. Emoldurada por muitos
eventos da comunidade, estamos con-
fiantes de que a Conferncia
OpenOffice.org 2010 ser um evento
memorvel para todos", diz.
"H 10 anos, o OpenOffice.org pos-sui milhes de usurios ao redor do
mundo, sendo um dos aplicativos
mais premiados e de fcil uso, em
termos de produtividade", diz Mi-
chael Bemmer, vice-presidente da
Oracle. "Na Oracle, estamos orgu-
lhosos de ser o principal contribuinte
para o OpenOffice.org, assim como
uma patrocinadora Platinum da con-
ferncia deste ano. Estamos orgu-
lhosos e ansiosos, e com certezapassaremos diversas conferncias
juntos, diz.
Divulgao
Fonte: Divulgao Marketing Internacional OpenOffice.org / Traduo: Clvis Tristo / Adaptao: Rochele Prass
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8/7/2019 Revista BrOffice 014
10/50| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 10 Agosto | 2010
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8/7/2019 Revista BrOffice 014
11/50| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 11 Agosto | 2010
Por Wilkens Lenon Silva de Andrade
artigo |
http://www.123rf.com/photo_6881387_concept-for-cyber-spac
e-3d-computer-render.html
Por isso mesmo que Pierre Levy, aps ter captado bem o
esprito do nosso tempo, disse que:
O ser cognoscente uma rede complexa na qual os ns
biolgicos so redefinidos e interfaceados por ns tcni-
cos, semiticos, institucionais, culturais () preciso
pensar em efeitos de subjetividade nas redes de interfa-
ces e mundos emergindo provisoriamente de condies
ecolgicas locais (Levy, 1993, p. 161).
Na citao acima Levy (1993) faz referncia ao conceito
de Ecologia Cognitiva, onde deixa claro que o conheci-
mento o resultado das complexas interaes entre os
sujeitos que pensam e articulam ideias, portanto, sujeitos
cognoscentes com e o meio, cuja pluralidade se compe
de natureza, instituies humanas, artefatos culturais,
signos e smbolos semiticos e culturas diversas. Nessa
perspetiva, podemos afirmar, junto com Levy, que o co-
nhecimento e, por conseguinte a autoria, o resultado
das relaes interativas na coletividade. Sobre isso ele
ainda afirma o seguinte:
J vimos que um grande nmero de processos e de
elementos interveem em um pensamento. Mais uma vez
no h mais paradoxo em pensar que um grupo, umainstituio, uma rede social ou uma cultura, em seu
conjunto pensem ou conheam. O pensamento j
sempre a realizao de um coletivo. (Levy, 1993, p. 161).
A co-autoriaA co-autoria
informacionais
ma obra cultural, seja lite-
rria, artstica, tecnolgica
ou de qualquer outro tipo sem-pre o resultado do trabalho com
ideias que j existem. No h au-
toria como algo sui generis, ori-
ginada de conhecimento real-
mente novo, pensado por um su-
jeito sem a interao com a reali-
dade. Pelo contrrio, a realidade
e as relaes so as fontes pri-
mrias das ideias e, portanto,
dos conceitos, das definies e
dos valores humanos que deram
e daro origem a todas as produ-
es culturais existentes e que
ainda viro do exerccio criativo
dos/as autores/as. As produes
culturais so sempre resultado da
interatividade.
na era das redesna era das redes
U
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-
8/7/2019 Revista BrOffice 014
12/50| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 12 Agosto | 2010
Arquivopessoal
Se o pensamento, suporte de todas as formas de saber,
surge como resultado desse conexionismo, podemos
concluir que o desenvolvimento da cultura e a sua diver-
sidade se d dentro de um contexto colaborativo propor-
cionado pela teia de relaes que estabelecida entre su-
jeitos individuais, grupos sociais, somados a outros ele-
mentos presentes na cultura, tornando-se significativo,
possibilitando avanos, transformaes individuais e cole-
tivas. E, com isso, criando no tempo e no espao, mas
especialmente no ciberespao, terrenos frteis a autoria e
co-autorias de obras diversificadas com base no comparti-
lhamento das ideias. Nesse sentido, Levy diz que:
O conjunto das mensagens e das representaes que
circulam em uma sociedade pode ser considerado como
um grande hipertexto mvel, labirntico, com cem forma-tos, mil vias e canais. Os membros da mesma cidade
compartilham de grande nmero de elementos e cone-
xes da megarrede comum. Entretanto, cada um tem
apenas uma viso pessoal dele, terrivelmente parcial, de-
formada por inmeras tradues e interpretaes. So
justamente estas associaes indevidas, estas metamor-
foses, estas tores operadas por mquinas locais, singu-
lares, subjetivas, conectadas a um exterior que reinjetam
movimento, vida no grande hipertexto social: na 'cultura'
(LEVY 1993, p. 185).O texto acima uma sntese do pensamento de Levy em
relao grande teia de relaes que do forma cultura
e, consequentemente, aos diversos saberes existentes e
criaes culturais. O autor insiste em afirmar que todo co-
nhecimento resultado de uma megarrede colaborativa
formada por mil vias e canais. Nesse aspecto, concor-
damos com ele pois, se as nossas mentes pensam por
associao, no seria estranho supor que nossa cultura
realiza-se tambm por conexo, por constantes recombi-
naes. (SILVEIRA et. al. apud BUSH, 2007). Justamen-
te por essas razes e por muitas outras que digo que o
direito autoral no pode cercear o acesso ao conhecimen-
to de quem quer que seja. Muito pelo contrrio, o com-
partilhamento necessrio para retroalimentar a autoria.
o compartilhamento das ideias que possibilita a criativi-
dade porque sem isso no h fontes onde se possa bus-
car o material necessrio para as produes culturais. A
msica um exemplo fantstico do que estou afirmando.
A harmonia e os acordes musicais o resultado das mis-
turas de diferentes notas. As msicas mais belas so
compostos harmnicos de sons que sozinhos no fazemsentido. Outra belssima metfora da pluralidade que faz
emergir de si beleza e sentido a natureza cheia de
cores, tonalidades e biodiversidade.
A diversidade fonte de inspirao para quem cria, mas
tambm para quem cria em cima da criatividade dos ou-
tros. fonte de remixagem. a pluralidade e o comparti-
lhamento dentro desse contexto cultural que geram as re-
combinaes e o reaproveitamento das ideias para au-
mentar e melhorar o conhecimento existente. da plura-
lidade que se alimentam as produes culturais.
No meio desse caos de diversidade, h um complexo
mundo de autores compartilhando conhecimento, cultura
e arte. No h linearidade nem algo pronto e acabado,mas existe uma maravilhosa organizao de mentes e co-
raes interfaceados pela lgica da generosidade. As re-
des sociais e as Comunidades de software livre so
exemplos vivos da megarrede de interatividade e colabo-
ratividade articulada em nosso tempo.
O resultado disso a produo de saberes comunitrios
que tm como semente o desejo de contribuir, de perten-
cimento, de reconhecimento mtuo, de autoria que re-
conhecida produo e desenvolvimento em conjunto. O
nome disso meritocracia. No interior das redes informa-cionais, j no h mais espao para o meu conhecimento,
mas para a colaborao. A rede feita de comunidades e
essas de autores e coautores. Por isso, o absurdo da leis
contemporneas dos direitos autorais e da indstria de
patentes que, alm de tentarem retirar do autor o direito
sobre sua obra tentam acabar com as fontes primrias de
produo desses saberes.
O que seria da cincia se as frmulas de Aristteles esti-
vessem sob patentes ou fossem distribudas sob copy-
right? Se as descobertas de Newton pertencessem a uma
pessoa ou a um grupo? Que tipo de avano cientfico co-
nheceramos se o mtodo cientfico fosse privativo? Se a
cincia no fosse livre? Se o conhecimento dos antigos
Arquivopessoal
A co-autoria na era das redes informacionais | Por Wilkens Lenon
artigo |
O direito autoral no podecercear o acesso ao
conhecimento de quem querque seja. Muito pelo
contrrio, ocompartilhamento
necessrio pararetroalimentar a autoria
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8/7/2019 Revista BrOffice 014
13/50| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 13 Agosto | 2010
Arquivopessoal
nos fossem negados. Essas e outras questes semelhan-
tes esto na base das discusses dos problemas gerados
pelas leis de patentes e pela indstria do copyright. Ques-
tes amplamente discutidas por Lemos (2004):
A cultura de massa marcou a esfera e a opinio pblicas
dos sculos XVIII ao XX. Adorno (1974) mostrou bem
como a cultura de massa se configura como uma inds-tria cultural, distribuindo os diversos produtos culturais de
forma padronizada, em srie, homogeneamente acess-
vel, protegidos pela propriedade intelectual como obra in-
violvel (diga-se, cpia e circulao no autorizada). A
cultura de massa marca a sociedade industrial do sculo
XX. Os mass media agem, nesse contexto, como fluxo
massivo, difundindo os produtos culturais (emisses de
rdio, TV, cinema, fotografia, msica, artes plsticas, lite-
ratura) a partir de um plo emissor (as emissoras de
rdio e TV, os jornais, os editores de revistas e livros, as
gravadoras de msica etc.) a uma massa de consumido-
res (receptores) (LEMOS, 2004, p 8)
O verdadeiro objetivo dessa indstria tornar a produo
cultural humana em artigo seriado, do tipo homogneo, ir-
radiado por uma ou algumas poucas fontes, sem a parti-
cipao dos usurios, portanto, sem a riqueza cultural das
comunidades de usurios ou
instituies locais que, neste
caso, servem apenas como
consumidores desses produ-
tos. A prtica transformar
as obras culturais em produ-
tos para consumo de massa
com vistas ao aumento dos
lucros das grandes empre-
sas monopolizadoras. Os
mecanismos utilizados para
a legalizao dessa prtica
capitalista a lei de patentes
e o copyright. Por isso, o au-
tor acima enftico ao afir-mar que:
A liberdade e autonomia de
um povo passa por essa in-
flao do fluxo informativo.
No entanto, essa emisso,
controlada e proprietria, re-
duz a uma minoria as vozes
de emisso da informao e
homogeneza a recepo
das massas. Mesmo noconseguindo essa homoge-
neizao de forma total e
implacvel, como mostram
os estudos de recepo, os
mass media controlam a
emisso. A divulgao cultu-
ral massiva pr-cibercultura,
com raras excees, fica nas
mos daqueles que contro-
lam os meios de comunica-
o, fonte de poder poltico,de prestgio e de influncia
sobre o que ou no dito s
massas. Controlar os mass
media controlar a opinio
das massas, barrar a diver-
sidade cultural e forjar uma
A co-autoria na era das redes informacionais | Por Wilkens Lenon
artigo |
A divulgao culturalmassiva pr-cibercultura,
com raras excees, ficanas mos daqueles quecontrolam os meios decomunicao, fonte depoder poltico, de prestgioe de influncia sobre o
que ou no dito smassas
identidade essencialista, pu-
rista e imutvel. (LEMOS,
2004, p. 9).
Nossa luta pela mudana daLei dos direitos autorais
em defesa do crescimento
desse fluxo informativo nas
redes informacionais. As ri-
quezas culturais se multipli-
cam na medida em que en-
contram a necessria liber-
dade aos fluxos de conhe-
cimento. Tornar o conheci-
mento posse de alguns pou-
cos polos emissores, como
deseja a indstria cultural,
empobrecer a humanidade
naquilo que tem de mais
rico, que a capacidade si-
nrgica de produzir saber de
forma coletiva.
A era das redes tambm
tempo da multiplicao do
conhecimento, da remixa-
gem pelas recombinaesdos saberes e da arte. Por
isso, chegado o tempo da
fluncia e da influncia das
Comunidades cibernticas.
tempo da co-autoria e do
desenvolvimento entre pa-
res.
O sujeito convidado par-
ticipao e a ao em defe-
sa da diversidade cultural narede e em rede, onde as
fontes so diversas e diver-
sificadas. Com vrios rostos,
corpos e mentes, mas com
um nico sentimento cha-
mado de generosidade.
Referncias:
Levy, Pierre. As Tecnologias da Inteligncia O futuro do pensamento na era da informtica. So Paulo. Editora 34. 2004, 13aEdio.
Lemos, Andr. Cibercultura, cultura e identidade. Em direo a uma Cultura Copyleft? Andr Lemos Contempornea, vol. 2, no 2 p9-22 Dez 2004.Silveira, Srgio Amadeu. et. al.
DIVERSIDADE DIGITAL E CULTURA. 2007. emhttp://www.cultura.gov.br/site/2007/06/20/diversidade-digital-e-cultura-por-sergio-amadeu-e-associados/.Acesso em 23 de agosto de 2010 .
http://www.broffice.org/revistahttp://www.cultura.gov.br/site/2007/06/20/diversidade-digital-e-cultura-por-sergio-amadeu-e-associados/http://www.cultura.gov.br/site/2007/06/20/diversidade-digital-e-cultura-por-sergio-amadeu-e-associados/http://www.broffice.org/revista -
8/7/2019 Revista BrOffice 014
14/50| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 14 Agosto | 2010
Por Rochele Prass
Arquiv
opessoal
reportagem |
stabilidade no emprego, salrios vantajosos e outros benefcios atraem milhes de brasileiros,
que se preparam para concorrer a uma vaga em rgos pblicos. Conforme dados da Associ-
ao Nacional de Proteo e Apoio aos Concursos Pblicos (ANPAC), anualmente so cerca de 12
milhes de inscries, nmero que vem crescendo nos ltimos cinco anos.
Tal aumento leva, evidentemente, maior exigncia por qualificao dos candidatos. Ainda de acor-
do com dados da ANPAC, entre 2003 e 2009, cresceu em 26% o nmero de servidores civis do Exe-
cutivo Federal com curso superior, enquanto os funcionrios somente com o fundamental caram
14%. E diante de um quadro em que vrios rgos pblicos esto adotando o BrOffice.org como sute
de escritrios padro, a exigncia por candidatos que conheam o aplicativo no poderia ser diferente.
Professor de cursos preparatrios de candidatos a concur-sos desde 2004, riston Jorge Meireles, 40 anos, conta que
est com salas lotadas nas duas instituies em que atua
em Gois. So cerca de 120 alunos em cada turma, em dois
turnos diferentes, visando ao concurso do MPU. Segundo
ele, o nmero de alunos que procuram apoio para estudar a
sute de escritrios BrOffice.org registra aumentos significa-
tivos: A demanda vem crescendo bastante, pois muitos r-
gos pblicos vm adotando BrOffice.org. Ele ministra au-
las preparatrias para concursos de esferas municipais a fe-
derais.Graduado em Sistemas de Informao, riston tambm
Auxiliar Judicirio Tecnologia da Informao no Tribunal
de Justia do estado, rgo que usa BrOffice.org. Em sua
opinio, a incluso de questes sobre o aplicativo em pro-
vas
Conhecer BrOffice.org diferencial paraconquistar uma vaga
E
Conforme o presidente da Associao Brasileira de Candi-datos a Concurso Pblico, Jos Vnio Sena, a exigncia
de conhecimentos em software livre est crescendo.
uma tendncia a utilizao de softwares livres. natural
exigir seu conhecimento, pois os candidatos tero que
exercer o manuseio aps serem nomeados, afirma.
o caso, por exemplo, do concurso para Analista e Tcni-
co dos quadros do Ministrio Pblico da Unio, que inclui
nos objetos de avaliao em informtica para nveis supe-
rior e mdio conhecimentos em BrOffice.org. So 594 va-
gas, com rendimentos que variam de R$ 3.993,09 a R$6.551,52, dependendo do cargo escolhido. O concurso dos
Correios, que recebeu 1.064.209 inscries, tambm prev
conhecimentos no aplicativo, para quase todas as 6.565
vagas. Os salrios variam entre R$ 706,48 e R$ 3.108,37.
leocub's
http://www.broffice.org/revistahttp://www.broffice.org/revista -
8/7/2019 Revista BrOffice 014
15/50| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 15 Agosto | 2010
Arquivopessoal
de concurso muito importante para o andamento do tra-
balho de candidatos aprovados. perceptvel o conhe-
cimento que alguns concursados tm em relao aos
mais antigos ou comissionados que no se interessam
tanto por novas tecnologias, diz.
Conforme relata, os alunos chegam aos cursos geralmen-
te com pouca noo sobre a ferramenta, quando o foco
concurso pblico. As pessoas que j tm experincia no
servio pblico, explica, costumam estar mais familiariza-
das ferramenta. Evidentemente, um assunto a mais
para conhecer nem sempre deixa feliz quem pretende su-
perar os concorrentes. Mas o quesito BrOffice.org no
visto pelos alunos como um obstculo, e sim um aliado:
No incio, muitos alunos reclamavam por terem que estu-
dar mais um pacote de aplicativos, porm hoje eles veemisso como um diferencial na preparao, afirma riston.
O Diretor de Relaes Trabalhistas da Associao Brasi-
leira de Recursos Humanos do Rio Grande do Sul
(ABRH), Paulo Delfino, explica que o questionamento
sobre custos uma realidade de empresas privadas e r-
gos pblicos. Nesse contexto, o uso de software livre
uma tendncia. O domnio completo de software livre co-
loca o candidato na posio de competitividade, seja na
prova objetiva, seja no teste prtico, afirma. Delfino lem-
bra que muitos concursos realizam, alm de testes objeti-vos, exames prticos para admitir o candidato. S isso j
te coloca em posio de vantagem, fala ao enfatizar que
os profissionais devem se atualizar.
Arquivopessoal
BrOffice.org em Concursos Pblicos | Por Rochele Prass
reportagem |
No incio,
muitos alunos
reclamavam porterem que
estudar mais um
pacote de
aplicativos,
porm hoje eles
veem isso como
um diferencial na
preparao
Como se preparar
atento a essas falhas. A dica que o professor deixa para
quem est se preparando para prestar concurso pblico
estudar atravs da resoluo de provas j aplicadas. Em
caso de dvidas, diz, consultar a ajuda do software e parti-
cipar de grupos de discusso tambm so recomendveis.
Para o Diretor da ABRH, Paulo Delfino, o processo de
aprendizagem deve ser constante, e no apenas visando a
um concurso especfico. Para tornar-se competitivo no mer-
cado de trabalho, preciso transformar essa questo numatarefa diria. O Diretor ressalta que os concursos so ela-
borados com o objetivo de selecionar os melhores inscritos.
Se estou concorrendo com melhores, tenho que treinar di-
ariamente, afirma. Outro ponto que salienta que o nvel
dos concorrentes de concursos pblicos costuma ser alto,
reunindo pessoas com bom nvel de instruo e bem prepa-
radas.
A postura de algum que almeja essa conquista deve pas-
sar por uma disciplina sria e de dedicao. Alm disso,
Delfino tambm aconselha os concurseiros a realizaremsimulados, pesquisar provas de concursos anteriores e trei-
nar, repetindo as condies do processo de seleo com o
nmero de questes e tempo disponvel para completar a
prova. Apesar de as questes mudarem, abrangem os
mesmos tipos de conhecimentos. No possvel decorar o
caminho, mas possvel treinar para se submeter a uma si-
tuao semelhante, explica.
O presidente da Associao Brasileira de Candidatos a
Concurso Pblico, Jos Vnio Sena, tambm salienta a im-
portncia de o candidato conhecer a forma como as ques-tes so elaboradas. Mas aconselha os estudantes a fica-
rem atentos teoria. O candidato pode perfeitamente do-
minar o manuseio prtico, em um computador, e, na teoria,
se enrolar com os termos tcnicos de informtica, diz.
As dificuldades que os alunos tm em relao ao BrOf-fice.org, explica o professor riston Jorge Meireles, so
praticamente as mesmas em relao a sutes seme-
lhantes. Os pontos que geram mais dvidas so as
frmulas e funes do Calc. Para auxiliar os concursei-
ros, ele procura focar em questes que j caram em
outros concursos. Quando um edital aponta necessida-
de de conhecimentos em duas sutes, o professor adota
a prtica de comparar as duas ferramentas, mostrando as
diferenas. Os alunos que dedicam um tempo para a re-
soluo de provas anteriores e, a partir delas aprendam
novas funes, no acham difceis as questes, diz.
Segundo riston, o problema est, muitas vezes, em
questes mal elaboradas pelos organizadores dos
concursos. Para os concurseiros, a melhor sada estar
riston Jorge Meireles, professor decursos preparatrios para concursos.
ArquivoPessoal
http://www.broffice.org/revistahttp://www.broffice.org/revista -
8/7/2019 Revista BrOffice 014
16/50| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 16 Agosto | 2010
Arquivopessoal
A estabilidade e a garantia de uma aposentadoria es-
tvel atraram a ateno do jornalista Luis Henrique
Silveira. Ele um dos inscritos para o concurso do
MPU e conta que pretende se preparar para a prova
por conta prpria. Como estratgia, est montando um
plano de estudos a partir de contedos listados no edi-
tal do concurso, alm de analisar outras provas.
Quando eu li o programa, achei muito interessante
porque a parte de informtica contempla software livre,
diz. Usurio de BrOffice.org, Luis conta que sua maior
preocupao com questes relativas outra sute de
escritrios. Alm disso, pretende dar maior ateno s
planilhas, j que as usa esporadicamente no seu dia a
dia. Nestes casos terei que estudar ambos, conta.
BrOffice.org em Concursos Pblicos | Por Rochele Prass
reportagem |
Em buscade uma vaga...
Na opinio de Luis Henrique, muitas das questes de
concurso sobre informtica so at fceis para quem usa
a ferramenta. So perguntas do tipo, para voc fazer tal
coisa precisa fazer quais passos?, analisa. Entretanto,
pondera que muitas perguntas so do tipo verdadeiro ou
falso, o que pode gerar confuso na hora da prova.
Um cargo no setor pblico o sonho de muitos brasilei-
ros. Isso porque o mercado de trabalho atual mutante e
flexvel, conforme a anlise de Delfino. Muitos trabalha-
dores de geraes passadas conseguiram fazer uma boa
carreira em empresas privadas, mas isso nem sempre
possvel, lembra Delfino.A carreira no servio pblico, entretanto, tambm uma
questo de perfil. Tem pessoas que no se acostumam
com o processo que deve ser seguido no setor, mas ra-
ramente fazem concurso, diz. Porm, essa estabilidade
no emprego no significa falta de espao para realizao
pessoal e construo de uma carreira promissora. uma
questo de personalidade. O jovem que entra em concur-
so est sendo desafiado e isso coloca uma presso sobre
os rgos para que lidem com a necessidade de reco-
nhecimento mais imediata dos jovens, explica.
Conforme analisa o diretor, as geraes que esto se co-
locando no mercado de trabalho procuram concurso p-
blico tambm por reconhecer que os rgos esto mais
srios e vm se estruturando melhor. A partir da dcada
de 60, as empresas privadas passaram a ser modelo de
organizao. Existe a 'recuperao' da qualidade do ser-
vio pblico que foi modelo nos anos 50, explica. A bus-
ca pelos melhores profissionais, regras de crescimento e
de desempenho tambm esto atraindo as melhores pes-
soas. Se acomodam os que querem se acomodar, diz.
E, diante desse contexto, chegar a um ambiente de traba-lho sabendo como lidar com tarefas da rotina muito im-
portante para a integrao do novo profissional ao grupo.
O mercadode trabalho
O jovem
que entra em
concurso est
sendo
desafiado e
isso coloca
uma presso
sobre osrgos para
que lidem com
a necessidade
de reconhe-
cimento mais
imediata
Paulo Delfino, Diretor de RelaesTrabalhistas da ABRH - RS.
Foto:DanielHammes
ArquivoPessoal
Luis Henrique Silveira dedica manhs e tardes aosestudos, para o concurso do Ministrio Pblico da Unio.
http://www.broffice.org/revistahttp://www.broffice.org/revista -
8/7/2019 Revista BrOffice 014
17/50| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 17 Agosto | 2010
Questo 2:
Com relao ao BrOffice.org Writer 3.2.0 (configurao
padro do fabricante), as opes de recortar um objeto
selecionado qualquer no documento (imagem ou um
trecho do texto) e colar esse objeto em um local espe-
cfico no texto, podem ser realizadas a partir do tecla-
do, utilizando, respectivamente, as teclas de atalho:
a) CTRL + Y e ALT + V.
b) ALT + C e ALT + V.
c) CTRL + T e CTRL + X.
d) CTRL + X e CTRL + V.
e) CTRL + C e CTRL + V.
Arquivopessoal
reportagem |
Anlise: questesBrOffice.org
em concursos pblicosPrepare-se! Veja algumas perguntasque j caram em provas de seleo
Pesquisa e comentrios | Por Ccero Rocha
Questo 1:
Considere a figura a seguir, extrada do BrOffice.orgCalc 3.2.0 (configurao padro do fabricante):
Considerando que na clula C3 o usurio digita a
frmula =MDIA(A1/B1;A2*B2), o valor resultante
nesta clula (C3) ser de:
a) 2,25.
b) 2,5.
c) 3,0.
d) 3,25.
e) 3,5.
Comentrio: Como padro da informtica, e tambm dosprocessadores de textos atuais, os atalhos das funes
recortar/colar , respectivamente, CTRL + X e CTRL + V,
e no BrOffice.org Writer 3.2.0, no seria diferente. Portan-
to, a resposta correta letra D.
*Prova organizada pela Coordenadoria Permanente de
Seleo da Universidade Federal do Piau
(COPESE/UFPI). Edital 05/2010 Cargo: Agente Ad-
ministrativo. Data de realizao: 11/07/2010.
Comentrio: Com os dados da questo, podemos ob-servar que a funo MDIA, primeiro ir resolver a diviso
e multiplicao, para depois realizar a mdia que neste
caso ser 3. Portanto, a resposta correta letra C.
*Prova organizada pela Coordenadoria Permanente de
Seleo da Universidade Federal do Piau
(COPESE/UFPI). Edital 05/2010 Cargo: Agente Ad-
ministrativo. Data de realizao: 11/07/2010.
Integrante do Grupo de
Usurios BrOffice.org -
CE, Ccero Pinho Rocha colaborador da Revista
BrOffice.org. Possui gra-
duao em Licenciatura
Plena em Computao
pela Universidade Esta-
dual do Piau (2005).
Atualmente, professor da Escola Estadual de Educao
Profissional Monsenhor Expedito da Silveira de Sousa. Tem
experincia na rea de Cincia da Computao, com nfase
em Informtica Educativa e em Matemtica e Fsica.
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8/7/2019 Revista BrOffice 014
18/50| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 18 Agosto | 2010
reportagem |
Pesquisa e comentrios | Por Ccero Rocha
Questo 3:
A respeito do ambiente BrOffice.org, assinale a opo
correta.
a) O Base permite acessar dados armazenados
em diversos formatos de arquivos de banco de
dados, tais como o formato dBase, e tambm permite
a conexo com bancos de dados relacionais, comoMySQL ou Oracle.
b) Para localizar ou substituir palavras, o Writer dis-ponibiliza ferramenta acessvel por meio do cone,
enquanto, no Calc, essa ferramenta obtida a
partir do cone .
c) Os documentos elaborados no Writer podem ser
armazenados em arquivos nos formatos HTML e PDF,
mas no em arquivos com extenso .doc, que restri-
ta a documentos criados no Word.
d) O Impress disponibiliza a opo de criar grficos
vetoriais, slides, objetos em trs dimenses, com o
auxlio de grades e guias.
e) O Math disponibiliza vrios operadores, funes e
assistentes de formatao, que permitem a insero
automtica de uma frmula em um documento em edi-
o no Writer. No entanto, o Math deve ser reiniciado
a cada frmula inserida no documento, j que no
possvel a sua edio e formatao.
Comentrio: A questo requer um conhecimento um
pouco mais profundo de toda a sute BrOffice.org.
Contudo, pelas prprias alternativas, torna-se fcil a
resposta, visto que o Base, realmente acessa banco de
dados, esta sua funo. Portanto, a resposta correta
letra A.
*Prova organizada pelo Centro de Seleo e Promo-
o de Eventos UERN da Universidade de Braslia.
Cargo: Tcnico de Nvel Superior. Data de realizao:
25/04/2010.
*Prova organizada pela Coordenadoria Permanente de
Seleo da Universidade Federal do Piau
(COPESE/UFPI). Edital 05/2010 Cargo: Tcnico em
Informtica. Data de realizao: 11/07/2010.
Comentrio: Sabendo que o Calc uma planilha eletr-nica e que o tcnico estaria excluindo o contedo de uma
clula na tela que surge, a opo que no exibida
Formas. Portanto, a resposta correta letra A.
Questo 4:
Um tcnico de informtica estava utilizando o
programa Calc do BrOffice 3.2.0 e, ao pressionar a
tecla delete, deparou-se com uma janela denominada
Excluir Contedo. Marque a opo que NO pode
ser escolhida nesta janela.
a) Formas.
b) Nmeros.
c) Formatos.
d) Excluir Todas.
e) Frmulas.
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Pencil.jpg
http://www.broffice.org/revistahttp://www.broffice.org/revista -
8/7/2019 Revista BrOffice 014
19/50
-
8/7/2019 Revista BrOffice 014
20/50| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 20 Agosto | 2010
O ingresso no mercado de trabalho atravs de
concurso pblico atualmente o sonho de milhares
de pessoas no Brasil. O BrOffice.org est sendo cada
vez mais exigido nesse tipo de provas. Porm o que
alguns no sabem que o Escritrio Aberto, projeto
da comunidade BrOffice.org, d uma fora extra aos
concurseiros com esses modelos:
escritrio aberto |
O Projeto Escritrio Aberto tem como objetivo fornecer modelos de arquivos para o BrOffice.org total-
mente gratuitos, prontos para usar e excelentes para o aprendizado . Assim, futuros usurios conta-
ro com aplicaes prticas para demonstrao dos diversos usos do BrOffice.org por meio de exemplos
utilizveis. Trata-se de arquivos de uso dirio, enviados por colaboradores e que servem perfeitamente
s nossas necessidades, todos licenciados pela GPL.
Por Pedro Ciraco
Por Pedro Ciraco
Quando for nomeado e comear a desfrutar de um bom
salrio, uma boa ideia control-lo com o Oramento
familiar para assalariado.
Download: Oramento Familiar Assalariado
Um bom carto de visitas valoriza o seu relacionamento
interpessoal.
Download: Carto de Visitas
O primeiro passo fazer a inscrio no concurso pblico,
que poder ser realizada com este modelo de procurao.
Download: Procurao
Agora, se voc ainda no passou em um concursopblico, poder arrumar um emprego na iniciativa privada
atravs de um Currculo elegante.
Download: Currculo Elegante
AoVivoBr
http://www.broffice.org/revistahttp://www.broffice.org.br/files/OrcamentoFamiliarAssalariado1.odshttp://www.broffice.org.br/files/CartaoDeVisitasClaro.odthttp://www.broffice.org.br/files/ProcuracaoConcurso.odthttp://www.broffice.org.br/files/CurriculoElegante.odthttp://www.aovivobr.com/concurso-publico/http://www.aovivobr.com/concurso-publico/http://www.aovivobr.com/concurso-publico/http://www.aovivobr.com/concurso-publico/http://www.aovivobr.com/concurso-publico/http://www.aovivobr.com/concurso-publico/http://www.aovivobr.com/concurso-publico/http://www.aovivobr.com/concurso-publico/http://www.aovivobr.com/concurso-publico/http://www.aovivobr.com/concurso-publico/http://www.aovivobr.com/concurso-publico/http://www.broffice.org.br/files/CurriculoElegante.odthttp://www.broffice.org.br/files/ProcuracaoConcurso.odthttp://www.broffice.org.br/files/CartaoDeVisitasClaro.odthttp://www.broffice.org.br/files/OrcamentoFamiliarAssalariado1.odshttp://www.broffice.org/revista -
8/7/2019 Revista BrOffice 014
21/50| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 21 Agosto | 2010
rgo usa o BrOffice.org para uma das misses
mais importantes diante da populao: o controle
externo de recursos pblicos. So cerca de 120
auditores e 180 tcnicos de fiscalizao que usam o apli-
cativo na tarefa de analisar o fluxo de recursos de 667
unidades gestoras no estado, por onde circula anualmen-
te uma mdia de R$ 13 bilhes. A sute j est presente
em 90% das 700 estaes de trabalho, meta projetada
para 2011, mas que foi atingida ainda no primeiro semes-
tre deste ano. Anualmente, os auditores do TCE/MT ge-
ram aproximadamente 20 mil documentos.
Conforme o coordenador, o motivo predominante para a
implantao do BrOffice.org foi econmico, o que significa
reduo de custos para os cofres pblicos. A entidade
calcula poupar at R$ 800.000,00 por ano com pagamen-to de licenas proprietrias de sutes de escritrios. Mas
tambm j chamava a ateno da equipe as questes
sobre interoperabilidade e o formato ODF, padro de ar-
mazenamento de documentos do BrOffice.org.
Por Rochele Prass
Arquiv
opessoal
reportagem |
fisl11:fisl11:
Roc
helePrass
Para conseguir o respaldo necessrio para a migrao, a en-
tidade procurou auxlio externo. A estratgia foi buscar no
mercado quem conhecesse o assunto. Obviamente, a esco-
lha foi pela Associao BrOffice.org, explica Maragon. Con-
forme ressalta, a contratao da entidade pelo TCE/MT foi
por meio de inexigibilidade de licitao. De acordo com a
Lei, explica, quando uma instituio notria na sua rea de
atuao, o procedimento administrativo para a contratao
de seus servios dispensado.
A partir dessa parceria, tcnicos da entidade iniciaram uma
capacitao pela prpria Associao BrOffice.org, tornando-
se multiplicadores de conhecimento para outros usurios da
entidade. Os treinamentos duravam cerca de trs horas uma
vez por semana e cumpriam um papel a mais: a cada pro-
blema identificado, a equipe de multiplicadores era aciona-da. Com a contratao da BrOffice.org, ns conseguimos o
apoio qualificado para resoluo de problemas, afirma Ma-
ragon. Em 2006, o TCE/MT instituiu o BrOffice.org como fer-
ramenta corporativa, por meio de decreto administrativo.
Um dos maiores cases de migrao para
BrOffice.org foi o tema principal do even-
to comunitrio do BrOffice.org, realizado
durante o fisl11. Segundo o Coordenador
Tcnico de Tecnologia da Informao do
Tribunal de Contas do Estado de Mato
Grosso, Edmar Maragon, e o analista
tcnico responsvel pelo BrOffice.org na
entidade, Claudio Ferraz, que apresenta-
ram parte do evento, o planejamento de
implantao da sute de escritrio iniciou
em 2002, quando os auditores do
TCE/MT ainda precisavam extrair manu-
almente informaes dos bancos de da-
dos para composio de relatrios.BrOffice.org discute sustentabilidade de projetos de migrao em evento comunitrio
TCE/MT apresenta caso de migrao e aponta caminhospara sustentabilidade dos projetos de implantao
OO
Evento Comunitrio BrOffice.orgEvento Comunitrio BrOffice.org
http://www.broffice.org/revistahttp://www.broffice.org/revista -
8/7/2019 Revista BrOffice 014
22/50| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 22 Agosto | 2010
Arquivopessoal
Evidentemente, houve resistncias iniciais, conta Mara-
gon, principalmente entre os que j conheciam outras fer-
ramentas. aqui que o gestor tem que se preocupar,
enfatiza. Conforme aponta, o caminho deve ser o de
quebra de paradigmas, tratando de mudar a cultura das
pessoas, os usurios. E foi neste ponto que o TCE/MT
teve xito, afirma. Ele explica que o processo contnuo
e todo o esforo se repete cada vez que um novo colabo-
rador passa a integrar o quadro. Muitos usurios que re-
clamam no se do conta de que as dificuldades de
aprendizagem so idnticas as que teriam com uma sute
proprietria, constata. Mas no so s problemas que a
gente encontra. Tem benefcios tambm, declara.
Conforme ressalta Claudio Ferraz, que o especialista
em BrOffice.org no TCE/MT, o sucesso na adoo doBrOffice.org est tambm na integrao do BrOffice.org
com os principais sistemas legados no TCE/MT, respon-
svel pelo controle de processos.
Uma das dificuldades tcnicas foi quanto insero de
imagens em lote no editor de texto para gerao de rela-
trios. O caminho encontrado esteve novamente na par-
ceria com a BrOffice.org: foi desenvolvida uma extenso
que permite inserir em um documento imagens a partir de
um diretrio determinado. Depois de testada e aprovada,
a extenso foi disponibilizada para todos os usurios doBrOffice.org como uma contribuio do Tribunal ao traba-
lho colaborativo do projeto. A AddPics est disponvel
para download no repositrio do de extenses do
OpenOffice.org.
Conforme Claudio Ferraz, uma outra vantagem de estar
em permanente contato com a Associao BrOffice.org
a possibilidade de sugerir melhorias no aplicativo na me-
dida em que necessidades so identificadas na rotina de
trabalho dos usurios. Uma das questes foi com os gr-
ficos gerados no Calc. Quando as imagens eram coladasno editor de texto, o Writer, os dados desapareciam. O
problema estar solucionado a partir da verso 3.3 do
BrOffice.org.
O Conselheiro e scio fundador da OSCIP BrOffice.org
Gustavo Pacheco, que prestou consultoria entidade du-
rante o processo de implantao, ressaltou que o caso do
TCE/MT importante porque representa um dos grandes
desafios ps migrao: a sustentabilidade desses proje-
tos. O TCE/MT tem um histrico de sucesso na migrao
e de suporte de apoio de desenvolvimento do aplicativo,dando contribuies ao projeto internacional, diz.
Referente s dificuldades tcnicas encontradas ao longo do
processo de migrao e no dia a dia dos usurios, Pacheco
Outra palestra realizada no Encontro Comunitrio
BrOffice.org foi sobre tcnicas de converso de do-
cumentos, ministrada pelo diretor da Oscip e respon-
svel pela traduo do aplicativo para portugus, Oli-
vier Hallot. Conforme explica, uma das maiores difi-
culdades para empresas e entidades que migram
para BrOffice.org a converso de documentos. Hal-
lot demonstrou, na prtica, formas que facilitam o pro-
cesso.
Leonardo Cezar, integrante das comunidades BrOffi-
ce.org e PostgreSQL, que administrador de bancos
de dados, apresentou ao pblico maneiras possveis
de acessar informaes armazenadas num banco de
dados PostgreSQL atravs do Base. De acordo comele, essa integrao uma soluo que facilita o
acesso a dados, aproveitando recursos disponveis da
sute de escritrio.
Arquivopessoal
fisl11: Evento Comunitrio BrOffice.org | Por Rochele Prass
reportagem |
http://extensions.services.openoffice.org/pt-br/project/AddPics
esclarece a importncia de discuti-las e at mesmo prev-
las durante o planejamento de uma migrao. A tendn-
cia, com esse tipo de planejamento, registro e acompa-
nhamento que os resultados efetivos sejam cada vez
mais rpidos, pela proximidade que o BrOffice.org propor-
ciona entre usurio e desenvolvedor, diz.
A OSCIP BrOffice.org mantm com o TCE/MT um contra-
to que prev prestao de consultoria e parte de desen-
volvimento. Alm disso, a organizao atua como inter-
mediria junto comunidade internacionalOpenOffice.org.
Baixe a extenso:
RochelePrass
TCE/MT destaca ao pblico que apoio aos usurios contnuo
http://www.broffice.org/revistahttp://extensions.services.openoffice.org/pt-br/project/AddPicshttp://extensions.services.openoffice.org/pt-br/project/AddPicshttp://www.broffice.org/revista -
8/7/2019 Revista BrOffice 014
23/50| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 23 Agosto | 2010
Por Rochele Prass
novas tecnologias |
para BrOffice.orgpara BrOffice.orgpara BrOffice.orgpara BrOffice.orgforma como o homem interagecom o computador vem se modifi-
cando significativamente desde a dca-da de 90, a partir da exigncia por re-cursos mais sofisticados na computa-
o. Nesse novo conceito, uma das di-retrizes de que os sistemas devem seadaptar s formas multi sensoriais pelas
quais o homem se relaciona com omundo, e no o contrrio. Imagine pro-duzir um texto inteiro sem precisar doteclado para digitar. isso que preten-de o SpeechOO, uma extenso de re-
conhecimento de voz para oOpenOffice.org. O projeto brasileiro e
open source.
A ideia de desenvolver a ferramenta surgiu h cerca de
quatro meses e foi lanada oficialmente durante o fisl11.
O projeto dos pesquisadores Pedro Batista, que traba-
lha com aplicaes de reconhecimento de voz dentro do
Grupo FalaBrasil, e do pesquisador William Colen, res-
ponsvel pelo Corretor Gramatical CoGrOO. Os dois jun-
taram as experincias e o resultado, ainda em fase de
amadurecimento, promissor, como explica Pedro na en-
trevista a seguir:
A interao homem mquina est mudando... Pode-
mos considerar o SpeechOO uma amostra de van-guarda do que ainda est por vir nessa relao?
Sim, o SpeechOO um aplicativo bastante novo. Na ver-
dade, uma possibilidade nova, pois a ideia de se usar a
voz para interagir com o computador j vem sendo apre-
sentada por filmes de fico cientfica h bastante tempo.
Porm, somente agora a possibilidade de criar aplicaes
livres com essa tecnologia para o portugus brasileiro
possvel, graas ao trabalho do Grupo FalaBrasil que vemdesenvolvendo o reconhecedor de voz Coruja. Existem
outras aplicaes que estamos colocando em prtica no
Grupo FalaBrasil, que podem ser conferidas na pgina:
http://www.laps.ufpa.br/falabrasil
AA
Reconhecimento de vozReconhecimento de vozReconhecimento de vozReconhecimento de voz
Visite o site do projeto:http://code.google.com/p/speechoo
http://www.broffice.org/revistahttp://www.laps.ufpa.br/falabrasil%22%20%5Ct%20%22_blankhttp://code.google.com/p/speechoohttp://code.google.com/p/speechoohttp://www.laps.ufpa.br/falabrasil%22%20%5Ct%20%22_blankhttp://www.broffice.org/revista -
8/7/2019 Revista BrOffice 014
24/50| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 24 Agosto | 2010
Arquivopessoal
Que funcionalidades o SpeechOO j oferece? Ou seja,o que os usurios que desejam testar imediatamentepodem esperar ou no dele?
Disponibilizamos recentemente uma verso com uma me-
lhor taxa de reconhecimento. Atualmente, o que ele faz
simplesmente reconhecer a voz e colocar o texto na tela
do BrOffice.org. Estamos trabalhando para que possamos
incluir nele comandos para controlar o BrOffice.org. im-portante que a comunidade use para nos reportar bugs e
ideias. Porm, ao usar importante entender que o proje-
to ainda est em fase de testes e muitos erros podero
ser encontrados.
Percebe-se que a ferramenta de grande utilidade
para vrias pessoas, mas tem um potencial muitogrande para portadores de necessidades especiais.Isso foi pensado na concepo do projeto?
Quando pensamos em desenvolver o SpechOO, era ape-
nas uma ideia que parecia legal. Combinamos e ento
comeamos a desenvolver. Quando o projeto foi amadu-
recendo, percebemos a sua importncia principalmente
para pessoas com deficincia motora. E ento tivemos
mais essa motivao.
Quantas pessoas colaboram?
Quando se fala em reconhecimento de voz o trabalho se
deve ao Grupo FalaBrasil, que o desenvolvedor do re-
conhecedor Coruja e este pode ser usado em inmeras
aplicaes. Quando se fala de SpeechOO, apenas eu e o
William, que usamos a tecnologia do Coruja no desenvol-
vimento. O LaPS (Laboratrio de Processamento de Si-
nais da UFPA) recentemente se interessou pelo projeto e
custeou a passagem para o fisl11. Pelo LaPS, tambm
recentemente propomos um projeto para o CNPQ e es-
tamos aguardando a resposta, para podermos contratar
mais bolsistas e amadurecer o SpeechOO.
Quais so os principais desafios tcnicos para o pro-
jeto?
A questo do reconhecimento de voz por si s j umgrande problema. Podemos observar isso quando ligamos
para centrais de atendimento e no conseguimos fazer
com que a mquina nos entenda. Aqui a situao pare-
cida, porm um pouco melhor, pois a qualidade do som
melhor. Porm, ainda no alcanamos a taxa de reconhe-
cimento desejada e o Grupo FalaBrasil vem trabalhando
para melhorar o Coruja, consequentemente nos ajudando
com o SpeechOO. Outra questo a integrao com o
BrOffice.org, j que o Coruja nativamente um cdigo em
C++ e tivemos que integrar com o BrOffice.org usando
Java, isso foi possvel graas a JNI (Java Native Interfa-
ce). Outra questo que estamos trabalhando na mode-
lagem dos comandos de controle do BrOffice.org.E alm das questes tcnicas?
Estamos buscando desde financiamento, principalmente
por parte do governo, para que possamos contar com
mais pessoas no desenvolvimento, at divulgao para
atrair desenvolvedores voluntrios. Como sabemos, um
software livre cresce com a ajuda da comunidade.
Ou seja, est aberto a colaboraes... Como a comu-nidade pode ajudar?
Quem tem algum conhecimento de programao podeajudar no desenvolvimento. Uma questo importante
que, para possibilitar o reconhecimento de voz, precisa-
mos de uma grande base de udio com texto transcrito.
Para conseguir isso, a ajuda da comunidade essencial.
Existe uma iniciativa livre que faz a coleta de voz e a dis-
tribui livremente, este pode ser encontrado em
http://www.voxforge.org. Alm disso, sugestes so bem-
vindas.
Reconhecimento de voz para BrOffice.org | Rochele Prass
novas tecnologias |
o projeto ainda est em
fase de testes e muitos erros
podero ser encontrados
http://www.youtube.com/watch?v=bcc9tvnHjr8
Pedro dos Santos Batista estudante
de Engenharia da Computao e
membro do Grupo FalaBrasil, da
Universidade Federal do Par. Atuatambm no desenvolvimento do
Coruja, um reconhecedor automtico
de voz para portugus brasileiro.
Os desenvolvedores do SpechOO
William Colen mestrando em
Cincia da Computao no IME
USP. membro do Centro de
Competncia em Software Livre e
responsvel pelo desenvolvimento
do Corretor Gramatical CoGrOO.
Quer ver o SpeechOO
em ao? Acesse:
http://www.broffice.org/revistahttp://www.voxforge.org/%22%20%5Ct%20%22_blankhttp://www.youtube.com/watch?v=bcc9tvnHjr8http://www.youtube.com/watch?v=bcc9tvnHjr8http://www.voxforge.org/%22%20%5Ct%20%22_blankhttp://www.broffice.org/revista -
8/7/2019 Revista BrOffice 014
25/50| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 25 Agosto | 2010
http://www.broffice.org/revistahttp://www.broffice.org/revista -
8/7/2019 Revista BrOffice 014
26/50| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 26 Agosto | 2010
Por Rochele Prass
Arquiv
opessoal
entrevista|
o ar h menos de
um ms, o site PASL -
Pginas Amarelas do
Software Livre chegou para
unir duas pontas. Trata-se de
um local de acesso pblico, em
que tanto a busca, quanto a
oferta de servios em Software
Livre so gratuitos. O projeto foi
idealizado pelo tcnico em ele-
trnica, Paulo Souza Lima, apartir de reportagem publicada
na edio 9 da Revista BrOffi-
ce.org. A reportagem sobre
BrOffice.org nos municpios
brasileiros deu a base de sus-
tentao para o que eu j des-
confiava, mas ainda no tinha
muito claro na mente, diz ao ci-
tar que a matria levanta a dis-
cusso sobre a importncia do
suporte continuado nos projetosde migrao.
No adianta apenas instalar o novo software,
precisa dar treinamento. E depois do treinamento,
suporte e acompanhamento, lembra.
Paulo compartilhou a ideia com Carlos Alberto
Vega Loyola Junior, administrador do frum Tuto-
linux, que ofereceu um espao em servidor para a
iniciativa e trabalhou no desenvolvimento da inter-
face. Recentemente, duas pessoas passaram a
ajudar no desenvolvimento do site, Marco Aurlio
Fonseca de Almeida (lelocrow), programador e
suporte tcnico em software, de So Paulo/SP eo professor Dyego Garcia, de Pernambuco.
Nos primeiros dias aps as primeiras divulgaes
em algumas listas de discusso e redes sociais, o
volume de acessos aumentou. O nmero de ca-
dastros e de pessoas oferecendo servios de su-
porte, gratuitos ou pagos, conta Paulo, chegou a
60, reunindo profissionais de todo o Brasil. J fo-
ram registrados picos de 80 pessoas online. Em
cada estado, o site registrou uma mdia de 200
acessos. Paulo e Carlos contam os detalhes doprojeto em entrevista a seguir:
NNNo adian-ta apenas ins-
talar o novosoftware, pre-
cisa dar trei-
namento.E depois dotreinamento,
suporte eacompanha-
mento
do Software Livredo Software LivreAs pginas amarelasAs pginas amarelas
http://www.broffice.org/revistahttp://www.broffice.org/revista -
8/7/2019 Revista BrOffice 014
27/50| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 27 Agosto | 2010
O que essa iniciativa pretende gerar em se tratando de
difuso e uso pleno do software livre?
Muito se fala da tal sustentabilidade dos negcios com
software livre. Iniciativas como o projeto Cau de John
Maddog Hall, visam oferecer qualificao para pessoas
carentes de modo que possam gerar renda com o software
livre, mas onde est a demanda? Onde esto as pessoas
que precisam dos servios desses novos tcnicos? O
software livre j possui uma base de sustentao nas em-
presas e no governo, mas no nos usurios domsticos. A
demanda domstica to importante quanto a demanda
corporativa, se no mais. Recentemente houve uma dis-
cusso sobre o suporte. Chegamos concluso de que o
suporte presencial muito importante, porque as pessoasno tm tempo nem disposio para buscar ajuda em f-
runs. A maioria das pessoas gosta e precisa de suporte
presencial. Ento nos ocorreu a questo: porque no juntar
num s local, quem busca suporte presencial e quem o
oferece?
Por que a demanda domstica pode ser mais importan-
te que a demanda corporativa?
Quando falamos de incluso digital estamos necessaria-
mente falando de pessoas e de computadores domsti-
cos. O governo e as empresas j esto digitalmente inclu-dos. Quem necessita ser includo, neste momento, so as
pessoas que ainda no tm acesso a todos os servios e
informaes disponveis na grande rede.
Arquivopessoal
As pginas Amarelas do Software Livre | Por Rochele Prass
entrevista|
Gerarrenda com o
software livre, masonde est a
demanda? Ondeesto as pessoas
que precisam dosservios desses
novos tcnicos?
Paulo Souza Lima tcnico em eletrnica e administrador. Tra-balha no Instituto de Tecnologia do Paran como metrologista.
Por isso, a demanda domstica tende a sermais importante do que a empresarial e gover-
namental. Alm disso, mesmo na situao atual,
a pirataria muito mais disseminada no mbito
da computao domstica do que na corporati-
va, o que pode ser um nicho interessante para o
software livre. O software proprietrio no
predominante apenas porque as empresas o uti-
lizam. Ele predominante porque conquistou o
mbito domstico na forma do pirata. Redes so-
ciais e sites de relacionamento foram criados
para pessoas, no para empresas. Ento porque insistimos em dizer que o sucesso est nas
empresas e no governo, se ambos so feitos de
pessoas? O sucesso est nas pessoas, onde
quer que elas estejam. O SL j est bastante
presente no governo e nas empresas. hora de
o colocarmos nas residncias.
Quais so as maiores dificuldades que vocs
identificam para que os usurios sigam
usando software livre aps terem o primeiro
contato com ferramentas e sistemas opera-cionais open source?
Com o software livre, a maior dificuldade que
enfrentamos , justamente, a de manter as
pessoas usando o SL depois da instalao.
Todas as vezes que esse acompanhamento
no foi feito, a pessoa abandonou o SL e vol-
tou para o pirata. Em muitos casos, frustrada.
Na maioria dos fruns, blogs e listas de dis-
cusso, fala-se muito da "preguia do usurio"
em aprender coisas novas. Todo suporte gra-tuito para SL, passa necessariamente pelos f-
runs e listas. Os suportes pagos so raros e
caros. Nas listas de discusso, sempre falam
para os iniciantes serem especficos e claros
nas suas perguntas, mas esquecem que essas
pessoas sequer tm ideia do que perguntar.
Resumindo: a dificuldade do iniciante muito
maior do que apenas tcnica. Para o usurio
final vem a pergunta: porque vou utilizar Linux
se o que as empresas precisam de profissio-
nais para sistemas proprietrios, que so maio-ria nas empresas? Consequentemente, esses
usurios no tm um estmulo para aprender o
sistema Linux.
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8/7/2019 Revista BrOffice 014
28/50| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 28 Agosto | 2010
Arquivopessoal
As pginas Amarelas do Software Livre | Por Rochele Prass
entrevista|
Vocs podem citar exemplos dessas difi-culdades e dar dicas aos iniciantes quebuscam ajuda?
Paulo: Meu pai, por exemplo, um senhor de
65 anos, que mora numa cidade no Norte do
Paran. Eu instalei uma verso do Ubuntu
para ele h uns dois anos. No durou um
ms, porque ele precisava fazer certas coisas
funcionarem e o nico suporte disponvel era
o das listas de discusso. Nas listas, o mote
o seguinte: seja educado e faa perguntas ob-
jetivas. Acontece que quem sofre de Mal de
Parkinson, tem 65 anos e pouqussima intimi-
dade com computadores, no sabe exata-
mente o que perguntar. Isso, somado ao fatode que a maioria dos voluntrios das listas
so de reas tcnicas, no contribui em nada
para que as listas sejam mais, digamos, hu-
manas. Temos a conflitos entre vi