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8/7/2019 Revista BrOffice 016
1/47| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 1 Novembro/2010Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista Diagramado no BrOffice Draw
Ano 4 | N 16 |Novembro 2010
Revista
Artigo | Dica | Tutorial | e muito mais...
Como ns:Oferecemos suporte tcnicoespecializado e treinamento dequalidade para Software Livre
Comunidade BrOffice.orgMarca presena na VII Conferncia Latino
Americana de Software Livre
Comit paraDemocratizao da
InternetMostra o panorama atual da
Incluso Digital no Brasil
Escritrio aberto:
Modelo de monografia paraevitar dores de cabea nahora de finalizar adissertao
Saiba como:TJDFT desenvolveu sistema queautomatiza gerao dedocumentos
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8/7/2019 Revista BrOffice 016
2/47Edio Especial | Outubro | 20102| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista
ndice || entrevistaTJDFT desenvolve sistema de controlede processos BrOffice e outrastecnologias livres
05
| artigo
Incluso Digital: Uma etapa com os
dias contados?
09
| novas tecnologias
BrOffice: ferramenta de construopara novas tecnologias
12
| dicas rpidas
Dicas rpidas 14
| como ns ...
... damos suporte tcnico 16
| reportagem
Fundo de Penso SERPROS migra paraUbuntu Linux e BrOffice
18
Contagem regressiva paraLatinoware 2010
23
| cultura
Redblade - Episdio 06: Acidente 25
Dica de Filme: Jogo de espies 27
| escritrio aberto
Escritrio aberto 33
| escritrio aberto
Resumo do ms 46
| tutorial
Expresses regulares no BrOffice 28
| dicas
Aplicao prtica do BrOffice Calc 35
Desenhando diagramas no BrOfficeDraw facilmente com a extensoDiagram
37
O Navegador 40
Diagramando um folder com BrOffice Draw 43
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3/47| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 3 Novembro/2010
|editorial
stamos fechando essa edio da revista em meio ao alvoroo
dos preparativos para um dos maiores eventos de tecnologia do
pas, a Conferncia Latino Americana de Software Livre, conhecidacomo Latinoware. Outro assunto que vem ocupando as mentes e
redaes no Brasil a sucesso presidencial e o que o resultado
pode afetar nos mais variados setores. Em nosso caso, o que
importa mesmo que o Pas possa continuar investindo e
apostando em solues nacionais, que inclua digitalmente todas as
pessoas.
Voltando a falar sobre a Latinoware, a comunidade BrOffice.org vai
marcar sua presena apresentando palestras e ficando disposio
para sanar dvidas sobre a comunidade e a suite livre mais usada
no mundo.
s vsperas do lanamento da verso estvel do LibreOffice,
previsto para o ms de novembro, essa ser uma grande chance de
falar com representantes, no Brasil, da The Document Foundation.
Na matria de capa mais um case vitorioso de migrao para
BrOffice. O Fundo de Penso fundado pelo Serpro, Servio Federal
de Processamento de Dados, fez a opo de migrar todas as suas
mquinas para Ubuntu e BrOffice. Estamos contando tudo sobre os
preparativos, sobre as resistncias, sobre o treinamento e mudana
de comportamento do usurio.
Um artigo escrito a seis mos, pelo pessoal do CDI Campinas,Comit para Democratizao da Internet, Andr, Helena e Patrcia,
nos traz um panorama da Incluso Digital no Brasil com nmeros
que demonstram que o pas pode atingir o seu objetivo em 2017.
Mas ser que a tarefa de Incluso Digital estaria cumprida? a
reflexo que o artigo faz.
Na seo Como Ns, algumas dicas sobre suporte tcnico para
ferramentas livres, sobretudo, o BrOffice. E por falar em dicas, a
edio est repleta de dicas e um tutorial muito interessante sobre
expresses regulares no BrOffice. O autor do tutorial dispensa
comentrios. Julio Neves um reconhecido especialista em shellscript e um colaborador da comunidade BrOffice.org.
Boa leitura!!
EE
Colaboradores desta edioRedao:Andr Lus BordignonCarlisson GaldinoCsar BrodHelena WhiteJulio NevesLuiz OliveiraPatrcia NobrePedro CiracoRochele Prass
Dicas | Dicas Rpidas | Tutorial:Ccero Pinho CunhaClvis Tristo TraduoLuiz OliveiraMarcelo MassaoRenata MarquesRubens QueirozRui Ogawa
Diagramao:Duilio NetoEliane DomingosRenata MarquesRui Ogawa
Reviso:Clvis TristoFtima ContiLuiz OliveiraRenata MarquesRicardo Pontes
Capa:Duilio Neto
Edio:Luiz [email protected]
Revisora responsvel:Vera Lcia Cavalcante [email protected]
Jornalista responsvel:Luiz Oliveira Mtb.31064
Coordenador Geral BrOffice.org:Claudio Ferreira Filho | [email protected]
Coordenadora Revista BrOffice.org:Eliane Domingos de [email protected]
Escreva para a Revista BrOffice.org:[email protected]
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O que o BrOffice o produto, ferramenta de escritrio multiplataforma, livre, em bomportugus, desenvolvido sob os termos da licena LGPL, compostopor editor de texto, planilha de clculo, apresentao, matemtico ebanco de dados, mantido pela comunidade e OSCIP, que trabalhapara a difuso do SL/CA no Pas.
DesenvolvimentoEsta revista foi elaborada no BrOffice, editor de texto, planilhaeletrnica, apresentao e, diagramao. A reproduo do materialcontido nesta revista permitida desde que se incluam os crditos aosautores e a frase: Reproduzido da Revista BrOffice.org www.broffice.org/revista em local visvel.
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Arquiv
opessoal
Conhecendo os colaboradores |
Conhecendoalgunscolaboradores
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8/7/2019 Revista BrOffice 016
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entrevista|
TJDFT desenvolve sistema deTJDFT desenvolve sistema decontrole de processos usandocontrole de processos usando
BrOffice e outras tecnologias livresBrOffice e outras tecnologias livres
Google
Por Rochele Prass
Marco A. S. Reis - Especialista em sistemas ditribudos, arquiteto de software no TJDFT onde
desenvolve frameworks para os sistemas internos, alm de ser professor de linguagem de
programao. Seus principais interesses envolvem inteligncia artificial e processamento de
linguagem natural.
O Tribunal de Justia do Distrito Federal e dos Territrios TJDFT est implantando um sistema de controle de processos,
a partir de uma soluo que utiliza o BrOffice em um dos mdulos centrais do sistema de controle de processos jurdicos, o
SISTJWEB. Ao todo, o projeto atende a 110 usurios. O desenvolvimento contou com 20 profissionais, entre
programadores, analistas e gerentes de projeto.
Conforme explica Marcos Reis, da Subsecretaria de Desenvolvimento de Sistemas do rgo, a ideia surgiu da necessidade
de atualizao dos sistemas do tribunal para a plataforma web e da necessidade de automatizar esse processo. Ele explica
que os usurios esto,tradicionalmente, acostumados a simplesmente abrir um programa e editar o seu texto.
Entretanto, pondera, em uma organizao como o TJDFT, em que circulam milhes de textos todos de altssima
importncia, gerar manualmente todos esses documentos demanda um esforo muito grande. Se houvesse a
possibilidade de automatizar esta atividade haveria um ganho muito grande tanto na produtividade quanto na padronizao
dos documentos, diz. Para se ter uma ideia, com a tecnologia desenvolvida, o rgo produz atualmente uma mdia de 500
atos por dia, o que d um volume de aproximadamente 10 mil documentos por ms.
A sute de escritrio aberta foi escolhida para esta finalidade, justamente por ser compatvel com tecnologias abertas e com
formatos utilizados na internet. Isso porque possui uma interface de programao (API), que se chama Uno (de Universal
Network Objects), permitindo que os desenvolvedores utilizem todas as funcionalidades da ferramenta dentro de um
sistema. Assim, o sistema poderia criar um documento de texto, adicionar novas linhas, formatar pargrafos, criar tabelas,mudar o estilo da fonte e todas as demais opes disponveis sem que o usurio precise abrir a ferramenta. Na entrevista a
seguir, Marco Reis detalha o projeto:
http://www.broffice.org/revistahttp://www.google.com/imgres?imgurl=http://farm4.static.flickr.com/3313/3419339039_a7d5b3910e_o.jpg&imgrefurl=http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=843714&usg=__7hnq4AzCGMZbUlw6Mzz4tGJ-_d0=&h=600&w=800&sz=125&hl=pt-br&start=0&zoom=1&tbnid=tq8p1QXaJRu-uM:&tbnh=161&tbnw=249&prev=/images?q=TJDFT&um=1&hl=pt-br&client=ubuntu&sa=X&channel=fs&biw=1366&bih=539&tbs=isch:1,isz:m0,171&um=1&itbs=1&iact=hc&vpx=1068&vpy=176&dur=1212&hovh=194&hovw=259&tx=127&ty=92&ei=abjQTIPDG8-nnQffrKWPBg&oei=abjQTIPDG8-nnQffrKWPBg&esq=1&page=1&ndsp=10&ved=1t:429,r:9,s:0&biw=1366&bih=539http://www.google.com/imgres?imgurl=http://farm4.static.flickr.com/3313/3419339039_a7d5b3910e_o.jpg&imgrefurl=http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=843714&usg=__7hnq4AzCGMZbUlw6Mzz4tGJ-_d0=&h=600&w=800&sz=125&hl=pt-br&start=0&zoom=1&tbnid=tq8p1QXaJRu-uM:&tbnh=161&tbnw=249&prev=/images?q=TJDFT&um=1&hl=pt-br&client=ubuntu&sa=X&channel=fs&biw=1366&bih=539&tbs=isch:1,isz:m0,171&um=1&itbs=1&iact=hc&vpx=1068&vpy=176&dur=1212&hovh=194&hovw=259&tx=127&ty=92&ei=abjQTIPDG8-nnQffrKWPBg&oei=abjQTIPDG8-nnQffrKWPBg&esq=1&page=1&ndsp=10&ved=1t:429,r:9,s:0&biw=1366&bih=539http://www.google.com/imgres?imgurl=http://farm4.static.flickr.com/3313/3419339039_a7d5b3910e_o.jpg&imgrefurl=http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=843714&usg=__7hnq4AzCGMZbUlw6Mzz4tGJ-_d0=&h=600&w=800&sz=125&hl=pt-br&start=0&zoom=1&tbnid=tq8p1QXaJRu-uM:&tbnh=161&tbnw=249&prev=/images?q=TJDFT&um=1&hl=pt-br&client=ubuntu&sa=X&channel=fs&biw=1366&bih=539&tbs=isch:1,isz:m0,171&um=1&itbs=1&iact=hc&vpx=1068&vpy=176&dur=1212&hovh=194&hovw=259&tx=127&ty=92&ei=abjQTIPDG8-nnQffrKWPBg&oei=abjQTIPDG8-nnQffrKWPBg&esq=1&page=1&ndsp=10&ved=1t:429,r:9,s:0&biw=1366&bih=539http://www.google.com/imgres?imgurl=http://farm4.static.flickr.com/3313/3419339039_a7d5b3910e_o.jpg&imgrefurl=http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=843714&usg=__7hnq4AzCGMZbUlw6Mzz4tGJ-_d0=&h=600&w=800&sz=125&hl=pt-br&start=0&zoom=1&tbnid=tq8p1QXaJRu-uM:&tbnh=161&tbnw=249&prev=/images?q=TJDFT&um=1&hl=pt-br&client=ubuntu&sa=X&channel=fs&biw=1366&bih=539&tbs=isch:1,isz:m0,171&um=1&itbs=1&iact=hc&vpx=1068&vpy=176&dur=1212&hovh=194&hovw=259&tx=127&ty=92&ei=abjQTIPDG8-nnQffrKWPBg&oei=abjQTIPDG8-nnQffrKWPBg&esq=1&page=1&ndsp=10&ved=1t:429,r:9,s:0&biw=1366&bih=539http://www.google.com/imgres?imgurl=http://farm4.static.flickr.com/3313/3419339039_a7d5b3910e_o.jpg&imgrefurl=http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=843714&usg=__7hnq4AzCGMZbUlw6Mzz4tGJ-_d0=&h=600&w=800&sz=125&hl=pt-br&start=0&zoom=1&tbnid=tq8p1QXaJRu-uM:&tbnh=161&tbnw=249&prev=/images?q=TJDFT&um=1&hl=pt-br&client=ubuntu&sa=X&channel=fs&biw=1366&bih=539&tbs=isch:1,isz:m0,171&um=1&itbs=1&iact=hc&vpx=1068&vpy=176&dur=1212&hovh=194&hovw=259&tx=127&ty=92&ei=abjQTIPDG8-nnQffrKWPBg&oei=abjQTIPDG8-nnQffrKWPBg&esq=1&page=1&ndsp=10&ved=1t:429,r:9,s:0&biw=1366&bih=539http://www.google.com/imgres?imgurl=http://farm4.static.flickr.com/3313/3419339039_a7d5b3910e_o.jpg&imgrefurl=http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=843714&usg=__7hnq4AzCGMZbUlw6Mzz4tGJ-_d0=&h=600&w=800&sz=125&hl=pt-br&start=0&zoom=1&tbnid=tq8p1QXaJRu-uM:&tbnh=161&tbnw=249&prev=/images?q=TJDFT&um=1&hl=pt-br&client=ubuntu&sa=X&channel=fs&biw=1366&bih=539&tbs=isch:1,isz:m0,171&um=1&itbs=1&iact=hc&vpx=1068&vpy=176&dur=1212&hovh=194&hovw=259&tx=127&ty=92&ei=abjQTIPDG8-nnQffrKWPBg&oei=abjQTIPDG8-nnQffrKWPBg&esq=1&page=1&ndsp=10&ved=1t:429,r:9,s:0&biw=1366&bih=539http://www.google.com/imgres?imgurl=http://farm4.static.flickr.com/3313/3419339039_a7d5b3910e_o.jpg&imgrefurl=http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=843714&usg=__7hnq4AzCGMZbUlw6Mzz4tGJ-_d0=&h=600&w=800&sz=125&hl=pt-br&start=0&zoom=1&tbnid=tq8p1QXaJRu-uM:&tbnh=161&tbnw=249&prev=/images?q=TJDFT&um=1&hl=pt-br&client=ubuntu&sa=X&channel=fs&biw=1366&bih=539&tbs=isch:1,isz:m0,171&um=1&itbs=1&iact=hc&vpx=1068&vpy=176&dur=1212&hovh=194&hovw=259&tx=127&ty=92&ei=abjQTIPDG8-nnQffrKWPBg&oei=abjQTIPDG8-nnQffrKWPBg&esq=1&page=1&ndsp=10&ved=1t:429,r:9,s:0&biw=1366&bih=539http://www.broffice.org/revista -
8/7/2019 Revista BrOffice 016
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Arquivopessoal
Arquivopessoal
TJDFT desenvolve sistema de controle de processos usando BrOffice e outras tecnologias livres| Por Rochele Prass
entrevista|
Pode detalhar o funcionamento da soluo?
A gerao de Atos Processuais uma das
funcionalidades principais do SISTJWEB, o sistema de
controle de processos jurdicos utilizado no TJDFT. Pode-se dizer que o corao do sistema. O BrOffice
utilizado por meio de acesso via Sockets para fazer a
mesclagem dos documentos, substituio dos parmetros
e, finalmente a gerao de um PDF para ser assinado
digitalmente.
Este servio deve estar on-line 24 horas e 7 dias por
semana. A alta disponibilidade conseguida utilizando
diversos servidores virtualizados para responder s
centenas de requisies dirias. Para realizar o
balanceamento da carga entre os servidores, foi criadoum componente que responsvel por dividir as diversas
requisies (so centenas de documentos gerados
diariamente). Quando algum dos servidores fica
indisponvel, a equipe de suporte notificada por e-mail.
Por se tratar de um ponto crtico do tribunal, foi criada
uma ferramenta para monitoramento e gerenciamento do
status dos servidores, que no podem parar.
Nos ltimos 10 anos, tivemos aNos ltimos 10 anos, tivemos a
popularizao da internet e ospopularizao da internet e osaplicativos deveriam ser migradosaplicativos deveriam ser migrados
para esse novo cenrio, livrando opara esse novo cenrio, livrando o
usurio da necessidade de ter ousurio da necessidade de ter o
software instalado em cadasoftware instalado em cada
computador.computador.
Como funciona, neste caso, a certificao digital equal a sua importncia para a segurana das
informaes contidas nos documentos?A certificao digital essencial para este tipo de
documento, j que os atos gerados fazem parte de
processos judiciais. Cada usurio possui um token
(espcie de pen drive que contm um certificado digital
com valor jurdico, emitido por uma autoridade
certificadora). No sistema, o usurio seleciona os
documentos que deseja assinar, e clica no respectivo
boto de assinatura. Neste momento, a aplicao usa a
sute de escritrio para gerar o documento final,
encaminha para um applet Java que l o certificado dotoken e solicita a respectiva senha do usurio. O
documento assinado , ento, encaminhado de volta para
o servidor que armazena este documento em um servidor
de arquivos.
Quais foram as necessidades e solicitaes deusurios que motivaram o desenvolvimento dosistema? Poderia citar exemplos de situaes edificuldades que eles enfrentavam antes daimplementao?
Os sistemas legados tinham limitaes tcnicas e
funcionais, demandando muito esforo para manuteno.
Num primeiro esforo de migrao, uma parte desses
sistemas foi migrada para Visual Basic, passando do
antigo terminal utilizado nos anos 1980 para o desktop
que durou toda a dcada de 1990. Nos ltimos 10 anos,
tivemos a popularizao da internet e os aplicativos
deveriam ser migrados para esse novo cenrio, livrando o
usurio da necessidade de ter o software instalado em
cada computador. Por se tratar de um tribunal, a geraode documentos jurdicos a principal funcionalidade dos
sistemas internos. Tais documentos possuem cabealhos
e rodaps pr-definidos, alm de existirem modelos para
cada tipo de ato (Ofcio, Mandados, Decises etc),
mudando apenas o teor deste documento. Alm disso, os
modelos deveriam funcionar como espcies de malas
diretas, em que parmetros poderiam ser definidos (como
nmero e classe do processo, nome das partes, data da
distribuio etc) e seriam substitudos no momento da
assinatura digital do ato. Este o papel da sute.Quais so as funcionalidades que a tecnologiapermite e de que modo melhoram o dia a dia dos
usurios?
A soluo consiste basicamente em um editor de textos
web que serve como interface com o usurio. Aps
digitado o texto - uma deciso do juiz, por exemplo, a
aplicao envia esses dados em formato HTML para que
o BrOffice formate o documento com o seu respectivo
modelo e adicione os demais componentes como
cabealho e rodap. Uma vez que o documento estejapronto, gerado um PDF que ser assinado digitalmente.
http://www.broffice.org/revistahttp://www.broffice.org/revista -
8/7/2019 Revista BrOffice 016
7/47| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 7 Novembro/2010
Arquivopessoal
TJDFT desenvolve sistema de controle de processos usando BrOffice e outras tecnologias livres| Por Rochele Prass
entrevista|
Em que fase da implementao o projeto encontra-seatualmente?
Aps implantao da soluo nos juzos da Vara de
Execues Penais (VEP) e da Vara de Execues Penaise Medidas Alternativas (VEPEMA), como projeto-piloto,
est sendo avaliada estrategicamente a expanso do
sistema para os juizados especiais de Fazenda Pblica
ou para as Varas Criminais, o que deve representar um
crescimento de cerca de 25% na quantidade de usurios,
j num primeiro momento.
Quais so as metas e prazos?
A meta a expanso do sistema para todo o TJDFT, tanto
na primeira quanto na segunda instncia. O prazo para a
expanso, no que tange 1 Instncia, ainda aguardadefinio por parte da Corregedoria da Justia. Quanto
2 Instncia, o prazo previsto Janeiro/2012.
Quanto tempo de desenvolvimento?
Foram sete meses de desenvolvimento at a implantao
do piloto nos juzos da Vara de Execues Penais VEP e
da Vara de Execues Penais e Medidas Alternativas
VEPEMA. Com a ampliao de escopo decorrente da
implementao de novas funcionalidades, visando
expanso do sistema, o desenvolvimento constante,
inclusive atendendo determinao da AdministraoSuperior do TJDFT de que toda nova necessidade seja
implementada no mbito do SISTJWEB.
Pode explicar o tipo de informao que circula nosatos processuais, bem como a importncia dapreservao desses dados para o andamento dos
trabalhos do rgo?
As informaes constantes dos atos processuais so, em
grande parte, despachos, decises, sentenas judiciais,
mandatos de priso e soltura, proferidas pelos rgos do
Poder Judicirio, tratando-se de informao crtica,
imprescindvel operacionalidade da instituio.
Trata-se de uma aplicao crtica... Pode dar umexemplo de problemas que no podem ocorrer deforma alguma e que prejuzos trariam s atividades do
rgo?
Uma vez assinados, os documentos no podem ser
alterados. Isso garantido a partir da prpria assinatura
que possui no s o PDF, como tambm os dados do
certificado emitido por autoridade certificadora. O ato
judicial a materializao da atividade-fim da instituio,ou seja, representa, de fato, o produto esperado pelo
cliente do TJDFT. Nesse sentido, a indisponibilidade dos
servios responsveis pela gerao e assinatura dos
atos, em ltima anlise, impediria a prestao da
atividade jurisdicional por parte do magistrado, frustrando,
assim, os anseios de toda a sociedade. Basta pensar em
uma situao em que o magistrado no pode emitir um
mandado de priso urgente porque o sistema est fora do
ar. Da mesma forma, no aceitvel que algum continue
preso porque o sistema no permite a emisso de um ato
que possibilite a liberdade.
Est sendo avaliadaEst sendo avaliada
estrategicamente a expansoestrategicamente a expanso
do sistema para os juizadosdo sistema para os juizados
especiais de Fazenda Pblicaespeciais de Fazenda Pblica
ou para as Varas Criminais, oou para as Varas Criminais, o
que deve representar umque deve representar um
crescimento de cerca de 25%crescimento de cerca de 25%
na quantidade de usurios, jna quantidade de usurios, j
num primeiro momento.num primeiro momento.
http://www.broffice.org/revistahttp://www.broffice.org/revista -
8/7/2019 Revista BrOffice 016
8/47| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 8 Novembro/2010
Arquivopessoal
TJDFT desenvolve sistema de controle de processos usando BrOffice e outras tecnologias livres| Por Rochele Prass
entrevista|
Dentre as solues tecnolgicas possveis para estademanda, quais foram as razes da equipe de TIbuscar solues em software livre?
A economia de recursos certamente importante, umavez que estamos tratando de oramento pblico. Nesse
sentido, a plataforma Java se mostrou aderente s
necessidades do tribunal. Alm da economia,
escalabilidade (a possibilidade de crescimento do nmero
de usurios atendidos) e segurana, a linguagem Java
relativamente fcil de aprender e tem boa produtividade.
O mais importante que hoje temos produtos grtis com
a mesma qualidade dos concorrentes pagos.
Conseguimos atender aos clientes com solues criativas
e elegantes sem precisar pagar por licenas, muitas
vezes com preos proibitivos, principalmente em se
tratando de Brasil.
Existe uma estimativa de economia em recursosfinanceiros atravs do uso de software livre?
O ambiente de desenvolvimento do TJDFT
essencialmente constitudo de ferramentas livres, como
Eclipse, iReport e Tomcat, mas no h um estudo formal
sobre os recursos economizados com essa iniciativa.
Houve dificuldades tcnicas para tal
desenvolvimento? Quais e como foram superadas?
A maior dificuldade foi a escalabilidade, pois no incio do
projeto foi definido apenas um servidor BrOffice, que era
acessado via rede para fazer a gerao dos documentos.
Com o passar do tempo, aumentou muito a quantidade de
usurios que preparavam e assinavam documentos
simultaneamente. Isso tornou necessrio um controle
maior dos servidores, com balanceamento de carga e
controle de erros caso algum processo estivesse fora do
ar. Hoje o sistema est no ar, em produo com seis
servidores BrOffice dedicados apenas para o sistemaSISTJWEB.
No que se refere aos usurios, quais so os
procedimentos adotados?
H necessidade de treinamento no uso do sistema
SISTJWEB. Esse treinamento inclui o mdulo de Atos,
que possui as funcionalidades de preparao, remessa,
alterao e assinatura desses documentos. O BrOffice
utilizado de forma absolutamente transparente para o
usurio final.
Existe inteno de compartilhar a tecnologiadesenvolvida com outros rgos ou disponibiliz-lapara demandas semelhantes de outras instituies?
Outros tribunais j utilizam produtos desenvolvidos pelo
TJDFT. Normalmente, nossos sistemas so requisitados
atravs de pedidos formais feitos administrao do
TJDFT.
Padres abertos de documentos, como o ODF, souma sada para instituies que precisam preservararquivos por longos perodos ficando disponveispara consulta e edio posterior?
O CNJ (Conselho Nacional de Justia), rgo da
administrao pblica responsvel pelo planejamento dojudicirio, publicou portarias indicando a inteno de
utilizar cada vez mais solues abertas.
Quanto tempo necessrio guardar os documentosdigitais segundo a legislao?
Existe uma tabela de temporalidade e o perodo
obrigatrio de armazenamento varia de acordo com cada
tipo de documento.
http://www.broffice.org/revistahttp://www.broffice.org/revista -
8/7/2019 Revista BrOffice 016
9/47| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 9 Novembro/2010
Por Andr Lus Bordignon, Helena White e Patrcia Nobre
Arquiv
opessoal
nathancolquhoun
artigo |
Incluso Digital:
Umaetapacom
os diascontados?
LeonardoAugustoMatsuda
s dados da ltima pesquisa
TIC Domiclios 2009, que chegou a
sua 5 edio, mostram a evoluo da
posse e uso das tecnologias de informao
e comunicao no Brasil. Ela nos d uma
viso ampla da situao da incluso digital
no pas. Olhando para os nmeros,
podemos perceber que 27% dos domiclios
j possuem acesso internet e 34%
possuem computador. Mas, no podemos
olhar somente os nmeros: precisamos
ainda analisar a tendncia desse
crescimento.
Em 2005, tnhamos 13% de domiclios com acesso internet; em 2006, 14%; em 2007, 17%; em 2008, 20%; e em
2009, 27%, considerando somente a rea urbana. Na rea
rural, de acordo com a pesquisa, 24% dos domiclios tm
acesso rede mundial de computadores. Com isso,
podemos calcular o crescimento. Fazendo um exerccio de
previso com a taxa mdia de 16%, podemos supor que o
acesso internet pode atingir o ndice de 90% de domiclios
em 2017, o que seria espetacular.
No entanto, ser que a tarefa de Incluso Digital estaria
cumprida com essa taxa de acesso? Para responder a essaquesto, precisamos definir o que incluso digital. J existe
um consenso de que a incluso digital o acesso a toda
infraestrutura para qualquer pessoa poder usar computador e
internet, alm da oportunidade para obter conhecimentos
bsicos para manuse-lo. Porm, consideramos essa
definio muito limitada e apresentaremos a seguir os
motivos.
O
Fazendo um exerccio de previso com a taxa mdiade 16%, podemos supor que o acesso internet pode
atingir o ndice de 90% de domiclios em 2017
http://www.broffice.org/revistahttp://www.flickr.com/photos/nathancolquhoun/861771142/http://www.flickr.com/photos/nathancolquhoun/861771142/http://www.flickr.com/photos/nathancolquhoun/861771142/http://www.flickr.com/photos/nathancolquhoun/861771142/http://www.flickr.com/photos/nathancolquhoun/861771142/http://www.flickr.com/photos/nathancolquhoun/861771142/http://www.flickr.com/photos/nathancolquhoun/861771142/http://www.flickr.com/photos/nathancolquhoun/861771142/http://www.flickr.com/photos/nathancolquhoun/861771142/http://www.flickr.com/photos/nathancolquhoun/861771142/http://www.flickr.com/photos/nathancolquhoun/861771142/http://www.flickr.com/photos/nathancolquhoun/861771142/http://www.flickr.com/photos/nathancolquhoun/861771142/http://www.flickr.com/photos/nathancolquhoun/861771142/http://www.flickr.com/photos/nathancolquhoun/861771142/http://www.flickr.com/photos/nathancolquhoun/861771142/http://www.broffice.org/revista -
8/7/2019 Revista BrOffice 016
10/47| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 10 Novembro/2010
Arquivopessoal
No podemos simplesmente pensar o tecnolgico e
esquecer o aspecto pedaggico de como se apropriar da
tecnologia. a educao e a conscientizao que iro
mostrar os caminhos para que essa apropriao se d de
maneira que o usurio a utilize como ferramenta para se
emancipar, e no se subordine a ela, utilizando-a
simplesmente como receptor de ideias, como acontece
com a televiso. O mercado vaticina que o prprio avano
da economia trar, inevitavelmente, a incluso dos
excludos digitalmente. Se deixarmos o mercado tomar
conta do processo, teremos novamente o poder
hegemnico dominando, expandindo e consolidando os
monoplios informacionais, subordinado dinmica
empresarial do lucro.
O professor Srgio Amadeu j nos alertou: O mercado,
as foras da oferta, primeiro pensam em vender e ampliar
as vendas de seus produtos e servios. Dificilmente a
insero social ocorrer como uma externalidade positiva
do cruzamento das curvas da oferta e da demanda
produzidas pelas foras de mercado ou, tambm, por um
ato voluntrio e consciente do empresariado srio e
altrusta.
A Internet nos proporciona ferramentas que aumentam o
poder da democracia. Ela possibilita que qualquer pessoa
possa publicar suas ideias e disponibilizar na rede.
Podemos acompanhar mais de perto as aes de nossos
governantes. Existem inmeras possibilidades para ler
contedo, e no somente alguns poucos canais abertos
como na televiso. Explorar essas alternativas e opes
da Internet garantir seu uso democrtico.
Alm disso, por essa caracterstica de ser extremamente
democrtica, a internet pode levar a caminhos no to
emancipadores como podemos sonhar. Sem umaproposta pedaggica clara de apropriao dessa
tecnologia, podemos subutiliz-la e corremos o risco de
no retirar o mximo dessa ferramenta para a construo
da cidadania.
Que fique claro aqui que no uma defesa de viso
nica, mas sim da apresentao das vrias opes para
que o usurio possa tomar a sua deciso sobre qual
caminho seguir.
O local de acesso um fator importante para
conscientizar o usurio de como utilizar a rede. A
pesquisa que citamos anteriormente mostra que 48% do
acesso internet se d atravs das casas das pessoas,
seguido pelos centros pblicos de acesso pago, as lan
houses, que ficam com 45% dessa fatia. Os centros
pblicos ficam com 4% dos nmeros.
Portanto, percebemos que a escola e os centros pblicos
de acesso gratuito (telecentros) somam juntos 18%, o que
muito pouco. Nesses espaos, deveria haver um projeto
pedaggico para a conscientizao sobre o acesso.
Temos visto muitos projetos excelentes, mas,
infelizmente, percebemos que ainda no so a maioria.
Quando se fala em incluso digital, so propostas de
acesso tecnologia sem um acompanhamento
pedaggico que eduque a sua utilizao de uma maneira
crtica e consciente. Se continuarmos nessa viso limitadapara a incluso digital, teremos novamente uma
tecnologia sendo utilizada para controle social, e no para
a construo da cidadania.
Existem inmeras possibilidades para lercontedo, e no somente alguns poucos
canais abertos como na televiso.Explorar essas alternativas e opes daInternet garantir seu uso democrtico
Incluso Digital: Uma etapa com os dias contados? | Por Andr Lus Bordignon, Helena White e Patrcia Nobre
artigo |
Local de acesso individual Internet
Em casa 50%
Centro pblico de acesso pago 44%
Na casa de outra pessoa 26%
No trabalho 22%
Na escola 14%
Centro pblico de acesso gratuito 4%
No podemossimplesmente
pensar otecnolgico eesquecer o
aspectopedaggico de
como se apropriarda tecnologia
O local de acesso um fator
importante paraconscientizar o
usurio de comoutilizar a rede
http://www.broffice.org/revistahttp://www.broffice.org/revista -
8/7/2019 Revista BrOffice 016
11/47| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 11 Novembro/2010
Ao analisarmos a tendncia de avano do acesso ao
computador e internet, percebemos que o maior
potencial de crescimento nas classes sociais que
usaram acessos pblicos. Somando ao projeto de
abertura de 3 mil telecentros que o Governo Federal
acaba de lanar, temos hoje uma grande oportunidade de
trabalho. Teremos muito mais gente acessando. O que
temos que garantir a qualidade desses acessos.
Se continuarmos nessa viso limitadapara a incluso digital, teremos
novamente uma tecnologia sendo
utilizada para controle social, e nopara a construo da cidadania
Para concluir, apresentamos aqui uma definio mais
ampla, ainda em construo, do que seria a incluso
digital: a disponibilidade de acesso rede mundial de
computadores a todos aqueles que, com a utilizao
dessa tecnologia, possam desempenhar qualquer
atividade para a promoo humana, bem como acesso
formao para esse acesso.
Teremos muito mais gente acessando temos que garantir a qualidade
desses acessos
Formao essa, crtica e consciente, que contemple no
somente a habilidade tcnica para o acesso, mas a
formao de uma conscincia crtica para esse acesso,
de forma que a emancipao do ser humano seja o
principal objetivo. Quem sabe, num futuro no to
distante, o povo possa se apropriar dessa tecnologia
transformando-a conforme suas escolhas para a
construo efetiva da cidadania?
Incluso Digital: Uma etapa com os dias contados? | Por Andr Lus Bordignon, Helena White e Patrcia Nobre
artigo |
Referncias1. Anlise dos Resultados da TIC Domiclios 2009: http://www.cetic.br/usuarios/tic/2009/analise-tic-domicilios2009.pdf
2. Incluso Digital, Software Livre E Globalizao Contra Hegemnica:
http://www.broffice.org/revistahttp://www.cetic.br/usuarios/tic/2009/analise-tic-domicilios2009.pdfhttp://www.cetic.br/usuarios/tic/2009/analise-tic-domicilios2009.pdfhttp://www.broffice.org/revista -
8/7/2019 Revista BrOffice 016
12/47| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 12 Novembro/2010
Por Rochele Prass
Tonz
novas tecnologias |
BrOffice:BrOffice:ferramentad
eferramentadeconstruoconstruoparanovasparanovastecnologiastecnologias
Novas formas de interagir com a mquina um dos
tantos novos caminhos e desafios da informtica. H
muito j no faz parte do universo da fico cientfica
aparelhos que podem ser comandados pela voz ou pelo
toque na tela, sem o uso de perifricos. O que poucagente sabe que, com um mnimo de recursos,
conhecimento e muito software livre, possvel construir
aparelhos semelhantes em casa mesmo e em pouco
tempo.
isso que mostram os desenvolvedores da tela
multitoque, projeto apresentado aos visitantes do fisl11.
Apesar de a tecnologia empregada ser diferente do j
popular touch screen (encontrado em vrios aparelhos de
telefone), o princpio o mesmo. possvel fazer essas
coisas sem ter uma indstria gigantesca e proprietria,diz Gerson Tessler, que desenvolveu o projeto junto com
um colega. Ao construir a tela multitoque, Gerson conta
que uma das preocupaes era empregar tecnologias
livres em cada um dos detalhes.
Assista ao vdeo:
http://www.youtube.com/watch?v=F7dLiKt0dc0
E o BrOffice est l em cada pedao da telona interativa,
para quem puder ver. Isso porque o Draw foi usado pelosdesenvolvedores como ferramenta de CAD para criar todo
o design do projeto - desde a construo da estrutura da
tela, quanto o projeto eletrnico. No Draw, foram
especificadas dimenses e tamanhos, orientando como
deveriam ser realizados os cortes em madeiras e outros
materiais para a construo da estrutura.
Alm disso, todo o clculo ptico da tela compilante, que
conta com um sistema de captura e exibio de imagens,
determinando os resultados do toque na, foi realizado
pelo BrOffice Draw. Eu me senti mais confortvel, commuito mais velocidade e produtividade, diz Gerson ao
falar sobre a escolha do Draw para a tarefa.
http://www.broffice.org/revistahttp://www.flickr.com/photos/tonz/3636878904/in/photostream/http://www.flickr.com/photos/tonz/3636878904/in/photostream/http://www.flickr.com/photos/tonz/3636878904/in/photostream/http://www.flickr.com/photos/tonz/3636878904/in/photostream/http://www.youtube.com/watch?v=F7dLiKt0dc0http://www.youtube.com/watch?v=F7dLiKt0dc0http://www.flickr.com/photos/tonz/3636878904/in/photostream/http://www.broffice.org/revista -
8/7/2019 Revista BrOffice 016
13/47| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 13 Novembro/2010
Da deciso sobre fazer at a apresentao da tela que
impressionou milhares de visitantes no fisl11, foram
apenas 3 meses e meio (entre finais de semana e
madrugadas), conta Gerson. No perodo, foramdesenvolvidas todas as aplicaes de demonstrao,
desenho e construo da tela.
A ideia de construir algo do tipo, entretanto, um pouco
mais antiga: j fazia parte dos planos de Gerson desde a
clssica apresentao da telona sensvel ao toque feita
por Jeff Han na TDE. Em seguida, ele passou a integrar
um grupo internacional que se dedica ao estudo e
desenvolvimento de solues de informtica focadas em
interfaces naturais, o NUI Group - naturaluser interface
Group.
Ao falar sobre tendncias tecnolgicas, Gerson explica: A
interface multitoque traz de volta ao ser humano o que
natural para ele: interagir com as mos. O desenvolvedor
cita como exemplo uma das primeiras reaes de uma
criana em frente a um computador: colocar a mo na tela
para que a mquina tenha alguma reao.
Outra preocupao que a dupla teve foi de tornar o
projeto colaborativo e multidisciplinar: desenvolver esse
tipo de tecnologia no s software, envolve hardware,
envolve qumica, engenharia, eletrnica, diz Gerson. Os
desenvolvedores, que se dedicam arquitetura do design
de aplicaes e de interfaces do gnero, tambm j
desenvolveram uma vitrine e um piso multitoque.
BrOffice : ferramenta de construo para novas tecnologias | Por Rochele Prass
novas tecnologias |
Gerson Tessler apresenta a criao aos visitantes dofisl11
Projeto chamou ateno de participantes e visitantes dofisl11
http://www.broffice.org/revistahttp://www.broffice.org/revista -
8/7/2019 Revista BrOffice 016
14/47| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 14 Novembro/2010
Por Luiz Oliveira
dica rpida|
Vamos utilizar o Slackbuilds para nos ajudar nessa tarefa.
Primeiro baixe dois arquivos a partir do repositrio do
Slackbuilds:
Arquivo 01:ftp://ftp.broffice.org/stable/3.2.1/BrOOo_3.2.1_Linux_x86-
64_install-rpm-wJRE_pt-BR.tar.gz
Arquivo 02:http://slackbuilds.org/slackbuilds/13.1/office/broffice.org.tar.
gz
O arquivo nmero 01 o fonte e no arquivo nmero 02
contm o script de instalao. Os comandos abaixo tem
que ser executados como root. Descompacte o arquivo
broffice.org.tar.gz com o comando:
# tar -zxvf broffice.org.tar.gz
Entre no diretrio broffice.org. Copie o arquivo fonte, n-
mero 01, para dentro desse diretrio broffice.org.
Agora s executar o script:
#./broffice.org.SlackBuild
Isso vai gerar um pacote para o Slackware que estar no
diretrio /tmp:
#installpkg /tmp/broffice.org-3.2.1_pt_BR-x86_64-
1_SBo.tgzPronto. Tudo estar funcionando perfeitamente, inclusive j
com o Vero instalado.
Referncias:
http://slackbuilds.org/repository/13.1/office/broffice.org/
http://www.slackware.com/
http://broffice.org/download
Instalando oBrOffice noSlackware6413.1
Traduo e adaptao Clvis Tristo
Adicionar uma pitada de cor para fragmentos de cdigo em
um documento do Writer pode torn-lo mais fcil de ler.
Mas colorir o cdigo mo uma proposta bastante
assustadora, especialmente se o documento contiver
centenas de linhas.
Figura 1: Colorindo um cdigo bash no Writer
Felizmente, existe uma extenso para isso: COOoder [1]
uma extenso que pode colorir automaticamente o cdigo
em vrias linguagens de programao. A Figura 1 mostra a
extenso em ao.
Colorindocdigos com a
extensoCOOoder noBrOffice Writer
Instale a extenso, selecione o fragmento de cdigo que
voc deseja colorir, pressione o boto COOoder na barra
de ferramentas ou escolha
Ferramentas | Suplementos | COOoder)
selecione o idioma desejado e pressione OK
COOoder baseia-se na GeSHi [2] sintaxe de marcao.
Assim, a extenso pode lidar com todos os idiomas
suportados pelo GeSHi. Isso inclui HTML, JavaScript,
Python, Java, PHP, SQL, OpenOffice.org Basic, e muitos
outros.
Referncias:
[1] http://extensions.services.openoffice.org/en/project/coooder
[2] http://qbnz.com/highlighter/
Fonte:Linux Today
Autor: Dmitri Popov
http://www.broffice.org/revistahttp://extensions.services.openoffice.org/en/project/coooderhttp://qbnz.com/highlighter/http://www.linuxtoday.com/news_story.php3?ltsn=2010-08-13-002-35-OS-DT-SWhttp://www.linuxtoday.com/news_story.php3?ltsn=2010-08-13-002-35-OS-DT-SWhttp://qbnz.com/highlighter/http://extensions.services.openoffice.org/en/project/coooderhttp://www.broffice.org/revista -
8/7/2019 Revista BrOffice 016
15/47| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 15 Novembro/2010
Por Renata Marques
dica rpida|
Sabe aquele formulrio que seus funcionrios preenchem
na mo e que voc sofre para entender a letra? Ou aquele
outro que um arquivo de texto e que seu usurio
desarruma todo durante o preenchimento? Resolva issocriando um formulrio PDF. Veja como fcil.
Crie um arquivo no BrOffice Writer. Digite os campos do
formulrio. Se quiser, pode utilizar uma tabela para auxiliar
na formatao.
V no menu Exibir > Barra de Ferramentas > Controle de
Formulrios.
Utilizando essa barra de ferramentas, insira os campos de
formulrio mais adequados a cada tipo de campo.
Voc pode tirar as bordas dos campos, clicando no campo,em seguida no cone controle da barra de ferramenta de
formulrios e localizando a opo borda.
Por Marcelo Massao
Em muitas situaes, precisamos trabalhar com
documentos ou planilhas que exigem a exibio de
nmeros por extenso. Ex.: R$ 13,00 (treze reais). Existe no
BrOffice uma extenso que permite fazer esta operao de
maneira simples e rpida.
Em primeiro lugar, faa o download em
http://www.openoffice.org.br/files/BrOo_Extenso.oxt e em
seguida em Ferramentas Gerenciador de Extenses.Aps, localize onde e extenso foi salva e a adicione.
Nmeros porextenso.
Depois de instalada, a extenso ser exibida na barra
superior estando pronta para ser utilizada.
Exporte o arquivo como PDF e pronto! Veja como ficou.
Para navegar entre os campos durante o preenchimento, atecla tab super bem-vinda!
Para aplicar o recurso, basta selecionar o nmero e clicar
no boto e o resultado ser a exibio por
extenso do nmero selecionado.
Criando umformulrio comBrOffice
http://www.broffice.org/revistahttp://www.openoffice.org.br/files/BrOo_Extenso.oxthttp://www.openoffice.org.br/files/BrOo_Extenso.oxthttp://www.broffice.org/revista -
8/7/2019 Revista BrOffice 016
16/47| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 16 Novembro/2010
Por Luiz Oliveira
Arquiv
opessoal
como ns ... |
...damos
suportetcnico
flaivoloka
Uma das crticas feitas ao modelo de negcios com Open
Source a suposta falta de suporte tcnico. Para alguns
entusiastas, no entanto, no bem assim.
Em recente artigo publicado na Internet[1], Rodrigo
Robles, desenvolvedor de sistemas, diz o seguinte sobre
o assunto: paradoxal, mas para alguns softwares
comerciais o suporte pior que o de seus concorrentes
de fonte aberto. Mesmo voc pagando pelo suporte,
alguns problemas podem no ser resolvidos pelo
fornecedor. No caso dos softwares de fonte aberto fcil
ter acesso a comunidade de desenvolvedores e obterrespostas tcnicas s questes mais complexas.
Empresas de segurana j comprovaram que as
empresas produtoras de softwares de fonte fechado
demoram para fazer correes de falhas de segurana,
porqu esta ao implica em custo que no lhes traz
benefcios imediatos.
Polmicas parte, a comunidade BrOffice.org, desde o
incio, se preocupou com essa questo e passou a
oferecer vrias formas de suporte para o usurio e
tambm para as corporaes.
Projeto Documentao [2]
Esse projeto tem o objetivo de fornecer apostilas e
tutoriais produzidos pela equipe de documentao do
BrOffice, ou vindas de contribuies da comunidade.
Inclui tanto documentos originais quanto verses
traduzidas para o portugus a partir de documentos em
ingls, italiano, francs e espanhol. O grande destaque
desse projeto est no incentivo para que usurios
experientes colaborem enviando documentos para seremcompartilhados.
Caso voc deseje colaborar, entre em contato com o
coordenador do projeto, Gustavo Pacheco, atravs do e-
mail gbpacheco_em_openoffice.org. Voc pode auxiliar o
Projeto de Documentao atravs da traduo de
documentos, do desenvolvimento de material informativo
e da documentao de cases.
Uma lista de perguntas frequentes tambm est
disponvel no portal BrOffice.org[3]. E por falar em lista,
uma das maneiras mais proveitosas de se conseguir umaajuda ou de ajudar algum com alguma dvida de
http://www.broffice.org/revistamailto:[email protected]:[email protected]://www.broffice.org/revista -
8/7/2019 Revista BrOffice 016
17/47| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 17 Novembro/2010
BrOffice participando das movimentadas listas de
usurios[4] e de desenvolvimento[5]. atravs dessas
listas de discusso que os usurios e desenvolvedores
trocam informaes, experincias, dvidas e solues.
Uma outra forma de conseguir ajuda nos momentos mais
difceis usar o sistema Rau-tu[6] e a coluna Dicas-l
BrOffice.org[7], projetos mantidos pela Unicamp. O Rau-Tu um sistema de perguntas e respostas que abrangediversas reas de conhecimento, denominadas tpicos.
Todas as perguntas j formuladas - e suas respectivas
respostas - ficam armazenadas na base de dados do
sistema. Assim, voc pode fazer uma busca para saber
se j h uma resposta para a sua dvida. Caso a busca
no solucione suas dvidas, basta inserir uma novapergunta. Em pouco tempo, algum colaborador ir
respond-la. Para formular perguntas, assim como
acessar o repositrio de perguntas e respostas, no
necessrio se cadastrar. Se voc j utiliza o BrOffice e
tem alguma experincia com ele, pode ajudar outros
usurios que encontram dificuldade, inscrevendo-se como
colaborador no Sistema Rau-tu[7].
O objetivo da coluna Dicas-L BrOffice.org fornecer
semanalmente artigos relacionados ao BrOffice, trazendo
curiosidades da ferramenta, dicas de uso e tcnicasdiversas para auxiliar o usurio. Os dois projetos so
mantidos pelo entusiasta Rubens Queiroz.
Suporte Comercial:
At aqui o usurio domstico pode ficar satisfeito e
encontrar tudo que precisa para aproveitar as facilidades
da sute livre mais usada no mundo. Entretanto, quando
se trata de ambiente corporativo as coisas mudam defigura. Para Anita Sobreira, Analista de TI das Casas
Andr Luiz, da cidade de Guarulhos, uma entidade sem
fins lucrativos que cuida de pessoas com necessidades
especiais, uma migrao eficiente passa pelo
convencimento do Presidente da Empresa ou Instituio.
Ela se diz bastante convencida sobre o aumento da
produtividade a partir da migrao para Linux e BrOffice.
Por esse motivo est escrevendo um projeto que
pretende apresentar ao presidente da entidade.
Outro caso bastante interessante de uma academia deartes marciais, em Campinas, cidade do interior do
Estado de So Paulo, com apenas dois computadores. O
scio proprietrio, Professor Leandro Romano, no
pensou duas vezes, quando lhe foi apresentada a soluo
como ns ... |...damos suporte tcnico | Por Luiz Oliveira
[1] Uso de Sistemas de Fonte Aberto no Ambiente Corporativohttp://twixar.com/vRLdC
[2]http://broffice.org/docs
[3]http://broffice.org/broo/?q=faq_principal
[6]http://www.rau-tu.unicamp.br/openoffice/
[7] http://www.dicas-l.com.br/broffice/
[4]Usurios
Descrio: Esta lista onde os usurios trocam experincias,compartilham conhecimento e discutem os mais diversos assuntosrelacionados ao programa e comunidade BrOffice.Para assinar, envie um e-mail para:[email protected] cancelar a assinatura, envie um e-mail para:[email protected] postar mensagens, envie um e-mail para:[email protected] tambm pode ver o arquivo da lista, organizado por perodos detempo, ou ento fazer uma busca sobre um assunto especfico.
[5]DevDescrio: Lista destinada a troca de informaes entre a equipe dedesenvolvimento do BrOffice.org. Assuntos relativos a traduo doprograma, compilao, criao de pacotes so discutidos aqui.Para assinar, envie um e-mail para: [email protected]
Para cancelar a assinatura, envie um e-mail para: [email protected] postar mensagens, envie um e-mail para: [email protected] tambm pode ver o arquivo da lista, organizado por perodos detempo, ou ento fazer uma busca sobre um assunto especfico.
Linux Ubuntu e BrOffice. Inicialmente, o principal
argumento da empresa contratada para fornecer os
equipamentos e softwares para a academia foi a
economia e a segurana oferecida pelos softwares de
cdigos abertos. O Professor Leandro confessa que no
conhecia nem o Ubuntu nem o BrOffice, mas se diz
satisfeito com a soluo e no pretende trocar to cedo.
Ressalta ainda que se sente mais seguro em relao
navegao na internet uma vez que no consegue
monitorar os sites que os funcionrios entram.
Mas nem tudo foi perfeito no incio. Segundo o Professor,
as principais dificuldades foram com formatao de textos
e planilhas e tambm com insero de senhas em
arquivos sigilosos. Por esse motivo, a Academia Punho
da Pantera, mesmo com apenas dois computadores,decidiu ter suporte tcnico especializado para no correr
riscos desnecessrios.
Algumas grandes empresas que j migraram para
BrOffice, como o caso da Petrobrs, SERPROS e
PetroS, pediram ajuda especializada dos consultores da
BrOffice.org, sobretudo para solues em reas criticas e
tambm para treinamentos e suporte tcnico programado.
http://www.broffice.org/revistahttp://www.rau-tu.unicamp.br/openoffice/read.phphttp://twixar.com/vRLdChttp://broffice.org/docshttp://broffice.org/broo/?q=faq_principalhttp://www.rau-tu.unicamp.br/openoffice/mailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]://br-pt.openoffice.org/servlets/SummarizeList?listName=usuarioshttp://br-pt.openoffice.org/servlets/SearchList?listName=usuariosmailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]://br-pt.openoffice.org/servlets/SummarizeList?listName=devhttp://br-pt.openoffice.org/servlets/SearchList?listName=devhttp://br-pt.openoffice.org/servlets/SearchList?listName=devhttp://br-pt.openoffice.org/servlets/SummarizeList?listName=devmailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]://br-pt.openoffice.org/servlets/SearchList?listName=usuarioshttp://br-pt.openoffice.org/servlets/SummarizeList?listName=usuariosmailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]://www.rau-tu.unicamp.br/openoffice/http://broffice.org/broo/?q=faq_principalhttp://broffice.org/docshttp://twixar.com/vRLdChttp://www.rau-tu.unicamp.br/openoffice/read.phphttp://www.broffice.org/revista -
8/7/2019 Revista BrOffice 016
18/47| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 18 Novembro/2010
Por Luiz Oliveira
Arquiv
opessoal
nathancolquhoun
reportagem |
Quando o assunto migrao de
plataformas ou at mesmo mudanade tecnologias, a estratgia, o
planejamento e o treinamento podem
ser fundamentais para o resultado
final. H estratgias, chamadas de
verticais, baseadas em uma ordem da
direo da empresa, de cima parabaixo, uma imposio, o que, s
vezes, causa um certo
constrangimento, uma reclamao
generalizada pelos corredores da
empresa, aumentando o rudo na
rdio peo, mas tudo isso por causado medo do novo.
Esse medo natural no ser humano como comprova
estudos de neurocincia. Em artigo para a Revista
BrOffice.org, edio 12, A Neurocincia e a Arte deSuperar Mudanas, o mdico Rogrio Luz Coelho sugere
que as respostas parecem residir no modo como funciona
o nosso crebro. Ele nos fala sobre sinapses e
plasticidade neuronal, palavras complicadas que
significam recursos do crebro para nos ajudar a adaptar
a novas formas de pensar, viver e ver a vida . Ou seja,
acabar com os efeitos colaterais das resistncias naturais
s novidades.
H empresas, no entanto, que preferem ter a participao
dos funcionrios na etapa de planejamento diminuindo,
com isso, o impacto que causaria a deciso feita de
surpresa. O SERPROS preferiu o caminho do meio.
Houve uma deciso da direo devidamente aprovada
pelo Conselho Deliberativo, um estabelecimento de metas
e um incentivo financeiro.
A ideia de fazer uma migrao para software livre j
estava no conselho da Instituio, mas a resistncia era
muito forte a comear pela rea de Tecnologia da
Informao e Suporte Tcnico. Participao ativa e
comprometimento da direo, treinamento adequado e
potencializao do recurso humano, atravs da
valorizao profissional do funcionrio, so aspectos
fundamentais desse projeto do SERPROS.
* Armando Frid, Diretor Presidente da SERPROS.
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Arquivopessoal
Na tomada de decises estratgicas, nas empresas, o
risco precisa ser calculado. No h espaos para
aventuras. Uma das coisas que deve ser motivo depreocupao do Gestor de uma empresa o custo de
informtica, ainda mais em nossos dias que o software
est embutido em quase tudo. E para poder acompanhar
essas contas preciso formao adequada. Essa a
opinio do Diretor Presidente do SERPROS, Armando
Frid, que chamou para si a responsabilidade de migrar
85% das mquinas do Fundo de Penso que dirige. No
caso especfico do BrOffice, a migrao ser de 100%.
Com bastante segurana e firmeza misturada com sua
tranquilidade peculiar na fala e nos gestos comedidos,
Armando Frid explica que a principal motivao para a
deciso sua longevidade na rea de informtica. Sou
da poca em que o software era livre ainda, no custava
caro, a gente comprava o hardware e o software vinha
junto com a mquina. Alm disso, Armando lembra que
acompanhou o surgimento do Software Livre no final do
sculo passado e quando comeou a ser uma realidade
dentro das organizaes.
Funcionrio do Servio Federal de Processamento de
Dados SERPRO, uma empresa pblica, vinculada ao
Ministrio da Fazenda, cujo negcio a prestao de
servios em Tecnologia da Informao e Comunicaes
para o setor pblico, e considerada uma das maiores
organizaes do setor, na Amrica Latina, alm de
fundadora e principal patrocinadora do fundo de penso,
SERPROS, Armando trouxe consigo a experincia de ter
comandado as primeiras reas que incorporaram o Linux
e tambm o OpenOffice.org. Ele lembra que estava na
rea de logstica e gesto de pessoas quando lanou o
desafio de modernizar a rea de informtica comprando
novos equipamentos. Entretanto, deixou claro que sreceberia mquinas novas quem estivesse disposto a
trabalhar com Linux. Com essa estratgia conseguiu
atingir uma meta de 70%.
J na direo do SERPROS, Armando Frid resolve tirar
do papel o projeto que estava no Conselho Administrativo
e aprov-lo, replicando o modelo j vivenciado no Serpro.
Em sua opinio, a questo no necessariamente
econmica, uma vez que no h necessidade de trocar a
verso do sistema operacional Windows ou do MS Office.
Entretanto, ressalta, que caso no efetue a troca desses
softwares proprietrios acaba perdendo o suporte nas
verses antigas. O fato que a troca de hardware iria ser
feita de qualquer jeito para no aumentar os custos com
manuteno. A economia, segundo Armando, est na
possibilidade de trocar o hardware utilizando Software
Livre.
Outra coisa importante, na opinio dele, que a maioria
dos gestores atuais assumiu que as pessoas sabem, porisso no se preocupam com treinamentos. Mas a
realidade que cada vez menor o conhecimento
daquilo que essas pessoas esto usando. Na verdade,
se a gente pegar um profissional do mercado, ele usa 5%,
uma pontinha do Iceberg, dos programas oferecidos em
sutes para escritrios, por exemplo, diz Armando. Ele
lembra tambm que nem sempre foi assim. No incio da
revoluo tecnolgica e digital as empresas gastavam
boa parte do oramento com treinamentos e cursos. Mas
com o passar do tempo os gestores comearam aassumir que os funcionrios sabiam desenvolver os
trabalhos com as ferramentas, e o pior, segundo ele, os
prprios trabalhadores comearam a pensar que sabiam.
O desafio encarado como uma oportunidade de voltar a
treinar as pessoas com o objetivo de interromper o atual
ciclo de empobrecimento no que diz respeito ao
resultado do trabalho com softwares, por puro
desconhecimento da ferramenta. O treinamento tem sido
uma oportunidade para mudana de paradigmas, para as
pessoas pensarem em software no enquanto custo, mas
enquanto conhecimento, aprendizado, possibilidade de
expandir os horizontes como profissionais, diz Armando.
A parceria com a BrOffice.org foi acertada, segundo
Armando, a julgar pelos constantes elogios que tem
recebido, alm do fato que o SERPROS acaba cumprindo
um importante papel social que o incentivo
comunidade que desenvolve Softwares Livres no Brasil,
combatendo a evaso de divisas, criando um crculo
virtuoso atravs das possibilidades de potencializao
das pessoas. D para perceber que aps as primeiras
aulas h outro olhar em relao ao que est sendoproposto e um olhar de quem quebrou paradigmas, de
quem superou suas resistncias, comemora.
Arquivopessoal
Fundo de Penso SERPROS migra para Ubuntu Linux e BrOffice | Por Luiz Oliveira
reportagem |
As pessoas mudam asorganizaes, mas asorganizaes tambmmudam as pessoas
O caminho do meio nadeciso de migrao
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8/7/2019 Revista BrOffice 016
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Arquivopessoal
Quando se refere importncia estratgica, Armando Frid
diz que dentro do universo de entidades de previdncia
privada, o SERPROS est sendo pioneiro, um modelo, e
com isso est divulgando a experincia, apesar de ser
uma empresa relativamente pequena no setor. Avalia
ainda que parte da estratgia ultrapassa as fronteiras da
empresa que preside medida que fomenta o mercado
aumentando a oferta de profissionais capacitados e
preparados para novos desafios.
O critrio adotado na empresa na hora da deciso foi ter
presente que haveria resistncias e isso deveria ser
encarado como uma coisa normal. Antes de tudo, o
relacionamento entre a empresa e os empregados, devia
ser profissional. Pensando assim, a direo tratou de
estabelecer alguns critrios para incentivar o cumprimentoda meta, atravs de um programa de distribuio de
renda em funo de resultados do empregado. Na opinio
de Armando, quando a organizao decide que quer a
mudana, deve tambm criar elementos que motive mais
as pessoas; a direo deve se envolver, estar presente na
mudana, ser a primeira a adotar a nova tecnologia,
liderar o processo, enfim. Considera esse relacionamento
como uma via de mo de dupla. As pessoas mudam as
organizaes, mas as organizaes tambm mudam as
pessoas, conclui.
O SERPROS uma entidade fechada de previdncia complementar
que tem como finalidade bsica instituir e executar planos empresariais
de benefcios previdencirios para os participantes empregados de
suas patrocinadoras.
O Serpro - Servio Federal de Processamento de Dados, empresa
pblica vinculada ao Ministrio da Fazenda, fundou o Instituto SERPRO
de Seguridade Social, em 01/10/1977. A partir de 1998 tornou-se
SERPROS Fundo Multipatrocinado, estando autorizado a administrar
planos para outras patrocinadoras e participantes, alm de sua
patrocinadora instituidora, o Serpro.
Atualmente a entidade possui duas patrocinadoras: o Serpro e o prprio
SERPROS, possibilitando aos empregados das duas empresas serem
participantes dos planos de benefcios oferecidos.
Com mais de 30 anos dedicados ao bem-estar dos participantes, o
SERPROS responsvel por administrar o futuro de cerca de 30.000
vidas, entre participantes, beneficirios e designados.Misso, Viso e Poltica de Qualidade.
Arquivopessoal
Fundo de Penso SERPROS migra para Ubuntu Linux e BrOffice | Por Luiz Oliveira
reportagem |
O setor de informtica do SERPROS conta, atualmente,
com sete pessoas, sendo trs delas para suporte tcnico
e trs para desenvolvimento de sistemas, alm da
gerncia do setor. Este departamento quem viabiliza, naprtica, a mudana exigida pela empresa. Mas, por
incrvel que parea era um dos setores mais resistentes
mudana. As dificuldades e resistncias eram tantas que
o projeto acabou sendo esquecido. A argumentao
contrria ia desde a falta de suporte especializado ao
Linux na hora da implantao dificuldade de tirar o
software proprietrio dos usurios. Antes de aceitar o
software livre aceitamos a imposio da diretoria, lembra
Mnica Exaltao Lasneau, Gerente de Informaes e
Sistemas. Ela diz ainda que as resistncias comearam a
se quebrar quando a diretoria estabeleceu a meta de 85%dentro do Plano de Participao por Desempenho PPD,
o que na prtica significava um dinheiro extra; um
incentivo mais que convincente.
Software Livre muito mais queeconomia, uma questo de cidadania
O treinamento acabou mostrando que o Ubuntu Linux e
BrOffice no pior, nem melhor, apenas diferente. A
participao no Frum Internacional de Software Livre -
Fisl, evento organizado e realizado pelo Projeto Software
Livre Brasil e pela Associao Software Livre.Org ASL,
considerado o maior encontro de comunidades de
software livre da Amrica Latina e um dos maiores do
mundo, ajudou a equipe de informtica a entender umpouco o significado dessa ideia por trs da adoo do
Software Livre. Mnica Lasneau conta que, no Fisl, ela
pode entender que a questo do software livre muito
mais do que simplesmente uma economia, mas uma
questo de cidadania. Se recorda de uma palestra de
Incluso Digital em comunidades ribeirinhas no interior do
estado do Amazonas e conclui que seria impossvel fazer
isso utilizando software proprietrio. A partir da, a equipe
de informtica entendeu que era um caminho sem volta e
comeou o trabalho. Um estudo sobre a viabilidade
tcnica foi feito com o objetivo de colocar todos ossistemas rodando no Linux. A realidade era que todos os
softwares e sistemas da empresa tinham sido feitos para
rodar no Windows.
rea de Suporte Tcnico,a ltima trincheira
Mnica LasneauMnica LasneauGerente deGerente deInformaes eInformaes e
Sistemas doSistemas doSERPROSSERPROS
http://www.broffice.org/revistahttp://www.broffice.org/revista -
8/7/2019 Revista BrOffice 016
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Arquivopessoal
No incio, a soluo encontrada para rodar grande parte
desses sistemas foi o Wine, uma implementao livre
das bibliotecas do Windows no Linux, no sendo portanto
um emulador, pois ele no faz nenhuma emulao para
executar softwares para Windows. Entretanto, no foi
possvel rodar o principal sistema da empresa,
desenvolvido especificamente para o sistema
previdencirio. Ento, a sada foi rod-lo no Ubuntu Linux
com o Virtual Box, uma mquina virtual caracterizada por
simular um sistema operacional dentro de outro j em
execuo. O aspecto negativo dessa soluo, segundo
Mnica Lasneau, que h um aumento significativo de
mquinas para administrar e dar suporte com a mesma
quantidade de pessoas no setor.
A equipe de informtica seguiu com o objetivo propostopela organizao, mas se deparou com outra dificuldade.
A atualizao das mquinas para verses mais recentes
do Linux e BrOffice foi feita manualmente, o que, segundo
Mnica um fator que sobrecarrega a equipe dado o
nmero reduzido de funcionrios.
Atualmente 80% das mquinas j foram migradas para
Ubuntu e 100% para BrOffice. At o final deste ano, ser
tirado o pacote Office proprietrio de todas as mquinas.
As aulas foram ministradas dentro do auditrio do
SERPROS. Em todas as reas temos pessoas com ps
graduao e cursos de extenso, explica Vnia.
Entretanto, a situao no setor de Gesto, como em
outros setores, tambm era de resistncia. Havia na
empresa um quadro de 70 funcionrios, quatro estagirios
e dois jovens do CAMP Mangueira uma entidade sem
fins econmicos que tem como objetivo contribuir para a
formao socioeducativa de adolescentes e jovens
visando capacit-los para o mercado de trabalho. Vnia
conta que no setor de Gesto tinha uma funcionria muito
resistente mudana e sua alegao era que utilizava
recursos indisponveis, em outros programas. Tudo isso
reforava a ideia de que havia a necessidade de um
treinamento amplo, geral e irrestrito.
Como a direo estava muito empenhada nocumprimento da meta, todos os projetos de treinamento
foram aprovados e com isso a empresa toda deve ser
capacitada para trabalhar com Ubuntu Linux e BrOffice.
Para se ter uma ideia disso, de 2009 para 2010, s na
rea responsvel pelo parque tecnolgico, pela
atualizao de sistemas e suporte tcnico, o valor de
investimento em treinamentos dobrou.
Para tentar captar os resultados e tambm fazer um
planejamento para o prximo ano, Vnia, pretende se
reunir com cada participante das turmas para saber o queacharam dos cursos, quais foram os benefcios, e se
houve lacunas a ser preenchidas. Segundo ela, essas
lacunas vo permitir fazer uma programao mais
acertada em 2011.
Arquivopessoal
Fundo de Penso SERPROS migra para Ubuntu Linux e BrOffice | Por Luiz Oliveira
reportagem |
O setor de Gesto de pessoas ou administrao de
recursos humanos cuida da associao de habilidades e
mtodos, polticas, tcnicas e prticas definidas com
objetivo de administrar os comportamentos internos e
potencializar o capital humano. Para a Gerente de Gesto
de Pessoas do SERPROS, Vnia Ferreira L. dos Santos,
uma das razes da existncia do setor desenvolver
habilidades e conhecimentos em toda a fora de trabalho.
A deciso da empresa estabelecendo uma meta de 85%
de implantao de Software Livre nas mquinas do
SERPROS, decididamente, passava pelo setor de Gesto
de Pessoas. Tradicionalmente, o setor incentiva os
funcionrios a buscar especializaes, atravs de
programa de treinamento continuado, que os ajudem em
suas tarefas dirias. Como exemplo, Vnia cita duas
turmas de MBA Master of Business Administration,
formadas atravs do IDEAS, Instituto de Desenvolvimento
e Estudos Aplicados Seguridade, uma sociedade civil,sem fins lucrativos, constitudo para ser um centro de
pesquisa na rea de seguridade no pas, com destaque
especial para o segmento de previdncia complementar.
Treinamento:ingrediente essencial em
todo processo de migrao
Gesto de pessoas
A partir do estabelecimento das metas pelo Diretor
Presidente, Armando Frid, respaldado pelo Conselho doSERPROS, a Gerente de Gesto de Pessoas, Vnia
Ferreira L. dos Santos, procurou logo uma forma de minar
a enorme resistncia pela adoo do Ubuntu Linux e
BrOffice.
Vnia FerreiraVnia Ferreira
Gerente de GestoGerente de Gestode Pessoas dode Pessoas doSERPROSSERPROS
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8/7/2019 Revista BrOffice 016
22/47| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 22 Novembro/2010
Alm de despertar o interesse at dos usurios mais re-
sistentes mudana, com o treinamento, as pessoas co-
mearam a agir como multiplicadoras, comentando, fa-
lando bem do Ubuntu e BrOffice para os funcionrios que
ainda no tinham passado pelo treinamento, a ponto desurgir um questionamento na empresa a partir de tanto
barulho: Que mgica essa que a instrutora est fazen-
do que j est convertendo a cabea das pessoas para a
nova realidade?. A resposta de Eliane Domingos objeti-
va: No se trata de mgica, mas de mostrar, efetivamen-
te, que a ferramenta funciona, que ela to boa quanto,
ou at melhor que a opo proprietria. A partir do trei-
namento em ferramentas livres os usurios se do conta
que no sabem nem 10% dos recursos disponveis em
sutes para escritrios, seja livre ou proprietria. Isso por-
que nunca passaram por treinamentos, comenta Eliane,
que conclui ainda, a partir desse dado, que esse tipo de
treinamento proporciona aos usurios um melhor aprovei-
tamento dos recursos, acelerando e aumentando a produ-
tividade no trabalho cotidiano. Outra observao feita por
Eliane Domingos sobre o treinamento em Ubuntu Linux, a
partir de depoimentos dos prprios usurios, que alguns
recursos do Ubuntu no existem nem no Windows 7, o
mais recente Sistema Operacional da Microsoft, o que
motivou ainda mais as solicitaes de instalao nos
desktops.O que isso? A pergunta foi feita por um usurio que
viu, estarrecido, pela primeira vez na vida, o Ubuntu
Linux. A resposta da instrutora foi incisiva: Este ser o
seu Sistema Operacional. Outro usurio apareceu do
nada na sala de treinamento querendo falar urgente com
a instrutora. Era um dos mais resistentes e resolveu ar-
gumentar os seus motivos para no mudar de jeito ne-
nhum para o BrOffice. Ele era um usurio avanado de
editor de planilhas e no poderia ficar sem o Excel. Eliane
Domingos explicou para ele que as funcionalidades da
sute proprietria existiam tambm no Calc do BrOffice e
ele acabou convencido disso aps o treinamento.
Alm do treinamento bsico, est previsto um treinamento
avanado do Calc ministrado por Olivier Hallot contem-
plando funcionrios de reas especficas do SERPROS,
notadamente do setor financeiro. H interesse tambm
por um curso de Writer avanado. Analisando o estgio
atual da migrao no SERPROS, Eliane Domingos afirma
que at agora tudo tem dado certo e arrisca a dizer que
para o sucesso absoluto da migrao haja necessidade
de uma consultoria para ajudar na automatizao do pro-cesso de atualizao para novas verses evitando o tra-
balho manual de mquina em mquina e um treinamento
especfico para o pessoal do suporte tcnico focado no
Linux avanado.
Fundo de Penso SERPROS migra para Ubuntu Linux e BrOffice | Por Luiz Oliveira
reportagem |
A maneira encontrada por Vnia foi oferecer um
treinamento para os funcionrios. Com esse objetivo em
mente entrou em contato com a ONG BrOffice.org e
marcou uma primeira reunio. Os consultores, Eliane
Domingos e Olivier Hallot, ouviram quais as necessidades
da empresa e a partir disso elaboraram oramentos de
treinamento avanado de Ubuntu para o pessoal desuporte tcnico e treinamento de Ubuntu e BrOffice para
desktop.
No inicio do treinamento houve a necessidade de
padronizar a instalao do BrOffice para a verso mais
recente da sute. Na opinio de Eliane Domingos,
instrutora nessa fase inicial de treinamento, essa ao era
importante, uma vez que em muitas mquinas a verso
instalada era a 2.0.4, uma verso que no contemplava
uma srie de benefcios e outras tantas novas
funcionalidades presentes na verso 3.2.1 do BrOffice. Noprimeiro dia de cada uma das duas primeiras turmas, os
funcionrios ouviram do Diretor Presidente, Armando Frid,
algumas palavras sobre a importncia da adoo de
software livre e os motivos que levaram o SERPROS a
tomar essa deciso, muito alm da simples economia
com pagamentos de licena de uso de software
proprietrio.
O efeito do treinamento foi imediato. Embora a deciso
fosse irrevogvel, os departamentos tinham a prerrogativa
de solicitao junto ao setor de suporte. O que me
assustou profundamente foi que os usurios em
treinamento, comearam a pedir a instalao do Ubuntu e
BrOffice para o suporte tcnico, aumentando muito a
demanda do setor, revela Eliane Domingos.
Arquivopessoal
SERPROS: Antonio Paulo, Elizabeth Moitinho, BiancaSERPROS: Antonio Paulo, Elizabeth Moitinho, Bianca
Andrade, Eliane Domingos (BrOffice.org), Danielle BtesheAndrade, Eliane Domingos (BrOffice.org), Danielle Bteshe
e Vania Ferreira.e Vania Ferreira.
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Por Csar Brod
Arquiv
opessoal
nathancolquhoun
reportagem |
Keynotes alinhados, grade concluda, palestrantes definidos. Voc tem todos os motivos para estar em Foz do Iguau entre
os dias 10 e 13 de novembro prximos. Mas no que consiste a construo de um evento deste tamanho? Qual o trabalho
para se chegar at aqui? uma observao constante de tudo o que est acontecendo no mundo da tecnologia, em
especial do software livre. ir mantendo e estabelecendo novos contatos com potenciais palestrantes, que vou conhecendo
em outros eventos dos quais participo no mundo inteiro. Principalmente, manter os olhos e ouvidos abertos s sugestese, necessariamente, ter que dizer muitas vezes no". Esse posicionamento incmodo necessrio para quem coordena o
temrio do Latinoware pela terceira vez.
Agora vou contar um pouco da minha trajetria na Latinoware. Tudo comeou em 2003, quando eu organizei o primeiro
Congresso Internacional Software Livre Brasil, em Curitiba. L conheci o Marcos Siraco e o Paulo Roberto Falco da Itaipu
Binacional, o Julian Fagotti da Celepar e mais uma srie de outras pessoas que pensavam em organizar um grande evento
latino-americano de software livre. Eu estava no meio de uma pesquisa que fazia para o ministrio de apoio ao
desenvolvimento da Finlndia onde justamente levantava o que existia de projetos em software livre na Amrica Latina e
tinha muitos contatos com as prprias pessoas que faziam parte da minha pesquisa ou me auxiliavam com ela. Boa parte
dessas pessoas viraram palestrantes da primeira Latinoware, em 2004.
De l para c a conferncia cresceu muito. Mas, a principal diferena em termos de organizao do temrio talvez tenhasido o fato de que, em 2004, tnhamos que buscar os palestrantes e em 2010 temos que selecionar dentre uma oferta
imensa de pessoas que querem vir Latinoware, graas importncia e visibilidade conquistadas pelo evento.
Contagemregressivapara
http://www.broffice.org/revistahttp://www.flickr.com/photos/nathancolquhoun/861771142/http://www.flickr.com/photos/nathancolquhoun/861771142/http://www.flickr.com/photos/nathancolquhoun/861771142/http://www.flickr.com/photos/nathancolquhoun/861771142/http://www.flickr.com/photos/nathancolquhoun/861771142/http://www.flickr.com/photos/nathancolquhoun/861771142/http://www.flickr.com/photos/nathancolquhoun/861771142/http://www.flickr.com/photos/nathancolquhoun/861771142/http://www.flickr.com/photos/nathancolquhoun/861771142/http://www.flickr.com/photos/nathancolquhoun/861771142/http://www.flickr.com/photos/nathancolquhoun/861771142/http://www.flickr.com/photos/nathancolquhoun/861771142/http://www.flickr.com/photos/nathancolquhoun/861771142/http://www.flickr.com/photos/nathancolquhoun/861771142/http://www.flickr.com/photos/nathancolquhoun/861771142/http://www.flickr.com/photos/nathancolquhoun/861771142/http://www.broffice.org/revista -
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24/47| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 24 Novembro/2010
Arquivopessoal
S como exemplo, tivemos a oferta de 250 palestras
vindas pela chamada de trabalhos, a maioria delas de
excelente qualidade. Tnhamos reservado o espao para
20 e, afinal, abrimos para quase 40 palestras vindas desta
chamada. Com isto, claro, tivemos que negar uma sriede outras propostas. Daria para fazer umas cinco
Latinowares com todas as pessoas que se prontificaram
para participar. Sinceramente, espero que possamos dar
espao a todas elas em eventos futuros e, publicamente,
peo desculpas por no haver espao para todas. Em
muitos momentos - acho que a maioria deles - a seleo
entre A ou B foi muito dolorosa. Foi como se tivssemos
que formar de novo os Beatles e ter que escolher ou o
John Lennon ou o Paul McArtney. Gostaria de passar o
tempo inteiro no workshop de sade eletrnica parapases emergentes, mas ao mesmo tempo no quero
perder as palestras sobre multimdia e as novas
tecnologias para jogos e dispositivos mveis, alm de
acompanhar a olimpada de robtica. Tambm quero ouvir
tudo o que est no evento sobre redes sociais, governo
eletrnico e, claro, acessibilidade. Eu quero ler de novo
nas avaliaes que muito difcil de escolher entre uma
palestra e outra para os participantes do congresso. Foi
assim para ns que tivemos que selecion-las.
Mesmo assim, fao duas recomendaes para os
participantes na hora de selecionar as atividades na
Latinoware. A primeira "tenha foco". Se voc est se
iniciando no mundo do software livre, reserve um tempo
para o minicurso Linux de A a Z e busque as palestrasmais voltadas para aquilo que voc tem necessidade no
dia a dia: edio grfica, produo de textos, etc. Se voc
um programador PHP, Python, Java, etc, h uma srie
de palestras especficas nestas linguagens. Se voc est
interessado em multimdia, a Latinoware aborda a
produo de udio, vdeo, modelagem 3D e muitas outras
coisas. Se o seu interesse o mundo dos negcios com
software livre, no perca as palestras do pessoal do
Gartner Group, os estudos de casos e as rodadas de
negcios. Se voc da rea da sade, grude-se noworkshop internacional de sade para economias
emergentes. Enfim, olhe a grade, selecione suas
palestras preferidas e siga a sua prpria trilha. A segunda
recomendao "divirta-se". A liberdade , antes de mais
nada, algo prazeroso. Deixe um espao para circular pelo
evento, visitar a feira e os estandes, conversar com as
pessoas e tirar fotos com o Maddog! Aproveita que ele
no cobra. Esperamos voc em Foz do Iguau!
Arquivopessoal
Contagem regressiva para o Latinoware 2010 | Por Cesar Brod
reportagem |
Participao da Comunidade BrOffice.orgPor Luiz Oliveira
Este ano a presena da BrOffice.org no Latinoware est mais intensa. E no para menos, pois a comunidade tem muito
a dizer a julgar pelos ltimos acontecimentos. A BrOffice.org uma das principais apoiadoras e patrocinadoras da The
Document Foundation, tendo um dos seus diretores, Olivier Hallot, no Conselho da TDF. Ser uma oportunidade para
sanar algumas dvidas sobre o LibreOffice e a relao intrnseca desse produto universal com o BrOffice, a sute deescritrios localizada para o portugus do Brasil. Alm disso, esto previstas vrias apresentaes com assuntos
relevantes feitas por membros da comunidade BrOffice.org.
Olivier Hallot vai falar sobre o case da Petrobras. Uma das maiores migraes para BrOffice que se tem notcia. Foram 90
mil mquinas, afetando cerca de 100 mil funcionrios.
Claudio Filho, coordenador geral da comunidade BrOffice.org, apresenta as estratgias de marketing para pases em
desenvolvimento com foco no caso da BrOffice.org.
William Colen, um dos principais responsveis do bem sucedido Corretor Ortogrfico para BrOffice.org CoGrOO, vai
falar sobre programabilidade do BrOffice. No Minicurso de trs horas, William vai explicar que o BrOffice oferece uma rica
interface de programao, permitindo desde a criao de aplicativos que faam uso dos seus recursos para executaralguma tarefa, at o desenvolvimento de sofisticadas extenses que incrementam as funcionalidades dessa sute deescritrio. Neste curso, William pretende exercitar a criao de diversos tipos de extenses Java para o BrOffice usando o
plug-in para o NetBeans.
http://www.broffice.org/revistahttp://www.broffice.org/revista -
8/7/2019 Revista BrOffice 016
25/47| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 25 Novembro/2010
Por Crlisson Galdino
nathancolquhoun
cultura|
imagem
Sem controle por apenas uma frao de segundo, mas
uma frao de segundo s vezes tempo demais. O
carro desliza de lado e reencontra o trilho invisvel do
asfalto. Ao virar para o lado oposto tentando desviar de
um carro estacionado (, estou sendo irnico com o
estacionado), perde novamente o contato e bate de
lado. O impacto no nada sutil.
- Todos esto bem? - O professor pergunta.
- Vamos embora daqui, professor!
- Mas esta porcaria no quer mais pegar!
Richard fala para sairmos todos do carro. Especialmente
para Jrg, que est entre ele e a porta possvel de se
abrir. que o carro simplesmente colou na massa de
carros que havia. Jrg e eu samos quase ao mesmo
tempo. At para que o professor e Richard consigam
tambm deixar o veculo.
A cena aterradora. Acho que nem meio-dia ainda.
Tudo parado, ou nem tudo. Tudo que deveria estar em
movimento est parado e o que deveria estar parado se
move. Carros e motos batidos nesse entroncamento. No
h mais barulho de motores por aqui. Gritos ainda so
comuns, mas no de maneira contnua. Vez ou outra
ouvimos um grito distante, ou o som inconfundvel demais uma batida de carro.
Dcada de 1990, quando a Magia volta Terra, trazendo caos. Redblade narra a jornada de
um grupo de aventureiros por pases devastados. A histria acontece no mesmo mundo que
Marfim Cobra e Jasmim, romances do mesmo autor, mas tem uma abordagem diferente...
Episdio 06: Acidente
Carros s correm
Mortos, parados
a regra do mundo
Mas no levam a srio
Caminham os que morrem
Carros largados
Aqui , no fundo
Estranho cemitrio
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8/7/2019 Revista BrOffice 016
26/47| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 26 Novembro/2010
Arquivopessoal
Carros destrudos..