Norminha
Desde 18/08/2009
Nesta edição: 12 páginas Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - 51/09860-8 - Ano 12 - 11 de junho de 2020 - Nº 575
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SECRETARIA TRABALHO - ARQUIVOS - INMETRO - ANAMT - CBO - OBSERVATÓRIO SST - OBSERVATÓRIO VIÁRIO - MINISTÉRIO DA ECONOMIA - FACEBOOK NORMINHA - FUNDACENTRO - OIT BRASIL - ABHO - NRs
Norminha, 11/06/2020 O SINTESP (Sindicato dos Téc-
nicos de segurança do Trabalho
do Estado de São Paulo) man-
tem os procedimentos de nego-
ciação das convenções coleti-
vas, neste momento de pande-
mia mundial, provocado pelo
COVID-19. Com base das ne-
cessidades de medidas de pro-
teção à saúde dos empregados,
e de prevenção à propagação
das contaminações, e seguintes
da CLT, bem como pela Medida
Provisória 936, o SINTESP está
negociando com os Sindicatos
Patronais a Convenção coletiva
de trabalho em caráter emer-
gencial, mesmo com as limita-
ções de reuniões presenciais,
garantindo a manutenção das
cláusulas da convenção ante-
rior, inclusive a cláusula de re-
ajuste salarial e seus reflexos.
Portanto, ficaram mantidas
todas as cláusulas da Conven-
ção Coletiva de Trabalho cele-
brada entre os sindicatos em 1º
de maio de 2019 até 30 de abril
de 2020, inclusive a cláusula de
reajuste salarial e seus reflexos,
que serão negociadas no térmi-
no da situação emergencial, nos
termos do disposto no parágrafo
2o, do artigo 1o, da Lei no 13.
979/2020, desta forma iremos
garantir o reajuste retroativo da
categoria dos técnicos de segu-
rança do trabalho, matendo nos-
sa data base 1º de maio, afirma
Dra. Tamires Bispo, Advogada.
MPT-PB participa de live nesta sexta-feira, Dia Mundial
contra o Trabalho Infantil
Como base nesta realidade
estamos realizando as tratativas
e todos os procedimentos legais
e habituais, junto aos as 300 en-
tidades empregadores, com as
quais realizamos habitualmente
todos os anos, estes procedi-
mentos, sabendo que a validade
das convenções coletivas é a-
nual, demandando este repeti-
ção de renovações das mesmas,
preservando a data base de 1º de
Maio, Com este grau de dificul-
dades, está sendo inevitável o a-
traso nos entendimentos e tra-
mitações.
Lembrando aos nossos as-
sociados, que as Convenções
Coletivas do SSINTESP é tida
como uma das mais complexas
do Brasil, considerando tratar-
se de categoria diferenciada,
mantemos as renovações anuais
chamando para o polo de nego-
ciação por volta de 300 sindi-
catos patronais, produzindo re-
sultados positivos com 110
Convenções, com base em nos-
so forte empenho de convenci-
mento junto ao setor empresa-
rial, nos últimos 22 anos, evi-
denciando a manutenção da re-
lação de confiança entre as par-
tes.
Este processo anual, envolve
alto custo e grande demanda ju-
rídica e custos de postagens nas
diversas fazes, que somente se
torna possível com a contribui-
ção da categoria, o que justifica
a importância da adesão.
Lembramos também, que um
processo de construção e con-
clusão de convenção coleti-va
de trabalho, requer pelo menos
13 procedimentos a saber:
1.Definição de Data base em
1º de Maio; 2.Assembléia do
Sindicato, para autorização da
negociação de Convenções Co-
letivas; 3.Elaboração da Pauta
de Reivindicações realização da
reunião da Diretoria; 4.Assem-
bleia Geral para aprovação da
Pauta de Reivindicações; 5.
Emissão das cartas de convoca-
ção (AR) aos Sindicatos Patro-
nais para a 1ª Reunião de Nego-
ciação Direta na sede do Sindi-
cato; 6.Agendar reunião de con-
ciliação na Superintendências
Regional do Trabalho; 7. Reali-
zar 1ª Reunião de Negociação di
reta com os Sindicatos Patro-
nais na sede da Sindicato; 8.
Emissão das cartas de convoca-
ção aos Sindicatos Patronais
para 2ª Reunião de Negociação
Direta na sede da Sindicato, 9.
Emissão das cartas de convoca-
ção aos Sindicatos Patronais
para reunião de conciliação no
Tribunal Regional do Traba-lho;
10.2º Reunião de Negociação
Direta com os Sindicatos Patro-
nais na Sindicato; 11.Instaura-
ção do Dissídio Coletivo no Tri-
bunal Regional do Trabalho; 12.
Assinar a Convenção Coletiva
com Sindicatos Patronais e 13.
Peticionar dissídios contra os
setores empregadores indispôs-
NEGOCIAÇÃO DAS CONVENÇÕES COLETIVAS DO SINTESP- 2020, DIANTE DA PADEMIA DO COVID-19
conceitos revistos foram o de
perigo, fator de risco, risco e
prevenção. "A organização deve
implementar, por estabelecimen
to, o gerenciamento de riscos o-
cupacionais em suas atividades,
constituído na forma de um Pro-
grama de Gerenciamento de
Riscos - PGR", explicou o
pesquisador da Fundacentro,
Gilmar Trivelato.
Esse programa ainda traz
uma abordagem diferenciada
para Microempreendedor Indivi-
dual - MEI, micro e pequenas
empresas e estabelece alguns
requisitos para a relação entre
organizações contratantes e
contratadas.
Segundo o pesquisador, o
PGR atual apresenta caracterís-
ticas que já tinham sido pensa-
das em normas anteriores: NR
Norminha, 11/06/2020 O Ministério Público do Traba-
lho na Paraíba (MPT-PB) parti-
cipará de uma live nesta sexta-
feira, 12 de junho, Dia Mundial
contra o Trabalho Infantil. A live
será às 20h, no facebook do Fó-
rum Estadual de Prevenção e
Erradicação do Trabalho Infantil
e Proteção ao Trabalhador Ado-
lescente (Fepeti-PB). O evento
virtual irá debater o tema da
campanha 2020 “Covid-19: a-
gora mais do que nunca, prote-
jam crianças e adolescentes do
trabalho infantil”.
Os dois participantes que
irão debater a temática são: o
procurador do Trabalho Eduardo
Varandas Araruna e a professora
do Departamento de Psicologia
e do Programa de Pós-Gra-
duação da UFPB, Maria de Fáti-
ma Pereira Alberto. A mediação
será feita pela procuradora do
Trabalho e coordenadora régio-
nal da Coordinfância/MPT, Ma-
ria Edlene Lins Felizardo.
O Fepeti-PB e a rede de en-
frentamento ao trabalho infantil
estão realizando diversas ativi-
dades que tem como objetivo a-
lertar para o risco de cresci-
mento do trabalho infantil moti-
Participe: https://www.instagram.com/maioliata/
Próximas Lives:
18/06 - 19h57 com Pedro Gomes, Técnico de Segurança, Consultor
e Vereador em São José do Rio Preto (SP). Vamos falar sobre a im-
portância do profissional da SST participar da política e o que os
representantes podem fazer pela categoria.
25/06 - 19h57 com Mateus Henriques da Silva (O Mateus foi aluno
do Diretor de Norminha e hoje é Professor, Técnico de Segurança do
Trabalho, Eng. Civil e de Segurança do Trabalho; Especialização em
Higiene Ocuácional, entre outras formações). A live será sobre os a-
justes que o docente teve que fazer para desenvolver aulas on line e
sobre a trajetória de vida profissional.
vados pelos impactos da pande-
mia do novo coronavírus.
A procuradora do Trabalho
Edlene Lins Felizardo destaca
que o trabalho infantil “tem cor e
tem classe”. “Dentre os que es-
tão nesta situação, mais de 60%
são crianças e adolescentes ne-
gros e de classe social muito
baixa. É importante ressaltar que
a sociedade pode ser aliada con-
tra o trabalho infantil exercendo
o seu papel de denunciante”, a-
firma a procuradora.
Para a coordenadora do Fe-
peti-PB, Senharinha Ramalho,
“o trabalho infantil é uma reali-
dade cruel e ainda persiste no
nosso Estado”. “Neste momen-
to, temos que nos unir para que
as crianças e adolescentes não
tenham sua vida comprometida
e não tenham seus direitos vio-
lados”, acrescenta.
A live poderá ser acompa-
nhada no endereço da rede so-
cial facebook “Fepeti.pb”. A ini-
ciativa alerta para o risco de
crescimento da exploração do
trabalho de crianças e adoles-
centes diante dos impactos da
pandemia do novo coronavírus.
N
Norminha, 11/06/2020 Por Serviço de Comunicação Social
A segunda live da Campanha
Nacional de Prevenção de Aci-
dentes do Trabalho - Canpat
2020, realizada em 26 de maio,
reuniu especialistas para fala-
rem sobre alterações nas Nor-
mas Regulamentadoras. As a-
presentações buscaram mostrar
como a harmonização na legis-
lação pode contribuir para a pre-
venção de acidentes e doenças
do trabalho. Uma das principais
mudanças foi o estabelecimento
do Programa de Gerenciamento
de Riscos – PGR, que substitui
o Programa de Prevenção de
Riscos Ambientais – PPRA.
O PGR pode ser parte inte-
grante de um sistema de gestão
ou desdobrado em planos e
subprogramas. Os principais
Programa de Gerenciamento de Riscos substitui PPRA 22, que falava em PGR na área
de mineração, e no Anexo I da
NR 19, que trazia um PPRA a-
brangente para a indústria e co-
mércio de fogos de artifício. O
processo de revisão da NR 1 –
Disposições Gerais e Gerencia-
mento de Riscos Ocupacionais
também tem um histórico que
remete a referências internacio-
nais: Diretrizes da OIT sobre
Sistema de Gestão da SST, Dire-
tiva Europeia – abordagens sim-
plificadas para pequena e média
empresa, OHSAS 18.001 – Sis-
temas de Gestão de SST e ISO
31.000 – Gestão de Riscos.
A nova NR 1 incluiu aspectos
de gerenciamento de riscos ocu-
pacionais de forma articulada
com as revisões das NRs 7 (Pro-
grama de Controle Médico de
Saúde Ocupacional), 9 (Avalia-
tos a negociar - afirma o Diretor
Armando Henrique (Sec. Jurídi-
ca). Portanto, a construção e
conclusão de convenção coleti-
va no limite do possível é com-
plexo, com alto custo e estraté-
gico, no caso dos Técnicos de
Segurança dar se por convenci-
mento negocial, já que esta cate-
goria não dispõe de “moeda de
troca” dos trabalhadores pre-
ponderantes que é a possibili-
dade de greve, por isto o sindi-
cato é do tamanho da adesão de
custeio assumido pela categoria
dos Técnicos de Segurança, cu-
jos reflexos impacta em toda a
categoria no Estado de São Pau-
lo, e não se trata de filantropia e
sim (poucos contribuindo vi-
sando benefício de todos), afir-
ma Marco Antônio Ribeiro, Pre-
sidente do SINTESP. N
ção e Controle das Exposições
Ocupacionais a Agentes Físicos,
Químicos e Biológicos) e 17 (Er-
gonomia). O prazo para a imple-
mentação é de um ano.
A relação entre o PGR e a NR
7 foi abordada durante o evento
pelo auditor fiscal do Trabalho,
Carlos Eduardo Domingues, que
ressaltou como as ações entre
as áreas de medicina e seguran-
ça devem se dar de forma arti-
culada, observando a relação
entre saúde e riscos. “Havendo
dúvidas em relação aos riscos
descritos no PGR, o responsável
pelo PCMSO deve reavaliar os
riscos em conjunto com os res-
ponsáveis pelo PGR", exemplifi-
cou.
Assista à palestra de Gilmar
Trivelato no YouTube da Funda-
centro N
Página 02/12 - Norminha - Nº 575 - 11/06/2020 - ANO 12 - DESDE 18/08/2009 - Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - Mte 51/09860
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Curva de desvios “deviation drift".
“A disciplina é a organização da liberdade”
(Mario Sergio Cortella - filósofo brasileiro)
Norminha, 11/06/2020 Em nosso dia-a-dia como profissionais prevencionistas, vemos
diversas empresas desenvolvendo excelentes programas de saúde e
segurança ocupacional e tendo êxito com pouco investimento e es-
forço, porém vemos também exemplos de empresas, inclusive de
grande porte, gastando milhões para implantar programas. No entan-
to, após alguns anos, o programa se perde, a empresa não consegue
transformar em ações o projeto proposto. O motivo do insucesso
ocorre principalmente, devida a falta de disciplina operacional, inclu-
indo aspectos pontuais e sistêmicos.
A disciplina operacional pode ser definida como; os princípios,
as atitudes e os valores da organização e dos indivíduos, que in-
fluenciam diretamente na segurança, qualidade e eficácia das opera-
ções. Pois, é com dedicação e comprometimento, que cada membro
da organização, conseguirá executar as tarefas propostas de maneira
correta. Para isso, faz – se necessário muitas discursões e um pro-
cesso sistêmico e rigoroso para atingir metas e objetivos. Tudo isso
requer dos líderes e empregados engajamento pessoal e organiza-
cional.
Dessa forma, a empresa para atingir a excelência operacional e,
consequentemente, a excelência em saúde e segurança ocupacional
necessita definir as regras operacionais. Estas regras são definidas
pelas políticas, normas e procedimentos mais adequados para as
suas atividades, Por outro lado, procedimentos e regras escritas e
não seguidas, é o mesmo que não tê-las. Por isso, a disciplina opera-
cional não se refere apenas ao gerenciamento de segurança e saúde
no trabalho, mas é um processo amplo que contribui ou poderá pre-
judicar o alcance da excelência do negócio como um todo.
Com isso, Sidney Dekker discute um tipo específico de fenômeno
que ele chama de “deviation drift". Ele o define como um desajuste
entre procedimentos ou regras e a prática real, afirmando esse des-
compasso quase sempre existente e que pode aumentar ao longo do
tempo. A curva do desvio aumenta o gap entre a forma como o siste-
ma foi concebido ou projetado e como ele realmente funciona. Essa
distanciação tende a ser lenta e incremental conduzindo o desvio até
a materialização de uma perda (acidente).
O gráfico acima desmotra como ocorre o processo de degradação
da disciplina no processo operacional. A linha vermelha demostra a
maneira como o trabalho é excutado, ela vai se desviando de forma
lenta e continua da linha verde que é como o trabalho está pa-
dronizado (melhor forma definida até o momento), nesta fase, é
comum os empregados julgarem que está tudo bem se desviar do
padrão, pois nada ainda ocorreu, isso se torna um reforço positivo
para que o desvio continue, até que em um dado momento é atindido
ao limiar inferior, a linha laranja que são os riscos inerentes das ativi-
dades e fatores contribuintes que conduzem ao acidente.
Após a ocorrência de acidentes, o grande objetivo das análises e
investigação não é determinar em que as pessoas erraram, mas sim,
compreender por que as suas avaliações e ações faziam sentido na-
quela hora. As respostas para esta questão vão ajudar compreender
com profundidade as causas dos desvios e tomar ações corretivas
de fato estruturantes. Dekker lista também várias potenciais razões
para esses desvios ocorrerem nas organizações:
• Regras ou procedimentos não correspondem à forma como o
trabalho é realmente executado;
• Existem prioridades conflitantes, o que torna confusa a iden-
tificação do procedimento mais importante;
• Sucesso passado (em desviar-se da norma) é tomado como
garantia de segurança. Esse sucesso acaba por reforçar o compor-
tamento inseguro;
• Quando sair da rotina torna-se rotina. As violações tornam-se
comportamento tolerados pela organização.
Entender essas razões nos permite projetar e implementar pa-
drões de trabalho ou procedimentos que são mais prováveis de se-
rem seguidos na empresa. As características tanto individuais quanto
empresariais para o desenvolvimento da disciplina operacional são
as seguintes:
• Disponibilidade - garantir que os procedimentos e os padrões
para execução das tarefas estejam acessíveis aos seus usuários);
• Qualidade - muitas vezes elaborar um procedimento de 90 pá-
ginas não significa ter qualidade e, muitas vezes, pode não ser espe-
cífico);
• Conhecimento - entender como fazer uma tarefa corretamente
e com segurança envolve capacitação e conscientização;
• Cumprimento - comprometer-se a fazer as tarefas da maneira
certa, cada vez, toda vez!
Agora que você já conhece a “Curva de desvios” e o seu impacto
na disciplina operacional, reavalie os procedimentos de saúde e
segurança de sua organização e verifique se está aderente as neces-
sidades, favorecendo o aprendizado organizacional e atuando na
sistematização de processos para prevenção de acidentes. Até a pró-
xima! N
Norminha, 11/06/2020
"Que tal desenhar uma emba-
lagem de aço com seu estilo e
receber em suas mãos cem latas
impressas com seu próprio de-
senho? Estudantes de design de
todo o país estão convidados a
participar do Desafio PlocOff
Design 2020 e desenhar uma
lata super diferente, criativa,
sensacional e linda."
Este é o convite dos organi-
zadores do desafio, uma inciati-
va cultural da Loja da Lata volta-
da exclusivamente para os estu-
dantes de design. "Nosso objeti-
vo é revelar uma nova geração
de designers de embalagem pa-
ra nosso país."
As inscrições já estão abertas
(clique aqui) e se encerram em
30 de setembro.
Na edição 2019, estudantes
Na lata: Inscrições abertas para o
Desafio PlocOff Design 2020 de 28 cidades de 16 estados do
Brasil baixaram mais de 1.100
e-books e participaram com tra-
balhos que "surpreenderam po-
sitivamente o júri do evento pela
qualidade e criatividade dos de-
senhos apresentados". Veja aqui
Alguns dos trabalhos
selecionados na edição 2019
(Reprodução vídeo)
o vídeo com os melhores mo-
mentos da premiação da primei-
ra edição do evento, em 2019.
N
Carnetec
Vai realmente funcionar este PGR?
Norminha, 11/06/2020 Por Mário Sobral*
Professor, estou vendo nas re-
des sociais uma enxurrada de
informações sobre o PGR, mas a
minha preocupação é como vão
garantir que as empresas pas-
sem a fazer esta gestão se hoje
muitas trabalham apenas com
um PPRA CTRL-C / CTRL-V?
Meu filho, não há nada que
garanta! Talvez daqui a alguns
anos o governo tenha uma es-
trutura para chegar, por meio de
tecnologias, na maioria das em-
presas, mas realmente hoje isto
ainda não é possível.
Mas então é bem fácil não
dar em nada esta mudança na le-
gislação?
Não exageremos! Acredito
que foi um avanço a consolida-
ção de gestão de riscos em um
único documento, com grada-
ção do que é mais crítico e me-
nos crítico, é um registro impor-
tante no caso de acidentes gra-
ves ou futuras fiscalizações.
Não entendi bem, professor.
É o seguinte, imagine que na sua
análise de riscos você não iden-
tificou determinado risco ou,
mesmo tendo identificado, con-
siderou como sendo tolerável e
infelizmente ocorra um acidente
fatal naquelas condições. Perce-
be que há um registro da incom-
petência ou negligência da em-
presa?
Norminha, 11/06/2020 A pandemia do novo coronaví-
rus nos aproximou ainda mais
do mundo virtual: as transações
que podem ser realizadas pela
internet vêm facilitando o dia a
dia de muitos brasileiros, mas é
preciso ter cuidado com os gol-
pes virtuais. O aumento das o-
perações digitais aparece acom-
panhado de constantes casos de
invasão a dispositivos tecnoló-
gicos. Ligações, mensagens e
fraudes costumam ser usadas
como ferramentas para burlar a
segurança digital.
De acordo com Emmanoel
Monteiro, professor dos cursos
de tecnologia da Estácio, “a mai-
oria das instituições bancárias já
investe em seus aplicativos para
torná-los seguros aos usuários,
resta ao cidadão seguir algumas
recomendações para se proteger
dos possíveis golpes”. É impor-
tante ficar informado sobre co-
mo essas armadilhas aconte-
cem. Esses golpes estão cada
dia mais inovadores. Por meio
deles, bandidos criam aplicati-
vos que simulam app’s oficiais,
como por exemplo o do auxílio
emergencial; se passam por fun-
cionários de bancos; acessam
Outro ponto interessante é
em relação às mudanças que irão
ocorrer na empresa e que
deveriam exigir do SESMT e de-
mais gestores o acompanha-
mento integrado.
O senhor pode dar um exem-
plo?
Lógico! Imagine que deter-
minado processo da empresa
trabalha com um produto quími-
co e que em função de preço
houve uma mudança de fornece-
dor e consequentemente do pro-
duto. Aparentemente o processo
não teve alteração, mas dentro de
alguns meses começam a o-
correr afastamentos decorrentes
da exposição ao novo agente.
Entendi, professor. Neste ca-
so a empresa não terá o registro
da avaliação desta mudança e
estará exposta judicialmente.
Exatamente! Porém, não sei
se você percebeu que estamos
dando exemplos de consequên-
cias posteriores a determinados
sinistros, o ideal, e acredito que
isto venha a ocorrer de médio a
longo prazo, é que o governo te-
nha braços, para por meio da
tecnologia, alcançar as empre-
sas antes do problema aconte-
cer. Vamos aguardar, mas pelo
menos nas nossas empresas
precisamos buscar fazer o corre-
to. N *Mário Sobral Jr, Engenheiro
de Segurança do Trabalho.
Leia mais no Segurito 165
celulares e, com isso, desco-
brem senhas, endereços e dados
que deveriam estar protegidos.
Um golpe muito comum é o re-
cebimento de uma ligação e, em
seguida, a solicitação do código
gerado pelo WhatsApp. Com os
números em mão, os golpistas
clonam a conta do app do servi-
ço de mensagens e enviam pedi-
dos de depósitos e transferên-
cias a amigos da vítima.
O especialista em tecnologia
afirma ainda que a segurança em
aplicações bancárias via aplica-
tivos deve seguir recomenda-
ções simples, porém eficazes:
“manter o sistema do dispositi-
vo atualizado; evitar acessar ap
ps bancários por rede pública a-
berta (wifi desconhecido); habi-
litar a verificação em duas eta-
pas, isso aumenta a segurança;
monitorar as contas com fre-
quência para identificar transa-
ções suspeitas; ter uma senha
segura, ou seja, sem informa-
ções que possam ser identifica-
das no seu perfil pessoal como
data de aniversário, número do
CPF ou número de identidade”,
aponta Monteiro.
N
Dicas de como evitar golpes digitais em transações bancárias
Página 03/12 - Norminha - Nº 575 - 11/06/2020 - ANO 12 - DESDE 18/08/2009 - Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - Mte 51/09860
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Esta startup brasileira usa luz ultravioleta para desinfectar ônibus
Para combater o coronavírus, empresa criou solução que permite a desinfecção rápida de transportes
públicos e espaços compartilhados
Norminha, 11/06/2020 A startup brasileira Sii Techno-
logy desenvolveu um sistema de
desinfecção para o novo corona-
vírus usando luz ultravioleta do
tipo C (UVC), que consegue es-
terilizar até mesmo o ar. A em-
presa está validando o método e
faz os primeiros testes opera-
cionais com a frota urbana de
ônibus da cidade de Contagem,
em Minas Gerais.
A tecnologia funciona através
da exposição de ambientes pos-
sivelmente contaminados à luz
UVC por alguns minutos. O pro-
fessor Pedro Guatimosim Vidi-
gal, da Faculdade de Medicina
da UFMG, afirma que a luz UV
do tipo C é efetiva para inativar
diversos microrganismos, como
bactérias, vírus e fungos.
Apesar de poucos estudos
comprovarem os efeitos da luz
especificamente sobre o novo
coronavírus, o professor diz que
existem “fortes evidências” de
que o Sars-Cov-2 também seja
suscetível a esse tipo de proce-
dimento, já que os outros coro-
navírus são.
Primeiros testes
Em Contagem, a Sii Techno-
logy testa qual o tempo ideal que
um ônibus urbano precisa ficar
exposto à luz para ficar 99% de-
sinfectado. Hoje a startup traba-
lha com variações entre 15 se-
gundos e 4 minutos.
“Nas áreas de incidência di-
reta, a desinfecção é bem rápida,
demora cerca de 30 segundos.
Nas áreas refletidas, acredita-
mos que pode levar três ou qua-
tro minutos”, diz Felipe Gaspa-
ro, fundador e presidente da em-
presa.
O método, além de rápido, é
vantajoso por não precisar expor
funcionários da limpeza a am-
bientes contaminados e nem a
produtos químicos fortes. Na
verdade, para que a luz UVC
possa ser ativada, nenhum pes-
soa pode estar presente, já que a
radiação é nociva para a pele e
para os olhos.
A Sii Technology, no entanto,
não descarta a necessidade de
uma limpeza posterior do espa-
ço após o uso da luz. O profes-
sor Vidigal concorda: “é con-
senso na literatura científica,
que a limpeza mais adequada e
segura deve incluir mais de uma
abordagem de desinfecção de
superfície, com agentes quími-
cos, por exemplo, além da luz
UVC”.
Outras aplicações
Em outras cidades do país,
empresas também testam a tec-
nologia. Segundo a revista Pes-
quisa FAPESP, a Secretaria dos
Transportes Metropolitanos de
São Paulo avalia o uso de ra-
diação UVC na limpeza dos
trens do metrô da capital com os
robôs da empresa Zasso. Alguns
hospitais também estão utilizan-
do um rodo que emite luz UVC,
criado por pesquisadores do
Grupo de Óptica do Instituto de
Física de São Carlos da Uni-
versidade de São Paulo.
Em Nova York, a tecnologia
também está sendo utilizada pa-
ra desinfectar ônibus e metrôs
desde maio. O projeto, que ain-
da está em fase inicial, utiliza
150 dispositivos móveis para fa-
zer a limpeza dos trens, ônibus e
estações. No total, a cidade es-
pera gastar cerca de 1 milhão de
dólares com o novo sistema.
Futuro da empresa
A Sii Technology foi fundada
em 2017 para fazer gestão de
ambientes corporativos com
sistemas autônomos de controle
de entrada, temperatura e salas
de reunião. Antes da crise da co-
vid-19, a empresa, acelerada pe-
la Fábrica de Startups no Rio de
Janeiro, trabalhava atendendo
Xangai, na China: na cidade chinesa, radiação ultravioleta é
utilizada para desinfectar ônibus desde março
(Zhang Hengwei/China News Service/Getty Images)
escritórios, hospitais e hotéis.
Em meados de março, quan-
do a maior parte das empresas
brasileiras optou pelo trabalho
remoto, a startup começou rece-
ber pedidos de postergamento
dos pagamentos e até cancela-
mento dos serviços. Para sobre-
viver, a empresa decidiu que era
hora de mudar o negócio e a-
postar suas fichas no desenvol-
vimento de uma tecnologia com
UVC.
Por enquanto, a Sii está fo-
cada em oferecer uma solução
específica para o transporte ur-
bano, mas não deixou de pensar
nos clientes corporativos. Para
esse público, a startup desen-
volveu um sistema automático
de desinfecção do escritório u-
sando as luzes UVC.
Com sensores de presença, a
startup consegue garantir que
não há nenhum humano no es-
paço e ativar as luzes. “Em três
ou quatro intervalos durante o
dia de trabalho, o sistema avisa
todos os funcionários da desin-
fecção, os sensores confirmam
que não há ninguém no ambien-
te e iniciam o ciclo de esterili-
zação”, diz Gasparo.
Apesar da tecnologia diminui
a taxa de contaminantes no am-
biente, ela não impede totalmen-
te a contaminação caso haja
uma pessoa doente no escrito-
rio. “A UV sozinha não resolve
todos os problemas, é preciso
ter uma série de medidas para
garantir a segurança dos funcio-
nários”, diz o fundador da star-
tup. N Exame
Indústrias de cosméticos e saneantes se reinventam para ajudar o estado no
combate ao novo coronavírus Norminha, 11/06/2020 Devido a pandemia de Covid-
19, o Brasil praticamente tripli-
cou a sua capacidade de produ-
ção de álcool em gel e outros
produtos essenciais para o com-
bate ao novo coronavírus. Com
isso, a estimativa é que o país
produza 27 mil toneladas de ál-
cool em gel por mês até o final
da crise. Segundo o Ministério
da Economia, isso só foi possí-
vel graças à adaptação do setor
produtivo brasileiro a esse mo-
mento.
E no Espírito Santo, o cenário
não é diferente. Empresas de
cosméticos e saneantes também
mudaram a rotina de suas pro-
duções e adaptaram suas fábri-
cas, a fim de ajudar o governo
estadual a suprir a escassez de
álcool em gel no mercado, devi-
do ao aumento demanda. Além
disso, a medida também foi uma
alternativa para ajudar nas des-
pesas e diminuir os impactos da
crise sobre a economia diante da
paralisação das atividades, con-
sequência das regras de isola-
mento social.
Durante o mês de março, em-
presas associadas o Sindicato
da Indústria de Produtos Quími-
cos do Espírito Santo (Sindiquí-
micos), que fabricam suas pró-
prias embalagens, trabalharam
em atividade produtiva no limite
máximo para suprir as indús-
trias químicas. Até mesmo as
associadas do segmento de tin-
tas envasaram álcool etílico 70,
em espírito colaborativo.
“Esse processo de reinven-
ção é constante. Estamos traba-
lhando constantemente para que
as empresas do setor estejam
em conformidade com os crité-
rios e procedimentos de fabrica-
ção e venda de produtos para hi-
gienização”, afirmou a presiden-
te do Sindiquímicos, Zilma Bau-
er.
As medidas foram estabele-
cidas pela Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa) por
meio da Resolução da Diretoria
Colegiada (RDC) 350/2020. E-
ditada em março, a medida tem
validade de seis meses.
Para isso, sindicato está em
constante diálogo com os ór-
gãos estaduais de fiscalização.
“Em abril, nos reunimos com a
equipe do Procon Estadual, on-
de solicitamos um check-list pa-
ra ajudar a orientar as empresas
associadas no processo de fis-
calização”, contou Zilma.
O sindicato também trabalha
junto ao Corpo de Bombeiros
em uma portaria que traga mais
segurança jurídica para que as
empresas continuem ajudando o
Estado a suprir a demanda de
álcool em gel. O setor está ali-
nhando entendimentos nesse
sentido com o Comando-Geral
da corporação.
Por outro lado, os esforços
do Sindiquímicos também estão
voltados para a orientação da
população capixaba quanto ao
melhor produto a ser adquirido,
para que seja realizada a preven-
ção de forma correta. Com esse
objetivo, o sindicato está atuan-
do em conjunto com o Sebrae na
construção de uma cartilha ori-
entativa elencando o que é pre-
ciso ser observado na hora da
aquisição de álcool em gel ou
produto higienizante. Essa ainda
é uma forma de valorizar o pro-
duto 100% capixaba.
Filantropia
Muitas dessas empresas
também destinaram as produ-
ções de álcool em gel para fins
filantrópicos, como doações pa-
ra profissionais de saúde e hos-
pitais do estado. As empresas e
o Sindiquímicos aderiram a
campanha Indústria do Bem, li-
derada pela Federação das indús
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trias do Espírito Santo (Findes).
Confira algumas ações:
- Sindiquímicos
Doou toda arrecadação de
Contribuição Associativa do
mês de abril/2020, que terá co-
mo objetivo de ajudar a socie-
dade capixaba e o governo esta-
dual a enfrentar a crise da Co-
vid-19.
Além disso, o sindicato doou
aproximadamente 35 mil litros
de álcool 70 INPM e mais de
44.630 mil litros de álcool 99
INPM a Secretaria Estadual de
Saúde (Sesa). Os produtos es-
tão sendo destinadas às unida-
des estaduais como hospitais,
Centros Regionais de Especiali-
dades, Farmácias Cidadãs Esta-
duais, além de hospitais filan-
trópicos, órgãos públicos esta-
duais e municípios.
A iniciativa contou com o a-
poio da União da Indústria de
Cana de Açúcar (Unica), por
meio da Usina Alcon. Também
colaboraram com a ação as em-
presas: Transportadora Calezani
(logística), Fortlev (tanque para
estocagem), Belafix (estocagem
para a transformação), Sanean-
tes Penedo e Ervas Naturais
(processamento), Ingral e Grafi-
tusa (rótulos), Maifredo (emba-
lagens), Serra Papéis (papelão).
- Ervas Naturais
A empresa doou cerca de 1,5
tonelada de álcool em gel para
hospitais do Estado, a iniciativa
foi realizada em parceria com
Maifredo e Ingral. O produto foi
destinado aos profissionais da
área da saúde que estão na linha
de frente no combate do corona-
vírus.
O Grupo Boticário e a Adcos
também fizeram doações.
N
Página 04/12 - Norminha - Nº 575 - 11/06/2020 - ANO 12 - DESDE 18/08/2009 - Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - Mte 51/09860
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Mesmo com a diminuição de acidentes, falta de vagas em hospitais por conta
da Covid-19 é um problema Norminha, 11/06/2020
Os impactos da pandemia do
novo coronavírus chegaram
também à malha rodoviária do
Brasil. Mesmo com redução na
circulação de veículos, há seto-
res essenciais da Economia que
dependem das rodovias brasi-
leiras para manter serviços em
funcionamento. Neste momento,
a importância de cuidar da se-
gurança no trânsito de profissio-
nais nas estradas do país se tor-
na ainda mais urgente. Com a
sobrecarga do Sistema de Saúde
brasileiro causado por pacientes
internados com Covid-19, dimi-
nuir os riscos que correm os ca-
minhoneiros e motoristas se tor-
na essencial.
Com a diminuição do fluxo
de veículos nas estradas, a Polí-
cia Rodoviária Federal registrou
queda de 20% no número de a-
cidentes graves de março a abril
de 2020 quando comparado ao
ano anterior. Apesar disso, 552
mortes foram registradas em a-
cidentes neste mesmo período,
uma redução de 3% na com-
paração com 2019. Os perigos
presentes no trânsito brasileiro
podem ser reduzidos quando
são aliadas boas práticas na
condução e tecnologia de ponta
que prevê problemas e aponta
soluções antes mesmo de um
motorista entrar na boleia do ca-
minhão.
Empresas que trabalham
com frotas apostam cada vez
mais em ferramentas capazes de
acompanhar as condutas de
seus profissionais e veículos
durante as viagens. É o caso da
Uberlândia Refrescos, distribuí-
dora da Coca-Cola no Triângulo
Mineiro. Com uma frota de 250
caminhões e 130 motoristas, a
empresa realiza um programa
intensivo de integração de no-
vos profissionais para que pos-
sam se adequar aos equipamen-
tos e funcionalidades dispostos,
como a de gerenciamento de
abastecimento e dirigibilidade.
Segundo o gestor de distri-
buição da empresa, Gilberto Sil-
va, as práticas de segurança são
prioritárias no treinamento dos
motoristas. “A ferramenta de a-
bastecimento auxilia a medir a
dirigibilidade de cada condutor
em cada veículo. É possível con-
ferir se há dispersão de litro por
quilômetro rodado, até para su-
gerir manutenção dos cami-
nhões ou passar os condutores
por reciclagens.”
Além disso, a empresa já in-
veste em equipamento para a-
companhar a rota de cada ca-
minhão, mas está preparando a
migração para o sistema de te-
lemetria. “É possível saber onde
o veículo se encontra e como es-
tá sendo trabalhado. Temos pro-
gramas para prevenção de ris-
cos e a telemetria nos ajudará
com isso. Criamos um comitê
de gestão de segurança de frota,
no qual participam profissionais
de diversas áreas da empresa.
Nosso índice de acidente é pe-
queno, sem acidentes fatais há
cinco anos”, explica.
O uso da telemetria já é rea-
lidade na Prattica Logística, em-
presa de distribuição que opera
na região Sul do país com filiais
em outros estados. Criada há 15
anos, possui frota de 272 veícu-
los e 130 motoristas contratados
para transportar alimentos, mó-
veis, bebidas e produtos indus-
trializados. “A telemetria nos
permitiu definir a conduta ideal
para cada modelo de caminhão
que possuímos. Desta forma, é
possível acompanhar a perfor-
mance individual de cada cola-
borador e corrigir eventuais pro-
blemas. Somada a ferramenta de
abastecimento, conseguimos e-
conomia no consumo de
combustível, evitamos acidentes
e desgastes do caminhão”,
explica o sócio proprietário da
empresa, André Ravanello.
Apesar das facilidades que a
tecnologia oferece, o empresário
ressalta que nem sempre foi tão
fácil acompanhar a rotina dos
condutores. “Faz poucos anos
Especialistas em logística avaliam a importância de novas
ferramentas para reduzir riscos de caminhoneiros nas rodovias em
meio a pandemia
que foi implementado esse pro-
cesso. Antes sabíamos o início e
o fim da viagem de cada moto-
rista, porque eles preenchiam a
mão. Agora, conseguimos a-
companhar pela internet cada
etapa da viagem. E isso é impor-
tantíssimo para reforçar nossos
cuidados com a segurança dos
motoristas. Em 15 anos de em-
presa, nunca tivemos um aci-
dente fatal. E a tecnologia nos dá
cada vez mais oportunidades de
estarmos próximos dos nossos
condutores nas estradas.”
Para o gerente da filial de São
Paulo da ValeCard, Leandro Fer-
raz, a tecnologia se tornou es-
sencial para a produtividade res-
ponsável do setor. “O mercado
mudou. Se antes o caminho-
neiro era ligado àquela figura
rústica, de pouca instrução, hoje
vemos profissionais conectados
e preparados para trafegar nas
rodovias com prudência e usam
os dados coletados de forma
instantânea para aperfeiçoar
suas performances”, avalia. N
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RTE Rodonaves utiliza aplicativo para manter proximidade com colaboradores
durante a quarentena Norminha, 11/06/2020
Para que seus colaboradores
não se sintam tão distantes da
companhia por conta do traba-
lho em modelo de home office
durante a quarentena imposta
pela pandemia do coronavírus, a
RTE Rodonaves, uma das maio-
res empresas do país no setor de
transporte, tem utilizado o apli-
cativo SimplificaCI para conver-
sar e manter-se próxima de seus
mais de 4 mil colaboradores
distribuídos pelas regiões do
país que a companhia atua.
Pela tecnologia, a comunica-
ção interna investe em conteú-
dos leves que vão desde dicas
de boa alimentação, ginástica
laboral, até cuidados de saúde
importantes para esse período.
Há ainda um espaço para que to-
dos colaborem com dicas de sé-
ries, filmes, livros, ou seja, a-
ções de entretenimento, de ma-
neira que não sejam enviadas
apenas informações que todos
já têm acompanhado nas mí-
dias.
“No dia a dia da companhia,
atividades como exercícios pela
manhã eram realizadas com os
colaboradores, então o objetivo
é que eles não percam o que
Integra-Ação remota do Senac Presidente Prudente está ajudando
alunos durante pandemia Norminha, 11/06/2020 Enquanto as aulas presenciais
permanecem suspensas por
causa da pandemia do novo
coronavirus, alunos de vários
cursos do Senac Presidente
Prudente têm aulas e atividades
remotas, de forma simultânea ou
não, com o auxílio de ferra-
mentas tecnológicas. A adapta-
ção teve que ser rápida e, em
meio a adequações necessárias
para seguir com o projeto peda-
gógico, houve a necessidade de
olhar para outras situações que
afetam a rotina dos alunos.
“O risco de adoecer, que gera
medo e insegurança; a situação
de confinamento, que por si só,
também afeta o emocional, além
de questões relacionadas a tra-
balho e renda, impactam e inter-
ferem na capacidade de apren-
dizagem e de relacionamento”,
afirma Cláudia Dias, supervisora
educacional da unidade.
Para ajudar os alunos a su-
perar os desafios, a unidade re-
organizou o projeto Integracão,
realizado na primeira semana de
aulas, e, ao longo dos cursos re-
alizados na instituição. Batizado
de Integra-Ação Remota, o eixo
principal é o desenvolvimento
sempre foi praticado nos dias
comuns de trabalho, e que, des-
sa forma, se mantenham unidos
ao nosso clima organizacional,
mesmo à distância”, afirma Os-
waldo Maia, Diretor Adjunto de
Gente e Gestão da RTE Rodo-
naves.
Por se tratar de uma empresa
de transporte de cargas, a RTE
Rodonaves ainda conta com al-
guns colaboradores em campo,
cuidando da logística e das en-
tregas, para que a empresa con-
tinue abastecendo todas as co-
Comunicação corporativa investe em conteúdos leves,
colaborativos, de entretenimento e saúde para os mais de 4 mil
colaboradores da transportadora
Estudantes recebem orientações
sobre saúde, bem-estar,
gastronomia e
autoconhecimento, com auxílio
da tecnologia
de competências socioemocio-
nais, por meio de atividades que
possam ser realizadas de forma
remota, durante o período do
isolamento social. “São vários
temas, como comunicação as-
sertiva, cultura de paz, alimenta-
ção saudável e reconfortante, a-
tividade física, saúde, projeto de
vida, entre outros”.
Um desafio enfrentado para
organizar o projeto foi: como
trabalhar temas tão diversos? U-
sando a criatividade e envolvi-
mento de todos. São utilizados
vídeos, vivências, jogos, testes e
rodas de diálogos.
Gastronomia por lives
Uma das iniciativas visa de-
senvolver o interesse dos alunos
pela gastronomia. Para isso, o
docente e chef Eduardo Hamed
Arias se vale de transmissões ao
vivo para compartilhar conheci-
mento. Os alunos têm acesso à
receita, com antecedência, para
que providenciem os ingredien-
tes necessários para a confecção
do prato. Na hora marcada, a live
munidades do Brasil. Por isso, o
conteúdo utilizado no app é a-
daptado para a RádioNaves, sis-
tema de rádio instalado na sede
da empresa, de modo que todos
sejam beneficiados com o mes-
mo conteúdo.
Mudanças que acontecem
internamente nas equipes, como
promoção de colaboradores e
todas as campanhas da empre-
sa, também são comunicadas
pelo aplicativo e pelo e-mail
corporativo. N
começa e os alunos vão fazendo,
em casa, o preparo junto com o
professor.
Interação entre os alunos
Também foram criadas tur-
mas de atividade física e bem-
estar. “Com o uso de ferramen-
tas digitais, no Senac em Forma,
os alunos recebem orientações,
vídeos, dicas de alimentação
saudável e reconfortante, yoga,
autocuidado e mindfulness. O
docente encaminha no dia ante-
rior, as propostas de atividades a
serem praticadas no dia se-
guinte”, explica a docente do
Senac Presidente Prudente Fa-
biana Neme Nogueira Ramos,
responsável por uma das tur-
mas.
Outra equipe, chamada Cor-
rente do Bem, tem focado neces-
sidades básicas, como alimen-
tação, fortalecimento de víncu-
los, oferta de redes de apoio e
parcerias para colaboração du-
rante a pandemia.
“O projeto Integra-Ação Re-
mota conta com a participação
de toda a equipe administrativa e
pedagógica e é bem aceito pe-
los alunos, que se sentem aco-
lhidos e cuidados”, finaliza
Cláudia Dias. N
Página 05/12 - Norminha - Nº 575 - 11/06/2020 - ANO 12 - DESDE 18/08/2009 - Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - Mte 51/09860
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Norminha, 11/06/2020 A líder técnica do Programa de
Emergências da OMS, Maria van
Kerkhove, disse que nenhuma
das pesquisas que sequencia-
ram o genoma do coronavírus
Sars-Cov-2 apontaram a possi-
bilidade de mutação do vírus,
mas reforçou que a batalha con-
tra a Covid-19 está “longe de a-
cabar”.
Em entrevista coletiva na se-
de da Organização Mundial da
Saúde (OMS), Kherkhove disse
que pesquisadores de todo o
mundo já conseguiram sequen-
ciar mais de 40 mil exemplares
do novo coronavírus.
“Os cientistas estão buscan-
do se há mutações no vírus”,
disse a epidemiologista. “Ne-
nhuma das alterações identifica-
das até o momento indicam que
o vírus esteja se mutando e alte-
rando sua capacidade de trans-
mitir ou causar doenças mais
Norminha, 11/06/2020 A ABNT (Associação Brasileiras
de Normas Técnicas) publicou,
em maio, as revisões de sete
NBRs (normas técnicas) para
EPIs (Equipamentos de Proteção
Individual) contra queda de al-
tura alinhadas às evoluções da
NR 35 (Trabalho em Altura), tra-
zendo requisitos como os 6kN
(quilonewtons) e o conceito do
SPIQ (Sistema de Proteção Indi-
vidual Contra Quedas). São elas:
ABNT NBR 14626 (Trava-queda
deslizante incluindo a linha fle-
xível); 14628 (Trava-queda re-
trátil); 14629 (Absorvedor de e-
nergia), 15834 (Talabarte de se-
gurança para retenção de que-
da); 15835 (Cinturão de segu-
rança tipo abdominal e talabarte
de segurança para posiciona-
mento e restrição); 15836 (Cin-
turão de segurança tipo para-
quedista) e 15837 (Conectores).
O processo de estudos e atu-
alização das referidas normas foi
iniciado em 2015 pelas Comis-
sões de Estudos de Trava-queda
(CE 032:004.001) e de Cinturão
de Segurança (CE 032:004003)
do CB 32 (Comitê Brasileiro de
Equipamentos de Proteção Indi-
vidual). “A revisão teve início
quando as normas, lançadas em
2010, completaram cinco anos,
tempo que os procedimentos da
ABNT determinam para que os
documentos sejam revistos”,
explica o coordenador da CE de
Equipamentos Auxiliares para
Trabalho em Altura, Marcos A-
mazonas.
Técnica da OMS diz que o coronavírus não passa por
mutação graves.”
Van Kerkhove reforçou a im-
portância de continuar com os
cuidados básicos para conter a
propagação do coronavírus, co-
mo o distanciamento social. Se-
gundo ela, as pessoas se can-
sam e deixam de cumprir com as
medidas necessárias para se
proteger do vírus.
“É muito difícil manter todas
essas medidas, devemos per-
manecer fortes e vigilantes”,
disse ela. “Isto está longe de a-
cabar.”
Segundo a epidemiologista,
à medida que os bloqueios são
suspensos, de forma gradual,
pode ser necessário reintroduzir
alguns bloqueios e isso “pode
frustrar as pessoas”. Ela defende
que isso pode tornar a pandemia
ainda mais perigosa, porque as
pessoas começarão a resistir às
mudanças.
N
Normas técnicas sobre EPIs são revisadas de acordo com
evolução da NR 35
Ele observa que as normas
técnicas são complementares à
normatização de Segurança e
Saúde do Trabalho e sua evolu-
ção precisa ocorrer paralela-
mente, para que não haja des-
compasso. “As comissões de
estudo têm o desafio de se apro-
ximar do mercado e dos respon-
sáveis pela elaboração da legis-
lação, antecipando pontos em
andamento”, comenta. Acres-
centa que o conceito de norma
de gestão da NR 35 coloca para
as normas técnicas (35.1.3) o
desafio de complementarem o
processo com orientações de
como executar as atividades. “A
NR 35 teve uma evolução muito
positiva em 2016, trazendo re-
quisitos como os 6kN e o con-
ceito do SPIQ. Os produtos das
sete NBRs revisadas estavam,
em alguns pontos, atrasados
nesse alinhamento e agora não
mais”, ressalta.
Entre as principais alterações
trazidas pelas atualizações, A-
mazonas destaca o acompanha-
mento dos 6 kN na ABNT NBR
15834, que passa a ser exclusi-
va para talabartes de retenção de
queda e a contemplar todos os
requisitos de posicionamento e
restrição de movimentação. A-
crescenta que essa norma técni-
ca tem agora os mesmos requi-
sitos para garantir impactos a-
baixo dos 6 kN nos testes de
queda dinâmicos, como já exi-
gia a ABNT NBR 14629.
N
Revista Proteção
TONTURA, VOCÊ JÁ A SENTIU?
Norminha, 11/06/2020 Amigo(a) leitor(a), você sabia que cerca de 30% da população em
geral sofre de tonturas? O equilíbrio, que permite aos humanos cami-
nhar em terra firme ou enfrentar o mar revolto sobre uma prancha de
surfe, depende de pequenas estruturas existentes no ouvido interno
conhecidas como vestíbulo. Junto com a cóclea, estrutura respon-
sável pela audição, o vestíbulo forma o labirinto.
As tonturas, principalmente as vertigens, não são apenas uma
preocupação global e sim praticamente uma epidemia principal-
mente na população geriátrica, tornando-a um grave problema de
saúde.
Há também muitos sintomas psicossomáticos que resultam nos
quadros clínicos que envolvem a tontura, vertigem ou labirintite, que
estão associados diretamente à resposta emocional, sendo a emoção
mais comum a ansiedade! A outras doenças psiquiátricas, como de-
pressão, bipolaridade, pânico, entre outras. O estado emocional de
uma pessoa pode estar ligado ao aparecimento de diversas doenças.
Pessoas que sofrem de labirintite emocional apresentam dois sinto-
mas básicos: tontura e vertigem. Para controlar esses sintomas, deve
ser realizado um tratamento à base de terapias psicológicas, sendo
também recomendado o acompanhamento de um neurologista e, em
alguns casos, um psiquiatra. Durante o tratamento, os profissionais
responsáveis detectam o agente causador dos sintomas (estresse,
ansiedade e depressão) e selecionam algumas estratégias para
controlá-los. Nesse sentido, é importante que as pessoas saibam
identificar quando uma questão está afetando seu estado emocional.
Independentemente de qual for o causador do estresse, a questão
precisa ser controlada antes que outros problemas ainda maiores
aconteçam.
Também temos os medicamentos como causadores frequentes na
alteração da percepção espacial, provocando vertigem, desequilíbrio
e desorientação. Estudos apontam que alguns remédios usados com
frequência, como os que controlam a pressão arterial elevada ou alte-
ram a química do cérebro, podem causar mal-estar ou intensifica-lo
em até 30% dos pacientes que fazem uso regular.
Cabe ressaltar que a tontura, vertigem e ou labirintite, podem tor-
nar-se agentes propulsores de acidentes de trabalho. No entanto é
importante que você trabalhador esteja atento ao seu próprio orga-
nismo e busque preservar sua saúde mantendo os exames periódicos
sempre atualizados, evite a ingestão medicamentosa sem prescrição
médica e principalmente, busque e mantenha o seu equilíbrio emo-
cional!!
“Cuide de suas próprias emoções e nunca as subestime”. Robert
Henri.
N Carina Almeida Ramos Medina
Psicóloga, Neuropsicóloga & Hipnoterapeuta Clínica
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Norminha, 11/06/2020 A teoria de que “a coisa fala por si” (res ipsa loquitur), originária dos
Estados Unidos da América, sendo aplicada em alguns de seus esta-
dos, diz que, toda a vez que as provas forem consideradas insufi-
cientes para comprovar a culpa do demandado em situações em que
as circunstâncias forem muito evidentes, é aplicada em falar da víti-
ma. Significa dizer que o evento danoso ocorreu em face de uma in-
tervenção que normalmente não oferecia aquele tipo de risco, ou
seja, em circunstência normais aquilo não ocorreria. Assim, se veio
a ocorrer o acidente, alguma forma de culpa (impericia, imprudência,
negligência) deve ter ocorrido para sua manifestação.
Não se justifica um erro com outro erro, não se admite uma des-
culpa para o que não há desculpa. O que existem são os direitos e
os deveres de cada um e, direitos e deveres deevem ser respeitados,
visto que a vítima amargará as consequência de um erro por toda a
sua vida, toda a sua existência.
Neste artigo, prometo ser claro, objetivo e prático quanto ao tripé
jurídico nas causas lesivas resultantes dos acidentes de trabalho no
ambiente laboral, durante as atividades técnicas operacionais dos
trabalhadores no Brasil, quando a Advocacia Geral da União –AGU,
de forma realística em campo, vem conseguindo sucesso na maioria
dos casos de ações para ressarcimento ao INSS dos valores pagos
às vítimas de acidentes ou seus familiares valores indenizatórios exi-
gidos legalmente. Assim, cada empresa envolvida em ocorrências de
acidentes de trabalho deverá, obrigatoriamente, após investigações
em campo, comprovar, por documentos ou outras formas, que a em-
presa não contribuiu para que seu trabalhador tivesse sofrido a lesão,
como por exemplo: se havia ou não treinamento específico e legal
para atuação da atividade requerida; se havia ou não utilização de
equipamento de proteção individual (EPI) para determinadas ativida-
des; se havia ou não a instalação de equipamento de proteção coleti-
va (EPC) no ambiente de trabalho, eliminando risco na fonte; se a
formação técnica do profissional estava comprovada por diploma ou
certificado de forma idônea; etc.
Imperícia – Ignorância, inabilidade, inexperiência
Vamos entender, no sentido jurídico, a falta de prática ou ausência
de conhecimentos, que mostram necessários para o exercício de uma
profissão ou de uma arte qualquer. A imperícia, assim se revela na
ignorância, como na experiência ou inabilidade acerca da matéria,
que deveria ser conhecida, para que se leve a bom termo ou se exe-
cute com eficiência o encargo ou serviço, que foi confiado a alguém.
Evidencia-se, assim, no erro ou no engano de execução de trabalho
ou serviço e não o faz com habilidade necessária, porque lhe falacem
os conhecimentos necessários.
A imperícia conduz o agente à culpa, responsabilizando-o civil e
criminalmente, pelos danos que sejam calculdados por seu erro ou
falta.
Exemplo: um motorista que não abastece o veículo com o nível
de combustível necessário para o trajeto exigido, quando o mesmo
acaba, estando o motorista na pista de alto velocidade, sendo atin-
gido pelo veículo logo atrás, causando engavetamento.
Imprudência – Falta de atenção, imprevidência, descuido
Resulta na imprevisão do agente ou da pessoa, em relação às
consequência de seu ato ou ação, quando devia e podia prevê-las.
Mostra-se falta involuntária ocorrida na prática de ação, o que a
distingue da Negligência (omissão faltosa), que se evidencia, preci-
samente, na imprevisão ou imprevidência relativa a precaução que
deverá ter na prática da mesma ação.
Funda-se pois, na desatenção culpável, em virtude da qual ocor-
reu um mal, que podia e deveria ser atendido ou previsto pelo im-
prudente.
Em matéria de penal, arguido também de culpado, é o imprudente
responsabilizado pelo dano ocasionado à vítima, pensando sobre ele
a imputação de um crime culposo.
Exemplo: um motorista que ultrapassa o limite de velocidade
permitido em determinada pista.
Negligência – Desprezar, desassistir, não cuidar
Exprime a desatenção, a falta de cuidado ou de precaução como
se executam certos atos, em virtude dos quais se manifestam resul-
tados maus ou prejudicados, que não adviriam se mais atencio-
samente ou com a devida precaução, aliás, ordenadas pela prudên-
cia, fosse executada.
A negligência, assim, evidencia-se pela falta decorrente de não se
acompanhar o ato com a atenção que se deveria. Nesta razão, a ne-
gligência implica na omissão ou inobservância de dever que com-
pactua ao agente, objetivando nas precauções que eram ordenadas
ou aconselhadas pela prudência e vistas como necessárias, para evi-
tar males não desejados ou inevitáveis.
Exemplo: um motorista que dirige um veículo sem estar devida-
mente habilitado para tal.
• Um paciente tem comprovadamente um objeto metálico do
tamanho e formato de um bisturi no corpo após cirurgia. Não é ne-
cessária nenhuma explicação adicional para comprovar que o cirur-
gião foi negligente, pois não há motivo legítimo para um médico dei-
xar o bisturi no corpo do paciente. Isto é “res ipsa loquitur”. Não
confundir com “prima facie”, que é uma expressão latina significando
“a primeira vista”.
Nota: as escolas privadas possuem maior dificuldade na forma-
ção acadêmica de médicos, e o coordenador de exames: Braulio Luna
Filho, do CREMESP afirma que a formação é ruim, quando constata
que sete (7) entre dez (10) médicos recém formados não sabem se-
quer aferir a pressão arterial do paciente ou mesmo identificar um
enfarto.
A formação profissional, não só do médico necessita melhoras
urgentes na base educacional.
N Jorge Gomes – Especialista em Engenharia
de Segurança e Medicina do Trabalho
Atividade essencial dos frigoríficos não pode custar a vida dos trabalhadores, alerta Anamatra
Norminha, 11/06/2020 “Os frigoríficos exercem uma
atividade essencial que é a do
abastecimento alimentar, mas
isso não pode se dar a custo da
vida e da saúde dos trabalha-
dores e das trabalhadoras”. O a-
lerta é da presidente da Asso-
ciação Nacional dos Magistra-
dos da Justiça do Trabalho (A-
namatra), Noemia Garcia Porto,
e foi feito na audiência pública,
realizada nesta quinta (4/6), pela
Comissão Externa da Câmara
dos Deputados sobre ações
contra o coronavírus, para de-
bater a atuação do Poder Judi-
ciário na pandemia.
Segundo a magistrada, o re-
latório apresentado à Medida
Provisória (MP) 927/2020, que
dispõe sobre as medidas traba-
lhistas para enfrentamento do
estado de calamidade pública
decorrente do coronavírus, re-
duziu a proteção dos trabalha-
dores de frigoríficos, criando
condicionantes para a conces-
são de pausas e descansos ga-
rantidos pela CLT (art. 253). “As
pausas serão diminuídas e al-
cançarão um número muito pe-
queno de trabalhadores, justa-
mente em um setor onde tem se
constatado uma contaminação
enorme pelo coronavírus, além
de altos índices de adoecimento
mental,” explicou. No Rio Gran-
de do Sul, por exemplo, os tra-
balhadores de frigoríficos cor-
respondem a 34% do total de
casos oficiais de coronavírus
(quase 10 mil até o momento).
Além de pedir a rejeição des-
sa alteração, a presidente da A-
namatra defendeu o incremento
Imperícia, Imprudência e Negligência como tripé jurídico nas causas lesivas
da participação dos sindicatos
nos debates públicos. “O diálo-
go social consegue prevenir de-
mandas judiciais, conforme in-
dicado pela Organização Inter-
nacional do Trabalho (OIT).
Quanto mais tivermos entidades
de trabalhadores e de empre-
gadores atuantes, além de uma
mediação pública do Governo
brasileiro, mais o diálogo se tor-
nará eficiente e evitará que a in-
segurança se transforme em in-
contáveis processos judiciais”.
Noemia Ponto também de-
fendeu a necessidade de um
marco regulatório que garanta
proteção jurídica mínima aos
trabalhadores de plataformas
virtuais. “São trabalhadores e
trabalhadora que necessitam do
trabalho para viver e que não
têm as condições mínimas de
remuneração, bem como condi-
ções salubres tanto para o de-
senvolvimento de suas ativida-
des, quanto para aqueles que to-
mam e recebem esses serviços,
explicou.
Ações trabalhistas
A presidente falou dos im-
pactos do coronavírus no mer-
cado de trabalho o que, segundo
ela, colocou em xeque os pri-
mados do valor social do traba-
lho e da livre iniciativa. Nesse
cenário, de acordo com Noemia
Porto, a Justiça do Trabalho tem
se revelado atuante e fiel ao seu
compromisso de garantidora
dos direitos de cidadania. “Os
magistrados e as magistradas
têm procurado equilibrar dois
valores fundamentais: a preser-
vação da empresa, mas também
a necessidade alimentar do traba
Norminha, 11/06/2020
A JBS iniciou na segunda-feira
(08) a construção de fábrica de
biodiesel em Mafra (SC), infor-
mou a empresa no mesmo dia. A
planta será operada pela JBS Bi-
odiesel, divisão da JBS Novos
Negócios, com investimento de
R$ 180 milhões por meio da Se-
ara Alimentos.
A fábrica da JBS Biodiesel
em Mafra terá área total de 76
mil m², com capacidade de pro-
dução de cerca de 1 milhão de
litros de biodiesel por dia. Para
a construção, serão gerados cer-
ca de 400 empregos. Assim que
finalizada a fase de obras, o que
deve ocorrer em junho de 2021,
a operação deve gerar cem pos-
tos de trabalho diretos e cerca de
300 indiretos, contribuindo para
a movimentação econômica na
região, disse a empresa.
“Em linha com o crescimento
lhador”.
A magistrada citou casos
concretos de julgados, exempli-
ficando a atuação da Justiça do
Trabalho em tempos de pande-
mia, entre elas decisão da Jus-
tiça do Trabalho de Mato Gros-
so, envolvendo a atuação do
MPT e do setor empresarial, pa-
ra diminuição dos riscos de
contaminação pelo novo coro-
navírus, que liberou as ativida-
des de uma mineradora em mu-
nicípio localizado no extremo
norte do Estado; reintegração de
empregada que teve seu contra-
to suspenso sem acordo indivi-
dual ou coletivo, determinada
pela Justiça Trabalhista mineira,
entre vários outros exemplos.
Noemia Porto explicou que,
observando que adoecimentos
sobrecarregam o sistema de
saúde e o sistema previdenciá-
rio, além de atingir e diminuir os
índices de produtividade, tor-
nou-se evidente a necessidade
de uma política pública geral pa-
ra garantir e disponibilizar servi-
ços sanitários essenciais e pro-
teger os sistemas de saúde, in-
dependentemente da condição
de o trabalhador ser empregado
formal ou não. “Exatamente por
isso, magistrados do trabalho
têm procurado garantir mínimas
condições àqueles que traba-
lham vinculados a plataformas
virtuais, tais como remuneração
mínima por hora efetivamente
trabalhada e fornecimento de e-
quipamentos de proteção indivi-
dual”.
“Esses e outros vários casos
evidenciam a preocupação dos
juízes em garantir mínimas con-
JBS inicia construção de fábrica de biodiesel em SC
do setor de biocombustíveis no
país, estamos iniciando a cons-
trução desse empreendimento
que mais que dobrará a nossa
capacidade produtiva atual de
biodiesel. A planta iniciará ope-
ração ajudando a suprir a de-
manda da entrada do B13, e
pronta para atender o cresci-
mento do marco regulatório que
deve chegar a 15% em 2023”,
explicou o diretor da JBS Bio-
diesel, Alexandre Pereira, em
nota.
A JBS mantém mais de 30
operações da Seara em 18 mu-
nicípios catarinenses, entre uni-
dades produtivas de aves, suí-
nos, industrializados, fábricas
de ração, centros de incubação,
terminais logísticos e centros de
distribuição. N Carnetec
dições para todos os trabalha-
dores. Revelam, ainda, a sensi-
bilidade da Magistratura do Tra-
balho nesse momento para a ne-
cessidade de uma conciliação
permanente entre o valor social
do trabalho e da livre iniciativa.
O papel primordial do Poder Ju-
diciário Trabalhista é de tornar
concreto o primado da justiça
social, uma justiça que combate
às desigualdades. Bem ela, a
justiça social, clamada pelos
grupos mais vulneráveis da nos-
sa sociedade e a única capaz de
servir de anteparo às convulsões
sociais”.
A audiência também contou
com a participação do juiz au-
xiliar Rogério Neiva, represen-
tando a presidente do Tribunal
Superior do Trabalho (TST), mi-
nistra Maria Cristina Peduzzi.
N Fonte: Anamatra
Proteção
Página 07/12 - Norminha - Nº 575 - 11/06/2020 - ANO 12 - DESDE 18/08/2009 - Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - Mte 51/09860
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Norminha, 11/06/2020 Nessa época de baixas tempe-
raturas, a Neblina, chamado em
alguns lugares como Nevoeiro e
até de Cerração é um momento
inseguro pois o motorista perde
a referência da visão!
Conheço muitas pessoas que
já viveram momentos de pânico
por não saberem como lidar
com esse momento angustiante
em trafegar durante a neblina
pois, como perdemos a visão,
isso gera muita confusão e, con-
sequentemente muitos aciden-
tes.
Então, considerando que,
não só em rodovias, mas tam-
bém em trechos urbanos você já
está com o farol baixo acesso, a
primeira coisa a fazer é diminuir
a velocidade! E, se você tiver o
farol de neblina no veículo, é o
momento de utilizá-lo.
E mesmo que você se sentir
muito inseguro em trafegar na
condição de neblina ou nevoei-
ro, NUNCA PARE o Veículo!
Se você não está enxergan-
do, quem vem atrás de você
também não te vê ali!
Mesmo com pneu furado, a-
migo motorista, é melhor perder
o pneu do que correr o risco de
perder a vida!
Se realmente não tiver possi-
bilidade de seguir, procure um
local fora da pista, jamais no a-
costamento. Busque uma baia
de acesso, um posto de serviço,
um posto rodoviário, um acesso
para um sítio, mas jamais pare
na pista.
Outra coisa importante é:
NUNCA usar o pisca alerta
durante a neblina!
O Pisca Alerta todos sabem
que deve ser utilizado somente
com o veículo parado em caso
de emergência.
E em caso de neblina, usar
o pisca alerta, compromete ain-
da mais a segurança pois gera
muita dúvida por parte de outros
condutores que estão circulando
junto a você pois todos enten-
dem que, como você está com
pisca alerta do veículo ligado e
com baixa velocidade, acreditam
que você está parado, desviam
de você e podem seguir justa-
mente onde há problemas como
uma curva, um obstáculo, en-
fim....Lembre-se que ninguém
está enxergando direito em fun-
TRAFEGAR DURANTE NEBLINA - VOCÊ NÃO
ENXERGA? ENTÃO OUÇA:
ção da neblina!!!
Outra coisa, amigo condutor,
é não usar somente como refe-
rência o veículo da frente, a não
ser que seja um comboio rodo-
viário.
É comum no trânsito a gente
“confiar” que o condutor do veí-
culo da frente sabe o que está fa-
zendo, não é mesmo? E nem
sempre é verdade!
Já soube de casos em que o
condutor em pânico por condu-
zir o veículo sem enxergar nada
e, ao olhar pelo retrovisor, viu
uma fila de veículos se orientan-
do por ele!
Então, use o veículo da frente
como alguma referência, mas
todo cuidado é pouco, ok?
Bem, então já que não enxer-
ga, OUÇA!
Sim, amigo condutor, uma
ótima dica para você USAR DU-
RANTE a neblina é usar a sua
AUDIÇÃO.
Isso mesmo!
Abaixe os vidros, desligue
qualquer som dentro do veículo
e OUÇA!
A melhor maneira de se ori-
entar sem uma visão perfeita é
através da AUDIÇÃO!
No momento em que esta-
mos trafegando em neblina, a-
través da audição, percebemos o
barulho da aproximação de ou-
tros veículos e então, ajudamos
a eles a nos perceberem através
de leves toques de buzina.
É interessante, amigo moto-
rista, que dessa forma, se você
sair da faixa, a mudança de solo
já faz um ruído que te chamará a
atenção. Se os pneus do veículo
começarem a sair da pista, você
percebe pelo barulho, já que a
estrutura do piso da rodovia é
diferente do piso do acosta-
mento e então conseguirá ter
uma referência auditiva para se-
guir até um local seguro e A-
GUARDE, pois do mesmo jeito
como a neblina vem rápida-
mente, logo ela se dissipa!
Um abraço, e uma semana
com muita segurança a todos! N
Salete Romero
Colunista no Jornal da Band,
Instrutora Especializada Direção
Defensiva Comportamental e
Consultora em Segurança no
Trânsito para Empresas.
(15)98140.7267
Norminha, 11/06/2020 O uso crescente da tecnologia e
o impacto da automação sobre o
mercado de trabalho são motivo
de apreensão para 45% dos bra-
sileiros. É o que aponta uma
pesquisa global da PwC e que
contou com pouco mais de dois
mil entrevistados no Brasil – fo-
ram 22 mil pessoas em 11 paí-
ses. Segundo o estudo, 53%
dos brasileiros acreditam que a
automação irá modificar signifi-
cativamente ou tornar seu traba-
lho obsoleto nos próximos dez
anos - mesmo percentual identi-
ficado em nível global. Entre os
profissionais brasileiros com
escolaridade até o ensino mé-
dio, essa percepção chega a
67%.
Os maiores temores incluem
o de que a tecnologia torne o
emprego redundante (50%), a-
lém da incerteza sobre o futuro
(43%). Mas também foram
mencionados o medo de não
possuir as habilidades exigidas
no futuro (26%) e a preocupa-
ção de não ser capaz de apren-
der as habilidades necessárias
(23%).
Impactos da tecnologia na
rotina de trabalho
Por outro lado, 65% dos bra-
sileiros entrevistados responde-
ram que as novas tecnologias e
a automação trarão oportunida-
des. Sobre os aspectos positi-
vos do avanço tecnológico no
trabalho, 46% acreditam que
haverá um aumento da produção
e 44% disseram que o trabalho
será mais interessante. Mais
tempo livre disponível para o la-
zer foi citado como um dos be-
nefícios trazidos pela tecnologia
por 34% dos entrevistados. Para
94% dos consultados, a tecno-
logia irá melhorar a rotina de tra-
balho diária (fazendo-os mais e-
ficientes, por exemplo).
“Para lidar com os atuais e
futuros desafios do mercado de
trabalho, desenvolver novas ha-
bilidades será cada vez mais re-
levante na vida profissional das
pessoas. Todos têm de se preo-
cupar com isso permanente-
mente. Cientes dessa realidade,
as empresas precisam buscar os
meios necessários para viabili-
zar a qualificação dos seus cola-
boradores, de modo que estes
estejam plenamente capacitados
para os novos tempos. O con-
ceito de Upskilling, com o qual
a PwC vem trabalhando atual-
mente, remete exatamente a is-
so, a uma cultura contínua de a-
prendizado e curiosidade”, ex-
plica o líder de Clientes e Mer-
cados da PwC Brasil, Fábio Ca-
jazeira.
A agenda da requalificação
A requalificação está entre as
preocupações de 92% dos adul-
tos brasileiros (no mundo, 77%
das pessoas se mostraram dis-
postas a aprender novas habili-
dades ou passar por uma reci-
clagem no intuito de melhorar a
empregabilidade). No Brasil, es-
te aprendizado está sendo reali-
zado por conta própria (81%),
ou a partir da iniciativa de seus
empregadores (20%). Com a
chegada das novas tecnologias
ao ambiente de trabalho, 97%
afirmam aproveitar essa oportu-
nidade para usá-las ou entendê-
las melhor.
A preocupação com a requa-
lificação é maior entre as pes-
soas na faixa de 18 a 34 anos.
Dentre os motivos que aumen-
tariam o interesse por um treina-
mento de habilidades digitais, o
principal é o potencial de au-
mentar os salários (27%), se-
guido pelo aumento de empre-
gabilidade (24%) e pela possi-
bilidade de incorporar o treina-
mento ao dia a dia de trabalho,
sem comprometer nenhum tem-
po adicional (18%).
Sobre o tipo de aprendizado,
28% relataram a vontade de se
desenvolver, aprender e adap-
tar-se às novas tecnologias, se-
jam elas quais forem, além de
melhorar seus conhecimentos
gerais de negócio. Outros 25%
gostariam de ser proficientes em
uma tecnologia específica. Em
relação à responsabilidade pela
requalificação, 50% acreditam
que são os próprios indivíduos
os responsáveis por avançar nes
Quase metade dos brasileiros vê automação como ameaça
para os empregos
te processo, enquanto 34% atri-
buem essa responsabilidade às
empresas.
Comparações entre países
A China e a Índia são os paí-
ses onde os profissionais são
mais otimistas em relação ao
impacto da tecnologia no mer-
cado de trabalho, mas também
são os mais propensos a acre-
ditar que seus empregos passa-
rão por mudanças. Eles afirmam
estar obtendo mais oportunida-
des de qualificação: 97% e 95
%, respectivamente. Por outro
lado, os do Reino Unido e da
Austrália dizem ter menos opor-
tunidades e tendem a enxergar o
impacto da tecnologia de forma
menos positiva. N Revista Cipa
Promulgada lei que
garante insalubridad
e máxima para
profissionais de saúde da rede pública e privada do
DF
Norminha, 11/06/2020 Foi publicada no Diário Oficial
do Distrito Federal (DODF) no
dia 04/06, a Lei nº 6.589, que
dispõe sobre as medidas para
enfrentamento da emergência de
saúde pública decorrente da
pandemia do Covid-19.
O texto assegura, durante o
período de emergência da saúde
pública, a concessão do adicio-
nal de insalubridade em grau
máximo para trabalhadores da
rede pública de 20% e privada
de saúde de 40%, que possuem
contato direto com possíveis in-
fectados. Em caso de descum-
primento da lei, os profissionais
terão direito a indenização pos-
terior.
A legislação obriga ainda aos
gestores das unidades de saúde
do DF o fornecimento de Equi-
pamentos de Proteção Indivi-
dual (EPIs). De autoria do depu-
tado distrital Jorge Vianna (Po-
demos), a emenda foi apresen-
tada ao projeto de lei nº 1.047/
2020, aprovado pela CLDF em
abril.
Dentre as medidas que pode-
rão ser adotadas para enfrenta-
mento à emergência de saúde
pública, o isolamento social, a
quarentena e a realização com-
pulsória de exames médicos,
testes laboratoriais e coleta de
amostras clínicas em pessoas
diagnosticadas com a doença.
A decisão era bastante aguar-
dada pelos trabalhadores da
saúde desde o início da pande-
mia, e é vista como uma forma
de valorização ao trabalho des-
tes profissionais que estão atu-
ando com maestria em áreas de
alto contágio e pondo em risco
as suas vidas pelo bem-estar e
segurança de todos.
O aumento na insubridade
será realizado pela pasta res-
ponsável, sem necessidade do
servidor solicitar via formulário
à SES.
N Sindate-DF
Governo do RS exige plano de contingência
para combate à covid-19 em frigoríficos
Frigoríficos de carnes e pescado
no Rio Grande do Sul terão de
preparar um plano de contin-
gência com medidas para prevê-
nir, monitorar e controlar a
transmissão da covid-19, se-
gundo da Secretaria de Saúde
do estado.
Casos confirmados de covid-
19 têm aumentado em frigorí-
ficos no estado, motivando fe-
chamentos temporários para
testagem de trabalhadores e a-
dequações operacionais.
O plano de contingência de-
verá ser apresentado às autori-
dades sanitárias estadual ou
municipal sempre que for requi-
sitado.
A Secretaria de Saúde deter-
minou que o plano deverá con-
templar o uso de equipamentos
provisórios de material liso, re-
sistente e de fácil higienização,
com a finalidade de manter o a-
fastamento entre os manipula-
dores.
Além disso, as empresas te-
rão de incluir no plano o com-
promisso de identificar, de for-
ma sistemática, casos suspeitos
de covid-19 e realizar constante
monitoramento da saúde dos
trabalhadores.
O plano deve incluir vigilân-
cia e busca ativa de infectados,
que deverá ocorrer diariamente e
em todos os turnos de trabalho,
com afastamento de casos sus-
peitos.
As empresas também terão
de garantir distanciamento míni-
mo de dois metros entre funcio-
nários, com demarcação do es-
paço de trabalho sempre que
possível. Com o uso de equipa-
mentos de proteção individual
ou máscara de proteção, o dis-
tanciamento poderá ser reduzido
para o mínimo de um metro en-
tre os trabalhadores, segundo a
Secretaria de Saúde. N Carnetec
Página 08/12 - Norminha - Nº 575 - 11/06/2020 - ANO 12 - DESDE 18/08/2009 - Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - Mte 51/09860
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Norminha, 11/06/2020 No artigo de hoje, iremos falar
sobre o benefício de auxílio-do-
ença e as suas recentes mudan-
ças.
De imediato, já informo aos
colegas que este benefício teve
sua nomenclatura modificada
recentemente e passou a ser de-
nominado de auxílio por incapa-
cidade temporária.
No cotidiano dos advogados
previdenciaristas, os casos de
auxílio-doença são muito co-
muns, em virtude das inúmeras
pessoas que sofrem algum inci-
dente que atinge sua capacidade
laborativa. Estas circunstância,
na maior parte dos casos, exige
o afastamento do trabalho (em
virtude de tratamento médico ou
de consequências impeditivas
da doença).
Sendo assim, meu conselho
é que se atente para os esclare-
cimentos e dicas à seguir. Po-
rém, se alguma dúvida ainda
persistir, compartilhe comigo a-
través dos comentários!
E para ajudar os colegas,
trouxe um Modelo de Ação de
Restabelecimento de Auxílio-
doença formulado e gentilmente
cedido pelo Dr. Anderson de To-
masi Ribeiro, algo que eu mes-
ma já utilizei com meus clientes
e vou compartilhar com você
gratuitamente. Informe seu me-
lhor email no formulário abaixo
para recebê-lo agora mesmo.
1) Definição de auxílio-doen-
ça
O auxílio-doença é um bene-
fício previdenciário destinado
aos segurados do RGPS que
cumprirem os requisitos de ca-
rência e estiverem incapacitados
para o trabalho ou atividade há-
bitual de maneira temporária,
por mais de 15 dias seguidos,
em razão da ocorrência de mo-
léstia relacionada ou não com o
labor. Está previsto no art. 59 da
Lei n. 8.213/1991.
Possui caráter não progra-
mável, de modo que decorre de
uma situação adversa que gera a
incapacidade laborativa, e não
de um planejamento ou previsi-
bilidade do segurado.
2) Auxílio-doença após a EC
n. 103/2019
2.1) Reforma da Previdência
Apesar de diversos requisi-
tos para a concessão de benefí-
cios terem sido profundamente
modificados pela EC n. 103/
2019, o auxílio-doença não so-
freu grandes mudanças.
A mudança mais significativa
da Reforma da Previdência em
relação à este benefício foi a alte
ração da nomenclatura. Os ter-
mos “invalidez” e “doença” fo-
ram retirados do art. 201, inciso
I, da Constituição Federal, e su-
bstituídos por “incapacidade
temporária ou permanente”.
E por falar em Reforma da
Previdência, outra importante
alteração ocorreu com relação à
competência delegada. Recente-
mente publicamos um artigo ex-
celente e muito didático sobre o
tema. Recomendo a leitura!
2.2) Portaria n. 450/2020 do
Instituto Nacional do Seguro
Social
Em 2020, o INSS editou uma
Portaria para regulamentar algu-
mas situações previstas na E-
menda Constitucional e conferir
o correto direcionamento a seus
segurados e servidores.
Na sequência, abordarei
duas alterações importantes tra-
zidas pela Portaria n. 450 em re-
lação ao auxílio-doença.
2.2.1) Valor do auxílio-do-
ença e a forma de cálculo
Este é um ponto muito con-
trovertido, que com certeza leva-
rá a discussões judiciais e mes-
mo a intervenção dos Tribunais
Superiores na pacificação do te-
ma.
Porém, para facilitar o seu
entendimento, vale relembrar
que, no cálculo do valor de um
benefício previdenciário, o pri-
meiro ponto a ser abordado é a
atualização monetária dos SC
(salários de contribuição), de-
pois o SB (salário de benefício)
e por fim a RMI (renda mensal
inicial).
Aliás, se você tem dificulda-
de com cálculos previdenciá-
rios, recomendo assistir a pales-
tra "Como dominar cálculos
previdenciários e faturar até 2
vezes mais" da Dra. Alessandra
Strazzi. A palestra é gratuita,
100% online e vai te ajudar a
desbloquear o medo de cálcu-
los!
2.2.1.1) Salário de Benefício
Antes da Reforma da Previ-
dência, o cálculo do salário era
realizado, via de regra, da se-
guinte forma: média aritmética
simples dos 80% maiores salá-
rios de contribuição desde 07/
1994 ou desde o início das con-
tribuições.
Isto é, os 20% menores salá-
rios de contribuição da pessoa
eram descartados, o que benefi-
ciava os segurados.
Obs.: o cálculo mencionado
anteriormente é apenas uma re-
gra geral. Existem muitas parti-
cularidades e ressalvas que pre-
cisam ser consideradas, mas
não cabem na discussão deste
artigo.
A Reforma da Previdência a-
presentou, no caput do art. 26, a
nova fórmula de cálculo do salá-
rio de benefício, qual seja: mé-
dia aritmética simples de 100%
dos salários de contribuição
desde 07/1994 ou desde o início
das contribuições.
Isto é, nenhum salário de
contribuição é descartado (na
regra geral). Isto gera um impac-
to negativo na somatória final do
salário de benefício e por conse-
guinte, na renda mensal inicial.
No entanto, existe uma dis-
cussão quanto à aplicação ou
não da nova fórmula de cálculo
do benefício. Isso porque o texto
da Emenda não trata, em ne-
nhum momento, sobre o auxí-
lio-doença ou auxílio por inca-
pacidade temporária (fora a mu-
dança de nomenclatura).
Desta forma, há duas corren-
tes doutrinárias:
Interpretação ampliativa do
art. 26:
O entendimento ampliativo
do art. 26 da Reforma da Previ-
dência, reconhece que o auxílio-
doença (assim como quaisquer
benefícios previdenciários men-
cionados ou não no texto da Re-
forma da Previdência) será cal-
culado considerando os salários
de benefício de 100% da média
de todos os salários de contri-
buição.
Nos artigos 35 e 39 da Por-
taria n. 450, o Instituto Nacional
do Seguro Social, adotou a re-
ferida fórmula de cálculo do SB.
Importante lembrar que o
texto da Emenda Constitucional
autoriza a alteração na fórmula
dos cálculos através de lei, de
forma que alteração trazida por
norma de hierarquia inferior se-
ria inconstitucional.
No entanto, o ponto mais
problemático desta interpreta-
ção ampliativa (de 100% da mé-
dia de todos os salários de con-
tribuição) é que, na maior parte
dos casos, resultará em valores
inferiores de SB (salário benefí-
cio) e, portanto, de renda mensal
inicial, se comparado à segunda
interpretação possível (que leva
em conta apenas os 80% maio-
res salários de contribuição),
conforme abordarei na sequên-
cia.
Interpretação restritiva do art.
26:
Este entendimento doutrina-
rio é no sentido de que o referido
artigo somente se refere a pres-
tações com regulamentação
constitucional dos requisitos
pela Reforma, o que não é o caso
O auxílio-doença agora é denominado auxílio por incapacidade temporária. Conheça esta e outras
alterações trazidas pela EC 103/2019 e Portaria 450 do INSS.
do auxílio-doença.
Assim, tal entendimento se-
ria de que o cálculo de salário de
benefício do art. 26 da EC n.
103/2019 não se aplicaria ao
auxílio-doença, por ausência de
expressa previsão constitucio-
nal.
Restringe o caput do artigo
26 aos benefícios abordados pe-
la Reforma da Previdência. Des-
ta forma, o método de cálculo do
salário de benefício do auxílio
por incapacidade temporária se-
guiria sendo a média aritmética
simples dos 80% maiores salá-
rios de contribuição.
Ademais, seria uma regra
transitória e demandaria uma lei
para a regulamentação da nova
fórmula de cálculo, não bastan-
do apenas as portarias do INSS
para tanto.
2.2.1.2) Renda Mensal Inicial
A Reforma da Previdência não
resultou em alterações da RMI
do benefício do auxílio-doença.
Desta forma, o valor de 91% do
SB (salário de benefício) foi
mantido, não podendo ser infe-
rior ao salário mínimo e limitado
a média dos 12 últimos salários
de contribuição do segurado, in-
clusive em caso de remuneração
variável.
Vale ressaltar que o auxílio-
doença substitui a renda do se-
gurado afastado de seu trabalho
devido à incapacidade de exer-
cer suas funções.
Contudo, alguns colegas po-
derão se questionar: “A grande
parte dos benefícios previden-
ciários da atualidade possuem
cálculo da Renda Mensal Inicial
(RMI) partindo de 60% do valor
do salário de benefício. Isso
quer dizer que o auxílio-doença
pode ser mais favorável para o
cliente que a própria aposenta-
doria por invalidez?”
E, neste caso, digo que a res-
posta é SIM, por mais estranho
que pareça.
Isto porque o cálculo da RMI
do auxílio por incapacidade
temporária é de 91% do salário
de benefício, o que, na grande
parte dos casos, corresponde a
um valor superior. Já a RMI da
aposentadoria por incapacidade
permanente parte de 60% do
salário de benefício, que, con-
forme a Reforma, é calculado
sobre todos os salários de con-
tribuição e remunerações do se-
gurado.
Exemplo: se a média dos sa-
lários de contribuição de Maria
é de R$ 2.000,00 (dois mil re-
ais), já corrigida monetariamen-
te, e ela contribuiu com o perío-
do mínimo previsto em lei (15
anos), teria direito a uma RMI de
R$ 1.200,00 (mil e duzentos
reais) em caso de aposentadoria
por invalidez, ou seja, 60% da-
quele valor.
Contudo, em caso de auxílio
por incapacidade temporária, o
valor da RMI seria de R$ 1.820,
00 (mil oitocentos e vinte reais),
ou seja, 91% do salário de be-
nefício, sem maiores desdobra-
mentos.
Tal situação ocorre porque o
§ 2º do art. 26 da EC n. 103/
2019, que inseriu a nova fórmu-
la de cálculo da RMI (60% mais
acréscimos a partir de certo tem-
po de contribuição), não se apli-
ca ao auxílio-doença.
O referido dispositivo ex-
pressamente diz que o “valor do
benefício de aposentadoria cor-
responderá a 60% da média arit-
mética definida na forma previs-
ta no caput e no § 1º, com a-
créscimo de 2 (dois) pontos per-
centuais para cada ano de con-
tribuição que exceder 20 (vinte)
anos de contribuição” nos casos
definidos nos incisos do artigo.
Logo, tal regra não se aplica ao
auxílio-doença, que mantém seu
cálculo de RMI em 91% do SB.
3.2.2) Alteração da nomen-
clatura
Em cumprimento a
determinação da Reforma da
Previdência, a Portaria n.
450/2020, em seu art. 39,
estabeleceu que o auxílio-
doença seria renomeado como
auxílio por incapacidade
temporária, existindo nas
modalidades acidentário e
Conheça o novo auxílio-doença do INSS: o auxílio por incapacidade temporária
Em cumprimento a determi-
nação da Reforma da Previdên-
cia, a Portaria n. 450/2020, em
seu art. 39, estabeleceu que o
auxílio-doença seria renomeado
como auxílio por incapacidade
temporária, existindo nas moda-
lidades acidentário e previden-
ciário.
O primeiro, acidentário, tem
sua origem em incidentes que
geram incapacidade e são resul-
tantes de acidentes de trabalho
ou equiparados.
Exemplo: o caso de um mo-
torista de caminhão que, durante
um frete realizado para a sua
companhia, sofreu um acidente
que acarretou na fratura de uma
de suas pernas e, por isso, teve
seu afastamento por 6 meses re-
comendado pelos médicos.
É importante ressaltar que,
na eventualidade de concessão
do benefício por incapacidade
temporária acidentária, após o
fim da prestação, o segurado
possui a garantia de manuten-
ção do contrato de trabalho por
12 meses, conforme o art. 118
da Lei n. 8.213/91.
E, mesmo depois do fim do
auxílio-doença, o segurado po-
de receber o auxílio-acidente, se
as sequelas decorrentes das le-
sões forem constatadas.
Já a outra categoria, previ-
denciária, origina-se de uma in-
capacidade resultante de uma
doença não associada ao traba-
lho ou estado clínico não deriva-
do de acidente de trabalho ou e-
quiparado, que reduz a habilida-
de laboral do segurado de ma-
neira temporária.
Exemplo: engenheiro elétrico
que sofre de uma neoplasia ma-
ligna da próstata, ou um traba-
lhador rural que padece de do-
ença do trato urinário que o im-
possibilita de trabalhar. Ambas
incapacidades não possuem ca-
ráter vinculado aos seus traba-
lhos. Continua na página 09/12
Página 09/12 - Norminha - Nº 575 - 11/06/2020 - ANO 12 - DESDE 18/08/2009 - Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - Mte 51/09860
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Norminha, 11/06/2020 Por Marcelo Trigueiros
De acordo com o dicionário,
aposentar significa hospedar-se
em aposento, albergar-se, alo-
jar-se. Contudo, por diversas ra-
zões, já faz muito tempo que
grande parte dos trabalhadores e
trabalhadoras que se aposentam
não se recolhem de fato. Após
décadas e décadas de traba-
lho...eles continuam trabalhan-
do, mesmo depois da concessão
de aposentadoria do INSS.
A pandemia de coronavírus
gera forte impacto sobre as rela-
ções de trabalho. Isso evidente-
mente atingiu também os traba-
lhadores aposentados pelo INSS
que continuam trabalhando co-
mo empregados registrados.
O Governo Federal editou
uma série de Medidas Provisó-
rias que tem por objetivo evitar
as demissões em massa. Entre
elas a famigerada MP nº 936,
que autoriza a redução ou mes-
mo suspensão temporária do
pagamento de salários.
Tudo isso nos leva à per-
gunta: o trabalhador aposentado
pelo INSS que continua traba-
lhando como empregado, devi-
damente registrado, pode fazer o
acordo de suspensão ou redu-
ção de salários durante a pande-
mia de covid-19?
A MP nº 936 não proíbe a re-
alização do acordo com empre-
gado aposentado, mas indica
que ele não terá direito ao Bene-
fício Emergencial criado como
contrapartida pela redução ou
suspensão.
De fato, o artigo 6º, § 2º, inci-
so II, letra a da MP, estabelece
expressamente que o Benefício
Emergencial NÃO será devido ao
empregado que receber “benefí-
cio de prestação continuada do
Regime Geral de Previdência
Social ou dos Regimes Próprios
de Previdência Social”. É o caso
da aposentadoria.
Ocorre que no final do mês
de abril de 2020, a Secretaria
Especial de Previdência e Traba-
lho, vinculada ao Ministério da
Economia, publicou a Portaria
nº 10.486. Esta Portaria regula-
menta a MP nº 936, que havia
sido publicada no início do mês
e – agora sim – PROÍBE a pró-
pria realização do acordo de
suspensão ou redução dos salá-
rios dos trabalhadores que já
recebam benefício de prestação
continuada do Regime Geral de
Previdência Social ou dos Regi-
mes Próprios de Previdência
Social. A proibição consta do
artigo 4º, § 2º da Portaria.
Existem argumentos jurídi-
cos e legais bastante razoáveis
para discutir se a Portaria ex-
trapolou os limites do instru-
mento ao estabelecer a vedação
à realização de acordo nesta hi-
pótese. Mas, creio que a última
coisa que interessa a emprega-
dores e empregados neste mo-
mento de muitas incertezas é
correr riscos e adentrar o panta-
noso campo da insegurança ju-
rídica (e financeira).
Assim, na prática, se empre-
gador e empregado aposentado
pelo INSS firmarem acordo de
suspensão ou redução de salá-
rios, ele NÃO será aceito pelo
Governo e o empregado NÃO
receberá o Benefício Emergen-
cial.
Sem condição que suspenda
ou interrompa o contrato de tra-
balho, ele está em vigor. Isso
significa que o empregador se-
gue responsável pelo pagamen-
to de salários e demais encargos
trabalhistas.
Por isso, é fundamental que
o empregador adote alguma ou-
tra solução. Ele não deve sim-
plesmente deixar o trabalhador
tou os sistemas e-Ouv e-Aud.
Encontram-se, em andamento,
ações para avaliação dos riscos
para a integridade e a elaboração
do Plano de Integridade.
Também foi apresentado aos
conselheiros o Laboratório de I-
novação, que busca “apoiar, fa-
cilitar e realizar mudanças, envol
em casa sem salários, sob pena
de ter que arcar com os respec-
tivos pagamentos e outras pena-
lidades.
Falarei sobre essas alternati-
vas e apresentarei outras orien-
tações importantes logo a se-
guir. Mas se você já quiser saber
mais sobre tudo isso, indico o
VÍDEO COMPLETO que publi-
quei sobre o assunto:
A Medida Provisória nº 927,
também publicada durante a
pandemia, estabelece outras al-
ternativas para empregadores e
empregados. Entre elas:
- Antecipação de férias;
- Trabalho em home office;
- Banco de horas.
Já falei sobre a MP nº 927 e
sobre estas alternativas neste
outro VÍDEO.
Embora teoricamente o em-
pregado aposentado possa ser
dispensado sem justa causa se
não for titular de nenhum tipo de
estabilidade, é recomendável
que isso seja feito somente em
última hipótese, não “apenas”
por razões humanas e solidá-
rias, mas para minimizar riscos
trabalhistas. Pelas mesmas ra-
zões, antes de proceder ao des-
ligamento, é prudente que o em-
pregador busque orientação ju-
rídica adequada.
Do mesmo modo, caso o em-
pregador lhe apresente proposta
de suspensão ou redução de sa-
lários, recomendo que o empre-
gado busque auxílio jurídico. O
mesmo deve ocorrer se ele es-
tiver sem trabalhar e/ou sem re-
ceber salário. N
Por Marcelo Trigueiros
vendo pessoas para colaborar, a
fim de criar ou promover melho-
rias em produtos, processos ou
serviços relacionados à SST pa-
ra a organização (inovação orga-
nizacional) e para a sociedade
(inovação em SST)”.
A gestão também constituiu
um grupo de estudo para definir
a priorização de pesquisa na
instituição a partir de métodos
de priorização, análises dos se-
tores, causas e custos. A avalia-
ção dos projetos foi feita a partir
de um Comitê Avaliador. Os
projetos devem ter entre 3 e 6
participantes, e os grupos de-
vem ser multidisciplinares. Es-
tavam previstos, até o dia da
reunião, 18 projetos de pesquisa
para serem desenvolvidos este
ano.
N
Continuação da Página 08/12
4) Carência do auxílio-doen-
ça após a EC n. 103/2019
Não houve modificações na
carência do auxílio por incapaci-
dade temporária após a Reforma
da Previdência, mantendo-se
nos termos previstos pela Lei n.
8.213/91. Inclusive, o art. 5º, ca-
put, da Portaria n. 450/2020, ao
referir-se à carência, não previu
modificações para o benefício
em questão, pressupondo que o
determinado na Lei n. 8213/
1991 se mantém em vigor.
Dessa forma, como carência,
continuam sendo exigidas 12
contribuições mensais. Já no
caso do segurado especial, são
exigidos 12 meses de atividade
rurícola ou pesqueira em regime
de economia familiar de subsis-
tência.
Contudo, em certos casos
pode haver exceções que não re-
querem carência, podendo o be-
nefício ser atribuído de plano.
Estas situações acontecem devi-
do à incapacitações originadas
em acidentes de trabalho ou de
qualquer caráter, de doença do
trabalho, de doença profissional
ou de uma das moléstias graves
listadas em ato regulamentar.
Obs.: As citadas doenças
Empregado aposentado pode ter o salário reduzido ou suspenso durante a pandemia?
graves estão relacionadas no art.
151 da Lei n. 8.213/91. A neo-
plasia maligna (câncer), a escle-
rose múltipla e a tuberculose
são exemplos.
5) Conclusão
Assim como em outros bene-
fícios previdenciários e assis-
tenciais, as alterações são cons-
tantes e, apesar da Reforma da
Previdência não ter modificado
significativamente o auxílio, é
importante que o advogado do-
mine os pontos apresentados
neste artigo.
Gostaria novamente de Sali-
entar a importância do auxílio
por incapacidade temporária. A
sua incidência é muito comum
na atuação profissional previ-
denciária, sendo um benefício
extremamente relevante, ao tute-
lar a situação de incapacidade
temporária do segurado, que o-
corre com muita frequência, pe-
los mais diversos motivos.
Portanto, fiquem atentos,
principalmente, na questão do
valor do benefício, que promete
ser o centro de extensas discus-
sões. N
Alessandra Strazzi
Especialista em Direito
Previdenciário
http://alessandrastrazzi.adv.br
Norminha, 11/06/2020 Algumas cidades já estão ade-
rindo à flexibilização gradual
das atividades econômicas. Mas
uma das grandes preocupações
das pessoas está relacionada
com a retomada ao trabalho, é
importante criar novos hábitos
para que o retorno seja realizado
de forma segura.
O gerente de operações em
limpeza do Grupo Albatroz, Ge-
raldson Pinheiro, alerta que a-
lém dos cuidados pessoais, é
fundamental que o ambiente
corporativo seja higienizado de
forma correta, observando os
dias e horários de picos. “É re-
comendável que a limpeza do
elevador seja feita em intervalos
de 30 minutos, assim como nos
locais com o maior número de
circulação de funcionários”, ex-
plica.
Confira algumas dicas para
retornar ao trabalho:
- Ande com um borrifador
com álcool 70 para limpar as
superfícies que teve contato;
- Evite o uso do ar condicio-
nado, mantenha as portas e já-
nelas abertas;
- Na hora da refeição retire a
máscara sem tocar na parte da
frente, desamarre na parte de
trás e coloque em cima de um
papel;
- Toda vez que tocar na más-
cara limpe as mãos usando ál-
cool gel ou água e sabão se as
mãos estiverem visivelmente
sujas;
- Empresas com refeitório -
tente revezar o horário de almo-
ço, respeite o distanciamento e
use apenas os próprios utensí-
lios;
- A recomendação é que a
cada duas horas a mesa de tra-
balho seja higienizada por fun-
cionários de limpeza, mas é im-
portante manter o espaço sem-
pre limpo, utilize papel descar-
tável e álcool 70 para higienizar
seus objetos;
- Mantenha o distanciamento
recomendado entre as mesas;
- Tente fazer home office pelo
menos duas vezes por semana e
reuniões apenas virtuais;
- Não deixe de levantar para
tomar café ou ir ao banheiro,
mas lembre-se de utilizar álcool
em gel toda vez que retornar;
- Após chegar em casa, tenha
um lugar destinado para deposi-
tar os seus pertences de traba-
lho, tome banho na sequência N
Aposentado pelo INSS que atualmente trabalha como empregado
registrado pode fazer acordo de redução ou suspensão de salários?
O que a MP 936 e a Portaria 10.486 estabelecem sobre essa
questão? Quais as alternativas para empregadores e empregados
nessa condição?
Norminha, 11/06/2020 A Fundacentro realizou a pri-
meira reunião do Conselho Cu-
rador deste ano em 26 de maio,
de forma on-line, devido à pan-
demia. Os conselheiros aprova-
ram o relatório de gestão de
2019 e puderam conhecer algu-
mas ações realizadas pela insti-
tuição como o novo regimento
interno, a readequação da estru-
tura institucional e o planeja-
mento estratégico.
O mapa estratégico da Fun-
dacentro coloca o papel institu-
cional de 2020 a 2023. Nesse
período, a missão da instituição
é “produzir conhecimento apli-
cado para subsidiar políticas
públicas que promovam o traba-
lho seguro, saudável e produti-
vo”. Na produção de conheci-
mento, voltada para a Segurança
e Saúde no Trabalho - SST, re-
força-se a realização de pesqui-
sas aplicadas com foco em prio-
ridades estratégicas e o forne-
cimento de suporte técnico para
a atualização do marco regula-
tório na área.
Neste ano, a instituição pu-
blicou a política de riscos e ado-
Conselho Curador aprova relatório de gestão da Fundacentro
Foco da produção de conhecimento para os próximos anos é a
realização de pesquisas aplicadas e suporte técnico para
atualização da legislação em SST
Dicas de limpeza para a retomada ao trabalho
Página 10/12 - Norminha - Nº 575 - 11/06/2020 - ANO 12 - DESDE 18/08/2009 - Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - Mte 51/09860
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Norminha, 11/06/2020
O Ministério Público do Trablho
(MPT), por meio do Projeto Na-
cional de Adequação do Meio
Ambiente do Trabalho em Frigo-
ríficos, já assegurou medidas de
proteção à saúde de 170 mil tra-
balhadores só no período da
pandemia. Até o momento, fo-
ram firmados Termos de Ajuste
de Conduta (TACs) que abran-
gem 78 unidades frigoríficas no
país, abrangendo tanto as maio-
res empresas do setor como em-
presas de médio e pequeno por-
te.
As indústrias de abate e pro-
cessamento de carne brasileiras
vêm dialogando com o MPT pa-
ra definir medidas técnicas dis-
poníveis ao enfrentamento da
Covid-19 no setor.
Destaca-se que grandes em-
presas como BRF S.A, Marfrig
Global Foods e Aurora Ali-
mentos S.A pactuaram nacional-
mente junto ao MPT uma série
de medidas com o objetivo de
resguardar a saúde de seus em-
pregados que vão desde másca-
ras adequadas, proteção de gru-
pos vulneráveis até a garantia de
distanciamento mínimo entre
pessoas, inclusive na linha de
produção.
Neste contexto, o MPT, por
meio do Projeto Nacional de A-
dequação das Condições de
Trabalho em Frigoríficos, diante
de uma epidemia de tão elevada
complexidade, vem empreen-
dendo esforços na busca de so-
luções extrajudiciais de resolu-
ção de conflitos, com vistas à a-
doção de medidas de prevenção,
sendo todas embasadas em cri-
tério técnico científico.
Além de assegurar a saúde
dos trabalhadores, os acordos
dão segurança jurídica às em-
presas e garantem o abasteci-
mento de alimentos, sempre pri-
mando pela redução da reper-
cussão à saúde pública e por
harmonizar a redução dos riscos
de adoecimento do trabalho e a
produção econômica.
Para os procuradores do
MPT Priscila Schvarcz, Sandro
Sardá e Lincoln Cordeiro, os
compromissos assumidos con-
têm obrigações uniformes para
todo o setor, são completamente
exequíveis, evitam judicializa-
ções desnecessárias e dão se-
gurança jurídica ao setor. Os
procuradores afirmam que o fato
de estarem sendo firmados a-
cordos tanto com pequenas em-
presas como com empresas de
grande porte dão a certeza de
que, mediante diálogo social e
livre vontade patronal, qualquer
empresa, desde que queira, po-
de garantir a saúde de seus em-
pregados.
No caso da Covid-19, o MPT
tem por norte em primeiro lugar
garantir a saúde e a vida dos em-
pregados e vem atuando sempre
para assegurar a continuidade
das atividades dos frigoríficos
sob tal premissa. Somente são
adotadas medidas mais restriti-
vas quando ocorrem situações
de absoluto descontrole da epi-
demia dentro de unidades, capa-
zes de colocar em risco à saúde
e vida de pessoas, com sérias
repercussões para a saúde pú-
blica local.
Projeto
Cabe ressaltar que o Projeto
de Adequação do Meio Ambien-
te do Trabalho em Frigoríficos e-
xiste desde 2010. De lá para cá,
já foram firmados acordos com
todas as grandes empresas do
setor, para assegurar pausas de
recuperação térmica e de fadiga
Covid-19: MPT garante proteção de 170 mil trabalhadores do setor frigorífico
– 10 minutos a cada 50 minutos
ou de 20 minutos a cada 1h
40min de trabalho – que reduzi-
ram de forma substancial os a-
doecimentos nos frigoríficos e o
número de ações trabalhistas in-
dividuais e coletivas, benefi-
ciando cerca de 500 mil traba-
lhadores do setor.
A partir de 2015, o projeto
firmou acordos com as empre-
sas BRF S.A, JBS S.A, Aurora e
dezenas de outras visando a a-
dequação do ritmo de trabalho,
um dos fatores de maior risco
em frigoríficos. Os acordos, a-
lém de beneficiaram os trabalha-
dores do setor, são implemen-
tados progressivamente e sem
sobressaltos.
Os acordos sobre prevenção
à Covid-19, pausas e de ade-
quação do ritmo, além proteger
a saúde dos trabalhadores, tam-
bém beneficiam as empresas,
pois o amplo debate sobre cada
uma das cláusulas, em audiên-
cias profícuas e técnicas que
muitas vezes chegam a durar
mais de 10 horas, estabelece
com clareza e certeza no cumpri-
mento das mesmas.
Para os procuradores do
MPT que atuam no projeto, es-
tes compromissos assumidos
são fruto de em um diálogo ade-
quado e maduro com todo o se-
tor, ao longo de mais de uma dé-
cada, e resultam na melhoria das
condições de trabalho, garantin-
do que o abastecimento de ali-
mentos no Brasil e no Mundo o-
corra de forma a preservar sem-
pre a saúde e a vida dos traba-
lhadores de frigoríficos.N
Proteção
Por que a obesidade é um fator de risco para pessoas com Coronavírus?
Crédito: MPT/RS
Norminha, 11/06/2020 Segundo dados da Organização
Mundial da Saúde (OMS), paci-
entes com condições crônicas
pré-existentes, como diabetes e
hipertensão, apresentaram ver-
sões mais graves da doença
causada pelo novo Coronavírus,
a COVID-19. Isso significa dizer
que a infecção se desenvolveu
rapidamente para a síndrome do
desconforto respiratório agudo,
insuficiência respiratória aguda
e outras complicações.
Sabendo que a obesidade
anda de mãos dadas com essas
doenças crônicas, a preocupa-
ção para que ocorra o controle
adequado da pressão arterial e
dos níveis glicêmicos tende ser
ainda maior, além dos cuidados
individuais e coletivos como
medidas de proteção para assim
evitar a COVID-19 e suas com-
plicações.
O boletim do Ministério da
Saúde sobre a disseminação do
COVID-19 no Brasil, divulgado
no início de abril, apontou uma
nova tendência relacionada às
mortes por Coronavírus: a obe-
sidade estava mais presente nos
óbitos de jovens que os de ido-
sos.
Das 1.124 mortes registradas
até aquela data, 944 tinham sido
analisadas e catalogadas pelo
Ministério da Saúde. Dessas,
75% são de pessoas com mais
de 65 anos. Dentre os 43 casos
de pessoas obesas morreram
em decorrência do novo Coro-
navírus, 24 pacientes tinham
menos de 60 anos.
Mas muito antes do surgi-
mento da pandemia, a obesida-
de já vinha sendo uma preocu-
pação no país. Segundo a Pes-
quisa de Vigilância de Fatores
de Risco e Proteção para Doen-
ças crônicas por Inquérito Tele-
fônico (Vigitel), de 2018, do Mi-
nistério da Saúde, a prevalência
da obesidade voltou a crescer no
Brasil, principalmente entre os
adultos de 25 a 34 anos e 35 a
44 anos, com 84,2% e 81,1%,
respectivamente.
Quem é considerado obeso?
No caso da obesidade, o cri-
tério utilizado para avaliar e
classificar o estado nutricional
de uma pessoa é o Índice de
Massa Corporal (IMC), de acor-
do com as recomendações da
OMS. Esse índice é estimado
entre a relação peso e altura.
Sendo assim, a fórmula para o
cálculo do IMC é: peso (em kg)
dividido pela altura² (em me-
tros).
Ainda dentro desses parâme-
tros, uma pessoa é classificada
com excesso de peso quando o
IMC é igual ou superior a 25
kg/m² e classificada com obesi-
dade quando o IMC é igual ou
superior a 30 kg/m². Vale lem-
brar também que a doença pos-
sui três estágios: a obesidade de
grau 1 (IMC?30 kg/m² e IMC<35
kg/m²), a obesidade de grau 2
(IMC?35 kg/m² e IMC<40 kg/
m²) e o estágio mais grave, que
é a obesidade de grau 3 (IMC?
40).
Medidas de Cuidado e Pre-
venção
Mais uma vez, o cuidado
com a alimentação adequada e
saudável se faz necessária, prin-
cipalmente no contexto das pes-
soas que convivem com as do-
enças crônicas. Evitar alimentos
ultraprocessados ajuda tanto a
prevenir a hipertensão, diabetes
e obesidade, quanto a atenuar os
casos já existentes.
Apesar das limitações de es-
paço, também é tempo de im-
provisar e colocar a criatividade
em ação para que seu corpo não
fique parado. A atividade física
regular é uma excelente aliada
da sua saúde, principalmente pa
Norminha, 11/06/2020 Em tempos de isolamento so-
cial, novas medidas precisam
ser tomadas para que a sua situ-
ação financeira não caia em des-
controle. Mesmo que tenhamos
a consciência de que a atual
conjuntura dos fatores não seja
favorável à economia, que tal ir
em busca de métodos alternati-
vos que te ajudem a manter o
controle da situação e o seu sal-
do positivo?
Apesar dos nossos anseios e
desejos serem completamente
variáveis e dependentes de nos-
sa disponibilidade monetária,
pontuaremos, aqui, situações
que te ajudarão a economizar di-
nheiro independente da quantia
de que você disponha. São dicas
gerais que te ajudarão a repen-
sar como e quando gastar o seu
dinheiro sem terminar o mês no
vermelho. Vamos lá?
1 - Receitas e despesas na
ponta do lápis
Doenças crônicas associadas
à obesidade agravam o quadro
de pacientes com Covid-19
ra quem também sofre com es-
sas doenças. Invista em ativida-
des que podem ser feitas no dia
a dia, como subir escadas e rea-
lizar tarefas domésticas. Evite
também o comportamento se-
dentário, principalmente durante
o período de home office.
Mas além dessa dupla imba-
tível, as pessoas que já convi-
vem com as doenças crônicas
precisam estar atentas a algu-
mas medidas de proteção. É es-
sencial que elas tenham suas
vacinas em dia, principalmente
contra gripe e pneumonia, pois
evita o surgimento de infecções
secundárias.
Assim como ocorre com os
idosos, os pacientes crônicos
devem evitar sair de casa. Se o
serviço de saúde dispuser de
canais de comunicação à distân-
cia, como telefone, mensagem,
e-mail, as pessoas com fator de
risco devem ser as primeiras a se
beneficiar dessas ferramentas e
evitar ir à unidade de saúde
desnecessariamente.
Neste sentido, vale lembrar
que a telemedicina foi aprovada
para o período de emergência em
saúde pública decorrente de
COVID-19 pela Portaria nº 467,
de 20 de março de 2020, e é um
importante recurso para a manu-
tenção da atenção a doentes crô-
nicos. O mesmo vale para a tele-
enfermagem, autorizada por me-
io da Resolução COFEN nº
0634/2020. N
Saude Brasil
Ter noção de quanto será a
sua renda no final do mês e do
valor total das suas despesas
fixas é crucial para àqueles que
querem levar a vida sem pre-
juízo. Registrar e classificar to-
dos os seus gastos e movimen-
tações ou transações financeiras
decorrentes de pagamentos te a-
judará a entender exatamente
com o que você está gastando e
quais são realmente necessá-
rios.
Para esse tipo de controle,
deverão constar todos os tipos
de gastos feitos e o seu valor lí-
quido recebido no mês em
questão. Não se esqueça dos
gastos fixos como água, luz, a-
luguel, internet e afins, além dos
gastos variáveis como idas ao
cinema, restaurantes, delivery,
entre outras compras para lazer
e alimentação.
A partir disso, você poderá
entender quais os seus anseios
Continua na página 11/12
5 dicas infalíveis para nunca mais faltar dinheiro
na sua carteira
Página 11/12 - Norminha - Nº 575 - 11/06/2020 - ANO 12 - DESDE 18/08/2009 - Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - Mte 51/09860
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Qual doença dá direito a receber auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez?
Norminha, 11/06/2020
Meu amigo leitor, não imagina
como me fazem essa pergunta,
“Dra. Andrielly essa doença me
dá direito a aposentar por inva-
lidez? ”.
Vou responder já, pois não
gosto de deixar os leitores ansi-
osos ou obrigar que leia o texto
até o final, se não for de sua von-
tade.
Resposta: Posso lhe afirmar
que qualquer doença pode lhe
gerar direito auxílio-doença e
várias outras podem ser o fato
gerador da aposentadoria por
invalidez.
Antes de continuarmos, que-
ro convidar a ler meu artigo
“Guia completo da aposentado-
ria invalidez 2020”, basta clicar
aqui. Ah, vai abrir uma nova pá-
gina, mas leia depois desse ar-
tigo.
Fique comigo até o final e
não haverá mais dúvidas sobre
esse assunto.
Quem tem direito de receber
auxílio-doença?
Outra pergunta muito fre-
quente é “Dra. Andrielly, como
saber se tenho direito a auxílio-
doença? ”.
Primeiro, para que você te-
nha direito a receber o auxílio-
doença é necessário que esteja
incapacitado de forma temporá-
ria para atividade laboral que ha-
bitualmente exercia.
Isso quer dizer que qualquer
doença que lhe impeça de tra-
balhar pode ser fato gerador do
auxílio-doença.
Adoro exemplos, isso ajuda
a você entender a matéria.
Exemplo: Magali trabalha
com educação infantil, contudo,
contraiu um vírus gripal muito
forte e por dias está com febre,
sem voz e com dores no corpo,
inclusive possuí dificuldade de
se recuperar desse tipo de do-
ença.
Certamente que Magali deve
ser afastada do trabalho, por di-
versos motivos, já que está ab-
solutamente incapacitada de tra-
balhar com suas crianças, pois
sem voz, pode transmitir a do-
ença aos alunos, precisa ficar
em repouso, etc.
A incapacidade para o traba-
lho (empregado ou autônomo)
pode ser resumida como a im-
possibilidade física ou mental
para o exercício da sua atividade
profissional.
Contudo, a concessão do au-
xílio-doença vai depender do
tipo da doença, qual trabalho
você desempenha, quais os re-
sultados da doença em face ao
seu trabalho.
Quem tem direito de receber
aposentadoria por invalidez?
A aposentadoria por invali-
dez, que trocou de nome com a
reforma da previdência e agora é
chamada de aposentadoria por
incapacidade permanente, nor-
malmente decorre de auxílio-
doença.
Terá direito a receber a apo-
sentadoria por invalidez a pes-
soa que está absolutamente in-
capaz para o trabalho que habi-
tualmente exercia e insuscetível
de reabilitação profissional.
Lembro a você que não existe
uma tabela de doenças que con-
cede direito a aposentadoria por
invalidez.
A concessão depende da a-
nálise do perito médico do IN
SS, que avaliara entre outras
coisas, se a doença que você
está acometido lhe incapacita de
forma permanente para o traba-
lho que exercia (empregado ou
autônomo) e se você deve ou
não ser encaminhado a reabilita-
ção profissional.
Você gostaria de um exem-
plo, tenho certeza, então vamos
lá!
Exemplo: Pedro, administra-
dor, com 26 anos, trabalhava
como gerente de um setor de te-
lemarketing em uma grande em-
presa, muito próxima de sua re-
sidência, ocorre que um dia Pe-
dro sofre um acidente grave e
perde a visão do olho esquerdo,
bem como, fica com redução de
movimentos na perna direita.
Ocorre, que após Pedro rece-
ber auxílio-doença e se recupe-
rar do acidente, exceto quanto as
sequelas, o perito do INSS lhe
concede “alta” para que retorne
ao trabalho.
Veja que no caso de Pedro as
sequelas não lhe impedem de
desempenhar suas funções de
gerente (em tese), pois as limi-
tações físicas, ainda que graves,
lhe permitem trabalhar.
Não se esqueça, isso é ape-
nas um exemplo, claro que vá-
rios outros fatores devem ser a-
nalisados, mas o que quero de-
monstrar é que não basta pos-
suir uma “incapacidade” grave,
e sim, que essas em conjunto
com outros fatores lhe impeçam
de trabalhar.
Vamos a mais um exemplo?
Exemplo 02: Pedro, adminis-
trador, com 26 anos, trabalhava
como gerente de um setor de te-
lemarketing em uma grande em-
presa, muito próxima de sua re-
sidência, ocorre que um dia toda
a família de Pedro sofre um gra-
ve acidente. Nenhum dos famí-
liares sobrevive ao acidente.
Acontece que Pedro, entra
em um estado de depressão pro-
fundo, com diversos interna-
mentos e dependência de remé-
dios controlados, precisa de su-
pervisão e cuidados constantes.
Pois bem, após um ano rece-
bendo auxílio-doença o perito
do INSS decide aposentar Pedro
por invalidez.
Veja que no exemplo 02 não
existe dano físico que impeça
Pedro de trabalhar, mas a situa-
ção ocorrida com a família dele
o impossibilitou psicológica-
mente, o que gerou a aposen-
tadoria por invalidez, nada im-
pede que Pedro no decorrer dos
anos se recupere e volte a tra-
balhar.
Como dito, as situações são
apenas exemplos, para tentar i-
lustrar a particularidade dos be-
nefícios previdenciários.
Lembre-se, não existe verda-
de absoluta! Cada caso deve ser
analisado dentro do contexto da
pessoa que requer o benefício,
na dúvida consulte um profis-
sional antes.
Quais são os documentos
necessários solicitar o auxílio-
doença ou aposentadoria por in-
validez?
- Atestados médicos, laudos
e exames referente a doença (os
que você conseguir, quanto
mais melhor);
- RG, CPF ou documento que
permita a sua identificação;
- Carteira de trabalho (quan-
do empregado ou se já foi em-
pregado um dia);
- Carnê do INSS (GPS) – se
for autônomo ou se já contribui
como em algum dia;
- Para o empregado: docu-
mento assinado pelo emprega-
dor com a data do último dia de
trabalho (chama-se DUT);
- Para o trabalhador rural, la-
vrador ou pescador: documen-
tos que provem o trabalho nes-
sas qualidades de rural, lavrador
ou pescador (notas fiscais, reci-
bos, contratos, declarações de
sindicatos).
Preciso estar trabalhando
para ter direito ao auxílio-doen-
ça ou aposentadoria por invali-
dez?
Como você já sabe amigo
leitor, sou direta, e a resposta é
NÃO!
O auxílio-doença ou aposen-
tadoria por invalidez podem ser
concedidos a pessoas que não
estão trabalhando quando do
pedido, nos seguintes casos:
Primeiro exemplo, você per-
deu o emprego há mais de 08
meses, e sofre um acidente gra-
ve “hoje”. Você está protegido
pelo que o INSS e a legislação
chamam de período de graça.
Isso quer dizer que por deter-
minado período de tempo (perí-
odo de graça), mesmo que não
esteja contribuindo como em-
pregado ou autônomo, você está
assegurado pelo INSS, em regra
são 12 meses, mas em alguns
casos pode ser até 36 meses ou
mais.
Vamos a mais um exemplo?
Segundo exemplo, faz 02
anos que você saiu do emprego,
mas sabe que está doente muito
tempo antes de sair do emprego.
Desse modo, a sua data de
início da incapacidade, está fixa-
da antes da data de saída do em-
prego e antes de perder a quali-
dade de segurado da previdên-
cia social.
Se você saiu doente e inca-
pacitado do trabalho, possuía
direito ao auxílio-doença antes
da demissão.
Dessa forma, poderá reque-
rer o auxílio-doença “hoje” e re-
ceber, se comprovar perante ao
perito do INSS essa situação.
Em regra, não receberá valores
atrasados, e sim, da data do pe-
dido para frente.
Meu amigo leitor, são vários
exemplos, cada caso é um caso
e demanda análise. Uma coisa é
certa, sempre aconselho a con-
sultar um profissional e não se
aventurar.
Como fazer o pedido no IN
SS de auxílio-doença ou apo-
sentadoria por invalidez?
- Primeiro você deve agendar
um atendimento junto ao INSS,
clique aqui.
- Observação: Não existe a-
gendamento para aposentadoria
por invalidez, sempre agende
auxílio-doença.
- O agendamento pode ser
feito pelo número 135
- O agendamento pode ser
feito através do site da previ-
dência social (clique neste link
para agendar).
- Imprima o comprovante de
agendamento do auxílio-doença
e leve junto com os documentos
listados acima.
- Se você é trabalhador em-
pregado peça para o responsá-
vel pela empresa, na qual tra-
balha, confirmar a data do seu
último dia de trabalho (anterior
ao acidente), bem como, assinar
e carimbar seu comprovante de
requerimento de auxílio-doença.
Antes de realizar o requeri-
mento de auxílio doença, separe
toda a documentação que listei
acima, e na dúvida consulte um
profissional.
E não esqueça que ainda que
você não estiver trabalhando no
momento do pedido, ainda pode
ter direito a receber o auxílio-
doença ou aposentadoria por in-
validez. N
Dra. Andrielly Scrobot,
advogada, Curitiba.
Continuação da página 10/12
variáveis são inevitáveis e quais
são de cunho pontual, permitin-
do compreender quais suas a-
ções pesam mais no seu bolso
para que possa diminuir ou eli-
minar esses gastos de uma vez
por todas.
Vale também ressaltar que o
mesmo pode ser feito com suas
fontes de renda. Assim, você po-
derá cruzar as informações e
direcionar quais quantias serão
utilizadas exclusivamente para o
pagamento de determinadas
despesas.
2 - Nem sempre querer é po-
der!
Tendo em vista que a partir
de agora você poderá ter mais
controle sobre as suas receitas e
despesas mensais, que tal rea-
ver alguns costumes que são in-
constantes na sua rotina?
Aqui, poderemos pontuar di-
versas situações que vão de ati-
tudes básicas de reeducação de
hábitos, até situações mais pon-
tuais, mas que te impedem de
fechar o mês com saldo positi-
vo. Vamos pontuar alguns?
Apagar a luz ao sair do quarto.
Fechar a torneira enquanto
escova os dentes.
Pagar apenas por aplicativos
e franquias que você realmente
utilize.
Ligar o ar-condicionado ape-
nas na hora de dormir, caso re-
almente seja necessário!
Evitar passar muito tempo
debaixo do chuveiro e, se possí-
vel, variar entre o uso de água
quente e fria ao longo da sema-
na.
Tirar os eletrodomésticos da
tomada quando não estiverem
sendo utilizados.
Elencar quais as festas você
realmente quer ir e irá se divertir
mais.
Optar por entregas gratuitas
nos aplicativos de delivery.
Priorizar gastos que possam
te trazer algum tipo de benefício
interno, como satisfação, alegria
e prazer.
Entre outras atitudes que po-
dem salvar a sua conta bancária
no final do mês.
3 – Esteja sempre um passo
à frente das suas despesas
Querer mais do que realmen-
te conseguimos arcar é uma prá-
tica bastante humana e aceitável
até certo ponto. Porém, para que
você realmente consiga alcançar
novas conquistas e atingir no-
vos patamares é preciso ir além
do que você já faz. Então, que tal
deixar de se contentar apenas
com o seu salário e ir atrás de
uma fonte de renda extra?
Organize o seu tempo para se
empenhar a projetos que te fa-
çam bem e que você tenha total
segurança daquilo. Esses proje-
tos podem ir desde a venda de
doces por encomenda, auxiliar
de ações pontuais, até mesmo o
desenvolvimento de trabalhos
freelancer na sua área afim.
Uma boa tática também, para
que você que não possui tanto
tempo disponível, é investir o
seu dinheiro em “alguma coisa”,
pode ser a compra de um imóvel
para alugar, fechar parcerias
com profissionais da sua área,
entre outras coisas.
Trabalhos alternativos são
responsáveis, desde 2017, pela
maior parte das fontes de renda
dos brasileiros, o que demons-
tra a necessidade que temos de
ir em busca de novas perspec-
tivas sociais.
4 – Mantenha os seus gastos
na sua fatura atual
Evitar efetuar compras a pra-
zo é a melhor alternativa para
você que está sempre no limite
do seu orçamento. Compras di-
vididas em infinitas parcelas de-
vem ser utilizadas apenas para
situações em que realmente não
há como pagar todo o valor à
vista como, por exemplo, a com-
pra de um supercomputador, um
carro ou imóvel.
Porém, para situações em
que a quantia não é tão elevada
e que é necessário apenas pla-
nejamento, faça as contas e veja
quanto tempo você precisa para
economizar e ter toda aquela
quantia para obter o bem dese-
jado. Assim, você evitará despe-
sas a longo prazo e descontrole
nas suas dívidas.
Dica de ouro: Uma maneira
para você evitar as tentações da
compra parcelada é deixar ao
máximo o seu cartão de crédito
de lado e usar apenas dinheiro
em espécie ou débito.
5 – Programe suas contas e
quite suas dívidas
Se você já possui dívidas e
se descontrolou mais ainda ao
longo desse período, tudo bem!
Está na hora de se planejar e e-
lencar quais as suas prioridades
a partir de agora.
Primeiramente, planeje como
você irá efetuar o pagamento
dessas dívidas classificando ca-
da uma delas por ordem de im-
portância, vencimento, juros e
multas. Depois disso, organize o
seu salário de forma em que
sempre haja uma parte destina-
da ao pagamento das dívidas
pendentes.
Ao fim disso, mantenha o rit-
mo e volte até a nossa primeira
dica em que falamos sobre re-
gistrar e classificar gastos! As-
sim, você não cairá novamente
nesse looping de dívidas e se
manterá longe do endividamen-
to compulsivo.
Espero que tenha gostado
deste material! N
Até a próxima!
Fernando Zaneli
Página 12/12 - Norminha - Nº 575 - 11/06/2020 - ANO 12 - DESDE 18/08/2009 - Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - Mte 51/09860
Distribuição gratuita. Permitido imprimir no formato A3 para uso interno - Direitos Reservados - www.norminha.net.br - TM&M Ltda. - 07843347 - Norminha 575 - 11/06/2020 - Fim da Página 12/12
Norminha, 04/06/2020 A multinacional alemã Pilz do
Brasil, empresa fornecedora de
sistemas de automação e solu-
ções de segurança para máqui-
nas, promoveu na última quinta-
feira (04), uma palestra on-line
gratuita sobre "Soluções NR-12
em Frigoríficos: Segurança sem
perder a produtividade".
Segundo o palestrante, Hen-
rique Santana, consultor de ne-
gócios da Pilz, esse tema é bem
relevante porque o mercado de
proteína animal cresce a passos
largos, mesmo em tempos de
pandemia.
Os principais tópicos de dis-
cussão incluem a introdução à
Norminha, 11/06/2020 Palavra do Zezo
Em outubro de 2006, o Ministé-
rio da Agricultura pediu a con-
vocação de assembleia extraor-
dinária da Organização Interna-
cional de Saúde Animal (OIE),
em Paris, o que ocorreria em
2007, para que este organismo
fizesse o reconhecimento de
Santa Catarina como área livre
de aftosa sem vacinação. Na o-
casião, o então ministro Luiz
Carlos Guedes Pinto atendia pe-
dido de uma comissão de alto
nível formada por dirigentes da
Faesc, do Sindicarne, da Secre-
taria de Estado da Agricultura e
do governador Eduardo Pinho
Moreira.
A comissão entregou ao mi-
nistro, em Brasília, um dossiê
comprovando que, na prática, o
estado já desfrutava dessa con-
dição (área livre sem vacinação),
mas faltava a chancela da insti-
tuição mundial.
Palestra on-line discute soluções da NR-12 para o
setor frigorífico
NR-12; conceitos de segurança
e aplicação; e apresentação de
soluções para frigoríficos.
"Precisamos, cada vez mais,
investir em segurança dos cola-
boradores, seguindo às normas
vigentes no país. Hoje, há no
mercado modernas soluções, de
fácil manutenção e grande dura-
bilidade, que aumentam a pro-
dutividade e tornam o processo
mais seguro", afirmou Santana.
N Carnetec
Na ocasião, como presidente
da Faesc, ressaltei ao ministro
que o estado estava há 14 anos
sem ocorrência de aftosa e há
seis anos sem vacinação, confi-
gurando um status sanitário ú-
nico no Brasil. Hoje, já são 28
anos sem a doença e 20 anos
sem a vacinação. O ministro não
apenas assumiu o compromisso
de defender o estado junto à OIE
como também apresentou o cro-
nograma de trabalho, com o de-
talhamento das atividades que
sustentariam o projeto de defini-
ção de Santa Catarina como zo-
na livre de aftosa sem vacinação.
Nossa missão foi vitoriosa. A
reunião da comissão científica
da OIE ocorreu em março de
2007 e aprovou o pedido brasi-
leiro. Em maio do mesmo ano,
em Paris, a 66ª Assembleia A-
nual da OIE proclamou Santa
Catarina como área livre de af-
tosa sem vacinação, a qual tive a
honra de participar.
Norminha, 11/06/2020 A propagação da covid-19
tornou-se uma das principais
preocupações das empresas ho-
je, que estão adotando uma série
de ações para garantir a saúde
de seus colaboradores. Para
compartilhar experiências, a The
LYCRA Company, líder global
no desenvolvimento de solu-
ções inovadoras para a indústria
de vestuário, promoveu o webi-
nar “A experiência da indústria
no combate aos efeitos da pan-
demia”, realizado no último dia
29 de maio.
Para o diretor de operações
da The LYCRA Company no Bra-
sil, Sergio Stella, como a em-
presa é global, desde janeiro já
eram monitoradas as operações
da China. “Quando a doença
chegou ao Brasil, já tínhamos
conhecimentos das práticas das
outras unidades e também de
outras companhias. Então, ado-
tamos as medidas rapidamente,
pois o mais importante era pro-
teger a equipe”.
A gerente de Meio Ambiente,
Saúde e Segurança da fabricante
de fios, Vanessa Thomaz Moya,
disse que o trabalho de pre-
venção foi dividido em três fren-
tes principais: Higiene, Restri-
ção de Acesso e Distanciamento
Social. “Além das medidas mais
básicas, como uso de máscaras,
de dispensers de álcool em gel e
distanciamento, os líderes se a-
fastaram para diminuir a quanti-
dade de pessoas na fábrica. Eles
vão menos vezes à unidade e fa-
zem reuniões com a área ope-
racional por meio de dispositi-
vos móveis. Ainda assim, as ati-
Esse reconhecimento revolu-
cionou o mercado de carnes,
proporcionando o início das ne-
gociações para exportação de
carne suína, bovina e de aves
para diversos países do mundo.
Hoje, ao festejar essa con-
quista, é justo e necessário as-
sinalar que o estado de Santa
Catarina, em razão de um sério e
perseverante trabalho dos pro-
dutores rurais, das agroindús-
trias e do governo catarinense,
criou, manteve e aperfeiçoou um
notável sistema de defesa e vigi-
lância sanitária animal que se
tornou um paradigma nacional
com reconhecimento internacio-
nal.
Importante também realçar o
papel do Instituto Catarinense
de Sanidade Agropecuária (Ica-
sa), dentro do Sistema Único de
Atenção à Sanidade Agropecuá-
ria (Suasa), em Santa Catarina.
Parceiro do Sistema Faesc, o
Icasa contribui para a manuten-
Webinar contou com a participação de executivos da marca
LYCRA® e da Cargill
vidades prosseguem normal-
mente. Até conseguimos a reno-
vação da certificação ISO 14000
por meio de avaliações de forma
remota”, detalha.
O diretor de EHS da Cargill
para o Brasil, Ricardo Sousa,
disse que a empresa adotou vá-
rias medidas similares às adota-
das pela The LYCRA Company e
outras multinacionais nas suas
cerca de 150 localidades no Bra-
sil. Entre as ações mais diferen-
ciadas, a empresa tem feito o
uso mais expressivo de tecnolo-
gias, como drones para verifica-
ção dos cilos. Ao mesmo tempo,
adotou um aplicativo para aju-
dar no processo de rastreabi-
lidade dos colaboradores que
possivelmente possam ter tido
contato com um infectado, iden-
tificando quais pessoas preci-
sam ser colocadas em quaren-
tena preventiva.
“A Cargill também está utili-
zando um teste de odor, o smell
test, com o uso de vinagre, na
entrada das unidades. Um estu-
do identificou que aproximada-
mente 66% de pessoas infec-
tadas e assintomáticas perdem o
olfato. Com isso, verificamos
prováveis casos e afastamos
esses profissionais por 72 horas
para constatar possíveis mani-
Aftosa: 20 anos sem vacinação, 28 anos sem a doença ção do status sanitário catari-
nense e realiza por ano, com o
apoio dos sindicatos rurais, a-
proximadamente, 50 mil visitas
orientativas às propriedades
com criação de animais.
Assim, Santa Catarina tor-
nou-se uma ilha de sanidade em
todo o país porque, paralela-
mente à produção de alimentos
cárneos, opera um avançado e
competente sistema de vigilân-
cia, fiscalização e controle sani-
tário que monitora todas as fa-
ses da produção pecuária. Esse
sistema foi estruturado árdua-
mente e exigiu sacrifícios, in-
vestimentos, estudos e pesqui-
sas da sociedade, tornando-se,
portanto, um patrimônio dos ca-
tarinenses, dos produtores ru-
rais e das agroindústrias.
Uma avaliação retrospectiva
revela que chegar a essa con-
quista, hodiernamente consoli-
dada, não foi fácil. Recordo que
houve quem entrou em juízo con
Indústrias explicam principais ações no combate aos efeitos da pandemia
festações de outros sintomas”,
destaca Sousa.
A vice-presidente para Amé-
rica do Sul da The LYCRA Com-
pany, Adriana Morasco, diz que
apesar do afastamento da equi-
pe, a área de Recursos Humanos
está muito próxima de todos. “Já
estamos há quase 10 semanas
isolados, vivendo um momento
completamente diferente. É
compreensível que tenhamos al-
tos e baixos. Por isso, o RH está
bem perto de todos para ajudar
no caso de problemas físicos ou
psicológicos. Estamos próxi-
mos, apesar de distantes física-
mente”.
Para Sérgio Stella, parte das
medidas adotadas hoje deve
permanecer mesmo com o fim
da pandemia. “Ao mesmo tem-
po, o modo de trabalhar está
mudando. Acredito que há ten-
dência de contratação de espe-
cialistas de forma remota, que
atenderão as empresas de forma
local, regional e global”, con-
clui.
Caso não tenha assistido ao
webinar e queira saber sobre
todas as medidas, acesse o ví-
deo no canal da marca LYCRA®
Brasil no YouTube:
N
tra a suspensão da vacinação.
Podemos festejar e planejar.
Potencial para crescimento é o
que não falta ao Brasil e a Santa
Catarina, que possuem aptidão
natural para pecuária em função
de suas excepcionais condições
edafoclimáticas e, ainda, possi-
bilidades de obtenção de ex-
pressivos ganhos de produtivi-
dade. Isso é resultado de traba-
lho, pesquisa, ciência e dedica-
ção.
N
José Zeferino Pedrozo, o Zezo, é
presidente da Federação da
Agricultura e Pecuária do Estado de
SC (Faesc) e do Conselho de
Administração do Serviço Nacional
de Aprendizagem Rural (Senar/SC),
e ex-presidente da Aurora Alimentos
O Médico do Trabalho não
vai atrapalhar?
Norminha, 11/06/2020 Por Mário Sobral*
Professor, o que o senhor achou
do item da nova NR 07 que esta-
belece que o médico responsá-
vel pelo PCMSO, caso observe
inconsistências no inventário de
riscos da organização, deve rea-
valiá-las em conjunto com os
responsáveis pelo PGR?
Achei excelente!
Mas o senhor não acha que
pode ter uma intromissão do se-
tor de Saúde na Segurança do
Trabalho?
Não acho, não. O que você
está chamando de intromissão,
eu chamo de trabalho em equi-
pe. Na verdade, se você pensar
bem, em empresas que já traba-
lham com um sistema de gestão,
esta relação de proximidade en-
tre estes setores já existe.
Mas e se eu não concordar
com o médico, vou ter de seguir
as alterações solicitadas?
Meu filho, neste caso não é
uma questão de concordar, mas
sim de um alinhamento dos ar-
gumentos para chegar a um
consenso. Estou até estranhan-
do esta sua resistência, pois já
ouvi você reclamando que traba-
lhou em empresas em que o
médico nem lia o seu PPRA e a-
gora que há um direcionamento
para que se trabalhe com uma
real visão de SESMT e não ape-
nas de dois setores separados
você está com esta conversa.
Desculpe, professor! Meu
medo é de o Médico solicitar
uma alteração e ter de mudar al-
go que não concorde.
Entendo, mas não concordo.
Primeiro você está antecipando
um problema que nem sabe se
irá ocorrer, segundo, ter discor-
dâncias é saudável e sempre se-
rá possível contra argumentar e
mostrar tecnicamente o seu
ponto de vista e se por acaso,
que eu acho difícil, você vir a ser
obrigado a alterar algo, você de-
ve registrar a ocorrência (pode
ser enviando um e-mail expli-
cando seu ponto de vista) ou em
casos extremos, pedir demis-
são, mas na minha opinião você
está criando um problema que
não existe e que eu considero
ser um benefício ter sido inseri-
do este item na norma.
N *Mário Sobral Jr
Eng. de Seg. do Trabalho.
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Segurito 165
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