Norminha
Desde 18/08/2009
Nesta edição: 09 páginas Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - 51/09860-8 - Ano 11 - 28 de novembro de 2019 - Nº 547
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Senac realiza evento sobre
economia criativa e
sustentabilidade em
Araçatuba e Birigui (SP)
Norminha, 28.11.2019 O VivaCidade Senac, evento que debate for-
mas inovadoras de desenvolvimento e-
conômico, terá uma programação de a-
tividades nas unidades do Senac em
Araçatuba e Birigui (SP) entre os dias 3
e 7 de dezembro.
Focada nos conceitos de economia
criativa, inovação e sustentabilidade,
que pautam novos comportamentos e a
transformação da realidade, a iniciativa
pretende mobilizar profissionais, estu-
dantes e a população.
Aberto ao público, o evento contará
com uma exposição sobre moda criati-
va em Araçatuba e rodas de conversas
nas duas unidades. Intervenções na
melhoria da cidade, discussões de polí-
ticas públicas e promoção da cidadania
nortearão estas atividades.
Todas as atividades são gratuitas.
Para algumas, há necessidade de ins-
crição prévia no www.sp.senac.br por
conta do número limitado de vagas.
Na região, além das unidades de A-
raçatuba e Birigui, Catanduva e Votupo-
ranga também têm programações es-
peciais.
Roda de Conversa: Sustentabilidade
e Economia Criativa. 3 de dezembro das
19h30 às 21h30. Birigui - gratuito
Exposição: Moda Criativa, 3 a 7 de
dezembro de terça a sexta-feira, das 8
às 21 horas, e sábado, das 8 às 14 ho-
ras. Senac Araçatuba. Gratuito. N
Comendadores de SST 2019
Norminha, 28/11/2019 Em nome dos Comendadores de Segu-
rança e Saúde no Trabalho, ANIMASEG
(Associação das Indústrias de Materiais
de Segurança) e entidades parceiras,
estará realizando no próximo dia 05 de
dezembro, em São Paulo, Cerimônia
dos premiados de 2019.
Entre os premiados estarão Enfer-
meiros do Trabalho, Engenheiros de
Segurança, Empresários do setor, Ergo-
nomistas do Trabalho, Higienistas Ocu-
pacionais, Médico do Trabalho, Fono-
audiólogos do Trabalho e Técnicos de
segurança do Trabalho. N
Norminha 28/11/2019
A Comissão Tripartite Paritária Perma-
nente (CTPP) do Ministério da Eco-
nomia, colegiado esse responsável pela
revisão das Normas Regulamentadoras
de Segurança e Saúde no Trabalho, a-
diou a discussão das NR4 (SESMT) e
NR5 (CIPA) para março de 2020. A de-
cisão foi tomada em reunião no último
dia 21 de novembro.
Uma nova reunião foi marcada para
o período de 17 a 19 de dezembro, o-
portunidade que serão deliberados os
CTPP adia para 2020 discussão das NRs 4 e 5 para 2020
SINTESP realiza evento para
homenagear TSTs Norminha, 28/11/2019 O SINTESP (Sindicato dos Técnicos de
Segurança do Trabalho no Estado de
São Paulo) irá realizar evento para ho-
menagear os Técnicos de Segurança do
Trabalho em São Paulo.
O encontro será realizado no dia 29
de novembro, a partir das 9horas na
UGT Rua Aguiar de Barros, 144 – Bela
Vista (estação de metrô mais próxima
SÉ).
As inscrições devem ser feitas no
www.sintesp.org.brcursoseeventos
Ocorrerá também a entrega do Prê-
mio Sintesp 2019, sorteio de brindes,
homenagens e a apresentação da pa-
lestra “Avanços e retrocessos na revi-
são das NRs (NR4; NR9; NR18 e PGR)
a ser proferida por Armando Henrique
(Presidente da FENATEST e Diretor do
Sintesp. N
Norminha, 28/11/2019 Norminha, com apoio do SESMT das
Bebidas Funada de Presidente Pruden-
te, interior paulista, formou mais uma
turma de instrutores da NR20.
O curso foi de capacitação e permite
aos participantes a realização de treina-
mento no itens que exigem a NR20.
O curso foi realizado na Sala de trei-
namento das bebidas Funada e a turma
se junta aos demais profissionais, que
Novos instrutores NR20
durante esse 2019 realizaram treina-
mento para ampliar perfil de proficiên-
cia nos treinamentos relacionados a tra-
balho em altura e espaços confinados.
Nesta sexta-feira, dia 29 de novem-
bro, mais uma turma de instrutores e
Supervisores de Entrada em Espaços
Confinados, concluem formação em
Araçatuba (SP).
Para 2020, Norminha está planejan-
do levar os cursos para outros lugares.
27 de Novembro Neste Dia Nacional dos
Técnicos e Engenheiros de Segurança do Trabalho, parabenizamos a todos
profissionais que estão na labuta em prol da saúde
e segurança do trabalhador! PARABÉNS!!!
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novos textos das NRs PGR, 09, 07, 17 e
18 e os anexos referentes a ruído (NR15
Anexos I e II).
Foi aprovada ainda, a prorrogação
de entrada em vigor de aproximada-
mente 60 itens da NR37 (Plataformas de
Petróleo) para dezembro de 2020, per-
manecendo a entrada da vigência dos
demais itens da norma para dezembro
de 2019. N
- SECRETARIA TRABALHO - ARQUIVOS - INMETRO - ANAMT - CBO - CA EPI - OBSERVATÓRIO SST - OBSERVATÓRIO VIÁRIO - MINISTÉRIO DA ECONOMIA - FACEBOOK NORMINHA - FUNDACENTRO - OIT BRASIL - ABHO - NRs
A síndrome da suspensão inerte: “O perigo secreto do trabalho vertical”
Página 02/09 - Norminha - Nº 547 - 28/11/2019 - ANO 11 - DESDE 18/08/2009 - Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - Mte 51/09860
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po do trabalhador em questão de al-
guns minutos e podem variar desde a
falta de oxigenação dos membros infe-
riores à oxigenação deficiente para o
cérebro, entre inúmeros outras inúme-
ras consequências sintomáticas como
palpitações, tontura, náusea, dor de ca-
beça, zumbidos no ouvido, sudorese,
perda de visão, dormência nas pernas,
hipotermia, desmaio, traumas, altera-
ção da pressão arterial, arritmia cardía-
ca, insuficiência respiratória, asfixia
mecânica, convulsão, está bom né, mas
podem ter outras situações ainda além
dessas, por isso amigo e amiga, fique
ligado e se informe o máximo que pu-
der.
Quando mostramos acima o estudo
sobre veias, artérias e capilares, está-
vamos nos referindo as principais do
corpo humano e que podem ser preju-
dicadas por uma queda retida e muito
mais pela suspensão e imobilidade do
trabalhador, veja a foto abaixo os pon-
tos entre veias e artérias que podem ser
lesionadas.
Conforme a postagem em nossa pá-
gina no dia 30 de Setembro de 2019 re-
ferenciamos um simples e completo e-
xemplo, bem próximo da realidade vivi-
da por trabalhadores diversos em suas
jornadas diárias de trabalho, afirmamos
isso quando figurativamente aponta-
mos para dois trabalhadores que este-
jam fazendo a instalação de ar condici-
onado na varanda de um prédio de nove
andares, ancorados com uma linha de
vida provisória instalada no próprio
prédio para retenção de quedas, até ai
tudo bem e agora vamos dizer que em
algum momento durante a instalação do
ar condicionado, um dos trabalha-dores
tropeça ou falha e cai da varanda, o
sistema de retenção com absorvedor de
energia é acionado, a queda é in-
terrompida desaceleradamente e o cho-
que no corpo do profissional é limitado
graças ao seu dispositivo de retenção
com absorvedor de energia, bom, até ai
tudo bem, certo?
Mas o que estamos dizendo e preo-
cupados, justamente porque quase nin-
guém considera importante, é que não
basta impedir que o operador de ar con-
dicionado caísse no chão, independen-
te da altura que esteja, até porque em
outro momento, iremos escrever sobre
a questão dos impactos de uma queda e
que não está necessariamente relacio-
nada diretamente a altura, mas forma
como o trabalhador cai, nem adianta, a-
gora não, mais a frente em outra oca-
sião, escreveremos sobre isso, retor-
nando ao assunto principal, às vezes,
ficar suspenso é tão perigoso quanto o
Continua na página 03/09
bre em oxigênio e repleto de resíduos,
dos capilares de volta para o coração
enquanto as artérias são na verdade os
vasos que levam o sangue para fora do
coração e distribui entre os capilares e
órgãos internos, então na verdade esta-
mos falando de três elementos diferen-
tes, artéria, veia e capilares, isso por
que eles têm a capacidade de se dife-
renciar entre si tanto pela função que e-
xerce no corpo humano quanto pela es-
pessura de suas paredes.
Dessa forma, podemos classificar os
vasos sanguíneos como:
1 – Artérias;
2 – Veias e,
3 – Capilares sanguíneos.
Precisamos entender a importância
que este assunto tem para nós e no que
está relacionado a uma queda de altura
que foi retida e o trabalhador fica sus-
penso por um determinado tempo a-
guardando o resgate para ser retirado
da suspensão inerte.
As veias em sua significância são na
verdade tubos cilíndricos formados por
válvulas venosas que têm o objetivo de
impedir o fluxo inverso do sangue, para
isso elas possuem a capacidade de
contração e expansão de seu tamanho
de acordo com a quantidade de sangue
disponibilizado e por isso funciona co-
mo uma espécie de reservatório que
administra e controla o fluxo de sangue
adequado através de suas válvulas que
ajudam na manutenção da pressão san-
guínea, assim como previnem o acú-
mulo de sangue.
Veremos a seguir quais são as prin-
cipais veias do corpo humano conside-
rando nosso assunto que é queda de
altura e retenção onde o trabalhador fica
suspenso por algum período de tempo
e que podem ser obstruídas, lesiona-
das, bloqueadas e impedidas de traba-
lharem.
Abaixo, relacionamos as principais
veias e suas funções:
Veia pulmonar, encarregadas de le-
var o sangue rico em oxigênio dos pul-
mões até o coração.
Veia cava, considerada a principal
veia do corpo, pois ela é responsável
por retornar o sangue da cabeça, dos
membros superiores, inferiores e abdô-
men de volta para o coração, por isso
sua divisão em veia cava superior e veia
cava inferior.
Veia porta, faz parte do sistema cir-
culatório desempenhando uma função
importantíssima, pois é através dela que
o sangue que vem do intestino, estô-
mago e esôfago passa para chegar ao fí-
gado.
Veia femoral, localizada nos mem-
bros inferiores e acompanhada de toda
a artéria femoral, divididas em profun-
das, que acompanham as principais ar-
térias e superficiais, que ficam no tecido
subcutâneo, a veia femoral percorre to-
da a perna e atua de forma conjunta
com outras veias que promovem a cir-
culação e drenagem do sangue dos
músculos, é através dela que passa o
fluxo de sangue da perna.
Veia ilíaca, localizadas na região do
abdômen e acompanham a artéria ilíaca
comum, são classificadas em interna e
externa e, quando juntas, formam a veia
cava inferior.
Veia jugular, localizada no pescoço
e sua função principal é transportar o
sangue venoso (rico em dióxido de car-
bono e pobre em oxigênio) do crânio
para as partes do corpo, são encon-
tradas em dois pares, sendo uma in-
terna e outra externa, em cada lateral do
pescoço.
Veia safena, localizadas nos mem-
bros inferiores, são elas as principais
veias do sistema venoso, pois elas são
responsáveis pelo transporte de sangue
dos membros superiores para os mem-
bros inferiores do corpo.
E não acabou ainda têm muitas ou-
tras, como a tibial, a poplítea, agora
imagine só quanta veia têm o corpo e
que pode ser exposta a algum tipo de
problema em caso de uma suspensão
inerte, estamos falando principalmente
da femoral, da jugular, da veia cava, da
veia pulmonar, imagina ainda que o tra-
balhador é sedentário, acima de 100 kg
ou já possua algum outro tipo de desvio
na saúde, o que poderia acontecer no
caso de uma queda.
Agora vamos ver e estudar um pou-
co sobre as artérias do corpo humano.
Já as artérias são vasos sanguíneos
que compõem o sistema cardiovascu-
lar, são as responsáveis diretas em
transportar o sangue arterial (com oxi-
gênio e nutrientes) do coração para to-
dos os tecidos do corpo, elas podem se
dividir entre sistema do tronco pul-
monar e sistema da artéria aorta, ima-
gina a responsabilidade da artéria
hein...
O sistema do tronco pulmonar cor-
responde à bifurcação que ocorre no
tronco pulmonar e tem origem no ven-
trículo direito, que se divide em duas
artérias pulmonares, uma esquerda e
outra direita, quando entram no pul-
mão, as artérias pulmonares formam
diversos capilares ao redor dos al-
véolos, sem contar ainda que a artéria
pulmonar é diferente das outras, pois
transporta sangue venoso, rico em gás
carbônico, isso quer dizer que o sangue
sai purinho e limpinho do coração
(bombeado pelo ventrículo direito) e vai
para os pulmões para ser oxigenado.
O sistema da artéria aorta é a prin-
cipal artéria do corpo, isso porque ela é
uma artéria de grande diâmetro, de pa-
redes elásticas, que contribui para es-
tabilizar o fluxo sanguíneo, ela recebe o
sangue oxigenado dos pulmões, que é
bombeado pelo ventrículo esquerdo do
coração, elas se ramificam em artérias
de menor calibre, que ajudam a dis-
tribuir o sangue para as diversas partes
do corpo, mas não podemos nos es-
quecer de que logo no começo, há a
porção ascendente da aorta de onde se
originam as artérias coronárias, que
fazem a irrigação do coração.
Norminha, 28/11/2019 Por Ivan Bongiovani Junior*
Tenho visto ser muito discutido, estu-
dado e comentado o assunto relaciona-
do à queda de altura, assunto este que
é preocupação de todo empresário e to-
do trabalhador que estão envolvidos
com atividades verticais que hoje é uma
das atividades mais perigosas do Brasil
e do mundo em geral, o perigo sempre
têm sido o mesmo e bastante falado en-
tre profissionais de acesso por cordas,
trabalhadores verticais e resgatistas em
geral, como também e principalmente,
profissionais de segurança do trabalho,
mas sempre se destacando o assunto
sobre queda e na sequência as medidas
de proteção dispostas no anexo II da NR
35, ou seja, retenção, restrição, posi-
cionamento e acesso por cordas, são
até bonito os comentários e ideias a-
bordadas sobre o assunto, vai desde
críticas à situação atual como soluções
extraordinárias que aparentemente re-
solveriam o problema de uma queda,
mas será que o problema é limitado a-
penas em evitar que o trabalhador sofra
a queda, que impacte com o chão, não
é só isso o que devemos nos preocu-
par, existe algo muito sério e compli-
cado escondido dentro deste assunto e
muitos profissionais em parte desco-
nhecem, outros ignoram e alguns talvez
até conheçam, mas não se preocupam,
poucos são os bons profissionais que
conhecem, estudam, se preocupam e a-
presentam soluções para que este mis-
tério não venha interferir na vida do tra-
balhador, desta forma, precisamos a-
prender e entender este mistério para
preveni-lo sempre, afinal prevenção
sempre será melhor caminho.
É muito importante sabermos e lem-
brarmos que o corpo humano é com-
posto de veias e artérias que atuam na
circulação sanguínea do corpo e sem
essa circulação os órgãos internos po-
dem ser prejudicados e inclusive faltar
oxigênio no cérebro e o trabalhador vir
a óbito em questão de alguns poucos
minutos.
Pois é amigo, é possível isso acon-
tecer quando o trabalhador sofre uma
queda, é retido e fica suspenso por um
determinado tempo se não for resgata-
do imediatamente.
Mas talvez você esteja se perguntan-
do o que acontece no corpo do traba-
lhador quando uma queda é retida.
Muitas perguntas e dúvidas podem
surgir, pois o corpo humano é uma fon-
te de estudo inesgotável.
Vamos estudar e conhecer um pou-
co sobre o assunto...
Publiquei em minha página da PRE-
VESEG-ES uma matéria parcial sobre o
assunto, elaborada a dedo e estudada
durante alguns dias, foi destaque de co-
mentários e curtidas, pode conferir cli-
cando no link abaixo:
https://www.facebook.com/prevesegcu
rsos/posts/408290633165362?__tn_
_=K-R
As veias do corpo humano são va-
sos sanguíneos que fazem parte do sis-
tema circulatório do organismo e se ra-
mificam por todo nosso corpo e sua
principal função é retornar o sangue, po
Veremos agora quais são as princi-
pais artérias do corpo humano relacio-
nado a nosso assunto sobre suspensão
inerte
Artérias subclávias que se ramificam
em outras artérias que distribuem o
sangue para a cabeça, pescoço e mem-
bros superiores;
Artérias carótidas comuns (direita e
esquerda) que se ramificam em artérias
carótidas externas, que irrigam a cabeça
e o pescoço, e artérias carótidas inter-
nas, que levam o sangue para o cérebro;
Artéria renal que têm a função de
transportar o sangue para os rins;
Artéria ilíaca que também distribui o
sangue para os membros inferiores e
região pélvica.
Artéria femoral que na verdade é a
principal artéria da perna.
A diferença entre as artérias e as
veias é que as artérias possuem paredes
mais elásticas do que as veias e ajudam
a controlar a pressão sanguínea, en-
quanto as veias possuem válvulas para
evitar que o sangue retorne, ou seja, tra-
balham em equipe e em uniformidade,
equilíbrio entre si.
Bom, com toda essa informação en-
tendemos como o corpo humano funci-
ona na verdade e agora podemos partir
para outros pontos para entendermos
melhor porque não basta evitar a queda,
mas além dela, importa muito o tempo
de suspensão que o trabalhador ficará
até que o resgate possa atuar e retirá-lo
a posição de trauma ortostático.
Toda e qualquer atividade vertical
que apresenta risco de queda quando
não puder ser evitada, conforme o ane-
xo II da NR 35 faz-se obrigatório adota-
rem-se medidas de proteção contra
quedas que incluem o sistema de an-
coragem definido por dispositivo de an-
coragem, equipamento de ligação e e-
quipamento de proteção individual, ou
melhor, o cinto de segurança, conside-
rando as inúmeras possibilidades que
eventualmente possam causar a queda
do trabalhador, o cinto de segurança li-
gado ao dispositivo de ancoragem atra-
vés do equipamento de ligação quando
não o restringe, logo têm a função de re-
ter a queda, evitando uma tragédia e até
mesmo o óbito do trabalhador.
O mesmo cinto de segurança, ade-
quado e certificado que por sua função
deve proporcionar segurança completa
ao trabalhador, também pode tirar sua
vida após uma queda onde o mesmo se-
ja retido e fique suspenso por um curto
período de tempo que varia por diversos
motivos e fatores, que vão desde sua
condição de saúde até mesmo o tipo de
sistema adotado como medida de prote-
ção, esta é a síndrome da suspensão
inerte ou como muitos dizem trauma
ortostático.
Os membros superiores inferiores
do corpo do trabalhador suspenso e
imóvel sofrem um bloqueio sanguíneo,
pois as fitas do cinto de segurança aca-
bam por bloquear a passagem do san-
gue e obstruindo o bom funcionamento
das veias e artérias conforme vimos a-
cima, fazendo com que o sistema circu-
latório entre fique prejudicado, o que
gera alterações perigosíssimas no cor-
Página 03/09 - Norminha - Nº 547 - 28/11/2019 - ANO 11 - DESDE 18/08/2009 - Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - Mte 51/09860
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Continuação da Página 02/09: A síndrome
da suspensão inerte: “O perigo secreto do
trabalho vertical”
impacto sobre o chão, veja que o ope-
rador foi retido, está imóvel e suspenso,
pendurado no cinto de segurança cujas
fitas estão bloqueando a circulação
sanguínea, a vários metros de altura a-
cima do solo e provavelmente não con-
segue respirar direito, está em pânico,
nervoso, a pressão arterial alterada, a
frequência cardíaca alterada, quase
desmaiando, isso porque ele foi ex-
posto a um grande choque e uma coli-
são podendo fazê-lo ficar inconsciente
a qualquer momento e sem contar o de-
sespero quando está ancorado na ar-
gola dorsal, tentando sair da situação e
não consegue, talvez até piora as coisas
dependendo do cinto de segurança que
estiver usando, quanto mais o operador
se mexe, maior a possibilidade da argo-
la dorsal deslizar e subir juntando as
fitas superiores do cinto e comprimindo
a artéria carótida e a veia jugular e difi-
cultando ainda mais sua respiração.
Lógico que ficar pendurando em um
cinto certamente é melhor que cair nove
andares no chão, mesmo que saibamos
que as consequências da queda estão
ligadas diretamente a forma como caí-
mos não podemos considerar isso um
fato concluso e definido, até por que
não escolhemos a forma como vamos
cair, às vezes nem observamos antes
onde exatamente vamos cair, esquece-
monos de considerar a simples e im-
portante “Zona Livre de Queda”, imagi-
na cair em cima de uma máquina em
movimento, um silo de produtos quími-
cos, imagina cair em uma rede elétrica
de alta tensão ou uma linha viva de
transmissão, já pensou?
Pois é amigo leitor, não se engane:
mesmo tendo sido retido da queda, isso
não significa que é seguramente bom,
por instante a vida do trabalhador foi
poupada quando seu corpo foi desace-
lerado, retido e impedido de impactar
no chão, até porquê caindo sobre no
chão a nove andares de um prédio, cer-
tamente teria morrido na hora ou seria
mais um que entraria para a lista do
“nasceu de novo” e testemunharia um
grande e verdadeiro milagre, mas sen-
do retido e estando em suspensão iner-
te, nos primeiros instantes da suspen-
são sua circulação sanguínea será in-
terrompida porque as fitas das pernas
de seu cinto estão apertando as veias na
região da virilha, digamos a femoral;
Isso impede que o sangue volte ao cé-
rebro e aos órgãos vitais do tronco, falta
oxigênio nestes órgãos e no cérebro,
isso é sério.
Logo, desenvolve-se a síndrome da
suspensão inerte, também conhecida
como trauma da suspensão do arnês ou
hipotensão ortostática, interessante que
têm vários nomes, mas preferia que is-
so nem existisse.
Os sintomas do trauma da suspen-
são do arnês podem se tornar visíveis
em questão de minutos: o operador po-
de ficar tonto e/ou enjoado, seus mem-
bros podem começar a ficar formigan-
do ou entorpecidos, ele pode sentir que
está prestes a desmaiar, pode experi-
mentar distúrbios visuais, além disso, o
trauma da suspensão do arnês pode
levar à inconsciência e até à morte se
ele não for resgatado a tempo, devido à
privação de oxigênio do cérebro e de
outros órgãos vitais.
Uma vez em uma palestra no Espí-
rito Santo, uma médica do trabalho per-
guntou quanto tempo temos no máximo
para resgatar um operador em suspen-
são sem que haja consequências para
sua saúde?
Ai complicou viu, a pergunta é di-
fícil, imagine o auditório lotado e todos
te olhando aguardando uma resposta
concreta e com excelente teor profis-
sional, se coloca no meu lugar ai um
pouquinho, sem contar que estavam
presente um juiz federal do trabalho, o
chefe do MTE e uma AFT – Auditora
Fiscal do Trabalho, eu quem ousasse
responder besteira.
Depois de pensar na pergunta que
contrária a ser difícil foi verdadeira-
mente excepcional para o momento e
digna de aplausos, respondi pronta-
mente que depende muito de vários fa-
tores para se definir um tempo exato,
este tempo é então variante e envolvem
muitos pontos importantes e significa-
tivos, como condicionamento físico do
operador, o impacto sofrido, o cinto de
segurança que ele está usando, o tipo
de sistema de ligação, se tem absor-
vedor ou não, bom, dentre vários pon-
tos considerados, vamos ver essa
questão do cinto de segurança, você já
deve ter visto cintos que na argola dor-
sal não possuem costuras ou sistemas
de fixação da argola, apenas o espaldar
ainda que sua principal função seja e-
vitar o estrangulamento, não é sufici-
ente para garantir a segurança e no mo-
mento da queda ou suspensão tende a
deslizar para cima, juntar as fitas supe-
riores e por fim pode sufocar o opera-
dor pressionando a artéria carótida e ao
mesmo tempo a veia jugular, causando
a deficiência circulatória ou o choque
hipovolêmico que é apenas um dos
possíveis eventos, por isso o quadro é
chamado de "síndrome", outro exem-
plo do que pode acontecer é a com-
pressão de músculos, causando lesão
grave e impedindo o funcionamento
metabólico das fibras, que desencadeia
a liberação de toxinas na corrente san-
guínea, desenvolvendo um quadro de
rabdomiólise (síndrome de destruição
do músculo esquelético com vazamen-
to do conteúdo muscular que é fre-
quentemente acompanhada por mio-
globinúria e se for suficientemente gra-
ve, pode ocorrer insuficiência renal a-
guda com transtornos metabólicos po-
tencialmente letais), além disso, outro
quadro é o desplacamento de coágulos,
acarretando embolia pulmonar, imagi-
na a situação, pode ficar ainda pior con-
siderando o peso do trabalhador, logo
um trabalhador de mais de 100 kg pode
fazer muita diferença, por isso sempre
ressaltamos na verdade a importância
de uma análise de risco bem, mas mui-
to bem elaborada, um bom planeja-
mento de trabalho, o plano de resgate e
o preparo da equipe executante do pla-
no para no momento da emergência, a-
gir com uma resposta rápida, simples e
imediata e falando de emergência não a
tempo para esperar ou a perder, até por-
quê se tratando de um acidente cujo tra-
balhador é retido e fica suspenso e imó
vel, por favor amigo, lembre-se sempre
disso: "tempo é vida!" considerando es-
te lema, as vezes é preocupante a con-
fusão e o excesso das pessoas, inclu-
sive que muitas pessoas e profissionais
de resgate confundem o "transporte" da
vítima com o "resgate" em si, isso é
outra matéria que também pretendemos
publicar mais a frente, se tempo é vida,
a regra da simplicidade deve ser levada
como ponto principal, ser simples e
preciso é melhor para todos em um res-
gate vertical, enquanto que ao contrário
muitos querem aparecer, querem se
destacar e quem sofre por isso é a ví-
tima, o trabalhador suspenso, isso por-
que muitos resgatistas privilegiam téc-
nicas complexas e difíceis de se exe-
cutar focadas no transporte, quando na
verdade o mais importante é aplicar a
técnica mais simples, segura e rápida
para tirar a vítima da suspensão, esta-
biliza-la, e só então se preocupar com
tirolesas e parafernalhas para trans-
portá-la.
Contudo, é importante conhecer
bem todos os detalhes e pontos consi-
derativos para o trabalho vertical, desde
a questão da saúde do operador, até
mesmo o plano de emergência e resga-
te em caso de uma queda, neste meio
termo, nós podemos e devemos consi-
derar os riscos da tarefa passo a passo,
as consequências e adotar medidas de
prevenção e controle levadas a sério,
bem elaboradas e aplicadas com preci-
são, equipamentos de qualidade, segu-
rança e conforto testados e aprovados
em laboratórios de teste, além disso,
não podemos esquecer o plano de res-
gate e uma equipe treinada, equipada e
preparada para executar o plano, pois
havendo a retenção da queda, a equipe
de resgate e resposta a emergência de-
ve estar pronta, apta para atuar imedia-
tamente e resgatar o operador da sus-
pensão, de forma segura, simples, rápi-
da e eficaz, pense nisso, a vida é coisa
séria.
Não brinque com a vida, trabalho em
altura não é brincadeira, uma queda
muito menos, leve a sério, existe muita
diferença entre resgatistas e resgatistas,
nunca deixe de treinar, aprender, se a-
primorar e aperfeiçoar as técnicas. N
Ivan Bongiovani Junior
Diretor Técnico PREVESEG-ES Serviços e
Treinamentos
Técnico em Segurança do Trabalho
Instrutor de Cursos de Trabalho em Altura
Instrutor de Bombeiros Profissionais Civis
Membro do CPR-ES (Comitê Permanente
Regional do Espirito Santo)
Conselheiro Fiscal da UBRAC – União
Brasileira de Resgate e Acesso em Cordas
Membro da Comissão de Estudos da ABNT
Altura
Nota: Artigos devem ser enviados para
Mudança do clima já prejudica a saúde de crianças
Norminha, 28.11.2019 A mudança do clima já está causando danos à saúde das crianças em todo o mundo
e deve impactar o bem-estar de uma geração inteira se não atingirmos as metas
do Acordo de Paris para conter o aquecimento global em níveis bem abaixo dos
2oC, aponta um novo relatório publicado pela revista médica The Lancet.
O relatório The Lancet Countdown on Health and Climate Change é uma análise
anual abrangente que registra o progresso em 41 indicadores-chave de saúde, de-
monstrando como cada ação para cumprir as metas do Acordo de Paris contribui
também para a melhoria da saúde humana. O projeto é fruto de colaboração entre
120 especialistas de 35 instituições, incluindo a Organização Mundial de
Saúde (OMS), o Banco Mundial, a University College London e a Universidade de
Tsinghua.
Danos da mudança do clima
“No passado, o Brasil era reconhecido como líder mundial no combate à des-
truição ambiental. Hoje, o progresso observado no país é limitado e os danos ex-
tensos à saúde causados pela mudança do clima estão ocorrendo mais rápido do
que o governo é capaz ou está disposto a responder”, diz a Dra. Mayara Floss, médi-
ca residente de atenção familiar em Porto Alegre (RS).
A médica ressalta que secas longas, chuvas excessivas e incêndios descontro-
lados estão aumentando a pressão sobre a saúde. Impulsionado em parte pela mu-
dança do clima, o aumento contínuo da dengue pode logo se tornar incontrolável,
com as incidências triplicando desde 2014. “Lamentavelmente, o desmatamento de
florestas maduras está aumentando novamente e o uso do carvão está crescendo.
Não devemos desperdiçar o sucesso que obtivemos no passado com tanto custo
nessa área”, observa.
Para que o mundo atinja seus objetivos climáticos, conforme proposto no Acor-
do de Paris, e proteja a saúde das próximas gerações, o panorama energético global
precisa mudar drasticamente e o quanto antes, alerta o relatório. Nada menos do
que um corte anual de 7,4% nas emissões de CO2 entre 2019 e 2050 limitará
o aquecimento global à meta mais ambiciosa de 1,5oC.
Destaques sobre o Brasil
À medida que a temperatura sobe, as crianças sofrerão o maior impacto em ter-
mos de desnutrição e elevação no preço dos alimentos – o potencial de rendimento
médio da soja diminuiu quase 4% no Brasil desde os anos 1960.
As crianças serão as que mais sofrerão com o aumento de doenças infecciosas
– a capacidade de apenas um tipo de mosquito de transmitir dengue no Brasil au-
mentou 11% desde a década de 1950, como resultado da mudança do clima.
Ao longo da adolescência, o impacto da poluição do ar pode piorar – a oferta
total de energia proveniente do carvão triplicou no Brasil nos últimos 40 anos; e ní-
veis perigosos de poluição do ar externo (PM2,5) contribuíram para 24 mil mortes
prematuras em 2016.
Eventos climáticos extremos se intensificarão na vida adulta, com o Brasil tendo
cerca de 1,6 milhão de pessoas a mais expostas a incêndios desde 2001-2004.
Impactos na saúde ao longo da vida no cenário business-as-usual
Se continuarmos seguindo o caminho do business-as-usual, com al-
tas emissões de carbono, e a mudança do clima continuar no ritmo atual [1], uma
criança nascida hoje enfrentará um mundo em média 4ºC mais quente no seu 71º
aniversário, ameaçando sua saúde em todas as fases de sua vida.
“As crianças são particularmente mais vulneráveis a riscos de saúde em um pla-
neta com o clima sob transformação. Seus organismos e sistemas imunológicos
ainda estão se desenvolvendo, deixando-as mais suscetíveis a doenças e poluentes
ambientais”, explica Dr. Nick Watts, diretor-executivo do The Lancet Countdown.
Segundo ele, o dano ocorrido no começo da infância é persistente e pervasivo,
com consequências para a saúde que duram a vida toda. “Se não tomarmos medi-
das imediatas em todos os países para reduzir as emissões de gases de efeito
estufa, os ganhos que tivemos recentemente com bem-estar e expectativa de vida
podem ser comprometidos, e a mudança do clima pode definir a saúde de uma
geração inteira”, atenta.
O impacto de epidemias perigosas será mais mortal nas crianças
As crianças serão particularmente suscetíveis às doenças infecciosas que se
intensificarão nos próximos anos por causa da mudança do clima. Nos últimos 30
anos, o número de dias climaticamente suscetíveis à bactéria Vibrio (que causa
muitas das doenças de diarreia no mundo) dobraram.
De modo similar, as mudanças nos padrões climáticos estão criando ambientes
favoráveis à bactéria Vibrio cholerae, sendo que a incidência dela aumentou quase
10% desde os anos 1980, o que eleva a probabilidade de surtos de cólera em países
onde a doença não ocorre regularmente.
Estimulada pela mudança do clima, a dengue é a doença viral transmitida por
mosquito que mais se dissemina no mundo hoje. Nove dos 10 anos com maior o-
corrência dessa doença aconteceram depois de 2000. Cerca de metade da popu-
lação global vive hoje em áreas suscetíveis à dengue.
Leia a matéria completa no Canal Ecowords: N
Norminha, 28.11.2019
Jogos e dinâmicas são excelentes ins-
trumentos facilitadores do processo de
aprendizagem. Reconhecendo a impor-
tância da utilização destes recursos, a
estagiária de técnico de segurança do
trabalho, Mariane Corrêa Masioli, reali-
zou no dia 18 de novembro um Diálogo
de Saúde e Segurança (DSS) com dinâ-
mica para apresentar o tema “ Malefí-
cios do Excesso de Açúcar no Organis-
mo”. O DSS foi apresentado na CESAN
(Companhia Espírito Santense de Sane-
amento), empresa localizada no muni-
cípio de Serra–ES, que possui o proce-
dimento de realizar diálogos de saúde e
segurança quinzenalmente.
A estagiária possui formação em Le-
tras-Inglês pela Universidade Federal
do Espirito Santo (UFES) e costumava
utilizar dinâmicas e jogos em suas aulas
quando trabalhava como professora de
inglês. Agora, atuando na área de segu-
rança do trabalho, a jovem resolveu uti-
lizar o mesmo recurso didático para
inovar na forma de aplicar os DSSs na
Companhia. Além de apresentar os pos-
Página 04/09 - Norminha - Nº 547 - 28/11/2019 - ANO 11 - DESDE 18/08/2009 - Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - Mte 51/09860
Distribuição gratuita. Permitido imprimir no formato A3 para uso interno - Direitos Reservados - www.norminha.net.br - TM&M Ltda. - 07843347 - Norminha 547 - 28/11/2019 - Fim da Página 04/09
Diálogo de Saúde e Segurança com dinâmica na CESAN
Estagiária em TST, Mariane Corrêa Masioli fez apresentação inédita na
Companhia Espírito Santense de Saneamento
síveis danos do excesso de açúcar para
a saúde e dicas de como reduzir o con-
sumo, uma dinâmica foi aplicada para
que os participantes tentassem adivi-
nhar a quantidade de açúcar presente
em alimentos industrializados muito
comuns no dia a dia dos brasileiros. A
atividade lúdica possibilitou aos parti-
cipantes visualizarem o quanto conso-
mem de açúcar diariamente sem nem
perceberem, despertando-os, dessa
forma, para a importância de manter
uma alimentação saudável.
Além disso, Mariane ofereceu, ao fi-
nal do DSS, um bolo sem açúcar para
os trabalhadores a fim de comprovar
que uma dieta com redução de açúcar
não significa o fim do consumo de ali-
mentos saborosos.
Diante do feedback positivo dos par-
ticipantes, a estagiária, que terminará
seu curso técnico de segurança do tra-
balho no dia 19 de dezembro de 2019,
já planeja utilizar cada vez mais jogos e
dinâmicas em sua carreira como técni-
ca com intuito de atrair a atenção dos
trabalhadores para assuntos de SST. N
9 EPIs essenciais para uma empresa Siderúrgica Norminha, 28/11/2019 Se o dia a dia de muitas empresas já é
perigoso, imagine o trabalho em uma
siderúrgica, onde metais são fundidos
a altas temperaturas e há risco cons-
tante de queimaduras e até mesmo pe-
quenos incêndios.
E não é exagero! Tanto que uma das
36 Normas Regulamentadoras trata ex-
clusivamente do trabalho em fornos, a
NR 14. Mas calma! Seguindo as deter-
minações da NR e tomando-se alguns
cuidados essenciais, é possível asse-
gurar a seguranças dos trabalhadores
mesmo em ambientes que para muitos
podem ser assustadores.
A NR 14 e o trabalho em fornos
Se uma siderúrgica pode intimidar
alguns, não dá para negar que é nos
fornos que a mágica da fundição dos
metais acontece. Responsável pela pro-
dução do aço e do ferro, é essa indús-
tria que fornece boa parte da matéria-
prima das demais cadeias produtivas, o
que contribui significativamente para o
avanço do nosso país.
E, lá no calor escaldante do forno, é
que as transformações físicas e quími-
cas colaboram para a produção desses
materiais. O que, claro, não é atividade
das mais fáceis de se realizar.
Além do calor excessivo, os traba-
lhadores estão expostos ao perigo de
queimaduras pelo contato do metal fun-
dido com a pele, dos dados do calor
radiante ou até mesmo acidentes com o
manuseio de maquinários pesados.
A emissão de gases nocivos é outro
perigo a que esses trabalhadores estão
expostos. Inalar esses gases pode cau-
sar dores de cabeça e até levar à morte.
Para evitar tais problemas, a NR 14
estabelece algumas medidas que visam
à segurança e ao conforto dos colabo-
radores, como:
- a construção de fornos de forma
sólida, com revestimento refratário, evi-
tando assim que o calor radiante ul-
trapasse os limites de tolerância esta-
belecidos pela NR 15;
- é preciso evitar o acúmulo de
gases nocivos e altas temperaturas em
áreas vizinhas ao forno;
- escadas e plataformas devem ser
construídas de forma segura;
- os fornos com combustíveis gaso-
sos ou líquidos devem ter sistemas de
proteção para evitar incêndios;
- é necessária a instalação de chami-
né, em tamanho suficiente para a livre
saída dos gases nocivos.
A NR 6 e o uso adequado dos EPIs
Lógico que não dá para garantir a in-
tegridade dos funcionários de uma si-
derúrgica sem contar com a proteção de
EPIs de qualidade.
Segundo a NR 6, é dever do empre-
gador fornecer, de maneira gratuita, e-
quipamentos de proteção individual a-
dequados para cada tipo de risco a que
seus colaboradores possam estar ex-
postos. E nada de entregar EPIs gastos!
Também é obrigação da empresa
garan-tir que esses equipamentos
estejam em perfeito estado de
conservação!
Claro que sempre tem aquele fun-
cionário que não gosta de usar o EPI,
que diz que incomoda ou que atrapalha
a execução de sua atividade. Por isso,
uma dica para o profissional de Segu-
rança do Trabalho é sempre buscar por
equipamentos que aliem a segurança ao
conforto dos trabalhadores, como os
Conjuntos Aluminizados da SUPREMA,
que possuem forro em algodão anticha-
ma.
EPIs usados no processo de Fundi-
ção
Dentro todos os EPIs que devem ser
utilizados em uma siderúrgica, separa-
mos 9 que consideramos essenciais
para os funcionários dos fornos. Con-
fira!
1. Capuz Forneiro
Quem lida diretamente com fontes
de calor incandescente não pode abrir
mão desse equipamento. Ele não só
protege o crânio contra agentes térmi-
cos, respingos de metais fundidos, cha-
mas e radiações, mas também garante
que não haverá danos à visão do traba-
lhador.
2. Capuz Aluminizado
Fagulhas e luminosidade em exces-
so podem ser extremamente danosos
aos olhos. Não vale à pena descuidar! O
Capuz Aluminizado Visor Ouro é in-
dispensável para quem trabalha com
sol das.
3. Proteção auditiva
O trabalho em uma indústria pode
parecer ensurdecedor. Maquinários pe-
sados e serras são capazes de gerar ruí-
dos altíssimos capazes de danificar
permanentemente a audição de funcio-
nários. Utilizar protetores auriculares é
essencial para evitar esses danos.
4. Respiradores
Já mencionamos o quanto os gases
liberados pelo trabalho em fornos po-
dem ser nocivos. Além deles, há ainda
a poeira e os fumos que são liberados
durante o processo siderúrgico e que
são altamente prejudiciais à saúde dos
trabalhadores. Daí, a importância dos
respiradores para quem exerce essas
funções.
5. Avental Aluminizado
Seja do tipo frontal ou barbeiro, es-
se tipo de EPI é fundamental para ga-
rantir a proteção do tronco dos funcio-
nários durante suas atividades. O ma-
nuseio de materiais a altíssimas tempe-
raturas aumenta os riscos de uma quei-
madura. É preciso reduzir esse perigo!
6. Luvas Aluminizadas
As mãos, normalmente, são as áreas
mais propensas a lesões por contato
com material quente. Então, não há
chances de realizar trabalhos na indús-
tria de ferro e aço sem o uso desse EPI.
7. Calça Aluminizada
Pernas e pés também são expostos
ao risco de acidentes no manuseio e no
transporte dessas substâncias. Usar um
EPI antichama e reflexivo é indis-
pensável. Sem contar na necessidade
de resistência dessa peça ao contato
com o material quente. Ele não pode se
desfazer rapidamente.
Os EPIs da SUPREMA são confec-
cionados em aramida, mesmo material
utilizado na fabricação de coletes à pro-
va de balas.
8. Conjunto Aluminizado
Na dúvida, o conjunto aluminizado
não tem erro. Protege tronco, membros
inferiores e superiores. É um coringa
dos EPIs.
9. Proteção contra quedas
Quem trabalha com níveis diferentes
de altura deve utilizar o cinturão tala-
barte para evitar quedas que possam le-
var a fraturas graves ou até mesmo se-
rem fatais.
Agora que você já sabe que EPIs
devem ser usados na siderúrgica, ob-
serve se a utilização deles está sendo
feita de maneira adequada. N
Pedro Bezerra - SUPREMA
59 Dinâmicas para evitar acidentes Você precisa eliminar os acidentes de traba-
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Periódico científico da Fundacentro contabiliza quase 3 milhões de acessos
Página 05/09 - Norminha - Nº 547 - 28/11/2019 - ANO 11 - DESDE 18/08/2009 - Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - Mte 51/09860
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27 de Novembro: “Viva o Dia Nacional do Técnico
de Segurança do Trabalho” Norminha, 28/11/2019 Parabéns para todos os colegas de profissão.
A Profissão de Técnico de Segurança do Trabalho é regulamentada pela Lei Nº
7.410, de 27 de novembro de 1985 e regulamentada pelo Decreto Nº 92.530 de 09
de abril de 1986, possuindo o seu Estatuto Profissional através da Portaria Minis-
terial MTb Nº 3275 de 21 de setembro de 1989. Conta com um riquíssimo conteúdo
em seu Classificação Brasileira de Ocupações - CBO de Nº 3516-05, publicada pelo
Ministério do Trabalho em sua última revisão em 2002.
“A título de esclarecimento apenas, esta data se comemora a Regulamentação
da Profissão do Técnico de Segurança do Trabalho e a especialização da função
Engenheiro de Segurança do Trabalho”.
O Técnicos de Segurança do Trabalho exercem a profissão como categoria pro-
fissional diferenciada, trazendo benefícios para a sociedade, família, trabalhadores
e para o Brasil, pois se trata de uma função que atende o bem estar social no tocante
a segurança e saúde de todos que trabalham, ao patrimônio e à segurança da cole-
tividade e dos cidadãos individualmente, pois a matéria é segurança e saúde no tra-
balho e meio ambiente, onde esses profissionais são formadores de opiniões e co-
laboram com todos que trabalham nesse país no aspecto educação, pois ministram
cursos, treinamentos e orientações na área da segurança, saúde e higiene ocupa-
cional, trazendo sempre a informação, vindo mostrar técnicas e métodos preventi-
vos para o bem da saúde e da integridade física de todos os trabalhadores, bem co-
mo colabora com as ações voltadas para o meio ambiente e preservação da natu-
reza, tendo inclusive em sua formação esta matéria e, como uma de suas atribuições
na Portaria Ministerial MTb Nº 3275 de 21 de setembro de 1989.
Lembramos também, não ser exclusiva desse profissional dentro da área de
segurança e saúde no trabalho, pois envolve matéria multidisciplinar, onde outros
profissionais desenvolvem os seus trabalhos específicos e outras atividades em
benefício da segurança e saúde dos trabalhadores sendo, portanto, uma profissão
que não propõe a reserva de mercado para apenas um só segmento em detrimento
de outras profissões com formação idêntica ou equivalente.
Os Técnicos de Segurança do Trabalho representam atualmente 80% dos espe-
cialistas da área de segurança e saúde no trabalho, que essa regulamentação profis-
sional desta categoria profissional já é uma realidade há anos, sendo assunto de
interesse social e nacional, pois foi homologada pelo Congresso Nacional e regu-
lamentada pelo Presidente da República desde 1986, destacando-se o trabalho e a
luta histórica que foi empenhada por ela e pelas suas representações de classe re-
gionais e nacionais até aqui. Empenho este que foi e continua sendo um orgulho
para toda a categoria profissional no Brasil, havendo a consideração e respeito por
parte da sociedade e das entidades representativas da sociedade organizada, de ins-
tituições nacionais e internacionais.
Concluindo, pela dignidade e pelo que foi exposto praticamente e legalmente
sobre estes profissionais e o que eles representam para a sociedade, preservando
vidas humanas, tendo grande importância para a nação brasileira, pois a prevenção
de acidentes no trabalho e o zelo pelas questões ambientais, são de fundamentais
importância para a sobrevivência e para o bem-estar de todos os trabalhadores em
nosso país, merecedores de valorização e reconhecimento por toda a sociedade.
Novos Desafios pela frente EaD Cursos e Treinamentos legalizado na área de
SST (docentes); e-Social e a SST em 2020; ISO 45001 - Sistema de Gestão em Se-
gurança e Saúde no Trabalho; Nanotecnologia, Aspectos humanísticos em SST
(segurança baseada em comportamentos - SBC); A nova legislação previdenciária
e a relação e trabalhos voltados ao FAP - NTEP – PPP, a revisão da PNSST (Política
Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho).
Concluindo, a nova redação da NR 4 (SESMT) em revisão, e a nova norma regu-
lamentadora de gestão em SST, (NR) que será publicada, ou seja, o Programa de
Gerenciamento de Riscos - PGR e a revisão, do PPRA NR 09, que será alterada com
o nome Agentes Ambientais e não mais Programa de Prevenção de Riscos
Ambientais.
Outras NRs em plena revisão estão ocorrendo, como é de conhecimento de to-
dos, encontrando um cenário atual para entrar em vigor, com as alterações já pro-
movidas pelo Governo atual e anterior, com relação a Reforma Trabalhista, Reforma
Previdenciária e a legalização da terceirização nas atividades fins.
A nossa área é muito dinâmica no campo dos conhecimentos técnicos e cien-
tíficos e nas legislações nacionais e internacionais, portanto, é imprescindível in-
vestir na atualização técnica, no aperfeiçoamento profissional e nas competências,
pois na atual conjuntura é de fundamental importância, principalmente diante des-
ses novos desafios que apresentamos.
Com esses esclarecimentos parabenizamos toda a categoria dos Técnicos e Téc-
nicas de Segurança do Trabalho do Brasil, por esta data histórica e importante para
todos nós e para a prevenção de acidentes!
VIVA O TÉCNICO DE SEGURANÇA DO TRABALHO DE TODO O BRASIL - VIDA
LONGA!
N
José Augusto da Silva Filho - Técnico de Segurança do Trabalho, Jornalista, Escritor e
Consultor Técnico em Segurança do Trabalho da JS Técnicas & Soluções - Barueri - SP.
www.js.srv.br
Norminha, 28.11.2019 Por Fundacentro-ACS/ Alexandra
Rinaldi/Contribuições de Eduardo Garcia
A Revista Brasileira de Saúde Ocupaci-
onal (RBSO), periódico científico da
Fundacentro, contabilizou, de 2012 até
outubro de 2019, quase 3 milhões de
acessos aos artigos publicados.
A principal explicação para esse ex-
pressivo número deve-se ao fato de que
a RBSO foi indexada à base SciELO em
maio de 2012, ganhando mais visibili-
dade e abrangência. Com aumento pro-
gressivo, registrou um recorde de aces-
sos mensais em setembro último, com
quase 60 mil acessos.
Os artigos publicados e acessados
ao longo do tempo trazem temas diver-
sificados e ganham destaque nos dos-
siês temáticos, que têm como carac-
terística a divulgação de assuntos que
estimulam a discussão sobre politicas
públicas em Saúde e Segurança no Tra-
balho.
Ações que se destacaram em 2019
Neste ano, a revista intensificou a di-
vulgação dos artigos publicados utili-
zando Twitter, blogs de divulgação e os
principais veículos de comunicação da
Fundacentro, alcançando diferentes pú-
blicos. Comentaremos alguns desses
momentos.
Em maio, a RBSO divulgou entrevis-
ta publicada no Dossiê Temático Inter-
venção em Saúde do Trabalhador abor-
dando a trajetória profissional do pes-
quisador e cineasta José Roberto No-
vaes (Beto Novaes).
Em agosto é divulgado artigo e texto
sobre a Subnotificação de registros de
acidentes de trabalho e de doenças o-
cupacionais e como essa questão pode
afetar políticas públicas preventivas.
Em setembro, foi publicado o artigo
Acompanhamento e vigilância das con-
dições de saúde de trabalhadores e da
população exposta em município da Ba
hia com histórico de contaminação am-
biental, abordando os avanços e os o-
bstáculos encontrados na implantação
de protocolo de vigilância.
No mês de outubro, 3 artigos da RB
SO analisaram o impacto de ferimentos
por arma de fogo em policiais, a in-
clusão de trabalhadores com esquizo-
frenia e a reintegração de trabalhadores
que foram acometidos por doenças car-
dio-vasculares.
Em novembro, a RBSO publicou arti-
gos que discutem: Técnicas de minera-
ção de dados (data mining), que tem
como autor principal o analista da Fun-
dacentro Fernando Timóteo Fernandes;
Sobrecarga térmica em áreas rurais,
que tem entre os autores os pesquisa-
dores da Fundacentro Rodrigo Cauduro
Rosca ni e Paulo Alves Maia.
RBSO em números
Desde 1973 foram cerca de 1.200
artigos publicados. A partir de 2006, 12
Dossiês temáticos foram publicados. O
primeiro foi sobre o Trabalho em telea-
tendimento e problemas de saúde
(2006); em seguida, os temas foram
Acidentes do trabalho e sua prevenção;
Exposição a agentes químicos e saúde
do trabalhador (2007); Saúde dos tra-
balhadores da saúde (2008); Incapaci-
dade, Reabilitação e Saúde do Traba-
lhador (2010); o Mundo Contemporâ-
neo do Trabalho e a Saúde Mental do
Trabalhador – I e II – (2010/2011); Tra-
balho, Saúde e Meio Ambiente na A-
gricultura (2012); Assédio Moral no
Trabalho – (2012); Atenção Integral em
Saúde do Trabalhador: Desafios e Pers-
pectivas de uma Política Pública I e II
(2013); Contribuição da Análise Ergo-
nômica do Trabalho nos desenvolvimen
RBSO se destaca como veículo de
difusão de informação científica
voltada para a segurança e saúde no
trabalho
tos da Ergonomia no Brasil (2015); Ex-
posição ocupacional ao benzeno na ca-
deia de distribuição e revenda de com-
bustíveis no Brasil (2017) e Intervenção
em saúde do trabalhador I e II (2018/
2019).
A estratégia de publicar dossiês e a
indexação em bases bibliográficas im-
portantes, como o SciELO, fizeram o
número de acessos saltar de 110.185,
em 2008, com uma média mensal de
9.182 acessos, para 465.256, em 2018,
com uma média mensal de 38.771 a-
cessos. O periódico também passou a
registrar acessos de países da América
do Sul, Central e do Norte, além da Eu-
ropa, África e Ásia.
A revista cientifica da Fundacentro
se consagra como veículo de informa-
ção de grande importância para o cam-
po da SST, não apenas para pesqui-
sadores, como também para profissio-
nais liberais e trabalhadores.
Para garantir a qualidade e a conti-
nuidade de publicação dos artigos, a
RBSO conta com 43 editores, pesqui-
sadores de 15 universidades do Brasil,
Canadá, Itália, Estados Unidos e Argen-
tina, além de cerca de 500 pesquisa-
dores que atuam como avaliadores dos
artigos submetidos à revista.
Leia os artigos mais acessados de
2012 até hoje.
Para os mais acessados em 2019.
Acesse todos os artigos publicados
na RBSO, de 2003 a 2019, acompa-
nhando a página da revista no SciELO.
N
Dissertação discute o estresse térmico por esforço físico nos atletas profissionais de futebol
Fundacentro realiza seminário
sobre Anexo 14 da NR 15
Norminha, 28/11/2019 Por Fundacentro / ACS - Cristiane Reimberg
O “Seminário Anexo 14 da NR 15 -
Agentes Biológicos” será realizado em
2 de dezembro, das 9h às 12h30 no pré-
dio da Fundacentro, em São Paulo/SP.
Não é necessário fazer inscrição prévia
para participar. O objetivo do evento é
apresentar e discutir o estudo técnico
sobre esse tema elaborado pela insti-
tuição, disponibilizado para consulta
pública no site Participa.br, de 19/11 a
18/12.
O documento, elaborado pela pes-
quisadora da Fundacentro, Erica Lui
Reinhardt, traz uma análise crítica do
tratamento dos agentes biológicos pela
legislação atual e propõe mudanças pa-
ra adequá-lo. Com a consulta pública,
pretende-se obter contribuições da co-
munidade científica e da sociedade para
o estudo e futuro processo de revisão
das normas regulamentadoras e legis-
lação em geral nesse tema.
A pesquisadora apresentará o estudo
técnico logo após a abertura realizada
pelo presidente da Fundacentro, Felipe
Portela. Em seguida, haverá discussões
sob as perspectivas da medicina do tra-
balho, da saúde do trabalhador, do con-
trole de infecção hospitalar e jurídica.
Programação:
9h às 09h15 – Abertura com o pre-
sidente da Fundacentro, Felipe Mêmolo
Portela.
9h15 às 10h – Apresentação do es-
tudo técnico pela pesquisadora da Fun-
dacentro, Erica Lui Reinhardt.
10h às 10h30 – Discussão na pers-
pectiva da Medicina do Trabalho pelo
diretor científico da Anamt, Francisco
Cortes Fernandes.
10h30 às 11h – Discussão na pers-
pectiva da Saúde do Trabalhador pelo
médico do trabalho da Divisão de Vigi-
lância Sanitária da Secretaria de Saúde
do Estado de São Paulo, Marcelo Pus-
tiglione.
11h às 11h30 – Discussão na pers-
pectiva do controle de infecção hospita-
lar pela enfermeira do Controle de Infec-
ção do Hospital das Clínicas da Facul-
dade de Medicina da USP, Ana Rubia
Vinhole.
N
Página 06/09 - Norminha - Nº 547 - 28/11/2019 - ANO 11 - DESDE 18/08/2009 - Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - Mte 51/09860
Distribuição gratuita. Permitido imprimir no formato A3 para uso interno - Direitos Reservados - www.norminha.net.br - TM&M Ltda. - 07843347 - Norminha 547 - 28/11/2019 - Fim da Página 06/09
Norminha, 28/11/2019 Por Fundacentro-ACS/ Alexandra Rinaldi
Entre a paixão pelos esportes, mais
especificamente pelo futebol, e a segu-
rança e saúde do trabalhador, o advo-
gado e aluno do Programa de Pós-Gra-
duação da Fundacentro, Leonardo Lins
Camelo da Silva, aliou esses dois as-
pectos para analisar como as altas tem-
peraturas podem afetar a vida dos pro-
fissionais do futebol.
Na dissertação de mestrado “O es-
tresse térmico por esforço físico nos a-
tletas profissionais de futebol, na Copa
do Mundo da FIFA no Brasil de 2014”,
o autor analisa o estresse térmico por
esforço físico dos atletas, como se en-
quadram no índice de calor e na Norma
Regulamentadora 15, que dispõe sobre
Atividades e Operações Insalubres.
A prática de atividades físicas, reco-
mendada por médicos para o alcance
da longevidade e bem-estar não é a
mesma praticada por jogadores de fu-
tebol. Na vida de um atleta, vários fato-
res permeiam sua carreira, como expo-
sição à mídia, competições, cobrança
por alto desempenho, patrocinadores,
causando muitas vezes impactos nega-
tivos à saúde e aposentadoria precoce,
em razão das inúmeras lesões corpo-
rais acumuladas ao longo dos anos.
Com base em dados estatísticos da
FIFA, dados do Heat Index Calculator
(calculador do índice de calor), Índice
de Bulbo Úmido-Termômetro de Globo
(IBUTG) e outras referências bibliográ-
ficas, Leonardo analisou 64 jogos na
Copa do Mundo da FIFA de 2014, esco-
lhendo atletas que mais se movimenta-
ram em campo e que alcançaram a ve-
locidade máxima atingida e a quanti-
dade total de sprints (tipo de desloca-
mento realizado por jogadores de fute-
bol, onde variáveis fisiológicas podem
estar correlacionadas ao desempenho
da potencia muscular).
IBUTG como estimativa
O Índice de Bulbo Úmido-Termô-
metro de Globo (IBUTG), foi criado em
1957 e tinha como objetivo verificar o
impacto fisiológico do calor nos treina-
mentos militares. Já o software sobre-
carga térmica, desenvolvido pela Fun-
dacentro, possibilitou a Leonardo veri-
ficar o estresse térmico nos atletas de
futebol nos jogos da Copa do Mundo.
O software sobrecarga térmica foi uma
inovação na área de prevenção de do-
enças relacionadas ao calor intenso, e
tem como objetivo monitorar a exposi-
ção do trabalhador à sobrecarga térmi-
ca nas atividades a céu aberto em todo
o seu território.
No capítulo, “O IBUTG”, Leonardo
cita o índice como instrumento “útil pa-
ra análise de sobrecarga térmica labo-
ral, identificada em diversas profissões
pelo mundo, bem como em diversas re-
giões”. A Norma Regulamentadora 15
(Atividades e operações insalubres)
também é analisada no trabalho acadê-
mico, observando-se os limites do tem-
po de trabalho e tempo de descanso.
Copa do Mundo 2022
No trabalho acadêmico, o autor bus-
ca na mídia, como forma de validar a
sobrecarga térmica aos atletas, depoi-
mentos de campeões mundiais que
chegaram a competir em grandes tor-
neios em temperaturas que chegaram a
42º centígrados.
A pesquisa, além de evidenciar os
perigos da realização de práticas espor-
tivas sob intenso calor, notadamente
em torneios, mostra a preocupação do
Comitê Executivo em alterar os meses
para realização das Copas das Confe-
derações FIFA de 2021 e da Copa do
Mundo da FIFA de 2022.
Será no Qatar, país situado no Golfo
Pérsico e escolhido para sediar os dois
grandes eventos da Federação. Lá, as
temperaturas nos meses de junho e ju-
lho chegam a variar entre 40º e 50º
graus centígrados, e, portanto, conside-
radas temperaturas extremas, respon-
sáveis por gerar o estresse térmico em
atletas.
Se antes, a tradição para a realização
dos jogos era nos meses de junho e
julho, o Comitê, em 2015, decidiu al-
terar para o período de 21 de novembro
a 18 de dezembro de 2022, momento
em que as temperaturas são mais ame-
nas.
Experiência na Fundacentro e su-
gestões futuras
Para Leonardo, o tema estudado
ajudou nas inúmeras dúvidas que tinha
quanto aos eventos realizados no calor,
e a forma como os jogadores reagem a
essas temperaturas.
Mas, por trás do trabalho acadêmi-
co, Leonardo destaca a presença da
Fundacentro, como grande aliada para
um melhor entendimento da segurança
e saúde do trabalhador. “Minha expe-
riência acadêmica na Fundacentro foi
um divisor de águas na minha vida. Foi
fundamental para eu ter uma nova per-
cepção sobre o trabalho”, comentou.
Algumas observações foram coloca-
das pela banca de defesa, como por e-
xemplo, a necessidade de EPI´s (Equi-
pamentos de Proteção Individual) para
os jogadores, o uso do EPC (Equipa-
mento de Proteção Coletiva), ou de te-
tos retráteis, importantes medidas para
a proteção solar dos jogadores, como
também da torcida. Outra sugestão a-
pontada durante a defesa seria investir
cada vez mais no desenvolvimento de
tecidos tecnológicos que auxiliem na
sudorese excessiva.
Leonardo Lins Camelo da Silva foi
orientado por Robson Spinelli Gomes,
tecnólogo e servidor da Fundacentro, e
teve em sua banca, a participação da
professora convidada do Departamento
de Engenharia de Minas e de Petróleo
da Escola Politécnica da Universidade
de São Paulo (LACASEMIN/PMI/EPU
SP), Maria Renata Machado Stellin e
Álvaro Cesar Ruas, servidor do Escritó-
rio de Representação Regional da Fun-
dacentro em Campinas.
A dissertação estará disponível em
breve no portal da Fundacentro, em
“Defesas de dissertações”. Acesse. N
Arcos Dorados anuncia parceria
com UBQ para uso de materiais
reciclados em restaurantes do
McDonald's Norminha, 28.11.2019 A Arcos Dorados, maior franquia inde-
pendente do McDonald's no mundo,
expande sua ação ambiental e anuncia
parceria inédita com a empresa israe-
lense UBQ, que desenvolveu um pro-
cesso patenteado que converte o resí-
duo doméstico em um substituto plás-
tico, por meio do qual há redução nas
emissões de carbono. O objetivo da ali-
ança é começar a usar esse novo mate-
rial, mais ambientalmente correto, em
itens que chegarão aos restaurantes da
marca já no primeiro trimestre de 2020.
A iniciativa se une a outras ações
sustentáveis já implantadas pela Arcos
Dorados e o sistema McDonald's. Por
exemplo, há um ano a empresa deixou
de entregar proativamente canudos de
plástico, além de ter começado uma
campanha de conscientização junto aos
clientes para que evitem o uso durante
as refeições. Em paralelo a esta deci-
são, a empresa se comprometeu a con-
tinuar buscando soluções para reduzir o
uso de plástico nos restaurantes.
Além disso, a companhia segue
comprometida em cumprir os objetivos
globais da marca, alinhados à política
da "Escala para o bem", para reduzir as
emissões de gases de efeito estufa em
36% até 2030 e de 20% em toda a
cadeia de suprimentos, dentro do mes-
mo período. No total, 11 milhões de to-
neladas de CO2 não chegarão à atmos-
fera, o que equivale ao plantio de 3 bi-
lhões de árvores ou 25 milhões de au-
tomóveis fora de circulação. N
Curso de Higiene Ocupacional em Presidente
Prudente (SP) 18 99765-2705
Foram analisados 64 jogos na Copa do Mundo da FIFA de 2014, com
atletas que mais se movimentaram em campo e que alcançaram a
velocidade máxima atingida
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Inovação e Meio ambiente: Copo sustentável chega ao mercado
SIPAT 2020: tudo para você realizar o melhor evento no novo ano
Página 07/09 - Norminha - Nº 547 - 28/11/2019 - ANO 11 - DESDE 18/08/2009 - Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - Mte 51/09860
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ela também se preocupa com a aplica-
ção da política reversa, visando a redu-
ção de resíduos, o reaproveitamento ou
descarte apropriado de materiais e a
sustentabilidade ambiental.
Vale ressaltar que, atualmente exis-
tem várias outras formas de políticas
ambientais aplicadas no setor corpora-
tivo, visando a redução do uso dos co-
pos descartáveis, podemos citar como
um grande exemplo, a empresa Enel,
que utiliza copos feitos de papel, além
da política de adote um copo utilizada
em diversas empresas.
Para proporcionar a sustentabilida-
de ambiental, temos que “abraçar a
causa”, o meio ambiente saudável é um
direito de todos, assim como a obriga-
ção de cuidar e preservar.
Esperamos que este artigo tenha
sido útil. Enquanto isso, siga-nos em
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Aperreio N
Direito Ambiental e Sustentabilidade
Norminha, 28.11.2019 Quer aprender mais sobre Direito
Ambiental? Hoje vamos tratar sobre a
sustentabilidade e o meio ambiente.
Quer saber mais, então não deixa de ler
o artigo completo!
Este artigo foi escrito com a colabo-
ração da colunista Alyne Almeida, e a-
borda a seara do Direito Ambiental,
mais precisamente acerca da inovação
e comercialização de copos sustentá-
veis.
Instagram da Autora:
@alynealmeidaadv
Texto de responsabilidade, criação e
opinião do (a) Autor (a)!
Introdução
Quando falamos em sustentabilida-
de ambiental, primeiramente, devemos
esclarecer que, atualmente os copos
descartáveis de plástico são um dos
principais poluidores do meio ambien-
te, ainda que a utilização desses pro-
dutos em residências seja eventual, a
maior parte da produção desse produto
é destinada a utilização em ambientes
corporativos e estabelecimentos co-
merciais, onde, na maioria das vezes,
são descartados incorretamente, geran-
do grandes danos ao ecossistema.
Assim, de acordo com o artigo 225
da Constituição Federal de 1988, con-
forme definição a seguir, temos o en-
tendimento acerca da preservação: “To-
dos têm direito ao meio ambiente eco-
logicamente equilibrado, bem de uso
comum do povo e essencial à sadia
qualidade de vida, impondo-se ao Po-
der Público e à coletividade o dever de
defendê-lo e preservá-lo para as pre-
sentes e futuras gerações”.
Por sua vez, o descarte incorreto dos
copos plásticos é um ato em desfavor
do meio ambiente, gerando danos irre-
paráveis, haja vista que, o descarte irre-
gular destes resíduos nos oceanos faz
com que os animais confundam o lixo
com alimentos, sendo ingeridos e oca-
sionando a morte de várias espécies a-
quáticas.
Mas e aí, o que podemos fazer para
mudar esta triste realidade?
A substituição do copo de plástico
por copo sustentável
Primeiramente, se faz necessário es-
clarecer que, para a produção de um
copo descartável são gastos, aproxima-
damente, 6 Wh de energia elétrica, 500
ml de água e 8 gramas de poliestireno
(PS) ou polipropileno (PP), material es-
te derivado do petróleo, utilizados tam-
bém na fabricação de Pets e demais ou-
tros produtos.
Com isso, os copos descartáveis e
seus derivados compõem cerca de 80%
dos resíduos que são descartados
seus derivados compõem cerca de 80%
dos resíduos que são descartados in-
corretamente, chegando aos mares, rios
e aterros sanitários, onde demoram dé-
cadas para se decompor.
O grande problema enfrentado é
que, esses materiais além de serem
grandes poluentes, são ingeridos por
animais aquáticos levando-os a morte.
Desta forma, o copo descartável a-
presentar a ideia de praticidade e baixo
custo para o consumidor, sendo este
visto como a melhor opção para o co-
mércio, não considerando que estes
produtos demoram cerca de 450 anos,
aproximadamente, para se decompor
no meio ambiente, e, devido ao elevado
consumo de descartáveis em residên-
cias e comércios, nota-se como conse-
quência, o grande acúmulo de resíduos
no ecossistema.
Diante da necessidade, moderniza-
ção e implantação de políticas públicas
ambientais que contribuam para a sus-
tentabilidade, o mercado inova ao apre-
sentar copos descartáveis sustentáveis.
Das novidades do mercado susten-
tável
Em 15 de setembro de 2019, o site
Ambiente Brasil, divulgou a comerciali-
zação de copos sustentáveis, ou seja,
uma linha exclusiva de criação da Green
Cups®.
Trata-se de copos sustentáveis fei-
tos à base de cana de açúcar, material
de fácil decomposição, com o objetivo
de atender a demanda empresarial, su-
bstituindo o copo descartável por pro-
dutos com maior durabilidade, contri-
buindo para a redução do volume de re-
síduos plásticos.
Para a fabricação desses copos sus-
tentáveis utiliza-se a cana de açúcar, e,
aproximadamente 300 mililitros de á-
gua, enquanto um copo plástico des-
cartável a quantidade de agua utilizada
é bem superior.
Ainda mais, a Green Cups® além de
produzir e colocar no mercado a dispo-
sição de todos os copos sustentáveis,
Norminha, 28/11/2019 A Petrobras está utilizando inteligência
artificial para ampliar a segurança dos
trabalhadores que atuam em suas ope-
rações offshore - de prospecção, perfu-
ração e exploração de petróleo. A ino-
vação vai ajudar a empresa a analisar
imagens de tarefas de campo com foco
em segurança, meio ambiente e saúde,
detectando desvios e incidentes, como
uso incorreto de Equipamento de Prote-
ção Individual (EPI), posicionamento
inseguro com relação à carga, obstru-
ção de rotas de fuga e acesso a am-
bientes restritos.
De acordo com o diretor de Trans-
formação Digital e Transformação da
estatal, Nicólas Simone, "como a segu-
rança das pessoas é uma questão im-
portante para nós, pensamos em como
podemos utilizar novas tecnologias pa-
ra diminuir o risco de acidentes nas o-
perações. Por meio da inovação, propi-
ciamos um ambiente industrial mais
seguro, com menor número de aciden-
tes e, consequentemente, garantia de
continuidade operacional e maior pro-
dutividade".
As imagens que representam indica-
ções de risco ou de situações normais
são apresentadas ao sistema de inteli-
gência artificial, que aprende a reco-
nhecê-las e distingui-las. Segundo o
consultor do Centro de Pesquisas da
Petrobras (Cenpes) Hardy Pereira Pin-
to, e um dos criadores da solução, "o
sistema está treinado, por meio de al-
goritmos, a identificar automaticamente
riscos de segurança operacional nas
Norminha, 28.11.2019
A virada do ano está próxima e já se espera prosperidade para o novo ci-
clo que se inicia. Nas empresas, seja de
pequeno, médio ou grande porte, a bus-
ca é sempre pelo crescimento, inovação
e aumento do desempenho e da capa-
cidade produtiva, principalmente, com a
perspectiva de melhora da economia.
Tudo isso, no entanto, só será pos-
sível com a ajuda de colaboradores
competentes e engajados, aqueles tipo
de parceiros que vestem a camisa da
empresa. Por isso, a relação de confian-
ça deve ser estabelecida no primeiro
momento e fortalecida ao longo dos
anos.
Para tanto, o empregador deve pre-
zar pela preservação da saúde e quali-
dade de vida do seu empregado. E isso
inclui o sentimento de cuidado e aten-
ção que lhe é dedicado no que tange à
segurança do trabalho.
Assim, que tal aproveitar o momento
de boas vibrações e renovação de ener-
gias pra já começar o novo ano forta-
lecendo a confiança com seu colabo-
rador? Esta pode ser uma boa oportu-
nidade para realizar a Semana Interna de
Acidente de Trabalho (SIPAT), e estimu-
lar a esperança e, até, uma mudança de
comportamento dentro e fora da em-
presa.
Na SIPAT 2020 invista em palestras
interessantes
A SIPAT é um evento de execução o-
brigatória, instituída pelo decreto 682
55 de 1971 e prevista na Portaria N° 3.
214, com o objetivo de tornar o ambi-
ente de trabalho mais seguro, evitando
acidentes e preservando a saúde e qua-
lidade de vida do colaborador.
Defina temáticas que dialoguem
com o colaborador. Não adianta falar de
assuntos que não fazem parte da rea-
lidade dele. Isso não vai atraí-lo. Se o
objetivo é falar sobre saúde e segurança
no trabalho, trabalhe exemplos práticos
do dia a dia e busque palestras que uti-
lizem dinâmicas e maneiras criativas de
passar a informação.
Se for preciso, faça uma avaliação
ou enquete informal para conhecer o
que eles gostam de assistir, de ouvir e
de fazer fora do ambiente do trabalho.
Conhecer seu empregado será impres-
cindível para definir a maneira de che-
gar até ele, e para encontrar a palestra
mais adequada tanto no tema quanto na
abordagem.
Crie expectativa no seu funcionário.
A divulgação das palestras da SIPAT
2020 deve acontecer com, no mínimo,
um mês de antecedência e, para es-
palhar o conteúdo das rodas de con-
versa, utilize os diversos meios de co-
municação, inclusive aquele mais usa-
do pelo colaborador. Essa é outra infor-
mação que é preciso descobrir.
Busque a criatividade e o engaja-
mento. Aborde os tópicos das palestras
e anuncie que haverá surpresas. A SI-
PAT tem que alcançar seu objetivo de
forma leve, interativa e aconchegante.
Apesar de ser um compromisso obriga-
tório da empresa, deve ser visto como
uma oportunidade de estreitar os laços
com o trabalhador. Por isso, inclua diá-
logos sobre sua saúde e momentos de
cuidado também. N Realizarte
imagens gravadas por câmeras de alta
resolução".
A inteligência artificial usada pela
Petrobras está ligada à área de visão
computacional, quando softwares a-
prendem a interpretar imagens. Dessa
forma, a análise das imagens permite a
geração de informações e dados estatís-
ticos que podem auxiliar no direciona-
mento de treinamentos de acordo com
as variáveis mais frequentes (horários e
locais de maior ameaça, por exemplo),
reduzindo, assim, o tempo de exposição
do trabalhador a riscos.
Implantação
Em setembro foi finalizada a primeira
fase da implantação da solução de inte-
ligência artificial, com a ativação do sis-
tema no navio-sonda NS-38. Atualmen-
te, a solução está gerando alertas de ris-
co ao identificar acesso às zonas restri-
tas e uso inadequado de equipamentos
de segurança, beneficiando cerca de
180 trabalhadores embarcados e um
total de 300 pessoas, quando somados
às que circulam no local. N
Petrobras faz uso de inteligência artificial para ampliar segurança
Adicional de periculosidade para jovem cai de 30% para 5% pela nova regra
A redução só vale para quem aceitar a contratação de um seguro de acidentes pessoais, segundo o
novo programa do governo
Página 08/09 - Norminha - Nº 547 - 28/11/2019 - ANO 11 - DESDE 18/08/2009 - Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - Mte 51/09860
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Norminha, 28/11/2019 O adicional de periculosidade, pago
aos trabalhadores expostos a riscos de
vida, poderá ser menor para quem for
contratado pelo Programa Verde Ama-
relo. Segundo medida provisória, se o
jovem aceitar a contratação de um se-
guro de acidentes pessoais, o valor do
adicional cai para 5%, em vez dos 30%
previstos na CLT (Consolidação das
Leis do Trabalho). O governo estabele-
ceu ainda que, para receber o adicional
de periculosidade, será preciso com-
provar a exposição ao perigo perma-
nente por, no mínimo, 50% da sua jor-
nada de trabalho.
A medida provisória foi anunciada
pelo governo com a proposta de gerar
vagas para jovens. O plano envolve cor-
tar gastos das empresas com o INSS
(Instituto Nacional do Seguro Social) e
reduzir o FGTS (Fundo de Garantia do
Tempo de Serviço) e a multa em caso
de demissão sem justa causa para
quem entrar nessa modalidade.
O UOL conversou com os advoga-
dos trabalhistas Bruno Gobbi e Danilo
Pieri Pereira para entender como é a re-
gra geral e como ficou. Veja:
Como é a regra geral?
A CLT prevê um adicional de 30%
sobre o salário-base para os profissio-
nais que trabalham em atividades con-
sideradas perigosas, como os que li-
dam com inflamáveis, explosivos ou
energia elétrica, por exemplo.
Não há definição sobre a frequência
dessa exposição para dar direito ao adi-
cional. Em geral, os patrões precisam
contratar uma empresa especializada
em segurança do trabalho para analisar
os riscos e, a partir disso, definir quais
medidas tomar para tornar o trabalho
mais seguro e quais funcionários têm
direito ao adicional. Se o trabalhador
não recebe o bônus e discorda da de-
cisão da empresa, poderá entrar com
uma ação na Justiça.
Como ficou com o programa?
A medida provisória prevê que os
jovens do Programa Verde Amarelo po-
dem optar por fazer um seguro privado
de acidentes pessoais. Esse seguro é
contratado pela empresa e cobrirá:
Morte acidental; Danos corporais; Da-
Especialistas dizem que jovem não terá
opção se quiser arrumar um trabalho
nos estéticos; Danos morais.
Quem opta por esse seguro concor-
da em ter uma redução no adicional de
periculosidade e receber 5% sobre o
salário-base, em vez de 30% da regra
geral. Segundo a MP, é preciso um a-
cordo individual por escrito.
Também fica estabelecido que o adi-
cional de periculosidade só será pago
quando houver exposição permanente
do trabalhador ao perigo por, no míni-
mo, 50% de sua jornada normal. Ou
seja, se trabalha oito horas por dia, ao
menos quatro horas precisam ser em
atividade perigosa para dar direito ao
bônus.
São considerados aptos a entrar no
programa jovens entre 18 e 29 anos que
ainda não tiveram o primeiro emprego.
As vagas devem pagar até 1,5 salário
mínimo (R$ 1.497, em 2019).
E se eu não aceitar o seguro?
Nesses casos, ainda haverá o direito
ao adicional de 30%. Porém, na prática,
Pereira diz que os jovens podem ficar
sem escolha. "Em tese, o funcionário
pode não fazer o seguro. Agora, o jovem
que está entrando no mercado de tra-
balho está em condições de não con-
cordar com a proposta da empresa?"
A mudança vale só para o Programa
Verde Amarelo?
Sim. Segundo a Secretaria Especial
de Previdência e Trabalho, todos os
itens do capítulo 1 da medida provisória
905/19, que inclui o adicional de peri-
culosidade, referem-se apenas ao con-
trato Verde Amarelo. Portanto, a regra
vale só para os jovens que entrarem no
programa.
Para Gobbi, a empresa não pode o-
ferecer a redução do adicional para um
trabalhador comum, que não esteja
dentro do programa.
As novas regras já estão valendo?
Não. A medida provisória prevê que
as contratações pelo programa Verde
Amarelo comecem em 1º de janeiro de
2020 e terminem em 31 de dezembro de
2022.
Para Pereira, ainda é preciso aguar-
dar as regras desse seguro. "Pelo que
Medida provisória prevê que, para
receber o adicional, é preciso que ao
menos metade da jornada seja em
atividade perigosa
dá a entender, falta um regulamento do
governo para dizer quais os moldes
desse seguro. Não é o mesmo que um
seguro de vida comum." Por se tratar de
uma medida provisória, o programa
precisa ser aprovado no Congresso pa-
ra virar lei em definitivo. A MP tem vali-
dade de 60 dias, podendo ser prorroga-
da por mais 60 dias. N Economia UOL
Norminha 28/11/2019 Por Marcos Antonio de Almeida Ribeiro*
Caros leitores do nosso Jornal Primei-
ro Passo, como são de seus conheci-
mentos, estamos passando por uma
grande reformulação das normas de se-
gurança do trabalho, nunca vista igual,
principalmente porque o governo fede-
ral, com a sua Secretaria do Trabalho,
vem impondo uma absurda correria pa-
ra que estas NRs sejam modificadas em
tempo recorde, mas, com certeza, dei-
xando de se ter uma análise mais apro-
fundada das mesmas, visto tal pressa.
Várias normas estão sendo revisa-
das simultaneamente, impondo tanto
aos representantes dos empregadores,
trabalhadores e auditoria fiscal, um tra-
balho forçado para que as normas se-
jam colocadas para aprovação ainda
este ano.
Uma delas é a NR 4 – SESMT, que
vamos comentar sobre a possibilidade
bastante plausível de sua terceirização,
ou seja, as empresas não precisarão ter
mais profissionais do SESMT registra-
dos como empregados.
O Sindicato dos Técnicos de Segu-
rança do Trabalho tem uma posição to-
talmente contrária a este modelo, pois
sabemos que, cada vez mais, serão pre-
carizadas as ações voltadas à Seguran-
ça e a Saúde dos trabalhadores.
Se no atual modelo, os profissionais
técnicos de segurança sempre encon-
traram dificuldades e resistências den-
tro das empresas da sua real aplicação,
pelo fato de que muitos de nossos em-
presários não terem uma cultura pre-
vencionista, sempre colocam a produti-
vidade como item prioritário, deixando
a segurança e a saúde dos trabalha-
dores ficarem em segundo e terceiro
planos.
Vamos imaginar então na possibili-
dade desta terceirização dos SESMTs
se concretizar, qual seria a força de um
TST terceirizado para atuar dentro de
Vamos imaginar então na possibilidade
Exames para diabetes e
doença renal terão
parâmetros nacionais
Até hoje, testes para essas doenças
seguiam referências internacionais
Norminha, 28/11/2019 O diabetes e a doença renal agora
contam com marcadores bioquímicos
brasileiros, ou seja, parâmetros nacio-
nais para valores de referência labora-
toriais. Isso vai ser possível porque, pe-
la primeira vez, a Pesquisa Nacional de
Saúde (PNS) incluiu a coleta de amos-
tras biológicas realizadas em quase 9
mil domicílios. Com isso, os novos e-
xames poderão ser feitos seguindo um
padrão de avaliação nacional, uma vez
que os marcadores bioquímicos, que
são utilizados para a conclusão desses
testes, têm como base o material cole-
tado em brasileiros. Até agora, os exa-
mes dessas doenças seguiam padrões
internacionais.
As avaliações dos resultados dos
exames laboratoriais da PNS foram pu-
blicadas no suplemento temático da
Revista Brasileira de Epidemiologia,
lançada no dia 26 de novembro de
2019, que mostra estudos inéditos so-
bre o diabetes na população adulta bra-
sileira.
A PNS é uma parceria entre o Ins-
tituto Brasileiro de Geografia e Esta-
tística (IBGE), a Fiocruz, o Ministério da
Saúde, a Universidade Federal de Mi-
nas Gerais (UFMG) e o Hospital Sírio-
Libanês.
N
Agência Brasil
Terceirização do SESMT, será? SINTESP, somos contra.
desta terceirização dos SESMTs se con-
cretizar, qual seria a força de um TST
terceirizado para atuar dentro de uma
empresa, vindo a exigir o cumprimento
das normas de segurança do trabalho
para uma supervisão, gerencia ou chefia
de um setor de trabalho? Na prática, po-
demos ter certeza que teríamos um con-
fronto entre as partes, sem dúvida ne-
nhuma, pois se hoje, mesmo o SESMT
sendo próprio, já existem sérias dificul-
dades para se implantarem as normas
de segurança vigentes, imaginem de
outra forma?!
Seguindo nesta linha de raciocínio,
temos a real certeza que esta tomada de
posição do governo, caso venha a ser
confirmada, a inconstitucionalidade es-
tará presente, pois tivemos informações
que o Ministério Público do Trabalho já
se posicionou também contrário a esta
conduta caso venha a se confirmar esta
terceirização, através de uma Nota Téc-
nica encaminhada para a Secretaria do
Trabalho, na qual também tem como
premissas básicas a precarização e fra-
gilização em larga escala nas relações e
condições de trabalho em relação aos
profissionais prevencionista com os
empregadores e trabalhadores.
Somente para se ter uma ideia, no
momento em que estávamos produzin-
do este editorial, companheiros nossos
estavam se reunindo na bancada dos
trabalhadores para discutirem posicio-
namentos durante os dois dias de reu-
nião para fechamento dos entendimen-
tos sobre a NR 4. Esperamos que a-
queles que representam os trabalhado-
res tenham um posicionamento bas-
tante rígido para se evitar que nós, en-
quanto trabalhadores que somos, não
venhamos a perder importância dentro
das organizações, onde, desde a criação
dos SESMTs, tivemos um papel de des-
taque nas questões da segurança e
saúde dos trabalhadores. NÃO À TER-
CEIRIZAÇÃO DOS SESMTs PRÓPRIOS!
Marcos A. A. Ribeiro, Presidente SINTESP
Modernização das regras de Segurança e Saúde no trabalho
Desculpe, o Sr. não tem estabilidade. Está demitido.
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Material Editável liberado Lista Verificação Solda e Corte http://bit.ly/31Pz8H2
Inscrições! http://bit.ly/2N9Embd
Norminha, 28/11/2019 Rosangela Fricke*
No início de agosto, o Comitê Gestor do
eSocial anunciou mudanças na plata-
forma que impactam diretamente a área
de Segurança e Saúde no Trabalho. A
lista de exigências será simplificada,
com redução no número de eventos,
compilação de informações similares e
exclusão de alguns campos de preen-
chimento obrigatório. O objetivo é di-
minuir a quantidade de informações re-
dundantes e otimizar a rotina de traba-
lho das equipes responsáveis pela ges-
tão desses dados.
Mais recentemente, no dia 20 de se-
tembro, a sanção da Lei de Liberdade
Econômica (Lei 13.874/2019) determi-
nou que o eSocial será substituído por
um novo sistema: “O Sistema de Escri-
turação Digital das Obrigações Fiscais,
Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial)
será substituído, em nível federal, por
sistema simplificado de escrituração
digital de obrigações previdenciárias,
trabalhistas e fiscais (Art.16)”.
Ou seja, o atual sistema será divi-
dido em dois, sendo um exclusivo para
envio de informações trabalhistas e
previdenciárias. O outro incluirá ques-
tões tributárias e fiscais.
A nova legislação é positiva, já que
simplifica a rotina. No entanto, não eli-
mina a necessidade de utilizar a plata-
forma. As indústrias precisam estar a-
tentas à modernização das normas re-
gulamentadoras (NRs) que poderão im-
pactar no envio das informações. Para
isso, é preciso focar na gestão dos da-
dos dos trabalhadores e participar de
consultas públicas relacionadas ao te-
ma, mantendo-se atualizadas sobre as
mudanças.
Principais mudanças
A nota divulgada no portal oficial do
eSocial aponta as principais alterações
relacionadas a pontos trabalhistas e
previdenciários, conforme listado a se-
guir. A partir de janeiro de 2020, será
preciso transmitir as informações abai-
xo pela plataforma simplificada instituí-
da pela Lei de Liberdade Econômica.
Os eventos de SST serão reduzidos
de seis para quatro. Serão mantidas as
informações necessárias apenas para a
substituição do CAT (Comunicado de
Acidente de Trabalho) e PPP (Perfil
Profissiográfico Previdenciário).
A tabela de riscos será reduzida de
1.200 itens para cerca de 300.
Evento S-1060 - Tabela de Ambien-
tes de Trabalho – informações de exer-
cício de atividade em ambiente do pró-
prio empregador ou de terceiro não pre-
cisam constar de tabela. Podem migrar
para o evento S-2240 - Condições Am-
bientais do Trabalho - Fatores de Risco
que, por sua vez, também será simplifi-
cado.
Evento S-2221 - Exame Toxicoló-
gico do Motorista Profissional - a por-
taria que exigiu a informação referente
ao exame toxicológico no CAGED será
revogada e o evento perderá sua função.
Por que é importante acompanhar o
eSocial?
O uso da plataforma do governo é o-
brigatório desde 2018 e a implantação
tem sido feita de maneira faseada. É a
única forma de envio dos dados refe-
rentes aos trabalhadores. Quem não a-
dotar o eSocial enfrentará problemas
burocráticos, desde impossibilidade de
contratar novos empregados até multas
proporcionais ao número de funcioná-
rios da empresa.
O Sistema Fiep, por meio do Sesi no
Paraná, criou um portal exclusivo e o-
ficial para que as indústrias possam a-
companhar as mudanças:
Sesi – Informações de SST. Mante-
mos todas as notícias e informações o-
ficiais atualizadas. Além dessa ferra-
menta online, também realizamos wor-
kshops e seminários para a dissemi-
nação de informações, bem como as
rodadas de consultas públicas nesse
momento de atualização e moderniza-
ção das normas em SST.
Ressaltamos que haverá uma redu-
ção substancial nos dados fornecidos
pelos empregadores. Serão requeridas
apenas as informações que substituam
uma obrigação acessória, desde que
não sejam redundantes ou que não
constem nas bases de dados do gover-
no. Além do portal do Sesi no Paraná,
as indústrias também podem utilizar as
consultorias da instituição para se ade-
quar às exigências.
Ofertamos programas legais das
NRs, higiene ocupacional, ergonomia e
consultorias especializadas em Segu-
rança e Saúde no Trabalho, tanto para a
gestão quanto para a organização das
informações.
Normas Regulamentadoras
Além destas alterações, as 36 NRs
que estão atualmente em vigor deverão
ser revisadas, conforme cronograma já
divulgado pelo governo, como já foi o
caso da NR 1, NR 2 (que foi extinta) e
NR 12 Normas Regulamentadoras:
Além destas alterações, as 36 NRs
que estão atualmente em vigor deverão
ser revisadas, conforme cronograma já
divulgado pelo governo, como já foi o
caso da NR 1, NR 2 (que foi extinta) e
NR 12. Rosangela explica que as mu-
danças objetivam diminuir burocracias
e custos, mas sem deixar de levar em
consideração a segurança dos trabalha-
dores. “Cerca de 20% dos textos nor-
mativos haviam sofrido alterações des-
de a sua criação, nas décadas de 1970
e 1980. Mas a relação de trabalho mu-
dou, por isso é importante rever as nor-
mas. As normativas também precisam
ser dinâmicas e atuais, como o modelo
de trabalho atual. Já estão disponíveis
inovações e tecnologias para oferecer
um maior grau de proteção aos traba-
lhadores. A grande preocupação é a-
proveitar esse recurso e sempre garan-
tir a segurança dos colaboradores”, a-
ponta. As mudanças objetivam diminuir
burocracias e custos, mas sem deixar
de levar em consideração a segurança
dos trabalhadores. Cerca de 20% dos
textos normativos haviam sofrido alte-
rações desde a sua criação, nas déca-
das de 1970 e 1980. Mas a relação de
trabalho mudou, por isso é importante
rever as normas. As normativas tam-
bém precisam ser dinâmicas e atuais,
como o modelo de trabalho atual. Já
estão disponíveis inovações e tecnolo-
gias para oferecer um maior grau de
proteção aos trabalhadores. A grande
preocupação é aproveitar esse recurso
e sempre garantir a segurança dos cola-
boradores. N Primeiro Passo
Rosangela Fricke - Gerente executiva de
Segurança e Saúde para Indústria do
Sistema Fiep
Norminha, 28.11.2019 Era uma vez o Sr. João (nome fictício).
Depois de um longo período desem-
pregado, o Sr. João finalmente conse-
guiu um emprego. Fez exame admis-
sional.
Apto.
Iniciou sua atividade laborativa. Gra-
ças a Deus!
A família que, até então, amargurava
algumas dívidas, poderia, finalmente,
colocar as contas em dia.
Sr. João recebeu o primeiro salário,
pagou as emergências, fez aquela com-
pra no supermercado que há tempos
não fazia.
Feliz da vida, Sr. João seguiu para o
trabalho no dia seguinte.
Aquela alegria contagiante que fez o
dia ser bem produtivo. Finalizada aque-
las horas de trabalho, Sr. João sai da
empresa e se direciona ao metrô.
Lotado. Aquele empurra-empurra
para entrar no vagão.
Sr. João foi empurrado, tropeça e o
pé fica preso entre o vão e a plataforma.
Fratura inevitável. É socorrido. Cirurgia.
Recuperação. Fisioterapia.
“Infelizmente, Sr. João, não conse-
guimos restabelecer os movimentos in-
tegrais. O Sr. ficou com uma sequela
permanente.”
Hipótese 1 - Sr. João sofreu este aci-
dente antes da MP 905/2019.
Art. 21. Lei 8.213/91 Equiparam-se
também ao acidente do trabalho, para
efeitos desta Lei:
II - o acidente sofrido pelo segurado
no local e no horário do trabalho, em
consequência de:
d) no percurso da residência para o
local de trabalho ou deste para aquela,
qualquer que seja o meio de locomo-
ção, inclusive veículo de propriedade
do segurado.
Acidente de trajeto é equiparado a A-
cidente de Trabalho. Não há carência.
Sr. João receberá auxílio doença a-
cidentário.
A empresa abrirá a CAT (comunica-
ção de acidente de trabalho), continuará
depositando FGTS e ele terá estabili-
dade após retornar ao trabalho.
Além disso, devido a sequela per-
manente instalada, que reduziu sua ca-
pacidade laborativa, receberá, após a
cessação deste, o auxílio indenizatório
denominado auxílio acidente (50% do
valor do “Salário de Benefício”) que po-
de ser cumulado com seu salário de
empregado.
Embora, precise ser readaptado e
desenvolver outro tipo de trabalho, Sr.
João segue feliz, afinal, há uma Lei que
o garante de não ser demitido e uma
contraprestação indenizatória pelo aci-
dente sofrido.
Hipótese 2 – Sr. João sofreu o aci-
dente de trajeto após a entrada em vigor
da MP 905/2019
Art. 51. Ficam revogados:
XIX - os seguintes dispositivos da
Lei nº 8.213, de 1991: b) a alínea d do
inciso IV do caput do art. 21;
Neste caso, o Sr. João receberá o au-
xílio doença comum, pois para este
também não tem carência quando de-
corrente de acidente de qualquer natu-
reza.
A empresa não abrirá CAT e não terá
a obrigação de depositar o FGTS.
O Sr. João poderá ser demitido, pois
não tem estabilidade garantida.
Para ter direito ao auxílio acidente, a
sequela permanente, decorrente de aci-
dente de qualquer natureza, deverá
constar em lista específica elaborada
pela Secretaria Especial de Previdência
e Trabalho do Ministério da Economia e
será no valor de 50% (cinquenta por
cento) do benefício de aposentadoria
por invalidez a que o segurado teria
direito e será devido somente enquanto
persistirem as condições da sequela.
O INSS está vinculado ao princípio
da legalidade. Portanto, se a sequela do
Sr. João não estiver taxativamente ali
descrita, não terá direito ao auxílio aci-
dente.
§ 6º As sequelas a que se refere o
caput serão especificadas em lista ela-
borada e atualizada a cada três anos pe-
la Secretaria Especial de Previdência e
Trabalho do Ministério da Economia, de
acordo com critérios técnicos e cien-
tíficos.” (NR)
Como o Sr. João não terá estabilida-
de, ficará a critério do empregador con-
tinuar com o empregado ou não.
Sr. João, que já estivera outrora
muito tempo desempregado com 100%
de sua capacidade laborativa, deverá
buscar novas oportunidades de acordo
com sua limitação agora estabelecida.
Está certo produção? N
Pâmela Francine Ribeiro - Advogada