Download - Revista Mineira de Engenharia - 22ª Edição
ENTREVISTA CEO da PHVPaulo Henrique Pinheiro de Vasconcelos
Prêmio SME CT&IValorizando o conhecimento
INFRAESTRUTURA URBANA | ARTIGOS | ENGENHEIRO DO ANO E MUITO MAIS
SME JOVEM, UM NOVO OLHAR PARA O FUTURO DA ENGENHARIA
Ano 5 | Edição 22 | Janeiro - Fevereiro | 2014
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Copa do Mundo, eleições são alguns
dos principais eventos nacionais que
nos aguardam neste ano de 2014. Isso
com um ingrediente a mais, o protago-
nismo da juventude revelado na cha-
mada “primavera brasileira”, no ano
passado, quando centenas de milhares
de jovens foram às ruas protestar e rei-
vindicar por transporte público de qua-
lidade, melhoria na segurança, educação,
saúde, fim da corrupção, etc.
Se esse episódio resultará em qualidade
de vida para a população brasileira e
avanços para a sociedade isso ainda te-
remos que acompanhar. As mudanças dependerão em
boa parte daquilo que cada um se dispuser a fazer para
construir um país melhor, sem preterir os jovens.
É nesse sentido que iniciamos 2014, buscando mesclar
o que, ao longo dos anos, acumulamos de melhor de
nossas experiências com a força inovadora da juventude
por meio da criação da SME Jovem. São dois momentos
diferentes que se combinam: as experiências do passado
e as expectativas do futuro que, por sua vez, vai mate-
rializando-se no cotidiano por meio daquilo que fazemos
hoje. É um encontro de gerações e de saberes para que
possamos crescer e desenvolver.
O ano de 2013 nos deixou um legado de bons projetos
executados - realização do Prêmio SME CT&I, entrega
das Medalhas Lucas Lopes e Engenheiro do Ano -, deba-
tes profícuos nas Comissões Técnicas, entre outras ini-
ciativas, e a criação da SME Jovem. A abertura desse
espaço para atuação dos estudantes e futuros profissio-
nais, que nunca esteve fechado, mas que estava desocu-
pado, é revigorante e promissor para esse novo ano de
atividades da Sociedade Mineira de Engenheiros.
A entidade mantém-se sintonizada com seu tempo ao criar
condições para o convívio e interação entre os mais expe-
rientes e a juventude. Uma mescla de conhecimentos já
experimentados e aprovados com a
impetuosidade e a inovação tão
próprias dos jovens. Ou seja, é mais
uma possibilidade de criarmos um te-
cido social ainda mais enriquecido, com
novas texturas, novas propostas e de
ações conjuntas a serem desenvolvidas
pela SME.
Torna-se necessário destacar que, ao
ampliarmos a participação dos jovens,
estamos também criando maiores
possibilidade para que o debate de
ideais seja ampliado e os frutos desse
trabalho sejam colhidos no futuro. Para
que as bandeiras pelas quais nos dedicamos sejam nortea-
doras da ação das novas gerações de profissionais.
Os jovens não são apenas elementos centrais do desen-
volvimento como buscam respostas para esse desenvolvi-
mento. Nada melhor que nessa busca eles possam
aprender um pouco mais com as práticas e a história de
quem acumulou experiências e continua empenhando-se
para que a entidade prossiga no seu trabalho em favor
dos seus associados.
Apesar da persistente crise econômica e financeira mun-
dial, que tem efeitos preocupantes na economia brasileira
e mineira; apesar das perdas irreparáveis de amigos e co-
legas, no ano que passou – os engenheiros Tárcio Primo
Belém Barbosa, em dezembro, e de Délcio Antônio
Duarte, em agosto de 2013 – estamos confiantes de que
nossa atuação conjunta vai fazer a diferença no que con-
cerne à valorização e reconhecimento profissional.
Além, de continuarmos contribuindo para o desenvolvi-
mento da sociedade com nossas ideias, projetos e iniciativas.
Que nesse ano de 2014, possamos construir uma enti-
dade mais fortalecida, projetando um futuro sustentado
na soma da firmeza e sabedoria dos mais experientes e a
impetuosidade e espírito inovador da juventude para um
protagonismo transformador.
EDITORIAL | PALAVRA DO PRESIDENTE
A soma da experiência e inovação
oi.com.br
a
or, ambém.
ais do começo de 2012 até o fim de 2013.
Ailton Ricaldoni Lobo
Presidente da SME
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PRESIDENTE Ailton Ricaldoni Lobo
VICE - PRESIDENTESRonaldo José Lima Gusmão
José Luiz Nobre Ribeiro
Victório Duque Semionato
Alexandre Francisco Maia Bueno
Délcio Antônio Duarte (in memoriam)
DIRETORESLuiz Felipe de Farias
Diogo de Souza Coimbra
Antônia Sônia Alves Cardoso Diniz
Marcílio César de Andrade
Alessandro Fernandes Moreira
José Flávio Gomes
Fabiano Soares Panissi
Janaína Maria França dos Anjos
Normando Virgílio Borges Alves
Clemenceau Chiabi Saliba Júnior
SUPERINTENDENTE José Ciro Mota
CONSELHO DELIBERATIVOMarcos Villela de Sant'Anna
Teodomiro Diniz Camargos
Jorge Pereira Raggi
Flavio Marques Lisbôa Campos
Rodrigo Octavio Coutinho Filho
Paulo Safady Simão
José Luiz Gattás Hallak
Alberto Enrique Dávila Bravo
Cláudia Teresa Pereira Pires
Márcio Tadeu Pedrosa
Sílvio Antônio Soares Nazaré
Felix Ricardo Gonçalves Moutinho
Levindo Eduardo Coelho Neto
Fernando Henrique Schüffner Neto
Ivan Ribeiro de Oliveira
CONSELHO FISCALJosé Andrade Neiva
Nilton Andrade Chaves
Carlos Gutemberg Junqueira Alvim
Alexandre Rocha Resende
Wanderley Alvarenga Bastos Júnior
CONSELHO EDITORIAL Ailton Ricaldoni Lobo
Antônia Sônia Alves Cardoso Diniz
Janaína Maria França dos Anjos
Fabiano Soares Panissi
José Ciro Mota
Ronaldo José Lima Gusmão
Coordenador EditorialJosé Ciro Mota
Jornalista Responsável Luciana Maria Sampaio Moreira
MG 05203 JP
Projeto Gráfico Blog Comunicação
Marcelo Távora
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40LEGADO SME
José Carlos Rodrigues
de Oliveira
42CENÁRIO
Desafios para 2014
50INFRAESTRUTURA
Lincoln Dias Oliveira
46NOVOS ENGENHEIROS
Thales Gonçalves Costa
48ARTIGO
Léu Soares de Oliveira
5
12SME JOVEM
Nova força na
gestão da Entidade
22ENTREVISTA
Paulo Henrique Pinheiro
de Vasconcelos
ENGENHEIRO DO ANO
Paulo Henrique Pinheiro
de Vasconcelos
ENGENHARIA
Obras de Engenharia
demandam profissionalismo
em todos os estágios
COMISSÕES TÉCNICAS
Novas demandas para 2014
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26
LEGADO SME ESPECIAL
Tárcio Primo Belém
Barbosa (in memoriam)
58
PRÊMIO DE SME CT&I
Cobertura do evento8
MERCADO DE TRABALHO
Demanda de engenheiros
depende da economia nacional
36ENERGIAS RENOVÁVEIS
Tendência no Brasil
e no mundo
www.sme.org.br
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Mais um dia de
"Deadloock Traffic" em BH
Belo Horizonte viveu mais um dia de “dea-
dlock traffic”, (colapso) no trânsito no dia
23/12, e as autoridades ficaram de novo com
a brocha nas mãos, sem saber o que fazer. O
problema do trânsito agrava-se a cada dia, fi-
cando evidente que está sem controle. Mi-
lhões de motoristas estão à deriva de sinais,
que já não dão conta do volume de carros,
isso quando não estão sem sincronia. Basta
uma pane, um acidente no Anel Rodoviário
ou nas rodovias que cortam a região metro-
politana, uma manifestação, e a cidade trava.
Na tarde de 21/12, domingo, um caminhão
levou mais de 8 horas para ser retirado do
Viaduto da Mutuca, paralisando a zona sul da
cidade e o Anel Rodoviário, com perda de
tempo, consumo de combustível e estresse.
Embora o transporte coletivo seja uma das
alternativas, o carro não sai de cena, pois não
é só um meio de transporte escolhido por
54% de quem desloca pela cidade, ele é um
sonho de consumo que tende a aumentar, na
mesma proporção que a renda do trabalha-
dor cresce e o crédito fica mais fácil. Quem
tem um carro de modelo econômico, quer
ter um de maior potencia e luxo, basta so-
brar alguma economia para o upgrade virar
meta. Há quem prefira morar de aluguel e
ter um carro, do que ter casa própria e andar
a pé ou de transporte coletivo. Entender isso
e preparar a cidade para esse novo cenário
é tarefa que os governantes deveriam ter
como prioridade, mas insistem em adiar. A
municipalidade não conseguirá fazer as ade-
quações que a cidade precisa sozinha, e pre-
cisa buscar parcerias com os governos
Estadual e Federal.
Não adianta mais tentativas em vão de
mudar comportamento ou movimentos ine-
ficazes para dificultar a vida de quem tem
carro. Estreitar ruas, alargar passeios penas
para enfeite onde não tem pedestre, afunilar
cruzamentos, instalar radares em cada es-
quina, pressionar a população para deixar o
carro na garagem ou troca-lo pela bicicleta,
ou mesmo pela caminhada é ingenuidade.
Quem tem carro quer ter o direito de usá-
lo e não vai abrir mão do conforto por que
a prefeitura sugere ou pressiona. Não enxer-
gar isso é prova de distanciamento da reali-
dade. A cidade precisa de obras em mais de
100 gargalos, mas até que seja possível, ges-
tão e presença humana nos cruzamentos é
urgente e inadiável.
José Aparecido RibeiroPresidente do Conselho Empresarial de
Política Urbana da ACMinas
Repúdio à declaração
de Moreira Franco
Venho me solidarizar com o ilustre pre-
sidente Ailton Ricaldoni Lobo, antigo
companheiro dos velhos tempos da
CEMIG que hoje dedica grande parte do
seu dinamismo e de sua competência a
essa Sociedade, pela publicação do
Editorial citado na Revista Mineira de
Engenharia de Out/Nov de 2013.
O presidente Ailton, bem ao seu feitio,
não deixou passar em branco o desres-
peito do Ministro Moreira Franco com a
Engenharia brasileira.
Parabéns, SME e parabéns presidente
Ailton pela lucidez do artigo em que de-
fende nossa Engenharia e, por conse-
guinte, todos os engenheiros brasileiros,
dos ataques de um ministro de estado
(logo quem!) que demonstra não conhe-
cer a força desse segmento expressivo
da nossa economia e, por isso, o menos-
preza.
É por ações desse quilate, que só pode-
mos aplaudir a mais do que justa ou-
torga da Comenda JK ao ilustre
engenheiro mineiro que preside essa
instituição!
Queiram receber nossa solidariedade.
Atenciosamente
Antonio M. Clarete Vilela Engenheiro Eletricista
Parabenizo-lhe pelo seu posicionamento de repú-
dio relativo à declaração do Sociólogo e Ministro
Wellington Moreira Franco, quando este emite
uma desfocada afirmação de que os engenheiros
são ruins e elaboram projetos mal feitos.
Seu posicionamento é objetivo e esclarece
o quanto o Sr. Ministro se afasta da visão do
real problema, que faz refletir na qualidade,
no cronograma e no custo das obras tão ne-
cessárias à infraestrutura brasileira e que,
com a desfocada visão, se distancia ainda
mais das soluções para tais questões.
Executar obras relevantes, cujas licitações se ba-
seiam em projetos básicos elaborados sobre
uma especificação nem sempre rigorosa , sele-
cionando o executor pelo menor preço, é
expor em demasia os objetivos nobres a serem
alcançados, que são obras com qualidade, aten-
dendo à sua razão de ser, dentro dos prazos e
dos custos.
O setor público é capaz de gerar boas especi-
ficações e produzir um projeto que sirva de
base sólida para a composição dos preços de
quem vai executá-los?
Resposta: claro que sim, já que temos bons enge-
nheiros no mercado aptos a fazer isto.
A questão é saber se o setor público tem plane-
jado suas ações para que isto de fato aconteça, de-
signando ou contratando profissionais preparados
para executar tais tarefas em todo o processo.
Um mal sinal é ver, com frequência, o fiscal ter re-
muneração maior que o executor, num país que
o ente público se esmera em arrecadar e a tão
pouco ou quase nada devolver em benefícios.
Se as indicações forem políticas, e não por mérito,
certamente as entidades estarão expondo os pro-
jetos e especificações à parâmetros não devida-
mente considerados. E aí, como consequência,
gerando demanda de projetos, contratações e
obras carentes de informação para sua mais ade-
quada execução, comprometendo certamente os
objetivos nobres a serem alcançados, que são
obras com qualidade, atendendo à sua razão de
ser, dentro dos prazos e dos custos.
Como engenheiro já tive oportunidade de
colaborar com uma série de grandes proje-
tos, no Brasil e exterior. Sei que o mais im-
portante documento que a equipe gerava era
o tal “ critérios de projeto”, onde o relevante,
o essencial e o importante era tratado, siste-
micamente. Assim, evitamos, monitoramos e
controlamos as possíveis falhas.
Fico pensando......
Será que as agencias de fomento tais como
CEF poderiam financiar contratação de Cri-
térios de Projetos para, por exemplo, o “
Minha Casa Minha Vida”, para a “Transposi-
ção do Rio São Francisco”, para a “Usina Hi-
drelétrica XYZ”, para o “Aeroporto 123”,
para as “Estrada Tal” para “etc”...?
Realmente um pesar a declaração do Sr. Minis-
tro Moreira Franco.
Acertada e em tempo a sua manifestação de re-
púdio, Engenheiro Ailton.
Adalberto Carvalho de RezendeEngenheiro e Professor na Escola
de Engenharia da UFMG
Cartas a Redação
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Os vencedores do 22º Prêmio SME de
Ciência, Tecnologia e Inovação foram pre-
miados no último dia 25 de novembro, em
solenidade no auditório da Escola de En-
genharia da UFMG, com a participação de amigos, fami-
liares, professores, dirigentes de Instituições de Ensino
Superior (IES) e diretores da SME. O professor da Es-
cola de Engenharia da UFMG, Marcos Pinotti Barbosa,
doutor em engenharia mecânica fez uma palestra sobre
o tema “Inovação rima com educação”.
A ciência, tecnologia e inovação associadas são consi-
deradas chaves mestras para o desenvolvimento eco-
nômico e social porque proporcionam o saber e a
evolução para o homem. É a partir desta concepção que
a SME realiza o prêmio, anualmente, mobilizando a co-
munidade acadêmica das faculdades de engenharia,
agronomia e arquitetura em Minas Gerais. A premiação
é dirigida a alunos de graduação dessas três áreas que
estejam regularmente matriculados em uma Instituição
de Educação Superior (IES), em Minas.
O Prêmio SME, como é conhecido, é um dos mais im-
portantes do Estado e o único nessa categoria, com
mais de 1.600 trabalhos analisados. O presidente da
SME, Ailton Ricaldoni Lobo, afirmou que o objetivo do
prêmio é incentivar a criatividade, a inovação e o inte-
resse pela pesquisa acadêmica e científica nas áreas de
engenharia, arquitetura e agronomia.
Cada um dos trabalhos passou por uma criteriosa ava-
liação de enquadramento, conforme regulamento do
Prêmio divulgado e publicado pela SME, feita por uma
comissão julgadora, sem a revelação de autoria nem da
instituição a que pertenciam. Essa comissão é com-
posta de profissionais renomados e com reconhecida
experiência nas diversas áreas. A comissão foi coorde-
nada pelo engenheiro eletricista e professor Alexandre
Henriger Lisboa.
Nessa edição do Prêmio SME, entre os cinco vencedo-
res estão trabalhos técnicos e científicos nas áreas de
Engenharia Civil e Ambiental, Engenharia de Bioproces-
sos, Engenharia Ambiental e Sanitária, Engenharia da
Mobilidade e, ainda, Agronomia. A menção honrosa foi
para um trabalho em engenharia civil. A Universidade
Federal de Itajubá (UNIFEI) foi a instituição de ensino
com o maior número de trabalhos inscritos e classifi-
cados. O troféu foi recebido pelo coordenador do
curso de engenharia de bioprocessos da UNIFEI, Carlos
Roberto Rocha.
Os vencedores receberam do presidente da Paiva Pio-
vesan, Rodrigo Paiva, o software financeiro “Finance
Standard”. A empresa colocou à disposição dos ganha-
dores duas vagas de estágio remunerado. A Federação das
Indústrias de Minas Gerais (FIEMG), o Sindicato da In-
dústria da Construção Civil (Sinduscon) e as empre-
sas Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração
(CBMM), Companhia Energética de Minas Gerais
(CEMIG), OI, Petrobras e Sicoob Engecred apoiaram
a realização do evento.
O trabalho vencedor do primeiro lugar propõe o reapro-
veitamento de resíduos industriais para a produção de
gesso para a construção civil, por meio da utilização de
Prêmio SME de Ciência,
Tecnologia e Inovação SME
Valorizando o conhecimento e a criatividade dos futuros engenheiros
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carbonato de cálcio e ácido sulfúrico. A ideia é transformar
o lixo em produto utilizável, de acordo os idealizadores
Marcone Luiz Rodrigues e Silva e Ana Luiza Costa Pereira
que são alunos dos cursos de engenharia civil e ambiental e
de agronomia da UNIFEI.
Para Ana Luiza o prêmio “agregou novas expectativas para
a minha vida. Ser premiada representou um ganho imensu-
rável no campo profissional, principalmente para a tentativa
de especialização”. Marcone Rodrigues afirma que “É muito
gratificante ver o seu trabalho sendo reconhecido, sair de
um ambiente fechado que é o laboratório, e conquistar um
prêmio de grande importância como o da SME”.
A segunda colocação ficou com o grupo de estudantes do
curso de engenharia civil do Centro Universitário de Belo
Horizonte (UNI-BH) constituído por Grazielle Aparecida
Araujo Diniz, Carina Francisca Ferreira Silva, Rafaella Maga-
lhães Rocha, Lorena Pires Vieira e Lucas Alves de Souza. A
proposta é a aplicação de um novo conceito para a cons-
trução de casas populares sustentáveis, através do estudo
da biomimética, inspirado nas nervuras da planta Vitória
Régia. O projeto visa a implantação de casas em áreas com
baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).
A porta voz do grupo Carina Silva diz que a premiação “é
muito importante para que vejamos que todo o nosso tra-
balho e esforço tem um reconhecimento muito grande e
que pode, sim, ser aplicado na prática”. O prêmio também
“nos dá uma motivação enorme para continuar pesquisando
de forma a contribuir para a sociedade e o desenvolvimento
de tecnologias mais sustentáveis”, completou.
O estudante do segundo ano de Engenharia de Bioprocessos
da UNIFEI, Pedro Santoni Mota, vencedor do terceiro prê-
mio, apresenta com seu trabalho a síntese de arcabouços
macromoleculares baseados em óleos vegetais para a utili-
zação na Engenharia de Tecidos Cardíacos. Para o estudante
O Prêmio SME de Ciência, Tecnologia e Inovação é muito
importante porque é a primeira grande premiação do curso
de Engenharia de Bioprocessos da UNIFEI, um curso novo
com apenas dois anos de funcionamento. “Isso mostra todo
o potencial do curso para promover o avanço tecnológico
e dá força não só para mim, mas também para os outros
alunos”. No aspecto profissional, “a premiação tem um
grande destaque como experiência na área de inovação e
desenvolvimento de projetos de pesquisa. E será também
importante no meu currículo, sendo um diferencial”, analisa.
O quarto lugar ficou com as alunas do Centro Federal de
Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG), Ana
Flávia Souza Foureaux e Thuany Marra de Figueiredo Lou-
renço, do curso de engenharia ambiental e sanitária, que
apresentam um estudo comparativo da análise de ciclo de
vida de concretos geopoliméricos e de concretos à base de
cimento portland. O objetivo é contribuir para a sustenta-
bilidade na construção. Ana Flávia diz não ter dúvidas que
o Prêmio SME “é de grande importância para nosso cresci-
mento pessoal e profissional, sendo um incentivo para futu-
ros projetos na área de ciência e tecnologia”.
A quinta colocação ficou com Letícia Maria Costa Teixeira,
estudante de Engenharia da Mobilidade da UNIFEI. A ideia
central do projeto é avaliar a substituição parcial e total do
agregado graúdo de origem natural por agregado graúdo
obtido pelo beneficiamento dos resíduos da construção
civil, gerados no município de Itabira, para a produção de
concretos. A aluna acredita que a premiação vai contribuir
para seu futuro profissional. “Estou feliz e honrada. São ini-
ciativas como essas que nos motivam a continuar no cami-
nho da pesquisa científica. Tenho plena convicção que fui
recompensada por todo trabalho realizado e a certeza de
que um projeto iniciado na universidade pode ser tornar
um empreendimento de sucesso”, prevê.
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Marcos Pinnoti, Alessandro Fernandes, Ailton Ricaldoni Lobo,
José Ciro Mota e Alexandre Heringer
Prêmio SME de Ciência,
Tecnologia e Inovação SME
Os ganhadores do Prêmio SME de Ciência Tecnologia e Inovação receberam o troféu
e a medalha da premiação, além de uma contribuição pecuniária com variação de
R$ 5 mil a R$ 1 mil para os cinco primeiros colocados.
1º Lugar
2º Lugar
2º 4º Lugar
5º Lugar
Ailton Ricaldoni Lobo,
Ana Luiza Pereira e Marcone LuizAlexandre Heringer, Grazielle
Diniz e Lucas Alves
Maurício de Andrade Tibúrcio
e Pedro Santoni Mota
5º Lugar
Helder Guimarães
e Letícia Teixeira
Ana Flávia Foureaux
e Alan Wilckay
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Alexandre Bueno, Fábio Tito e
Ailton Ricaldoni Lobo
Renan Damazio no
lançamento da SME Jovem
Alexandre Heringer
e Antônia SôniaLéu Soares, José Ciro Mota e
Alessandro Fernandes
Marcelo Mota, José Ciro Mota
e Normando Alves
Fabíola Veríssimo, Rodrigo Paiva, Vanessa Paiva, Alessandro
Fernandes, Carlos Roberto Rocha e Marita Tavares
Alexandre Bueno e Professor Carlos
Roberto Rocha
Marcos Pinnoti, Alessandro Fernandes, Ailton Ricaldoni Lobo,
José Ciro Mota e Alexandre Heringer
Palestra do Prof. Marcos Pinnoti
na entrega do Prêmio SME
Letícia Teixeira e Darlan Coelho
Patrocínio Apoio Realização
A SME AGRADECE A TODOS OS PATROCINADORES E APOIADORES DO 22º PRÊMIO SME DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO 2013
PRÊMIO SME DE CIÊNCIA,
TECNOLOGIA E INOVAÇÃO
5º Lugar
Marita Tavares, Geraldo Fonseca, Antônia Sonia,
Alexandre Heringer e Ailton Ricaldoni Lobo
Letícia Teixeira, Ana Luiza Pereira, Marcone Luiz, Rodrigo Paiva e filho,
Ana Flávia Foureaux, Grazielle Diniz e Lucas Alves
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SME Jovem D
urante a solenidade do
Prêmio SME de Ciência,
Tecnologia e Inovação, foi
oficializada a criação da
SME Jovem que está aberta à partici-
pação de estudantes dos cursos de En-
genharia, Arquitetura e Agronomia em
Minas. A organização dessa seção da
entidade tem o propósito de interagir
as gerações de profissionais que atuam
na SME com os futuros profissionais.
De acordo com o presidente da SME,
Ailton Ricaldoni, a ideia é contribuir
para que nessa troca a entidade se for-
taleça ainda mais e os jovens tenham
no novo espaço para refletir e debater
temas de interesse.
O presidente da SME Jovem, o estu-
dantede engenharia de Sistemas, Renan
Damazio, que é também presidente do
Diretório Acadêmico da Escola de
Engenharia da UFMG, diz que “precisa-
mos promover uma nova agenda para a
classe de engenheiros. O país foi às ruas,
ansioso por mudanças. Queremos um
Estado mais eficiente, com serviços de
melhor qualidade. Cada vez mais, deve-
mos ser o motor que propulsiona o de-
senvolvimento do país. Para isso, é
importante nos unirmos em torno de
um projeto político, capaz de defender
nossa classe sempre que possível”.
Nova força na gestão da Entidade
Lígia
Souza
Débora
Nunes
Roberto
Chaves
Hermano
Rausch
Fabrício
Falcão
Gualter
Moreira
Renan
Damazio
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Durante a solenidade de lançamento da entidade da juven-
tude, Renan Damazio fez um agradecimento especial ao supe-
rintendente da SME, José Ciro Mota, que acompanhou o
processo de formação da SME Jovem.
Renan Damazio diz que são grandes as expectativas dos in-
tegrantes da SME Jovem para 2014. "Nós esperamos exe-
cutar as tarefas previstas para 2014, que têm o objetivo de
ampliar a presença dos estudantes de engenharia dentro da
SME e expandir nossas atividades com os demais membros
do nosso segmento. É importante que experiência e juven-
tude se aliem nesse novo passo da nossa Sociedade, para
perpetuar e ampliar nossos trabalhos. Queremos parceiros
interessados em colaborar com nossas iniciativas, de modo
a viabilizar a consolidação do nosso projeto, que contempla
Minas Gerais como um todo".
Os jovens pretendem promover a união dos estudantes dos
cursos de engenharia com as mais diversas iniciativas –
entidades estudantis, empresas juniores, atléticas, equipes de
competição, entre outras. A responsabilidade social e a
consciência ambiental são eixos importantes na realização
das atividades.
Para isso, já definiram uma série de atribuições da SME
Jovem, a exemplo de uma participação contínua nas Comissões
Técnicas da SME para a discussão de temas importantes
para estudantes e profissionais e que, também sejam de
interesse da sociedade. De acordo com Renan Damazio,
neste ano, a SME Jovem vai escolher um mentor da SME para
acompanhar os trabalhos dos jovens.
Durante a solenidade do Prêmio SME de Ciência, Tecnologia e Inovação, foi oficializada a criação da SME Jovem Marcelo
Mota, Hermano Rausch, Gualter Moreira, Ailton Ricaldoni Lobo, presidente da SME, Renan Damazio, Débora Nunes,
Fabrício Falcão e Arthur Viana.
Nosso objetivo é ampliar a
presença dos estudantes
de Engenharia dentro da SME
e expandir nossas atividades
com os demais membros
do nosso segmento.
É importante que experiência
e juventude se aliem nesse
novo passo da nossa
Sociedade, para perpetuar e
ampliar nossos trabalhos.
“
Renan Damazio
é presidente da
SME Jovem e
estudante de
Engenharia de
Sistemas
“
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Senge
No dia 11 de dezembro, a nova diretoria do Sindicato de Engenheiros
tomou posse, em solenidade realizada no Crea-MG. Formada por 78 enge-
nheiros, a nova gestão vai comandar a entidade até 2016. A diretoria exe-
cutiva é formada por: Raul Otávio da Silva Pereira (Presidente), Augusto
César Santiago e Silva Pirassinunga (1º Vice-Presidente), José Flávio Gomes
(2º Vice-Presidente), Antônio Carlos de Souza (1º Tesoureiro), Abelardo
Ribeiro de Novaes Filho (2º Tesoureiro), Élder Gomes Dos Reis (Secretário
Geral), Anivaldo Matias De Sousa (1º Secretário).
Eventos para 2014
A SME inicia 2014 com inúmeros projetos, além daqueles que integram o calendário na anual da entidade. Na última
reunião de diretoria foi discutido a realização de seminários e workshops para debater temas emergentes e que darão
sequência aos trabalhos das Comissões Técnicas. Entre os temas estão: um segundo seminário sobre mobilidade
urbana e um workshop que abrirá o debate sobre energia renovável em Minas. A proposta é que haja participação da
Fundação Ambiental de Minas Gerais (FEAM).
8ª edição do CBMINA
O Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM) realiza entre
os dias 6 e 8 de agosto de 2014, em Belo Horizonte, a oitava
edição do CBMINA, fórum que reúne o Congresso Brasileiro
de Mina a Céu Aberto e o Congresso Brasileiro de Mina Sub-
terrânea. O evento, que ocorre a cada dois, anos, é resultado
de parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais
(UFMG). O Congresso tem o objetivo de debater os avan-
ços tecnológicos, desafios e tendências nacionais e interna-
cionais para as áreas de lavras a céu aberto e subterrânea, discutir as práticas rotineiras de seus processos produtivos com
líderes do setor mineral, workshop técnico, palestras, trabalhos técnicos e a exposição de equipamentos e serviços.
A apresentação de trabalhos técnicos pode ser feita por estudantes e profissionais de empresas do ramo da mineração.
As inscrições estão abertas, podem ser efetuadas pelo site www.cbmina.org.br até 6 de junho de 2014.
Representações da SME
A SME fez indicações de sócios e direto-
res para representar a entidade no Con-
selho Consultivo da Agência Nacional de
Telecomunicações - Anatel e na Comis-
são Consultiva de Licenciamento da Se-
cretaria Municipal Adjunta de Regulação
Urbana (SMARU). Para o Conselho da Anatel foram indicados os engenhei-
ros Hélio Nonato de Oliveira, Vicente Soares Neto e Wagner de Almeida
Barbosa. Para o Conselho da SMARU foram: Luiz Antônio Gazzi Macedo e
Mário Lúcio Silveira de Queiroz. O engenheiro Marco Antônio das Graças
Antunes é o indicado para integrar o Conselho Consultivo de Segurança
Contra Incêndio e Pânico de Minas de Minas(CCSIP).
Raul Otávio da Silva Pereira tomou posse,
em solenidade realizada no Crea-MG.
Integrantes de Comissões Técnicas
trocam ideias com o Gestor das
Comissões, engenheiro
Normando Virgílio Borges Alves.
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Participe, envie notícias e novidades para: [email protected]
Congresso da Água
Entre 5 a 8 de março de 2014, Lisboa será o palco do 12.º Congresso da Água,
do 16.º Encontro de Engenharia Sanitária e Ambiental e do XVI Simpósio Luso-
Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental. Espera-se que a integração de
três eventos permita a troca de experiências e promover um debate mais rico
e diversificado entre uma comunidade técnico-científico dos países de expres-
são portuguesa. A convenção "Que Futuro queremos?" terá lugar no Centro
de Congressos de Lisboa, na Junqueira, junto ao rio Tejo. Informações:
email: [email protected] e pelo site http://www.aprh.pt/.
Ismael Figueiredo Cunha
e Tárcio Primo
Silvio Piroli e
Ismael Figueiredo Jobson Andrade, Francisco Maia Neto e
Clemenceau Chiabi Saliba
O presidente do Crea Minas, Jobson
Andrade e o engenheiro civil e dire-
tor da SME e presidente da CMA
CREA-Minas, Clemenceau Chiabi Sa-
liba fizeram a entrega da comenda
“Engenheiro Onofre Braga de Faria”
ao engenheiro Francisco Maia Neto.
A Câmara Especializada de Engenharia Civil do CREA Minas homenageou
cinco ex-conselheiros pela atuação na Câmara. O presidente da Comissão
de Transportes da SME, engenheiro Silvio Piroli, o ex-presidente da entidade
Tárcio Belém Barbosa, que faleceu pouco tempo depois, além dos engenhei-
ros Adir José de Freitas, João Evangelista Alves de Paula e Salomão Jorge
Netto. A homenagem foi feita pelo coordenador da Câmara, Ismael Figuei-
redo Cunha.
Impressora 3D que poderá construir casa em 24 horas
A pesquisa, financiada pela NASA e pelo Cal-Earth Institute, pode revolucionar a indústria
da construção civil. A "Contour Crafting", a tecnologia, de acordo com o seu inventor, pode
produzir uma moradia em concreto tomando como base padrões e dimensões definidos
previamente em um computador. É basicamente aumentar a impressão 3D para a escala de
uma construção", explica Khoshnevi. Segundo o professor, utilizando este método, a tecno-
logia criou paredes de 2 metros de altura, com camadas de concreto que chegam a 15 cm
de altura e 10 cm de espessura. A invenção, que ainda está em fase de testes, está sendo
desenvolvida com o intuito de baratear e de tornar mais rápida as construções.
Fonte : techne.pini.com.br
Durante solenidade de encerramento de suas atividades em 2013, o CREA Minas
prestou homenagens a vários profissionais pelos relevantes serviços prestados à
engenharia e ao Conselho, bem como a entrega de duas comendas, criadas em
2013: Comenda Onofre Braga de Faria e a Comenda Lourenço Baeta Neves, esta
última entregue ao governador Antonio Augusto Junho Anastasia. Em reconheci-
mento ao trabalho e dedicação dos conselheiros que compõem o plenário foi
instituída a homenagem “Conselheiro Destaque” concedida ao engenheiro me-
cânico Ronaldo Emílio Simi, representante da SME, e aos engenheiros Alfredo
Marques Diniz e Cidélia Maria Barbosa Lima.
Homenagens no CREA Minas
Jobson Andrade e o governador
Antonio Anastasia
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Obras de Engenharia demandam profissionalismoem todos os estágios
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O terremoto seguido de tsunami que aconteceu em 11
de março de 2011, tem deixado grandes contribuições
para a Engenharia mundial. Embora já se tenham passado
quase três anos da tragédia e o Japão continue árduo tra-
balho de reconstrução, muito já foi feito e – o que é me-
lhor – com prazos reduzidos. Entre os exemplos há a
estrada de 150 km que liga a cidade de Naka, ao norte
do país, à capital Tóquio, liberada para o uso da população
em apenas seis dias.
Também no continente asiático, a China tem mostrado
que projetos de Engenharia podem ser executados em
pouco tempo. Um prédio de 30 andares foi concluído em
15 dias. Outra experiência foi um edifício de 15 pavimen-
tos construído em dois dias. Para conferir, basta acessar
o You Tube.
Transformar um projeto de Engenharia em realidade é
algo que demanda recursos, prazo e, sobretudo, gestão.
De acordo com o presidente da Câmara da Indústria
da Construção da Federação das Indústrias do Estado
de Minas Gerais (Fiemg), Teodomiro Diniz Camargos,
o caso brasileiro demanda análise específica já que o
setor ficou parado por duas décadas sem formar mão
de obra qualificada de diferentes níveis. “Houve um gap
de engenheiros e projetistas. Hoje vemos que essas
áreas que demandam experiência estão sendo entre-
gues para os antigos”, reconhece.
ENGENHARIA | GESTÃO
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Do ponto de vista da gestão, a Engenharia brasileira
evoluiu muito. “No período da crise, as companhias tive-
ram que se adaptar para sobreviver”, lembra o diri-
gente. No entanto, no momento posterior, de
incremento, faltaram profissionais qualificados também
para essa área.
No caso do poder público, que contrata obras a serem
executadas por construtoras da iniciativa privada, tam-
bém houve perda de profissionais qualificados para a ges-
tão de grandes projetos. De acordo com Camargos, a
mudança do DNER para DNIT é um bom exemplo de
como as equipes técnica e de engenheiros foram desmo-
bilizadas e desmontadas. “A gestão ficou perdida no
tempo, o que dificultou muito para a execução de obras
viárias”, alerta.
O gap tecnológico foi revertido com maior agilidade, se-
gundo o engenheiro. Novas metodologias construtivas
foram assimiladas pelas empresas do setor por meio da
importação de máquinas e equipamentos. Mesmo assim,
em 2010, quando a indústria da construção civil brasileira
registrou 11% de crescimento, houve atrasos nas entre-
gas de empreendimentos imobiliários e também de gran-
des obras de infraestrutura.
“O boom passou. O setor está em equilíbrio”, co-
menta Camargos. Ele afirma, ainda, que a indústria da
construção brasileira tem capacidade instalada para
atender a uma demanda superior à atual. O limite é,
inclusive, largo se comparado ao índice de cresci-
mento da economia nacional, projetado para 2014 em
2,5%, podendo chegar a 5%.
A arquiteta com mestrado em Engenharia Civil pela Uni-
versidade Federal de Minas Gerais e professora da Pon-
tifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUCMinas)
nas matérias de Tecnologia da Construção Civil, Tópicos
Especiais em Construção e Expressão Gráfica, Karina
Bonitese Venâncio afirma que “o céu é o limite” quando
se trata da execução de qualquer projeto de Engenharia.
“Não se trata de reinventar a roda. Há processos
construtivos que permitem agilizar a execução dos
projetos resguardando-se a qualidade do empreendi-
mento. Não temos dúvidas de que o tempo está a
nosso favor”, explica.
No entanto, a execução de um projeto, principalmente
quando se trata de obras de grande porte, depende mais
da gestão do projeto que do prazo propriamente dito.
O diferencial é ter todos os recursos necessários dispo-
níveis para garantir a agilidade dos processos. “Em obras
públicas, a gestão de recursos é diferente porque há, além
dos fatores técnicos e da adoção de métodos construti-
vos, outros fatores que interferem no andamento da
obra”, afirma a professora. Em suma, há questões que
fogem da técnica construtiva em si.
A tecnologia construtiva disponível resolve parte desse
problema. “Todos os sistemas construtivos a seco – que
não envolvem insumos a base de água como concreto,
por exemplo - são mais eficientes”, explica. Há que se
equacionar, ainda, diversos impactos de uma obra de
grande porte, o que depende da gestão da produção e
não do trabalho dos engenheiros, peças fundamentais,
mas não únicas de qualquer obra de Engenharia.
Segundo Karina Bonitese, dependendo do gestor, o trâ-
mite é absolutamente distinto. “Se o gestor público não
é engenheiro, que, pelo menos, possa contar com uma
assessoria técnica composta por esses profissionais para
o difícil trabalho de supervisão de uma obra de grande
porte”, recomenda.
Karina Bonitese Venâncio,
arquiteta com mestrado
em Engenharia Civil pela
UFMG e professora PUC
Minas
Teodomiro Diniz
Camargos, presidente
da Câmara da Indústria
da Construção da Fiemg
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ATRASOS
Em 2007, o Brasil foi ratificado oficialmente como sede
para a Copa do Mundo Fifa 2014, a 20ª edição do torneio.
Lá se vão quase sete anos e muitos dos projetos elenca-
dos como prioritários não foram concluídos nos prazos
determinados. Um exemplo são os aeroportos que, em
muitas capitais, já trabalham “no limite”, como é o caso
do Aeroporto Internacional Tancredo Neves (Confins),
na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH).
Dos 12 terminais, seis ainda não passaram pelas obras de
instalação necessárias não apenas para receber os milha-
res de turistas que chegarão ao país em 2014, mas para
garantir maior conforto e estrutura para os passageiros
domésticos, transporte de cargas e, também, para os tra-
balhadores dos aeroportos.
Para tentar se desculpar, o sociólogo e ministro-chefe da
Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República,
Wellington Moreira Franco, alegou que o atraso nas
obras eram culpa de “engenheiros ruins”. Embora tenha
tentado uma retratação, ele mobilizou ainda mais as en-
tidades que representam a categoria no País.
Em nota oficial, o presidente do Conselho Nacional de
Engenharia e Agronomia (Confea), José Tadeu da Silva,
lembrou que já em agosto de 2007, o gargalo da infraes-
trutura tanto existia como era apontado como um dos
fatores que poderiam impedir o Brasil de alcançar os
bons resultados almejados. Nesse “pacote”, a capacidade
instalada dos aeroportos era considerada insuficiente
para dar suporte ao plano de desenvolvimento nacional.
Mais que isso, para o dirigente, o atraso na execução das
obras de infraestrutura do país passa, evidentemente, pela
falta de gestão, planejamento e projetos de Engenharia.
“Bons projetos de Engenharia são aqueles que possuem
todos os elementos e informações técnicas, básicas e
executivas.
Com efeito, projeto básico somente não basta, são ne-
cessários projetos executivos e também os projetos
complementares, de elevada complexidade. Por isso, há
uma demanda de tempo necessário para que se possa
planejar e projetar”, ressalta.
Ainda conforme Silva, o planejamento de grandes obras
ficou esquecido durante décadas para ser retomado ao
final do prazo, quando foram iniciadas as obras “ao arre-
pio das comezinhas regras que regem os procedimentos
necessários para se realizar bons empreendimentos com
qualidade, segurança e economia, que justificam a palavra
Engenharia”.
O presidente do Conselho Regional de Engenharia e Ar-
quitetura de Minas Gerais (CREA-MG), Jobson Andrade,
afirma que o profissional, independente da área em que
venha a atuar, só é necessário se houver oportunidade
de trabalho. “Só vamos conseguir formar mais engenhei-
ros se o país investir mais”, analisa.
O engenheiro que pretenda atuar na sua área de origem
demandará tempo para se qualificar. Afinal, ninguém sai
pronto da universidade. De acordo com Andrade, o
prazo mínimo é de 10 anos, após a formatura.
ENGENHARIA | GESTÃO
Jobson Andrade,
presidente do CREA-MG
José Tadeu da Silva,
presidente do CONFEA
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No entanto, o engenheiro não trabalha sozinho já que
depende de uma equipe que deve ser muito bem gerida
para que os projetos cumpram os três requisitos básicos
do que se espera de uma obra: preço competitivo, cum-
primento de prazos e qualidade do empreendimento.
Apesar dos elogios da presidente Dilma Roussef na
ONU, no que se refere às obras públicas, o governo não
valoriza a figura do engenheiro. “O setor público não pla-
neja e compra mal”, afirma. Prova disso é a lei nº
8666/1993, que permite a contratação de obras a partir
de projetos básicos, um erro já que o ideal seriam os
projetos executivos. Segundo a legislação, a carta convite
para participar de obras é de R$ 150 mil, valor infinita-
mente menor que o dos orçamentos atuais.
A qualidade dos profissionais, conforme o presidente do
CREA-MG, é inquestionável já que, além de tecnologia
e experiência, o Brasil também exporta engenheiros
para todas as partes do mundo e para os mais diferentes
segmentos econômicos. “O conteúdo aqui e em Milão
é praticamente o mesmo. A diferença é que o Brasil não
tem projetos que motivem os engenheiros a investir na
carreira. Os currículos dos cursos estão sendo aprimo-
rados porque o momento atual requer novos conheci-
mentos como ciências gerenciais e meio ambiente”,
aponta.
O Clube de Engenharia do Rio de Janeiro fez do seu
repúdio, uma Carta Aberta aos Brasileiros, endere-
çada ao ministro e também à presidente da Repú-
blica. O presidente da entidade, Francis Bogossian,
lamentou a declaração infeliz do ministro. “O enge-
nheiro brasileiro é muito qualificado, um dos mais
bem capacitados do mundo”, observou. Para ele, o
problema está na quantidade que é menor que o ne-
cessário justamente porque, durante 20 anos, o Brasil
não investiu em obras.
Pior que não investir em obras é não ter projetos “na
gaveta”. Embora todos os gargalos de infraestrutura
sejam bem conhecidos – a lista é bem maior que a dos
aeroportos – não havia nada pronto com antecedência.
“Os governos não investiram em projetos de Engenharia.
Mesmo engavetados os projetos são entre 2% e 10% do
valor do empreendimento. Então, se não há recursos
para fazer as obras, que sejam feitos projetos para adian-
tar o processo quando houver o recurso disponível”, re-
comenda Bogossian.
Não há como dissociar a figura do engenheiro do pro-
cesso de desenvolvimento nacional, mas o caminho que
o Brasil está trilhando é, no mínimo, controverso já que
a Engenharia tem sido relegada a segundo plano por ges-
tores públicos que – em sua maioria, têm cargos políticos
e não por conhecimento técnico.
O presidente da Sociedade Mineira de Engenheiros
(SME), Ailton Ricaldoni Lobo, também repudiou a decla-
ração de Moreira Franco. “Acreditamos que as afirmati-
vas do ministro são resultado de uma visão míope
quanto à participação de uma categoria profissional nas
decisões de governo, muitas vezes, atreladas a interesses
políticos, sem qualquer relação com as necessidades da
população, quando não são frutos da ambição pessoal ou
de pequenos grupos”, destaca.
Ele enfatizou, ainda, que ao eximir-se de responsabilida-
des na gestão pública, o ministro tenta desmoralizar a
classe de engenheiros perante a opinião pública. “Todo
projeto de obra para obter aprovação e recursos do go-
verno federal, passa pela aceitação de projetos básicos
para a licitação e a realização da própria licitação regida
pela lei nº 8.666, uma legislação dura e minuciosa que fa-
vorece, em alguns casos, o menor preço em detrimento
da qualidade do serviço”, considera Ricaldoni.
ENGENHARIA | GESTÃO
Ailton Ricaldoni Lobo,
presidente da SME
Francis Bogossian,
presidente do Clube
de Engenharia do
Rio de Janeiro
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ENTREVISTA | PAULO HENRIQUE PINHEIRO DE VASCONCELOS
“Oengenheiro civil especialista em Ne-
gócios Imobiliários, Paulo Henrique
Pinheiro de Vasconcelos, 39 anos, é o
mais jovem profissional a receber a tra-
dicional comenda de Engenheiro do
Ano 2013 da Sociedade Mineira de Engenheiros (SME).
Desde 1983, a entidade homenageia os melhores do
mercado em suas respectivas áreas de atuação.
A cerimônia realizada no dia 11 de dezembro, no Auto-
móvel Clube, em Belo Horizonte marcou, também, as
comemorações do Dia do Engenheiro. O evento reuniu
mais de 400 convidados entre empresários do setor, en-
genheiros de diversas gerações e áreas e, ainda, repre-
sentantes dos poderes púbicos estadual e municipal.
Graduado pela Faculdade Kennedy e pós-graduado pela
Faculdade Fumec, Paulo Henrique de Vasconcelos é o pre-
sidente e CEO da PHV Engenharia Ltda., há 15 anos no
mercado da construção civil de Minas Gerais, com diver-
sos projetos em Belo Horizonte. Juventude, forte perfil
empreendedor e, ainda, participação ativa em todas as
etapas dos projetos que levam a assinatura da construtora
são algumas das características do Engenheiro do Ano
2013.
“Eu me sinto muito honrado com esta homenagem, que
considero ser uma das mais importantes condecorações
que existem na área de Engenharia em Minas Gerais”,
ressalta. Nesta entrevista, Paulo Henrique de Vasconce-
los, filho de médico cirurgião, fala sobre a sua preferência
pelas Ciências Exatas, do hábito que desenvolveu, desde
a infância, de observar obras e projetos até se tornar
referência na execução de empreendimentos e, ainda, da
flexibilidade da Engenharia, a profissão do futuro.
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1) Para o Sr. o que é ser engenheiro no Brasil?
Qual a importância da Engenharia?
Ser engenheiro no Brasil é estar diante da
oportunidade de poder participar do processo
de construção de uma nação, onde tudo ainda
está por fazer. A Engenharia tem um papel fun-
damental para o desenvolvimento ordenado e
organizado do país, de maneira a trazer pro-
gresso e bem-estar às pessoas, em harmonia
com o meio ambiente.
2) Como empresário, o Sr. detecta falta de en-
genheiros no mercado? Em quais áreas?
Sim, faltam profissionais no mercado, principal-
mente especialistas, seja em Estrutura, Instala-
ções, Esquadrias e principalmente nas áreas de
Planejamento, Orçamento e Gerenciamento de
Projetos.
Paulo Henrique Pinheiro
de Vasconcelos, empresário
do ramo da construção
civil há 15 anos, fundador,
presidente e CEO da PHV
Engenharia.
Acho que a Engenharia é uma
profissão do futuro e temos
o privilégio de estarmos no
Brasil, que é um país de
enorme extensão territorial,
clima privilegiado, população
jovem, com boa vontade e
com grande potencial
de crescimento.
“
“
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ENTREVISTA | PAULO HENRIQUE PINHEIRO DE VASCONCELOS
3) O que o Sr. falaria para enge-
nheiros que estão ingressando no
mercado de trabalho?
Que eles se liguem nas áreas de in-
teresse, porque é muito importante
que façamos algo que realmente
gostemos, considerando que passa-
mos a maior parte de nossas vidas
trabalhando. Diria também para ten-
tarem fazer sempre um pouco mais
que os outros, pois é justamente
esse “um pouco mais” que pode nos
diferenciar dos outros.
Acho que a Engenharia é uma pro-
fissão do futuro e temos o privilégio
de estarmos no Brasil, que é um país
de enorme extensão territorial,
clima privilegiado, população jovem,
com boa vontade e com grande po-
tencial de crescimento.
4) O que representa para o Sr. re-
ceber a comenda de Engenheiro do
Ano 2013 pela SME?
Eu fiquei muito feliz e honrado com
esta tão importante comenda que
representa para mim o reconheci-
mento do meu trabalho e de todos
os meus colegas das empresas e ins-
tituições que participo, servindo de
grande estímulo para buscarmos
aperfeiçoar cada vez mais nossa
atuação.
5) Há algum momento da sua car-
reira como engenheiro que te mar-
cou? Qual?
Sim, houve vários momentos na
minha carreira que me marcaram.
Um deles foi quando eu ainda era
recém-formado e tive que assumir
a execução de diversos projetos
personalizados de acabamento em
um edifício residencial, com valores
e prazos definidos, ocasião em que
tive que por em prática técnicas de
planejamento como Rede Pert, etc.
Tudo funcionou muito bem e isso
me ajudou a aumentar a minha au-
toconfiança e entusiasmo com a En-
genharia.
6) É sabido que o Sr. participa de
todos os estágios dos projetos da
PHV. Como é possível ser empresá-
rio e engenheiro ao mesmo tempo?
Esse é o seu diferencial?
O fato de ser engenheiro me ajuda
muito a ser empresário, pela flexibi-
lidade da profissão. Mas o que me
ajuda muito é o fato de adorar meu
trabalho e ter tido a sorte de ter
uma família maravilhosa além de ter
encontrado excelentes pessoas para
me ajudarem.
7) Quais os planos do Sr. para a sua
carreira e para o Grupo PHV?
Pretendo trabalhar até quando tiver
forças, mas acho importante reco-
nhecer minhas limitações. Por isso
sei que, com o tempo, devo ceder
espaço para os mais novos e assu-
mir posições mais voltadas para a
estratégia dos negócios.
Não tenho a pretensão de ser o
maior, mas busco sempre estar
entre os melhores do nosso seg-
mento de maneira a gerar ganhos
equilibrados para todos os envolvi-
dos em nossos empreendimentos,
incluindo-se aí os colaboradores in-
ternos, externos e a comunidade
onde nossos empreendimentos
estão inseridos.
1983 - Aureliano Chaves de Mendonça
1984 - Gil César Moreira de Abreu
1985 - Amaro Lanari Júnior
1986 - Renato Gomes Moretzohn
1987 - Maurício Hasenclever Borges
1988 - Celso Mello de Azevedo
1989 - Lúcio Souza Assumpção
1990 - Carlos Carneiro Costa
1991 - Eduardo Brandão de Azeredo
1992 - Marcos Villela de Sant’Anna
1993 - Rinaldo Campos Soares
1994 - Itamar Augusto Cautiero Franco
1995 - Francisco José Schettino
1996 - Joel Mendes Rennó
1997 - Walfrido Silvino dos Mares Guia Neto
1998 - José Luciano Duarte Penido
1999 - Gabriel Donato de Andrade
2000 - Eliseu Resende
2001 - João Camilo Penna
2002 - Luiz Alberto Garcia
2003 - Eliezer Batista
2004 - Ricardo Vinhas Corrêa da Silva
2005 - Paulo Safady Simão
2006 - Alysson Paolineli
2007 - Teodomiro Diniz Camargos
2008 - Manoel Vitor de Mendonça
2009 - Jésus Murillo Valle Mendes
2010 - Rubens Menin Teixeira de Souza
2011 - Otávio Marques de Azevedo
2012 - Maria das Graças Foster
Engenheiros do Ano homengeados pela SME
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Engenheiro
do Ano SME
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Paulo Henrique Vasconcelosrecebe homenagem da SME
OAutomóvel Clube de Minas Gerais, marco his-
tórico e arquitetônico da capital mineira, foi
palco da solenidade de entrega da Medalha So-
ciedade Mineira de Engenheiros e do título “En-
genheiro do Ano de 2013” ao engenheiro civil e presidente
da PHV Engenharia, Paulo Henrique Pinheiro de Vasconcelos,
no dia 11 de dezembro de 2013. O evento anual integra as
comemorações do Dia do Engenheiro atraindo um grande
público.
Aos 39 anos de idade, Paulo Henrique Pinheiro de Vascon-
celos é o mais novo agraciado com a Medalha Engenheiro
do Ano, desde 1983, quando a comenda foi criada. A lista
de homenageados reúne personalidades a exemplo do ex-
presidente Itamar Franco, o ex vice presidente Aureliano
Chaves, o ex-ministro Camilo Penna, entre outros nomes.
No ano anterior, a agraciada foi a presidente da Petrobras,
Maria das Graças Foster.
Cercado por amigos, familiares e funcionários, o empre-
sário recebeu o título das mãos do chanceler da Meda-
lha, professor José Rietra de quem foi aluno. Rietra disse
que o homenageado, nascido dentro de uma família de
engenheiros e arquitetos, tem na Engenharia no gene,
tendo manifestado ainda na infância o gosto pela cons-
trução.
O presidente da SME, Ailton Ricaldoni Lobo saudou o agra-
ciado falando de sua trajetória profissional de sucesso. “Este
é o perfil do engenheiro moderno, integrado ao mundo ace-
lerado e dinâmico da atualidade, que requer, além do conhe-
cimento técnico, um espírito empreendedor e inovador.
Arrisco a dizer que a formação acadêmica e técnica de exce-
lência, o empreendedorismo e a inovação são tripé do pro-
gresso e do bem-estar de uma sociedade, de um país”,
qualidades essas identificadas no homenageado.
Segundo Ricaldoni, “os desafios presentes no mundo atual
requerem cada vez mais profissionais qualificados com
uma visão diferenciada. Com maior capacidade de racio-
cínio, autonomia intelectual, pensamento crítico e iniciativa
própria, além de um caráter ético e humanístico, cabendo
ao engenheiro responsabilidades que antes eram impen-
sáveis na gestão de processos econômicos e produtivos”.
Nesse contexto, “a Engenharia é uma das profissões chave,
pois são os engenheiros os profissionais que possuem um
papel transformador na sociedade”, afirmou.
Sem disfarçar a emoção, Paulo Henrique Pinheiro de Vas-
concelos disse que a Medalha Sociedade Mineira de
Engenheiros é a mais importante honraria que recebeu em
sua carreira. Ele também creditou essa conquista ao apoio
da família, amigos e funcionários e da SME.
RME EDIÇÃO 22_2014_Layout 1 07/02/2014 09:20 Page 26
José Luiz Nobre Ribeiro,
Ailton Ricaldoni Lobo e Ronaldo Gusmão
Marcílio Andrade
e Miriam AndradePaulo Henrique Carvalho de Vasconcelos, Marcelo
Melo e Paulo Henrique Pinheiro de Vasconcelos
Estudantes de engenharia e integrantes
do novo projeto, SME Jovem
Paulo Henrique Pinheiro de Vasconcelos, Marianna Vasconcelos,
Ailton Ricaldoni Lobo e Ana Elisa Freire Lobo
Roberto Luciano Fagundes, Paulo Henrique
Pinheiro. de Vasconcelos e Alexandre ResendePaulo Henrique Pinheiro de Vasconcelos,
José Dimas Rietra e Ailton Ricaldoni Lobo
Carlos Orsini, Marcos Sant'Anna
e Hudson Navarro
Fabiano Panissi, Ronaldo Gusmão, Alexandre Resende, José Luiz Nobre Ribeiro, Ailton Ricaldoni Lobo,
Dilvar Oliva Salles, Carlos Gutemberg e José Andrade Neiva
Paulo Henrique Pinheiro de Vasconcelos,
José Dimas Rietra e Ailton Ricaldoni Lobo
Paulo Henrique Carvalho de Vasconcelos, Maria Elvira,
Paulo Henrique de Vasconcelos e Marianna Vasconcelos
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Patrocinadores
Ildeu de Freitas, Arthur Lopes Filho, Gilberto Otoni,
Ozânio da Silveira e Geraldo Fonseca
José Ciro Mota, Ailton Ricaldoni Lobo
e Marcelo Mota
José de Carvalho Jorge, Paulo Henrique Pinheiro
de Vasconcelos, Marianna Vasconcelos e
Paulo Henrique Carvalho de Vasconcelos
Jader Kalid, Múcio Mussy, Paulo Henrique Pinheiro de Vasconcelos
e Rogério Martins Pinto
Paulo Henrique Carvalho de Vasconcelos, Betânia Pinheiro
de Vasconcelos, Paulo Henrique e Marianna Vasconcellos e filhos
Paulo Henrique Pinheiro de Vasconcelos Marianna
Vasconcelos, Luciana Schüffner e Fernando SchüffnerPaulo Henrique Pinheiro de
Vasconcelos e Fabiano Panissi
Luciano Cabral, Alexandre Resende, Ronaldo Gusmão,
Flávio Carvalho e Paulo Emílio Vaz
Isabela Drumond, Marina Teixeira
e Marianna Vasconcelos
Ailton Ricaldoni Lobo e Ana Elisa Freire Lobo
Ildeu de Freitas, Marianna Vasconcelos, Paulo
Henrique Pinheiro de Vasconcelos e Ozânio da Silveira
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Fotografe o QR Code e saiba mais sobre a Eletrobras. eletrobras.com
r
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Gerar e transmitir a maior parte da energia q
tarefa fácil, mas enche de orgulho a Eletrobr
muita pesquisa e estudos, que f izemos uma op
Além de ser uma fonte renovável e estar en
hidrelétrica é adequada para produzir eletricidad
e se desenvolver, e é d
É por isso que o trabalho da Eletrobras tem u
A Eletrobras investe em geração hidrelétrica porque é uma energia segura e conf iável. E, acredite, ela está entre as fontes mais limpas e renováveis que existem.
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Estudos recentes demonstram que reservatórios de hidrelétricas podem
absorver gases de efeito estufa.
Hidrelétricas são investimentos de longo prazo, capazes de benef iciar
várias gerações. Energia limpa e renovável para hoje e amanhã.
Uma usina hidrelétrica produz 6kg de CO2, o gás do efeito estufa,
por megawatt-hora, o melhor custo-benefício do
ponto de vista ambiental.
Gerar e transmitir a maior parte da energia que o país precisa diariamente não é uma
tarefa fácil, mas enche de orgulho a Eletrobras. Foi graças a esse desaf io, e depois de
muita pesquisa e estudos, que f izemos uma opção estratégica pela energia hidrelétrica.
Além de ser uma fonte renovável e estar entre as mais limpas que existem, a energia
hidrelétrica é adequada para produzir eletricidade em grandes escalas, de forma segura e
e se desenvolver, e é dono da maior reserva hídrica do mundo.
É por isso que o trabalho da Eletrobras tem uma importância do tamanho do Brasil.
*fonte WWF
m geração hidrelétrica segura e conf iável. tre as fontes eis que existem.
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32
SME | COMISSÕES TÉCNICAS
Além de grupos de
trabalho altamente
qualificados, as
Comissões Técni-
cas da Sociedade
Mineira de Engenheiros (SME) são
os canais de diálogo da instituição
com a sociedade. Ao mesmo tempo
em que debatem sobre temas de in-
teresse da comunidade, engenheiros
de diversas gerações e áreas tam-
bém propõem soluções para proble-
mas e impasses que comprometem
a qualidade de vida das pessoas e o
projeto de desenvolvimento susten-
tável das cidades.
Em 2013, a diretoria da SME desen-
volveu importante trabalho de res-
gate das Comissões Técnicas que,
por algum motivo, estavam desativa-
das. “Foi um ano de resgate e de
convencimento dos engenheiros a
retomarem sua participação nas Co-
missões”, ressalta o engenheiro Civil
e de Segurança do Trabalho, diretor
responsável pela coordenação da
área, Normando Virgílio Borges
Alves.
Para o próximo ano, o projeto deve
avançar ainda mais, com a realização
de um evento destinado a divulgação
pública dos trabalhos desenvolvidos
pelas Comissões Técnicas da SME.
“Será o momento de “colocar o
bloco na rua”, com Comissões mais
participativas e provocativas”,
destaca.
Palestras em universidades, para es-
tudantes de Engenharia também
serão retomadas, a exemplo do que
aconteceu na Universidade Federal
de Minas Gerais (UFMG) nesse ano.
As Comissões também estão no
site da SME (www.sme.org.br) e no
Facebook.
A edição do projeto pela SME,
Ponto X Contraponto sobre o caso
específico do incêndio da Boate
SME dá continuidade aoprocesso de fortalecimentodos seus grupos de trabalho
RME EDIÇÃO 22_2014_Layout 1 07/02/2014 09:21 Page 32
33
Kiss, na cidade de Santa Maria, no
Rio Grande do Sul, é uma prova
do excelente trabalho executado
pela Comissão de Engenharia de
Segurança. Da mesma forma, a dis-
cussão sobre o metrô leve, pelos
meios de comunicação é reflexo
das discussões que começaram na
Comissão de Transportes da SME.
Há outras comissões como a de
Educação em Engenharia, Cons-
trução Civil e Urbanismo, Energia,
Acessibilidade Ambiental e Mobi-
lidade Urbana e, ainda, Telecomu-
nicações e Informática.
Paralelamente, o coordenador
também tem trabalhado para au-
mentar o número de participantes
das Comissões Técnicas. “As Co-
missões dependem mais de obje-
tivos que de currículos. Todos os
participantes são altamente quali-
ficados mas há interesse, também,
em atrair novos engenheiros que
terão muito a aprender e oportu-
nidades de relacionamento inte-
ressantes”, destaca.
O engenheiro eletricista pela
UFMG com especialização em
Engenharia Econômica pela Fun-
dação Dom Cabral (FDC), Ale-
xandre Francisco Maia Bueno,
também é coordenador das Co-
missões Técnicas da SME. “As
Comissões Técnicas são de
grande importância para a SME e
para a sociedade mineira, pois
são discutidas questões de Enge-
nharia que envolvem toda a so-
ciedade”, define. Entre elas,
Mobilidade Urbana, Sistema Viá-
rio, Infraestrutura Urbana, Teleco-
municações, Cidades Inteligentes
entre outras.
Estas comissões discutem alterna-
tivas e soluções de engenharia
para as diversas questões, e reali-
zam encontros, seminários, mesas
redondas e publicação de artigos
sobre estes assuntos. Em 2013, vá-
rias Comissões marcaram pre-
sença na Revista Mineira de
Engenharia, além de realizarem
debates de alto nível e eventos li-
gados aos respectivos temas.
Para 2014, os debates em curso
devem ser aprofundados, com a
mobilização de mais engenhei-
ros. Segundo Alexandre Bueno,
os profissionais participantes das
comissões têm a oportunidade
de contribuir para o desenvolvi-
mento da Engenharia e para a
proposição de alternativas e
soluções para questões que
afetam à sociedade, gerando
oportunidades de cresci-
mento pessoal e profissional,
além de estabelecer um forte
“networking”.
A SME tem grande interesse em
aumentar o grupo de engenheiros
que participam das comissões téc-
nicas. Através da Secretaria da en-
tidade, os profissionais podem
obter informações sobre dias e
horários das reuniões e, ainda, os
contatos dos responsáveis pela
coordenação de cada grupo de
trabalho, que respondem, tam-
bém, pela inscrição de novos
membros.
“As Comissões dependem mais de objetivos que de
currículos. Todos os participantes são altamente qualificados
mas há interesse, também, em atrair novos engenheiros
que terão muito a aprender e oportunidades de
relacionamento interessantes”
Alexandre Bueno, coordenador das Comissões Técnicas
da Sociedade Mineira de Engenheiros (SME)
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34
ENGENHARIA | MERCADO DE TRABALHO
OBrasil hoje forma em
média 40 mil enge-
nheiros por ano. Nos
últimos 12 anos, as
matrículas nos cursos de Engenharia,
Produção e Construção aumentaram
381%, ante 120% dos programas de
graduação das demais áreas. O índice
de conclusões também registrou in-
cremento de 200% para novos enge-
nheiros, ante os 149% gerais.
Bastante atrativos, os salários dos en-
genheiros estão entre os 10 maiores de
todos os cursos superiores. A demanda
crescente por esses profissionais conti-
nua aquecida, o que justifica os investi-
mentos feitos por diversas instituições
de ensino para manter os cursos da área
em evidência ou aumentar a oferta de
vagas ainda mais.
No vestibular da Pontifícia Universi-
dade Católica de Minas Gerais (PUC
Minas), o curso de Engenharia Química
foi o segundo mais cotado do con-
curso com 10,98 candidatos/vaga. A
ampliação das vagas será no campus
Coração Eucarístico com mais duas
turmas de Engenharia de Produção
(manhã e noite) e também na unidade
São Gabriel, com Engenharia Civil no
turno da noite comprovam a necessi-
dade de oferecer mais vagas.
Na mesma linha, o Centro Universi-
tário UNA está investindo em três
novos cursos que são Engenharia de
Minas, Engenharia Metalúrgica e En-
genharia Eletrônica para aumentar a
oferta de vagas para a área.
A necessidade de mão de obra qualifi-
cada em estoque também está movi-
mentando o setor produtivo. O
consórcio minero metalúrgico que atua
em Minas Gerais, composto pelas 15
maiores empresas desses segmentos, já
anunciou que abrirá 16,9 mil vagas entre
2014 e 2016 para que os R$ 36 bilhões
em investimentos destinados para o Es-
tado nos próximos cinco anos não
sejam comprometidos negativamente.
Além de profissionais de nível técnico,
que serão capacitados em parceria com
o Serviço Nacional de Aprendizagem In-
dustrial (Senai-MG), a entidade está em
permanente contato com a Universi-
dade Federal de Minas Gerais (UFMG),
Universidade Federal de São João Del
Rei (UFSJ) e a Universidade Federal de
Ouro Preto (UFOP), o que demonstra
a preocupação com a atração de enge-
nheiros para esses segmentos.
Dados do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) mostram
que o fator determinante para a aber-
tura de novos cursos de Engenharia é a
situação econômica do país. Em suma, a
região Sudeste, que detém cerca de 56%
do Produto Interno Bruto (PIB) nacio-
nal, responde pela oferta de 65% das
vagas abertas, um percentual que tem
aumentado acima do crescimento da
população e do próprio Brasil para
atender a uma demanda reprimida.
Divulgada em novembro, a pesquisa
do Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada (IPEA), em parceria com a
Universidade de São Paulo (USP) e a
Associação Brasileira de Desenvolvi-
mento Industrial (ABDI) sobre a mão
de obra de Engenharia no Brasil
aponta que não há risco de apagão ge-
neralizado, ainda que existam sinais de
pressões de curto prazo no mercado
de trabalho.
Demanda por engenheiros depende da econômica nacional
RME EDIÇÃO 22_2014_Layout 1 07/02/2014 09:21 Page 34
35
A expectativa é de que, até 2020, o
número de engenheiros demandados
pelo mercado de trabalho brasileiro
varie entre 600 mil e 1,15 milhão, de-
pendendo do cenário econômico.
Esse é o principal motivo para inves-
tir na formação desses profissionais.
Foram analisados os mercados nas
oito maiores regiões metropolitanas
do país. A situação é mais crítica em
Recife, Fortaleza e Distrito Federal
apresentam uma demanda acima da
oferta de mão obra especializada.
Confirmando os dados do IBGE, nas
duas maiores cidades - São Paulo e
Rio de Janeiro – ainda não faltam
profissionais, mas a quantidade de en-
genheiros merece atenção.
O texto, de autoria dos pesquisado-
res da USP, Mario Sérgio Salerno,
Leonardo Melo Lins, Bruno Cesar
Pino Oliveira de Araujo, Leonardo
Augusto Vasconcelos Gomes, Demé-
trio Toledo e Paulo Meyer Nasci-
mento, do IPEA, indica que, em
termos quantitativos, as pressões
tendem a ser resolvidas com a am-
pliação da oferta de novos profissio-
nais. Um facilitador é que a atração
dos estudantes que ingressam na uni-
versidade pelos cursos tem se man-
tido aquecida nos últimos cinco anos.
A pesquisa aponta quatro dimensões
que podem explicar a percepção de
alguns agentes econômicos sobre es-
cassez de mão-de-obra em Engenha-
ria: a qualidade dos engenheiros
formados, uma vez que a evolução na
quantidade não foi acompanhada pela
mesma evolução na qualidade. Há,
ainda, o hiato geracional, o que difi-
culta a contratação de profissionais
experientes para liderar projetos e
obras.
Nesse aspecto, é preciso lembrar
que, após décadas de retração, pou-
cos foram os estudantes que busca-
ram a Engenharia como profissão. O
déficits em competências específicas
e em regiões localizadas como as ci-
dades do interior do país e as regiões
Norte e Nordeste, por exemplo,
também devem ser considerados
como fator de peso.
Por outro lado, os autores alertam
para o fato de que a inexistência de
gargalos não torna desnecessária a
ampliação dos investimentos no en-
sino de Engenharia, particularmente
nas universidades públicas. Como
área de conhecimento estreitamente
ligada ao desenvolvimento econômico
dos países e à inovação, a atividade
deve ser continuamente valorizada.
Basta lembrar que, mesmo com o in-
cremento já registrado, o número de
engenheiros por habitante ou por for-
mandos no ensino superior ainda é
baixo.
O texto trouxe, ainda, a evolução do
salário médio dos engenheiros em
relação aos dos demais profissionais
com educação de nível superior,
com valores sistematicamente acima
dos demais empregados com esco-
laridade superior. Entre 2000 e 2009,
os setores que mais apresentaram
elevação do salário pago a esses
profissionais foram os de cimento,
álcool, artefatos de couro e calçados,
serviços imobiliários e aluguel e
Construção.
Sudeste responde por56% do PIB nacional, e 65% das vagas deengenharias
381% de aumentodas matrículaspara cursos deEngenharia, em 12 anos
40 mil
engenheiros
formam todo
ano no Brasil
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36
Cada país encontra uma razão para
incentivar o uso de energias reno-
váveis. Para o Ph.D. em Engenharia
Elétrica pela Universidade de
Notre Dame (EUA) , membro da
Academia Nacional de Engenharia
dos Estados Unidos, diretor emé-
rito do Laboratório Nacional de
Energia Renovável e professor con-
vidado da Pontifícia Universidade
Católica de Minas Gerais (PUC
Minas), Lawrence Kazmerski, o in-
tercâmbio de experiências é funda-
mental para que outras economias
também enfrentem os desafios na-
turais da implantação de sistemas
inovadores como esses.
Ele esteve em Belo Horizonte entre
novembro e dezembro para uma
série de atividades do Grupo de Es-
tudos em Energia (Green) do Insti-
tuto Politécnico da universidade e
falou sobre os desafios dos países
para o uso de energias renováveis.
A Europa, por exemplo, tem sido
líder na oferta de incentivos finan-
ceiros para que os consumidores
instalem e usem as energias solar
e eólica. Especificamente na Alema-
nha, o governo não se envolve na
questão e é a população que paga
pela oferta do serviço, por meio de
um modesto aumento na fatura de
energia elétrica.
O acidente Fukishima é o que tem
motivado o Japão a investir cada
vez mais em energia solar. Em con-
trapartida, o governo não está for-
necendo incentivos ou fazendo
investimentos para compensar as
perdas de energia decorrentes do
encerramento das atividades das
outras instalações nucleares.
Já nos Estados Unidos, os incenti-
vos vêm principalmente dos gover-
nos estaduais, com crescimento de
82% em 2012 ante o exercício an-
terior e previsão de 100% para
este ano. O líder é a Califórnia,
com os maiores aportes em ener-
gia solar fotovoltaica, Wind-e e veí-
culos elétricos, térmico-solares e
biocombustíveis. “Todo esse cres-
cimento mundial em energia solar
fotovoltaica é principalmente de-
vido à queda incrível no preço do
módulo de que placas, que caiu de
US$ 2,50 watt para US $ 0.70/watt
em apenas dois anos”, relata.
E tudo isso foi possível graças à
China, que tem se firmado como o
maior responsável pela fabricação
das placas. Note-se que cerca de
90% do PV instalado é no mundo
desenvolvido e ligado em rede.
Além de abastecer o mercado in-
ternacional, esse país também tem
programas próprios para o uso da
energia eólica e solar, de forma a
reduzir a dependência do carvão,
que é muito poluente. “Deve-se
notar, também, que todos os
municípios envolvidos iniciaram
programas de educação bastante
substancial em pesquisa e de-
senvolvimento (P&D) e projetos
de qualificação da mão de obra.
Segundo o professor, o Oriente
Médio está investido muito em
energia solar. Embora tenha reser-
vas substanciais de petróleo, a Ará-
bia Saudita tem um programa para
ter 41GW de energia solar até
2025. Por quê? Para preservar o
seu petróleo e não ter que gerar
sua própria eletricidade usando os
combustíveis fósseis enquanto re-
cursos limitados e, também por
isso, valiosos.
ENGENHARIA | ENERGIA
Uso de energias renováveisaumenta em todo o mundo
Lawrence Kazmerski, Ph.D. em
Engenharia Elétrica pela Universidade
de Notre Dame (EUA) e professor
convidado da PUC Minas
Colocar sempre a qualidade de vida dos seus cliente
diferenciados em tudo: na localização, nos projetos
e nas condições de pagamento. Atuar na preservaç
educação. É por pensar e agir assim que, hoje, a MR
de Minas e do Brasil. Um orgulho que a gente faz qu
30 mil colaboradores. De coração.
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4004-9000mrv.com.br
RME EDIÇÃO 22_2014_Layout 1 07/02/2014 09:22 Page 36
Colocar sempre a qualidade de vida dos seus clientes em primeiro lugar, oferecendo empreendimentos
diferenciados em tudo: na localização, nos projetos, nas fachadas, nas opções de lazer, no paisagismo
e nas condições de pagamento. Atuar na preservação do meio ambiente e no incentivo ao esporte e à
educação. É por pensar e agir assim que, hoje, a MRV é uma das marcas mais lembradas e prestigiadas
de Minas e do Brasil. Um orgulho que a gente faz questão de dividir com cada um dos nossos mais de
30 mil colaboradores. De coração.
o coração dos brasileiros.
A MRV construiu sua trajetória num lugar com
localização privilegiada:
Foto
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ron
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4004-9000mrv.com.br
RME EDIÇÃO 22_2014_Layout 1 07/02/2014 09:22 Page 37
PARCERIAS IN
UNIDBELO HORIZONTE | BRASÍLIA
www.biinternational.co
UNIDADE BELO HORIZONTEAv. Bernardo Monteiro, 1199, Funcionários
Turmas abertas 2014 Executive MBA eGestão Estratégica em Minera
O Epride em O Bins
Bernardo Monteiro,.vAAvUNIDADE BELO HORIZONTE
Funcionários 1199, Bernardo Monteiro,UNIDADE BELO HORIZONTE
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Funcionários 1199, Bernardo Monteiro,
.biinternawwwBELO HORIZONTE | BRASÍLIA
ARCERIAS INP
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tional.co.biinterna| BRASÍLIA
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38
A estratégia visa, ainda, reduzir as
emissões de carbono. A Índia tam-
bém está apostando em um futuro
solar com a Missão Nehru Solar,
com meta de gerar 20 GW em
2022 e 2 GW adicionais de remota,
a energia de rede.
O Brasil tem alguns dos melhores
recursos solares do mundo, como
afirma Kazmerski. Há, também, in-
vestimentos significativos em hi-
droeletricidade, bioenergia e energia
eólica. Já a energia solar está posi-
cionada na quarta posição. “Agora é
o momento perfeito para esse in-
vestimento com queda de preços da
energia fotovoltaica e outros produ-
tos de energia solar, pesquisas na
área, crescente interesse da comu-
nidade internacional em investimen-
tos no país e, ainda, o aumento da
demanda por eletricidade, tanto
pela população quanto pelo setor
produtivo”, listou.
Nesse contexto, o Brasil tem visão
de futuro e prova disso são as ins-
talações nos estádios que vão re-
ceber a Copa do Mundo de 2014,
como ressalta o professor. No en-
tanto, é preciso fazer mais para de-
mocratizar o acesso às energias
renováveis. “Se você considerar os
perigos para as próximas gerações
com a devastação potencial da mu-
dança climática global que já está
acontecendo e que os recursos
energéticos tradicionais estão dimi-
nuindo, o futuro energético susten-
tável será baseado em energia
limpa”, aponta.
O avanço e a aceitação das tecno-
logias de geração de energia reno-
váveis, o que aumenta a expectativa
pela aceitação desse produto não
como algo alternativo, mas como
um produto real e perfeitamente in-
tegrado à infraestrutura. Seja solar,
eólica ou bioenergia, a aplicação
dessas formas de energia estão
crescendo para segmentos como
transporte, eletricidade e combustí-
veis etc. “Temos um caminho a per-
correr, mas os nossos melhores
recursos - nossos jovens cientistas
e engenheiros - vão fazer essa ver-
dadeira energia renovável porque
eles sabem o que o nosso futuro
deve ser semelhante e que a melhor
maneira de trazer esse futuro é
criá-lo “, conclui.
ENGENHARIA | ENERGIA
“Temos um caminho a
percorrer, mas os nossos
melhores recursos - nossos
jovens cientistas e engenheiros
- vão fazer essa verdadeira
energia renovável porque eles
sabem o que o nosso futuro
deve ser semelhante e que a
melhor maneira de trazer esse
futuro é criá-lo”
Lawrence Kazmerski
RME EDIÇÃO 22_2014_Layout 1 07/02/2014 09:23 Page 38
PARCERIAS INTERNACIONAIS
UNIDADES BELO HORIZONTE | BRASÍLIA | SÃO PAULO | RIBEIRÃO PRETO
www.biinternational.com.br - (31) 3517-5400
UNIDADE BELO HORIZONTEAv. Bernardo Monteiro, 1199, Funcionários
Turmas abertas 2014 Executive MBA em Gestão Estratégica em Mineração
O Executive MBA em Gestão Estratégica em Mineração tem por objetivo principal formar profissionais de alta performance para análise e gestão de empreendimentos na área mineral, com base nos mercados atuais e em suas perspectivas futuras. O B.I. International já tem 4 turmas do curso em andamento e está com inscrições abertas para a turma de 2014. Garanta sua participação.
Bernardo Monteiro,.vAAvUNIDADE BELO HORIZONTE
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inscrições abertas para a turma de 2014. Garanta sua participação.O B.I. International já tem 4 turmas do curso em andamento e está com
em suas perspectivas futuras.de empreendimentos na área mineral, com base nos mercados atuais e principal formar profissionais de alta performance para análise e gestão O Executive MBA em Gestão Estratégica em Mineração tem por objetivo
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em suas perspectivas futuras.de empreendimentos na área mineral, com base nos mercados atuais e principal formar profissionais de alta performance para análise e gestão O Executive MBA em Gestão Estratégica em Mineração tem por objetivo
inscrições abertas para a turma de 2014. Garanta sua participação.O B.I. International já tem 4 turmas do curso em andamento e está com
de empreendimentos na área mineral, com base nos mercados atuais e principal formar profissionais de alta performance para análise e gestão O Executive MBA em Gestão Estratégica em Mineração tem por objetivo
Bernardo Monteiro,.vAAv
Funcionários 1199, Bernardo Monteiro,
.biinternawwwBELO HORIZONTE | BRASÍLIA | SÃO P
ARCERIAS INTERNACIONAISP
inscrições abertas para a turma de 2014. Garanta sua participação.
(31) 3517-5400 tional.com.br - .biinternaULO | RIBEIRÃO PRETOA| BRASÍLIA | SÃO PPA
UNIDADES
inscrições abertas para a turma de 2014. Garanta sua participação.
(31) 3517-5400 ULO | RIBEIRÃO PRETO
inscrições abertas para a turma de 2014. Garanta sua participação.
RME EDIÇÃO 22_2014_Layout 1 07/02/2014 09:23 Page 39
40
Engenheiro eletricista gra-
duado pela Universidade
Federal de Minas Gerais em
1974, o professor José Car-
los Rodrigues de Oliveira, 62 anos, ini-
ciou suas atividades como professor
dois anos após a formatura. Ele rece-
beu um convite para lecionar no De-
partamento de Engenharia Eletrônica,
como professor assistente e, parale-
lamente, cursar o mestrado. Como
tinha interesse em estudar e apren-
der mais aceitou prontamente o de-
safio que o envolveu por 37 anos até
a aposentadoria, neste ano.
Assim como acontece com outros
profissionais, a formação de um pro-
fessor só se efetiva no dia a dia da sala
de aula. E foi assim. No curso de En-
genharia Elétrica, ele deu aula nas dis-
ciplinas de Eletrônica, Sistemas de
Controle e História da Engenharia
Elétrica (participação). Para os alunos
do curso de Engenharia de Controle
e Automação, dedicou-se ao Labora-
tório de Controle, Máquinas Elétricas
e Eletrônica de Potência. José Carlos
de Oliveira também foi orientador de
projetos de conclusão do curso.
Para os estudantes da pós-graduação
em Engenharia Elétrica, ele conduziu
os conteúdos de Sistemas de Con-
trole, Seminários, Acionamentos de
Máquinas Elétricas, Observadores
para Máquinas de Indução e Progra-
mação em Ambiente Matlab. No Ins-
tituto Católico de Minas Gerais
(ICMG – Coronel Fabriciano), ele deu
aulas de Sistemas de Controle.
Com experiência acumulada, ele tam-
bém proferiu cursos de aperfeiçoa-
mento e seminários para empresas,
em controle de processos, eletrônica,
acionamento de máquinas elétricas e
montagem automática de placas de
circuito impresso. “Procurei exercer
o magistério com dedicação e ética,
sempre tentando dar o máximo da
minha capacidade de forma coope-
rativa, na contramão do espírito
competitivo e individualista que, in-
felizmente, tem sido o padrão da so-
ciedade”, comenta.
Oliveira tem clareza do poder multi-
plicador da profissão de professor e
da sua responsabilidade como educa-
dor. Para tanto, basta lembrar que ele
contribuiu para a formação de 3,5 mil
engenheiros em sua carreira no ma-
gistério. Como um profissional é o re-
sultado do concurso de muitos, ele
fez a parte que lhe cabia.
Depois de tantos anos de trabalho,
ele andava estressado com correção
de provas e trabalhos. “A pressão
sobre os docentes é muito grande, in-
cluindo orientações, bancas, adminis-
tração acadêmica e de projetos de
pesquisa, relatórios e publicações”,
relata. Apesar do receio em ficar em
casa e deixar a vida passar, ele recor-
reu a textos, conversas, anotou as ati-
vidades que gostaria de fazer e até
buscou ajuda psicológica para conse-
guir se aposentar.
Dessa forma, poderia guardar os bons
momentos vividos como professor.
Entre eles, as vezes em que foi home-
nageado e escolhido paraninfo.
LEGADO SME | JOSÉ CARLOS RODRIGUES DE OLIVEIRA
Convite para estudar e aprender cada vez mais
RME EDIÇÃO 22_2014_Layout 1 07/02/2014 09:23 Page 40
41
“Fiz mestrado e doutorado dando
aulas e com muita luta”, relembra.
Também foram marcantes os mo-
mentos em que ele atendeu alunos
que queriam deixar o curso. “Em um
episódio oposto, uma aluna de Enge-
nharia Elétrica descobriu a sua voca-
ção para Comunicação Social, mas
tinha receio de abandonar todo o es-
forço já feito. Pedi a minha irmã jor-
nalista que a orientasse e, hoje, ela
certamente já se formou em Comu-
nicação”, ressalta.
Outra situação muito cara foi ter al-
guns de seus ex-alunos como profes-
sores do seu casal de filhos, hoje
engenheiros. Oliveira também foi
mestre de filhos de colegas de turma
e/ou de trabalho.
A aposentadoria não o afastou da sala
de aula. “Continuo na UFMG, agora
como Professor Voluntário. Participo
de um Projeto de Ensino, desenvol-
vendo textos e protótipos em escala
reduzida para ensino de Controle e
Instrumentação”, relata. Ele também
pretende trabalhar com consultoria,
por meio de cursos para engenheiros
e professores, em modelagem, simu-
lação, instrumentação e controle de
processos industriais.
Com mais tempo livre, ele tem se de-
dicado à família, aos negócios particu-
lares e, também, a alguns hobbies.
“Pretendo aprofundar minha espiri-
tualidade. Penso em ser voluntário
em sustentabilidade e na inclusão so-
cial de jovens. Quero estudar mais Fi-
losofia da Ciência, História Geral e da
Ciência, bem como manter as habili-
dades em português, inglês e francês.
Planejo viagens internacionais. Gosto
de ler, principalmente literatura e His-
tória. Criarei brevemente um site na
Internet, para divulgar meu trabalho”,
promete. Desde já, afirma que se rea-
lizar a metade dos planos que tem, fi-
caria muito satisfeito.
A experiência que o professor acu-
mulou como professor também foi
usada no mercado. Oliveira foi auxi-
liar de Engenharia na primeira equipe
a aplicar CLPs, nos anos 1970. Oli-
veira também atuou como enge-
nheiro de projetos. “Sempre aliei, na
atividade acadêmica, a base teórica às
atividades de cunho prático. Fiz tra-
balhos de consultoria para empresas
e para a UFMG”, relata.
Aos jovens professores, o mestre dá
uma mensagem clara. “O mundo
mudou para melhor em muitas coi-
sas, e piorou em outras. Mas perma-
necem certos princípios, como os
valores éticos de seriedade, compro-
misso e cooperação, sem os quais
não se poderá seguir adiante. É im-
portante fazer as coisas com paixão,
ir a fundo e procurar nisso a felici-
dade. Gostaria muito que, no Brasil,
os professores fossem mais valoriza-
dos, mas não adianta reclamar desse
ou daquele governo, porque isso vem
é do seio da sociedade, é a família que
molda o caráter dos cidadãos”,
aponta.
José Carlos Rodrigues de Oliveira
professor, engenheiro eletricista
graduado pela UFMG
estudar ada vez mais
RME EDIÇÃO 22_2014_Layout 1 07/02/2014 09:23 Page 41
Apesar de todo o otimismo que cerca o
ano de 2014, as previsões econômicas
para o Brasil não seguem na mesma di-
reção. Prova disso é que a meta de cres-
cimento para o período sofreu redução
de 2% para 1,95% logo nos primeiros dias de janeiro
pelo Boletim Focus do Banco Central do Brasil (Bacen).
A estimativa da inflação teve leve queda de 5,98% para
5,97% e a previsão para a taxa de juros Selic foi mantida
em 10,5%, assim como o dólar, em R$ 2,45.
Repetir o cenário econômico de 2013 é a previsão mais
confiável, segundo o coordenador do curso de Econo-
mia do Ibmec Minas, Marcio Antônio Salvato. A falta de
investimentos, a inflação, a elevação da Selic e, ainda, o
endividamento crescente da população são fatores que
combinados, não geram crescimento. “Os setores de Tu-
rismo e Serviços devem puxar o PIB em 2014”, aposta.
Para o professor, a falta de investimentos em 2013 deve
ter reflexos sobre o desempenho do setor produtivo
neste ano. “Investimentos acontecem antes da realização
e da produção. A realidade é que o Brasil não investiu e
perdeu um precioso tempo”, ressalta. A falha foi a falta
de planejamento e implementação pelo governo, sobre-
tudo em relação às obras de infraestrutura e mobilidade
urbana. O resultado foi a declaração do presidente da
Fifa, Joseph Blater, de que o Brasil começou a preparar
o torneio muito tarde.
42
TENDÊNCIAS E MERCADO
Desafios em 2014para a economia brasileira
Márcio Antônio Salvato,
coordenador do curso
de Economia do IBMEC-MG
RME EDIÇÃO 22_2014_Layout 1 07/02/2014 09:23 Page 42
43
No entanto, as mesmas obras têm sido apontadas como
essenciais para o projeto de crescimento do país, como
enfatiza o presidente do Sindicato da Indústria da Cons-
trução Pesada no Estado de Minas Gerais (Sicepot-MG),
Alberto Salum. “Sem planejamento não se fazem obras e
o nosso setor avisou ao governo”, destaca.
O desempenho da atividade é consequência das opor-
tunidades do governo que projeta e contrata a iniciativa
privada para executar as obras. Segundo o dirigente,
2014 requer cautela já que os governos estaduais e fe-
deral serão afetados diretamente pela legislação eleito-
ral. A expectativa para 2015 também não é das mais
positivas, com tendência a mais retração, independente
de quem ganhar as eleições.
A indústria da construção civil até que começou 2013
com expectativa de crescimento entre 3% e 4%, mas não
atingiu essa meta. Acabou empatando com o PIB nacio-
nal nos 2%. A meta para este ano é de 2,8%. “Não atin-
gimos devido ao cenário macroeconômico. A quantidade
de investimentos previstos não se efetivou, nas áreas de
infraestrutura e mobilidade” explica o vice-presidente
do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado
de Minas Gerais (Sinduscon-MG), André de Souza Lima
Campos.
A burocracia e o modelo de gestão das famílias adotado
pelas prefeituras comprometeram o andamento do pro-
grama “Minha Casa, Minha Vida” que, mesmo assim, con-
tinua a ser uma ótima oportunidade de negócios.
Por outro lado, depois do boom de 2010, quando o
setor registrou incremento de 11%,era natural um pe-
ríodo de acomodação do mercado, para que a atividade
não perca a sua viabilidade. Mesmo assim, as expectativas
são positivas para 2014, principalmente em decorrência
do ano eleitoral, quando os governos aceleram a execu-
ção de obras. “Otimismo com pé no chão”, adianta.
A regra vale para mais de 8,2 mil empresas mineiras,
sendo mais de 300 associadas ao Sindicato.
Depois de um ano fraco, a indústria mineira também
quer reencontrar o “lugar ao sol”, já que Minas Gerais
cresceu menos que o país. O economista da Federação
das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Paulo
Casaca, afirma que, no geral, o setor produziu menos em
2013 que no exercício anterior. Até outubro, a queda foi
de 0,8%, depois de 12 meses com taxa de crescimento.
“Entre os setores que registraram queda de produção está
a indústria extrativa, que teve desempenho ruim no país e,
principalmente, em Minas Gerais, onde tem representativi-
dade maior para a balança comercial”, avalia. A retração do
mercado chinês em relação às comodities é um dos fatores
que explica esse resultado. A indústria metalúrgica também
foi impactada pelo mesmo problema.
No entanto, as mineradoras vão manter os investimen-
tos previstos para voltar a crescer. Em sua sexta edição,
o estudo “As tendências da mineração - As dez principais
questões que as empresas enfrentarão em 2014”, reali-
zado pela Deloitte, aponta que as empresas do setor
André de Souza Lima
Campos, vice-presidente
do Sinduscon-MG
Paulo Casaca,
economista da Fiemg
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devem alterar suas abordagens à redução de custos por
meio da adoção de práticas mais sustentáveis de gestão
de custos.
Uma das consequências desse cenário é que a indústria
mineira contratou 30% menos em 2013 que no ano an-
terior. No total foram 66 mil trabalhadores que ingres-
saram no mercado formal de trabalho.
Na contramão, a indústria de transformação foi a que
mais cresceu em 2013, com índice de 19% no compara-
tivo com o exercício anterior, o que revela que as em-
presas investiram em máquinas e equipamentos para
ganhar competitividade. Para 2014, a indústria de alimen-
tos e bebidas deve ter desempenho positivo, principal-
mente por causa da Copa do Mundo.
“Depois de um ano sem crescimento, é mais fácil crescer
no ano seguinte. A base de 2013 é mais fraca e a expec-
tativa torna-se mais positiva”, aponta o economista. Fe-
nômeno semelhante aconteceu em 2010, no
comparativo com o exercício anterior, quando a crise fi-
nanceira mundial estava no ápice.
O vice-presidente da Fumsoft, Leonardo Fares Menhem,
ressalta que o segmento de Tecnologia da Informação (TI)
tem características específicas já que trata-se de uma ati-
vidade transversal que perpassa todos os outros setores
econômicos. “Se esses setores crescem, a TI cresce
junto”, pontua.
Nesse sentido, as empresas de TI que atendem as em-
presas não alcançaram os resultados pretendidos para
2013. Já aquelas que têm como foco os serviços de
acesso à rede, comércio e varejo podem esperar “bons
ventos” em 2014. Na mesma linha, negócios na web,
mobilidade, desenvolvimento de games e soluções
para o agrobusiness também devem crescer nos pró-
ximos 12 meses.
O otimismo está na ampliação do quadro de trabalha-
dores do setor, como garante o dirigente. Vagas para
engenheiros, analistas de sistemas, técnicos e progra-
madores devem movimentar o mercado em 2014.
Com US$ 60,2 bilhões/ano de faturamento, o Brasil
ocupa o 7º lugar no ranking mundial de TI, atrás de po-
tências como os EUA, China, Japão, UK, Alemanha e
França. Essa cifra projeta o país como responsável por
49,1% do mercado latino americano com destaque para
as atividades ligadas ao hardware (US$ 35,30 bi/ano),
serviços (US$ 15,449 bi/ano) e software (US$ 9,485
bi/ano), segundo o último relatório “Mercado Brasileiro
de Software e Serviços – Panorama e Tendências”,
44
“Depois de um ano sem crescimento, é mais fácil crescer no ano seguinte.
A base de 2013 é mais fraca e a expectativa torna-se mais positiva”
Leonardo Fares Menhem,
vice-presidente da
Fumsoft
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45
da Associação Brasileira das Em-
presas de Software (ABES), que
aponta o cenário dos investimen-
tos de TI no Brasil e no mundo.
O setor de TI de Minas Gerais, o
terceiro estado na economia na-
cional, reúne mais de 5 mil em-
presas, ou seja, 9% do total
nacional, que contratam 33 mil
profissionais. A receita líquida
é de R$ 2,3 bilhões/ano, o que
corresponde a 5% do total nacio-
nal e 1,6% do Produto Interno
Bruto do estado.
Em uma ação pioneira no país, o
setor de TI em Minas tem um de-
safio para os próximos anos: con-
quistar uma posição de destaque
no contexto mundial e colocar
Belo Horizonte em primeiro
lugar no Brasil, ambas as metas a
serem cumpridas até 2022. Em
números isso significa a geração
de 52 mil novos postos de traba-
lho e a multiplicação do fatura-
mento do setor por mais de 4
vezes.
Para alcançar esta meta, o setor
produtivo de TI em Minas Gerais,
representado pela Assespro-MG,
Fumsoft , SINDINFOR e Sucesu
Minas, em parceria com os gover-
nos federal, estadual e da prefei-
tura municipal de Belo
Horizonte se uniram em prol
do programa MGTI.
NO PAÍS
O setor de petróleo e gás também oferece oportunidades interessantes
para 2014. O anúncio de investimentos em infraestrutura entre 2014-
2016 pelo governo e a aceleração dos editais de concessão e leilões
para a iniciativa privada devem acelerar os setores de logística, energia,
telecomunicações e saneamento.
A Petrobras, responsável por 91% do volume extraído no Brasil, in-
cluindo os campos onde tem parceria com empresas privadas vai iniciar
operações em sete plataformas ao longo de 2014. A previsão para o
primeiro semestre é incrementar em 500 mil barris diários a produção
por meio de três novas unidades.
No apagar das luzes de 2013, a companhia iniciou as atividades da P-55,
no campo de Roncador, que também contribuirá com o incremento da
produção ao longo de 2014. Para analistas, o Brasil deve fechar o ano
com alta no volume de petróleo produzido pela primeira vez desde
2011.
De acordo com as projeções da estatal, a produção de petróleo co-
meçará a crescer em ritmo mais acelerado a partir de 2016, quando
está prevista a entrada de sete plataformas do pré-sal da Bacia de Santos.
A companhia espera chegar a 2020 com um volume de 4,2 milhões de
barris por dia, dobrando a produção no período.
Depois de fechar 2013 com R$ 11 bilhões em investimentos, a Eletro-
bras deve chegar à marca dos R$ 13 bilhões neste ano. No período, 160
mil novos consumidores estarão contectados ao sistema de energia.
Até 2017 a estatal deve investir R$ 52,5 bilhões entre aportes já con-
tratados de R$ 32,1 bilhões e novos, de R$ 20,3 bilhões em geração,
transmissão e distribuição.
A empresa enfrenta o desafio de reduzir custos em 30% até 2015. Dos
funcionários, 4,4 mil já aderiram ao programa de desligamento. Esse nú-
mero pode chegar a 5 mil, o que corresponde a 20% do total de em-
pregados.
Há, ainda, estudos sobre a possibilidade de ter um endereço único no
Rio de Janeiro para abrigar Eletrobras, Furnas e Eletropar, como parte
da estratégia. O mesmo deve ser feito em Brasília.
A Eletrobras apresentou em 2013 uma carteira de usinas em construção,
entre empreendimento próprios ou em parcerias que totalizaram 23 mil
megawatts, 12 mil deles pertencentes à empresa.
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46
NOVOS ENGENHEIROS | THALES GONÇALVES COSTA
Como outras decisões da vida, a es-
colha da carreira não pode ser mo-
vida apenas a paixão. Com os
cursos de Engenharia em alta, pro-
fissionais que, anteriormente, opta-
ram por outras áreas estão retornando à sala de
aula para realizar sonhos deixados para trás em
função do mercado de trabalho ou mesmo investir
na segunda carreira para complementar a primeira.
Esse é o caso do administrador de empresas e se-
cretário de Desenvolvimento Sustentável da Pre-
feitura de Congonhas, Thales Gonçalves Costa.
Aos 37 anos, ele decidiu retornar à faculdade pela
Uniube – Polo BH – para estudar Engenharia
Civil. Ele deve se formar em 2017, conforme pre-
visão inicial do curso que é oferecido na modali-
dade de Educação a Distância (EAD), com cinco
anos de duração e, ainda, 4.660 horas/aula.
“A decisão surgiu a partir de vários motivos que
acredito serem essenciais para o meu planejamento
pessoal e profissional. Entre eles gostaria de desta-
car os desafios que surgiram durante minha traje-
tória profissional, como por exemplo, a necessidade
de conhecimentos técnicos necessários para gerir
projetos civis, ambientais e urbanos”, afirma o se-
cretário que responde pela importante tarefa de
assegurar que o desenvolvimento da cidade histó-
rica de Congonhas seja sustentável do ponto de
vista econômico, social e ambiental.
Com isso, a exigência de qualificação técnica do
gestor público tem aumentado consideravel-
mente, como explica Thales Costa. O município
de Congonhas passa um momento de cresci-
mento ímpar em sua história, sendo apontada
como uma dos mais importantes regiões mine-
radoras do país. “Os conhecimentos adquiridos
no curso de Engenharia são exigidos o tempo
todo e nas mais diversas formas. Como exem-
plo: o atendimento a empresas, relações mine-
rais, políticas públicas, industriais e ambientais”,
enumera.
Além de compreender as demandas e dialo-
gar com o público externo, a Engenharia tem
permitido que o secretário também entenda
melhor as decisões técnicas adotadas pela
equipe de engenheiros do órgão que geren-
cia. Assim, é possível encaminhar soluções
tecnicamente apropriadas para atender as ne-
cessidades da cidade e da sua população.
Por isso, a escolha pelo curso foi positiva. “A En-
genharia foi uma das primeiras ramificações da
ciência mãe “Filosofia”, mas no Brasil, a nobreza
de sua concepção surgiu durante o período da
revolução industrial. Uma definição bem genera-
lizada desta profissão poderia ser que a Enge-
nharia é a ciência que constrói o mundo”,
reconhece o futuro engenheiro.
Administrador de empresas se rende aoestudo da Engenharia
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Uma carreira não exclui a outra. Ao
contrário, abre possibilidades. O
secretário admite que tenha proje-
tos para os dois segmentos. “Acre-
dito que os conhecimentos que
adquiro como gestor público e
agora como engenheiro se comple-
tam. Da mesma forma que para um
gestor público o curso de enge-
nheira é muito importante, para
um engenheiro a experiência em
gestão pública também poderá aju-
dar muito”, avalia.
Costa acredita que a profissionali-
zação dos gestores públicos serve
como estímulo para a migração de
engenheiros para Congonhas. A ci-
dade também tem feito o “para
casa”, ao investir em frentes para-
lelas de negócios além da minera-
ção, o que, por si só, aumenta o
mercado de trabalho para esses
profissionais.
Atualmente, como acontece nas
cidades de médio porte do inte-
rior do país, faltam engenheiros de
diversas áreas para atender as de-
mandas de Congonhas, nas áreas
industrial, mineral, metalúrgica, sa-
nitária, florestal, construção civil,
elétrica e mecânica. Tudo, no en-
tanto, depende de oportunidades.
Com pouco mais de 51 mil habi-
tantes, o município guarda, além da
riqueza do minério de ferro do seu
subsolo, um patrimônio cultural da
humanidade que é o Santuário do
Bom Jesus de Matozinhos, obra de
Aleijadinho e Manuel da Costa At-
haíde, entre outros. O projeto foi
executado entre os séculos XVIII
e XIX.
““A Engenharia foi uma das primeiras ramificações da ciência mãe “Filosofia”,
mas no Brasil, a nobreza de sua concepção surgiu durante o período da
revolução industrial. Uma definição bem generalizada desta profissão
poderia ser que a Engenharia é a ciência que constrói o mundo.
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48
ARTIGO
Carro movido a fermento
A descoberta do fogo, da roda e da ala-
vanca ainda na pré-história é consis-
tente com a moderna definição da
Engenharia. Utilizando os princípios bá-
sicos da Mecânica para o desenvolvi-
mento de ferramentas e utensílios.
A palavra “engenho” tem origem
muito antiga, vinda do latim “ingenium”
que também significa “gênio”, uma qua-
lidade natural e mental. Podemos assim
concluir que a Engenharia, como arte
de criar, engenhar, pensar sonhar existe
desde os primeiros registro da exis-
tência de seres humanos na terra.
Engenharia, por tanto, é uma ciência e
como tal é produção de conheci-
mento, capacidade criativa e talento.
O profissional dotado destes atribu-
tos e munido dos conhecimentos
científicos e matemáticos é o que
podemos denominar de Engenheiro.
A capacidade de criar, engenhar é
pré-requisito importantíssimo para o
desenvolvimento da profissão.
Foi pensando neste princípio, que o
Instituto de Ciências Exatas do Centro
Universitário Newton Paiva através
de seu colegiado, instituiu o trabalho
prático como avaliação de final de se-
mestre para todos os alunos do pri-
meiro período dos cursos de
engenharias. A ideia surgiu em 2009,
quando da implantação dos cursos. Vá-
rios temas já foram desenvolvidos nas
diversas áreas do conhecimento e para
o primeiro semestre de 2013, o tema
escolhido foi a construção de um
“Carro Anfíbio”.
Após aprender os conteúdos teóricos
em sala de aula como: criatividade, pro-
jeto, modelagem, simulação e final-
mente a otimização, o aluno recebe
com aproximadamente um mês que
antecede a avaliação final o tema
com regulamento e um pré-projeto.
O objetivo principal desta atividade é
despertar no aluno a capacidade cria-
tiva, crítica, trabalho em grupo, em-
preendedora além de atender as
Diretrizes Curriculares Nacionais dos
cursos de Engenharia.
O Carro Anfíbio que tem como obje-
tivo percorrer uma pista de 5,0 metros
de comprimento por 0,45 metros de
largura. A pista foi construída de alu-
mínio, chapa nº 24, sendo que nos pri-
meiros 2,50 metros é uma aclive com
inclinação de aproximadamente 20
graus e o restante da pista é plana
contendo água com 15,0 cm de lâmina.
Para obter pontuação, o carro de-
verá percorrer no mínimo 4,30 me-
tros sem sair da pista. A partir do
KM 4,30, a nota será dada em função
do desempenho do carro. A nota
máxima é 40 pontos para o carro
que chegar ao KM 5,0.
O material básico utilizado e permi-
tido pelo regulamento: Garrafa pete,
isopor, cola, barbante, fita adesiva, fer-
mento da marca Royal, aditivo para ra-
diador, gominha, tubo látex de
borracha nº 200 (garrote ou man-
guito), rolinho de cabelo, grampo de
cabelo, palito picolé retangular, espeto
para churrasco.
Cada grupo foi formado por cinco
alunos que após discutirem entre
eles, desenvolveram o modelo, si-
mularam e otimizaram a engenhoca.
Foi concedido a cada grupo a opor-
tunidade de conhecer a pista e fazer
tres Teste Driver para posterior
apresentar o equipamento para a
avaliação final valendo 40 pontos
Para fazer o carro movimentar, subir a
rampa e navegar na água os alunos po-
deria usar a gominha ou o tubo látex
para fazer a tração nos eixos. Porém,
o modelo mais utilizado pelos grupos,
foi com o uso do fermento da marca
Royal combinado com o aditivo para
radiador. Neste modelo, os alunos cria-
ram um tanque na parte trazeira do
veiculo, faziam a mistura na proporção
exata, balançava o carro, provocando
gases que impulsionava-o para frente.
No resultado final, constou que apro-
ximadamente 50% dos alunos não
conseguiram a pontuação necessária
para a aprovação na disciplina e tive-
ram que aprimorar o carro no período
de recuperação para apresentá-lo pos-
teriormente. Ao final, aproximada-
mente 5% foram reprovados.
Léu Soares de Oliveira
Léu Soares de Oliveira é Membro da Co-
missão Técnica de Educação da SME e Pro-
fessor dos cursos de Engenharia do Centro
Universitário Newton Paiva.
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50
A zona central de Belo Horizonte encontra-se densa-
mente urbanizada e tem o maior valor de metro qua-
drado do mercado imobiliário atraindo investidores e
construtoras, principalmente por causa de seu alto
coeficiente de aproveitamento, que é o maior da capi-
tal, entre outros parâmetros urbanísticos que favore-
cem o melhor aproveitamento do terreno.
Ocorre que na busca por terrenos nestas áreas, casas
e sobrados antigos são demolidos, para darem lugar a
edifícios. Estes terrenos, resultado de demolições, são
rodeados por edificações, muitas delas antigas.
A Lei 7166/96 de Uso e Ocupação do Solo de Belo
Horizonte, privilegia a ocupação do subsolo quando
diz em seu artigo 46 que não são computadas como
áreas construídas as áreas destinadas a estacionamento
de veículos e as destinadas a lazer e recreação, tor-
nando atrativa a construção de garagens nos subsolos
para que não se perca potencial construtivo devido a
outros parâmetros urbanísticos como afastamento la-
teral e altura na divisa.
O resultado disto são as escavações e contenções ad-
jacentes a terrenos edificados para se atingir o nível do
terreno para a execução de subsolos, já que em alguns
casos pode-se ter múltiplos andares abaixo do nível da
rua por causa dos fatores já elencados.
Embora exista tecnologia para a execução de escavações e
contenções será que atualmente ela atende as necessidades
de construtoras e dos vizinhos no entorno destas obras?
Diversos equipamentos têm grandes dimensões,
falta de mobilidade e de precisão que estas conten-
ções requerem, pois são realizadas na divisa incen-
tivadas pelo nível de referência da altura na divisa
previsto na Lei de Uso e Ocupação do Solo de Belo
Horizonte.
O resultado é que são realizadas contenções de forma
empírica utilizando-se métodos que não foram nem
mesmo adaptados para as atuais condições de adensa-
mento no entorno da obra. Para não deixar de citar
um método, a cravação de estacas na divisa, através de
bate-estacas, tem se mostrado ineficiente dentre ou-
tros motivos por causa da dificuldade de verticalidade
da estaca, da distância entre a estaca e o terreno vizi-
nho que provoca o reassentamento do terreno e re-
calques em fundações das edificações adjacentes
provocadas pelas vibrações excessivas, principalmente
das fundações rasas.
Diante desta nova realidade vivida pelos engenheiros,
ou seja, a execução de obras com níveis de subsolo na
divisa de terrenos edificados, faz-se necessário repen-
sarmos sobre as técnicas a utilizar e não menos im-
portante que isto, sobre as etapas para sua execução.
O estudo do solo, a influência da profundidade do len-
çol freático, a época do ano mais adequada para exe-
cução, a vistoria dos imóveis adjacentes com
levantamento do tipo de fundação, se tem subsolo ou
não e qual o tipo de estrutura destes imóveis.
INFRAESTRUTURA URBANA
Lincoln Dias Oliveira
Preocupações com escavações e contenções em áreas densamente urbanizadas
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As consequências para os imóveis vizi-
nhos vão desde fissuras até desabamen-
tos, inclusive de prédios. Verifica-se que
muitas vezes existe uma postura de acei-
tação destes fatos como normais, pelas
construtoras e pelos engenheiros que só
se dão conta de sua importância diante
de um prejuízo financeiro ou da perda de
vidas.
Deve-se realizar vistoria nos imóveis vi-
zinhos à obra, para se determinar o tipo
de fundação destes imóveis, sua profun-
didade em relação à escavação preten-
dida, se existe subsolo e em que nível
estaria ele em relação à obra e para se
mensurar a sobrecarga sobre o terreno
da obra e eventuais riscos como centrais
de gás, por exemplo.
Com relação à sondagem do terreno,
seria o melhor método o SPT? O SPT
identifica a real profundidade do lençol
freático? A quantidade de furos prescrita
em norma seria o suficiente para este
tipo de obra? Existem métodos e equi-
pamentos adequados para a realização
deste tipo de contenção em áreas den-
samente urbanizadas? Qual a causa das
patologias ocorridas como fissuras, re-
calques e inclusive desabamentos? Se-
riam fruto da intervenção no lençol
freático, do método executivo, dos
equipamentos utilizados ou uma soma
destes fatores?
Verifica-se que neste tipo de obra exige-
se um acompanhamento mais rigoroso
do responsável técnico pela obra sendo
necessário criar métodos de acompa-
nhamento mais planejados com registros
próprios onde se possam definir ações
corretivas para os problemas que pos-
sam surgir na execução.
Identificar as patologias por ventura
advindas deste tipo de obra, suas causas,
os efeitos, as ações de intervenção pode
significar o sucesso ou fracasso do pró-
prio empreendimento.
Lincoln Dias Oliveira
Engenheiro civil e
Vice-presidente da Comissão
Técnica de Construção
Civil e Urbanismo
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52
INFORME | OI
Presente em 796 municípios mi-
neiros (total de sua área de con-
cessão – 93% do Estado), a Oi
está investindo R$ 675 milhões
em Minas Gerais este ano. O
valor está sendo utilizado na ex-
pansão e melhoria da infraestru-
tura, na adoção de novas
tecnologias e na melhoria de pro-
cessos, para assegurar a qualidade
no atendimento e na prestação
dos serviços oferecidos aos clien-
tes. Os recursos também estão
sendo aplicados na instalação de
novas portas Oi Velox, de acesso
à internet banda larga, instalação
de antenas 3G, além de reforço
de antenas 2G e implantação de
4G. Desde 2008, a companhia já
investiu em Minas cerca de R$ 2,9
bilhões. Na telefonia fixa, a Oi
possui 2,5 milhões de terminais
em serviço em Minas, sendo 77
mil telefones de uso público.
A empresa é um dos quatro
maiores recolhedores de ICMS
no estado, contribuindo com R$
1,09 bilhão por ano, em média.
Oi Velox
Na banda larga, a estimativa da Oi
é chegar ao final do ano com 1
milhão e 525 mil portas instala-
das no estado (portas são os
equipamentos de acesso à inter-
net banda larga). Alem disso, a
companhia já disponibiliza ofertas
Oi Velox nos moldes do Plano
Nacional de Banda Larga (PNBL)
em 491 municípios mineiros.
Ainda como parte das iniciativas
da Oi para ampliar o acesso à
banda larga em Minas, a compa-
nhia também disponibilizou o
acesso à internet a 6.314 unida-
des de ensino público de locali-
dades urbanas do estado por
meio do programa Banda Larga
nas Escolas.
Oi WiFi
Em outubro, a Oi alcançou 62.096
pontos de acesso à sua rede wi-fi
em Minas Gerais. A companhia
vem investindo neste segmento
com objetivo de reforçar o seu
posicionamento de operadora
convergente, que oferece a expe-
riência de internet mais completa
para o cliente, com banda larga
fixa e móvel. O presidente da Oi,
Zeinal Bava, anunciou que a rede
Oi WiFi alcançará a marca de 500
mil pontos de acesso em todo o
Brasil até o fim deste ano. Zeinal
destacou que o serviço da Oi de
acesso à internet por meio da
rede Oi WiFi já conta com 319
mil hotspots, o que consolida a
companhia na posição de líder em
wi-fi no Brasil.
Lojas próprias
A Oi já possui 14 lojas próprias
em Minas Gerais. No estado, a
primeira loja da Oi foi inaugurada
em maio de 2012, no Shopping
Estação BH. A Oi possui lojas
próprias funcionando em Belo
Horizonte, Uberlândia, Uberaba,
Ipatinga e Sete Lagoas, Até o final
do ano, será inaugurada a 15ª loja,
em Contagem.
Oi investe R$ 670 milhõesem Minas Gerais em 2013
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Cultura e Educação
O Oi Futuro, instituto de responsa-
bilidade social da Oi, mantém em
Belo Horizonte um espaço cultural
completo, abrangendo o Museu das
Telecomunicações, o Teatro Oi Fu-
turo Klauss Vianna, com capacidade
para 330 lugares, e duas galerias de
arte (Galeria de Artes Visuais e Ga-
leria de Artes Gráficas e Fotojorna-
lismo), além de um Multiespaço,
utilizado para pequenos eventos e
para exibição de filmes pelo Cine-
clube Oi Futuro.
Completamente reformulado, o
Museu das Telecomunicações apre-
senta desde fevereiro novas atrações
interativas e recursos tecnológicos
de última geração. O espaço passou
por uma grande reforma, substi-
tuindo placas iconográficas por ta-
blets e ganhando equipamentos
ativados por gestos e sensíveis ao
toque. O resultado é uma
nova experiência para os
visitantes.
O Oi Futuro também
mantém em Minas Gerais
a Oi Kabum! Escola de
Artes e Tecnologia, com o objetivo
de permitir que jovens de 14 a 24
anos, estudantes egressos das escolas
públicas da Região Metropolitana, de-
senvolvam competências para lidar
com variados aspectos da tecnologia
e das artes, por meio do acesso ir-
restrito às redes e da autonomia
para produzir informação, arte e cul-
tura em cursos e oficinas.
A Oi Kabum! BH, que funciona no
Plug Minas, núcleo de cultura criado
pelo governo do estado, acaba de re-
ceber a certificação do Ministério da
Educação e da Secretaria de Estado
da Educação que a qualifica como es-
cola técnica. O reconhecimento ao
programa de educação do instituto
de responsabilidade social da Oi que
já formou cerca de 900 jovens de co-
munidades populares em dez anos
de atuação, em quatro grandes capi-
tais do país – além de Belo Hori-
zonte, Rio de Janeiro, Recife e
Salvador – representa um grande
passo para a instituição.
A Oi Kabum! em Belo Horizonte
oferece os cursos de Design Gráfico,
Web Design, Computação Gráfica,
Vídeo e Fotografia a jovens morado-
res de comunidades populares urba-
nas, de 16 a 22 anos. A formação tem
duração de 18 meses e é voltada a
estudantes ou jovens formados na
rede pública de ensino.
O Oi Futuro, instituto de responsabilidade social da Oi, mantém em Belo Horizonte
um espaço cultural completo, abrangendo o Museu das Telecomunicações, o Teatro
Oi Futuro Klauss Vianna e duas galerias de arte (Galeria de Artes Visuais e Galeria de
Artes Gráficas e Fotojornalismo)
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Uma publicação da Sociedade
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Projeto Click
O Projeto Click, considerado a espinha dorsal do
plano de transformação das operações da Oi, teve
início em setembro de 2013, em Belo Horizonte,
Minas Gerais, e em outubro foi lançado em Pernam-
buco. Também já está sendo implantado em Maceió
e Natal e em dezembro deverá chegar a Fortaleza.
A expectativa é de que esteja concluído em 2014. A
ClickSoftware’s – multinacional especializada no for-
necimento de soluções para gestão e otimização de
força de trabalho de campo na indústria de serviços
– foi a empresa escolhida para implementar o pro-
jeto. Nas cidades onde o projeto já foi implantado, já
se verifica melhora nos indicadores de produtividade.
Em Belo Horizonte, a primeira região a receber o
projeto foi a Leste, que abrange 52 bairros, entre eles
alguns bastante tradicionais e populosos, como Ci-
dade Nova, Santa Tereza, Floresta, Santa Efigênia e
São Gabriel. Hoje, toda a área de atuação da em-
presa no estado já está atendida pelo projeto. No
total, 2.800 técnicos foram treinados em Minas para
usar a nova ferramenta de gestão das equipes de
campo, que possibilita mais agilidade no atendimento
ao cliente. O projeto Click terá 30 mil técnicos en-
volvidos em todo o Brasil. O WFM cobrirá o atendi-
mento dos serviços de banda larga, telefonia fixa, TV
(DTH) e telefonia pública. Com a nova ferramenta,
será possível otimizar a rota de atendimento, dando
mais autonomia aos técnicos, com a redução no
tempo de viagem, melhor controle dos compromis-
sos e diminuição das falhas dos agendamentos.
Novos produtos
Um dos principais lançamentos realizados pela com-
panhia este ano é o Oi Galera, produto voltado prio-
ritariamente para o público jovem. A iniciativa está
focada em um produto fundamentado no uso de ser-
viços de internet móvel, aplicativos e SMS. A Oi de-
senvolveu o produto a partir de interações com os
colaboradores mais jovens da companhia, valorizando
o capital intelectual interno da empresa, de estudos
com o público jovem externo e de pesquisas de mer-
cado, para entender suas necessidades, identificando
uma galera com valores, percepções e hábitos de
consumo próprios vinculados à conectividade e ao
compartilhamento de experiências. O Oi Galera é o
único plano que oferece serviços de voz, dados, SMS,
música e acesso à maior rede wi-fi do Brasil, pagando
apenas R$ 0,99 pelo dia que usar. O relacionamento
com o publico jovem fortalece o posicionamento da
Oi nesse segmento, já que a companhia é a primeira
marca que vem à cabeça (Top of Mind) de jovens
entre 18 e 25 anos.
O Oi Galera foi desenhado como plano pré-pago,
com foco no acesso à Internet e envio de SMS, ser-
viços identificados como preferências desse público,
além de ligações.
INFORME | OI
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Compromisso com as soluções para um futuro sustentável e bem‑estar social.
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58
LEGADO SME | ESPECIAL
No dia 29 de dezembro de 2013, o
engenheiro civil e ex-presidente da
Sociedade Mineira de Engenhei-
ros (SME), Tárcio Primo Belém
Barbosa, faleceu após sofrer
um infarto do miocárdio.
Ele estava de férias com a
família no Praia Clube de
Araruama, um projeto
particular que, desde o
início, era programa favorito.
Formado pela Escola de Enge-
nharia da Universidade Federal
de Minas Gerais em 1959, ele foi
um dos profissionais mais ativos e
atuantes de sua geração, com extenso
currículo de obras e vasta experiência acumu-
lada nos diversos cargos de gestão na iniciativa privada e
também no serviço público.
O engenheiro que construiu pontes, fóruns, escolas, es-
tradas e edifícios também incluiu, no seu currículo, a obra
da casa em que morou durante décadas, no bairro Serra.
Quanto à experiência como gestor, Tárcio Barbosa foi se-
cretário de Estado de Obras Públicas entre 1981 e 1982,
no governo de Francelino Pereira.
No entanto, sua maior característica foi a admiração in-
condicional pela Engenharia e a defesa veemente dos in-
teresses de seus pares. Por dois mandatos, entre 1975 e
1979, Tárcio Barbosa presidiu a Sociedade Mineira de En-
genharia (SME) e, entre 1982 e 1984, o Conselho Regional
de Engenharia de Minas Gerais (CREA-MG). Ele foi o en-
genheiro responsável pela construção da sede das duas
entidades, a forma que encontrou para valorizar a sua
classe profissional.
Não havia limites para o engenheiro.
Membro do Conselho do CREA-
MG e frequentador assíduo da
programação da SME, ele
tornou-se um profissional
conhecido e admirado
por todos, pela atenção
e interesse que sempre
dispensou aos seus cole-
gas de profissão. Com
isso, manteve-se perma-
nentemente qualificado.
Em 2013, o engenheiro ocu-
pava a cadeira de presidente
da Associação dos Ex-Alunos da
Escola de Engenharia da UFMG, uma
experiência que o manteve ainda mais ativo.
O projeto do Centro de Memória da Engenharia deman-
dou tempo e energia que ele nunca economizou. Seguro
de si e de sua causa, não poupou esforços e pedidos de
ajuda a amigos e empresários.
Sua oratória e capacidade de comunicação também for-
taleceram a imagem de liderança para os engenheiros
mineiros. A rede de relacionamento de Tárcio Barbosa
era muito grande, o que abria oportunidades para fazer
bem e construir um legado de humanidade por todos
os lugares por onde passou.
Colecionador de roupas e de medalhas, o engenheiro que
nasceu em Ouro Preto, recebeu Diploma e Medalha de
Honra da Inconfidência, do Mérito Legislativo e, também,
do Jubileu de Ouro do Sistema Confea – CREA. Entre os
títulos, o de Cidadão Honorário de Belo Horizonte, sem-
pre esteve entre os favoritos.
O engenheiro deixou esposa e quatro filhos.
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