Download - REVISTA TOTAL SAUDE edicao dezembro 2008
Ano 2 - Edição 18Dezembro/2008
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PISCINASPISCINASPodem ser um risco para sua pele
Podem ser um risco para sua pele
NATAÇÃOPARA BEBÊS
NATAÇÃOPARA BEBÊS
SOL NA MEDIDA CERTASOL NA MEDIDA CERTA
ALIMENTAÇÃONO VERÃOALIMENTAÇÃONO VERÃO
Atividade física com amor
Atividade física com amor
Cuidado redobrado comas crianças
Cuidado redobrado comas crianças
Cuidados com os alimentos
Cuidados com os alimentos
Vem chegando o
VERÃO...
Vem chegando o
VERÃO...
| Índice
10
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46
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48
44
40
41
36
53
50
Você Sabia?
Especial do Mês
Medicina
Odontologia
Audição
Especial Fim de Ano
Esporte Radical
Comportamento
Bem-estar
Endereços Úteis
Anote o Site
Medicina Paliativa
Doença de Crohn e RetocoliteInstrutor de Harvard vem a Campo Grande
ABC da SaúdePróstata
Check-UpPrevina-se! Seu coração agradece.
LabirintiteVocê acha que tem?
Transplante de medula ósseaA sorte e o esforço que unem pacientes e doadores
Medicina Nuclear
Vem chegando o verão...
Desidratação e insolação
Alimentação no verão
Alimentos que favorecemo bronzeado
Vacinas e Viagens
PiscinasPodem ser um risco para saúde da pele
TanorexiaA obsessão por estar bronzeado
IntensivistaQuem é este profissional?
Eu tenho ATM.Mas, será que tenho DTM?
Naída - PowerHearingO mais novo aparelho auditivoda Phonak no Brasil
Os deliciosos benefíciosdas castanhas
Eu vôo livre
CulináriaCordeiro à moda da casa
RessacaCuidados no fim de ano
Dia mundial da luta contra a AIDSUm dia contra o preconceito
O novo homem
Natação para bebês
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Revisão: Thalitta Dias
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Fotografias: Jéferson de França Peixoto
Dr. Luiz Alberto Hiroki Kanamura. Médico Intensivista e Socorrista. CRM/MS 2.097.
Fábio Vinícius B. Feltrim. Graduado em Medicina pela UFMS em 2000. Residência em Anestesiologia pela Santa Casa de
Campo Grande. Residência em Tratamento da Dor e Cuidados Paliativos pela Faculdade de Medicina de Botucatu, UNESP.
Título Superior em Anestesiologia. Membro do Serviço de Anestesiologia de Campo Grande, SERVAN. CRM/MS 3.953.
Dra. Dídia Bismara Cury. Especialista em Gastroenterologia Clínica UNIFESP - SP. Mestre em Doenças Inflamatórias Intesti-
nais USP - SP. Doutorado em Doenças Inflamatórias Intestinais UNIFESP - SP. Membro Titular da Sociedade Brasileira
de Gastro - FBG. Membro da Associação Americana de Gastro - AGA.Orientadora do Grupo de Intestino da Escola Paulista
de Medicina - UNIFESP - SP. Membro-fundador do Grupo de Doenças Inflamatórias Intestinais - RCUI e Doença de Crohn -
GEDIIB. Membro-fundador do Grupo de Pacientes com Doença de Crohn e RCUI do MS. Pesquisadora do Grupo de Intestino
da Universidade de Harvard e UNIFESP - SP. CRM/MS 4.628.
Dr. Eulálio Costa. Cancerologista. CRM/MS 2.495.
Dra. Sandra Helena Gonsalves de Andrade. CRM/MS 1.784.Cardiologista.
Dra. Aparecida Rosângela Sona Fernandes. Cirurgiã-dentista. Especialista em Disfunção Temporomandibular,
Dor Oro-facial e Prótese. CRO/MS 845.
Dr. Pedro Paulo B. Sampaio Rocha. Médico formado pela Faculdade de Medicina da USP, com residência em
Otorrinolaringologia pelo Hospital das Clínicas da FMUSP e título de Especialista pela ABORL-CCF - Associação
Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico Facial, há 20 anos exercendo a especialidade
em Campo Grande. CRM/MS 1.983.
Dr. Alexandre Alexiades. Especialização em Medicina Nuclear pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de
Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) e Instituto do Coração (INCOR-SP). Título de Especialista
em Medicina Nuclear pelo Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR). CRM-MS 4.817.
Flávia Mota Macuco Attilio. Educadora física e Nutricionista. Pós-graduada em Nutrição Esportiva - Universidade Gama
Filho. Pós-graduada em Obesidade e Emagrecimento - Universidade Veiga de Almeida. CREF 001.194 G-MS
CRN 3ª Região 11.596.
Dra. Tatiane Savarese Attilio. Nutricionista. Especialista em Nutrição Clínica, Especialista em Obesidade e Emagrecimento,
Mestranda em Biotecnologia. CRN 3/12175.
Flávio Augusto Teixeira de Barros. Publicitário, piloto de vôo livre classe parapente nível II. ABP 01446.
em chegando o verão, um calor no coração...”, e não tem como não se animar!
Quando dezembro chega, é como se tudo fosse mais colorido, mais divertido e alegre. VE, somado à chegada do verão, temos as férias e as festas do final de ano, ou seja, é
tempo de alegria, de reencontros, de descanso, e até daquelas famosas reflexões de final de
ano: pensar no que fizemos, no que deixamos de fazer, pôr na balança e ver se o saldo foi
positivo ou não, e, em caso negativo, um ano novo se inicia, nos devolvendo esperanças e o
tempo que passou!
Mas com tantas festas e acontecimentos, são necessárias pequenas prudências simples,
mas importantes, que vão fazer toda a diferença, e garantir um final de ano tranqüilo.
O verão traz consigo o sol, e, portanto, cuidados com a pele são fundamentais para evitar
problemas como queimaduras, envelhecimento precoce e até o risco de câncer de pele (tem
gente que ainda não usa filtro, acredita?). O calor pode ainda levar à desidratação e à
insolação...
Outros cuidados se relacionam com excessos de comida e bebida, causadores de
problemas como intoxicações alimentares, acidentes automobilísticos e ainda tem o dia
seguinte, a famosa e desagradável ressaca...
Pensando em tudo isso, preparamos um super especial de verão, com dicas, lembretes e
cuidados para que tudo funcione às mil maravilhas e todos tenham o merecido descanso.
Sem esquecer que todo mês de dezembro começa com o Dia Mundial da Luta Contra a
AIDS, doença que ainda faz os pacientes sofrerem, principalmente com o preconceito que,
pasmem, ainda existe. Não acham que é mais um motivo para parar, refletir e rever concei-
tos?
E nós encerramos mais um ano, felizes por poder levar a vocês, todos os meses, um pouco
deste universo eletrizante da saúde, as descobertas, as novidades, a busca por notícias para
melhorar o nosso bem-estar, para termos sempre uma vida Total Saúde!
Lembramos ainda que em janeiro não teremos edição Total Saúde, mas na volta das
férias, em fevereiro, aguardem uma edição especial de começo de ano!
Beijos, e até o ano que vem!
O Verão vem aí!
EquipeRevista Total Saúde
dezem b r o , 2 0 0 88 | To t a lSaúde
Editorial | Ao leitor
”
1 0 | To t a lSaúde dezem b r o , 2 0 0 8
Cigarro antecipa
menopausa
O uso de estatinas, medicamentos
para o controle do colesterol, reduz
drasticamente as taxas de morte,
infarto e derrame em pacientes com
níveis saudáveis de colesterol, mas
que apresentam altos níveis de um
indicador inflamatório no sangue,
chamado de proteína C-reativa (PCR).
Avaliando quase 18 mil pacientes, o
estudo JUPITER indicou que o uso de
estatinas reduziu em 54% os ataques
cardíacos, em 48% os derrames e em
46% a necessidade de angioplastia
(cirurgia para desobstrução de
artérias) em menos de dois anos.
Houve também redução de 20% nos
riscos de morte. De acordo com
especialistas, os resultados devem
mudar consideravelmente as
diretrizes de prevenção, passando a
indicar estatinas mesmo se os níveis
de colesterol estiverem bons, para
pacientes com alta sensibilidade à
PCR.
Estudo de uma universidade
australiana sugere que um adesivo de
testosterona - hormônio sexual
masculino - pode melhorar
significativamente a vida sexual de
mulheres que já passaram pela
menopausa, aumentando sua libido.
Foram avaliadas mais de 800
mulheres na pós-menopausa, que
relatavam baixo desejo sexual e não
faziam reposição hormonal de
estrogênio. No início, apenas metade
das relações sexuais eram
classificadas como satisfatórias. E,
após 24 semanas, esta porcentagem
aumentou para 78% no grupo tratado
com o adesivo de 300 microgramas
de testosterona. Esse grupo reportou
2,1 relações sexuais satisfatórias em
quatro semanas, contra 1,2 das
mulheres tratadas com baixa dose e
0,7 daquelas que usaram adesivo sem
o hormônio. Porém, algumas mulheres
desse grupo relataram como efeito
colateral o crescimento de mais pêlos
faciais, além de ser diagnosticado
câncer de mama em quatro delas. Por
isso, mais testes de segurança são
necessários.
Como se não bastasse causar sérios
danos ao coração e ao pulmão, o
cigarro também é responsável por
outros males em mulheres do mundo
inteiro. Estudos feitos por médicos do
Instituto Balear de Infertilidade, na
Espanha, mostram que o cigarro pode
provocar aborto e antecipar, em até
quatro anos, a chegada da
menopausa. Em contrapartida, deixar
o tabaco gera efeitos imediatos em
relação à infertilidade: bastam três
meses sem fumar para as chances de
engravidar aumentarem.
| Você ?Sabia Natalia Razuk
Estatinas redu-
zem mortalidade
e risco cardiovas-
cular, diz estudo.
Adesivo com
hormônio masculi-
no pode melhorar
a libido das
mulheres
dezem b r o , 2 0 0 8
Você Sabia? |
Cientistas criam ‘células
assassinas’ para combater HIV
Cientistas do Reino Unido e dos Estados Unidos afirmam ter conseguido
criar células em laboratório capazes de neutralizar um dos mais bem
sucedidos mecanismos de defesa do vírus HIV - sua capacidade de
mutação rápida. De acordo com estudo divulgado na revista Nature
Medicine, as células do sistema imunológico podem se prender ao HIV,
causador da AIDS, mesmo depois de ele sofrer uma mutação para tentar
"despistá-las". Espera-se que o estudo possa levar a uma forma mais
eficaz de combater a infecção do vírus HIV.
A maioria dos tipos de vírus pode ser combatida pelas próprias defesas
do organismo, em parte, graças às "células-T assassinas", que aprendem
a reconhecer o intruso e a eliminá-lo. Mas o poder do HIV se deve à sua
habilidade de sofrer mutações rapidamente para fugir da detecção e da
destruição.
O projeto em andamento nas Universidades de Cardiff, no País de Gales,
e da Pensilvânia, nos Estados Unidos, em parceria com uma Companhia
de Biotecnologia sediada em Oxford, na Inglaterra, envolve a criação de
um aglomerado de células com a habilidade de reconhecer e atacar mais
destas formas que sofreram mutação. Para isso, os cientistas
"implantaram" versões extras do "receptor de células T" (parte da célula
responsável por identificar e remover células infectadas) que foram
programadas para identificar várias mutações do HIV. Mesmo que apenas
tornemos o vírus mais fraco, isso ainda será um bom resultado, porque
ele provavelmente vai se tornar um alvo mais lento e fácil de ser
alcançado. A pesquisa representa um "sistema de detecção aprimorado",
mas alerta que pode não ser uma estratégia adequada para todos os
portadores do HIV.
A profissão de Fonoaudiólogo começou a ser idealizada na década
de 1930, oriunda da preocupação da Medicina e da Educação com
a profilaxia, bem como com a correção de erros de linguagem
apresentados pelos escolares, mas a formação acadêmica em
Fonoaudiologia, no Brasil, teve início na década de 1950 com a
criação do curso de Logopedia, na cidade do Rio de Janeiro. A
profissão foi criada em 9 de Dezembro de 1981 pela Lei nº. 6965/81
e regulamentada em 31/05/82. Em Campo Grande, neste ano, o dia
9 de Dezembro foi instituído dia Municipal do Fonoaudiólogo pela
Câmara Municipal.
Ana Faride Camargo. CRFa. 0097/MS. Presidente da Associação dos Fonoaudiólogos do MS. www.afams.org.br
Dia do Fonoaudiólogo
"Eu sei que dos que eu deixei lá, três não vão sair; são casos perdidos". A constatação, baseada em quadros clínicos gravíssimos, é do médico intensivista Luiz Alberto Kanamura, que não pode deixar de admitir a realidade de pacientes da Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), mas que também não se furta da obrigação profissio-nal, a de que deve lutar até o fim pela sobrevivência dos que chegam à unidade, muitas vezes, com poucas esperanças de vida.
O fatalismo da especialidade é inevitá-vel: o médico intensivista trabalha direta-mente com pacientes gravemente doentes e que estão no limiar, entre a vida e a morte.
Seguir a carreira exige especificidades: para entrar na residência médica de terapia intensiva, com duração de dois anos, o médico deve ter feito residência médica em, pelo menos, uma das três áreas: medicina interna (clínica médica), anestesia ou cirurgia geral.
Além da exigência curricular, há que se seguir um perfil. O cirurgião-geral Luiz Alberto Kanamura, intensivista desde 1994, diz que a profissão é um exercício constante da "capacidade de se manter fechado". "Não se pode deixar envolver emocionalmente", avalia. O distanciamento afetivo é importan-te para manter o equilíbrio profissional e a racionalidade para a tomada de decisões rápidas. Além disso, segundo ele, o profis-sional deve ter conhecimento técnico geral,
Silvia Frias
O fatalismo da
especialidade é
inevitável: o médico intensivista
trabalha diretamente
com pacientes
gravemente doentes
e que estão no limiar,
entre a vida
e a morte.
1 2 | To t a lSaúde dezem b r o , 2 0 0 8
Medicina | Intensivista
Inte
To t a lSaúde | 1 3dezem b r o , 2 0 0 8
Intensivista | Medicina
atualizar-se permanentemente e ter relacio-namento com outras especialidades que interferem diretamente no tratamento do paciente da UTI, como cardiologia, infectologia e pneumologia.
Kanamura fala com conhecimento de causa. Ele faz plantão na UTI do maior hospital de Mato Grosso do Sul, a Santa Casa de Campo Grande, com 23 leitos da UTI geral e plantonistas. Cada um é responsável por até dez pacientes. O número de leitos é insuficiente para a demanda de Campo Grande e de municípios do interior, que não têm complexidade para o atendimento. Em todo o Estado, além da Capital, há UTI´s apenas em Dourados, Aquidauana e Três Lagoas.
A falta de UTI´s regionais afeta direta-mente a Santa Casa, que sofre os efeitos de um sistema de saúde deficitário: por conta da superlotação, muitas vezes não há leito suficiente, mesmo para os casos gravíssimos. "Isso é angustiante. A demanda é muito grande; já aconteceu situação em que havia fila de pedidos de internação de 15 pacientes, mas não havia vaga", lembra. Há casos em que uma pessoa, sem esperança de vida, é internada e, logo em seguida, outra chega com possibilidades de sobrevivência, mas não há vaga. "Não se pode abandonar um paciente, não se pode escolher", afirma. E ratifica: "É extremamente angustiante".
A angústia é um sentimento constante do intensivista, mas não é o único. A alegria
também se traduz nessa especialização quando se vê o resultado do trabalho: Kanamura conta que há dois meses encontrou um garoto de 12 anos que havia passado pela UTI da Santa Casa. O garoto foi atropelado e sofreu traumatismo craniano, trauma abdominal e toráxico. "Ele ficou mais de um mês internado só na UTI e, desse total, quinze dias em coma". O menino não o reconheceu, pois não se lembra até hoje do acidente e do período em que esteve internado. "A mãe dele me reconheceu e veio falar comigo; ele teve alguma seqüela, estava com dificuldade para andar, mas estava bem", lembra.
Em outros casos, o resultado do esforço foge das possibilidades médicas: um idoso de aproximadamente 70 anos, residente em Sergipe, estava em Campo Grande a passeio e foi atropelado. "Não sei exata-mente como foi o acidente, a gente não fica sabendo dos detalhes para não se envol-ver", repete Kanamura. A lógica é possível quando não se toma conhecimento do que aconteceu antes, mas, às vezes, pode ser vencida com o que se sabe depois. O médico lamenta quando se recorda do que aconteceu com o idoso: após um mês de internação na UTI, continuou o tratamento e recebeu alta. Há aproximadamente três semanas, quando embarcava de volta para a casa, teve um enfarte e morreu. "Ele estava andando, estava bem e, quando ia embarcar, morreu".
nsivistaQuem é este profissional?
Dr. Luiz Alberto Hiroki
Kanamura
Médico Intensivista e Socorrista
CRM/MS 2.097
Rua Brasil, 329 – Vila Rosa
Campo Grande/MS
(67) 3325 7706 / 3382 7678
Medicina | Paliativa
1 4 | To t a lSaúde dezem b r o , 2 0 0 8
A morte faz parte do ciclo natural da vida, são irmãs, e não opostos.
Se é assim, por que nos distanciamos cada vez mais da morte?
Lembro-me que os velórios eram feitos nas casas, na sala, com crianças presentes. Hoje existem as capelas específicas que se encarregam de fazer todo o trabalho, e afastam a presença da morte.
Acredito que a culpa seja nossa, dos médicos que elegemos, da luta contra a morte como sendo o principal objetivo da medicina, enquanto o nosso esforço deveria ser a busca da qualidade de vida de nossos pacientes. Como a morte é parte do ciclo natural da vida e a medicina é a ciência que se preocupa com a vida, somos também responsáveis pela qualidade da morte dos nossos pacientes.
Historicamente, a medicina sempre foi paliativa. A cura dos males era rara, e aliviar o sofrimento foi, por séculos, a principal função dos médicos. Tudo isso começou a mudar em 1846, com o advento da primeira anestesia e o conseqüente desenvolvimento da cirurgia. Depois, no século XX, com a descoberta de antibióti-cos e quimioterápicos, a medicina adquiriu a capacidade de curar, e a luta contra a morte, a todo custo, norteou os médicos desde então. Isso levou a uma distorção do processo de morrer, com sofrimento desnecessário ao paciente e seus familia-res.
A medicina paliativa vem, aos poucos, ressurgindo, e busca oferecer conforto e assistência aos enfermos sem possibilidade
de cura que, estranhamente, são abandona-dos pela medicina dita moderna.
Os objetivos dos cuidados paliativos são aliviar sintomas como a dor, náuseas, obstipação e tremores, além de promover apoio psicológico, espiritual e social ao ser humano que vê o fim próximo. É mais importante a pessoa doente do que a doença da pessoa.
A tristeza da vida que está acabando se contrasta com a alegria do nascimento, mas a dor de partir já é grande o suficiente, e a medicina paliativa pode amenizar outras causas de sofrimento e, assim, trazer dignidade à morte como digna foi a vida.
Medicina
paliativa
Fábio Vinícius B. Feltrim
Fábio Vinícius B. Feltrim
Graduado em Medicina pela
UFMS em 2000. Residência em
Anestesiologia pela Santa Casa
de Campo Grande. Residência
em Tratamento da Dor e Cuida-
dos Paliativos pela Faculdade
de Medicina de Botucatu,
UNESP. Título Superior em
Anestesiologia. Membro do
Serviço de Anestesiologia de
Campo Grande, SERVAN.
CRM/MS 3.953
(67) 3382 2527
Os objetivos dos
cuidados paliativos
são aliviar sinto-
mas como a dor,
náuseas, obstipação
e tremores, além de
promover apoio
psicológico, espiritual
e social ao ser hu-
mano que vê o fim
próximo. É mais im-
portante a pessoa
doente do que a
doença da pessoa.
Eu vou morrer! Você vai morrer!
Todos nós vamos morrer!
To t a lSaúde | 1 5dezem b r o , 2 0 0 8
Gastroenterologia | Medicina
As doenças inflamatórias intestinais (doença de Crohn e Retocolite) são de causa genética, nas quais as bactérias do intestino não são reconhecidas de modo adequado pelo sistema imunológico. Isto é traduzido por diarréia, sangramento, dor abdominal ou, até mesmo, intestino preso. A sintomatolo-gia, ou seja, os sintomas, estarão intimamen-te ligados ao local onde a doença se encontra.
Das manifestações não intestinais, ambas as doenças levam a dores articulares, alterações visuais, cálculos renais e manchas escuras na pele. Dentre as complicações, tanto para o Crohn quanto para retocolite, estão o câncer de intestino e a perda do fígado, o que pode ser evitado através do acompanhamento contínuo e tratamento adequado em doses certas.
O Dr. Alan Moss, instrutor da maior Universidade do mundo (Harvard - EUA), partiu de Boston rumo a Campo Grande a convite da Dra. Dídia Bismara Cury, da Clínica Scope, e esteve, no dia 6 deste mês, na Clínica onde esclareceu dúvidas a pacientes sobre essas complexas doenças e falou da importância do tratamento contínuo.
O evento contou com a presença de mais de 200 pessoas na clínica, demonstrando mais um grande sucesso. Dr. Alan Moss respondeu gentilmente às perguntas feitas por pacientes e médicos, também presentes em grande número.
Instrutor da Harvard vem a Campo Grande para falar com pacientes sobre a doença.
Dr. Alan Moss e Dra. Dídia Cury no Centro de Doenças Inflamatórias da Harvard Medical School.
Dra. Dídia Bismara Cury
Há mais de um ano,
o Dr. Alan desenvolve
estudos com a
Dra. Dídia, e participa
ativamente do trabalho da
gastroenterologista, especia-
lista nesta área, o que
contribui para que o trata-
mento oferecido a seus
pacientes seja de primeiro
mundo.
Crohn e RetocoliteDoença de
Dra. Dídia Bismara Cury
Especialista em Gastroenterolo-
gia Clínica UNIFESP - SP. Mestre
em Doenças Inflamatórias Intesti-
nais USP - SP. Doutorado em
Doenças Inflamatórias Intestinais
UNIFESP - SP. Membro Titular da
Sociedade Brasileira de Gastro -
FBG. Membro da Associação
Americana de Gastro - AGA.
Orientadora do Grupo de Intes-
tino da Escola Paulista de Medi-
cina - UNIFESP - SP. Membro-
fundador do Grupo de Doenças
Inflamatórias Intestinais - RCUI e
Doença de Crohn - GEDIIB.
Membro-fundador do Grupo de
Pacientes com Doença de Crohn
e RCUI do MS. Pesquisadora
do Grupo de Intestino da Univer-
sidade de Harvard e
UNIFESP - SP.
CRM/MS 4.628
ONDE ENCONTRAR
Rua Maracaju, 1.148
Centro - Campo Grande/MS
67 3325-6040
www.clinicascope.com.br
Alguns exames podem ser considerados invasivos pelos pacientes, mas são impres-cindíveis. Nessa categoria está o toque retal, necessário para verificar indício do câncer da próstata, doença que pode ter alcançado, pelo menos, 720 novos casos em 2008 no Mato Grosso do Sul. Nos consultórios, é cada vez mais freqüente a presença de homens com menos de 40 anos, um indício de que os conceitos estão mudando, cedendo lugar à prevenção.
O exame deve ser obrigatório a partir dos 40 anos. Antes disso, é indicado para os que apresentarem sintomas característicos ou tiverem algum histórico familiar da doença. "Hoje em dia, o homem é muito mais consciente. A geração mais nova sabe que tem que se prevenir", avalia o oncologista Eulálio Arantes Corrêa da Costa. Além do traço familiar, o homem deve ficar atento a outros sinais: desconforto ou dificuldade para urinar, redução do jato urinário ou acordar várias vezes durante a noite para urinar.
Apresentando essas características, o homem deve procurar um urologista. "É importante que o paciente se sinta à vontade, que tenha liberdade de expor os problemas sem constrangimentos", diz Eulálio Costa. Isso é necessário, pois é o urologista que irá fazer o temido e, para muitos homens, constrangedor exame: o toque retal, feito para que se possa sentir o tamanho e a consistência da próstata. Se a glândula estiver grande e endurecida, já se pode considerar um caso suspeito.
Depois do exame retal, caso haja
suspeita, o paciente será submetido ao ultrassom transretal e, se for indicada biópsia, à dosagem do antígeno prostático específico (PSA). O tratamento será decidido de acordo com o estadiamento clínico, ou seja, a extensão do tumor. Em regra geral, se o câncer estiver na fase inicial, o procedimento mais indicado é a cirurgia denominada prostatectomia radical, devendo o paciente ser orientado sobre possíveis complicações, tais como impotência sexual ou incontinência urinária. Este procedimento é feito pelo urologista.
Ainda conforme avaliação médica, outros procedimentos podem ser adotados: hormonioterapia, radioterapia, ou ainda numa fase avançada a quimioterapia, em que o tratamento é feito com acompanhamento do oncologista. Neste tratamento também há a possibilidade de complicações, como redução da libido, impotência sexual ou incontinência. Eulálio Costa explica que essas conseqüências são as mais temidas, muito mais do que a perda da fertilidade. "No caso das mulheres, é justamente ao contrá-rio", diz.
Para os idosos, a doença é menos agressiva e o impacto na vida é de menor potencial. Muitos convivem com o câncer, pois descobrem a doença depois dos 65 anos. Quanto mais jovem for o homem, mais agressivos podem ser os efeitos. Por isso a necessidade da prevenção e qualidade de vida. Eulálio Costa explica que ter hábitos saudáveis – alimentação correta, atividades físicas, evitar cigarros e bebidas – pode prevenir 60% dos tipos de câncer.
Prevenção e consciência contra o
Silvia Frias
"Hoje em dia, o
homem é muito
mais consciente. A geração mais
nova sabe que tem
que se prevenir",
avalia o oncologista
Eulálio Arantes
Corrêa.
câncer de próstataHomens abandonam o temor pelo exame retal em nome de uma vida saudável.
ONDE ENCONTRAR
Rua Rio Grande do Sul, 1.421
Jardim dos Estados
Campo Grande/MS
(67) 3026 8182
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Dr. Eulálio Costa
Cancerologista. CRM/MS 2.495
ABC da Saúde | Próstata
1 8 | To t a lSaúde dezem b r o , 2 0 0 8
Descobrir uma doença na fase inicial faz toda a diferença para um tratamento eficaz e com grandes chances de cura. O check-up é um dos trunfos utilizados pelos médicos para mapear esses riscos, cada vez mais presentes em conseqüência dos hábitos nada saudáveis da população. Antes, a bateria de exames era recomendada para pessoas acima de 50 anos; hoje, por conta do sedentarismo, do estresse, da alimentação calórica, do fumo e da bebida, é cada vez mais comum a preocupa-ção com doenças, principalmente coronaria-nas, entre os mais jovens.
A cardiologista Sandra Helena Gonsalves de Andrade enfatiza que o check-up é recomendável para homens a partir dos 40 anos e mulheres a partir dos 45, e obrigatório para pessoas com mais de 50 anos. Independentemente da faixa etária, os médicos estão atentos para outras situações. Sandra de Andrade se recorda de um paciente com 140 quilos, sedentário e com altas taxas de glicose e de colesterol. Idade? 27 anos. "Hoje selecionamos as pessoas que perten-cem a um grupo de risco. Não há como levar em conta somente a faixa etária", pondera.
A conscientização, segundo a cardiolo-gista, é maior entre os jovens na faixa dos 25 a 30 anos, os que freqüentam academia, e aqueles que têm histórico de doença cardiológica na família. A preocupação só aparece de forma massiva quando há um caso de repercussão, como a morte do humorista Bussunda, ou de jogadores de futebol que tiveram morte fulminante em pleno campo. "Quando há casos assim, a procura é muito grande, mas depois volta ao normal".
O check-up é constituído por exames clínico geral e complementar (colesterol, hemograma completo, dosagem de glicemia, proteína C reativa, além de avaliar as funções tiroidiana, hepática e renal). No caso de avaliação cardiológica, ainda há um teste de esforço em que o condicionamento físico é testado por, pelo menos, vinte minutos de corrida de esteira.
Com todas as informações sobre os hábitos do paciente e o quadro clínico, o médico terá condições de recomendar um tratamento adequado ou somente mudanças de hábitos. "Não adianta só fazer os exames e não mudar nada na vida; é preciso conhecer os riscos e mudar o que está errado", enfatiza Sandra de Andrade.
A cardiologista alerta para os casos de doenças do coração, que aumentaram entre as mulheres. "A mulher assumiu funções que eram só do homem, mas não abandona-ram o que já faziam; aí soma o estresse do trabalho, em casa e ainda os hábitos ruins", explica, citando o fumo, a bebida e o sedentarismo.
Para os que querem mudar alguns hábitos, a cardiologista recomenda uma atividade aeróbica, pelo menos quatro vezes por semana, durante trinta minutos. A mais indicada é a caminhada, que pode ser feita pelos sedentários que não querem atividade física de grande impacto. Procure um lugar com área verde e longe da poluição. Outra dica são os exercícios dentro d'água, que diminuem o atrito e traumas nas articula-ções. Além disso, sempre, a prevenção: se uma doença é descoberta no estágio inicial, muito maiores são as chances de cura.
Previna-se!
Silvia Frias
O check-up é constituí-
do por exames clínico-
gerais e complementar (colesterol, hemograma
completo, dosagem de glice-
mia, proteína C reativa, além
de avaliar as funções tiroidia-
na, hepática e renal).
Seu coração agradece.
Dra. Sandra Helena Gonsalves
de Andrade
Cardiologista. CRM/MS 1.784
ONDE ENCONTRAR
Rua Marechal Rondon, 1.703
Campo Grande/MS
(67) 3323 9000 / 3323 9150
www.clinicacampogrande.com.br
Medicina | Check-Up
2 2 | To t a lSaúde dezem b r o , 2 0 0 8
To t a l Saúde | 2 3dezem b r o , 2 0 0 8
DTM | Odontologia
Apesar de se falar muito sobre ATM, existem pessoas que não sabem exatamente o que é. No meu consultório, é comum pacientes chegarem dizendo: Dra., eu tenho ATM. Na realidade, eles querem dizer DTM, pois ATM (Articulação Temporomandibu-lar) todos temos, porém, DTM (Disfunção Temporomandibular) é a doença, ou Desordem Temporomandibular.
Às vezes, essas dores acabam se confun-dindo, pois são na mesma região das dores de cabeça tipo: tensional, crônica diária, enxaqueca, entre outras, e nada impede que o paciente tenha uma Disfunção Temporoman-dibular junto a alguma dessas outras dores. O paciente com Disfunção Temporomandibu-lar Articular sente bastante dor e muda seu comportamento como, por exemplo, passar a comer, de um lado só, coisas mais macias; muda o lado de dormir, o jeito de falar, e isto causa alterações musculares que tencionam outros músculos da cabeça, pois os músculos estão todos interligados, e este quadro
Eu tenho ATM.Mas, será que tenho DTM?
Dra. Aparecida Rosângela Sona Fernandes
Dra. Aparecida Rosângela
Sona FernandesCirurgiã-dentista. Especialista
em Disfunção Temporomandibu-
lar, Dor Oro-facial e Prótese.
CRO/MS 845
Av. Fernando C. da Costa, 910
Sala 14 A
Campo Grande/MS
(67) 3382 2854
Se o seu resul-
tado foi positivo,
não se preocupe! Existe tratamento.
Procure um Cirurgião
Dentista Especialista
em Disfunção Tem-
poromandibular e
Dor Orofacial e,
assim, resolva o seu
problema. Boa sorte
e, se precisar, conte
conosco!
dificulta o diagnóstico.Os sintomas da Disfunção Temporoman-
dibular são dor de cabeça (uni ou bilateral), dor na face (uni ou bilateral), pescoço (uni ou bilateral), dor no ouvido ou sensação de ouvido entupido, zumbido, estalos, dificul-dade de abrir e/ou fechar a boca, etc.
Segue um teste para você saber se sofre de Disfunção Temporomandibular. Com três respostas positivas, você tem DTM, e precisa procurar tratamento. Porém, se só a primeira for positiva, o seu problema é inicial, tem que cuidar para não piorar. Agora, com todas as respostas negativas, você está livre de uma dor de cabeça grande.
A DTM pode ser muscular, articular,
ou as duas.
FAÇA O TESTE!
Muscular
Articular
Causada, normalmente, por hábitos
parafuncionais, como ranger de dentes
(bruxismo), apertar os dentes, roer unha,
mascar muito, etc. É caracterizada por dores
na face, cabeça, pescoço, uni ou bilateral. Já ouviu ou sentiu estalos na região à
frente do ouvido? Mesmo que isto já tenha
acontecido e agora não ocorre mais?
Já teve dificuldade de abrir e/ou fechar a
boca alguma vez, mesmo que seja por
acidente? Ex.: batida de carro ou batida
de bola na face?
Teve perda de dentes?
Sente que seus dentes não encaixam
direito quando fecha a boca?
Acorda com dor de cabeça e na região
da face lateral constantemente ou
sempre que passa nervoso?
Tem dor no ouvido que não tem diagnós-
tico no Otorrinolaringologista?
Sensação de ouvido entupido, ou que
tem água dentro?
Tem zumbido no ouvido ou barulho de
água escorrendo?
Causada por hábitos parafuncionais como
apertamento excessivo, ranger de dentes
crônico, alterações na mordida, perda de
dentes, acidentes com batida na face ou lesão
de chicote, ou até uma bolada no rosto.
Normalmente, quando temos a Disfunção
Temporomandibular, temos, junto, a
Disfunção Muscular, pois cria-se um desequi-
líbrio.
Labirintite verdadeira, em meus 27 anos de profissão, vi apenas 2 casos.
Agora, labirintopatias ou labirintoses, os distúrbios de labirinto, com crises de vertigem (tontura rotatória), com náuseas e até vômitos, freqüentemente acompanhadas de acúfenos (tinitus, zumbidos – como são chamados os barulhos nos ouvidos) e, eventualmente, de hipoacusia (diminuição da audição), são parte do dia-a-dia dos profissionais da minha especialidade, a Otorrinolaringologia.
Certas doenças (entre as quais posso citar a sinusite, as alergias, a febre reumática - também conhecida como reumatismo no sangue - e a famigerada labirintite), freqüen-temente são atribuídas a um indivíduo sem qualquer exame, sem confirmação, sem um diagnóstico; são verdadeiros estigmas que o paciente (assim tachado) carrega por anos a fio, por vezes, durante uma vida inteira.
Labirintite, a verdadeira, embora rara, existe, e é uma inflamação por infecção viral ou bacteriana do labirinto (orelha interna), com tontura, é verdade, mas também com surdez importante ou mesmo total, com seqüelas graves e permanentes para o paciente...
Chamar de labirintite a qualquer tontura, sem fazer o diagnóstico correto, medicando
o paciente (às vezes, para toda a vida!) com drogas que não são inócuas (têm efeitos colaterais e podem, a longo prazo, provocar Parkinson, por exemplo), na melhor das hipóteses, é uma maldade!
As tonturas são sintomas diversos (existem muitos tipos de tonturas) de inúmeras situações patológicas.
O equilíbrio fisiológico é feito pelo sistema nervoso central - SNC - (cérebro) com base em um tripé de informações obtidas por três órgãos: os olhos (com a visão), que informam ao cérebro sobre o ambiente - assim você sabe o que tem à sua volta, como é o chão onde você está pisando, quais obstáculos encontram-se no seu caminho, etc. - o cerebelo (com a propriocep-ção), que informa sobre as posições do corpo - você não precisa olhar para o seu cotovelo para saber que o braço está dobrado, ou para as suas pernas para saber se estão abertas ou cruzadas; sensores nas articulações mandam, continuamente, estas informações para o cérebro; - e, finalmente, o labirinto, que informa o SNC sobre a posição em que a cabeça se encontra e sobre os movimentos que ela realiza.
Sendo dois os labirintos (um em cada orelha), se um enviar uma informação diferente ou desencontrada do outro, o
LabirintiteVocê acha que tem?Alegre-se! Muito provavelmente, você não tem!
Pedro Paulo B. Sampaio Rocha
Chamar de labi-
rintite a qualquer
tontura, sem
fazer o diag-
nóstico correto, medicando o pa-
ciente (às vezes, pa-
ra toda a vida!),
com drogas que
não são inócuas
(têm efeitos colate-
rais e podem, a lon-
go prazo, provocar
Parkinson, por
exemplo), na melhor
das hipóteses,
é uma maldade!
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Medicina | Labirintite
To t a lSaúde | 2 5dezem b r o , 2 0 0 8
Labirintite | Medicina
cérebro entende que a cabeça está girando; daí a vertigem - tontura rotatória.
Como o labirinto é a orelha interna, distúrbios da parte posterior - dos canais semicirculares ou labirinto propriamente dito -, em geral, vêm acompanhados por alterações também da parte anterior - da cóclea -, daí os sintomas auditivos (zumbidos e disacusias).
O diagnóstico de distúrbios do labirinto se faz basicamente com uma boa anamnese e alguns exames; uma avaliação auditiva (lembre-se: o labirinto é a orelha interna) e um teste otoneurológico com provas calóricas e vectoeletronistagmografia, exame de nome bonito que avalia diretamen-te os labirintos, comparando as respostas de cada um em relação ao outro e em relação a um padrão. Sem isto, qualquer diagnóstico é um "chute"!
Feito o diagnóstico, dependendo das condições do paciente, pode-se optar por um tratamento clínico medicamentoso - com sedativos labirínticos - ou pela "reabilitação ou reeducação labiríntica" - terapia prescrita pelo médico e orientada por um fonoaudiólo-go que apresenta ao paciente exercícios que "ensinam" o cérebro a interpretar um labirinto alterado.
Estes tratamentos não "consertam" o
labirinto, mas sedam e diminuem sua função (os sedativos labirínticos) ou ensinam o cérebro a tolerar suas alterações – mas, de uma maneira ou de outra, melhoram, atenuam, ou até eliminam os sintomas e devolvem ao paciente condição e qualidade de vida.
A tontura é, às vezes, pior que a dor - sabe isto quem já a experimentou - mas, além de tão desagradável sintoma, ainda carregar um estigma, é o fim!
Dr. Pedro Paulo B.
Sampaio Rocha
Médico formado pela Faculdade
de Medicina da USP, com resi-
dência em Otorrinolaringologia
pelo Hospital das Clínicas da
FMUSP e título de Especialista
pela ABORL-CCF - Associação
Brasileira de Otorrinolaringologia
e Cirurgia Cérvico Facial, há 20
anos exercendo a especialidade
em Campo Grande.
CRM/MS 1.983
Rua Goiás, 771
(esquina com a Piratininga)
(67) 3327 3030 / 8406 9314
Labirintite,
a verdadeira,
embora rara,
existe, e é uma
inflamação por
infecção viral
ou bacteriana
do labirinto
(orelha interna).
A proximidade das festividades de Natal é sempre um momento para que todos reflitam sobre seu trabalho e, dentro de uma instituição que presta atendimento na área da saúde e que busca garantir serviços eficientes e de qualidade, esta preocupação se revigora a cada instante com o objetivo de oferecer conforto e segurança aos pacientes.
A informação fornecida pela interpreta-ção da Cintilografia é uma das “pedras do mosaico” de dados clínicos e laboratoriais que conduzem ao diagnóstico de diversas doenças dentro de cada especialidade médica. “As informações funcionais e metabólicas proporcionadas pela Medicina Nuclear contribuem no raciocínio e planejamento clínico em diferentes situa-ções, particularmente nas quais os métodos de imagem estruturais (Raio-X, tomografia, ultrassonografia e ressonância magnética) não detectam alterações ou mostram achados pouco específicos.
A Medicina Nuclear descreve a biodistri-buição corpórea dos radiofármacos adminis-trados ao paciente, seguindo o curso semelhante ao de moléculas naturais que compõem nossos órgãos e sistemas, podendo ser captados, produzidos ou secretados pelo órgão-alvo na sua fisiologia normal ou mesmo alterada.
Dentro da área da Cardiologia, a Sonimed Nuclear acumula mais de uma década de experiência clínica e científica, proporcionando um importante impacto na conduta frente ao paciente potencialmente ou sabidamente portador de doença arterial coronariana. Nossas ferramentas de investigação cardiológica se destacam pela alta sensibilidade e precisão nos três principais cenários clínicos: no diagnóstico da doença coronariana, no acompanhamento de pacientes revascularizados através da angioplastia ou pontes de safena e na prevenção do Infarto Agudo do Miocárdio. Assim, o estudo tomográfico da perfusão miocárdica com Gated Spect é considerado, mundialmente, o método de escolha para os pacientes coronariopatas, permitindo uma avaliação não só anatômica, mas principal-mente o estado funcional das artérias coronárias e do músculo cardíaco.
Na Oncologia, o desenvolvimento tecnológico de novos radiofármacos proporcionou ao método um diagnóstico cada vez mais precoce do câncer, orientando os médicos para a melhor conduta terapêuti-ca a ser adotada, garantindo uma melhor qualidade de vida aos seus pacientes. As principais indicações clínicas incluem a detecção, estadiamento, acompanhamento
MedicinaDr. Alexandre Alexiades
2 6 | To t a lSaúde dezem b r o , 2 0 0 8
Medicina | Nuclear (Cintilografia)
“Através dos
valores de ética,
humanismo
e responsabi-
lidade social, a Sonimed Nuclear
é hoje um centro
de excelência em
diagnóstico por
imagem funcional
e tratamento
oncológico”
To t a lSaúde | 2 7dezem b r o , 2 0 0 8
Nuclear (Cintilografia) | Medicina
evolutivo e tratamento de diversos tipos de tumor, dentre eles o câncer de mama, próstata, pulmão, tireóide, neoplasias ósseas e cerebrais, tumoração de linhagem neuroendócrina, linfoma, melanoma, tumores do trato gastrointestinal e lesões hepáticas focais.
No tratamento oncológico, a Sonimed Nuclear é, atualmente, o alvo do esforço de endocrinologistas, oncologistas e cirurgiões de cabeça e pescoço para que possamos implantar, em 2009, o primeiro centro de Radioiodoterapia do Estado, com foco primordial na necessidade dos pacientes com câncer de tireóide, contando com muitos serviços de apoio na capital.
Para a população idosa oferecemos um mapeamento vascular cerebral primordial e único no diagnóstico da doença de Alzheimer, que é uma das principais causas de esquecimento nesta faixa etária.
É importante salientar a grandeza do trabalho desenvolvido pela equipe de enfermagem no atendimento às crianças com patologias renais, ósseas e, em especial, àquelas com câncer, marcado por um
atendimento humanizado, eficiente e de muita responsabilidade.
“Através dos valores de ética, humanis-mo e responsabilidade social, a Sonimed Nuclear é hoje um centro de excelência em diagnóstico por imagem funcional e tratamento oncológico”, buscando sempre aliar o pioneirismo tecnológico à equipe médica permanentemente qualificada, elementos primordiais em qualquer instituição de referência nacional.
O que se espera nesta época do ano é que o momento sirva para uma grande reflexão, para que os caminhos sejam reavaliados e que essa linha de conduta se mantenha firme e direcionada, não só na Sonimed Nuclear, mas na rotina de cada um, buscando o crescimento pessoal e profissional de todos.
Nuclear
Dr. Alexandre Alexiades
Especialização em Medicina
Nuclear pelo Hospital das
Clínicas da Faculdade de
Medicina da Universidade de
São Paulo (HCFMUSP) e Institu-
to do Coração (INCOR-SP).
Título de Especialista em Medi-
cina Nuclear pelo Colégio
Brasileiro de Radiologia (CBR).
CRM-MS 4.817
R. Dr. Arthur Jorge, 1.172 - Centro
(67) 3041 7000
Nossos votos de Feliz Natal e
um ano de 2009 de muita saúde,
alegria e esperança!
Líder em diagnósticos por imagem.
ONDE ENCONTRAR
O verão começa, oficialmente, no dia 21 de dezembro. Esta é a época mais quente do ano, a mais alegre, a estação das festas e das férias! Mas cuidado! É também a que exige maiores cuidados com a saúde, pois o calor proporciona condições ideais para a ocorrência de algumas doenças. Nesta estação, nosso hemisfério encontra-se mais próximo ao sol, e os dias são mais longos, enquanto as noites são mais curtas. As temperaturas se elevam e várias mudanças ocorrem no meio ambiente ao nosso redor. Não é de se espantar que nós também passemos por mudanças que nos permitem uma adaptação a esta nova situação. Neste período há um aumento da transpiração, com o objetivo de manter a temperatura corporal, levando à perda de água e sais minerais que, se não repostos adequadamente com a
alimentação e hidratação, pode levar à desidratação. A exposição ao sol, nas praias e clubes, intensifica essas mudanças fisiológi-cas e pode agravar a perda de água e líquidos, que, associada à alimentação inadequada, pode desencadear quadros dramáticos. Deve-se ter cuidado redobrado com as crianças, pois elas são mais sensíveis à perda de líquidos e sais minerais, bem como aos efeitos do consumo de alimentos não indicados, podendo ser vítimas mais fáceis de desidratação, intoxicação alimentar, diarréia e outros problemas. É também período de férias escolares e viagens com a criançada, e para o passeio não virar uma chateação, alguns cuidados simples, mas importantes, devem ser tomados. No mais, é curtir o sol, a família, as férias, enfim, a alegria que é o verão brasileiro!
Vem chegando o
verão...Natalia Razuk
Deve-se ter cuidado redobrado com as crianças, pois
elas são mais sensíveis à perda de líquidos e sais minerais, bem
como aos efeitos do consumo de alimentos não indicados,
podendo ser vítimas mais fáceis de desidratação, intoxicação
alimentar, diarréia e outros problemas.
Especial Verão | Verão Chegando
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To t a lSaúde | 2 9dezem b r o , 2 0 0 8
Os perigos do verão | Especial Verão
A desidratação é a perda de líquidos e sais minerais do corpo. Normalmente perdemos, em média, 2,5 litros de água por dia, seja pela urina, fezes, suor ou até mesmo pela respiração. Essa perda pode ser aumentada por vários fatores no verão. O aumento da transpiração, ou ainda alterações - provoca-das pela ingestão de alimentos contaminados ou mal conservados - como vômitos e diarréias são mais freqüentes neste período.
A desidratação pode ser grave, e por isso deve ser evitada. Algumas dicas importantes para prevenir a desidratação são: prefira local arejado e com sombra, use roupas leves e ingira, constantemente, líquidos. Deve-se estar atento também aos alimentos consumi-dos.
O soro caseiro pode ser utilizado sempre que se suspeitar de uma desidratação. Ele deve ser feito misturando uma colher de chá de açúcar e uma colher de café de sal em um litro de água. Deve-se oferecer à pessoa desidratada à vontade a cada 20 minutos, e após cada evacuação, no caso de diarréia. Há casos em que a desidratação se torna mais grave, sendo necessário o atendimento hospitalar.
Já a insolação é provocada pela exposi-ção excessiva ao sol. Ela pode provocar intensa falta de ar, dor de cabeça, náuseas e tontura, temperatura do corpo elevada, pele quente, avermelhada e seca, extremidades
arroxeadas e até mesmo a inconsciência. Mesmo sem estar diretamente exposto ao sol, é possível ter insolação. A areia reflete o sol e, desse jeito, aumenta a temperatura do corpo da pessoa pelo calor, não pela exposição direta ao sol. Nesse caso a pessoa não queima, mas assa. Os sintomas são idênticos aos da insolação. Na insolação ocorre também a desidratação, e o indivíduo apresenta queimaduras que, no início, se manifestam por pele vermelha e ardida e, quando em estágios mais avançados e graves, leva à formação de bolhas na pele.Ao primeiro sinal de insolação, é aconselha-do que a pessoa procure uma sombra, além de se hidratar de forma adequada. Em casos graves de queimadura e de aumento da temperatura corporal, é necessário procurar o atendimento médico.
Desidratação e
Insolação
Natalia Razuk
A desidratação
pode ser grave,
e por isso deve
ser evitada. Algumas dicas
importantes para
prevenir a
desidratação são:
Prefira local arejado
e com sombra, use
roupas leves
e ingira, constante-
mente, líquidos.
ATENÇÃO AO HORÁRIO!
As pessoas devem evitar tomar sol entre
10 e 16h (11 e 17h, no horário de verão), e
não devem fazer exercícios físicos sob o
sol nesse horário. É aconselhado,
também, tomar de dois a três litros de
água por dia, e aplicar protetor solar pelo
menos 15 minutos antes da exposição ao
sol, repetindo a aplicação a cada duas
horas.
O primeiro cuidado a ser tomado é o de se alimentar em pequenas quantidades, várias vezes ao dia. O café da manhã é uma das principais refeições, e não deve ser negligen-ciado. O almoço e o jantar devem constar de refeições leves, que são de digestão mais fácil e garantem uma maior disposição, evitando o consumo de alimentos gordurosos e massas com molhos pesados. Durante a manhã, e também durante a tarde, recomen-da-se a ingestão de frutas e sucos naturais, mantendo assim um aporte mais ou menos contínuo de nutrientes ao nosso organismo, ao invés de poucas refeições em grande quantidade que fornecem picos momentâne-os de energia. Uma outra questão fundamen-tal é o cuidado com o preparo e a conservação dos alimentos, principalmente os vegetais, carnes e peixes. Quanto à conservação, é importante que sejam mantidos refrigerados e bem acondicionados em recipientes próprios, já que as altas temperaturas podem acelerar sua degradação, além de favorecer a
proliferação de bactérias e fungos. No preparo, devemos estar atentos à lavagem adequada de frutas, legumes e verduras, que deve ser feita de maneira rigorosa e com água tratada ou fervida. Tudo isso adquire importância ainda maior ao consumirmos alimentos em bares e quiosques à beira da praia, locais onde, muitas vezes, tais cuidados são deixados de lado, seja por descuido ou por pressa em atender aos clientes. Como já comentamos, a ingestão de líquidos é de extrema importância para evitarmos a desidratação. Recomendamos que seja feita na forma de água e sucos naturais, que são agradáveis, leves e não dão aquela sensação de "barriga pesada", como acontece com refrigerantes e outras bebidas gaseificadas. Além disso, sucos naturais garantem um aporte adequado de vitaminas e sais minerais, o que não é garantido com o consumo de refrigerantes e bebidas alcoóli-cas, que favorecem a desidratação e a eliminação de sais minerais pela urina.
Alimentaçãono verão
Natalia Razuk
Uma outra
questão
fundamental é
o cuidado com
o preparo e a
conservação
dos alimentos, principalmente os
vegetais, carnes
e peixes.
Especial Verão | Alimentação
3 0 | To t a lSaúde dezem b r o , 2 0 0 8
To t a lSaúde | 3 1dezem b r o , 2 0 0 8
Pele | Especial Verão
O verão está chegando, e o que muitas mulheres querem é ficar com uma cor linda, mas vale lembrar que somente peles saudáveis são capazes de adquirir um belo bronzeado.
Uma alimentação rica em beta caroteno ou pró-vitamina A, como também é conheci-do, pode ajudar na hora do bronzeamento, uma vez que a substância favorece a pigmentação da pele e reduz a hiper-sensibilidade ao sol. Ele pode ser encontrado em alimentos como a salsa, espinafre, cenoura, abóbora, manga, mamão, couve, brócolis e açafrão. As frutas, folhas verdes escuras como a rúcula, couve e espinafre, também são ricos em vitamina A e carotenói-des. Duas porções por dia são o suficiente; as folhas verdes escuras podem ser inclusas nas refeições na forma de salada ou em sucos feitos com as frutas citadas.
Um mês antes de se aventurar na piscina ou na praia, tome, diariamente, suco de laranja com cenoura. A medida pode ser duas laranjas para uma cenoura. A combina-ção é perfeita!
Outros alimentos que também favorecem o bronzeado são: óleo de fígado de peixe, fígado, rim, ovo, leite, óleo de dendê e manteiga, porque contêm vitamina A. Já o gérmen de trigo, óleos vegetais, vegetais de folhas verdes, gordura do leite,gema de ovo e nozes são ricos em vitamina E. Além de ficar com uma cor linda, a alimenta-ção super saudável, ainda vai colaborar para um corpo daqueles!
bronzeado
Alimentos que favorecem
o
Natalia Razuk
Uma alimentação
rica em beta caro-
teno ou pró-vita-
mina A, como tam-
bém é conhecido,
pode ajudar na hora
do bronzeamento,
uma vez que a subs-
tância favorece a
pigmentação da
pele e reduz a hiper-
sensibilidade ao sol.
Para ativar o bronzeado no
verão, os dermatologistas dão
uma receita bem simples:
Uma das maneiras mais agradáveis de fugir do calor é mergulhar em uma piscina. No entanto, a diversão pode ser a causa de alguns inimigos da sua pele. É preciso ficar atento para não contrair doenças enquanto você se refresca. De acordo com os dermato-logistas, os principais problemas de pele que podem ser adquiridos nas piscinas são as micoses e o impetigo - infecção provocada por bactérias - que é transmitida por meio do contato físico. As micoses mais comuns surgem na região da virilha (principalmente em homens), entre os dedos, ou ainda como manchas brancas na região do tronco. E o perigo não se restringe à piscina. O lugar onde as pessoas lavam os pés, duchas e os sanitários apresentam maior risco. Para diminuir o contágio, segundo os dermatolo-gistas, essas áreas devem ser limpas freqüentemente com água sanitária.
Deve-se evitar o contato da pele direto com superfícies úmidas, nas quais outras pessoas também estiveram em contato, como os pisos ao redor das piscinas, bancadas de
saunas, etc. Outro item essencial para sua proteção é o chinelo. Pés calçados quando for tomar banho nos vestiários sempre. A forma mais eficaz de evitar complicações com a pele é a conscientização da população. Se uma pessoa possui micoses, ela não deve ir à piscina e precisa procurar ajuda médica, evitando, assim, o contágio.
Se você estiver com alguma doença de pele, não se desespere. Isso não é motivo para que você perca os prazeres da piscina durante todo o verão. Sua saúde pode voltar ao normal num prazo de duas a três semanas. O tratamento das micoses é feito por meio de antifúngicos tópicos (pomadas) ou via oral, sempre sob orientação e acompanhamento dermatológico. As regiões afetadas da pele devem ser mantidas limpas e secas, pois os fungos se proliferam em ambientes quentes e úmidos. E para manter as regiões de dobras bem secas, os dermatologistas dão uma dica prática: Use o secador de cabelo para tirar a umidade entre os dedos dos pés. Simples, não?
Piscinaspodem ser um risco para a
Natalia Razuk
Se uma pessoa
possui micoses, ela não deve ir à
piscina e precisa
procurar ajuda
médica, evitando,
assim, o contágio.
saúde da pele
Especial Verão | Pele
3 2 | To t a lSaúde dezem b r o , 2 0 0 8
O lugar onde as
pessoas lavam os pés,
duchas e os sanitários apresentam maior risco.
Para diminuir o contágio,
segundo os dermatologistas,
essas áreas devem ser limpas
freqüentemente com água
sanitária.
To t a lSaúde | 3 3dezem b r o , 2 0 0 8
T | anorexia Especial de Verão
A expressão tanorexia vem do verbo em inglês “to tan”, ou seja, bronzear-se, mas os tanoréxicos são tão obcecados em manter o corpo bronzeado que, para atingir esse objetivo, vale tudo: bronzear-se nas piores horas sem usar proteção, apelar para as máquinas de bronzeamento artificial, tudo isso, claro, excessivamente e desobedecendo às regras da saúde. Este transtorno cuja existência não é 100% aceita pela comunida-de médica costuma atingir homens e mulheres entre 25 e 35 anos, mas já existem muitos casos entre adolescentes de 16 a 18 anos.
Segundo um estudo elaborado pelo Centro Fox Chase sobre Câncer com 400 estudantes da Universidade da Virgínia (Estados Unidos) e publicado no "American Journal of Health Behaviour", 40% declara-ram ter começado a fazer bronzeamento artificial com apenas 17 anos. Os tanoréxicos ignoram as estações do ano e não se impor-tam com o método utilizado para conseguir o objetivo. Além do envelhecimento precoce da pele, sofrem, inúmeras vezes, queimadu-ras solares e câncer de pele, doença que mata 50 mil pessoas por ano em todo o mundo, além de terem crises depressivas quando acham que estão ficando “desbotados”. Vale a dica de sempre: nada em excesso, ignoran-do os riscos à saúde, correndo risco de vida, vale a pena. E se você observar esse compor-tamento em alguém próximo, não hesite em indicar um médico ou terapia, afinal, até o sol pode matar!
Tanore
xia
A obsessão por estar bronzeado
Natalia Razuk
Os tanoréxicos
ignoram as
estações do ano
e não se importam
com o método
utilizado para
conseguir o objetivo.
Dependendo do roteiro, período do ano e condições de hospedagem, prevenir doenças típicas de determinadas regiões é necessário para que se evite chateações quando tudo o que se quer é curtir as férias. Os médicos indicam verificar as vacinas necessárias para garantir a tranqüilidade das viagens, o que deve ser pensado com até um mês de antecedência. Alguns países da África, da Ásia e também da América do Sul exigem a apresentação do Certificado Internacional de Vacinação contra a Febre Amarela, ao se chegar ao País. Isso inclui o Brasil.
Mas, nem só de vacina vive a prevenção. Uma série de medidas pode evitar situações desagradáveis para viajantes e turistas desavisados, abaixo algumas dicas para uma viagem tranqüila.
Tudo em ordem? É hora de aproveitar as festas, o sol, os amigos, os parentes...
Vacinas e
ViagensNatalia Razuk
É tempo de ser
feliz! Menos
roupas, mais
risadas,
descanso, tempo
para relaxar. Divirta-se, pois afinal,
você só pode
aproveitar o verão
uma vez por ano! E
vamos
além, não deixe que o
espírito de final de
ano acabe, faça um
acordo com você
mesmo de, em 2009,
manter a energia e o
calor desta estação
preciosa. Bom verão,
e um final de ano
especial!
DICAS E CUIDADOS PARA UMA VIAGEM TRANQÜILA E SEGURA NAS FÉRIAS
De carro - Faça um check-up e verifique as palhetas do pára-brisa, o nível de óleo do motor e
da água do radiador, e uma rápida revisão nas lâmpadas. Verifique o marcador de gasolina,
a pressão dos pneus (inclusive o estepe) e não esqueça os documentos do carro e a sua
habilitação.
De avião - Chegue sempre ao aeroporto duas horas antes do vôo para viagens nacionais, e
três horas para as internacionais. Os aeroportos ficam mais cheios em épocas de férias e
feriados. Confira a validade do passaporte e do visto, vacinação, peso máximo das
bagagens por passageiro; declare câmera fotográfica e notebook no aeroporto - para
viagens ao exterior .
Casa vazia - Não deixe luzes da residência acesas para fingir que há gente. A melhor opção
é ligar o alarme, apagar todas as luzes para não desperdiçar energia à toa – nem chamar a
atenção durante o dia com luzes ligadas – e trancar tudo. Se os vizinhos não vão viajar e são
amigos, peça a eles que peguem a correspondência, reguem as plantas e que apareçam de
vez em quando para gerar movimento na casa.
Bichos de estimação - Nem todo hotel aceita um hóspede de quatro patas. Uma opção é
enviá-lo para um hotel de gatos e cachorros. Lá, ele será bem tratado, passeará e será
alimentado adequadamente.
Especial Verão | Vacinas e Viagens
3 4 | To t a lSaúde dezem b r o , 2 0 0 8
Bem-Estar | Bebês
3 6 | To t a lSaúde dezem b r o , 2 0 0 8
Acostumadas ao meio líquido desde a fase intra-uterina, as crianças exibem uma performance que encanta e surpreende a quem assiste uma aula de natação para bebês. Essas atividades são indicadas para bebês desde o seu nascimento, sendo que antiga-mente eram indicadas a partir do sexto mês de vida. Durante o “Primeiro Congresso Brasileiro de Natação Infantil”, realizado na cidade de São Paulo em novembro de 2008, foi possível perceber que essa prática está sendo aconselhada nos primeiros dias de vida.
Estudos mostram que o contato com a água estimula o desenvolvimento dos sentidos e da memória, além de fortalecer a autoconfiança e aprimorar o equilíbrio. Os exercícios bem realizados podem fortalecer o vínculo mãe-bebê, através dessa atividade lúdica que ajuda no desenvolvimento psico-social e neuromotor da criança.
É interessante que o início da prática seja uma decisão de consenso entre pais e pediatra, e que ela deva ter duração de 30 a 40 minutos e ser realizada com a presença dos pais ou responsáveis, o que fortalece o elo afetivo entre eles.
Mas não pense que seu bebê vai virar um “às” da natação logo de início, pois nesse período ele não tem coordenação motora suficiente para realizar “braçadas e perna-das” dos estilos da natação, lembre-se que tudo ainda é muito rudimentar. Portanto, não se frustre se o seu bebê não for um mergulha-dor, há muitas coisas mais importantes na natação para bebês do que simplesmente mergulhar, esse é apenas um momento bonito para mostrar aos familiares e amigos.
Durante as aulas são realizados exercíci-os de auto-salvamento, equilíbrio, coordena-
ção motora, o desenvolvimento social da criança e dos pais, aprimoramento da afetividade entre os bebês e pais, adaptação ao meio líquido, aumenta a resistência cardio-respiratória, melhoria do sono e apetite.
Aconselha-se a prática da natação para bebês nas horas mais quentes do dia, ou seja, das 09 às 11 horas ou das 14 às 16 horas, para respeitar os períodos de sono e fome da criança. Lembre-se que as aulas não devem ultrapassar duas vezes por semana.
A escolha de um profissional capacitado para orientar essa atividade é muito impor-tante, pois eles irão avaliar a freqüência cardíaca do seu bebê (sem que você perceba, e com muita calma), além de avaliar o momento exato para realizar a imersão com tranqüilidade e equilíbrio.
Converse com seu médico sobre a única atividade física realmente recomendada para os bebês e desfrute desse prazer com seu filho.
Nataçãopara bebêsFlávia Mota Macuco Attilio
Flávia Mota Macuco Attilio
Educadora física e Nutricionista.
Pós-graduada em Nutrição
Esportiva - Universidade Gama
Filho. Pós-graduada em Obesi-
dade e Emagrecimento - Univer-
sidade Veiga de Almeida.
CREF 001.194 G-MS
CRN 3ª Região 11.596
(67) 9983 5581
Além da escolha
do profissional e
do local da ativi-
dade, é interessante
que os pais obser-
vem os materiais
usados durante toda
a aula, eles podem
estimular os bebês
com cores, texturas,
formatos, equilíbrios,
tamanhos e ludici-
dade.
FASES PEDAGÓGICAS DA
ATIVIDADE FÍSICA PARA BEBÊS
• Entrada do bebê na água (ele só irá
entrar quando for convidado pelo
professor e/ou pai e mãe)
• Apresentação dele para toda a turma
(trabalho individual e social)
• Adaptação ao meio líquido
• Propulsão de pernas
• Imersões
• Saltos
• Equilíbrio
• Auto-salvamento
• Relaxamento
• Saída da piscina
To t a lSaúde | 3 7dezem b r o , 2 0 0 8
Tecnologia | Audição
O que o Naída oferece especialmente para crianças?
O coração do Naída é o CORE (Commuinication
Optimized Real-audio Engine). É o mais avançado
e versátil chip de processamento. Ele representa
uma nova era em tecnologia de aparelhos
auditivos.
Aproximadamente 10% das pessoas têm perda auditiva severa/profunda. Usuários de aparelhos auditivos que estão nesse grupo são pessoas com grande experiência em amplificação e, portanto, exigentes quanto ao desempenho do aparelho. Se você possui uma perda auditiva severa/profunda, agora tem muitas razões para se encantar com um aparelho auditivo. Naída é o mais novo lançamento da Phonak para portadores de deficiência auditiva severa/profunda.
Foi desenvolvida uma versão Junior dentro do software de programação dos
aparelhos, específica para as necessidades das crianças.
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Inovação tecnológica
CARACTERÍSTICAS DO NAÍDA
Naída PARA CRIANÇAS
Usuários de aparelhos podem esquecer
que estão usando os aparelho, estejam
eles se exercitando, praticando atividades
ao ar livre, relaxando próximo à piscina ou
em meio a uma chuva inesperada. O
Naída possui uma solução FM integrada
que também é resistente à água.
• Ângulo pediátrico e trava de compartimento de pilha padrão;
• duas programações padrão para crianças de 0 a 4 anos e de 5 a 8 anos,
possíveis de ajustes personalizados, para atender às diferentes
necessidades das crianças conforme elas crescem;
• programa inicial FM+M (Freqüência modulada + microfone);
• material para pais, professores e profissionais de saúde que pode ser
impresso a partir do software de programação;
• liberdade e confiança para usar o aparelho em qualquer situação devido
à resistência à água;
• solução integrada também com FM resistente à água que garante a
comunicação em qualquer ambiente. Com este recurso inovador, os usuários
de aparelhos potentes escutarão sons
jamais percebidos antes.
Com o inovador recurso WhistleBlock
Technology, é possível reconhecer a
verdadeira microfonia (apito de retroali-
mentação) e eliminá-la sem prejudicar a
audibilidade de outros sons.
Resistência à água
Compressão de freqüência
(SoundRecover)
Mais audição e livre de microfonia
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Se você evita as amêndoas, castanhas e nozes por medo das calorias, você não sabe o que seu corpo está perdendo! Essas delícias fazem parte do seleto grupo das frutas oleaginosas, que, além de carregarem muitos nutrientes, podem ser excelentes parceiras na hora de emagrecer. Estudos indicam que, quando aliadas a uma dieta, essas castanhas auxiliam na perda de peso, pois são ricas em gorduras monoinsaturadas, responsáveis por manter estável o nível de açúcar no sangue e ativar o metabolismo da queima de gorduras. O mais recente deles, publicado na revista norte-americana International Journal of Obesity, comparou os efeitos de uma dieta enriquecida com amêndoa a uma mais tradicional, suplementada com carboidratos complexos. O grupo que comeu amêndoa não só obteve mais sucesso na redução de peso e do total de gordura corporal, como também teve mais facilidade em manter a perda de peso durante o tempo estudado.
Fazer uso das gorduras do bem para emagrecer é um recurso cada vez mais defendido por especialistas no mundo todo.
Por equilibrar o nível de insulina liberada pelo pâncreas, essas gorduras ajudam a converter os estoques de gordura corporal em energia. Além disso, os especialistas são unânimes ao classificá-las como ótimas moderadoras de apetite. Ao comer cinco ou seis nozes antes da refeição, você se sente saciado mais rápido e por mais tempo.
E não é só isso. A família das castanhas é rica em nutrientes. Na lista de seus compo-nentes benéficos entram fibras, proteína, cálcio, ferro, potássio, zinco, selênio, vitamina E, ácido fólico, entre outros. A castanha-do-pará, por exemplo, já ficou famosa por seu alto teor de selênio, mineral que atua no equilíbrio da tiróide (evitando oscilações de peso), previne tumores, fortalece o sistema imunológico e protege contra a ação dos radicais livres. Uma castanha-do-pará por dia supre todas as necessidades de selênio do organismo. Já amendoim, amêndoa e pistache são boas fontes de proteína e não devem faltar na alimentação de quem não come carne. O zinco, presente especialmente na castanha-
Os deliciosos benefícios
das castanhas
Natalia Razuk
A família das
castanhas
é rica em
nutrientes. Na lista de seus
componentes
benéficos
entram fibras,
proteína, cálcio,
ferro, potássio,
zinco, selênio,
vitamina E,
ácido fólico,
entre outros.
3 8 | To t a lSaúde dezem b r o , 2 0 0 8
Especial Fim de Ano | Castanhas
ortomolecular" busca retardar o envelhecimento
precoce, ou ainda reparar pequenos danos no
metabolismo, resultando em uma recuperação da
idade cronológica, que se manifesta nos sintomas
fisiológicos (principalmente), ou seja: melhor
disposição, melhor aparência da pele (pois esta
vai estar bem nutrida e oxigenada, o que favorece
a renovação celular), melhora da memória, melhor
sistema imunológico, melhor concentração,
melhora na qualidade do sono, melhor humor
(mais estável) e melhora da TPM. O mais incrível
de tudo isso é que realmente funciona, e seguir
esta dieta é fácil, simples e saboroso. Milagre?
Não, apenas uma junção de conhecimentos
traduzidos em nutrientes que estão presentes nos
alimentos que devem fazer parte da nossa
alimentação diária. Para seguir uma dieta
antienvelhecimento, ou mesmo qualquer plano
alimentar personalizado, é necessário conhecer a
saúde intestinal, pois é no intestino que são
absorvidos os nutrientes presentes nos alimentos.
Além da saúde intestinal, é necessário comer com
variedade todos os dias. Os suplementos de
vitaminas e minerais podem ser úteis, mas não se
engane: não adianta correr a uma farmácia e
comprar um suplemento. A suplementação deve
ser feita especialmente para você, e deve ser
levada em consideração a biodisponibilidade dos
nutrientes, pois esta irá garantir a absorção dos
mesmos, sem sobrecarregar os rins.
De tudo isso, o mais importan-
te é lembrar que, através de um
plano alimentar personalizado,
podemos conseguir saúde, disposi-
ção, qualidade de vida, e até retardar o
envelhecimento. Pense nisso!
Dietaantienvelhecimento
Dra. Tatiane Savarese Attilio
Nutricionista. Especialista em Nutrição Clínica,
Especialista em Obesidade e Emagrecimento, Mestranda
em Biotecnologia. CRN 3/12175.
Rua Euvira Coelho Machado, 532. Chácara Cachoeira
(67) 3349 1569. www.atitudesaude.com.br
A dieta conhecida como
"dieta antienvelhecimento"
ou até mesmo como "dieta
To t a lSaúde | 3 9dezem b r o , 2 0 0 8
Antienvelhecimento | Nutrição
do-pará e de caju, tem papel fundamental na produção de glóbulos brancos; magnésio, encontrado na maioria dessas castanhas, ajuda a controlar a pressão e a reduzir sintomas da tensão pré-menstrual; sem falar no potássio, que dá uma mãozinha ao desenvolvimento dos músculos. As gorduras monoinsaturadas presentes nesses alimentos também são uma vantagem e tanto. Elas reduzem o nível de colesterol ruim e aumentam o HDL, o colesterol do bem, responsável por limpar as artérias. Por isso, elas são armas poderosas para afastar as doenças cardíacas. Mas não se esqueça de que, mesmo sendo do bem, essas gorduras carregam muitas calorias. Um pacotinho de 100 gramas de amendoim ou castanha de caju, por exemplo, vale o mesmo que um Big Mac. Nem é preciso dizer que, consumidas em exagero, acabam como estoque de gordura. Por isso, o recomendado é comer as castanhas no lugar de outro alimento, não apenas adicioná-las à dieta.
à moda da casaCordeiro
Coloque o cordeiro numa travessa
grande e deixe o tempero agir por
12 horas antes de assar. Leve-o,
então, ao forno pré-aquecido, por
cerca de 5 horas. Enfeite a travessa
com batata cozida recheada com
queijo parmesão e depois frite na
gordura bem quente.
1 limão
1 cebola grande
2 xícaras de vinagre
1 litro de vinho branco seco
1 litro de suco de laranja
Hortelã
Alecrim
Sal a gosto
1 Cordeiro de tamanho médio
(10 a 12 quilos)
Arroz, feijão tropeiro e mandioca.
500 g de calabresa
500 g de torresminho
2 kg de farinha de mandioca
Alho
Sal
Manteiga
Ingredientes Modo de preparo
Tempero
Acompanhamento
Horário de Funcionamento
Recheio
Rua José Antônio, 157
Vila Rosa Pires
Contato
(67) 3383 3715
(67) 3325 7662
Terça à Sábado
11:00 às 15:00 hs
17:00 às 01:00 hs
Domingos
11:00 às 16:00 hs
Não abrimos nos domingos a noite.
Culinária | Receita Ceia
4 0 | To t a lSaúde dezem b r o , 2 0 0 8
To t a lSaúde | 4 1dezem b r o , 2 0 0 8
Ressaca | Especial Fim de Ano
Quem nunca passou por uma ressaca? Se não, pelo menos já presenciou uma de alguém próximo. Historicamente, o povo brasileiro é afeito às bebidas alcoólicas em suas comemorações, tais como futebol, aniversário, Natal e ano novo. E como estamos em plena época de festas de fim de ano, aqui vão algumas dicas e, porque não, conselhos. Existem milhões de “receitas” e formas milagrosas para curar ressacas, mas sejamos práticos: a melhor forma de evitar a dita cuja é, obviamente, beber moderada-mente. Mas, se o mal já foi feito e você está com dores de cabeça, dificuldade de se concentrar, prostração, mau humor e irritabilidade, problemas digestivos e dores no estômago, náuseas, vômitos, sim... Você está com uma ressaca daquelas! E o que é a ressaca, tecnicamente? Além de processar o próprio álcool e outras substâncias presentes nas bebidas em geral, o seu corpo tem que lidar também com os efeitos de uma provável noite anterior longa e agitada, onde se gastou muita energia. E ainda é necessário contar com os efeitos psicológicos, sejam os relacionados aos motivos que o conduziram a beber desse jeito, ou à lembrança do que você fez sob o efeito do álcool, ou ainda pela consciência do estado miserável em que você se encontra agora que acordou. Você terá que deixar o seu corpo processar ou colocar para fora o excesso que você ingeriu. Mas, há muitas alternativas que você pode experi-mentar para acelerar ou tornar mais tolerável o processo. Vamos a algumas delas:
Bom, você já está avisado e preparado, agora vem a parte mais importante: Haja com bom senso sempre que o assunto envolver algumas doses a mais, não esqueça que você faz parte de uma sociedade, não dirija se beber, e cuide dos seus próximos com carinho e atenção nesses momentos, não esqueça que a pessoa alcoolizada está física e emocionalmente alterada. Boas festas!
A ressaca está associada à desidratação.
Beba água em abundância para combater
este efeito e acelerar a “lavação” do
organismo. Isto vai ajudar a evitar as piores
Se você beber ao longo de uma refeição “de
verdade”, como uma carne (rica em
proteínas) ou uma massa, sempre em
quantidades moderadas, é provável que
sofra muito menos efeito no dia seguinte,
devido à digestão da refeição em paralelo
com a absorção de bebida. Um pão com
bastante manteiga ou azeite, antes de beber,
ajuda a prevenir o porre, e ajuda mesmo.
Mas não exagere, isso pode acabar saindo
de forma indesejável.
dores de cabeça. Sucos de frutas (escolha
as menos ácidas) podem ajudar também. E
se você for realmente preventivo, alterne as
bebidas alcoólicas com água ou sucos
durante a noite, para já ir prevenindo e
reduzindo o problema.
Não é verdade que ressaca se cura com
mais álcool. Pode ajudar a combater os
sintomas a curto prazo, e pode ser uma boa
desculpa para mais uma cervejinha ao
acordar, se você não estiver com ressaca de
verdade. Mas se estiver, tomar mais álcool
só empurra um pouco mais pra frente o
problema - uma hora, o nível de álcool no
seu organismo vai ter que se reduzir.
RessacaCuidados no fim de ano
Natalia Razuk
Hidratação
Alimentar-se
Lenda Urbana Se
for
beber,
não
dirija.
Esporte Radical | Vôo Livre
4 2 | To t a lSaúde dezem b r o , 2 0 0 8
Há três anos, descobri um tesouro: aquela cena de uma pessoa se desprenden-do de um morro e se lançando no espaço com uma asa sobre a cabeça poderia, verdadeiramente, ser vivenciada por mim. Estava ao meu alcance, só era preciso um pouco de coragem, estudo, dedicação, e pronto! Meu sonho se realizaria. E assim aconteceu, tornei-me piloto de parapente, uma espécie de asa de tecido sem estruturas rígidas que lembra um pára-quedas mais alongado. Um novo horizonte se abriu diante de mim: novas amizades, o contato com a natureza, paisagens maravilhosas e ângulos de perspectivas para poucos privilegiados. O medo era uma barreira a ser vencida, mas o desejo era maior, e o sentimento de superação jogou minha auto-estima lá nas nuvens, me tornei especial, eu podia voar! Então, tudo era possível.
Sem motor, sem ruído, na absoluta dependência da técnica tanto quanto das forças da natureza, alcei vôos cada vez mais altos. Aprendi a explorar as termais, que são bolsas de ar quente que se desprendem do chão aquecido pelo sol e seguem na deriva do vento até a formação das nuvens. Tenho somente que encontrá-las e permanecer dentro delas, de modo a obter o máximo de altitude e, então, planar às maiores distâncias. Quando não há térmicas, pode-se voar explorando o lift, que é o vento ascendente que se acumula em frente a elevações como morros e encostas.
A princípio, qualquer pessoa adulta pode praticar este esporte, basta se matricular em uma escola de vôo livre, completar o curso de aproximadamente 3 meses com aulas práticas e teóricas, filiar-se à ABP - Associação Brasileira de Parapente (www.abp.esp.br) ou à ABVL - Associação Brasileira de Vôo Livre (www.abvl.com.br) e, por fim, se associar a um clube de Vôo Livre local. No caso de Campo Grande, o Tuiuiú Clube de Vôo Livre permite acesso às rampas de vôo livre, mantidas pelo clube.
O parapente é o meio que mais aproxima o homem do vôo dos pássaros. A sensação é indescritível: Na decolagem, uma descarga de adrenalina, a boca seca, o vento começa a soprar o rosto, sentimos a asa nos sustentando, o coração se acalma e nos envolvemos em uma paz tão intensa que se pode sentir a presença de Deus.
Voar é mágico, rejuvenesce, nos faz saborear sentimentos contraditórios como auto-suficiência e humildade. Lembra-nos que a vida é passageira, e que poucas coisas interessam além da felicidade. Voar é o exercício da liberdade. Nenhum vôo é igual ao outro, por isso, pousar em segurança é a certeza de que amanhã será melhor ainda, e que vai ser ótimo descobrir coisas novas.
Eu sou Flávio Augusto Teixeira de Barros, 44 anos, casado, publicitário, piloto de vôo livre classe parapente nível II, ABP 01446. Sou feliz. Eu vôo livre.
Eu vôolivreFlávio Augusto Teixeira de Barros
O medo era
uma barreira a
ser vencida, mas o desejo era
maior, e o sentimento
de superação jogou
minha auto-estima
lá nas nuvens, me
tornei especial, eu
podia voar! Então,
tudo era possível.
ONDE ENCONTRAR
Instrutor André Myska(67) 8112 6333
(67) 3326 5793
Isso explica também o fenômeno da adolescência tardia: 61% dos que moram sozinhos afirmam que prefeririam morar com os pais.
O brasileiro também valoriza o dinheiro como forma de sucesso. Em nossa sociedade, ele foi criado para otimizar dinheiro e consumo em seu cotidiano. Mas, a vaidade e o consumismo não são suas únicas características. Lembra-se de Peter Parker, um adolescen-te picado por uma aranha radioativa que lhe conferiu superpoderes? Quando ele se olha no espelho, descobre que ficou forte e potente. É o Homem-Aranha: flexível, humano, obediente e tolerante. Não é como o Super-Homem, ícone da década de 50. É um herói que se emociona. O protagonista da trilogia cinematográfica Matrix, Neo, um sujeito desorientado, tecnológico, mas cheio de humanidade, até poderia ser o esboço desse homem. A vida de Neo, porém, não traz à tona as discussões contemporâneas que permei-am a vida do brasileiro, como o triângulo amoroso, a homossexualidade e a vida dos subúrbios. Neo vive entre dois mundos: o da informática e o das relações físicas. O
Homem-Aranha, assim como o homem brasileiro, não. Ele vive em um único mundo, no qual sua identidade de humano é mais importante do que a de herói. O Homem-Aranha é um herói com proble-mas humanos. O novo homem brasileiro também.
Por aceitar o mundo como ele é, esse homem substituiu o modelo do bom desempenho no trabalho pelo o da performance sexual – 12% deles usam medicamentos para disfunção erétil. Se o sexo ocupou o lugar do trabalho, a estética fez o mesmo com a ideologia. O novo homem não reinventa mais o mundo com idéias, como seus antecessores. Ele as reproduz. Sucumbiu ao consumo e à superficialidade. Trocou o mundo externo pela família. Na pesquisa, ele se diz bom companheiro e bom pai. Cerca de 90% afirmam ser tão atuantes na educação dos filhos quanto as mães, e 93% dizem que a companheira pode contar com eles em qualquer situação. É um herói moderno para os novos tempos. Só mesmo o Homem-Aranha, com seus poderes e teias, para conciliar tudo isso: trabalho, paternidade, maternidade e casamento.
O novo homem
Natalia Razuk
O “novo homem” deixou a preocupação
de estar sempre em primeiro lugar e de encarar o
trabalho como o único eixo de sua identidade. Passou a
se dedicar à aparência e ao consumo. Diante do espelho,
esse “novo homem” almeja juventude e saúde...
Comportamento | Novo Homem
4 4 | To t a lSaúde dezem b r o , 2 0 0 8
"Mas você vai mexer na minha coluna?". A pergunta é freqüentemente feita por pretensos doadores a integrantes do Hemosul quando o assunto em questão é a doação de medula óssea. Não, ninguém vai "mexer" na sua coluna, mas sim, retirar um líquido esponjoso alojado no osso da bacia. Um líquido que pode salvar vidas, mas que também representa um sorteio difícil e angustiante. Achar um doador compatível é comparável a ganhar um prêmio na loteria acumulado: a chance é de uma para cem mil.
A medula óssea é necessária para se curar doenças relacionadas com o sangue, como a leucemia. Por conta da dificuldade de se encontrar doadores compatíveis, as secretarias de saúde do País recorrem a campanhas, uma forma de angariar a participação do maior número de pretensos doadores em curto espaço de tempo. Além de contar com a conscientização e divulgação do trabalho, as campanhas também ajudam o sistema de saúde a correr contra o tempo para detectar doadores que possam ajudar a reduzir a lista de espera por medula óssea. No Brasil, há mil pessoas que aguardam por um doador. Em Mato Grosso do Sul, do cadastro
de 43 mil pessoas, apenas cinco foram compatíveis com pacientes.
Até que o transplante seja possível, há um longo caminho a se percorrer. Lucéia Maria Fernandes, responsável pelo setor de transplante de medula óssea no Hemosul, explica que o primeiro passo é o cadastra-mento do voluntário, ainda, um pretenso doador. São coletados apenas 5 ml de sangue e preenchido um formulário com dados básicos (nome, endereço, telefone). O material coletado é enviado para um laboratório de genética, que faz um mapea-mento superficial do DNA. Identificadas as características genéticas, esse resultado é enviado para o banco de dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), o Redome (Registro Nacional de Doadores da Medula Óssea).
Diariamente o Inca "caça" possíveis doadores, por meio do exame HLA, cruzando os dados de pacientes e voluntá-rios. Se for encontrada compatibilidade, é feita uma segunda coleta de sangue, dessa vez, mais criteriosa para que se tenha a confirmação da compatibilidade genética, além de exames de sorologia. Caso os
Transplante de
Medula ÓsseaA sorte e o esforço que unem pacientes e doadores
Silvia Frias
4 6 | To t a lSaúde dezem b r o , 2 0 0 8
Medicina | Medula Óssea
A chance de
encontrar
alguém
compatível
é de uma
em cada
cem mil.
To t a lSaúde | 4 7dezem b r o , 2 0 0 8
Medula Óssea | Medicina
resultados sejam confirmados, a doação é concretizada.
Em Mato Grosso do Sul não há como se fazer a retirada da medula ou o transplante. Nesse caso, o doador será levado para um dos Centros de Transplantes de Medula Óssea existentes no País. Lucéia Maria Fernandes explica que todo o procedimento – viagem, internação e estadia – é custeado pelo SUS. O voluntário tem direito a levar um acompa-nhante.
A doação de medula óssea pode ser feita de duas maneiras: punções na região da bacia, para aspiração da medula óssea, procedimento que pode durar até 90 minutos ou então a filtração pela veia, que segue as mesmas diretrizes da doação de plaquetas (duas punções em cada braço; com isso, o que não é utilizado, retorna para o doador).
Quem viveu de perto o drama de se precisar de um transplante reconhece o esforço e a sorte de se encontrar um doador.
Em 2004, a agente penitenciária Jane da Rosa Lima, descobriu que estava com leucemia. Para ela, o destino colaborou: das quatro irmãs, a caçula era compatível e pode doar medula óssea. O marido de Jane, Luis Magno Mendes reconhece que a esposa teve mais sorte que outros pacientes, mas diz que não há como se contar com o destino. "Depois do que eu vivi com minha mulher, do que a gente vive, eu por mim doava para meio mundo".
A acompanhante de idoso Elaine Santos Nogueira, 20 anos, acha que todo o esforço tem resultado. Ela ficou fascinada com a história da professora que fez o cadastro e doou parte da medula óssea. "Ela contou isso em 2006 e nunca me esqueci". Em novembro, a jovem aproveitou a campanha realizada em Campo Grande para se cadastrar.
"Ah, é tão importante;
é vida que salva vida".
Av. Fernando Correa da Costa. 1.304
Centro - Campo Grande/MS
(67) 3312 1500 / 3312 1539
ONDE ENCONTRAR
No Brasil, há mil pessoas
que aguardam por um
doador. Em Mato Grosso do
Sul, do cadastro de 43 mil
pessoas, apenas cinco foram
compatíveis com pacientes.
Dia mundcontra a Um dia contra o preconceito
Todo 1º de dezembro é o Dia Mundial da luta contra a Aids, com o apoio da Organização das Nações Unidas - ONU - e da Assembléia Mundial de Saúde. Nesse dia, é importante reforçar a solidariedade e a compaixão pelas pessoas portadoras do vírus HIV. As campanhas também visam diminuir o preconceito em relação aos portadores do vírus, explicando as maneiras de contágio. É uma forma simbólica de combater o preconceito contra os portadores da doença e de lembrar às vítimas o que esta já fez no país.
Natalia Razuk
O Dia Mundial da Luta contra a
Aids foi criado em 1988, durante
o Encontro Mundial de Ministros da
Saúde, em Londres, com a participação
de 140 países. O objetivo da data é
mobilizar governos, sociedade civil,
portadores do HIV e outros segmentos
da população para uma reflexão sobre
a epidemia.
Comportamento | AIDS
4 8 | To t a lSaúde dezem b r o , 2 0 0 8
To t a lSaúde | 4 9dezem b r o , 2 0 0 8
AIDS | Comportamento
História – O primeiro caso brasileiro de Aids foi notificado em 1983. Nesse mesmo ano começou a mobilização nacional para o enfrenta-mento da epidemia, com a união de forças entre o governo e a sociedade civil. A primeira ação foi em São Paulo, com a criação da Coordenação Estadual de DST/Aids pelo governo estadual e a mobilização de ativistas ONGs de pessoas vivendo com o HIV. Além de relembrar essa trajetória, as atividades do Dia Mundial também vão servir como reflexão. Apesar de ser motivo para reconhecer os avanços do Brasil nessa área, é necessário pensar nos desafios do futuro, já que a epidemia permanece como um importante problema de saúde pública. Os 20 anos de resposta brasileira à luta contra a Aids fizeram do País uma referência mundial. Os óbitos foram reduzidos em mais de 50%; a epidemia está estabili-zada, com tendência à queda desde o ano de 2000; todos os doentes têm acesso universal e gratuito ao tratamen-
to e aos exames; e a estimativa do Banco Mundial de que, no ano 2000, o Brasil teria 1,2 milhão de infectados não se confirmou. O país virou o século com uma estimativa de 600 mil pessoas com o HIV, ou 0,5% da população. Isso mostra o sucesso dos programas preventivos e educativos, que levam o país a um dos mais altos índices de uso do preservativo no mundo: 58% nas primeiras relações sexuais. O Dia Mundial da Luta contra a Aids foi criado em 1988, durante o Encontro Mundial de Ministros da Saúde, em Londres, com a participação de 140 países. O objetivo da data é mobilizar governos, sociedade civil, portadores do HIV e outros segmentos da popula-ção para uma reflexão sobre a epide-mia. A data simboliza, também, a solidariedade entre as pessoas e a luta contra o estigma e a discriminação. Lutas, aliás, que não devem ficar paradas nesse dia, mas fazer parte do nosso cotidiano, pondo fim a todo e qualquer tipo de preconceito!
O número de brasileiros
com mais de cinqüenta
anos portadores do vírus
HIV passou para 7,5 para
cada mil habitantes, em 10
anos. Os dados foram
divulgados em Brasília pelo
Ministério da Saúde.
Uma das explicações para
o fenômeno é que, quando
esse grupo começou, não
existia AIDS. As novas
gerações já são bombarde-
adas de informações. O
aumento da expectativa de
vida e o advento de
medicações que contribu-
em para prolongar a
atividade sexual também
foram apontados pelo
Ministério como fatores
para esta estatística.
Em resposta aos dados
negativos, o ministro lançou
a campanha "Clube dos
Enta", que visa conscienti-
zar as pessoas com mais
de cinqüenta anos da
importância de usar
camisinha. Ela está sendo
veiculada na TV, Internet,
rádio e mídia impressa.
ial da luta AIDS
Atenção!Estimativa da AIDS
dobrou em brasilei-
ros com mais de
50 anos na última
década.
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