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ROMANTISMOROMANTISMOSÉC. XIX – SÉC. XIX – “Liberdade conduzindo o povo” - “Liberdade conduzindo o povo” - DelacroixDelacroix
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ROMANTISMO - ORIGENSROMANTISMO - ORIGENS
ASCENSÃO DA BURGUESIA:ASCENSÃO DA BURGUESIA: MERCANTILISMO (Séculos XVI e XVII);MERCANTILISMO (Séculos XVI e XVII); REVOLUÇÃO INGLESA (1688);REVOLUÇÃO INGLESA (1688); INDEPENDÊNCIA AMERICANA (1776);INDEPENDÊNCIA AMERICANA (1776); REVOLUÇÃO FRANCESA (1789)REVOLUÇÃO FRANCESA (1789)
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ROMANTISMO = NOVOS VALORESROMANTISMO = NOVOS VALORES
Novo sentido de vida:Novo sentido de vida: Livre iniciativa + competição e Livre iniciativa + competição e
individualismo; individualismo; Apogeu do Liberalismo burguês;Apogeu do Liberalismo burguês; Extinção dos privilégios seculares da Extinção dos privilégios seculares da
nobreza;nobreza; ““Fim das barreiras” rígidas entre as classes Fim das barreiras” rígidas entre as classes
sociais.sociais.
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Efeito favorável da vitória burguesa para Efeito favorável da vitória burguesa para a Literaturaa Literatura
Art. 11 da Declaração de Direitos do Homem e Art. 11 da Declaração de Direitos do Homem e do Cidadão: do Cidadão: A livre comunicação dos A livre comunicação dos pensamentos e opiniões é um dos direitos mais pensamentos e opiniões é um dos direitos mais preciosos do homem; todo o cidadão pode, preciosos do homem; todo o cidadão pode, portanto, falar, escrever, imprimir livremente.portanto, falar, escrever, imprimir livremente.
Começava a “aventura da palavra escrita” = Começava a “aventura da palavra escrita” = surgiam escritores + obras + público leitor + surgiam escritores + obras + público leitor + veículo divulgador das obras (imprensa).veículo divulgador das obras (imprensa).
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O novo público leitorO novo público leitor Outros efeitos:Outros efeitos: Esforço de alfabetização popular empreendido Esforço de alfabetização popular empreendido
pelos “revolucionários”;pelos “revolucionários”; Todo o cidadão passou a ter acesso (direito) à Todo o cidadão passou a ter acesso (direito) à
leitura, até pela necessidade de conhecer as leitura, até pela necessidade de conhecer as proclamações do novo regime;proclamações do novo regime;
Surgimento de um novo público leitor = mais Surgimento de um novo público leitor = mais numeroso e diversificado (consumidor).numeroso e diversificado (consumidor).
Escritores livres do regime de mecenato = obra Escritores livres do regime de mecenato = obra = mercadoria de ampla aceitação.= mercadoria de ampla aceitação.
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Romantismo = ContradiçãoRomantismo = Contradição
O Romantismo coincidiu com a democratização O Romantismo coincidiu com a democratização da arte, gerada sobretudo pela Revolução da arte, gerada sobretudo pela Revolução Francesa, tornando-se a expressão artística da Francesa, tornando-se a expressão artística da jovem sociedade burguesa.jovem sociedade burguesa.
Entretanto, o movimento manteve uma relação Entretanto, o movimento manteve uma relação contraditória com a nova realidade. Filho da contraditória com a nova realidade. Filho da burguesia, mostrou-se ambíguo diante dela, burguesia, mostrou-se ambíguo diante dela, ora a exaltando, ora protestando contra seus ora a exaltando, ora protestando contra seus mecanismos.mecanismos.
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Romantismo = SurgimentoRomantismo = Surgimento Mito do Mito do bom selvagembom selvagem de Rousseau; de Rousseau; Movimento Movimento Sturm und Drang Sturm und Drang (Tempestade e (Tempestade e
Ímpeto), em 1770 na Alemanha = valorizando o Ímpeto), em 1770 na Alemanha = valorizando o folclórico, o nacional e o popular em oposição folclórico, o nacional e o popular em oposição ao universalismo clássico.ao universalismo clássico.
Os cantos de Os cantos de OssianOssian = culto à Idade Média. = culto à Idade Média. Publicação (1774) do romance (em forma Publicação (1774) do romance (em forma
epistolar = cartas) epistolar = cartas) Os sofrimentos do jovem Os sofrimentos do jovem Werther Werther , de Goethe = exacerbação da , de Goethe = exacerbação da imaginação e transbordamento das paixões.imaginação e transbordamento das paixões.
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ROMANTISMOROMANTISMO
CARACTERÍSTICASCARACTERÍSTICAS
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Liberdade de criação:o escritor romântico recusa ospadrões da arte clássica quesempre esteve sujeita a regras,padrões e modelos, usa o versolivre, mistura os gêneros literáriose obedece aos estímulos de suainterioridade.
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Individualismo e subjetivismo: o artista
romântico trata dos assuntos deuma forma pessoal, de acordocom o modo como vê e sente omundo; dizemos que sua arte ésubjetiva porque expressa umavisão particular da realidade. Aideologia burguesa centrou-se nas
liberdades do homem e nasinfinitas possibilidades de auto-
realização do indivíduo.
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Sentimentalismo: a relaçãoentre o artista romântico e omundo é sempre mediada pelaemoção. Qualquer que seja otema abordado - amoroso,político, social -, o tratamento
literário revela grandeenvolvimento emocional doartista. Assim, os sentimentostornam-se mais importantes do
que a racionalidade e são,conseqüentemente, a medida dainterioridade de cada pessoa,medida de todas as coisas.
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Idealização: a extremavalorização da subjetividade levamuitas vezes à deformação. Oescritor romântico, motivado pelafantasia e pela imaginação, tendea idealizar vários temas,acentuando algumas de suascaracterísticas.
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Assim, a pátria é sempreperfeita; a mulher é vista comovirgem delicada, frágil esubmissa, uma espécie de anjoinatingível; o índio (no Brasil) étratado como herói nacional,cheio de virtudes e habilidades.Para compor essa idealização, alinguagem é marcada pordescrições minuciosas, com usoconstante de adjetivos,comparações e amplametaforização.
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Fusão do grotesco e dosublime: o conceito grego debelo, que perdurou tantos anos naarte de orientação clássica, éabandonado pelos românticos,que defendem a união dogrotesco (o feio) e do sublime (obonito). Assim, apesar de suatendência idealizante, oRomantismo procura captar ohomem em sua plenitude,enfocando também o lado feio eobscuro de cada ser humano.
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O culto à natureza: ocódigo preferido pelo autorromântico não é o cultural mas onatural. Ele se sente fascinadopela poderosa força da natureza:é atraído pelas altas montanhas,pelas florestas impenetráveis,pelos mares imensos, pelaplacidez dos lagos, pelo murmúriodos riachos, pelo canto dospássaros.
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A natureza assume, diante dotorturado espírito romântico, opapel de confidente para ashoras melancólicas, a mãe queprotege o filho dos desconcertosdo universo e a amantedesencadeadora de inspirações.O resultado dessa comunhão éhumanização ou divinização danatureza, que, através de seusfenômenos, indica estados deespírito e sentimentos: o rugir domar pode corresponder àangústia de uma alma solitária, achuva à tristeza, e assim pordiante.
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Imaginação e fantasia:o mundo romântico transcende oreal e se abre para o mistério, osobrenatural. Fechados em simesmos, perdidos numa realidadeincômoda e brutal para asensibilidade, os românticos seentregam ao princípio da fantasia.
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Devaneiam, criam universosimaginários, exóticos, ondeencontram a “luz” e a “alegria”que a sociedade burguesa nãolhes oferece. Desligados, muitasvezes, dos níveis concretos davida social, elaboram obras ondepredomina um idealismoalienante.
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Valorização do passado: a inadequaçãodo “eu” interior com a realidadecircunstante leva o homemromântico a sentir nostalgias dealgo distante no tempo e noespaço. A fuga no tempo remete(na Europa) à Idade Média, épocade paixões violentas eespontâneas, berço dasnacionalidades européias.
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A fuga no espaço leva-o àprocura de paisagens agrestes,de lugares selvagens, de povosainda não conspurcados pelacivilização. No plano individual, avalorização do passado se dáatravés do reconhecimento dainfância, como representante deum mundo ingênuo, puro, um“paraíso perdido”, uma época deouro na qual as criaturas eramfelizes. Nega-se, portanto, opresente hostil e causador desofrimentos.
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Religiosidade: mais comumentre os primeiros românticos, atendência espiritualizante doRomantismo, embasada nocristianismo, significa uma nítidareação ao racionalismo e aomaterialismo do século anterior. Avida espiritual é enfocada comoponto de apoio ou válvula deescape diante das frustrações domundo real.
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Mal-do-século: o “mal-do-século” origina-se basicamente dedois fatores. Um deles é a idéiaaceita pelos românticos de que oespírito humano busca sempre aperfeição, a totalidade, o absoluto,o infinito. Ora, sendo humanos,somos incapazes de atingir esseestado. A constatação dessaimpossibilidade gera a angústiaresponsável pelo mal-do-século.
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Outro fator é o desajuste doindivíduo na sociedade burguesaque se mostrava muito prática eobjetiva para o gosto dosromânticos. Ansiando por umaplenitude espiritual, social ematerial impossível, o românticosente-se desajustado, enxergandoa si próprio e aos seuscontemporâneos como seresfragmentados, reduzidos asimples “peças” da engrenagemsocial.
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. É uma tradução aproximada dotermo spleen, que surgiu naInglaterra e esteve muito emmoda na Europa desse período.Esta expressão designa asensação de insatisfação,angústia, melancolia e até umaobsessiva atração pela morte,que passa a ser encarada comosolução definitiva para os malesda existência.
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Byronismo: essa atitude,relacionada ao poeta inglês LordByron, foi amplamente cultivadaentre os românticos brasileiros dasegunda geração, isto é, entre osanos 50 e 60 do século XIX. Traduz-se num estilo de vida que inclui aboêmia, voltada para o vício, para osprazeres da bebida, do fumo e dosexo, e numa forma particular de vero mundo, caracterizada peloegocentrismo, narcisismo,pessimismo, angústia e, por vezes,pelo satanismo.
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Condoreirismo: trata-se deuma corrente de poesia político-social que ganhou repercussão entreos poetas da terceira e últimageração romântica no Brasil (anos 70do século XIX). Influenciados peloescritor francês Victor Hugo, ospoetas condoreiros defendiam ajustiça social e a liberdade. NaEuropa, tornaram-se defensores daclasse operária, denunciando aexploração a que estava submetida;no Brasil, lutaram pelo fim daescravidão e pela República.
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ROMANTISMO NO BRASILROMANTISMO NO BRASIL
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CONTEXTO HISTÓRICO:CHEGADA DA FAMÍLIA REALABERTURA DOS PORTOSFUNDAÇÃO DO BANCO DOBRASILPRIMEIRA BIBLIOTECAFUNDAÇÃO DE FACULDADESIMPRENSA RÉGIAMISSÃO ARTÍSTICA FRANCESAINDEPENDÊNCIAD. PEDRO I
![Page 29: Romantismo geral](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022061611/559264771a28ab33128b472f/html5/thumbnails/29.jpg)
ROMANTISMO NO BRASILROMANTISMO NO BRASIL
LITERATURA COMO MISSÃO:LITERATURA COMO MISSÃO: Compromisso com a pátria (Nacionalismo Compromisso com a pátria (Nacionalismo
Ufanista);Ufanista); Contribuição para a grandeza da nação;Contribuição para a grandeza da nação; Retrato de sua bela paisagem física e Retrato de sua bela paisagem física e
humana;humana; Revelar todo o Brasil, de forma positiva, Revelar todo o Brasil, de forma positiva,
criando uma literatura autônoma que criando uma literatura autônoma que expressasse a alma da jovem nação.expressasse a alma da jovem nação.
![Page 30: Romantismo geral](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022061611/559264771a28ab33128b472f/html5/thumbnails/30.jpg)
A adoção do RomantismoA adoção do Romantismo
A natureza tropical e o índioA natureza tropical e o índio
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Adaptação aos postulados europeusAdaptação aos postulados europeus
Valores românticos europeus & adequação Valores românticos europeus & adequação às aspirações ideológicas dos escritores às aspirações ideológicas dos escritores brasileiros;brasileiros;
Oposição a dominação cultural (artística) Oposição a dominação cultural (artística) portuguesa;portuguesa;
Exotismo = natureza exuberante e original;Exotismo = natureza exuberante e original; Princípios artísticos atualizados com o que Princípios artísticos atualizados com o que
de mais moderno havia na Europade mais moderno havia na Europa
![Page 32: Romantismo geral](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022061611/559264771a28ab33128b472f/html5/thumbnails/32.jpg)
Nacionalismo românticoNacionalismo romântico Valores formais procedentes do universo Valores formais procedentes do universo
europeu X Temática nacional (a cor local):europeu X Temática nacional (a cor local): INDIANISMO;INDIANISMO; SERTANISMO (OU REGIONALISMO);SERTANISMO (OU REGIONALISMO); CULTO À NATUREZA;CULTO À NATUREZA; NACIONALISMO UFANISTA;NACIONALISMO UFANISTA; BUSCA DE UMA LINGUAGEM LITERÁRIA BUSCA DE UMA LINGUAGEM LITERÁRIA
BRASILEIRA.BRASILEIRA.
![Page 33: Romantismo geral](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022061611/559264771a28ab33128b472f/html5/thumbnails/33.jpg)
INDIANISMOINDIANISMO
No No bom selvagembom selvagem francês sedimentou-se o francês sedimentou-se o modelo de um herói que deveria se tornar o modelo de um herói que deveria se tornar o passado e a tradição de um país desprovido passado e a tradição de um país desprovido de sagas exemplares (Idade Média). O de sagas exemplares (Idade Média). O nativo – ignorada toda a sua cultura – nativo – ignorada toda a sua cultura – converteu-se no herói exemplar, feito à converteu-se no herói exemplar, feito à imagem e semelhança de um cavaleiro imagem e semelhança de um cavaleiro medieval.Assumiu-se a imagem exótica que medieval.Assumiu-se a imagem exótica que as metrópoles européias tinham dos as metrópoles européias tinham dos trópicos, adaptando-a à visão ufanista. trópicos, adaptando-a à visão ufanista.
![Page 34: Romantismo geral](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022061611/559264771a28ab33128b472f/html5/thumbnails/34.jpg)
INDIANISMOINDIANISMO
Acima de tudo, o índio representava, na sua Acima de tudo, o índio representava, na sua condição de primitivo habitante, o próprio condição de primitivo habitante, o próprio símbolo da nacionalidade. Além disso, a símbolo da nacionalidade. Além disso, a imagem positiva (idealizada) do indígena imagem positiva (idealizada) do indígena permitia às elites orgulhar-se de uma permitia às elites orgulhar-se de uma ascendência nobre que as ajudava na ascendência nobre que as ajudava na legitimação de seu próprio poder.legitimação de seu próprio poder.
![Page 35: Romantismo geral](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022061611/559264771a28ab33128b472f/html5/thumbnails/35.jpg)
O Regionalismo (ou Sertanismo)O Regionalismo (ou Sertanismo)
O Regionalismo: resultado da “consciência O Regionalismo: resultado da “consciência eufórica de um país novo”, procurou afirmar eufórica de um país novo”, procurou afirmar as particularidades e a identidade das as particularidades e a identidade das regiões, na ânsia de “tornar literário” todo o regiões, na ânsia de “tornar literário” todo o Brasil. Entretanto, permanece na superfície Brasil. Entretanto, permanece na superfície como uma moldura, já que a intriga como uma moldura, já que a intriga romanesca é urbana (folhetim). Além disso, romanesca é urbana (folhetim). Além disso, os autores usavam uma linguagem citadina os autores usavam uma linguagem citadina e culta.e culta.
![Page 36: Romantismo geral](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022061611/559264771a28ab33128b472f/html5/thumbnails/36.jpg)
A POESIA ROMÂNTICAA POESIA ROMÂNTICA
A DIVISÃO EM GERAÇÕESA DIVISÃO EM GERAÇÕES
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1ªGeração = NacionalistaAutores:Gonçalves de Magalhãese Gonçalves DiasModelos poéticos: Chateaubriand e Lamartine
TEMAS: O Índio A saudade da pátria A natureza A religiosidade
O amor impossível
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2ª GERAÇÃO =INDIVIDUALISTA OU SUBJETIVISTAAutores: Álvares de Azevedo,Casimiro de Abreu,Fagundes Varela,Junqueira FreireModelos poéticos: Byron e Mussett
![Page 39: Romantismo geral](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022061611/559264771a28ab33128b472f/html5/thumbnails/39.jpg)
TEMAS: A dúvida
O tédioA orgiaA morte
A infância O medo do amor O sofrimento O satanismo
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3ª GERAÇÃO = LIBERAL, SOCIAL OU CONDOREIRAAutores: Castro AlvesModelos poéticos: Victor HugoTEMAS:Defesa de causas humanitáriasDenúncia da escravidãoAmor erótico
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O ROMANCE ROMÂNTICOO ROMANCE ROMÂNTICO
ORIGENSORIGENS
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O romance e a burguesiaO romance e a burguesia
O romance, por relatar acontecimentos da O romance, por relatar acontecimentos da vida comum e cotidiana, e por dar vazão ao vida comum e cotidiana, e por dar vazão ao gosto burguês pela fantasia e pela aventura, gosto burguês pela fantasia e pela aventura, veio a ser o mais legítimo veículo de veio a ser o mais legítimo veículo de expressão artística dessa classe.expressão artística dessa classe.
O romance narra o presente, as coisas O romance narra o presente, as coisas banais da vida e do mundo, numa banais da vida e do mundo, numa linguagem simples e direta.linguagem simples e direta.
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O romance e o folhetimO romance e o folhetim
Tanto na Europa quanto no Brasil, o Tanto na Europa quanto no Brasil, o romance surgiu sob a forma de romance surgiu sob a forma de folhetim, publicação diária, em jornais, folhetim, publicação diária, em jornais, de capítulos de determinada obra de capítulos de determinada obra literária. Assim, ao mesmo tempo que literária. Assim, ao mesmo tempo que ampliava o público leitor de jornais, o ampliava o público leitor de jornais, o folhetim ampliava o público de folhetim ampliava o público de literatura.literatura.
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O romance e o folhetimO romance e o folhetim
Inicialmente, os folhetins publicados no Inicialmente, os folhetins publicados no Brasil eram traduções de obras estrangeiras Brasil eram traduções de obras estrangeiras de autores como Victor Hugo, Alexandre de autores como Victor Hugo, Alexandre Dumas, Walter Scott e outros.Dumas, Walter Scott e outros.
O sucesso do folhetim europeu em jornais O sucesso do folhetim europeu em jornais brasileiros possibilitou o surgimento de brasileiros possibilitou o surgimento de vulgares adaptações. Até que, em 1844, sai vulgares adaptações. Até que, em 1844, sai à luz o romance à luz o romance A MoreninhaA Moreninha, de Joaquim , de Joaquim Manuel de Macedo.Manuel de Macedo.
![Page 45: Romantismo geral](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022061611/559264771a28ab33128b472f/html5/thumbnails/45.jpg)
Ideologia dos folhetinsIdeologia dos folhetins
Ao escrever um folhetim, o artista submetia-Ao escrever um folhetim, o artista submetia-se às exigências do público e dos diretores se às exigências do público e dos diretores de jornais. Além disso, os folhetins não de jornais. Além disso, os folhetins não podiam criticar os valores da época, podiam criticar os valores da época, reivindicar o verdadeiro humanismo, pois reivindicar o verdadeiro humanismo, pois obrigatoriamente tinham que se sujeitar aos obrigatoriamente tinham que se sujeitar aos valores ideológicos do público, constituindo-valores ideológicos do público, constituindo-se assim numa arte de evasão e alienação se assim numa arte de evasão e alienação da realidade. da realidade.
![Page 46: Romantismo geral](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022061611/559264771a28ab33128b472f/html5/thumbnails/46.jpg)
Estrutura do folhetimEstrutura do folhetim
1º HARMONIA1º HARMONIA = Felicidade = Ordenação = Felicidade = Ordenação social burguesasocial burguesa
2º DESARMONIA2º DESARMONIA = Conflito = Desordem = = Conflito = Desordem = Crise da sociedade burguesaCrise da sociedade burguesa
3º HARMONIA FINAL3º HARMONIA FINAL = Estabelecimento da = Estabelecimento da felicidade definitiva da sociedade burguesa, felicidade definitiva da sociedade burguesa, com o triunfo de seus valorescom o triunfo de seus valores
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Características da prosa Características da prosa românticaromântica
Flash-back narrativo:Flash-back narrativo: volta no tempo para volta no tempo para explicar, por meio do passado, certas atitudes explicar, por meio do passado, certas atitudes das personagens no presente.das personagens no presente.
O amor como redenção:O amor como redenção: oposição entre os oposição entre os valores da sociedade e o desejo de valores da sociedade e o desejo de realização amorosa dos amantes = o amor é realização amorosa dos amantes = o amor é visto como único meio de o herói ou o vilão visto como único meio de o herói ou o vilão romântico se redimirem e se “purificarem” = romântico se redimirem e se “purificarem” = solução: em muitas casos: a morte.solução: em muitas casos: a morte.
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Características da prosa Características da prosa românticaromântica
Idealização do herói:Idealização do herói: ser dotado de honra, ser dotado de honra, de idealismos e coragem = põe a própria de idealismos e coragem = põe a própria vida em risco para atender aos apelos do vida em risco para atender aos apelos do coração ou da justiça = em algumas obras coração ou da justiça = em algumas obras assume as feições de “cavaleiro medieval”.assume as feições de “cavaleiro medieval”.
Idealização da mulher:Idealização da mulher: são desprovidas de são desprovidas de opinião própria, são frágeis, dominadas pela opinião própria, são frágeis, dominadas pela emoção, obedientes às determinações dos emoção, obedientes às determinações dos pais e educadas para o casamento.pais e educadas para o casamento.
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O ROMANCE ROMÂNTICOO ROMANCE ROMÂNTICO
AUTORES & OBRASAUTORES & OBRAS
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O Romance RomânticoO Romance Romântico
Joaquim Manuel de MacedoJoaquim Manuel de Macedo [1820 - 1882] [1820 - 1882] Principal romance: Principal romance: A Moreninha [1844]A Moreninha [1844] Relato sentimental da ligação entre dois Relato sentimental da ligação entre dois
jovens, presos a uma promessa infantil: jovens, presos a uma promessa infantil: Carolina e Augusto.Carolina e Augusto.
Importância da obra: desperta no público o Importância da obra: desperta no público o gosto pelo romance ambientado no Brasil.gosto pelo romance ambientado no Brasil.
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José de Alencar [1829 - 1877]José de Alencar [1829 - 1877]
Importância de sua obra:Importância de sua obra: na concretização na concretização de investidas pela liberação e autonomia da de investidas pela liberação e autonomia da literatura brasileira, abre caminho para que literatura brasileira, abre caminho para que outros autores possam expressar melhor a outros autores possam expressar melhor a nossa realidade.nossa realidade.
Projeto nacionalista:Projeto nacionalista: revelar o Brasil em revelar o Brasil em termos geográficos e históricos e a tentativa termos geográficos e históricos e a tentativa de criar uma língua brasileira.de criar uma língua brasileira.
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José de AlencarJosé de Alencar Romances urbanos:Romances urbanos: retratam a sociedade retratam a sociedade
carioca da época, principalmente suas camadas carioca da época, principalmente suas camadas mais abastadas. Compreendem desde textos mais abastadas. Compreendem desde textos estereotipadamente românticos, como a mesma estereotipadamente românticos, como a mesma velha história do casal cujo amor só se realiza após velha história do casal cujo amor só se realiza após superados certos obstáculos, até indícios de superados certos obstáculos, até indícios de investigação psicológica por meio de dramas morais investigação psicológica por meio de dramas morais causados pelo conflito entre as convenções sociais causados pelo conflito entre as convenções sociais e a sentimentalidade individual. Estão nesse grupo: e a sentimentalidade individual. Estão nesse grupo: “Senhora” - “Lucíola” - “A pata da gazela” - “A “Senhora” - “Lucíola” - “A pata da gazela” - “A viuvinha”, entre outros.viuvinha”, entre outros.
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José de AlencarJosé de Alencar
Romances regionalistas:Romances regionalistas: buscam construir buscam construir um painel de diversas regiões do Brasil: a um painel de diversas regiões do Brasil: a ação se desenvolve no pampa sulino ação se desenvolve no pampa sulino (“O (“O gaúcho”),gaúcho”), no interior do Rio de Janeiro no interior do Rio de Janeiro (“O (“O tronco do Ipê),tronco do Ipê), no de São Paulo no de São Paulo (“Til”)(“Til”) ou no ou no sertão cearense sertão cearense (“O sertanejo”).(“O sertanejo”). O autor vê O autor vê as regiões “de fora”. Não está interessado as regiões “de fora”. Não está interessado em revelar o essencial de um mundo em revelar o essencial de um mundo diferenciado do litoral.diferenciado do litoral.
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José de AlencarJosé de Alencar
Romances regionalistas:Romances regionalistas: Integra as regiões ao corpo de uma nação Integra as regiões ao corpo de uma nação
centralizada, sob o comando das elites centralizada, sob o comando das elites imperiais.imperiais.
Resultado:Resultado: literatura mítica, celebratória dos literatura mítica, celebratória dos encantos regionais, porém insuficiente para encantos regionais, porém insuficiente para descrever as peculiaridades e o atraso das descrever as peculiaridades e o atraso das províncias periféricas do país.províncias periféricas do país.
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José de AlencarJosé de Alencar
Romances históricos e indianistas:Romances históricos e indianistas: Procuram reconstruir episódios históricos Procuram reconstruir episódios históricos
ou ambientar fatos fictícios em épocas ou ambientar fatos fictícios em épocas passadas, em busca de uma interpretação passadas, em busca de uma interpretação das origens da nossa nacionalidade. das origens da nossa nacionalidade.
Objetivo:Objetivo: representar poeticamente, isto é, representar poeticamente, isto é, miticamente, as nossas origens e a nossa miticamente, as nossas origens e a nossa formação como povo.formação como povo.
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José de AlencarJosé de Alencar
Romances históricos e indianistas:Romances históricos e indianistas: Resultado:Resultado: “triunfo da imaginação e da “triunfo da imaginação e da
fantasia” - desejo ideológico de mostrar um fantasia” - desejo ideológico de mostrar um Brasil glorioso, positivo, com problemas que Brasil glorioso, positivo, com problemas que nunca ultrapassam a dimensão pessoal dos nunca ultrapassam a dimensão pessoal dos personagens. personagens.
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SERTANISTASROMÂNTICOS
O regionalismo de Alencarabriu uma rica veia para osurgimento de escritores menores,todos eles sertanistas, ou seja,preocupados em revelar o Brasilnão-litorâneo, não-europeu, oBrasil rural.
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O ponto de partida dessaliteratura geralmente é oufanismo, e neste sentido asmanifestações sertanistasdificilmente adquirem maiorautenticidade poética oudocumental.
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Há uma intenção realista,inclusive, mas é um realismo quese detém em exterioridades:descrições da natureza, um queoutro acento lingüístico particularda região, os costumes.
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Todavia esta busca de realismo éprejudicada na construção dospersonagens, que obedecem aosesquemas românticos do folhetim.
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BERNARDO GUIMARÃES(1825-1884)
Principais obras: “O seminarista” -“O garimpeiro” - “A escrava Isaura”
Características da obra: inserida noregionalismo romântico iniciado porAlencar - Estrutura de folhetim -Valorização do passado - Utilizaçãode uma linguagem oral - Tentativaabolicionista (A escrava Isaura).
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VISCONDE DE TAUNAY (1843 - 1899)
Principais obras: “Inocência” - “Aretirada de Laguna”
Características da obra: precisão dedetalhes e da paisagem sertaneja -Estrutura romântica e acessóriosrealistas - Equilíbrio entre ficção erealidade, valores românticos evalores da realidade bruta do sertão,linguagem culta e linguagemregional.
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FRANKLIN TÁVORA(1842-1888)
Principais obras: “O Cabeleira” -“O matuto” - “Lourenço”
Características da obra:valorização do regional - Projetode uma “literatura do Norte” -Oscilação entre romantismo erealismo - Análise do cangaço:oscilação entre a análise objetivae o recurso idealizante [“OCabeleira”].
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O TEATRO ROMÂNTICOO TEATRO ROMÂNTICO
MARTINS PENAMARTINS PENA
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MARTINS PENA (1815-1848)
MARTINS PENA foi ocriador da comédia brasileira noteatro. Seus textos sãocomédias de costumes, ou seja,dedicam-se ao retratocaricatural e humorístico doshábitos sociais.
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O autor inicialmente optou porapresentar a vida na roça comofonte de riso, mas acabou porse concentrar na sociedadecarioca da época, em quefuncionários públicos,comerciantes, militares,especuladores, contrabandistasdebatiam-se atrás de lucro eostentação.
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Seus diálogos são vivíssimos,explorando equívocos etrocadilhos, além deconstituírem um registro fartodo português coloquial daépoca.
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Em algumas de suas comédias,Martins Pena chega a uma críticasocial mais contundente, tocandoem questões como o contrabandode escravos e a corrupçãoadministrativa e judiciária do país.[Painel dos tipos humanos do Riode Janeiro do século XIX - análisecômica dos costumes rurais eurbanos - linguagem coloquial]
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O ROMANCE DE O ROMANCE DE COSTUMESCOSTUMES
UM CASO À PARTEUM CASO À PARTE
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ROMANCE DE COSTUMES MANUEL ANTONIO DE ALMEIDA
(1831-1861)
Único romance: “Memórias deum sargento de milícias”
NARRATIVA DE COSTUMES: oshábitos, a moda, o folclore, areligiosidade das classespopulares do século XIX -desmascaramento moral dasociedade.
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O verdadeiro romance decostumes do Romantismobrasileiro, pois abandona avisão da burguesia para retrataro povo em toda a suasimplicidade.
![Page 72: Romantismo geral](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022061611/559264771a28ab33128b472f/html5/thumbnails/72.jpg)
O romance é o documentode uma época, descrita commalícia, humor e sátira: operíodo de D. João VI no Brasil.
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Personagens caricaturizados
Acontecimentos quedesmentem as aparências daspessoas - situações cômicas -ausência de tragédia humana.
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PREDOMÍNIO DOHUMOR SOBRE ODRAMÁTICO
ROMANCE PICARESCO
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Romance picaresco: [Origem:século XVI na Espanha] Centra-se nas aventuras de um pobreque via com desencanto emalícia, isto é, de baixo, asmazelas de uma sociedade emdecadência.
![Page 76: Romantismo geral](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022061611/559264771a28ab33128b472f/html5/thumbnails/76.jpg)
Mundo em que a brutalidade e aastúcia traziam as máscaras dacoragem e da honra. O pobre noseu afã de sobreviver,transforma-se em pícaro,servindo ora a um ora a outrosenhor e provando com o sal danecessidade a comida dopoderoso.
![Page 77: Romantismo geral](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022061611/559264771a28ab33128b472f/html5/thumbnails/77.jpg)
Ao pícaro é dado espiaro avesso dasinstituições e doshomens: o seu aparentecinismo não é mais quedefesa entre vilõesencasacados.
![Page 78: Romantismo geral](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022061611/559264771a28ab33128b472f/html5/thumbnails/78.jpg)
DESTRUIÇÃO DO ROMANTISMO
Obra que fere a“sensibilidade romântica” nafigura de seu herói. Comparadoaos modelos românticos,Leonardinho é um anti-herói,um herói picaresco, aquele queestá à margem da sociedade,que a vê sob outro ângulo, debaixo para cima. Isso sepercebe a partir das origens deLeonardinho: “filho de umapisadela e de um beliscão”.
![Page 79: Romantismo geral](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022061611/559264771a28ab33128b472f/html5/thumbnails/79.jpg)
Aspecto revolucionário danarrativa: a construção dopersonagem central. Leonardoé uma espécie de marginal,vadio e meio estúpido. Istosubverte o sistema literário dofolhetim, que exige heróisexcepcionais, e subverte ospróprios valores da sociedade.
![Page 80: Romantismo geral](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022061611/559264771a28ab33128b472f/html5/thumbnails/80.jpg)
A vida de Leonardo se dá nadimensão da malandragem,como diz o crítico AntônioCandido: “quando Leonardoesgota todas as possibilidadesde aventuras picarescas, só lheresta o casamento e o empregode soldado.”
![Page 81: Romantismo geral](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022061611/559264771a28ab33128b472f/html5/thumbnails/81.jpg)
No Romantismo, ocasamento é o começo dafelicidade; em “Memórias de umsargento de milícias” é o fim detudo.
![Page 82: Romantismo geral](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022061611/559264771a28ab33128b472f/html5/thumbnails/82.jpg)
COSTUMES MORAIS
ORDEM = MAJOR VIDIGAL
DESORDEM = LEONARDO
![Page 83: Romantismo geral](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022061611/559264771a28ab33128b472f/html5/thumbnails/83.jpg)
O relato constrói oantagonismo entre ambos atéas últimas páginas. Até que oMajor aceita dar um posto parao malandro Leonardo, dentrodas milícias, em troca dosfavores amorosos de MariaRegalada; e o marginal passa asargento.
![Page 84: Romantismo geral](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022061611/559264771a28ab33128b472f/html5/thumbnails/84.jpg)
Assim, NÃO há diferença entreORDEM e DESORDEM -MORALIDADE E AMORALIDADE, pois é muito fácil passar deum lado a outro. TRATA-SE DEUM DESMASCARAMENTO QUEO AUTOR DE “Memórias de umsargento de milícias” FAZ DASOCIEDADE BRASILEIRA.
![Page 85: Romantismo geral](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022061611/559264771a28ab33128b472f/html5/thumbnails/85.jpg)
No “desmascaramentomoral” reside a essência doREALISMO de Manuel Antôniode Almeida. Um realismo quetem seus limites: odesmascaramento não ocorreatravés de análisespsicológicas, à maneira deMachado de Assis, e simatravés do humor rápido,impreciso, sem refinamento(anedótico).
![Page 86: Romantismo geral](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022061611/559264771a28ab33128b472f/html5/thumbnails/86.jpg)
Precursor do Realismo:objetividade e descrença nosvalores sociais.
Pontos de contato com oRomantismo: o estilo frouxo, alinguagem por vezes descuidadae o final feliz do romance:Leonardo se regenera, enquadra-se nas milícias e casa-se com aviúva Luisinha.