1Ação-mai/jul2004
Representantes dos funcionários do BB eleitos para os Conselhos Deliberativo e
Fiscal e para a Diretoria da Previ falam dos mandatos.
Mais da metade dosfuncionários do Banco doBrasil tem problemas coma balança. Excesso detrabalho, sedentarismo emá alimentação são osingredientes para umavida nada saudável echeia de riscos.
Mais chances para comprar a casa própria. Aumentam os inves-
timentos da cooperativa no mercado imobiliário do País.
Rotina indigestaRotina indigesta
2 Ação-mai/jul2004
DIRETORIA-EXECUTIVAPresidenteVALMIR CAMILODiretora Administrativa e FinanceiraMARIA DAS GRAÇAS MACHADODiretor de Comunicação e DesenvolvimentoLUIZ ANTONIO CARELIDiretor de Relações Funcionais, Aposentadoriae PrevidênciaDOUGLAS SCORTEGAGNADiretor de Relações Externas e ParlamentaresEMÍLIO SANTIAGO RIBAS RODRIGUES
CONSELHO DELIBERATIVOANTONIO GONÇALVES (Presidente)Ana Maria Dantas LeiteAugusto Silveira de CarvalhoCamillo CalazansCecília Garcez SiqueiraDenise Lopes ViannaÉder Marcelo de MeloÉlcio da Motta Silveira BuenoFernando Amaral Baptista FilhoHenrique PizzolatoInácio da Silva MafraJosé Antonio Diniz de OliveiraJosé BranissoJosé Sampaio de Lacerda JúniorMário Juarez de OliveiraMércia Maria N. PimentelPaulo Assunção de SousaRomildo Gouveia PintoTereza Cristina G. M. SantosVitor Paulo Camargo GonçalvesWillian José A. Bento
CONSELHO FISCALCLÁUDIO JOSÉ ZUCCO (Presidente)Antonio Carlos Lima RiosAntonia Lopes dos SantosHumberto Eudes Vieira DinizNaide Ribeiro JuniorOsvaldo Petersen Filho
DIRETORES ESTADUAISMarcos de Freitas Matos (AC)Ivan Pita de Araújo (AL)Marlene Carvalho (AM)Aliete Maria Cunha Sarmanho (AP)Pedro Paulo Portela Paim (BA)Francisco Henrique Ellery (CE)Elias Kury (DF)Sebastião Ceschim (ES)Saulo Sartre Ubaldino (GO)Miguel Ângelo R. e Arruda (MA)Francisco Alves E. Silva (MG)Edson Trombine Leite (MS)Armindo Vitor da Silva Filho (MT)José Marcos de Lima Araújo (PA)André Luiz de Souza (PB)Luiz Gonzaga Ferreira (PE)José Ulisses de Oliveira (PI)Aníbal Rumiato(PR)Antonio Paulo Ruzzi Pedroso (RJ)Herminio Sobrinho (RN)Francisco Assumpção (RO)Maria de Jesus M. Mourão (RR)Edmundo Velho Brandão (RS)Carlos Francisco Pamplona (SC)Emanuel Messias B. Moura Júnior (SE)Armando Cesar F. dos Santos (SP)Crispim Batista Filho (TO)
ANABB - SCRS 507, bl. A, lj. 15 CEP: 70351-510 Brasília/DFAtendimento ao associado (61) 442.9696 Geral (61) 442.9600Site: www.anabb.org.br E-mail: [email protected]ção: Ana Cristina Padilha e Fernando LadeiraE-mail: [email protected]ção e Editoração: Optare ComunicaçãoEditora e jornalista resp.: Renata Feldmann Revisão: Maria JúliaLuz Periodicidade: mensal Tiragem: 100 mil Capa: KeystoneImpressão: Gráfica Positiva Fotolito: Colorpress
FESTA DE BODASRecebemos, na agência de Birigui(SP), a visita do representante daANABB, Franklin Skeff, que falousobre as ações judiciais emandamento, e outras a seremimplementadas. Ele alertou-me deque poderia existir depósito em meunome na CEF, devido a processo jájulgado. Fui à Caixa e constatei umdepósito feito em março de 2003,reajustado com juros até maio de2004. Saquei o dinheiro e festejamos,eu e minha “gatinha”, o nosso 39ºaniversário de casamento com umcarro “zero” e os coraçõesrejuvenescidos de emoção e alegria.Eu e Emilia queremos expressar àfamília ANABB sincerosagradecimentos e parabenizá-lapelos excelentes resultados, tantoem causas judiciais quanto norelacionamento com o corpo deassociados.Emilia e Lineu Grácia
Birigui - SP
PARABÉNS, PREVI!Congratulo-me com Valmir Camilopelo resultado alcançado naseleições para a Previ. Espero que asmudanças necessárias sejam feitasnesta gestão. Como eleitor da Chapa3, irei acompanhar seu trabalho etorcer por todos, mas tambémcobrarei resultados. Parabéns!José Agenor Ferreira
Machado - MG
Parabenizamos a Chapa 3 pelavitória e esperamos que aspromessas de campanha não fiquemesquecidas. Principalmente emrelação à Parcela Previ (PP), da qualmuito se fala e nada se fez. Que hajauma fiscalização maior sobre osempreendimentos da Previ e que oscausadores dos maus negóciossejam cobrados pelos prejuízos. Osbrasileiros estão fartos daimpunidade. Não temos na
aposentadoria o retorno queesperávamos. Algo tem de ser feito,logo, para corrigir a injustiça.Luisa Castro e Constança Ferreira
Rio de Janeiro - RJ
VERGONHOSAAposentei-me em janeiro, com 22anos de banco. Em maio, recebi umcomplemento Previ de R$ 793.Descontaram R$ 293 de empréstimosimples e R$ 792 de empréstimoimobiliário (imóvel em uso por filhos eex-companheira). Com o complementodo INSS, recebi R$ 581 líquidos. Ondeacham que está a minha auto-estima?Maurício J. de Sousa
Uberaba - MG
FGTS NO BOLSOSou filiado há quase 20 anos.Agradeço pelas conquistasalcançadas, especialmente asrelacionadas às ações do FGTS -Planos Econômicos. Foram oito anosde espera, mas a justiça foi feita. Porinúmeras vezes, achei que todo otrabalho não daria em nada. Mas acrença, a esperança e a confiança najustiça foram decisivas para, hoje,comemorarmos os resultados.Henrique Huppers
Igrejinha - RS
Agradeço e aplaudo a eficiência daassociação que me somou aosbeneficiados do processo FGTS -planos econômicos. Não importa ovalor que recebemos mas, sim, quevencemos. Dá ânimo para acreditarque é obrigação do cidadãoreivindicar os seus direitos.Fernando Conrado
Rio de Janeiro - RJ
Este espaço dest ina-se à opinião dosEste espaço dest ina-se à opinião dosEste espaço dest ina-se à opinião dosEste espaço dest ina-se à opinião dosEste espaço dest ina-se à opinião dosle i tores. Por questão de espaço e es t i -le i tores. Por questão de espaço e es t i -le i tores. Por questão de espaço e es t i -le i tores. Por questão de espaço e es t i -le i tores. Por questão de espaço e es t i -lo, as car tas podem ser resumidas elo, as car tas podem ser resumidas elo, as car tas podem ser resumidas elo, as car tas podem ser resumidas elo, as car tas podem ser resumidas eedi tadas. Serão publ icadas apenasedi tadas. Serão publ icadas apenasedi tadas. Serão publ icadas apenasedi tadas. Serão publ icadas apenasedi tadas. Serão publ icadas apenascorrespondências ass inadas e quecorrespondências ass inadas e quecorrespondências ass inadas e quecorrespondências ass inadas e quecorrespondências ass inadas e quesejam selecionadas pelo Conselhosejam selecionadas pelo Conselhosejam selecionadas pelo Conselhosejam selecionadas pelo Conselhosejam selecionadas pelo ConselhoEdi tor ia l da Edi tor ia l da Edi tor ia l da Edi tor ia l da Edi tor ia l da ANABBANABBANABBANABBANABB.....
3Ação-mai/jul2004
Valmir CamiloPresidente da ANABB
Encerrado o processo eleitoral da Previ, éhora de agradecer os votos recebidos e dereafirmar os compromissos de campanha. Foimaravilhoso, mas poderia ter sido melhor. Aunidade poderia ter sido completa. Os processos eleitoraissão saudáveis e oxigenam a democracia, no entanto, deixampessoas pelo caminho – amigos, aliados e parceiros, ounão. Na busca pela pluralidade, somar é mais importanteque dividir.
Eu me lembro da nossa primeira grande disputa contrao grupo majoritário e mais importante do movimentosindical. Foi a eleição para o Garef, no início de 1996. Ossindicalistas apoiavam o meu amigo cearense, hoje,deputado estadual, Nelson Martins. Nós, da ANABB,vencemos a eleição apoiando o Fernando Amaral.
Depois, em 1998, a ANABB venceu mais uma disputacontra o mesmo grupo político, elegendo Henrique Pizzolatopara a Diretoria da Previ e Fernando Amaral para o ConselhoDeliberativo. Nessa eleição, também fui eleito conselheiro daPrevi, e quem ficou pelo caminho foi o Toninho Nogueirol. Eu eo Toninho, em 1989, estivemos juntos no I Congresso dosFuncionários do BB. Ele foi o presidente e eu o relator doGrupo de Trabalho que discutiu os destinos da Previ.
Em 1998, eu o Amaral estávamos juntos numa disputapela direção da ANABB. Encerrado o processo eleitoral coma nossa vitória, o grupo perdedor, que tinha maioria noConselho Deliberativo da ANABB, deu o golpe e anulou aeleição. A Justiça confirmou a nossa vitória. O Amaral estavano Garef e preferiu estimular a dúvida: aliou-se ao grupoperdedor, renunciando ao cargo de conselheiro da ANABB.
Em 2000, nova eleição para a Previ. O Pizzolatoresolveu apoiar o grupo majoritário do movimento sindical.A ANABB apoiou Augusto Carvalho e Vitor Paulo paradiretores da Previ. O Amaral lançou chapa própria. Perdeu aANABB e perdeu o Amaral: foram eleitos Sérgio Rosa e ErikPersson para diretores da Previ.
Em 2002, com apoio da ANABB e do grupo majoritá-rio do movimento sindical, construímos uma unidadepara devolver os cargos de diretores ao Sérgio e ao Erik,já que tinham sido arrancados à força pelo interventor. E,com o apoio da ANABB, elegemos Cecília Garcez,
Quem perde,perde
diretora da Associação, para o cargode conselheira deliberativa da Previ.
Com a mudança do estatuto daPrevi, coube à Cecília indicar – com aanuência da ANABB e do movimentosindical – o Amaral para o cargo dediretor de Seguridade. Hoje, os diretoresda Previ não são eleitos e sim indicadospelo Conselho Deliberativo. Os repre-
sentantes do Banco indicam os diretores representantes dapatrocinadora e os conselheiros eleitos indicam os diretoresrepresentantes dos participantes.
Neste ano, a ANABB manteve a unidade com o movimen-to sindical e o Amaral resolveu apoiar outro grupo político. Édesta eleição que estamos falando. A ANABB sempreinvestiu, com aprovação do Conselho Deliberativo, no apoioinstitucional aos candidatos nas chapas da Previ e Cassi. NaCassi, ganhamos duas vezes com o Diniz e uma vez com oLessivan e perdemos uma vez com o Romildo. Na Previ,ganhamos duas vezes com o Amaral e uma vez sem ele, eperdemos uma vez sem ele.
O que sobra nos processos eleitorais é simples: quemperdeu, perdeu e quem ganhou, ganhou.
O atual estatuto da Previ é bom? Não. O que devemosé mudar o estatuto, e nós – os eleitos da Previ – vamos tentar.Agora é hora de respeitar a regra do jogo. Nos processoseleitorais, a ANABB sempre agiu da mesma forma: abreespaço institucional para todas as chapas nos seus veículosde comunicação e escolhe uma chapa para apoiar. Quemhoje reclama do apoio institucional da ANABB, em algummomento desta história deve ter gostado.
Eu tenho compromissos no presente, tive no passado etenho para o futuro. Não traí nem mudei de lado, mantendoa independência e o respeito às diferenças. Para apostar emalianças engolimos sapos. A ANABB sempre apoiou aquelesque considerava os melhores nomes, independente do grupopolítico a que pertenciam.
Hoje, a ANABB tem aliados e parceiros como diretorese conselheiros deliberativos e fiscais na Cassi e na Previ.Portanto, assumimos responsabilidades e sabemos quepoderemos ser cobrados por isso. Agora, a ANABB não émais coadjuvante nos processos de mudança que deverãoocorrer na Previ e na Cassi. Podem acreditar.
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Pesquisa mostra que quase metadedos funcionários do Banco doBrasil estão acima do peso. Maushábitos alimentares e sedentarismotrazem prejuízos até no trabalho.
Equilibrar a correria no trabalho com umaalimentação saudável e, ainda, encontrar tempopara praticar exercícios físicos se tornou complicadopara o homem moderno. O ritmo e o excesso detarefas obrigam o trabalhador a saltar refeições e acomer depressa demais. A má alimentação desdo-bra-se em vários outros problemas, como aumentode peso, colesterol alto e hipertensão. Uma pesquisasobre a saúde dos funcionários do Banco do Brasil
feita pela Cassi, no ano passado, com 69.857funcionários revelou que 47,66% deles estão acimado peso. A amostra de funcionários entrevistadosrepresenta 87% do total de 80.650 empregados doBanco.
Segundo a pesquisa, 35,49% dos funcionáriosestão com sobrepeso, 9,54% são obesos leves,1,97% são obesos moderados e 0,66% têm obesida-de mórbida. “Os índices estão dentro de uma ten-dência mundial, mas nada mais justo do que come-çar a se preocupar com prevenção”, diz o médicoNilton Farias Pinto, coordenador do Programa deControle Médico de Saúde Ocupacional do Bancodo Brasil. Por isso, desde maio, o Banco desenvolveum programa piloto de qualidade de vida em 32agências distribuídas por Belém, Campinas, Cuiabá,Joinville, Natal e Uberlândia. O programa incluidesde alongamento e massagens até aulas de ioga,tai chi chuan e ginástica oriental, oferecidas nasagências durante o horário de trabalho. “Nossoobjetivo é melhorar a qualidade de vida das pesso-as”, afirma Nilton Farias Pinto.
Dos funcionários entrevistados no levantamen-to, somente 21,60% não apresentam risco cardíaco.
50,70% apresentam risco potenciale 24,71%, risco moderado. Aavaliação considerou peso, pres-são e colesterol dos funcionários ese eles praticavam atividadesfísicas. Com apenas 27 anos deidade, Pedro Atanásio faz partedessas estatísticas. Está acima do
peso, admite que é sedentário e se alimenta mal, esofre de estresse. Morador da pequena Aracati,cidade do Ceará com 65 mil habitantes, trabalha háapenas três anos no BB. Mas, segundo ele, emagências de cidades pequenas o volume de trabalho,às vezes, é maior. “Tem tanto serviço que muitasvezes temos de ficar além do horário”, justifica. Ànoite, Pedro ainda faz faculdade de Administração deEmpresas. Não demorou para que ele começasse asentir os sintomas do estresse, como nervosismo eimpaciência. Ele confessa que não tem costume decomer verduras e que ‘belisca’ muito. “Com a vidaque eu levo, meu apetite aumenta. Acabei engordan-do 18 quilos”, lamenta.
O excesso de trabalho também é a causa dafadiga e do cansaço mental na rotina do escriturário
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do Rio de Janeiro, Camilo de SouzaFilho, 46 anos. Acima do peso, ele dizque não consegue seguir uma dieta.“Tenho apenas 15 minutos de almo-ço. Nesse tempo, só dá para comersanduíche em pé”, argumenta. Ele também reclamada falta de tempo para atividades físicas. Apaixona-do por tênis, tenta praticar o esporte nos fins desemana. “De segunda à sexta-feira, o trabalho nosconsome tanto que inviabiliza a prática de umesporte”.
Ter uma alimentação saudável e dormir bemtambém são essenciais para a qualidade de vida.Excessos podem até ser cometidos, mas “de vez emquando”, diz o nutricionista com especialização naárea esportiva, Leonardo Costa. Ele avisa tambémque, para perder peso, é preciso fazer exercícios.“Nem que seja só meia hora por dia, mas tem demalhar”, diz. O problema é que pessoas que passammuito tempo sem nenhum tipo de atividade física eresolvem começar querem perder tudo em um mês.“O organismo demora a perder peso, e, com opassar dos anos, fica mais difícil. Daí, muita genteacaba fazendo as dietas mais absurdas, chegando aficar sem comer, o que acaba com a saúde”.
A nutricionista Marta Evangelista Araújo Alvesde Lima, do Conselho Regional de Nutrição deBrasília, alerta que as doenças decorrentes de umaalimentação inadequada só aparecem ao longo dosanos. “Não é como quebrar a perna, em quevocê vai rapidamente ao médico. “Os efeitos apare-cem depois de muitos anos e, quando aparecem, jáestão crônicos”, esclarece.
REFLEXOS NO TRABALHOMas o que é apontado por muitos bancários
como a causa de uma vida desregrada, o trabalho,
também sofre os efeitos dos maus hábitos. Quemnão se alimenta bem não trabalha direito. A estapreocupação dos nutricionistas, juntou-se outra, arespeito do nível de estresse dos funcionários do BB.A conclusão foi que 83% não apresentaramsintomas de estresse, mas 16,85% dos entrevistadosrevelaram ter algum tipo de problema – 13,47%apresentaram um grau considerável e 3,05%, umíndice elevado de estresse.
Lisângela Tomadon, 32 anos, há 11 é funcioná-ria da agência de Campo Mourão, cidade com 80mil habitantes do interior do Paraná, a 450 km deCuritiba. Há algum tempo começou a sentir ossintomas do estresse, como ansiedade, fadiga,insônia e dores no corpo. Passou três meses afasta-da, teve uma recaída quando voltou a trabalhar e,agora, se recupera em casa. Por causa da ansieda-de, a bancária começou a comer mais. “Senti logoque o meu peso estava aumentando. Agora, além dotratamento contra a depressão, tenho de travar umaluta contra a balança”, afirma.
Lizângela acredita que o excesso e o ritmoacelerado de trabalho ao longo de muitos anosforam as causas da doença. “Às vezes trabalhavaaté oito horas por dia em uma agência com umnúmero insuficiente de funcionários. O tempo eraescasso para a prática de alguma atividade física.Muitos colegas também adquiriram doenças comogastrite, úlcera e enxaqueca”, afirma.
A excessiva jornada de trabalho combinadacom hábitos errados de postura e movimentosrepetitivos também provoca doenças ocupacionaiscomo a LER – Lesão por Esforço Repetitivo – e osDistúrbios Osteomusculares Relacionados ao Traba-lho – Dort. Formigamento no cotovelo e na mão atéchegar ao ponto de não conseguir mais digitar foi oprimeiro sintoma de LER que Sândalo de Souza, 42anos, sentiu. Em 21 anos de trabalho, ele exerceudiversas funções no BB em Brasília, principalmentena área de informática. Afastado por causa dotratamento, insistiu em voltar a trabalhar e, rapida-mente, a doença se agravou. Desde então, ele nãopode mais exercer a função e qualquer movimento
Flávio Galúcio
com a
multimistura:
alimento
saudável para
o corpo e para
a alma
Clau
sem
Bon
ifácio
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com os braços provoca muitas dores. Sândalochegou a entrar em depressão e descobriu que, alémda LER, sofria também de bursite. Hoje, ele é mem-bro-fundador da Associação dos Portadores deDoenças Ocupacionais, entidade que ainda está emformação e que pretende defender os direitos dequem sofre de males relacionados ao trabalho.
BONS EXEMPLOSA realidade de muitos outros funcionários prova
não ser tão difícil imprimir qualidade no dia-a-dia e,ainda, tirar prazer disso. Aos 50 anos de idade e, há27 no BB em Brasília, o analista Flávio Galúcioensina a fórmula da vida saudável. “É preciso movi-mentar o corpo em atividades físicas, manter umaboa alimentação e fazer uma atividade prazerosa,que alimente a alma”. Flávio é adepto da famosafilosofia de Hipócrates, pai da medicina: “Faz dacomida o teu remédio”.
A proposta da alimentação alternativa, seguidapor ele, é aproveitar todas as partes nutritivas dosalimentos, como cascas, talos e folhas, que geral-mente são jogadas fora. Com esses componentes,Flávio prepara a multimistura, que não se transformaapenas em alimento para o corpo, mas também emfonte de cidadania. O bancário faz parte de umaONG, a SOS Cidadania, que, em vez de dar esmo-las, ensina 93 comunidades do Distrito Federal eentorno a aproveitar os alimentos. “Ensino o quefaço, levo meu exemplo para mostrar as vantagensda multimistura. Há dez anos não tomo remédios enão fico doente”, comemora.
Da experiência, Flávio acaba ensinando uma
outra lição. “Ajudar quem precisa traz um retornoespiritual imensurável, importante para o bem-estar epara a saúde mental”, diz. E afirma que o trabalhovoluntário não pode ser realizado no “tempo quesobra” ou no “tempo livre”. “É preciso doar o tempoque você não tem”.
Em meio à vida agitada e aos famosos engarra-famentos de São Paulo, Berenice Trentino, 43 anos,funcionária do BB há 23, consegue arranjar tempopara a família, para atividades físicas e para o lazer.Preocupada com a saúde física e mental, a bancáriasempre faz exames preventivos, freqüenta SPAs,dorme e acorda cedo.
Três vezes por semana, Berenice faz natação,esteira ou caminhada. “Cuido da alimentação eminha dieta é rica em verduras, frutas e legumes”,conta. Como trabalha oito horas por dia e otempo é apertado, ela come freqüentemente narua, mas em lugares que oferecem refeiçõessaudáveis. “Procuro almoçar em self-service, ondeencontro bastante salada e grelhados. Evitofrituras, doces e açúcar”.
A nutricionista
Janine
Coutinho:
avessa a dietas
famosas, que
prometem
perda de peso
em pouco
tempo
As necessida-des nutricionaisnão são iguais
para todos.Dependem dascaracterísticas
físicas e daatividade de
cada indivíduo.Algumas dicassimples podem
ajudar.
Não deixe de comer para trabalhar.
Para quem começa o dia cedo, o intervalo entre as refeições é muito longo.O ideal é levar frutas, iogurte ou uma barra de cereais para o trabalho.
Dê preferência a peixes e vegetais.
Coma sempre com calma, devagar e mastigando bem os alimentos para evitardigestões difíceis.
Não esqueça de beber água.
Coma frutas e hortaliças, pelo menos cinco porções (pratos pequenos) por dia.
Evite doces todos os dias e tente consumir em quantidades reduzidas.
Evite alimentos enlatados ou ricos em gorduras.
Não coma presunto todos os dias.
Leia sempre o rótulo dos alimentos
BO
CA
AB
AIX
O
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7Ação-mai/jul2004
Alimentar-se bem pressupõe incluir no cardápio alimentos detodos os grupos, como carboidratos, proteínas e gorduras.
As quantidades de cada grupo dependem de um cálculomatemático que envolve o peso, a idade, o estado de
saúde da pessoa e o tipo de exercício que ela pratica.Hoje, muitos nutricionistas recomendam utilizar a
pirâmide de alimentos. Na base estão oscarboidratos mais complexos, como arroz, batata, e
todos os tubérculos. Em seguida, os grupos defrutas e verduras. Em outro nível aparecem
feijão, carnes e ovos. Por último, em quantida-des reduzidas, estão os açúcares, com todo o
tipo de doces, como balas, chocolates erefrigerantes; e as gorduras, como mantei-
ga, margarina e bacon. “O ideal é comerporções pequenas e equilibradas dos
alimentos da pirâmide”, ensina anutricionista Janine Coutinho.
POR DENTRO DA PIRÂMIDE
TODAS AS DIETAS DOMUNDO
Dieta da sopa, da USP, da lua,de South Beach, de Beverlly Hills, dotipo sangüíneo, do abacaxi, doslíquidos, hipossódica, vigilantes dopeso, da contagem de calorias, dospontos, das cores, dos astros, doscarboidratos, das proteínas. Com certezavocê já ouviu falar em pelo menos uma dessasdietas, algumas mais populares, outras menos. Oproblema é que, com a expectativa de perder pesorapidamente, algumas pessoas seguem receitastão exóticas quanto perigosas, e, pior, fazemrestrições alimentares por conta própria.
A nutricionista Janine Coutinho, pesquisadorado Observatório de Políticas de Segurança Alimentare Nutrição da Universidade de Brasília – UnB –,afirma que as dietas não levam em conta o hábitoalimentar da pessoa e, por isso, são difíceis de seremseguidas. “A dieta do médico americano RobertAtkins, por exemplo, é feita à base de proteína egordura. Para quem está acostumado a comerfeijão e arroz, vai ser muito difícil conseguir levar adieta adiante”, argumenta Janine. Dietas como ados carboidratos acabam ganhando publicidade
porque as pessoasperdem peso num
período curto de tempo.A nutricionista alerta, no
entanto, para a grandequantidade de gorduras
que é consumida, muitomais do que o organismo da
pessoa precisa. “Isso traz prejuízospara o rim e doenças crônicas, como
colesterol alto”.Já fracionar as refeições - pelo menos, cinco
por dia – é uma recomendação com a qual amaioria dos nutricionistas concorda. “Às vezes umabarra de cereal no meio da manhã, uma maçã nomeio da tarde, e uma pêra à noite complementamas refeições principais”. Para quem come na rua, oideal é tentar consumir lanches mais saudáveis. Osrestaurantes self service são uma boa opção eoferecem saladas e frutas como sobremesa. “Nãoexiste uma receita pronta. O ideal é usar o bomsenso na hora de se alimentar”, explica.
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Campanha salarialA Minuta Mínima Unifica-
da e a proposta de pré-acordoforam entregues, no dia 17 dejunho, por uma comissão debancários ao presidente daFebraban, Márcio Cypriano.Além de representantes debancos privados, participaramda reunião na sede da Federa-ção Nacional dos Bancos, emSão Paulo, pela primeira vez,representantes do Banco doBrasil e da Caixa EconômicaFederal, cumprindo uma sinali-zação da equipe econômica dogoverno federal. Dez diasantes, em Brasília, os ministrosda Fazenda, Antônio Palocci, edo Trabalho, Ricardo Berzoini,manifestaram-se favoráveis àpresença dos dois bancosoficiais nas negociações da
campanha salarial unificada. Aconfirmação foi feita por Palocciao presidente da CNB-CUT,Vagner Freitas. Já o secretário-executivo do Ministério do Traba-lho, Alencar Ferreira, afirmou, naabertura dos congressos doBanco do Brasil e da Caixarealizados durante a Conferên-cia, que o ministro RicardoBerzoini estava trabalhando paraos bancários conquistarem umaconvenção coletiva melhor doque no ano passado.
De acordo com MarcelBarros, que coordenou o XVCongresso dos Funcionários doBB, a reivindicação de reajustede 25% tem a função de agre-gar algum ganho aos salários.O índice é composto pelainflação do ano, calculada em
A campanha salarial 2004/
2005 foi lançada, no início
de junho, em São Paulo, na
VI Conferência Nacional
dos Trabalhadores do
Ramo Financeiro. Mil e
duzentos delegados sindi-
cais de todo o País, repre-
sentando bancos públicos
e privados, aprovaram a
formação de uma mesa de
negociação única a ser
estabelecida junto à Fede-
ração Brasileira das Asso-
ciações de Bancos. Os
bancários querem
reajuste salarial de 25%,
além de propostas
de melhoria de
emprego e renda.
6,22%, e por um aumento realde 17,68%. Para Barros, acampanha salarial já produziuum ganho que foi a unificaçãoda mesa de negociação. “É umsinal do resgate da capacidadede luta dos bancários, ocorridona campanha de 2003. Portan-to, se em setembro não houver
PRINCIPAIS
REIVINDICAÇÕES
DA MESA
UNIFICADA
Jailt
on G
arcia
Fernando Ladeira
9Ação-mai/jul2004
acordo, vamos para a greve”,afirma.
O conselheiro deliberativo,José de Lacerda Júnior dizesperar do setor financeiro amesma sensibilidade de outrossetores da economia paraconceder reajustes. “No setorautomotivo, a Volkswagen
concedeu, em maio, um aumen-to real de 3,4% acima da infla-ção do período e a Peugeotaumentou os salários dosfuncionários em 2,35% acimada inflação”, diz.Lançamento da campanha salarial na VI
Conferência Nacional dosTrabalhadores do Ramo Financeiro, em
São Paulo.
SALÁRIO Reajuste de 25%
EMPREGO Redução da jornada de 6 para 5 horas/dia contínuas, sem perda salarial; ampliação dohorário de atendimento ao público para o período de9h às 17h; revogação da Resolução 3156 do BancoCentral, que trata da função de correspondentebancário; fim das terceirizações; manutenção dosempregos e direitos nas fusões e incorporações debancos; garantia do emprego por um ano após aassinatura da convenção coletiva; ratificação da
Convenção 158 da OIT, que proíbe demissõesimotivadas; proibição de estagiários nas agências efim do uso fraudulento de mão-de-obra.
RENDA Elevação do piso para R$ 1.421,62 (mínimodo Dieese); aumento da PLR; não-aceitação deabono como parte do índice de reajuste; 14º salário;13º talão de tíquete-alimentação; dar a opção depagamento dos tíquetes em papel ou cartão; auxílio-educação; retorno do anuênio para todos; isençãode tarifas bancárias; redução das taxas de juros.
Jailton Garcia
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Novos diretores e conselheiros
”A Cassi tem vocação para serpioneira, desde a criação em 1944,confirmada hoje com o Plano SaúdeFamília”, afirmou José Antônio Diniz deOliveira ao ser reconduzido à Direção deProdutos e Atendimento ao Cliente daCassi, em 31 de maio. Diniz ressaltouque estão sendo lançados os meios paraa Cassi firmar-se no mercado e obter oequilíbrio econômico-financeiro. Lembrouser preciso acertar com o BB oreequilíbrio do Plano de Custeio, e lançaro Plano Odontológico para tornar a“saúde contagiosa”.
O vice-presidente de Gestão dePessoal do Banco do Brasil, Luiz OswaldoSant´lago, empossou os novos membros da direto-ria e dos Conselhos Deliberativo e Fiscal da Cassi,representando o BB. Segundo Luiz Oswaldo, omomento era de parabenizar os que saíam e os queentravam, por construírem o mesmo caminho: o deencontro dos homens na busca de ser mais no setorde saúde.
Parte da diretoria e dos conselhos foi eleita eparte foi indicada pelo Banco do Brasil. Foramreconduzidos aos cargos o diretor-superintendenteSérgio Vianna (indicado pelo BB), e o diretor-executi-vo eleito José Antônio Diniz de Oliveira(foto). Para o Conselho Deliberativo foram eleitoscomo titulares Denise Vianna (vice-presidente) eRoosevelt Rui dos Santos. O conselheiro deliberativoindicado pelo BB é José Ismar Torres. Respectivamen-te, os suplentes dos eleitos e indicados são CláudioBarbirato, Geraldo Magnanelli e Marcelo Farinha.Diretores e conselheiros deliberativos cumprirão ummandato de quatro anos. Para titulares do ConselhoFiscal foram eleitos, pelo período de dois anos,
Novos diretores e conselheiros
Márcio José Chaves, João AntônioMaia Filho e Milton Rezende, e,como suplentes Marcel Barros,José Anchieta Dantas e JoséProença Duarte. Os conselheirosfiscais têm mandato com duraçãode dois anos.
A presidente do ConselhoDeliberativo da Cassi, GraçaMachado, transmitiu o cargo paraDeise Lessa, e continua comodiretora Administrativa e Financei-ra da ANABB. Denise Vianna,escolhida para vice-presidente peloConselho Deliberativo, considerou
importante a presença de dois conselheirosdeliberativos da ANABB na entidade. “Diniz e eusomos uma ligação e também uma extensão doscompromissos da ANABB com seus associados,com o objetivo de buscar os melhores caminhospara a saúde do funcionalismo e seus familiares”.
Estiveram presentes àconcorrida cerimônia no edifí-cio-sede III do BB, o presidenteda ANABB, Valmir Camilo; aex-diretora de Comunicação eDesenvolvimento, CecíliaGarcez; o diretor de RelaçõesFuncionais, Aposentadoria ePrevidência, DouglasScortegagna; os diretores deAgronegócios e de Tecnologiado Banco do Brasil, RicardoConceição e Cerqueira César,respectivamente; e representan-tes de entidades parceiras daCassi e BB.
DINIZ : “a Cassi temvocação para serpioneira, desde a criação,confirmada hoje com oPlano Saúde Família”
DENISE : “somos uma ligação etambém uma extensão doscompromissos da ANABB com seusassociados”
Fernando LadeiraFernando LadeiraFotos: Arquivo CassiFotos: Arquivo Cassi
11Ação-mai/jul2004
Diretores da ANABB foram ao Ministério Públicodo Trabalho em 15 de julho denunciar a política dedemissões incentivadas promovida pelo Banco doBrasil. Em um intervalo de quatro meses, o BB fechousem sucesso o Plano de Afastamento Incentivado - PAI50 e lançou, no dia 1º de julho, o Plano deEstímulo ao Afastamento - PEA. O prazo de adesão ésempre curto, de pouco mais de 30 dias, voltado aomesmo público-alvo (que são os funcionários quecompletarão 50 anos de idade ao assinarem o contra-to), e, no caso do PEA, com o acréscimo debenefícios não oferecidos aos que recentementeaderiram ao PAI-50.
”Entendemos que o Banco deva promover
ANABB denuncia PEA aoMinistério Público
um plano permanente de incentivo à aposentadoriaou saída da empresa, para que os que não desejammais continuar tenham regras claras e bem definidasdo rumo que podem tomar”, afirmou o diretor deRelações Externas e Parlamentares, Emílio Ribas, aovice-procurador geral do MPT, Otávio Brito Lopes.
”A Associação mantém a coerência deposições desde o evento do PDV, em 1995, e lutapara que esse tipo de plano sempre seja estendido atodos os funcionários do Banco”, afirmou ao vice-procurador geral o diretor de Relações Funcionais,Aposentadoria e Previdência, Douglas Scortegagna.Segundo ele, o que está em jogo é a isonomia detratamento entre empregados, e “não dá para irinventando planos, cada um com novas vantagenssempre que houver interesse da instituição de livrar-sede um público específico. Isso cria uma enormeinsegurança em todos”.
Ainda na atual gestão do BB, em 2003, aDireção promoveu um programa de saída para altosexecutivos com vantagens e sem sequer exigir quaren-tena. “A ANABB não é contra o favorecimento à saída,mas deve-se preservar a dignidade da instituição e dosfuncionários, e há condições de o Banco debater oassunto até chegar a uma síntese perene, e não deocasiões”, afirmou Emílio Ribas.
Após o lançamento do PEA, em 1º de julho, aANABB acompanhou as entidades representativas dosbancários e manifestou-se sobre o plano, questionan-
do o lançamento em períodode campanha salarial, a não-inclusão das mulheres comobeneficiárias e as incertezasque a proposta provoca aonão definir posição sobre ofim da Parcela Previ. A expec-tativa com a denúncia ao MPTé de provocar o Banco asentar-se em mesa de nego-ciação para unificar posições,ao invés de dividir a categoria.
Arqu
ivo
12 Ação-mai/jul2004
Novos projetos
CONSTRUÇÃO DE NOVOS EMPREENDIMENTOS
A Cooperativa está iniciando a construção de outro edifíciona cidade de Águas Claras. Trata-se de um prédio com 72unidades, sendo quatro apartamentos vazados por andar.Cada imóvel, com aproximadamente 112 metros quadradosde área útil, terá três quartos (uma suíte), banheiro social,DCE e duas vagas na garagem. O projeto de arquitetura jáfoi concluído e protocolado perante os órgãos competen-tes. O lançamento está previsto para agosto.
ÁGUAS CLARAS
100% DE ADESÃO Primeiro empreendimento daCoop-ANABB, o edifício Morada Nova, em ÁguasClaras (DF), foi totalmente adquirido. Os coopera-dos que aderiram ao Morada Nova vão receber aschaves dos apartamentos em maio de 2005. ACoop-ANABB garante o cumprimento do prazo.
PERFIL ECONÔMICO A Coop-ANABB está desen-volvendo um projeto em Samambaia (DF) com doisblocos de edifícios de 42 unidades cada. Em breve, oscooperados terão informações mais detalhadas sobreo empreendimento.
PROJETOS EM CIDADES QUE NÃO PERMITEMEMPREENDIMENTOS COLETIVOS A Cooperativacontratou profissionais especializados para encontrarsoluções de financiamento para a construção deresidências individuais onde a construção coletiva éinviável.
COMO PARTICIPAR DA COOP-ANABB Para setornar filiado da Coop-ANABB basta acessar o site daANABB, www.anabb.org.br, e o link da Coop-ANABB.Você também pode aderir à cooperativa pelos telefones(61) 442-9672 e 442.9673, ou pelo fax (61) 442-9676.
O sonho da casa própria está cadavez mais perto de ser realizado. Basta
filiar-se à Cooperativa Habitacionalda ANABB – Coop-ANABB. Em apenasum ano de existência, a Coop-ANABBjá conquistou credibilidade e ganhou
a confiança dos cooperados. Vejacomo:
Keys
tone
13Ação-mai/jul2004
Em breve, os cooperados da Bahia e do Brasil,vão ter a oportunidade de comprar apartamen-
to em Salvador. Foi firmado contrato de per-muta de um terreno com 4 mil m2 quadrados
no bairro Iguatemi para a construção de umprédio de 23 pavimentos. O projeto de arquite-
tura será assinado pelo arquiteto baiano Fer-nando Peixoto e prevê 92 unidades, de dois e
três quartos, com DCE e vagas na garagem. Osapartamentos de dois quartos terão área priva-tiva de aproximadamente 84 m² e os de três, emtorno de 110 m². O lançamento será em agosto.
A Coop-ANABB já pesquisou, noRio de Janeiro, terrenos situados
no Recreio dos Bandeirantes ena Barra da Tijuca, entre outros
bairros. Em breve, vai realizaruma pesquisa com as principaislocalizações e o perfil do empre-
endimento.
Diretores da Cooperativa estiveram em BeloHorizonte e visitaram diversos terrenos nosbairros Sion, Nova Suíça e Buritis. Mas a escolhado imóvel onde será construído o primeiro em-preendimento da Coop-ANABB na capital minei-ra vai depender do resultado da pesquisa envia-da aos cooperados e que está disponível no site
da ANABB. Para responder à pesquisa, bastaacessar ww.anabb.org.br. De qualquer forma, asnegociações com os proprietários de um lote de10 mil m2 no bairro Sion já estão adiantadas.
SALVADOR
RIO DE JANEIRO
BELOBELO HORIZONTE
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14 Ação-mai/jul200414 Ação-mai/jun2004
Ação: Qual a avaliaçãosobre as eleições da Previ?Valmir Camilo: O resultado foia manifestação do funcionalis-mo, legítima, porém avançousobre aspectos além da análisedos candidatos. O momentopolítico nacional, a discussãosobre o IGP-DI, a campanhasalarial, os compromissos nãocumpridos de eleições anteriores,a união entre movimento sindicale ANABB foram temas quecontaminaram o processo comdesvantagem para a chapavencedora. Nem todos entende-ram a importância da unidadepara os destinos da Previ e seusbeneficiários. Hoje, o compro-misso de quem venceu é muitomaior.
Novos representantes na PreviEleitos por 38,9 mil participantes – o que representou60% dos votos válidos –, os novos conselheiros daPrevi têm muito o que fazer nos próximos quatroanos. Os conselheiros deliberativos Valmir Camilo eJosé Ricardo Sasseron e a conselheira fiscal PaulinaBenedetti ganharam as eleições defendendo a voltado estatuto democrático de 1997, o restabelecimentoda contribuição 2 x 1, o aumento do benefício míni-mo e o fim da Parcela Previ. Depois de tomar posse,em junho, os conselheiros eleitos falaram ao Açãosobre o processo eleitoral e as expectativas quantoao mandato, que irão exercer junto a outras ativida-des. Valmir Camilo continua na presidência daANABB. José Ricardo Sasseron é presidente daAnapar - Associação Nacional dos Participantes deFundos de Pensão – e Paulina Benedetti, vice-presidenteda Fecob – Federação das Cooperativas de Consumo dosFuncionários do Banco do Brasil.
VALMIR CAMILOVALMIR CAMILO JOSÉ RICARDO SASSERONJOSÉ RICARDO SASSERON
15Ação-mai/jul200415Ação-mai/jun2004
Sasseron: A vitória da Chapa 3foi a vitória do movimento orga-nizado do funcionalismo. Osassociados votaram nos candi-datos indicados pelos sindicatos,pela ANABB e pelas outrasentidades. Votaram na credibili-dade de nossas entidades repre-sentativas e em quem semprebatalhou pela garantia de nossosdireitos, pela defesa de nossosinteresses. Votaram porqueacreditam que nós, da Chapa 3,somos os candidatos maishabilitados para lutar pelasmelhorias que a Previ precisa.Paulina: Muito positiva. A únicaressalva é quanto ao número deassistidos que não participou.Acredito que a insistência na boacomunicação melhoraria essequadro.
Ação: Durante a campanha,qual foi a maior preocupação
manifestada pelos asso-ciados da Caixa de Previdên-cia?Valmir Camilo: Muitos são osassuntos que preocupam ofuncionalismo quando falamosda Previ. No entanto, no bojo detodas as preocupações está umapergunta que nós, os eleitos,temos a obrigação de responder:a Previ vai continuar garantindonossa aposentadoria comisonomia de tratamento entre osparticipantes, com respeito àsregras previamente estabelecidase com relações democráticasgarantidas por seus instrumentosnormativos?Sasseron: Fizemos centenas dereuniões com associados detodo o Brasil e detectamos queas nossas propostas coincidemcom as maiores preocupaçõesdos associados: extinção daParcela Previ, recuperação doestatuto democrático de 1997,reabertura da Carim para todos(novos e antigos), revisão doplano Previ Futuro rumo àisonomia e resgate das contribui-ções do Banco no plano PreviFuturo.Paulina: Entre os aposentadosdestaca-se a preocupação coma retomada do estatuto de 97. Jáo pessoal da ativa preocupa-secom o fim da parcela Previ, paraque também possa se aposentarcom dignidade.
Ação: Que grande desafio osconselheiros eleitos têm pelafrente?Valmir Camilo: Responder comfirmeza à pergunta que estácolocada e apontar para umagestão transparente, democráti-ca, plural e de muito trabalho
focado na solução das pendên-cias que tiram o sono dos parti-cipantes.Sasseron: O grande desafio écumprir os compromissos decampanha e lutar pelasmelhorias necessárias. Vamosbatalhar pelas mudanças emvárias frentes: internamente, naPrevi; junto ao Banco – emnegociações que envolvam ossindicatos e as entidades; e juntoao governo.Paulina: Trabalhar pela redemo-cratização da Previ, com areintegração do Estatuto de 97 eo fim das medidas impostasdurante o período de interven-ção.
Ação: Vai ser possível cum-prir as promessas de campa-nha?Valmir Camilo: Os eleitos,sozinhos, não podem mudarnada. No entanto, alguns mem-bros da Diretoria e dos Conse-lhos, que representam a patroci-nadora, têm uma história de vidae de compromissos com ostrabalhadores que podem produ-zir as mudanças necessárias naPrevi. O espaço para debate e aoportunidade nunca estiveramtão presentes. Aos eleitos cabemações no sentido de envolver ofuncionalismo nesse debate quepode fazer uma Previ melhor, paraos participantes, para a patroci-nadora e para País.Sasseron: No que depender denós, sim. Precisamos, no entanto,do apoio e do envolvimento dofuncionalismo para pressionar oBanco a aceitar nossas reivindi-cações. A Parcela Previ, porexemplo, pode ser revista utili-zando recursos que estão
PAULINA BENEDETTIPAULINA BENEDETTI
16 Ação-mai/jul2004
contabilizados no Fundo Parida-de e que podem ser negociadoscom o Banco. Esse fundo foiconstituído com a vitória dossindicatos nas ações que impedi-ram, em 2001, o repasse ilegalde R$ 2,3 bilhões ao Banco doBrasil. A resistência dos dirigen-tes eleitos e dos sindicatos em2001 poderá, agora, viabilizarganhos reais para os associa-dos.Paulina: Sim. Temos consciênciada necessidade das mudanças,temos proposta, empenho,disposição e vontade política.
Ação: O número de aposen-tados e pensionistas quevotaram nestas eleiçõessuperou o de pleitos ante-riores. No entanto, a grandemaioria ainda está distantedos processos eleitorais. Oque fazer para mudar essequadro?Valmir Camilo: Desta vezmelhoramos o desempenho juntoaos aposentados e pioramos emrelação aos funcionários daativa – que têm todas as facilida-des para votar. Talvez a respostapara a grande pergunta a queme referi anteriormente estejatirando o interesse do fun-cionalismo da ativa e aumentan-do a preocupação dos apo-sentados que estiveram maisdistantes nos processos eleitoraisanteriores. Encontrar mecanis-mos de votação que aproximemesses dois universos de eleitores,deve ser, também, o compromis-so de toda a direção da Previ.Sasseron: Devemos melhorar oscanais de comunicação – tantodo fundo quanto das entidadesde representação – com os
aposentados e incentivar a suaparticipação permanente. Du-rante nossa gestão, queremosfazer muitas reuniões e debatescom os aposentados, paraincentivar a participação delesno dia-a-dia da Previ.Paulina: Acredito que a otimiza-ção da comunicação, demons-trando a transparência e adignidade da gestão, possatransmitir credibilidade aosassistidos, motivando-os aparticipar efetivamente.
Ação: Simpatizantes daANABB criticaram a aliançacom o movimento sindicaldurante a campanha. Oinverso também ocorreu.Como vocês encaram estascríticas?Valmir Camilo: Análise otimista
de muitos e pesquisas realizadasdavam conta de que era possívelvencer as eleições com umachapa com apoio exclusivo daANABB. O risco de um processoeleitoral é muito grande e oresultado poderia produzirperdedores com boas relaçõescom o atual governo, portantocom boas relações com a dire-ção da patrocinadora. As nego-ciações seriam muito maiscomplicadas com este cenário eoptamos por aparar as arestasantes, unificar no que erapossível – e as convergênciaseram maiores que as divergên-cias – e assumimos compro-missos únicos e conjuntos parafacilitar a gestão. Foi umamedida madura e importante,que no futuro, tenho certeza,será reconhecida por todos.Sasseron: Sempre respondiadizendo que a união interessaaos trabalhadores, e, a divi-são, ao Banco. Que este é omomento de lutar pormelhorias na Previ, e, por isso,devemos privilegiar as idéiascomuns à ANABB e aos sindi-catos e deixar em segundoplano as nossas divergências.Salientava, também, que aspropostas e compromissos daChapa 3 foram construídas demaneira consensual peloscandidatos e entidadesapoiadoras.Paulina: As divergências entreo movimento sindical e aANABB não representambarreiras intransponíveis, quenão permitam aliar nossasforças. Acima dessas divergên-cias está o esforço de ampliar,com esta composição, a parti-cipação dos representados na
16 Ação-mai/jul2004
VALMIR CAMILO
“É importante reduzir a
distância entre eleitos e
eleitores. Não podemos
continuar com a
lógica de procurar elei-
tores só nas eleições.
Dar satisfações conquista
respeito e confiança”.
17Ação-mai/jul2004
Previ, o que significa um avan-ço democrático.
Ação: Os fundos de pensãodevem ajudar o governo?Como os fundos podemcontribuir para o desenvolvi-mento nacional sem compro-meter sua principal fi-nalidade que é de garantir opagamento de benefícios aosaposentados e pensionistas?Valmir Camilo: Um fundo comcerca de R$ 60 bilhões de ativos,que movimenta o mercado decapitais e ainda controla ouparticipa do controle de mais de200 empresas no País, já ajudamuito o governo. O que forpossível fazer mais, sem compro-meter a finalidade principal daCaixa de Previdência – que éhonrar os compromissos com o
funcionalismo do Banco doBrasil – sou favorável. Buscarsoluções com rentabilidade eriscos controlados é um dever detoda a direção da Previ, emrelação ao governo e a todos osoutros parceiros comerciais.Sasseron: Qualquer investimen-to dos fundos de pensão, sejaem parceria com investidoresprivados ou com o poder públi-co, somente deverá ser feito sehouver garantias reais, retorno erentabilidade adequados. Nãopodemos aceitar imposições dogoverno. Mas temos plenaconsciência de que os fundosdevem, sim, privilegiar investi-mentos que contribuam para odesenvolvimento nacional, quegerem emprego e renda. Apoupança acumulada pelosfundos de pensão ajudará aviabilizar o crescimento auto-sustentado, trará maior estabili-dade para a economiabrasileira, menores riscos paraos investidores e, portanto,maior segurança à própria Previ.Paulina: Os fundos de pensãoconstituem, por si só, uma forçasócio-econômica e podem,perfeitamente, contribuir aindamais com investimentos quetenham retorno garantido.
Ação: Que tipo de comunica-ção será estabelecida juntoaos assistidos da Previ parafavorecer uma represen-tatividade mais ajustada?Valmir Camilo: Continuar odebate; editar um jornal trimes-tral dos eleitos da Previ e Cassi,com apoio da ANABB, movimen-to sindical e outras entidades;aperfeiçoar os mecanismos decomunicação eletrônica; e
municiar todas as assessorias decomunicação dos pequenossindicatos, associações e entida-des regionais são algumas daspossibilidades que, eu acredito,podem reduzir a distância entreeleitos e eleitores. Não podemoscontinuar com a lógica de procu-
rar eleitores só nas eleições. Darsatisfações conquista respeito econfiança.Sasseron: Além de procurarespaço nos canais de comunica-ção da própria Previ, de sindica-tos, associações de aposenta-dos, AABBs, ANABB, entreoutras entidades, precisamoscriar informativos dos dirigenteseleitos, inclusive via Internet.Queremos, também, ouvir osassociados, para que eles nosapresentem as suas demandas.Paulina: Uma comunicaçãoclara, objetiva, honesta e trans-parente.
Ação-mai/jul2004
JOSÉ RICARDOSASSERON
PAULINA BENEDETTI
“Não podemos
aceitar imposições do
Governo. Mas temos
consciência que os fundos
devem, sim, privilegiar
investimentos que contri-
buam para o desenvolvi-
mento nacional”.
“Temos consciência
da necessidade das
mudanças, temos pro-
posta, empenho,
disposição e vontade
política”.
17
18 Ação-mai/jul2004
CECÍLIA GARCEZCECÍLIA GARCEZ
A nova diretora de Planeja-
mento da Previ, Cecília Mendes
Garcez Siqueira, tomou posse no
começo de junho, inaugurando
uma nova fase na entidade.
Cecília Garcez é a primeira mulher
a ocupar um cargo de diretoria em
100 anos de Previ.
Ex-diretora de Comunicação e
Desenvolvimento da ANABB,
Cecília acumulou experiência em
entidades de representação dos funcionários do
Banco do Brasil. Em 2002, assumiu a Diretoria de
Relações Funcionais, Aposentadoria e Previdência
da ANABB e foi eleita para o Conselho Deliberativo
da Previ. No ano passado, foi a mais votada na
eleição da ANABB para o Conselho Deliberativo,
que a indicou, em seguida, para a Diretoria de
Comunicação e Desenvolvimento da associação.
Na Previ, Cecília Garcez ocupa o cargo
indicada pela Chapa 3, vencedora das últimas
eleições dos Conselhos Deliberativo e Fiscal. Em
entrevista ao jornal Ação, ela fala de expectativas
e planos para os quatro anos de mandato.
Que tipo de trabalho você deve desempenharna Diretoria-Executiva da Previ que não odiferencie do de conselheira deliberativa?São dois cargos de igual importância, mas comfunções e pontos de vista diferentes. No ConselhoDeliberativo, órgão máximo da Previ, discutem-se,em reuniões mensais, as macroquestões da entida-de. Como diretora, irei acompanhar o dia-a-dia daPrevi, participar ativamente de todas as decisões econhecer mais profundamente cada área deatuação. É uma relação totalmente diferente, a
Poderfeminino
demanda é bem maior. A gentenão imagina o mundo que é aPrevi. Achamos que é só pagaraposentadorias e cuidar dofinanciamento imobiliário epessoal, mas o mecanismo queexiste para que se tenha condi-ções de cumprir com essesobjetivos é enorme.
Você espera sofrer algumtipo de pressão por ser aprimeira mulher a assumiruma diretoria na Previ?É uma grande responsabilidadeser a primeira mulher diretorada Previ no momento em que secomemora o seu centenário. Aomesmo tempo, é desafiador.Nós, mulheres, sempre somosmais cobradas, temos de mos-
trar mais serviço, lutar para ter nosso trabalhoreconhecido. Mas não queremos mais ficar nosbastidores, em segundo plano na esfera profissio-nal. Por isso, ser a pioneira na Previ me deixa muitofeliz, principalmente pelo fato de poder mostrar queos tempos são outros e que as mulheres devembuscar seu espaço profissional. E esse espaçoexiste. A receptividade que tive na Previ, tanto dosatuais dirigentes como do corpo funcional foi amelhor possível. Agora, é mostrar, principalmentepara as pessoas que confiaram no meu trabalho,que mereço estar aqui e que vou dar o melhor demim em benefício dos colegas do BB.
Quais as expectativas para esta gestão queinicia agora?Estou confiante de que vamos conseguir avançarnas conquistas, começando pela Parcela Previ,compromisso da Chapa 3, pela qual fui indicada, epelo benefício mínimo. Essas são prioridades nanossa gestão, bem como a abertura de financia-mento imobiliário, entre outras. A Chapa 3 venceuas eleições por causa da unidade entre a ANABB eo movimento sindical e, juntos, vamos conseguirvitórias históricas para os associados da Previ.
A Diretoria Executiva da Previ é composta por um presidente e cinco diretores: de Administração, de Partici-pações, de Investimentos, de Planejamento, e de Seguridade.
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19Ação-mai/jul2004
ANABB ELEGE NOVOS DIRETORES
Os novos diretores de Comunicação e Desenvolvimento ede Relações Externas e Parlamentares da ANABB forameleitos no último sábado pelo Conselho Deliberativo. LuizAntonio Careli (na foto, à esq.) e Emílio Santiago RibasRodrigues (na foto, à dir.) irão substituir, respectivamente,Cecília Garcez e José Sampaio de Lacerda Júnior. Careli ématemático, foi presidente do Satélite Esporte Clube, e deixaa vice-presidência da Fenabb. Já o advogado Emílio Ribasdeixa a GEREL de Porto Alegre para assumir, pela segundavez, uma Diretoria na ANABB. Cecília Garcez foi para aDiretoria de Planejamento da Previ e continua no ConselhoDeliberativo da ANABB, assim como José Sampaio Júnior,que também foi eleito para o Conselho de Administraçãoda Coop-ANABB.ANABB PEDE ESCLARECIMENTOSSOBRE PPPRepresentantes da ANABB visitaram, em maio, o relator doprojeto de Parcerias Públicos-Privadas (PPP), deputadoPaulo Bernardo (PT-PR), para esclarecer dúvidas quanto apossíveis investimentos dos fundos de pensão em projetosde infra-estrutura no Brasil. A preocupação deve-se aintenções, já declaradas, de membros do governo, deutilizar aproximadamente R$ 40 bilhões disponíveis noscaixas dos fundos, entre eles, a Previ. O deputado PauloBernardo garantiu que não há nem haverá pressão paraessas instituições investirem nos projetos consideradosimportantes pelo governo. Até porque, afirmou o deputa-do, os fundos de pensão só teriam R$ 3 bilhões/anopassíveis de aplicação.O parlamentar informou que o objetivo do projeto éincentivar a iniciativa privada a investir em obras quenecessitem de um aporte de recursos maior do que odisponível nos cofres da União. O projeto de ParceriasPúblico-Privadas já foi aprovado na Câmara dos Deputadose está em análise no Senado Federal.
CANDIDATOS ÀS ELEIÇÕES DEVEMENVIAR DADOS À ANABBFuncionários do BB que se candidatarem a vereador,prefeito ou vice-prefeito nas eleições de outubro vão terespaço para divulgar suas propostas em uma ediçãoespecial do jornal Ação. Os interessados devem enviar àANABB, até nove de agosto, as seguintes informações:nome, número da matrícula, nome junto ao TRE, partido,cargo ao qual está concorrendo, reduto eleitoral, estado,endereço residencial, telefones fixo e celular, número dofax, contato do comitê eleitoral, e currículo, em até cincolinhas, da atuação política. O candidato deve informartambém se já exerceu cargo eletivo. A ficha deve serenviada pelo fax (61) 442.9666/ 9633, pelo [email protected] ou pelo sitewww.anabb.org.br, no link “Eleições 2004”.
SEGURO DA SORTE
Os associados da ANABB que fizeram o seguro DecessoComplementar (com idade de até 65 anos) e os associados quecontrataram a cobertura do Decesso Complementar Master (paraquem tem mais de 65 anos) continuam ganhando. Já que cadasegurado ganha um título de capitalização no valor do seguroadquirido, com os sorteios realizados nos quatro últimos sábadosdo mês, todo mês tem quatro sortudos. Do início do ano para cá,por exemplo, José Fernandes Torres, de Caruaru (PE), e HélioLima de Oliveira, de Brasília (DF), foram alguns dos sorteados.Na foto, o associado Sérgio Maurici (no centro), de Brusque (SC),recebe o cheque dos dirigentes da ANABB Cláudio Zucco,Douglas Scortegagna, Chico Pamplona e Inácio Mafra (da esq.para a dir.). Em abril, os números dos títulos sorteados foram94.406; 21.765; 75.000 e 18.887. Em maio, 59.384; 17.981;98.098 e 25.394. Os números de junho seguem abaixo.
20 Ação-mai/jul2004
Douglas Scortegagna é diretor de RelaçõesFuncionais Aposentadoria e Previdência
Qual o preço que teremos de pagarpara termos governabilidade? É lamentável oque estamos assistindo sobre esse tema noatual governo. Quando o elegemos, imaginamosjamais ter de passar pelo constrangimento de continu-ar fatiando a carne para dar o filé mignon a políticosinteresseiros de plantão.
O que vemos, mais uma vez, é que tudo o quefoi pregado, até a chegada ao poder, está sendojogado no lixo e caindo na mesma esparrela de que senão entregar generosas fatias do poder à base aliada(aliada?), não será possível governar. Para tal vão seentregando os anéis para não perder os dedos.
É inacreditável que o governo Lula, para isso,tenha de ficar refém de políticos que ele e seu partido,até recentemente, rechaçavam e acusavam de seremos vendilhões do Brasil. É inaceitável que tenha de sesujeitar a ser “ajudado” por políticos que foram datropa de choque de Collor, tais como RobertoJéferson, Renan Calheiros, ACM e tantos outros.
Está de mãos amarradas ao ex-presidenteSarney, a quem, em tempos não muito distantes,dedicou adjetivos impublicáveis. Sem considerar queprecisa contar (a que preço?) com apoios e votos depolíticos da estirpe de Orestes Quércia, Paulo Maluf eJader Barbalho, de tristes lembranças.
Para conquistar o apoio de alguns partidos eatender sua demanda por cargos, não titubeou emcriar novas diretorias no BB e na CEF; destituir profissi-onais de outras instituições para ceder seus lugares apolíticos famintos; criar milhares de cargos comis-sionados para acomodar companheiros, entre tantosoutros absurdos que aumentam as despesas para ocontribuinte. Para saciar a fome voraz de políticos
inescrupulosos, está ceden-do tanto que, do jeito quevai, acabará, por viastortas, diminuindo o desem-prego no País.
Esse governo tornou-serefém do nefasto fisiologismode tradicionais partidospolíticos.
Sr. Presidente, cuidado!A fome dessa gente é insaci-ável. Daqui a pouco vãoquerer mais e mais e nãohaverá espaço na esplanadados ministérios para abrigartoda a demanda que virá. E,convenhamos, a esplanada
já está inchada demais para um país pobre como onosso.
Vale lembrar que, para esse governo cumprir apromessa de gerar 10 milhões de empregos, serianecessário criar 6.845 empregos por dia nos 1.461dias de mandato. Mesmo sem considerar que odesemprego aumentou e já se passaram 580 dias,basta criar 11.350 empregos por dia nos 881 diasque ainda restam. Um tanto difícil de atender aosonho de quem o elegeu.
Para concluir, reproduzo parte do artigo ÊtaNóis, escrito pelo insuspeitíssimo Luiz F. Veríssimo,petista juramentado, publicado em 15/01/2004 nojornal Zero Hora, de Porto Alegre: “( )...Muitos do PTdevem estar se perguntando: Onde foi que erra-mos?( ).. Outros do PT, ou do governo que fica cadavez mais heterogêneo, estão se sentindo desagrava-dos. Não diziam que íamos agir como irresponsáveis?Pois aí está, semo gente séria e confiável e o mercadogosta de nós mais do que gostava dos outros. Mas nofim, a euforia do mercado não é confiança na econo-mia brasileira e na seriedade do governo ou simpatiagratuita, é alívio porque o cassino não fechou. Ocassino não virou creche nem igreja evangélica. Conti-nua funcionando e pagando os prêmios mais altos domundo com o mesmo risco mínimo. Só com novadireção...( )”
Espero, um dia, acordar deste pesadelo.Só resta saber: a que preço?
Arqu
ivo