SÍNDROME DILATAÇÃO TORÇÃO GÁSTRICA EM CÃES
RELAÇÃO ENTRE O PROGNÓSTICO E AS CONCENTRAÇÕES PLASMÁTICAS DE LACTATO
CONCENTRAÇÕES PLASMÁTICAS DE LACTATO
SOBREVIVÊNCIATEMPO DE
HOSPITALIZAÇÃO
PROGNÓSTICO
CIRÚRGICO
Objetivos: Avaliar a relação existente entre as concentrações
plasmáticas de lactato com a sobrevivência do animal, o tempo dehospitalização e o prognóstico cirúrgico.
Materiais e Métodos: O estudo contempla uma amostra de 17 cães
com diagnóstico de SDTG, cuja informação foi recolhida presencialmente edas fichas clínicas da base de dados do Hospital Ars Veterinària, emBarcelona, durante um período de 19 meses.
Limitações: O estudo apresenta um número reduzido de animais. Paraalém disso, as mensurações dos níveis de lactato não foram tomadas atempo rigoroso e o tempo de hospitalização foi arredondado, nãopermitindo que estes dois critérios tivessem o rigor desejado.
Conclusão:
No estudo, todos os animais da amostra realizaram gastropexia incisional.Adicionalmente, 29% realizaram esplenectomia e 24% gastrotomia. Combase nestas intervenções, bem como, na duração da cirurgia, no grau detorção e necrose gástrica foi atribuído um prognóstico cirúrgico de “bom”,“razoável” ou “reservado” de forma individualizada.
As mensurações das concentrações plasmáticas de lactato foramefetuadas antes da cirurgia e 2 e 12h após a mesma, de forma a ter umanoção exata da evolução destes valores ao longo do internamento.
Avaliação da relação entre o prognóstico cirúrgico e a concentração plasmática de lactato
Avaliação da relação entre a sobrevivência e a concentração plasmática de lactato
Avaliação da relação entre a sobrevivência e o prognóstico cirúrgico
Avaliação da relação entre o tempo de hospitalização e a concentração plasmática de lactato
• As mensurações dos níveis de lactato devem ser tomadas antes dacirurgia e ao longo do internamento;
• As concentrações plasmáticas de lactato são superiores em:
❖Em animais que não sobrevivem;
❖Em animais cujo prognóstico cirúrgico é reservado ;
❖Em animais que permanecem hospitalizados 72h.
• Todos os animais aos quais foi atribuído o prognóstico cirúrgico bom ourazoável sobreviveram, estando a mortalidade associada apenas ao grupode animais com um prognóstico cirúrgico reservado;
• A t.m. para animais com valores de lactato superiores a 6 mmol/L,medidos antes da cirurgia, é de 33,33%. A t.m. para animais com valoresde lactato superiores a 3,5 mmol/L, medidos 2h após a cirurgia, é de 60%,passando a 100% quando são superiores a 4mmol/L. Quando a medição érealizada 12h após a cirurgia e os valores de lactato são superiores a 3,0mmol/L a t.m. é de 100%.
Esta informação pode tomar especial importância na medida em que osmédicos poderão sensibilizar e orientar os proprietários para aprogressão da doença, custos adicionais de tratamento e temponecessário de hospitalização.
Resultados e Discussão:
Foi possível apenas verificar a existência de uma relação
estatisticamente significativa entre o prognóstico “bom” e
“reservado” antes da cirurgia.
Existe uma relação estatisticamente significativa, quer 2h após a cirurgia, como
12h após a mesma.
Existe apenas uma diferença estatisticamente
significativa entre os animais hospitalizados
48h e 72h antes da cirurgia.
Referências bibiográficas:1. Beer, K. A. S., Syring, R. S., & Drobatz, K. J. (2013). Evaluation of plasma lactate concentration and base excess at the time of hospital admission as predictors of gastric necrosis and
outcome and correlation between those variables in dogs with gastric dilatation-volvulus: 78 cases (2004– 2009). Journal of the American Veterinary Medical Association, 242(1),1–5.
2. Mooney, E., Raw, C. & Hughes, D. (2014). Plasma lactate concentration as a prognostic biomarker in dogs with gastric dilatation and volvulus. Topics in Companion Animal Medicine,29, 71–76.
3. Zacher, L. A., Berg, J., Shaw, S. P., & Kudej, R. K. (2010). Association between outcome and changes in plasma lactate concentration during presurgical treatment in dogs with gastricdilatation-volvulus: 64 cases (2002–2008). Journal of the American Veterinary Medical Association, 236(8), 892–897.
Gomes, C., Maltez, L., Gonzalez, E.