Cálculos Previdenciários
Profa. Samantha Marques
• Advogada
• Especialista em Servidor Público e RPPS
• Pós-Graduada em Direito do Trabalho, Processo do Trabalho e Direito Previdenciário
• Professora de Cursos e Pós-Graduação e Extensão
• Autora de diversos artigos jurídicos
• Coordenadora do Núcleo da ESA de São José dos Campos -SP
Cálculos Previdenciários
• Professora: Samantha Marques
• Material de apoio a disciplina: bloco de notas, cadernos,notebooks ou qualquer elemento de anotação de conteúdo,Legislação Previdenciária e Constituição da República.
• A apostila, não deve ser entendida como material total,podendo os slides serem alterados, suprimidos ouacrescentados a critério do professor.
• Email: [email protected]
• Todos os direitos autorais pertencem a Samantha daCunha Marques e são protegidos por lei. Qualquer cópiaou reprodução ilegal é considerada como crime. Autorizadaa reprodução desde que citada a fonte.
CONCEITUAÇÃO
A SEGURIDADE SOCIAL compreende
um conjunto integrado de ações de
iniciativa dos poderes públicos e da
sociedade, destinado a assegurar o direito
relativo à saúde, à previdência e à
assistência social.
SEGURIDADE SOCIAL
Seguridade Social
Saúde
(Artigos 196 a 200 da CF)
Lei Orgânica – 8080/90
Previdência Social
(Artigos 201 e 202 da CF)
Lei Custeio 8212/91 e Lei
de Benefícios 8213/91
Assistência Social
(Artigos 203 e 204 da CF
Lei Orgânica da Assistência
Social – Lei 8742/93
Siglas importantes:
PBC
SC
SB
RMI
ALÍQUOTA
FP
ÍNDICE
PBC• O PBC corresponde ao período básico de cálculo, ou seja, lapso temporal
utilizado para se obter a média dos Salários-de-Contribuição que serão
utilizados para compor o Salário-de-Benefício e a correspondente Renda Mensal
Inicial. Vejamos como isto ocorreu no Brasil:
• Os cálculos dos benefícios concedidos até a vinda da CF/88;
• O Período da Constituição de 1988 até a edição da Lei 9.876/99, ou seja, até a
data de 28/11/99;
• O Período posterior a Lei 9.876/99, até os dias atuais;
Segurado com DER posterior a 75 e anterior a CF 1988, o período básico de cálculo será
formado pelos 48 meses, do qual serão retirados os 36 SC corrigindo-se os 24 primeiros.
01 09 17 C 25 C 33 C 41
02 10 18 C 26 C 34 C 42
03 11 19 C 27 C 35 C 43
04 12 20 C 28 C 36 C 44
05 13 C 21 C 29 C 37 45
06 14 C 22 C 30 C 38 46
07 15 C 23 C 31 C 39 47
08 16 C 24 C 32 C 40 48
Segurado com direito a benefícios de risco com DER posterior a 75 e anterior a CF 1988, o
período básico de cálculo será formado pelos 18 meses, do qual serão retirados os 12 SC
imediatamente anteriores a DER sem correção
01 11 C
02 12 C
03 13 C
04 14 C
05 15 C
06 16 C
07 C 17 C
08 C 18 C
09 C
10 C
LOPS E LEI 5890/73
Art 3º O valor mensal dos benefícios de prestação continuada, inclusive os regidos por normas especiais, será
calculado tomando-se por base o salário-de-benefício, assim entendido:
I - para o auxílio-doença, a aposentadoria por invalidez, a pensão e o auxílio-reclusão, 1/12 (um doze avos) da soma
dos salários-de-contribuição imediatamente anteriores ao mês do afastamento da atividade, até o máximo de 12
(doze), apurados em período não superior a 18 (dezoito) meses;
II - para as demais espécies de aposentadoria, 1/48 (um quarenta e oito avos) da soma dos salários-de-contribuição
imediatamente anteriores ao mês do afastamento da atividade, até o máximo de 48 (quarenta e oito) apurados
em período não superior a 60 (sessenta) meses;
III - para o abono de permanência em serviço, 1/48 (um quarenta e oito avos) da soma dos salários-de-contribuição
imediatamente anteriores ao mês da entrada do requerimento, até o máximo de 48 (quarenta e oito), apurados
em período não superior a 60 (sessenta) meses.
II - para as demais espécies de aposentadoria, 1/36 (um trinta e seis avos) da soma dos salários-de-contribuição
imediatamente anteriores ao mês de afastamento da atividade, até o máximo de 36 (trinta e seis), apurados em
período não superior a 48 (quarenta e oito) meses; (Redação dada pela Lei nº 6.210, de 1975)
II - para as demais espécies de aposentadoria, 1/36 (um trinta e seis avos) da soma dos salários-de-contribuição
imediatamente anteriores ao mês da entrada do requerimento, até o máximo de 36 (trinta e seis), apurados em
período não superior a 48 (quarenta e oito) meses. (Redação dada pela Lei nº 6.887, de 1980)
III - para o abono de permanência em serviço, 1/36 (um trinta e seis avos) da soma dos salários-de-contribuição
imediatamente anteriores ao mês da entrada do requerimento, até o máximo de 36 (trinta e seis), apurados no
período não superior a 48 (quarenta e oito) meses. (Redação dada pela Lei nº 6.210, de 1975)
§ 1º Nos casos dos itens Il e III deste artigo, os salários-de-contribuição anteriores aos 12 (doze) últimos meses serão
previamente corrigidos de acordo com coeficientes de reajustamento, a serem periodicamente estabelecidos pela
Coordenação dos Serviços Atuariais do Ministério do Trabalho e Previdência Social.
http://www1.previdencia.gov.br/suplemento/11_01_19_01_01.asp
§ 2º Para o segurado facultativo, o autônomo, o empregado doméstico, ou o desempregado que esteja
contribuindo em dobro, o período básico para apuração do salário-de-benefício será delimitado pelo mês
da data de entrada do requerimento.
§ 3º Quando no período básico de cálculo o segurado houver percebido benefício por incapacidade, o
período de duração deste será computado, considerando-se como salário-de-contribuição, no período, o
salário-de-benefício que tenha servido de base para o cálculo da prestação.
§ 4º O salário-de-beneficio não poderá, em qualquer hipótese, ser inferior ao valor do salário-mínimo mensal
vigente no local de trabalho do segurado, à data do início do benefício, nem superior a 20 (vinte) vezes
o maior salário-mínimo vigente no País.
§ 5º O valor mensal dos benefícios de prestação continuada não poderá ser inferior aos seguintes
percentuais, em relação ao valor do salário-mínimo mensal de adulto vigente na localidade de trabalho
do segurado:
I - a 90% (noventa por cento), para os casos de aposentadoria;
II - a 75% (setenta e cinco por cento), para os casos de auxílio doença;
III - a 60% (sessenta por cento), para os casos de pensão.
§ 6º Não serão considerados, para efeito de fixação do salário-de-benefício, os aumentos que excedam os
limites legais, inclusive os voluntariamente concedidos nos 48 (quarenta e oito) meses imediatamente
anteriores ao início do benefício, salvo, quanto aos empregados, se resultantes de promoções reguladas
por normas gerais da empresa, admitidas pela legislação do trabalho, de sentenças normativas ou de
reajustamentos salariais obtidos pela categoria respectiva.
§ 6º Não serão considerados, para efeito de fixação do salário-de-benefício, os aumentos que excedam os
limites legais, inclusive os voluntariamente concedidos nos 36 (trinta e seis) meses imediatamente
anteriores ao início do benefício, salvo, quanto aos empregados, se resultantes de promoções reguladas
por normas gerais da empresa, admitidas pela legislação do trabalho, de sentenças normativas ou
reajustamentos salariais obtidos pela categoria respectiva. (Redação dada pela Lei nº 6.210, de 1975)
§ 7º O valor mensal das aposentadorias de que trata o inciso II não poderá exceder 95% (noventa e cinco
por cento) do salário-de-benefício
APURAÇÃO DE SB
Assim, nos termos da Lei, temos que para
os benefícios – aux. Doença,
aposentadoria por invalidez, pensão
por morte e aux. Reclusão, o SB será
apurado com base em 1/12 da soma dos
sc imediatamente anteriores ao mês de
afastamento da atividade, até no máximo
de 12 em período não superior a 18
meses.
Quando estivermos falando de aposentadorias, o
SB será apurado com base em 1/48 avos da
soma dos SCs imediatamente anteriores ao mês
de afastamento da atividade, até o limite de 48 em
período não superior a 60 meses.
Nestes casos, os 12 últimos SCs eram corrigidos
de acordo com os coeficientes de reajuste, dados
pela Coordenação de Serviços Atuariais do Min.
Do Trabalho e Previdência – ORTN.
OBSERVAÇÕES
• Se houver benefício por incapacidade
dentro do PBC, seu valor de SB serviria
de SC
• COEFICIENTES:
90% para aposentadorias
75% no caso do auxílio-doença
60% no caso de pensão
Particularidade• Menor Valor Teto – Valor correspondente a 10 vezes o valor da unidade salarial
e Maior Valor Teto – Valor correspondente a 20 vezes o valor da unidade
salarial:
• Estes serviam de base para o cálculo da renda básica mensal, quando o SB
fosse superior ao próprio valor do Menor Teto. Ex.: Após apurado o SB de um
segurado que tinha 32 anos de tempo de serviço, este restou no valor de CZ$
72.812,00, sendo que o valor do Menor Teto era de CZ$ 197.340,00, nesta
hipótese, o valor do benefício como ficou abaixo do Menor Teto seria
desconsiderado, ficando o cálculo da forma simples, ou seja, no caso do
Homem seria 80% do SB para cada 30 anos de contribuição mais 3 % para
cada ano que ultrapasse aos 30 anos de serviço, podendo chegar a 15% ou ao
total de 95%, se fosse mulher seria 95% aos 30 anos de serviço. Neste tipo de
benefício o valor não alcançava 100%.
• Agora se o valor transpasse o Menor Teto a parcela Básica ficaria limitada ao
Valor do Menor Teto, acrescida de uma parcela complementar formada por 1
grupo para cada 12 salários de contribuição que excedessem o valor do Menor
Teto, limitados ao Valor do Maior Teto.
• Vejamos:
• SB= 44.730,42;
• Maior Teto= 33.100,00 EXEMPLO 1
• Menor Teto= 16050,00
• Parcela Básica= 80% + 3% por cada ano – limitado a 95% se
homem e se mulher 95% aos 30 anos. Desta sorte deveria-se pegar
o valor do Menor Teto e aplicar o correspondente percentual,
peguemos por base o exemplo da lamina anterior, restando o
cálculo da seguinte forma: 30 anos = 80% + 02 anos = 6% (86%), o
qual restaria no valor de CZ$13.803,00 (parcela Básica)+ 1/30 avos
por cada grupo de 12 contribuições (Parcela Acessória) que
transpasse o valor do menor teto, desta sorte se o segurado
contasse com 132 meses de contribuição acima do menor teto, este
teria um acréscimo de mais de 11 grupos, pelo exemplo acima,
deveria dividir o valor do Menor Teto – CZ$ 16050,00 por 30 e
multiplicar por 11 - limitados a 80 % do valor excedente ao Menor
Teto, não podendo ser superior ao Maior Teto. Desta sorte o Valor
do Benefício restaria assim: 13.803,00 (Parcela Básica) + 5.885,00
(Parcela Acessória)= CZ$ 19.688,00
• OBS: Importante, verificar o cálculo do maior e menor teto com
base no decreto 83.080/79 e com base no decreto 89.312, pois
existe uma diferença sutil.
Exemplo 2
APOSENTADORIA POR TEMPO DE SERVIÇO, SEGURADO (HOMEM), COM 33
ANOS, 8 MESES E 23 DIAS DE SERVIÇO.
Dados:
DER: 15/04/87 SB: Cz$ 6.997,57
Menor teto Maior teto
Cz$ 7.332,00 Cz$ 14.664,00
Como se calcular a RMI?
- Se deve observar os termos dos artigos 40 e 41 do Decreto
83.080/79.
Exemplo 2
• A RMI então ficará em Cz$ 6.227,83.
• Como se chegar neste valor?
– Observem que o SB ficou abaixo do menor
teto, então, basta aplicar o coeficiente do
benefício.
– Neste caso será de 80% + 9% (equivalente
aos três anos de trabalho acima de 30 anos)
– Logo: SB: Cz$ 6.997,57 x 89% = Cz$ 6.227,83
OBSERVAÇÃODecreto 83080:
• Art. 41. …..
• § 4º A renda mensal do benefício não pode ser inferior a:
a) 90% (noventa por cento) do salário-mínimo mensal de adulto de localidade da trabalho do
segurado, para a aposentadoria;
b) 75% (setenta e cinco por cento) do mesmo salário-mínimo, para o auxílio-doença;
c) 60% (sessenta por cento) do mesmo salário-mínimo, para a pensão ou o auxílio-reclusão.
§ 5º Nenhuma renda mensal pode ser superior, no seu valor global, a 18 (dezoito) vezes a maior
unidade-salarial do país (artigo 430), salvo nos casos do § 3º do artigo 170 e dos artigos 177 e
178.
§ 6º A renda mensal das aposentadorias de que tratam os itens III e IV deste artigo não pode ser
superior a 95% (noventa e cinco por cento) do salário-de-benefício, observado, no caso de
aposentadoria por tempo de serviço, o disposto no artigo 59.
Decreto 89312:
• Não desprezar o teor das regras abaixo:
Art. 23. ….§ 2º O valor do benefício de prestação continuada
não pode ser inferior aos percentuais seguintes do salário
mínimo mensal de adulto da localidade de trabalho do
segurado:
a) 90% (noventa por cento), para a aposentadoria;
b) 75% (setenta e cinco por cento), para o auxílio-doença;
c) 60% (sessenta por cento), para a pensão.
Exemplo 3• Aposentadoria por tempo de serviço – segurada – 30 anos de
serviço.
• Dados:
DER: 20/01/1986 SB: Cr$ 189.093,25
• Menor teto Maior teto
Cr$96.710,00 Cr$ 193.420,00
Como se calcular a RMI?
• Como seu SB é superior ao Menor Valor
Teto, teremos aqui a parcela básica e a
parcela adicional.
• Parcela básica: Cr$ 96.710,00 x 0,95 =
91.874,50 – OBS: Aqui se aplica os 95% em
observância ao artigo 41, IV, “a”, dec.
83.080/79 - “a) a primeira parte é utilizada
para o cálculo da parcela básica da renda
mensal, na forma do artigo 41 e seus
parágrafos;”.
Parcela adicional: “ b) a segunda parte é utilizada, até o máximo de
80% (oitenta por cento) do seu valor, para o cálculo da parcela
adicional de renda mensal, multiplicando-se o valor dessa parte por
tantos 1/30 (um trinta avos) quantos sejam os grupos de 12 (doze)
contribuições, consecutivas ou não, acima de 10 (dez) vezes a
maior unidade-salarial (artigo 430) do país;”
Assim, precisamos localizar dentro do histórico laboral, quantas
contribuições houveram acima do Menor Teto (10 unidades
salariais).
No nosso exemplo, houveram 180 contribuições neste sentido, logo,
basta se dividir por 12 para localizar a quantidade de grupos:
180/12 = 15 grupos de 12 contribuições
Assim, o cálculo ficará assim:
SB = Cr$ 189.093,25
Parcela Básica = Cr$ 96.710,00
Cr$ 92.383,25 – esta é a segunda parte!
OBS 1: Dessa segunda parte, o limite é de Cr$ 92.383,25 * 0,80
= Cr$ 73.906,60.
OBS 2: Sobre este valor, aplicamos a alínea “b”, do inc. II do
art. 40, do Decr. 83.080, onde:
Cr$ 92.383,25 x 15 / 30 = Cr$ 46.191,24 – este é o valor
da parcela adicional.
Aqui se faz subtração
Para se fechar a RMI, basta somarmos a
parcela básica com a parcela adicional:
Cr$ 91.874,50 + Cr$ 46.191,24 = Cr$ 138.066,12
Porém, ainda devemos observar se
ultrapassou os limites.
Basta observar se ultrapassou 90% de 20
unidades salariais do país.
1. Calcule a RMI do exercício da aula
anterior.
2. Calcule a RMI de uma aposentadoria por
velhice de uma segurada, que conta com
18 anos e 2 meses de atividade. DER
01.03.1986, pagou somente 33 meses
acima do menor valor teto. SB = Cr$
1.930.622,90
Para ambos os casos:
Menor Valor Teto – Cr$ 1.415.490,00
Maior Valor Teto – Cr$ 2.830,890,00
Unidade – Cr$ 141.549,00
Resposta:
1° Passo: localizar as duas partes – parcela básica e
parcela adicional.
Para localizar a parcela básica:
Valor do menor valor teto * pela alíquota – aqui ela
será de 88%, posto que já se tem os 70% + 18%
(equivalente aos 18 anos de contribuição da
segurada).
Ficará assim = Cr$ 1.415.490,00 x 88% =
1.245.631,20
Para localizar a parcela acessória:
Basta se subtrair a parcela básica do SB, onde ficará assim:
Cr$ 1.930.622,90 – 1.415.490,00 = 515.132,90.
Só que do valor acima, só podemos nos valer de até 80%, que resultará em:
515.132,90 * 0,80 = Cr$ 412.106,32 – valor limite
Nos resta ainda aplicar a segunda parte do alínea “b”, do inciso II do art. 40, o
qual apresenta o seguinte resultado:
33/12 = 2,75 – 2 grupos de 12 contribuições.
Este valor será assim empregado: Cr$ 515.132,90 x 2 /30 = Cr$ 34.342,19 –
essa é a segunda parte ou parcela acessória.
RMI = parcela básica + parcela adicional
Revisão Menor Teto• Em 1974, o governo duplicou o valor do teto previdenciário.
Como a aposentadoria da época era calculada com base
nas 36 últimas contribuições, o INSS criou um mecanismo
para evitar distorções no benefício denominados como:
maior teto e menor teto, como acabamos de ver.
• Ocorre que em meados de 1979, fora determinado pelo
Poder Executivo que a correção da parcela correspondente
ao Menor Teto fosse corrigida pelo INPC (Índice Nacional
de Preços ao Consumidor), ocorre que para variar a
Autarquia Previdenciária, continuou a realizar os reajustes
através de índices diversos dos determinados legalmente,
os quais eram inferiores ao INPC índice oficial de
reajustamento da parcela do Menor Teto.
• Assim, com a reavaliação do valor da parcela do Menor
Teto através da aplicação do INPC, o valor em ato
reflexo do benefício previdenciário também seria
reajustado.
• Tal revisão é provável tanto para os segurados como
para os pensionistas que se sub-rogam no direito a
revisão por força do artigo artigo 112 da Lei 8.213/91,
tal revisão pode, inclusive, ser possível caso o
segurado tenha recebido auxílio-doença na época da
aplicação da aludida revisão e tiveram o benefício
transformado em aposentadoria por invalidez.
Precedentes STJ. REsp nº 910.005/RS e REsp nº
909.867/RS)
• Vejamos a tabela de Correção:
Início do Benefício Percentual de Reajuste %
05/1980 a 10/198011/1980 a 04/198105/1981 a 10/198111/1981 a 04/198205/1982 a 10/198211/1982 a 04/198305/1983 a 10/198311/1983 a 04/198405/1984 a 10/198411/1984 a 04/198505/1985 a 10/198511/1985 a 02/198603/1986 a 12/198601/1987 a 02/198703/1987 a 04/198705/198706/1987 a 08/198709/198710/198711/198712/198701/198802/198803/198804/198805/198806/198807/198808/198809/198810/1988
3,496,988,527,86Não tem revisãoNão tem revisão4,269,326,9010,397,726,9514,9414,7712,5318,7118,332519,9818,8019,7124,7325,5225,0824,8825,527,0428,6330,8228,4329,38
LEI 6.210/75
Art 4º O art. 3º da Lei número 5.890, de 8 de junho de 1973, passa a vigorar com as seguintes alterações:
"II - para as demais espécies de aposentadoria, 1/36 (um trinta e seis avos) da soma dos salários-de-
contribuição imediatamente anteriores ao mês de afastamento da atividade, até o máximo de 36 (trinta e
seis), apurados em período não superior a 48 (quarenta e oito) meses;
III - para o abono de permanência em serviço, 1/36 (um trinta e seis avos) da soma dos salários-de-
contribuição imediatamente anteriores ao mês da entrada do requerimento, até o máximo de 36 (trinta e
seis), apurados no período não superior a 48 (quarenta e oito) meses.
§ 6º Não serão considerados, para efeito de fixação do salário-de-benefício, os aumentos que excedam os
limites legais, inclusive os voluntariamente concedidos nos 36 (trinta e seis) meses imediatamente
anteriores ao início do benefício, salvo, quanto aos empregados, se resultantes de promoções reguladas
por normas gerais da empresa, admitidas pela legislação do trabalho, de sentenças normativas ou
reajustamentos salariais obtidos pela categoria respectiva.
§ 7º O valor mensal das aposentadorias de que trata o inciso II não poderá exceder 95% (noventa e cinco
por cento) do salário-de-benefício".
Art 5º O § 1º do artigo 10 da Lei número 5.890, de 8 de junho de 1973, passa a ter a seguinte redação:
"§ 1º Para o segurado do sexo masculino que continuar em atividade após 30 (trinta) anos de serviço, o valor
da aposentadoria, referido no item I, será acrescido de 3% (três por cento) do salário-de-benefício para
cada novo ano completo de atividade abrangida pela previdência social, até o máximo de 95% (noventa
e cinco por cento) desse salário aos 35 (trinta e cinco) anos de serviço".
DICAS:
• Os SC utilizados no cálculo do SB não
eram corrigidos monetariamente no caso
do aux.doença, invalidez, pensão e aux
reclusão.
• Já no caso das aposentadorias e do
abono de permanência, ocorria somente
atualização dos 24 sc mais antigos, ou
seja, depois dos 12 últimos.
Segurado com direito a benefícios com DER posterior a CF 1988 até 1999, o período básico de
cálculo será formado pelos 48 meses, do qual serão retirados os 36 SC imediatamente
anteriores a DER com correção integral total
01 09 17 C 25 C 33 C 41 C
02 10 18 C 26 C 34 C 42 C
03 11 19 C 27 C 35 C 43 C
04 12 20 C 28 C 36 C 44 C
05 13 C 21 C 29 C 37 C 45 C
06 14 C 22 C 30 C 38 C 46 C
07 15 C 23 C 31 C 39 C 47 C
08 16 C 24 C 32 C 40 C 48 C
REVISÃO DA
ORTN/OTN/BTNTodos os beneficiários que detinham aposentadoria por tempo de serviço; idade;
especial e abono de permanência entre o advento da Lei 6.423/77 à promulgação
da CF/88 tiveram seus benefícios calculados de forma errônea.
Isso decorreu do fato da Lei 6.423/77 determinar que a correção ocorresse com a
aplicação da variação dos índices da ORTN, posteriormente OTN e mais tarde a
OTN, porém, a Previdência continuou a seguir os índices fixados pelo Ministério
da Previdência.
A Súmula 2 do TRF da 4º Região equalizou a questão dizendo o seguinte;
“Para o cálculo da aposentadoria por idade ou por tempo de serviço, no regime
precedente à Lei 8.213/91, corrigem-se os salários-de-contribuição, anteriores aos
doze últimos meses, pela variação nominal da ORTN/OTN.”
Referidos benefícios eram corrigidos os 24 primeiros salários-
de-contribuição e os 12 últimos mantêm-se sem correção.
Portanto, não é aplicável aos Auxílios - Doença e às
Aposentadorias por Invalidez, porquanto, nesse período, esses
benefícios eram apurados com base somente nos 12 últimos
salários-de-contribuição.
Da mesma forma, se o benefício for uma Pensão por Morte
concedida nesse período, e não houve benefício precedente,
também não será cabível a revisão.
Observar que antes da CF/88, em regra, não existe repercussão
favorável.
Para saber se é viável ou não, observar a tabela de Santa
Catarina
Como fazer?
• A tabela de Santa Catarina só é aplicável aos casos
em que o SB dos benefícios são interiores ao menor
valor-teto, nos casos em houve a limitação, provável
que a aplicação da ORTN/OTN/BTN represente valor
desfavorável, sempre consulte antes.
• Por sua vez, a AGU lançou mão da Portaria
Interministerial n° 28 para equalizar a questão.
• http://www.agu.gov.br/page/atos/detalhe/idato/17001
• No caso, a correção se dá da seguinte forma:
Identificação do benefício, PBC e SC’s
Identificação do índice vigente na DER
(relação histórica:
http://www.debit.com.br/consulta30.php?indice=bt
n )
Com isso, o que se deve observar é que não se
irá substituir o índice, mas sim dividir o SC pela
ORTN do mês respectivo e depois multiplicar pela
ORTN do mês da DER
Exemplo
• B/46 DER: 07/1985
• Coeficiente: 95% ORTN: 45.901,91
• SC do mês de 02/1984: 108.670,15
• ORTN do mês: 2.094,99
• Aqui é que se faz a divisão: SC/ORTN
• Ficará: 108.670,15/2.094,99 = 51,87144
• 51,87144 * 45.901,91 = 2.380.998,17 – esse
será o SC corrigido
Exercício
• B/46 - 95% ORTN: 17.867,00
• DER: 10/84 SB: 500.00,00
• SC DE 09/82: 108.000,00
• ORTN DO MÊS: 2.241,64
E quando não tivermos a carta?
• Quando não tivermos a relação para refazer o cálculo, daí usaremos a
tabela do TRF4 sobre o SB que for abaixo do menor valor-teto.
• Geralmente teremos:
• B46 RMI = 95.523,89 DIB 09/82
• Aqui precisamos fazer uma regra de três para descobrir o valor do SB,
ficará assim:
Valor da RMI / coeficiente do benefício *100
95.523,89/95*100 = 100.551,46
Se observar que este valor está abaixo do menor valor-teto, aplicamos o índice
da tabela de SC direto, ficará assim:
100.551,46 * 1,112509% = 111.864,40 (esse será o SB
correto)
Então é só refazer a RMI: 111.846,40 * 95% = 106.271,18
Como identificar as principais
revisões
Revisão do Art. 58 da ADCT
• Art. 58. Os benefícios de prestação continuada, mantidos pela
previdência social na data da promulgação da Constituição, terão
seus valores revistos, a fim de que seja restabelecido o poder
aquisitivo, expresso em número de salários mínimos, que tinham na
data de sua concessão, obedecendo-se a esse critério de
atualização até a implantação do plano de custeio e benefícios
referidos no artigo seguinte.
• Parágrafo único. As prestações mensais dos benefícios atualizadas
de acordo com este artigo serão devidas e pagas a partir do sétimo
mês a contar da promulgação da Constituição.
Como fazer?
• Identificando o público alvo: somente benefícios
concedidos até 05 de outubro de 1988
• Efeitos: somente à contar de abril de 1989 (sete
meses após a CF)
• OBS: não se aplica para benefícios concedidos após
a CF/88 (Súmula 687 STF)
• OBS: Súmula nº 14 do TRF3 O salário mínimo de
NCz$ 120,00 (cento e vinte cruzados novos) é
aplicável ao cálculo dos benefícios previdenciários no
mês de junho de 1989.
ExemploExemplo de cálculo
DIB 06/87
Benefício B/42 integral
RMI
52.200,0
0
SM do mês da
DIB
10.368,0
0
Equivalência
(RMI/SM) 5,03
Competências
Art. 58
ADCT SM
Renda Segurado
(Equivalencia x SM)
Renda
recebida
abr/89 5,03 81,4 409,83
ver no hiscre
mai/89 5,03 81,4 409,44
jun/89 5,03 120 603,60
... 5,03
out/91 5,03
42.000,0
0 211260,00
nov/91 5,03
42.000,0
0 211260,00
Cuidado:Observar que o valor de salário mínimo passou a vigorar com o
valor de NZc$ 120,00 em junho de 1989 devido a Lei 7.789/89 que
extinguiu o SM de referência e o piso nacional de salários, sendo
que neste mês o INSS adotou em todos os casos o valor de NZc$
81,40, indo contra a Lei.
Importante destacar que o critério de equivalência do valor do
benefício com o número de salários mínimos a que correspondia a
renda mensal inicial do benefício, preconizado pelo artigo 58, do
Ato das Disposições Transitórias da Constituição Federal de 1988,
teve aplicação restrita aos benefícios em manutenção na data da
promulgação da CF/88 , e exauriu sua eficácia com a implantação
dos Planos de Custeio e Benefícios da Previdência Social, levados
a efeito com a edição das Leis nºs. 8.212 e 8.213 , de 24 de julho
de 1991.
Essa referência vai estacionar provavelmente entre abril e julho de
1991.
Tese do Buraco Negro
• Os benefícios com data de início posterior
a 05 de outubro de 1988 até 04 de abril de
1991, foram calculados sem correção dos
salários-de-contribuição.
• No entanto, a Lei 8.213/91 garantiu o
recálculo dos benefícios que estavam
neste buraco (que ficaram entre a
promulgação da CF/88 e anteriores a 05
de abril de 1991).
Assim, com a nova LB, adveio do artigo
144, vejamos:
Art. 144. Até 1º de junho de 1992, todos os benefícios de prestaçãocontinuada concedidos pela Previdência Social, entre 5 de outubrode 1988 e 5 de abril de 1991, devem ter sua renda mensal inicialrecalculada e reajustada, de acordo com as regras estabelecidasnesta Lei. (Revogado pela Medida Provisória nº 2.187-13, de 2001)
Parágrafo único. A renda mensal recalculada de acordo com odisposto no caput deste artigo, substituirá para todos os efeitos aque prevalecia até então, não sendo devido, entretanto, o pagamentode quaisquer diferenças decorrentes da aplicação deste artigoreferentes às competências de outubro de 1988 a maio de 1992.
• O recálculo deveria ser efetuado de
acordo com os índices de correção
monetária da Portaria MTPS n° 3004,
de 02 de janeiro de 1992.
• Importante destacar que a lei manda
recalcular com efeitos à partir de
junho de 1992, sem direito às
diferenças, situação referendada pelo
STJ (Resp 700.814).
Situação pós 8.213/91
Carência::
Art. 25. A concessão das prestações pecuniárias do Regime Geral de Previdência Social depende dos seguintes períodos de
carência, ressalvado o disposto no art. 26:
I - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez: 12 (doze) contribuições mensais;
II - aposentadoria por idade, aposentadoria por tempo de serviço, aposentadoria especial e abono de permanência em serviço:
180 (cento e oitenta) contribuições mensais.
Art. 26. Independe de carência a concessão das seguintes prestações:
I - pensão por morte, auxílio-reclusão, salário-família, salário-maternidade, auxílio-acidente e pecúlios;
II - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos casos de acidente de qualquer natureza ou causa e de doença profissional
ou do trabalho, bem como nos casos de segurado que, após filiar-se ao Regime Geral de Previdência Social, for acometido
de alguma das doenças e afecções especificadas em lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e do Trabalho e da
Previdência Social a cada três anos, de acordo com os critérios de estigma, deformação, mutilação, deficiência, ou outro
fator que lhe confira especificidade e gravidade que mereçam tratamento particularizado;
III - os benefícios concedidos na forma do inciso I do art. 39, aos segurados especiais referidos no inciso VII do art. 11 desta lei;
IV - serviço social;
V - reabilitação profissional.
PBC E SB
Conforme reza o artigo 29, em sua redação original, o PBC seguiu a situação pré-
constitucional, permanecendo em 48 contribuições, vejamos:
Art. 29 O salário-de-benefício consiste na média aritmética simples de todos os últimos
salários-de-contribuição dos meses imediatamente anteriores ao do afastamento da
atividade ou da data da entrada do requerimento, até o máximo de 36 (trinta e seis),
apurados em período não superior a 48(quarenta e oito) meses.
§ 1º No caso de aposentadoria por tempo de serviço, especial ou por idade, contando o
segurado com menos de 24 (vinte e quatro) contribuições no período máximo citado, o
salário-de-benefício corresponderá a 1/24(um vinte e quatro avos) da soma dos salários-
de-contribuição apurados.
§ 2º O valor do salário-de-benefício não será inferior ao de um salário-mínimo, nem superior
ao do limite máximo do salário-contribuição na data de início do benefício.
RMI
Aposentadoria por tempo de serviço:
Art. 53. A aposentadoria por tempo de serviço, observado o disposto na
Seção III deste capítulo, especialmente no art. 33, consistirá numa
renda mensal de:
I - para a mulher: 70% (setenta por cento) do salário-de-benefício aos 25
(vinte e cinco) anos de serviço, mais 6% (seis por cento) deste, para
cada novo ano completo de atividade, até o máximo de 100% (cem por
cento) do salário-de-benefício aos 30 (trinta) anos de serviço;
II - para o homem: 70% (setenta por cento) do salário-de-benefício aos 30
(trinta) anos de serviço, mais 6% (seis por cento) deste, para cada
novo ano completo de atividade, até o máximo de 100% (cem por
cento) do salário-de-benefício aos 35 (trinta e cinco) anos de serviço.
Aposentadoria por tempo de serviço
proporcional:
- Caso usemos a primeira parte do disposto dos
incisos I e II do artigo 53 originário, teremos as
seguintes alíquotas:
TEMPO DE SERVIÇO ALÍQUOTA
HOMEM MULHER
30 25 70,00%
31 26 76,00%
32 27 82,00%
33 28 88,00%
34 29 94,00%
35 30 100,00%
Exercícios
1.Considerando o SB de R$ 582,00, calcule:
a) Aposentadoria por tempo de serviço de um homem
com 30 anos de atividade comum e 3 anos de
especial sob nocividade mínima:
b) Aposentadoria por tempo de serviço de uma
mulher com 15 anos de atividade comum e 12 anos
de atividade especial de nocividade mínima:
c) Calcular a RMI do exercício entregue
Aposentadoria por idade:
Art. 48. A aposentadoria por idade será
devida ao segurado que, cumprida a
carência exigida nesta lei, completar 65
(sessenta e cinco) anos de idade, se
homem, ou 60 (sessenta), se mulher,
reduzidos esses limites para 60 e 55 anos
de idade para os trabalhadores rurais,
respectivamente homens e mulheres,
referidos na alínea a do inciso I e nos
incisos IV e VII do art. 11.
SB DA APOSENTADORIA POR IDADE:
Art. 50. A aposentadoria por idade, observado o disposto na
Seção III deste capítulo, especialmente no art. 33, consistirá
numa renda mensal de 70% (setenta por cento) do salário-
de-benefício, mais 1% (um por cento) deste, por grupo de 12
(doze) contribuições, não podendo ultrapassar 100% (cem
por cento) do salário-de-benefício.
Exercício:
1. Qual será a parcela acessória da alíquota de um segurado
que pretende a aposentadoria por idade, sendo que ele conta
com 6.125 dias trabalhados.
Aposentadoria Especial:
Art. 57. A aposentadoria especial será devida, uma vez cumprida a carência exigida
nesta lei, ao segurado que tiver trabalhado durante 15 (quinze), 20 (vinte) ou 25
(vinte e cinco) anos, conforme a atividade profissional, sujeito a condições
especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física.
§ 1º A aposentadoria especial, observado o disposto na Seção III deste capítulo,
especialmente no art. 33, consistirá numa renda mensal de 85% (oitenta e cinco
por cento) do salário-de-benefício, mais 1% (um por cento) deste, por grupo de
12 (doze) contribuições, não podendo ultrapassar 100% (cem por cento) do
salário-de-benefício.
§ 2º A data de início do benefício será fixada da mesma forma que a da
aposentadoria por idade, conforme o disposto no art. 49.
§ 3º O tempo de serviço exercido alternadamente em atividade comum e em
atividade profissional sob condições especiais que sejam ou venham a ser
consideradas prejudiciais à saúde ou à integridade física será somado, após a
respectiva conversão, segundo critérios de equivalência estabelecidos pelo
Ministério do Trabalho e da Previdência Social, para efeito de qualquer
benefício.
Aposentadoria por invalidez:
Art. 44. A aposentadoria por invalidez, observado o disposto na Seção III deste capítulo,
especialmente no art. 33, consistirá numa renda mensal correspondente a:
a) 80%(oitenta por cento) do salário-de-benefício, mais 1% (um por cento) deste, por grupo
de 12 (doze) contribuições, não podendo ultrapassar 100% (cem por cento) do salário-
de-benefício; ou
b) 100% (cem por cento) do salário-de-benefício ou do salário-de-contribuição vigente no dia
do acidente, o que for mais vantajoso, caso o benefício seja decorrente de acidente do
trabalho.
§ 1º No cálculo do acréscimo previsto na alínea a deste artigo, será considerado como
período de contribuição o tempo em que o segurado recebeu auxílio-doença ou outra
aposentadoria por invalidez.
§ 2º Quando o acidentado do trabalho estiver em gozo de auxílio-doença, o valor da
aposentadoria por invalidez será igual ao do auxílio-doença se este, por força de
reajustamento, for superior ao previsto neste artigo
Auxílio-doença
Art. 61. O auxílio-doença, observado o disposto na Seção III deste
capítulo, especialmente no art. 33, consistirá numa renda mensal
correspondente a:
a) 80% (oitenta por cento) do salário-de-benefício, mais 1% (um por
cento) deste, por grupo de 12 (doze) contribuições, não podendo
ultrapassar 92% (noventa e dois por cento) do salário-de-benefício; ou
b) 92% (noventa e dois por cento) do salário-de-benefício ou do salário-
de-contribuição vigente no dia do acidente, o que for mais vantajoso,
caso o benefício seja decorrente de acidente do trabalho.
Revisão do Buraco Verde
O artigo 26 da Lei 8870/1994 indicou que os
benefícios concedidos entre 5 de abril de 1991 a 31
de dezembro de 1993, que tiveram sua concessão
com base na média dos últimos 36 SC, em
decorrência do artigo 29, parágrafo segundo,
deveriam ser revistos à partir de abril de 1994.
Esta revisão se dá através da aplicação do percentual
correspondente à diferença entre a média dos SC,
sem aplicação de limite máximo e o SB será
considerado para concessão. A diferença será o
índice teto.
Art. 26. Os benefícios concedidos nos termos da Lei nº8.213, de 24 de julho de 1991, com data de inícioentre 5 de abril de 1991 e 31 de dezembro de 1993,cuja renda mensal inicial tenha sido calculada sobresalário-de-benefício inferior à média dos 36 últimossalários-de-contribuição, em decorrência do dispostono § 2º do art. 29 da referida lei, serão revistos apartir da competência abril de 1994, mediante aaplicação do percentual correspondente à diferençaentre a média mencionada neste artigo e o salário-de-benefício considerado para a concessão.
Parágrafo único. Os benefícios revistos nostermos do caput deste artigo não poderão resultarsuperiores ao teto do salário-de-contribuição vigentena competência de abril de 1994.
• Exemplo: SB de novembro de 1993.
• Teto máximo nesta época para o SB: Cr$
50.613,12
• Benefício: B42 proporcional
• Média dos últimos 36 SC: Cr$ 70.000,00
• RMI= teto * coeficiente
• RMI = 50.613,12 *0,70 = 35.429,18
• A diferença entre a média dos SC (Cr$ 70.000,00)
e o valor considerado pelo SB gerará o índice-teto
a que tem direito o Segurado.
• Ficará assim: Cr$ 70.000,00 / 50.613,12 = 1,3830
• 1,3830 = 38,30%
• OBS = os benefícios revistos não podem resultar
valores superiores ao teto do SC vigente em
04/1994.
Como aplicar?
B 42 – proporção 30/35 a (cof. 0,7)
SB = 89.818.752,73 / 36 = 2.494.964,35 (limitado ao teto)
RMI = 2.126.842,49 x 0,70 = 1.488.789,74
Como foi limitado ao limite-teto, basta achar o índice-teto:
SB/teto SC = 2.494.965,35/ 2.126.842,49 = 1,1730 ou 17,30% que
deve ser aplicado em abril de 1994
Ficará assim:
Renda em fevereiro de 1994: 146.827,15
Conversão em URV (dividir o valor por 661,0052) = renda em
março de 1994 – 222,12
Aplicar aí o índice-teto: 222,12 x 1,1730 = 260,54
Sobre este valor, segue-se aplicando os reajustes normais ao
benefício.
IRSM DE FEVEREIRO DE
1994• Entre os meses de janeiro de 1993 a fevereiro de
1994 a Previdência Social aplicou o IRSM (índice
de reajuste do salário mínimo) como índice de
correção para apuração da RMI.
• No entanto, à partir de março de 1994 os salários
de contribuição passaram a ser atualizados pela
URV, sendo que os valores de fevereiro foram
corrigidos pela URV de 28/02/1994, situação que
deixou de considerar a inflação do mês de fevereiro,
que foi de 39,67%.
• Portanto, todos os benefícios que tivessem
em seu PBC o mês de fevereiro de 1994,
devem requerer a correção da RMI, para
reposição da inflação.
• Para saber se seu(sua) cliente teve a
aplicação, peça o REVSIT ou verifique os
índices de fevereiro e março de 1994.
• Todos benefícios com data de início entre
01/02/1994 até 31/03/1997 podem ter o
direito, bem como os benefícios deles
decorrentes, como pensão por morte. por
exemplo.
• Por exemplo:
• Fevereiro de 1994: 1,2207 (i1)
• Março de 1994: 1,2207 (i2)
• Para tanto, precisamos fazer a
seguinte fórmula:
• X = ((P1/P2)-1)X100
• X= ((1,2207/1,2207)-1)X100
• X= (1-1)X100
• X = 0X100
• Como a inflação foi de 39,67%, vamos
verificar outro exemplo:
Questões
• O IRSM somente ocorre somente em
fevereiro de 1994?
• Não, se houverem SC anteriores à 02/94
atinge todos, mas a DIB deve ser depois
de 03/94. Veja Súmula 19 do TRF3.
• Serve para corrigir benefícios já
concedidos? Não, só aplicando sobre os
SCs
• Os benefícios por incapacidade também “pegam”?
Depende, pois se tiverem adotado o SC do dia do
acidente não.
• Existe uma tabela? SIm, mas só se aplica para os
casos em que o PBC é composto de 36 SCs, o índice
aplica sobre a DIB direto -
http://www.trf3.jus.br/trf3r/index.php?id=822
• Tem um jeito fácil? Tentar executar com respaldo
do Resp 1243887-PF, diante do decidido na ACP
0011237-82.2003.403.6183
• E se todos os SC são anteriores? Neste caso,
podemos colocar o índice direito no SB.
Lei 9032/1995
• Com a vinda de aludida lei federal, alguns aspectos se alteraram, principalmente no tocante aos
coeficientes de cálculos, vejamos:
• Aposentadoria por invalidez:
Art. 44. A aposentadoria por invalidez, inclusive a decorrente de acidente do trabalho, consistirá numa
renda mensal correspondente a 100% (cem por cento) do salário-de-benefício, observado o
disposto na Seção III, especialmente no art. 33 desta lei.
• Aposentadoria Especial:
Art. 57. A aposentadoria especial será devida, uma vez cumprida a carência exigida nesta lei, ao
segurado que tiver trabalhado sujeito a condições especiais que prejudiquem a saúde ou a
integridade física, durante 15 (quinze), 20 (vinte) ou 25 (vinte e cinco) anos, conforme dispuser a
lei.
• § 1º A aposentadoria especial, observado o disposto no art. 33 desta lei, consistirá numa renda
mensal equivalente a 100% (cem por cento) do salário-de-benefício.
Lei 9032/1995
• Cumpre ainda destacar:
• § 3º A concessão da aposentadoria especial dependerá de comprovação pelo segurado,
perante o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), do tempo de trabalho permanente, não
ocasional nem intermitente, em condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade
física, durante o período mínimo fixado.
• § 4º O segurado deverá comprovar, além do tempo de trabalho, exposição aos agentes
nocivos químicos, físicos, biológicos ou associação de agentes prejudiciais à saúde ou à
integridade física, pelo período equivalente ao exigido para a concessão do benefício.
• § 5º O tempo de trabalho exercido sob condições especiais que sejam ou venham a ser
consideradas prejudiciais à saúde ou à integridade física será somado, após a respectiva
conversão ao tempo de trabalho exercido em atividade comum, segundo critérios estabelecidos
pelo Ministério da Previdência e Assistência Social, para efeito de concessão de qualquer
benefício.
• § 6º É vedado ao segurado aposentado, nos termos deste artigo, continuar no exercício de
atividade ou operações que o sujeitem aos agentes nocivos constantes da relação referida no art.
58 desta lei.
Lei 9032/1995
• Auxílio-doença: Art. 61. O auxílio-
doença, inclusive o decorrente de
acidente do trabalho, consistirá numa
renda mensal correspondente a 91%
(noventa e um por cento) do salário-de-
benefício, observado o disposto na Seção
III, especialmente no art. 33 desta Lei.
Lei 9.032/1995
• Pensão por morte :
• Art. 75. O valor mensal da pensão por morte, inclusive a decorrente de acidente do trabalho, consistirá
numa renda mensal correspondente a 100% (cem por cento) do salário-de-benefício, observado o
disposto na Seção III, especialmente no art. 33 desta lei.
• Art. 77. A pensão por morte, havendo mais de um pensionista, será rateada entre todos em parte iguais.
• § 1º Reverterá em favor dos demais a parte daquele cujo direito à pensão cessar.
• § 2º A parte individual da pensão extingue-se:
• I - pela morte do pensionista;
• II - para o filho, a pessoa a ele equiparada ou o irmão, de ambos os sexos, pela emancipação ou
ao completar 21 (vinte e um) anos de idade, salvo se for inválido;
• III - para o pensionista inválido, pela cessação da invalidez.
• § 3º Com a extinção da parte do último pensionista a pensão extinguir-se-á.
• Observar que com a vinda da Lei 9.528/97, o coeficiente ganhou outra conotação: Art. 75. O valor
mensal da pensão por morte será de cem por cento do valor da aposentadoria que o segurado recebia
ou daquela a que teria direito se estivesse aposentado por invalidez na data de seu falecimento,
observado o disposto no art. 33 desta lei
Lei 9.032/1995
• Pecúlio – totalmente revogado.
• Auxílio-Acidente - Art. 86. O auxílio-acidente será concedido, como
indenização, ao segurado quando, após a consolidação das lesões
decorrentes de acidente de qualquer natureza que impliquem em
redução da capacidade funcional.
• § 1º O auxílio-acidente mensal e vitalício corresponderá a 50%
(cinqüenta por cento) do salário-de-benefício do segurado.
Emenda Constitucional n° 20Art. 1. º
Art. 201 ...
§ 7º - É assegurada aposentadoria no regime geral de previdência social, nos termos da lei, obedecidas as seguintes
condições:
I - trinta e cinco anos de contribuição, se homem, e trinta anos de contribuição, se mulher;
Art. 9º - Observado o disposto no art. 4º desta Emenda e ressalvado o direito de opção a aposentadoria pelas normas
por ela estabelecidas para o regime geral de previdência social, é assegurado o direito à aposentadoria ao
segurado que se tenha filiado ao regime geral de previdência social, até a data de publicação desta Emenda,
quando, cumulativamente, atender aos seguintes requisitos:
I - contar com cinquenta e três anos de idade, se homem, e quarenta e oito anos de idade, se mulher; e
II - contar tempo de contribuição igual, no mínimo, à soma de:
a) trinta e cinco anos, se homem, e trinta anos, se mulher; e
b) um período adicional de contribuição equivalente a vinte por cento do tempo que, na data da publicação desta Emenda, faltaria
para atingir o limite de tempo constante da alínea anterior.
§ 1º - O segurado de que trata este artigo, desde que atendido o disposto no inciso I do "caput", e observado o disposto no art. 4º
desta Emenda, pode aposentar-se com valores proporcionais ao tempo de contribuição, quando atendidas as seguintes
condições:
I - contar tempo de contribuição igual, no mínimo, à soma de:
a) trinta anos, se homem, e vinte e cinco anos, se mulher; e
b) um período adicional de contribuição equivalente a quarenta por cento do tempo que, na data da publicação desta Emenda,
faltaria para atingir o limite de tempo constante da alínea anterior;
II - o valor da aposentadoria proporcional será equivalente a setenta por cento do valor da aposentadoria a que se refere o
"caput", acrescido de cinco por cento por ano de contribuição que supere a soma a que se refere o inciso anterior, até o
limite de cem por cento.
• Com a vinda da EC 20/98 a Aposentadoria por tempo de contribuição teve sua
forma de concessão alterada, surgindo uma situação atípica, onde o mesmo
segurado poderia se valer de pelo menos dois cálculos para o mesmo período
de cálculo e para o mesmo benefício, porém com índices diversos, senão
vejamos:
• 1- Direito Adquirido, até 15.12.98, segurado com 30 anos de tempo de serviço,
nesta hipótese corrigir-se-iam os SCs dos últimos 36 meses de contribuição de
novembro de 1998 a dezembro de 1995.
• 2- Direito Adquirido, até 15.12.98, segurado com 30 anos de tempo de serviço,
nesta hipótese corrigir-se-iam os SCs dos últimos 36 meses de contribuição de
contribuição do mesmo período, ou seja de novembro de 1998 a dezembro de
1995, só que nesta hipótese o segurado, estando aposentado desde 15.12.98,
pede-se sua desaposentação em junho de 2005.
• Com base nesta informação vejamos, como poderíamos melhorar o benefício do
segurado, para tanto devemos fazer os dois cálculos, ou seja, o primeiro com a
DER de 98 e após a devida atualização monetária pelos índices que corrigiram
seu benefício até junho de 2005 e após realizar o cálculo como se ele estivesse
pedindo o benefício em junho de 2005 com o cálculo atualizado do mesmo
período pela portaria que corrigiu os SCs para quem pedisse benefício em
2005. Vejamos:
ProcessoAGEDAG 200501976432
Relator(a)GILSON DIPP FonteDJ DATA:10/04/2006
Ementa PROCESSUAL CIVIL E PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA PROPORCIONAL. CÔMPUTO DO
TEMPO DE SERVIÇO. REQUISITOS. RGPS. ART. 3º DA EC 20/98. CONCESSÃO ATÉ 16/12/98. DIREITO
ADQUIRIDO. REQUISITO TEMPORAL. INSUFICIENTE. ART. 9º DA EC 20/98. OBSERVÂNCIA
OBRIGATÓRIA. REGRAS DE TRANSIÇÃO. IDADE E PEDÁGIO. PERÍODO ANTERIOR E POSTERIOR À EC
20/98. SOMATÓRIO. IMPOSSIBILIDADE. APOSENTADORIA INTEGRAL. REQUISITOS. INOBSERVÂNCIA.
AGRAVO INTERNO DESPROVIDO. I - A questão posta em debate restringe-se em definir se é possível a
obtenção de aposentadoria proporcional após a vigência da Emenda Constitucional 20/98, sem o
preenchimento das regras de transição ali estabelecidas. II - Ressalte-se que as regras aplicáveis ao regime
geral de previdência social encontram-se no art. 201 da Constituição Federal, sendo que as determinações sobre
aaposentadoria estão em seu parágrafo 7º, que, mesmo após a Emenda Constitucional 20/98, manteve
a aposentadoria por idade e a por tempo de serviço, esta atualmente denominada por tempo de contribuição. III
- A Emenda Constitucional 20/98 assegura, em seu artigo 3º, a concessão de aposentadoria proporcional aos
que tenham cumprido os requisitos até a data de sua publicação, em 16/12/98. IV - No caso do direito adquirido
em relação à aposentadoria proporcional, faz-se necessário apenas o requisito temporal, ou seja, 30 (trinta)
anos de trabalho no caso do homem e 25 (vinte e cinco) no caso da mulher, requisitos que devem ser
preenchidos até a data da publicação da referida emenda. Preenchidos os requisitos de tempo de serviço até
16/12/98 é devida ao segurado a aposentadoria proporcional independentemente de qualquer outra exigência,
podendo este escolher o momento da aposentadoria. V - Para os segurados que se encontram filiados ao
sistema previdenciário à época da publicação da EC 20/98, mas não contam com tempo suficiente para
requerer a aposentadoria – proporcional ou integral – ficam sujeitos as normas de transição para o cômputo de
tempo de serviço. Assim, as regras de transição só encontram aplicação se o segurado não preencher os
requisitos necessários antes da publicação da emenda. VI - A referida emenda apenas aboliu
a aposentadoria proporcional, mantendo-a para os que já se encontravam vinculados ao sistema quando da sua
edição, com algumas exigências a mais, expressas em seu art. 9º. VII - O período posterior
à Emenda Constitucional 20/98 não poderá ser somado ao período anterior, com o intuito de se
obter aposentadoria proporcional, senão forem observados os requisitos dos preceitos
de transição, consistentes em idade mínima e período adicional de contribuição equivalente a 20% (vinte por
cento), este intitulado "pedágio" pelos doutrinadores. VIII - Não contando a parte-autora com o período aquisitivo
completo à data da publicação da EC 20/98, inviável o somatório de tempo de serviço posterior com anterior para
o cômputo da aposentadoria proporcional sem observância das regras detransição. IX - In casu, como não
restaram sequer atendidos os requisitos para a aposentadoria proporcional, o agravante não faz jus
à aposentadoria integral. X - Agravo interno desprovido.
Aposentadoria por tempo de contribuição
70% SB + 5% para cadaano que supere os30/25 até o limite de100% SB
70% SB + 6% para cadagrupo de 12 além dos30/25 anos até olimite de 100% SB
Não é mais possível
Homem = 30 anos + 53idade + 40% pedágioMulher = 25 anos +48 idade + 40%pedágio
Homem = 30 anos Mulher = 25 anos
PROPORCIONAL
100 % SB Fator Previdenciário – após 29.11.99 80% todo período contributivo - julho 94 -após 29.11.99
100% SB 36 últimos SC ou novas regras
100% SB 36 últimos SC
Homem = 35 anos Mulher= 30 anos
Homem = 35 anos + 53
idade + 20% pedágio
Mulher = 30 anos + 48
idade + 20% pedágio –Inaplicável – IN 57/01
Homem = 35 anos Mulher = 30 anos
INTEGRAL
Após EC 20/98 - Tempo de Contribuição
Até 16.12.1998 - Regra de Transição
Antes EC/98 - Direito Adquirido - Tempo
de Serviço
Como interpretar?
De acordo com o Decreto 3048/99, temos a seguinte regulamentação:
Art.188-B. Fica garantido ao segurado que, até o dia 28 de novembro de 1999, tenha
cumprido os requisitos para a concessão de benefício, o cálculo do valor inicial
segundo as regras até então vigentes, considerando-se como período básico de
cálculo os trinta e seis meses imediatamente anteriores àquela data, observado o
§2º do art. 35, e assegurada a opção pelo cálculo na forma do art. 188-A, se mais
vantajoso. (Artigo acrescentado pelo Decreto nº 3.265, de 29/11/1999)
Art. 188-A. Para o segurado filiado à previdência social até 28 de novembro de
1999, inclusive o oriundo de regime próprio de previdência social, que vier a
cumprir as condições exigidas para a concessão dos benefícios do Regime
Geral de Previdência Social, no cálculo do salário-de-benefício será considerada
a média aritmética simples dos maiores salários-de-contribuição,
correspondentes a, no mínimo, oitenta por cento de todo o período contributivo
decorrido desde a competência julho de 1994, observado o disposto nos incisos
I e II do caput e § 14 do art. 32. (Incluído pelo Decreto nº 3.265, de 1999)
APELAÇÃO CÍVEL Nº 2008.71.12.002601-9/RS RELATOR Des. Federal JOÃO BATISTA PINTO SILVEIRA
APELANTE:INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL – INSS
APELADO:HEITOR SOARES
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. ATIVIDADE ESPECIAL. USO DE EPI. CONVERSÃO DO TEMPO ESPECIAL EM
COMUM. INVIÁVEL APÓS 28-05-1998. LEI N.º 9.711/98. CONCESSÃO DE APOSENTADORIA POR TEMPO DE
CONTRIBUIÇÃO PROPORCIONAL. EMENDA CONSTITUCIONAL N.º 20/98. REGRAS DE TRANSIÇÃO.
CÁLCULO DA RENDA MENSAL INICIAL. EFEITOS FINANCEIROS. TUTELA ESPECÍFICA.
5. Para contagem do tempo trabalhado após 16-12-1998, é necessário que o segurado possua idade mínima (53
anos - homem, 48 - mulher), mesmo se na data de publicação da EC n.º 20/98 contasse com mais de 30 anos de
serviço, se homem, ou 25 anos, se mulher, a teor do disposto no art. 9,§ 1º, inciso II, da Emenda Constitucional
n.º 20/98. 6. O direito adquirido ao cálculo do salário de benefício pela média aritmética simples dos
últimos trinta e seis salários de contribuição atualizados e sem aplicação do fator previdenciário,
prevalece somente com a contagem do tempo trabalhado até 28-11-1999, data da publicação da Lei
n.º 9.876/99. 7.Para os benefícios deferidos com contagem de tempo após 16-12-1998, o coeficiente de cálculo
será de 70% do salário de benefício acrescido de 5% por ano de contribuição que supere a soma do tempo de 30
anos, se homem, ou 25 anos, se mulher, com o adicional de 40%, regra aplicável também para o período anterior
a EC n.º 20/98, nos termos do inciso IIda alínea b do art. 9º da EC n.º 20/98, combinados com os arts. 52 e 53,
inciso I, da Lei n.º8.213/91. 8. O percentual da renda mensal inicial - RMI da aposentadoria por tempo de
contribuição, na forma proporcional, atende ao disposto no inciso II da alínea b do art. 9º da EC nº 20/98 - o valor
da aposentadoria proporcional será equivalente a 70% do valor da aposentadoria que se refere o "caput",
acrescido de 5% por ano de contribuição que supere a soma a que se refere o inciso anterior, até o limite de
100%, descontando-se o período adicional de contribuição cumprido, conforme entendimento deste
Regional.Precedentes. 9. Uma vez que o direito ao cômputo do tempo de serviço ora reconhecido já estava
incorporado ao patrimônio do segurado quando do requerimento administrativo de concessão da aposentadoria, o
termo inicial do benefício deve ser mantido na DER (artigo54 c/c o artigo 49, inciso II, da Lei
n.º 8.213/91). 10. Determina-se o cumprimento imediato do acórdão naquilo que se refere à obrigação de
implementar o benefício, por se tratar de decisão de eficácia mandamental que deverá ser efetivada mediante as
atividades de cumprimento da sentença stricto sensu previstas no art. 461 do CPC, sem a necessidade de um
processo executivo autônomo ( sine intervallo ).
Processo: APELREE 3814 SP 2003.61.83.003814-2
Relator(a): DESEMBARGADORA FEDERAL MARIANINA GALANTE
Julgamento: 05/09/2011
Órgão Julgador: OITAVA TURMA
Ementa
PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR TEMPO DE SERVIÇO. EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO. OBSCURIDADE. CONTRADIÇÃO. OMISSÃO. EXISTÊNCIA.
APLICAÇÃO DAS REGRAS DE TRANSIÇÃO. EMENDA 20/98. CONTRADIÇÃO
SUPRIDA.
I - Existência de contradição no Julgado unânime proferido pela 8ª. Turma.
II - Embargante alega a existência de obscuridade no V. acórdão, quanto à contagem do
tempo de serviço até a Emenda 20/98, tendo em vista a possibilidade de aplicação das
regras de transição.
III - Admissível o cômputo do tempo de serviço, com a somatória dos interstícios de
26/05/1999 a 04/06/1999 e de 29/06/1999 a 13/07/1999, como pretende o embargante,
tendo em vista que perfez 58 anos em 13/09/1995.
IV - Por equívoco, na primeira contagem do tempo de serviço até a Emenda nº 20/98 constou
que o segurado perfazer 30 anos, 05 meses e 21 dias de serviço, no entanto, o correto é
30 anos, 11 meses e 07 dias de serviço.
V - Refeitos os cálculos somando os períodos de 26/05/1999 a 04/06/1999 e de 29/06/1999 a
13/07/1999, totalizou 31 anos e 01 dia de serviço, fazendo jus à aposentadoria com renda
mensal no percentual de 75% (setenta e cinco por cento), conforme dispõe o artigo 9º, §
1º, inciso II, da Emenda 20/98.
VI - Embargos acolhidos a fim de suprir a contradição apontada.
TRF 4, Classe: AC - APELAÇÃO CIVEL Processo: 2008.71.12.002601-9
PREVIDENCIÁRIO. ATIVIDADE ESPECIAL. USO DE EPI. CONVERSÃO DO TEMPO ESPECIAL EM
COMUM. INVIÁVEL APÓS 28-05-1998. LEI N.º 9.711/98. CONCESSÃO DE APOSENTADORIA POR
TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO PROPORCIONAL. EMENDA CONSTITUCIONAL N.º 20/98. REGRAS
DE TRANSIÇÃO. CÁLCULO DA RENDA MENSALINICIAL. EFEITOS FINANCEIROS. TUTELA
ESPECÍFICA.
5. Para contagem do tempo trabalhado após 16-12-1998, é necessário que o segurado possua idade
mínima (53 anos - homem, 48 - mulher), mesmo se na data de publicação da EC n.º 20/98 contasse
com mais de 30 anos de serviço, se homem, ou 25 anos, se mulher, a teor do disposto no art. 9, § 1º,
inciso II, da Emenda Constitucional n.º 20/98.
6. O direito adquirido ao cálculo do salário de benefício pela média aritmética simples dos últimos trinta
e seis salários de contribuição atualizados e sem aplicação do fator previdenciário, prevalece somente
com a contagem do tempo trabalhado até 28-11-1999, data da publicação da Lei n.º 9.876/99.
7. Para os benefícios deferidos com contagem de tempo após 16-12-1998, o coeficiente de cálculo será
de 70% do salário de benefício acrescido de 5% por ano de contribuição que supere a soma do tempo
de 30 anos, se homem, ou 25 anos, se mulher, com o adicional de 40%, regra aplicável também para o
período anterior a EC n.º 20/98, nos termos do inciso II da alínea "b" do art. 9º da EC n.º 20/98,
combinados com os arts. 52 e 53, inciso I, da Lei n.º 8.213/91. 8. O percentual da renda mensal inicial -
RMI da aposentadoria por tempo de contribuição, na forma proporcional, atende ao disposto no inciso II
da alínea "b" do art. 9º da EC nº 20/98 - o valor da aposentadoria proporcional será equivalente a 70%
do valor da aposentadoria que se refere o "caput", acrescido de 5% por ano de contribuição que supere
a soma a que se refere o inciso anterior, até o limite de 100%, descontando-se o período adicional de
contribuição cumprido, conforme entendimento deste Regional. Precedentes.
9. Uma vez que o direito ao cômputo do tempo de serviço ora reconhecido já estava incorporado ao
patrimônio do segurado quando do requerimento administrativo de concessão da aposentadoria, o
termo inicial do benefício deve ser mantido na DER (artigo 54 c/c o artigo 49, inciso II, da Lei n.º
8.213/91). 10. Determina-se o cumprimento imediato do acórdão naquilo que se refere à obrigação de
implementar o benefício, por se tratar de decisão de eficácia mandamental que deverá ser efetivada
mediante as atividades de cumprimento da sentença stricto sensu previstas no art. 461 do CPC, sem a
necessidade de um processo executivo autônomo (sine intervallo).
Segurado com direito a benefícios com DER posterior a 1999, o período básico de
cálculo será formado pelos 80% maiores SC, apurados da competência de julho de 1994
(se anterior a 28/11/99, se posterior a partir da inscrição/filiação)
SEGURADOS
I – Segurados Obrigatórios II – Segurados Facultativos
III – Menoridade para fins previdenciários
• A determinação de ser Segurado advém de lei;
• Atividade remunerada:
-urbana ou rural;- de forma eventual ou efetiva;- com ou sem vínculo empregatício.
• Não exerce atividade que determine filiação
• Não tem regime próprio
c) Contribui voluntariamente para a previdência social
• 16 anos
• 14 anos na condição de aprendiz
SEGURADOS OBRIGATÓRIOS
EMPREGADO
Art. 11 Lei 8.213/91 Art. 9º Decreto
3048/99
Pressupostos:1.Pessoa Física2.Pessoalidade3.Urbana ou rural4.Não eventualidade5.Subordinação Jurídica6.Onerosidade
Não Requisitos:1.Exclusividade (honorários e funções compatíveis)2.Trabalho no estabelecimento do empregador.. etc
EMPREGADO DOMÉSTICO
Art. 11, II Lei 8.213/91
Pressupostos:1.Pessoa Física2.Pessoalidade3.Urbana ou rural4.Não eventualidade5.Subordinação Jurídica6.Onerosidade7.Presta serviços a pessoa ou família8.Âmbito familiar9.Finalidade não lucrativa
CONTRIBUINTE INDIVIDUALArt. 11, V Lei
8.213/91
OBS:Recolhe individualmente e por conta própria.Diferente do Empregado e do Empregado Doméstico
São Segurados Obrigatórios contribuintes individuais:
1. Empresários2. Trabalhador Autônomo
TRABALHADORAVULSO
Art. 9, VI Decreto 3048/99
Características:1. Curta duração dos serviços prestados
2.Intermediação da mão de obra através do sindicato ou do órgão gestor da mão de obra
3.Com ou sem remuneração paga através do sindicato
SEGURADO ESPECIAL
Art. 9, VII Decreto 3048/99
Regime de economia familiar:1.Trabalho realizado por membros da família e indispensável para a subsistência2.Exercícios em condições de mútua dependência e colaboração3.Sem utilização de empregados
Exceção: Auxílio eventual de terceiros:Exercido ocasionalmente, com mútua colocaração e sem remuneração
SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO
• O Salário de Contribuição é tema mais do que
importante para o entendimento do assunto
“custeio”, posto ser este a principal base de cálculo
das contribuições arrecadadas.
• CONCEITO: é o valor que serve de base para
incidência das alíquotas das contribuições
previdenciárias (fonte de custeio) e como base
para o cálculo do salário-de-benefício. Segundo
o artigo 214, do Decreto 3048/99 Salário de
Contribuição, pode ser assim explicitado, senão
vejamos:
I - para o EMPREGADO e o TRABALHADOR AVULSO: a remuneração auferida, assimentendida a totalidade dos rendimentos pagos, devidos ou creditados a qualquer título, duranteo mês, destinados a retribuir o trabalho, inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob a formade utilidades e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial ou, ainda, de convenção ouacordo coletivo de trabalho ou sentença normativa;
II - para o EMPREGADO DOMÉSTICO: a remuneração registrada na CTPS, observados oslimites mínimo e máximo legais;
III - para o CONTIBUINTE INDIVIDUAL: o valor por ele percebido, não podendo exceder olimite legal.;
IV - para o DIRIGENTE SINDICAL: na qualidade de empregado:a remuneração paga, devidaou creditada pela entidade sindical, pela empresa ou por ambas;
V - para o DIRIGENTE SINDICAL: na qualidade de trabalhador avulso: remuneração paga,devida ou creditada pela entidade sindical;
VI- para o SEGURADO FACULTATIVO: o valor por ele declarado, observados os limitesmínimo e máximo do Salário de Contribuição.
OBS: Quando a admissão, a dispensa, o afastamento ou a falta do empregado, inclusivedoméstico, ocorrer no curso do mês, o Salário de Contribuição será proporcional aonúmero de dias efetivamente trabalhados.
• PARCELAS INTEGRANTES E NÃO-INTEGRANTES DO SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO
• Segundo Hugo Goes, integram o salários-de-contribuição todas as parcelas de naturezaremuneratória, ou seja, aquelas pagas em retribuição aos serviços prestados pelotrabalho. As parcelas relativas à indenização e ao ressarcimento, em geral, não estãoincluídas nos conceitos de salários-de-contribuição e de remuneração.
• INTEGRANTES (em regra a Lei 8.212/91 e o Decreto 3.048/99 apenas narram as parcelasnão integrantes, assim por eliminação todas as parcelas que não encontram-se no roldas não integrantes, fazem parte do rol das integrantes) abaixo citamos algumas delas:
• I - remuneração adicional de férias;
• II- gratificação natalina - décimo terceiro salário: exceto para o cálculo do salário-de-benefício,sendo devida a contribuição quando do pagamento ou crédito da última parcela ou na rescisãodo contrato de trabalho – Súmula 688 do STF: É legítima a incidência da contribuiçãoprevidenciária sobre o 13º sálario;
• III- o valor das diárias para viagens, QUANDO excedente a 50 % da remuneração mensal doempregado, integra o salário-de-contribuição pelo seu valor total;
• IV – salário maternidade- único benefício previdenciário que tem sua base integrante ao SC –art. 28 da Lei 8.212/91;
• V- Aviso prévio trabalhado e indenizado (a partir de 2009), salário in natura (utilidades) nosmoldes do artigo 468 da CLT e remuneração do aposentado que retorna ao emprego;
• VI - os adicionais de qualquer espécie tais como: adicional noturno, horas extras, adicionalinsalubridade, periculosidade, penosidade, de transferência, de tempo de serviço dentreoutros.
• Nota: Todas estas parcelas integram o Salário de Contribuição, devido a sua naturezaremuneratória.
NÃO – INTEGRANTES ( Não integram o SC as parcelas tipificadas no artigo 28 § 9º da Lei 8.212/91 eartigo 214 do Dec. 3.048/99), abaixo citamos as principais:
• I - os benefícios da previdência social, nos termos e limites legais, ressalvado o
disposto no § 2º;
• II - a ajuda de custo e o adicional mensal recebidos pelo aeronauta, nos termos da
Lei nº 5.929, de 30 de outubro de 1973;
• III - a parcela in natura recebida de acordo com programa de alimentação
aprovado pelo Ministério do Trabalho e Emprego, nos termos da Lei nº 6.321, de 14
de abril de 1976;
• IV - as importâncias recebidas a título de férias indenizadas e respectivo adicional
constitucional, inclusive o valor correspondente à dobra da remuneração de férias de
que trata o art. 137 da Consolidação das Leis do Trabalho;
• V - as importâncias recebidas a título de:
• a) indenização compensatória de quarenta por cento do montante depositado no
Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, como proteção à relação de emprego
contra despedida arbitrária ou sem justa causa, conforme disposto no inciso I do art.
10 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias;
• b) indenização por tempo de serviço, anterior a 5 de outubro de 1988, do
empregado não optante pelo Fundo de Garantia do Tempo de Serviço;
• c) indenização por despedida sem justa causa do empregado nos contratos por
prazo determinado, conforme estabelecido no art. 479 da Consolidação das Leis do
Trabalho;
•
• d) indenização do tempo de serviço do safrista, quando da expiração normal do
contrato, conforme disposto no art. 14 da Lei n° 5.889, de 8 de junho de 1973;
• e) incentivo à demissão;
• f) aviso prévio indenizado; (Revogado pelo Decreto nº 6.727, de 2009)
• g) indenização por dispensa sem justa causa no período de trinta dias que antecede
a correção salarial a que se refere o art. 9º da Lei nº 7.238, de 29 de outubro de
1984;
• h) indenizações previstas nos arts. 496 e 497 da Consolidação das Leis do Trabalho;
• i) abono de férias na forma dos arts. 143 e 144 da Consolidação das Leis do
Trabalho;
• j) ganhos eventuais e abonos expressamente desvinculados do salário;
• j) ganhos eventuais e abonos expressamente desvinculados do salário por força de
lei; (Redação dada pelo Decreto nº 3.265, de 1999)
• l) licença-prêmio indenizada; e
• m) outras indenizações, desde que expressamente previstas em lei;
• VI - a parcela recebida a título de vale-transporte, na forma da legislação própria;
• VII - a ajuda de custo, em parcela única, recebida exclusivamente em decorrência
de mudança de local de trabalho do empregado, na forma do art. 470 da
Consolidação das Leis do Trabalho;
•
• VIII - as diárias para viagens, desde que não excedam a cinqüenta por cento da remuneração mensal do empregado;
• IX - a importância recebida a título de bolsa de complementação educacional de estagiário, quando paga nos termos da Lei nº 6.494, de 1977;
• X - a participação do empregado nos lucros ou resultados da empresa, quando paga ou creditada de acordo com lei específica;
• XI - o abono do Programa de Integração Social/Programa de Assistência ao Servidor Público;
• XII - os valores correspondentes a transporte, alimentação e habitação fornecidos pela empresa ao empregado contratado para trabalhar em localidade distante da de sua residência, em canteiro de obras ou local que, por força da atividade, exija deslocamento e estada, observadas as normas de proteção estabelecidas pelo Ministério do Trabalho e Emprego;
• XIII - a importância paga ao empregado a título de complementação ao valor do auxílio-doença desde que este direito seja extensivo à totalidade dos empregados da empresa;
• XIV - as parcelas destinadas à assistência ao trabalhador da agroindústria canavieira de que trata o art. 36 da Lei nº 4.870, de 1º de dezembro de 1965;
• XV - o valor das contribuições efetivamente pago pela pessoa jurídica relativo a programa de previdência complementar privada, aberta ou fechada, desde que disponível à totalidade de seus empregados e dirigentes, observados, no que couber, os arts. 9º e 468 da Consolidação das Leis do Trabalho;
• XVI - o valor relativo à assistência prestada por serviço médico ou odontológico, próprio da empresa ou com ela conveniado, inclusive o reembolso de despesas com medicamentos, óculos, aparelhos ortopédicos, despesas médico-hospitalares e outras similares, desde que a cobertura abranja a totalidade dos empregados e dirigentes da empresa;
•
• XVII - o valor correspondente a vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos ao empregado e utilizados no
local do trabalho para prestação dos respectivos serviços;
• XVIII - o ressarcimento de despesas pelo uso de veículo do empregado e o reembolso creche pago em conformidade com
a legislação trabalhista, observado o limite máximo de seis anos de idade da criança, quando devidamente comprovadas
as despesas realizadas;
• XVIII - o ressarcimento de despesas pelo uso de veículo do empregado, quando devidamente comprovadas; (Redação
dada pelo Decreto nº 3.265, de 1999)
• XIX - o valor relativo a plano educacional que vise à educação básica, nos termos do art. 21 da Lei nº 9.394, de 1996, e a
cursos de capacitação e qualificação profissionais vinculados às atividades desenvolvidas pela empresa, desde que não
seja utilizado em substituição de parcela salarial e que todos os empregados e dirigentes tenham acesso ao mesmo;
• XX - a importância recebida a título de bolsa de aprendizagem garantida ao adolescente até dezesseis anos de idade, nos
termos da legislação específica; (Revogado pelo Decreto nº 3.265, de 1999)
• XXI - os valores recebidos em decorrência da cessão de direitos autorais; e
• XXII - o valor da multa paga ao empregado em decorrência da mora no pagamento das parcelas constantes do
instrumento de rescisão do contrato de trabalho, conforme previsto no § 8º do art. 477 da Consolidação das Leis do
Trabalho.
• XXIII - o reembolso creche pago em conformidade com a legislação trabalhista, observado o limite máximo de seis anos
de idade da criança, quando devidamente comprovadas as despesas; (Incluído pelo Decreto nº 3.265, de 1999)
• XXIV - o reembolso babá, limitado ao menor salário-de-contribuição mensal e condicionado à comprovação do registro na
Carteira de Trabalho e Previdência Social da empregada, do pagamento da remuneração e do recolhimento da
contribuição previdenciária, pago em conformidade com a legislação trabalhista, observado o limite máximo de seis anos
de idade da criança; e (Incluído pelo Decreto nº 3.265, de 1999)
• XXV - o valor das contribuições efetivamente pago pela pessoa jurídica relativo a prêmio de seguro de vida em grupo,
desde que previsto em acordo ou convenção coletiva de trabalho e disponível à totalidade de seus empregados e
dirigentes, observados, no que couber, os arts. 9o e 468 da Consolidação das Leis do Trabalho. (Incluído pelo Decreto nº
3.265, de 1999)
NOTA: As parcela não integrantes qando pagas ou creditadas de acordo com a Lei, integraram o SC para todos os efeitos.
SALÁRIO-DE-CONTRIBUIÇÃO• O limite mínimo do salário-de-contribuição
corresponde ao piso salarial legal ou normativoda categoria ou, INEXISTINDO ESTE, ao saláriomínimo, tomado no seu valor mensal, diário ouhorário;
• O limite máximo do salário-de-contribuição éaquele publicado mediante portaria do Ministérioda Previdência sempre quando ocorrer alteraçãono valor dos benefícios, atualmente a tabela deContribuição encontra-se da seguinte forma:
SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO
SALÁRIOS – DE - CONTRIBUIÇÃO ALÍQUOTAS
Até R$ até 1.399,12 8,00%
de R$ 1.399,13 até 2.331,88 9,00%
de R$ 2.331,89 até 4.663,75 11,00%
OBS: As alíquotas voltaram a seguir aregra esculpida no artigo 20 da lei8212/91 devido ao cancelamento daCPMF, ou seja, 0,35% de redução paraquem ganhava até 3 SM foi cancelada,voltando as alíquotas originais de 8%,9% e 11%.
Salário de BenefícioCONCEITO
• O salário de benefício é o valor básico usado para o cálculo darenda mensal inicial (RMI), dos principais benefíciosprevidenciários.
• É a importância apurada a partir dos salários de contribuição dosegurado. Mas não há correspondência absoluta entre o valor dosalário de benefício e o valor do benefício, pois este último resultade nova apuração aritmética.
Definição Legal
• Artigo 28 da Lei 8.213/91 define o salário de benefício como sendo " ovalor do benefício de prestação continuada, inclusive o regido por normaespecial e o decorrente de acidente de trabalho, exceto o salário famíliae o salário maternidade, será calculado com base no salário-de-benefício."
• Artigo 31 do Decreto 3048/99 define o salário de benefício como " ovalor-básico utilizado para cálculo da renda mensal inicial dos benefíciosde prestação continuada, inclusive os regidos por normas especiais,exceto o salário-família, a pensão por morte, o salário maternidade e osdemais benefícios de legislação especial."
Salário de BenefícioBENEFÍCIOS QUE NÃO SERÃO CALCULADOS COM BASE NO SALÁRIO DEBENEFÍCIO
Salário família: o valor é o mesmo para todos aqueles que têm direito;
Salário maternidade:
- remuneração integral no caso da empregada e avulsa;
- valor do último salário de contribuição para a doméstica;
- 1/12 do valor sobre o qual incidiu a última contribuição anual para a seguradaespecial;
- 1/12 da média dos últimos salários de contribuição, apurados em período nãosuperior a 15 meses, para a segurada contribuinte individual.
Pensão por morte: o valor é calculado com base no valor da aposentadoriaque o segurado recebia ou daquela a que teria direito se tivesse aposentado porinvalidez na data de seu falecimento.
Auxílio reclusão: o valor é de 100% da aposentadoria que o seguradopercebia no dia de sua prisão ou que teria se estivesse aposentado porinvalidez.
BENEFÍCIO CÁLCULO DO SALÁRIO DE
BENEFÍCIO
Tempo de
Contribuição
Idade
Média aritmética simples dos maiores salários-de-
contribuição correspondentes a oitenta por cento
de todo o período contributivo, multiplicada pelo
fator previdenciário – na por idade o FP é
opcional - (se anterior a 28/11/99 o período de
PBC será de julho de 94 para frente, se posterior
a partir da inscrição/filiação)
Invalidez
Especial
Auxílio-Doença
Auxílio-Acidente
Média aritmética simples dos maiores salários-de-
contribuição correspondentes a oitenta por cento
de todo o período contributivo (se anterior a
28/11/99 o período de PBC será de julho de 94
para frente, se posterior a partir da
inscrição/filiação)
• Nota: A partir da entrada em vigor da Lei
10.403/02, o INSS passou a utilizar, para
fins de cálculo do SB, as informações
constantes do CNIS, relativo as
contribuições dos segurados. Lembrando
que o segurado poderá solicitar alteração
das informações do CNIS, trazendo
provas da divergência
Renda Mensal Inicial
CONCEITO
É a a primeira parcela do benefício de prestação continuada a ser pago pela
Previdência Social. O valor dependerá da espécie de benefício e do valor do
salário do benefício.
Formula do cálculo:
RMI= SBXCF
RMI - Renda Mensal Inicial
SB - Salário de Benefício
CF - Coeficiente de Cálculo (cada benefício tem o seu)
Renda Mensal Inicial
70% do SB + 5% por grupo de 12contribuições mensais até o limite de100%
Aposentadoria por tempo de contribuição(proporcional) - inscritos até 16/12/98
70% do SB + 1% por grupo de 12contribuições mensais até o limite de100%
Aposentadoria por idade - julho de 94
50% do SBAuxílio-acidente
100% do SBAposentadoria por tempo de contribuição
100% do SBAposentadoria por invalidez
100% do SBAposentadoria especial
91% do SBAuxílio-doença
Renda Mensal InicialBenefício
Fator Previdenciário
CONCEITO
Estabelecido pela Lei 9.876/99, é um coeficiente atuarial que busca devolver ao
segurado a poupança acumulada (contribuições pagas), distribuída ao longo da
vida de aposentado.
Principais Pontos:
Foi a forma do governo estimular as pessoas a se aposentarem mais tarde.
Na prática o fator previdenciário é a aplicação da idade mínima para
aposentadoria, que foi rejeitada na votação da EC 20/98.
E é aplicado aos segurados filiados ao RGPS a partir de 29/11/1999 no cálculo da
Aposentadoria por tempo de contribuição, sendo entretanto opcional na
Aposentadoria por idade.
É levado em consideração para o cálculo do Fator Previdenciário:
a) idade do segurado na data de sua aposentadoria;
b) o tempo que ele contribuiu para a previdência;
c) sua expectativa de sobrevida, ou seja o prazo médio o qual o benefício será pago(fonte IBGE).
Fator Previdenciário• Para efeito da aplicação do fator previdenciário, ao tempo de
contribuição do segurado serão adicionados: (artigo 29parágrafo 9° da Lei 9.876/99)
• a) cinco anos, quando se tratar de mulher;
• b) cinco anos, quando se tratar de professor que comproveexclusivamente tempo de efetivo exercício das funções demagistério na educação infantil e no ensino fundamental médio;
• c) dez anos, quando se tratar de professora que comproveexclusivamente tempo de efetivo exercício das funções demagistério na educação infantil e no ensino fundamental médio.
• OBS: Por conseguinte, para as mulheres e professores, comexceção dos professores do 3° Grau, nasceu um bônus de cincoanos para o cálculo do fator previdenciário. Desta sorte,professores e mulheres que por exemplo se aposentem comtrinta e três anos de serviço, têm seu cálculo realizado como seo período de contribuição fosse de 38 anos.
Fator PrevidenciárioFÓRMULA DE CÁLCULO
f= Tc x a x [1+(Id + Tc X a)]
Es 100
f - fator previdenciário
Es - expectativa de sobrevida no momento da aposentadoria
Tc - tempo de contribuição até o momento da aposentadoria
Id - idade no momento da aposentadoria
a - alíquota de contribuição correspondente a 0,31 (20% daempresa e 11% do segurado)
Ex: JOSÉ PINTO, tem 55 anos de idade e contribuiu para oRGPS por 35 anos, sua expectativa de sobrevida de acordocom o IBGE é de 24,7 anos. Sendo ainda, importante narrarque o SB dele é de R$ 2000,00. Assim pergunta-se qual ovalor do FP de Pinto? E, mais qual é o valor da sua RMI?
Es= 24,7; Tc= 35; Id= 55; a= 0,31
f= 35x 0,31 x [1+ (55+ 35 x 0,31)]=
24,7 100
f= 10,85 x [1+ (55+ 10,85)]=
24,7 100
0,4392 x [1 + 65,85]=
100
f= 0,4392 x [1+ 0,6585]=
f= 0,4392 x 1,6585=
f= 0,7285
• Nota: Para o cálculo do Valor do SB, se deve levar em consideração a média dos SCmultiplicada pelo FP.
• Ex: R$2000,00 (M) X 0,7285 (f)= R$1457,00
• OBS: Se o índice apurado for menor que 1 o fator previdenciário incidirá de forma negativa e se for maior ou igual a 1 o fator previdenciário não provocará redução na RMI, podendo inclusive majorá-la.
FUNDAMENTAÇÃO JURÍDICA DA INCONSTITUCIONALIDADE
Ante o exposto, julgo procedente o pedido, resolvendo o mérito da causa com fulcro no art. 269,
I do CPC, condenando o INSS a recalcular a renda mensal inicial benefício de aposentadoria por
idade em nome do autor Albertino José da Silva, sem a aplicação do fator previdenciário, nos
termos do preceituado no art.7º da lei 9.876/99.
Sobre os atrasados, observada a prescrição qüinqüenal, incidirão os juros de mora 1% ao mês, a partir
da citação, nos termos do art. 406 do Código Civil e do art. 161, 1º, do Código Tributário Nacional,
incidindo tais juros até a data de expedição do precatório, caso este seja pago no prazo estabelecido
pelo art. 100 da CF/88 (STF, RE nº 298.616-SP, Relator Ministro Gilmar Mendes, maioria, julgado em 31
de outubro de 2002).A correção monetária incide sobre as prestações em atraso, desde os respectivos
vencimentos, na forma das Súmulas 148 do E. STJ e nº 8 do E. TRF da 3ª Região e da Resolução nº
242 do Conselho da Justiça Federal, acolhida pelo artigo 454 do Provimento nº 64, de 28/04/2005 da E.
Corregedoria-Geral da Justiça da 3ª Região.Fixo os honorários advocatícios em 15% sobre o valor da
condenação devidamente liquidado, excluídas as prestações vencidas após a sentença nos termos da
Súmula 111 do Superior Tribunal de Justiça.Custas "ex lege".Sentença sujeita ao duplo grau, nos
termos do art. 10, da Lei n.º 9.469/97. Disponibilizacao D. Eletrônico de sentença : 01/08/2008 ,pag
0 Proc. n° 200761830034804 .
Vide também O posicionamento do Juiz Federal Marcus Orione, em sua festejada obra “Curso
de Direito da Seguridade Social, dos Magistrados e doutrinadores João Batista Lazzari e Carlos
Alberto de Castro (Manual de Direito Previdenciário, 2007, p. 412), de Jelson Carlos Accardrolli
(Revista RPS 249/583), o parecer da Fiesp/Ciesp (Disponível em
http://www.ciesp.org.br/hotsite_dejur/pareceres_juridicos/039-01.pdf), Processo: 2005.63.15.000133-5
– JEF SÃO PAULO, dentre outros.
• Indo na mesma linha há que se comentar que recentemente a 1ª Vara Previdenciáriade São Paulo ao julgar um caso análogo assim se manifestou:
• Registre-se, no entanto, que entendemos que o fator previdenciário éinconstitucional. Na lei, são introduzidos elementos de cálculo que influemdiretamente no próprio direito ao benefício, concebendo-se, por via obliquo,limitações distintas das externadas nos requisitos impostos constitucionalmentepara a obtenção, em especial, da aposentadoria por tempo de contribuição.Diversamente do setor público, no setor provado rechaçou-se a adição da idadepara a obtenção do benefício (art. 201, §7º da Constituição Federal de 1988). Domesmo modo, não há qualquer previsão, para que o benefício seja concedido, deelementos como a expectativa de vida. Portanto a lei ordinária acrescentou, parafins de obtenção do valor do benefício, requisitos que, ainda que indiretamente,dificultam o acesso ao próprio direito ao benefício.
• Nem se diga que uma coisa é requisito para obtenção do benefício – quecontinuaria a ser apenas o tempo de contribuição – e outra, totalmente diversa, é ocálculo do seu valor inicial. Ora, o raciocínio é falacioso: somente é possível seobter o benefício a partir da utilização dos elementos indispensáveis para o cálculoda renda mensal inicial. Assim, utilizando-se, para obtenção desta, de elementosnão permitidos – ou mais, desejados – pela Constituição, obviamente que violadose encontra o próprio direito ao beneficio em si.
• Ressalte-se, também, que não há elementos suficientes para se tem comoconclusivo que o fator previdenciário garanta o “equilíbrio financeiro e atuarial” dosistema. Trata-se, isto sim, de elemento que consubstancia intolerável “retrocessosocial”, afastado em vários momentos pela melhor doutrina (CANOTILHO E FLÁVIAPIOVESAN, dentre outros)
• Constate-se, finalmente, que os requisitos postos no cálculo do fator previdenciárionão consideram especificações regionais, equiparando, v.g., quanto a idade ouexpectativa de vida, situações diversas. É inadmissível, por exemplo, considerar-seque estes elementos possam ser dimensionados da mesma forma se considerarmosum benefício postulado pó um segurado de São Paulo e por outro do sertão doNordeste. Logo, sem considerar estas peculiaridades, o fator previdenciário atingefrontalmente o princípio da igualdade, insculpido no art. 5º, “caput”, da ConstituiçãoFederal de 1988.
• Não há, aqui, que se atribuir efeitos vinculantes ou “erga omnes” às Adins 2.110-9 e2.111-7 (relatadas , com liminar penas, pelo Min. Sydney Sanches).
• Não havendo qualquer insurreição quanto aos demais elementos constantes da Lein. 9876/99, devem estes ser mantidos no recálculo da renda mensal inicial da parteautora.Ante todo o exposto, julgo procedente o pedido constante da inicial, para quese promova ao recálculo da renda mensal inicial do benefício da parte autora sem aincidência do fator previdenciário, nos moldes da fundamentação, observada aprescrição qüinqüenal.Os juros moratórios são fixados à razão de 1% ao mês, nostermos do art. 406 do CC e do art. 161, 1º, do CTN.A correção monetária incide sobreas diferenças apuradas desde o momento em que se tornaram devidas, na forma doatual Manual de Orientação de Procedimentos para os Cálculos na Justiça Federal,aprovado pela resolução 561/2007 do Presidente do Conselho da Justiça Federal. Oshonorários devem ser arbitrados em 15% sobre o total da condenação. O INSSencontra-se legalmente isento do pagamento de custas.Sentença sujeita ao duplograu, nos termos do art. 10, da Lei nº. 9.469/97. Publique-se. Registre-se. Intime-se. (
• Processo n. 2009.61.83.007350-8 – Primeira Vara Previdenciária de São Paulo, DOE.16/11/2009.
CÁLCULOS
PARTICULARIDADES – Trazidas pela Lei 9.876/99 – Regra de transição –
aplicada basicamente a todos que estão em condições de requererem o
Benefício – ficando quase como regra obrigatória atualmente, senão vejamos:
• Art. 3º Para o segurado filiado à Previdência Social até o dia anterior à data de
publicação desta Lei, que vier a cumprir as condições exigidas para a concessão
dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social, no cálculo do salário-de-
benefício será considerada a média aritmética simples dos maiores salários-de-
contribuição, correspondentes a, no mínimo, oitenta por cento de todo o período
contributivo decorrido desde a competência julho de 1994, observado o disposto
nos incisos I e II do caput do art. 29 da Lei no 8.213, de 1991, com a redação
dada por esta Lei.
• § 2º No caso das aposentadorias de que tratam as alíneas b, c e d do inciso I
do art. 18, o divisor considerado no cálculo da média a que se refere o caput e o
§ 1o não poderá ser inferior a sessenta por cento do período decorrido da
competência julho de 1994 até a data de início do benefício, limitado a cem por
cento de todo o período contributivo
• Assim, para poder atender o requisito trazido pela norma, necessário se saber
a quantidade de SC existentes, para de posse desta informação realizar o
cálculo que o § 2º determina.
• Entendendo o conceito da norma:
– Primeiramente, deve-se observar que período contributivo é
diferente de período transcorrido da competência de julho de
1994 até a data da entrada do requerimento, sendo que tal
locução ainda deve ser conjugada com o caput do artigo, ou
seja, encontrar a real interpretação entre o termo “no mínimo” do
caput do artigo 3º c/c “limitado” do § 2º do mesmo artigo.
– Tal entendimento poderia nos levar a conclusão que o aludido
divisor é inócua, defendendo-se a teoria que no cálculo das
aposentadorias por idade, tempo de contribuição e especial,
devessem tomar por base apenas o períodos efetivamente
contribuídos, extirpando o parágrafo segundo por ser colidente
com o caput do artigo.
• No entanto, vejamos o que o STJ vem entendendo:
• PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR IDADE. REVISÃO. PERÍODO BÁSICO DE CÁLCULO. AMPLIAÇÃO. EC
20/1998 E LEI 9.876/1999. UM PARA O CÁLCULO DA MÉDIA. PERÍODO CONTRIBUTIVO.
• A partir da promulgação da Carta Constitucional de 1988 apuração das beneficias de prestação continuada, como a
aposentadoria, correspondia à média dos 36 últimos salários-de-contribuição ( art.202, caput)
• Com a Emenda Constitucional 20, de 1998. o número de contribuições integrantes do Período Básico de Cálculo deixou
de constar do texto constitucional, que atribuiu essa responsabilidade ao legislador ordinário (201. § 3º).
• Em seguida veio à lume a Lei 9.876 cuja entrada em vigor se deu em 29.11.1999. Instituiu-se o fator previdenciário no
cálculo das aposentadorias e ampliou-se o período de apuração dos salários-de-contribuição.
• Conforme a nova Lei, para aqueles que se filiassem à Previdência a partir da Lei 9.876/1999, o período de apuração
envolveria os salários-de-contribuição desde a data da filiação até a Data de Requerimento – DER, isto é, todo o período
contributivo do segurado.
• De outra parte, para os filiados antes da edição da aludida Lei, o período de apuração passou a ser o interregno entre julho
de 1994 e a DER.
• O Período básico de cálculo dos segurados foi ampliado pelo disposto no art. 3º, caput, da Lei 9.876/99. Essa alteração
legislativa veio em benefício dos segurados. Porém, só lhes beneficia se houver contribuições.
• Na espécie, a recorrente realizou apenas uma contribuição desde a competência de julho de 1994, até a entrada do
requerimento – DER, em janeiro de 2004.
• O caput do art. 3º da Lei 9.876/99 determina que, na média considerar-se-á os maiores salários-de-contribuição, na forma
do artigo 29, inc. I, da Lei 8.213/1991, correspondentes a, no mínimo, oitenta por cento de todo o período contributivo
desde julho de 1994. E o § 2º do referido art. 3º da Lei 9.876/99 limita o divisor a 100% do período contributivo.
• Não há qualquer referência a que o divisor mínimo para apuração da média seja limitado ao número de contribuições.
• Recurso Especial a que se nega provimento. (Resp 929.032/RS DJe 27.04.2009)
• Outro pensamento que nos chama a atenção é a definição dada no julgamento do
processo 2002.7208.005249-9-SC, o qual narra:
– Assim: se todo o período contributivo for inferior a 60% do período de
apuração (07-1994 até a DIB), inviável a eleição dos 80% maiores valores,
desprezando-se os demais. A média, assim, parte da integralidade do período
contributivo, adotando-se como divisor o próprio número de salários-de-
contribuição. Aqui, se trata da aplicação da segunda parte do § 2 do artigo 3º,
onde o divisor está limitado a cem por cento de todo o período contributivo...
• OBS.: Tal entendimento acabaria por complicar o sistema contributivo, na opinião
deste nobre articulista. Posto que acaba sendo mais interessante ter uma única
contribuição, posto que o mínimo divisor no caso em tela será o próprio salário-de-
contribuição e não o núcleo duro do artigo 3°, § 2 da Lei 9.876/99. Tal pensamento
também é coadunado pela Juíza Federal Marina Vasques. (Direito Previdenciário, p. 133. 2010)
• Tal mecânica também restou assim ementada nos processos: 2006.72.59.001504-
4 e 2007.72.95.004764-9 ambos julgados pela Turma Recursal de SC.
• Tentemos entender a mecânica do cálculo então:
Caso 01:
• Antonio Rego D´ouro requereu sua aposentadoria em 01.11.2002. Tendo da
competência de julho de 1994 até a DER recolhido todas as contribuições. Desta
forma contando com 100 meses transcorridos e 100 meses pagos no valor de 500
reais, seu cálculo se daria da seguinte forma:
– Período transcorrido de 07/94 até a DER=100 meses
– 60% do período transcorrido: 60 meses
– Período contribuído= 100 contribuições
– 80% maiores contribuições= 80
– Cálculo:
– SB= 80x500,00 ( período contribuído)
– 80 (porque não inferior a 60% do período decorrido)
– SB= 40.000,00: 80= 500
– Obs.: Lembrando que os SC’s que apuraram o SB devem ser devidamente
corrigidos em sua fórmula matemática;
• Caso 02:
• Antonio Rego D´ouro requereu sua aposentadoria em 01.11.2002. Tendo da competência
de julho de 1994 até a DER recolhido 70 contribuições. Desta forma contando com 100
meses transcorridos e 70 meses pagos, dos quais 56 foram no valor de 500 reais e 14 no
valor de 100, seu cálculo se daria da seguinte forma:
• Período transcorrido de 07/94 até a DER=100 meses
• 60% do período transcorrido: 60 meses
• Período contribuído= 70 contribuições
• 80% maiores contribuições= 56
• Cálculo:
• SB= 56x500,00 (maiores SC’s do período contribuído) + 4 SC’s de 100,00 – correpondendo
a 85,7% do total de meses contributivos (pegos dentre os 20% menores para integralizar
no mínimo 60% de contribuição, posto que dente os 20% menores eu posso integralizar até
100% para tentar atingir o mínimo divisor de meses relativos aos SC’s) divididos por 60
(60% do período decorrido)
• SB= 28.400,00: 60= 473,33
• OBS.: Para se apurar a razão percentual devemos: 70-------100
• 60---------X
• Caso 03:
• Antonio Rego D´ouro requereu sua aposentadoria em 01.11.2002. Tendo da
competência de julho de 1994 até a DER recolhido 60 contribuições. Desta
forma contando com 100 meses transcorridos e 60 meses pagos, dos quais
48 foram no valor de 500 reais e 12 no valor de 100, seu cálculo se daria da
seguinte forma:
• Período transcorrido de 07/94 até a DER=100 meses
• 60% do período transcorrido: 60 meses
• Período contribuído= 60 contribuições
• 80% maiores contribuições= 48
• Cálculo:
• SB= 48x500,00 (maiores SC’s do período contribuído) + 12 SC’s de 100,00
– correpondendo a 100% do total de meses contributivos (pegos dentre os
20% menores para integralizar no mínimo 60% de contribuição, posto que
dente os 20% menores eu posso integralizar até 100% para tentar atingir o
mínimo divisor de meses relativos aos SC’s) divididos por 60 (60% do
período decorrido)
• SB= 25.200,00: 60= 420
• Caso 04:
• Antonio Rego D´ouro requereu sua aposentadoria em 01.11.2002. Tendo da
competência de julho de 1994 até a DER recolhido 48 contribuições. Desta forma
contando com 100 meses transcorridos e 48 meses pagos, dos quais 39 foram no
valor de 500 reais e 09 no valor de 100, seu cálculo se daria da seguinte forma:
•
• Período transcorrido de 07/94 até a DER=100 meses
• 60% do período transcorrido: 60 meses
• Período contribuído= 48 contribuições
• 80% maiores contribuições= 39
• Cálculo:
• SB= 39x500,00 (maiores SC’s do período contribuído) + 09 SC’s de 100,00 –
correspondendo a 100% do total de meses contributivos (pegos dentre os 20%
menores para integralizar no mínimo 60% de contribuição, posto que dente os 20%
menores eu posso integralizar até 100% para tentar atingir o mínimo divisor de
meses relativos aos SC’s, contudo, no caso em epígrafe mesmo depois de realizar
isto não fora possível atingir o número de contribuições relativos ao mínimo divisor,
deste modo, soma-se todos os salários e dividi-se pelo mínimo divisor) divididos por
60 (60% do período decorrido)
• SB= 20.400,00: 60= 340,00
Visão do INSS: Artigo 175 da IN 45 – Antigo
artigo 83, III, “a” e “b”
• Artigo 175(...)
• Parágrafo único. Tratando-se de aposentadoria por idade, por
tempo de contribuição e aposentadoria especial, para apuração do
valor do salário-de-benefício, deverá ser observado:
•
• I - contando o segurado com menos de sessenta por cento de
contribuições no período decorrido de julho de 1994 até a data do
início do benefício - DIB, o divisor a ser considerado no cálculo da
média aritmética simples dos oitenta por cento maiores salários de
contribuição de todo o período contributivo desde julho de 1994,
não poderá ser inferior a sessenta por cento desse mesmo período;
e
• II - contando o segurado com sessenta por cento a oitenta por cento
de contribuições no período decorrido de julho de 1994 até a DIB,
aplicar-se-á a média aritmética simples.
• Exemplificando o cálculo pelo INSS:
• Caso 01
• DER 07/2004
• PBC=120
• Contribuições= 70
• Mínimo divisor= 72 (120X60%)
• O cálculo será a soma dos 70SC devidamente corrigidos divididos pelo mínimo divisor 72.
• Caso 02
• DER=07/2003
• PBC=108
• Contribuições= 70
• Mínimo divisor= 64 (108X60%)
• O cálculo será a média aritmética simples, ou seja, a soma dos 70SC devidamente
corrigidos, divididos pela quantidade numérica de meses contribuídos, vez que este é
superior a 60% e inferior a 80%.
• Nota: A partir da entrada em vigor da Lei10.403/02, o INSS passou a utilizar, parafins de cálculo do SB, as informaçõesconstantes do CNIS, relativo ascontribuições dos segurados.
• Lembrando que o segurado poderásolicitar alteração das informações doCNIS, trazendo provas da divergência.
Atividades Concomitantes
O artigo 32 da Lei nº 8.213/91 ao referir-se a atividades
concomitantes, diz respeito ao exercício de mais de uma
atividade vinculada ao Regime Geral da Previdência Social,
seja exercida em idêntica categoria de segurado ou não.
Não há restrição ou limitação legal no sentido de que não
seja aplica o referido dispositivo quando se tratar de duas
atividades na condição de empregado.
Vejamos como se dá a redação do referido artigo:
Atividades Concomitantes
Segue a redação do artigo 32 da Lei nº 8.213/91, que assim dispõe:
Art. 32. O salário-de-benefício do segurado que contribuir em razão de atividades concomitantes será calculado com
base na soma dos salários-de-contribuição das atividades exercidas na data do requerimento ou do óbito, ou no
período básico de cálculo, observado o disposto no art. 29 e as normas seguintes:
I - quando o segurado satisfizer, em relação a cada atividade, as condições do benefício requerido, o salário-de-
beneficio será calculado com base na soma dos respectivos salários-de-contribuição;
II - quando não se verificar a hipótese do inciso anterior, o salário-de-benefício corresponde à soma das seguintes
parcelas:
a) o salário-de-benefício calculado com base nos salários-de-contribuição das atividades em relação às quais são
atendidas as condições do benefício requerido;
b) um percentual da média do salário-de-contribuição de cada uma das demais atividades, equivalente à relação
entre o número de meses completo de contribuição e os do período de carência do benefício requerido;
III - quando se tratar de benefício por tempo de serviço, o percentual da alínea "b" do inciso II será o resultante da
relação entre os anos completos de atividade e o número de anos de serviço considerado para a concessão do
benefício.
§ 1º O disposto neste artigo não se aplica ao segurado que, em obediência ao limite máximo do salário-de-
contribuição, contribuiu apenas por uma das atividades concomitantes.
§ 2º Não se aplica o disposto neste artigo ao segurado que tenha sofrido redução do salário-de-contribuição das
atividades concomitantes em respeito ao limite máximo desse salário.
Portanto, a regra geral encontra-se no caput e inciso I do artigo
citado (quando o segurado atendeu todos os requisitos para
concessão do benefício em ambas as atividades) e a regra
excepcional (quando o segurado preenche os requisitos para
concessão somente em uma das atividades) está disposta nos
incisos II e III.
Então, os casos de maior dúvida estão nas situações onde o
segurado que possui mais de uma atividade não atinge os
pressupostos para alçar o benefício em todas elas.
Para já se visualizar, o beneficiário mais apenado com esta regra é
aquele que almeja o benefício de aposentadoria por tempo de
contribuição (integral ou proporcional) e a aposentadoria especial,
pois nestes casos o percentual da alínea b, corresponderá ao
resultado da relação entre os anos completos de atividade e o
número de anos de serviço considerado para a concessão do
benefício.
No caso do inciso II do artigo 32, devemos observar qual é a
atividade principal e quais são as acessórias, para isso, devemos
ver em qual atividade houve o maior tempo de contribuição, ou qual
a atividade que melhor garanta a subsistência do cliente, sendo
então as demais as atividades secundárias.
Dito isto, o que nos cabe realizar são os cálculos, onde, para cada
atividade haverá a apuração do SB.
Certo é que o SB da atividade secundária será considerado de
forma proporcional, havendo então a figura do numerador e do
denominador que serão aplicados.
Uma informação importante é que, no mês, ou meses, onde o
Segurado realizou contribuição somente em relação a uma das
atividades concomitantes, a atividade múltipla não será
considerada, situação que também ocorre quando se tratar de
atividades em mesmo grupo empresarial, por força da IN INSS/Pres
n° 11, em seu artigo 88, parágrafo quarto.
Assim, vejamos como serão fixados os
numeradores e os denominadores:
1. Numerador: parcela igual ao total de
contribuições mensais de todo o período
concomitante, para aposentadoria por idade,
auxílio-doença e por invalidez, ou a anos
completos de contribuição de toda a atividade
concomitante, para as demais
aposentadorias.
2. Denominador: será igual a:
2.1 – Ao número estipulado como período de carência constante na tabela
transitória, para os segurados inscritos até 24.7.1991, e de 180 meses para
os inscritos após esta data, para a aposentadoria por idade;
2.2 - A doze, para o auxílio-doença e para a aposentadoria por invalidez;
2.3 - A 15, 20 ou 25 anos, para a aposentadoria especial;
2.4 – A 25, para mulher e 30, para o homem, quando se tratar de
aposentadoria do professor;
2.5 - Ao número mínimo de anos de serviço considerado para a concessão da
aposentadoria por tempo de serviço, no período de 25.7.1991 a 16.12.1998
(o denominador a que se refere o inciso II do artigo 32, deverá ser igual a
35, se homem, ou 25 se mulher, no caso de aposentadoria proporcional de
tempo de serviço);
2.6 – Ao número de anos completos de tempo de contribuição considerado
para a concessão do benefício de aposentadoria por tempo de
contribuição, à partir da EC 20;
2.7 - A 30, para mulher e 35 para o homem, para a aposentadoria por tempo
de contribuição do segurado que ingressou na Previdência a partir de
17.12.1998.
E como se calcula?
Para se visualizar como fica a fração:
15 numerador
35 denominador
Exemplo: No caso de um segurado que exerce atividades concomitantes, completou 35
anos de contribuição em uma das atividades e 15 anos na segunda atividade. Ao
requerer a sua aposentadoria por tempo de contribuição, o seu salário-de-benefício
será calculado da seguinte forma:
- na 1ª atividade, será feita a média normal e encontrado o salário-de-benefício da 1ª
atividade;
- na 2ª atividade, será feita a média normal, após este valor será multiplicado por 15/35
(+/- 42,86% - resultante da relação entre os anos completos de atividade e o número
de anos de serviço considerado para a concessão do benefício) e encontrado o
salário-de-benefício da 2ª atividade;
- após a apuração acima, serão somados os dois valores e apurado o salário-de-
benefício final, sobre o qual será aplicado o fator previdenciário e apurada a Renda
Mensal Inicial.
Julgados interessantes
APELAÇÃO/REEXAME NECESSÁRIO Nº 2003.72.06.000283-5/SC
EMENTA - PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR TEMPO DE SERVIÇO. REVISÃO DA
RMI. EX-SERVIDOR PÚBLICO OPTANTE PELO PDV. EXERCÍCIO DE ATIVIDADES
CONCOMITANTES, UMA VINCULADA AO RGPS E OUTRA SUBMETIDA AO REGIME
PRÓPRIO. POSSIBILIDADE DE APROVEITAMENTO PARA FINS DE CONTAGEM
RECÍPROCA. NÃO-PREENCHIMENTO EM NENHUMA DELAS ISOLADAMENTE DOS
REQUISITOS PARA A APOSENTAÇÃO. SALÁRIO-DE-BENEFÍCIO CALCULADO SEGUNDO
OS INCISOS II, "A" E III DO ART. 32 DA LEI 8.213/91. CONSIDERAÇÃO DA ATIVIDADE
MELHOR REMUNERADA COMO PRINCIPAL. CÁLCULO JUDICIAL. NÃO-HOMOLOGAÇÃO.
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. 1. Em se tratando de ex-servidor público, optante pelo
Programa de Desligamento Voluntário do funcionalismo público federal, inexiste vedação para a
utilização, para fins de aposentação pelo RGPS, dos salários-de-contribuição relativos à atividade
pública, uma vez que não utilizado o respectivo tempo de serviço para obtenção de benefício
junto ao regime estatutário, bem assim garantido o seu aproveitamento para fins de contagem
recíproca, tanto pelas normas previdenciárias quanto pelo regulamento que norteou a adesão ao
PDV. 2. Quando há duas atividades concomitantes, uma como empregado e outra na condição
de contribuinte individual, sendo que em nenhuma delas isoladamente o segurado preencheu os
requisitos para a aposentação, deve ser considerada como principal para efeito do cálculo do
salário-de-benefício, nos termos das alíneas a e b do inciso II c/c inciso III do artigo 32 da Lei
8.213/91, a melhor remunerada, o que implica que a média corrigida dos salários-de-contribuição
dessa atividade é considerada de forma integral, enquanto na secundária o cálculo é
proporcional. 3. Constatado, de plano, que os salários-de-contribuição utilizados pela Contadoria
Judicial não correspondem aos empregados para o cálculo do salário-de-benefício na seara
administrativa, tampouco aos informados pelo empregador, deixa-se de homologar os cálculos
judiciais, postergando o cômputo da RMI definitiva para o processo executório. 4. A base de
cálculo da verba honorária abrange, tão-somente, as parcelas devidas até a sentença de
procedência ou do acórdão que reforme a sentença de improcedência.
AÇÃO RESCISÓRIA. PREVIDENCIÁRIO. LEI Nº 8.213/91, ART. 32.ATIVIDADES
CONCOMITANTES. CONTAGEM EM DOBRO DO TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO.
IMPOSSIBILIDADE. PERÍODO COMO AUTÔNOMO. NECESSIDADE DE
RECOLHIMENTO DAS CONTRIBUIÇÕES RESPECTIVAS.8.213321. O exercício de
atividades, de forma concomitante, não confere ao segurado o direito à dupla contagem
de tempo de serviço. O que a legislação previdenciária autoriza é o cômputo das
contribuições vertidas para efeitos de cálculo do salário-de-benefício, nos termos do
artigo 32 da Lei nº 8.213/91.328.2132. Não tendo sido vertidas as respectivas
contribuições no período trabalhado como autônomo (01-01-70 a 30-10-70), não pode o
referido período ser reconhecido como tempo de serviço. (145798 SC
2000.04.01.145798-3, Relator: JOSÉ PAULO BALTAZAR JUNIOR, Data de Julgamento:
14/04/2005, TERCEIRA SEÇÃO, Data de Publicação: DJ 25/05/2005 PÁGINA: 544)
PREVIDENCIÁRIO. LEI Nº 8.213/91, ART. 32. ATIVIDADES
CONCOMITANTES.CONTAGEM EM DOBRO DO TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO.
IMPOSSIBILIDADE.8.21332- O exercício de atividades, de forma concomitante, não
confere ao segurado o direito à dupla contagem de tempo de serviço. O que a legislação
previdenciária autoriza, é o cômputo das contribuições vertidas para efeitos de cálculo do
salário-de-benefício, nos termos do artigo 32 da Lei nº 8.213/91.328.213. (23630 RS
1999.71.00.023630-5, Relator: LUIZ FERNANDO WOWK PENTEADO, Data de
Julgamento: 13/08/2002, SEXTA TURMA, Data de Publicação: DJ 28/08/2002 PÁGINA:
808)
BIBLIOGRAFIA:
LEMES, Emerson Costa, Manual dos Cálculos Previdenciários -
Benefícios e Revisões - 2ª Ed. – Ampliada, Revista e Atualizada, 2011
ALENCAR, Hermes Arrais. Cálculo de Benefícios Previdenciários –
Teses Revisionais. 4. ed. São Paulo: Editora Atlas, 2011.