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Semeando saúdeFamílias têm vida transformada com a chegada de saneamento básico
Gabriela [email protected]
23 setembro 2013 • edição 1.152M
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A chegada da água e do esgoto na casa de dona Alrilene dos Santos, 32 anos, foi comemorada por todos os sete integrantes da família. Moradora do Bairro Morada do Sol, ela teve o for-necimento de água cortado pela vizi-nha e aguardou ansiosamente a chega-da do saneamento básico. Durante dias ela se viu no desespero de não ter uma gota de água saindo da torneira.
"A gente fica sem energia, mas sem água não. Percebi que água significa tudo para nós", afirmou. Há um mês dona Alrilene deixou de encher vasilhas de água da casa da mãe, que eram economizadas em cada ação do dia a dia, além de não precisar mais se preocupar com os problemas gera-dos pelas fossas. "Graças a Deus hoje posso dar água para meus filhos da minha própria torneira e não preciso me preocupar com a contratação de empresas de limpeza, pois tenho esgo-to", comemora ao lado das meninas Ju-lia, 3 anos, e Caroline, 1 ano e 3 meses.
Para seu Norberto Alonso, 68 anos, o saneamento básico foi motivo de festa
há um mês. "Esse é um sorriso de tranquilidade. Fizemos um churrasco com os trabalhadores quando terminaram a obra para comemorar. Todo mundo da rua está contente", afirma ele, que agora não polui mais o terreno da residência, localizada na Rua Dou-tor Paulo de Mello. O aposentado Juracy João da Costa, 73 anos, também compartilha do mesmo sentimento. "Agora temos sossego
e tranquilidade para a eternidade. Fossa nunca mais." Foi ele quem
ligou para a concessionária solicitando a rede de esgoto. "Eles vieram assim que eu chamei e mostraram muita eficiência. Agora não corro mais o risco de contrair doen-ças ou de suportar o mau chei-
ro das fossas dos vizinhos que transbordavam." No mês passado, o Instituto
Trata Brasil mostrou os dados da pesquisa "Saneamento Básico – Re-gulação 2013". O estudo revelou que
As crianças são as mais beneficiadas com a
chegada da água tratada
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apenas uma em cada duas uni-dades ligadas à rede de água encanada tem acesso a esgoto. O número é preocupante, já que durante décadas o País convi-veu com a população lançando dejetos no solo, poluindo o len-çol freático e, em alguns casos, utilizando a água de poço arte-siano sem tratamento. Segundo o presidente do instituto, Edson
Carlos, o esgoto nunca teve prioridade política.
"Desde os anos de 1970, o País priorizou o acesso à água e desprezou o esgo-to. Ficamos mais
de 20 anos sem investimen-to", alertou ele em entrevista ao site da entidade.
Tamanha preocupação não abrange Campo Gran-de, como mostram os dados do Instituto Trata Brasil. A concessionária da Capital, Águas Guariroba, é a 33ª no ranking nacional de sanea-mento básico. Os números apontam que 99,6% da po-pulação recebe água tratada em casa e 72,85% dos cam-po-grandenses têm esgoto coletado e tratado. A meta
da empresa é alcançar os 100% até 2025
com as etapas do Programa Sane-ar Morena, ga-rantindo saú-de e qualidade de vida para a população.
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Norberto ainda festeja a chegada do esgoto
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