SINAIS PRECOCES DE ACIDENTE
VASCULAR CEREBRAL NA
TOMOGRAFIA COMPUTORIZADA
João Comba Data: 08/11/2017
INTRODUÇÃO
• AVC é um síndrome causado por interrupção de fluxo sanguíneo aparte do cérebro devido à oclusão de vaso sanguíneo (isquémico –80% dos casos) ou por ruptura de vaso sanguíneo (hemorrágico)resultando em lesão celular e causando perda súbita e focal dasfunções encefálicas. Tomandl, et al. RSNA, 2003
https://pagez.com/14103/all-you-need-to-know-about-stroke
• É uma das principais causas de morte e incapacidade nos adultos a
nível mundial.
• 2013 – 25,7 milhões de casos
• 10,3 milhões de novos casos
• 6,5 milhões de mortos (75,20%)
• 113 milhões DALY (81%)
Feign, et al. Neuroepidemiology, 2015
Venketasubramanian, et al. Journal of Stroke, 2017
INTRODUÇÃO
• Imagem - componente essencial da investigação.
• A TC tem sido a base das imagens para AVC desdesua invenção, em meados da década 1970.
• Até os finais da década de 1980 a TC S/C foi usadaprimariamente para excluir hemorragia nos doentescom AVC agudo.
Tomandl, et al. RSNA, 2003
Yousem. Neuroradiology: the Requisites. Mosby/Elsevier, 2010
INTRODUÇÃO
Tomandl, et al. RSNA, 2003
• 1995: as exigências do diagnóstico/imagem alteraram comoresultado dos avanços terapêuticos - terapia trombolítica comactivador do plasminogênio tecidual (tPA) IV, bem como pelosresultados positivos relatados com a trombólise intra-arterial.
Tomandl, et al. RSNA, 2003
Yousem. Neuroradiology: the Requisites. Mosby/Elsevier, 2010
• A trombólise IV é a terapêutica indicada para os casos de AVCagudo, mas os seus benefícios diminuem com o aumento dotempo desde o início dos sintomas (janela temporal de cerca de3 horas).
De Lucas, et al. RSNA, 2008
INTRODUÇÃO
http://neurosurgerynow.com
• A avaliação do infarto por TC na fase hiperaguda realizada junto com ATCe TCP (TC multimodal), aumenta a detecção precoce do AVC agudo,permite identificar o local da obstrução do vaso, o core do infarto, o tecidonervoso recuperável e ajuda a identificar o grau da circular colateral.
Yousem. Neuroradiology: the Requisites. Mosby/Elsevier, 2010
De Lucas, et al. RSNA, 2008
INTRODUÇÃO
Tomandl, et al. RSNA, 2003 Tomandl, et al. RSNA, 2003 Tomandl, et al. RSNA, 2003
• Durante a fase hiperaguda a TC pode ser normal ou demonstrar o sinal do“vaso denso”, quando há uma oclusão embólica.
• O evento inicial que leva ao infarto é a insuficiência vascular por oclusãoou estenose focal proximal ou distal.
Yousem. Neuroradiology: the Requisites. Mosby/Elsevier, 2010
SINAIS PRECOCES DE AVC – TC SC
González. AJNR, 2006
• Na maioria dos casos, as imagens de rotina não demonstrarão a oclusão,excepto quando houver oclusão trombótica de grandes vasos (ACM ouBasilar).
• Sinal da artéria hiperdensa: indica obstrução por trombo pode ser um dosprimeiros achados tomográficos do infarto, (por vezes identificado dentro de90 min após início dos sintomas).Tomandl, et al. RSNA, 2003
Yousem. Neuroradiology: the Requisites. Mosby/Elsevier, 2010
Lee, et al. TC e RM do Crânio. Revinter, 2004
Imagens do Hospital Geral Stº António-Porto
SINAIS PRECOCES DE AVC – TC SC
• O achado parenquimatoso inicial é a perda da diferenciação dassubstâncias cinzenta e branca sem efeito expansivo.
Tomandl, et al. RSNA, 2003
Yousem. Neuroradiology: the Requisites. Mosby/Elsevier, 2010
Lee, et al. TC e RM do Crânio. Revinter, 2004
Garcia. Lidel – Edições técnicas, 2009
SINAIS PRECOCES DE AVC – TC SC
• Hipodensidade do núcleo lenticular: pode ser observado dentro de 2 horasapós início dos sintomas.
• Perda da faixa insular/ da densidade cortical: entre 3-4 horas.
Yousem. Neuroradiology: the Requisites. Mosby/Elsevier, 2010
Lee, et al. TC e RM do Crânio. Revinter, 2004
Imagens da CSE - Luanda
SINAIS PRECOCES DE AVC – TC SC
Tomandl, et al. RSNA, 2003
• A área de hipodensidade inicialmente mal definida, tornando-seprogressivamente melhor definida durante 24-48 horas subsequentes.
Lee, et al. TC e RM do Crânio. Revinter, 2004
Imagens da CSE - Luanda
SINAIS PRECOCES DE AVC – TC SC
• Apagamento dos sulcos com áreas de hipodensidade: indica edemavasogénico (6 horas a 3 dias).
Yousem. Neuroradiology: the Requisites. Mosby/Elsevier, 2010
Tomandl, et al. RSNA, 2003
Garcia. Lidel – Edições técnicas, 2009
Imagens da CSE - Luanda
SINAIS PRECOCES DE AVC – TC SC
• As imagens com perfusão visam a caracterizar o fluxo microscópico nonível capilar.
• O principal conceito a lembrar nas imagens com perfusão é o princípiodo volume central: CBF=CBV/MTT
• O fluxo sanguíneo cerebral (CBF) é determinado pela razão entrevolume sanguíneo cerebral (CBV) e tempo médio de trânsito (MTT).
Yousem. Neuroradiology: the Requisites. Mosby/Elsevier, 2010
AVALIAÇÃO POR TC-PERFUSÃO
De Lucas, et al. RSNA, 2008
• O CBF do encéfalo normal varia entre 45 e 110mL/100g/min.
• Oligoemia: (30-50mL/100g/min): assintomática, subperfundida.
• Penumbra: (10-20mL/100g/min) hipoperfundido, sintomático. Risco deinfarto irreversível sem revascularização.
• Core/infarto irreversível: (<10mL/100g/min).
Yousem. Neuroradiology: the Requisites. Mosby/Elsevier, 2010
AVALIAÇÃO POR TC-PERFUSÃO
• Portanto, a TCP permite avaliação dos mapas de CBF, CBV e MTT paradeterminar a área teórica de enfarte estabelecido e penumbra isquémica(potencialmente recuperável).
AVALIAÇÃO POR TC-PERFUSÃO
De Lucas, et al. RSNA, 2008
• Angio-TC: identificar o local da obstrução de vaso e o grau da circulaçãocolateral, caracterizar o estado das grandes artérias intracranianas ecervicais (doença ateroesclerótica), e despistar dissecção arterial.
AVALIAÇÃO POR ANGIO-TC
De Lucas, et al. RSNA, 2008
Tomandl, et al. RSNA, 2003Srinivasan. RSNA, 2006
• TC SC: exclusão de hemorragia e outras causas que podem mimetizar
AVC. Identificar sinais precoces (hiperdensidade arterial espontânea,
perda da diferenciação da substância branca vs cinzenta, apagamento
sulcal).
• TCP: determinar a provável área de infarto estabelecido e penumbra,
através da avaliação dos mapas de CBF, CBV e MTT.
• ATC: caracterizar o estado das grandes artérias intracranianas e
cervicais, identificando o local da obstrução o grau da circulação
colateral.
CONCLUSÃO
BIBLIOGRAFIA
• De Lucas EM, Sanchez E, Gutiérrez A, Mandly AG, Ruiz E, FlórezF, et al. CT Protocol for Acute Stroke: Tips and Tricks for General Radiologists. RSNA, 2008; 28 (6): 1673-1688.
• Tomandl BF, Klotz E, Phys D, Handschu R, Stemper B, Reinhardt F, et al. Comprehensive Imaging of Ischemic Stroke with MultisectionCT. RSNA, 2003; 23 (3): 565-592.
• Youn SW, Kim JH, Weon YC, et al. Perfusion CT of the Brain Using40-mm-wide Detector and Toggling Table Technique for InitialImaging of Acute Stroke. AJR, 2008; 191: 120-126.
• Lev MH. Perfusion Imaging of Acute Stroke: Its Role in Current andFuture Clinical Practice. RSNA, 2013; 266 (1): 22-26
• Garcia C, Coelho MH. Neurologia Clínica – Princípio Fundamentais,Lisboa: Lidel – Edições técnicas, 2009.p.159-182
• Feign VL, Krishnamurthi R, Parmar P, et al. Update on the Global Burdenof Ischemic and Hemorragic Stroke in 1990-2013. The GBD 2013 Study. Neuroepidemiology, 2015; 45: 161-176.
• Venketasubramanian N, Yoo BW, Padian J, Navarro JC, et al. Strokeepidemiology in South, East, and South-East Asia: A review. Journal ofStroke, 2017; 19 (3): 286-294.
• Zimmerman RD. Vascular Disease of the Brain. In: Yousem DM, Grossman RI. Neuroradiology: the Requisites, 3rd ed. Philadelphia: Mosby/Elsevier, 2010.p.104-133.
• Johnson MH, Kubal WS. Acidente Vascular Encefálico. In: Lee SH, RaoKCVG, Zimmerman RA. Tomografia Computorizada e Ressonância Magnética do Crânio, 4ª Edição. Rio de Janeiro: Revinter, 2004.p.557-594.
• González RG. Imaging-Guided Acute Ischemic Stroke Therapy: From“Time is Brain” to Physiology is Brain”. AJNR, 2006; 27: 728-735.
• Srinivasan A, Goyal M, Azri F, Lum C. State-of-the-Art Imaging of AcuteStroke. RSNA, 2006; 26: 75-96.
BIBLIOGRAFIA