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SINAIS VITAIS
Prof: Tarcisio V. A Lordani
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Conceituação
Segundo Mozachi (2005, p.28) “são os sinais das funções orgânicas básicas, sinais clínicos de vida, que refletem o equilíbrio ou o desequilíbrio resultante das interações entre os sistemas do organismo e uma determinada doença”.Para Scopel e Rodrigues (2001, p.115) “são medidas que nos fornecem dados fisiológicos indicando as condições de saúde da pessoa”.
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O que são sinais vitaisOs sinais vitais são um meio rápido e
eficiente para se monitorar as condições de um paciente ou identificar a presença de problemas Temperatura (T), Pulso ou batimentos cardíacos (P ou bpm), Respiração (R ou rpm) e Pressão ou Tensão Arterial (PA ou TA).
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Objetivos:
Auxiliar na coleta de dados e avaliação das condições de saúde da pessoa;
Instrumentalizar o enfermeiro na tomada de decisões sobre intervenções específicas.
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DIRETRIZES PARA A VERIFICAÇÃO SSVV
O profissional deve conhecer a variação normal dos SSVV.Conhecer a história médica do paciente, bem como o tratamento e medicações que ele está utilizandoDeve-se controlar os fatores ambientais que possam influenciar os valores de um sinal vital.
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Profissional habilitadoSe necessário, pode-se aumentar a freqüência de avaliação dos SSVVCertificar-se de que o equipamento é o adequado e está em funcionamento Deve-se realizar uma abordagem organizada e sistemática para a verificação SSVV.Comunicar e confirmar as alterações significativas encontradas
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Quando verificar os sinais vitaisNa admissão do pacienteDentro da rotina de atendimentoPré consulta ou consulta hospitalar ou ambulatorial.Antes e depois de qualquer procedimento cirúrgico.Antes e depois de qualquer procedimento
invasivo de diagnóstico
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Antes e depois da administração de medicamentos que afetam as funções cardiovasculares, respiratória e de controle da temperatura.
Sempre que o paciente manifestar quaisquer sintomas inespecífico de desconforto físico
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Material para SSVV
Termômetro de mercúrio/digital;Recipiente c/ algodão/ álcool 70%;Esfigmomanômetro calibrado;Estetoscópio;Papel (formulário próprio p/ registro) caneta;Recipiente para resíduos (saco de plástico);relógio
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TEMPERATURA (T)
“Temperatura corporal é o equilíbrio entre a produção e a perda de calor do organismo, mediado pelo centro termo-regulador”. (KOCH,2004)
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Receptores térmicos
A pele possui receptores tanto para frio quanto para o calor.
Existem muito mais receptores para o frio do que para o calor, algumas partes chegam a 10 vezes a mais.
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TEMPERATURA CORPOREA
O calor é produzido como um produto secundário do metabolismo, cuja a fonte primária é o alimento.
A temperatura central interna pode variar de 35ºC a 41ºC dependendo das condições, pessoa saudável volta ao seu nível basal cerca de 37º C.
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MECANISMOS DE CONTROLE DE TEMPERATURA
O EQUILÍBRIO ENTRE A PERDA E A PRODUÇÃO DE CALOR É O RESULTADO DE VÁRIOS MECANISMO INTERNOS DE CONTROLE. O HIPOTÁLAMO, LOCALIZADO ENTRE OS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS É O TERMOSTATO CORPÓREO.
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FEBREChamamos de febre a temperatura corpórea acima do normal - Pirexia.
Resultado de processo patológico ou ferimentos e ou doenças.
Existe variações da temperatura normal conforme local de verificação.
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Valores normais e suas variações:
Temperatura axilar: 35,8 °C – 37,0 ºCTemperatura oral: 36,3°C – 37,4°CTemperatura retal: 37°C – 38°C
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TERMINOLOGIA BÁSICANormotermia: temperatura corporal normal.Afebril: ausência de elevação da temperatura.Febrícula: 37,2º C a 37,8º C.Febre ou hipertermia: a partir de 37,8º C.Hiperpirexia: a partir de 41º C.Hipotermia: temperatura abaixo do normal.
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TERMÔMETRO
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PONTOS IMPORTANTES PARAPRODUÇÃO DE CALOR1- Pacientes com reservas energéticasmínimas e temperaturas corpóreas elevadas, qualquer forma de esforço físico pode aumentar a produção calor.2 - Aumento do metabolismo causado pela atividade muscular, incluindo as contrações musculares produzidas pelo calafrio (sensação frio)
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PERDA DE CALOR
IRRADIAÇÃO: Quando a temperatura corpórea émaior do que a ambiental, uma maior quantidade de calor é irradiada do corpo. A radiação pode ser reduzida ao cobrirmos o corpo com roupas, tecidos escuros e firmemente entrelaçados.O calor do corpo aquece o ar dentro de um saco de dormir
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CONDUÇÃO: Transferência de calor através de contato com uma substancia sólida.
O calor das mão aquece uma bebida gelada.
EVAPORAÇÃO: Transferência de calor pela troca de fluido em vapor.
Fluidos aquecidos do organismo, como transpiração que saem da pele sob a forma de vapor.
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CONVENCÇÃO: Transferência de calor, movimentando-o através de correntes de ar, de gás, ou de líquidos.
O ar aquecido escapa durante exalação dos pulmões.
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MECANISMOS DE DIMINUIÇÃO DA TEMPERATURA QUANDO O CORPO ESTÁ
EXCESSIVAMENTE QUENTE1- VASODILATAÇÃO: (responsável hipotálamo).
2- SUDORESES: perda do calor pela evaporação.
3- DIMINUIÇÃO DA PRODUÇÃO DO CALOR: Os mecanismo que causam produção de calor como calafrios e termogêneses são bloqueados.
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MECANISMO DE AUMENTO DA TEMPERATURA QUANDO O CORPO
ESTÁ EXCESSIVAMENTE FRIO.VASOCONSTRIÇÃO CUTÂNEO: Causada pela estimulação dos centros simpáticos do hipotálamo.
PILOEREÇÃO: “pelos eriçados”, estimulação simpática.Importante para animais.
AUMENTO DA PRODUÇÃO DE CALOR: calafrios, excitação simpática, secreção de tiroxina.
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PULSO (P):
É o batimento que se percebe numa artéria e que corresponde, em condições fisiológicas, às contrações sistólicas cardíacas;
O pulso é devido à propagação de uma onda positiva que, das grandes artérias, chega até os capilares. Esta onda é provocada pela brusca penetração do sangue na aorta, a cada sístole ventricular.
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PULSOÉ uma sensação ondular que pode ser palpada em uma das artérias periféricas.
A cada contração ventricular, aproximadamente 60 a 70 ml de sangue entram na aorta (volume sistólico).
Freqüência de pulsação é o número de pulsações periféricas palpadas a cada minuto.
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FATORES QUE AFETAM AS FREQUENCIAS CARDÍACAS
IDADE:
RITMO CIRCADIANO: Manhã ↑ final do dia.
GENERO; Mulheres 7 a 8 batimentos a mais por minutos.
COMPOSIÇÃO FÍSICA: Pessoas altas apresentam freqüência mais lentas.
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EXERCÍCIO: Exercício de curta duração a F.C.- Longa duração fortalece a musculatura cardíaca resultando na F.C.
FEBRE, CALOR: F.C. devido aumento do ritmo metabólico.
DOR: F.C. devido à estimulação simpática.
DROGAS: Determinadas drogas podem desacelerar ou acelerar a taxa de contrações cardíacas. EX. digitalicos e sedativos desaceleram, cafeína, nicotina, cócaína, aumentam as contrações cardíacas.
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Características do pulso:
FREQUÊNCIA;
RITMO;
INTENSIDADE/VOLUME;
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FREQUÊNCIA :Corresponde ao número de pulsações por minuto e varia de acordo com a idade e o sexo. Valores Normais:RECÉM-NACIDO = 120 bpm4 ANOS = 100 bpmADOLESCENTE/ADULTO = 90 bpmAdulto – 18 anos : 75 bpm mulher e 70 bpmhomem;Adulto – 65 -80 bpm p/ M e 60-70 p/ H
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RITMO DO PULSORefere-se ao padrão das pulsações e das pausas entre elas.
Quando regulares são sucessivos.
Quando irregular é chamado de arritmia ou disritmia.
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INTENSIDADE OU VOLUME DE PULSAÇÃO
Reflete o volume de sangue ejetado.A avaliação requer prática.Pulso normal é cheio, facilmente palpável, não sendo facilmente interrompido pelos dedos.Pulso intenso é facilmente palpável e difícil de ser interrompido.Pulso fraco é de difícil palpação e facilmente interrompido.
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Locais de verificação do pulso:
Na prática, faz-se a verificação do pulso na artéria radial (região do antebraço, pouco acima da mão).A medida deve ser feita a 2 cm da base do polegar utilizando dois dedos ao longo do curso vascular comprimindo-o contra o osso rádio.
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Locais para exames
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Freqüência cardíaca apical É medida auscultando-se o peito com um estetoscópio.Área chamada de ponto de impulso máximo.A freqüência ápico-radial é a quantidade de sons ouvidos no ápice cardíaco e os batimentos do pulso radial, durante o mesmo tempo.
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Terminologia básica:Normocardia: freqüência normal: 60-100 bpm;
Bradicardia: freqüência abaixo do normal: < 60 bpm
Taquicardia: frequencia acima do normal: > 100 bpm
Taquisfigmia: pulso fino e taquicárdico;
Bradisfigmia: pulso fino e bradicardico;
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RESPIRAÇÃO (R)RESPIRAÇÃO EXTERNA: movimento de ar entre o ambiente e os pulmões.RESPIRAÇÃO INTERNA: troca de oxigênio e de dióxido de carbono entre o sangue e as células do organismo.VENTILAÇÃO: composto pela inalação ou inspiração e a exalação ou expiração.
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FATORES QUE INFLUENCIAM A RESPIRAÇÃO
DOENÇA OU INDISPOSIÇÃO: Ex. enfisema ou bronquite, altera o estímulo natural.
ESTRESSE: ansiedade causa hiperventilação.
IDADE: freqüência e capacidade pulmonar.
SEXO: sexo masculino maior capacidade.
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POSIÇÃO CORPÓREA: posição curvada ou abaixada reduz a amplitude respiratória.
DROGAS: narcóticos deprimem a habilidade de respiração, outras podem aumentar ou diminuir ou afetar o ritmo.
EXERCÍCIOS: O exercício aumenta a freqüência e a amplitude respiratória.
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FREQUENCIA RESPIRATÓRIAValor normal : eupnéia 16 a 20 incursões por minuto. (ipm);
Valor alterado: taquipnéia acima de 20 ipmBradipnéia abaixo de 16 ipm
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TERMINOLOGIA BÁSICA:DISPNÉIA: dificuldade de respirar, caracterizada por respiração rápida e curta.EUPNÉIA: presente em indivíduo que respira normalmente (eupneico).TAQUIPNÉIA: aumento da freqüência respiratória. BRADIPNÉIA: redução da freqüência respiratória.APNÉIA: ausência de movimentos repiratórios.
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TERMINOLOGIA BÁSICA
ORTOPNÉIA: dispnéia em decúbito, aliviada pelo menos parcialmente ao sentar, ou pela elevação parcial do tronco.HIPERPNÉIA: presente quando há respirações profundas, rápidas e anormais.HIPERVENTILAÇÃO: respiração excessiva com ou sem a presença de dispnéia, muitas vezes presentes em quadros de ansiedade.
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TÉCNICA PARA VERIFICAÇÃO:
Contar a freqüência respiratória durante 30’’, multiplicando-se por 2, observar o tipo e as características da respiração.Estando ainda verificando o pulso, deve-se observar o padrão da respiração do paciente.Se os movimentos respiratórios são anormais, conta-se o número de movimentos durante um minuto completo.
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PRESSÃO ARTERIALÉ a força exercida pelo sangue no interior das artérias.
Pessoas saudáveis, as paredes arteriais são elásticas e alongam-se e encolhem-se com facilidade;
Unidade padrão milímetros de mercúrio (mmHg)
O pico de pressão máxima ocorre durante a sístole.
A pressão diastólica é sempre a pressão mínima exercida sobre as paredes arteriais.
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FATORES QUE INFLUENCIAM A PRESSÃO ARTERIAL
IDADE: 4 anos = 85/60 mmHg12 anos = 108/67 mmHgAdulto = 120/80 mmHgIdoso = 140-160/ 90-100 mmHgAnsiedade, medo, dor e estresse emocional devido ao aumento da FC e resistência vascular periférica.
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DROGAS: Podem aumentar ou diminuir a pressão sanguínea.
HORMÔNIOS: As variações da pressão podem se manifestar com o passar dos anos; gravidez discretas ou graves.
COTIDIANO: mais baixa pela manhã, aumentando durante o dia no final da tarde ou começo da noite atinge o pico e diminuindo a seguir; as variações individuais são significativas.
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GÊNERO: As mulheres tendem a ter pressão mais baixa.
EXERCÍCIO: pressão sanguínea ;
EMOÇÕES E DOR: ela se eleva devido àestimulação do sistema nervoso simpático.
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HIPERTENSÃO
Existe quando a pressão sistólica ou a diastólica ou ambas permanecem acima dos limites normais se for levada em conta a idade do indivíduo. > 140/90 mmHg
Uma elevação ocasional na pressão do sangue não significa necessariamente hipertensão.
Geralmente estão associadas a: ansiedade, obesidade, doenças vasculares, AVC, falência cardíaca, doenças renais.
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HIPOTENSÃOOcorre quando as medidas da pressão situam-se abaixo do normal tanto sistólica e diastólica.< 120/80 mmHg
A permanência da pressão sanguínea baixa parece não prejudicar, mas, devem fazer o controle.
Pressão baixa geralmente associada a: choques, hemorragias e efeitos secundários de drogas.
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Níveis de pressão arterial
Normal: <130 / <85Normal limítrofe: 130-139/ 85-90Hipertensão leve: 140-159/ 90-99Hipertensão moderada: 160-179/ 100-109Hipertensão grave: > 179/ >109
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Dúvidas???