-
8/16/2019 Sociologia Da Educação - RODRIGUES, Alberto Tosi (1)
1/42
Sociologia da Edtlca~ao
Al ber w Tosi R od r igues
Colc~ao
[0 que v oce pr eciSJ s Jber sab re ...]
COOI\DEN A
-
8/16/2019 Sociologia Da Educação - RODRIGUES, Alberto Tosi (1)
2/42
. J r . "
I·
I
I, .I
i
I I
I:i,
IJ . ,
! " f . . . • . . -. ~.,'i I,
.; I jI
I:, :!~ I
j IJ
I
I
1",II
[
II- l';
r
l
~'
i!- i1
C APiTULO II
-~ So ciedade, e du ca c;ao e v ida moral
N Ukl IIISLUS S /\~lI\/\S, P ..\UI.Ii'Jlll) 11:\ V I ( 11.:\ 11:IIT:1 ;\ I r ;ljcI (')r i;\ de IIIll
l11a bndro do 1110r r o, Chico Br iw. N:l C
-
8/16/2019 Sociologia Da Educação - RODRIGUES, Alberto Tosi (1)
3/42
investiga
-
8/16/2019 Sociologia Da Educação - RODRIGUES, Alberto Tosi (1)
4/42
,"
;. : . /'
neces saria", com o a clesco ber ta cia logica inscrita no pr opr io r eal
e apresentacl
-
8/16/2019 Sociologia Da Educação - RODRIGUES, Alberto Tosi (1)
5/42
. . .'..· ;· ; ; i ~ '1 . f t :~ ;:~ .·
. : ! A ·
se jam ou u m ideal que diga res peito ao modo como d ever iam ser.
Em outr as palavras, e ger ando uma r e j J r esc nt m; ao mental, uma
especie d e chav e i nterpretativa q ue construim os p ar a lid ar com. aquilo que a princi pio na o c onhecemos.
A sociedacl e n a c abe
-
8/16/2019 Sociologia Da Educação - RODRIGUES, Alberto Tosi (1)
6/42
-
8/16/2019 Sociologia Da Educação - RODRIGUES, Alberto Tosi (1)
7/42
socied ad e possa e xistir c a presenr;:a de um conscnso. Pois semconsenso nao h c'i cooper aS;ao entre os indivf duos e, portzll1to,
nao hc'i vida social.
Quand o os hom ens possuem pouca divisao do trabalho em
• sua vida em comum, existe entre eles um ti po de solidariecbde
baseaclo na semelhanr;:;1 entre ;1Spessoas. NUIl1;1 tr iho de fndios,
por exelllplo, toclas as pcssoas (azclll pralicamc·nlc :IS mcsmas
tarefjls: car;:am, pescam, fazem cestos de vime, par tici pam de
rituais religiosos ele. A liniel d ivisau llUC gcr:dmcl1L
-
8/16/2019 Sociologia Da Educação - RODRIGUES, Alberto Tosi (1)
8/42
seus semelhantes na luta pela so brevivencia, os ser es humanos
diferenciam-se. Nas socicd ades humanas e posslvel a 11111nllmer o
maior d e pessoas so br evivcr , d ifcrenciand o-sc Ul113Sd as Outras,f azend o coisas q ue as outr as n50 f azem p3ra tOr J1d r -se par te cia
socied ad e, e par consegllinte substituind o a s()lid ar icd ~ld e
basead a na s~melh3n·ltl ,IL -
inter esses que SClOcad a ve: mais pessoais c «,da \'c mcnos
coletivos, na luta p c b so br e\'ivC:ncia q ue ;l pr end em n:l s ucied Clde
com plexa em q ue nasccm. tassim que Dur k heim vt? um (en()menoextrcmamente c!isseminad o nos d i;IS e 1e ho je:o. il1llivid u:d ismo.
E a c1ivisao d o tr aGal ho cad i(ercnci
-
8/16/2019 Sociologia Da Educação - RODRIGUES, Alberto Tosi (1)
9/42
a ausencia de r egr as, 0 caos . Se isso nao oco ne por com pleto e por que a conscicnc ia colctiva ain c h se m:1ntcm ele ;l lgum
-
8/16/2019 Sociologia Da Educação - RODRIGUES, Alberto Tosi (1)
10/42
e edu cada, insistiu 0 soc i6!ogo fr ances, Assim como e'fundamen tal par a ele q ue, a partir d e c er to pomo, ;'1 edU C1C)O
se difer encie, pilr a adeq uar as cI'ian ~as a seus meias es pec fficm
d e v ida,
Cr \PiTULO III
-~ Sociedade, edU G1
-
8/16/2019 Sociologia Da Educação - RODRIGUES, Alberto Tosi (1)
11/42
Seu o bjeto de pesquisa fund\lmenral, para n: io dizer U l ll1ico, f ui
a soc iedade capi talism de seu tem po. Ele olhou 8 sua volta e
per cebeu q ue,' par a' alem clos sinais aparentes de miscri~1 e
sof rimento das classes t rabalhado r as - esses q ualq ucr um q ue
cam inhasse pcb s ruas das gr an des cidades i nd ustr iais podi~1 ver
- havia u m p r ocesso hist6rico em curso que, enq uanto levava a
b\lr g\lesi~1 ~I cllndi~ ;iu d e CLISS Cd\)lllin:1I1Il:, CX pr\)11I'i;\v;\ d\IS
tr abaihaclor es manuais seus instr umen tos de pr oduc;:ao e seus
sab er es, 'tr ansmitidos com zelo de gewc;:ao par a gcr ac;:50 ~:ltravcs
c10ss~q *)s, ao tem po da velha ordem f eudal. Per ceber este ponto
talv ez s e ja,o gr and e d if er encial cia sociologia de M~1rx.
Mas devo adver ti-lo desde logo , car o Icitor, q ue 0 pcnsamen to
de K ar l Mar x nao s e adapta fac ilme nte ao r 6tulo de "soc iologia".
Pois a sociologia e u ma disci p!in a c iemf f ica e e mpfr ica, de car 5te r ana lf tico. E M ar x combi noll em se u p ensam cnto duas
perspectivas dif e~entes, dois mod os d iv er sos de cncar ;H a
r eaJidad~. Por um lado s~.~ pens~~er \.t? .L~n~Ut.ic
-
8/16/2019 Sociologia Da Educação - RODRIGUES, Alberto Tosi (1)
12/42
E atr aves do tr aba lho ~c 0 homcm mllda ~1natur cZ'lcolocal.:!d~=-a a S ~U.Ji~!:,::, js;; ;· ~lc1;1;:;,'1ta ,c~'~'I;~',:C'~~:lLl~~~CI j~~l(i I ; ; :vive aU'aves de sell tr a ball~o. Na mcclicla em q ue (l scr hU lllano
se r e pr oduz, aU'aves das r el:l\ocs sexuais entr e homem e mu lher ,
~Q!:2cesso se ex pande~lo aumentQ. natlII~,l popula
hllm:lna de r :lCiunZlli::ar clr cLls nu scntidu do :llImcnto d,l
pr odlltivic bcle social, Zldivisao do t r8blho C tam bcm pZlrte do
con jun to cbs f or
-
8/16/2019 Sociologia Da Educação - RODRIGUES, Alberto Tosi (1)
13/42
na medida em que a divisao do tr a balho possi bilitou a c xistencia
de homens que tr a balham par a os outros, porque 0 f azem com
os meios de outr ?s; e d e homens que nao tr a balham porquc
tem· meios e pod emf azer com que OlltFOS tr a balhem par a si.
A esses modos es pedficos d e or ganiza~ao do tr abalho e cia
proprier bd e M;1r x c Engels d CFall1 0 nOIl\{' d c "rd :l\'-'CS SO,i:lis
de pr od uC;;JO".f .
. C::ld a e poca hist6rica possui um conjunto d e for ~as produtivas
d esenv,'?~v j~l()s, so b 0connole d os homens que nesta e poca vivem
e, ao mesmo tc.m po, um conjunto institufd o d e re b~6es sociais
de pr odu~ao: que san 0modo pelo· qual os homcns assumem 0
contr ole so br e as for ~as pr odutivas, isto C , as r clacoes d e
propried ad e. A este conjunto total Ma r x e Engels ch;mar am
"mod o d e produ~ao".
Assim, as gr and es tr ansf or ma~6es pelas q uais passou J hist6ri::l
da I:umal;id a.d e foram as tr ansf or ma~6es d e um mod o d e
produ~50 a outr o. Sim plif icadamente, pod emos dizer q ue nossos
autor es descr evem tres dif er cntes mod os d e pr odu~8.o ;10 longo
d a hist6r ia: 0 mod o d e pr oc!u
-
8/16/2019 Sociologia Da Educação - RODRIGUES, Alberto Tosi (1)
14/42
-
8/16/2019 Sociologia Da Educação - RODRIGUES, Alberto Tosi (1)
15/42
duvidas sobre isso. A forma de produ~ao de mercaclorias no
mundo feudal er~ 0 artesanato. Como resultado de uma enorme
gama de transforma~6es ocorriclas entre os scculos XVI e XIX,
o artesanato s~ transformou em grande inclustri::l. Como isso se
deu, do ponto de ,vista clas rela~6es de proprieclacle? No
artesanato, 0 Mestre de Offcio - por exemp]o, lI!11s:lpateiro -
reaHzava tad as as etapas cia produc;:ia de seu produto. 0Mestrc
Sapate(ro curtia 0couro clos animais, cortava, tingia, construfa
as f6rmas de madeira para a fabrica~ao dos sapatos, casturava-os,
pregava-6s"'s6Iados, fazia 0 acabamento e, aincb, os vendia em
seu estabelecimcnto. E claro que esre era um processo lento, elIm numero reduzido de pares de sapatos era produzido. Mas 0
Mestre Sapateiro tinha 0controle de cacla detalhe. Eie, como
pessoa, sabia fazcr sapatos e era este saber (somado aos meios
materiais necess5.rios para a fabrica~ao de sapatos) que determinava
o lugar que este homem ocupava no mundo e suas rela~6es com
sells contemporaneos. E de onde veio este saber? Ele aprendeu
de um outro Mestre, muitas vezes seu pai, com 0qual exercitou
o offcio desde crian~a, na condi~ao de aprendiz. Do mesmo modo
ele ensinaria, depois de Mestre formado, 0 offcio a seus
aprendizes" muitas vezes seus mhos.
Com 0 desenvolvimento do comcrcio, no entanto, uma
nascente classe de comerciantes come~ou a ter pressa. Quanto
mais sapatos vendidos, mais luero. Os comerciantes passaramentao a contratar fabricantes de sapatos e reuni-los en'. galp6es
onde pudessem fiscalizar a produ~ao e cobrar a acrilidade, 0
necessaria. Ao fazerem isso, come~aram a entender 0 processo
de fabrica~ao do sapato e perceberam que seria possive! agilizar
a produ
-
8/16/2019 Sociologia Da Educação - RODRIGUES, Alberto Tosi (1)
16/42
d e suas conseq uencias para cad a um fica bloqueacla pdo modo
como 0 indivfduo aclquir e conscicncia do munclo social em que
nasce c no quai cresce e morre. Ele s6 a pr encle que cleve
tr a balhar par a r ece ber 0 salo1rio e viver, pois esta c a pcr cep~50
. 'que tem d a r ealiclacle na vicla coticliana. Existem as f jbr icas cstus clonos. E ao tr Zlbalh;1clor, que nao C clcl110d e c.nisa ~d glIm;l,
ca be tr a bZllhZlr nelas e ponto-f inal. Por causa clo saL.lrio pago; 0
tr a balh~, que co br a d e cad a ser humano, c compr eendiclocom'o algo que nao pertence a este ser humano. Qtrab31h9,
9.l:!esemp1'~' f oi 0 meio £
-
8/16/2019 Sociologia Da Educação - RODRIGUES, Alberto Tosi (1)
17/42
·:: ; ~r ~f~t.·.",J
Mas Mar x e Engels nao f aziam fic
-
8/16/2019 Sociologia Da Educação - RODRIGUES, Alberto Tosi (1)
18/42
utH a atm osf era viciada e f ctieb exer ce efci tO deprimcntc s obl 'c a s inf clizes
crian
-
8/16/2019 Sociologia Da Educação - RODRIGUES, Alberto Tosi (1)
19/42
,} ;; ,y { ; _ _ ___r '
:. ~ ,t .~'...
trabalho deve obedecer a lei ger al da natureza, a sa ber : tr abalh;:lr par a
poder comer, e trabalhar nao s6 com a cabe
-
8/16/2019 Sociologia Da Educação - RODRIGUES, Alberto Tosi (1)
20/42
tal concep~ao, as escolas politecnicas e as escolas agronomicas
e ram c ons id er adas al iad as im por ta nte s do pr oc es so de
transforma~ao, assim como as escolas profissionais da cpoca, que
davam algum ensino tecnol6gico aos filhos de oper6rios, e nas
qu ai s er am ii li ci ados no m an ejo pr 6t ic o d e diferentes
'instrumentos de prodll
-
8/16/2019 Sociologia Da Educação - RODRIGUES, Alberto Tosi (1)
21/42
supressao da f amilia pr oletaria, mergulhada na clesag regac;ao
causacla p el a miseria, p do v icio e pela prostitui~fio. A f ;1mf lia C
o luga r p or excclencia cia clifusao e do enraizamento clos v alor es
ca pitali sta s e bu rg ueses, e 0 e s pac; o s ocial onde as crianc;as° aiJr endem clesde a terl'r a idack a pensar com a ca bec:;a c ia c lasse
d ~min an te , achavam. E 0 lugar oncle oc on e a ex plor ac:;ao c10sfilhos pcl os pais, repr oduzil1du :\ CXpIOL1
-
8/16/2019 Sociologia Da Educação - RODRIGUES, Alberto Tosi (1)
22/42
C APiTULO IV
-[ISoc ied ad e, ed u c a
-
8/16/2019 Sociologia Da Educação - RODRIGUES, Alberto Tosi (1)
23/42
Entao, vamos'la. Respirc fundo, rcgulc 0 scu grau de aten
-
8/16/2019 Sociologia Da Educação - RODRIGUES, Alberto Tosi (1)
24/42
Assim como Ourkheim, We ber d estaca 0 p ape! dc
dcs'vend ament o do rea! desempenhad o pelo pensamento cientffico,
que segundo cle faz aquilo que e cvidente por conVCl1Cl0 ser vis to como um problema. 0tr a balho cicntffico c ~assim
ii1esgotavel, pQrqueo' r ea! 0 e , bem como fr agmel~t
-
8/16/2019 Sociologia Da Educação - RODRIGUES, Alberto Tosi (1)
25/42
Mas voce pod e calcular tambem com base, por exemplo, na
satisfaC;ao ou no conforto pessoal que sente em ir a escola, mesmoque essa sa tisf ac;ao nao es te j a ligada direta men te a s u as
atividad es estud antis. Voce pod e gostar da escob por que tem
~l1nizad e con1' pr of essor es e colegas, ou por que a rr a n jou um a
n:.l111orad a ou namorad o la.
A~ir em sociedade, por tanto, implica em ~d gum gl'
-
8/16/2019 Sociologia Da Educação - RODRIGUES, Alberto Tosi (1)
26/42
seria uma "sociedade perr eita". Significa apenas q ue voce
escolhe as car acterfsticas mais "pur as" d os tipos, e \Veber
achava que os ti ' pos de conduta malS puros S:10os 11 1;1is r ;lcionais,
no sen'tid o d e ad equ,a~50 entr e meios e fins,
4u. A medida q~ie voce d escr eve 0q uanto a r ealiclacle sc c l / J r ox im aou se c 1 is w llc ia d o ti po " pur o" q ue voce construiu, eSS;l r ealichd e
se apresenta a voce, se r eve b el11 seu CH;\ter l11ais Clll11 p!cXO;
: os CO(11 portamentos vcm a [uz r evelando a r acionaliJade e airr acionalid ad e que os tor nou possf veis.
E as'si~1~'q ~e a a~ao social r aetonal com re b
-
8/16/2019 Sociologia Da Educação - RODRIGUES, Alberto Tosi (1)
27/42
d eterminada pessoa e pOl'q ue es per amos que cia r es ponda "bom-
dia" tambem. Sc 0 com portamento d os outr os f ossc totalmente
impr cvislvel par a 'n6s, seria diffeil viver. a agir em comunidacle
explica-se pela existe, pcia ob jetiva de uma maior ou menor
pr o ba bilid ade d e que ta is ex pectativas se jam f undamcmad as
(algo q ue We ber chama d e "julzo d c possi bilicbd c objetiva"),
Quando agimos r acion::llmcntc, CS per ~111l0Sq ue os GU'u'os t;\ln bcm
a jam as~im, par a q ue possamos calcular as possi bilid ad es r eais
de lCvar mos nosso s o b jetiv os a te 0 f im, EJ assim como no caso
d os tipos'-d'e a~ao comentad os acima, essa r acionalidade n50
pr ecisa ser af Jena s c om r ela~ao aos fins d o atar . 0agir em
cbmunid ade tan~ bem pode se f undamentar na expectativa d e
que os outros d eem d eter minad o peso a cer r os valor es e cren~as,
ou en,tao na expectativa de q ue os outr os se com porr em de umnlodo r egular, na med ia d os com por r amentos ger almente usad os
par a aqucla situa~ao. au, ainda, d e que se com por tem dc modo
emotivo, i-rr aciona!. Em r esumo: agir em comunidade ccompar t~r -se com base na ex pectativa d e que os outr os tambcm
se, com por r em d e um d eterminado modo.
]a 0 a gir em sociedade e um conceito mais especffico. 0agir
em socied ade e um agir em comunidad e no q ual as e x! )cctat ivasse basciam no s r e gulam ent os sociais vigentes, Eu acr edito que
voce nao vai matar sua mae, nao a penas porque imagino ,que
voce gosta d eb, ma s p Ol'que tenho certeza cIe que voce sabe
que os assassinos s50 cond en::ld os e pr esos pelo sistcma legal
vigente. Alem de p ouco af etivo, praticar este ato seria bastante
irracional. No agir em socied aelc, ::llcm d o indivf eluo or iemar -se
por este ti po d e expectativa baseada nos r egulamentos, su p6e-se
q ue tais r egulamentos tenham sielo fcitos justamente com 0
ob jetivo d e que os homcq s a jam segundo suas c1eter mina~6es, e
nao d e ou tra m::lneira. Se'voce que c homem pr aticar scxo comuma menor d e 14 anos,' nao 'apen::ls pod er a ser m::llvisro na
vizinhanc;a, mas pod e se~. pr eso, pOl'q ue f oi feim uma lei par a
oriental' seu comporr amento de tal mod o que voce nao pr atiq ue
estc ;lto.
Pois bem. A lei pr ofbe e voce evit;l eleso beclecc-la par a naosof r er as consequcncias. Mas q U;lndo 0 inclivf eluo calcula q ue cmelhor agir com b;1SC :1;1S regr ;ls t;lmhcl1l 111m/lie 0., ()lams
igl{{(/mCll1C (lgC:Ill Sc:.l;ll1l1/() (IS rcgr m, cle cst;', ;lf ~il1d ()cm SOCiClhdc.
Ve ja hcm; n:io estou dizend o que 11
-
8/16/2019 Sociologia Da Educação - RODRIGUES, Alberto Tosi (1)
28/42
Assim, em busca d e seus o bjetivos e [evando em
consider a~ao a existencia d as nor m as - se jam cssas normas
entendid as como' a cond ensa~ao de cxpectativas r eci pr ocas
(c9nven~5oo) ou como im posi~.6es med iante san~ao (d ir eito) -
o;;ltor social pocle d eliber ad amente f azer par te d e uma
coletivid ad e orientad a d e modo comum pOl' estes r ef er enciais.
A esta coktivid aJe Weber lL't 0 nOll1e d e u~~()ciu~(l() r UCir)lllL!
com fi n ;. Os pr o prios mcm br os d a associa
-
8/16/2019 Sociologia Da Educação - RODRIGUES, Alberto Tosi (1)
29/42
pais escravocrata ate outro dia. Negros pOl'aqui cr am v alorizad os
a penas enquanto investimento 'privado de c om pr a e vend a, ou
enquanto insumo agrf cola. Hoje, se voce chamaI' sua empr egacla
d e "negrinha " e mand ~-Ia entrar no predi o pd o elevador de
servi~o pode ser- pr eso com base na lei que profbe cliscrimina~ao
de r a~ a. Este c um exemplo de extraordinari::l tr ;1\1s(or l11a
-
8/16/2019 Sociologia Da Educação - RODRIGUES, Alberto Tosi (1)
30/42
! l '.
.'
A hist6ria humana, segund o ele, e um processo de cr escenteracionaliza~ao d a vida, de abandono c\as concep~6es m:lgicas e
tr ad icionai s com'o justif ic at iva s p ar a 0 comportamento d os
homens "e para a ad ministr a~ao social. Pod c-se com pr eend er
aq ui 0sentid o de u ma outra ti pologia muito conhecid a d e \V'e ber,
a das for mas de dominat ;iio legit ima. Par a Weber h;1 tr es tipos
puros de d omina
-
8/16/2019 Sociologia Da Educação - RODRIGUES, Alberto Tosi (1)
31/42
A logica d a r acionalidad e, c h i o bed iencia a lei e clo t r einamentod as pessoas par a administr ar as tar ef as burocr aticas d o Estaclo
f oi a os poucos se disseminand o. Na f ormac;ao clo Estad o moclemo
e do capitalismo mod em o, q ue sac inse paraveis um clo outro,W eb er d a es pecial atenc;ao 3 d ois aspectos: d e um lacl o, a
constituic;ao cle um dirciw r acional , um dos pilares clo pr ocesso
de racionalizac;ao ci a vi da , e d e outro, a constitui~,-IO d e lima
administlaqao r ac ional em mold es burocr citicos. 0c1ir eito r aclonal
of er ece as gar antias contratuais e a codiflcac;ao basica clas r clac;6es
d e troca-ec6n6mica e troca politica q ue sustentam 0 capitalismo
e 0 Estad o n\,Odemos, enquanto que 0 clesenvolvimento cia
empresa capita'lista mod er na of erece 0 mod elo para a
constituic;ao d a empresa d e clominac;ao politica pr opria do
ca pitalismo, 0 Estad o bur ocd ltico,
E aqui e q ue se toma mais clar o 0 mod o como \Veber pensaa educac;ao. A ed ucac;ao sistematica, a na li sa ele, passou a ser
um "p-acote" d e conteud os e d e dis posic;6es voltad os para 0
tr einamento d e inclivfduos que tivessem cle f ato cond ic;6es d e
opera r essas novas func;6es, d e " pilotar" 0Estad o, as em presas c
a pr6 pria politica, de um mod o" r aciona !". Um d os elementos
essenciais na constituic;ao d o Estad o moclerno c a f ormJc;ao de
uma administr ac;ao burocratica em moldes racionais. Tal pr ocesso
s6 ocorr eu 'd e modo completa no Ocidcnte, ond e houve a
substituic;aopaulatina de um f uncionalismo nao especializado e
r e bdo por orientac;6es mais ou menos cliscricionar ias (nao baseadas em r egr as) por um funcionalismo cs pccif icamente
tr einado e politicam'ente orientaclo com b ase em r egul"mencosr acionais.
f or mac;ao humanf stiGl inclicaclos par :, 0 posto, mas sem
pr e par ac;ao especfficJ pJr ~1 a administr a~;1\; e sem conhecimento
cia juris pruclcncia. Uma vez que nao d :wam impartancia as
r ealizac;6es politicas, nao ad ministr avam d e f ata, ficand o a ges taoef etiva em maos d e auxiliares. Os mand arins cram tr ansf erid os
d e um lugar p ar a outr o, nunca atuand o em sua pr ovfnci,1 nat;l!,
c mUll
-
8/16/2019 Sociologia Da Educação - RODRIGUES, Alberto Tosi (1)
32/42
que nao se ja a o beclienciaao clir cito racional. Para estc homcm,
o munclo pcrclcu 0 encant::lm cnto. Nao c mais 0 Illunclo closobr enatural e dos dcsf gnios de Deus ou dos Impe r aclor es. E 0mun clo clo imperio clq lei e cia razao. E ducar num munclo assim,
certamcntc 11ao e 0 me smo que ecIucar antes eles sa gr andetr ansf orma
-
8/16/2019 Sociologia Da Educação - RODRIGUES, Alberto Tosi (1)
33/42
polf tica e dos aparatos pr 6 pr ios as gr andes c or po r a
-
8/16/2019 Sociologia Da Educação - RODRIGUES, Alberto Tosi (1)
34/42
(,\PiT U1.0 V
---I-~Tr -~; visoes so br e 0 processo educacional~ no seculo XX
CREIO QUE VIMOS ACIM A OS FUNDAMENTOS ma is basicos c b teoria
sociologi ca e 0 modo pelo q ual des resultaram em concep
-
8/16/2019 Sociologia Da Educação - RODRIGUES, Alberto Tosi (1)
35/42
educa~ao muito influente ao longo do scculo XX. Um clos mais
importantes soci6logos a analisar a educa~ao contemporanea
sob a influencia 'cIo modelo de Durkheim e 0 tambem francesPierre Bourdieu.
Para levar'a cabo a ambi~50 de Durkheim de unificar as
cicncias humanas em tomo da sociologia, Bour clicu introduziu
uma Sfl}tesc tcorica entre 0 moddo durkheil11i~\l1oC0 CSLllllUmlis))l().
o estruturalismo se conecta a sociologia c1eDurkheim na meclidaem 'que pret,ende desvendar justamente 0 peso das cstruturas
socia is po('tras das a~6es dos sujeitos. Na verdadc, trata-se aqui
de uma vers~o inais radical do modclo de Durkheim, que leva
a s ultimas conseqiiencias 0 ponto de partida segundo 0 qual osindivfcluos estao submetidos ao controle das estruturas da
sociedade.Para 0 estruturalismo em geral, e tambem 0 de Bourclicu na
primcira fase ~e sua produ~50, publicada por volta da decada
de 1960, os sujeitos sociais s50 vistos - para simplificar a questao
- como uma especie de marionetes c\as estruturas dominantes.
Para 0 soci610go frances, a teoria clurkheimiana e 0estruturalismo
permitem demonstrar como os individuos, em sua a~50, apenas
rC j)T O du zcm as orienta~6es determinadas pela estrutura social
vigente.
Segundo ele, os agentes sociais, mesmo aqueles que pensam
estar liberados dascletermina~6es socia is, s50 na verclademovidos por, digamos assim, for~as ocultas, que os estimu\am a
agir, mesmo que nao tenham consciencia disso. Sao essas
"condi~6es objetiv~s" que 0 investigador cleve desvendar, pois
nelas e que residem as explica~6es. Os sujeitos da ac;50 estao
ausentes claquele nivel cia sociedacle em que sao objetivamente
cleterminaclas as suas a~6es. 0sujeito cle fato nao existe. 0que
chamamos de ac;ao, para ,Bourdieu, Ii n a v c r d a d c 0 p ro c c s s o j JC l o
q u a l a s c s t ru t u ra s sc rcpT O dL 1zcm . 0sujeito esta simplesmente
submeticlo aos clesfgnios l!Iasocieclade, faz 0 que suas estruturas
determinam, n50 sabe clisso e ainda c iludido pelos discursos
dominantes, que 0 fazem pensar que SU;\ aC;:lo e resultante de
vontacle propria.
Em 1964, Bour clieu publicou um livro, em coIaboraC;ao com
Jean-Claude Passeron, que pretendia combater uma ideia muito
comum na r:ranc:a cla [poel, segundo ;1 CjlJ:l1os cstlllhntcs C 0
mcio cstulbntil SCri~1I111I111;1cLIssc soci~d ; 1 p:\rtc n:1 socicd:\dc.
E scriam rcspons:1veis, em raz50 de sua juvcntudc e de sua
disposi~50 pJra a ac;50, pcb lideranc;a da trans(ormac;50 social.
Apenas quatro anos depois, no celebr e mcs de maio de 1968 em
Paris, os estudantes de fata sairiam as ruas, culminando um
proccsso de mobilizaC;ao que teria um alcance bem maior do
que a capital francesa. Mas para Bourdieu, em s eu l ivro, a
explica~ao dos processos eclucacionais real mente importantesresiele em Olltra parte. Nas estruturas, e claro. A ironia c quc 0livro serviu como combustivel, por seu aspecco crftico as bases
do sistema dc ensino, para essas mesmas revoltas estudantis.
Neste livro, chamado Os hcrdciros, os Zlutores atacam 0
discurso dominantc segundo 0 qual a conquista de uma "escob
para todos", de carater igualitario, tornaria possfvel a realizac;:ao
c\as potencialicbdes humanas. Eo (a::em colocanclo em evidcncia
o que a instituic;50 escolar dissimula pOl' tras de sua aparente
neutralidade, ou seja, justamente a repr oduc;50 c!as relac;6cs
sociais e de poder vigentes. Encobertos sob as aparencias c1e
criterios puramente esco\ares, cst50 critcrios sociais de triagem
e de sele~50 dos indivfduos pZHZIocupar deterI11inaclos postos na
vida.
Ao mesmo tempo em ljuc e:;pClcm :l (;lce acult:1 do sistema
de ensinG, Bourdieu e Passeron negz1m qualquer possibiliclade
de romper com as estruturas de rcprocluc;50 e a(irmam que as
teorias pedagogicas na verdacle 550 uma cortin" de fuma~a que
procura ocultar 0 poder reproclutor clo sistema que est:1 nas maos
dos cducadores. Simplesmente nao h{l safcb: 0 sistema de ensino
-
8/16/2019 Sociologia Da Educação - RODRIGUES, Alberto Tosi (1)
36/42
-
8/16/2019 Sociologia Da Educação - RODRIGUES, Alberto Tosi (1)
37/42
-
8/16/2019 Sociologia Da Educação - RODRIGUES, Alberto Tosi (1)
38/42
comoclemonstr ar a Mar x no seculo anterior . E pr eciso tam bcmIutar contr a a aJ) r oJ)Ti a~ /io J)r ivacla, Oll clicisw , cIa s aber c c Ia cldwr a.
Com isso, cliz d e, a meta ser ia aca bar com a clivisao entre
"inte!ectuais" e " p~s:oas sim ples". E isso c fundamental por q ue
apenas aq uele q ue c tid o como inte[ectual ocupa os postos d a
aclministr a
-
8/16/2019 Sociologia Da Educação - RODRIGUES, Alberto Tosi (1)
39/42
in telectual e 0 inc eleccua l tradiciona l , ou se ja, um a classe deintelectuais que, e m e pocas pass adas, f ora m intelectuai s
orga nicos das classes que er~m entao domi nantes. 0exemp lo
classico deste ti po e 0 clew, po is os padr es deram coe r encia eorga nicid ade-.a dO;11fna< ;ao da no br eza aristocrat ica, na c poc a
do f eudalismo. Ma s atualmente, de poi s do clcsa par ccimcnto da
class e a q ue cstav ;1 ligaclo, ess e ti po tr ;ldicion: l!'dc intclcclll:li
contil)U a agindo politicamentc, de modo indep ende ntc e s em pre
.nu ma d ire< ;ao con scrvadora, podendo vir a tr a
-
8/16/2019 Sociologia Da Educação - RODRIGUES, Alberto Tosi (1)
40/42
Desenvolveu-se ao lac!o c !
-
8/16/2019 Sociologia Da Educação - RODRIGUES, Alberto Tosi (1)
41/42
-
8/16/2019 Sociologia Da Educação - RODRIGUES, Alberto Tosi (1)
42/42
r es ponsaveis pelo desenv olvimento de um idea l de homem
"sincero", interessado numa r elac; :ao mais alltcntica com a
natur eza e co m os outr os; apo nta a psicancllise como r es ponsave l
por u m novo padr ao de vid a , c om saude mental, ca pa: de deixar
o homem livr e das ' r~press6es adq uir ida s na f or mac;:~o; aponta
ate mesmo 0 "novo hom em" f or jado na R llss ia c O I11\ lI)ist;l como
1I1 1\pr olllti po de el1 lllSi;\SI\Hl e de dedic:\,:Jltl ;\ \'id;i (tH\\Ul liL-ll'i;1.
Enf imr par a Mannh eim, a modernidade nao tem ap enas custos,
ouameac;:as a liberdade . A mode r nidade tr az tam bem espe r anc;:ase valOfeS-{iociais solidarios, abertos,
A principal contr i bui