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CURSO EM PDF CONTABILIDADE DE CUSTOS (Teoria e Exerccios) ICMS RJ - 2013
Prof. Alexandre Oliveira e Paulo Venncio
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Sumrio Aula DEMO
1. Apresentao dos professores 2
2. Comentrios sobre edital e apresentao do curso 3
3. Comentrios sobre as Funes da Contabilidade Financeira, Custos
e Gerencial
6
4. Terminologia aplicada a Contabilidade Custos 9
4.1 Nomenclaturas aplicveis aos Custos 9
4.1.1 Gasto 9
4.1.2 Desembolso 9
4.1.3 Tipos de Gastos 10
4.1.4 Perdas 12
4.1.5 Outras Nomenclaturas Importantes 13
4.2 Custo: Conceito, Classificao, Sistemas, Formas de Produo,
Formas de Custeio e Sistemas de Controle de Custos
15
4.2.1 Conceito de Custos 15
4.2.2 Classificao dos Custos 15
4.2.3 Sistemas 16
4.2.4 Formas de Produo 17
4.2.5 Formas de custeio 17
4.2.6 Sistemas de Controle de Custos 20
5. Questes Comentadas 21
6. Questes propostas
7. Gabaritos
30
35
8. Bibliografia 36
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AULA DEMONSTRATIVA
1. Apresentao dos Professores Ol pessoal,
Sou Alexandre Oliveira, me formei em Cincias Navais pela Escola
Naval e fui oficial da Marinha do Brasil por 12 anos e dois meses quando fui
aprovado no concurso de Auditor Fiscal Tributrio Municipal da Prefeitura de
So Paulo (ISS SP). Atualmente atuo como Auditor Fiscal da Receita Estadual
do Estado do Rio de Janeiro, cargo para o qual fui aprovado no ltimo
concurso. Obtive aprovaes nos seguintes concursos: Escola de Oficiais da
Marinha Mercante (EFOMM 1994), Academia da Fora Area (AFA - 1995),
Escola Naval (EN - 1995), Auditor Fiscal do Municpio de SP (AFTM - 2007),
Auditor Fiscal de Tributos do Municpio de Nova Iguau (2008), Auditor Fiscal
da Receita Municipal de Angra dos Reis (AFRM - 2010). Curso atualmente o
ltimo perodo do curso superior em Cincias Contbeis.
Meu nome Paulo Venncio, sou graduado em Cincias Militares pela
Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), onde conclu o curso de
Intendncia (administrao e logstica). Tambm sou Bacharel em Cincias
Contbeis pela Faculdade Estcio de S (aprovado no 2 exame de suficincia
de 2011). Exero atualmente o cargo de Fiscal de Rendas no Municpio do Rio
de Janeiro. Obtive aprovaes nos seguintes concursos: Escola Preparatria de
Cadetes do Ar (1996); Academia da Fora Area (AFA 1997); Escola
Preparatria de Cadetes do Exrcito - EsPCEx (1997); Auditor Fiscal da Receita
Estadual do Estado da Paraba (2006); Auditor Fiscal Tributrio do Municpio de
SP(2007) e Fiscal de Rendas do Municpio do Rio de Janeiro - ISS/RJ (2010).
com imensa satisfao que recebemos o convite da Equipe do Canal
dos Concursos Cursos em PDF para escrevermos o curso sobre
Contabilidade de Custos para o ICMS RJ. Aceitamos, pois temos a certeza
que podemos ajud-los a lograr xito nesta matria to importante para a rea
fiscal. Nesta vida de concurseiro, obtivemos muitas vitrias, mas tambm
enfrentamos derrotas. A experincia nos fez aprender que estudar pelo
material certo e da maneira correta faz muita diferena.
Por isso, no importa quanto tempo voc tem para se preparar para o
concurso que deseja, importa que voc faa o melhor proveito do tempo que
possui. Nada impossvel se voc acreditar e se dedicar ao seu objetivo.
Foque nos resultados. Esquea as dificuldades. Organize seu
tempo de forma a estudar o quanto for possvel de cada uma das matrias da
prova. Esquea os outros concorrentes, seu maior desafio superar a si
mesmo.
2. Comentrios sobre edital e Apresentao do Curso
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Foram autorizadas 50 vagas para o concurso para Auditor Fiscal de Receita
Estadual do Estado do Rio de Janeiro. O concurso pblico constar de etapa
nica composta por 02 (duas) provas, Prova 1 (P1) e Prova 2 (P2). As provas
tero carter eliminatrio e classificatrio e sero realizadas em dois domingos
subsequentes.
As Provas Objetivas 1 e 2 (P1 e P2) realizar-se-o na Cidade do Rio de Janeiro.
a) A aplicao da Prova Objetiva 1 (P1) est prevista para o dia
12/01/2014,perodo da manh; b) A aplicao da Prova Objetiva 2 (P2) est
prevista para o dia 19/01/2014, perodo da manh.
Para quem realizou o concurso do ICMS SP recentemente percebeu que as
matrias bsicas no podem ser ignoradas e devem ser estudadas com carinho
e cuidado, pois elas faro com que o candidato logre xito nessa labuta. O
AFTE RJ, (ICMS RJ), sem dvida um dos cargos mais prestigiados, tendo
em vista estar no rol das carreiras tpicas de estado. No foi a toa que realizei
a opo deste concurso na qual me sinto bastante prestigiado em trabalhar
com pessoas de to grande competncia profissional e intelectual. Espero
trabalhar como colegas de vocs e tambm partilhar os momentos de
felicidades na posse deste cargo.
Ainda no sabemos com exatido qual ser a banca escolhida para
realizar este concurso. No entanto, sabemos que as ltimas provas foram
realizadas pela FGV e o nosso curso se basear no grau de dificuldade dessas
provas. Por isso, nosso curso ser baseado no ltimo edital e ter como base
principalmente questes da FGV/FCC. Entretanto, devido complexidade do
assunto resolveremos questes de outras bancas.
Essa prova deve ser feita com estratgia, pois no ltimo certame
requereu dos candidatos 50% de acertos em cada disciplina ou grupo de
disciplinas da Prova 1 e da Prova 2 e mnimo de 60% de acertos em cada
prova e no somatrio de pontos obtidos nas Provas 1 e 2. Assim, se o
candidato no se sair bem em uma determinada matria, poder ser eliminado
do certame.
Segue o contedo programtico cobrado pela banca organizadora do
ltimo concurso que servir de base para o curso:
Contabilidade de Custos: 1. Custo: conceito, classificao, sistemas, formas de produo,
formas de custeio, sistemas de controle de custo e nomenclaturas de aplicveis a custos.
2. Custeio por absoro e custeio varivel. 3. Custeio e controle dos materiais diretos. 4.
Custeio, controle, tratamento contbil da mo de obra direta e indireta. 5. Custeio,
tratamento contbil e custos indiretos de fabricao. 6. Critrios de rateio. Custos por
ordem e custos por custeio da produo conjunta. 7. Coprodutos, subprodutos e sucatas:
conceito, clculo e tratamento contbil. 8. Conceito de margem de contribuio total e
unitria. 9. Margem de contribuio. 10. Anlise das relaes custo/volume/lucro. 11. O
ponto de equilbrio contbil, econmico e financeiro. 12. Custeio baseado em atividades.
ABC - Activity Based Costing.
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Nossas aulas devero ter entre 30 e 70 pginas cada e o curso ser
composto de cinco aulas alm da aula DEMO, com intervalo de sete a dez dias,
tendo a seguinte programao:
Aula Contedo Data
Aula 0
Custo: conceito, classificao, sistemas,
formas de produo, formas de custeio,
sistemas de controle de custo e
nomenclaturas aplicveis a custos.
DEMO
Aula 1
Sistemas de custeio: custeio por absoro e
custeio Direto ou Varivel. Evidenciao das
contas patrimoniais, resultados e custos nas
Demonstraes contbeis das indstrias.
Avaliao dos estoques de produtos em
elaborao, produtos acabados, Conceito de
Produo Equivalente. Apurao do custo
dos produtos vendidos e dos servios
prestados. Tratamento contbil e formas de
contabilizao.
21/06/2013
Aula 2
Custeio e controle dos materiais diretos:
Custo de aquisio, inventrios, critrios de
avaliao e identificao do consumo de
materiais e tratamento das perdas. Custeio,
controle e tratamento contbil da mo-de-
obra direta e indireta. Custeio, tratamento
contbil, taxas de aplicao, e controle dos
custos indiretos de fabricao.
05/07/2013
Aula 3
Critrios de rateio. Departamentalizao dos
custos. Sistemas de Produo: Custos por
ordem, custos por processo ou por produo
contnua, tratamento contbil e avaliao do
processo produtivo. Avaliao de estoques
na produo contnua. Sistema de controles
dos custos: custo padro e custo por
estimativa. Tratamento contbil e anlise
das variaes
19/07/2013
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Aula 4
Critrios de avaliao dos produtos em
elaborao e dos produtos acabados.
Tratamento das perdas e adies de
unidades produzidas. Custeio da produo
conjunta. Co-produtos, subprodutos e
sucatas: conceito, clculo e tratamento
contbil.
02/08/2013
Aula 5
Conceito de margem de contribuio total e
unitria. Margem de contribuio e retorno
sobre o investimento. Anlise das relaes
custo/volume/lucro. O ponto de equilbrio
contbil, econmico e financeiro. Alteraes
dos custos fixos e variveis e sua influncia
no ponto de equilbrio. Custeio baseado em
atividades - ABC - Activity Based Costing.
16/08/2013
Acreditamos que, alm da teoria, a resoluo de questo de contabilidade
de custos seja essencial para o bom aprendizado. Uma boa caracterstica desse
ramo da contabilidade que as questes no se diferenciam tanto de uma
banca para outra. Resolveremos durante o curso mais de 210 questes de
diversas bancas de concursos. Ser um Curso de Teoria e Questes
Resolvidas.
Ademais, as dvidas sero sanadas por meio de frum do site do Canal
dos Concursos, que todos os matriculados tero acesso. Crticas ou sugestes
podero ser enviadas pelo link:
http://www.canaldosconcursos.com.br/curso_pdf/contato.php
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3. Funes da contabilidade Financeira, Custos e Gerencial
interessante que o candidato conhea as diferenas bsicas sobre o
objeto de estudo da contabilidade financeira, gerencial e custos. Esse aspecto
de fundamental importncia, pois a separao desses grupos decorre do
entendimento de alguns doutrinadores de que os usurios so diferentes, que
apresentam distines significativas em suas necessidades, perspectivas e
expectativas em relao utilizao da informao contbil.
comum a confuso entre os usurios da contabilidade financeira e
gerencial. Portanto, vamos trazer uma forma bem simples de diferenciar
quando a contabilidade financeira e gerencial ser utilizada. O fato que
ambos os grupos de usurios pretendem utilizar a contabilidade para deciso,
mas no necessariamente da mesma maneira. Para facilitar essa
diferenciao, vamos olhar para a organizao sob duas perspectivas: a
interna e a externa, ou seja, da porta para dentro existem os usurios internos
(interna) e da porta para fora existem os usurios externos (externa). Na
Contabilidade para usurios externos, denominada de Contabilidade
Financeira, existem vrios usurios, tais como os acionistas controladores, os
gestores de fundos, os rgos que representam o governo, os credores etc. A
Contabilidade Gerencial, tambm, tem diferentes usurios dentro dos nveis
hierrquicos ou mesmo por rea funcional ou de atividade e cada um
apresenta diferentes demandas. Contudo, os usurios internos, dentro de cada
uma das Contabilidades, tm algo em comum: o acesso s informaes em
maior profundidade do que o usurio externo. Nessa linha, a assimetria
externa tende a ser maior do que a assimetria interna. esse um dos
principais motivos para que sejam agrupadas dessa forma. J a contabilidade
de custos, grosso modo, tem por funo primordial o controle dos estoques e
utiliza o conhecimento dos dois outros ramos para atingir o seu objetivo.
3.1 Contabilidade Geral ou Financeira
A Contabilidade Financeira tem por objetivo ou funo controlar o
patrimnio das empresas e apurar o resultado (variao do patrimnio). Alm
dos usurios internos (funo controle), ela tambm deve prestar informaes
a usurios externos que tenham interesse em acompanhar a evoluo da
empresa, tais como, por exemplo, entidades financeiras que iro lhe conceder
emprstimo e debenturistas. Essas informaes so prestadas por meio de
Demonstraes, tais como, Balano Patrimonial e a Demonstrao de
Resultado do Exerccio.
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3.2 Funes da Contabilidade Gerencial
Constitui-se na parte do sistema contbil que se dedica s informaes para os usurios internos da entidade (HANSEN e MOWEN, 1997). Assim, a
Contabilidade Gerencial tem por funo fornecer informaes extradas dos dados contbeis, que ajudem os administradores das empresas no processo de deciso. Essas informaes devem permitir aos administradores gerenciar o
desempenho da empresa a fim de verificar se metas foram cumpridas. Como visa a atender aos usurios internos, no preciso levar em conta a forma
rgida dos princpios contbeis na apresentao de seus demonstrativos. Por fim, ela se vale de outros campos de conhecimento no circunscritos contabilidade (estatstica e administrao financeira, entre outros).
3.3. Contabilidade de Custos
Nosso curso versa sobre o estudo desse ramo da contabilidade.
Portanto, vamos fazer um apanhado do surgimento e os objetivos do seu
estudo, para melhor compreenso e entendimento.
Com o advento da Revoluo Industrial e a consequente proliferao
das empresas industriais, a Contabilidade sentiu a necessidade de adaptar os
procedimentos de apurao do resultado em empresas comerciais (que apenas
revendiam mercadorias) para as empresas industriais, que adquiriam
matrias-primas e utilizavam fatores de produo para transform-las em
produtos destinados venda.
A primeira soluo encontrada foi transformar a apurao do resultado
das empresas comerciais, com a substituio do item Compras pelo
pagamento de fatores que faziam parte da produo, como, matrias-primas
consumidas, salrios dos trabalhadores da produo, energia eltrica e
outros insumos utilizados. Logo, todos os gastos que foram efetuados na
atividade industrial, conhecidos tambm como custos de produo, seriam
contabilizados. Com isso, surgiu um novo ramo da Contabilidade denominado
Contabilidade de Custos.
A Contabilidade de Custos, inicialmente, teve como principal funo a
avaliao de estoques em empresas industriais, que um procedimento muito
mais complexo do que nas comerciais, uma vez que envolve muito mais que a
simples compra e revenda de mercadorias. Na contabilidade de custos so
feitos pagamentos a fatores de produo tais como salrios, aquisies e
utilizao de matrias-primas etc.
Ademais, estes gastos devem ser incorporados ao valor dos estoques
das empresas no processo produtivo e, por ocasio do encerramento do
balano, haver dois tipos de estoque: produtos em elaborao e produtos
acabados.
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Conforme j comentado, a soluo adotada para apurar o resultado na
empresa industrial foi similar utilizada na contabilidade comercial: avaliam-
se os estoques inicial e final (produtos acabados e em elaborao) e substitui-
se a conta de compras pelos gastos efetuados na produo:
Segundo os conceituados professores Silvrio das Neves e Paulo
Viceconti, de acordo com a frmula de custos dos produtos vendidos, os gastos
de produo do perodo foram totalmente absorvidos, ou pelos estoques finais
de produtos, ou pelo custo dos produtos vendidos. Por essa caracterstica
denominado custeio por absoro (custeio forma de apurar custos).
O custeio por absoro est baseado nos seguintes Princpios
Contbeis: Princpio do Registro pelo Valor Original: os estoques e o
resultado das indstrias so avaliados pelo custo histrico, no sendo
corrigidos quando h variao do preo dos fatores de produo entre a
aquisio e o levantamento do balano patrimonial. Princpio da
Competncia: todos os gastos com a produo que no tiverem
correspondncia com as receitas obtidas devem ser incorporados ao valor dos
estoques (custeio por absoro).
Por fim, segundo o professor Eliseu Martins, a atual Contabilidade de
Custos possui duas funes relevantes: o auxlio ao controle e a ajuda s
Frmulas utilizadas nas empresas
comerciais:
CMV = EI + C EF
LB = V CMV
Onde:
EI = estoque inicial
C= Compras
EF = Estoque final
LB = Lucro Bruto
CMV = Custo das Mercadorias
Vendidas
Lucro Bruto (LB)
(-) Despesas
- Comerciais
- Administrativas
- Financeiras
(=) Resultado Lquido
Frmulas utilizadas nas empresas
industriais:
CPV = EI + GP EF
LB = V CPV
Onde:
EI = estoque inicial de produtos em
elaborao e produtos acabados
GP = Gastos na Produo
EF = estoque inicial de produtos em
elaborao e produtos acabados
LB = Lucro Bruto
CPV = Custo dos Produtos Vendidos
Lucro Bruto (LB)
(-) Despesas
- Comerciais
- Administrativas
- Financeiras
(=) Resultado Lquido
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tomadas de deciso. No que diz respeito ao Controle, sua mais importante
misso fornecer dados para o estabelecimento de padres, oramentos e
outras formas de previso. Num estgio seguinte, ela deve acompanhar o
efetivamente ocorrido para proporcionar comparao. No que tange deciso,
ela permite alimentar a administrao de informaes sobre valores relevantes
que dizem respeito s consequncias de curto e longo prazo sobre medidas de
introduo ou cortes de produtos, entre outras.
4. Terminologia aplicada Contabilidade de Custos
Os conceitos utilizados neste curso sero retirados principalmente de
duas publicaes geralmente recomendas em sugestes de bibliografias de
bancas de concursos. So eles:
- Contabilidade de Custos, Eliseu Martins, Editora Atlas, 10 edio, 2010.
- Contabilidade de Custos enfoque direto e objetivo-, Silvrio das Neves e
Paulo Viceconti, Editora Frase, 8 edio, 2008.
Vamos aos conceitos. Seguindo uma forma didtica, vamos comear pelas
nomenclaturas aplicveis aos custos de modo que, ao longo do curso, vocs
se sintam mais familiarizados com os conceitos aqui abordados.
4.1 Nomenclaturas aplicveis aos Custos
4.1.1 Gasto
Eliseu Martins conceitua Gasto como a compra de um produto ou
servio qualquer, que gera sacrifcio financeiro para a entidade
(desembolso), sacrifcio esse representado por entrega ou promessa
de entrega de ativos (normalmente dinheiro).
Explicando de forma mais fcil, o fato gerador do gasto acontece quando
os bens e servios adquiridos so prestados e, consequentemente, passam a
ser propriedade da indstria. Normalmente, um gasto implica em desembolso,
embora o desembolso possa ser postergado em relao ao gasto.
Exemplos: Gasto com aquisio de mercadorias para revenda; Gastos com
mo-de-obra (salrios e encargos sociais); Gastos com aquisio de matrias-
primas; Gastos com aquisio de mquinas; Gastos com aquisio de
equipamentos; Gastos com consumo de energia eltrica; e Gastos com
aluguis de instalaes.
4.1.2 Desembolso
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Conceitua-se Desembolso como pagamento resultante da aquisio
do bem ou servio. O desembolso pode ocorrer concomitante com o gasto,
quando pagamento feito vista, ou posteriormente ao gasto, quando o
pagamento feito a prazo.
Note que gasto implica desembolso, entretanto, eles tm
conceitos distintos.
4.1.3 Tipos de Gastos
Os gastos podem ser divididos em:
- investimentos;
- custos;
- despesas.
4.1.3.1 Investimento
Investimento o gasto ativado em funo de sua vida til ou de
benefcios atribuveis a futuro(s) perodo(s).
Exemplos: Aquisio de mveis e utenslios; Aquisio de marcas e patentes;
Aquisio de materiais de escritrio; Aquisio de matrias-primas1.
Segundo Eliseu Martins, os investimentos podem ser de diversas
naturezas e de perodos de ativao variados: a matria-prima um gasto
contabilizado temporariamente como investimento circulante; a mquina um
gasto que se transforma num investimento permanente; as aes adquiridas de
outras empresas so gastos classificados como investimentos circulantes ou
permanentes, dependendo da inteno que levou a sociedade aquisio.
4.1.3.2 Custo
Custo corresponde ao gasto relativo a bem ou servio utilizado na
produo de outros bens ou servios. visvel a caracterstica do custo,
que um gasto relacionado atividade de produo.
Exemplos: Salrios e encargos sociais dos funcionrios que trabalham na
produo; Seguro do maquinrio utilizado na produo; Seguro das instalaes
1 O gasto com aquisio de matrias-primas que ainda no foi utilizado no processo de
produo de bens e servios considerado investimento.
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da fbrica; Matria-prima utilizada no processo produtivo2; Depreciao de
equipamentos utilizados na produo; e Aluguis de instalaes da fbrica.
A matria-prima foi um gasto em sua aquisio que imediatamente se
tornou investimento, e assim ficou durante o tempo de sua Estocagem; no
momento de sua utilizao na fabricao de um bem, surge o custo da matria-
prima como parte integrante do bem elaborado. Este, por sua vez, de novo
um investimento, j que fica ativado at sua venda.
A energia eltrica um gasto, no ato da aquisio, que passa
imediatamente para custo (por sua utilizao) sem transitar pela fase de
investimento. A mquina provocou um gasto em sua entrada, tornado
investimento (ativo) e parceladamente transformado em custo, via depreciao,
medida que utilizada no processo de produo de utilidades.
No momento da venda, os custos se transformam em despesas, em
obedincia ao Princpio da Competncia (as despesas devem ser reconhecidas
simultaneamente com as receitas que ajudam a gerar).
4.1.3.3 Despesa
Eliseu Martins define Despesa como bem ou servio consumido
direta ou indiretamente para a obteno de receitas.
J Paulo Viceconti e Silvrio das Neves consideram Despesa como
gastos com bens e servios no utilizados nas atividades produtivas e
consumidos com a finalidade de obteno de receitas.
Nem sempre fcil distinguir custos e despesas. A doutrina prope uma
regra simples do ponto de vista didtico: todos os gastos realizados com o
produto at que este esteja pronto, so custos; a partir da os gastos restantes
seriam Despesas.
Exemplos: A comisso do vendedor, por exemplo, um gasto que se torna
imediatamente uma despesa.
O microcomputador da secretria do diretor financeiro, que fora
transformado em investimento, tem uma parcela reconhecida como despesa
(depreciao), sem se transformar em custo. Logo, todas as despesas so ou
foram gastos. Porm alguns gastos, por sua natureza, no se transformam em
2 No momento em que as matrias-primas adquiridas pela indstria passam a ser
utilizadas no processo produtivo, elas deixam de ser consideradas investimento
(estoques ativo circulante) e passam a ser consideradas custos de produo.
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despesas. Por exemplo, terrenos, que pela legislao no so depreciados e s
se transformam quando da venda (se houver prejuzo).
Ainda, dentro desse contexto, as DESPESAS podem ser classificadas em
FIXAS e VARIVEIS. Ao contrrio dos custos, cuja classificao est
relacionada produo, as despesas recebem essa classificao em funo do
volume das vendas. Assim, as comisses pagas aos vendedores so
consideradas despesas variveis, enquanto que o aluguel do escritrio da
administrao considerado despesa fixa, visto que deve ser paga
independentemente das vendas do perodo.
Por fim, importante citarmos o que diz a Resoluo CFC 750/93, que
trata sobre os Princpios de Contabilidade:
Pessoal, vamos passar agora a apresentar um resumo
exemplificativo de conceitos importantes apresentados at aqui:
Art. 9 O Princpio da Competncia determina que os efeitos das
transaes e outros eventos sejam reconhecidos nos perodos a que se
referem, independentemente do recebimento ou pagamento.
Pargrafo nico. O Princpio da Competncia pressupe a
simultaneidade da confrontao de receitas e de despesas
correlatas. (grifo nosso)
1 - A empresa realiza um gasto, que corresponde a um aumento das obrigaes
e/ou diminuio do ativo.
2 - O gasto pode ser:
- Investimento: compra de matria-prima; aquisio de bens do
imobilizado.
- Consumo Direto: pagamento da conta de gua.
3 - Investimento: por exemplo, a matria-prima que, no momento de sua compra era um investimento, passou a ser considerada como um custo no momento de sua utilizao na produo e, posteriormente, torna-se uma despesa quando o produto fabricado for vendido.
4 - Gastos de consumo direto: classificam-se inicialmente como despesas, entretanto podem ser diretamente apropriados ao resultado do exerccio, caso no participem do processo produtivo. Caso contrrio, isto , se participarem do processo produtivo, sero considerados custos e, posteriormente, despesas, quando da apurao do resultado do exerccio.
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4.1.4 Perda
Segundo Eliseu Martins, Perda consiste em bem ou servio
consumidos de forma anormal e involuntria.
Segundo Paulo Viceconti e Silvrio das Neves, Perda gasto no
intencional decorrente de fatores externos fortuitos (o evento
independe do processo de produo) ou da atividade produtiva normal
(o evento depende do processo de produo) da empresa. No 1 caso,
so considerados da mesma natureza que as Despesas e so lanadas
diretamente contra o resultado do perodo. No 2 caso, onde se
enquadram, por exemplo, as perdas normais de matrias-primas na produo
industrial, integram o Custo de Produo do Perodo.
Ainda sobre o assunto, h necessidade de citarmos o Pronunciamento
Tcnico CPC n 16, que trata de Estoques:
Resumindo: primeiro surge o gasto, e, posteriormente, a despesa, que pode ser classificada diretamente do resultado do exerccio, ou, antes disso, classificar-se como um custo que se transformar em despesas quando da apurao do resultado do exerccio, segundo os princpios da contabilidade.
10. O valor de custo do estoque deve incluir todos os custos de aquisio e de transformao, bem como outros custos incorridos para trazer os
estoques sua condio e localizao atuais. (grifo nosso)
(...)
13. A alocao de custos fixos indiretos de fabricao s unidades produzidas deve ser baseada na capacidade normal de produo. A capacidade
normal a produo mdia que se espera atingir ao longo de vrios
perodos em circunstncias normais; com isso, leva-se em considerao, para
a determinao dessa capacidade normal, a parcela da capacidade total no-
utilizada por causa de manuteno preventiva, de frias coletivas e de outros
eventos semelhantes considerados normais para a entidade. O nvel real de
produo pode ser usado se aproximar-se da capacidade normal. Como
consequncia, o valor do custo fixo alocado a cada unidade produzida no
pode ser aumentado por causa de um baixo volume de produo ou
ociosidade. Os custos fixos no-alocados aos produtos devem ser
reconhecidos diretamente como despesa no perodo em que so incorridos.
Em perodos de anormal alto volume de produo, o montante de custo fixo
alocado a cada unidade produzida deve ser diminudo, de maneira que os estoques
no sejam mensurados acima do custo. Os custos indiretos de produo
variveis devem ser alocados a cada unidade produzida com base no uso
real dos insumos variveis de produo, ou seja, na capacidade real utilizada.(grifo nosso)
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4.1.5 Outras Nomenclaturas Importantes
4.1.5.1 Custo de Produo do Perodo
O Custo de Produo do Perodo (CPP) corresponde aos custos
incorridos no processo produtivo num determinado perodo de tempo. O CPP
usualmente decomposto de acordo com a seguinte frmula:
CPP = MD + MOD + CIF
MD denota os Materiais Diretos (matria-prima, materiais secundrios
apropriados diretamente ao produto e material de embalagem), MOD a
Mo-de-Obra Direta (gastos com a mo de obra que so diretamente
apropriveis ao produto) e CIF representa os demais gastos indiretos de
fabricao. Os CIF tambm recebem outros nomes tais como Gastos Gerais
de Fabricao, Gastos Gerais de Produo e Despesas Indiretas de
Fabricao.
4.1.5.2 Custo da Produo Acabada
Segundo Eliseu Martins, Custo da Produo Acabada a soma dos
custos contidos na produo acabada do perodo. Pode conter Custos de
Produo tambm de perodos anteriores existentes em unidades que s foram
completadas no presente perodo.
4.1.5.3 Custo dos Produtos Vendidos
Segundo Eliseu Martins, Custo dos Produtos Vendidos a soma dos
custos incorridos na produo dos bens e servios que s agora esto sendo
vendidos. Pode conter custos de produo de diversos perodos, caso os itens
vendidos tenham sido produzidos em diversas pocas diferentes.
4.1.5.4 Custo Primrio
Segundo Eliseu Martins, Custo primrio a soma matria-prima com mo
de obra.
O Custo Primrio (CPrim) dado por:
Ateno: o CPP, CPA e CPV so conceitos distintos e no h
nenhuma relao obrigatria entre seus valores. Cada um pode ser
maior ou menor que o outro em cada perodo, dependendo das
circunstncias.
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CPrim = Matria-prima + MOD.
4.1.5.5 Custo de Transformao
Segundo Eliseu Martins, Custo de Transformao a soma de todos os
Custos de Produo, exceto os relativos a matrias-primas e outros
componentes adquiridos prontos e empregados sem nenhuma modificao pela
empresa. Representam esses Custos de Transformao o valor do esforo da
prpria indstria no processo de elaborao de um determinado item (mo de
obra direta e indireta, energia, depreciao, etc).
O Custo de Converso ou de Transformao (CTransf) definido
como CTransf = MOD + CIF.
4.2. Custo: Conceito, Classificao, Sistemas, Formas de Produo,
Formas de Custeio e Sistemas de Controle de Custos
4.2.1 Conceito de Custos
J abordamos o conceito de Custos. Custo corresponde ao gasto
relativo a bem ou servio utilizado na produo de outros bens ou
servios.
4.2.2 Classificao de Custos
J abordamos o conceito de Custos. Agora vamos falar um pouco
sobre classificao de Custos.
4.2.2.1 Quanto alocao dos custos aos produtos:
a) Custos Diretos - So aqueles que so diretamente atribuveis a um
determinado bem ou servio (produto). Ex.: Matria-prima (material
direto), mo de obra direta, embalagens, componentes adquiridos
prontos, etc.
b) Custos Indiretos - So aqueles que no podem ser diretamente
apropriados aos produtos. A sua alocao feita de maneira estimada
atravs do chamado rateio.
Ex.: Aluguel da fbrica, seguros da fbrica, materiais indiretos, mo de
obra indireta, depreciao, salrio da superviso, etc.
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Observao: cuidado, pois se uma empresa produz apenas um tipo de
produto, ento todos os seus custos so diretos.
4.2.2.2 Quanto a sua dependncia com o volume de produo ou
venda:
a) Custos variveis - So aqueles que esto diretamente relacionados
com o volume de produo ou venda. Ex.: Matria prima, MOD.
Caractersticas: em termos de custos totais, quanto maior for o
volume de produo, maiores sero os custos totais.
- Em termos de custos unitrios, os custos permanecem constantes.
b) Custos fixos - So aqueles que independem do volume de produo
ou venda. Representam a capacidade instalada que a empresa possui
para produzir e vender bens ou servios.
Ex.: depreciao, aluguel.
Caractersticas: em termos de custos unitrios, quanto maior for o
volume de produo ou venda, menores sero os custos por unidade.
- Em termos de custos totais, independem das quantidades produzidas
ou vendidas.
Alguns autores utilizam ainda os conceitos de Custos semifixos e
Custos semivariveis:
c) Custos semivariveis so custos que variam com o nvel de
produo, entretanto possuem uma parcela fixa, mesmo que nada seja
produzido, ou seja, so os custos variveis que no acompanham
linearmente a produo, mas aos saltos, mantendo-se fixos dentro de
estreitos limites.
Um exemplo de custo semivarivel a conta de energia eltrica, visto
que h um valor mnimo a ser pago ainda que no ocorra nenhum
consumo, embora o valor total da conta dependa do consumo de
energia da empresa.
d) Custos semifixos ou Custos por degraus so custos que so fixos
em determinada faixa de produo, mas que variam quando h uma
mudana desta faixa, em funo, por exemplo, da capacidade de
produo instalada.
Um bom exemplo o salrio de funcionrios da superviso. Digamos
que a administrao estipule a seguinte regra: se o setor produtivo
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fabricar at 20.000 unidades o salrio dos supervisores ser
R$1.500,00. Entretanto, se o setor superar a marca de 20.000
unidades, o salrio dos supervisores dobrar (R$3.000,00). Logo, essa
regra de incentivo a produo gera um custo semifixo.
4.2.3 Sistemas
Sistema de Custos o modo como a indstria realiza o processo de
apurao do custo dos produtos. A doutrina contbil considera que os gestores
dispem atualmente de dois sistemas de custeio (por ordem e por processo) e
de basicamente quatro metodologias (custeio por absoro, custeio padro, o
custeio varivel ou direto e o custeio baseado em atividades, estes so os mais
comuns e corriqueiramente utilizados)3. A poltica de avaliao de estoques
tambm est englobada nesse conceito (PEPS ou custo mdio, por exemplo).
4.2.4 Formas de Produo
4.2.4.1 Produo por ordem
A Produo por ordem ocorre quando a empresa programa a sua
atividade produtiva a partir de encomendas especficas de cada cliente. o
caso, por exemplo, da indstria naval, em que cada pedido possui
caractersticas nicas.
Nesse tipo de produo, os custos so acumulados numa conta especfica
para cada ordem de produo. Esta conta s termina de receber custos quando
a ordem estiver finalizada. Se um exerccio terminar e o produto ainda estiver
sendo fabricado, o saldo da conta ser totalmente classificado como Produtos
em Elaborao. Uma vez pronto, o saldo da conta relativa ordem de
produo ser transferido para Produtos Acabados ou Custo do Produto
Vendido (CPV), conforme j tenha sido realizada ou no a venda.
4.2.4.2 Produo contnua
A Produo Contnua ocorre quando a empresa faz a produo em srie
ou em massa de um produto ou linha de produtos.
3 Temos ainda o mtodo RKW que, por no estar no edital, no ser objeto de estudo
neste curso.
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A empresa produz para estoque e no para atender encomendas
especficas de clientes. Exemplos: indstrias txteis, de ao e de produtos
farmacuticos.
No Custeamento por Processo, que aplicado a empresas de produo
contnua, os custos so acumulados em contas representativas dos produtos
ou linha de produtos. Como a produo contnua, as contas de custos no
so encerradas, havendo, portanto, um fluxo contnuo de Produtos em
Elaborao, Produtos Acabados e Produtos Vendidos.
4.2.5 Formas ou Mtodos de Custeio
Basicamente, Custeio a forma ou processo escolhido pela
administrao para apropriao dos custos aos produtos. Embora cada
qual apure um valor diferente para o resultado e para o estoque final, no h
como afirmar que um mtodo seja melhor que o outro, pois essa avaliao
depende do objetivo que se tem ao apurar o fluxo de produo.
Nesta seo, apresentaremos, de forma bastante resumida, os Custeios
Varivel, Padro (ser objeto de estudo na aula 03) e ABC (Activity-
Based Costing) ou Custeio Baseado em Atividades (ser objeto de
estudo na aula 05).
4.2.5.1 Custeio por Absoro
O Custeio por absoro ou Custeio Pleno consiste na apropriao de
todos os custos (sejam eles fixos ou variveis) produo do perodo.
Entretanto, os gastos no fabris (despesas) so excludos.
A distino principal no custeio por absoro entre custos e despesas.
Essa distino j foi abordada no incio desta aula.
O custeio por absoro o nico aceito pela auditoria externa, porque
atende ao Princpio Contbil da Competncia e o nico aceito pela legislao
do Imposto de renda.
4.2.5.2 Custeio Varivel ou Direto
Neste mtodo de custeio, somente so apropriados produo os
custos variveis. Os custos fixos so contabilizados diretamente a
dbito de conta de resultado (juntamente com as despesas) sob a alegao
de que estes correro independentemente do volume de produo da empresa.
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O custeio varivel viola o Princpio da Competncia, porque os custos
fixos so reconhecidos como despesas mesmo que nem todos os produtos
fabricados tenham sido vendidos.
um mtodo indicado para tomada de decises na empresa.
4.2.5.3 Custeio Padro
Neste mtodo, os custos so apropriados produo no pelo seu
valor efetivo (ou real), mas sim por uma estimativa do que deveriam ser
(Custo Padro). Este mtodo surge da necessidade de avaliar o desempenho
da empresa industrial. Para que isso seja possvel, necessrio que se tenha
um padro de medida para que se possa fazer a comparao e a avaliao
de desempenho.
A grande finalidade do custeio padro o planejamento e o controle de
custos.
4.2.5.3 Custeio ABC
No mtodo de Custeio ABC, o objetivo delinear as atividades para
determinar os sistemas de custos, ou seja, as atividades da empresa
constituem, neste mtodo, os objetos fundamentais para a determinao dos
custos. Esses custos por atividades que sero apropriados aos
produtos.
A origem do mtodo ABC proveio do significativo aumento dos CIF
(overhead costs) na produo industrial nas ltimas dcadas.
Nos primrdios da atividade industrial no mundo moderno, os elementos
mais importantes do custo de produo eram os MD e a MOD, cuja
apropriao se faz diretamente aos produtos. As distores nos custos dos
produtos provocadas pelo rateio dos CIF, baseado em estimativas, tinham
pequena influncia na determinao do CPV e, portanto, na apurao da sua
margem de lucratividade.
medida que a atividade industrial tornou-se extremamente complexa e
com um alto grau de automao, houve um aumento considervel dos CIF e,
por esse motivo, eles passaram a representar, em muitos casos, a maior
parcela dos custos de produo de uma empresa.
Assim, caso fossem cometidos erros no rateio dos CIF aos produtos
fabricados, visto que todo rateio parte de uma base arbitrria, os gerentes
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poderiam cometer erros no processo de tomada de decises, j que os clculos
de margem de lucro poderiam estar errados.
Nesse cenrio, surgiu o Custeio ABC como uma forma de tentar alocar os
recursos produtivos da empresa de uma forma mais justa ou eficiente.
O pressuposto do ABC que os fatores produtivos (recursos) so
consumidos pelas suas atividades e no pelos produtos fabricados. Os
produtos so uma mera consequncia das atividades efetuadas pela empresa,
sendo elas o motivo para fabric-los e comercializ-los.
No mtodo ABC, o objetivo rastrear quais so as atividades que esto
consumindo de forma mais significativa os recursos da produo. Os custos
so ento direcionados para essas atividades e destas para os bens
fabricados. O rastreamento de custos um mtodo muito mais complexo do
que o simples rateio dos CIF aos produtos. necessrio elencar as atividades
relevantes dentro dos departamentos, verificar quais so os recursos que
esto sendo consumidos por elas, direcionar os custos para essas atividades
e delas para os produtos.
Logo, para se utilizar o mtodo de custeio ABC necessria a definio
das atividades relevantes dentro dos departamentos, bem como dos
direcionadores de custos que iro alocar os diversos custos incorridos s
atividades.
O principal objetivo do custeio ABC reduzir as distores
causadas em virtude da arbitrariedade da distribuio, via rateio, de
custos indiretos de fabricao aos produtos. O custeio ABC tambm pode
ser aplicado aos custos diretos, como, por exemplo, a mo-de-obra direta,
mas, neste caso, no haver muita diferena em relao ao mtodo de custeio
por absoro. Resumindo, a diferena fundamental est no tratamento
dado aos custos indiretos.
Por fim, os custos obtidos por esse mtodo de custeio ABC incluem
despesas administrativas e com vendas, razo pela qual no aceito, para fins
contbeis, para avaliao dos estoques.
Entretanto, este mtodo de custeio de grande utilidade, dentro do
contexto gerencial da contabilidade, para a tomada de deciso do
administrador da empresa.
4.2.6 Sistemas de Controle de Custos
O conceito de Sistema de Controle est tambm relacionado
Contabilidade Gerencial, tendo em vista que influencia a tomada de deciso
pelos gestores. Ele trata, com os dados produzidos pela contabilidade de
Custos, da relao entre o que se esperava ser alcanado e o que se alcanou.
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Alguns autores atualmente esto recomendando que as empresa
institucionalizem o que est sendo denominado de Controladoria, rgo
responsvel por integrar gesto e sistemas econmico-financeiros.
5. Questes comentadas
Abordaremos questes de diversas bancas relacionadas aos assuntos
tratados na aula. Tendo em vista o escasso nmero de questes sobre essa
aula, algumas delas sero adaptadas para fixao de conceitos.
1. (AFC/Esaf) Entre as afirmativas seguintes, apenas uma est incorreta,
assinale-a.
a) A contabilidade gerencial tem por objetivo adaptar os procedimentos de
apurao do resultado das empresas comerciais para as empresas industriais.
b) A contabilidade de custos presta duas funes dentro da contabilidade
gerencial, fornecendo os dados de custos para auxlio ao controle e para a
tomada de decises.
c) Os custos de produo renem o custo do material direto, o custo da mo-
de-obra e os demais custos indiretos de fabricao.
d) O objetivo bsico da contabilidade gerencial o de fornecer administrao
instrumentos que a auxiliem em suas funes gerenciais.
e) O custo pode ser entendido como o gasto relativo a bem ou servio utilizado
na produo de outros bens ou servios.
Comentrio:
A Contabilidade Gerencial tem por funo tratar informaes, extradas dos
dados contbeis, que ajudem os administradores no processo de controle e
tomada de deciso. a Contabilidade de Custos que tem por objetivo adaptar
os procedimentos de apurao do resultado das empresas comerciais para as
empresas industriais.
Gabarito letra A.
(Adaptadas Cespe/Unb) Julgue os itens a seguir.
2. Os dados obtidos pela Contabilidade de Custos so usados pela
Contabilidade Gerencial para auxlio ao controle e tomada de decises.
Comentrio:
Item correto. Realmente, os dados obtidos pela Contabilidade de Custos so
usados pela Contabilidade Gerencial para auxlio ao controle e tomada de
decises.
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3. A Contabilidade de Custos tem uma rea de atuao mais ampla do que a
Contabilidade Gerencial.
Comentrio: Item errado. Segundo Eliseu Martins, em sua Obra
Contabilidade de Custos (editora Atlas), as novas funes da moderna
Contabilidade de Custos (auxlio ao controle e ajuda s tomadas de decises)
no englobam o todo da Contabilidade Gerencial, porque esta ltima tem um
escopo mais amplo.
4. O conhecimento do custo de um produto no vital para se determinar,
dado o preo, se o mesmo d lucro ou no.
Comentrio: Item errado. Ocorre exatamente o contrrio, o conhecimento
do custo essencial para se calcular a lucratividade, ou no, de um dado
produto.
5. A Contabilidade Geral tem por objetivo controlar o Patrimnio das
entidades, sejam elas pblicas ou privadas, com ou sem fins lucrativos.
Comentrio: Item correto. Esse exatamente um dos objetivos da
Contabilidade Geral.
6. A principal finalidade da Contabilidade de Custos atual apenas a avaliao
de estoques na indstria.
Comentrio: Item errado. Devido ao crescimento das empresas, a
Contabilidade de Custos atual, alm de avaliar estoques, passou a ser vista
como uma eficiente forma de auxlio no desempenho e gesto.
7. Custeio por Absoro um processo de apurao de custos que rateia todos
os custos, fixos ou variveis, em cada fase de produo.
Comentrio: Item correto. esse o conceito de custeio por absoro.
8. O principal objetivo do custeio ABC reduzir as distores causadas em
virtude da arbitrariedade da distribuio, via rateio, de custos indiretos de
fabricao aos produtos.
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Comentrio: Item correto. Ver subitem 4.2.5.3
9. O custeio varivel no viola o Princpio da Competncia, porque os custos
fixos so reconhecidos como despesas mesmo que nem todos os produtos
fabricados tenham sido vendidos.
Comentrio: Item errado. exatamente o contrrio. O item estaria correto
se estivesse escrito da seguinte forma: O custeio varivel viola o Princpio da
Competncia, porque os custos fixos so reconhecidos como despesas mesmo
que nem todos os produtos fabricados tenham sido vendidos.
10. Os gastos podem ser divididos somente em custos e despesas.
Comentrio: Item errado. Cuidado, pois os gastos podem ser divididos em:
investimento, custos e despesas.
11. (Perito Criminal Federal/Contador/2004) O valor de fretes e seguros
pagos pelos comerciantes e relativos ao deslocamento de mercadoria do
estabelecimento do fornecedor at o ponto de venda deve ser incorporado ao
saldo da consta compras para apurao do custo da mercadoria vendida.
Comentrio: Item correto. A questo est de acordo com o que prescreve o
item 10 do Pronunciamento Tcnico CPC n 16, estudado no subitem 4.1.4.
12. (Agente Fiscal de Rendas/SP 2009 FCC) A grande finalidade do
Custo Padro :
a) o planejamento e controle de custos.
b) a gesto de preos.
c) o atendimento s Normas Contbeis Brasileiras.
d) a rentabilidade de produtos.
e) o retorno do investimento.
Comentrio: Segundo o Prof. Eliseu Martins, em Obra Contabilidade de
Custos (9 edio - Editora Atlas):
(...) a grande finalidade do custo padro o planejamento e controle
dos custos (...).
Seu grande objetivo, portanto, o de fixar uma base de comparao
entre o que ocorreu de custo e o que deveria ter ocorrido. E isso nos
leva concluso de que Custo-Padro no outra forma, mtodo ou
critrio de contabilizao de custos (como Absoro e Varivel), mas
sim uma tcnica auxiliar. No uma alternativa, mas sim um
coadjuvante.
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Logo, todas as alternativas esto incorretas, exceto a primeira. Podemos
entender agora porque em nosso curso h tantas citaes ao ilustre autor.
Gabarito letra A.
13. (Agente Fiscal de Rendas/SP 2009 FCC) Na terminologia de
custos, so custos de converso ou transformao:
a) Mo de obra direta e Mo de obra indireta.
b) Mo de obra direta e Materiais diretos.
c) Custos primrios e Custos de fabricao fixos.
d) Matria-prima, Mo de obra direta e Custos indiretos de fabricao.
e) Mo de obra direta e Custos indiretos de fabricao.
Comentrio: O Custo de Converso ou de Transformao (CTransf)
definido como CTransf = MOD + CIF, em que MOD denota a mo-de-obra
direta e CIF so os Custos Indiretos de Fabricao, conforme explicado no
subitem 4.1.5.5.
Gabarito letra E.
14. (Agente Fiscal de Rendas/SP 2009 FCC) A diferena fundamental
do Custeio Baseado em Atividades Activity-Based Costing em relao aos
sistemas tradicionais Varivel e Absoro est no tratamento dado
a) aos custos diretos de fabricao.
b) ao ponto de equilbrio financeiro.
c) aos custos indiretos de fabricao.
d) s despesas variveis.
e) s despesas financeiras.
Comentrio: O mtodo de Custeio ABC visa minimizar as distores
provocadas pelo rateio arbitrrio dos custos indiretos, sendo esta a sua
principal diferena em relao aos sistemas tradicionais (custo por absoro,
por exemplo).
Gabarito letra C.
15. (FCC/Bahia Gs/Analista Cincias Contbeis/2010) Os gastos
com depreciao de equipamentos utilizados na fabricao de mais de um
produto, salrios de supervisores de produo, aluguel de fbrica e energia
eltrica que no pode ser associada ao produto, devem ser classificados
como custos:
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a) com materiais diretos.
b) diretos.
c) fixos.
d) variveis.
e) indiretos.
Comentrio: O enunciado cita gastos como depreciao de equipamentos
utilizados em mais de um produto, salrio de supervisores de produo,
aluguel de fbrica e energia eltrica. Tais gastos so por natureza custos
indiretos, pois possuem a caracterstica de s poderem ser atribudos aos
produtos atravs de rateio. Cuidado!!! Se a questo tivesse afirmado que tais
gastos eram utilizados em apenas um produto, os custos seriam diretos.
Gabarito letra E.
16. (FCC/Bahia Gs/Analista Contabilidade/2010) "O custeio consiste
de todos os custos de produo e to somente os de produo do perodo
alocados a cada unidade de produto processado neste perodo". Este conceito
diz respeito ao mtodo de custeio denominado
a) varivel.
b) por absoro.
c) direto padro.
d) por ordem.
e) direto.
Comentrio: o conceito do enunciado est de acordo com o subitem 4.2.5.1.
A expresso todos os custos de produo no deixa dvida de que o
perguntado se coaduna com o conceito de Custo por Absoro.
Ademais, no Custeio Varivel ou Direto apenas os custos variveis so
apropriados produo. No Custeio Padro os custos so apropriados
produo no pelo seu valor efetivo (ou real), mas sim por uma estimativa
do que deveriam ser (Custo Padro).
A expresso por ordem denota uma forma de produo e no um mtodo
de custeio.
Gabarito letra B.
17. (FBC/Bacharel/1 exame de suficincia/2011) Uma indstria apresenta os seguintes dados:
Aluguel de setor administrativo R$ 80.000,00 Aluguel do setor de produo R$ 56.000,00 Depreciao da rea de produo R$ 38.000,00
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Mo de Obra Direta de produo R$ 100.000,00 Mo de Obra Direta de vendas R$ 26.000,00 Material requisitado: diretos R$ 82.000,00 Material requisitado: indiretos R$ 70.000,00 Salrios da diretoria de vendas R$ 34.000,00 Seguro da rea de produo R$ 38.000,00
Analisando-se os dados acima, assinale a opo CORRETA.
a) O custo de transformao da indstria totalizou R$ 302.000,00, pois o
custo de transformao a soma da mo de obra direta e dos custos indiretos
de fabricao.
b) O custo do perodo da indstria totalizou R$ 444.000,00, pois o custo da
empresa a soma de todos os itens de sua atividade.
c) O custo do perodo da indstria totalizou R$ 524.000,00, pois o custo da
empresa a soma de todos os itens apresentados.
d) O custo primrio da indstria totalizou R$ 208.000,00, pois o custo primrio
leva em considerao a soma da mo de obra e do material direto.
Comentrio: vamos analisar de forma didtica todas as alternativas.
A alternativa a solicita o total do Custo de Transformao e d o conceito
correto:
Aluguel do setor de produo Custo indireto R$ 56.000,00
Depreciao da rea de produo Custo indireto R$ 38.000,00
Mo de Obra Direta de produo MOD R$ 100.000,00
Material requisitado: indiretos Custo indireto R$ 70.000,00
Seguro da rea de produo Custo indireto R$ 38.000,00
Total R$ 302.000,00
As alternativas b e c solicitam o Custo do Perodo e tambm
explica corretamente o conceito.
Aluguel do setor de produo Custo indireto R$ 56.000,00
Depreciao da rea de produo Custo indireto R$ 38.000,00
Mo de Obra Direta de produo MOD R$ 100.000,00
Material requisitado: diretos Custo direto R$ 82.000,00
Material requisitado: indiretos Custo indireto R$ 70.000,00
Seguro da rea de produo Custo indireto R$ 38.000,00
Total R$ 384.000,00
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A alternativa d solicita o total do Custo Primrio que corresponde a soma do
MOD e Material Direto (ou matria-prima). O total da soma R$100.000,00 +
R$82.000,00 = R$182.000,00.
Gabarito letra A.
18. (VUNESP/ICMS-SP/2002) Julgue as afirmaes a seguir.
I. Na sua aquisio, a matria-prima um gasto que imediatamente se
transforma em investimento; no momento de sua utilizao, transforma-se em
custo integrante do bem fabricado; quando o produto vendido, transforma-se
em despesa.
II. Muitos gastos so automaticamente transformados em despesas; outros
passam primeiro pela fase de custos; outros, ainda, passam pelas fases de
investimento, custo, investimento, novamente e, por fim, despesa.
III. Cada componente que foi custo no processo de produo torna-se, na
baixa, despesa; no Resultado, existem receitas e despesas - s vezes ganhos e
perdas, mas no custos.
Pode-se afirmar que:
a) Apenas as afirmaes I e II so verdadeiras.
b) Apenas a afirmao I verdadeira.
c) Apenas a afirmao II verdadeira.
d) Apenas a afirmao III verdadeira.
e) Todas as afirmaes so verdadeiras.
Comentrio: Mais uma vez outra banca explora conceitos tradados nessa aula
e de autoria do Prof. Eliseu Martins, em Obra Contabilidade de Custos (9
edio - Editora Atlas). Verifica-se que todas as afirmaes so verdadeiras.
Gabarito letra E.
19. (ESAF/ENAP/Contador/2006) Assinale abaixo a opo que contm
uma assertiva incorreta.
a) A matria-prima classificada como custo direto corresponde aos materiais
cujo consumo pode-se quantificar no produto. Se no for possvel a
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identificao da quantidade aplicada no produto, passa a ser um elemento de
custo indireto.
b) Custos semivariveis so aqueles que possuem em seu valor uma parcela
fixa e outra varivel. Isto , tm um comportamento de custo fixo at certo
momento e depois se comportam como custo varivel.
c) Custos semifixos so aqueles elementos de custos classificados de fixos que
se alteram em decorrncia de uma mudana na capacidade de produo
instalada.
d) Custo total a somatria dos custos fixos e variveis, sendo que os custos
semifixos e semivariveis tm o mesmo significado.
e) A mo-de-obra direta compreende os funcionrios que atuam diretamente
no produto e cujo tempo gasto possa ser identificado, isto , apontado no
produto.
Comentrio: a presente questo traz definies importantes no que tange a
Contabilidade de Custos. Entretanto, tenta levar o candidato a erro ao afirmar,
em outras palavras, que custos semivariveis e custos semifixos so sinnimos
ou possuem o mesmo conceito.
Custos semivariveis so aqueles que possuem em seu valor uma parcela fixa
e outra varivel. Isto , tm um comportamento de custo fixo at certo
momento e depois se comportam como custo varivel.
J Custos semifixos so aqueles elementos de custos classificados de fixos que
se alteram em decorrncia de uma mudana na capacidade de produo
instalada.
Logo, verifica-se que so conceitos diferentes. As demais alternativas so
verdadeiras.
Gabarito letra D.
20. (ESAF/adaptada) No processo produtivo da empresa Desperdcio S.A., no
ms de julho de 2005, ocorreram perdas com rebarbas decorrentes do corte de
tecidos da linha de produo. Em virtude da contratao de funcionrio sem
experincia houve a perda de 100 itens por mau uso de equipamentos. De
acordo com os conceitos contbeis, devem ser registradas essas perdas:
a) ambas como custo dos produtos vendidos.
b) respectivamente, como despesa e custo.
c) ambas como despesas no resultado.
d) respectivamente, como custo e despesa.
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Comentrio: Questo interessante, pois explora o conceito de perdas normais
e perdas anormais. Conforme estudamos no subitem 4.1.4, Perda gasto
no intencional decorrente de fatores externos fortuitos ou da atividade
produtiva normal da empresa. No 1 caso, so considerados da mesma
natureza que as Despesas e so lanadas diretamente contra o resultado do
perodo. No 2 caso, onde se enquadram, por exemplo, as perdas normais de
matrias-primas na produo industrial, integram o Custo de Produo do
Perodo. No enunciado, as perdas com rebarbas decorrentes de corte de
tecidos so consideradas normais, por conseguinte so apropriadas como
custos. J a perda com falta de treinamento de funcionrio novo considerada
anormal e deve ser apropriada como despesa.
Gabarito letra D.
21. (FCC/TRF2/Esp. Contadoria/2012) O sistema de custeio no qual os
custos e despesas fixos so lanados diretamente em conta de resultado do
exerccio denominado custeio
(A) padro.
(B) por absoro.
(C) ABC.
(D) pr-determinado.
(E) varivel.
Comentrio: o enunciado est de acordo com o conceito de custeio varvel.
Gabarito letra E.
22. (Fiscal de Rendas MS 2006 FGV) Com relao classificao dos
custos quanto ao volume (tambm chamada de classificao quanto
formao), analise as afirmativas a seguir:
I. Quanto ao volume, os custos so classificados em direto e indireto.
II. O custo fixo unitrio varia inversamente ao volume produzido.
III. O custo varivel total varia proporcionalmente ao volume produzido.
Assinale:
(A) se somente a afirmativa I estiver correta.
(B) se somente a afirmativa II estiver correta.
(C) se somente a afirmativa III estiver correta.
(D) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
(E) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
Comentrio: vamos analisar cada uma das alternativas.
I os custos podem ser classificados quanto apropriao aos produtos
fabricados em diretos e indiretos. Quanto ao volume podem ser divididos em
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fixos, variveis, semivariveis e semifixos. Logo, v-se que a afirmativa
inverteu os conceitos.
II - custos fixos so aqueles cujos valores permanecem inalterados,
independentemente do volume de produo da empresa. O custo fixo unitrio
calculado dividindo-se os custos fixos pela quantidade produzida. Logo, o
custo fixo unitrio varia inversamente ao volume produzido. Afirmativa correta.
III - Os custos variveis so aqueles cujos valores so alterados em funo do
volume de produo da empresa, ou seja, quanto maior o volume de
produo, maior ser o custo varivel. Afirmativa correta.
Gabarito letra E.
23. (Exame de Suficincia CFC 2011.1 - CONTADOR) Uma indstria
apresenta os seguintes dados:
Aluguel de setor administrativo R$ 80.000,00 Aluguel do setor de produo R$ 56.000,00 Depreciao da rea de produo R$ 38.000,00
Mo de Obra Direta de produo R$ 100.000,00 Mo de Obra Direta de vendas R$ 26.000,00
Material requisitado: diretos R$ 82.000,00 Material requisitado: indiretos R$ 70.000,00 Salrios da diretoria de vendas R$ 34.000,00
Seguro da rea de produo R$ 38.000,00
Analisando-se os dados acima, assinale a opo CORRETA. a) O custo de transformao da indstria totalizou R$302.000,00, pois o custo de transformao a soma da mo de obra direta e custos Indiretos de
fabricao. b) O custo do perodo da indstria totalizou R$444.000,00, pois o custo da
empresa a soma de todos os itens de sua atividade. c) O custo do perodo da indstria totalizou R$524.000,00, pois o custo da empresa a soma de todos os itens apresentados.
d) O custo primrio da indstria totalizou R$208.000,00, pois o custo primrio
leva em considerao a soma da mo de obra e do material direto.
Comentrio: Vamos iniciar com algumas definies. (1) Custo de Produo do Perodo
O Custo de Produo do Perodo (CPP) corresponde aos custos incorridos no processo produtivo num determinado perodo de tempo. O CPP
usualmente decomposto de acordo com a seguinte frmula: CPP = MD + MOD + CIF
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MD denota os Materiais Diretos (matria-prima, materiais secundrios apropriados diretamente ao produto e material de embalagem), MOD a Mo-de-Obra Direta (gastos com a mo de obra que so diretamente apropriveis ao produto) e CIF representa os demais gastos indiretos de fabricao. Os CIF tambm recebem outros nomes tais como Gastos Gerais de Fabricao, Gastos Gerais de Produo e Despesas Indiretas de
Fabricao. (2) Custo da Produo Acabada Segundo Eliseu Martins, Custo da Produo Acabada a soma dos custos
contidos na produo acabada do perodo. Pode conter Custos de Produo tambm de perodos anteriores existentes em unidades que s foram
completadas no presente perodo. (3) Custo dos Produtos Vendidos Segundo Eliseu Martins, Custo dos Produtos Vendidos a soma dos custos
incorridos na produo dos bens e servios que s agora esto sendo vendidos. Pode conter custos de produo de diversos perodos, caso os itens vendidos
tenham sido produzidos em diversas pocas diferentes. (4) Custo Primrio Segundo Eliseu Martins, Custo primrio a soma matria-prima com mo de
obra. O Custo Primrio (CPrim) dado por:
CPrim = Matria-prima + MOD. (5) Custo de Transformao
Segundo Eliseu Martins, Custo de Transformao a soma de todos os Custos de Produo, exceto os relativos a matrias-primas e outros componentes
adquiridos prontos e empregados sem nenhuma modificao pela empresa. Representam esses Custos de Transformao o valor do esforo da prpria indstria no processo de elaborao de um determinado item (mo de obra
direta e indireta, energia, depreciao, etc). (6) Custo de Converso ou de Transformao (CTransf) definido como
CTransf = MOD + CIF. a) O custo de transformao da indstria totalizou R$302.000,00, pois o custo
de transformao a soma da mo de obra direta e custos Indiretos de fabricao. Alternativa Correta CTransf = MOD + CIF
MOD = R$ 100.000,00 CIF = R$ 56.000,00 + R$ 70.000,00 + R$ 38.000,00 + 38.000,00
CIF = R$ 202.000,00 CTransf = R$ 302.000,00 b) O custo do perodo da indstria totalizou R$444.000,00, pois o custo da
empresa a soma de todos os itens de sua atividade. Alternativa Incorreta CPP = MD + MOD + CIF
MD = R$ 82.000,00 MOD = R$ 100.000,00 CIF = R$ 202.000,00
CPP = R$ 82.000,00 + R$ 100.000,00 + R$ 202.000,00
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CPP = R$ 384.000,00
c) O custo do perodo da indstria totalizou R$524.000,00, pois o custo da empresa a soma de todos os itens apresentados. Alternativa Incorreta, pois o CPP = R$ 384.000,00.
d) O custo primrio da indstria totalizou R$208.000,00, pois o custo primrio leva em considerao a soma da mo de obra e do material direto.
Alternativa Incorreta. CPrim = Matria-prima + MOD. MDA = R$ 82.000,00
MOD = R$ 100.000,00 CPrim = R$ 182.000,00.
Gabarito letra A.
24. (Exame de Suficincia CFC 2011.1 - CONTADOR) No ms de setembro de 2010, foi iniciada a produo de 1.500 unidades de um
determinado produto. Ao final do ms, 1.200 unidades estavam totalmente concludas e restaram 300 unidades em processo. O percentual de concluso das unidades em processo de 65%. O custo total de produo do perodo foi
de R$558.000,00. O Custo de Produo dos Produtos Acabados e o Custo de Produo dos Produtos em Processo so, respectivamente:
a) R$446.400,00 e R$111.600,00.
b) R$480.000,00 e R$78.000,00.
c) R$558.000,00 e R$0,00.
d) R$558.000,00 e R$64.194,00.
Comentrio: o problema trata de produo equivalente.
Dados do Problema 1200u acabadas
300u em processo de acabamento (65%) CPP = 558.000,00
Para determinarmos o custo da unidade produzida, temos que adotar o
conceito de equivalente de produo.
O problema nos informou que das 1500 unidades em produo, 1200 unidades
esto totalmente acabadas e 300 unidades esto em fase de acabamento (65%). 1 passo: devemos determinar a quantidade produzida utilizando a produo
equivalente. 1200u
300u * 65% = 195 u Total = 1395u 2 passo: Para determinarmos o Cu do bem, devemos dividir o CPP/Qe,
onde Cu o custo unitrio, CPP o custo de produo do perodo e Qe quantidade equivalente.
Cu = CPP/Qe
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Cu = 558.000,00/1395
Cu = R$ 400,00 Logo, temos: 1200u * R$ 400,00 = R$ 480.000,00
300u * R$ 400,00 * 65% = R$ 78.000,00
Gabarito letra B.
25. (Exame de Suficincia CFC 2011.1 - TCNICO) A valorao de estoques, pelo Custeio por Absoro, contempla:
a) apenas os custos diretos de produo.
b) apenas os custos fixos de produo.
c) todos os custos de produo e de administrao.
d) todos os custos de produo.
Comentrio: o Custeio por absoro ou Custeio Pleno consiste na apropriao de todos os custos (sejam eles fixos ou variveis) produo do
perodo.
Gabarito letra D.
26. (Exame de Suficincia CFC 2012.2 - TCNICO) Relacione a nomenclatura de custos apresentada na primeira coluna com a definio descrita na segunda coluna e, em seguida, assinale a opo CORRETA.
(1) Perdas ( ) gastos relativos a bens ou servios utilizados na produo de outros bens ou servios.
(2) Custos ( ) consumo involuntrio ou anormal de um bem ou servio.
(3) Despesas ( ) bens e servios consumidos, direta ou indiretamente, na obteno de receitas.
A sequncia CORRETA : a) 3, 2, 1. b) 2, 3, 1.
c) 2, 1, 3. d) 1, 2, 3.
Comentrio: essa questo exige do candidato o conhecimento dos tipos de GASTOS.
Segundo Eliseu Martins, conceituam-se GASTOS como a compra de um produto ou servio qualquer, que gera sacrifcio financeiro para a entidade (desembolso), sacrifcio esse representado por entrega ou promessa de
entrega de ativos (normalmente dinheiro). Explicando de forma mais fcil, o fato gerador do gasto acontece quando os
bens e servios adquiridos so prestados e, consequentemente, passam a ser propriedade da indstria. Normalmente, um gasto implica em desembolso, embora o desembolso possa ser postergado em relao ao gasto.
Os GASTOS podem ser classificados de acordo com a sua aplicao nas atividades da empresa. Assim, podemos afirmar que GASTOS o gnero e
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suas espcies so as seguintes: (a) CUSTOS; (b) DESPESAS; (c)
INVESTIMENTOS. Os CUSTOS so gastos incorridos no processo produtivo. DESPESAS so gastos incorridos para gerao de receitas e que no se enquadre como custos
ou investimentos. J os INVESTIMENTOS so gastos ativados em funo de sua vida til ou de benefcios atribudos a futuros perodos (ex: incorridos para
aquisio de estoques, aquisio de matria prima, aquisio de maquinas e equipamentos, etc.) PERDAS, segundo Eliseu Martins, consistem em bem ou servio
consumidos de forma anormal e involuntria (ex: incndio no almoxarifado; roubo de equipamentos, etc.).
Conceitua-se DESEMBOLSO como pagamento resultante da aquisio do bem ou servio. O desembolso pode ocorrer concomitante com o gasto, quando pagamento feito vista, ou posteriormente ao gasto, quando o pagamento
feito a prazo.
Note que GASTO implica desembolso, entretanto eles tm conceitos
distintos.
Portanto:
(1) Perdas (2) gastos relativos a bens ou servios utilizados na produo de outros bens ou servios.
(2) Custos (1) consumo involuntrio ou anormal de um bem ou servio.
(3) Despesas (3) bens e servios consumidos, direta ou indiretamente,
na obteno de receitas. A sequncia 2; 1; 3
Gabarito letra C.
6. Questes Propostas
1. (AFC/Esaf) Entre as afirmativas seguintes, apenas uma est incorreta,
assinale-a.
a) A contabilidade gerencial tem por objetivo adaptar os procedimentos de
apurao do resultado das empresas comerciais para as empresas industriais.
b) A contabilidade de custos presta duas funes dentro da contabilidade
gerencial, fornecendo os dados de custos para auxlio ao controle e para a
tomada de decises.
c) Os custos de produo renem o custo do material direto, o custo da mo-
de-obra e os demais custos indiretos de fabricao.
d) O objetivo bsico da contabilidade gerencial o de fornecer administrao
instrumentos que a auxiliem em suas funes gerenciais.
e) O custo pode ser entendido como o gasto relativo a bem ou servio utilizado
na produo de outros bens ou servios.
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(Adaptadas Cespe/Unb) Julgue os itens a seguir.
2. Os dados obtidos pela Contabilidade de Custos so usados pela
Contabilidade Gerencial para auxlio ao controle e tomada de decises.
3. A Contabilidade de Custos tem uma rea de atuao mais ampla do que a
Contabilidade Gerencial.
4. O conhecimento do custo de um produto no vital para se determinar,
dado o preo, se o mesmo d lucro ou no.
5. A Contabilidade Geral tem por objetivo controlar o Patrimnio das
entidades, sejam elas pblicas ou privadas, com ou sem fins lucrativos.
6. A principal finalidade da Contabilidade de Custos atual apenas a avaliao
de estoques na indstria.
7. Custeio por Absoro um processo de apurao de custos que rateia todos
os custos, fixos ou variveis, em cada fase de produo.
8. O principal objetivo do custeio ABC reduzir as distores causadas em
virtude da arbitrariedade da distribuio, via rateio, de custos indiretos de
fabricao aos produtos.
9. O custeio varivel no viola o Princpio da Competncia, porque os custos
fixos so reconhecidos como despesas mesmo que nem todos os produtos
fabricados tenham sido vendidos.
10. Os gastos podem ser divididos somente em custos e despesas.
11. (Perito Criminal Federal/Contador/2004) O valor de fretes e seguros
pagos pelos comerciantes e relativos ao deslocamento de mercadoria do
estabelecimento do fornecedor at o ponto de venda deve ser incorporado ao
saldo da consta compras para apurao do custo da mercadoria vendida.
12. (Agente Fiscal de Rendas/SP 2009 FCC) A grande finalidade do
Custo Padro :
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a) o planejamento e controle de custos.
b) a gesto de preos.
c) o atendimento s Normas Contbeis Brasileiras.
d) a rentabilidade de produtos.
e) o retorno do investimento.
13. (Agente Fiscal de Rendas/SP 2009 FCC) Na terminologia de
custos, so custos de converso ou transformao:
a) Mo de obra direta e Mo de obra indireta.
b) Mo de obra direta e Materiais diretos.
c) Custos primrios e Custos de fabricao fixos.
d) Matria-prima, Mo de obra direta e Custos indiretos de fabricao.
e) Mo de obra direta e Custos indiretos de fabricao.
14. (Agente Fiscal de Rendas/SP 2009 FCC) A diferena fundamental
do Custeio Baseado em Atividades Activity-Based Costing em relao aos
sistemas tradicionais Varivel e Absoro est no tratamento dado
a) aos custos diretos de fabricao.
b) ao ponto de equilbrio financeiro.
c) aos custos indiretos de fabricao.
d) s despesas variveis.
e) s despesas financeiras.
15. (FCC/Bahia Gs/Analista Cincias Contbeis/2010) Os gastos
com depreciao de equipamentos utilizados na fabricao de mais de um
produto, salrios de supervisores de produo, aluguel de fbrica e energia
eltrica que no pode ser associada ao produto, devem ser classificados
como custos:
a) com materiais diretos.
b) diretos.
c) fixos.
d) variveis.
e) indiretos.
16. (FCC/Bahia Gs/Analista Contabilidade/2010) "O custeio consiste
de todos os custos de produo e to somente os de produo do perodo
alocados a cada unidade de produto processado neste perodo". Este conceito
diz respeito ao mtodo de custeio denominado
a) varivel.
b) por absoro.
c) direto padro.
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d) por ordem.
e) direto.
17. (FBC/Bacharel/1 exame de suficincia/2011) Uma indstria
apresenta os seguintes dados:
Aluguel de setor administrativo R$ 80.000,00
Aluguel do setor de produo R$ 56.000,00
Depreciao da rea de produo R$ 38.000,00
Mo de Obra Direta de produo R$ 100.000,00
Mo de Obra Direta de vendas R$ 26.000,00
Material requisitado: diretos R$ 82.000,00
Material requisitado: indiretos R$ 70.000,00
Salrios da diretoria de vendas R$ 34.000,00
Seguro da rea de produo R$ 38.000,00
Analisando-se os dados acima, assinale a opo CORRETA.
e) O custo de transformao da indstria totalizou R$ 302.000,00, pois o
custo de transformao a soma da mo de obra direta e dos custos indiretos
de fabricao.
f) O custo do perodo da indstria totalizou R$ 444.000,00, pois o custo da
empresa a soma de todos os itens de sua atividade.
g) O custo do perodo da indstria totalizou R$ 524.000,00, pois o custo da
empresa a soma de todos os itens apresentados.
h) O custo primrio da indstria totalizou R$ 208.000,00, pois o custo primrio
leva em considerao a soma da mo de obra e do material direto.
18. (VUNESP/ICMS-SP/2002) Julgue as afirmaes a seguir.
I. Na sua aquisio, a matria-prima um gasto que imediatamente se
transforma em investimento; no momento de sua utilizao, transforma-se em
custo integrante do bem fabricado; quando o produto vendido, transforma-se
em despesa.
II. Muitos gastos so automaticamente transformados em despesas; outros
passam primeiro pela fase de custos; outros, ainda, passam pelas fases de
investimento, custo, investimento, novamente e, por fim, despesa.
III. Cada componente que foi custo no processo de produo torna-se, na
baixa, despesa; no Resultado, existem receitas e despesas - s vezes ganhos e
perdas, mas no custos.
Pode-se afirmar que:
a) Apenas as afirmaes I e II so verdadeiras.
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b) Apenas a afirmao I verdadeira.
c) Apenas a afirmao II verdadeira.
d) Apenas a afirmao III verdadeira.
e) Todas as afirmaes so verdadeiras.
19. (ESAF/ENAP/Contador/2006) Assinale abaixo a opo que contm
uma assertiva incorreta.
a) A matria-prima classificada como custo direto corresponde aos materiais
cujo consumo pode-se quantificar no produto. Se no for possvel a
identificao da quantidade aplicada no produto, passa a ser um elemento de
custo indireto.
b) Custos semivariveis so aqueles que possuem em seu valor uma parcela
fixa e outra varivel. Isto , tm um comportamento de custo fixo at certo
momento e depois se comportam como custo varivel.
c) Custos semifixos so aqueles elementos de custos classificados de fixos que
se alteram em decorrncia de uma mudana na capacidade de produo
instalada.
d) Custo total a somatria dos custos fixos e variveis, sendo que os custos
semifixos e semivariveis tm o mesmo significado.
e) A mo-de-obra direta compreende os funcionrios que atuam diretamente
no produto e cujo tempo gasto possa ser identificado, isto , apontado no
produto.
20. (ESAF/adaptada) No processo produtivo da empresa Desperdcio S.A., no
ms de julho de 2005, ocorreram perdas com rebarbas decorrentes do corte de
tecidos da linha de produo. Em virtude da contratao de funcionrio sem
experincia houve a perda de 100 itens por mau uso de equipamentos. De
acordo com os conceitos contbeis, devem ser registradas essas perdas:
a) ambas como custo dos produtos vendidos.
b) respectivamente, como despesa e custo.
c) ambas como despesas no resultado.
d) respectivamente, como custo e despesa.
21. (FCC/TRF2/Esp. Contadoria/2012) O sistema de custeio no qual os
custos e despesas fixos so lanados diretamente em conta de resultado do
exerccio denominado custeio:
(A) padro.
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(B) por absoro.
(C) ABC.
(D) pr-determinado.
(E) varivel.
22. (Fiscal de Rendas MS 2006 FGV) Com relao classificao dos
custos quanto ao volume (tambm chamada de classificao quanto
formao), analise as afirmativas a seguir:
I. Quanto ao volume, os custos so classificados em direto e indireto.
II. O custo fixo unitrio varia inversamente ao volume produzido.
III. O custo varivel total varia proporcionalmente ao volume produzido.
Assinale:
(A) se somente a afirmativa I estiver correta.
(B) se somente a afirmativa II estiver correta.
(C) se somente a afirmativa III estiver correta.
(D) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
(E) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
23. (Exame de Suficincia CFC 2011.1 - CONTADOR) Uma indstria
apresenta os seguintes dados:
Aluguel de setor administrativo R$ 80.000,00
Aluguel do setor de produo R$ 56.000,00 Depreciao da rea de produo R$ 38.000,00 Mo de Obra Direta de produo R$ 100.000,00
Mo de Obra Direta de vendas R$ 26.000,00 Material requisitado: diretos R$ 82.000,00
Material requisitado: indiretos R$ 70.000,00 Salrios da diretoria de vendas R$ 34.000,00 Seguro da rea de produo R$ 38.000,00
Analisando-se os dados acima, assinale a opo CORRETA.
a) O custo de transformao da indstria totalizou R$302.000,00, pois o custo de transformao a soma da mo de obra direta e custos Indiretos de fabricao.
b) O custo do perodo da indstria totalizou R$444.000,00, pois o custo da empresa a soma de todos os itens de sua atividade.
c) O custo do perodo da indstria totalizou R$524.000,00, pois o custo da empresa a soma de todos os itens apresentados.
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d) O custo primrio da indstria totalizou R$208.000,00, pois o custo primrio
leva em considerao a soma da mo de obra e do material direto.
24. (Exame de Suficincia CFC 2011.1 - CONTADOR) No ms de setembro de 2010, foi iniciada a produo de 1.500 unidades de um
determinado produto. Ao final do ms, 1.200 unidades estavam totalmente concludas e resta