Download - Sustentabilidade Empresarial
Sustentabilidade Empresarial:Novas estratégias. Novos caminhos.
Congresso Ibero-Americano de Mulheres Empresárias13 de Outubro de 2010
Sostenibilidad Empresarial:Nuevas estrategias. Nuevos caminos.
2Outubro 2010Sustentabilidade Empresarial
1. Portugal no contexto da União Europeia
2. Sustentabilidade Empresarial - A pegada social e ambiental
3. Novas estratégias, Novos caminhos - Exemplos de intervenção das empresas
3Outubro 2010Sustentabilidade Empresarial
A Estratégia de Lisboa fixava para 2010 o objectivo de fazer da União Europeia:
“The most dynamic and competitive knowledge-based economy in the world capable of sustainable economic growth with more and better jobs and greater social cohesion, and respect for the environment.”
O método aberto de coordenação (MAC), enquanto instrumento da Estratégia de Lisboa, fornece um mecanismo de coordenação, voluntária, flexível e descentralizada entre os Estados-Membros a favor da convergência das políticas nacionais, na resposta aos problemas da pobreza e da exclusão. São cinco as áreas prioritárias:
Pobreza infantil
Inclusão activa
Habitação para todos
Inclusão de grupos
vulneráveis
Inclusão financeira e sobreendi-vidamento
1. Portugal no contexto da União Europeia - A Estratégia de Lisboa
4Outubro 2010Sustentabilidade Empresarial
1. Portugal no contexto da União Europeia - Tecido social
0
2 000
6 000
10 000
14 000
18 000Lu
xem
burg
o
Din
amar
ca
Irlan
da
Rei
no U
nido
Sué
cia
Finl
ândi
a
Hol
anda
Áus
tria
Alem
anha
Bélg
ica
Fran
ça
Chi
pre
Itália
Espa
nha
Esl
ovén
ia
Gré
cia
Mal
ta
Por
tuga
l
Rep
úblic
a C
heca
Est
ónia
Letó
nia
Eslo
váqu
ia
Hun
gria
Litu
ânia
Poló
nia
Bulg
ária
Rom
énia
Limiar da Pobreza1, 2008(EUR a preços correntes; EUR em paridades do poder de compra)
EUR ppc
EUR pc
5 768
4 878
1 População cujo rendimento é inferior a 60% da mediana do rendimento disponível equivalente em cada Estado Membro. Agregados familiares de uma sópessoa. O valor de referência do limiar de pobreza, para um agregado familiar de dois adultos e duas crianças em Portugal, é de EUR 12 113.
5Outubro 2010Sustentabilidade Empresarial
1. Portugal no contexto da União Europeia - Contexto social
UK
SEFI
SK
EL
RO
17
PL
ATNL
MTHU LU
LT
LV
CY
IT
FR
ESEL
IEEE
GE
DKCZ
BG
BE
10
15
20
25
30
35
5 10 15 20 25 30
População em Risco de Pobreza1 e Intensidade do risco2, 2008 (Percentagens)
1 População cujo rendimento é inferior a 60% da mediana do rendimento disponível equivalente em cada Estado Membro. 2 Diferença entre o rendimento mediano da população em risco de pobreza e o limiar de pobreza em cada país.
População em Risco de Pobreza
Inte
nsid
ade
do R
isco
de
Pobr
eza
22
(18, 23)
II I
III IV
6Outubro 2010Sustentabilidade Empresarial
1. Portugal no contexto da União Europeia - Concentração de Rendimento
1.0 2.0 3.0 4.0 5.0 6.0 7.0 8.0República Checa
Eslovénia
SuéciaDinamarca
Hungria
Áustria
Finlândia
Malta
Holanda
Bélgica
Chipre
Luxemburgo
França
Irlanda
Alemanha
Estónia
Itália
Polónia
Espanha
Grécia
Lituânia
Portugal
Bulgária
Roménia
Letónia
UE-27
Concentração de rendimento1, 2008
Na UE-27, o total do rendimento recebido pelos 20% com rendimento mais elevado é 5 vezes superior ao rendimento recebido pelos 20% da população com rendimentos mais baixos. Em Portugal, esta proporção encontra-se acima da média, ascendendo a 6.1.
6.1
Eslováquia
Reino Unido
5.0
1 Rácio entre o rendimento do quintil da população com maior rendimento e o quintil da população com menor rendimento.
7Outubro 2010Sustentabilidade Empresarial
1. Portugal no contexto da União Europeia - Abandono escolarAbandono escolar precoce1, 2009
(Percentagem)
0.0 5.0 10.0 15.0 20.0 25.0 30.0 35.0 40.0 45.0
PolóniaEslovénia
República Checa
Eslováquia
LuxemburgoÁustria
Lituânia
FinlândiaDinamarca
SuéciaHolanda
BélgicaAlemanha
HungriaIrlandaChipre
França
EstóniaGrécia
Bulgária
Letónia
RU
RoméniaItália
Espanha
PortugalMalta
UE-27
31.2
14.4
Lisbon targets10% em 2010
O abandono escolar precoce égeralmente considerado como factor indutor de exclusão social. Quebrar o ciclo de exclusão, e interromper a marcha para o desemprego, éum dos maiores desafios que a Europa enfrenta. Malta, Portugal e Espanha foram, em 2008, os países que apresentaram valores mais elevados na UE-27.
1 População entre 18 e 24 anos que não se encontra a estudar e cuja habilitação não supera a conclusão do ensino secundário.
8Outubro 2010Sustentabilidade Empresarial
Desemprego de longo prazo, 2009(Percentagem da população activa)
0.0 2.0 4.0 6.0 8.0 10.0 12.0
DinamarcaChipre
HolandaÁustriaSuécia
LuxemburgoFinlândia
EslovéniaReino Unido
R. ChecaRoménia
PolóniaMalta
IrlandaLituâniaBulgária
FrançaEstónia
ItáliaEspanha
BélgicaAlemanha
GréciaHungriaLetónia
PortugalEslováquia
UE-27
Desemprego muito longa duração (mais de 2 anos)
Desemprego longa duração (mais de 1 ano)
Portugal foi, em 2009, o país da UE-27 que apresentou a segunda taxa mais elevada de desemprego de longa duração (apenas atrás da Eslováquia).
2.5 4.5
1.5 3.0
1. Portugal no contexto da União Europeia - Desemprego
9Outubro 2010Sustentabilidade Empresarial
Famílias em risco de pobreza com encargos financeiros elevados devido ao custo da habitação, 2008 (Percentagem)
52% das famílias portuguesas em risco de pobreza confrontam-se com elevados encargos financeiros resultantes do custo suportado com a habitação. Valor ligeiramente superior ao da média comunitária (50%).
10 20 30 40 50 60 70 80 90
DinamarcaSuécia
HolandaFinlândia
ÁustriaEstónia
AlemanhaIrlanda
MaltaGrécia
LituâniaReino Unido
LetóniaRoménia
FrançaPortugal
EslovéniaBélgica
República ChecaPolóniaHungria
EslováquiaBulgária
LuxemburgoEspanha
ItáliaChipre
UE-27 50
52
1.– Portugal no contexto da União Europeia - Sobreendividamento
10Outubro 2010Sustentabilidade Empresarial
1980
1950
Recursos Naturais
Ambiente
Globalização
Terciarização
PIB 2010 =10 x PIB 1950
Fontes: OCDE, FMI.
2010
1. Portugal no contexto da União Europeia - Horizonte
As realidades portuguesa e europeia integram-se num horizonte global em acelerada transformação nas últimas décadas.
11Outubro 2010Sustentabilidade Empresarial
Este processo tem sido acompanhado por uma intensa pressão sobre os ecossistemas.Os fenómenos do aquecimento global, da perda de biodiversidade ou da escassez de água são problemas de dimensão global que exigem respostas globais, as empresas são agentes privilegiados para a inversão desta dinâmica.
Pegada Ecológica da Humanidade(Número de planetas terra)
0
.5
1
1.5
1961 1970 1980 1990 2000 2005
Biocapacidade da Terra
0.540.77 0.95 1.08 1.19 1.31
1. Portugal no contexto da União Europeia - Horizonte
12Outubro 2010Sustentabilidade Empresarial
1. Portugal no contexto da União Europeia
2. Sustentabilidade Empresarial - A pegada social e ambiental
3. Novas estratégias, Novos caminhos - Exemplos de intervenção das empresas
13Outubro 2010Sustentabilidade Empresarial
2. Sustentabilidade Empresarial
Empresa
Sustentabilidadede desempenhos e até, no limite, da própria empresa
Estratégia empresarial
• Ambiental
• Social
• Negócio
- Onde é que os fenómenos sociais e ambientais se encontram com a formulação da estratégiada empresa?
- Como é que a empresa pode actuar sobre os fenómenos sociais e ambientais?
14Outubro 2010Sustentabilidade Empresarial
Sustentabilidade Empresarial - Pegadas que se cruzam
Empresa Sociedade
Empresas inteligentes detectam os sinais da sociedade…
…e promovem a sua integração na estratégia de gestão.
15Outubro 2010Sustentabilidade Empresarial
2. Sustentabilidade Empresarial - A pegada da Empresa
Impacto económico da empresa no nível de vida das pessoas, e nas Balanças de Pagamentos dos países em que se inserem, nomeadamente, através da distribuição dos lucros e dos dividendos, pagamento de impostos e criação de emprego.
Macroeconomia
Produto e marketing
A influência dos produtos, serviços e marketing da empresa nas práticas culturais da Comunidade, na sua saúde, no seu bem-estar e através do fornecimento de bens e serviços essenciais.
A relação da empresa, em termos de investimento directo, de lobbying, de procurement, com as instituições sociais e as organizações sectoriais, e as suas políticas ao nível da educação e da saúde.
Cadeia de valor
Impacto social das práticas ambientais
A importância que a empresa confere à sua política de procurement,produção e distribuição enquanto catalizadores do acesso das pessoas pobres ao emprego, a um salário justo e à capacidade para manterem um negócio e participarem no mercado.
A forma como as práticas ambientais da empresa afectam o ambiente e a saúde das pessoas, a sua capacidade de aceder aos recursos naturais e o risco de serem afectados por desastres naturais (capacidade que a cadeia tem de não vir a ser afectada por possíveis desastres naturais).
Enquadramento institucional e
político
16Outubro 2010Sustentabilidade Empresarial
2. Sustentabilidade Empresarial - A pegada da sociedade
Compreender as necessidades dos segmentos de mais baixos rendimentos e criar produtos que saibam explorar essas oportunidades. Concepção
de produtoDesenvolvimento
do mercado
Desenvolvimento de novos modelos de negócio
Aferição do
sucesso
Riscos e oportunidades
Saber construir mercados. Desenvolvercadeias de abastecimento e distribuição, fontes de financiamento, sistemas legais, informação.
Inovar ao nível da gestão e das práticas comerciais. Formação de colaboradores, adaptação da política de comunicação e envolvimento das comunidades.
Medir o sucesso da estratégia, não apenas pelos resultados imediatos mas, também, pelo potencial de resultados futuros. O desenvolvimento de mercados, o lançamento de novos produtos, a introdução de novas práticas de negócio exige horizonte temporal na avaliação dos resultados alcançados e a capacidade de valorização dos intangíveis presentes.
Os fenómenos sociais fazem parte da experiência das empresas, quer nos países desenvolvidos (bolsas de pobreza, internacionalização) quer nos países menos desenvolvidos. O desafio das empresas é perceber os riscos com que se poderáconfrontar face às situações de fenómeno social (segurança, acesso a recursos, saúde, corrupção) prevenindo-os, e detectar caminhos para a criação de novos negócios (necessidades a satisfazer e principais bloqueios).
17Outubro 2010Sustentabilidade Empresarial
1. Portugal no contexto da União Europeia
2. Sustentabilidade Empresarial - A pegada social e ambiental
3. Novas estratégias, Novos caminhos - Exemplos de intervenção das empresas
18Outubro 2010Sustentabilidade Empresarial
3. Novas estratégias, Novos caminhos As empresas, enquanto agentes económicos movidos pela obtenção de lucro, e não excluindo a mais valia que representam os projectos desenvolvidos por múltiplas entidades do sector não lucrativo, são actores privilegiados para a mobilização e afectação de recursos na escala necessária e da forma mais eficiente.
Os benefícios sociais, ainda que não perseguidos directamente, emergem naturalmente de projectos comerciais bem sucedidos (salários, impostos, compras). Estratégias sustentáveis alargam o espectro destes benefícios a outras áreas socialmente relevantes (educação, saúde, ambiente, governação) com forte impacto sobre a pobreza.
Empresas+
Estratégias Sustentáveis
Inovação• Gestão• Produtos• Processos• Instituições
Impacto• Ambiente• Educação• Saúde• Produtividade
Comunidades• Preparadas• Capacitadas• Exigentes
Transparência naGovernaçãoDesenvolvimento dosMercados
19Outubro 2010Sustentabilidade Empresarial
3. Novas estratégias, Novos caminhos
Um passo
em frente
Inovação
Alimentação e Saúde
Empreendedorismo
Educação, formação e divulgação
Governance
Financiamento Ambiente
A identificação de caminhos para a criação de negócios efectivos em comunidades de baixo rendimento leva as empresas, em diferentes geografias e múltiplas área de actividade, a serem parceiros relevantes no desenvolvimento sustentável.
Mercado
20Outubro 2010Sustentabilidade Empresarial
educação eliteracia financeira
solidariedade
ambiente
Programa de responsabilidade social do BES
mecenatocultural
Sustentabilidadeno Core
Business
Sustentabilidadena Comunidade
.....
financiar o desenvolvimento sustentável
por um mercado mais abrangente
ciênciae inovação
.
.
3. Novas estratégias, Novos caminhos
Traduz-se, essencialmente, pela adopção de medidas, de comportamentos e a criação de produtos que contribuam de forma positiva para o desenvolvimento do Banco e das comunidades em que se insere e que influencia.
21Outubro 2010Sustentabilidade Empresarial
MICROCRÉDITO BESFerramenta de desenvolvimento do espírito empreendedor e inclusão social. Não é apenas um financiamento…É uma missão partilhada! Estimulamos de forma objectiva a criação de emprego sustentável (micro-negócios e micro-empresas). Apoiamos ideias de negócio válidas de todos aqueles que revelem espírito de empreendorismo e se apresentem em situação potencial ou efectiva de exclusão.
“O Espelho da Lezíria”, na Azambuja. Parece uma vidreira convencional mas os serviços que presta vão muito além da tradicional moldura ou das janelas de casa. Também “transforma” os desperdícios em vidro pintado, velhos garrafões de vinho em jarras e garrafas de vidro em convites personalizados para
casamentos e baptismos. “O Espelho da Lezíria” representou um investimento de EUR 10 mil, EUR 8.5 mil dos quais vieram do microcrédito do BES. Quando recebeu o dinheiro, o plano de negócios há muito que estava
Acredita no sucesso do negócio quer pelos serviços prestados quer pelos produtos inovadores que propõe.
feito, desde os fornecedores ao logótipo, passando pela escolha do espaço, uma antiga peixaria junto ao centro de saúde. Já repôs duas vezes o stock, está no Facebook e quer investir mais em publicidade.
Montante de crédito solicitado 1
TOTALEUR 5.9 milhões
VALORMÉDIO
EUR 9.2 mil
NÚMERO DEPROCESSOS
637
1 Valores referentes ao período entre Agosto (2009) e Setembro (2010).
Actividades económicas
Doçariacaseira
Doçariacaseira
Construçãocivil
Construçãocivil
CabeleireirosCabeleireiros
MecânicaAuto
MecânicaAuto
CosturaCostura
VendingVending
QueijosRegionais
QueijosRegionais
RestauraçãoRestauração
GinásioGinásio
Merceariade bairro
Merceariade bairro
JardinagemJardinagem
22Outubro 2010Sustentabilidade Empresarial
3. Novas estratégias, Novos caminhosOs stakekolders reconhecem cada vez mais nas empresas parceiros indispensáveis no combate pela erradicação da pobreza e a promoção do desenvolvimento sustentável .
Nível de reconhecimento da relevância dos diferentes agentes para o alcançar dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio, 2010
(Percentagens)
51
59
62
65
68
69
77
81
Fundações
NGOs
Empresas dos países emdesenvolvimento
Nações Unidas
Bancos de desenvolvimento
Multinacionais
Governos dos países emdesenvolvimento
Governos dos países desenvolvidos
23Outubro 2010Sustentabilidade Empresarial
“Os custos humanos são sempre também custos económicos, e as disfunções económicas acarretam sempre também custos humanos.”
Carta Encíclica “Caritas in Veritate”, Bento XVI (2009)
25Outubro 2010Sustentabilidade Empresarial
Director Francisco Mendes Palma [email protected]
DirecçãoResearch Sectorial
Susana Barros [email protected]
Luís Ribeiro Rosa [email protected]
Conceição Leitão [email protected]
Patrícia Agostinho [email protected]
Paulo Talhão Paulino [email protected]
Salvador Salazar Leite [email protected]