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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ
ESCOLA DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES
CURSO DE LICENCIATURA EM HISTÓRIA
RAFAEL JUBAINSKI
O POPOL VUH UMA DISCUSSÃO SOBRE O POVO MAIA E O MITO ESCRITO
POR SEUS HERDEIROS NO SECULO XVI
CURITIBA
2016
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RAFAEL JUBAINSKI
O POPOL VUH UMA DISCUSSÃO SOBRE O POVO MAIA E O MITO ESCRITO
POR SEUS HERDEIROS NO SECULO XVI
Trabalho de Conclusão de Curso
apresentado ao curso de Licenciatura emHistória da Pontifícia UniversidadeCatólica do Paraná como requisito parcialà obtenão do Título de Licenciando emHistória
!rientadora" Profa# $ra# %driana &ocelimde 'ou(a Lima
CURITIBA
2016
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RAFAEL JUBAINSKI
O POPOL VUH UMA DISCUSSÃO SOBRE O POVO MAIA E O MITO ESCRITO
POR SEUS HERDEIROS NO SECULO XVI
BANCA EXAMINADORA
)))))))))))))))))))))))))))))))))))))
Professor * +Titulaão e nome completo,
-nstituião
)))))))))))))))))))))))))))))))))))))
Professor . +Titulaão e nome completo,
-nstituião .
)))))))))))))))))))))))))))))))))))))
Professor / +Titulaão e nome completo,
-nstituião /
Curitiba0 ) de 1unho de .2*3
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ARADECIMENTOS
&eus a4radecimentos são especialmente para meus pais0 que nesse
momento histórico e de crise0 me a1udaram a manter os estudos e a vida0 al5m deserem as fontes fundamentais da minha formaão como homem e ser humano#
%4radeo tamb5m à minha namorada0 &ia0 que me a1udou imensamente naformataão e correão desse pro1eto#
%4radeo muito a todos os meus ami4os e cole4as tamb5m0 que fi(eram partedesse momento0 prefiro não citar nomes para não ma4oar os sentimentos enin4u5m0 todos tiveram uma 4rande influ6ncia#
&uito obri4ado a todos#
RESUMO
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7sta mono4rafia tem como ob1eto de estudo o livro do conselho &aia0 maisconhecido como Popol Vuh0 um dos poucos re4istros que sobreviveram a destruiãoda coloni(aão espanhola# ! livro que temos como refer6ncia0 por5m0 5 uma
reescrita datada do s5culo 89-0 e este trabalho pretende investi4ar quem o escreveu0porque o fe( e quais as necessidades deste manuscrito neste período histórico# Paraisso foi reali(ada uma pesquisa a respeito do povo &aia0 sua história desde seusur4imento0 passando por seu au4e0 at5 seu declínio0 bem como a história daconquista espanhola na %m5rica0 che4ando0 então0 no período em que o manuscritodo Popul Vuh foi redi4ido# 7ste trabalho não che4a a uma resposta :nica0 maselenca uma s5rie de possíveis respostas para as quest;es apresentadas0 visto queos historiadores ainda não che4aram a um consenso em relaão a este tema#
P!"!#$!%&'(!#)* &aias# Popol Vuh# %merica Pr5
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This paper has as a ob1ect of stud= the ma=an >oo? of the Communit=0 also ?no@n asthe Popol 9uh0 one of the fe@ records that survived the destruction caused b= the'panish coloni(ation# The boo? that @e have as a reference0 ho@ever0 is a re@ritedatin4 from the siAteenth centur=0 and this paper aims to investi4ate @ho @rote it0 @h=
the= did it and @hat @ere the needs of this manuscript in that historical period# To dothat0 a research about the histor= of the &a=an people0 since its inception0 throu4h itshei4ht to its decline0 @as made0 as @ell as a research about the histor= of the 'panishconquest in %merica0 reachin40 finall=0 the period in @hich the manuscript of the Popul9uh @as drafted# This paper does not reach one sin4le response to the questionsposed0 but lists a number of possible ans@ers0 since historians have not =et come toa consensus on this issue#
K)+ ,-$.%* &a=as# Popol 9uh# Precolumbiam %merica# &esoamerica# %mericanConquest#
LISTA DE ILUSTRAÇ/ES
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Bi4ura * &apa da locali(aão 4eo4ráfica de sítios arqueoló4icos na mesoam5rica########################################################################################################################################## **Bi4ura . 7stela ** em =aAchilán0 DE. d#c#####################################################################..
SUMÁRIO
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1 INTRODUÇÃO
2 O MUNDO MAIA 10
.#* F7!FG%B-% F7G%L &7'!%&7G-C%%#########################################################*2
.#. $% !G-F7& %! P7Gí!$! PGI CLJ''-C!#####################################################*K
.#/ P7G!$! CLJ''-C!#########################################################################################.2
.#K $7C%$MC-%#####################################################################################################.E
A CONUISTA ESPANHOLA DO MUNDO MAIA 0
/#* % CH7F%$% $!' 7'P%HN-'#########################################################################/2
/#. C!GT7O 7& UC%T%& 7 % C!QU-'T% $!' &%-%'####################################/E
3 OPOPOL VUH
31K#* !' H7G$7-G!' $! P!9! &%-% 7 CG-%RS! $! POPOL VUH ####################K*
K#. %' G%O7' P!G TGJ' $! &%U'CG-T!#####################################################K
4 CONCLUSÃO 4
REFER5NCIAS BIBLIORÁFICAS 44
FONTES PRIMÁRIAS 4
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1 INTRODUÇÃO
!s &aias foram um povo altamente influente0 e marcados como a civili(aão
principal na %m5rica Central do s5culo --- ao 8-9# Por serem uma das :nicas culturas
pr5
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X
o se4undo capítulo0 pretende
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*2
2 O MUNDO MAIA
7ste capítulo será dedicado a uma breve introduão a respeito do mundo
&aia0 destacando informa;es que serão importantes para os próAimos tópicos dotrabalho# 'erá conteAtuali(ado0 primeiramente0 o ambiente 4eo4ráfico0 desde a
topo4rafia0 os biomas0 recursos naturais e mudanas climáticas da re4ião onde a
civili(aão &aia se desenvolveu# Posteriormente0 abordaremos o sur4imento do
homem na %m5rica0 e deste ponto em diante0 pro4ressivamente0 at5 o sur4imento da
cultura &aia0 desde os caadores at5 as culturas pr5
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*.
&aias" os planaltos e as planíciesZ +C!70 .2*K0 p# *K, que0 em in4l6s0 são chamados
de ZhighlandsZ e ZlowlandsZ# Uma traduão mais literal seriam as Zterras altasZ e as
Zterras baiAasZ0 mas neste trabalho usaremos os termos ZplanaltosZ e ZplaníciesZ por
se enquadrarem mais perfeitamente#!s planaltos ficam na re4ião sul e sua maior parte está locali(ada na atual
Fuatemala# 'ua formaão tem início a /2E metros acima do nível do mar0 e 5
dominada por uma 4rande coluna de vulc;es que che4am at5 /#X32 metros de
altitude0 dentre os quais eAistem vários ativos e outros inativos# % formaão se deu no
período terciário e pleistoceno# 7Aplos;es vulcYnicas nesse período formaram uma
camada muito 4rossa de terra f5rtil# I uma área cheia de ravinas e vales por entre
montanhas0 e0 por conta de chuvas de mil6nios0 trata
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*/
% área que 5 de fundamental importYncia e maior relevYncia para nosso
estudo 5 a planície0 ou a re4ião central e norte da mesoam5rica# I nessa re4ião que
a cultura &aia atin4iu seu ápice0 onde ho1e podemos encontrar a maior quantidade
de hieró4lifos0 e 5 tamb5m a maior área da mesoam5rica# % planície tem características bem diferentes do planalto# 7la encontra
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*K
Complementando com o que Coe +.2*K0 p# *K, fala0 de acordo com o 4eó4rafo
icholas $unnin4 e o historiador de arte ]eff ^o@als?i0 a á4ua se encontra a 3E
metros abaiAo da terra0 tornando muito difícil a eAtraão atrav5s das 4oteiras das
cavernas0 ainda mais para uma densa populaão da cidade# % soluão foi a
construão de cisternas subterrYneas na forma de 4arrafas chamadas de !hultuno".
% fauna e a flora são com certe(a muito mais ricas na re4ião de planície# Há
uma quantidade imensa de plantas e árvores que variam desde palmeiras a cedros
at5 uma quantidade 4rande de árvores frutíferas0 de man4ueiras a abacateiros# 7m
sua maioria elas alcanam at5 KE metros de altura# %l5m disso0 eAistem variados
tipos de animais vivendo na re4iãoV incontáveis esp5cies de pássaros0 como tucanose papa4aios0 al5m de tamb5m macacos0 onas +lá chamadas de 1a4uares, e o
veado0 que costumava ser bastante comum# Yucantam era chamada pelos &aias de
_a terra do peru e do veadoZ +C!70 .2*K0 p# *,#
%l5m dessas quest;es 5 muito importante salientar a qualidade da terra e o
seu potencial para o plantio0 que era tão bom que comumente não se precisava
tomar conta das planta;es" a terra fa(ia praticamente todo o trabalho# -nfeli(mente0
por5m0 as práticas de _corte e queima` das florestas feitas pelos &aias acabaram por
deteriorar a qualidade das terras0 limitando0 assim0 o cultivo apenas ao milho e a
mandioca#
.#. $% !G-F7& %! P7G!$! PGI CLJ''-C!
% data da che4ada do homem a %m5rica 5 um assunto no qual os estudiosos
da área muito diferem0 por5m 5 importante ter ao menos uma noão# $e acordo com
Fedrop +*XD, e Ciudad +*XX,0 essas datas variam de K2#222 a# C# at5 **#222 a# C##]á de acordo com Thompson +*XK,0 uma m5dia mais eAata seria de .2#222 a# C# at5
**#222 a#C## &as0 para os fins deste trabalho0 tomaremos como base a afirmaão de
Coe"
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*3
! período arcaico +D222
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*D
não se dão de forma abrupta ou imediata0 mas acontecem de forma lenta e 4radual#
7ssas datas específicas são estabelecidas por transparecerem um momento que um
estilo artístico ou arquitetnico0 ferramenta0 ou mesmo uma nova t5cnica 5 notada0
sempre por meio de achados arqueoló4icos#! período pr5
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*
cidades olmecas encontramos o sepultamento cerimonial de fi4uras sa4radas0 ou
mesmo de pessoas sacrificadas# 7ssas sepulturas0 que muitas ve(es se
encontravam 1á saqueadas0 tinham uma quantidade enorme de peas de 1ade0
cerYmicas0 vários ornamentos0 mostrando que mesmo nesse período inicial aritualística e a mística 1á estavam presentes#
! ponto importante que precisa ser ressaltado 5 o fato de que essa cultura da
cidade de La 9enta0 ou0 no caso0 os !lmecas0 foi a cultura precursora das demais
culturas mesoamericanas# Como Thompson fala"
!s dados sobre o formativo tardio estão aumentando rapidamenteV mas oproblema fundamental do papel desempenhado por La 9enta no sur4imento
da civili(aão ainda está aberta a discussão# %l4uns especialistas aconsideram +a cultura de La 9enta, uma esp5cie de cultura
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*X
7 ressaltando mais uma ve( essa ideia dos olmecas como cultura mãe0
formadora da cultura mesoamericana0 Coe eAplica"
$e qualquer forma se pensa na cultura olmeca como a Zcultura mãeZ dos&esoamericanos0 o fato 5 que muitas outras civili(a;es0 incluindo os maias0foram por fim dependentes da reali(aão olmeca# -sto 5 especialmenteverdadeiro durante o pr5
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.2
.#/ P7G!$! CLJ''-C!
Como 1á eAplicitado antes0 a passa4em não 5 abrupta0 mas se dá atrav5s de
uma transformaão# 7sse período 5 marcado0 como o nome 1á di( de certa forma0pelo florescer da cultura &aia# I neste momento0 que vai de .E2 d#C# a X.E d#C#0 que
os &aias criaram e desenvolveram uma rica sociedade# %nnequim especifica melhor
as datas"
! período clássico que se4ue0 de seis s5culos de duraão aproAimadamente de /22 a X22 constitui a idade de ouro e vive a 4randefloraão da civili(aão maiaV al4uns a dividem em tr6s etapas0 com umprimeiro período de tr6s s5culos terminando ao redor de 3.E0 o se4undo em22 e o terceiro em X.E# 7ric Thompson acrescenta um interre4no de E2anos0 de X.E a XDE# +%7QU-&0 *XD0 p#XE,
%s opini;es são muito divididas quanto ao que marca a passa4em para o
período clássico# %l4uns estudiosos destacam as constru;es mais rebuscadas0
outros o falso arco na arquitetura e na en4enharia0 ou a escrita0 as inova;es na
pintura policromática0 os vasos mais rebuscados# +C!70 .2*KV TH!&P'!0 *XK"
F7$G!P0 *XD,# 'e levarmos em conta que este período tem quase seis s5culos0
e 5 o au4e da cultura &aia e seu momento mais próspero0 5 compreensível que
marcar datas específicas se1a um problema# Um eAemplo semelhante seria a
passa4em da -dade &5dia para a -dade &oderna# % data que marca esta transião 5
o ano em que Constantinopla foi tomada pelos muulmanos0 mas a -dade &oderna 1á
havia se formado há mais de cem anos antes +CG!L70 .2**,# Por isso 5
necessário reforar que o início deste período não 5 uma passa4em abrupta#
Fendrop afirma que"
7ntre os anos *E2 e .E20 durante a fase chamada _protoclassica` 5 que seprodu( o movimento decisivo para o declínio de -(apa e ^aminal1u=:0marcando o fim da preponderYncia cultural da área meridional0 em favor deTi?al0 que irá0 por al4um tempo dar tom ao fenmeno que0 daí em diante0poderá ser qualificado como plenamente _maia #̀ %l5m da arquiteturamonumental cu1os elementos básicos 1á tinham adquirido consist6ncia0 haviamuitas 4era;es em Pet5n e provavelmente em outras re4i;es da áreacentral e do ucatán0 uma nova efervesc6ncia se fa( sentir nas terras baiAastanto no domínio da cerYmica0 como da formulaão de uma icono4rafia
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.*
inteiramente ori4inal# $e forma quase insensível enquanto uma belacerYmica policromada fa( sua aparião0 efetua
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..
F-)* COE 2012 ;G 2
Para Thompson +*XK,0 as estelas são um marco que mostra definitivo
desenvolvimento dos &aias# 7le afirma que"
Uma ve( que esta cultura teve ímpeto novamente0 o desenvolvimento foirápido# Uma cidade após outra adotou o culto das estelas0 e parece quecompetiu na construão de pirYmides encimadas por templos e ZPaláciosZ0 omesmo para o embele(amento de seus edifícios e monumentos0 para o qualempre4avam esculturas de 4esso e modela4em de estuque# %s inscri;eshiero4líficas por eAemplo foram encontrada em não menos que X2 locais" emal4uns centros cerimoniais descobriu se o re4istro apenas de uma0 enquantoem em outras em 4randes quantidades# Ti?al0 com**E estelas0 no topo dalistaV mas desse total apenas /. são esculpidas# +TH!&P'!0 *XK0 p#30traduão nossa,
8 Uma ve( que esta cultura tomó su impulso nuevamente0 el desarrollo fue rápido# Uma ciudad trasoutra adoptó el culto de las estelas0 = parece que rivali(aban en la construcción de pirYmidesrematadas por templos = em la de _palácios`0 lo mismo que em el embellecimiento de susedificaciones = monumentos0 para lo cual empleaban esculturas = enlucido de estuco modelado# Lasinscripciones 1ero4líficas0 por e1enplo se han encontrado em no menos de X2 sitios" em al4unoscentros ceremoniales se há descubierto tan sólo uma inscripción0 em tanto que em otros las ha= em4rande cantidades# Ti?al0 com **E estelas0 encabe(a la listaV pero de esse total sólo /. están talladas
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./
'e4undo Thompson +*XK,0 at5 recentemente0 o monumento mais anti4o &aia
que sobrevivera era a 7stela n:mero X0 na cidade de Ua'act(n# 7ra uma coluna
piramidal de pedra irre4ular de .0DE metros de altura esculpida com uma fi4ura
humana e al4uns hieró4lifos# 7sta estela informam a data &aia que0 em nossocalendário0 corresponderia a X de %bril do ano /. d#C## &ais adiante0 em seu teAto0
Thompson cita outra estela0 a de n:mero .X0 locali(ada em ,i-al 0 que 5 datada de 3
de 1ulho de .X. d#C#0 e 50 portanto0 mais anti4a#
7ssas estelas costumavam servir como pontos de oferenda para os
antepassados0 e por isso se mostram de eAtrema importYncia0 1á que são re4istro da
adoraão ao passado e aos antepassados praticada pelos &aias# Thompson afirma"
7les devem ter colocado um 4rande esforo para a construão dessascompleAas pirYmides 46meas [0 feita apenas para honrar o Passo do tempo"o maior destes pátios tinha mais de *E. metros de lar4ura por *.. deprofundidade#X +TH!&P'!0 *XK0 p#D0 traduão nossa,
Todas essas estelas0 pr5dios e constru;es se encontravam ao redor de uma
praa central0 importantíssima para a prática ritualística# %ssim todos os camponeses
e demais poderiam participar0 ver e reverenciar as divindades#
!utro ponto importantíssimo a respeito da cultura &aia 5 a escrita
desenvolvida por eles# Como Christenson0 um dos autores que fe( um imenso
trabalho de traduão e pesquisa em torno do Popol Vuh*20 cita"
$epois que eu tinha lido uma pá4ina ou duas a sobre o conto da criaão daTerra0 eu parei e esperei a reaão deles# nin4u5m falou por al4um tempo#Binalmente0 o homem idoso com o menino doente per4untou se ele poderiase4urar as pá4inas soltas da cópia do manuscrito por um momento# 7le4entilmente tirou de minhas mãos e virou com 4rande cuidado as pá4inas#Z7stas são as palavras dos meus anti4os paisWZ0 ele per4untou#Z'im#ZZ'abe o que voc6 fe( por elesWZ7u não tinha certe(a de que ele quis di(er0 então eu não respondi à primeiravista#Z9oc6 fe( eles viverem novamente por falar suas palavras#Z
9 debe haberse puesto um 4ran empeo em la construcción de estos [Comple1os de pirYmides4emelas[0 reali(ados sólo para honrar el passo del tempo" el mas 4rande de estos pátios medía másde *E. metros de anchura por cas *.. de profundidad#10 Popol 9uh 5 o livro do conselho &aia0 e tra( uma das cole;es mais completas da mitolo4ia dessepovo#
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.K
% palavra que eu usei foi ?[asta1isa10 que si4nifica Za causar a ter vida0Z ouZressuscitarZ# % palavra escrita tem o poder de manter vivo o seu autor0 parapreservar as lembranas mais preciosas da eAist6ncia humanos <pensamentos0 esperanas0 ideais e familiaridade com o sa4rado# óstendemos a tomar a escrita por concedido# ! &a=a não# % capacidade de
escrever palavras e a preservar por muito tempo após a morte do autor 5 ummila4re# ** +CHG-'T7'!0 .22D0 p#3,
%l5m de evidenciar ainda mais o culto &aia por seu passado e os
antepassados0 essa passa4em nos mostra o quão importante a escrita era para a
sociedade &aia# 7la tinha como propósito relembrar0 ressuscitar0 4lorificar os
antepassados0 % escrita era re4istrada em paredes e estelas# ! importante aqui 5
que tratava
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.E
$e forma 4eral0 o período clássico 5 de esplendor e crescimento# Todos os
autores que estudam cultura &aia afirmam esse momento como o de ouro0
principalmente por conta edifica;es er4uidas neste período e das estelas eri4idas0
1á que elas são de fundamental importYncia como re4istro de passa4em de tempo
+TH!&P'!0 *XK,# I importante destacar tamb5m que nessa 5poca a quantidade
de constru;es aumenta verti4inosamente0 e al4umas são de compleAidade notável
para o ambiente em que se locali(am# %l5m disso0 nesta 5poca tamb5m aumentam o
n:mero de cidades &aias +C!70 .2*K,#
&as não 5 apenas isso que fa( o período clássico a era de ouro da sociedade
&aia# !utras áreas do conhecimento e de produão se eApandiram demasiadamente
e tamb5m marcam esse período# % astronomia e a matemática0 por eAemplo0 se
destacam bastante# !s &aias eram capa(es de averi4uar com precisão as rota;es
da terra0 a locali(aão dos astros e outros eventos astronmicos importantes como o
eclipse0 por eAemplo# 7ste conhecimento 5 notável0 e foi o fundamental para a
criaão do calendário &aia0 conhecido como calendário de conta lar4a +C-U$%$0
*XX,#
! período clássico foi um momento de rique(a e prosperidade0 e esta fartura
proporcionou a elevaão das capacidades e qualidades da cultura &aia#
.#K $7C%$MC-%
I a partir da se4unda etapa do período clássico0 que se inicia no s5culo -80
que comea a decad6ncia da civili(aão &aia +F7$G!P0 *XD0 p# X,# %s possíveis
causas são diversas# 7sse declínio não 5 só material0 ou se1a0 referente apenas a
cidades0 manufaturas e colheitas0 mas 50 principalmente0 cultural# I na área do
conhecimento que encontram
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.3
%o final do s5culo 9---0 em um momento em que os centros0 maias alcanouo clímaA de sua identidade cultural0 um processo desconhecido comeadiante desses assentamentos0 onde um poderoso desenvolvimento
intelectual0 nas artes0 tecnolo4ia e institui;es de níveis políticos e sociaisadquiriram uma compleAidade sem precedentes0 eles vão perder toda a suaimportYncia em um dramático processo de deterioraão#! fenmeno 5 definido da se4uinte forma" com o início do nono s5culocessam as constru;es arquitetnicas monumentais e o re4isto de teAtoshiero4líficos em monumentosV declínios populacionais e o abandono dosistema de calendário e anota;es amplamente aceitos na área dos maias+como o calendário lunar ou o sistema de conta4em curto,V deterioraãoacentuada do conhecimento intelectual0 artístico e artesão que afeta emparalelo às institui;es sócio
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.D
se deiAa de eri4ir estelas nas 4randes cidades0 sempre no fim de um )at(n +período
de .2 anos, 5 eri4ida uma estela# 7m DX20 *X cidades fa(em monumentos datados0
em *2 apenas *.0 em /2 só / monumentos foram encontrados# Cada cidade
conhecida tem uma data terminal nessa tradião0 praticamente todas param entre operíodo de 2* a X +F7$G!P0 *XD0 p# XX,#
! que acontece depois do s5culo -8 e início do s5culo 8 5 uma mudana em
toda cultura das planícies# % re4ião sul e central se dispersa em direão ao norte0 e
as rotas comerciais de terra são trocadas pelas via mar0 tornando o litoral o novo
centro da cultura maia# Toda essa mudana foi influenciada pela cultura _Put:n`
+TH!&P'!0 *XK0 p#*KK,# $e acordo com Ciudad +*XD,"
% estrat54ia Put:n consiste em potenciar as rotas marítimas em torno deucatan e li4ar a costa do Folfo com a >aía de Honduras0 enquanto viasinteriores perdem importYncia e se tornam amplamente desativadas# Comoresultado0 os assentamentos do interior perdem muito de seu poder0enquanto que aqueles implantados no norte e no perímetro litoral de ucatanadquirirem um desenvolvimento at5 então inusitado# */+C-U$%$0 *XD0 p# /K0traduão nossa,
7ssa mudana0 como Cuidad +*XX, eAplica0 vem a partir da cultura Put:n0 ou
Tolteca povos bárbaros que avanavam do norte em direão ao sul# $iversos
autores fa(em uma eAplicaão sobre o sur4imento desses persona4ens na cultura
&aia# 'e4undo %nnequim +*XD,0 os chamados Toltecas são um povo que veio de
,eotihuacam0 um 4rande sítio arqueoló4ico que fica próAimo da capital meAicana#
_Como os astecas e depois deles0 acreditou
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!s documentos =ucatán relatam que0 nos 4rupos da (ona -t(á vindo de Tulae que são condu(idos por um líder que 5 atribuído o título de Quet(alcoatl<^u?ulcan +serpente emplumada, e que che4am a Chichen -t(a em XD0 quese instalam no poder# % partir deste momento at5 o s5culo 8--0 este acordo
vai dominar todo o norte de ucatán e será transformado em um centromítico para os seus habitantes# *K+C-U$%$0 *XX0 p#/K0 traduão nossa,
$e acordo com Fendrop +*XD, com _a che4ada dos Toltecas a Tula0 em fins
do s5culo 80 uma nova ordem se instaura na &esoam5rica0 que será retomada por
outros povos_ +F7$G!P0 *XD0 p#*2K,# 7les foram tomando todas as 4randes
cidades &aias# % principal foi !hichén 2tz/0 e nela eles estabeleceram sua 4rande
capital at5 meados do s5culo 8-- +F7$G!P0 *XD,#
!s Toltecas trouAeram consi4o novos comportamentos0 dentre eles podemoscitar o militarismo0 e acabaram tamb5m retomando características &aias0 por5m sem
o mesmo brilho da idade de ouro# % conta de calendário lar4a foi substituída pela
curta0 que 5 mais simple0 e al4uns deuses foram incorporados à cultura0 como Tláloc0
Te(catlipoca e Tlachitonatiuh +TH!&P'!0 *XK,# !correram tamb5m mudanas na
arquiteturaV fi4uras macabras0 como crYnios0 persona4ens empalados0 á4uias e
1a4uares comendo cora;es humanos e serpentes emplumadas foram espalhadas
ao lon4o de escadarias ou colunas0 e 4randes espaos colunados foram criados
+F7$G!P0 *XD0 p#*2E,#
7m 4eral0 os Toltecas apenas mantiveram a cultura maia por mais al4um
tempo0 mas este período não durou muito# Lo4o0 o caos se instaurou na península
inteira0 com as pequenas cidades lutando entre si por poder#
% respeito disso0 Fendrop +*XD, afirma"
Por atenuados que se1am os acentos bárbaros com seu confuso aparelhode 4uerra e seu ritual san4uinário enAertado no velho tronco maia pelos
novos senhores toltecas < 0 nem por isso a nova Chich5n -t(á deiAara de ser a :ltima manifestaão monumental em território maia# % tríplice aliana quehavia articulado as cidades de Chich5n -t(á0 UAmal e &a=apán0 a fim departilhar o controle político da península0 não ultrapassa o primeiro quartel
14 Los documentos =ucatecos informan que0 em la (ona 4rupos it(á que proceden de Tula = estándiri4idos por un líder que se ha asi4nado el titulo de Quet(alcóatl
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.X
do s5culo 8---# Com a queda de Chich5n -t(á0 termina afinal a tradiãoarquitetnica mais do que milenar### &a=apán0 que sucede entre *..K e*K3*0 e cu1o centro cerimonial não 5 senão _uma cópia em miniatura deChich5n -t(á` como di( PolloAc < 0 tenta em vão restabelecer certoscostumes maias da idade de outro + como a ereão de estelas datadas e da
disposião de edifício em quadriláteros,# &as a prática do Cálculo Lon4o 1áse acha há muito tempo abandonada em proveito de um sistemasimplificado ou mais va4o0 denominado Cálculo Curto# 7m compensaão0 datradião oral0 tão profundamente enrai(ada nessas re4i;es0 sobreviverão ascrenas e as anti4as profecias recolhidas nos chamados Livros de Chilam>alam0 uma das mais ricas fontes de documentaão indí4ena# Quanto aarquitetura e outros ramos de arte0 nada mais poderá deter umade4eneraão pro4ressiva0 a tal ponto que0 apenas um s5culo após o declíniode &aiapán0 ao empreender a conquista de ucatán0 os espanhóisencontrarão a península interia mer4ulhada em completo caos cultural epolitico0 do qual somente as pequenas cidades da costa do Caribe parecemter escapado em parte# +F7$G!P0 *XD0 p#*23,
%o seu final0 a cultura maia estava praticamente morta0 não se tratando mais
da mesma rica cultura e que passara por um período tão 4lorioso no passado#
Quando os espanhóis che4aram a %m5rica Central0 o que eles encontraram foi uma
quantidade enorme de sociedades separadas e independentes entre si# !s &aias
não foram os que mais os impressionaram0 mas sim outra cultura mesoamericana0
os %stecas0 que há quase quatro s5culos 1á tinham se tornado a cultura mais
influente e 4randiosa na re4ião +%7QU-&0 *XD,#
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A CONUISTA ESPANHOLA DO MUNDO MAIA
%pós a che4ada de Colombo às %m5ricas0 toda a sociedade estudada no
capítulo anterior foi alterada# ! ob1etivo do presente capítulo 5 estudar o que ocorreucom o que sobrou da cultura &aia0 tendo como ponto de partida a visão do
conquistador e do conquistado# Pretende
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ou seminmades# 7 foi esse mundo at5 então inteiramente auto
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$e acordo com %nnequim +*XD0 p#/*, &alinche0 uma mulher0 teria sido um
presente dado a Corte(0 em sinal de submissão e ami(ade de um cacique da re4ião
do Tabasco para Corte(0 1unto com outras *X mulheres0 e demais quinquilharias#
&alinche foi bati(ada e enobrecida pelo conquistador do &5Aico0 se tornando $ona&arina0 e desempenhou um papel fundamental na conquista da %m5rica Central0 se
mostrando inteli4ente0 hábil0 e fornecendo ideias e recursos para facilitar esta
conquista#
%nnequim +*XD,0 ao contrário de Leóalboa" ela deve ser situada0 ao contrario0 na data de K de maro de *E*D0 quando0 tocados por furiosas tormentas que durou dois dias e duas noites0 tr6s veleiros deHavana +cuba, vieram ancorar à vista da orla setentrional do -ucatã# averdade0 a flotilha comandada por Brancisco Hernade( de Cordoba0 rico4entil
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nus` +C%'T-LL! apud %7QU-&0 *XD0 p#**,# !s 7spanhóis da flotilha aceitam o
convite para ir at5 a cidade desses índios0 e no caminho foram emboscados por uma
saraivada de flechas# *E ficaram feridos0 mas com o barulho da pólvora dos
mosquetes0 os índios se espantaram e fu4iram +%7QU-&0 *XD0 p# **,# !s7spanhóis continuaram e che4aram a uma praa que 5 novamente descrita por
>ernal $ía(#
uma pequena praa limitada por tr6s edifícios de caprichosa alvenaria0 cousou templos que abri4avam 4rande numero de ídolos de ar4ila0 uns comcabeas de demnio0 outros su4erindo mulheres de alta estatura0 muitosenfim com rostos horrendos0 que pareciam entre4arernal#
Tiveram ataques de náuseas à vista das paredes empastadas de san4uehumanoV imila;es tinham sido feitas havia pouco e as lon4as cabeleirasne4ras dos sacerdotes estavam i4ualmente pe4a1osas de san4ue coa4ulado#+C%'T-LL! apud %7QU-&0 *XD0 p#*/,
Como desfecho dessa incursão0 destacamos o ataque em !hampoton0
locali(ado mais ao sul# %nnequim comenta nas palavras do cronista >ernal $ía(0 que
os europeus tentaram cavar poos a fim de encontrar á4ua0 o que causou a
indi4naão dos índios0 que se mostraram contrários e tentaram impedir que esses
poos fossem cavados# 7m uma manhã a tripulaão de Hernade( de Cordoba foi
acordada por uma saraivada de flechas se4uidas de uma luta corpo a corpo#
Homens foram levados0 outros de4olados0 e o próprio >ernal $ia( foi atin4ido por /
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flechas# Hernade( acabou morrendo em Cuba por complica;es dos ferimentos# o
final0 E2 homens morreram e 2 foram feridos# %pesar de poder ser considerada um
desastre0 esta eApedião provocou várias outras0 1á que o ouro encontrado atiou a
vontade dos europeus de procurar por mais +C%'T-LL! apud %7QU-&0 *XD0p#**,#
% eApedião se4uinte foi a de ]uan Fri1alva# Fri1alva foi encarre4ado por seu
parente0 $ie4o 9elasque(0 conquistador e 4overnador de Cuba0 a conquistar e tra(er
rique(as para a 7uropa# Com uma frota de Quatro veleiros carre4ados e cerca de
.K2 voluntários0 eles (arparam do dia .E de 1aneiro de *E* em direão ao norte de
ucatam# 7m / dias che4aram a -lha de !ozumel # Lá0 não encontraram sinais de
vida0 apenas cidades va(ias# Boi nesta ocasião que declararam posse espanhola0 eentão se4uiram em direão ao continente# Lá0 depararam
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Fri1alva0 com medo de escaramuas i4uais as da eApedião anterior0 decide montar
acampamento na cidade# +C%'T-LL! apud %7QU-&0 *XD0 p#*,
&as as coisas não se mantiveram de forma tranquila# $urante a noite ao fim
das chamas das fo4ueiras0 Castillo descreve#
! que realmente aconteceu" as :ltimas chamas crepitavam ainda quandouma chuva de setas caiu sobre o acampamento# Uma delas atin4iu Fri1alvano maAilar quebrando
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7m *E*X0 no dia *2 de fevereiro0 a frota de Corte( (arpa em direão a
ucatam# $e acordo com %nnequim +*XD0 p# .E,0 a frota que continha E2 soldados
e oficiais0 um reli4ioso +Brei >artolomeu de !lmedo,0 **2 maru1os0 .22 naturais de
Cuba para servios auAiliares0 al4umas mulheres0 *3 cavalos0 *2 canh;es0 Kfalconetes0 */ mosquetes e /. aríetes e escopetas#
7m !ozumel 0 onde 1á havia passado a eApedião anterior0 Corte( fe( seu
primeiro ato de autoridade0 como eAplica %nnequim"
Lá Corte( teve seu primeiro 4esto de autoridade" mandou quebrar e 1o4ar sobre os de4raus do templo os odiados ídolos e0 depois de fa(er lavar comá4ua de barrela e caiar as paredes0 substituiu
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mostraram desanimados pelo fato de que as rique(as da re4ião eram poucas ou que
não os interessavam0 em contradião com a re4ião da %m5rica %ndina0 que rendeu
4randes lucros a coroa 7spanhola# ! autor não coloca os dois fatos 1untos a toaV os
dois se complementam0 1á que o primeiro 5 muito provavelmente um resultado dose4undo0 e do fato de que as popula;es da re4ião não estavam estruturadas da
mesma forma como o -mp5rio %steca0 ou0 em outras palavras0 eram independentes
uma das outras#
&ais ao sul0 voltando ao fim do ano de *E./0 León
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7sse trecho eAplica de forma sucinta o que foi colocado anteriormente# !s
&aias não tinham um líder que pudesse ser derrotado0 colocando toda o imp5rio a
1ul4o do conquistador# 7ste povo vivia dividido0 o que dificultou a conquista0 tornando<
a lenta e 4radual# !utro ponto colocado0 que tamb5m 1á foi citado0 5 a forma como os&aias lutavam0 que era não convencional ou tradicional0 do ponto de vista dos
espanhóis# 7les utili(avam
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K*
3 O POPOL VUH
este :ltimo capítulo pretende
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&aia0 e0 em certos momentos0 declarando que os seus deuses _cumpriram o
propósito na pure(a de serem e na verdade` *D +CHG-'T7'!0 .22/0 p# .3,0 em
outras palavras0 colocandoethell +*XX,0 Ciudad +*XX,0 Coe +.2**0 .2*/,0 León
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&uito provavelmente esse anonimato foi uma das ra(;es fundamentais para a
sobreviv6ncia do manuscrito0 que ho1e 5 usado como base para estudos sobre os
mitos que os &aias passavam de 4eraão em 4eraão#
este &anuscrito0 a :nica refer6ncia aos autores descrito por Christenson+.22/, 5 que eles sempre usam a primeira pessoa do plural0 _nós`0 para eAplicar as
situa;es# -sso su4ere que tenha sido mais de uma pessoa a reescrever esses mitos#
&uito provavelmente o livro foi escrito em 'anta Cru(0 uma cidade fundada
pelos conquistadores# $e acordo com Christenson +.22/0 p# .D0 traduão nossa,0 Z!
Popol Vuh foi provavelmente composta na sua forma atual0 em #anta !ruz del
Quiché 0 uma nova cidade fundada pelos conquistadores espanhóis perto das ruínas
de !umarcah 8 Utatlan 0 a anti4a capital dos Quichés9 #
*X
'e4undo Christenson +.22/,0 muito provavelmente os autores eram fi4uras da
nobre(a que tinham em mãos os manuscritos ori4inais0 ou que tinham acesso a uma
versão pr5
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KK
$e acordo com Christenson +.22/,0 o Popol Vuh lista $on ]uan de Go1as e
$on ]uan Cort5s como os reis Quichés contemporYneos da linha4em !a;ec # %ssim0
se os _4randes administradores` são do mesmo período que esses dois lideres0 isso
pode revelar pelo menos um possível autor# 'eu nome era %dom Cristobal 9alesco0in !hocoh !a;ec era seu nome ori4inal0 e ele foi um dos autores do documento
_,itulo ,otonicap/n
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KE
entre *EEK e *EE# Trata
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das planícies de ucatam com acontecimentos dos reinados dos &aias dos planaltos
Fuatemaltecos0 e por fim0 mostrando tamb5m influ6ncias de culturas meAicanas0
criando um teAto :nico e provavelmente fruto desse momento muito específico#
o início do manuscrito0 os autores escrevem que esse livro 5 baseado emlivros que v6m do outro lado do mar0 al5m do oeste0 e mais adiante citam ,ulan0 uma
refer6ncia direta às planícies =ucatecas0 muito possivelmente a cidade de !hichen
2tza em específico0 e ao maias do período Clássico +CHG-'T7'!0 .22/0 p#./,#
Christenson tamb5m coloca que os sacerdotes sempre reverenciavam com muito
apreo as _escrituras de ,ulan`0 e utili(avam
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livro ori4inal# 7sse com certe(a 5 um importante fator pelo qual o conhecimento
deste livro manteve
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KX
por si mesmo0 para os ahuas a memória do seu passado0 a tinta ne4ra evermelha de seus códices0 foi o tocha e a lu(0 a norma e a orientaão quefe( possivel encontrar o caminho e manter de p50 não sómente a cidade0mas0 paradoAalmente0 a próprio terra0 pode
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E*
Para se reivindicar a posse de uma terra tomada0 os lideres nativos Quichés%
como ]uan Cort5s0 precisavam de um documento que confirmassem atrav5s de
provas 4enealó4icas que as terras pertenciam a eles# O Popol Vuh 5 dividido em tr6s
partes" a primeira 5 o mito do sur4imento do universo0 do homem0 dos deuses0 enfim0
mitos primordiais em suma# % se4unda parte fala essencialmente a respeito histórias
de antepassados dos líderes Quichés% e fala sobre a história 4enealó4ica0 a
sucessão de líderes0 e a formaão de cidades at5 os dias da escrita do manuscrito#
a :ltima parte do livro há uma _Fenealo4ia -ndí4ena`0 ou se1a0 uma lista dos líderes
de varias tribos0 ou0 como 5 colocado no livro0 _casas`V tratam
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E.
ão se sabe0 por5m0 se essa prova0 sequer foi apresentada para o rei Belipe
--0 mas0 se foi0 não serviu para muito# Christenson fala sobre o assunto"
! senhor Quich50 don ]uan Cort5s0 via1ou para a 7spanha em *EED parapressionar diretamente o seu caso para privil54ios reais na corte de Belipe --#7ste esforo não foi bem sucedido pois ele foi considerado indi4no dedireitos especiais0 sendo o filho de um idólatra# Tamb5m foi suspeito de queele não era de todo o coraão convertido à f5 cristã0 e que isso eAi4iriaZmuito pouco para restaurar suas cerimnias e atrair seus anti4os s:ditos asi mesmoZ# +Christenson0 .22/0 p#/2,.D
]uan Cort5s foi acusado de ter um pai que cultuava demnios0 de não ter se
convertido totalmente ao cristianismo e assim podendo rebelar
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E/
4 CONCLUSÃO
o primeiro capítulo0 no conteAto dos &aias pr5
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