Download - Tecnologia de frutas: pectina
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TECNOLOGIA DE ALIMENTOS
Prof. Alvaro Galdos
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Tipos de Tratamentos para Conservação de Alimentos
• Tecnologia de Carnes.
• Tecnologia de Óleos e gorduras.
• Tecnologia de laticínios.
• Tecnologia de Vegetais.
• Tecnologia de Frutas.
• Tecnologia de Cereais.
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TECNOLOGIA DE FRUTAS
TECNOLOGIA DE ALIMENTOS
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GELÉIA
• Brasil entre os três maiores produtores de frutas, em 2007 exporto 920 mil toneladas.
• Produto obtido a base de suco de frutas.
• Forma geleificada (gel).
– Equilíbrio entre pectina, açúcar e acidez.
• Outra forma chamada de geleada, pela presença de pedaços de fruta. Não sendo considerado a geleia típica.
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COMPONENTES DA GELÉIA
• Três são os componentes indispensáveis para uma geléia: – Pectina: elemento fundamental necessário à formação de
gel e deverá ser adicionada quando a fruta não for suficientemente rica em pectina.
– Ácido: também necessário à formação de gel, e, quando faltar na fruta, poderá ser adicionado na forma de ácidos permitidos pela legislação brasileira. A MP com acidez de 0,1% a 0,5% resulta numa economia de açúcar de aprox. 20%.
– Açúcar: são utilizados açúcares prontamente solúveis, como sacarose, glicose, frutose. Em quantidades que no final será obtida uma geléia com 65 a 70% de sólidos solúveis.
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SUBSTÂNCIAS PÉCTICAS (SP)
• As pectinas constituem um grupo de substâncias com expressivo interesse pela indústria de alimentos.
• Utilizados essencialmente na forma de pó, como ingrediente de grande valor, devido a sua capacidade de atuar como agentes geleificantes, principalmente na elaboração de geléias.
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• São classificadas em:
– Homogalacturonans (HGA)
– Ramnogalacturonan I (RG-I)
– Ramnogalacturonan II (RG-II)
• A unidade básica das SP é o ácido D-galacturônico.
• As SP participam do processo de maturação do fruto.
SUBSTÂNCIAS PÉCTICAS (SP)
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PECTINAS
• Substâncias pécticas.
• Incluem também:
– ÁCIDO PÉCTICO
– ÁCIDO PECTÍNICO
– PROTOPÉCTINA
Polissacarídeo de alta massa molecular
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• As substancias pécticas mais importantes temos: – Protopectina: são substancias insolúveis em
água que por hidrolise enzimática ou ácidoácido péctico ou ácido pectinico.
– Ácido pectinico (A): ácido coloidal que apresenta uma pequena quantidade de esterificação com grupos metílicos (metoxilação).
– Ácido péctico (B): é um ácido poligalacturônico coloidal que praticamente não possui ésteres metilados ou grupos metoxílicos.
SUBSTÂNCIAS PÉCTICAS
(A)
(B)
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PECTINAS
Ácido Galacturônico
Ácido péctico
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LOCALIZAÇÃO DE PECTINAS
• Nos espaços intercelulares e lamelas centrais dos tecidos vegetais.
• Em frutas encontra-se em maior quantidade
Substâncias pécticas
celulose
Hemicelulose
PC
PC: Parede Celular
Membrana Plasmática
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TEOR DE PECTINA - FRUTA
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OUTROS USOS
• Espessantes.
• Texturizantes.
• Emulsificantes.
• Estabilizantes.
• Remoção de proteínas do soro na fabricação de queijos.
• Reduz o colesterol no sangue humano.
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FORMAÇÃO DE GELÉIAS
• Segundo Bhat et al. (2005) o mecanismo de geleificação é complexo e controlado pelos seguintes parâmetros:
– Temperatura, qualidade da pectina, pH, açúcar e outros solutos e íons de cálcio.
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Efeito do grau de esterificação da pectina na formação do gel
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MECANISMO DA GELÉIA
• Em solução aquosa, as moléculas de pectina e ácidos pécticos estão unidos por ligações de hidrogênio com os grupos hidroxila das cadeias polimetilgalacturônicas, apresentando cargas elétricas negativas. Devido a isto, inicialmente ocorre o estiramento das cadeias e aumento de viscosidade da solução; em um segundo momento, as cadeias repelem-se, manten-do as moléculas em estado disperso. Quando se reduzem as cargas e a hidratação, os filamentos de pectina tendem a precipitar, ocorrendo a aproximação e entrelaçamento, formando uma rede tridimensional amorfa, solida, que retém entre suas malhas a fase liquida. Esta rede é formada devido às interações hidrofóbicas e ligações de ponte de hidrogênio.
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• A formação de gel ocorre somente em determinados valores de pH.
• Condições ótimas para formação de gel estão próximas do pH 3,2.
FORMAÇÃO DE GELÉIAS
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FORMAÇÃO DE GELÉIAS
Açúcar apresenta importância na formação de
geléias
Relação entre açúcar invertido e sacarose (40:60)
É difícil o controle dessa relação por causa da variação da acidez das frutas, das condições de cozimento.
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PROCESSAMENTO DE GELÉIAS
Recepção MP
Lavagem
Seleção
Classificação
Corte
Eliminação de defeitos interno
Extração do suco
Clarificação
Adição de açúcar
Concentração (cozimento)
Determinação do ponto
Acondicionamento
Tratamento térmico
Prensagem
Desintegração
Centrifugação
Aquecimento
Frutas claras: filtração, decantação e uso de enzimas clarificantes
O suco deve ser rapidamente concentrado até seu ponto crítico
para formação de gel.
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PROCESSAMENTO DE GELÉIAS
Concentrador a vácuo “buller”
Tacho aberto a gás, com misturador (concentração)
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• A matéria-prima para elaboração de geléia deve conter suficiente pectina e ácido para dar uma boa geléia.
• A pectina, obtida industrialmente de frutas cítricas (20-30%) e maça (10-15%).
• No mercado tem 3 tipos de pectinas: – Geleificação rápida com 70-76% de esterificação.
– Geleificação semi-rápida com 66-70%
– Geleificação lenta com 60-66% de esterificação.
(ALMEIDA et al., 1999).
PROCESSAMENTO DE GELÉIAS
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Frutas para geléia (Cruess, 1973)
Frutas ricas em pectina e
ácidos
Frutas medianamente ricas em pectina
e ácidos
Frutas ricas em pectina e
pobres em ácidos
Frutas ricas em ácido e pobres
em pectina
Frutas pobres em pectina e
ácidos
Maças ácidas e silvestres
Maças maduras Cerejas Damascos Pêssegos
Frutas cítricas Uvas viníferas maduras
Figos verdes Ruibarbos Pêras
Groselhas Groselhas maduras
Melão Morangos Figos maduros
Goiabas Goiabas maduras
Cerejas ácidas Cerejas maduras
Certas variedades de uvas
Uvas maduras
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• A determinação do “ponto” é feita de diversas maneiras práticas ou com aparelhos
– Refratômetro: teor de sólidos solúveis (°Brix) (65-70%) é recomendado.
– Medida do ponto através da medida da temperatura de ebulição (104°C a 105°C no momento da formação de gel) 1°C para 250m de altitude).
– Aspecto de escorrimento, em colher ou pá.
PROCESSAMENTO DE GELÉIAS
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• O acondicionamento é feito em vidros, não havendo necessidade de tratamento térmico (pasteurização) quando o enchimento for feito a quente (± 87°C).
PROCESSAMENTO DE GELÉIAS
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• A geléia de mocotó
• A geléia real
PSEUDO-GELÉIAS
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Pectinas industriais
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BIBLIOGRAFIA
CRUESS, W. V. Produtos industriais de frutas e hortaliças. Trad. H. A. Tavares. São Paulo: Ed. Edgar-Blucher, 1973, 2v.
ALMEIDA, M. E. M et al. Processamento de compotas, doces em massa e geléias: Fundamentos básicos. Campinas: ITAL, 1999, 61p.
GAVA, A. J. et al. Tecnologia de alimentos: princípios e aplicações. São Paulo: NOBEL, 2012, 512p.
TORREZAM, M. Manual para a produção de geléias de frutas em escala industrial. Rio de Janeiro: EMBRAPA, 1998, 27p.
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